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Glauciane da Silva VISAndo o Amanhã: Planejamento e Implementação do Programa de Preparação para Aposentadoria da Anvisa Brasília-DF Abril de 2020

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Glauciane da Silva

VISAndo o Amanhã: Planejamento e Implementação do

Programa de Preparação para Aposentadoria da Anvisa

Brasília-DF

Abril de 2020

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VISAndo o Amanhã: Planejamento e Implementação do Programa de

Preparação para Aposentadoria da Anvisa

Trabalho de Conclusão de Curso apresentado

como parte dos requisitos para obtenção do grau

de Especialista em Gestão Pública.

Aluna: Glauciane da Silva

Orientadora: Profa. Dra. Juliana Seidl

Brasília-DF

Abril de 2020

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VISAndo o Amanhã: Planejamento e Implementação do Programa de

Preparação para Aposentadoria da Anvisa

Aluna: Glauciane da Silva

Instituição: Agência Nacional de

Vigilância Sanitária - ANVISA

Palavras-chave: aposentadoria; programa de preparação para aposentadoria; pesquisa quanti-

quali

Resumo

Trata-se de um estudo realizado para fins de implementação de um programa contínuo de

preparação para aposentadoria (PPA) na ANVISA bem como da inserção deste na política de

Gestão de Pessoas. A fim de subsidiar nosso estudo, foi realizada uma ampla pesquisa a qual

foi elaborada com questões abertas e fechadas, aplicada a todos os servidores com vistas a

analisar o perfil destes bem como suas necessidades e interesse em relação ao PPA, cujos

resultados serão apresentados neste artigo. Além disso, foi feita análise de outros programas já

implementados bem como das nuances que envolvem este tipo de programa, de forma a

respaldar nosso estudo e garantir o sucesso na implementação deste na Anvisa. Será apresentado

neste artigo, sugestões de temas a serem tratados no PPA. Espera-se que com este programa,

seja dada maior atenção aos anseios e expectativas dos servidores por parte da Anvisa, bem

como que estes se sintam valorizados e preparados para este momento de transformação de suas

vidas e que as incertezas sejam reduzidas ou eliminadas. Além disso, espera-se que a Anvisa

adote estratégias para retenção destes talentos, quando o servidor ainda não se sentir preparado

para este momento, bem como, dos conhecimentos destes, no caso de o servidor já se sentir

preparado para se aposentar, de forma a garantir a continuidade dos serviços prestados com a

mesma qualidade ao longo do tempo e de valorizar os conhecimentos já existentes.

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1. Introdução

O aumento da expectativa de vida no Brasil é uma realidade comprovada mediante

estudos realizados pelo IBGE anualmente, o qual estima que a população com 60 ou mais anos

de idade, deve atingir 41,5 milhões, em 2030, e 73,5 milhões, em 2060. O envelhecimento da

população brasileira é pauta de discussão já presente nas políticas públicas e sociedade, em

virtude de ser um tema que requer adoção por parte dos governantes de medidas de adaptação

da sociedade a esta nova realidade e da forma de trabalho a ser adotada, bem como da forma de

distribuição de recursos para diversos setores do poder público, tais como saúde, economia,

finanças, previdência e assistência social. Ou seja, medidas de atenção a população idosa, que

primem pela proteção, cuidado, prevenção, saúde, qualidade de vida e bem-estar destes.

A primeira iniciativa para institucionalização de política de atenção ao idoso ocorreu

com a publicação da Constituição Federal de 1988 merecendo destaque o Artigo 129, que dispõe

que ... “os filhos maiores têm o dever de ajudar e amparar os pais na velhice, carência ou

enfermidade” e o Artigo 130 que estabelece que “a família, a sociedade e o Estado têm o dever

de amparar as pessoas idosas, assegurando sua participação na comunidade, defendendo sua

dignidade e bem-estar e garantindo-lhes o direito à vida” (CF apud Dantas et al, 2014, p.120).

Posteriormente, surge a Política Nacional de Idoso (PNI) regulamentada pela Lei

8.842/94 e Decreto 1.948/96 estabelece direitos sociais e de amparo ao idoso, porém, há lacunas

nesta política no tocante ao não estabelecimento de punições aos que descumprirem os

normativos, a não regulamentação de asilos e indefinição sobre o que seria crime contra idoso

bem como a tipificação do abandono (PNI apud Dantas et al, 2014, p.121).

Segundo Dantas e Oliveira (2014, p.122, tradução nossa), visando preencher as lacunas

deixadas pela PNI, surge o Estatuto do Idoso (Lei nº 10.741/03), voltado para proteção do direito

de pessoas com idade igual ou superior a 60 anos e definição de penalidades e sanções aos que

infringirem os normativos, incluindo reclusão. Pelos normativos citados, nota-se uma

preocupação da sociedade e entidades políticas com o envelhecimento populacional e as

implicações socioeconômicos financeiras que o envolvem.

Visando o alinhamento com aos normativos já estabelecidos e a normatização das

políticas no âmbito do Governo Federal que tratem da questão do envelhecimento dos servidores

e do cuidado com a qualidade de vida destes, o Ministério do Planejamento (hoje Ministério da

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Economia), publicou a Portaria nº 12, de 20 de novembro de 2018 na qual estabeleceu diretrizes

gerais para promoção da educação para aposentadoria.

As diretrizes dispostas na Portaria citada vem de encontro com a proposta deste artigo

para implementação de um Programa de Preparação para Aposentadoria (PPA) na Anvisa, quais

sejam, a preocupação com o envelhecimento ativo, com o bem-estar e qualidade de vida dos

servidores, com o planejamento pré-aposentadoria e tomada de decisão consciente sem

influência de fatores externos e alheios a vontade do servidor, diminuição do ageísmo e

discriminação etária nos órgãos e preservação da memória institucional. O programa proposto

será elaborado a partir da análise do levantamento das necessidades dos servidores da Anvisa e

deverá contar com a participação de colaboradores com conhecimento acerca dos conteúdos dos

temas a serem abordados no PPA bem como de parcerias com outros órgãos/entidades, se for o

caso.

Este estudo tem por objetivo, possibilitar o acesso as percepções dos trabalhadores da

Anvisa sobre como estão se preparando para aposentadoria bem como sobre outros temas

correlatos e adquirir informações para o planejamento e implementação do PPA desta

instituição, bem como, propiciar a adoção de práticas que favoreçam o preparo do servidor para

o ambiente externo à organização, como encontros e palestras que abordem temas de seu

interesse, com foco na mudança de comportamento, na qualidade de vida e bem-estar, neste

período de transição entre atividade para inatividade e atendimento dos normativos vigentes.

Espera-se, com este programa, reduzir as incertezas dos servidores quanto à tomada de

decisão relativa à sua aposentadoria as quais podem surgir em virtude do não preparo necessário

para este momento ao longo da vida profissional destes.

2. Referencial Teórico

A aposentadoria é uma forma de vacância do serviço público, prevista no Inciso VII do

Artigo 33 da Lei 8.112/90. Para que ela seja possível, além do atendimento aos requisitos legais

de tempo e idade, precisa haver a manifestação de vontade do servidor, quando voluntária.

Ocorre que ainda que haja esta manifestação, nem sempre o servidor está preparado para

este momento tão importante e inevitável de sua vida profissional. Para muitos, pode ser o

melhor momento e para outros, o pior momento, a depender do ponto de vista e do quanto o

servidor se sente preparado. Sobre o preparo para aposentadoria, alguns autores destacam que

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[...] “a forma como cada pessoa irá vivenciar este momento é variável de acordo com a cultura,

os valores pessoais e socioeconômicos e o contexto onde vive” (França, 2008, Wang et al, 2011

apud Pazim & Marin, 2016, p.92).

Alguns autores definem que a aposentadoria é o momento de reestruturação da identidade

pessoal e estabelecimento de novos pontos de referência (Zanelli et al 1996 apud Martins et al,

2017, p.57). Ou seja, um momento em que a rotina de se ir diariamente ao trabalho e de ocupar

um espaço dentro de uma organização dá lugar a novas atividades e novos espaços que serão

ocupados tanto na sociedade quanto no âmbito familiar.

Ocorre que além da ruptura do vínculo de trabalho e do papel social até então assumido com

a ocupação de um cargo público, pode haver outras questões relacionadas a aposentadoria que

afetam o bem-estar do servidor, como a questão do envelhecimento, do ageísmo, da

discriminação etária e falta de planejamento ao longo da carreira.

Sobre o envelhecimento, Lobato (2010, p.215 apud Dantas et al, 2014, p.123) destaca que o

processo de envelhecimento é um processo amplo, que abrange vários aspectos que acarretam

uma melhoria nas condições de vida e uma maior expectativa de vida. Segundo o autor, o

envelhecimento digno depende de ações coletivas como criação de políticas com garantia de

acesso a estas pelos idosos.

Ou seja, há vários fatores que favorecem ou não o envelhecimento digno, tanto de

responsabilidade individual quanto coletiva. Além disso, as políticas criadas deverão estar

acessíveis a todos, para que haja uma melhoria significativa na qualidade de vida e favoreçam

a longevidade. Embora o envelhecimento digno, com saúde, seja um desejo de todos, de um

lado, por outro, há consequências diretas provenientes deste, tanto para sociedade quanto para

as contas públicas. Ou seja, [...] o envelhecimento da população e os critérios de aposentadoria

vêm sendo analisados com cautela, tendo em vista as consequências e impacto destes nas contas

públicas (Leandro-França, 2014, p.25).

Uma das mudanças recentes decorrentes do envelhecimento da população foi a Reforma

da Previdência em 2019, cujos termos são claros quanto à necessidade de se postergar a

aposentadoria, uma vez que muitos trabalhadores se aposentavam antes dos 60 (sessenta) anos

de idade, ou seja, ainda em condições de produzir, o que onerava o custo da previdência para o

poder público e sociedade e o desequilíbrio das contas públicas.

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A postergação da idade limite para aposentadoria, conforme estabelecido no texto da

Reforma da Previdência, refletirá dentro das organizações, uma vez que será necessária a adoção

de medidas que propiciem a permanência do servidor com saúde física-mental e com

desempenho de trabalho favorável. Daí a necessidade da implementação de programas e

políticas de atenção ao servidor para promoção de sua saúde e qualidade de vida. Sobre o

assunto, a Carta de Otawa, apud Leandro-França, p. 25, cita que a promoção da saúde se

relaciona a atuação da comunidade tanto na promoção quanto no controle, bem como na

qualidade de vida, com vistas ao bem-estar físico, mental e social.

Neste sentido, entende-se ser necessária a implementação de Programa de Preparação

para aposentadoria no âmbito da Anvisa, no sentido da preservação da qualidade de vida e saúde

do servidor, conjuntamente a outras ações já implementadas por meio da criação do Subsistema

Integrado de Atenção à Saúde do Servidor – SIASS (Decreto 6.833/2009). O Programa de

Educação para aposentadoria inclui etapas mínimas par sua operacionalização. Tais etapas

visam compreender o cenário da organização, o contexto de atividades e demais elementos

sistêmicos, o que constitui um momento fundamental do Programa (Zanelli, Silva & Soares,

2010; França, 2012, apud Zanelli et al, p. 99).

O Programa é necessário para que a organização auxilie o servidor no processo de

planejamento para aposentadoria para que o elemento surpresa não esteja presente neste

momento, ou seja, não haja preparo financeiro adequado, que o servidor esteja endividado, com

familiares dependentes financeiramente deste, o que pode gerar adiamento da decisão e

insatisfação crescente deste à medida em que este momento é postergado. O planejamento é

fator fundamental para este período de transição, pois segundo França, 2012, apud França et al,

2014, p.882 por meio deste, haverá um estímulo a definição efetiva dos projetos a serem

desenvolvidos pelos que irão se aposentar.

Neste sentido, entende-se ser necessária a atuação da Anvisa na implementação do

Programa de Preparação para Aposentadoria mediante ações conjuntas que servirão de apoio a

tomada de decisão pelo servidor em se aposentar ou não, bem como de auxiliá-lo quanto as

possíveis alternativas de projetos a serem realizados pós-aposentadoria. Além disso, o Programa

também poderá ser direcionado a valorização das habilidades daqueles que estão próximos da

aposentadoria para retenção dos conhecimentos destes ou postergação voluntária de sua saída.

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Sobre o momento em se implementar este programa, alguns autores citam que o correto

é que fosse implementado desde o ingresso do servidor no órgão, outros citam que o prazo seria

até 1 (um) ano da data prevista para aposentadoria, outros 5 (cinco) anos (Pazim & Marin, 2016,

p. 98). Note-se que não há um consenso entre os autores sobre quando se iniciar o PPA. Porém,

entende-se que a organização não pode se furtar de fazê-lo, tanto em virtude de questões legais

quanto por outros fatores que possam afetar o bem-estar, saúde e qualidade de vida do servidor.

Neste estudo, entende-se como ideal que o programa seja implementado em até 5 (cinco)

anos da data prevista para aposentadoria, até porque neste momento a organização poderia

trabalhar diversos aspectos com os servidores, quais seja, a interação entre estes e servidores

mais jovens para troca de conhecimentos, o ajuste das atividades e lotação destes, como forma

de propiciar um melhor clima e até a retenção destes servidores, se fosse o caso.

Além disso, o programa deverá abordar temas de interesse dos servidores que envolvam

questões de saúde, qualidade de vida, financeiras e de legislação, por exemplo. Alguns destes

temas são destacados por alguns autores que complementam com outros como [..] Educação,

Atividades de Trabalho Remuneradas e Voluntárias, Relacionamento Familiar e Social e

Atividades Culturais e de Lazer (França e Soares, 2009 apud Martins e Borges, 2017, p.57).

As fases de implantação do programa conforme Murta et al 2014, p.3 são a avaliação

das necessidades, criação de identidade visual, criação de guia para participantes, sensibilização

e divulgação, lançamento, formação dos grupos e conteúdo da intervenção, avaliação do

processo, avaliação do resultado. Tais fases deverão ser observadas para estruturação do PPA.

Com intuito de inserir este público nas políticas de Gestão de Pessoas da ANVISA, é

importante que os temas de maior interesse dos servidores sejam tratados no PPA e que o

servidor somente se aposente quando estiver seguro desta decisão e esteja preparado para as

transformações que ocorrerão na sua vida após a sua passagem da atividade para inatividade.

Rafalski e De Andrade, 2015, p.37, destacam que “preparar-se para a aposentadoria envolve o

planejamento e a tomada de decisão em favor de comportamentos facilitadores (Leandro-

França, Murta, & Villa, 2014) que promovam confiança para se aposentar (Kim, Kwon, &

Anderson, 2005)”.

A decisão de se aposentar deve ser tomada espontaneamente e não motivada por fatores

de ordem pessoal ou profissional para que se torne algo positivo para o servidor e não motivo

de arrependimento futuro ou algo negativo em sua vida que venha trazer sofrimento e dor. O

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PPA envolve um trabalho contínuo que visa valorizar e motivar os servidores bem como evitar

que estes sofram ou adoeçam quando de sua aposentadoria.

Outra questão a ser trabalhada na organização é quanto a orientação aos servidores, no

escopo do PPA, sobre a necessidade de valorização e respeito aos servidores idosos e até a

aplicação de penalidades administrativas, se for o caso, para aqueles que insistirem em adotar

atitudes discriminatórias que venham constranger e causar desconforto aos servidores mais

velhos, ou seja, “preconceitos contra os mais velhos (ageismo)” citado por França et al, 2013

apud França et al, 2014, p.884.

Sobre o tema, Marques, Batista e Silva, 2012, apud França, Lucia. et al. 2018, p.885,

“sinalizam para a relevância da promoção de medidas positivas para combater os preconceitos

em relação à idade, principalmente, no funcionamento do mercado de trabalho, domínio que

mais contribui para a exclusão das pessoas idosas”, ou seja, as oportunidades ofertadas pela

organização devem ser acessíveis a todos, independentemente da idade.

Em relação aos aspectos que envolvem a aposentadoria, no âmbito social, conforme já

abordado neste artigo, entende-se que o servidor deve se preparar para novas atividades, novos

laços de amizade, bem como reforçar os laços familiares que por vezes fica fragilizado em

função da falta de tempo decorrente do excesso de compromissos profissionais assumidos, a

depender da posição que ocupa, fragilizando esta relação.

No contexto político, é salutar que o servidor esteja atento às mudanças advindas da

legislação que possam impactar sua decisão de se aposentar ou não. No tocante ao aspecto

econômico-financeiro, o servidor precisa estar preparado para a redução da remuneração e

buscar alternativas financeiras que sirvam como complementação da renda ou reduzir suas

despesas de forma que a redução da remuneração não venha acarretar a perda da qualidade de

vida destes.

Sabe-se que com a aposentadoria, há perdas significativas na remuneração do servidor

como a exclusão do pagamento de insalubridade, abono de permanência, auxílio alimentação,

auxílio transporte, cargo em comissão e outros devidos somente em função da ocupação do

cargo. Por este motivo, é importante que o servidor tenha em mente quais serão os seus

proventos depois de aposentado, se deseja exercer outra atividade, ainda que não remunerada e

quão disposto e preparado está para mudanças advindas de sua aposentadoria. Sobre o assunto,

destacamos o disposto por Carson, Carson e Bedeian (1995) apud Magalhães, 2008, p.14, acerca

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do entrincheiramento na carreira, ou seja, medo de mudança decorrente de transição e

consequente perda da identidade, do sentimento de não se vislumbrar novas áreas de atuação,

perda do status adquirido ao longo do tempo, bem como financeiras e de conhecimento.

Além disso, há o risco de que o aposentado passe a assumir responsabilidades como o

cuidado com os netos, financiamento de despesas domésticas suas e de dependentes financeiros

bem como outros aspectos familiares que podem impactar em sua qualidade de vida.

Espera-se com este estudo, extrair informações relevantes tanto para elaboração do

programa bem como obter o apoio do nível estratégico da organização e corpo Diretor/Gerencial

para que este seja implementado na Anvisa de forma a propiciar uma interface positiva aos

servidores que estão na iminência de se aposentar e uma maior qualidade de vida destes.

3. Método

3.1. Participantes

A pesquisa foi destinada a todos os servidores da Anvisa, independentemente do vínculo

empregatício, da idade e do cargo que ocupa. Do universo de 1.098 servidores, 131 (cento e

trinta e um) servidores responderam à pesquisa, o que corresponde a 11,93 %. Ressalte-se que

não foram considerados no universo, os servidores em exercício fora da ANVISA uma vez que

estes não tiveram acesso a pesquisa. A pesquisa foi elaborada e foi encaminhada para o total de

servidores em exercício na Agência por e-mail aos quais foi garantida a confiabilidade do

anonimato nas respostas encaminhadas à GGPES.

Foi observado que o perfil de participantes era predominantemente do sexo feminino

(64%), com idade média de 47,51 anos da maioria dos respondentes e desvio padrão de 10,54

anos, casados ou com união estável (69%), com filhos (62%) e com dependentes financeiros

(57%). Veja que o percentual de servidores com dependentes financeiros é relativamente alto,

o que pode impactar na decisão de o servidor em adiar sua aposentadoria. Com relação ao grau

de escolaridade, a maioria dos servidores possuem Especialização (53%) e em relação ao nível

de escolaridade do cargo que ocupa, a maioria dos respondentes são ocupantes de cargo de nível

superior (71%). Infere-se que os servidores ocupantes de cargo de nível médio podem não se

aposentar na Anvisa em virtude da qualificação destes (dados relativos ao grau de escolaridade).

A Tabela 1 apresenta a caracterização demográfica e profissiográfica completa da amostra.

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Tabela 1. Caracterização sociodemográfica da amostra

Categoria Respostas N %

Sexo Masculino

Feminino

47

84

36

64

Idade

Até 30

31-45

46-55

>55

5

52

35

38

4

40

27

29

Estado civil

Solteiro

Casado ou União Estável

Divorciado

Viúvo

22

91

14

2

17

71

10

2

Quantidade dos Filhos

Não possuem

1

2

3

>=4

47

17

43

15

2

38

14

35

12

1

Dependentes Financeiros Não possuem

Possuem

55

74

43

57

Escolaridade

Ensino médio

Ensino superior

Especialização

Mestrado

Doutorado

6

16

70

31

8

5

12

53

24

6

Grau de escolaridade do

cargo que ocupa

Nível Médio

Nível Superior

38

93

29

71

Vínculo com a instituição

Estatutário

Outros vínculos (requisitado,

celetista, estagiário)

126

5

96

4

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3.2. Instrumentos

Utilizou-se para fins de pesquisa, do formulário FORMS do Office 365 e do e-mail

corporativo dos servidores. Houve sensibilização mediante envio de e-mail a todos para que

participassem da pesquisa, tendo sido reiterada esta solicitação em função do número de

respondentes.

3.3. Procedimentos de coleta de dados

O procedimento utilizado para fins de coleta de dados foi o envio por e-mail de um

questionário on-line a todos os servidores da ANVISA e do Termo de Consentimento Livre e

Esclarecido (TCLE). O questionário foi composto de perguntas qualitativas e quantitativas e o

prazo estabelecido para resposta foi de 19 (dezenove) dias, incluindo finais de semana e feriados,

tendo sido respondido por 131 (cento e trinta e um) servidores, a maioria da Sede/Brasília.

Verificou-se que em alguns Estados, não houve nenhum respondente.

Consideramos o número de respondentes significativo e por meio da análise do

questionário, pretendemos planejar as próximas etapas do Programa de Preparação para

Aposentadoria (PPA).

3.4. Análise dos dados

Serão realizadas análises descritivas (média, mediana e desvio-padrão) e inferenciais

(correlações e regressões) de dados. Para consecução das análises descritivas será utilizado o

pacote de dados Excel. Já para realização das análises inferenciais será adotado o pacote

estatístico SPSS (Statistical Package for Social Sciences).

4. Resultados e Discussão

Inicialmente, verificou-se os índices de consistência interna (Alpha de Cronbach) da

preparação para aposentadoria e dos fatores dos construtos gestão da diversidade etária e

entrincheiramento na carreira. Não foi possível calcular os índices de confiabilidade das quatro

dimensões da escala sobre preparação para aposentadoria já que foi adotada a sua versão

reduzida. Como é sabido que esse índice é sensível ao tamanho da amostra, sendo esta uma

amostra pequena, consideram-se os valores satisfatórios.

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Tabela 2. Consistência interna e quantidade de itens dos construtos desta amostra (N=131)

Construto Fatores Alpha Qte de itens

Preparação para

Aposentadoria (Foi mensurado de forma global) 0,73 24

Gestão da

Diversidade Etária

Práticas de preparação para aposentadoria

Tratamento equânime

Treinamento sobre diversidade etária

Práticas de gestão de pessoas específicas

GeDEO (global)

0,89

0,68

0,81

0,66

0,89

05

06

05

04

20

Entrincheiramento

na Carreira

Investimentos na carreira

Limitação da carreira

Custo emocional

Entrincheiramento na carreira (global)

0,80

0,68

0,79

0,87

04

04

04

12

A seguir, apresentam-se os resultados descritivos (média, mediana, desvio-padrão,

mínimo e máximo) das quatro dimensões da preparação para aposentadoria e do construto de

modo geral (vide Tabela 3). Sendo a escala de cinco pontos e a âncora de número quatro indicava

que eles concordavam com as assertivas sobre preparação, pode-se afirmar que os trabalhadores

da Anvisa que participaram desta pesquisa ainda estão começando a se preparar para

aposentadoria.

As médias em torno de três indicam que eles estão começando a adotar comportamentos

de preparação, sendo a esfera saúde aquela que tem recebido maior atenção. Entre os 24 itens

desta medida, aquele que apresentou a maior média foi: “Penso muito sobre como será minha

saúde a longo prazo” (M = 4,24, DP = 0,77) e o que representou a menor média também foi da

dimensão saúde e diz, de certa forma, o contrário: “Me preocuparei com minha saúde na

aposentadoria quando chegar o momento” (M = 4,24, DP = 0,77), revelando, assim, a

preocupação das pessoas em cuidar preventivamente da saúde. O baixo desvio-padrão indica

que não há uma variabilidade na percepção dos respondentes. Esses resultados, assim, reforçam

a importância de se implementar um Programa de Educação para Aposentadoria na instituição.

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Tabela 3. Resultados descritivos da preparação para aposentadoria (N=131)

Fatores Média Mediana DP Mínimo Máximo

1. Finanças 3,40 3,50 0,57 2,00 4,83

2. Saúde 3,82 3,80 0,58 2,00 5,00

3. Psicossocial 3,21 3,20 0,68 1,00 4,80

4. Estilo de vida 3,35 3,38 0,65 2,00 5,00

Preparação para Aposentadoria 3,24 3,25 0,39 2,00 4,67

Já a Tabela 4 mostra os resultados descritivos das quatro dimensões que compreendem

a gestão da diversidade etária nas organizações e também os valores da gestão de modo geral.

Sendo a escala adotada também de cinco pontos, percebe-se que os trabalhadores desta

instituição indicam a inexistência ou insuficiência de práticas que visam promover a diversidade

etária na instituição. O tratamento equânime a trabalhadores de diferentes idades (fator 2) que

versa sobre a percepção de que a organização oferece oportunidades equânimes a trabalhadores

de diferentes idades para crescer na carreira e para ocupar cargos de chefia foi o que recebeu

maior média (M = 3,21, DP = 0,72) e, mesmo assim, não foi elevada.

A média para os demais fatores: oferta de práticas de preparação para aposentadoria

(fator 1), oportunidades de treinamento para gestores e trabalhadores de modo geral para

promoção da diversidade etária (fator 3) e a oferta de práticas de gestão de pessoas específicas

para aos trabalhadores mais velhos, como flexibilidade de horário e realocação de cargos e

tarefas (fator 4) foi ao redor de dois, indicando que eles discordam que tais práticas existem no

órgão. Mais uma vez, o baixo desvio-padrão indica que essa percepção é homogênea entre os

participantes.

Entre os 20 itens desta medida, o que recebeu menor média foi um do fator práticas de

preparação para aposentadoria: “A minha organização oferece programa de preparação para

aposentadoria com vários encontros e temas diversificados” (M = 1,82, DP = 0,88) e o item que

recebeu maior média foi da dimensão tratamento equânime a trabalhadores de diferentes idades:

“Na minha organização, as equipes de trabalho são formadas por trabalhadores de diferentes

gerações” (M = 3,88, DP = 0,93).

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Tabela 4. Resultados descritivos da gestão da diversidade etária nas organizações (N=131)

Fatores Média Mediana DP Mínimo Máximo

1. Práticas de preparação para aposentadoria 2,07 2,00 0,85 1,00 5,00

2. Tratamento equânime 3,21 3,20 0,72 1,40 4,80

3. Treinamento sobre diversidade etária 2,24 2,20 0,76 1,00 5,00

4. Práticas de gestão de pessoas específicas 2,24 2,25 0,66 1,00 4,00

Gestão da Diversidade Etária 2,45 2,42 0,59 1,11 4,58

Os resultados descritivos dos três fatores que compõem o construto entrincheiramento

na carreira e sua percepção de modo global estão na Tabela 5. Essa amostra não considera que

os investimentos financeiros, em termos de tempo e treinamento feitos na carreira são

suficientes para desmotivá-los a iniciar outra carreira (fator 1). Do mesmo modo, eles não

consideram que há poucas alternativas no mercado de trabalho (fator 2) e nem que os custos

emocionais de mudança seriam altos (fator 3). Esse resultado indica que esses trabalhadores têm

interesse em descobrir novas ocupações e projetos para o pós-carreira e acreditam que devem

fazê-lo, o que reforça, mais uma vez, a importância dos projetos de vida para o pós-carreira.

Nota-se que a percepção dos respondentes para este construto é mais variável já que desvio-

padrão é um pouco mais alto, mas, mesmo assim, é considerado baixo.

Analisando os 12 itens que compõem essa escala, o que recebeu menor média foi um do

fator investimentos na carreira: “Eu já tenho muito dinheiro investido na minha carreira atual,

ficando difícil mudar agora” (M = 2,44, DP = 1,02), corroborando que esses participantes não

se sentem entrincheirados pela questão financeira. Já o item que recebeu maior média foi da

dimensão limitação de alternativas de carreira que diz: “Com a minha experiência e histórico

profissional, existem alternativas atraentes e disponíveis pra mim em outras carreiras” (M =

3,27, DP = 0,98), ou seja, sendo este um item reverso, quando as pessoas concordam com ele,

elas ratificam que elas não se sentem entrincheiradas na carreira.

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Tabela 5. Resultados descritivos do entrincheiramento na carreira (N=131)

Fatores Média Mediana DP Mínimo Máximo

1. Investimentos de carreira 2,77 2,75 0,87 1,00 4,75

2. Limitação de alternativas de carreira 2,72 2,75 0,70 1,00 4,75

3. Custos emocionais 2,90 3,00 0,87 1,00 4,50

Gestão da Diversidade Etária 2,80 2,75 0,68 1,00 4,50

Além dos resultados descritivos relacionados a preparação para aposentadoria, gestão da

diversidade etária e entrincheiramento na carreira, outras questões foram aplicadas aos

servidores de forma a possibilitar um maior entendimento do público respondente e auxiliar-nos

na elaboração do Programa e na condução deste, conforme apresentado neste artigo.

No item referente ao Estado em que o servidor mora, identificamos que a maioria dos

participantes moram em Brasília/DF-74 (setenta e quatro) e os demais, moram em outros estados

no Brasil. Não obtivemos nenhuma resposta de servidores que moram no Acre, no Espírito

Santo, no Mato Grosso, na Paraíba, no Piauí e em Rondônia. O fato de não haver participação

dos servidores de alguns estados pode refletir ou desinteresse destes no programa ou a falta de

confiança de que o mesmo será estendido a todos os servidores, tanto da Sede quanto das PAFs.

No item relativo à ideia de se aposentar ou não na Anvisa, observa-se que dos servidores

respondentes, a maioria respondeu que pretende se aposentar na ANVISA.

No tocante aos anos completos de contribuição para o Regime Próprio de Previdência

Social (RPPS), agrupamos o resultado por faixa, ou seja, de servidores que contribuem por um

período menor ou igual a 10 (dez) anos, dos que contribuem por um período igual a 11 (onze) e

menor ou igual a 20 (vinte) anos, dos que contribuem por um período igual a 21 (vinte e um) e

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menor ou igual a 30 (trinta) anos e dos que contribuem por um período igual ou maior que 31

(trinta e um) anos. Verifica-se que o número de respondentes com tempo de contribuição até 30

(trinta) anos é de (noventa e seis por cento), ou seja, a maioria dos respondentes não tem tempo

para se aposentar.

Na questão pertinente a contribuição para Previdência Complementar do Servidor

Público Federal, hoje administrada pela FUNPRESP, verificou-se, pelo número obtido e

considerando as regras vigentes, que provavelmente os servidores com menos tempo de

contribuição ou que ingressaram no Serviço Público a partir de 4/2/2013 (data marco para

vigência da FUNPRESP), poderão ter feito a opção para contribuir, uma vez que a opção a

princípio apresenta-se mais vantajosa para quem falta mais tempo para se aposentar e para quem

tem a sua remuneração limitada pelo teto da Previdência (Valor a partir de 1º/1/2020 de R$ 6.101,06.

Fonte: site da Previdência Social). Ressalte-se que esta opção é facultativa aos servidores.

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Sobre os servidores que contribuem para o Regime de Previdência Complementar

(RPC), verificamos que (cinquenta e sete por cento) tem até 5 (cinco) anos de contribuição.

Como o RPC foi instituído em 2013 no Serviço Público Federal, talvez seja este o motivo de a

maioria dos servidores não ter muito tempo de contribuição.

Questionados sobre a possibilidade de participação em Programa de Preparação para

Aposentadoria (PPA), caso a ANVISA oferecesse, o resultado foi o que segue:

Vejam que a maioria dos respondentes (oitenta e cinco por cento) participariam do PPA,

o que reforça a necessidade de implementação deste na ANVISA.

Sobre os motivos para não participação no PPA caso a ANVISA oferecesse o programa,

somente 19 (dezenove) respondentes informaram que não participariam. Na Tabela 6,

ilustramos alguns dos motivos citados pelos respondentes, conforme abaixo:

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Tabela 6. Exemplo de respostas sobre os motivos para não participação do PPA

Respostas

Dificuldade em participação de curso presencial

Aposentadoria distante (falta muito tempo)

Possível indisponibilidade do programa para as Coordenações de PAFs

Servidor se aposentará antes da implementação do programa

O servidor já se considera preparado

Não há intenção do servidor em se aposentar na ANVISA

Depende do horário em que for ministrado o Programa

Falta de conhecimento sobre o Programa

Servidor já preencheu os requisitos para se aposentar, não havendo interesse na participação

Nota-se que conforme estudos realizados, que servidores que faltam muito tempo para

se aposentar, não tem interesse na participação do programa, bem como aqueles que já tem os

requisitos para se aposentar, por achar tardia a implementação deste. Estas informações

corroboram nossa intenção de implementar o Programa apenas para aqueles que estão há 5

(cinco) anos de sua aposentadoria. Outro fator presente nas respostas, é a inviabilidade de

implementação deste nos Estados, porém, pretendemos estendê-lo às PAFs no ano seguinte a

implementação do Programa na Sede, a depender dos recursos disponíveis e interesses. Talvez

este sentimento de exclusão por parte de alguns respondentes impactou na não participação de

algumas PAFs na pesquisa, conforme já citado.

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Os temas para composição do PPA foram selecionados conforme abaixo:

Neste item, o respondente poderia escolher até 3 (três) temas. Como o número de

respostas obtidas pela somatória dos itens foi igual a 444 (quatrocentos e quarenta e quatro),

verificamos que alguns servidores escolheram mais de 3 (três) temas. De toda forma, apesar

desta constatação, para fins de implementação do programa utilizaremos dos 8 (oito) temas mais

escolhidos em nosso Projeto Piloto. O tema relativo à Legislação e proventos em nosso

entendimento é importante no processo decisório e deverá compor o programa. A ordem para

abordagem dos temas poderá ser alterada nas demais etapas do Programa, a depender da

disponibilidade de profissionais e recursos, bem como do interesse dos participantes,

independentemente do número de escolhas, uma vez que entendemos que todos os temas são

importantes e tentaremos abordá-los em sua integralidade, nas diversas etapas do programa.

No item relativo à intenção de quem alcançou os critérios legais para se aposentar,

obtivemos os seguintes resultados:

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Vejam que neste item, (cinquenta e quatro por cento) dos respondentes pretendem

continuar trabalhando após sua aposentadoria. Esta informação nos leva a questionar se os

respondentes realmente estão preparados para se aposentar ou se há alguma situação específica

de trabalho ou de relacionamento interpessoal que está impactando na decisão de se aposentar.

Os itens 13 a 15 referiram aos servidores que assinalaram a opção “me aposentar na

Anvisa e seguir trabalhando”, conforme abaixo:

Vejam que o tipo de trabalho a ser exercido pelos servidores após a aposentadoria, é

diferenciado, sendo que a maioria pretende trabalhar por conta própria, tendo a liberdade de

escolher alguma atividade compatível com seu perfil profissional. Outra atividade de destaque

é o voluntariado. Ou seja, somente a minoria pretende continuar com vínculo empregatício. Pelo

resultado obtido, acredita-se que se o órgão priorizasse o remanejamento dos servidores de uma

área para outra, desse uma atenção especial aos anseios e necessidades daqueles que já estão

próximos a aposentadoria, muitos destes provavelmente continuariam trabalhando na ANVISA.

Este estudo vem corroborar a necessidade de implementação do PPA na ANVISA, até mesmo

como forma de reter os seus talentos.

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Em relação ao item 14, obtivemos os seguintes resultados:

Analisando o conjunto de respostas obtidas, verificamos que muitos servidores

pretendem atuar em uma nova área. Talvez até pelo fato da qualificação de alguns destes e pelo

cargo que atualmente ocupam, qual seja de nível médio (38 respondentes).

No item 15 os resultados foram o que segue:

Verifica-se que os servidores que pretendem continuar trabalhando após a aposentadoria,

porém, em atividades diferentes das que atualmente realizam e com carga horária reduzida, o

que nos leva a inferir que se houvesse este tipo de incentivo no órgão, muitos não se

aposentariam. Embora haja problemas legais em relação a redução da carga horária sem redução

da remuneração, poderia ser viabilizada a inclusão destes no Programa de Orientação Voltado

para Resultados (PGOR) caso houvesse interesse, na modalidade à distância ou semipresencial

(com dispensa de frequência), com a finalidade de se reter estes talentos.

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5. Próximos Passos para Implementação do PPA

Acredita-se que o Programa de Preparação para Aposentadoria deve ser implementado

na Agência de forma a atender os requisitos legais, bem como estar inserido nas políticas de

Gestão de Pessoas do órgão. Destaca-se que o Programa tem por objetivo, auxiliar no processo

de decisão dos servidores bem como atenuar os fatores que possam impactar neste processo,

sejam de ordem profissional (insatisfação, problemas de relacionamento interpessoal) ou de

ordem pessoal (questões econômico-financeiras e familiar).

No tocante ao programa, entende-se que este terá baixo custo, uma vez que pode se

utilizar da estrutura física da Agência, porém, a sua condução e continuidade dependerá do

envolvimento de diversos atores, que podem ser tanto internos quanto externos e, no último

caso, poderá haver aumento dos custos por meio da contratação de profissionais especializados

para conduzi-lo.

A parte mais sensível do programa está relacionada à estruturação do programa a ser

ministrado nos Estados, por questões de pessoal, logística e do programa em si, que terá que ser

feito de forma contínua, bem como da definição dos facilitadores e palestrantes que conduzirão

as atividades, uma vez que estes necessitam de conhecimento aprofundado dos temas, bem como

de percepção apurada sobre as necessidades do público participante. Conduzirão o programa,

os profissionais das áreas da GGPES de forma conjunta (mediadores/ organizadores/

facilitadores), podendo ser alternada (Equipe móvel) ou não (Equipe fixa) e outros

interessados/parceiros da Anvisa ou outros órgãos.

Pretende-se fazer um projeto piloto em uma Coordenação para avaliação do programa

e aperfeiçoamento, se necessário. Acredita-se que os participantes atuarão na divulgação do

programa bem como no incentivo a participação de outros servidores.

Sugere-se para fins de implementação do PPA na ANVISA, que sejam observadas as

etapas a seguir descritas. Primeiramente deve-se escolher o nome do programa, o que já foi feito

após reunião realizada entre a Assessoria de Comunicação (ASCOM) e a Gerência-Geral de

Gestão de Pessoas (GGPES), e corroborado pelos servidores que responderam à pesquisa sobre

o PPA. Logo, o nome do Programa será: VISAndo o Amanhã.

Em seguida, propõe-se a definição da logomarca a ser elaborada pela ASCOM, sendo

que ela deve representar positivamente a imagem dos futuros aposentados da ANVISA. Feito

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isto, deverá ser elaborado o projeto de intervenção para fins de aprovação da Gerente-Geral de

Gestão de Pessoas e Diretoria da Agência, no qual deverá conter o cronograma de

implementação com as etapas do programa. A princípio sugere-se que o programa esteja

inserido na área de Qualidade de Vida da Agência, o que não exime outras áreas da GGPES de

atuarem neste.

Após esta etapa, pretende-se fazer o lançamento do programa e definição da primeira

turma que participará deste, bem como dos profissionais de diversas áreas, conforme temas

escolhidos.

O programa deverá ser estruturado da seguinte forma: curso presencial, a ser realizado

na Sede/Bsb e Regionais de Portos, Aeroportos e Fronteiras (PAFs), semestralmente, contínuo,

carga horária a ser definida conforme os programas a serem apresentados, com atividades

expositivas, dinâmicas e participativas. A formatação será diferenciada na Sede e Regionais,

visto que nas últimas será necessário o deslocamento de profissionais podendo haver a

necessidade da implementação de um curso intensivo nestes locais. Ao final do Programa,

deverá ser entregue “Certificado” aos servidores e as horas disponíveis para este fim deverão

ser contabilizadas para fins de “Progressão/Promoção”, devendo o programa ser avaliado de

forma a se promoverem os ajustes necessários neste.

Ressalte-se que as dinâmicas adotadas deverão visar a mudança de comportamento dos

servidores, devendo ser incentivada a participação destes e o “pensar sobre o amanhã”.

Pretende-se que o programa faça parte da política de capacitação dos servidores da Anvisa, bem

como da política de Qualidade de Vida e Saúde da GGPES.

O envolvimento e a colaboração efetiva do público-alvo do estudo devem ser buscados

de forma efetiva para construção do programa. O apoio e a colaboração do corpo técnico já

existente na ANVISA são de grande importância para o desenvolvimento deste trabalho, tendo

em vista a multidisciplinaridade que o envolve.

O fato de os servidores da ANVISA estarem inclinados a mudar de atividade após

aposentados, conforme resultado da pesquisa, ainda que possuam uma alta especialização e

permaneçam por longo tempo na carreira, aparece como oportunidade para retenção destes

servidores na própria ANVISA, e o programa pode ser útil neste sentido. A disposição dos

servidores para mudança percebida na pesquisa realizada, facilita o processo de transição da

atividade para inatividade, bem como, apresenta-se como oportunidade para a manutenção

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destes no órgão, por meio da adoção de medidas como mudança de lotação/atividade, da forma

de trabalho, do horário e deve ser pensado como alternativa para suprir a falta de pessoal, bem

como, de preparação para sucessão.

6. Conclusão

O Programa proposto, além de estar alinhado aos normativos vigentes, ao Estatuto do

Idoso e a Política Nacional do Idoso é de interesse dos servidores da Anvisa, conforme resultado

da pesquisa realizada e da área de Gestão de Pessoas da Anvisa. O Programa será realizado na

Sede/Brasília/Anvisa em virtude de ser o ponto focal do projeto piloto do PPA, podendo ser

expandido às Regionais de PAFs caso haja demanda.

O Programa VISAndo o Amanhã pretende preparar o servidor para uma transição

saudável, apresentando alternativas diversas para este após sua aposentadoria, como a

manutenção de vínculos com os servidores em atividade e a sugestão de criação de outros

vínculos com pessoas que estão fora da organização mediante inserção em grupos com

interesses em atividades semelhantes, sejam de trabalho, cultura, esporte ou religiosas e inserção

em outras atividades, ainda que não remuneradas.

No Programa, pretende-se abordar temas diversos afetos aos servidores que estão prestes

a se aposentar voluntariamente (público alvo de nosso estudo), podendo também participar

deste, servidores com indicação de aposentaria por invalidez, embora não seja o público alvo,

pois estes necessitem de acompanhamento especializado pela equipe da Qualidade de Vida da

Anvisa.

No PPA a ser sugerido, inicialmente deverão ser abordados temas relativos à Educação

Financeira, Construção de Projeto de Vida, Saúde Física e Alimentação Saudável, Saúde

Mental, Empreendedorismo e Legislação sobre aposentadoria, Habilidades Socioemocionais e

Desapego Psicológico da Carreira, por terem sido os 8 (oito) temas de maior interesse dos

servidores conforme pesquisa realizada. Porém, outros temas poderão ser inseridos em outras

etapas do Programa envolvendo os aspectos sociais, econômicos, pessoais e de lazer, conforme

resultado da pesquisa já realizada.

Dos temas citados, considera-se os temas relativos à legislação e proventos dos

servidores fundamentais no processo decisório destes, principalmente para aqueles que não se

prepararam econômico financeiramente, uma vez que há questionamentos frequentes nas áreas

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que compõe a GGPES acerca destes, especificamente Coordenação de Legislação e Concessões

e Coordenação de Gestão das Informações Funcionais.

Pretende-se com o programa, minimizar os efeitos psicossociais que envolvem a

aposentadoria, bem como facilitar o processo de transição do servidor da atividade remunerada

para outras atividades ou até nenhuma atividade, se for o caso. Ou seja, pretende-se que este

momento seja pensado, planejado e vivido sem traumas e sem medos.

Além disso, pretende-se que o servidor possa vislumbrar novos horizontes, participar de

ações sociais, se programar para adquirir novos conhecimentos, habilidades, realizar algo

sonhado mas adiado em função de suas atividades, enfim, que ele possa se programar e se

organizar da forma que melhor entender com o tempo disponível.

Espera-se com a implementação deste programa, reduzir as incertezas dos servidores em

relação a transição da atividade para inatividade, bem como apresentar novas alternativas de

atividades (remuneradas ou não), de relacionamentos pessoais e profissionais (no caso de o

servidor pretender exercer outra atividade após a aposentadoria) e até mesmo de permanência

no órgão, de forma que o servidor possa se sentir útil e feliz com seu novo estado.

Estes impactos poderão ser identificados por meio do estudo futuro dos servidores

aposentados com o PPA, a ser pensado pela área de Gestão de Pessoas. A princípio, pretendemos

reduzir as incertezas e minimizar o sofrimento daqueles que por algum motivo pessoal ou

profissional se veem obrigados a se aposentar. Os que se aposentam por invalidez não estão

impedidos de participar do programa, porém, também deverão ser acolhidos pela área de

Qualidade de Vida, em razão de fatores diversos envolvidos.

O público-alvo do Programa, serão os servidores que estão há cinco anos da

aposentadoria, conforme já citado, podendo contemplar os demais servidores a depender da

existência de vagas. Esta limitação a participação somente ocorrerá nesta etapa inicial, até

mesmo por se tratar de um momento de estruturação do Programa, porém, embora diversos

autores limitem a participação ao tempo que falta para se aposentar, a Portaria nº 12 do

Ministério da Economia não limita esta participação. Após implementado o Programa,

tentaremos viabilizar a implementação deste nas Coordenações de PAFs, de forma presencial e

com Equipe multifuncional da ANVISA. A princípio não há previsão de implementação do

Programa à distância, em função da necessidade de interação entre profissionais e servidores.

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Pretende-se ainda, fazer um planejamento de execução viável, de forma que o Programa

pode ser implementado com as condições financeiras do órgão e recursos técnicos, pessoais e

materiais disponíveis, bem como implementar e avaliar o programa e fazer os ajustes devidos

continuamente.

7. Referências bibliográficas

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Minicurrículo

Glauciane da Silva

Servidora Pública Federal ocupante do Cargo de Analista Administrativo na ANVISA.

Coordenadora da Coordenação de Legislação e Concessões da GGPES. Atua na área de Gestão

de Pessoas da ANVISA desde 2007. Graduada em Administração de Empresas pela UNB

(conclusão do curso em 2003). Especialista em Vigilância Sanitária pela FIOCRUZ (conclusão

do curso em 2008). e-mail de contato: [email protected]