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Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis na Cidade de São Paulo Vera Helena Lessa Villela e Renata Yuriko Yida Ogawa Nutricionistas – Equipe de DANT/CCD/COVISA Secretaria Municipal de Saúde de São Paulo Coordenação de Vigilância em Saúde (COVISA) Centro de Controle de Doenças (CCD) 1ºSeminário de Alimentação e Nutrição Paulistana

Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis na ... · dados relacionados à saúde que afetam uma ... Público alvo: indivíduos com 18 anos ou mais residentes nas capitais

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Vigilância das Doenças e Agravos Não Transmissíveis na Cidade de São Paulo

Vera Helena Lessa Villela e Renata Yuriko Yida OgawaNutricionistas – Equipe de DANT/CCD/COVISA

Secretaria Municipal de Saúde de São PauloCoordenação de Vigilância em Saúde (COVISA)

Centro de Controle de Doenças (CCD)

1ºSeminário de Alimentação e Nutrição Paulistana

CoordenaCoordenaçção de Vigilância em Saão de Vigilância em Saúúdede

Criada em 2003, órgão responsável pelo SMVS

no MSP

COVISACOVISA

Gerênciade

VigilânciaAmbientalGVISAM

Gerência doCentro de Controle

de ZoonosesGCCZ

Gerência doCentro deControlede

DoençasGCCD

Gerência deVigilância

Sanitária deProdutos e ServiçosGPSIS

Gerênciade

Recursos Humanos

Gerênciade

Administraçãoe Finanças

GEAF

Assessorias/Núcleos

SUVISAções descentralizadas e integradas

de vigilância em saúde

COORDENAÇÃO:Ines Suarez Romano

CCDRosa M D. Nakazaki

SUBGERÊNCIAIMUNIZAÇÃOLígia Nerger

SUBGERÊNCIAD. TRANSMISSÍVEISNaomi Komatsu

SUBGERÊNCIADANT

Ruy Paulo D’Elia Nunes

ORGANIZAÇÃO DE COVISA

CONCEITO DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE

Processo contínuo de coleta, análise e interpretação de dados relacionados à saúde que afetam uma determinada população, e essenciais ao planejamento, implementação e avaliação da prática de Saúde Pública

Disseminação rápida destas informações para aqueles responsáveis pela promoção à saúde, prevenção e controle, incluindo a própria população.

CONCEITO DE VIGILÂNCIALei Orgânica da Saúde(Lei 8080 de 20/09/90)

� Conjunto de ações que propiciam o conhecimento, a detecção ou prevenção de qualquer mudança nos fatores determinantes e condicionantes da saúde individual ou coletiva, com finalidade de recomendar e adotar as medidas de prevenção e controle das doenças ou agravos.

�A alta prevalência e mortalidade (80% dos óbitos em São Paulo) relacionadas com as doenças e agravos não-transmissíveis

PORQUE VIGILÂNCIA EM DANT?

� Desenvolvimento de sistemas de vigilância e monitoramento de doenças

e agravos não-transmissíveis

PREVALÊNCIA ELEVADA X PREVALÊNCIA BAIXA PREVALÊNCIA ELEVADA X PREVALÊNCIA BAIXA

AtuaAtuaçção no coletivo ão no coletivo AtuaAtuaçção no doenteão no doente

MULTICAUSALIDADE X UM AGENTE CAUSALMULTICAUSALIDADE X UM AGENTE CAUSAL

Controle de riscos e ambientes Isolamento do dControle de riscos e ambientes Isolamento do doenteoente

INSTALAINSTALAÇÇÃO LENTA X INCUBAÃO LENTA X INCUBAÇÇÃO RÃO RÁÁPIDAPIDA

Tendência secular Tendência secular SazonalidadeSazonalidade

CONTROLE E NÃO CURA X CURA E VACINACONTROLE E NÃO CURA X CURA E VACINA

Custo, adesão, qualidade de vida Tratamento individuaCusto, adesão, qualidade de vida Tratamento individual l

PROMOPROMOÇÇÃO DE SAÃO DE SAÚÚDE IMUNIZACÃO DE IMUNIZACÃO ENFOQUE COLETIVO E AMBIENTAL E CONTROLE DE FOCOENFOQUE COLETIVO E AMBIENTAL E CONTROLE DE FOCO

ESESPECIFICIDADESPECIFICIDADES da VIGILÂNCIA das DANTSda VIGILÂNCIA das DANTS

AGR.NÃO TRANSMISSAGR.NÃO TRANSMISSÍÍVEISVEIS X X D.TRANSMISSD.TRANSMISSÍÍVEISVEIS

TRANSMISSÍVEIS x NÃO TRANSMISSÍVEIS

� Dado que não existe transmissibilidade, o reconhecimento dos casos individuais, que podem ser elos da cadeia de transmissão, não érelevante para a maioria das DANT

� A exceção é a violência domiciliar, que tende a se repetir se não houver uma intervenção multidisciplinar direcionada à situação de violência que envolve agressor, agredido e família.

VIGILÂNCIA DAS DANT NO BRASIL

� No Ministério da Saúde, a Instrução Normativa nº 1, de 5/9/2002, institui o Subsistema Nacional de Vigilância das Doenças e Agravos Não- Transmissíveis -SIDANT.

� Posteriormente, transforma-se na Coord. Geral de Doenças e Agravos Não-Transmissíveis da Secretaria de Vigilância em Saúde (SVS-MS)

� Na Secretaria de Estado de Saúde de São Paulo, desde a criação do CVE, em 1985, temos a Divisão de Vigilância das Doenças Crônicas Não-Transmissíveis (DCNT)

NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO2001 – IMPLANTAÇÃO DA VIGILÂNCIA EM DANT

2004- I Fórum DANT- Almanaque DANT nº 00 e 01- Pactuação do TCM (termo de compromissos e metas) 1 interlocutor de DANT por SUVIS- Elaboração e aprovação de projeto de Capacitação para avaliação da efetividade da Promoção da Saúde em DANT (CAEPS)

2005- Pactuação do projeto CAEPS nos vários níveis da SMS- Articulação do piloto do SIVVA (Sistema de Informação e Vigilância de Violência e Acidentes)

2006- CNPQ: Elaboração e Aprovação de projeto de pesquisa em parceria com a Fac. de Saúde Pública da USP – Painel de Monitoramento das ações de Promoção da Saúde em DANT.

- - Alinhamento conceitual e construção dos 21 Projetos de Pesquisa do CAEPS

NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

2007

� Monitoramento e Suporte para projetos de Pesquisa do CAEPS

� Almanaque nº 03 – junho 2007

2008

� OFICINAS DO SIVVA: Implantação e Implementação do SIVVA nas 5 CRS.

� Reuniões Técnicas Regionais do CAEPS nas 5

� Almanaque nº 04.

� II Fórum DANT - Efetividade das Ações da promoção da Saúde – Ações Desenvolvidas em SMS e Perspectivas Futuras

2009

� Cadernos Técnicos CAEPS (lançamento em set/2009)

� Almanaque DANT nº 05

� Treinamento para utilização do TABNET do SIVVA

MISSÃO DA DANT

� Recolher, sistematizar e analisar toda a informação sobre doenças e agravos não transmissíveis, seus

fatores de risco e de proteção, apoiando e participando das iniciativas que visem a redução da morbimortalidade por essas doenças, dentro dos

princípios da promoção de saúde.

� Desenvolver sistemas de vigilância e monitoramento de doenças e agravos não-transmissíveis

DE ONDE VEM A INFORMAÇÃO DE DANT?

� Propõe-se instrumento de coleta de informação, que pode ser contínua, como as fichas de notificação compulsória de doenças, ou cíclica, com a realização periódica de inquéritos epidemiológicos.

� Através da análise de bancos de dados complementares, como os atestados de óbitos e os registros de atendimentos em serviços de saúde.

� Dados relacionados aos fatores condicionantes e determinantesdo processo saúde – doença que dêem conta da complexidade eintersetorialidade do campo da saúde na atualidade.

Vigilância de DANT: Indicadores e Fontes sugeridos, MS e CCD/GDANT

VIGILÂNCIA DE DOENÇAS E AGRAVOS NÃO-TRANSMISSÍVEIS E SEUS FATORES DE RISCO

MORTALIDADE MORBIDADE FATORES DE RISCO

PROAIMHospitalar(SIH)

Ambulatorial (SIGA)

Notificação de violência (SIVVA)

Inquéritos de Saúde

Condições de vida e de trabalhoTecnologia, Comunicação, Valores

Transporte, Tempo Relações, Família, Grupo

Distúrbios emocionais, afetivosOferta de Alimentos, Propaganda

Agrotóxicos, Preços, AcessoDrogas, abuso de álcool,Tabagismo

Estresse, Depressão, Violências, Acidentes > gorduras, sal, glicídios< frutas, vegetais e cereais

ObesidadeBaixo Peso ao Nascer

Alterações DNAAlterações hormonaisDegeneração Órgãos Fibrose pulmonarSedentarismo

DiabetesViolênciasAcidentes

Aterosclerose HipertensãoIAM, AVC,Cardiopatias NeoplasiasOsteoporoseArtrosesDPOC

VIGILÂNCIA EM DANTVIGILÂNCIA EM DANTDETERMINANTES

REDE CAUSAL REDE CAUSAL –– Processo SaProcesso Saúúde de –– DoenDoençça em DANTa em DANTnascimento infância adolescência adulto idosonascimento infância adolescência adulto idoso

Critérios para identificação de prioridades para o desenvolvimento de sistemas de

vigilância

�Magnitude do dano

� Severidade do dano

� Vulnerabilidade do dano

�Risco atribuível

� Possibilidade de compatibilizar intervenções em programas integrais e polivalentes

VIGILÂNCIA EM DANTESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

� PRIORIZAR A PROMOÇÃO DE SAÚDE E A PREVENÇÃO

- Redução de doenças e agravos

- Melhora de condições de vida

- Participação e empoderamento (empowerment)das comunidades

- Redução de gastos e ganhos econômicos

VIGILÂNCIA EM DANTESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO

� ATUAR JUNTO AOS “SAUDÁVEIS”

- Sem deixar de trabalhar com os que chegam doentes às US, envolver também a população “saudável” - grupos e ciclos de vida

- Levar as ações para as organizações e locais fora da unidade de saúde

- Envolver a comunidade em todos os passos do programa, do diagnóstico à avaliação.

Frentes de trabalho da Subgerência de DANT na cidade de São Paulo

� Acidentes e Violências

� Doenças não Transmissíveis

� Promoção da Saúde

� Análise Epidemiológica

Frentes de trabalho da DANT na cidade de São Paulo – Análise Epidemiológica e Doenças

Não Transmissíveis� Elaboração dos Boletins VIGITEL – com dados extraídos do Monitoramento de fatores de risco e proteção para doenças não transmissíveis, por meio do VIGITEL, um inquérito telefônico abrangendo todas as capitais brasileiras.

� Elaboração de Relatórios MONIDANT (2005), MONIDANT (2006)Monitoramento de mortalidade por DANT na cidade de São Paulo, além de alguns dados de internação e de custos, segundo padronização do Ministério da Saúde.

� Participação em grupo de trabalho para análise do ISA-CAPITAL 2008.

Inquérito de Saúde no Município de São PauloISA CAPITAL

Fonte: CeInfo

� O que é? Pesquisa SMS/USP para conhecer com mais detalhes o perfil epidemiológico da população da cidade de São Paulo

� Para quê? Fornecer mais elementos para fundamentar as políticas de saúde em SP (banco de dados que irá gerar informações sobre aspectos atuais da situação de saúde da população paulistana e uso de serviços de saúde)

� Por que? Sistemas de informação em saúde apresentam lacunas que podem ser supridas por inquéritos como o ISA – Capital

� Como? Pretende mostrar tendência temporal, pois será possível comparar dados de 2003 e 2008. Exemplos de variáveis: morbidade referida nos últimos 15 dias, doenças crônicas (hipertensão, diabetes); consumo alimentar; saúde mental; exames preventivos.

� Os profissionais das Suvis terão acesso a esse banco de dados? O CEINFO realizará capacitações para conhecimento e utilização desse banco; divulgação por cadernos temáticos

� Total de entrevistados: 3271 (47,4%- masculino e 52,6% feminino)

IMC – Obesidade - 2003

8,2

1,4

11,511,0

18,4 18,4

11,3

17,7

0

5

10

15

20

25

%*

18 a 29 30 a 49 50 a 69 70 e mais

Masculino Feminino

Masculino – P=0,1692 Feminino – P<0,0001

ISA CAPITAL (IMC >= 30 Obesidade em 2003)

Fonte: CeInfo

ISA CAPITAL 2008 (IMC >=30 Obesidade em 2008)

IMC – Obesidade - 2008

6,77,8

15,1

12,5

19,6

22,1

7,7

22,1

0

5

10

15

20

25

%*

18 a 29 30 a 49 50 a 69 70 e mais

Masculino Feminino

Masculino – P=0,0006 Feminino – P<0,0001 Fonte: CeInfo

ISA CAPITAL 2008 - IMC >= 30kg/m2 – Obesidade (18 anos e mais) em 2003 e 2008

IMC – Obesidade (18 anos e mais)

10,9

13,8

8,7

12,1

13,7

15,8

0

2

4

6

8

10

12

14

16

18

2003 2008

%*

IC 95%

Fonte: CeInfo

VIGITEL – Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por Inquérito Telefônico

(Ministério da Saúde)� Amostra na cidade de São Paulo: 2013 entrevistados

� Monitoramento baseado em inquérito telefônico tendo como objeto de investigação os fatores de risco para doenças não transmissíveis

� Público alvo: indivíduos com 18 anos ou mais residentes nas capitais brasileiras (Ministério da Saúde)

� Focos:

� Atividade física;

� Consumo de álcool;

� Hipertensão arterial e diabetes;

� Excesso de peso e obesidade;

� Tabagismo;

� Consumo alimentar

� Divulgação: boletins a serem publicados

� Possibilidades futuras: regionalização dentro da Cidade de São Paulo

VIGITEL 2008 – Alguns resultados (excesso de peso em homens)

VIGITEL 2008 – Alguns resultados (excesso de peso em mulheres)

VIGITEL 2008 – Alguns resultados (excesso de peso segundo faixa etária e escolaridade)

VIGITEL 2008 – Alguns resultados (Percentual de homens que consomem F,L e V - 5 ou + porções diárias, , segundo as capitais e DF).

VIGITEL 2008 – Alguns resultados (Percentual de mulheres que consomem F,L e V - 5 ou + porções diárias, ,

segundo as capitais e DF).

VIGITEL 2008 – Alguns resultados (Consumo recomendado de F,L,V por sexo, segundo idade e escolaridade)

Frentes de trabalho da DANT em Acidentes e Violências - SISTEMA DE INFORMAÇÃO PARA A VIGILÂNCIA DE VIOLÊNCIAS E ACIDENTES SIVVA ( amparada pela LM 13.671/03)

� notificação de violências e acidentes nos serviços ambulatoriais (at básica e especializada), urgência e emergência do SUS e dos hospitais privados;

� qualificar as violências e os acidentes;

� avaliar o impacto das violências e dos acidentes no setor saúde;

� elaborar estratégias de intervenção:

� formular políticas públicas intersetoriais de enfrentamento da violência e do acidente.

Frentes de trabalho da DANT em Promoção da Saúde

TEMAS:TEMAS:Atividade física – MTPIS

Tabagismo

Hipertensão

Vigilância Nutricional

Vigilância de óbitos

Diabetes

Violência

Visita Domiciliar no PSF

Terapia Comunitária

Participação popular

Conselhos Gestores

Envolvimento:Envolvimento:

107 serviços de saúde

19 SUVIS

Início : 140 profissionais

Finalizando : 95

CAEPS – Capacitação em Avaliação da Efetividade em ações de Promoção de Saúde

� Projeto CAEPS (Capacitação em Avaliação da Efetividade da Promoção da Saúde) – 21 projetos na Cidade de São

Paulo

� Divulgação integral dos trabalhos em meio eletrônico e

publicação de artigos no “Caderno Técnico”

CAEPS – Capacitação em Avaliação da Efetividade em ações de Promoção de Saúde em DANT

Frentes de trabalho da DANT em Promoção da Saúde

� Almanaque DANT

Almanaque nº0

Almanaque nº1

Almanaque nº2

Almanaque DANT

Almanaque nº3

Almanaque nº4

Próximo nº:5

Em fase de impressão

Almanaque DANT – Artigos relacionados àAlimentação e Nutrição

Sessão: “Comer Bem”

Almanaque DANT – Artigos relacionados àAlimentação e Nutrição

Sessão: “Gato por Lebre” Sessão: “Qual é sua dúvida?”“Teia da Saúde”

Bom Prato

AT.BÁ

SICA

COVISA

C.REGIO

NAIS

SUVIS

UNID.de SAÚDE

ConstruConstruçção da Polão da Políítica Municipal de Enfrentamento da Violência tica Municipal de Enfrentamento da Violência --ConstruConstruçção da Vigilância da Violênciaão da Vigilância da Violência

20102010

20092009

IntegraIntegraçção com MTPIS ão com MTPIS –– capacitacapacitaçções e avaliaões e avaliaçção de prão de prááticas ticas

Monitoramentos Monidant, Vigitel e ISAMonitoramentos Monidant, Vigitel e ISA--CAPITALCAPITAL

Continuidade das aContinuidade das açções de Promoões de Promoçção da Saão da Saúúde em DANTde em DANT

COMPOSIÇÃO DA EQUIPE DE DANT CCD - COVISA

� Ruy Paulo D’Elia Nunes� Médico

� Cleide de Paula� Assistente Social

� Maria Lúcia Scalco� Psicóloga

� Cristina França� Psicóloga

� Carmen Helena Seoane Leal� Médica

� Renata Yuriko Yida Ogawa� Nutricionista

� Rosana Burguez Diaz� Enfermeira

� Denise Condeixa� Assistente Social

� Vera Helena Lessa Villela� Nutricionista

� Suely Miya S. R. Albuquerque� Médico

http://portal.prefeitura.sp.gov.br/secretarias/saude/vigilancia_saude/dant/0015