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Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia
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Amilcar Guerreiro Diretor de Estudos de Energia Elétrica
Prioridades da política energética nacional e criação de ambiente favorável ao investimento privado
Vitória, 21 de agosto de 2017
Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia
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Agenda
Prioridades da política energética nacional
Implicações no planejamento da oferta (o PDE 2026)
Implicações no modelo setorial (incentivo à participação privada)
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Prioridades da política energética nacional
Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia 4
SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Objetivos do planejamento da expansão
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Oferta tempestivamente adequada
Baixa dependência energética
Minimização dos impactos ambientais
Preços e tarifas adequados
Controle de emissões de gases de efeito estufa
Objetivos do planejamento da expansão
SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
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Objetivos do planejamento da expansão
SUSTENTABILIDADE SOCIOAMBIENTAL
Fontes próprias de energia
Tempestividade da expansão
Aperfeiçoamento dos programas ambientais
Fontes mais competitivas
Prioridade para fontes não emissoras
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Elementos básicos da estratégia da política energética nacional
Reciclagem e aproveitamento de resíduos
Complementação térmica
Energias renováveis
eólica solar biomassa uhe
Eficiência energética e geração distribuída
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Mas, além disso, deve-se mirar o setor elétrico do futuro? Condições de contorno: tecnologia e aspectos socioambientais
• Do lado da OFERTA:
Tecnologias de geração com custos
variáveis de produção muito baixos e
elevada variabilidade de produção
• Do lado da DEMANDA
Recursos energéticos distribuídos,
resposta pela demanda e carros
elétricos
Tecnologias de medição avançada e de
comunicação bidirecional
CONSUMIDOR AGENTE | CLIENTE
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E, nesse cenário, é necessário:
Flexibilidade e Armazenamento são palavras chave!
• Antecipar os ajustes regulatórios
• Desenvolver novos procedimentos de planejamento e operação
• Desenvolver análises mais sofisticadas e com maior granularidade (metodologia e modelagem)
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Implicações no planejamento da oferta
(o PDE 2026)
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Eficiência energética
Preço da energia
Efeitos da inserção de renováveis no sistema
Expansão hidrelétrica
Mudanças climáticas (emissões CO2)
Questões chave na expansão da oferta a longo prazo
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• maior expansão de renováveis
• maior expansão termelétrica
Menor expansão hidrelétrica e mudanças climáricas significarão...
• necessidade de potência complementar
• necessidade de flexibilidade (gestão da oferta)
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ESTÁGIO ATUAL
• Estudos concluídos • Sob consulta pública (até 16/08/2017)
DIRETRIZES BÁSICAS
• Plano é indicativo e deve oferecer sinalização econômica adequada
• Plano é pautado pelo equilíbrio entre oferta e demanda • Plano busca a expansão ótima
(minimização custo total: expansão + operação)
• Plano introduz discussão de visões de futuro • Na elaboração do Plano considera-se respeito aos
contratos e os condicionantes de “política energética”
Plano Decenal de Expansão de Energia 2026 (PDE 2026)
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Hidráulicas
96,7
65,2%
Renováveis
28,8
19,4%
Térmicas
20,9
14,1%
Nuclear
2,0
1,3%
PDE 2026: Configuração inicial e expansão contratada
Potência instalada
(2016)
148,4 GW
Expansão contratada
Hidráulicas 12,5 GW
Renováveis 10,9 GW
Térmicas 2,5 GW
Nuclear 1,4 GW
TOTAL 27,3 GW
Empresa de Pesquisa Energética Ministério de Minas e Energia
60
65
70
75
80
85
90
95
100
2017 2018 2019 2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
PDE 2026: Oferta (existente + contratada) x Demanda
Carga de energia: cenário referência
Oferta existente + contratada
GWmed Carga de energia: cenário recuperação
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PDE 2026: Expansão acumulada da oferta renováveis
2,0
5,3
8,8
12,5
16,2
19,9
23,5
2,0
6,6
11,5
16,5
21,5
26,4
31,4
-
5,0
10,0
15,0
20,0
25,0
30,0
35,0
2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Referência
Recuperação
GW
7,9 GW adicionais em 2026
Expansão hidráulica acumulada em 2026
(a partir de 2023) 1,3 GW (1,5 GW)
Expansão térmica acumulada em 2026
(a partir de 2023) 2,7 GW (3,1 GW)
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ASSUMPTIONS
NUCLEAR GÁS
NATURAL CARVÃO
POTÊNCIA COMPLEMENTAR E ARMAZENA-MENTO
Fonte: EPE
Com o crescimento das fontes renováveis “não despacháveis”, a indicação é de necessidade de geração de base e de potência complementar
Perspectivas do planejamento de longo prazo
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Indicação de potência complementar no PDE 2026
- 1,0
2,5
4,3
8,0
12,2 12,2
-
3,1
6,5
8,5
12,1
17,4 17,7
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
16,0
18,0
20,0
2020 2021 2022 2023 2024 2025 2026
Referência
Recuperação
GW
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Desafios a serem enfrentados
• Participação crescente das fontes renováveis não
controladas Fontes renováveis não controladas: eólica, solar fotovoltaica, hidráulicas a fio d’água, geração distribuída
• Novo serviço demandado: “energy storage” Segundo a Coppers Development Association Inc., nos próximos 10-20 anos até 300 GW
serão instalados, significando investimentos entre US$ 200-600 bilhões. "Market drivers” são: segurança energética; expansão de smart grid; crescimento das fontes renováveis e da geração distribuída e políticas governamentais, incentivos e regulação
• Opções disponíveis:
hidrelétricas reversíveis
baterias
geradores/motores de partida rápida
CSP (concentrated solar power)
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Implicações no modelo setorial (incentivo à participação privada)
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Implicações para o modelo setorial brasileiro Aperfeiçoamento do modelo setorial na pauta
• Tendo em vista o cenário descrito é preciso preparar o setor elétrico para
enfrentar os desafios que se apresentam
• O modelo setorial atual cumpriu seu papel mas está baseado em hipóteses que não se verificam mais: o país se beneficiou de uma matriz única no mundo, mas a matriz mudou e estamos ficando mais parecidos com os “outros”.
• Há muitos “legados” que demandarão novas soluções e processos de transição:
• Contratos de longuíssimo prazo com riscos completamente diferentes.
• Mecanismos ad hoc legados, exemplo é a repactuação do risco hidrológico.
• Cotas de garantia física
• Há serviços que outrora não eram demandados explicitamente mas que exigirão formatação adequada inédita no Brasil
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Como enfrentar esses desafios?
• Pontos de consenso
• Incentivar as decisões eficientes dos agentes, como vetor para garantir economicidade, segurança e sustentabilidade do suprimento.
• Indicar os sinais econômicos adequados, como vetor de alinhamento entre incentivos individuais e interesse sistêmico.
• Estabelecer alocação adequada dos riscos (probabilidade de ganhos e perdas) aos agentes, alocação ótima considerando risco-retorno e prêmios.
• Elementos básicos da estratégia
• Definir princípios, estabelecer comunicação transparente e promover o diálogo
• Promover medidas de aprimoramento e ações baseadas nestes princípios, reconhecendo a importância do mercado onde ele é bom (capaz de encontrar as soluções eficientes) e do planejamento onde o mercado possui dificuldades
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PARA ONDE QUEREMOS IR & PRINCIPIOS “ambiente dinâmico, adaptado a novas tecnologias, com visão de longo prazo e responsabilidades definidas”
1. Respeito aos direitos de propriedade, respeito a contratos e intervenção mínima
2. Meritocracia, economicidade e eficiência (produtiva e alocativa, do curto ao longo prazo)
3. Transparência e participação da sociedade nos atos praticados
4. Isonomia
5. Valorização da autonomia dos agentes
6. Adaptabilidade e flexibilidade
7. Coerência
8. Simplicidade
9. Previsibilidade e conformidade dos atos praticados
10. Definição clara de competências e respeito ao papel das instituições
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Estrutura da CP # 33
• Princípios e Visão de futuro
• Grupo 1 – Compromissos e Elementos de Coesão
• Grupo 2 – Medidas de Destravamento
• Grupo 3 – Alocação de Custos e Racionalização
• Grupo 4 – Medidas de Sustentabilidade e Desjudicialização
• Considerações Finais
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Grupo 1 – Compromissos e Elementos de Coesão • Redução dos limites para acesso ao mercado livre
• Velocidade de abertura – gradual até atingir todo o Grupo A (75 kW) em 2028
• Fronteira entre atacado e varejo fixada em 1.000 kW
• Fim do mercado especial em 2022 – aumento da liquidez e energia homogênea.
• (Separação comercialização x fio na distribuição)
Grupo 2 – Medidas de Destravamento • Destravamento da obrigação de contratação
• Regras comerciais para máximo acoplamento entre formação de preço e operação • Possibilidade de oferta de preço para despacho e serviços ancilares, garantias com
ajuste diário e preço horário até 2020, condições que estimulam formação de bolsa.
• Separação de lastro e energia • Confiabilidade como bem comum pago por todos na expansão
• Valoração de atributos
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Grupo 3 – Alocação de Custos e Racionalização • Diretrizes e compromissos para fixação de tarifas
• Reforço do sinal locacional, inclusive na distribuição, e do benefício da geração próxima da carga (bom pra GD).
• Tarifação binômia a partir de 2021, alinhando interesses das distribuidoras e dos consumidores com geração (inserção sustentável da GD e da eficiência energética).
• Amparo legal para tarifas horárias (bom pra GD)
• Riscos e Racionalização dos Contratos Regulados • Recuperação dos conceitos de contrato por quantidade e por disponibilidade
• Possibilidade de rescisão de térmicas caras
Grupo 4 – Medidas de Sustentabilidade e Desjudicialização • RGR para transmissão | Antecipação da convergência da CDE
• Descotização e privatização| Prorrogação de Usinas Hidrelétricas até 50MW
• Risco hidrológico: aplicação da regra do GFOM desde jan./2013 para toda a parcela da energia não repactuada e cujo titular não tenha ação na justiça (isonomia, segurança
jurídica e técnica) | compensação com extensão de prazo (impacto zero ao consumidor)
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Avenida Rio Branco, 1 - 11o andar 20090-003 - Centro - Rio de Janeiro
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Amilcar Guerreiro
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