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Iluminura - Antiga Pintura de Feição Miniaturista.
Em manuscritos egípcios executados há mais de quarenta séculos encontram-se os mais antigos exemplos de iluminura, arte popular na Europa do século V até a descoberta da imprensa, quando passou a ser substituída pela xilografia.
O termo iluminura designa as pinturas de figuras, flores ou ornamentos, em geral de feição miniaturista, executadas em pergaminhos, para ilustrar antigos manuscritos, originais ou traslados. A ilustração de manuscritos com iluminuras era geralmente executada a pena e tinta, preta ou em cores, ou em aquarela opaca ou transparente, sobre papiro, e também a têmpera, sobre pergaminho. Às vezes, adicionava-se o ouro (crisografia) e, mais raramente, a prata (argentografia). O ouro aplicado em folha dava um efeito brilhante após o polimento; quando aplicado em pó, produzia uma superfície opaca.
Há no Museu do Louvre, em Paris, papiros egípcios ilustrados com iluminuras, aproximadamente do ano 2000 a.C. Com a invenção do "livro" de placas ou tábulas presas na lombada (códex) no século I, e sua divulgação mais ampla a partir do século V, a iluminura tomou novas feições: a princípio restritas às letras iniciais (capitulares) e vinhetas (margens ou cercaduras), decoradas com simples ornamentos ou cenas, passou a interromper o texto, e até a ocupar por vezes toda uma página, para ilustrar o texto justaposto. As mais antigas iluminuras separadas do texto provêm da Itália e da região mediterrânea; acham-se em manuscritos como o Itala, conservado em Berlim, e a Ilíada ambrosiana, de Milão. Ao norte dos Alpes, as iluminuras sé apareceram após o século VII.
Extraordinário nível artístico alcançou a iluminura pré-carolíngia (séculos VII e VIII), sobretudo nas ilhas britânicas (Livro de Kells, Livro de Durrow). Combinava as influências oriental e bizantina numa mescla a que, contudo, não faltava originalidade. No período de Carlos Magno, a iluminura recebeu grande impulso. Restam dessa época inúmeros livros litúrgicos, evangelhos, livros de horas e saltérios, esplendidamente iluminados. A iluminura carolíngia segue em estilo a arte romana, mostrando figuras cercadas por uma estrutura arquitetônica. Duas escolas surgiram nessa época na Alemanha: a de Ada e a de Aachen. Escolas do período carolíngio são ainda as de Tours, Reims, Metz, Corbie e Cantuária. Em Metz e em Corbie foram executadas belas iluminuras em manuscritos, na segunda metade do século IX, como a Bíblia de São Paulo.
Há também exemplares notáveis de ricas iluminuras do período otoniano, como o frontispício de um manuscrito de Oto III, que representa o imperador no trono, e a sua volta as nações da Eslavônia, Germânia, Gália e Itália, representadas por mulheres. Surgiram também, no mesmo período, iluminuras notáveis nas escolas de Saint-Amand-les-Eaux e Saint-Omer, no norte da França; de Winchester, na Inglaterra; e de Montecassino, na Itália.
O período românico viu prosseguir o florescimento da iluminura, graças a uma série de escolas de miniaturistas (scriptoria) disseminadas por toda a Europa. A divisão entre texto e ilustração foi abandonada no período gótico, com iluminuras da Escola de Paris e de artistas da França setentrional. Foi o momento da aparição, em larga escala, de manuscritos profanos, iluminados de modo totalmente original. A iluminura borgonhesa do século XV é realista e já anuncia o século dos Van Eyck e o apogeu da pintura flamenga nascente. A obra mais notável da miniatura e da iluminura francesas nessa época é Les très riches heures du duc de Berry (1411-1416; As riquíssimas horas do duque de Berry).
Fonte: http://www.emdiv.com.br/pt/arte/enciclopediadaarte/1862-iluminura-antiga-pintura-de-feicao-miniaturista.html.
Questões: 1. | Segundo o texto, quais as possíveis definições e usos para as Iluminuras? 2. | Por que as Iluminuras são também chamadas de pinturas “miniaturistas”? Explique. 3. | Quais as relações deste texto sobre as Iluminuras e o que temos visto durante as aulas? Explique.