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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal

Violência - Sinpro DF...Violência nas escolas pblicas do istrito ederal 7 A cada 7 minutos, em algum lugar do mundo, uma criança ou um adolescente, entre 10 e 19 anos, é morto,

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Violêncianas escolas públicasdo Distrito Federal

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Violêncianas escolas públicasdo Distrito Federal

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SUMÁRIO

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APRESENTAÇÃO 5

INTRODUÇÃO 7

METODOLOGIA 10

EIXOS DA PESQUISA 14

Violência sofrida por professores(as) 17

Violência entre estudantes 18

Violência de estudantes contra professores(as) 22

Violência entre professores(as) 23

Violência de professores(as) contra estudantes 25

ORIGENS DA VIOLÊNCIA 27

CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA 29

CAMINHOS CONTRA A VIOLÊNCIA 32

CONCLUSÃO 36

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APRESENTAÇÃO

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 5

Realizada pela Metro Pesquisa para

o Sindicato dos Professores no

Distrito Federal (Sinpro-DF), a pesquisa

“Violência nas escolas” levanta dados

sobre essa realidade nos centros educa-

cionais públicos de Brasília, em especial,

da percepção do corpo docente. Esse

trabalho tem o objetivo de investigar as

causas e de propor ações para a preven-

ção e o enfrentamento da violência.

A pesquisa contou com a participação

de 1.355 professores(as), que respon-

deram questões do formulário dispo-

nível no site do sindicato e enviado por

e-mail. Agradecemos a todos(as) que

colaboraram com esse levantamento,

cujo resultado norteará políticas e ações

que possam mitigar violências físicas

e psicológicas no ambiente escolar.

Vale destacar que o sindicato desenvolve

diversas ações que, indiretamente, ajudam

a prevenir violências específicas, como,

por exemplo, as ações ligadas aos direi-

tos das mulheres e das pessoas LGBT.

Recentemente, o Sinpro lançou a campa-

nha “Abraço Negro” para combater, dentre

outras coisas, as violências ligadas ao

racismo no ambiente escolar e para promo-

ver o respeito à diversidade racial e cultural.

A Secretaria para Assuntos de Saúde do

Trabalhador, criada em 2005, oferece

serviços jurídicos e de escuta psicológica

nas relações de trabalho. O objetivo é

acolher, pesquisar e buscar informações

para rever e criar políticas que previnam

a escala crescente de adoecimentos,

muitos deles relacionados a situações

de assédio moral e violência psicoló-

gica entre profissionais da educação.

A publicação desta pesquisa é mais

um passo do Sinpro-DF para fortalecer

ações que colaborem com a erradicação

de violências que hoje atingem crian-

ças, adolescentes e trabalhadores(as)

em educação. Tomamos esta inicia-

tiva não só pelo nosso papel de zelar

pelas condições de trabalho da nossa

categoria, mas porque acreditamos no

potencial da educação para transformar

realidades rumo a uma cultura de paz.

Diretoria Colegiada do Sinpro-DF

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INTRODUÇÃO

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 7

A cada 7 minutos, em algum lugar

do mundo, uma criança ou um

adolescente, entre 10 e 19 anos, é

morto, vítima de homicídio ou de

alguma forma de conflito armado

ou violência coletiva. Somente em

2015, a violência vitimou mais de 82

mil meninos e meninas nessa faixa

etária – 24,5 mil dessas mortes ocorre-

ram na América Latina e no Caribe.

Esses dados fazem parte do relatório

“Um rosto familiar: A violência na vida de

crianças e adolescentes”, lançado pelo

Fundo das Nações Unidas para a Infância

(Unicef). O estudo traz uma análise

detalhada das mais diversas formas de

violência que crianças e adolescentes

sofrem em todo o mundo: violência disci-

plinar e violência doméstica na primeira

infância; violência na escola – incluindo

bullying; violência sexual; e mortes

violentas de crianças e adolescentes.

Segundo outro relatório do Unicef, sobre

desafios para o Ensino Médio no Brasil,

“os adolescentes mais expostos à violên-

cia são aqueles que vivenciam em sua

trajetória a violação de outros direitos,

como à educação, ao trabalho decente,

à moradia digna, ao acesso ao esporte, à

cultura e à Justiça”. Ao trazer a discussão,

especificamente para a educação, grande

parte da violência do cotidiano escolar

e do entorno da escola acomete adoles-

centes de 15 a 17 anos, isto é, estudantes

que integram o Ensino Médio. Da mesma

forma, esses jovens são os mais atingi-

dos pela exclusão escolar – 1,7 milhões

de adolescentes, segundo a Pesquisa

Nacional por Amostra de Domicílios

(PNAD 2011) – e pelo atraso escolar (31,1%

dos estudantes, segundo Censo de 2012).

Assim, constata-se que a violência reper-

cute diretamente no desempenho dos

estudantes, com ênfase para a rede

pública de ensino. A rede estadual é a

que concentra a maioria das matrícu-

las: 85% das vagas nacionais, das quais

um terço é ocupado por adolescentes

com mais de 18 anos. Vemos, então,

que dentro das salas de aula públi-

cas, é corriqueiro que estudantes mais

velhos convivam com mais novos.

A violência vivenciada no local no

qual moram ou dentro da própria casa

também interfere na trajetória esco-

lar dos adolescentes(as), não apenas

afetando o rendimento escolar deles,

mas, igualmente, incentivando a evasão.

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8 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

Naturalização da percepção das violências

Miriam Abramovay, consultora do Banco

Mundial, afirma, no relatório Violências

nas Escolas, que existe uma tendência

problemática à naturalização da percep-

ção das violências nas escolas; conside-

radas acontecimentos corriqueiros e, por

vezes, legítimos na solução de conflitos.

A complexidade da relação estu-

dante–professor no ambiente escolar

exige dos docentes cada vez mais

habilidades que eles(as) não possuem

(e que não têm sido contempladas

em sua formação) o que também

passa pela valorização das condi-

ções de trabalho e da remuneração.

A violência escolar, assim como o

racismo, não só se concretiza de forma

aberta (agressões, humilhações e assé-

dios, moral e sexual etc.), mas também

de forma sutil, pela falta de reconheci-

mento, de estímulo e da baixa expecta-

tiva dos(as) profissionais da escola em

relação às crianças e aos adolescentes

que não seguem o padrão esperado.

A pesquisa produzida para o Sindicato

dos Professores no Distrito Federal

(Sinpro-DF) busca, em seu primeiro

eixo, medir quais os(as) atores e atrizes

mais envolvidos em atos de violência na

escola; com que frequência esses atos

são presenciados ou vivenciados pelos

respondentes; e como se dá a concreti-

zação dessas violências. Também abre

espaço para relatos espontâneos sobre

as consequências da violência esco-

lar vivenciada, permitindo uma análise

mais profunda sobre essas experiên-

cias e uma avaliação das implicações

no dia a dia laboral dos entrevistados.

Num segundo eixo, os participan-

tes da pesquisa foram convidados a

pensar sobre as origens da violência

presenciada e/ou vivenciada. Aspectos

que vão desde um ambiente fami-

liar desestruturado, até relações de

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 9

poder dentro e fora da sala de aula ou,

ainda, as disparidades econômicas e a

necessidade de autoafirmação, dentre

outros, permearam as opções dadas

aos(às) professores(as) para refleti-

rem sobre as raízes dos problemas.

No terceiro eixo, os(as) professo-

res(as) foram chamados, novamente,

para abordar as consequências da

violência na escola, vinculando-a, ou

não, e de forma estrita, ao desempe-

nho escolar dos estudantes e dos(as)

professores(as) por causa, por exem-

plo, do adoecimento/afastamento

dos(as) docentes. Além disso, apon-

taram possíveis caminhos para conter

a violência no ambiente escolar.

Os(as) professores(as) foram questio-

nados sobre se a violência é discutida

na escola com todos os atores e atri-

zes – sejam eles(as) protagonistas ou

coadjuvantes – e com qual frequência. E,

ainda, sobre como se colocaria – caso a

escola não contemple um – o(a) orien-

tador(a) escolar no enfrentamento à

violência, além do grau de sua importân-

cia relacionada a esse enfrentamento.

Por fim, os(as) professores(as) foram

convidados a escolher entre três opções

que acreditam ser mais eficazes no

combate à violência escolar, priori-

dades essas que transitam entre três

“áreas” principais: um maior envolvi-

mento das partes entre si, uma maior

atenção à segurança/punições e a

terceira, a necessidade de orientação.

Esperamos que esta pesquisa retire a

violência da invisibilidade e que essa

cartilha seja usada nas salas de aula

e em todos os espaços necessários

para a discussão de soluções a fim de

diminuir ou, quem sabe, erradicar esse

problema nas escolas. Os dados comple-

tos estão disponíveis no Sinpro-DF.

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METODOLOGIA

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 11

Pesquisa realizada por meio de formulário no site do Sinpro-DF e enviado por e-mail

Participantes: 1.355 professores(as)

Período: 4/12/2017 a 21/3/2018

Acima de 60 anos

8,41%

De 31 a 40 anos

27,87%

De 41 a 50 anos

38,92%

De 51 a 60 anos

20,66%

De 18 a 30 anos

4,13%

IDADE

Feminino

74,68%

Masculino

25,32%

GÊNERO

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12 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

CIDADE

4,66%

15,85%

5,94%

4,13%

3,68%

4,88%

5,11% 6,76%

16,15%

3,91%

6,46%

5,41%

2,63%

5,86% 8,56%

Bra

zlând

ia

Ceilâ

nd

ia

Gam

a

Guará

Núcle

oB

and

eir

ante

Outr

os

Para

no

á

Pla

nalt

ina

Pla

no

Pilo

to/

Cru

zeir

o

Recanto

das

Em

as

Sam

am

bai a

Santa

Mari

a

São

Seb

ast

ião

So

bra

din

ho

Tag

uati

ng

a

SITUAÇÃO

Aposentado(a)

Ativo(a)

8,41%

91,59%

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 13

1.355 professores(as), que respon-

deram questões pelo formulário disponível no site do

sindicato e por e-mail. A pesquisa foi elaborada em quatro

eixos: no primeiro, procurou-se mensurar quais os(as)

atores e atrizes mais envolvidos(as) em atos de violência

na escola e identificar com que frequência esses atos são

presenciados ou vivenciados. No segundo, os(as) partici-

pantes foram convidados(as) a pensar sobre as origens da

violência presenciada e/ou vivenciada. No terceiro eixo,

abordaram-se as consequências da violência na escola.

Por fim, os(as) professores(as) falaram sobre as propostas

que julgam eficazes a fim de mitigar esse problema.

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EIXOS DA PESQUISA

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 15

Nesse módulo buscamos identificar a vivência do(a) professor(a) com as mais

variadas formas de violência no ambiente escolar: violência entre estudantes; entre

professores(as) e estudantes; entre os(as) professores(as); contra os trabalhadores(as)

da educação e contra o patrimônio escolar. Além disso, pedimos que os(as) participan-

tes da pesquisa compartilhassem suas próprias experiências de violência sofrida.

Dos(as) professores(as) respondentes, 97,15% afirmaram que já presenciaram algum

tipo de violência no ambiente escolar e, 57,17% deles(as), já foram vítima dessa violên-

cia. Apesar disso, quando perguntados(as) se consideram a escola em que atuam

violenta, apenas 34% afirmou que sim, que a escola é um ambiente violento.

97,15%

DADO 1

dos(as) professores(as) já presenciaram algum tipo de violência

Você, professor(a), já sofreu violência?

CONSIDERANDO A SUA EXPERIÊNCIA, VOCÊ DIRIA QUE A SUA ESCOLA É VIOLENTA?

Não

65,7%

Sim

34,3%

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16 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

TIPOS DE VIOLÊNCIAS REGISTRADAS PELAS(OS) PROFESSORAS(ES)

Um aluno levou arma para me matar.

Sofri agressões ao separar briga de estudantes.

Sofri assédio moral e desqualificação do trabalho.

Fui assaltada dentro da sala de aula em 1994.

Riscaram todo o meu carro no estacionamento da escola.

Roubo de veículos dentro do estacionamento da escola.

Roubo e invasão de privacidade. Pegaram meu celular dentro da bolsa, que estava no armário, e espalharam pela instituição escolar minhas conversas, causando grande constrangimento.

Passei por transferência de escola, constantemente, por pensar e ter uma concepção ideológica diferente.

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 17

VIOLÊNCIA SOFRIDA POR PROFESSORES(AS)

VOCÊ JÁ SOFREU ATOS DE VIOLÊNCIA NA ESCOLA?

Não

42,02%

Sim

57,98%

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA VOCÊ SOFREU?

Agressões verbais

Ameaças

Bullying

Agressões preconceituosas

Agressões físicas

Assédio sexual

Outro

43%

29%

11%

10%

9%

6%

9,79%

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18 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

COM QUAL FREQUÊNCIA VOCÊ PRESENCIA ESSES TIPOS DE VIOLÊNCIA?

1. Diariamente

2. De duas a três vezes por semana

3. Uma vez por semana

4. De uma a duas vezes por mês

5. Menos do que uma vez por mês

5,04%

3,78%

5,74%

13,03%

72,41%

43%

22%

17%

14%

7%

QUEM PRATICOU ESSES ATOS DE VIOLÊNCIA CONTRA VOCÊ?

Estudantes

Pais

Outros(as) professores(as)

Diretores(as)

Coordenadores(as)

VIOLÊNCIA ENTRE ESTUDANTES

As agressões verbais são sempre as mais apontadas, independentemente

do sexo ou idade dos(as) respondentes. Entre os mais jovens (até 30 anos),

as agressões preconceituosas aparecem em terceiro lugar dentre os tipos de

violência mais mencionados (no ranking geral aparece em quinta posição).

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 19

VOCÊ JÁ PRESENCIOU ATOS DE VIOLÊNCIA ENTRE OS(AS) ESTUDANTES?

Sim

86,86%

Não

13,14%

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA ENTRE ESTUDANTES VOCÊ PRESENCIOU?

Agressões verbais

Agressões físicas

Ameaças

Bullying

Agressões preconceituosas

Assédio sexual

91%

87%

69%

65%

78%

27%

Os(as) professores(as) mais jovens (de 18 a 30 anos) tendem a enxer-

gar mais a violência entre estudantes: 96,36% dos(as) respondentes dessa

faixa etária afirmaram ter presenciado violência entre estudantes dentro

da escola – na faixa acima dos 60 anos, esse índice é de 75,89%.

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20 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

Não

3,64%

Sim

96,36%

VOCÊ JÁ PRESENCIOU ATOS DE VIOLÊNCIA ENTRE OS(AS) ESTUDANTES?

De 18 a 30 anos

IDADE

Não

24,11%

Sim

75,89%

VOCÊ JÁ PRESENCIOU ATOS DE VIOLÊNCIA ENTRE OS(AS) ESTUDANTES?

Acima de 60 anos

IDADE

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 21

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA ENTRE ESTUDANTES VOCÊ PRESENCIOU?

Agressões verbais

Agressões físicas

Ameaças

Bullying

Agressões preconceituosas

Assédio sexual

Outros

80%

75%

60%

56%

55%

17%

COM QUAL FREQUÊNCIA VOCÊ PRESENCIA ESSES TIPOS DE VIOLÊNCIA?

1. Diariamente

2. De duas a três vezes por semana

3. Uma vez por semana

4. De uma a duas vezes por mês

5. Menos do que uma vez por mês

26,59%

16,91%

15,21%

20,22%

21,07%

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22 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

VIOLÊNCIA DE ESTUDANTES CONTRA PROFESSORES(AS)

VOCÊ JÁ PRESENCIOU ATOS DE VIOLÊNCIA DE ESTUDANTES CONTRA PROFESSORES(AS)?

Não

25,9%

Sim

74,1%

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA DE ESTUDANTES CONTRA PROFESSORES(AS) VOCÊ PRESENCIOU?

Agressões verbais

Ameaças

Agressões preconceituosas

Agressões físicas

Bullying

Assédio sexual

Outro

66,57

50,92%

26,72%

27,01%

17,86%

8,63%

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 23

COM QUAL FREQUÊNCIA VOCÊ PRESENCIA ESSES TIPOS DE VIOLÊNCIA?

1. Diariamente

2. De duas a três vezes por semana

3. Uma vez por semana

4. De uma a duas vezes por mês

5. Menos do que uma vez por mês

11,86%

10,87%

10,43%

25,47%

41,38%

VIOLÊNCIA ENTRE PROFESSORES(AS)

VOCÊ JÁ PRESENCIOU ATOS DE VIOLÊNCIA ENTRE PROFESSORES(AS)?

Não

53,04%

Sim

46,96%

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24 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA ENTRE PROFESSORES(AS) VOCÊ PRESENCIOU?

Agressões verbais

Ameaças

Agressões preconceituosas

Bullying

Assédio sexual

Agressões físicas

Outros

40,44%

13,95%

13,50%

12,08%

6,30%

3,45%

5%

COM QUAL FREQUÊNCIA VOCÊ PRESENCIA ESSES TIPOS DE VIOLÊNCIA?

1. Diariamente

2. De duas a três vezes por semana

3. Uma vez por semana

4. De uma a duas vezes por mês

5. Menos do que uma vez por mês

7,13%

3,57%

5,19%

12,64%

71,47%

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 25

VIOLÊNCIA DE PROFESSORES(AS) CONTRA ESTUDANTES

VOCÊ JÁ PRESENCIOU ATOS DE VIOLÊNCIA DE PROFESSORES(AS) CONTRA ESTUDANTES?

Não

63,17%Sim

36,83%

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA DE PROFESSORES(AS) CONTRA ESTUDANTES VOCÊ PRESENCIOU?

Agressões verbais

Ameaças

Agressões preconceituosas

Bullying

Assédio sexual

Agressões físicas

Outros

28,27%

16,46%

12,47%

11,29%

5,39%

3,76%

2,66%

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26 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

COM QUAL FREQUÊNCIA VOCÊ PRESENCIA ESSES TIPOS DE VIOLÊNCIA?

1. Diariamente

2. De duas a três vezes por semana

3. Uma vez por semana

4. De uma a duas vezes por mês

5. Menos do que uma vez por mês

7,21%

7,82%

9,42%

19,44%

56,11%

RELATOS: CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA SOFRIDA

A situação advinda dos estudantes foi resolvida sem problemas e senti-mentos. O que ainda me causa transtornos psicológicos, que ataca a fibromialgia e que me levou a decidir sair, agora, da escola é o assédio moral (lateral e com passividade da direção). Começou em 2015 e dura até hoje, pois a professora sempre faz piadas e comentários maldosos, além de perpetuar mentira. Isso me fez e faz perder a vontade de ir trabalhar. E o pior é que mesmo grávida em 2016, o assédio continuou. Procurei o vice-diretor pra conversar, mas ele, por ser amigo da profes-sora em questão, não fez nada.

Afastamento da sala de aula, desânimo com a função, vontade de exer-cer outra profissão.

Com relação à violência sofrida pela direção, resolvi o problema acionando o sindicato. Amenizaram os constrangimentos explícitos,

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 27

embora os velados tenham continuado com menos frequência até minha saída da escola no término do ano letivo

Depressão e síndrome do pânico em 2017, faço tratamento até hoje mesmo tendo mudado de escola.

Estresse, ansiedade, decepção, frustração, inferiorização.

ORIGENS DA VIOLÊNCIA

Neste segundo módulo, os(as) participantes da pesquisa foram convida-

dos(as) a pensar sobre as origens da violência presenciada e/ou vivenciada.

Setenta e quatro por cento dos(as) respondentes identificam o ambiente familiar

violento como a principal causa da violência presenciada ou sofrida. Em seguida,

veem a necessidade de autoafirmação e a impunidade como causa do problema.

No entanto, quando confrontamos essa percepção com o sexo do(a) respondente,

ela se modifica. Os professores homens tendem a colocar um peso maior na impu-

nidade como causa da violência do que as mulheres, assim como dão mais impor-

tância aos fatores, como uso de entorpecentes e presença de tráfico de drogas.

Além disso, os(as) professores(as) mais jovens veem com relativa importân-

cia que a violência é também uma resposta à própria violência sofrida.

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28 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

QUE TIPOS DE VIOLÊNCIA ENTRE ESTUDANTES VOCÊ PRESENCIOU?

Ambiente familiar violento

Violência como forma de autoafirmação

Impunidade

Estresse com o ambiente escolar

Violência como resposta à violência recebida

Relação de poder violenta entre estudantes

Estresse em contexto fora da escola

Uso de entorpecentes

Presença de tráfico de drogas

Disparidades em condições econômicas

Relação de poder violenta entre professor(a) e estudante

Relação de poder violenta entre professores(as)

Presença de gangues

74,33%

54%

53,71%

39,61%

37,16%

27,79%

27,63%

27,47%

24,21%

19,48%

13,94%

11,82%

11,49%

PERCEPÇÃO DAS MULHERESQUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA EXPLICAR A VIOLÊNCIA?

Ambiente familiar violento

Violência como forma de autoafirmação

Impunidade

Estresse com o ambiente escolar

Violência como resposta à violência recebida

Relação de poder violenta entre estudantes

Estresse em contexto fora da escola

Uso de entorpecentes

Presença de tráfico de drogas

Disparidades em condições econômicas

Relação de poder violenta entre professor(a) e estudante

Relação de poder violenta entre professores(as)

Presença de gangues

75,45%

56%

52,47%

39,57%

39,80%

27,80%

27,47%

24,78%

20,96%

18,95%

13,23%

11,66%

9,42%

Page 31: Violência - Sinpro DF...Violência nas escolas pblicas do istrito ederal 7 A cada 7 minutos, em algum lugar do mundo, uma criança ou um adolescente, entre 10 e 19 anos, é morto,

Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 29

PERCEPÇÃO DOS HOMENS

QUAIS OS PRINCIPAIS MOTIVOS PARA EXPLICAR A VIOLÊNCIA?

Ambiente familiar violento

Violência como forma de autoafirmação

Impunidade

Estresse com o ambiente escolar

Violência como resposta à violência recebida

Relação de poder violenta entre estudantes

Estresse em contexto fora da escola

Uso de entorpecentes

Presença de tráfico de drogas

Disparidades em condições econômicas

Relação de poder violenta entre professor(a) e estudante

Relação de poder violenta entre professores(as)

Presença de gangues

70,83%

49%

55,77%

38,46%

29,17%

28,21%

27,24%

34,62%

33,33%

21,47%

16,03%

12,50

17,31%

CONSEQUÊNCIAS DA VIOLÊNCIA

Buscou-se identificar, também, as consequências da violência no ambiente escolar

no desempenho dos(as) professores(as) e estudantes. As professoras estimam que,

aproximadamente, um em cada três estudantes sofrem uma piora de desempenho por

causa da violência. Para professores(as) , esse número salta para quatro em cada dez.

Essas estimativas são relativamente estáveis quanto às características dos(as) respon-

dentes; destaque para a tendência de professores(as) mais jovens (De 18 a 30 anos)

relacionar com menos frequência a queda no aprendizado como uma consequência

da violência.

Por fim, procurou-se, nesta pesquisa, averiguar possíveis caminhos contra a violên-

cia no ambiente escolar: A violência é discutida na escola? Com qual frequência? Os

participantes puderam escolher três opções as quais eles(as) acreditam serem mais

eficazes no combate à violência escolar.

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30 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

QUAL A PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE SOFREM UMA PIORA NO DESEMPENHOPOR CAUSA DA VIOLÊNCIA?

De 0% a 20%

De 21% a 40%

De 41% a 60%

De 61% a 80%

De 81% a 100%

39,36%

29,05%

17,84%

9,82%

3,93%

31,73%Estimativa de estudantescom pior desempenhopor causa da violência

QUAL A PORCENTAGEM DE PROFESSORES(AS) QUE SE SENTEM DESMOTIVADOSPOR CAUSA DA VIOLÊNCIA?

De 0% a 20%

De 21% a 40%

De 41% a 60%

De 61% a 80%

De 81% a 100%

27,17%

20,21%

20,21%

19,48%

10,88%

43,18%Estimativa de professoresdesmotivados por causada violência

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 31

PERCEPÇÃO DOS(AS) JOVENS DE 18 A 30 ANOS

QUAL A PORCENTAGEM DE ESTUDANTES QUE SOFREM UMA PIORA NO DESEMPENHOPOR CAUSA DA VIOLÊNCIA?

De 0% a 20%

De 21% a 40%

De 41% a 60%

De 61% a 80%

De 81% a 100%

46,15%

30,77%

19,23%

1,92%

1,92%

26,54%Estimativa de estudantescom pior desempenhopor causa da violência

QUAL A PORCENTAGEM DE PROFESSORES(AS) QUE SE SENTEM DESMOTIVADOSPOR CAUSA DA VIOLÊNCIA?

De 0% a 20%

De 21% a 40%

De 41% a 60%

De 61% a 80%

De 81% a 100%

28,85%

13,46%

26,92%

23,08%

7,69%

43,46%Estimativa de professoresdesmotivados por causada violência

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32 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

CAMINHOS CONTRA A VIOLÊNCIA

O assunto violência é, de alguma forma, discutido nas escolas. Quarenta

por cento dos(as) professores(as) afirmam que na escola em que lecio-

nam há tais discussões. No entanto, no outro extremo, alarmantes 17%

dos(as) professores(as) nunca discutiram o tema em suas escolas.

Quanto ao orientador(a) educacional, os(as) professores(as) identificam a

capacidade desses profissionais de atuarem na mediação de conflitos e na

identificação de alterações de comportamento como aspectos importan-

tes no enfrentamento à violência. No entanto, 27% dos(as) docentes traba-

lham em escolas que não possuem um(a) orientador(a) em seus quadros.

Foram identificadas as quatro medidas mais eficazes para combater a violên-

cia, segundo os(as) participantes da pesquisa: 1. Envolvimento dos pais no coti-

diano escolar (69%), 2. Adoção de práticas pedagógicas mais inclusivas (59%), 3.

Desenvolvimento de competências socioemocionais (48%) e 4. A presença do(a)

orientador(a) (41%). Os professores homens, por sua vez, em consonância com

a sua própria percepção do que causa a violência escolar, acreditam que puni-

ção mais rigorosa é uma medida de relativa importância nesse enfrentamento.

COM QUAL FREQUÊNCIA O ASSUNTO VIOLÊNCIA É DISCUTIDO NA SUA ESCOLA

1. Uma vez por mês

2. Uma vez por bimestre

3. Uma vez por semestre

4. Uma vez por ano

5. Uma vez a cada dois anos

6. Nunca

16,43%

22,90%

17,51%

19,92%

5,89%

17,34%

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 33

SUA ESCOLA TEM ORIENTADOR(A)?

Não

26,8%

Sim

73,2%

DE QUE MANEIRA O(A) ORIENTADOR(A) TEM CONTRIBUÍDO COM A ESCOLA NOENFRENTAMENTO À VIOLÊNCIA?

Assistência aos familiares

Promovendo ações com pais

Assistência às vítimas de violência

Proposição de ações de combate à violência

Identificação de alterações de comportamento

Mediação de conflitos

18%

25,23%

26,56%

28,46%

40,08%

46,14%

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34 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

QUAIS SÃO AS MEDIDAS MAIS EFICAZES NO COMBATE À VIOLÊNCIA?

Envolver pais no cotidiano escolar

Práticas pedagógicas mais participativas

Desenvolver competências socioemocionais

Contar com orientador

Punição mais rigorosa

Envolver a polícia no cotidiano escolar

Revista na entrada da escola

Investir em portões e cadeados

68,99%

59,36%

48,41%

41,08%

38,25%

19,26%

12,37%

PROPOSTAS PARA COMBATER A VIOLÊNCIA, NA VISÃO DOS PROFESSORES(AS)

Participação em palestras envolvendo Conselho Tutelar, Polícia, Batalhão Escolar, Bombeiro e demais órgãos competentes, relaciona-dos à segurança e à conscientização cidadã. E participação efetiva dos pais e comunidade.

A experiência da Escola da Ponte, em Portugal, e o Projeto Âncora, em Cotia (SP).

A Mediação Escolar é um instrumento eficaz no combate à violência na escola.

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 35

A orientadora de uma escola fazia intervenções com as famílias das crianças que apresentavam problema de comportamento. Direcionava algumas dinâmicas com essas crianças e auxiliava os(as) professo-res(as) com rotina de atividades e registro de comportamentos em prazos determinados. Excelente trabalho, quase não havia problema de violência.

A prática desportiva.

A presença e a cobrança dos pais ou responsáveis junto ao Batalhão Escolar DCA e Conselho Tutelar sempre demonstram eficiência e poder do estado.

Acho o Proerd [Programa Educacional de Resistência às Drogas] uma grande ajuda.

Acredito muito na experiência do CEF 01 de Brazlândia. Acompanhei até um determinado ponto e era muito exitosa. A escola era conside-rada um Caje [antigo Centro de Atendimento Juvenil Especializado] da cidade e em alguns anos se tornou modelo.

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CONCLUSÃO

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 37

A pesquisa mostra que 97,15% dos(as) professores(as) respondentes presen-

ciaram violência na escola em algum momento de sua vida e, 57,98%

deles afirmaram que já foram alvo dessa violência. Apontam também que

26,59% das situações de violência que presenciam entre estudantes é diária.

As consequências são desastrosas: professores(as) e demais trabalhadores(as)

da Educação adoecem, desenvolvem fobias sociais, afastam-se do trabalho.

Estudantes adoecem, perdem o ano, engrossam as estatísticas de evasão.

Apesar desses dados alarmantes, relativamente, poucos consideram a escola

violenta (34,3%). Os números chamam a atenção e são condizentes com

o caráter violento que nossa sociedade tem assumido cada vez mais.

A maior parte das razões encontradas para tanta violência vem do ambiente à

escola (ambiente familiar; presença de tráfico de drogas; desigualdades socioe-

conômicas; entre outras). Porém, os(as) professores(as) entendem também

que a escola tem papel importante no enfrentamento da violência. Tanto que

apontam iniciativas dentro da escola que poderiam melhorar esse cenário.

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38 Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF)

Um caminho importante é o fortalecimento da gestão democrática, aprofundando

a participação da comunidade nas discussões da escola e o bom funcionamento

de Conselhos Escolares. Oferta de atividades culturais e desportivas nos espaços

da escola é uma contribuição que faz diferença. Além disso, é fundamental exigir

que toda escola tenha um (a) orientador(a) educacional; bem como a valoriza-

ção do trabalho desse (a) profissional, oferecendo a ele(ela) adequadas condições

de trabalho e acesso a processos de formação continuada. Todos esses fatores

contribuem, inclusive, para evitar que relações violentas se estabeleçam dentro

da escola, para que seja possível desconstruir o estresse no ambiente escolar.

Quanto às violências decorrentes de preconceitos e discriminações, o Sinpro-DF

confeccionou materiais que se encontram à disposição para somar esfor-

ços. Cadernos, jornais, revistas sobre racismo, LGBTfobia, bullying e ques-

tões de gênero produzidos pelo sindicato podem ser usados em discussões

em sala de aula para desnaturalizar opressões e construir igualdade.

Mas, antes de mais nada, é necessário que o GDF se engaje no combate e,

principalmente, na prevenção à violência. Como vimos, a escola está inse-

rida num contexto violento, tal contexto reproduz-se dentro do espaço da

escola. É papel do governo garantir a segurança da população e oferecer

condições iguais de acesso à saúde, educação, cultura, transporte. Esse seria

o maior dos passos rumo a uma vida sem violência para todos e todas.

Diretoria do Sinpro-DF

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Violência nas escolas públicas do Distrito Federal 39

Este trabalho é dedicado à memó-

ria de Sandra Dantas, que o iniciou

com seu costumeiro empenho e

deixou sua marca tanto nesta produ-

ção quanto em nossas vidas.

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© 2018 Sinpro-DF

RealizaçãoSindicato dos Professores no Distrito Federal

PesquisaMetro Pesquisa

RevisãoAlessandra Terribile

Projeto Gráfico e Editoração Frisson Comunicação

Qualquer parte desta publicação pode ser reproduzida, desde que citada a fonte.

Disponível também em: www.sinprodf.org.br

Projeto Gráfico Esta publicação foi elaborada em 20 x 20 cm, com mancha gráfica de 13,92 x 17,5 cm, fonte Gotham Book 10pt., papel reciclato 110g, impressão offset colorida, acabamento dobrado, encadernação canoa.

Edição ImpressaTiragem: xxx exemplares.Gráfica ...Junho de 2018.

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SINDICATO DOS PROFESSORES NO DISTRITO FEDERAL

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Telefone: (61) 3562.4856

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