Mrio Viegas
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Editorial
Vila-a-DentroO Prior J. Cunha Duarte
2014 MAR
CORRUPO
Os presidentes da TAP (624.422,21), da CGD (560.912,80), da
Parpbl ica (249.896,78), das guas de Portugal (205.814,00), da
administrao dos CTT (336.662,59), da administrao da RTP
(254.314,00) e outros ganham mais que o Presidente da Repblica
(cerca de 140 mil euros). No se pode criar riqueza suficiente para
alimentar esta clientela. +
O Papa cool? Claro que . Mas seria mais honesto dizer que muita
gente andou distrada nos ltimos anos; a necessitar de um bom
tradutor como Jorge Bergoglio, para compreender a simplicidade
desta mensagem: os tempos mudam e a igreja sempre soube mudar com o
tempo. Por isso tem 2000 anos de vida e continua a mobilizar
pessoas em todo o mundo. A 'bno' da Rolling Stone tambm uma
rendio.
Henrique Monteiro, in Expresso, 01.02.2014
Quando o poder, o luxo e o dinheiro se tornam dolos, acabam por
se antepor exigncia duma distribuio equitativa das riquezas.
Portanto, necessrio que as conscincias se convertam justia,
igualdade, sobriedade e partilha.
Papa Francisco, Mensagem para a Quaresma
Sempre que em Portugal se pretende racionalizar qualquer rede,
seja de sade, seja de transportes, seja de justia, seja do que for,
a oposio partidria est naturalmente contra. Jorge Larco fez uma
interveno durante 59 minutos numa audio a um ministro. o que se
chama chover no molhado. Foi comisso s para dar nas vistas. Foi
ouvir-se.
CAI O CARMO E A TRINDADEUma escola tem dois alunos e vai fechar.
Aqui d'el rei, vocifera a mezinha. Um quar-tel ficou desativado,
aqui d'el rei, vocifera o presidente da cmara. A populao
deslo-cou-se e fecha-se uma esquadra da polcia, aqui d'el rei e
ameaa-se com uma provi-dncia cautelar. Um centro de sade fecha a
urgncia porque h poucos doentes e deslocou-se para outro lugar,
aqui d'el rei, era o que faltava. Um banco fecha uma agncia que no
rentvel, aqui d'el rei, s querem explorar o povo. A EDP fecha um
atendimento ao pblico, aqui d'el rei que no est ao servio da
populao. Uma repartio de finanas fecha e precisa apenas de uma
secretria numa cmara ou junta de freguesia, ai Jesus que agora que
so elas. Fecha uma maternidade (nascem poucas crianas), credo,
cruzes, canhoto. Um tribunal fecha as portas porque tem poucas
causas litigiosas e d reforo a outro, cai o Carmo e a Trindade.
Tudo isto apoiado pelo oposio roscofe que temos para a plateia
bater palmas. +
Portugal poltico e intelectual descobriu Mi-r. A Parvalorem uma
empresa que gere a carteira de crditos do BPN de modo a que isso
diminua a comparticipao de todos os portugueses. Quando uma empresa
vai falncia a preocupao vender os bens de modo a realizar dinheiro
para pagar aos cre-dores. Os quadros so dos credores. Se no forem
vendidos teremos de pagar 35 milhes. A demagogia da oposio afirma
que os quadros so dos portugueses. +
PRAXESVivemos numa sociedade onde a boa educao vista como uma
coisa anti-quada, onde a ideia de cavalheirismo vilipendiada como
sendo reacionria, onde o insulto grotesco mais depressa visto como
um exerccio de liberdade do que como um abuso, onde a exibio pblica
das misrias da natureza humana garante audincias no prime-time das
televises, onde se aceita essa estranha "normali-dade" de as
claques dos clubes s se deslo-carem rodeadas por polcias, onde se
per-deu a noo de que h uma diferena entre vcios e virtudes e reina
um relativismo que faz com que tudo se torne equivalente. +
Jos Manuel Fernandes, jornalista
ortugal est rotulado como um pas corrupto. No sculo XXI, a
Pcrise econmica aumentou a
corrupo. Esta atingiu todas as classes sociais. O 25 de Abril no
gerou uma sociedade nova, trabalhadora, respon-svel e honesta. Foi
uma grande vitria para os direitos do trabalhador, mas esqueceram
de dizer-lhe que tambm tm deveres a cumprir. Os homens do Poder
aproveitaram-se bem. Conti-nuam a fazer leis sua medida como
qualquer pas subdesenvolvido. Os Deputados legislam de acordo com
os interesses que tm l fora. Diz-se que o Parlamento o maior centro
econmico do pas. Quando saem do Governo tm logo espera um tacho
milionrio. fcil de ver porqu. As benesses geram contrapartidas.
Todos se lembram de casos que andaram na praa pblica e como a nossa
Justia os resolveu. O povo diz que foi uma vergonha. Polticos e a
alta finana foram acusados mas nem sempre condenados. Faltou
imparcialidade e vontade poltica. O pas ficou de tanga com roubos
mi-lionrios. Quem pagou foi o pobre traba-lhador e reformado que
est inocente. Impostos e cortes geraram uma revolta no povo. Os
ladres e fraudulentos, os corruptos continuam a sorrir ladeados por
advogados que bem os sugam. A corrupo atinge todas as classes
sociais: Mdicos, enfermeiros, advo-gados, polticos, banqueiros.
Depois h os expert que sacam milhares e milhes aos seguros,
Segurana Social e a diversas entidades. Os que pagam o IVA so uma
minoria. Todo o mundo foge. Vale tudo. A imaginao prodigiosa. Assim
o pas no se reabilita para haver trabalho e po para todos. E a
procisso parece que ainda vai no adro. Perante tanta corrupo, as
fi-nanas ficaram com o vazio e veio a Troika que a todos
envergonhou. Foi preciso vir gente de fora para governar este pobre
pas. Contudo a corruo ainda continua. Quase todos os dias surge a
notcia de milhares e milhes de euros que desaparecem. At quando?
+
Portugal
est rotulado
como um
pas
corrupto.
Reporter 14.11.2013. Costa Guimares, jornalista
Joo Marcelino Dirio de Notcias
PEDIU AUSTERIDADE?
RESTAURANTE DE Visite, em Lisboa, o melhor restaurante de preos
mdicos. Entrada: Caviar beluga 1 . Ementa: Gambas, camaro tigre,
lavagante, sapateira, queijo da Serra, presunto de Barrancos,
garoupa e bife do lombo. Vinho: Quinta da Bacalhoa, 3. Bebidas:
Cerveja Mini 0,10, Vodka Eristoff 1,50, Gin Bombay Sapphire 1,65,
Whisky Famous Grouse 2, 1 garrafa de champanhe Krug 3 , Caf
0,05.Para outras especialidades, ver lista ou tel. 213919000, do
Palcio de S. Bento. Mas no vai lamber a beia. Quem paga tudo isto
voc e eu. +
NATALIDADEEm 2011, a quebra da natalidade foi notcia porque,
pela primeira vez, ficmos muito aqum dos 100 mil nascimentos. Em
2013, nem aos 83 mil chegmos. Quando que a curva vai parar de
descer? Que conse-quncias para o futuro? O cenrio tudo menos
cor-de-rosa. +
O MIR E MIRONES
MELHOR
2014 MAR
NAS BOCASPBLICO & NOTRIO
Dr. Emanuel Guerreiro
Faro
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MIRS E MIRONES
O lha-se para a atitude do PS diante dos Mirs e v-se Portugal
primeiro, impede-se a venda, e depois logo se v como tapar o buraco
dos 36 milhes. a poltica socialista em todo o seu esplendor: de
buraco em buraco at cratera final. H quem se pergunte: mas, afinal,
o que que
VISITE: Portal Ecclesia. Igreja Catlica em Portugal.
www.agencia.ecclesia.pt | www.agencia.ecclesia.pt/radio
Joo Miguel Tavares, Lisboa
FUNDAMENTALISMO
O mundo contemporneo diz ter horror ao fundamentalismo.
Entenda-se: ao fundamentalismo religioso. Nisso, os ataques de
origem muulmana que tm ceifado centenas de vtimas ao longo destes
ltimos decnios so tomados como o grande exemplo. Mas, depois,
habitualmente mal
D. Nuno Brs, Lisboa
so 36 milhes diante dos quatro mil milhes de euros que o BPN j
nos custou (e continua a custar)? <
contadas e preconceituosas, aos relatos desses massacres logo se
juntam todas as estrias do chamado "fundamentalismo cristo". claro
que, para a opinio pblica e para os seus fazedores no existe,
partida, fundamentalismo judaico, ou budista, ou hindu, porque
esses no incomodam, a ns europeus e ocidentais, que queremos viver
comodamente e sem preocupaes alis, do oriente s nos vem uma forma
etrea de viver: de paz, de tranquilidade, da harmonia, de introspeo
leia-se: de autojustificao dos nossos pecados e do nosso bem-estar
De l no nos chegam nunca notcias de violncias nem de guerrasTudo o
que vai contra os dogmas do mundo contemporneo ocidental rotulado
de fundamentalismo. fundamentalismo no defender os "direitos dos
animais"; fundamentalismo no ser ecologista; fundamentalismo no
achar que o Matrimnio uma realidade passageira, que deve durar
apenas enquanto durar a paixo; fundamentalismo no defender os
"direitos dos homossexuais"; fundamentalismo ser contra o aborto.Ao
contrrio, j no fundamentalismo uma desconhecida agncia da ONU
exigir Igreja que deixe de ser contra o aborto; no fundamentalismo
raparigas seminuas invadirem celebraes eucarsticas com protestos
contra os cristos, em Frana e em Espanha; no fundamentalismo ser
multado pelo Estado francs porque se ofereceu, silenciosamente, uns
pequenos sapatos de recm-nascido a uma mulher que queria praticar o
aborto; no fundamentalismo proibir que se seja cristo em tantos
pases muulmanos; no fundamentalismo os arcebispos de Bruxelas e
Madrid serem ofendidos publicamente porque se limitaram a dizer as
verdades incmodas do Evangelho; no fundamentalismo defenderem que
os cristos se deviam calar para que apenas os autoproclamados
"bem-pensantes" deste mundo se possam fazer ouvir Estranho e
contraditrio mundo, este que o nosso! O perdo continua a ser a
exigncia evanglica. Mas o mesmo Evangelho h-de ser proclamado.
Ainda que faam a chantagem de nos marcarem com o rtulo de
"fundamentalistas".
