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Política Rede Ambiente: Empresa de recolha de resíduos sólidos urbanos em Gondomar até 2021 > P.15 Sociedade Um dia com um presidente da Junta: Daniel Vieira divide-se entre Fânzeres e S. Pedro da Cova > P.28 e 29 Desporto Centro Ciclista comemora 80 anos Equipa de ciclismo de estrada poderá surgir em 2015 > P.35 > P.24 e 25 Entrevista a Marco Martins “Temos conseguido que se fale de Gondomar pela positiva” Primárias PS: Nuno Coelho e núcleo de Baguim ponderam avançar com queixa contra Marco Martins > P.21 Topázio: empresa gondomarense celebra 140 anos em 2014 > P.4 e 5

Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

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Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

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Page 1: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

Política

Rede Ambiente:Empresa de recolha de resíduos sólidos urbanos em Gondomar até 2021

> P.15

Sociedade

Um dia com um presidente da Junta: Daniel Vieiradivide-se entre Fânzerese S. Pedroda Cova

> P.28 e 29

DesportoCentro Ciclista comemora80 anosEquipa de ciclismo de estrada poderá surgir em 2015

> P.35 > P.24 e 25

Entrevista a Marco Martins“Temos conseguido que se fale de Gondomar pela positiva”

Primárias PS: Nuno Coelho e núcleo de Baguim ponderam avançar com queixa contraMarco Martins

> P.21

Topázio: empresa gondomarensecelebra 140 anosem 2014 > P.4 e 5

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2 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Editorial

Caros Leitores,

A liberdade de imprensa é uma das maiores conquistas do 25 de abril de 1974 e apesar de terem passado mais de 40 anos e duas gerações ainda não aprendemos tudo sobre o assunto e por isso não sabe-mos bem como lidar com ela.

Vem esta introdução a propósito da forma como alguma comunicação social tem atacado o potencial candidato a pri-meiro-ministro de um dos maiores parti-dos do nosso país, com ataques centrados não às suas ideias ou aos seus programas e objetivos mas nas suas características pes-soais e individuais.

Infelizmente há muitos exemplos de liberdade de imprensa mal utilizada e se as entidades competentes souberem o que estão a fazer não vão faltar por aí proces-sos avultados por causa de insultos gravís-simos e nem sempre a pessoas, muitas ve-zes a organizações cuja defesa é complexa, pois ao defenderem-se perdem mais do que ganham, ou a seres que não podem ou não sabem defender-se.

Felizmente que as pessoas de bom senso – a maior parte das pessoas - sabem distinguir estas diarreias esporádicas da verdadeira informação e comunicação e sabem também decidir quais são as suas escolhas de leitura tendo em conta a pos-tura, a estabilidade, o bom senso, o conhe-cimento e a isenção das publicações.

Claro que surpreende sempre um pou-co quando pessoas que sabemos terem bom senso e a quem reconhecemos tam-bém inteligência e conhecimento vão atrás do aparente lucro fácil de ter apenas o seu lado das histórias publicado e não estra-nham a inexistência de confirmação ou de contraditório. Mas aqui pela nossa terra já vimos isso muitas vezes… e também já sa-bemos que as pessoas de bom senso sabem perceber quando o trabalho técnico é pro-fundo, incisivo e esclarecedor ou quando se trata de um discurso directo do próprio, tal como um folheto de campanha mas as-sinado por um “jornalista”.

Como também já ouvi muitas vezes aos amigos da esquerda, os cães ladram mas a caravana passa….

Jornalismo a sério não é nunca feito de peças à medida. Nunca foi e connosco nunca será. n

José Ângelo PintoAdministrador da Vivacidade, S.A.Economista e Docente Universitário

Registo no ICS/ERC 124.920Depósito Legal:250931/06

Diretor:Augusto Miguel Silva Almeida (TE-873)Redação:Ricardo Vieira Caldas (CP-9828)Pedro Santos Ferreira (TP-1911)Departamento comercial:Serafim RibeiroTel.: 910 600 079Paginação:José VazAdministração e Propriedade do título: Vivacidade, Sociedade de Comunicação Social, S.A.Rua Poeta Adriano Correia de Oliveira, 1974435-778 Baguim do MonteAdministrador: José Ângelo da Costa PintoDetentores com mais de 10% do capital social: Lógica & Ética, Lda.Sede de Redação: Rua do Niassa, 133, Sala 1 4250-331 PORTOTel.: 910 600 078 / 919 275 934Colaboradores: Alcina Cunha, Ana Gomes, André Campos, Andreia Sousa, António Valpaços, Catarina Martins, Diana Ferreira, Domingos Gomes, Elisabete Castro, Guilhermina Ferreira, Henrique de Villalva, Isabel Santos, Joana Resende, Joana Simões, João Paulo Rodrigues, José António Ferreira, José Luís Ferreira, José Pedro Oliveira, Manuel de Matos, Manuel Teixeira, Margarida Almeida, Michael Seufert, Paulo Amado, Pedro Oliveira, Rita Ferraz, Rui Nóvoa, Rui Oliveira e Sandra Neves.

Impressão: UnipressTiragem: 10 mil exemplaresSítio na Internet: www.vivacidade.orgFacebook: www.facebook.com/vivacidadegondomarE-mail: [email protected]: [email protected]

Sumário:

Reportagem VivacidadePáginas 4 e 5

BrevesPágina 6

SociedadePáginas 8 a 17

CulturaPágina 18 a 20

PolíticaPáginas 21 a 29

DestaquePáginas 24 e 25

DesportoPágina 30 a 36

Empresas & NegóciosPágina 37 e 38

OpiniãoPáginas 39 a 43

LazerPágina 44 e 45

EmpregoPágina 46

Próxima Edição 20 de novembro

Desde que chegou ao cadeirão presidencial da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins tem dado sinais objetivos de que pretende combater com grande determinação qualquer sinal ou sintoma de corrupção no municí-pio.

Vários processos dis-ciplinares deram origem a demissões, e sabe-se que têm sido tomadas medidas de controlo interno que visam não admitir qual-quer tipo de tentação que possa desembocar em atos de corrupção na máquina municipal.

Se os desabafos popula-res tiverem alguma adesão à realidade, Marco Martins terá pela frente uma mis-são espinhosa. É que, justa ou injustamente, ao longo dos anos consagrou-se a ideia de que a corrupção e o compadrio na Câmara de

Gondomar fazem parte do quotidiano da autarquia.

O “Bisturi” quer admi-tir que sejam mais as vozes que as nozes, e que a tare-fa do atual executivo seja, principalmente, a de lim-par a imagem do municí-pio, e não propriamente a de constatar que, de facto, os boatos são mesmo ver-dadeiros…

Mas, como diz a velha sentença, “à mulher de Cé-sar não basta ser séria. É preciso que o pareça.” Aos responsáveis autárquicos não bastará apregoar que a corrupção acabou na Câ-mara de Gondomar; é pre-ciso que os cidadãos perce-cionem que assim é, e que os oportunistas deixaram de ter condições internas para alimentar as peque-nas ou grandes máfias do sistema.

Ninguém ignora que uma parte dos “ninhos” onde se albergaram, du-rante anos, em dezenas e dezenas de autarquias, os grandes negócios que ali-mentavam a corrupção morreram por natureza.

Referimo-nos à constru-ção civil, fosse ela de obras públicas, fosse de simples habitações ou empreendi-mentos urbanísticos.

A crise matou a “gali-nha dos ovos de oiro”, pelo menos a chamada “galinha maltesa”! Mas não sejamos inocentes: nos escaninhos das decisões do poder lo-cal haverá sempre muitos labirintos onde os corrup-tos profissionais se podem esconder, e, sempre que possam, saltar cá para fora, atacando as suas vítimas inocentes.

Urge, pois, manter-se atento. Porque este tipo de gente não perde o vício, nem se esquece da tabua-da da corrupção. É apenas uma questão de oportu-nidade. E é por isso que toda a vigilância é pouca. Porque ou há uma colabo-ração ativa dos munícipes, no sentido de não colabo-rarem com os corruptos, ou teremos sempre alguém sem escrúpulos, para quem todas as oportunidades são boas. Sejam elas de grande ou pequena monta… n

Um bom sinal contra a corrupção

Bisturi

Henrique Villalva

POSITIVO

A EDP Distribuição, em parceria com a Câmara Municipal de Gondomar, substituiu os troços da rede aérea por cabos sub-terrâneos nas ruas Paulo da Gama, Bartolomeu Dias, Fernão Lopes, Gil Eanes e Gonçalves Zarco, na freguesia de Rio Tinto. A remodelação represen-ta um reforço da qualida-de de serviço aos clientes das áreas intervenciona-das.

NEGATIVO

Junto ao Parque Oriental da Cida-de do Porto, em Rio Tinto, a placa de in-dicação para a zona das Areias carrega uma mancha negra que impossibilita a sua visibilidade. Seria aconselhável uma in-dicação mais “clara” do local.

Alerte para o que está bem e denuncie o que está mal. Envie-nos as suas fotos para [email protected]

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Reportagem Vivacidade

VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Topázio faz “peças de arte” há 140 anosEm 2014, a Topázio comemora 140 anos a trabalhar o ouro, a prata, entre outros materiais de ourivesaria, joalharia e decoração. Sediada em Valbom, a empresa fundada por Manuel José Ferreira Marques viveu um dos momentos mais complicados da sua história a 29 de agosto, quando um incêndio provocado por um curto-circuito que destruiu grande parte do armazém. A administração e os funcionários não tiveram mãos a medir e recuperaram o trabalho perdido em poucas semanas. Hoje o ritmo de trabalho é o mesmo de sempre com a garantia de qualidade que levou a empresa à expansão para mercados internacionais.

Texto: Pedro Santos Ferreira

> Carla Costa, diretora de marketing da Topázio, junto ao “cofre” da empresa onde estão guardados os desenhos de todas as peças

Começou em Gondomar mas rapidamente mudou-se para a rua do Heroísmo, no Porto, para vol-tar novamente a Gondomar, em 1940. Atualmente trabalham na fábrica da Topázio – com cerca de 8000m2 – 106 funcionários, que diariamente produzem peças de joalharia, ourivesaria e decoração com os mais de 100 mil cunhos originais da marca centenária.

Há 140 anos, Manuel José Fer-reira Marques fundiu o primeiro fio de ouro e deu início à apos-ta no setor da joalharia de ouro. Mais tarde, na década de 1940, a empresa começou a trabalhar ou-tros materiais e peças de grande dimensão.

Na entrada da fábrica está um dos cofres mais valiosos da Topázio, o armário onde estão guardados todos os desenhos manuais das cerca de 65 mil pe-ças produzidas pela empresa. “Este é o nosso cofre. Vamos ini-ciar uma tarefa de digitalização de todos os desenhos, com as devidas anotações, porque estes trabalhos ainda hoje são consul-

tados”, diz Carla Costa, diretora de marketing.

Entre a pancada seca das má-quinas e a batida precisa do pro-cesso de estampagem das peças, a atenção dos funcionários desvia--se para saudar os que passam e em seguida retomar a criação de “verdadeiras obras de arte”. Lado a lado com as mais recentes tec-nologias estão as antigas máqui-nas Schuler, responsáveis pelo

salto da empresa para o mercado internacional, na década de 60.

“Estas foram as primeiras máquinas a permitir uma abor-dagem internacional, quando já éramos uma conceituada marca de peças de ourivesaria artesanal a nível nacional. Na década de 60 participamos na nossa primei-ra feira internacional, em Han-nover, e desde aí que marcamos presença nas principais mostras

internacionais, como a Maison

et Objets, New York Now, entre outras, porque cada vez estamos mais focados para feiras interna-cionais”, afirma Carla Costa.

Entre as maiores referências da empresa estão os cunhos, os acabamentos, o polimento, e o banho de prata das peças To-pázio. “Um dos segredos para o sucesso é a aposta nas pessoas. Temos trabalhadores com mais de 40 anos que aprenderam este ofício através dos pais e isso é cada vez mais raro. Só assim con-seguimos personalizar as nossas peças”, refere a diretora de ma-rketing.

Empresa renasceu das cinzasNa madrugada do passado dia

29 de agosto os funcionários da Topázio acordaram em sobres-salto quando receberam a notícia do incêndio que destruiu parte do armazém, em Valbom.

“Quando soube do incêndio fiquei preocupada mas procurei logo ajudar a resolver o proble-ma”, lembra Lurdes Almeida, res-ponsável pelos acabamentos.

No dia do incêndio os admi-nistradores da empresa garanti-ram aos funcionários que os pos-tos de trabalho não estavam em risco e de imediato todos come-çaram a trabalhar na recuperação do armazém.

“Soube da notícia durante a noite e tive que vir desligar as máquinas”, refere Manuel Maga-lhães, funcionário da Topázio há

42 anos.Segundo a Polícia Judiciária,

o incêndio foi causado por uma “autoignição de uma tomada de parede”, uma causa acidental que foi imediatamente detetada. Carla Costa recorda uma semana “mui-to complicada” que serviu para provar a “grande harmonia que existe entre os funcionários e ad-ministradores da Topázio”.

Após o susto, ficam por ava-liar os danos e prejuízos causados pela calamidade e as peças que estavam a ser desenvolvidas pela empresa ficaram derretidas e inu-tilizadas.

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> O banho de prata é uma das referências da empresa

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Topázio faz “peças de arte” há 140 anosEm 2014, a Topázio comemora 140 anos a trabalhar o ouro, a prata, entre outros materiais de ourivesaria, joalharia e decoração. Sediada em Valbom, a empresa fundada por Manuel José Ferreira Marques viveu um dos momentos mais complicados da sua história a 29 de agosto, quando um incêndio provocado por um curto-circuito que destruiu grande parte do armazém. A administração e os funcionários não tiveram mãos a medir e recuperaram o trabalho perdido em poucas semanas. Hoje o ritmo de trabalho é o mesmo de sempre com a garantia de qualidade que levou a empresa à expansão para mercados internacionais.

“Foi um dia muito triste mas ajudamos todos a recuperar a fábrica e ninguém perdeu o seu trabalho”, afirma Susana Alves, trabalhadora da Topázio há 27 anos.

Bisneta do fundador dá as boas-vindas aos clientes

À entrada do armazém está a Loja Topázio, um expositor de todas as peças produzidas pela marca. Cecília Azevedo, bisneta

de Manuel Marques, não conhe-ceu o fundador da empresa, mas recorda-se do tempo em que vi-nha para a fábrica com o avô. “Vinha muitas vezes brincar para aqui e em casa falava-se muito da Topázio. Acabei por ir trabalhar para os escritórios no Porto e hoje sou diretora de lojas da empresa”, conta ao Vivacidade.

Cecília refere-se a si mesma como “a 4ª geração da família” e considera que o bisavô ficaria

“orgulhoso ao ver a continuidade que a fábrica teve e perceber que os problemas foram sempre re-

solvidos”.“A família foi aumentando

mas conseguimos sempre enten-der-nos de maneira a dar con-tinuidade a esta casa”, conclui a diretora de lojas.

Continuar o bom trabalho e a aposta em mercados interna-cionais é o principal objetivo da Topázio. Para comemorar este aniversário, a empresa está a pre-parar uma exposição de catorze autores nacionais e internacio-nais, inspirados numa das peças

mais icónicas da marca [ver foto], que desenvolveram peças decorativas. Ao todo são 14 peças em exposição, uma por cada década da Topázio. A inauguração da exposição está prevista para novembro. n

> Cecília Azevedo é bisneta do fundador da empresa e diretor de lojas da Topázio

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TO: RVC

> Jarrão que vai servir de inspiração aos artistas nacionais e internacionais da exposição comemorativa do 140.º aniversário

> A sala de exposições está decorada com alguns dos produtos da empresa

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6 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Breves

André Cardoso, ciclista gondomarense da equipa Garmin-Sharp, ficou em 13.º lugar na classificação final da clássica Milão-Turim, inserida no World Tour. “Era uma prova de

preparação para a clássica da Lombardia, mas foi um bom resultado porque estavam grandes ciclistas internacionais em prova, como o Al-berto Contador”, disse André ao Vivacidade.

A exposição “Gondomar Estampado” vai es-tar patente na Casa Branca de Gramido, até 31 de

outubro. A exposição dedicada à estamparia do Município apresenta vários trabalhos artesanais.

Realizou-se no dia 12 de outubro o Gondomar D’Ouro Trail. Organizado pela Associação S4L, o evento juntou centenas de pessoas que percorreram os trilhos e caminhos das serras do concelho em três

distâncias: D’Ouro Trail (25 km), D’Ouro Mini Trail (14 km) e Caminhada D’Ouro (5 km). A prova foi classificada como “muito difícil”, pela Associação de Trail Running de Portugal (ATPR).

No âmbito da estratégia “Lipor | Biodiver-sidade 2013-2020”, foi realizada uma recolha de campo de informação relativa ao coberto vege-tal e aos biótopos presentes no Parque Aventura da Lipor. A empresa espera assim concretizar o

objetivo de desenvolver uma estratégia de bio-diversidade em contexto empresarial. O proje-to está a ser desenvolvido em colaboração com o Centro de Investigação em Biodiversidade e Recursos Genéticos da Universidade do Porto.

A 25ª edição do Encontro de Dança, organi-zado pela Associação Vai Avante, realizou-se nos dias 18 e 19 de outubro, depois de ter sido adiado devido ao mau tempo. O festival de dança lotou

o anfiteatro do Largo do Souto e José Fernando Moreira, vereador da Câmara de Gondomar, ga-rantiu, em discurso, a continuidade do evento na próxima edição das Festas do Concelho.

A autora gondomarense Maria Armin-da Santos apresentou o livro “Portu Cale”, no dia 3 de outubro, no auditório da Uni-versidade Senior de Gondomar. A obra

apresenta um estudo sobre as raízes de Gondomar e do Porto e descreve o castro da Redondela (Valbom), durante o primei-ro milénio.

No dia 21 de setembro, realizou-se a Cami-nhada Solidária da Liga Portuguesa Contra o Cancro, nas freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova. A caminhada de cinco quilómetros

organizada pela União das Freguesias contou com 400 participantes, cujo valor das inscrições reverteu a favor da Liga Portuguesa Contra o Cancro.

A Cruz Vermelha está em Baguim do Monte desde o início do mês de setembro. Esta é a única delegação de Gondomar que

está a ser coordenada por uma comissão de gestão que irá vigorar durante um ano até ser eleita uma direção.

Jorge Machado e Diana Ferreira, deputa-dos do PCP na Assembleia da República, visi-taram S. Pedro da Cova para assistir ao início dos trabalhos para a remoção dos resíduos perigosos de São Pedro da Cova. Os deputa-

dos reclamaram medidas do governo para a requalificação ambiental e cultural do espaço pós-remoção. Desde 2002 que o PCP leva o as-sunto polémico a discussão na Assembleia da República.

Carolina Pessoa e Nuno Sérgio encerraram a 28 de setembro a primeira edição das Noites

de Verão, com um concerto de fado que lotou a Casa Branca de Gramido.

André Cardoso em 13.º na clássica Milão-Turim “Gondomar Estampado” em Gramido até final de outubro

Gondomar Trail percorreu serras do concelho

Lipor aposta no estudo da Biodiversidade

Maria Arminda apresenta livro “Portu Cale”

XXV Encontro de Dança lotou anfiteatro do Largo do Souto

Caminhada Solidária da Liga Portuguesa Contra o Cancro

Cruz Vermelha com delegação em Baguim do Monte

Deputados do PCP visitaram S. Pedro da Cova

Carolina Pessoa e Nuno Sérgio encerram Noites de Verão

A 19 e 20 de setembro realizou-se em São Pedro da Cova o 1.º Festival da Juventude, or-ganizado pela Associação Projeto J, Viver, Edu-car, Mudar. Durante os dois dias, música de bandas e cantores a solo locais, dj’s, grupos de

dança de associações da União das Freguesias, uma Tuna Universitária e a Orquestra Ligeira de São Pedro da Cova, animaram o festival que contou com a visita de mil pessoas. Em 2015, haverá nova edição.

1.º Festival da Juventude com mil pessoas em S. Pedro da Cova

A equipa da Paljet ficou em 2.º lugar na clas-se Super Proto do Campeonato Nacional de Trial 4x4. A última prova do campeonato realizou-se a 19 de outubro, em Rebordosa, com a equipa rio-tintense a conquistar o bronze. “Foi uma boa pro-va apesar das contrariedades. Tivemos três furos num momento em que estava a atacar a 1ª posi-ção, mas foi mais uma experiência bem sucedida”, afirma Jorge Silva, piloto da Paljet. Ao Vivacidade, José Pires, faz um “balanço positivo” da prestação da equipa e admite estar a estudar a entrada em novas competições no próximo ano.

Paljet no pódio da classe Super Proto do CN Trial 4x4

A 16 de outubro, a Câmara Municipal de Gondomar, em parceria com o Ministério da Economia, apresentou o programa PME Di-gital aos empresários do concelho. O Parque Tecnológico encheu-se de empreendedores

interessados em conhecer as propostas. O ob-jetivo do programa é estimular a utilização de ferramentas digitais para melhorar a gestão e tornar eficiente a relação entre clientes e for-necedores.

Marco Martins, presidente da Câmara Mu-nicipal de Gondomar, Aurora Vieira, vereadora, e Cláudia Vieira, adjunta da presidência para o

Desenvolvimento Social, apresentaram a 16 de outubro, na Biblioteca Municipal, os programas para o Desenvolvimento Social do concelho.

Gondomarenses aderem ao programa PME Digital

Apresentados Programas de Desenvolvimento Social

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Milhares de pessoas visitaram Gondomar durante o mês passado. As Festas do Concelho abriram em grande com cerca de 50 mil pessoas vestidas de branco, numa noitada inédita no concelho. A iniciativa foi apenas o início do Rosário que res-peitou a tradição com o já habitual concurso gastronómico “Hoje há Caldo de Nabos”, este ano realizado na Casa Branca de Gramido.

O prémio de melhor Caldo de Nabos foi para o restaurante “Can-tinho das Manas” e no concurso Doce D’Ouro a confeitaria “O For-ninho”, de São Pedro da Cova, levou

o galardão para casa. Carlos Brás, vereador do turismo da Câmara de Gondomar, agradeceu a “participa-ção de todos” e prometeu “avaliar a possibilidade de voltar a distribuir

gratuitamente o Caldo de Nabos

no próximo ano”. No dia 3 de outubro, foi inau-

gurada a XV Feira das Tasquinhas, este ano com 26 coletividades a ocuparem o Mercado Municipal de S. Cosme, durante dois fins-de--semana. Durante a visita inaugu-ral Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, e Manuel Pinto, presidente da Fe-deração das Coletividades do Con-celho de Gondomar, salientaram a adesão popular à iniciativa que serve para “reforçar o apoio econó-

mico das coletividades”. Segundo Manuel Pinto, a Feira das Tasqui-

nhas proporciona cerca de 70 mil euros de lucro para as coletividades inscritas.

No mesmo dia, José Cid en-

cheu o Multiusos de Gondomar para um concerto que marcou o encerramento da Tour de Verão do músico da Chamusca. José Cid apresentou temas do novo álbum, recordou músicas do passado e elogiou as “condições ideais” do pavilhão gondomarense. No final, prometeu regressar a Gondomar para um concerto solidário que irá reverter a favor de uma associação a ser escolhida pela autarquia.

A 4 de outubro, a grandiosa sessão de fogo de artifício regres-sou ao Monte Crasto e por volta da meia-noite eram lançados os pri-meiros foguetes. No dia seguinte, D. José Pedreira, bispo emérito de Viana do Castelo celebrou a mis-sa em honra de Nossa Senhora do

Rosário, na Igreja Matriz de Gon-domar.

No dia do feriado municipal, foi a vez de D. António Francisco, bispo da diocese do Porto, celebrar a missa em honra dos padroeiros S. Cosme e S. Damião.

As Festas do Concelho termi-naram no dia 12 de outubro com a habitual procissão em honra dos santos padroeiros e de Nossa Se-nhora do Rosário. A chuva adiou a tradicional procissão por uma se-mana, mas as ruas encheram-se de milhares de pessoas para ver passar a comitiva.

Em 2015, as festividades mais aguardadas de Gondomar regres-sam para mais um ano de festa no concelho. n

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Sociedade

VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Texto: Pedro Santos Ferreira

Rosário termina com milhares de pessoas nas ruas de GondomarA Noite Branca de Gondomar inaugurou a celebração das Festas do Concelho 2014. Durante cerca de um mês o concelho esteve em festa e nem o mau tempo estragou os planos da romaria. O Vivacidade acompanhou os principais eventos, desde o concurso gas-tronómico “Hoje há Caldo de Nabos” até ao encerramento com a grandiosa procissão em honra de Nossa Senhora do Rosário e dos padroeiros S. Cosme e S. Damião a percorrer as ruas de Gondomar.

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> Estrelas do Douro, Vera Cruz Madureira’s e Cantinho das Manas no pódio do Caldo de Nabos

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: PSF

> Manuel Pinto e Marco Martins inauguraram a XV Feira das Tasquinhas > José Cid & Big Band encerrou tour de verão no Multiusos de Gondomar

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“O Clube dos Rotários portu-guês faz parte de uma organização internacional que começou nos EUA. Somos profissionais liberais e começou por ser um grupo de empresários que se juntaram e que começaram a querer intervir na sociedade. Juntos arran-javam formas para criar sinergias para devolver à comunidade parte das receitas das suas ativi-d a d e s .

Estamos presentes em quase todos os países do mundo e Portugal não é exceção. No ano passado tivemos o congresso do Rotary Internacio-nal, em Lisboa”, explica Nuno Cruz, presidente do Rotary Club de Gon-domar. O mandato do presidente é anual e, em junho de 2015, é a vez de outro “companheiro” – termo utilizado no Rotary – iniciar fun-ções.

Com cerca de 30 ele-mentos ativos no clube de

Gondomar, Nuno Cruz acredita que o grupo já “deixou uma marca no concelho”. “E não estou a falar só da rotunda”, brinca.

“Apoiamos atra-vés da organi-

zação de ini-ciativas que

revertem a fa-

vor de uma associação do concelho escolhida aleatoriamente, mas tam-bém fazemos recolhas de alimentos não perecíveis e distribuímos por várias instituições, dependen-do do sucesso da iniciativa”, elucida o presidente.

Rotary de Gon-domar quer premiar melhor aluno do con-celho

À semelhan-ça do município, também os rotários de Gondomar querem premiar o melhor alu-no do concelho. “No fi-nal do ano letivo o melhor aluno do concelho poderá ter um prémio que ainda não sabe-mos em que molde será entregue: em dinheiro ou vale oferta. O pré-mio seria para alunos do público e do privado”, explica Nuno Cruz. A discussão de novos projetos surge

nas reuniões semanais que o clu-be de Gondomar organiza.

“Os novos membros são con-vidados por um companheiro para

fazer parte do clube ou aparecem nos nossos jantares de reunião e co-meçam a assistir às nossas palestras. Se tiverem vontade de entrar para o clube basta apresentar uma candida-tura. O único critério de admissão é

que sejam pessoas de bem. Não que-remos que as pessoas venham para o clube para se promover mas para serem solidários”, esclarece o presi-

dente. “O nosso lema é: Dar de nós sem pensar em nós”,

finaliza.A 28 de outubro,

o Rotary Club de Gondomar fará a habitual reu-nião semanal, com palestra, na Estalagem San-tiago, em S. Cos-me, pelas 20h30.

O palestrante será António Tavares de

Figueiredo, neto do “companheiro” Joaquim

Figueiredo, e está subordi-nada ao tema ‘Ressurgimento do cinema português nos últimos 10 anos’.

No último encontro dos ro-tários, o clube aprovou a eleição do ‘Profissional do ano’ e nomeou Fernando Paulo que será homena-geado em novembro. n

“Dar de nós sem pensar em nós”Inicialmente formado por um conjunto de empresários e profissionais liberais, o Rotary Club de Gondomar conta com 23 anos de histó-ria. Mas o que são os rotários? O Vivacidade foi tentar perceber o conceito rotário, com o presidente do clube gondomarense, Nuno Cruz.

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Sociedade: Rotary Club de Gondomar

VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Texto: Ricardo Vieira Caldas

“Fiquei magoada em várias partes do corpo e com vários he-matomas. Tive que subir sozinha a sangrar do braço para sair do buraco. Depois fui ao Centro de Saúde de Gondomar e não me de-ram nenhum apoio, apenas recei-taram medicamentos para as do-

res. Entretanto contactei a União das Freguesias de Gondomar (S. Cosme), Valbom e Jovim e a EDP mas ainda não obtive resposta”, descreve Maria Mota, ainda ma-goada com a situação ocorrida a 8 de setembro.

Contactada pelo Vivacidade, a

União das Freguesias confirma já ter sinalizado o buraco, com uma palete e pedras pesadas. “Quando soubemos do ocorrido tomamos logo providência de sinalizar o local, apesar de não ser da nossa competência. Entretanto comu-nicamos à EDP o sucedido, mas

ainda não obtivemos resposta”, afirma José António Macedo, pre-sidente da União das Freguesias.

Quanto à empresa Energias de Portugal (EDP), admite ter con-tactado Maria Mota, mas alega que o buraco em causa “pertence à infraestrutura de telecomunica-

ções”, sobre as quais não tem res-ponsabilidade.

Enquanto o responsável está por apurar, Maria Mota cuida das feridas e prefere esquecer o drama vivido a 8 de setembro, num ha-bitual passeio até à praia de Gra-mido. n

Buraco gera confusão na rua Pintor Júlio Resende em ValbomNa primeira semana de setembro, Maria Mota caiu num buraco de uma caixa de telecomunicações, na rua Pintor Júlio Resende, em Valbom. A queda provocou traumatismos e várias lesões, mas as causas ainda estão por apurar. A União de Freguesias e a EDP não se responsabilizam pelo sucedido.

> Nuno Cruz, presidente do Rotary Club de Gondomar

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Sociedade

11VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Joaquim Fernan-do Silva, membro

da organização e da Junta de F r e g u e s i a de Baguim do Monte explicou ao Vivacidade como sur-giu a ideia de reali-zar este e v e n t o .

“Foi um grupo de pessoas que estava a falar de moda e resolve-ram fazer um pequeno desfile. O desfile acabou por ganhar uma

dimensão própria e terminou neste evento”, referiu.

Este “pequeno grande evento” começou no início da tarde e con-sistiu em três grandes momentos: o desfile de Moda Júnior, o desfile do Concurso de Designers e o des-file do Concurso de Beleza. Com estes apelativos, o público aderiu em massa. Joaquim Fernando Silva acredita que o “Baguim Fashion” é um projeto com futuro. “Ultrapas-sou todas as expectativas e tornou--se num gigante”, explicou.

O evento também mostrou ser solidário, já que apresentou ativida-des como uma venda de rifas para ajudar a causa de Maria do Céu, jo-vem de 17 anos que ficou com 99% de incapacidade após um cirurgia que previa 99% de sucesso.

Segundo a organização, os obje-

tivos do “Baguim Fashion” prende-ram-se pela divulgação de marcas gondomarenses e de modelos. “É uma área em que podemos apos-tar para criar novas oportunidades. Tanto a área da criação como a área da divulgação de marcas da roupa que existem no concelho podiam estar mais divulgadas”, indicou o organizador.

No final do dia, foram atribuí-dos vários prémios aos vencedores. O Concurso de Designers teve 12 participantes e o tema foi a vindi-ma. O júri premiou os concorrentes consoante a originalidade, relação com o tema e utilidade do produ-to. Os premiados foram: Clara, a mais jovem concorrente com ape-nas 12 anos que recebeu o prémio de melhor roupa, António Taveira que venceu na categoria de melhor

acessório, Ana Silva que recebeu o prémio de melhor joia, Carla Re-sende com uma menção honrosa e, por fim, Pedro Xavier que venceu na melhor criação.

Por último, o Desfile do Con-curso de Beleza contou com 30 con-correntes, dos dois sexos, vestidos por lojas gondomarenses. A prova teve seis vencedores: Paulo Olivei-ra e Daniela Gandra venceram o prémio de “Mr” e “Mrs Simpatia”. Hélder Sousa e Sofia Azevedo re-ceberam o “Mr” e “Mrs Baguim do Monte” e Filipe Pinto e Camila Ribeiro levaram para casa o prémio “Mr” e “Mrs Baguim Fashion”.

O sucesso deste evento levou a organização a pensar mais alto. O “Baguim Fashion” tem todas as condições para se expandir para um “Gondomar Fashion”. n

“Baguim Fashion”trouxe a moda a GondomarA 4 de outubro, Gondomar recebeu o “Baguim Fashion” no Centro Paroquial e Social de Baguim do Monte. No dia em que a freguesia celebrava o seu vigésimo nono aniversário, dezenas de modelos desfi-laram durante a tarde, para satisfação do público presente.

Texto: José Pedro Oliveira

> Camila Ribeiro

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Sociedade

“Desde pequeno sempre cole-cionei cromos e cheguei a ter ou-tras coleções que se perderam com o tempo. A minha coleção mais antiga é do Campeonato Mundial de Futebol de 1982, realizado em Espanha”, começa por dizer Cláu-dio Chantre.

As cadernetas impecavelmente

conservadas e guardadas em pas-tas arquivadoras vão sendo orde-nadas por Cláudio, enquanto re-corda a história de cada uma delas. O gondomarense, atualmente de-sempregado, descreve a sensação de completar uma coleção como “um misto de satisfação e vazio enquanto não sai uma nova”.

“Os cromos mais valiosos são os dos Mundiais e Europeus, por-que só saem de quatro em quatro anos e são as vedetas do futebol in-

ternacional”, explica o ex-ourives. O colecionador criou uma

página no Facebook (“Troca de Cromos”) para facilitar a troca de cromos repetidos com outros cole-cionadores. “É uma forma de estar entretido, ocupado e em contacto com pessoas que também gostam de colecionar. No Facebook tenho amigos de vários países e já che-guei a fazer trocas com espanhóis e italianos que normalmente pro-curam os craques portugueses, sobretudo o Cristiano Ronaldo e o Figo”, afirma Cláudio Chantre.

Nas bancadas do Estádio do Laranjal, palco da Associa-ção Desportiva de São Pedro da Cova, o colecionador folheia a mais recente caderneta de cro-mos de futebol da Panini, refe-rente ao Campeonato Nacional 2014/2015, lançada no dia 30 de setembro. Já com alguns cromos

repetidos na mão, Cláudio admi-te preferir colecionar aos poucos em vez de comprar caixas inteiras de saquetas como fazem alguns colecionadores. “Neste momento devo ter metade da coleção com-pleta, mas prefiro comprar, abrir as saquetas e colar aos poucos, sempre tive esse gosto”, refere.

Quanto ao valor que acumula em cadernetas, o gondomarense prefere “não pensar nisso”, mas revela já ter recebido várias pro-postas por cadernetas completas. À medida que os anos passam o valor das cadernetas vai aumen-tando, tal como as saquetas “cada vez mais caras”. n

“Sempre tive o gosto de colar e trocar cromos”Cláudio Chantre, 35 anos, é colecionador de cromos desde criança e tem cerca de 55 coleções guardadas em casa. Da Liga Portu-guesa, aos Mundiais e Europeus de futebol, o mais importante é conseguir completar as cadernetas.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Os melhores alunos do con-celho – alguns com várias notas finais de 20 - foram distinguidos pelo seu desempenho numa ceri-mónia que contou com a presença de Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, assim como Aurora Vieira, verea-dora da Educação, e outros mem-bros do executivo, diversos presi-dentes de Junta de Freguesia ou seus representantes, como coor-denadores e diretores de escolas e agrupamentos de escolas, profes-sores e encarregados de educação.

“Abrir o ano letivo em festa mas preparando os vários agentes para um ano de trabalho”

Para a vereadora da Educa-ção, Aurora Vieira, o objetivo foi “reunir a comunidade educativa dos diferentes agrupamentos do município e congregar no mesmo espaço professores, funcionários e alunos.” “Pretendemos abrir o ano letivo em festa mas preparan-do os vários agentes para um ano de trabalho. Para além disso, pro-gramamos vários momentos para as escolas mostrarem as suas ati-vidades”, explicou ao Vivacidade.

De acordo com as normas de atribuição, a Câmara Municipal

passou a distinguir anualmente os dois melhores alunos, um do género feminino e um do mas-culino, do 1.º, 2.º e 3.º ciclos do Ensino Básico e do ensino Se-cundário dos Cursos Científico--Humanísticos, do ensino públi-co e do ensino privado, sediado na área geográfica do Concelho. Aos vencedores foram atribuídos prémios pecuniários, nos casos dos alunos dos 1.º e 2.º ciclos e dos cursos profissionais. Para os premiados de Excelência do 3.º Ciclo, são atribuídas viagens a Lisboa de avião, e para os Pré-mios de Excelência do Ensino Secundário, uma viagem a uma capital europeia. n

Melhores alunos do concelho premiados na Festa de Abertura do Ano LetivoVinte e três estudantes do concelho de Gondomar, de escolas públicas e privadas, tiveram direito, no dia 18 de outubro, a um Pré-mio de Excelência Mérito Escolar atribuído pelo município de Gondomar. A Festa de Abertura do Ano Letivo, inédita no concelho, realizou-se no pavilhão Multiusos e serviu de mote para a entrega dos galardões.

Antes da caminhada, os participantes tive-ram direito a uma aula de zumba, como prova de aquecimento e a diversas atividades como futebol e pinturas faciais.

O percurso da caminhada, com cerca de quatro quilómetros de extensão, contornou todo o perímetro do Parque Aventura da Lipor e finalizou com um lanche oferecido por várias confeitarias de Baguim do Monte.

Quanto ao Centro de Convívio, a diretora técnica da Associação Padre Moura, Susana Matias, explicou ao Vivacidade que se preten-

de abrir a valência para “fazer face à limitação destas respostas na freguesia de Baguim do Monte.”

“Já temos estabelecido alguma articulação com a segurança social no sentido de obter esse compromisso e o projeto já está a dar os primeiros passos”, garantiu Susana Matias. Quanto a datas previstas para a concretização do projeto, a diretora disse não poder adiantar ainda uma. “Estamos a pensar para o início do próximo ano, mas ainda não podemos dar uma certeza”, aludiu. n

Associação Amigos do Padre Moura levou 150 pessoasa caminhar na LiporO objetivo era claro: angariar fundos para a abertura de um Centro de Convívio para a Associação Amigos do Padre Mou-ra, em Baguim do Monte. E foi isso que levou, a 27 de setem-bro, cerca de 150 pessoas a participar numa caminhada dina-mizada pela coletividade no recinto da Lipor.

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Prémios de Excelência de Mérito Escolar 2013/2014

Ensino Básico

4.º ano – Matilde Filipa M. Nogueira da Silva (Agrupamento de Escolas de Pedrouços), Leonardo Miguel Paiva Arques (Agrupamento de Escolas de Valbom), Joana Mendes San-tos (Colégio Paulo VI) e Guilherme Brandão Carneiro (Colégio Paulo VI).6.º ano – Matilde Marques de Almeida (Agrupamento de Escolas de Rio Tinto), Rui Mi-guel Rosado Vaz (Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 2), Maria Alexandra Monteiro Macedo (Colégio Paulo VI) e Vasco Dias da Silva (Colégio Paulo VI).9.º ano – Inês Roma Castro (Agrupamento de Escolas de Gondomar), Luís Pedro Fernan-des Garrido (Agrupamento de Escolas de Gondomar n.º 1), Inês Vigário Ferreira (Colégio Paulo VI) e Tiago Pinto Macedo (Colégio Paulo VI).

Ensino Secundário

Ciências e Tecnologias – Raquel Sofia Remoaldo Vaz (Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3), Tiago André Coelho da Silva (Agrupamento de Escolas de Gondomar n.º 1), Joana Ferreira Teixeira (Colégio Paulo VI), Pedro Diogo Santos Poças (Colégio Paulo VI) e Hugo Jorge da Nóbrega Abreu Ferreira (Colégio Paulo VI).Sócio-Económicas – Margarida Sousa Martins (Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3), Daniel Filipe Remoaldo Vaz (Agrupamento de Escolas de Rio Tinto n.º 3), Maria Beatriz Baptista Rodrigues (Colégio Paulo VI) e Gonçalo Marques Nogueira (Colégio Paulo VI).Línguas e Humanidades – João Nuno Ferreira Palhau (Agrupamento de Escolas de Gondomar nº 1) e Juliana Touro Cerejo Rabaça Vaz (Colégio Paulo VI).

Texto: Ricardo Vieira Caldas

“Antes de constituirmos a Associação para o Desenvolvimento Integrado de Rio Tinto (ADIRT) já tínhamos um grupo de amigos de poesia e começamos a pensar que poderia fazer sentido a criação de uma Universidade Sénior em Rio Tinto, porque não existia essa oferta e os riotintenses diziam-nos que era um serviço necessário”, diz Maria José Guimarães, diretora da UGIRT.

A responsável pela direção executiva da Universidade da Grande Idade admite que “não sabia como ia abrir uma Universidade

Sénior sem dinheiro”, mas através do empenho de um grupo de pessoas conseguiu inaugurar o espaço a 30 de setembro, na rua da Ferraria.

Para já estão formadas quatro turmas, cada uma com 10 a 12 alunos, entre as 19 discipli-nas lecionadas destacam-se as aulas de Reiki/Meditação, Rendas e Bordados, Jardinagem, Informática, Línguas, História, Música e Tea-tro, entre outras.

A UGIRT conta ainda com parcerias com o Rancho Folclórico de Rio Tinto e o Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto, onde vão ser lecionadas algumas das disciplinas.

“Acho que esta vai ser a continuidade do saber dos nossos alunos e queremos que este espaço permita a partilha da experiência de vida”, conclui Maria José Guimarães.

A UGIRT integra a Rede de Universidades da Terceira Idade (RUTIS) e tem várias parcerias com associações do Porto e de Guimarães. n

Universidade da Grande Idade de Rio Tinto abre portas aseniores com vontade de aprenderFoi oficialmente inaugurada a 30 de setembro a Universidade da Grande Idade de Rio Tinto (UGIRT). Situada na rua da Ferraria, a UGIRT integra a Rede de Universidades da Tercei-ra Idade (RUTIS) e tem 19 disciplinas à disposição dos alunos.

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Sociedade: Ambiente

Se estivermos a falar em lim-peza de ruas e recolha de ecopon-tos e lixo indiferenciado, então estamos a falar do trabalho da Rede Ambiente. A empresa de Chaves, com sede em Fânzeres, tem até 2021 a função de recolher todo o lixo de Gondomar. Por ano são cerca de 65 mil toneladas de resíduos sólidos urbanos [mais quatro mil de lixo separado], um número que tem vindo a baixar porque “há cada vez menos con-sumo”.

“Só não temos competência nas áreas que dizem respeito aos jardins. Começamos em 2008 e os nossos clientes são basicamente as Câmaras Municipais [Boticas, Chaves, Gondomar, Oliveira de

Azeméis, Paredes, Póvoa de Var-zim, Trofa, Valongo e Vila Ver-de]. Cada vez mais, os municípios aderem a uma empresa urbana para a recolha de resíduos, por-que os privados fazem melhor e porque fazemos mais barato que os município”, explica João de Sá, um dos administradores da Rede Ambiente.

“Os gondomarenses estão satisfeitos com o nosso trabalho”

No caso de Gondomar, a ex-ploração na recolha de resíduos por parte da Rede Ambiente tem um prazo de 10 anos e se a em-presa quiser renovar terá que apresentar uma nova proposta, a concurso.

João de Sá afirma que a empre-sa fez um grande investimento em Gondomar e aclara que os resul-tados estão à vista. “Penso que os gondomarenses estão sa-tisfeitos com o nosso trabalho. Os camiões estão mais lavados e não deitam mau cheiro. Procuramos manter uma imagem limpa e inovadora. A Câmara não tinha ca-miões nem recursos para recolher o lixo. Nós entramos com uma frota toda nova. Só em camiões gastamos cerca de dois a três milhões de euros”, esclarece o administrador.

Na opinião de João de Sá, “Gondomar tem condições para atingir o patamar obrigatório de reciclagem da União Europeia, até 2020”. Segundo João, a taxa de reciclagem cresce de ano para ano e, por isso, há que desenvol-ver esforços para atingir os obje-tivos. “Nós estamos incumbidos

de fazer um estudo para perceber a melhor forma de aumentar a taxa de reciclagem em Gondomar. A proximidade é fundamental do tipo de deposição que se faz”, conta ao Vivacidade. Para isso já existem sistemas como a recolha do lixo separado porta a porta ou a colocação de ecopontos casa a casa, como existe no município da Maia. Sistemas que, na opinião do especialista da Rede Ambiente, ficam “extremamente caros”. No entanto há já um “estudo em an-damento e uma equipa responsá-vel por essa análise, que está a ser feita em conjunto com a Lipor”.

Reclamações dos muníci-pes abaixo da média

Para o administrador da Rede Ambiente, Gondomar está mais limpo e “têm havido menos recla-mações” do que quando a recolha era feita pela Câmara Municipal. “Temos duas

varredoras a percorrer as ruas diariamente. Temos cerca de 75 pessoas na limpeza urbana e os camiões a percorrer todos os circuitos diariamente”, afir-ma. “As reclamações estão muito abaixo da média de queixas de concelhos desta dimensão. Anti-gamente a CMG não fazia reco-lhas aos fins-de-semana e agora

nós fazemos. Temos dezenas de pessoas a fazer limpeza urbana durante a semana e tivemos o cuidado de perguntar aos pre-sidentes das Juntas de Freguesia onde é que estavam as ruas mais sujas”, elucida João de Sá.

Cerca de 50% dos funcioná-rios que trabalham para a Rede Ambiente, em Gondomar, são antigos funcionários da CMG. Provêm de um contrato celebra-do com o município aquando da entrega da recolha de lixos à em-presa. “Foram cerca de 120 fun-cionários a passar para a empresa e alguns já regressaram à Câmara”, conta o administrador ao Vivaci-dade. A relação com a autarquia é “muito importante” para a Rede Ambiente. “O primeiro objetivo é manter uma relação saudável e transparente com o município. Temos que ter a preocupação de corresponder a níveis de exce-

lência que Gondomar nos exige”, refere

João de Sá. O gestor não esconde a vontade de adquirir mais competências com Gondomar. “No município temos áreas de gestão que não nos foram atribuídos, tal como os Ecocen-tros, que faziam todo o sentido de passarem para a nossa gestão, mas não foram incluídos no contrato”, declara. n

Rede Ambiente:“Gondomar tem condições para atingir o patamar obrigatório de reciclagem da União Europeia, até 2020”Em Gondomar, a recolha de resíduos sólidos urbanos é, desde 2011, feita pela Rede Ambiente, uma empresa sediada em Fânzeres e presente em vários municípios da Área Metropolitana do Porto. O Vivacidade esteve à conversa com João de Sá, administrador da concessionária que garante prestar “um serviço de qualidade” no concelho.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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“Estes contratos, como é sabi-do, foram mal efetuados no pas-sado e não há forma legal de os revalidar. Não podemos contornar a lei”, começa por explicar ao Vi-vacidade o presidente da Câmara Municipal de Gondomar, Marco Martins. “Entretanto, a Câmara

já aprovou a contratação do ser-viço a uma empresa de trabalho temporário, por forma a garantir o desempenho das funções dos ze-ladores, que consideramos muito

importantes”, acrescenta o edil.

“Sem estudos não vou con-seguir arranjar outro tra-balho”

Rosa Lopes, vigilante do Bair-ro Mineiro, em São Pedro da Cova, está indignada com a situa-ção profissional em que se encon-tra. “Foi uma medida criada pelo major Valentim Loureiro. Agora a Câmara vai entregar a gestão des-

te espaço a uma empresa privada, porque diz que não é legal estar-mos a trabalhar a recibos verdes. Eu sou a zeladora mais antiga de Gondomar e tive oportunidade

de falar com o presidente Marco Martins, que me garantiu que não me ia deixar ficar sem trabalho apesar de entregar a gestão deste espaço a uma empresa privada. Disse-me isto há um mês atrás. O meu contrato acaba no dia 20 de outubro e estou à espera para sa-ber se ele vai cumprir com a sua palavra”, afirma Rosa Lopes. “Com 44 anos e sem estudos não vou conseguir arranjar outro trabalho. Não vamos ter direito a fundo de desemprego porque trabalhamos a recibos verdes. Este bairro pre-cisa de uma pessoa de pulso aqui presente e todos vêm ter comigo quando precisam de ajuda”, acres-centa a zeladora.

Em S. Cosme, o caso é dife-rente. Vítor Loureiro, anterior responsável pelo Bairro Padre Vaz, em S. Cosme, terminou o seu contrato a 15 de setembro. “Sou zelador deste bairro há sete anos. Fui despedido no dia 15 de setembro, quando fui à Câmara Municipal de Gondomar saber se renovavam o meu contrato. De-viam ter-nos avisado com ante-cedência. Quando saí da reunião encontrei o presidente cá fora e perguntei-lhe diretamente se

achava bem o que estava a fazer com os zeladores e ele disse-me que não tinha culpa porque já nos deviam ter posto no quadro de funcionários da Câmara”, in-forma o vigilante. “Eu já tive que pedir insolvência porque tenho contas para pagar e estou sem trabalho. O bairro tem estado abandonado e os moradores têm apresentado queixas”, indica ain-da Vítor Loureiro.

“O trabalho desempenhado pelos zeladores é muito im-portante”

Ao Vivacidade, Marco Martins esclarece que “desde que os con-

tratos começaram a cessar, uns em janeiro outros em março, os traba-lhos da competência dos zeladores têm sido atribuídos a outras enti-dades, a limpeza dos arruamentos à Rede Ambiente e a manutenção dos espaços verdes às Juntas de Freguesia, desde 1 de janeiro, por força das novas competências que a autarquia lhes atribuiu.” Na opinião da Câmara, “o trabalho desempenhado pelos zeladores é

muito importante”. “Tanto assim é que não abdicámos do exercício da função”, enfatiza o presidente da Câmara Municipal de Gondo-mar. n

O assunto não é novo. Os contratos elaborados entre o anterior executivo da Câmara Municipal de Gondomar e os zeladores dos bairros sociais estão a terminar. Alguns já cessaram em janeiro e março, outros em outubro e alguns vão terminar em dezembro. Os vigilantes estão indignados mas o atual executivo assume que ninguém irá para o desemprego.

Terminados contratos com zeladoresdos bairros sociaisCâmara garante que vigilantes não vão ficar sem trabalho

> Na foto: Rosa Lopes, zeladora do Bairro Mineiro

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Texto: Ricardo Vieira Caldas

Ana Rita Lima e Rodrigo Barbosa foram os arquitetos pai-sagistas convidados pelo MDRT para administrar o debate sobre o Centro Cívico de Rio Tinto. Os oradores apresentaram uma proposta para complementar o projeto oficial apresentado pela

Câmara Municipal de Gondomar e recentemente divulgado pelo Vivacidade. No salão nobre da Junta de Freguesia de Rio Tinto estiveram dezenas de pessoas que discutiram o plano de pormenor para o antigo espaço da Feira de Rio Tinto. n

O Movimento em Defesa do Rio Tinto (MDRT) organizou, a 15 de outubro, um debate sobre o Centro Cívico da freguesia. A sessão decorreu no salão nobre da Junta.

Centro Cívico de Rio Tintoesteve em debate

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> Na foto: Vítor Loureiro, zelador do Bairro Padre Vaz

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Quiosques do concelho já têm concessionáriosQuatro dos cinco quiosques encerrados e existentes em espaço do domínio público municipal, em várias freguesias de Gondomar, vão finalmente ser ocupados. O concurso, com licitação verbal, já foi feito e os quiosques têm, desde o dia 7 de outubro, concessio-nários com direito de ocupação e exploração. O Vivacidade ouviu três dos futuros donos dos espaços.

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Sociedade

Já são conhecidos os conces-sionários dos quiosques que esta-vam abandonados há vários anos em Rio Tinto, S. Cosme e S. Pedro da Cova. O Quiosque da Avenida General Humberto Delgado, em S. Cosme, foi o único – dos cinco - que não sofreu qualquer licitação.

Bruno Moreira, é quem vai passar a gerir o quiosque da pra-ça da Estação em Rio Tinto, de-sativado há vários anos. “Soube através do meu primo e depois informei-me através do site da Câmara. Como estou numa situa-ção de desemprego foi uma opor-tunidade de criação do próprio emprego. Moro em Rio Tinto e este era o quiosque que mais me interessava, apesar de ainda não o ter visto por dentro”, confessa. “Lembro-me deste quiosque e chegava a passar aqui com a mi-

nha mãe. Surgiu esta oportuni-dade e decidi apostar”, acrescenta Bruno, que elogia a iniciativa da Câmara Municipal na reativação destes espaços.

Em Gondomar (S. Cosme) a administração do quiosque do Largo do Souto vai ser feita por Patrícia Aguiar. O objetivo é o mesmo: criar um posto de traba-lho para a família. “Soube pelo meu pai que era possível explorar este quiosque. Ele soube do con-curso através da internet. O obje-tivo era arranjar um rendimento familiar. Este é um bom quiosque e muito bem localizado”, expli-ca. Neste quiosque em específico, os concessionários defrontam-se com uma situação pouco comum. A venda dos jornais diários e re-vistas é atualmente feita às portas do quiosque por duas ou três pes-

soas que ocupam o espaço. “Têm que deixar de vender porque não é justo fazer-me concorrência aqui à porta”, indica Patrícia.

Associação Social Silveiri-nhos vai gerir quiosque de S. Pedro para autossusten-tabilidade

O caso do quiosque de S. Pe-dro da Cova é diferente. Matilde Monteiro preside a Associação Recreativa, Cultural e Social de Silveirinhos e lembrou-se que o quiosque podia servir a coletivi-dade. “Desde há dois anos que a Associação Social Silveirinhos mudou de sede e passou para uma ex-escola primária na zona do Carvalhal. Aí, percebemos que o nosso público alvo esta-va a tornar-se mais abrangente e percebemos que em S. Pedro da

Cova, como em todo o concelho havia a necessidade de responder a uma necessidade premente que era o trabalho com pessoas com deficiências e doenças mentais”, começa por referir. “Para acabar com a dependência dos subsí-dios decidimos abrir um negócio social de forma a conseguirmos alguma sustentabilidade e a rein-vestirmos os lucros que possamos vir a ter. O objetivo é inserirmos na sociedade profissionais com deficiências ou doenças mentais e vai servir também para a venda de produtos manuais. Vamos co-locar aqui em estágio jovens que queiram lidar com o público e va-mos colocar aqui pessoas com de-ficiência acompanhadas por um tutor. Não será sempre, mas vai acontecer”, afirma Matilde Mon-teiro. n

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Cultura

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Manga, anime, cosplay, video-jogos e música a rigor, animaram durante dois dias (11 e 12 de ou-tubro) o Multiusos de Gondomar. Entre os momentos altos do Ibe-rAnime destacam-se a vitória de Alexandra Tora, a polaca sagrou--se vencedora do concurso Cosplay World Masters, com a personagem Valkyrie Randgris do jogo Rag-narok Online, e o concerto de Yoko Ishida, a voz dos temas da série po-pular da dé-cada de 90, ‘Sailor Moon’.

“Este é um grande parque de diversões com mais de uma cen-tena de atividades durante o fim--de-semana. Cada vez vemos mais pais e familiares com os partici-pantes e também vemos pessoas com 30 anos a visitar-nos. É um evento para crianças adultas”, afir-ma André Manz, organizador do IberAnime.

O responsável pelo evento lamen-ta a escassez de

representantes da cultura japonesa em Portugal. “Temos expositores que vêm de fora do país: Suíça, Alemanha e outros. Nós temos poucas lojas especializadas mas o mercado também é pequeno”, re-fere.

Em 2015, André Manz quer regressar ao concelho mas para

isso terá que renegociar o contrato com a Câ-mara de Gondomar. “A nossa ideia é con-tinuar com o evento

aqui. O pavilhão

tem condições ideais para nós e queremos continuar”, conclui.

Expositores pedem es-petáculo mais diversificado

Do lado dos expositores o con-tacto com os fãs e conhecedores das histórias de anime e manga é a “maior recompensa” do IberA-nime. Segundo Keita Car-

valho, técnico comercial da Devir Livraria, editora de manga em português, “a presença da empre-sa no IberAnime era imperativa”. “Este festival é o maior do género em Portugal, mas o evento atingiu um pico de crescimento. Agora vai crescer para outros lados porque um evento deste género tem mar-gem para crescer, não pode é cres-cer sempre na mesma direção”, diz o técnico comercial.

Sandra Patrício, responsável pela Loja Neko, partilha da mesma

opinião. “O IberAnime precisa-va de um cardápio mais for-

te com algumas surpresas para os fãs. No próximo

ano vamos ter novida-des”, afirma a repre-sentante da loja espe-

cializada nos diversos animes. n

Pelo terceiro ano consecutivo, o IberAnime OPO 2014 trouxe mais de 10 mil fãs da cultura pop japonesa ao Multiusos de Gondomar. Segundo André Manz, organizador do evento, o IberAnime continua a crescer todos os anos.

IberAnime trouxe a cultura japonesa a Gondomar

Texto: Pedro Santos Ferreira

Com um aumento considerável de expositores, restauração e ani-mação a V Medieval de Rio Tinto - este ano intitulada pela primeira vez de Rio Tinto Medieval – trouxe à Quinta das Freiras mais de 40 mil pessoas. “O balanço é extremamen-te positivo e até mesmo surpreen-

dente”, afirma Nuno Fonseca ao Vivacidade.

“Definimos um projeto para este evento, de modo a faze-lo crescer progressivamente de for-ma sustentada, quer do ponto de vista logístico quer financeiro. Não podemos esquecer que todos os grandes eventos deste nível são organizados por municípios, com outra capacidade de investimento e a Medieval de Rio Tinto, mesmo

tendo este ano contado com apoio da Câmara Municipal de Gondomar, continua a ser um evento da Junta de Freguesia de Rio Tinto”, explica o autarca. “Este ano a adesão do público foi sur-preendente, ultrapassando qual-quer expectativa e mostrando que a Rio Tinto Medieval é um evento do agrado dos cidadãos e por isso um evento a investir e a melhorar”, refere ainda o riotintense.

A animação que ocorreu no recinto foi “um dos pontos fortes do evento e que fez a diferença este ano”, garante Nuno Fonseca.

Em 2015, a Rio Tinto Medie-val será maior

“Um grande segredo”, responde o presidente da Junta de Rio Tin-to quando questionado sobre as

novidades para a feira de 2015. No entanto, afiança, “no próximo ano a Medieval terá mais área ocupada,

mais animação e mais exposito-res.”

“Os custos envolvidos numa organização desta natureza são

enormes e, por isso mesmo, pre-cisamos de sustentabilidade e de melhorias progressivas. Não temos

a pretensão de achar que a Rio Tin-to Medieval é perfeita, porque não é e sabemo-lo bem, identificámos o que ainda falta melhorar e o que não foi feito por limites financeiros e logísticos. Temos consciência de onde estamos e para onde queremos ir e posso já avançar que queremos ir para o top mas Medievais em Por-tugal”, conclui Nuno Fonseca.

A Rio Tinto Medieval foi orga-nizada pela Junta de Freguesia de Rio Tinto, Associação Artística de Gondomar e Câmara Municipal de Gondomar. n

A Rio Tinto Medieval do próximo ano já está a ser pensada mas a edição que ocorreu de 26 a 28 de setembro não pode ser esquecida e o presidente da Junta de Rio Tinto, Nuno Fonseca, caracteriza-a como “surpreendente”.

Mais de 40 mil pessoas viajaram até à época Medieval em Rio Tinto

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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> André Manz, organizador do evento > Keita Carvalho, Devir Livrarias > Sandra Patrícia e marido, Loja do Neko

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A tarde ficou ainda marcada pela detenção de um popular que insul-tava os presentes na cerimónia. A GNR abordou o homem e o mesmo ofereceu resistência, tendo sido posteriormente detido.

Cinco décadas de história mineirarelembradas na Casa da MaltaA União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova dinamizou a 27 de setembro uma sessão solene comemorativa dos 50 anos da Casa da Malta e dos 25 anos do Museu Mineiro. No mesmo dia foi também inaugurada a exposição “As minas, a ARGO e a fotografia” patente no edifício até 31 de janeiro.

19VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Cultura: S. Pedro da Cova

O museu mineiro recebeu a 27 de setembro a sessão solene da comemoração dos seus 25 anos e dos 50 anos da Casa da Malta. Da parte da União das Freguesias de Fânzeres e São Pedro da Cova, o presidente Daniel Vieira lembrou que a Casa da Malta e Museu Mi-neiro fazem parte do “património coletivo” da agora União e que por isso a data “não podia passar ao lado”. “Não podíamos deixar de comemorar os 50 anos da Casa da Malta. A exploração do carvão que aqui se deu desde finais do século XVIII marcou profundamente esta terra. A Companhia das Minas ti-nha a preocupação de criar Casas da Malta – e aqui na freguesia exis-tiam três – que acolhiam os operá-rios que vinham de outros lugares”,

comentou o presidente da União das Freguesias a iniciar os discur-sos. “Temos também que valorizar a feliz ideia da Junta de Freguesia de São Pedro da Cova quando decidiu adquirir esta Casa da Malta”, referiu ainda o autarca que recordou a im-portância do início da remoção dos resíduos perigosos.

Leonor Pereira, presidente da Assembleia de Freguesia, reviveu algumas memórias com o público presente. “Na minha família, como em quase todas as famílias de São Pedro da Cova, tenho familiares ligados à exploração mineira. Este museu guarda as memórias dos nossos familiares e honra-os”, afir-mou. Memórias importantes que “devem ser preservadas”, na opi-nião do representante do secretário

de Estado da Cultura, Miguel Ro-drigues, que se fez representar atra-vés da Direção Regional da Cultura do Norte. “Somos uma entidade responsável pela preservação do património cultural e material. No entanto, o património não são só os museus e castelos, são as histó-rias das pessoas”, indicou. No final do seu discurso, lançou um repto: “queria desafiar as entidades locais para colaborarem connosco na pre-servação dos últimos vestígios des-te património industrial que ainda

existe em S. Pedro da Cova.”Desafio aceite pelo vereador

do Ambiente da Câmara Munici-pal de Gondomar, José Fernando Moreira - também ele de S. Pedro da Cova – que mencionou o novo Quadro Comunitário 2014-2020 como possibilidade para “requali-ficar o Museu Mineiro e o Poço de São Vicente.” “A Câmara Municipal de Gondomar vai estar disponí-vel para colaborar nesse projeto”, aclarou. “Fico satisfeito por saber e perceber que temos nesta freguesia

pessoas de grande capacidade e que levaram este museu a ter um gran-de reconhecimento. É fruto do tra-balho da comunidade”, acrescentou o vereador.

A cerimónia marcou também a inauguração de uma nova expo-sição fotográfica sobre o registo do património mineiro, dinamizado pelo Museu Mineiro e pela ARGO – na pessoa do presidente Alberti-no Valadares - e o encontro da Ban-da dos Mineiros do Pejão e a Banda Musical de São Pedro da Cova. n

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Cultura: Fânzeres

VIVACIDADE OUTUBRO 2014

O Dia da Música não passou despercebido à União das Fregue-sias de Fânzeres e S. Pedro da Cova. A Cripta da freguesia acolheu na noite de 1 de outubro a dupla de violino e guitarra, Hugo Vitorino e Zema, assim como o Orfeão de S. Pedro da Cova e o Grupo Coral do Clube Portugal Telecom Zona Norte. A 12 de outubro, pelas 17h, a Escola de Música Leões do Ra-malho em conjunto com Leonel Aguiar e com o Orfeão da Associa-ção Estrelas de Silveirinhos atua-ram também no Salão Paroquial de Fânzeres. Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias, explicou ao Vivacidade que “em S. Pedro da Cova já se assinalava o Dia da Música com diversas iniciativas durante todo o mês de Outubro

que envolviam os diversos agru-pamentos musicais: orfeões, banda de música, escolas de música, etc.” “Este ano alargamos esta iniciativa à freguesia de Fânzeres realizando assim duas iniciativas, que visam a promoção e o gosto pela música. Continuamos a envolver a criação artística existente na freguesia. Para nós a promoção da cultura é uma prioridade”, acrescentou.

Festival de Teatro termina a 25 de outubro com o Centro Republicano e Democrático de Fânzeres

Já na área teatral, Fânzeres con-tou e conta com mais uma edição do Festival de Teatro da fregue-sia no Salão Paroquial. No dia 4, ‘O meu querido falecido’ trouxe a arte teatral aos fanzerenses com o Grupo Paroquial de Teatro do Or-feão de S. Pedro da Cova. ‘O meu marido que Deus haja’ esteve em

cena a 11 de outubro com o Grupo de Teatro da Associação Recreativa de Ferreirinha. A 18 de outubro, a noite foi de ‘Comédias’ com a SOIR e no dia 25, chega ao palco a última peça do festival: ‘Recordar é viver’, do Grupo de Teatro o Republicano do Centro Republicano e Demo-

crático de Fânzeres.“Procuramos convidar para

este festival grupos da freguesia, do concelho e um outro grupo convi-dado de Évora. O balanço que fa-zemos é globalmente positivo. Pen-samos que é fundamental a criação de espaços de participação, fruição

e divulgação cultural”, contou Da-niel Vieira. “O Festival de Teatro de Fânzeres já tinha sido realizado por anteriores executivos. No ano pas-sado não se realizou e esta União das Freguesias retomou a iniciati-va, sendo a primeira edição após a agregação”, explicou o autarca. n

A freguesia de Fânzeres acolhe, desde o dia 1 de outubro, um conjunto de iniciativas culturais que vão desde a música ao teatro.

Outubro é mês de cultura em FânzeresTexto: Ricardo Vieira Caldas

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Page 21: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

Política: Primárias do Partido Socialista

21VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Nuno Coelho e PS Baguim “magoados” com Marco Martins

“Nos últimos dias de campanha fui confrontado com uma carta que foi escrita pelo militante Mar-co Martins, que foi enviada para militantes ativos, inativos e simpa-tizantes. Não vou pela violação da base de dados, mas pessoalmente, quando vi uma carta de apelo ao voto pelo António José Seguro com a minha foto ao lado do candidato e a dar a ideia que o apoiava, não achei correto. As pessoas começa-ram a ligar-me e a confrontar-me com a carta que tinha sido enviada”, explica ao Vivacidade Nuno Coe-lho. “Fico magoado porque para mim na política não vale tudo. O que mais me magoou foi a fotogra-fia que colocaram na carta, tirada na altura em foi apresentada a can-didatura à Câmara Municipal de Gondomar, nas eleições autárqui-cas. Nessa altura estava ao lado de António José Seguro, mas agora es-tava a apoiar António Costa” acres-centa ainda o militante de Baguim.

“Creio que a secção de Baguim do Monte nessa altura fez uma ex-posição, através do seu secretário coordenador, à Comissão Eleitoral, dando indignação pelo facto dos simpatizantes que queriam conti-nuar no anonimato e não queriam receber cartas, terem recebido essa carta”, referiu ainda.

O Vivacidade questionou Francisco Laranjeira, secretá-rio coordenador da secção de Baguim, que não confirmou

a situação, preferindo remeter-se ao silêncio até à realização da Co-missão Política do partido prevista para o final deste mês.

Já da parte de Nuno Coelho o mesmo refere que tem “seis meses para formalizar uma queixa pelo uso abusivo da imagem” mas acres-centa que “a seu tempo as coisas serão resolvidas.”

“Desconheço queixas. Uti-lizei a base de dados que o partido me forneceu”

Questionado sobre a alegada “violação da base de dados”, referi-da por Nuno Coelho - dados esses que serviram para o envio da carta a simpatizantes do partido - Mar-co Martins defende-se, explicando que utilizou a base de dados que o partido lhe forneceu e diz também desconhecer quaisquer queixas. Quanto à utilização da fotografia, o socialista que preside o executivo camarário afirma: “Foi uma foto de campanha do PS e eu escrevo o que quero e assino. Se em terceiro pla-no aparecia o Nuno Coelho não re-

parei, não fui eu que escolhi a foto-grafia. Ficaria satisfeito era se ele

[Nuno Coelho] trabalhasse tanto como presidente da

Junta como se dedicou a esta causa.”

Quanto às relações institucionais, quer Marco Martins como

Nuno Coelho ga-rantem que não

vão ser afetadas.“O sucedido não afeta a minha

relação com o presidente Marco Martins. Eu trabalho diariamente para o presidente como sempre tra-balhei para ele chegar onde chegou. Este episódio está fechado”, refere Nuno Coelho.

“Quando o António Costa soube da situação da car-ta enviada em Gondomar, disse-me para estar ao lado dele”

Ao Vivacidade, Nuno Coe-lho garante que, apesar da vitória de António Costa nas primárias e do seu apoio nesta campanha, irá permanecer “com os baguinenses até ao fim do mandato”, não ten-do para já nenhuma proposta para integrar as listas do socialista de Lisboa. “O António Costa não faz esse tipo de promessas. Quando ele soube da situação da carta enviada em Gondomar - no encerramento da campanha do Porto - disse-me para estar ao lado dele, para as pessoas perceberem que estava ao

lado dele até ao fim”, explica. “Especula-se muito, mas

ninguém me fez promes-sas, nem compromissos. Há conversas e pontos convergentes, mas nada

está definido”, conclui o autarca de

Baguim do Monte. n

Em causa esteve a utilização de uma fotografia do militante socialista Nuno Coelho, atual presidente da Junta de Baguim do Monte, numa carta enviada por Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar, enquanto militante, a socialistas e simpatizantes do partido. Nuno Coelho ficou “surpreendido” já que apoiava o candidato António Costa e a carta enviada por Marco Martins apoiava António José Seguro. Confrontado pelo Vivacidade, o autarca de Baguim admite ainda poder apresentar queixa contra Marco Martins à Comissão Nacional de Eleições e ao Ministério Público.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Nuno Coelho:

“O António Costa fez um favor ao António José Seguro. A diferença na votação foi tão grande que acho que algumas pessoas que andavam com o Seguro nem sequer votaram nele. No entanto, agradeço o trabalho feito pelo Seguro mas provavelmente não era o melhor candidato para as eleições legislativas. Nunca virei as costas [ao Seguro]. Sempre que o António José Seguro precisou de mim eu estive lá. No entanto, quando foi apresentada uma segunda via [António Costa] nós optamos por aquilo que seria melhor para o país. Muita gente que estava com o António José Seguro, votou no António Costa. O resultado diz-nos isso.”

Marco Martins:

“Foi a vontade dos simpatizantes e foi o risco da abertura do partido à so-ciedade civil. Preferia o outro candidato? Preferia. Penso que o balanço do processo para o Partido Socialista é mau mas agora o objetivo do PS é ganhar as legislativas.”

Resultado das Primárias do PS

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Processo de remoção dos resíduos perigosos em marchaPopulação exige requalificação da zona

Treze foguetes, um por cada ano, foram lançados para o ar no momento da partida do primeiro camião que transportou os resíduos perigosos depositados em S. Pedro da Cova. O secretário de Estado do Ambiente, Paulo Lemos, fez questão de marcar presença e falou à comu-nicação social. “Está a ser feito um investimento de 13 milhões de euros para uma obra que será concluída em maio de 2015. Este é um longo processo, mas a CCDR lançou um concurso para retirarmos os resí-duos e assim foi feito. Houve várias providências cautelares relacionadas

com o concurso mas esses proble-mas foram resolvidos”, declarou.

À entrada do recinto, vários po-pulares demonstravam o desagrado pelo atraso de vários anos na remo-ção dos resíduos e fizeram-se ouvir pela futura requalificação do espaço. “Temos muitas dificuldades. O mal vem sempre ter a S. Pedro da Cova. Saímos satisfeitos do desfecho deste processo, mas lamentamos que se tenham deteriorado muitas coisas com os resíduos perigosos. Fomos prejudicados”, explicou ao Vivaci-dade, Joaquim Barbosa. Maria Ri-beiro elogiou a atitude da Junta. “A luta continua porque isto ainda não parou e estes materiais não podem estar aqui. A nossa Junta de Fregue-sia nunca baixou os braços, por isso

devemos tudo à Junta e à popula-ção”, referiu.

No que diz respeito à requa-lificação, Paulo Lemos foi claro: “Existe um projeto para esta zona,

o projeto ‘Pulmão Verde’, em con-junto com os concelhos adjacen-

tes. Penso que a candidatura ao próximo quadro comunitário será prioritária.” Marco Martins apoiou a decisão do secretário de Estado. “Estávamos aqui perante um cri-

me ambiental. Terão falhado aqui o Governo e os municípios ante-

riores. Após a remoção esperamos enquadrar este espaço no projeto “Pulmão Verde”. A população de S. Pedro da Cova faz uma reclamação justa da requalificação deste espa-ço”, declarou o presidente.

Já da parte da União das Fregue-sias de Fânzeres e S. Pedro da Cova, o presidente Daniel Vieira também expôs a sua opinião. “Este problema foi silenciado durante muitos anos e desde 2010 temos dedicado par-ticular empenho a este problema. Foram enterradas aqui toneladas de resíduos perigosos, por isso sauda-mos o empenho dos que contribuí-ram para esta resolução. Queremos agora que este espaço seja ambiental e culturalmente requalificado”, es-clareceu. n

“Um dia histórico para S. Pedro da Cova” nas palavras de Daniel Vieira, presidente da União das Freguesias. Paulo Lemos, se-cretário de Estado do Ambiente, assistiu à partida do primeiro camião a transportar resíduos, no dia 2 de outubro. No momento simbólico marcaram também presença Marco Martins, presidente da Câmara Municipal de Gondomar e vários membros do exe-cutivo assim como dezenas de populares que se pronunciaram sobre o futuro daquele espaço.

22 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Política: S. Pedro da Cova

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política

23VIVACIDADE OUTUBRO 2014

O agravamento de IMI em 30% traduz--se numa receita, para a Câmara Municipal, entre os 85 e os 90 mil euros, considerando a medida “mais pedagógica” do que “mui-to relevante” para os cofres da autarquia, considerou o presidente Marco Martins, na reunião de Câmara a 1 de outubro.

Rio Tinto e Valbom são as freguesias que possuem mais casos identificados de prédios degradados e os custos da operação de entaipamento, realizado pelo município de Gondomar, com o apoio das Juntas de Freguesia, são imputados ao proprietário.

Maria João Marinho absteve-seO agravamento do IMI para estes casos

foi analisado em reunião pública de Câma-ra, tendo colhido algum desconforto por

parte de Maria João Marinho que preferiu abster-se. Em causa está, para a vereadora, o facto de “em momento de crise muitos proprietários não terem possibilidades eco-nómicas de realizar obras ou existirem si-tuações que envolvem inquilinos”. n

IMI agravado em 30% para prédios degradadosA câmara de Gondomar aprovou a 1 de outubro, por maioria, o agravamento em 30% do Imposto Municipal sobre Imóveis (IMI) para 2015 sobre prédios degradados. Estão identificadas, pelo município, cerca de 400 casas que, segundo a autarquia, constituem risco para a população vizinha.

Centenas de pessoas receberam Emí-dio Guerreiro no Centro de Apoio à Co-munidade da Associação Vai Avante, no Bairro Mineiro de S. Pedro da Cova. A visita do secretário de Estado, inserida na Rota do Associativismo, contemplou a passagem por três associações da fre-guesia: Associação Social Estrelas de Sil-veirinhos, Associação Recreativa e Cul-tural de Silveirinhos e a Associação Vai Avante.

Após conhecer as instalações do Vai Avante, Emídio Guerreiro elogiou o servi-ço prestado à comunidade e o “importan-te apoio prestado à coesão social”. “Espe-ro que venham a existir mais associações como estas que dão uma excelente respos-

ta. Só assim conseguiremos fazer um país melhor”, disse o secretário de Estado.

Fernando Duarte, presidente da Asso-ciação Vai Avante, mostrou-se satisfeito com a visita do representante do Gover-no e reconheceu o empenho de Emídio Guerreiro em prol do associativismo. “Reconhecemos que o senhor secretário de Estado tem estado muito empenhado e esperamos que prove o nosso caldo de nabos antes de ir embora”, disse Fernando Duarte, à margem do tradicional evento de partilha do caldo de nabos, organizado pela associação.

Manuel Barros, diretor regional do Nor-te do Instituto Português do Desporto e Ju-ventude, também integrou a comitiva. n

Associação Vai Avanterecebeu secretário de Estado do Desporto e JuventudeEmídio Guerreiro, secretário de Estado do Desporto e Juventu-de, visitou três associações de S. Pedro da Cova, no dia 10 de outubro. O representante do Governo não saiu de Gondomar sem antes provar o Caldo de Nabos da Associação Vai Avante.

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24 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Entrevista: Marco Martins

Há cerca de um ano, ini-ciava funções como presi-dente da Câmara. Quais as principais diferenças que encontra entre este cargo e o que desempenhava en-quanto presidente da jun-ta?

Hoje há mais responsabilidade e um barco maior para gerir mas também mais problemas e uma maior capacidade para os resol-ver. Até aqui estava limitado, hoje deixei de ter a desculpa das com-petências. Não digo que seja mais fácil ou mais difícil mas traz-me mais satisfação e realização.Entre outras coisas, a ima-gem de Gondomar mudou. Era uma mudança urgente?

Sim era. Penso que consegui-mos mudar a imagem do concelho e deixou de se ouvir falar no tri-bunal e nos eletrodomésticos. Co-meçamos pela logomarca e divul-gamo-la através de um conjunto de iniciativas e tem corrido bem. Temos conseguido que se fale de Gondomar pela positiva.

Já sentiu retorno no inves-

timento realizado com a lo-gomarca?

Já, completamente. Hoje já toda a gente associa o “G” a Gon-domar. Já se nota que a marca está associada a uma imagem de re-novação, quer geracional quer de políticas.

Também há um ano, numa entrevista ao Vivacidade, indicou alguns projetos que iriam avançar no primeiro ano de mandato. Entre eles estava a redução do IMI, o portal da transparência e a delegação de competên-cias às juntas. Tudo isto foi cumprido mas ficou a faltar a requalificação da Feira da Belavista e do Mercado da Areosa. Como se encon-tram estes projetos?

Em relação à Feira da Belavis-ta aprovamos agora, numa reunião de Câmara, o projeto de arquitetu-ra. A execução avançará em breve. Quanto ao caso da Areosa está um pouco mais atrasado devido ao processo judicial que houve com a empresa ABB. Mas até ao final do ano conto aprovar o projeto e acho que ainda em 2014 vai ser possível começá-lo. Antes de avançar com o projeto queremos falar com os

comerciantes, que é muito impor-tante.

Conta com o Quadro Comu-nitário de Apoio 2014-2020 para resolver, entre outros assuntos, o problema da requalificação de linhas de água. Quando será resolvi-do o problema da poluição no rio Tinto?

Em relação à poluição, eu pen-so que, nos últimos anos, a quali-dade da água melhorou imenso. Havia o problema da ETAR e al-gumas ligações ilegais ao rio – que têm vindo a ser eliminadas – e não há praticamente nenhuma ativa neste momento. Quanto à ETAR, a questão não está fechada. A Águas de Gondomar tem-se vindo a atra-sar no cumprimento do prazo de entrega da obra – que já vinha des-de 2011 – e a última data que te-mos é de novembro deste ano. Está em fase avançada de conclusão de projeto a ligação e prolongamento de um emissário do Meiral até ao Freixo. Aliás, o secretário de Es-tado do Ambiente esteve reunido connosco recentemente e esse é um processo para avançar, haven-do um compromisso do Governo no financiamento do projeto. Já há estudo prévio, já há levantamento

topográfico, falta definir o período de execução.

Ainda para Rio Tinto, já apresentou um Plano de Pormenor para o centro cí-vico. O processo já evoluiu desde então?

Sim, os projetistas estão a ter-minar as telas finais para dar início à construção. Os prazos mantêm--se e contamos aprovar o projeto, em Assembleia Municipal, até ao final de 2014.

Já obteve reações dos rio-tintenses sobre esse proje-to?

Sim! As pessoas vêm ter comi-go e querem saber quando é que começa a ser feito. E o calendário mantém-se, até ao final de 2014 aprovar formalmente, 2015 prepa-rar o projeto e em 2016 executar.

Relativamente à Quinta das Freiras, disse que a gestão do parque iria pas-sar para a Junta com a de-legação de competências. No entanto a exploração da quinta ainda pertence à CMG. Porquê?

A disponibilidade man-têm-se. A Junta de Freguesia de Rio Tinto tem é que primeiro assumir tudo aquilo que está delegado. Antes de se-rem dele-gadas mais competên-cias, a

Junta tem que cumprir com aque-las com que a Câmara já contra-

tualizou e que não estão a cum-prir. Aliás, a generalidade das Juntas não está a cumprir.

A situação financeira da Câmara mudou desde que tomou posse?

Sim, está melhor porque te-mos vindo a pagar a dívida. O problema são as dívidas novas que aparecem e que ainda podem surgir. Recordo que o orçamento em 2013 era de 79 mi-lhões e em 2014 é de 68. Entretan-to já pagamos sete milhões de euros em in-deminizações. Quer dizer que temos menos 18 milhões do que tínhamos em 2013. E para além da dívida que a Câmara tem – que mesmo assim faz quase 220%

“Conseguimos mudar a imagem do concelho e deixou de se ouvir falar no tribunal e nos eletrodomésticos” Em outubro de 2013, Marco Martins iniciava as suas funções como presidente da Câmara Municipal de Gondomar. Um ano depois, o ex-presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto lamenta que “a generalidade das Juntas, em Gondomar, não esteja a cumprir” com os acordos celebrados no âmbito da delegação de competências. Em entrevista ao Vivacidade, o edil camarário mostra-se preocupado com os processos judiciais em que a Câmara está envolvida e fala de alguns objetivos para 2015.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Pedro Santos Ferreira

“Deve ter sido um vírus que atacou especificamente o setor financeiro e contabilístico da Câmara”

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Um ano de mandato

25VIVACIDADE OUTUBRO 2014

“Conseguimos mudar a imagem do concelho e deixou de se ouvir falar no tribunal e nos eletrodomésticos”

do nosso orçamento – existem 401 processos em que a Câmara é réu em tribunal e não sabemos no que é que isso vai dar. Nos quatro processos que já resolvemos fomos condenados a pagar sete milhões de euros. Se for um milhão por cada processo serão 400 milhões.

Já são conhecidos os re-sultados da avaliação ex-terna?

Ainda não temos conclusões porque com a mudança da uni-dade orgânica da CMG houve funcionários que ficaram de baixa desde então e nunca mais cola-

boraram. Tivemos por isso que reconstituir tudo.

Deve ter sido um vírus que ata-

cou especi-f i c am e nt e

o setor f i n a n -

ceiro e contabilístico.

Na sua candidatura à CMG, apresentou cinco linhas de intervenção prioritárias para o concelho. Referiu, também em entrevista, que pretendia criar mil postos de trabalho por ano em Gondomar. Esse objetivo foi conseguido no primeiro ano de mandato?

Esse objetivo vai ser consegui-do no final do segundo ano e, este ano, está perto disso. No que diz respeito à mobi-lidade - e numa altura em que se debate a privatiza-ção dos transportes coleti-vos do Porto - a atribuição dos cartões Andante para os trabalhadores do muni-cípio foi apenas o primeiro passo para o alargamento da rede no concelho?

Esse foi um dos passos. O ou-tro vai entrar em funcionamento no dia 1 de novembro com uma alteração radical nos transportes da zona de S. Cosme e Valbom mas não posso dizer muito mais do que isto. Estará relacionado com o andante e com alterações de percurso.

Com a STCP ou Gondoma-rense?

Gondomarense.

Como se encontra a questão da construção da linha do metro para S. Cosme?

Está no documento estratégico metropolitano. Vila D’Este e S. Cos-me fazem parte desse documento.

Recentemente, a CMG apos-tou também nas ciclovias. O projeto já está concluído?

Não, está a iniciar. Ainda nem a 10% está. Vamos apresentar nas próximas semanas um projeto para criar 35 quilómetros de ciclovias até ao final de 2016.

Para o Alto do Concelho, o saneamento assumia-se como um dos aspetos priori-tários para o seu executivo. A população está a reagir mal às taxas impostas pelas Águas de Gondomar na con-cretização do saneamento dessas zonas. O que é que a CMG está a fazer em relação a este assunto?

A população da Foz do Sousa foi surpreendida com um conjunto de pagamentos como já existiu em S. Pedro da Cova há uns anos. Isto é uma consequência de uma má de-cisão política de 2001. Entregaram a privados as águas, com respetiva tabela de taxas. O que nós fizemos foi chamar a empresa. Não podemos obrigá-los a não cumprir o que foi aprovado na concessão mas aquilo que os sensibilizamos, e que a Águas de Gondomar aceitou, foi poder dar a oportunidade de pagar o valor em prestações, até 48 meses.

A construção de um cais em Covelo está também nos planos da CMG na linha de uma aposta no turismo da região. É esse um dos cami-nhos para Gondomar?

Sim, é virar Gondomar para o concelho e atrair as potencialidades turísticas. Mas já que se fala no Alto do Concelho é preciso dizer que fo-ram criadas algumas medidas muito importantes. Para além da questão da conclusão do saneamento com as novas ETAR de Melres e Lomba, houve ainda uma discriminação po-sitiva do Imposto Municipal sobre Imóveis, a retoma na ligação de bar-co entre as duas margens, a cedência

de alguns equipamentos em perma-nência para as juntas e a preparação dos processos para a classificação dos areais de Zebreiros e de Melres como praias fluviais.

A CMG está prestes a discu-tir o Orçamento para 2015. Qual a área que irá merecer um maior investimento da parte da autarquia?

Vamos continuar a apostar mui-to na questão da ação social, educa-ção e no ambiente. Mas houve uma alteração de postura. Fui presidente da Junta durante oito anos e liga-vam-me num dia ao final da tarde para estar na Câmara na manhã do dia seguinte e apresentar propostas para o orçamento do próximo ano. Agora para o Orçamento de 2015, pedimos às Juntas – com uma sema-na de antecedência – por escrito que apresentassem propostas e das sete só duas é que responderam, a União de Foz do Sousa e Covelo e a União de Fânzeres e S. Pedro da Cova. As Juntas hoje têm todas as condições e regalias e não têm capacidade para responder aos desafios que lhes são atribuídos.

Daqui a um ano o que espe-ra ter concretizado?

Espero ter o PDM aprovado, ter uma redução de 2000 desemprega-dos no concelho, ver o andante alar-gado a mais locais e espero ver tam-bém S. Pedro da Cova sem resíduos

perigosos. Queremos também ver alguns projetos em fase de concreti-zação, como o de Rio Tinto [centro cívico] e a questão das ETAR.

Até há pouco tempo contava com o apoio do ex-secretá-rio geral do PS, António José Seguro, para a concretiza-ção de alguns planos para o concelho. Após o resultado das eleições primárias pen-sa que Gondomar poderá sair prejudicado?

Obviamente que havia um protagonista que conhecia bem os problemas de Gondomar. O novo protagonista vai ter que vir conhe-cê-los. Vai ter que se reconstruir

um caminho que já estava feito. n

Em outubro de 2013, Marco Martins iniciava as suas funções como presidente da Câmara Municipal de Gondomar. Um ano depois, o ex-presidente da Junta de Freguesia de Rio Tinto lamenta que “a generalidade das Juntas, em Gondomar, não esteja a cumprir” com os acordos celebrados no âmbito da delegação de competências. Em entrevista ao Vivacidade, o edil camarário mostra-se preocupado com os processos judiciais em que a Câmara está envolvida e fala de alguns objetivos para 2015.

Um ano do executivo de Marco Martins, naopinião de...

Joaquim Barbosa, vereador da CDU

“Estes 500 carateres não permi-tem ao vereador em minoria um balanço objetivo do 1.º ano de um mandato que se iniciou com novas freguesias e novo regime legal das autarquias. A CDU fá-lo-á. Ain-da assim, penso que o ano ficará marcado pela ausência de outra candidatura com probabilidades vencedoras, que parece ter criado na maioria inesperada uma urgên-cia de afirmação, sentida na nova Marca, no excesso de publicidade e de festa, mas não, para já, em medidas estruturantes e de cria-ção do emprego prometido.”

Até ao fecho da edição, o Vivacida-de não conseguiu obter declarações da vereadora Maria João Marinho.

“Vamos apresentar nas próximas semanas um projeto para criar 35 quilómetros de ciclovias até ao final de 2016”

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Política: Baguim do Monte

27VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Freguesia de Baguim do Monte comemora29.º aniversário com votos de louvor

Vinte e nove anos depois da criação da freguesia de Baguim do Monte, a data foi comemorada no Centro Social e Paroquial de Ba-guim, com cerca de uma centena de pessoas a assistir à cerimónia.

Nuno Coelho, presidente da Junta, inaugurou a sessão solene lembran-do a “luta pacífica” dos baguinenses e o importante apoio da Câmara de Gondomar na hora de criar a fre-guesia.

“Em 1985, a Câmara Munici-pal de Gondomar não dificultou a criação da freguesia de Baguim do Monte, pelo contrário, até a incen-

tivou”, disse Nuno Coelho.O autarca salientou as prin-

cipais valências da freguesia e destacou o início da construção do Centro de Saúde – que espera ver concretizada até ao final do mandato - e a instalação de uma delegação da Cruz Vermelha em Baguim.

Nuno Coelho aproveitou a pre-sença de Marco Martins e pediu ao autarca para disponibilizar duas escolas primárias desativadas, uma para a Cruz Vermelha e outra para a criação de uma nova Casa da Ju-ventude.

O presidente da Câmara de Gondomar prometeu estudar o pe-dido e congratulou a freguesia pe-los “muito importantes” 29 anos de Baguim do Monte.

Baguinenses distinguidos pela freguesia

Em noite de festa, foram atri-buídos três votos de louvor e quatro medalhas de mérito pela freguesia de Baguim do Monte. A Paróquia de Baguim recebeu a medalha de honra, entregue ao Padre Lucindo Silva, por Nuno Coelho e Marco Martins.

“Eu gostaria de ser como jesus e fazer milagres, porque temos

muitas pessoas nesta freguesia e um grande número de pedidos, mas infelizmente não consegui-mos ajudar toda a gente”, afirmou Lucindo Silva.

O humorista Fernando Rocha e o promissor futebolista André Silva, também foram homenagea-dos pela freguesia. Ivo Rodrigues, Nelson Araújo, Fernando Moreira e Carlos Graf, também receberam distinções. n

A 4 de outubro realizou-se no Centro Social e Paroquial de Baguim do Monte, a sessão solene do 29.º aniversário da freguesia. Para comemorar a data, a Junta distinguiu alguns baguinenses de mérito.

Texto: Pedro Santos Ferreira

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Daniel Vieira: uma vida agitada entre Fânzeres e S. Pedro da Cova

O relógio do carro de Daniel Vieira marcava nove horas e dois minutos quando o automóvel ini-ciou a sua marcha rumo ao edifício da Junta de Freguesia de S. Pedro da Cova. Com a nova gestão ter-ritorial e a necessidade de dividir o seu trabalho nas duas freguesias da mesma união, o autarca come-ça, por norma, o dia em Fânzeres e termina-o em S. Pedro da Cova. Contudo, tendo em conta que re-side em S. Pedro da Cova, Daniel Vieira reúne-se com o pessoal da Junta mais próxima a fim de lhes dar instruções para o resto do dia, mas antes de chegar à Junta de S. Pedro toca o telemóvel. A primeira das cerca de 100 chamadas que re-cebe diariamente.

“Não tenho propriamente uma rotina”, afirma Daniel ao entrar na divisão de obras de S. Pedro da Cova. Recebido por uma equipa de funcionários da Junta, as pri-meiras instruções do dia vão para Quim e Queirós, funcionários, que explicam ao presidente a ordem de trabalhos para o início de sema-

na. Após a distribuição de tarefas o autarca segue para a zona onde muito recentemente se iniciaram os trabalhos para a remoção de resíduos. “É uma passagem obriga-tória. Passo sempre aqui de manhã para perceber se há evolução”, refe-re Daniel.

Já em direção à Junta de Fân-zeres, onde faz questão de passar a manhã, o presidente comenta o

resultado eleitoral das eleições pri-márias do PS que ditam a atualida-de noticiosa a 29 de setembro [data da reportagem]. “A verdade é que António Costa chegou e apareceu como um político sem defeitos. Se calhar ninguém pensava que ele ia ganhar como ganhou. Até agora foi um passeio, mas que vai ter que mostrar aquilo que vale”, afirma o comunista, enquanto ouve o noti-

ciário da Antena 1.No gabinete da Junta de Fre-

guesia a primeira tarefa é uma exaustiva consulta de emails e das atualizações do Facebook, uma ferramenta “cada vez mais im-portante”, na opinião do autarca. “Diariamente chegam várias men-sagens a reportar problemas nas duas freguesias”, explica Daniel ao Vivacidade. A gestão da pági-

na da União é também feita pelo presidente, que informa a popula-ção dos eventos organizados pelas duas Juntas.

Na ordem do dia está também a preparação da aprovação de contas à Assembleia de Freguesia, agendada para o final da noite, em Fânzeres. “As contas estão estáveis e não devemos dinheiro aos nossos fornecedores. Isto deve-se a uma boa execução orçamental porque gosto de gerir com tranquilidade e nunca terminei um ano sem ter as faturas liquidadas. As autarquias endividadas raramente são comu-nistas”, esclarece.

Sobre a relação com a Câmara Municipal, Daniel garante que a proximidade é necessária e “as re-lações são importantes”. “Há uma relação diária com a CMG. Muitas vezes para a resolução dos proble-mas das populações não nos pode-mos opor politicamente. No man-dato anterior, quem tinha a relação com os presidentes de junta era o vice-presidente. Agora é o presi-dente e a relação é mais direta”, su-blinha. No entanto, Daniel Vieira admite que é “cedo para avaliar” o trabalho desenvolvido pelo novo executivo camarário.

No dia em que festeja um ano de mandato, o presidente é cha-mado a assistir a um aluimento de passeio, na fronteira de S. Pedro da Cova com Jovim. Pelo caminho, vai falando dos seus gostos mu-sicais e destaca Sérgio Godinho, Zeca Afonso, Deolinda e alguns discos de música clássica, como banda sonora das suas viagens de carro.

Chegado à Zona Industrial de S. Pedro da Cova, o autarca depara--se com uma queixa de um indus-trial que pode traduzir-se numa situação de perigo para os peões. “O passeio aluiu e temos que no-tificar o proprietário para limpar o terreno. Contudo, a situação vai ser comunicada à Proteção Civil da Câmara, mas a Junta vai resol-ver o problema”, diz ao Vivacidade. Problema resolvido, é hora de fazer uma pausa para o almoço.

Durante um dia, o Vivacidade acompanhou a rotina de Daniel Vieira, um dos mais jovens autarcas do país, responsável pela gestão de uma das únicas Uniões de Freguesia da CDU no norte de Portugal. O autarca gere um território com mais de 40 mil pessoas e divide os seus dias entre a resolução de problemas de Fânzeres e São Pedro da Cova.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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Política: Um dia com o presidente de Junta de Freguesia

Pedro Santos Ferreira

> O presidente é responsável pela gestão da página do Facebook da União das Freguesias

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Política

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Daniel Vieira: uma vida agitada entre Fânzeres e S. Pedro da CovaDurante um dia, o Vivacidade acompanhou a rotina de Daniel Vieira, um dos mais jovens autarcas do país, responsável pela gestão de uma das únicas Uniões de Freguesia da CDU no norte de Portugal. O autarca gere um território com mais de 40 mil pessoas e divide os seus dias entre a resolução de problemas de Fânzeres e São Pedro da Cova.

Tarde passada em S. Pedro da Cova

Depois do almoço é tempo de visitar novamente o decorrer dos trabalhos de remoção dos resíduos perigosos. “Esta é a maior luta da minha vida e tirou-me o sono mui-tas vezes. É um orgulho ver este trabalho em andamento”, refere Daniel, antes de regressar ao gabi-nete da Junta de S. Pedro da Cova.

O processo de remoção de resí-duos perigosos vai ser um trabalho de 24h por dia, que irá decorrer sobretudo durante a noite, numa operação que envolve a deslocação contínua de 40 camiões cheios e 40 camiões vazios, a entrar e sair da freguesia. Segundo o autarca, a única parte positiva de todo este processo terá a ver com o aluguer de casas e o aumento da procura na restauração local, com a vinda dos trabalhadores para a remoção dos resíduos.

Às 14h03 o autarca já atendia a enésima chamada do dia, antes da primeira reunião da tarde. Um dos papéis de um presidente de Junta é ouvir os cidadãos e os seus pro-blemas. “Um problema relaciona-do com o setor da habitação foi o tema da audiência”, confidencia.

Cerca de uma hora e meia de-pois, nova saída da Junta, desta vez rumo a S. Cosme, onde está agendada uma reunião com os camaradas de partido, no Centro de Trabalho da CDU. A reunião durou cerca de uma hora, antes de Daniel Vieira regressar à freguesia mineira.

Seguia-se uma tarde passada na Junta mas não sem antes passar pela Escola EB 2,3 de S. Pedro da Cova, onde iria devolver um equi-pamento escolar à biblioteca do estabelecimento de ensino. “É um presidente trabalhador, prestável e dedicado, que vem visitar-nos com alguma frequência e que sugere atividades e livros para a nossa coleção”, afirma Fernanda Duarte, professora e bibliotecária da esco-la. No que diz respeito à leitura, Daniel Vieira confessa que é aman-te da poesia. O regresso à Junta é para tratar de alguns assuntos pen-dentes e concluir a preparação da Assembleia de Freguesia, prevista para as 21h30, em Fânzeres.

O dia terminou numa Assem-bleia de Freguesia, em Fânzeres, onde se discutiu o relatório de contas com as restantes forças po-líticas.

“Conseguimos ter a noção dos problemas de várias famílias”

Para Daniel Vieira, ser pre-sidente de Junta envolve uma “grande proximidade com as pessoas”. O autarca admite que não há relação mais próxima entre um político e um cidadão e acredita que ser presidente de Junta, “ajuda à compreensão da

realidade, sobretudo aos políti-cos que não saem de Lisboa”.

Com a reforma da adminis-tração local, Daniel passou a ge-rir um território alargado com o dobro da população de S. Pedro da Cova. “Neste primeiro ano ti-vemos que fazer um trabalho de base para uniformizar as regras e procedimentos das duas fregue-sias. A grande vitória deste man-

dato é a remoção dos resíduos perigosos de S. Pedro da Cova. Além disso, reduzimos as taxas praticadas em Fânzeres e dina-mizamos a freguesia”, recorda o político.

Futuro passa pela tese de doutoramento

Na hora de projetar o futuro, o presidente reserva-se para a tese de doutoramento na Univer-sidade de Aveiro, na qual acaba de inscrever-se. “Neste momen-to estou disponível para a vida política mas também há outras coisas que quero fazer, nomea-damente no plano académico”, revela.

Quanto à possibilidade de vir a candidatar-se à presidência da Câmara de Gondomar, em 2017, Daniel refere que não tem esse objetivo. “Essa questão não foi colocada, mas para já estou dis-ponível para estar na política a tempo inteiro”, conclui.

Por enquanto, Daniel pro-mete continuar a dividir a sua vida entre Fânzeres e S. Pedro da Cova, confiante que o apoio dos cidadãos das duas freguesias são uma motivação diária para a exigente tarefa que tem um pre-sidente da Junta. n

> Daniel Vieira controla diariamente o processo de remoção dos resíduos perigosos em S. Pedro da Cova

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Desporto

“Os primeiros atletas da equi-pa eram juniores e pertenciam ao grupo coral do FIDES – Orfeão de Valbom. Entretanto as pessoas co-meçaram a vir ter connosco e, em 1997, realizou-se o primeiro jogo oficial do FIDES Gondobasket”, começa por recordar Hélder Cos-ta, fundador do projeto.

Dezassete anos depois, o clube tem várias equipas masculinas e femininas em competição na Liga de Basquetebol do Inatel, na Asso-ciação Basquetebol do Porto e na Federação Portuguesa de Basque-tebol.

A equipa de seniores masculi-nos disputa pela primeira vez o II Campeonato Nacional da 1ª Divisão Masculina, inseridos no grupo Centro/Norte, da Zona Nor-te.

Hélder Costa, responsável pelos primeiros passos do

clube, mostra-se satisfeito com o rápido crescimento do FIDES e a grande adesão dos jovens gondo-marenses. “Quando comecei este projeto não tinha noção que po-deríamos chegar a este nível tão depressa. Ainda não podemos di-zer que temos uma mística própria mas estamos a cultivar essa identi-dade, porque já temos atletas com oito ou nove anos de FIDES”, re-fere o treinador da equipa sub-14

feminina.É o caso de

Pedro Fontes, que acumula as tarefas de

j o g a -

dor e treinador em simultâneo. “Joguei em todos os escalões do clube e a partir dos sub-16 fui con-vidado para ser treinador princi-pal das equipas sub-10 e sub-12”, diz ao Vivacidade.

Para o basquetebolista os principais objetivos da época 2014/2015 passam por alcançar o título no escalão sub-18 e deixar uma boa imagem na Campeonato Nacional da 1ª Divisão Masculi-na, apesar do pouco tempo d i s p on íve l para treinar. “G o s t a r í a -mos de ter mais

tempo para treinar, porque temos a necessidade de fazer mais com menos tempo. As nossas equipas treinam em meio campo mas

jogam em campo inteiro, por isso estamos em

desvantagem”, refere Pedro Fontes.

O diretor de equipa, Augusto Santos, concor-da com o atleta

e enaltece o es-

forço da equipa para superar todas as dificuldades. Sem esquecer as vitórias o responsável pela gestão da equipa salienta a “formação de atletas e pessoas”, como o principal objetivo do clube.

Os cerca de 140 atletas do FI-DES Gondobasket treinam todas as segundas, quartas e sextas, no pavilhão da Escola Secundária de Valbom, onde disputam os jogos das várias competições em que es-tão inseridos. n

FIDES Gondobasket quer ser referênciano basquetebol gondomarense Surgiu em 1997, integrado no FIDES – Orfeão de Valbom, como um projeto criado por um grupo de amantes de basquetebol. Atualmente, o FIDES Gondobasket representa o concelho no Campeonato Nacional da 1ª Divisão Masculina e tem cerca de 140 atletas a marcar pontos na modalidade.

> Hélder Costa, fundador da equipa

ESCLARECIMENTO

Ao abrigo do Artigo 24. da Lei da Imprensa, Jaime Mirancos, Francisco Jesus, Serafim Jesus e José Costa, exercem através desta carta o direito de resposta sobre a notícia do Vivacidade “Juventus da Triana Futebol Clube: “São 40 anos de muita luta e crescimento””, publicada na edição 98, setembro 2014.

1 - A Juventus da Triana foi fundada há 40 anos por quatro jovens trabalhadores com idades entre os 14 e 17 anos e não por garotos de rua, como por lapso ou ignorância é referido no artigo;

2 - No rectângulo (caixa) introduzido no artigo acima referenciado fala-se numa homenagem ao nosso querido e grande obreiro deste clube, Manolito, e a atletas e antigos dirigentes. Aqui, mais uma vez, o artigo não está correto porque no pavilhão onde a suposta homenagem foi feita não se encontravam nem antigos atletas nem antigos dirigentes, por falta de conhecimento ou por desleixo de quem a organizou;

Jaime Fernando Pinto MirancosFrancisco da Silva JesusSerafim da Silva JesusJosé Alfredo da Silva Costa

Ao abrigo do Artigo 26. da Lei da Imprensa, o Vivacidade esclarece:

1 - A referência aos “garotos de rua”, como indicam os autores do direito de resposta, corresponde a uma afirmação do atual presidente do Juventus da Triana Futebol Clube, José Abreu;

2 – As informações introduzidas na caixa de texto “Homenagem lembrou Manolito e referências do clube”, foram igualmente confirma-das pelo presidente do Juventus da Triana Futebol Clube;

Quaisquer esclarecimentos adicionais deverão ser confirmados com a fonte oficial da notícia, José Abreu.

Vivacidade,

Gondomar, 23 de outubro, 2014

> Pedro Fontes, jogador e treinador do FIDES

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Desporto: Atletismo

“A corrida cumpriu as nos-sas previsões no que se refere à participação de pessoas, não ocorreu qualquer incidente a re-gistar e todos se divertiram pelo que julgo que o balanço só pode ser positivo”, refere Nuno Fonse-ca, um dos presidentes da Junta envolvidos. Na organização da corrida não foi só Rio Tinto que esteve envolvido mas também Fânzeres e S. Cosme.

Para além da Junta e das

Uniões de Freguesias, a empre-sa EventSport foi quem mais se envolveu na organização e Car-los Ferreira, o responsável pela mesma, falou também ao Vivaci-dade. “Estávamos à espera de um número de participantes mais elevado, mas tendo em conta o número de provas que se reali-zaram hoje foi muito positivo”, afirma o organizador. “Penso que esta prova tem todas as condi-ções para se manter no próximo ano. É uma prova muito exigente mas que ainda tem uma grande margem de progresso. O meu ob-jetivo era ter aqui 1500 pessoas”,

acrescenta ainda Carlos Ferrei-ra. O presidente da Junta de Rio Tinto, que acompanhou a prova desde a sua partida na freguesia, partilha da mesma opinião. “O objetivo inicial foi sempre o de consolidar este evento e realizá--lo anualmente, pelo que consi-derando a forma como decorreu e a satisfação de todos, só pode-mos mesmo assegurar que em Outubro de 2015 lá estaremos a correr e a caminhar. Os moldes da corrida em princípio serão os mesmos, mas ainda estamos ava-liar e a projetar o próximo ano”, explica. n

Corrida da República envolveu três freguesias e promete voltar para o anoA organização faz um balanço “muito positivo”. Ao todo, a Corrida da República juntou 900 pessoas de várias zonas do concelho, país e até estrangeiros. O objetivo? Correr 10 quilómetros ou caminhar cinco.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

Na corrida

André Pereira:“Teve um significado especial ganhar a prova na minha terra, no local onde eu treino. Se nada me impedir vou voltar a representar o meu clu-be na minha terra.”

Na corrida

Sofia Teixeira:“Foi uma prova muito boa. Não estou habi-tuada a fazer provas de 10 quilómetros, mas foi uma boa prova.”

Na caminhada

Aurora Castro e Inês Torres:“Viemos correr juntas e foi a primeira vitória. Conse-guimos fazer a prova em menos de meia-hora e para uma primeira experiência foi muito bom. Esperamos repetir a prova nos 10 quilómetros.”

Os vencedores:

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Vítor Teixeira foi o grande vencedor do Trail das Nozes. O atleta conquistou o primeiro pré-mio na categoria trail longo, após percorrer 23 quilómetros trilhos e caminhos marcados entre a serra do Castiçal e a ser-ra das Flores, em Gondo-mar. Dinis Gonçalves e João Nunes completaram

o pódio, no 2.º e 3.º lugar, respeti-vamente. Lucinda Sousa foi a pri-meira atleta feminina a chegar à meta, no Multiusos de Gondomar.

No trail curto, com 12 quiló-metros, Bruno Silva e Sofia Gon-çalves foram os primeiros classifi-cados.

O Trail das Nozes contou também com uma caminhada de seis quilómetros e um

trail dos pequeninos, realizado no dia

4 de outubro.“Ver este resultado final deixa-

-me orgulhoso do trabalho que fizemos. O evento envolve uma grande logística, mas todas as difi-culdades foram ultrapassadas. Ti-vemos uma boa adesão à prova e no

total contamos com cer-ca de 800 atletas,

no conjunto de todas as moda-lidades”, diz Luís Pereira, organi-zador da prova.

Sem promessas quanto à con-tinuidade do Trail das Nozes, o ul-tramaratonista promete fazer o ba-lanço do evento e ter em conta os pedidos dos atletas inscritos para a realização de uma nova edição.

No final, Telmo Viana, presi-dente do Gondomar Fut-

sal Clube, salientou a importância do nome da prova, numa al-tura em que se ce-lebram as Festas

do Concelho.

“Fizemos questão de entregar a to-dos os participantes uma saca com nozes, a propósito da romaria do Rosário. Conseguimos atrair cen-tenas de pessoas que movimentam a economia do concelho e para nós isso também é gratificante”, refere.

A avaliar pelas opiniões dos atletas, no próximo

ano o Trail das Nozes regressa a

Gondomar. n

Trail das Nozes com 800 atletas na 1ª ediçãoNo dia 5 de outubro, cerca de 800 pessoas participaram no 1.º Trail das Nozes de Gondomar. A prova organizada por Luís Pereira em colaboração com o Gondomar Futsal Clube promete regressar em 2015.

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Desporto: Atletismo

Vítor Teixeira, 42 anos, Santo Tirso –vencedor Trail Longo (23 km’s):

“Faço trail há quatro ou cinco meses e está a correr muito bem. Foi um grande orgulho par-ticipar nesta prova e ser padrinho da primeira edição. Este trail tem tudo para crescer e pode tornar-se uma referência a nível nacional.”

Lucinda Sousa, 43 anos, Gondomar – vencedora Trail Longo (23 km’s):

“Vencer o trail na minha terra é muito especial. O percurso estava muito bem marcado e foi uma prova sem falhas. Estão reunidas as condi-ções para uma 2ª edição.”

Sofia Gonçalves, 17 anos, Vila Nova de Gaia – vencedora Trail Curto (12 km’s):

“Achei que a prova está muito bem organizada e devo regressar para a 2ª edição.

Bruno Silva, 37 anos, Santo Tirso –vencedor Trail Curto (12 km’s):

“O trilho estava muito bem sinalizado e os atle-tas demonstraram uma camaradagem fantásti-ca. Valeu a pena participar.”

> A partida deu-se no Multiusos de Gondomar > Pódio do Trail Longo

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Desporto

O Complexo Desportivo de Valbom acolheu no dia 19 de ou-tubro uma iniciativa com vista a conceber a maior aula de Zumba do mundo.

Com a vigilância da Guinness World Records, a empresa Fama Produções, o artista Márcio Con-forti e a Câmara Municipal de Gondomar uniram-se com o ob-

jetivo de animar a manhã e juntar o máximo de pessoas possível para bater o recorde. A ideia partiu de um grupo de professores do Por-to para tentar bater o recorde do Guinness que registava uma aula para 6671 participantes em Hyde-rabad, na Índia.

A meta, ao que tudo indica, foi conseguida e confirmada pela or-ganização com um total de 7321 pessoas a participarem no aconte-cimento.

Na página do Facebook da or-ganização várias foram as críticas negativas feitas à empresa, quer de-vido à instalação do som como no que diz respeito ao transporte das pessoas envolvidas no evento.

Apesar da confirmação por par-

te da organização e da informação veiculada em órgãos de comunica-ção social nacionais, o sítio da In-ternet do Guinness World Records aponta como recorde da maior aula

de zumba, um acontecimento regis-tado em Cebuzin, nas Filipinas com 8232 pessoas a participarem na aula, a 18 de outubro deste ano, um dia antes da iniciativa gondomarense. n

Confusão na atribuição do recordepara a maior aula de ZumbaA 19 de outubro Gondomar entrava uma vez mais para a lista do livro de recordes mais famoso do mundo com a maior aula de Zumba do Mundo. Ou talvez não. O sítio oficial da Guinness World Records atribui o recorde à localidade Cebuzin, nas Filipinas e instala-se a confusão.

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Desporto: Andebol

Estando já apurados para a fi-nal-four da Taça da Associação de Andebol do Porto, os seniores do Gondomar Cultural venceram, até agora, todos os jogos do apuramen-to. “O sonho agora é a Taça de Por-tugal”, explica Paulo Pereira, diretor e responsável máximo do departa-mento Andebol Sénior do Gondo-mar Cultural, visto que a equipa acabou de vir “de uma eliminatória onde venceu o SVR Benfica por 16-35 e agora no sorteio saiu uma ex-celente equipa da 2ª Divisão Nacio-nal, a Académica de São Mamede”.

Com objetivos traçados, Pau-lo Pereira ambiciona um caminho

mais longo. “O nosso projeto é no prazo de cinco anos estarmos ao mais alto nível no andebol, ou seja, a 1ª Divisão Nacional.” Para isso conta com “uma equipa coesa e unida deixando de lado o que mui-tas equipas querem, as vedetas ou nomes sonantes, e reforçando com atletas de experiência”, explica ao Vivacidade.

“A prestação da equipa tem sido

fabulosa, fizemos uma pré-época fora de portas nomeadamente com equipas de escalão superior [2ª Di-visão Nacional] e vencemos vários jogos”, refere o dirigente. “Iremos fazer tudo por tudo para subirmos esta época já para a 2ª Divisão Na-cional”, afirma Paulo Pereira.

O treinador Miguel Solha partilha a opinião do diretor elogiando a prestação da equi-

pa sénior. “Têm-se comportado extremamente bem. É um grupo fantástico e trabalhador”, declara o técnico.

Até à subida para a 2ª Divisão, o treinador espera conseguir supe-rar algumas dificuldades, nomea-

damente “alguma falta de apoio por parte de patrocinadores em relação ao clube”. “Estamos todos a trabalhar e a corrigir erros do pas-sado para que este clube se torne uma referência da cidade de Gon-domar”, aclara Miguel Solha. n

Gondomar Cultural quer chegar à 1ª divisão de andebol em cinco anosA equipa sénior de andebol do Gondomar Cultural pretende alcançar a 1ª divisão. A meta projetada para cinco anos, foi confirmada ao Vivacidade, pelo diretor, Paulo Pereira, e treinador, Miguel Solha.

Texto: Ricardo Vieira Caldas

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> Na foto: Paulo Pereira, diretor da equipa sénior de Andebol do Gondomar Cultural

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Desporto: Ciclismo

Manuel Rocha, presidente da Assembleia Geral do Centro Ci-clista de Gondomar, é o membro mais antigo da atual direção do clube. De memória afiada e histó-rias do tempo em que a associação competia e conquistava troféus com as equipas de ciclismo e atle-tismo, o dirigente recorda a funda-ção do Centro Ciclista de Gondo-

mar, na freguesia de Valbom.“A associação nasceu em Car-

regais, Valbom. Não sabemos ao certo quantas pessoas fundaram o Centro Ciclista, mas achamos que foram quatro. Como dois dos fundadores eram do Taralhão, o Centro mudou-se para aqui [Ta-ralhão], em 1934”, recorda Manuel Rocha.

Em 80 anos muita coisa mu-dou e o clube é hoje detentor de uma sede invejável, inaugurada em 2008, na Avenida da Condu-

ta. No entanto, para trás ficaram as equipas de ciclismo e atletismo que tantos títulos deram à coleti-vidade.

Entre os vários atletas forma-dos pela Centro Ciclista, Paulo Ferreira e Cosme de Oliveira são os nomes mais sonantes de um clube formado por “malta que sempre gostou do ciclismo”.

“Somos conhecidos a nível nacional e temos um grande peso no concelho. Neste momento é a equipa de BTT que leva o nosso

nome a Portugal inteiro”, diz Jorge Silva, presidente da direção.

Hoje o Centro Ciclista de Gon-domar não tem uma equipa de ci-clismo profissional, mas para 2015 existe uma ambição de retomar a competição na modalidade. “Se criarmos uma equipa queremos assegurar um projeto com duração de longo prazo, mas neste momen-to está muito difícil porque ainda não é possível viver do ciclismo em Portugal, apesar do concelho reunir boas condições para andar

de bicicleta e o número de prati-cantes ter vindo a aumentar”, refe-re o presidente.

Atualmente, o Centro Ciclista tem 350 sócios e cerca de 60 atletas a competir em três modalidades: futebol, bilhar e BTT.

A coletividade é também res-ponsável pela organização do Grande Prémio do Taralhão, uma das principais referências do clu-be. A prova já vai na 46ª edição e promete continuar a trazer o ci-clismo a Gondomar. n

Centro Ciclista de Gondomar celebra80 anos a pedalar pelo paísÉ uma das principais coletividades do concelho e uma referência do ciclismo nacional. Em 2014, o Centro Ciclista de Gondomar celebra o 80.º aniversário com ambições renovadas para o próximo ano. Equipa de ciclismo de estrada volta a ser equacionada pela direção do clube.

Texto: Pedro Santos Ferreira

Estatuto de Instituição de Utilidade Pública

Em 1986, Cavaco Silva atribuiu o estatuto de Instituição de Utilidade Pública ao Centro Ciclista de Gondomar. Jorge Silva encara o estatuto como uma “responsabilidade extra” para a coletividade.

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> A direção do Centro Ciclista de Gondomar para o biénio 2015-2016

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Desporto

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EquipaOliv. DouroSC Rio TintoS. MartinhoRebordosaLixaValadares de GaiaVila MeãGensAliados de LordeloLeçaAD GrijóAliança de GandraVarzim BParedesCandalSerzedoUD ValonguensePerafitaPadroenseS. Pedro da Cova

Pontos20161615151513131212111098777742

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EquipaSalgueiros 08SousenseCinfãesSC CoimbrõesLusitânia LourosaGondomarSobradoFC Pedras RubrasSp. EspinhoMoimenta da Beira

Pontos14131110986643

Campeonato Nacional de Séniores - Série C

Divisão Pro-EliteNacional - AF Porto

Próximos JogosJornada 726 OutubroMoimenta da Beira - GondomarCinfães - Sousense

Próximos JogosJornada 926 OutubroGens - Oliv. DouroSC Rio Tinto - Valadares de GaiaS. Martinho - S. Pedro da Cova

Tabela Classificativade Futebol/Futsal

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EquipaSportingBenficaSC BragaCascaisSL OlivaisModicusBurinhosaPóvoa FutsalAD FundãoLeões Porto SalvoBoavistaRio AveBelenensesUnidos Pinheirense

Pontos181613121010109974310

Liga SportZone - Futsal

Próximos JogosJornada 726 OutubroUnidos Pinheirense - Póvoa Futsal

Vitória para os benfiquistas no jogo inaugural do Multiusos com o PinheirenseO Futebol Clube Unidos Pinheirense disputou, a 8 de outubro, a 5.ª jornada antecipada do Campeonato Nacional de Futsal. O SL Benfica foi o visitante naquele que foi, este ano, o jogo de futsal inaugural para o Multiusos de Gondomar.

Com cerca de três mil pessoas a assistir ao Pinheirense–Benfica, Marco Vigário, presidente da equi-pa de Valbom, lamentou o resulta-do mas ficou agradado com a uti-lização do pavilhão Multiusos para o jogo da 5ª jornada. “Foi uma grande promoção para o futsal no concelho e a equipa bateu-se bem. Este é um magnífico pavilhão que havia de ser mais utilizado pelo futsal e por outras modalidades. Foi pena o resultado”, proferiu o dirigente.

“A vitória esteve sempre no nosso pensamento”

Carlos Machado, treinador do Unidos Pinheirense, explicou ao Vivacidade que “a diferença entre as duas equipas podia, à partida, indiciar um resultado como sen-do normal”. Com a preparação e o decorrer do jogo, “a mensagem foi passando para os atletas” e a vitória “esteve sempre no nosso pensamento”, garante o treinador, “mesmo sabendo das dificulda-des que iríamos encontrar e pro-va disso é a excelente primeira parte que fizemos”, referiu.

De resto, “foi um bom jogo em que no final ganhou a equi-

pa mais experiente e que melhor aproveitou os erros do adversá-rio”, avaliou o técnico. “Entramos algo nervosos, mas após o nosso 1.º golo conseguimos a serenida-de para aguentar a vantagem até 50 segundos do final da 1ª par-te. Foi um jogo em que, espero

eu, tenhamos ganho maturidade para encararmos os jogos se-guintes com mais tranquilidade e conseguirmos os nossos obje-tivos.”

O próximo jogo do FC Uni-dos Pinheirense no Multiusos será com o Sporting CP. n

Texto: Ricardo Vieira Caldas

GDC de Fânzeres apresenta escalões de hóquei para 2014/2015O Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres apresentou a 4 de outubro todos os escalões de hóquei em pa-tins – exceto a equipa de seniores – aos sócios e simpatizantes da equipa fanzerense.

Os atletas Bambis, Infantis, Ini-ciados, Juvenis, Juniores e Seniores Femininos do Grupo Desportivo e Coral de Fânzeres apresentaram-se aos sócios no dia 4 de outubro, no pavilhão do clube, numa cerimónia que contou também com a equipa

de patinagem artística.“As nossas expectativas nunca

são muito altas mas temos escalões em que esperamos atingir as pri-meiras divisões nacionais”, afirma Miguel Leal, presidente da direção do GDC de Fânzeres.

Para o dirigente, o principal ob-jetivo passa por chegar o mais longe possível na 2ª divisão nacional e na Taça de Portugal. “Garantir a ma-

nutenção é a nossa principal priori-dade, mas este ano vamos defrontar equipas muito competitivas”, refere o presidente.

O clube atravessa uma situa-ção financeira delicada e está por isso aberto a grandes e pequenos patrocínios nas camisolas e no pa-vilhão desportivo, que sofreu uma remodelação durante o verão. Uma nova pintura exterior, colocação de

vidros, entre outros trabalhos ne-cessários, deram ao GDC de Fânze-res um recinto renovado para esta época.

No dia 25 de outubro, pelas 18h30, a equipa sénior do clube desloca-se a Marco de Canaveses, para defrontar o Hóquei Clube do Marco, a contar para a 6ª jornada do Campeonato Nacional II Divi-são, da Zona Norte. n

Texto: Pedro Santos Ferreira

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> O Multiusos foi palco do encontro entre o Pinheirense e o Benfica

Page 37: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

Confeitaria Carvalho comemora um ano a 1 de novembroO número 310 da avenida da Carvalha, em Fânzeres, festeja a 1 de novembro, um ano de existência com a nova gerência. A Confeitaria Carvalho destaca-se pelo espírito empreendedor que emana há quase um ano.

A comemoração de um ano de existên-cia da Confeitaria Carvalho, em Fânzeres, é já no primeiro dia de novembro e estão to-dos convidados.

A nova gerência decidiu celebrar este ano um ano de vida do estabelecimento e ,de acordo com os responsáveis da Confeita-ria Carvalho, “reina a alegria e satisfação de clientes e comerciantes em geral pela energia

e vivacidade que trouxeram para este local”.“Em virtude da nossa juventude e em-

preendedorismo conseguimos dinamizar melhor esta zona comercial por excelência”, acrescentam os responsáveis.

Para a gerência, “tem sido enorme o nos-so sucesso neste primeiro ano” e os respon-sáveis agradecem uma visita à Confeitaria Carvalho. n

37VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Empresas & Negócios

Águas de Gondomar galardoada com dois prémios no Congresso Mundial da Água A Águas de Gondomar SA integrou o Programa de Gestão Patri-monial de Infraestruturas (PGPI), desenvolvido pela Adminis-tração e Gestão de Sistemas Salubridade (AGS) em coordenação com a Iniciativa Nacional para a GPI e projeto AWARE-P, ten-do sido premiado internacionalmente com o Project Innovation Award (PIA) e International Muelheim Water Award (IWA).

Os prémios foram entregues a 24 de se-tembro numa cerimónia enquadrada no Con-gresso Mundial da Água [IWA, Lisbon 2014], que decorreu no expositor da ERSAR e regis-tou um elevado nível de adesão dos visitantes e congressistas. Os galardões visam reconhecer a excelência e inovação em projetos de engenha-ria hidráulica em todo o mundo e de destaque

na investigação e/ou implementação de con-ceitos inovadores que contribuam para uma melhoria da gestão da água na Europa.

A Águas de Gondomar obteve os prémios de Capacitação da Equipa e Multisserviços demonstrando desta forma o reconhecimento do trabalho desenvolvido por toda a equipa do projeto. n

Page 38: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

38 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Empresas & Negócios: Iniciativa do empresário Casimiro Pereira

Mega espaço da Gondolândia Park acolheuaula de lançamento de Zumba FitnessMais uma iniciativa de sucesso. Assim se pode definir, em poucas palavras, a aula de lançamento de Zumba Fitness, realizada no passado dia 19 de Setembro, no mega espaço da Gondolândia Park, que contou com a participação de cerca de duas centenas e meia de pessoas. Um evento que proporcionou aos participantes cerca de duas horas de divertimento e manutenção da forma física e que foi levado a cabo pelo líder do Grupo Casimiro Pereira, que engloba as empresas Fábrica de Estores de Gondomar, Gondolândia Park e Centro Hípico da Gondolândia.

Quando uma iniciativa é apre-sentada com qualidade, bom gos-to, profissionalismo e dispõe das condições ideais, é certo e sabido que o sucesso está garantido. Foi o que aconteceu no passado dia 19

de setembro, na aula de lançamen-to de Zumba Fitness, realizada no mega espaço da Gondolândia Park, que contou com a partici-pação de cerca de duas centenas e meia de participantes.

Outra coisa não seria de espe-rar desta iniciativa levada a cabo pelo empresário Casimiro Pereira, que surpreendeu tudo e todos, ao realizar a aula de lançamento de Zumba Fitness no parque de di-

versões da Gondolândia Park. O mega espaço da Gondolân-

dia Park, totalmente diferente da-queles onde habitualmente se rea-lizam as aulas de Zumba, tem uma vantagem adicional para os seus

frequentadores, pois enquanto os adultos se divertem a dançar, os filhos têm à sua disposição um ex-celente [o maior do norte do país] parque de diversões. Ali, adultos e crianças dispõem de todas as con-dições para um excelente diverti-mento.

De referir que as aulas de Zum-ba Fitness, que contam com uma instrutora permanente, decorrem todas as sextas-feiras, a partir das 21 horas, na Gondolândia Park, situada na Rua da Cal, 670, em S. Cosme. O custo de cada aula é de três euros, havendo descon-tos para quem se inscrever e tiver maior frequência. n

Page 39: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

Opinião: Vozes da Assembleia da República

39VIVACIDADE OUTUBRO 2014

O Novo Regime do Arrendamen-to Urbano de 2012 visou a dinami-zação do mercado do arrendamento, a criação de uma oferta de arrenda-mento a preços de mercado acessíveis, a diminuição do endividamento das famílias, o aumento da mobilidade dos cidadãos e dos trabalhadores, a agilização e a promoção da reabilita-ção urbana, a requalificação do edifi-cado e a revitalização dos centros das cidades e a dinamização das ativida-des económicas associadas ao setor da construção.

Contudo, este no novo Regime do Arredamento Urbano na sua aplica-ção, veio criar alguns constrangimen-tos que urgiam ser melhorados.

Assim, o Governo criou a Comis-são de Monitorização da Reforma do Arrendamento Urbano com vista a analisar e avaliar a aplicação da recen-te legislação sobre o Novo Regime do

Arredamento Urbano.Nesta sequência, as propostas de

alteração apresentadas pela CMRAU resultaram da ponderação das suges-tões realizadas pela referida comissão, visando responder às preocupações que lhes foram manifestadas pelas entidades envolvidas na execução da reforma.

Estas alterações não versam o regime aplicável aos contratos de ar-rendamento que se venham a celebrar no futuro, mas só incindem sobre o regime aplicável aos designados “con-tratos antigos”.

Assim, serão várias as alterações que irão surgir neste novo diploma que destacarei: o Dever de Informa-ção a transmitir ao arrendatário na comunicação do senhorio para atua-lização da renda; o arrendatário deixa de estar sujeito à comprovação anual de uma situação de deficiência econó-

mica e esta passa a ser exigível, ape-nas, a pedido do senhorio; o senhorio passa a poder aceder ao Banco Na-cional de Arrendamento e ao proce-dimento especial de despejo, mesmo que não consiga provar que pagou o imposto do selo, à data da celebração do contrato de arrendamento, desde que comprove que a liquidação de IRS ou do IRC, relativa aos últimos 4 anos, incluem as rendas relativas ao locado; clarifica-se que o procedi-mento especial de despejo, junto do Balcão Nacional de Arrendamento, também abrange as situações de de-núncia pelo senhorio, na sequência de um procedimento de atualização da renda, na falta de acordo das partes; há legitimidade do arrendatário para reclamar da avaliação fiscal; aumenta a proteção dos arrendatários habita-cionais portadores de deficiência; há a proteção dos arrendatários não habi-

tacionais com o alargamento do prazo contratual após o período transitório; há a proteção dos arrendatários não habitacionais com o alargamento do regime de proteção, sendo alargado o universo de arrendatários que podem invocar este regime: microempresas, pessoa coletiva de direito privado sem fins lucrativos e pessoa coletiva de di-reito privado sem fins lucrativos (com ou sem fins lucrativos) que prossiga uma atividade declarada de interesse nacional; há a proteção dos arrenda-tários não habitacionais - Regime da compensação por obras realizadas pe-los arrendatários; Surge o Regime de obras em prédios arrendados.

São estas as inovações (alterações) que irão fazer parte do NRAU.

O Governo, ao proceder a estas alterações do Novo Regime do Arre-damento Urbano, visa tornar este di-ploma mais eficaz. n

Ao contrário do que muitos espe-ravam do período pós-Troika, 2015 está longe de ser um ano melhor para os portugueses. O Orçamento do Es-tado para o próximo ano, apesar de todas as operações de maquilhagem, não engana.

Governo do “que se lixe as elei-ções”, deu mais uma volta de cento e oitenta graus e o que a forma como o OE e a reforma do IRS têm vindo a ser apresentados demonstra é que afinal as eleições contam a ponto de se ter encetado uma descarada campanha enganosa.

1. Sob a capa de uma pretensa bai-xa de impostos, anuncia-se que haverá uma redução do IRS, mas não de uma forma clara e transparente com uma diminuição dos descontos. Não. O que se anuncia é que uma parte des-te será devolvida no próximo ano se a nível da arrecadação e do combate

á fraude e fuga fiscal se atingir um re-sultado acima do previsto.

Passos Coelho tentou, assim, mi-norar o desconforto do seu parceiro de coligação, depois de este ter vindo a público dizer que é preciso baixar a carga fiscal e tenta criar nos portu-gueses a ilusão da diminuição dos im-posto. Uma solução verdadeiramente surpreendente ao estilo: prometemos antes das eleições e quem vier que pa-gue por nós.

Temos que reconhecer que apesar de não ter mérito, esta proposta não deixa de revelar imaginação e um ele-vado grau de desfaçatez. Sobretudo quando depois de fazermos as contas chegamos à conclusão que este or-çamento faz aumentar a carga fiscal sobre cada um de nós em aproxima-damente mais de 170€. Uma autêntica “banha da cobra”.

2. Outra medida insistentemen-

te repetida é aumento das reformas. Contudo, vermos um Governo que acabou com o Complemento Solidá-rio para Idosos - que garantia que ne-nhum idoso, sem outros recursos para lá da sua pensão, viveria abaixo do limiar da pobreza - fazer tanto alarde em torno de aumentos entre 70 cênti-mos e pouco mais de 2€ é algo verda-deiramente vergonhoso e que mostra bem a matreirice de quem tudo o que pretendo é tapar o sol com a peneira eleitoral.

3. Uma das bandeiras da coligação foi sempre a necessidade de mudar o paradigma económico, diminuindo o consumo interno e fazendo crescer as exportações. Se analisarmos as previ-sões inscritas neste orçamento verifi-camos que o crescimento estimado para o próximo ano é de 1,5% e que para este é feito à custa de um contri-buto em 1,2% do consumo interno e

em 0,3% das exportações. Fica, agora, definitivamente provada a falência da estratégia de inversão do modelo eco-nómico tantas vezes enunciada por este Governo.

4. Os funcionários públicos conti-nuarão a ver os seus salários reduzi-dos sem que, ao contrário do que se chegou a ser anunciado, se perspec-tive sequer uma reposição paulatina das progressões nas suas carreiras. Os hospitais vivem em estado de pré--ruptura, a segurança social está mui-to abaixo do limiar mínimo, as escolas vivem mergulhadas no caos e, entre-tanto, anunciam-se mais rescisões.

Afinal, para que é que serviram estes três anos de aperto de cinto se tudo continua na mesma e não se perspectiva qualquer mudança de rumo?

Venha um novo Governo porque este já só aguarda o seu enterro. n

As Inovações do Novo Regime do Arrendamento Urbano

O desaire e a campanha

Margarida AlmeidaPSD

Isabel SantosPS

O orçamento entregue na As-sembleia da República é um orça-mento realista, responsável, certa-mente não isento de críticas, mas com a mesma certeza não é um or-çamento eleitoralista.

Recordemos que, em 2009, o go-verno Sócrates, em ano eleitoral, fez trinta por uma linha para ganhar as eleições pela via orçamental: subiu os salários da Função Pública e bai-xou o IVA – o PS perdeu a maioria absoluta mas ainda assim conseguiu ser o partido mais votado. O país começaria com esse orçamento o caminho para a crise que rebentou

nas mãos do mesmo PS em 2011. Tivesse Sócrates tido a sensatez de nesse ano apresentar um orçamento realista e responsável, provavelmen-te teríamos evitado o pior dos últi-mos três anos.

É preciso que a história não se repita e como tal um Orçamento de responsabilidade é o que o país hoje precisa. E ainda assim é possível fa-zer o retorno das pensões abaixo de 4600€, reformar o IRS tornando-o mais amigo das famílias e perspeti-var o retorno de parte da sobretaxa de IRS em 2016 – que é aliás quando se apura o imposto a pagar.

Gostaríamos e mereceríamos, depois dos anos que passaram, ter mais alívio, nomeadamente ao nível dos impostos? Certamente que sim, mas quando a consolidação mostra que Portugal está na trajetória cor-reta – a economia portuguesa cres-cerá ao ritmo da média europeia, com um défice abaixo do limite máximo pela primeira vez – a irres-ponsabilidade de outros seria agora terrível para o país.

Não nos devemos esquecer: o estado das contas públicas em Portugal é uma variável sensível que não deveremos desprezar nem

tratar com irresponsabilidade. Foi isso que no passado nos levou a descarrilar com estrondo e Portu-gal não pode voltar a esse caminho. Em 2015 os portugueses verão os impostos sobre o rendimento e o consumo nos mesmos níveis dos anos que passaram e verão a eco-nomia em melhor estado o que até permitirá subir a receita fiscal. Ao mesmo tempo as famílias poderão descontar mais em razão da reforma do IRS o que significa que pagarão menos.

É este o caminho da responsabi-lidade. Saibamos percorrê-lo. n

Orçamento 2015

Michael SeufertCDS-PP

Page 40: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

As promessas do Governo de um novo ciclo pós-troika são desmenti-das pela proposta de Orçamento do Estado para 2015. Mantêm-se cortes em salários e pensões. O investimen-to continua no zero e são postas em causa as mais básicas funções do Es-tado, com menos funcionários públi-cos e a insistência no estrangulamen-to do Estado Social. Só na educação são menos 700 milhões de euros. O que já não funciona hoje, o que está já no limite da degradação, só ficará pior.

2015 será também um ano de maior injustiça fiscal. Com este go-verno os impostos sobre quem tra-balha já aumentaram 30% e sobre os lucros dos grandes grupos eco-

nómicos descem 20%. Neste OE, enquanto o IRS se mantém ao nível do esbulho fiscal, o IRC desce pela segunda vez e sem uma linha sobre as consequências da primeira desci-da; na verdade, o aumento de inves-timento prometido nunca aconteceu e nada, a não ser a opção ideológica do governo, justifica que se continue a descer impostos sobre o capital en-quanto quem vive do seu trabalho é sujeito a um verdadeiro assalto fiscal. Nunca quem trabalha pagou tanto para ter tão pouco.

E não é só na fiscalidade que este orçamento promove desigualdade. Estamos perante uma violência so-cial crescente: o governo prevê pou-par 100 milhões de euros nos apoios

aos mais pobres, por via da introdu-ção de tetos nas prestações sociais. Isto no país da zona euro com mais pobreza infantil e um dos que menos gasta, em percentagem do PIB, no apoio às famílias.

Finalmente, este é o orçamento da privatização do pouco que sobra: CP Carga, EMEF, que se seguirão à TAP e às concessões a privados da Carris, STCP e Metro do Porto e de Lisboa. A quem tenha dúvidas do erro grosseiro destas privatizações, lembro a Rodoviária Nacional que, com a privatização, deixou de servir todo o território, contribuindo para a desertificação do interior, e a PT, empresa que perdeu 10 vezes o seu valor quando o interesse acionista

tomou o lugar do interesse público. O governo que não aprende nada com o passado, no OE2015 dá mais um salto em frente na destruição do país.

E depois das más notícias, as más desculpas. Este orçamento vem com a promessa de um crédito fiscal a ser pago… pelo próximo governo. E este não é o único insulto à nossa inteligência. Também conta com um crescimento económico que não cor-responde às possibilidades da econo-mia portuguesa nem europeia e com uma receita fiscal que é o triplo do crescimento económico previsto. Tudo fantasias de último mandato, ao melhor estilo “o último a sair que apague a luz”. n

OE2015: más notícias e más desculpas

Opinião: Vozes da Assembleia da República / Vozes da Assembleia Municipal

O dia 23 de outubro de 2014 mar-ca um ano de novo executivo da Câ-mara Municipal de Gondomar. Um ano de mudança profunda, de uma viragem no sentido de um Concelho mais justo, dinâmico, produtivo, e de uma cidadania mais ativa e mais próxima.

Muito há ainda a fazer, mas é com imenso orgulho que vejo que, em tão pouco tempo, Gondomar mu-dou. Gondomar é hoje muito Mais.

Não será indiferente a ninguém o facto de o nosso Concelho ser hoje notícia recorrente na comunicação social por boas razões. Realçam-se as novas medidas em prol da po-pulação, o corte com as amarras do passado, as sinergias criadas com os

concelhos limítrofes, as tomadas de posição em defesa do território e dos cidadãos. É por isso visível o esforço e trabalho no sentido da definição de uma estratégia que aponta um novo rumo para a intervenção do Municí-pio e que responde ao compromisso eleitoral apresentado pelo Partido Socialista.

Será por isso de louvar os meca-nismos de participação e de envolvi-mento dos munícipes incrementados por este executivo. O Orçamento Par-ticipativo é um dos exemplos, já que coube aos cidadãos apresentarem e priorizarem, através de votação, pro-postas de investimento a serem inte-gradas no Plano de Atividades e Or-çamento Municipal. Por outro lado,

realça-se ainda as reuniões públicas da Câmara, descentralizadas pelas freguesias do Concelho, integrando os cidadãos na agenda executiva.

Foram reatadas as ligações e o trabalho com as freguesias e o mo-vimento associativo, resultando em trabalhos profícuos no âmbito da ação social, bem como numa agenda cultural vasta e rica, que promove o Concelho e dinâmica da população.

Dos inúmeros compromissos eleitorais cumpridos, realça-se ainda a descida da taxa de IMI, medida tão cara aos nossos munícipes, que tem grande impacto no alto do Concelho. Esta descida vê a sua maior incidên-cia do cidadão comum, mas é tam-bém verdade que influencia positiva-

mente as empresas do concelho, que veem assim reduzidos os seus encar-gos fixos, potenciando a sua fixação no concelho e o desenvolvimento económico deste.

Por último, gostava ainda de no-tar o trabalho exemplar na promoção turística de Gondomar, vertente es-quecida até então e que potencializa os níveis económico e social do nosso Concelho.

Deixo aqui apenas alguns pontos que me parecem dignos de destaque, mas deixo de fora muitos outros que neste último ano contribuíram para a revolução social, económica e cultu-ral do nosso Gondomar.

Prometeu-se e cumpriu-se. Viva Gondomar! n

Um ano de novo rumo

Joana ResendePS

40 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Catarina MartinsBE

Iniciaram a 10 de setembro os trabalhos preparatórios de remoção dos resíduos perigosos em São Pedro da Cova, tendo saído o primeiro ca-mião a 2 de outubro – resultado da persistente denúncia que o PCP tem feito há mais de uma década, da con-tinuada luta da população e das in-sistentes diligências feitas pela Junta de Freguesia de São Pedro da Cova, nomeadamente desde Janeiro de 2002, denunciando as cumplicidades da Câmara Municipal de Gondomar e do Governo e não abdicando do combate a este crime ambiental e de saúde pública.

Em 2002, o Grupo Parlamentar do PCP confrontou o Governo com a situação da criação de um depósito

de resíduos perigosos em São Pedro da Cova, provenientes da antiga Si-derurgia Nacional. Já em Novembro de 2001, análises laboratoriais indi-cavam a perigosidade dos resíduos devido ao seu alto teor de cádmio e chumbo, com valores superiores aos permitidos por lei.

Esses resultados, que ajudaram a sustentar a contestação do licencia-mento do aterro por muitos popula-res, foram ignorados pelo Ministério do Ambiente e outras entidades, não tendo sido dado o devido seguimen-to à denúncia pública de crime am-biental.

Silêncio e passividade foram comportamentos habituais do Mi-nistério do Ambiente, com cumpli-

cidades municipais, mesmo após exposições remetidas ao próprio Mi-nistério, aos Grupos Parlamentares, à CCDR-Norte, à Direção Regional do Ambiente e Ordenamento do Terri-tório e à Câmara Municipal de Gon-domar – um processo liderado pelo PCP, dando assim voz à indignação da população, traduzida também no Projeto de Resolução apresentado pelo Grupo Parlamentar do PCP em Setembro de 2011, recomendando ao Governo a remoção dos resíduos pe-rigosos depositados nas antigas mi-nas de carvão de São Pedro da Cova e as medidas de correção e contenção dos impactos ambientais no local.

Hoje, com os trabalhos de re-moção dos resíduos em andamento,

o PCP continua a defender a neces-sidade de compensar a população pelos prejuízos causados e garantir a requalificação da zona afetada.

Valorizando a vitória alcançada por todos quanto lutaram por este desfecho, designadamente a po-pulação, é fundamental que sejam tomadas medidas, nomeadamente governamentais, para garantia da qualidade da água na zona envol-vente, além do cabal apuramento das responsabilidades pelo crime am-biental cometido.

O PCP continuará a acompanhar este processo e a intervir neste sen-tido, bem como na requalificação cultural do espaço, devolvendo-o às pessoas. n

São Pedro da Cova – uma luta com mais de 13 anos

Diana FerreiraPCP

Page 41: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

António ValpaçosCDU

Acerca do futuro centro cívico de Rio Tinto anunciado pelo executivo da Câmara Municipal de Gondomar através deste jornal, algumas conside-rações.

Relembremos que aquando a destruição do mercado de Rio Tinto previa-se a construção de torres de habitação privilegiando-se desta for-ma a afamada “política do betão”, re-ligiosamente seguida pelos anteriores executivos. Era claro o favorecimento a interesses imobiliários em detrimen-to da opinião e proposta da população para o que deseja para o centro cívico da sua cidade.

Apesar de, no novo projeto, para a área do antigo mercado já não estar

prevista a construção de habitação, o que é positivo, não se pode dizer o mesmo para o resto das áreas a inter-vencionar no projeto onde a opção pela construção de habitação se mantém refém ao passado. Mas porquê? Neces-sitamos de mais habitação? Está à vista de todos a quantidade de habitações livres espalhadas pelo concelho con-sequência da construção desenfreada vivida nas últimas décadas. Está, tam-bém, à vista de todos a quantidade de edifícios que se ficaram pelo início ou pelo meio ou quase no fim para serem concluídos. É possível reverter opções deste tipo para que não se cometam os mesmos erros do passado.

Mais perplexo se fica quando se

retira uma outra ideia. A construção que se projeta para a parte esquerda da Avenida do Rio vai impedir, de vez, o desentubamento do rio Tinto. Se o Partido Socialista bem como o atual Presidente da Câmara sempre se de-monstraram defensores do desentuba-mento do rio Tinto como podem ago-ra tomar uma opção completamente diferente? O grande desejo defendido por muitos riotintenses de ver o seu rio despoluído e a correr livre de que vale afinal? E ainda há um ano atrás ouvimos a promessa de um Parque Urbano…

E o que também importa ser dito é que a população tem muito interes-se por isto. E tem o direito a ser parte

interveniente, a ser parte ativa neste processo.

Existem outras ideias, outros pro-jetos por isso é fundamental o alar-gamento do debate sobre o Centro Cívico com todas as forças vivas da freguesia para que possa ser alcançado o mais amplo consenso quanto à pro-posta e projeto a implementar. Apesar de ter nascido torto ainda é possível atingir esse objetivo, para isso, tem que ser dada a oportunidade à população de decidir que futuro deseja para a sua cidade e tem de existir vontade política para requalificar a paisagem da cidade, valorizando o seu património e o seu ambiente rompendo definitivamente com os interesses do passado. n

A quem pertence o direito de decidir o futuro da sua cidade

Rui NóvoaBE

Rio Tinto é sem dúvida alguma, a freguesia mais martirizada em ter-mos de ordenamento do concelho de Gondomar. O seu rio, que deu origem ao nome da freguesia, tem pago bem caro a fatura do desordenamento do território de Rio Tinto e de Baguim do Monte.

Do mandato anterior, não nos surpreendia a sua vocação para fazer dos espaços verdes empreendimentos de mais e mais betão. Agora, do atual poder camarário, nunca pensamos que fosse capaz de lhe seguir os mes-mos propósitos.

Lembro-me bem, de há 30 anos atrás quando se deram os primeiros passos para a construção do parque da cidade no Porto em que os inte-

resses imobiliários tudo fizeram para que à volta do parque, se construíssem prédios. Fruto de muita luta, tal não veio a acontecer e hoje está mais do que provado que isso foi o mais cor-reto.

Assim, em Rio Tinto também terá de ser, pois, não faz nenhum sentido com tanta casa por habitar, que se queira construir ainda mais. Falam--nos num hotel. Com tantos hotéis a nascer aqui ao lado, no Porto, para quê fazer um hotel num espaço que pode ser mais bem aproveitado como zona de lazer para a população do concelho? Não ponho em causa que em Gondomar se construa um ou mais hotéis mas, existem outros locais onde são mais necessários, como por

exemplo, próximo do Multiusos para que sirva de apoio aos eventos que ai se realizam!

Os riotintenses não compreen-dem como é possível que, o atual pre-sidente do Município, sendo de Rio Tinto, não perceba que Rio Tinto só tem a ganhar com o seu rio e as suas margens recuperadas.

Este é o momento certo para im-pedirmos a destruição do pouco espa-ço verde que ainda nos resta. Por isso, apelo a todos os cidadãos de Gondo-mar para se unirem e assim, impedi-rem que se cometa mais este crime no nosso concelho.

Onde está o Presidente, que aquando das cheias veio para a rua junto das populações acusar o an-

terior executivo por ter permitido que se tivesse construído em leito de cheias?

Concordo plenamente com a su-gestão de que, o espaço entre a linha do Metro e a Avenida do Rio seja uma zona arborizada potenciada pela ri-beira da Castanheira e pelo rio Tinto assim como, o desentubamento do rio. E não nos venham dizer que tal não é possível pois, todos sabemos que sim, agora a questão é que o queiram.

O atual executivo, tem a obrigação de corrigir todo o mal que os executi-vos anteriores causaram à freguesia, e é isso que todos queremos!

É possível salvar o rio e as suas margens da especulação e dos grandes interesses! n

O betão não pode falar mais alto

Pedro OliveiraCDS-PP

Reconheço que criei alguma ex-petativa. Reconheço que alimentei a ideia de que algo poderia mudar e que a política em Portugal poderia evoluir para padrões aceitáveis de responsabilidade, onde os diferentes intervenientes percebessem os li-mites da “trica” política a partir dos quais Portugal estaria sempre primei-ro.

As primárias do PS foram uma excelente iniciativa, seja pela demo-craticidade que representaram, seja pela visibilidade e protagonismo que lhe emprestaram, colocando o PS à frente de todas as notícias e criando um acintoso novo elan de esperança a todos os seus apaniguados. Até nós, os não socialistas, não deixamos de acompanhar com interesse o desen-

lace do processo. Pois, a verdade é que um mês de-

pois de tanta promessa de mudança deparamo-nos com o mesmíssimo PS. Os mesmos tiques, as mesmas ideias, o mesmo calculismo interes-seiro, onde o umbigo dos interesses do partido se sobrepõe a tudo, mes-mo ao país. Falou-se muito na cam-panha interna em consensos alarga-dos, invocando Costa de Seguro uma inusitada incapacidade deste em os gerar. No entanto agora que lhe to-mou o lugar, Costa segue pela mesma bitola de Seguro, dizendo que, con-sensos só depois das eleições.

Na realidade tem sido esta a ma-lapata do país. PS e PSD, têm man-tido postura idêntica sempre que se encontram no governo ou na opo-

sição. Quando no governo, clamam intensamente por consensos, em prol do país em prol dos portugue-ses. Quando na oposição, não sabem mais que dizer mal, que refutarem qualquer iniciativa de quem governa, de apelidarem estes de incompeten-tes.

A tão propalada responsabilidade partidária não pode continuar a ser mero slogan estratégico, tornando-se essencial que os partidos da área da governação aproximem drasticamen-te a sua praxis daquelas que são as concretas exigências de consenso que o país clama. O país não está em con-dições de aguentar mais este desgo-verno da acção partidária, onde uma irresponsável inversão de prioridades faz com que estes partidos se achem

mais importantes que o próprio país. Se o Partido Socialista pensa que

uma vez chegado ao poder os gran-des consensos serão alcançados, pois está muito enganado porque o PSD fará precisamente aquilo que o PS está a fazer agora: desacreditar quem governa e

arregimentar os descontentes no propósito de voltar ao poder.

O caminho só pode ser um por-tanto, porque chegou o tempo, que é agora, de alterar o paradigma. Já não há espaço para a reserva mental dos “(des)consensos”. O país está no “fio da navalha” e sem os necessários consensos, cairá desamparado. Então o PS, que inexoravelmente acederá ao poder, fará apenas a gestão dos seus destroços. Será isso que quer? n

O mesmissimo PS

Opinião: Vozes da Assembleia Municipal

41VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Page 42: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

1 – A União Europeia está cada vez mais enredada no meio da tempestade das suas próprias divisões e contradições. As elei-ções para o Parlamento Europeu do início do verão não consagra-ram nem uma rutura com o seu figurino anterior, nem tão pouco reforçaram a linha de rumo que vinha sendo seguido nos últimos anos. O PE ficou mais dividido, mais fragmentado, e tornou-se mais difícil conseguir acordos alargados, verdadeiramente mo-bilizadores.

A pulverização de votos pela enorme diversidade de partidos políticos que hoje têm lugar no Parlamento de Estrasburgo veio acentuar ainda mais as divisões e as fraquezas que, nos últimos anos, se têm vindo a tornar cada vez mais preocupantes. É certo

que a direita e o centro- direita, em torno do Partido Popular Eu-ropeu, mantiveram a sua hegemo-nia naquele areópago. Mas perde-ram força, sem que a esquerda e o centro-esquerda tivessem con-seguido afirmar-se como alterna-tiva.

2 – Por seu turno, a formação da nova Comissão Europeia (o verdadeiro Governo da União), liderado pelo luxemburguês Jean--Claude Juncker, tem-se mostra-do um parto difícil, com vários candidatos a comissários a es-barrarem na prova de fogo a que foram submetidos no Parlamento Europeu. Estamos, por isso, longe de podermos dizer que a União Europeia tem criadas as condições para um novo rumo, a curto pra-zo.

E como se ainda não bastas-

sem estas divisões internas, as-sistimos na prática a uma espécie de “desobediência civil” de vários países membros da união, que têm vindo a desafiar Bruxelas e a afir-mar que não aceitam a “ditadura” dos défices, e que não respeitarão o tratado orçamental. A França foi o primeiro país, verdadeiramente poderoso, a fazer a sua declaração de guerra. Outros lhe seguiram os passos, de forma mais ou menos tímida ou afirmativa.

3 – Ora, é neste cenário que Portugal caminha para o último ano da presente legislatura, com o atual líder do Governo – até aqui sempre obediente a Bruxelas – a dar um pequeno sinal de rebeldia, ao deixar que na proposta de orça-mento para o próximo ano, o dé-fice resvale para os 2,7 por cento, em vez dos 2,5 a que Portugal se

havia comprometido. Ao mesmo tempo foi o próprio Passos Coe-lho que veio apregoar pela primei-ra vez que não podemos deixar--nos sufocar pelo “fanatismo” do défice orçamental… Um espanto para a ortodoxia reinante!

Sabe-se, por outro lado, que o novo líder do Partido Socialista, António Costa, é um discípulo da teoria sampaísta, segundo a qual “há mais vida para além do défice”. Ou seja, por este andar, quando no próximo ano, como tudo indi-ca, António Costa chegar ao po-der, Portugal pode engrossar o rol de países para quem o défice não é mais do que uma simples referên-cia das políticas públicas. Então, a velha pergunta de sempre troa-rá, cada vez com mais força: Mas, quem é que vai pagar a gigantesca dívida pública portuguesa? n

“Quo vadis” União Europeia na tempestade das divisões

Posto de Vigia

Manuel Teixeira

Jornalista e Professor Universitário

Opinião

42 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

A situação enquadra-se na-queles que são os contratos cele-brados fora do estabelecimento comercial.

Estes contratos, devido pre-cisamente à envolvência em que muitas vezes são celebrados, pos-suem uma maior proteção legal, pelo que é conferido um período de reflexão de 14 dias, para que o consumidor pondere, já fora de toda a pressão do momento, a de-cisão tomada.

Assim, poderá livremente e sem indicar o motivo, rescindir o contrato sem qualquer tipo de encargo, mas é imprescindível que o faça dentro deste prazo, se-não, o contrato torna-se perfeita-mente válido.

Para isso, o consumidor de-

verá enviar carta registada com aviso de receção para a entidade em causa e guardar a cópia da mesma e do respetivo aviso de

receção.Existindo contrato de crédito

associado, é aconselhável comu-nicar também à financeira a sua

intenção.Uma vez cumprido este pro-

cedimento, tem 14 dias para de-volver os produtos adquiridos. n

Fui contactada para me deslocar a um hotel para assistir à demonstração de produtos e equipamentos de saúde. No final, fui abordada por um dos colaboradores para adquirir alguns dos produtos em suaves prestações. Só após che-gar a casa percebi que tinha feito um crédito, cujo valor final seria muito superior ao que eu tinha imaginado. Pensei melhor e achei por bem desistir do negócio. Poderei fazê-lo?

Tânia OliveiraJurísta da DECO

Para qualquer pedido de informação ou apoio para resolução de conflitos de consumo e situações de sobre-endividamento, dirija-se à DECO ([email protected]) ou ao Gabinete de Defesa do Consumidor da Câmara Municipal de Gondomar. A autarquia dispõe de um protocolo de colaboração com a DECO, Associação Portuguesa para a Defesa do Consumidor e presta apoio gratuito aos munícipes. Contactos: [email protected] | Telefone: 224 660 536 (ext. 2036)

FOTO

: DR

Contratos à distância

Page 43: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

43VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Opinião

Nos últimos tempos, toda a comunicação social fala neste as-sunto, bem como órgãos oficiais tal como a direção geral de saúde. A meu ver bem, pois é mais do que certo, num país com ampla ligação ao Continente Africano, com via-gens sucessivas de pessoas de um lado para o outro, alguém traga inadvertidamente o vírus que tem alta capacidade de transmissão,

sendo muito letal. Esta doença, já há muito que

existe no continente africano, ata-cando aldeias inteiras e como tal, matando quase toda a gente com os focos de epidemia a extinguir--se, talvez permanecendo em ani-mais, daí a história dos cães, que se pensa poderem ser portadores do vírus sem que por esse motivam morram.

A comunidade sanitária e de saúde internacional, percebeu bem a importância deste assunto embora o aparecimento da doen-ça nos EUA, contribuísse para que todo o mundo ficasse mais alar-mado.

Em Portugal, as autoridades de saúde tiveram uma reação positi-va com campanhas de informação e com montagem de serviços de

intervenção em caso de se veri-ficar o aparecimento da doença no nosso país, situação que estou convencido ser mais do que certa. Temos formas eficazes de contro-lar a doença, mas sem alarmismos que nada servem, devendo as pes-soas em caso de suspeita contactar de imediato os serviços de atendi-mento telefónico urgente, prepara-dos para responder a essas solici-tudes.

Em conclusão, as pessoas de-vem estar atentas, mas não alar-madas, principalmente se contac-taram com pessoas que vieram de zonas de África em que o vírus foi identificado, e se apresentarem sin-tomas de febre e mau estar geral, tomando de imediato cuidados de higiene básicos que podem dimi-nuir a transmissão do vírus. É cer-to que tudo se complicará quando chegarem os primeiros surtos de gripe, que podem confundir tudo, mas compete aos cuidados de saú-de saber identificar a doença.

Atentos quanto baste, mas não com alarmismos desnecessários.

Até breve, estimados leitores… n

Ébola, chegará ao nosso país?

Viva Saúde

Paulo Amado

Médico Especialista de Ortopedia e Traumatologia

Diretor Clínico daCLINICA RIO TINTO +

Coordenador da Unidade deMedicina Desportiva e Artroscopia Avançada do Hospital Lusíadas Porto.

Este Outono/Inverno está a ser brilhante! Existem muitas tendên-cias disponíveis, tantas, que até dá gosto percorrer as lojas. Mas como tudo na vida, quando a oferta é muita, ficamos baralhados sem saber o que escolher. Eu tenho os meus preferidos, aqueles que, mes-mo que não fossem tendência ain-da me encheriam os olhinhos.

Entre ponchos, minissaias, me-talizados, casacos XXL, pêlo, pele e entre outros que mais existem, a minha atenção foca-se nas malhas, mais concretamente nos vestidos de malha. Aconchegante, confortá-vel, quente... A malha está presente em todos os invernos por alguma razão mas agora chega até nós numa versão mais chique. A ideia deste conforto só possível numa tarde de domingo, passa agora para a realidade de um dia atarefa-do, uma realidade disponível para

todos.É importante lembrar que nem

todos os corpos são beneficiados com esta tendência, mas com pe-quenos truques tudo se consegue! Na hora de escolher a peça ideal, tenham em conta que a malha

canelada confere mais volume ao corpo, assim como os tons mais claros e padrões. Se quiserem pare-cer mais altas, um vestido compri-do é uma excelente opção pois vai alongar a vossa figura. Se o preten-dido for parecerem mais baixas, a

melhor opção passa por substituir o vestido por uma saia comprida e, usar contraste de tons entre a par-te de baixo e a parte de cima que escolherem. O uso de um body também pode ajudar, pois além de aquecer um pouco mais, vai dis-farçar qualquer curva indesejada que a malha tende a evidenciar. Um cinto a demarcar a cintura, dos mais finos aos mais grossos, de to-dos os materiais possíveis, vai dar o toque de personalidade de que precisam e, dar a ilusão de ampu-lheta que melhor caracteriza o cor-po feminino. Mas mais importante de que tudo isto, é que sejam fiéis a vocês próprios. Usar uma peça ten-dência só porque o é, vai distorcer a vossa personalidade, confundir--vos e, ser mais uma peça deixada de lado quando a tendência passar. Sejam fiéis a vocês mesmos e bora lá brincar com a moda! n

Tendências Outono/Inverno

Moda

Alcina Cunha

Consultora de Imagem

FOTO

: DR

Page 44: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

44

Lazer

VIVACIDADE OUTUBRO 2014

VIVA PREVENIDO

Ingredientes ( 4 pessoas)

. 400 gr Tagliatelle

. 1 pacote natas Peq.

. 1 cebola picada

. 1/2 pimento verde em Ju-liana. Alho picado. Azeite. Azeitonas pretas rodelas. Fiambre em Juliana. Chourição em Juliana . Mortadela Peru em Juliana

Confeção:

Cozer a massa em água,sal e manteiga.Numa frigideira cocar azeite,cebola picada,alho picado,pimento em Juliana. Deixar fritar lentamente. Temperar com sal,orégãos e ervas da Provence.Juntar azeitonas. De seguida juntar a charcutaria em Juliana. Deixar apurar e juntar as natas com lume brando.Servir em prato fundo guarnecido com ovo cozido e uma salada mista.

RECEITA CULINÁRIA VIVACIDADE

Chef João Paulo Rodrigues

Exposições:

Até 24 de outubro – “A Linguagem do Imaginário... o Som do Silêncio... A Cor da Inexistência...”, pintura de Orlando Alves, na ARGO – Associação Artística de Gondomar

Até 29 de outubro, ter. a sáb. das 9h30 às 13h e 14h30 às 18h30 – Ilustração de Evelina Oliveira, no Auditório da Biblioteca Municipal de Gondomar

Até 31 de janeiro – “As Minas, a ARGO e a Fotografia”, coletiva de fotografia, no Museu Mineiro de São Pedro da Cova

Diversos:

21 a 25 de outubro, às 15h – “Um marcador para o teu livro”, na Biblioteca Municipal de Gondomar

25 e 26 de outubro, das 9h às 12h30 – Co-lheita de Sangue, na Escola EB 2,3 de São Pedro da Cova

7 a 9 de novembro – Ornishow 2014, no Mul-tiusos de Gondomar

Festas e Festivais:

Até 25 de outubro, sábados às 21h30 – Festi-val de Teatro, no Salão Paroquial de Fânzeres

1 de novembro a 29 de novembro, todos os sábados às 21h30 – 15.º Festival de Teatro de Rio Tinto, no sa-lão de espetáculos do Grupo Dramático e Beneficente de Rio Tinto

Música:

25 de outubro, das 10h30 às 11h30 – Música com bebés e papás, na Biblioteca Municipal de Gondomar

14 de novembro – Concerto Brit Floyd, no Multiusos de Gondomar

Desporto:

31 de outubro e 1 de novembro – 9.º Rali Cidade de Gondomar

Literatura:

25 de outubro, às 16h – Apresentação do livro “Matilde e as Bonecas”, de António Oliveira, na Biblioteca Municipal de Gon-domar

Até 13 de novembro – “Ao Encontro de... Bernardino Machado”, na Biblioteca Muni-cipal de Gondomar

AGENDA CULTURAL VIVACIDADE

* docente na Actual Gest

Massa Tagliatelle com Natas

A dona da casa pergunta à empregada:- Já mudou a água aos peixinhos?A empregada responde:- Não, senhora! Ainda está lá toda, que eles têm bebi-do muito pouca!

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SOLUÇÕES:

ANEDOTA

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A gripe é uma doença infecio-sa causada por um vírus e ocorre, geralmente, entre o outono e o inverno. Manifesta-se por início sú-bito de mal-estar, febre alta, dores musculares e articulares, dores de cabeça e tosse seca. É muitas ve-zes confundida com a constipação, que é uma doença muito menos incapacitante, de início gradual, que se caracteriza por nariz entu-pido, espirros, irritação da garganta e dor de cabeça; raramente surge febre alta ou dores no corpo. O ví-rus da gripe transmite-se através de gotículas emitidas com a tosse ou os espirros, mas também por con-tacto direto, por exemplo, através das mãos. O período de contágio

começa 1-2dias antes do início dos sintomas e vai até 7dias depois. A gripe, sem complicações, geralmen-te resolve-se em cerca de 5dias e a recuperação completa ocorre em 1-2semanas. Pode ser evitada atra-vés da vacinação anual, que é for-temente recomendada para pessoas em maior risco de sofrer complica-ções (idade≥65 anos; doentes cró-nicos ou imunodeprimidos; grávi-das; profissionais de saúde e outros prestadores de cuidados). Outras medidas que reduzem a probabili-dade de contágio são: evitar con-tacto com pessoas com a doença; lavar frequentemente as mãos; ao espirrar/tossir proteger a boca com um lenço de papel (de uso único)

ou com o antebraço – não utilizar as mãos. Quanto ao tratamento, alguns cuidados a ter: evitar mu-danças de temperatura; não se agasalhar demasiado; beber muitos líquidos; ficar em casa, em repouso; se tiver febre, pode tomar parace-tamol; não tome antibióticos sem recomendação médica – não atuam nas infeções víricas, não melhoram os sintomas, nem aceleram a cura.

Em caso de dúvida, tente contactar telefonicamente o seu médico antes de ir ao seu consultório/centro de saúde ou ligue para a Linha Saúde 24 (808 24 24 24).

Gripe: proteja-se!

Elisabete CastroMédica, Interna de Medicina Geral e Familiar na Unidade de Saúde Familiar de Fânzeres

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Page 45: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

Ótimas oportunidades e novidades im-perdíveis! Novos encontros poderão acon-tecer de maneira surpreendente. Tudo em aberto para iniciar um romance ou para avançar numa relação já assumida.

Contratos insatisfatórios poderão termi-nar. Irão aparecer oportunidades de expan-são profissional e financeira que vão alterar a rotina e levar a mudanças desejadas.

Aventura amorosa, vida social intensa e conquistas pessoais numa fase repleta de descobertas. Bom momento para enriquecer a bagagem cultural com estudos, viagens ou associações internacionais.

A persistência trará resultados positi-vos. Se estiver só, poderá interessar-se por alguém.

Novas amizades e parcerias vão des-pertar a vontade de aprender, compartilhar conhecimentos e direcionar recursos para o bem comum. Bom período para colaborar no trabalho e ampliar o prestígio.

Bom momento para iniciar um empreen-dimento, impulsionar um negócio próprio ou assumir maior liderança no trabalho.

Imprevistos e tensões nos relaciona-mentos: poderá separar-se ou encerrar uma parceria profissional. Conversas profundas vão intensificar uma paixão.

Desde o dia 15 de outubro que os utilizadores Android aguardam com ansiedade a versão definitiva do Android L, que recentemente passou a chamar--se “Lollipop”. Algumas das principais mudanças já são conhecidas e entre as principais novidades está uma maior integração com o Google e a chegada do Material Design, que pretende unificar e melhorar as interfaces disponibilizadas pelo Android.

Esta atualização traz a possibilidade de mudar de dispositivo levando consigo todas as pesquisas, documentos abertos e até músicas que estão a ser ouvidas. A somar a isto, as notificações dão maior controlo aos utilizadores que passam a poder per-sonalizá-las conforme pretendam. Além disso, foram apresentadas melhorias na bateria e o Lollipop tem um novo modo que permite dar ao Android 90 minu-tos extra de bateria.

Estão também previstas melhorias de segurança com a possibilidade de desbloquear o dispositivo com recurso a um dispositivo chamado “Smart Lock”.

A 3 de novembro os dispositivos Nexus 7 e Ne-xus 10 serão os primeiros a receber a atualização, quanto aos restantes a data ainda está por confirmar, mas serão poucos dias de espera.

Depois do KitKat, é agora a vez do Lollipop ado-cicar a vida dos utilizadores Android.

Acontecimentos inesperados poderão alterar a rotina ou o ambiente de trabalho. Talvez tenha que encarar discussões difíceis, detalhar os seus projetos e conquistar a con-fiança de parceiros profissionais.

Boa fase para se divertir. Ótimo período para desenvolver projetos, estudar e explorar talentos. Planos excitantes para a vida a dois e clima animado para reunir amigos.

O mês promete oportunidades atraentes de crescimento financeiro. O desafio será conciliar a carreira, família e vida íntima.

Época positiva para renovar concei-tos, ampliar relacionamentos e desenvolver ideias criativas. Uma nova paixão ou o início de uma fase amorosa numa relação existente prometem devolver um elo perdido.

Bom momento para comprar ou vender imóveis, renegociar contratos insatisfatórios e investir no conforto da sua casa.

45VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Lazer

LELO e ZEZINHA

FOTO VIVACIDADE

“Lollipop”, o doce mais aguardado pelos utilizadores Android

Miguel 7 [email protected]

VIVA TEC

Page 46: Vivacidade ed. 99 - Outubro 2014

Emprego

46 VIVACIDADE OUTUBRO 2014

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Vigilante

588485274

Tempo completo. Contrato a termo

Covelo

Trabalho numa marina - vigilância, ajuda na entrada e saída de embarcações

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Costureira

588468702

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Experiência em ponto corrido.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador Máquinas/Ferramentas

588447190

Tempo completo. Contrato a termo

S. Pedro da Cova

Experiência em tornos universais. Experiên-cia como torneiro, mínimo 1 ano.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Gravador outros Materiais

588466153

Tempo completo. Contrato a termo

S. Cosme

Gravação (laser) de taças e troféus, com conhecimentos de informática/Corel Draw

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cinzelador

588463542

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência mínima de 10 anos (pratas decorativas)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Operador de Caixa

588466647

Tempo completo. Contrato a termo

Valbom

Experiência em mini ou supermercado. Com carta condução

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Empregada de Balcão

588483298

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Conhecimento de pastelaria e experiência de atendimento ao público, deve saber decorar

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Cortador Carnes Verdes

588450691

Tempo completo. Contrato a termo

Jovim

Com experiência.

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Revistadeira

588468720

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência (revistar/verificação de peças

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Motorista Pesados Mercadorias

588470209

Tempo completo. Contrato a termo

Rio Tinto

Com experiência mínima de 10 anos (inter-nacional)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Técnico de Vendas

588470485

Tempo completo. Contrato a termo

Fânzeres

Com experiência (venda de ferramentas)

Profissão

Nº Oferta

Duração

Experiência

Freguesia

Serralheiro Civil

588465586

Tempo completo. Contrato a termo

S. Cosme

Com experiência (ferro e alumínio)

As ofertas de emprego divulgadas fazem parte da Base de Dados do Instituto do Emprego e Formação, IP. Para obter mais informações ou candidatar-se dirija-se ao Centro de Emprego indicado ou pesquise no portal http://www.netemprego.gov.pt/ utilizando a referência (Ref.) as-sociada a cada oferta de emprego.Alerta-se para a possibilidade de ocorrência de situações em que a oferta de emprego publicada já foi preenchida devido ao tempo que medeia a sua disponibilização e a sua publicação.

Centro de Emprego de Gondomar

Telefone 224 662 510R. Padre Augusto Maia, 26 / 4420 - 225 Gondomar

E-mail: [email protected]

EDITAL

José Fernando Moreira, Vereador do Gabinete de Mercados e Feiras da Câmara Municipal de Gondomar, torna público que, ao abrigo da subdelegação de competências que lhe foi conferida por despacho do Senhor Presidente da Câmara Municipal, de 13 de novembro 2013, nos termos dos pontos 1º e 2º do artigo 8º do Regulamento das Feiras do Município de Gondomar, tendo em con-sideração o ponto 1 do artigo 22º da Lei nº 27/2013 de 12 de abril de 2013, bem como, o ponto 1 do artigo 9º do Decreto-Lei nº 173/2012 de 02 de agosto de 2012, serão levados a efeito sorteios para a atribuição de espaços de venda aos feirantes que se can-didatem até ao dia 05 de novembro de 2014, e aos que já manifestaram interesse na ocupação de lugares que se encontram vagos, nas Feiras da Bela Vista, Feira de Gondomar (S. Cosme) – Revenda e Retalho, Feira de Melres e Feira de Rio Tinto, nas instalações do Departamento do Ambiente (Ecocentro), localizadas na Rua da Cal, freguesia de Gondomar (S. Cosme), no dia 11 de novembro de 2014, de acordo com o seguinte horário:

Para constar e devidos efeitos se publica o presente Edital que vai ser afixado nos Paços do Município, na página da Internet da Câmara Municipal e num dos jornais com maior circulação no Município.

Paços do Município de Gondomar, 08 de outubro de 2014.Por delegação do Presidente da Câmara.

O Vereador dos Mercados e Feiras e Eventos Promocionais,

(José Fernando Moreira)

VIVACIDADE 23/10/2014

FEIRA HORA

Revenda de Gondomar (S.

Cosme) 09h30

Bela Vista

10h00

Melres

10h30

Gondomar (S. Cosme)

11h00

Rio Tinto

11h30

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