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(Palestra do Reverendo Tetsuo Watanabe)
Como fazer para merecer bons elementos humanos
Creio que todos devem pensar: “Eu gostaria tanto que Deus me agraciasse com
um grande elemento humano, um jovem que fosse firme para me ajudar e eu pudesse
formá-lo”. Mas a realidade é que há pessoas que ganham estes elementos e há outros
que não. Por que existe essa diferença? Na difusão pioneira, acontece a mesma coisa.
Por isso, quem fez difusão pioneira sabe a resposta. Logo no início da prática da difusão,
é muito raro aparecer alguém que se mostre um grande elemento e que sempre está
pronto para dedicar incansavelmente. O que realmente acontece na maioria das vezes, é
que no início só vêm pessoas que, praticamente, não servem para quase nada. Mas a
partir do momento em que você começa a se empenhar em tentar formá-los, “quebrando
a cabeça”, depositando todo seu amor, naturalmente, você também estará se formando,
crescendo. E, à medida que você vai crescendo, outros novos e melhores elementos
humanos também serão encaminhados até você, pois se sentirão atraídos pelo seu novo
nível espiritual.
É bem verdade que, mesmo se empenhando ao máximo na formação do
elemento humano, colocando todo seu amor, não serão poucas as vezes em que
ocorrerão fracassos e desapontamentos; pessoas tentarão passá-lo para trás ou mesmo
trai-lo. Se, mesmo assim, você sempre pensar que o maior tesouro que podemos ter é um
bom elemento humano, que a maior dedicação que possamos fazer é formar um bom
elemento, acredito piamente ser possível alcançar um grande desenvolvimento.
Se você mesmo não tem confiança suficiente no próprio Johrei, mesmo que
oriente outras pessoas a terem confiança no Johrei, elas não vão lhe darão ouvidos. Por
isso, é muito importante que cada um se empenhe ao máximo na prática do Johrei e se
torne um “verdadeiro ministrador do Johrei milagroso”.
Não adianta ficar orientando outras pessoas, dizendo que é preciso cultivar um
amor que permita amar qualquer tipo de pessoa, se você mesmo ainda não o possui.
Assim não consegue formar ninguém. É a mesmo coisa que dizer: “Para formar elemento
humano, é preciso ter paciência, por isso procure tê-la!”, mas a própria pessoa que afirma
isso, não tem paciência. Não adianta nada. Quem está sendo criado, nunca vai ter
paciência.
Mas, se aquele que estiver querendo formar alguém, tiver muita paciência,
oferecer todo seu amor para formar uma pessoa, esta, depois de formada, com certeza,
vai sempre se lembrar de todo o amor e carinho recebido, de todo tempo e paciência que
foram gastos com ela, e vai procurar retribuir, formando outra pessoa. É por isso que eu
acho que, quando formamos bem um elemento humano, é a mesma coisa de ter formado
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vários discípulos ao mesmo tempo.
Assim, quando cultivarmos o amor e a paciência, definirmos o nosso pensamento
e adquirirmos a forte determinação de nos empenhar, Meishu-Sama vai olhar para nós e
dizer: “Ah! Se for assim, vou confiar a ele tal pessoa para formar.” Acredito que, quando
ganhamos esta confiança de Meishu-Sama, somos agraciados com grandes elementos
humanos.
Até o término da formação de uma pessoa, o trabalho é árduo
Quando somos agraciados com algum elemento humano, temos que, também,
acreditar que ganhamos grande missão. Mas um ponto muito importante também, é
formar alguém que reconheça que você o formou. Mesmo que você pense: “Fui eu quem
formou aquela pessoa”, se a pessoa formada disser: “Não me lembro de ter sido formada
por tal ministro...”, quer dizer que você não formou nada. Você não conseguiu passar
nada para esta pessoa.
Quando começo a relembrar e contar nos dedos quantas pessoas eu formei e que
ainda lembram que fui eu quem as formou, chego à conclusão de que não são muitos:
aproximadamente, vinte pessoas. Mas foram vinte jovens em que eu investi tudo de mim,
dei todo meu amor, dediquei junto com eles. Em todos os momentos, dava sonhos,
alimentava esperança, investia meu tempo, meu sentimento e até meu próprio dinheiro,
sempre costurando o famoso “saco da paciência” que, muitas vezes, se rompia. Cuidei do
crescimento destes vinte jovens, que, para mim, eram como se fossem meus próprios
filhos. E estes jovens formaram outros “filhos”, que para mim, são meus netos. Estes
netos formaram outra geração, que já são meus bisnetos... Se eu somar todos, incluíndo
os “bisnetos”, chego a um número gigantesco de elemento humano.
Dias atrás, o ministro Santos, que faz difusão nos Estados Unidos, me disse:
“Reverendo, eu me considero seu filho!”, e eu respondi: “Não diga tamanha tolice! Eu não
te considero como filho!” E ele, coitado, ficou muito desapontado. Então, ele me
perguntou: “Então, o que eu sou para o senhor?” Eu respondi: “Para mim, você é meu
neto. Quem foi que te formou?” e ele respondeu: “Foi aquele ministro...” Concluí: “Viu?
Aquele ministro é meu filho, portanto, você é meu neto, entendeu?” Mas como ele parecia
ainda não se convencer, completei: “Mas não se preocupe, um avô sempre gosta mais do
neto do que do próprio filho.” e ele abriu um grande sorriso de satisfação.
Atualmente, o jovem ministro Cláudio vem apostando sua própria vida para fazer
difusão na África. Ele também é meu neto. Quando vejo meus netos colhendo grandes
resultados, fico muito feliz como avô.
Assim, enquanto estamos cuidando da formação de uma pessoa, não é nada
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fácil. É muito difícil mesmo. Nem dá para imaginar o quanto minha família sofreu
enquanto eu dava assistência aos meus discípulos. Mas hoje, vendo que conseguiram
crescer e formar seus próprios “filhos”, aumentando o número de discípulos, fico muito
feliz. Isto representa um sabor todo especial, que somente um missionário que se
empenhou verdadeiramente na dedicação, é que pode senti-lo. É um troféu para um
missionário
Aprimoramento para se eliminar o gá e o apego
Quando estamos formando alguém, nem sempre a pessoa tem boa saúde, seja
neste mundo ou no outro. Em outras palavras, o que eu quero dizer é que precisamos
formar pessoas aptas a dedicar tanto no mundo material quanto espiritual. É por isso que
temos que ensinar até a morrer corretamente.
O caso que vou contar agora é sobre um jovem ministro, chamado Marco Lima,
que até há pouco tempo, era responsável pela Igreja de Portugal. Ainda estava na casa
dos quarenta anos de idade. Na última vez em que estive no Brasil, ele havia acabado de
chegar de Portugal para realizar alguns exames médicos.
Ao chegar no Rio de Janeiro para participar do casamento de meu filho, havia um
recado de que Marco Lima queria, de qualquer maneira, se encontrar comigo. Pedi,
então, que ele e sua esposa viessem ao hotel onde eu estava hospedado, no dia seguinte
ao casamento.
Um dia antes do encontro, conversei com o reverendo Manabe, que é o
supervisor da área Rio de Janeiro e que estava acompanhando o caso do ministro Marco.
Ele me mostrou os resultados e as chapas dos exames de tomografia realizados no
Hospital do Câncer. O câncer já tomara todo seu organismo, desde o crânio até os pés.
Só as pernas pareciam ainda não estar afetadas. Enquando observávamos aquelas
chapas, trocamos algumas palavras:
- O que acha, reverendo? – perguntou-me o reverendo Manabe.
- Como ele está agora?
- Ele está usando morfina para aliviar a dor.
- Ele já sabe da verdade?
- Ele não sabe, mas a esposa já está a par de tudo
- E a família?
- Não tenho muita certeza. Por outro lado, como ainda se alimenta normalmente e
consegue andar, parece que ele tem uma pontinha de esperança de recuperação.
- Então deve ser por isso que quer encontrar-se comigo...
- É verdade. Acho que ele quer ouvir do senhor palavras de motivação, como “não
perca as esperanças, lute até o fim, pois você ainda pode receber a graça Divina!”
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- Talvez seja isso mesmo que ele quer. Mas o câncer já tomou os pulmões, o
fígado e os rins... já se espalhou demais... pela minha experiência, vejo que não há mais
nada a fazer... Os médicos devem ter dito a mesma coisa, não é?
- Sim, exatamente isso.
- Está bom. Já entendi. Eu darei a ele o “aviso dos céus”.
Sabem o que é “aviso dos céus”? Isso mesmo, é o aviso de que se está prestes a
morrer. Conforme o combinado, no dia 31 de outubro, o ministro Marco Lima veio até o
hotel onde eu estava hospedado. Logo que eu o vi, deu para perceber que já não existia
mais aquela vitalidade em seu semblante, e sua pele já se apresentava com aquela cor
característica de quem está sofrendo de câncer.
Vejam bem: eu estava prestes a dar a ele o “aviso dos céus”. Isso também é
formação de elemento humano. Ele sentou bem à minha frente e com as lágrimas rolando
pelo seu rosto, disse em súplica: “Reverendo, perdão! Perdoe-me por favor!” Não
respondi nada. Fiquei somente olhando firmemente no fundo dos seus olhos, calado. Até
que, então, perguntei:
- O que você quer dizer com isso?
- Reverendo, o senhor me disse para fazer difusão em Portugal e ainda me
outorgou a grande missão de ser Responsável da Igreja de Portugal. Mas bem no meio
da minha caminhada, acabei recebendo esta purificação e acho que vai ser muito difícil
cumprir o compromisso que fiz nas minhas dedicações. É por isso que hoje vim até aqui
pedir perdão pelo não cumprimento do meu compromisso.
- Se você veio até aqui só para se desculpar que não pode mais dedicar, então,
pode ir embora agora! Em outras palavras, eu não te perdôo!
Ele ficou meio desconcertado e tentou responder:
- Não, reverendo, não é bem assim.. quer dizer... pedir perdão...
- Está vendo? Você veio aqui para me dizer que sua missão, sua dedicação
acabou, certo?
- Isso mesmo!
Então falei em tom mais severo:
- Me diz uma coisa: você acredita mesmo na eternidade da alma?
- Sim, acredito!
- Você acredita na existência do Mundo Espiritual?
- Sim, acredito!
- Você acredita que os Ensinamentos de Meishu-Sama são a pura Verdade?
- Sim, acredito!
- Larga de ser mentiroso! Você não acredita em nada disso!
Ele tomou tamanho susto, que ficou de olhos arregalados. Continuei:
- Você não acredita... Se acreditasse, não viria até aqui para me falar uma coisa
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dessa.
Nessa hora, ele já não tinha mais argumento para falar. Continuei:
- Você não sabe que Meishu-Sama nos ensinou que a alma é eterna, que o
Mundo Espiritual existe, e que os missionários que, no Mundo Material, encaminharam
muitas pessoas, mesmo depois de irem para o Mundo Espiritual, receberão a mesma
dedicação de encaminhar e orientar as pessoas?
- Sim, sabia...
- Então, isso quer dizer que sua dedicação ainda não terminou, correto? Por isso
pare de dizer bobagem! Você tem que vir até aqui para me perguntar: “Reverendo, como
posso ser mais útil depois de ir para o Mundo Espiritual?” Mas você me aparece para
dizer: “Reverendo, não vou poder mais dedicar, desculpe-me...” O que significa isso,
hein?
Ele deve ter vindo na esperança de ouvir palavras dóceis e amáveis de conforto,
mas como acabou ouvindo só bronca desde o início, estava meio perdido, já não sabia
mais o que falar. Então, eu disse:
- Ontem, eu vi os resultados dos seus exames e as chapas de Raio-x. Pela minha
experiência, você não tem muito tempo. A qualquer momento, você pode ser chamado de
volta para o Mundo Espiritual. Será que você está me entendendo? Tanto sua esposa,
como sua família e amigos querem que você viva mais tempo. Eu também tenho o
mesmo desejo. Gostaria que você vivesse muitos e muitos anos para servir bastante na
Obra Divina. Entretanto, não dá para saber qual o tempo de vida que lhe foi outorgado
desde o seu nascimento. Você sabe que nem mesmo uma simples folha seca não cai no
chão, sem a permissão de Deus. Mas, uma vez que a partida para o Mundo Espiritual já
está determinada por Deus, todo mundo pode orar o quanto quiser, que se tiver que partir
para o Mundo Espiritual, partirá.
Disse então a ele que gostaria de ministrar Johrei e pedi que deitasse na cama.
Ministrei mais de uma hora de Johrei: desde a cabeça até a ponta dos pés. Nesse meio
tempo, uma emoção, um sentimento de compaixão tomaram conta de mim, e não pude
evitar as lágrimas. Depois de terminar o Johrei, disse a ele:
- Você sabe com que sentimento eu ministrei este Johrei? Eu orei muito para que,
se você tivesse ainda alguma missão aqui na terra, que conseguisse cumpri-la
dignamente, e partisse para o Mundo Espiritual. Mas se não houvesse mais nada, orei
para que purificasse o máximo e retornasse ao Mundo Espiritual. Foi esta a oração que fiz
durante o Johrei.
- Muito obrigado, reverendo! – respondeu satisfeito.
E continuou:
- Uma certa vez, o senhor perguntou ao reverendo Shirasawa o que ele faria se
soubesse que tinha somente um ano de vida, ou três meses, ou apenas um mês de vida.
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Quando ouvi dele esta história, pensei, pensei várias vezes, colocando-me no lugar dele.
Por isso, gostaria de saber o que o senhor acha: quanto tempo de vida ainda tenho?
- Não sei. Mas pense que seja somente uma semana. Acho que uma semana pelo
menos é garantido. Depois de passar a primeira semana, talvez você faça a passagem.
Acho que ele esperava que eu dissesse uns três meses...
- Uma semana?
- Isso mesmo, uma semana.
A esposa dele também tomou um susto enorme. Mas continuei falando:
- Se no oitavo dia, você puder ver o nascer do sol, levante as mãos para o céu e
agradeça por ter vivido mais um dia. E se acontecer o mesmo no nono dia, agradeça
novamente. Faça assim, dia após dia, aproveitando cada momento, vivendo junto à sua
esposa e seus filhos, sem se preocupar com o futuro deles. Todos os amigos cuidarão
dela e das crianças.
E ele respondeu:
- Mas, reverendo, eu ainda posso andar, posso ministrar Johrei. O que o senhor
acha de eu ir ministrar Johrei na Igreja, até o dia da minha morte?
- A missão que ainda falta cumprir antes de partir, não é essa!
- Mas então, como poderei ser útil a Meishu-Sama em tão pouco tempo que ainda
me resta?
- Vou lhe ensinar uma dedicação que só você pode realizar. É uma dedicação que
só pode ser praticada por alguém como você, que está prestes a fazer a passagem a
qualquer momento, ou seja, praticamente não tem mais tempo a perder, pois quer viver o
tempo que lhe resta de forma digna. Escute bem: se você é uma pessoa que já está
ciente que sua passagem para o Mundo Espiritual está próxima, acredita do fundo do
coração na eternidade da alma, acredita na existência do Mundo Espiritual, acredita
piamente que, depois da morte, continuará dedicando no Mundo Espiritual, precisa
descobri qual é o gá, qual é o apego que existe dentro do seu coração. Lembra-se do que
Meishu-Sama ensina sobre qual é o primeiro aprimoramento que se faz logo que se
chega no Mundo Espiritual? Ele não diz que tudo começa com o aprimoramento de
eliminação do gá e do apego? Então, faça isso: acredite em Meishu-Sama e aja como um
verdadeiro homem de fé, demonstrando que está eliminando seu gá e seu apego, que
mesmo com a morte bem à frente de seus olhos, viverá seus últimos dias em paz e com
segurança. Mostre isso a todas as pessoas que vierem visitá-lo. Se, pelo menos uma
pessoa disser que, depois que viu sua postura de fé, aprendeu a base de uma
maravilhosa fé e ganhou muita força, pode considerar que isso valeu por um ano de
dedicação. Se até a sua morte, conseguir despertar esta mesma compreensão em trinta
pessoas, será o mesmo que ter vivido e dedicado mais de trinta anos. Assim, logo que
você chegar ao Mundo Espiritual, certamente, já o chamarão para orientar outras almas.
_______________________________________________________________________________________Div Trad HSM 6 21/04/23
Mas olha lá, hein! Um dia também vou ser chamado de volta para o Mundo Espiritual.
E,nesta hora, se eu descobrir que você não dedicou direito no Mundo Espiritual, vou te
puxar a orelha, está bom?
Disse isso em tom de repreensão. Mas a esposa, que estava ao seu lado
escutando, foi quem apresentou a primeira reação:
- Marco, desculpe-me, por favor! Venho praticando a fé por mais de vinte anos,
mas vejo que ela estava errada. Eu não ajudei você em nada! Muito pelo contrário; devido
ao meu gá e ao meu apego, fiz você sofrer muito! A partir de hoje, vou me esforçar ao
máximo para ajudá-lo a partir para o Mundo Espiritual como um verdadeiro missionário de
Meishu-Sama! Além disso, tudo o que você passou até hoje, tudo o que você disser a
partir de hoje, vou escrever num diário. Quando nossos filhos crescerem, quero mostrar-
lhes quem foi o pai deles. Gostaria que você cumprisse sua missão!
Estas foram as palavras de conforto e ânimo da sua esposa.
Postura de um fiel que acredita nos Ensinamentos de Meishu-Sama
Eu falei sobre esta entrega do “aviso dos céus” na reunião de chefes de igrejas do
Brasil, e os ministros concluíram: “Com certeza, todos nós acreditamos que devemos
salvar as pessoas de alguma maneira e, por isso, não podemos jogar fora nem mesmo, a
última esperança. Mesmo que os médicos já tenham desistido, o milagre pode acontecer
e esperamos até o último dia, até o último momento. Porém, no fim, a pessoa faz a
passagem e acabamos não ensinando qual a verdadeira preparação que a pessoa
precisa fazer para morrer. Realmente, se pensarmos na felicidade desta pessoa, mesmo
que sejamos rigorosos, precisamos ensinar a Verdade. Foi essa a conclusão a que
chegamos.”
Ninguém sabe quando vai morrer. Mesmo os membros, hoje, podem estar
saudáveis, mas, mesmo assim, não sabem quando vão morrer. Por isso, é preciso
ensinar a todos eles a importância de aprender a tirar o gá e o apego desde já, enquanto
estão vivos e saudáveis. Ensinar às pessoas que a alma é eterna, que o Mundo Espiritual
existe e que, se realmente elas forem úteis neste mundo, quando forem chamadas de
volta ao Mundo Espiritual, lá também o serão, certamente, estaremos mostrando, o
verdadeiro caminho da salvação.
Logo depois da nossa conversa, o ministro Marco veio participar do Culto às
Almas dos Antepassados, realizado no Solo Sagrado de Guarapiranga com a presença de
45 mil pessoas. Ele estava sentado bem na primeira fila juntamente com a esposa.
Quando fui começar a palestra, lá de cima do púlpito, pude vê-lo e senti uma emoção por
ele estar ali. Acho que ele percebeu e deu um sorriso e acenou para mim.
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Depois, o reverendo Júlio, que foi já foi superior direto do ministro Marco Lima na
área de Brasília, veio até mim e disse: “Puxa, reverendo, o ministro Marco Lima foi salvo!
E, ao vê-lo, também senti que fui salvo!” Perguntei-lhe o porquê, e ele respondeu: “Fui
visitá-lo no Rio de Janeiro para ministrar-lhe Johrei e dar-lhe ânimo. Mas na verdade, fui
eu quem saiu motivado de lá. Ele me disse: ‘Reverendo, estou partindo antes do senhor
para o Mundo Espiritual. Eu sei que o seu coração não anda muito bem. Um dia, o senhor
também vai passar por isso. Portanto, assim como estou procurando fazer hoje, é
importante desde já, o senhor também já ir treinando a eliminar o gá e o apego.’’”
Quanto ouvi isso, fiquei muito feliz. Conseguir se transformar às vésperas da
morte, mostra a verdadeira postura de um fiel que acredita nos Ensinamentos de Meishu-
Sama.
Formar um elemento humano equivale a construir um alicerce que sustentará a
Igreja por cem anos
Para se formar um elemento humano, o importante é ensinar seriamente os
pontos fundamentais. É lógico que ensinar a morrer nas vésperas da morte exige muita
coragem. Mas podemos falar sobre isso tranquilamente quando a pessoa está saudável.
Basta dizer: “Ninguém sabe quando vai morrer...” e tenho certeza que a alma da pessoa
vai escutar atentamente. Por exemplo: se, de repente, ela morrer num acidente de
trânsito, ao descobrir que chegou ao Mundo Espiritual, logo vai lembrar que vai precisar
eliminar o gá e o apego. Chegar já preparada, é uma grande vantagem.
Se os jovens aprenderem esta Verdade, certamente, nascerá dentro de cada um
a vontade de servir ainda mais à Obra Divina. Os membros e ministros que não sentem a
verdadeira vontade de servir, são pessoas que não acreditam na eternidade da alma.
Como não acreditam nisso do fundo do coração, o que dizem não tem conteúdo. Meishu-
Sama ensina que mesmo que você consiga enganar as pessoas, nunca conseguirá
enganar a Deus. Tenho certeza de que quem acredita nesta Verdade, consegue transmitir
verdadeiramente os Ensinamentos.
Na formação de elemento humano, se pensarmos que podemos fazer tudo com a
nossa própria força, sempre encontraremos limitações. Por exemplo: os pais que são
inteligentes e que possuem grande amor pelos filhos, quando percebem que, sozinhos,
não conseguirão criá-los, abaixam a cabeça e, humildemente, solicitam a uma outra
pessoa mais capacitada para fazê-lo. O mesmo acontece com os chefes de Igreja:
quando conhecem a sua verdadeira capacidade e encontram um grande elemento
humano para criar, vão analisar até onde a sua capacidade pode ajudar a formar este
elemento humano. “Até aqui, consigo formar, mas a partir daqui, pedirei a outro mestre
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para continuar a formação...” Quem pensa assim, começa a procurar um outro mestre
para aquele elemento humano. Esta sim, é a verdadeira postura de um ministro. Procurar
várias tarefas para um discípulo, também é importante para o desenvolvimento dele, mas
a formação de uma pessoa não pode se tornar uma “auto-satisfação” para o ministro.
Para ser agraciado com bons elementos, é preciso orar firmemente que deseja
formar pessoas, pensando no futuro delas e no futuro da Obra Divina. Começando com
este treinamento, certamente chegará o dia em que Meishu-Sama enviará um bom
elemento humano para ser formado. Deseje sempre querer formar um grande elemento
humano, alguém que você possa um dia, dizer com orgulho: “Formei esta pessoa
depositando todo meu sentimento nela.”
Vejam bem: ninguém sabe quando vai morrer. Mesmo achando que só vão morrer
daqui a cinquenta anos, todos estão sujeitos a fatalidades, como o ministro Marco Lima.
Foi no verão deste ano que ele veio ao Japão trazendo a caravana de jovens para
participar do Congresso Internacionalde Jovens. Por isso, não pensem que há tanto
tempo de sobra assim. Defina uma meta como, por exemplo: ‘”Dentro de um ano, vou
encontrar um elemento humano para começar a formá-lo.” É esse sentimento que
gostaria que todos cultivassem dentro de seus corações.
É costume dizer que, se você está preocupado com o que pode acontecer daqui a
um ano, plante uma semente; se você está pensando no que vai acontecer daqui a dez
anos, plante uma árvore; mas, se você se preocupa com o futuro daqui a cem anos,
então, forme um elemento humano.
A formação de elemento humano representa a construção dos alicerces da nossa
Igreja para os próximos cem anos. Por isso, encerro minha saudação, orando para que
todos possam ser agraciados com maravilhosos elementos, e possam formá-los para o
futuro da nossa Igreja.
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