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Visagismo: recurso para concepção de beleza na produção de moda
Larissa Paula Dalbosco1 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Michele Áurea Bezerra2 - Acadêmica do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina. Caroline Amhof de Macedo3 – Orientadora Professora do Curso de Cosmetologia e Estética da Universidade do Vale do Itajaí – UNIVALI, Balneário Camboriú, Santa Catarina.
Contatos
[email protected] 2 [email protected] [email protected]
Resumo: O objetivo deste estudo é fazer um levantamento bibliográfico e destacar aspectos do visagismo aplicáveis aos processos de produção de moda, bem como abordar temas paralelos que contribuam para o melhor entendimento do trabalho, apresentando alguns dos conceitos que devem ser estudados e aprofundados por profissionais da área da beleza que desejam atuar no mercado da moda. A produção de moda é um nicho de mercado que explora, dentro de seu processo de criação e execução, o profissional de beleza. O profissional de visagismo está capacitado, por possuir conhecimento em diversas áreas que contribuam para a harmonização da imagem pessoal, a atuar de forma enfática e eficiente em uma produção de moda. Ao realizar uma pesquisa bibliográfica de caráter qualitativo exploratório pontua-se, através dos materiais coletados, que o visagismo é um recurso para concepção de beleza na produção de moda, pois faz com que os profissionais Beauty avaliem o rosto de forma mais profunda, respeitando a individualidade de cada face.
Palavras chaves: Visagismo, Beleza, Moda.
1 INTRODUÇÃO
O visagismo baseia-se na análise holística do individuo, desta forma é possível
adaptar a imagem ao que este realmente deseja e precisa. Segundo Hallawell
(2008) o termo visagismo deriva da palavra francesa visage que, traduzida, significa
rosto. O objetivo do visagismo é transformar, embelezar ou harmonizar o rosto,
utilizando os recursos estéticos necessários.
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Dentre as áreas em que o visagismo pode ser empregado, a produção de moda será
o foco deste trabalho, pois é um nicho de mercado que explora, dentro de seu
processo de criação e execução, o profissional de beleza. O profissional de
visagismo está capacitado, por possuir conhecimento em diversas áreas que
contribuam para a harmonização da imagem pessoal, a atuar de forma enfática e
eficiente em uma produção de moda.
O presente trabalho se faz relevante à medida que se analisa a influência do
profissional de estética no ramo da moda, e a possível otimização e ampliação da
área de atuação deste profissional.
O objetivo deste estudo é fazer um levantamento bibliográfico através de uma
pesquisa qualitativa exploratória e destacar aspectos do visagismo aplicáveis nos
processos da produção de moda, bem como abordar temas paralelos que
contribuam para o melhor entendimento do trabalho, apresentando alguns dos
conceitos que devem ser estudados e aprofundados por profissionais da área da
beleza que desejam atuar no mercado da moda.
A produção de moda é a continuação do trabalho do estilista, sua função é despertar
o desejo de consumo do público sobre o produto. Faz-se por meio de divulgação
através de fotos, desfiles, televisão, cinema, teatro, ou qualquer outro recurso
encontrado. Na publicidade de moda é necessário que haja essa visualização das
roupas, e a partir desse contato desencadeia-se o desejo de aquisição, pois
segundo Santos (2009) mais que em qualquer outro tipo de propaganda esta apela
para uma atmosfera de glamour, magia e sedução.
O profissional da beleza, sendo ele maquiador ou cabeleireiro, tem seu espaço na
indústria da moda; o visagismo pode e deve ser utilizado por esses profissionais a
fim de aperfeiçoar o resultado final da produção de moda.
2 METODOLOGIA
O presente artigo caracteriza-se pela utilização da pesquisa bibliográfica de caráter
qualitativo e exploratório. Segundo Dias [ca. 2006] a pesquisa qualitativa caracteriza-
se, principalmente, pela ausência de medidas numéricas e análises estatísticas,
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examinando aspectos mais profundos e subjetivos do tema em estudo. Calder (apud
DIAS, [ca.2006], p. 1) concluiu que, “a pesquisa qualitativa proporciona um
conhecimento mais profundo e subjetivo”. O mesmo autor destaca que a pesquisa
qualitativa exploratória pode ser utilizada em pesquisas científicas em áreas ainda
inexploradas pelo pesquisador.
Piovesan e Temporini (1995) afirmam que a pesquisa exploratória tem por finalidade
o refinamento dos dados, o desenvolvimento e apuro das hipóteses aumentando o
grau de objetividade da própria pesquisa, tornando-a mais consentânea com a
realidade.
A coleta de material para a fundamentação teórica, bem como a organização e
seleção deste é de suma importância para o cumprimento da primeira etapa do
trabalho. Dentre os materiais pesquisados estão livros, artigos científicos e materiais
extraídos da internet sendo analisada sua relevância teórica.
Através da metodologia aplicada obteve-se conclusões plausíveis e satisfatórias a
respeito do tema abordado satisfazendo desta forma o objetivo do trabalho.
3 REFERENCIAL TEÓRICO
3.1 A estética e o belo
A moda bem como outras áreas que dependem da exposição visual necessita
levar em conta as reflexões e o entendimento sobre a questão do belo e da
estética. A preocupação e o interesse do homem por estas questões desencadeou
fenômenos sociais que deram início ao sistema da moda.
Desde sua gênese o homem preocupou-se com a estética, demonstrando isso através da decoração do seu corpo e do meio onde vivia. É nessa preocupação que se originaram a moda e a arte. Assim, pode - se entender a estética, fundamental para moda e para a arte, como um instrumento de expressão e comunicação (SCHULTE, 2002 p. 48).
A área da filosofia que tem como objeto de estudo as questões relacionadas ao
belo, harmonia, sensibilidade e aos fundamentos da arte é conhecida como
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estética. O termo deriva do grego aisthésis que significa percepção, sensação.
Hegel (1999) define estética mais precisamente como ciência do sentido; da
sensação.
Vale (2005) salienta que a estética tem despertado, desde a Grécia antiga, interesse
e preocupação no ser. A antiga Grécia foi o berço de diversos pensadores e
filósofos, entre eles estão Platão e Aristóteles, que apesar de serem mentor e pupilo,
respectivamente, conceituam o belo de forma distinta. “Na filosofia idealística
platônica, se afirmava que a beleza de um objeto depende da maior ou menor
relação que ele tem com uma beleza superior, absoluta, única beleza verdadeira”
(ALVARENGA, 2007, p.36). No entanto para Aristóteles “a beleza está inserida de
certa harmonia, ou ordenação, existentes entre as partes de um determinado objeto
e em relação ao todo. O Belo, entre outras características, é importante certa
grandeza, tendo ao mesmo tempo, proporção e medida nessa grandeza”
(ALVARENGA, 2007, p.37). O belo de Platão transcende a forma, no entanto para
Aristóteles o belo é a forma, e depende das características desta para existir.
A discussão a respeito do belo é extensa e para a análise de todas suas vertentes
seria necessária uma pesquisa muito aprofundada. Opta-se então por um conceito
que julga-se coerente, não pode haver regra de gosto objetiva, que determine
através de conceitos o que seja, ou não, belo. Todo juízo proveniente desta questão
é estético; isto é, o sentimento do sujeito e não o conceito de um objeto é o seu
fundamento determinante (KANT, 1790).
A preocupação com a estética desencadeou o sistema da moda e tornou-se uma
preocupação corriqueira, coletiva, e que, salvas as proporções filosóficas da
questão, são passiveis de compressão e emprego comum. Nota-se que o
embelezamento pessoal alcançou dimensões inimagináveis há séculos atrás, seus
sistemas enraizaram-se na sociedade e suas características são, quase sempre
benéficas e bem vindas. Baudrillard (apud SCHULTE, 2002 p. 49) afirma que “a
beleza do meio é a primeira condição da felicidade de viver”. Esta afirmação nos
permite concluir a dedicação à beleza é uma forma de proporcionar felicidade e
prazer a si mesmo e aos outros. É possível que esta afirmação explique a
incansável busca pela beleza e sua hipervalorização.
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3.2 A moda
Mais do que vestimentas e adornos, a moda representa a ascensão de um
comportamento coletivo. Moda vem do latim modus, cujo significado é modo. Moda,
segundo Palomino (2003), é muito mais do que roupa, é um sistema que integra o
simples uso das roupas do dia-a-dia a um contexto maior, político, social,
sociológico. “A moda não é apenas um fenômeno frívolo, epidérmico, superficial,
mas espelho dos hábitos, do comportamento psicológico do indivíduo, da profissão,
da orientação política, do gosto (...)” (DORFLES (apud ABREU, 2002 p.69)).
Schimid (2004) salienta que a linguagem da moda está inserida no desenvolvimento
da humanidade, por esse motivo tão intimamente ligada à sua evolução e a
mudança de costumes. Bonadio (2002) destaca sabiamente Lipovetsky quando o
mesmo afirma que a moda só se faz possível em sociedades cuja vida coletiva se
desenvolve permeada pelo culto das fantasias e das novidades dentro de uma
temporalidade efêmera.
A moda não pertence a todas as épocas nem a todas as civilizações (...). Só a partir do final da idade média é possível reconhecer a ordem própria da moda, a moda como sistema, com suas metamorfoses incessantes, seus movimentos bruscos, suas extravagâncias (...) (LIPOVETSKY, 1989 p.23).
Abreu (2002) afirma que a moda é a troca permanente de referências e que tudo
influencia o modo de vestir das pessoas. Isto confirma e explica a mobilidade ligeira
da moda, que se alimenta da construção e desconstrução sazonal de suas formas.
A moda surgiu e consolidou-se em meio às mudanças dos séculos, e foram essas
que escreveram a história da moda. “A moda é a lógica do novo. O efêmero é a
forma de ser da moda, ou seja, estar eternamente em mutação” (Wajnman, 2002,
p.132).
As manifestações da moda não são apenas traduzidas por vestimentas e
acessórios, mas também pelo seguimento da beleza, o que inclui cosméticos,
maquiagens, cores e cortes de cabelo que seguem um ciclo tão sazonal quanto o
das roupas.
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A inserção da moda no cotidiano atual é praticamente inquestionável, haja vista que
a moda é um fenômeno coletivo que revela características de um grupo de pessoas
em um espaço de tempo, suas mudanças são impulsionadas por uma minoria de
iniciados que captam uma necessidade ou uma manifestação mesmo que discreta e
tratam de massificá-la carregando multidões que buscam o que a moda tem de mais
próprio: a mudança.
3.3 Mercado da moda e beleza
O mercado da beleza e da moda vem mostrando resultados excelentes; Fagundes
(2010) diz que em janeiro de 2010 o jornal britânico Financial Times publicou
reportagem afirmando que o Brasil é o terceiro maior mercado de cosméticos, atrás
apenas dos Estados Unidos e Japão. O mercado da moda não fica atrás, segundo
Disitzer e Vieira (2006) hoje o Brasil se afirma como um dos mais promissores
mercados de moda do planeta. Sua posição está se fortalecendo no exterior,
aumentando o volume de exportação e a participação, cada vez mais assídua, de
estilistas nacionais em eventos que integram o calendário internacional.
As indústrias da moda e da beleza caminham paralelamente, as duas tem como
força motriz a vaidade, a busca eterna pelo novo, pela beleza e juventude. Ambas
alimentam-se da fantasia, da imagem, da aparência e muito injustamente já foram
relegadas as últimas estâncias das preocupações, sem que fosse levada em conta
sua importância social e seu caráter aprazível. Do mesmo modo que defende-se a
moda e a beleza como preocupações dignas de reflexão e apreciação, sabe-se que
a devoção cega a suas exigências ou a elevação da moda e da beleza a patamares
de primeira importância, pode ser nociva e doentia.
Cobra (2007) salienta que as pessoas se expressam por meio de produtos de moda,
sejam roupas, acessórios, carros, cosméticos, entre outros; este tipo de
comunicação não-verbal ganhou importância e destaque. Tavares (apud MORAES;
PINOTTI, 2009) refere-se à marca como o nome, distinto ou combinado com a
função de identificar a promessa de benefícios, associada a bens ou serviços, que
aumenta o valor de um produto além de seu propósito fundamental. As produções
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de moda têm sempre como objetivo destacar a marca, seu perfil e proposta, a fim de
ser um mediador entre a empresa ou a marca e consumidor final.
A produção de moda é para Stoppe [ca.2008] o que dá continuidade ao trabalho do
estilista, encarregando-se de viabilizar os meios para que a roupa, antes pesquisada
e idealizada, possa despertar o desejo de consumo, seja através de desfiles,
fotografias, figurinos de cinema, teatro, televisão, entre outros. Ela tem como
objetivo administrar o desejo das marcas de projetar uma imagem final.
O mercado da moda se vale de dois grandes meios de divulgação, são eles os
desfiles e as produções fotográficas; os desfiles, ainda segundo Stoppe [ca.2008]
são mais do que a apresentação da roupa, são a apresentação de um ambiente
onde está definindo o estilo próprio de cada estilista, de cada coleção. Pontieri
(2005) afirma que a fotografia, quando em função da moda, tem a finalidade de
vender um ideal estético ao consumidor de moda, a diferença é o modo com que
fazem isto, a linguagem utilizada é diferente para cada marca ou proposta.
“Uma produção de moda é uma composição que organiza elementos na busca de
um estilo, ou, mais concretamente, de certo clima global da foto que traduza o estilo”
(JOFFILY,1991, p.103).
Há um número inimaginável de profissionais envolvidos nos processos de produção
de moda, estes são responsáveis cada por uma parte específica, no entanto diante
do objetivo firmado no trabalho em questão destaca-se o profissional Beauty ou
Beauty Artist.
3.4 Profissional Beauty
Beauty Art é a manifestação contemporânea que admite o embelezamento ou a
concepção criativa de make e hair como arte. Seu emprego é geralmente observado
em desfiles de moda, ensaios fotográficos, cinema e teatro.
O profissional que desenvolve a Beauty Art é chamado de Beauty Artist ou
Profissional Beauty, estes segundo Dwyer e Feghali (2001) são artistas da beleza,
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que não medem esforços para materializar as imagens criadas pelo estilista e pelo
Stilyst. Para atingir o objetivo o Beauty Artist faz testes, croquis e utiliza todos os
recursos possíveis além da criatividade para obter um bom resultado. Estes
profissionais são responsáveis pela elaboração de maquiagens e cabelos
condizentes com o tema proposto e que colaborem na fixação do conceito da marca.
O Profissional Beauty que trabalha em uma produção, segundo Molinos (2009) tem
que estar apto expressar o conceito da marca através das cores, dos materiais e das
técnicas empregadas, harmonizando-as nos modelos. A concepção de beleza em
uma produção de moda é o resultado da soma do conceito proposto pela coleção ou
marca com a criatividade do Profissional Beauty.
Sabe-se que o cabeleireiro é parte importante na produção de moda, já que cada
vez mais os cabelos, e suas diversas possibilidades, transmitem identidade.
Segundo Liz (apud MORAES; PINOTTI, 2009, p.12) “o trabalho de um hair-stilist é
transformar o cabelo dos modelos de acordo com a proposta específica de cada
trabalho”. O maquiador, ou make-up artist, por sua vez, desbrava faces, modificando
formas e volumes, adicionando ou camuflando cores e texturas. O objetivo do seu
trabalho é imprimir o conceito da marca nos rostos e contextualizá-los à proposta.
O Beauty Artist necessita ser capaz de expressar-se através da linguagem visual; a
face e os cabelos são seu instrumento de trabalho e devem ser explorados de todas
as formas possíveis, a fim de transmitir, por meio da elaboração e produção de
cabelo e maquiagem, a idéia sugerida. Além de dominar todo o conhecimento
prático que rege a sua profissão, este profissional deve estar atento as
manifestações artísticas, as tendências da moda, as evoluções cosméticas e aos
movimentos sociais, a fim de obter informações que possam ajudá-lo em seu
processo criativo.
Este profissional pode, além de atuar na concepção de beleza, ser parte integrante
da equipe responsável pelo Casting, nome dado a seleção de modelos para
determinado trabalho, desde que disponha de um conhecimento inerente à sua
classe, porém não tão comumente encontrado: o visagismo; este pode ser de
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grande valia no momento de analisar um rosto, reconhecer suas formas, prever seu
comportamento diante da luz, modificá-lo ou realçá-lo.
O Beauty Artist encontra no visagismo um aliado na concepção de beleza para
produção de moda, pois através deste é possível potencializar as técnicas de
elaboração de make e hair, proporcionando um resultado ainda mais satisfatório e
pleno ao trabalho.
3.5 Visagismo
A expressão visagismo foi criada em 1936, pelo maquiador e cabeleireiro francês
Fernand Aubry. O termo deriva da palavra francesa visage, que em português
significa rosto. “Refere-se à arte de embelezar ou transformar o rosto, utilizando
cosméticos, tinturas e o corte de cabelo” (HALLAWELL, 2008, p.21). Portanto, é
aplicado ao trabalho do maquiador e do cabeleireiro.
Hallawell (2009) afirma que a filosofia por trás do visagismo é a personalização da
imagem, a harmonização dos elementos que compõe o rosto, e o combate a
uniformização da imagem. O visagismo vê o rosto como templo da identidade
pessoal; e por este motivo aborda questões que servem como subsídio teórico para
o profissional de beleza em sua prática profissional.
De acordo com Krizek (apud MORAES e PINOTTI, 2009, p. 6) “o visagismo é o
estudo do rosto e tem como finalidade oferecer soluções adequadas a cada rosto,
respeitando as características pessoais”.
O visagismo pode ser definido como uma arte aplicada, segundo Waack (2010) arte
aplicada é o nome dado as artes cuja utilidade seja a razão principal; o visagismo
busca primordialmente atender aos anseios do cliente, ao contrario de outras artes
plásticas, como a pintura ou a escultura onde normalmente manifestam-se a
personalidade do artista, seus gostos pessoais e pensamentos.
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O visagista, assim chamado o profissional de beleza que aplica o visagismo,
necessita dispor de conhecimento em diversas áreas.
É evidente que um visagista precisa conhecer diversas técnicas de maquiagem ou de corte de cabelo. O que não é tão óbvio é que também precisa conhecer os fundamentos da linguagem visual, que são os princípios básicos que governam os conceitos de harmonia e estética (HALLAWELL, 2008, p.21).
A linguagem visual é um conjunto de elementos simbólicos utilizados para que se
estabeleça visualmente algum tipo de comunicação; dentre eles estão a escrita, o
desenho, os gestos, ou qualquer outra forma de expressão visual. Esta constitui-se
de um sistema de representação simbólica, profundamente influenciado por
princípios que organizam possibilidades de representação e de significação em uma
dada cultura (MARTINS; GOUVÊA; PICCININI, 2005). Julga-se a proporção,
perspectiva tonal e simetria como as três necessidades mais imediatas no que diz
respeito a fundamentos da linguagem visual para o profissional Beauty.
A proporção pode ser definida como a harmonia que deve existir entre as diversas
partes de um todo, e entre cada parte e o todo. Hallawell (2008) afirma que a cabeça
e o rosto humano têm proporções quase perfeitas. A análise da proporção faz-se
importante devido à ligação da proporção perfeita, também conhecida como
proporção áurea, com a beleza; esta associação é muitas vezes errônea, pois a
desproporção pode, tanto quanto a proporção exata, resultar em elementos também
associáveis a beleza mesmo que menos harmoniosos.
Ainda segundo Hallawell (2008) a perspectiva é a ilusão de profundidade criada em
uma imagem; a perspectiva tonal por sua vez, é a ilusão de profundidade criada pela
diferença de tons. No visagismo a perspectiva tonal é facilmente empregada em
maquiagens onde se utiliza diferentes tons para sobrepor ou aprofundar algum
elemento ou na colorimetria onde se acrescenta reflexos e nuances diversas para
causar a impressão de volume.
Simetria é outro fator de suma importância para o visagismo, observa-se que
existem rostos simétricos e assimétricos, essa característica pode ser observada no
formato do rosto ou formato das partes do rosto. Quando o profissional de visagismo
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depara-se com alguma assimetria deve, primeiramente, identificá-la e
posteriormente escolher a técnica para harmonizá-la. Conceitua-se simetria como
correspondência, forma e posição relativa de partes situadas em lados opostos de
uma linha ou plano médio; harmonia resultante de certas combinações e proporções
regulares. Remete à igualdade, à semelhança entre fatos. (AMORIM, 2008). Rostos
triangulares ou triangulares invertidos são considerados assimétricos, em alguns
casos observa-se que algum dos elementos do rosto é muito grande ou pequeno
para o rosto, o profissional Beauty deve estar atento a essas características e utilizar
o visagismo como aliado na identificação da assimetria e da técnica usada para
amenizá-la.
Os conhecimentos obtidos através do estudo do visagismo são inegavelmente
extensos e por este motivo é impossível abordar todos no presente trabalho; no
entanto faz-se necessário destacar os aspectos mais relevantes.
3.5.1 Formatos de rosto
Há nove formatos de rosto pré - estabelecidos: retangular, quadrado, oval, redondo,
triangular, triangular invertido, hexagonal com base reta, hexagonal com lateral reta
e losangular. No entanto há muitos rostos que não se encaixam, por conter
características específicas, em nenhum dos formatos acima citados. Há também que
se observar o formato do perfil do rosto, os mais comuns são reto, curvo e angular.
Hallawell (2009) afirma que para a análise do rosto deve-se observar a linha lateral
do rosto, do arco zigomático até a mandíbula. Para melhor visualização
disponibilizou-se uma imagem como referência (anexo 1).
A angulação desta linha determinará o formato do rosto. O mesmo autor explica e
caracteriza cada uma das situações; os rostos com linhas curvas podem ser
redondos ou ovais, no rosto redondo a altura do rosto praticamente se iguala a
largura, enquanto em um rosto oval a altura é consideravelmente maior que a
largura.
Se a linha observada for reta, o rosto é retangular, quadrado ou hexagonal com a
lateral reta. No rosto quadrado a altura e largura são proporcionais, enquanto no
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rosto retangular a altura é maior que a largura, assim como no oval. O rosto
hexagonal com as laterais retas é semelhante, em proporção de medidas, ao
retangular, no entanto apresenta a mandíbula na linha ou acima da linha dos lábios.
As linhas inclinadas correspondem aos formatos triangular, triangular invertido,
hexagonal com a base reta e losangular; os triangulares apresentam a testa mais
estreita que o queixo, enquanto os triangulares invertidos caracterizam-se pela testa
mais larga que o queixo. Quando em um triangulo invertido a linha do cabelo se une
formando um bico, há o formato de coração, mas se as linhas se afunilarem do arco
zigomático até a testa, identifica-se o losangular. O formato hexagonal com base
reta é semelhante ao losangular, sua diferença está na largura do queixo, sendo
esta mais larga no hexagonal de base reta.
A análise dos formatos dos rostos compreende a muitos outros aspectos, além dos
acima citados, no entanto é possível através destes conhecimentos básicos, aplicar
a identificação de rostos e beneficiar-se desta para o resultado final de uma
maquiagem ou corte de cabelo, adaptando as técnicas ao formato do rosto, a fim de
harmonizá-lo.
Elaborou-se uma tabela com sugestões de técnicas para harmonização dos
formatos de rosto acima citados (apêndice 1), esta tabela pode ser uma ferramenta
para o Profissional Beauty no instante em que analisa o rosto a ser trabalhado; no
entanto destaca-se que não é aconselhável o uso indiscriminado das sugestões da
tabela, pois para a aplicação correta do visagismo muitos outros fatores devem ser
analisados, como personalidade e funcionalidade.
3.5.2 Tipos cromáticos
A cor é sem duvida um dos elementos primordiais no visagismo, pois é possível a
partir do seu emprego adequado, destacar ou disfarçar características e transmitir
impressões.
Hallawell (2009) nomeia Johonas Itten e Robert Dorr como colaboradores no estudo
das cores. Johonas Itten, professor de pintura na Escola de Arte Bauhaus em 1928,
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descobriu que seus alunos destacavam em suas pinturas uma determinada cor, que
se relacionava com o próprio tom de pele, e notou que as cores escolhidas por eles
manifestavam sua personalidade individual. Robert Dorr, na década seguinte, criou o
sistema de chaves de cor ou Color Key Sistem. Este sistema classificava as cores
em frias e quentes, de acordo com suas características.
A partir deste sistema em 1942, Suzanne Caygill realizou uma extensa pesquisa
sobre tons de pele, desenvolveu o Color Harmony ou harmonia da cor, que batizava
os tipos cromáticos de pele com os nomes das estações. “A primavera e o outono
são duas classificações distintas para peles quentes, e verão e inverno duas para
peles frias” (HALLAWELL, 2009, p.168).
As peles negras não podem ser analisadas seguindo o sistema de estações, pois
apresentam cores diferentes em sua composição. Jean Patton classificou em 1991
as peles negas em dois grupos de pele quente, dois de peles frias e dois de peles
neutras. Os nomes dados aos grupos derivam de nomes de regiões, ritmos musicais
e temperos.
Segundo o raciocínio proposto por Suzanne Caygill e Jean Patoon, descrito por
Hallawell elaborou-se tabelas (anexo 2) pois estas auxiliam o profissional no instante
da avaliação e processo criativo da concepção de beleza em uma produção de
moda.
A partir do conhecimento básico à cerca dos formatos de rosto, tonalidades de pele
e da linguagem visual é possível aplicar o visagismo na área do embelezamento
pessoal; sabe-se que o visagismo é um conceito amplo e multifacetado, de modo
que englobar todos seus aspectos demandaria uma pesquisa demasiadamente
extensa, fugindo então do formato do trabalho em questão.
Os conceitos e informações acima explanadas deverem nortear o Beauty Artist no
momento da construção da imagem na produção de moda, e devem ser somadas as
técnicas disponíveis, aos recursos digitais, ao conceito da campanha ou da marca e
principalmente à criatividade.
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3.6 Make e Hair do século XX
É essencial que o profissional Beauty que trabalha com produção de moda, saiba
definir, caracterizar e identificar o make e hair do século XX, pois na moda a
comunicação entre o Stilyst e o profissional Beauty é geralmente feita através de
referências como décadas, épocas ou ícones de cada época.
Para visagista este conhecimento é necessário, pois em determinado momento de
seu trabalho ele necessitará adequar um padrão pré estabelecido, como make da
década de 20, por exemplo, a um rosto que nem sempre tem as características
ideais para determinado trabalho.
É necessário que o profissional Beauty disponha do máximo conhecimento à cerca
da história e dos acontecimentos das décadas e séculos que precederam a
atualidade para que este possa caracterizar seus modelos ou clientes quando
necessário.
Como saber por que as mulheres usavam batons tão delineados na década de 40, sem levar em conta que os EUA entraram na guerra (e para vencer), que Max Factor andava de mãos dadas com o cinema, que Walt Disney e a Coca–Cola desembarcavam por aqui enquanto Carmen Miranda foi estrelar em Hollywood? (MOLINOS, 2009, p. 189).
Com base em autores como Molinos (2009), Palomino (2003), Peacock (1993),
Mackrell (1997) e Moutinho (2000) elaborou-se uma tabela (apêndice 2) com a
descrição breve de make e hair do século XX, no entanto sabe-se que quanto mais
aprofundado e específico for o estudo de determinada década, mais referências é
possível coletar e desta forma pode-se observar que, mesmo que as décadas
fiquem para sempre eternizadas por um look, uma imagem que predominou; estas
foram repletas tendências menores que também são válidas no momento da
caracterização.
O profissional de visagismo necessita deste conhecimento histórico não apenas para
a caracterização de modelos na produção de moda, mas também como aliado no
processo criativo, já que para releituras, momentos onde se faz necessário a
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referência, porém não a copia fiel, o estudo da história pode fornecer informações
significativas e confiáveis de onde pode- se seguir com a criação.
4 CONSIDERAÇÕES FINAIS
A produção de moda é a responsável por desencadear o desejo de consumo sobre
o produto e instigar o público. A moda se vale de dois grandes meios de divulgação,
são eles os desfiles de moda e as produções fotográficas, estes utilizarão todos os
recursos para criar uma atmosfera favorável ao consumo do produto e a exposição
da marca.
Dentre as etapas da produção de moda estão envolvidos inúmeros profissionais,
cada um com uma função específica. O responsável pela concepção beleza é o
Profissional Beauty ou Beauty Artist. O profissional Beauty necessita conhecer não
apenas as técnicas de elaboração de maquiagem e cabelo, mas sim recorrer ao
estudo do visagismo como aliado para a potencialização do seu trabalho. Destaca-
se duas áreas do visagismo como necessidade imediata ao Beauty Artist, são elas a
identificação e harmonização dos formatos de rosto e a análise dos tipos cromáticos.
O visagismo é um recurso para a concepção de beleza na produção de moda, pois
faz com que os profissionais Beauty avaliem o rosto de forma mais profunda,
respeitando a individualidade de cada face. Os conhecimentos obtidos através do
estudo do visagismo podem ser empregados em diversas etapas da produção de
moda, não apenas na elaboração de make e hair, mas também no casting.
Há de se notar que existem outros aspectos do visagismo relevantes ao estudo, pois
este prega a análise holística do individuo, no entanto diante do objetivo firmado
selecionou-se alguns dos julgados primordiais e básicos para a iniciação ao
visagismo.
Mediante um quadro restrito de bibliografias específicas sobre produção de moda e
visagismo, sugere-se que mais estudos sejam elaborados na área para que, o mais
breve possível, possamos dispor de matérias confiáveis para pesquisa. Desta forma,
16
deixa-se o presente trabalho a disposição à consulta, contribuindo desta forma com
a comunidade científica.
REFERÊNCIAS
ABREU, Aparecida Maria Battisti. Moda, estilo e marketing na indústria do vestuário. In: Moda Palavra: Reflexões em moda. Depto. de Moda- UDESC/CEART. Florianópolis: Insular, 2002.
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APÊNDICES Apêndice 1 - Sugestão para harmonização dos formatos de rosto
ROSTOS COM LINHAS CURVAS
REDONDOS
MAKE
Valorizar a parte externa dos olhos;
Afinar as bochechas escurecendo abaixo do zigomático;
Definir o contorno dos lábios.
HAIR
Manter um volume o ápice para alongar a cabeça;
Priorizar cortes repicados para dar mais movimento e ângulos ao rosto;
Cabelos mais longos favorecem este formato de rosto.
OVAIS
MAKE
Aplicar o blush valorizando a parte alta das bochechas;
Ousar nas cores utilizadas;
Escurecer mandíbula e zigomático caso deseje criar mais ângulos a face.
HAIR
Possibilidade de ousar nos cortes e penteados;
Um corte mais repicado caso deseje contrastar com a leveza dos ângulos da face;
Franjas de todas as formas, preferencialmente repicadas.
IMAGEM DE REFERÊNCIA
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ROSTOS COM LINHAS RETAS
QUADRADO, RETANGULAR E HEXAGONAL COM A LATERAL RETA
MAKE
Aplicar o blush na parte central das bochechas se desejar diminuir os ângulos do rosto;
Escurecer a extremidade no zigomático caso deseje valorizar os ângulos da face;
Batons e sombras de cores pastéis conferem suavidade à face e equilibram os ângulos.
HAIR
Cabelos com comprimento médio;
Franjas preferencialmente perfiladas;
O corte em camadas da feminilidade ao rosto.
IMAGEM DE REFERÊNCIA
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ROSTOS COM LINHAS INCLINADAS
TRIANGULAR
MAKE
Valorizar a parte externa dos olhos;
Optar por batons mais neutros e olhos mais destacados;
Escurecer as têmporas.
HAIR
A utilização de franjas para equilibrar a parte superior da cabeça com a inferior;
Cortes repicados desde o ápice da cabeça;
Evitar penteados do tipo moicano.
TRIANGULAR
INVERTIDO
MAKE
Valorizar a parte interna dos olhos;
Optar por batons menos discretos a fim de valorizar a parte inferior da face;
Escurecer a mandíbula.
HAIR
Cabelos com cumprimento acima dos ombros;
Camadas que se iniciam abaixo do zigomático;
Priorizar penteados alonguem a cabeça.
HEXAGONAL DE
BASE RETA OU
LOSANGULAR
MAKE
Aplicar o blush na parte central das bochechas se desejar diminuir os ângulos do rosto;
Escurecer a mandíbula;
Alongar as partes externas de lábios e olhos sempre que possível.
HAIR
Evitar penteados que confiram volume na parte superior da cabeça;
Cortes do tipo Chanel conferem volume à mandíbula.
Cabelos curtos valorizam a estrutura óssea.
IMAGEM DE REFERÊNCIA
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Apêndice 2 - Make e hair do Século XX
DÉCADA DE 20
MAKE
Sobrancelhas finas e arqueadas, blush em forma redonda sob as maçãs do rosto, forte presença do batom vermelho, olhos delineados com a cor preta.
HAIR
Cabelos curtos com presença de franja acentuando o contorno do rosto.
DÉCADA DE 30
MAKE
Sombra de cor neutra, porém os olhos ainda delineados, blush rosado, batom em diversas nuances.
HAIR
Cabelos com o comprimento um pouco maior que a década anterior.
DÉCADA DE 40
MAKE
Lábios vermelho escuro, blush rosa ou marrom e pouco presença de maquiagem nas pálpebras.
HAIR
Cachos presos com grampos ou o uso de turbantes garantindo a praticidade.
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DÉCADA DE 50
MAKE
Sobrancelhas delineadas e escuras, muito batom e máscara de cílios, a sensualização da imagem feminina.
HAIR
Cabelos ondulados presos ou soltos, a inserção da tintura capilar, principalmente em forma de reflexo.
DÉCADA DE 60
MAKE
Cílios exageradamente definidos, olhos delineados, batom em tonalidade rosa e bochechas bem definidas com blush.
HAIR
Cabelos com volume no ápice da cabeça, pontas modeladas para fora ou para dentro, uso de fixadores, adornos com enfeites de proporções exageradas, popularização de franjas de todas as formas.
DÉCADA DE 70
MAKE
Maquiagem suave e em cores neutras, pele um pouco mais bronzeada.
HAIR
Cabelos eram longos, sem compromisso, divididos ao meio, e ornados com faixas e flores.
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DÉCADA DE 80
MAKE
Excesso de maquiagem em todas as cores e com muito brilho.
HAIR
Cabelos cacheados com permanente longos ou curtos.
DÉCADA DE 90
MAKE
Maquiagem em tons neutros com aspecto natural.
HAIR
Cabelos tornam-se mais lisos e longos, pouca presença de adornos.
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ANEXOS
Anexo 1 - Linhas do Rosto
Figura 1: Identificação do formato do rosto
Fonte: http://weheartit
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Anexo 2 – Tabelas dos tipos cromáticos
CLASSIFICAÇÃO DE PELES BRANCAS
Categoria Cor quente
Tonalidade Básica
Amarelo-dourado
Cabelo Louro- dourado, castanho-claro ou médio
Cores que favorecem
Sugestão de acessórios
Dourado
OUTONO
Categoria Cor quente
Tonalidade básica
Ferrugem
Cabelo Ruivo, louro- avermelhado, castanho- claro ou médio
Cores que favorecem
Sugestão de acessórios
Dourado
INVERNO
Categoria Cor fria
Tonalidade básica
Amarelo com fundo roxo
Cabelo Preto, castanho- médio ou escuro
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Prata
PRIMAVERA
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VERÃO
Categoria Cor fria
Tonalidade básica
Rosa com fundo azulado
Cabelo Louro-claro ou claríssimo, ou castanho-claro
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Prata
CLASSIFICAÇÃO DE PELES NEGRAS
BLUES
Categoria Cor fria
Cor superficial Negra
Tonalidade de base
Azul
Cabelo Preto ou castanho- escuríssimo
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Prata
JAZZ
Categoria Cor fria
Cor superficial Chocolate
Tonalidade de base
Verde
Cabelo Preto, castanho-escuro ou médio
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Prata ou dourado
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SAARA
Categoria Cor neutra
Cor superficial Amarelo
Tonalidade de base
Roxo
Cabelo Castanho- escuro, médio ou claro, louro- escuro ou
ruivo- médio
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Prata
NILO
Categoria Cor neutra
Cor superficial Marfim
Tonalidade de base
Azul
Cabelo Castanho- claro, médio ou acinzentado
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Prata
CALIPSO
Categoria Cor quente
Cor superficial Amarelo
Tonalidade de base
Amarelo-dourado
Cabelo Preto, castanho- médio escuro ou ruivo- escuro
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Dourado
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SPIKE
Categoria Cor quente
Cor superficial Vermelho
Tonalidade de base
Verde- terra
Cabelo Castanho- escuro ou médio, ruivo- escuro ou médio
Cores que favorecem
Sugestão de acessório
Dourado