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VirtualMed A primeira revista médica 100% digital

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Primeira Edição da revista médica eletronica VirtualMed

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Editor Chefe:Marcos Leal Brioschi

Editores Associados:Robert Glenn Schwartz (EUA)Srini Govindan (EUA)Philip Bretz (EUA)Edward Francis John Ring (Inglaterra)Ho-Yeol Zhang (Coréia do Sul)Hisashi Usuki (Japão)Kamayni Agarwal-Kozlowski (Alemanha)Kurt Ammer (Áustria)Gheorge Ovidiu Serbu (Romênia)

Conselho Científico:

NeurocirurgiaManoel Jacobsen Teixeira (SP)Cláudio Fernandes Corrêa (SP)

CardiologiaEdmar Santos (SP)

Cirurgia DigestivaJorge Eduardo Fouto Matias (PR)Osvaldo Malafaia (PR)

Cirurgia VascularJose Fernando Macedo (PR)Paulo Kauffman (SP)

Cirurgia PlásticaCristina HF Vicari Nogueira (SC)

MastologiaMauricio Zylbergeld (SP)Vinícius Milani Budel (PR)Plínio Gasperin Jr (PR)

ReumatologiaTatiana Freitas Tourinho (RS)

UrologiaFrederico R Romero (PR)Renato Tambara Filho (PR)Thadeu Brenny Filho (PR)

Medicina LegalFrancisco M Roberto Moraes Silva (PR)Genival Veloso de França (PA)Daniel Muñoz (SP)Daniel Colman (PR)

FisiatriaAntonio Carlos de Camargo Andrade Filho (SP)Lin Tchia Yeng (SP)Helena Hideko Seguchi Kaziyama (SP)Luciane Fachin Balbinot (RS)Wellington Luis Fagundes Braun (PA)

RadiologiaGiovanna Abreu Franco (PR)Roberto Oliveira Fugare (RS)

NeurologiaAníbal Octávio de Castro Franco (PR)

Medicina IntegrativaJoaquim Ricardo Cangue (MG)Tania Maria Moller Bastos (RS)Geraldo Henrique Mascarenhas da Silva (GO)Gilberto Luiz de Paula (AM)

AnestesiologiaMaria Elizabeth Tambara (PR)Angelo Manoel G Carstens (PR)Fabio Prieto (SP)Charlize Kessin de Oliveira Sales (BA)Roberto de Oliveira Rocha (SP)Fabíola Peixoto Minson (SP)Charles Amaral de Oliveira (MG)Fabrício Dias Assis (SP)

Medicina do TrabalhoJoaci Oliveira de Araujo (SP)Paulo Alves de Freitas (RN)

PediatriaEduardo Adratt (PR)Adolfo Marcondes Amaral Neto (SP)

AcupunturaFrancisco Eristow Nogueira (CE) Conselho Consultivo:José Viriato Coelho Vargas (Engenharia Térmica)Railda Shelsea Taveira Rocha do Nascimento (Biotecnologia) Aura Conci (Computação Gráfica)Marcia Maria Peixoto Leite (Fisioterapia)Rose Andréia Miranda Figueira (Fisioterapia)Ricardo Wallace Lucas (Fisiologia do Trabalho e Esporte)José Tadeu Tesseroli de Siqueira (Odontologia)Paulo Afonso Cunali (Odontologia)

expediente

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edito

rial

Prof Dr Marcos Leal Brioschi. editor chefe

Especialista em Cirurgia Geral e Medicina Legal. Atuação em Cirurgia do Trauma. Certificado em Dor (SBED). Presidente da Sociedade Brasileira de Termologia (SOBRATERM).

É com muita felicidade que anunciamos o nascimento da revista VirtualMED por meio da publicação do seu primeiro fascículo, a primeira revista eletrônica internacional de medicina e saúde. A revista tem como objetivo trazer aos seus leitores os mais novos conhecimentos da área de saúde bem como estimular a prática do raciocínio clínico. Os fenômenos biológicos observados no dia a dia da avaliação clínica podem passar despercebidos ou pouco valorizados no diagnóstico, monitoramento e prognóstico de seus pacientes. A revista é fruto natural da experiência e contato de muito dos seus editores com os resultados da prática diária e estudos publicados na literatura mundial. Publicada trimestralmente com o objetivo de divulgação do conhecimento científico na área médica. Boa leitura a todos!! Contamos com sua participação pelos meios de mídia social que estarão disponíveis por este canal de comunicação!!

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PAREDE FUMAR

3 DICAS EFICAZES QUE VOCÊ TEM QUE CONHECER.

A cada dia, provavelmente, milhões de fumantes tomam a decisão ousada em tentar parar de fumar.

Mesmo as pessoas que não fumam sabem como é difícil largar o vício.

Porém há toneladas de produtos e métodos que podem ajudá-lo a tirar o máximo proveito de sua decisão de parar.

A maioria dos estudos mostra que os fumantes tentam parar de fumar várias vezes antes de realmente ter sucesso.

A coisa mais importante que você precisa perceber é que tem de começar principalmente em sua mente. Basicamente,

você tem que realmente querer parar para ter sucesso. As três seguintes dicas vão dar o que você precisa para

finalmente se sair bem.

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DICA 1.Se você não acredita que pode parar

de fumar, nunca vai deixar o hábito.

Você pode querer parar, o que é

crucial, mas se você não acreditar em

si mesmo, nunca irá parar. Se você

acredita que pode parar, então você

tem grandes chances em cumprir essa

profecia.

Quando se trata de crença em si

mesmo, é necessário muito deste

jogo mental para se envolver com

sua própria mente. Talvez você possa

se concentrar nas realizações que

obteve no passado. Foco no positivo,

apenas e simplesmente negar os

pensamentos negativos com o melhor

de sua capacidade. Embora possa ser

difícil parar de fumar, não é impossível

e milhões tem feito isso.

Ao tentar deixar de fumar para

sempre, é bom empregar um certo

número de técnicas psicológicas.

Você vai ter que livrar sua vida de

velhos hábitos e também de tudo o

que faz você querer um cigarro.

Uma dica é a de visitar o seu dentista e

fazer uma limpeza e clareamento para

deixar seus dentes limpos. Quando

você faz algo em que naturalmente se

sente melhor, melhora sua alto estima.

Além disso tendo seus dentes limpos,

isso fará você querer deixar de fumar

porque o hábito pode manchá-los

novamente.

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Cigarro.Apague esta idéia

DICA 2.É sabido que alguns produtos para

parar de fumar são mais efetivos de

uma pessoa para outra. Todo mundo

é diferente. O que funciona para uma

pessoa pode não fazer nada contra

seu hábito de fumar.

É, infelizmente, impossível prever essas

coisas. Seu médico poderá ajudar

indicando vários produtos contra o

tabagismo existentes no mercado

para que você tente. Estes remédios

não servem apenas para parar de

ansiar pelo cigarro, mas também irão

ajudar a regular seu humor e sensação

de bem-estar. Se você tem um amigo

ou familiares que possam ajudá-lo, ter-

lhes o apoio durante este tempo é

muito importante para você que está

tentando parar com o vício.

Os fumantes vão querer ser como

você, e os não-fumantes irão aplaudir

seus esforços. Você também pode

pedir a um amigo ou membro da família

para sempre sair junto com você. Isto

é realmente útil, porque vocês dois

podem se apoiar mutuamente.

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DICA 3.Zyban é o medicamento mais

popular anti-tabagismo. O Zyban é

o bupropion, um antidepressivo que

atualmente está sendo usado para

suprimir os efeitos da abstinência à

nicotina e o desejo pelo fumo.

É usado no tratamento da

dependência à nicotina, deve

ser dado pelo prazo médio

de 3 meses, ficando a critério

do psiquiatra se este período

será prolongado ou encurtado. A dose

média empregada é de 300mg por dia,

podendo, se necessário, ser elevada

para 450mg. O máximo recomendado

é de 750mg.

Alguns dos efeitos colaterais

registrados no uso de Zyban são:

Insônia, nervosismo ou ansiedade,

dores de cabeça, tremores, tonteiras

e ressecamento da boca. Esses efeitos

costumam ser leves e a maioria dos

pacientes não tem problemas com o

tratamento.

Jamais deve ser usado nas seguintes

circunstâncias: pacientes epiléticos, com

passado de problemas de anorexia ou

bulimia nervosa, pacientes

bipolares (PMD) ou

tendo sofrido alguma

síndrome psicótica

recente. É preferível

evitar esta medicação

durante o primeiro trimestre

da gestação. Por isso, trantando de

medicamentos, procure sempre um

profissional da área de saúde para lhe

orientar.

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A termografia das mãos e pés de fumantes

apresenta um aspecto temporário de “amputação

das pontas dos dedos” devido a inalação de fumaça.

Os mecanismos periféricos inclui a liberação

de catecolaminas pelas glândulas adrenais e

terminações nervosas resultando em aumento do

fluxo de adrenalina. A rápida liberação de adrenalina

causa um aumento na frequencia cardíaca e na

pressão sanguínea quando inalada fumaça do

cigarro.

A fumaça do cigarro causa efeitos na circulação

sanguínea de diferentes orgâos, causando

vasoconstrição nas artérias coronárias (ataque

cardíaco) e leito vascular da pele (envelhecimento).

O sangue não só transporta oxigênio e nutrientes

mas também calor para as extremidades, uma

das consequências da diminuição do fluxo

Dedos frios amputados.é o resfriamento das extremidades. Uma

vasoconstrição cutânea diminui o fluxo sanguineo

capilar e resulta em significativa diminuição de

temperatura. Por isso nunca fume alguns dias antes

e após ser submetido a um procedimento cirúrgico

pois, haverá grande risco de complicações por má

cicatrização de tecidos, como deiscência, fístulas

intestinais e infecção cirúrgica. A fibrose da palma

da mão, conhecida como Dupuytren, é associada

ao tabagismo.

O interessante é que a termografia pode ser

utilizada como um meio objetivo de documentar

esta sensibilidade que varia de pessoa para pessoa.

Por exemplo, pacientes diabéticos são mais sensíveis

ao efeito da fumaça do cigarro. Quanto mais frio

a mão fica após fumar maior o risco de doença

cardíaca.

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Níveis de Evidência

I - Revisão Sistemática com Metanálise.

II - Megatrial [(>1000)] pacientes.

III - Ensaio Clínico Randomizado [(<1000)]

IV - Coorte (não randomizado).

V - Estudo Caso-Controle.

VI - Série de casos (sem grupo controle).

VII - Opinião de Especialista.

Graus de Recomendações

A - Evidências suficientemente fortes para

haver consenso.

B - Evidências não definitivas.

C- Evidências suficientemente fortes para

contra indicar a conduta

EVIDÊNCIAS PARA TRATAR LOMBALGIAS

EVIDÊNCIAS PARA TRATAR LOMBALGIAS

por: virgínia fernandes moça trevisani, álvaro n. atallah

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Cerca de 65 a 80% das pessoas terão dores lombares em algum momento de suas vidas.

Aproximadamente 50 % das lombalgias melhoram em 1 semana, 90 % em 6 semanas e apenas

7-10% dos pacientes permanecem sintomáticos por mais de 6 meses.

Os fatores que contribuem para o desencadeamento e cronificação das síndromes dolorosas

lombares são: hábitos posturais, obesidade, sedentarismo, depressão, alterações climáticas e

fatores genéticos.

Tratamento das Lombalgias Agudas

O tratamento das dores lombares agudas

deve ser baseado na história clínica

e no exame físico do paciente, não é

necessário realizar exames de imagem ou

laboratoriais, exceto se existirem dados

clínicos, que sugiram uma doença que

necessite de tratamento específico.

A orientação e o esclarecimento do

paciente são pontos chaves para o sucesso

do tratamento. Apesar de raro as dores

lombares agudas podem ser um sinal

de uma doença proliferativa, infecciosa,

inflamatória ou metabólica.

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Repouso ou Atividade Física?

• Manter as atividades usuais toleradas e

evitar o repouso absoluto no leito leva a

uma recuperação mais rápida (nível de

evidência :I, grau de recomendação A).

• Se o paciente apresenta ciatalgia com

dor importante ele pode se beneficiar

com repouso em decúbito lateral e pernas

flexionadas.

• Não existem evidências que exercícios

físicos específicos sejam benéficos para o

tratamento das lombalgias agudas e eles

não devem ser recomendados (nível de

evidência:I, grau de recomendação B).

Como aliviar a dor do paciente?

Os anti-inflamatórios não hormonais

(AINH) são efetivos no tratamento das

lombalgias. Qualquer classe de AINH

pode ser utilizada, não existem evidências

que uma classe seja mais efetiva que a

outra no alívio das dores lombares (nível

de evidência:I, grau de recomendação:A).

Levar em conta o risco de efeitos colaterais

como a idade do paciente, história prévia

de úlcera gástrica e insuficiência renal.

• O acetaminofen é um analgésico

efetivo e seguro que pode ser utilizado

Achados demográficos e clínicos que

sugerem doença sistêmica

• Idade superior a 50 anos ou inferior a 20 anos

• Dor com piora noturna, dor com piora em

decúbito dorsal

• Febre

• Emagrecimento

• Trauma, tratamento para osteoporose

• História de neoplasia

• Uso de drogas injetáveis, imunossuprimidos,

infecção bacteriana recente

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no tratamento das dores lombares

agudas (nível de evidência:I, grau de

recomendação:A).

• Os relaxantes musculares apresentam

eficácia superior ao placebo, mas não

superam os efeitos analgésicos dos AINH.

Não existe ganho no efeito terapêutico

na associação de relaxantes musculares

com AINH. (nível de evidência:III, grau de

recomendação:A).

• Não existem estudos randomizados

controlados de utilização de

glicocorticóides em lombalgias agudas.

Eventualmente em pacientes com

radiculopatia eles podem ser úteis (nível

de evidência:VI, grau de recomendação:B).

• A Manipulação quando realizada por

profissional qualificado pode aliviar a dor

e diminuir o período de afastamento

do trabalho. No entanto não deve ser

recomendada se o paciente apresenta

ciatalgia (nível de evidência:I, grau de

recomendação:B).

• Não existem evidências que acupuntura

seja efetiva para o tratamento das

lombalgias agudas (nível de evidência :1,

grau de recomendação: B).

• As evidências são insuficientes para

a recomendação da massagem como

terapêutica isolada nas lombalgias (nível

de evidência:I, grau de recomendação:B).

• Apesar de amplamente utilizados, faltam

evidências da eficácia e da efetividade

dos meios físicos (calor, frio, estimulação

elétrica transcutânea [TENS]) no

tratamento das lombalgias agudas.

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Tratamento das Lombalgias

Crônicas

Se não ocorrer melhora da dor após

6 semanas de tratamento o paciente

deverá ser encaminhado para investigação

diagnóstica, através de exames de imagens

e laboratoriais.

Aliviar a dor do paciente com AINH,

acetaminofen, e eventualmente associar

um analgésico opióide. (nível de

evidência:1, grau de recomendação:A).

Os antidepressivos tricíclicos como a

amitriptilina podem ser usados como

terapia coadjuvante no alívio das dores

crônicas (nível de evidência:III, grau de

recomendação:B).

Exercícios orientados (alongamento,

aeróbica de baixo impacto, caminhar,

bicicleta ergométrica, natação) melhoram

as dores lombares subagudas ou crônicas

e previnem a recorrência (nível de

evidência:1, grau de recomendação:A).

A recorrência e a cronificação das dores

lombares podem também ser prevenidas

com cursos de coluna (back schools)

e orientações específicas de mudança

de comportamento principalmente se

essas forem realizadas no próprio local

de trabalho (nível de evidência:1, grau de

recomendação:A).

Conclusão

Existem fortes evidências que manter atividade física habitual, antinflamatórios não-hormonais, analgésicos e relaxantes

musculares são efetivos no tratamento das dores lombares agudas como ou sem ciatalgia.

Existem fortes evidências que repouso no leito e exercícios específicos não são efetivos nas dores lombares agudas. Faltam

fortes evidências para o restante das condutas e procedimentos indicados para tratamento das lombalgias agudas.

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Faltam evidências convincentes que

infiltrações locais, epidural ou facetária

com anestésicos e corticóides sejam

efetivas para o tratamento das dores

lombares crônicas (nível de evidência:I,

grau de recomendação:B).

Apesar de amplamente utilizados, faltam

evidências da eficácia e da efetividade

dos meios físicos (calor, frio, estimulação

elétrica transcutânea [TENS]) no

tratamento das lombalgias crônicas.

Todo esforço deve ser feito no sentido

de fazer o paciente retornar as suas

atividades. O afastamento por mais de 6

semanas prediz dificuldades em retorno

ao trabalho, após 6 meses, em torno de

50% dos pacientes retornarão e após 1

ano de afastamento apenas 10 a 20% dos

pacientes conseguirão retomar as suas

atividades.

Conclusão

Existem fortes evidências que exercícios

específicos, cursos de coluna, mudança

de comportamento e antinflamatórios

não-hormonais, são efetivos nas dores

lombares crônicas.

Existem fortes evidências que tração não

é efetiva nas dores lombares crônicas e

não devem ser recomendadas. Faltam

fortes evidências para as demais condutas

e procedimentos realizados em pacientes

com lombalgias crônicas.

Indicações cirúrgicas

As principais indicações cirúrgicas são:

síndrome da cauda eqüina e déficit

neurológico grave agudo. Existem

evidências que a cirurgia precoce, isto é

dentro das primeiras 48 horas melhoram

o prognóstico motor e sensorial na

síndrome da cauda eqüina (nível de

evidência:I, grau de recomendação: A).

Outra possível indicação cirúrgica é a

lombociatalgia adequadamente tratada

que não melhora após 90 dias e

impossibilita o paciente de retornar ao

trabalho.

Atualmente existem diversas formas

de abordagens cirúrgicas para hérnia

discal. Qualquer intervenção cirúrgica

discectomia tradicional, microdiscectomia

são mais efetivas que a quimionucleólise,

terapia com laser ou nucleotomia

percutânea.(nível de evidência:I, grau de

recomendação:B).

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MAMOGRAFIASaiba como a

Termografia vai te ajudara perder o medo do exame.

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A necessidade da realização da mamografia anual de rotina para detecção de câncer é um

procedimento preocupante para a maioria das mulheres a partir dos 50 anos de idade.

Segundo estudo conduzido pela Duke University Medical Center, 93% das mulheres acima de

50 anos relatam dor durante o exame de mamografia devido à compressão necessária das

mamas. A dor é um fator determinante se a mulher continuará a participar ou não dos futuros

programas de rastreamento.

Além do desconforto relacionado à dor cerca de 80% das mulheres nessa idade relutam quanto

à realização do exame por terem dúvida quanto à importância deste rastreamento. Contudo

isto, pode retardar o diagnóstico precoce de câncer e piorar o prognóstico para muitas mulheres.

Quanto mais cedo o câncer é detectado, melhores são as chances para tratamentos menos

agressivos e a sobrevida.

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Recentemente a maioria das clínicas

de imagem aderiu à nova tecnologia da

mamografia digital, mas embora a imagem

seja mais sensível para diagnóstico, o

procedimento utiliza raios X nas mamas

para detectar e avaliar mudanças que

podem estar relacionadas ao câncer,

porém ainda é um método incômodo.

Como medida de incentivar estas

mulheres a procurar cuidado adequado da

saúde das mamas outra nova tecnologia

tem tomado corpo nos EUA, é “a imagem

por termografia infravermelha de alta

resolução” ou termomamografia digital

que oferece uma opção não-invasiva de

screening de risco de câncer sem dor e

sem radiação ionizante, isto é, totalmente

segura.

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A Dra. Nicole Shertell, que realiza

termografia digital na Whole Life Health

Care em Newington (New Hampshire,

EUA), conta que enquanto a mamografia

avalia a densidade, a termografia analisa o

aumento de novos vasos sanguíneos no

tecido mamário.

“As células cancerosas criam uma situação

em que há um aumento do crescimento

de vasos sanguíneos, conhecido como

neoangiogênese“, complementa a médica.

Ao contrário da mamografia tradicional,

um procedimento de 20 minutos em que a

mama é comprimida entre duas placas do

equipamento de raio-X, o procedimento

de termografia digital é realizado sem

nenhum contato.

Shertell descreve que o procedimento

é realizado em uma sala climatizada e

com luz controlada onde são tomadas

diferentes imagens das mamas por uma

câmera térmica infravermelha ultra-

sensível. As imagens são analisadas por um

médico especialista em imagens térmicas

infravermelhas e Termologia Clínica que lê

os resultados.

“O retorno é bom. As mulheres gostam

da idéia de fazerem o screening sem a

compressão e radiação das mamas”, diz

Shertell.

Com a discussão emergente se mulheres

entre 40 e 49 anos deveria realmente

fazer mamografia, a termografia segundo

Shertell oferece uma segunda opção

viável.

O auto-exame da mama é muito pouco

Ao contrário da mamografia tradicional, um procedimento de 20 minutos em que a mama é comprimida entre duas placas do equipamento de raio-X, o procedimento de termografia digital é realizado sem nenhum contato.

Termografia da mama. Imagem de fusão visual e térmica

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eficaz para detectar o câncer e as

mamografias de rotina só devem ser feitas

pelas mulheres a partir dos 50 anos a cada

dois anos até que completem 75.

“Eu realmente sinto que esta é a solução

que vem no momento certo para este

debate agora“ comenta Shertell.

Segundo U.S. Preventative Services Task

Force as mulheres não precisam realizar

mamografias até atingir os 50 anos de

idade, embora muitos pacientes, doutores

e organizações da saúde têm dito que

vão manter as velhas diretrizes. Os planos

de saúde também estarão cobrindo as

mamografias para mulheres abaixo dos

50 anos.

Este grupo americano defende que estes

exames precoces levam muitas vezes a

falsos alarmes e a biópsias desnecessárias,

que pouco ou nada contribuem para

aumentar a sobrevivência das mulheres.

“Os benefícios são pequenos e os danos

maiores quando os testes são feitos a

partir dos 40 anos”, defende Diana Petitti,

vice-presidente do painel de peritos.

Já o auto-exame da mama, feito pelas

mulheres mensalmente para detectar

alterações suspeitas da mama, não tem

qualquer valor, defende.

As orientações são para a população em

geral. Não vale para as mulheres com

alto risco de câncer de mama devido ao

histórico familiar ou mutações genéticas

(BRCA-1 e BRCA-2 positivo, p.ex.) que

justifiquem ter mamografias mais cedo ou

mais vezes.

Além do procedimento de imagem

térmica ser indolor, Shertell diz que

Além do procedimento de imagem térmica ser indolor, é mais preciso em mulheres no grupo de idade mais novo, que têm o tecido mamário mais denso e conseqüentemente mais difícil de ser analisado pela mamografia.”Dra. Nicole Shertell, Whole Life Health Care em Newington

Page 26: VirtualMed A primeira revista médica 100% digital

também pode ser mais preciso em

mulheres no grupo de idade mais novo,

que têm o tecido mamário mais denso

e conseqüentemente mais difícil de ser

analisado pela mamografia.

Há mais de 30 anos que vem se estudando

esta tecnologia. A termografia sempre

foi subestimada com o avanço dos

estudos de mamografia, ultrassonografia

e ressonância magnética, mas hoje tem

seu espaço por se tratar do único exame

funcional da mama. Isto é, enquanto os

outros analisam alterações anatômicas já

estabelecidas a termografia infravermelha

ultra-sensível estuda as alterações

metabólicas e vasculares que surgem

muito antes do tumor se instalar. Estudos

tem se concentrado na angiogênese e

no comportamento metabólico destes

tumores e a termografia é o meio bastante

utilizado na investigação de novas drogas

antineoplásicas e quimiopreventivas.

Segudo Dr Marcos Brioschi, a tecnologia

já é disponível em diversas capitais do

Brasil, e realizada por médicos em São

Paulo, Curitiba, Campinas, Belém, Goiânia,

Cuiabá, Belo Horizonte, Manaus, Porto

Alegre, Fortaleza, Natal, Anápolis e

Camaquã.

Entretanto, segundo Janice Anderson,

proprietária da Massachusetts-based

InsideOut Wholistic Wellness and

Thermography “Não confunda maçãs

com laranjas, nenhum é mutuamente

exclusivo”.

A Dra. Shertell conta que quando a

termografia determina quem tem médio

ou alto risco de câncer de mama, ela

sempre refere estes seus pacientes

para realizarem mamografia. Isto é, a

investigação deve ser continuada nos casos

suspeitos. Pois, somente com a informação

do exame anatômico é possível realizar

biópsia e realmente confirmar a presença

de câncer quando for o caso.

Logicamente a termografia, como a

mamografia, é mais freqüentemente

utilizada em pacientes que não estão

apresentando nenhum sintoma de câncer

de mama, isto é, assintomáticos.

Beth Beaudin, gerente de operações da

Women’s Life Imaging em Somersworth,

diz que sua clínica utiliza também a

tecnologia do ultrasom conjuntamente

com a mamografia nos casos onde os

Page 27: VirtualMed A primeira revista médica 100% digital

sintomas, tais como nódulos mamários,

são encontrados. Nesse caso, a

ultrassonografia, que usa ondas de som

para construir imagens, faz parte de uma

avaliação completa que pode incluir a

biópsia para determinar se o nódulo é

canceroso ou não.

Algumas clínicas utilizam também

imagem por ressonância magnética como

método diagnóstico, embora estudos têm

mostrado pouco valor quando precede

de uma termografia negativa. Devido

sua alta resolução anatômica de imagem,

apresenta alterações que muitas vezes

não são patológicas, mas que quando

associadas com alterações termográficas

metabólicas correspondentes obtém

maior valor diagnóstico.

Mesmo com a tecnologia emergente do

infravermelho, a mamografia segundo

Beaudin é ainda “o padrão ouro” para

o rastreamento precoce do câncer de

mama, portanto necessária indicação nos

casos de termografia de médio e alto

risco.

Ela alertou também que cada mulher tem

sua própria conjuntura clínica, e que deve

consultar seu médico para encontrar qual

das opções diagnósticas é a melhor para

seguir no seu caso.

A termografia infravermelha é uma opção muito interessante para serem recomendadas pelos médicos a mulheres de todas as idades e estimular a se tornem mais precavidas e pró-ativas quanto à saúde de suas mamas, especialmente as que têm medo de realizar mamografias.

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A PERÍCIADO ERRO MÉDICO

Certamente a avaliação do erro médico é a mais complexa edelicada tarefa da legisperícia.

Os objetivos essenciais desta avaliação pericial resumem-seem considerar o dano, estabelecer o nexo causal ou concausale avaliar as circunstâncias em que se verificou o ato médico.

1. O dano.

Na avaliação qualitativa e quantitativa do dano deve-

se utilizar uma metodologia onde se usem os meios

médico-legais convencionais, os exames subsidiários

necessários e se considerem todas as partes

constitutivas do laudo pericial.

Este dano pessoal aqui considerado não é apenas

aquele cujo resultado se traduz pela alteração

anatômica ou funcional de uma estrutura, mas a

qualquer desordem da normalidade individual.

Os padrões médico-legais utilizados na perícia do erro

médico variam de acordo com os interesses analisados,

podendo ser de natureza penal, civil ou administrativa.

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1.1 – Nas questões de natureza penal buscam-

se evidenciar o corpus criminis (corpo da vítima),

o corpus instrumentorum (o meio ou a ação

que produziu o dano) e o corpus probatorum

(o conjunto dos elementos sensíveis do dano

causado).

Em princípio, não se deve confundir corpo da vítima

com corpo de delito. O corpo da vítima, agora

considerado, tem o sentido apenas antropológico

no que se refere a sua identidade. E corpo de

delito como uma metáfora supondo o conjunto

de elementos materiais interligados, dos quais se

compõem as provas ou vestígios do fato ilícito.

O meio ou ação que produziu o dano está sempre

representado por uma das modalidades de energias,

desatacando-se entre elas as mecânicas, físicas,

químicas, físico-químicas, bioquímicas, biodinâmicas

e mistas.

Para a caracterização da quantidade e da qualidade

do dano é necessário que se responda sobre as

seguintes eventualidades:

1.1.1 – Se do dano resultou incapacidade para as

ocupações habituais por mais de trinta (30) dias.

Esta incapacidade não precisa ser total, bastando

que restrinja o indivíduo naquilo que ele faz por

hábito, independente que isto lhe traga ou não

prejuízo econômico. Ela deve ser apenas real e não

hipotética.

1.1.2 – Se do dano resultou perigo de vida. Deve-

se entender por perigo de vida uma situação de

Juramento do médico:

Que ao exercer a arte de curar, me mostrarei

Sempre fiel aos preceitos da honestidade,

Da caridade e da ciência. Penetrando

No interior dos lares, meus olhos serão

Cegos, minha língua calará os segredos

Que me forem revelados os quais terei

Como preceito de honra; nunca me servirei

Da minha profissão para corromper

Os costumes ou favorecer o crime.

Se eu cumprir este juramento com

Fidelidade, goze eu a minha vida e a minha

Arte com a boa reputação entre os homens

E para sempre; se dele me afastar

Ou infringir suceda-me o contrário.

Hipócrates – 460 A. C.

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iminência de morte e não a simples presunção de

risco remoto ou condicionado. O perigo é uma

realidade, uma certeza, um diagnóstico. O risco é

uma presunção, uma hipótese, um prognóstico.

1.1.3 – Se do dano resultou debilidade permanente

de membro, sentido ou função. Deve-se entender

tal condição como um enfraquecimento ou

debilitação da capacidade funcional ou de uso de

um membro, de um sentido ou de uma função. A

debilidade transitória não caracteriza tal situação.

Assim, a avaliação do membro, sentido ou função

tem um significado fisiológico e não anatômico.

1 .1.4 – Se do dano resultou aceleração do parto.

Mesmo sendo uma situação rara e de difícil

caracterização pericial, deve-se entender como

a antecipação do parto provocada imediata ou

imediatamente pelo ato lesivo.

1.1.5 – Se do dano resultou incapacidade

permanente para o trabalho. Aqui deve-se

considerar se o indivíduo em virtude do dano

recebido está ou não privado de exercer qualquer

atividade lucrativa. Ou seja, se existe uma invalidez

total e permanente para exercer um ofício ou uma

atividade laborativa.. Também há de se distinguir se

esta invalidez total e permanente é para o trabalho

específico ou para o trabalho genérico. Vale apenas

o trabalho genérico.

1.1.6 – Se do dano resultou uma enfermidade

incurável. Nesta situação, deve-se entender que o

indivíduo após o dano apresentou ressentimento

ou perturbação de uma ou mais funções orgânicas

e de grave comprometimento à saúde, em caráter

permanente.

1.1.7 – Se do dano resultou perda ou inutilização de

membro, sentido ou função. Agora não se considera

apenas a debilidade, mas uma contingência mais

grave acarretando o comprometimento máximo

da funcionalidade daquelas estruturas. Tanto faz que

isto seja pela perda ou ablação da estrutura lesado,

como pelas suas permanências inúteis.

1.1.8 – Se do dano resultou deformidade

permanente. Considera-se deformidade como

toda alteração estética capaz de reduzir, de forma

acentuada, a estética individual. É a perda do aspecto

habitual. Este dano é antes de tudo um dano moral.

Suas razões são sociais e morais em razão da sua

forma visível e deprimente. São características

agravantes: a localização, a extensão e o aspecto.

Em questões de direito público a profissão, o sexo

e a profissão da vítima têm um sentido relativo.

1.1.9- Se do dano resultou aborto. Não se trata,

é claro, da forma dolosa de abortamento. Mas

do resultado aborto após um dano produzido

à gestante, quando a gravidez é conhecida ou

manifesta. Pouco importa que seja ovo, embrião ou

feto prestes ao parto.

1.2 – Nas questões de natureza civil procura-

se estimar o dano sofrido como bem pessoal

patrimonial, a fim de reparar através de um

montante indenizatório as perdas físicas, funcionais

ou psíquicas causadas à vítima.

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Os parâmetros desta avaliação devem incidir sobre as seguintes eventualidades:

1.2.1 – Se do dano resultou incapacidade temporária.

Esta incapacidade corresponde a um tempo

limitado de inaptidão que vai desde a produção do

dano até a recuperação ou a estabilização clínica

e funcional das lesões verificadas. No primeiro

caso, há a cura. E no segundo, a consolidação. Esta

forma de incapacidade pode ser total ou parcial e

se traduz pelo tempo necessário para o tratamento

clínico, cirúrgico ou reparador, seja em regime

hospitalar ou ambulatorial.

1.2.2 – Se do dano resultou quantum doloris.

Durante o período de incapacidade temporária

é importante que se determine o tempo de dor

física resultante das lesões e de suas conseqüências,

assim como o sofrimento moral traduzido pela

angústia, ansiedade e abatimento, face o risco de

morte, a expectativa dos resultados e os danos

psicológicos ante as intervenções e o destino dos

negócios da vítima. Esta avaliação é eminentemente

subjetiva, mas pode ser motivo da apreciação

pericial e ser quantificada em níveis de pouco

significante, significante, moderado, importante e

muito importante. Ou ser calculado numa escala

de valores que varie de 1 a 5.

1.2.3 – Se do dano resultou incapacidade

permanente. Este parâmetro permite consignar

se o prejuízo anátomo-funcional ou psícosensorial

é de caráter permanente e se total ou parcial. Ela

é parcial quando o dano embora duradouro não

torna a vítima inválida e definitivamente incapaz

para as suas ocupações ou trabalho. É total quando

a vítima passa a ser assistida de forma permanente

por alguém. Hoje a tendência nas lides cíveis é

avaliar o que o indivíduo ainda é capaz de produzir,

dentro de uma política de “capacidades possíveis”,

ao invés de se fixar em tabelas em busca das

chamadas “taxas de incapacidade permanente”.

1.2.4 – Se do dano resultou prejuízo estético. Aqui,

diferente da avaliação de natureza penal, leva-se em

conta a personalização do dano, no que diz respeito

ao sexo, idade, estado civil, profissão, situação

anterior e comportamento da vítima em relação

ao dano estético. Pode ser avaliado este dano em

grau mínimo, moderado ou grave. Pode também

ser classificado em prejuízo estético, deformidade

e aleijão. Ou se estabelecer uma escala de valores

que varie de 1 a 7.

1.2.5 – Se do dano resultou prejuízo de afirmação

pessoal. Significa no que alguém foi prejudicado

em suas realizações pessoais e é tanto mais grave

quanto mais jovem é o indivíduo e quanto mais

intensas forem suas atividades de lazer, de dotes

artísticos e de capacidade intelectual. Alguns

admitem que este parâmetro de avaliação não é

da competência pericial, deixando este “préjudice

d’agrément” para a consideração do magistrado.

No entanto admitimos que a escusa da avaliação

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pericial em tal circunstância é perder uma face

muito importante da questão. Deve-se também

quantificar este prejuízo através de uma escala de

valor que vá de 1 a 5. Neste particular, pode-se

discutir também o que se chama de “prejuízo do

futuro”, desde que esta avaliação não seja hipotética,

mas certa. Assim, no caso de uma criança vítima

de um dano por erro médico não é difícil dizer-se

dos seus prejuízos e de suas frustrações, do atraso

escolar e das perdas na sua formação.

1.3 - Quando da avaliação da responsabilidade

profissional em determinado ato médico, no âmbito

administrativo, por interesse da função pública ou

dos Conselhos Regionais de Medicina, é imperioso

que se levem em conta os deveres de conduta do

acusado. Isto nada tem a ver com os parâmetros

utilizados na avaliação do dano de natureza cívil ou

criminal.

as regras de conduta, argüidas quando de uma avaliação de responsabilidade profissional médica, são relativas aos seguintes deveres:

1.3.1 – Deveres de informação. Fazem parte desses

deveres todos os esclarecimentos necessários

e devidos na relação médico-paciente que se

consideram como incondicionais e obrigattórios, tais

como: informação ao paciente sobre a necessidade

de certas condutas ou intervenções ou sobre

possíveis conseqüências, pois só assim é possível um

consentimento esclarecido, obtido por meio de uma

linguagem adequada e compreensível; informação

aos familiares, principalmente quando eles são os

responsáveis legais do paciente; informações claras

e legíveis registradas nos prontuários; informações

aos colegas que participam da mesma assistência

ao doente.

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1.3.2 - Deveres de atualização. Para o pleno e ideal

exercício da profissão médica não se exige apenas

uma habilitação legal. Há também de se requerer

deste facultativo um aprimoramento sempre

continuado, adquirido através de conhecimentos

recentes da profissão, no que se referem às

técnicas dos exames e dos meios de tratamento,

nas publicações especializadas, nos congressos,

cursos de especialização ou estágios em centros

e serviços hospitalares de referência. Em suma,

o que se quer saber é se naquele discutido ato

profissional poderia se admitir a imperícia. Se o

profissional está credenciado minimamente para

exercer suas atividades, ou se poderia ter evitado

o dano, caso não lhe faltasse o que ordinariamente

é conhecido em sua profissão e consagrado pela

experiência médica. Este conjunto de regras,

chamado de lex artis, deve ser aplicado a cada

ato médico isoladamente, sem deixar de serem

considerados a complexidade do caso, o recurso

material disponível, a qualificação do médico e o

local e as condições de trabalho.

1.3.3 - Deveres de abstenção de abuso. É

necessário também saber se o profissional agiu

com a cautela devida e, portanto, descaracterizada

de precipitação, de inoportunismo ou de insensatez.

Isso se explica porque a norma moral exige das

pessoas o cumprimento de certos cuidados cuja

finalidade é evitar danos aos bens protegidos.

Exceder-se em medidas arriscadas e desnecessárias

é uma forma de desvio de poder ou de prática

de abuso. No entanto, ninguém pode negar que a

medicina seja uma sucessão de riscos e que esses

riscos, muitas vezes, são necessários e inadiáveis,

principalmente quando a ato mais ousado é o

último e desesperado remédio. Esta é a teoria do

risco proveito.

1.3.4 - Deveres de vigilância. Na avaliação de um

ato médico, quanto a sua integridade e licitude,

deve ele estar isento de qualquer tipo de omissão

que venha ser caracterizado por inércia, passividade

ou descaso. Portanto, este modelo de dever obriga

o médico a ser diligente, agir com cuidado e

atenção, procurando de toda forma evitar danos

que venham ser apontados como negligência ou

incúria.

Desta forma, é justo, diante de um caso de insucesso

numa vida profissional e ética irrepreensível, existir a

devida compreensão e a elevada prudência quando

se considerar alguns resultados, pois eles podem

ser próprios das condições e das circunstâncias

que rodearam o mau resultado, sem imputar

levianamente a isso uma quebra dos compromissos

morais ou uma transgressão dos deveres de

conduta. Não se pode consignar como culpa aquilo

que transcende a prudência, a capacidade e a

vigilância humana.

2. O nexo de causalidade ou de

concausalidade. O nexo de causalidade

ou de concausalidade.

A relação entre o dano e o ato ilícito é um

pressuposto imprescindível de ser avaliado e,

por isso, não pode fugir da ótica pericial. Em

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muitas ocasiões a natureza do pleito não reside

na qualidade ou na quantidade da lesão, mas

essencialmente nas condições em que se deu a

relação entre o resultado e o evento danificador.

O nexo de causalidade é portanto de exclusiva

competência médico-legal. Assim, para que se

estabeleça um nexo de causalidade é necessário que

o dano tenha sido produzido por um determinado

meio agressor, que a lesão tenha etiologia externa

e violenta, que o local da ofensa tenha relação com

a sede da lesão, que haja relação de temporalidade,

que haja uma lógica anátomo-clínica e que não

exista causa estranha motivadora do dano.

As concausas, por sua vez, são eventualidades

preexistentes ou supervenientes, susceptíveis de

modificar o curso natural do resultado aludido

como erro médico. São fatores anatômicos,

fisiológicos ou patológicos que existiam ou venham

existir, agravando o processo. Assim, são exemplos, a

diabetes (preexistente) e o tétano (superveniente).

3. As circunstâncias do ato médico.

Vale a pena afirmar que nem todo mau resultado

pode ser rotulado como erro médico. Desta forma

é fundamental que a perícia possa determinar se

certo dano foi resultante de uma forma anômala

ou inadequada de conduta profissional, contrária à

lex artis, ou se isso deveu-se às precárias condições

de trabalho ou à penúria dos meios indispensáveis

para o tratamento ou a atenção das pessoas.

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