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APOSENTADOS EMBRATEL/CLARO: DEFENSORIA MANTÉM PLANO DE SAÚDE Há cinco meses, aposentados e pensionistas da Embratel/Claro lutam contra a imposição da empresa de alterar o plano de saúde para o Brades- co, com pagamento de mensalidades. Como não houve avanços, apesar de inúmeras tentativas de diálogo, a briga foi parar na Defensoria Pública que obteve liminar na Justiça para a manutenção do plano Amap. A decisão é uma vitória dos coor- denadores dos grupos Amap e dos que abraçaram essa causa, como explica Gilberto Palmares, diretor do Sinttel-Rio e ex-deputado esta- dual: “Há cerca de 800 aposentados e pensionistas que recebem da Telos menos do que um salário mínimo. Eles, portanto, não têm condições de pagar, tendo dependente, mais do que ganham em mensalidades ao plano de saúde Bradesco. Essa medida é cruel e nosso apelo ao entrar com uma Ação Civil Pública junto à Defensoria foi um acerto. É a vida dos idosos que está em jogo num momento em que a saúde passa por uma crise profunda. Nossa luta agora é para manter essa decisão”, afirmou. URGÊNCIA PARA APROVAÇÃO DO 14º SALÁRIO PARA APOSENTADOS O senador Paulo Paim (PT/RS) pe- diu urgência na aprovação do projeto de lei que prevê o pagamento de um 14º salário emergencial a aposentados e pensionistas do INSS. O senador alega que o salário extra é uma ques- tão humanitária, uma vez que muitos aposentados estão atravessando um momento muito difícil em função da pandemia do coronavírus. “Temos que valorizar os aposentados que tanto trabalharam pelo Brasil e hoje vêem seus benefícios reduzidos todos os anos. Eles estão pedindo socorro”, defendeu Paim. O PL3657/2020 que institui o 14º salário é de autoria popular e foi acatado pelo senador. Segundo o INSS, são 35 milhões de aposentados e pensionistas no Brasil. Destes, em torno de 70% re- cebem um salário mínimo. E é esse benefício que muitas vezes sustenta famílias inteiras – principalmente diante do cenário atual de recessão econômica e aumento de desemprego - e é fundamental para movimentar a economia de municípios, sobretudo os menores. Em grande parte das cidades brasileiras, o volume desses pagamentos ultrapassa o de transfe- rência do Fundo de Participação de Municípios, que repassa o valor de impostos aos cofres locais. Segundo Paim, se o projeto de lei for aprova- do, haverá uma injeção de cerca de R$ 42 bilhões em dinheiro novo na economia, que vai ajudar a movi- mentar o comércio local, estimular o pagamento de impostos e manter postos de trabalho. S im, sabemos que vivemos num momento de crise e que a situa- ção não está fácil para ninguém. Mas não há justificativa para que o Sinstal, sindicato representante das empresas prestadoras de serviço de telecomunicações, paralise as negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da rede. A primeira e última rodada de negociação aconteceu em 19 de agosto, há 40 dias! E até agora o sindicato patronal não agendou a segunda reunião. O Sinttel-Rio lembra que a data-base da categoria é em 1º de abril e que a renovação da CCT foi adiada por conta CHEGA DE ENROLAÇÃO: QUEREMOS NEGOCIAÇÃO JÁ! CAMPANHA DA REDE Você se lembra do caso dos dois trabalha- dores que o Sinttel-Rio conseguiu reintegrar depois de demissões injustas na Serede? Pois é, aqueles não foram casos isolados. Em reu- nião de dirigentes e representantes sindicais da Serede, realizada no Sindicato na última quinta-feira (24), foram relatados vários epi- sódios de medidas disciplinares injustificadas, ameaças e coação aos trabalhadores de rede. Depois da divulgação do vídeo, realizado pelo Sinttel-Rio, em que Sandro e Fagner contam que foram punidos por seguir orientação da empresa de reaproveitar cabos, outros traba- lhadores relataram problemas semelhantes nas redes sociais. Na reunião, os empregados da Serede informaram também casos de acúmulo de função sem remuneração adequada e des- contos indevidos. Esses temas estão sendo levados à empresa pelo Sinttel-Rio, durante as reuniões de negociação. Se você ainda não teve tempo de assistir ao vídeo da reintegração dos trabalhadores, vale à pena passar no nosso youtube e conferir (https://www.youtube.com/ watch?v=hWOppeoLhEo). Ah, e não deixe de se inscrever no canal (WebTVSinttelRio) e apertar o sininho para ser avisado das pró- ximas produções. da pandemia. Mas seis meses depois não há mais motivo para protelar a negociação. Já passou da hora de sentar e definir pontos fundamentais para a vida de mais de 20 mil trabalhadores de empresas como Serede, Procisa, Tel, Ezentis, Lgm, Excomnet, Servlog, IT Telecom, MVVS, Logictel, Ericson, Nokia Siemens, entre outras. A Pauta de Reivindicações enviada ao Sinstal inclui: reajuste pelo INPC, acrescido de 5% de aumento real; piso salarial de R$ 1.500,00; vales refeição e alimentação de R$ 36,00 por dia; au- xílio-creche ou babá de R$ 700,00; qualificação dos trabalhadores de funções em extinção, com oferecimento de curso como o de fibra ótica. Numa homenagem aos trabalhado- res e trabalhadoras de infraestrutura de telecomunicações (Rede), o Sint- tel-Rio produziu um vídeo divulgado no domingo, 27, dia dedicado a esses profissionais, conforme a lei estadual nº 6124, de 2011, de autoria do então deputado estadual Gilberto Palmares. Se você ainda não viu o vídeo, confira nas redes sociais do Sinttel-Rio (Insta- gram, Youtube e Twitter) ou no nosso portal www.sinttelrio.org.br . O vídeo mostra como esses compa- nheiros e companheiras são essenciais durante a pandemia: indispensáveis para manter a sociedade conectada, interligando o Brasil e o mundo. Na mesma homenagem, o Sinttel reafir - ma sua determinação de seguir na luta pela valorização de todos esses trabalhadores/as. A escolha da data, 27 setembro, dia dos santos gêmeos Cosme e Damião, 27 DE SETEMBRO, DIA DO TRABALHADOR DE REDE foi uma sugestão da diretora de Saúde do Sinttel, Edna Maria do Sacramento. Antes que alguém pense que há nisso qualquer conotação religiosa, esclarecemos que a motivação foi o fato dos santos serem gêmeos, o que reforçava a luta do departa- mento de Saúde para que o trabalho fosse realizado em dupla, o que garantiria que um socorreria o outro no caso de aciden- tes. Durante muito tempo conseguimos manter as duplas. Mas esse sistema aca- bou e, desde então, vários trabalhadores morreram em serviço. Antônio Carlos, empregado da Serede há 8 anos, deu seu recado para os traba- lhadores de rede no seu dia: “Desejo que todos continuem combatendo o bom com- bate, não se desviem dos seus objetivos e realizações porque esse ramo de trabalho vai até o fim dos tempos. É um ramo que precisa ser valorizado. Espero que todos sejam vistos com carinho. O momento agora é de união e de luta”. SEREDE: DENÚNCIAS EM SÉRIE N uma assembleia repre- sentativa, com partici- pação de 2.392 trabalha- dores e trabalhadoras, sendo 1.025 do Rio de Janeiro, os empregados da Vivo aprovaram, dia 25, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apre- sentada pela empresa à Federação Livre, que representa o Sinttel-Rio, após intensa negociação. A assembleia realizada de maneira remota, devido ao risco à saúde representado pelas aglomerações durante a pandemia do coronavírus, tem se mostrado um importante instrumento democrático. No Rio de Janeiro, 56% dos trabalhadores da Vivo votaram. O Acordo foi aprovado por 91% dos votos. Apenas 8% votaram contra e houve 1% de abstenções. Com a decisão, os direitos assegurados no Acordo estão renovados por dois anos. Além disso, o Acordo garante abono, PPR e mantém o pagamento do carro agregado, conquistas realizadas na mesa de negociações, revertendo a proposta inicial da empresa. FORTALECIMENTO DA DEFESA DOS TRABALHADORES A defesa dos direitos dos trabalhadores da Vivo no Rio de Janeiro é feita pelo Sinttel-Rio e pela Federação Livre num longo processo. As rodadas de negociação e assembleias envolvem os dirigentes das instituições, advogados, profissionais de VIVO: ACORDO É APROVADO POR 91% DOS TRABALHADORES comunicação, de TI e da administração. Só assim é possível lutar por direitos e benefícios. Para viabilizar essa estrutura, existe a contribuição assistencial. No caso da Vivo, a empresa faz um aporte na conta dos trabalhadores de R$ 190,00 para que esse valor seja repassado aos sindicatos. A contribuição é feita no pagamento do abono, em janeiro/2021. Há a previsão de PAGAMENTOS EXTRAS Com a aprovação da proposta, os empregados da Vivo terão, incluindo o 13º salário, seis meses seguidos de pagamento extra no contracheque, mais o reajuste em setembro de 2021. Outubro/20 - PPR = 1 salário para o Administrativo, Loja, Campo e Atendimento que não recebem PRV (PIV), = ½ salário para o Campo e Atendimento que recebem PRV (PIV) Novembro/20 - 13º salário = Pagamento de 50% do 13º para todos os empregados Dezembro/20 - 13º salário = Pagamento de 50% do 13º para todos os empregados Janeiro/21 - Abono indenizatório = 50% do salário com garantia de valor mínimo de R$ 1.300,00 Fevereiro/21 - 13º salário = 1ª parcela do 13º para Administrativo e Lojas Março/21 - PPR 2020 = Pagamento da parcela final para todos os trabalhadores Setembro/21 - Reajuste nos salários e benefícios = INPC integral do período (1/set/20 a 31/ago/21) Na primeira rodada de negociações, dia 21, a Claro disse que quer manter o Acordo em vigor, mas que não pretendia reajustar os salários e benefícios. Essa intenção da empresa foi rejeitada de imediato pela comissão da Federação Livre, que repre- senta o Sinttel-Rio. Uma nova rodada de negociações ficou agendada para a próxima segunda-feira (5). Como sempre faz na hora de negociar salários e benefícios, a Claro aproveitou para se lamentar, enumerar suas dificuldades, os efeitos da crise e os prejuízos. Desta vez a choradeira foi a perda de receita com a TV por assinatura, seu carro chefe, e os prejuízos decorrentes da pandemia. O que todos nós sabemos é que ao con- trário do que diz na mesa de negociação, a Claro vai “muito bem, obrigada”. Tanto que adquiriu a Nextel ano passado e agora, junto com a TIM e a Vivo, vai arrematar o serviço móvel da Oi em leilão. A proposta é de R$ 16 bi. Praticamente imbatível. R$ 36 BI DE RECEITA - Em 2019, a receita líquida da Claro foi de R$ 36,33 bilhões e o Ebitda (lucro antes de juros e depreciações) foi de R$ 13,53 bilhões. Em 2018, os seus resultados não foram menores. Do que reclama a Claro? Por tudo isso, a comissão ratificou a Pauta de Reivindicações e exigiu sensibilidade da Claro para as dificuldades dos seus empre- gados, que enfrentam um custo de vida cada dia mais alto. O INPC de setembro foi de 2,94%, o que reforça a posição da comissão de não aceitar um reajuste inferior ao índice. A proposta de reajuste zero é inaceitável. Mesmo diante dessa posição da comissão, a empresa deixou a reunião afirmando que, no dia 5, trará uma proposta sobre o home office e o PPR e não falou em reajuste. A comissão da Livre reafirmou que quer dis- cutir os principais itens da Pauta: = Reajuste de salários e benefícios pelo INPC (2,94%) mais 5% de aumento real; = Manutenção dos postos de trabalho: = Definição de regras para o trabalho em home office; = Pagamento do PPR e adiantamento; = Saúde e condições de trabalho. ALGAR TELECOM TERÁ NOVA REUNIÃO DIA 1º A quarta rodada de negociações com a Algar Telecom finalmente foi agenda para esta quinta-feira, dia 1º de outubro. Yêda Paúra, diretora do Sinttel-Rio que integra a comissão da Federação Livre, afirmou que espera que desta vez a empresa se apresente com disposição para fazer uma pro- posta que atenda à nossa pauta e possa ser levada à apreciação dos trabalhadores e trabalhadoras, em assembleia. Até agora, a Algar só propôs cortes e retrocessos. CLARO NEGOCIA DIA 5. QUEREMOS REAJUSTE PELO INPC E GANHO REAL uma contribuição (1%) nos valores recebi- dos a título de PPR, limitado a R$ 100,00. Aqueles/as trabalhadores/as que não concordarem com estas contribuições poderão entregar, na sede do Sinttel-Rio, cartas de oposição, escritas de próprio punho, individualmente, até 13 de outubro de 2020. O horário de funcionamento do Sinttel-Rio é das 9h às 17h. ARQ. SINTTEL-RIO DIVULGAÇÃO REPRODUÇÃO

VIVO: ACORDO É APROVADO POR 91% DOS ...PAGAMENTOS EXTRAS Com a aprovação da proposta, os empregados da Vvio terão, incul indo o 13º saálroi , seis meses seguidos de pagamento

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Page 1: VIVO: ACORDO É APROVADO POR 91% DOS ...PAGAMENTOS EXTRAS Com a aprovação da proposta, os empregados da Vvio terão, incul indo o 13º saálroi , seis meses seguidos de pagamento

APOSENTADOS EMBRATEL/CLARO: DEFENSORIA MANTÉM PLANO DE SAÚDE

Há cinco meses, aposentados e pensionistas da Embratel/Claro lutam contra a imposição da empresa de alterar o plano de saúde para o Brades-co, com pagamento de mensalidades. Como não houve avanços, apesar de inúmeras tentativas de diálogo, a briga foi parar na Defensoria Pública que obteve liminar na Justiça para a manutenção do plano Amap.

A decisão é uma vitória dos coor-denadores dos grupos Amap e dos que abraçaram essa causa, como explica Gilberto Palmares, diretor do Sinttel-Rio e ex-deputado esta-dual: “Há cerca de 800 aposentados e pensionistas que recebem da Telos menos do que um salário mínimo. Eles, portanto, não têm condições de pagar, tendo dependente, mais do que ganham em mensalidades ao plano de saúde Bradesco. Essa medida é cruel e nosso apelo ao entrar com uma Ação Civil Pública junto à Defensoria foi um acerto. É a vida dos idosos que está em jogo num momento em que a saúde passa por uma crise profunda. Nossa luta agora é para manter essa decisão”, afirmou.

URGÊNCIA PARA APROVAÇÃO DO 14º SALÁRIO PARA APOSENTADOS

O senador Paulo Paim (PT/RS) pe-diu urgência na aprovação do projeto de lei que prevê o pagamento de um 14º salário emergencial a aposentados e pensionistas do INSS. O senador alega que o salário extra é uma ques-tão humanitária, uma vez que muitos aposentados estão atravessando um momento muito difícil em função da pandemia do coronavírus. “Temos que valorizar os aposentados que tanto trabalharam pelo Brasil e hoje vêem seus benefícios reduzidos todos os anos. Eles estão pedindo socorro”, defendeu Paim. O PL3657/2020 que institui o 14º salário é de autoria popular e foi acatado pelo senador.

Segundo o INSS, são 35 milhões de aposentados e pensionistas no Brasil. Destes, em torno de 70% re-cebem um salário mínimo. E é esse benefício que muitas vezes sustenta famílias inteiras – principalmente diante do cenário atual de recessão econômica e aumento de desemprego - e é fundamental para movimentar a economia de municípios, sobretudo os menores. Em grande parte das cidades brasileiras, o volume desses pagamentos ultrapassa o de transfe-rência do Fundo de Participação de Municípios, que repassa o valor de impostos aos cofres locais. Segundo Paim, se o projeto de lei for aprova-do, haverá uma injeção de cerca de R$ 42 bilhões em dinheiro novo na economia, que vai ajudar a movi-mentar o comércio local, estimular o pagamento de impostos e manter postos de trabalho.

Sim, sabemos que vivemos num momento de crise e que a situa-ção não está fácil para ninguém. Mas não há justificativa para que o Sinstal, sindicato representante das empresas prestadoras de

serviço de telecomunicações, paralise as negociações para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) da rede.

A primeira e última rodada de negociação aconteceu em 19 de agosto, há 40 dias! E até agora o sindicato patronal não agendou a segunda reunião. O Sinttel-Rio lembra que a data-base da categoria é em 1º de abril e que a renovação da CCT foi adiada por conta

CHEGA DE ENROLAÇÃO: QUEREMOS NEGOCIAÇÃO JÁ!CAMPANHA DA REDE

Você se lembra do caso dos dois trabalha-dores que o Sinttel-Rio conseguiu reintegrar depois de demissões injustas na Serede? Pois é, aqueles não foram casos isolados. Em reu-nião de dirigentes e representantes sindicais da Serede, realizada no Sindicato na última quinta-feira (24), foram relatados vários epi-sódios de medidas disciplinares injustificadas, ameaças e coação aos trabalhadores de rede. Depois da divulgação do vídeo, realizado pelo Sinttel-Rio, em que Sandro e Fagner contam que foram punidos por seguir orientação da empresa de reaproveitar cabos, outros traba-lhadores relataram problemas semelhantes

nas redes sociais.Na reunião, os empregados da Serede

informaram também casos de acúmulo de função sem remuneração adequada e des-contos indevidos. Esses temas estão sendo levados à empresa pelo Sinttel-Rio, durante as reuniões de negociação. Se você ainda não teve tempo de assistir ao vídeo da reintegração dos trabalhadores, vale à pena passar no nosso youtube e conferir (https://www.youtube.com/watch?v=hWOppeoLhEo). Ah, e não deixe de se inscrever no canal (WebTVSinttelRio) e apertar o sininho para ser avisado das pró-ximas produções.

da pandemia. Mas seis meses depois não há mais motivo para protelar a negociação. Já passou da hora de sentar e definir pontos fundamentais para a vida de mais de 20 mil trabalhadores de empresas como Serede, Procisa, Tel, Ezentis, Lgm, Excomnet, Servlog, IT Telecom, MVVS, Logictel, Ericson, Nokia Siemens, entre outras.

A Pauta de Reivindicações enviada ao Sinstal inclui: reajuste pelo INPC, acrescido de 5% de aumento real; piso salarial de R$ 1.500,00; vales refeição e alimentação de R$ 36,00 por dia; au-xílio-creche ou babá de R$ 700,00; qualificação dos trabalhadores de funções em extinção, com oferecimento de curso como o de fibra ótica.

Numa homenagem aos trabalhado-res e trabalhadoras de infraestrutura de telecomunicações (Rede), o Sint-tel-Rio produziu um vídeo divulgado no domingo, 27, dia dedicado a esses profissionais, conforme a lei estadual nº 6124, de 2011, de autoria do então deputado estadual Gilberto Palmares. Se você ainda não viu o vídeo, confira nas redes sociais do Sinttel-Rio (Insta-gram, Youtube e Twitter) ou no nosso portal www.sinttelrio.org.br .

O vídeo mostra como esses compa-nheiros e companheiras são essenciais durante a pandemia: indispensáveis para manter a sociedade conectada, interligando o Brasil e o mundo. Na mesma homenagem, o Sinttel reafir-ma sua determinação de seguir na luta pela valorização de todos esses trabalhadores/as.

A escolha da data, 27 setembro, dia dos santos gêmeos Cosme e Damião,

27 DE SETEMBRO, DIA DO TRABALHADOR DE REDE

foi uma sugestão da diretora de Saúde do Sinttel, Edna Maria do Sacramento. Antes que alguém pense que há nisso qualquer conotação religiosa, esclarecemos que a motivação foi o fato dos santos serem gêmeos, o que reforçava a luta do departa-mento de Saúde para que o trabalho fosse realizado em dupla, o que garantiria que um socorreria o outro no caso de aciden-tes. Durante muito tempo conseguimos manter as duplas. Mas esse sistema aca-bou e, desde então, vários trabalhadores morreram em serviço.

Antônio Carlos, empregado da Serede há 8 anos, deu seu recado para os traba-lhadores de rede no seu dia: “Desejo que todos continuem combatendo o bom com-bate, não se desviem dos seus objetivos e realizações porque esse ramo de trabalho vai até o fim dos tempos. É um ramo que precisa ser valorizado. Espero que todos sejam vistos com carinho. O momento agora é de união e de luta”.

SEREDE: DENÚNCIAS EM SÉRIE

Numa assembleia repre-sentativa, com partici-pação de 2.392 trabalha-dores e trabalhadoras, sendo 1.025 do Rio de Janeiro, os empregados

da Vivo aprovaram, dia 25, a proposta de Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) apre-sentada pela empresa à Federação Livre, que representa o Sinttel-Rio, após intensa negociação. A assembleia realizada de maneira remota, devido ao risco à saúde representado pelas aglomerações durante a pandemia do coronavírus, tem se mostrado um importante instrumento democrático. No Rio de Janeiro, 56% dos trabalhadores da Vivo votaram. O Acordo foi aprovado por 91% dos votos. Apenas 8% votaram contra e houve 1% de abstenções.

Com a decisão, os direitos assegurados no Acordo estão renovados por dois anos. Além disso, o Acordo garante abono, PPR e mantém o pagamento do carro agregado, conquistas realizadas na mesa de negociações, revertendo a proposta inicial da empresa.

FORTALECIMENTO DA DEFESA DOS TRABALHADORES

A defesa dos direitos dos trabalhadores da Vivo no Rio de Janeiro é feita pelo Sinttel-Rio e pela Federação Livre num longo processo. As rodadas de negociação e assembleias envolvem os dirigentes das instituições, advogados, profissionais de

VIVO: ACORDO É APROVADO POR 91% DOS TRABALHADORES

comunicação, de TI e da administração. Só assim é possível lutar por direitos e benefícios. Para viabilizar essa estrutura, existe a contribuição assistencial. No caso da Vivo, a empresa faz um aporte na conta dos trabalhadores de R$ 190,00 para que esse valor seja repassado aos sindicatos. A contribuição é feita no pagamento do abono, em janeiro/2021. Há a previsão de

PAGAMENTOS EXTRASCom a aprovação da proposta, os empregados

da Vivo terão, incluindo o 13º salário, seis meses seguidos de pagamento extra no contracheque, mais o reajuste em setembro de 2021. Outubro/20 - PPR=1 salário para o Administrativo, Loja, Campo e Atendimento que não recebem PRV (PIV),= ½ salário para o Campo e Atendimento que recebem PRV (PIV)

Novembro/20 - 13º salário=Pagamento de 50% do 13º para todos os empregadosDezembro/20 - 13º salário=Pagamento de 50% do 13º para todos os empregadosJaneiro/21 - Abono indenizatório=50% do salário com garantia de valor mínimo de R$ 1.300,00Fevereiro/21 - 13º salário=1ª parcela do 13º para Administrativo e LojasMarço/21 - PPR 2020=Pagamento da parcela final para todos os trabalhadoresSetembro/21 - Reajuste nos salários e benefícios= INPC integral do período (1/set/20 a 31/ago/21)

Na primeira rodada de negociações, dia 21, a Claro disse que quer manter o Acordo em vigor, mas que não pretendia reajustar os salários e benefícios. Essa intenção da empresa foi rejeitada de imediato pela comissão da Federação Livre, que repre-senta o Sinttel-Rio. Uma nova rodada de negociações ficou agendada para a próxima segunda-feira (5).

Como sempre faz na hora de negociar salários e benefícios, a Claro aproveitou para se lamentar, enumerar suas dificuldades, os efeitos da crise e os prejuízos. Desta vez a choradeira foi a perda de receita com a TV por assinatura, seu carro chefe, e os prejuízos decorrentes da pandemia.

O que todos nós sabemos é que ao con-

trário do que diz na mesa de negociação, a Claro vai “muito bem, obrigada”. Tanto que adquiriu a Nextel ano passado e agora, junto com a TIM e a Vivo, vai arrematar o serviço móvel da Oi em leilão. A proposta é de R$ 16 bi. Praticamente imbatível.

R$ 36 BI DE RECEITA - Em 2019, a receita líquida da Claro foi de R$ 36,33 bilhões e o Ebitda (lucro antes de juros e depreciações) foi de R$ 13,53 bilhões. Em 2018, os seus resultados não foram menores. Do que reclama a Claro?

Por tudo isso, a comissão ratificou a Pauta de Reivindicações e exigiu sensibilidade da Claro para as dificuldades dos seus empre-gados, que enfrentam um custo de vida cada

dia mais alto. O INPC de setembro foi de 2,94%, o que reforça a posição da comissão de não aceitar um reajuste inferior ao índice. A proposta de reajuste zero é inaceitável.

Mesmo diante dessa posição da comissão, a empresa deixou a reunião afirmando que, no dia 5, trará uma proposta sobre o home office e o PPR e não falou em reajuste. A comissão da Livre reafirmou que quer dis-cutir os principais itens da Pauta:=Reajuste de salários e benefícios pelo

INPC (2,94%) mais 5% de aumento real; =Manutenção dos postos de trabalho:=Definição de regras para o trabalho

em home office; =Pagamento do PPR e adiantamento;=Saúde e condições de trabalho.

ALGAR TELECOM TERÁ NOVA

REUNIÃO DIA 1ºA quarta rodada de negociações

com a Algar Telecom finalmente foi agenda para esta quinta-feira, dia 1º de outubro. Yêda Paúra, diretora do Sinttel-Rio que integra a comissão da Federação Livre, afirmou que espera que desta vez a empresa se apresente com disposição para fazer uma pro-posta que atenda à nossa pauta e possa ser levada à apreciação dos trabalhadores e trabalhadoras, em assembleia. Até agora, a Algar só propôs cortes e retrocessos.

CLARO NEGOCIA DIA 5. QUEREMOS REAJUSTE PELO INPC E GANHO REAL

uma contribuição (1%) nos valores recebi-dos a título de PPR, limitado a R$ 100,00.

Aqueles/as trabalhadores/as que não concordarem com estas contribuições poderão entregar, na sede do Sinttel-Rio, cartas de oposição, escritas de próprio punho, individualmente, até 13 de outubro de 2020. O horário de funcionamento do Sinttel-Rio é das 9h às 17h.

ARQ. SINTTEL-RIO

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REPRODUÇÃO

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humor 1.729

Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300E-mail Geral [email protected] - Portal www.sinttelrio.org.br

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DIRETORA DE COMUNICAÇÃOKeila Machado ([email protected])

EDIÇÃO Socorro Andrade (Reg. 460 DRT/PB - [email protected])

REDAÇÃO e REVISÃOSocorro Andrade e CRIAR BRASIL

PRODUTORA DE CONTEÚDO DO PORTALCamila Palmares

ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot)

DIAGRAMAÇÃOL&B Comunicação Ltda

Porco com arroz e 5GNo mais recente programa Greg News, Gre-

gório Duvivier fez uma boa comparação entre os caminhos escolhidos pela China e pelo Brasil em relação ao desenvolvimento.

a) Em 18 meses de governo Bolsonaro nossa dependência da China aumentou e muito. Em 2018, a China comprou 27% de tudo o que ven-demos para o exterior. No primeiro semestre de 2020, os chineses compraram 40% da exportação brasileira.

b) A China compra muito soja brasileira para que seus porcos não passem fome.

c) A demanda por soja provoca mais deman-da por terra. Daí a queima criminosa de terras públicas na Amazônia e no Pantanal, com a complacência do Governo Federal.

d) Os chineses não plantam soja porque ela consome muita água, provocando um estresse hídrico (uso não sustentável da água). A água é tão mais valiosa que a soja que o governo chinês investiu 80 bilhões de dólares para levar água do sul para o norte do país. Serão 45 trilhões de litros de água transportados, por ano, para as regiões mais secas da Chinas.

e) Com a exportação de soja, o Brasil manda junto para a China mais que o dobro de água que o projeto bilionário irá carregar. Na verdade, ao importar soja os chineses estão importando água. Por isso, enquanto o Brasil queima, a China cresce.

f) Para os exportadores brasileiros de soja é ótimo que o dólar suba, pois quando o real se valoriza eles perdem. O mesmo ocorre com o arroz, que é indexado ao dólar. Daí os preços absurdos do arroz no Brasil.

g) A China está há décadas investindo pesado em educação, pesquisa e infraestrutura. Nas últi-mas três décadas, a China tirou 850 milhões de pessoas da pobreza. Desenvolvimento inclusivo. A cada ano o salário mínimo chinês cresce de 10% a 20% acima da inflação.

h) A China tem uma Educação pública excelente e acessível para todos. O país está no topo do Programa Internacional de Avaliação de Estu-dantes (Pisa) em Matemática, Ciência e Leitura.

O Brasil poderia ter sido a China. Mas, fez várias escolhas erradas, entre elas a privatização do setor de telecomunicações, em 1998. Naquela ocasião tínhamos o único centro de pesquisa fora do eixo Europa, Japão, EUA: o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da Telebrás (CPqD). Com o CPqD obtivemos o controle da tecnologia da fibra ótica, de centrais eletrônicas. Exportávamos para a China o cartão indutivo para telefone público. Hoje poderíamos estar no estado da arte da pes-quisa e desenvolvimento do 5G.

Apesar de toda a adversa conjuntura brasileira, precisamos exigir que haja investimento em co-nhecimento e fortalecimento das universidades públicas em relação às telecomunicações/tecno-logia da informação. Exigir que as operadoras de telecomunicações no Brasil não se apropriem apenas dos lucros para seus acionistas, e, sim, garantam investimento em capacitação, em co-nhecimento, em pesquisa. Não podemos apenas continuar a alimentar os porcos chineses e a bater continência para o governo Trump.

Visite o site www.institutotelecom.com.br

Nunca antes se falou tanto numa vacina como agora, diante da pandemia causada pelo novo coronavírus. A vontade de voltar a ter uma vida normal e levar os filhos para a escola, viajar, praticar esportes, ir a shows, cinema e andar por aí sem preocupação de ficar doente nos faz desejar que a vacina para o coro-navírus chegue o mais rápido possível. Mas e as outras doenças que estavam até erradicadas devido ao eficiente calendário vacinal do SUS, e voltam a bater na nossa porta? O sarampo é um exemplo: voltou a circular no Brasil em 2018 e só em 2019 foram cerca de 14 mil casos.

Porque uma doença que tem vacina e, portanto, pode ser evitada, acomete tantas pessoas? Uma das respostas dos especia-listas seria o baixo índice vacinal. Graças a correntes que circulam livremente pela internet, impulsionadas por grupos antivacinas e por fake news, correm pe-las redes sociais histórias mirabolantes, nunca comprovadas cientificamente. Quando não nos vacinamos ou deixamos de vacinar nossos filhos acreditando que a vacina faz mal ou que a doença não existe

Entre os momentos mar-cantes, houve a greve re-alizada quando a empresa contratada era a Criativa, mobilização de 2012 que mostramos na edição pas-

sada do Jornal do Sinttel-Rio. “A Criativa queria nos dar um golpe, sair sem pagar. O Sinttel conseguiu bloquear o dinheiro que o Detran depositou. Conseguimos receber tudo. O movimento foi vitorioso com a adesão de todos”, lembra Jorge.

Já em 2017, uma nova batalha para ga-rantir o pagamento, desta vez por parte da empresa Telco, diante do atraso de repasse pelo Detran-RJ. E nessa época um compli-cador: o surgimento de um sindicato fake, o Sintelmark. Foi necessário o Sinttel-Rio acionar a Justiça para que não houvesse dúvidas da representatividade do nosso Sindicato nas negociações. Foi então que a Justiça do Trabalho declarou que a repre-sentação dos operadores de telemarketing no Rio de Janeiro pertence exclusivamente ao Sinttel-Rio, o que foi confirmado pelo Ministério Público do Trabalho. Para nós, tão importante quanto a decisão da Justiça foi o reconhecimento de trabalhadores como Jorge: “O Sintelmark é ligado ao patronato, não nos representava de fato. Foi importante trabalhar abrindo os olhos

Começou a campanha eleitoral: valorize seu voto

No último domingo (27), foi iniciada mais uma campanha eleitoral para a escolha de vereadores e prefeitos, em todo o Brasil. Até o dia 14 de novembro os brasileiros vão poder conhecer os candidatos, analisar suas propostas e decidir em quem votar no dia15 (1º turno) e 29 de novembro (2º turno).

Cada vez mais polarizadas, as eleições deste ano têm um tempero a mais. Com a pandemia, a maioria dos candidatos vai intensificar sua propaganda nas redes sociais. E é preciso estar atento em relação as informações recebidas para não se deixar levar pelas famosas “fake news” (notícias falsas).

Lembre-se, os candidatos que se elegerem representarão a população por quatro anos. É muito importante conhecer a fundo as propostas de cada um, saber se lutam pelos direitos dos trabalhadores e se estão, de fato, envol-vidos com a classe que realmente produz em nosso país.

Nos últimos anos, os trabalhadores e trabalhadoras já vinham perdendo muitos direitos. No governo atual essa questão se intensificou com o desmonte do Ministério do Trabalho, a tentativa de enfraquecer os sindicatos e tantos outros projetos votados no Congresso e no Senado como a Reforma Trabalhista e previdenciária, que visam, principal-mente, reduzir cada vez mais direitos já adquiridos por meio de muita luta anos atrás.

A chance de mudança está nas mãos de cada eleitor. E esse é o melhor momento para conhecer a fundo quem pede o seu valioso voto.

Você sabe qual é o papel do vereador e do prefeito? Esse será nosso tema na semana que vem.

PARA DEFENDER OS TRABALHADORES É PRECISO DETERMINAÇÃO E FORÇA

A caderneta de vacinação do seu filho está em dia? E a sua?

mais, se cria um ambiente suscetível para que um novo surto aconteça. Veja o exemplo do sarampo. Em 2020, pela primeira vez em 20 anos, o Brasil não atingiu a meta de vacinar entre 90% a 95% das crianças com até um ano de idade. O índice de vacinação contra hepatite B, meningites, diversos tipos de pneumonias e a poliomielite também caiu. O que abre uma enorme possibilidade de doenças como a paralisia infantil, que acometeu cerca de 26 mil crianças entre os anos de 1968 e 1988, voltarem.

ADULTOS E IDOSOS TAMBÉM DEVEM SE VACINAR

O calendário vacinal do SUS oferece vacinas também para adultos. Além da conhecida vacina contra a gripe, que tem os idosos como principal foco da campanha, outras contra febre amarela, difteria, tétano, hepatite B e até sarampo, caxumba e rubéola estão disponíveis na rede pública. Fique ligado! Confira sua ca-derneta vacinal e não perca as campanhas de vacinação. Vá a um posto de saúde. A prevenção é o melhor remédio, sempre!

dos operadores de que precisávamos nos unir ao Sinttel-Rio pela representatividade de nossa luta e de nossa vitória”, relembra.

Izabel Cristina Rodrigues também trabalhou no call center do Detran e não tem boas recordações do Sintelmark: “O

A LIQ, além de parcelar as verbas res-cisórias dos trabalhadores demitidos em 2019 e 2020, tem atrasado o pagamento das parcelas, o que é inaceitável. O de-partamento jurídico do Sinttel-Rio entrou com recurso na Justiça pedindo a multa pactuada no acordo a todos que foram pre-judicados. Agora, a tese do Sindicato ganha um apoio de peso: o Ministério Público do Trabalho (MPT) emitiu parecer apoiando o recurso do Sinttel-Rio e pedindo por sua total procedência. A multa é devida não apenas porque o acordo foi violado, mas também por todos os prejuízos a que os trabalhadores foram submetidos com a alteração unilateral do ajuste. É o que defende o Jurídico do Sindicato, agora, com o apoio do MPT.

Agora, o recurso vai a julgamento, mas

esse parecer do MPT é importantíssimo para que os desembargadores decidam pela responsabilidade da empresa e que ela tenha que arcar com a multa, que vai beneficiar os demitidos.

JORNADA IRREGULAR - O Sinttel-Rio também recebeu denúncias relativas à jornada de trabalho irregular na LIQ. Segundo essas informações, os trabalhadores estavam sendo obrigados a cumprir 8h diárias, quando a legislação para o teleatendimento prevê 6h, ou seja, 36h por semana. Nosso jurídico já está analisando as denúncias para acionar as medidas extrajudiciais cabíveis. Os trabalhadores atingidos por este grave desrespeito devem enviar e-mail para o departamento jurídico com informações. Assim, passarão também a receber os informes sobre o tema:

LIQ: MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHO APOIA SINTTEL-RIO NA COBRANÇA DE MULTA

CALL CENTER DETRAN

“Vocês representam de fato os trabalhadores!” O depoimento é de Jorge Acyr da Matta, trabalhador do call center do Detran há quase 10 anos. Jorge acompanhou a luta que o Sinttel-Rio travou na última década em defesa desses trabalhadores e trabalhadoras.

SEAC MANTÉM PROPOSTA DE REAJUSTE ZERO

Na reunião no dia 23, o Seac (sindicato patronal de asseio e conservação) não apresentou nenhuma proposta para reajuste de salários e benefícios, conforme cobrou o Sinttel. A falta de reajuste motivou a rejeição da proposta anterior pelos trabalhadores e trabalhadoras, em assembleia. Ao invés de discutir reajuste, o Seac veio à reunião propor a mudança da data-base de 1° de maio para 1° de março.

Virginia Berriel, diretora do Sinttel responsá-vel por essa negociação, rebateu na hora: “então proponho que fique assegurado já, o INPC para a próxima negociação em maio/2021 e, para com-pensar a falta de reajuste este ano, queremos ao menos um abono salarial para os trabalhadores.”

No final da tarde da última segunda-feira (28), chegou a resposta do Seac reafirmado a proposta feita em mesa e rejeitada pelo Sinttel: mudar a data-base para março e nada mais. Para o Sinttel, isso não é negociação. Eles estão apostando no impasse. Com essa proposta o Sindicato não fará assembleia e partirá para fechar acordos especí-ficos com algumas empresas.

[email protected] QUE MAIS ESPERAR DA LIQ?

A situação da LIQ é crítica. A empresa não acena com possibilidade de melhoria, só há notícias de que o quadro está se agravando e que planejam cortar ainda mais os direitos adquiridos. Precisamos contar com o apoio dos trabalhadores e trabalhadoras com informações sobre o respeito às condições dignas de trabalho. Estamos à disposição para receber informações e encontrar a melhor forma de enfrentar esse quadro tão difícil.

Entre em contato pelo e-mail de denúncia do Sinttel-Rio: [email protected] . Lembre-se de informar detalhes do problema enfrentado e também o produto com o qual você trabalha. Queremos saber sua opinião sobre esse quadro. Participe!

BTCC PROPÕE CORTES E RETROCESSOS

A BTCC voltou a se reunir com o Sint-tel-Rio na última segunda-feira (28) e, ao invés de apresentar uma contra proposta à nossa Pauta de Reivindicações, a empresa fez uma proposta dura de cortes de antigas conquistas e retrocessos. Essa proposta, que eles chamaram de pauta, foi rejeitada pelos representantes do Sinttel na negociação.

De acordo com Yêda Paúra, uma das representantes do Sinttel nessa negociação, a BTCC sugere corte e mudanças para pior em mais de 16 itens do atual Acordo. Um verdadeiro absurdo. Destacamos aqui os principais:=Criação de nova faixa salarial (mínimo

nacional) para novas admissões;=Extensão do salário mínimo para o

período de experiência que passará para 12 meses. Hoje o período de experiência é de três meses;=Negociação do Acordo para dois anos

para cláusula econômicas e sociais; =Ajuste de banco de horas para 180 dias

(que hoje é de 75 dias);=Substituir tíquete por vale lanche para

novos admitidos;=Home office: manter o modelo atual,

sem nenhuma ajuda financeira ou definição de regras que resguarde o trabalhador.

Além de todas as atrocidades, a empresa continua querendo discriminar novos con-tratados. Trocar o tíquete refeição por vale lanche é outro absurdo. O Sindicato volta a alertar os trabalhadores a continuarem mobi-lizados e lutando para impedir as tentativas de retrocessos e garantir novas conquistas. Junte-se ao Sinttel.

De tudo que foi proposto a única coisa que concordamos é com a vigência do Acordo por dois anos com negociação anual das cláusulas econômicas. Uma próxima reunião não ficou agendada. Lembramos que a data base desses trabalhadores é 1º de abril.

Sintelmark era péssimo como represen-tante, sempre na defesa do patrão”, afirma.

O Sinttel-Rio organizou a resistência e realizou paralisações no call center do Detran, com grande adesão, como con-firmam as fotos. E nossa luta em defesa

desses trabalhadores/as continua até hoje, como vamos contar na próxima edição do Jornal do Sinttel-Rio. Acompanhe com a gente.

Antes de terminar, veja só que bacana mais esse depoimento do Jorge: “Sempre falo para os colegas de trabalho da neces-sidade e da importância da sindicalização para garantia de nossos direitos. E ter vocês como nosso Sindicato é garantia de segurança”. Taí, em tempos tão difíceis isso faz toda a nossa luta valer a pena!

FOTOS ARQ. SINTTEL-RIO