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Viver: a Grande Arte

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Nesta edição o tema central é a arte, nas suas diversas formas de manifestação, com os seus objectivos e suas interpretações. Todas as manifestações de arte são simplesmente maneiras que o indivíduo tem de se manifestar, de expressar os seus sentimentos, emoções, de representar momentos, sonhos, pesadelos - e através da magia da pintura, da escultura, da escrita, da dança, entre outras formas, o seu intuito é representar-se a si mesmo. (...)

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Page 1: Viver: a Grande Arte

Nesta edição o tema central é a arte, nas

suas diversas formas de manifestação, com

os seus objectivos e suas interpretações.

Todas as manifestações de arte são

simplesmente maneiras que o indivíduo

tem de se manifestar, de expressar os seus

sentimentos, emoções, de representar

momentos, sonhos, pesadelos - e através da

magia da pintura, da escultura, da escrita, da

dança, entre outras formas, o seu intuito é

representar-se a si mesmo.

Através da representação da sua

personalidade, o artista

lança o repto para os

observadores de se

lançarem na demanda de

interpretar, de analisar

aquilo que é uma Vida.

Todos nós somos artistas

mesmo que não exerçamos

nenhuma forma de arte

nem tenhamos as

competências para tal, pois

somos mestres na grande

arte de Viver!

A Vida é uma suprema obra de arte que

aperfeiçoamos dia a dia, onde em traços

finos delineamos os contornos do nosso Ser.

Alguns de vós podem estar a questionar-se

sobre a vossa vida, pensando nos grandes

mestres que são mediante as vivências que

têm experienciado; outros podem estar a

sorrir pelos grandes feitos que viveram e

outros indiferentes à questão da arte, sem

se apercebem que em cada passo que

firmam estão a ser artistas.

Sim, todos temos momentos menos

positivos, vivemos o sofrimento, a dor, a

angústia e mesmo nesses instantes onde

nos consideramos perdidos, sem conseguir

visualizar o horizonte que tanto queremos,

estamos a

criar obras

de arte em

nós mesmos.

Nesses

momentos

mais

tenebrosos,

tornamo-nos

pintores

munidos de

uma paleta

colorida e

criamos

novas imagens de nós mesmos,

reorganizamos a tela da nossa Vida

colorindo em novas nuances de cores o

cinzento que domina a pintura do nosso Ser.

Melody Creators, por Asayaw Osattene Asante

por Ricardo Fonseca, https://www.facebook.com/RicardoSousaEscritor

https://www.facebook.com/EscritaDoAutoconhecimento

http://escritadoautoconhecimento.webnode.pt/

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Somos escultores de cinzel na mão, prontos

a limar as arestas da peça imperfeita, a

eliminar aquilo de que não precisamos e que

não acrescenta nada em nossas vidas.

Compreendemos que a mais bela escultura

precisa de tempo para ser aperfeiçoada e

nós, caros leitores, precisamos de percorrer

um longo caminho, para erguermos no

pedestal a manifestação do nossos ser,

como se tratasse da mais bela estátua

alguma vez erguida e contemplada.

A dança, na qual enveredamos em cada

escolha pessoal, torna-se mágica e distinta

no ritmo, na companhia, na forma como a

orientamos ou somos conduzidos. Não

existe a melodia perfeita, não existe o par

perfeito e há sempre alturas em que

perdemos o controlo dos pés, pisamos,

somos pisados, flutuamos, fazemos flutuar.

Cada nota que ouvimos integra-se no nosso

ser e cria uma vibração melodiosa que

percorre cada célula corporal e nos impele a

ganhar o ritmo e a dançar de braços abertos,

a apreciar a Vida nos bons e maus

momentos, a permitir que em cada

compasso haja um novo vibrato de alegria e

conquista.

Viver é a suprema manifestação artística de

cada indivíduo. É a possibilidade de

escolhermos o nosso caminho, o nosso tom,

a nossa cor, a nossa matéria-prima e todas

as ferramentas que permitam fazer arte do

nosso respirar e palpitar. Podemos ser tudo

aquilo que almejamos sem que haja limites

ou fronteiras, sendo os críticos de nós

mesmos e assim aperfeiçoarmos a nossa

forma de estar em cada momento de

transformação e crescimento pessoal.

Como escritor, sou um artista! Através

das palavras, da expressão dos meus

sentimentos e pensamentos, construo

histórias, relato passagens, sonhos,

desejos, sofrimentos e torno-me o molde

de mim mesmo, aquele que pode ser

trabalhado sempre que assim o desejar.

Já pensaram no artista que são e no tipo

de arte que querem desenvolver em vós

mesmos e com os outros?

Se pensaram nas respostas a estas duas

perguntas, o que vos prende e impede de

se tornarem arte? O que vos impede de

viver? De se reconhecerem como artistas,

por mais simples que sejam os vossos

actos, os vossos sentimentos?

A arte é celebrada nesta edição como

forma de manifestação de quem somos,

independentemente do caminho

escolhido e percorrido para nos

conhecermos e mostrarmos ao mundo. A

arte mais nobre é expressar com toda a

Um quadro de Françoise Nielly

Page 3: Viver: a Grande Arte

veracidade e genuinamente quem somos

e apreciarmos a Vida nas suas vertentes

que nos presenteiam em cada dia, em

cada amanhecer.

Segundo Nietzsche, “Temos a arte para não

morrer de Verdade!”, e nesta simples

expressão podemos verificar que

transformando a nossa Vida, imortalizando-a

artisticamente, jamais morremos de verdade

e permaneceremos no coração de todos

aqueles que contemplaram a nossa forma

genuína e artística de Viver.

Por isso, caros leitores, Vivam com arte e

mestria a maior obra-prima que um dia vos

foi concedida, em estado bruto para ser

trabalhada consoante o vosso sentir: a

vossa Vida!

Workshop

“Escrita do

Autoconhecimento”

Ricardo Fonseca

12 de Janeiro - Porto

+info:

https://www.facebook.com/events/380

984038642627/

Tem de se Ser Verdadeiro na Escrita

Tem de se ser verdadeiro na escrita, porque os leitores sentem. A

mentira é impossível na boa literatura. E o que procuro, mais do que

a beleza ou qualquer outra coisa, é a verdade, livro após livro,

tentando desvendar um pouco mais de mim e esperando que essa

possa ser uma forma de desvendar alguma coisa dos outros e que

eles também se vejam reflectidos nessa procura que faço.

José Luís Peixoto