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Revista FACUNICAMPS Cincia rea de concentrao: Sade

ENFERMAGEM EM URGNCIA E EMERGNCIA: PROCEDIMENTOS QUE NO SO DE COMPETNCIA LEGAL DOS ENFERMEIROS, MAS SO REALIZADOS PARA QUE SEJA RESGUARDADA A VIDA DO PACIENTE

Ana Flvia Arajo Lima[footnoteRef:1], Claudionor Barreto Neto[footnoteRef:2], Nathalia Silva Nunes[footnoteRef:3], Marislei Brasileiro[footnoteRef:4] [1: - Aluna do curso de Enfermagem na FACUNICAMPS;] [2: - Aluno do curso de Enfermagem na FACUNICAMPS;] [3: - Aluna do curso de Enfermagem na FACUNICAMPS; ] [4: - Professora Dra. e Coordenadora do curso de Enfermagem da FACUNICAMPS;]

RESUMO

O presente trabalho pretende mostrar a atuao do profissional de enfermagem na realizao de procedimentos de urgncia e emergncia a fim de salvar a vida dos pacientes, enfocando as complicaes para este profissional no que se refere a realizao de procedimentos de carter mdico. Sabe-se hoje da importncia do profissional de enfermagem em todas as reas da sade, tanto em ambiente intra-hospitalar quanto na rea extra-hospitalar. Essa importncia ainda mais evidente nos servios de urgncia e emergncia em que o profissional de Enfermagem, mais especificamente o Enfermeiro, tem papel crucial nos procedimentos prestados s vtimas, que hoje tem crescido em grande numero devido a fatores socioambientais entre outros. Quando se fala em assistncia de Enfermagem a pessoas com casos de urgncia e emergncia, entra em cena um assunto um tanto quanto delicado: O fato de Enfermeiros realizarem procedimentos que no so da sua especialidade, procedimentos esses que so de carter mdico. Essa questo bastante discutida nos dias de hoje, tendo em vista os riscos de se realizar ou no esses procedimentos. O cdigo de tica de Enfermagem diz ser proibido negar a assistncia para pessoas que necessitem da mesma, mas se caso o profissional realize procedimentos que no so de sua competncia e o paciente lesado, constitui-se dolo, culpa por parte do Enfermeiro, podendo ele ter at mesmo o seu diploma cassado. Vale lembrar que esses procedimentos em caso de urgncia e emergncia, so realizados pelo enfermeiro, visando salvar a vida do paciente e prover o seu bem estar.

Palavras-chave: Urgncia e emergncia, SAMU, procedimentos, atendimento.

ABSTRACT

This study aims to show the performance of nursing staff in carrying out emergency procedures and emergency in order to save patients' lives, focusing on the complications to this work as regards the implementation of procedures of a medical nature. Today we know the importance of nursing staff in all areas of health, both in-hospital setting and in the area outside the hospital. This importance is even more evident in urgent and emergency services in the professional nursing, specifically the Nurse, plays a crucial role in the procedures for victims, now grown in large numbers due to socio-environmental factors among others. When it comes to nursing care for people with urgent and emergency cases, there appears a somewhat delicate matter: The fact that nurses perform procedures that are not their specialty, these procedures are of a medical nature. This issue is widely debated these days, given the risks of performing or not these procedures. The Code of Ethics of Nursing says it is forbidden to deny care to people who require it, but if the provider performs procedures that are not within its competence and the patient is injured, constitutes willful misconduct, fault of the nurse, he can even have their diploma revoked. Remember that these procedures in case of emergency and urgency, are performed by nurses in order to save the life of the patient and provide for their welfare.

Key-words: Urgency and emergency, SAMU, procedures, service.

1 INTRODUO

Pode-se observar que o Servio de Atendimento Mvel de Urgncia bastante solicitado nos dias de hoje, pois atende no somente vtimas de acidentes de trnsito como comumente visto, mas realiza atendimentos a todo tipo de paciente que necessita de procedimentos de carter de urgncia ou emergncia. O Enfermeiro deve estar bem preparado para a hora do atendimento porque sua atuao de suma importncia, j que os procedimentos devem ser rpidos e eficazes, alm de ser proibido negar assistncia de enfermagem em caso de urgncia ou emergncia, como est escrito no artigo 26 do Cdigo de tica dos profissionais de enfermagem.

Art. 26 Negar Assistncia de Enfermagem em qualquer situao que se caracterize como urgncia ou emergncia (COFEN, 2007)

A RESOLUO CFM n 1451/95 do Conselho Federal de Medicina de 10 de maro de 1995 [publicada no Dirio Oficial da Unio em 17.03.95 - Seo I - Pgina 3666] estabelece nos Pargrafos I e II do Artigo I as definies para os conceitos de urgncia e emergncia, a serem adotas na linguagem mdica no Brasil.

"Artigo 1 - Os estabelecimentos de Prontos Socorros Pblicos e Privados devero ser estruturados para prestar atendimento a situaes de urgncia-emergncia, devendo garantir todas as manobras de sustentao da vida e com condies de dar continuidade assistncia no local ou em outro nvel de atendimento referenciado."

"Pargrafo Primeiro - Define-se por URGNCIA a ocorrncia imprevista de agravo sade com ou sem risco potencial de vida, cujo portador necessita de assistncia mdica imediata."

"Pargrafo Segundo - Define-se por EMERGNCIA a constatao mdica de condies de agravo sade que impliquem em risco iminente de vida ou sofrimento intenso, exigindo, portanto, tratamento mdico imediato." (COFEN, 1995).

O Ministrio da Sade lanou, em 2003, a Poltica Nacional de Urgncia e Emergncia com o intuito de estruturar e organizar a rede de urgncia e emergncia no pas. Desde a publicao da portaria que instituiu essa poltica, o objetivo foi o de integrar a ateno s urgncias. Hoje a ateno primria constituda pelas unidades bsicas de sade e Equipes de Sade da Famlia, enquanto o nvel intermedirio de ateno fica a encargo doSAMU 192 (Servio de Atendimento Mvel as Urgncia),dasUnidades de Pronto Atendimento (UPA 24H),e o atendimento de mdia e alta complexidade feito nos hospitais. (MINISTRIO DA SADE).

A enfermagem uma profisso que se desenvolveu atravs dos sculos, mantendo uma estreita relao com a histria da civilizao. Neste contexto, tem um papel preponderante por ser uma profisso que busca promover o bem estar do ser humano, considerando sua liberdade, unicidade e dignidade, atuando na promoo da sade, preveno de enfermidades, no transcurso de doenas e agravos, nas incapacidades e no processo de morrer (Bedin, Eliana et al, 2004).

O nmero de atendimentos nos servios de emergncia no Brasil tem crescido consideravelmente nos ltimos tempos, pelas mais variadas causas. Entre os fatores que justificam a ocorrncia est o crescimento desordenado da populao, o aumento da criminalidade, da violncia, a maior expectativa de vida, o aumento significativo de acidentes e a insuficiente estruturao da rede de servios de sade. Isso tem transformado a rea de urgncia numa das mais discutidas do sistema de sade (BRASIL, 2002).

constante nos dias de hoje o enfermeiro realizar procedimentos que no so de sua competncia legal, como partos, puno jugular externa e intubaes, para que seja resguardada a vida do paciente. Porm essa uma questo muito delicada pois o profissional deve avaliar criteriosamente a sua competncia tcnica, cientfica, tica e legal e somente realizar o cuidado se for capaz de desempenho seguro para si e para o paciente.

Com isso decidiu-se abordar o tema Procedimentos que no so de competncia legal dos enfermeiros, mas so realizados para que seja resguardada a vida do paciente para descrever e fundamentar as aes do enfermeiro diante de situaes de urgncia e emergncia.

Identificar e discutir procedimentos que no so de competncia legal dos enfermeiros, por vez, podem ser realizados para que seja resguardada a vida do paciente, caso o profissional tenha conhecimento e segurana para realizar tal procedimento.

2 MATERIAIS E MTODOS

Trata-se de um estudo bibliogrfico, descritivo-exploratrio e retrospectivo com anlise integrativa, sistematizada e qualitativa.

O estudo se baseia em literaturas estruturadas, obtidas de livros e artigos cientficos provenientes de bibliotecas convencionais e virtuais. O estudo descritivo-exploratrio visa aproximao e familiaridade com o fenmeno-objeto da pesquisa, descrio de suas caractersticas, criao de hipteses e apontamentos, e estabelecimento de relaes entre as variveis estudadas no fenmeno (GIL, 2008).

Pesquisa qualitativa em sade trabalha diversos significados, motivaes, crenas, valores e atitudes, correspondendo a um espao mais profundo das relaes, dos processos e dos fenmenos que no podem ser reduzidos operacionalizao de variveis (MINAYO, 2003).

Aps a definio do tema foi feita uma busca em bases de dados virtuais em sade, especificamente na Biblioteca Virtual de Sade BIREME. Foram utilizados os descritores: Urgncia e Emergncia, SAMU e Trabalho de enfermeiros no SAMU. O passo seguinte foi uma leitura exploratria das publicaes apresentadas no Scientific Eletronic Library on-line (SciELO) e livros, no perodo de 18 de agosto a 14 de setembro, caracterizando assim o estudo retrospectivo, em outros idiomas, buscando as fontes virtuais, os anos, os peridicos, os idiomas, os mtodos e os resultados comuns.

Para o resgate histrico utilizou-se livros e revistas impressas que abordassem o tema e possibilitassem um breve relato da evoluo da enfermagem psiquitrica e sua relao nos dias de hoje com a Sistematizao da Assistncia de Enfermagem.

Realizada a leitura exploratria e seleo do material, principiou-se a leitura analtica, por meio da leitura das obras selecionadas, o que possibilitou a organizao das idias por ordem de importncia e a sintetizao destas que visou a fixao das ideias essenciais para a solu