24
Ação Ago/Set2007 | Você também pode dar seu depoimento ao Jornal Ação. Participe!

Você também pode dar seu depoimento ao Jornal Ação. Participe! · personalidade, como Richibiter, Camilo Calazans e Calliari. ... Franz Milhomem de Siqueira (AP) Olivan de Souza

Embed Size (px)

Citation preview

Ação Ago/Set2007 | �

Você também pode dar seu

depoimento ao Jornal Ação.

Participe!

CARTAS

PARTICIPAÇÃO POLÍTICABrilhante o artigo “A participação política”, do diretor William Bento, no Jornal Ação de julho/07. Se os funcionários do BB se conscientizassem da sua força e importância em cada comunidade onde atuam, poderiam influir na eleição de melhores quadros. Infelizmente, reina a indiferença, a apatia e até a discriminação com os colegas que são engajados politicamente. Que as sugestões apontadas no artigo não fiquem esquecidas. Coloquemo-las em prática, para o bem do Banco e do nosso país.César Augusto de Lima SoaresSão Luis - MA

BRASILEIRO, AINDA HÁ ESPERANÇA?Excelente a matéria “Brasileiro, ainda há esperança?”, do Jornal Ação (julho/07 nº 193). O autor merece nota 10. Pena que nós, brasileiros, somos de fato relapsos. Todo mundo sabe do jogo político da atuação calhorda de nossos homens públicos. No entanto, basta começar uma campanha eleitoral, esquecemos tudo e de novo votamos nas mesmas figurinhas carimbadas e sujas. Que povinho idiota!Roberto Machado BritoPiripiri - PI

O BANCO DO PRESIDENTE LULASirvo-me do presente para hipotecar minha irrestrita solidariedade à Carta do Presidente da ANABB de julho 2007, no Jornal Ação. Assim como V.Sa., também assisti à passagem de diversos presidentes do Banco do Brasil, alguns que marcaram as nossas vidas pelos modelos de administração, caráter e personalidade, como Richibiter, Camilo Calazans e Calliari.Tudo aquilo que V.Sa. cita em sua carta deixa claro o propósito de tornar inviável a nossa querida casa, o Banco do Brasil. Freqüentemente, tenho alertado pela

minha agência sobre falhas que observo no atendimento aos clientes do Banco, notadamente no sucateamento dos equipamentos dos “hall eletrônicos” ou até mesmo na falta de numerário e no fornecimento de dinheiro dilacerado. Nas filas quase sempre intermináveis no atendimento aos usuários, não raro sinto-me abatido pelos comentários generalizados dos clientes.Assim sendo, manifestações como as de V.Sa. merecem reflexão por parte de todos nós que aprendemos a amar essa casa que nos proporcionou a vida digna que vivemos.Sérgio Magno da FonsecaNiterói - RJ

Parabenizo o presidente da ANABB, Valmir Camilo, pelo artigo “O Banco do Presidente Lula”, no qual relembra com respeito e admiração os presidentes do Banco do Brasil Calazans e Callliari. Há de se considerar também a opinião do mesmo em relação a Policaros e Lafaietes. Lamentáveis!Como funcionário do Banco por 30 anos, comungo de seu parecer no brilhante artigo. Atair Pertinhes Campo Grande - MS

MUDANÇAS DESNECESSÁRIASNos meus 42 anos de Banco e Previ, nunca tinha visto comentários tão diretos e objetivos – no jornal Ação 192 – feitos pelo presidente Valmir e pela diretora Denise Vianna, numa demonstração de total insatisfação em razão de mudanças desnecessárias e fora de prumo, o que já aconteceu em tempos passados. Quando o presidente diz: “vamos trabalhar para fazer as pessoas mais felizes, as de dentro e as de fora”, convém informar que o sistema já faz infelizes as de dentro.José Fernando Brígido GomesFortaleza - CE

Ação

ANABB - SCRS 507, bl. A, lj. 15 CEP: 70351-510 Brasília/DFAtendimento ao associado: (61) 3442.9696 Geral: (61) 3442.9600Site: www.anabb.org.br E-mail: [email protected] Redação: Ana Cristina Padilha, Mariana Jungmann e Priscila Mendes E-mail: [email protected]ção e Editoração: Optare Comunicação Editor e jornalista resp.: Pierre Triboli Revisão: Maria Júlia Luz Periodicidade: mensal Tira-gem:105 mil Capa: Alisson Sakamoto Banco de Imagem: AbleStock Impressão: Gráfica Positiva Fotolito: Colorpress

DIRETORIA-EXECUTIVA

CONSELHO DELIBERATIVO

VALMIR CAMILOPresidente

WILLIAM JOSé ALVES BENTODiretor Administrativo e Financeiro

DENISE LOPES VIANNADiretora de Comunicação e Desenvolvimento

GRAÇA MACHADODiretora de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência EMÍLIO S. RIBAS RODRIGUESDiretor de Relações Externas e Parlamentares

ANTONIO GONÇALVES (Presidente)Ana Lúcia LandinAntilhon Saraiva dos SantosAugusto Silveira de CarvalhoCecília Mendes Garcez SiqueiraCláudio José ZuccoDouglas José ScortegagnaÉlcio da Motta Silveira BuenoGenildo Ferreira ReisInácio da Silva MafraIsa Musa de NoronhaJosé Antônio Diniz de OliveiraJosé Bernardo de Medeiros NetoJosé BranissoJosé Sampaio de Lacerda JúniorLuiz Antonio CareliMércia Maria Nascimento PimentelNilton Brunelli de AzevedoRomildo Gouveia PintoTereza Cristina Godoy Moreira SantosVitor Paulo Camargo Gonçalves

CONSELHO FISCAL

HUMBERTO EUDES VIEIRA DINIZ (Presidente)Armando César Ferreira dos SantosSaul Mário MatteiAntônia Lopes dos SantosDorilene Moreira da CostaElaine Michel

DIRETORES ESTADUAIS

Paulo Crivano de Moraes (AC)Ivan Pita de Araújo (AL)Marlene Carvalho (AM)Franz Milhomem de Siqueira (AP)Olivan de Souza Faustino (BA)Francisco Henrique Ellery (CE)Elias Kury (DF)Pedro Vilaça Neto(ES)Saulo Sartre Ubaldino (GO)Joel Duarte de Oliveira (MA)Francisco Alves e Silva - Xixico (MG)Edson Trombine Leite (MS)José Humberto Paes Carvalho (MT)José Marcos de Lima Araújo (PA)Maria Aurinete Alves de Oliveira (PB)Carolina Maria de Godoy Matos (PE)Benedito Dias Simeão da Silva (PI)Moacir Finardi(PR)Antonio Paulo Ruzzi Pedroso (RJ)Heriberto Gadê de Vasconcelos (RN)Valdenice de Souza Nunes Fernandes (RO)Robert Dagon da Silva (RR)Edmundo Velho Brandão (RS)Carlos Francisco Pamplona (SC)Emanuel Messias B. Moura Júnior (SE)Walcinyr Bragatto (SP)Saulo Antônio de Matos (TO)

Este espaço destina-se à opinião dos leitores. Por questão de espaço e estilo, as cartas podem ser resumidas e editadas. Serão publicadas apenas correspondências assinadas e que sejam selecionadas pelo Conselho Edi-torial da ANABB. As cartas que se referem a outras entidades, como Cassi e Previ, serão a elas encaminhadas. Se você quer enviar comentários, sugestões e reclamações envie um e-mail para [email protected] ou uma carta para o endereço SCRS 507, Bl. A, Lj.15 CEP: 70351-510 Brasília/DF

jornal

2 | Ação Ago/Set2007

Ação Ago/Set2007 | �

CARTA DO PRESIDENTE

Deixo para escrever a Carta do Presidente, quando o nosso Jornal Ação já está praticamente pronto, quase no momento de ir para a gráfica. Fico na expectativa de um novo tema, capaz de acrescentar uma nova discussão, num veículo de comunicação feito com tanto carinho e por tanta gente. Hoje, 27 de agosto, con-fesso que estou indeciso quanto ao assunto a ser tratado, dividido entre a tarefa de agradecer e cobrar.

O desafio enfrentado pelos associados da Cassi, e vencido com a aprovação do novo estatuto e do acordo financeiro a ser assinado com o Banco, é fonte de inspiração para o agradecimento. O resultado financeiro do Banco e a percepção de que o caminho que a empresa está tomando não é o melhor me empurram para a cobrança.

O esforço dos dirigentes da Cassi deverá ser lembrado como o começo de uma mudança que poderá ser a solução dos pro-blemas de nossa Caixa de Assistência. No entanto, o resultado com mais de 80% de aprovação mostra o nível de envolvimento dos dirigentes da ANABB, dos representantes das associações de aposentados, da maioria dos dirigentes sindicais, das principais lideranças do funcionalismo, de parlamentares que não negaram a colaboração, de membros da direção do Banco (incluindo o pre-sidente Lima Neto), dos dirigentes de AABBs e de colaboradores anônimos que, por todo o País, fizeram um pouco mais que a parte de cada um. Estávamos certos em apostar no debate franco e direto, na convocação de todos, inclusive dos partidários do ‘não’, que valorizaram o processo democrático da consulta, vivido pela Cassi. Estão todos de parabéns.

Se a Caixa de Previdência (Previ) aponta para o caminho que

pode levar à correção de todas as injustiças, e a Caixa de Assis-tência (Cassi) ganha fôlego para enfrentar as dificuldades – o que é conjuntural, com participação importante da atual direção do Banco – o mesmo não se pode dizer da empresa Banco do Brasil. Estou angustiado. Antes do atual governo, enfrentamos muitas dificulda-des com diversas direções do nosso BB, desde o Governo Sarney, passando pelo Governo Collor e dois mandados do FHC. Tivemos um pouco de fôlego só no Governo Itamar. Nessas lutas, podíamos contar sempre com aliados muito fortes: todo o movimento sindical, as centrais sindicais (em especial, a CUT) e os partidos de esquer-da, com destaque para o PT. O futuro já está me tirando o sono.

Assisti aos dirigentes do Banco, da Previ e da Cassi, no último ano do Governo FHC, administrando as instituições como se seus mandatos fossem eternos. Fico hoje com a sensação de que já vi este filme. Como não acredito num terceiro mandato do Lula, para o bem da democracia, precisamos trabalhar também com um cenário de volta para o passado. Como é que vamos cobrar de um eventual governo de direita o Banco do Brasil que nós queremos? O banco público cujo principal lucro a ser alcançado é o social? O banco que tem o seu funcionalismo como maior patrimônio? O banco para o qual o Bradesco, o Itaú e tantos outros bancos privados não seriam referências internas nem externas? O banco dos brasileiros além das placas de propaganda?

Desculpe por, neste momento de comemoração, estar divi-dindo minha angústia com vocês, mas a luta tem pouco tempo para descanso e festa. Por mais surrada que seja a frase – a luta continua – ela vai estar presente sempre em nossas vidas. Nesta nova empreitada, esperamos poder contar com o movimento sin-dical, com as centrais sindicais – em especial, a CUT – e com os partidos de esquerda, com destaque para o PT. Não temos tempo para descanso e festa, nem mesmo quando acreditamos estar go-vernando. Estamos mesmo?

SEM TEMPO PARA COMEMORAR

Valmir CamiloPresidente da ANABB

CAPA

O Jornal Ação publica, a partir desta edição, depoimentos dos cole-gas do Banco do Brasil que queiram mostrar qual é a sua relação com o Banco. O objetivo principal é abrir espaço para o as-sociado se expressar, falar de suas queixas, alegrias, boas histórias, fatos ruins, angústias. Enfim, este espaço é seu. Para inaugurá-lo, há três depoimentos de funcionários que in-gressaram em épocas distintas do BB. Caso você queira pu-blicar seu depoimen-to, envie o texto para [email protected] ou para o endereço SCRS 507, bl A, lj 15. CEP: 70351-510 - Brasília/ DF.

4 | Ação Ago/Set2007

BAnCáRiO POR gERAÇÕES

por Ana Cristina Padilha, Mariana Jungmann e Priscila Mendes

Ação Ago/Set2007 | �

vel. Afinal, contribuímos a vida toda com um percentual elevado – 17% do salário – para a Previ. Por causa das contribuições, mais a par-te do Banco, é que a Previ se tornou a potên-cia que é hoje. E, por isso, eu me aposentei,

depois de 31 anos no BB, ganhando quase o mesmo salário de quando estava na ativa.

Eu diria que fui muito feliz na minha carrei-ra. Porque gostava de trabalhar, fui valorizado e me aposentei razoavelmente bem. Eu peguei a época boa do Banco, que considerava bas-tante seus funcionários. Depois, o BB teve que entrar na briga com os bancos particulares e privilegiar a lucratividade, e isso achata um pouco os salários.

O relacionamento com os colegas era o melhor possível. Sempre persistiu respeito, amizade, coleguismo, ética. Como chefe, fiz questão de valorizar esses aspectos. Hoje, fica cada um grudado na sua tela de com-putador, parece tudo mais mecânico. Antes, o próprio sistema de trabalho permitia que as relações fossem mais humanas. Mas as

Quando eu tinha 18 anos, o Banco do Brasil era uma das grandes opções pro-fissionais. Paralelamente, havia a carreira militar. Hoje, essas carreiras não são excep-cionais em termos de retorno, mas naquele tempo ingressar no Banco era o sonho da maioria dos jovens. Naquela época, apenas os rapazes podiam entrar no BB: as mulhe-res só puderam ingressar mais tarde. Então, éramos muito assediados pelas garotas com vistas a casamento. Porque era um emprego seguro, de pessoas selecionadas, muito valorizado.

Ingressei no Banco com 19 anos, me casei aos 23 e me dediquei inteiramente ao BB. Tive oportunidades, o Banco reconhecia o trabalho dos funcionários. Os colegas eram estimula-dos a ensinar os mais novos – situação que vivi como aprendiz e como instrutor. Ingressei na faculdade de economia no ano em que entrei no Banco. Depois, me formei em admi-nistração e fiz pós-graduação em administração financeira. Nisso, o Banco incentivou muito, inclusive me deu a oportunidade de ser instrutor em cursos como os da área gerencial.

Ao longo da carreira, fui caixa, gerente de nível médio e ascendi nos cargos. Por meio de concurso em 1985, cheguei a che-fe-adjunto do Cesec de Santo Ângelo (RS) e, depois, passei à gerência. Mais tarde, fui nomeado para a gerência-geral da agência de Santo Ângelo e me aposentei em 1994. O Banco do Brasil, acredito que para todos que passaram por ele, foi uma escola. E ain-da é uma escola respeitada.

Aos 50 anos, me aposentei, mas me achava novo para parar de trabalhar. Resolvi prestar concursos públicos e me tornei auditor do Estado do Rio Grande do Sul. Mas nada dis-so foi por necessidade financeira,pois a minha aposentadoria do Banco é bastante confortá-

cobranças sempre existiram, e a competi-tividade também, porque cada um queria fazer o melhor. E com boa vontade, mesmo quando tínhamos de trabalhar mais, fazer horas-extras. Até porque a remuneração nos deixava satisfeitos.

A maioria dos funcionários tinha amor pelo Banco. E prestigiava as associações e entidades. A Previ era a menina dos olhos. A Cassi oferecia um atendimento primoroso – ela pagava, inclusive, medicamentos. Em todos os lugares, os funcionários fundavam sua Associação Atlética, para ter oportuni-dade de lazer.

Mais tarde, veio a ANABB, criada para defender não só os funcionários, mas também a entidade Banco do Brasil. Mais uma prova desse espírito associativo que sempre acom-panhou a minha geração no BB e vejo com alegria que ainda persiste.O clima com relação ao Banco era de união. Fazíamos questão de levantar o nome do Banco do Brasil, tínhamos muito orgulho de trabalhar nele.

Marco*64 anos, aposentado do Banco do BrasilIngressou no BB em 1963Santo Ângelo – RS

* nome fictício

Fazíamos questão de levantar o nome do Banco do Brasil, tínhamos muito orgulho de trabalhar nele.

Amor pelo BB

O que me fez optar pelo Banco do Bra-sil para fazer carreira foi a visão de futuro que eu tinha sobre a instituição. Antes de ingressar no BB em 1987, eu era empre-gado de uma montadora de automóveis e recebia um salário considerado bom para a época. Fiz o concurso para o Banco e para a Petrobras e fui aprovado nas duas entidades. Preferi o Banco do Brasil, pois tinha a concepção de que era uma insti-tuição que me permitiria estudar, além de ter uma condição de trabalho mais flexível. Lamentavelmente, me enganei. A minha visão se perdeu.

Quando saía no horário, depois de cum-prir a jornada de trabalho, para ir à faculda-de, os colegas reclamavam: “poxa, a gen-te aqui trabalhando e você vai estudar?”.

Além disso, quem não ficasse depois do expediente para concluir as tarefas diárias tinha mais dificuldade de ser promovido.

Já tínhamos problemas no passado e, no presente, eles pesam mais. Hoje, o que impera é a desmobilização e a desmotiva-ção do quadro funcional. Os funcionários se dispersaram, perderam a visão de classe. Os sindicatos perderam o foco, e os nos-sos dirigentes parecem não se importar. O resultado é a situação que presenciamos: as agências estão um caos. Quando entrei no BB, a gente trabalhava muito, mas não ha-via esse excesso de metas e de cobrança nas agências.

Acredito que a situação em que vivemos é fruto de

políticas anteriores. Os governos passados lançaram uma bomba de efeito retardado que está estouran-do nos dias de hoje. Foram os pla-nos econômicos de Fernando Collor e o não-reajuste salarial na era FHC. Por mais que tenhamos reajustes no governo atual, dificilmente vamos alcançar o que perdemos.

Uma história que me marcou foi a “caça aos marajás” promovida por Collor. Isso causou um dano irrepa-rável ao funcionalismo do Banco. Um dano institucional e um dano moral, porque fomos tachados de marajás. Lembro que, naquela épo-ca, eu era caixa, trabalhava muito e o meu salário era baixo, mesmo com as horas-extras.

Eu diria que o primeiro passo para resolver os problemas é nos conscientizar de que o Banco não é do governo Lula, não foi de FHC nem dos dirigentes do Banco. Ele é da sociedade. Também teríamos que mudar “de cara” a motivação dos funcionários. Essa motivação

está diretamente ligada ao salário. A remu-neração paga pelo Banco está abaixo da média do mercado.

Vejo que o bancário do BB não é mera-mente um bancário, ele é um técnico. Na área onde trabalho (de crédito), todos sa-bem muito de mercado, de commodities, de linhas de crédito. Os próprios funcionários de atendimento das agências são qualifica-dos, mas pouco valorizados. Esse é um dos motivos por que vemos um grande número de pessoas saindo do BB para outras em-presas ou que tenham entrado no famoso PAA – Plano de Aposentadoria Antecipada. Realmente, o salário está longe do ideal.

Quem poderia fazer algo por nós, além de nós mesmos, seriam os sindicatos, mas eles

estão distantes do funcionalismo. Só apa-recem quando há alguma votação, algo do interesse deles. Acredito que os sindicatos poderiam ter uma participação mais social, pois não estamos aqui só para trabalhar, cor-rer atrás. Precisamos de algo mais.

O ideal é que o BB tivesse uma adminis-tração ágil e participativa. As decisões são tomadas de “cima para baixo”. Reforço que podemos mudar isso. Já fui escriturário, cai-xa, auxiliar administrativo e atualmente sou assistente administrativo. São 20 anos dedi-cados ao Banco do Brasil. Com todos os pro-blemas, não perdi a esperança. Pretendo me aposentar no Banco e aproveitar os 15 anos de trabalho que me restam para tentar mudar a situação. Sou atuante no movimento dos funcionários e acredito que, se os funcioná-rios se unirem, muito pode ser feito para que a nossa profissão seja mais valorizada.

Paulo*41 anos, assistente administrativoIngressou no BB em 1987Belo Horizonte – MG

* nome fictício, a pedido do funcionário

Sentimentos contraditórios

Hoje, o que impera é a desmobili-zação e a desmotivação do quadro funcional.

� | Ação Ago/Set2007

Ação Ago/Set2007 | 7

Nunca quis ser bancária. Para quem es-tudava agronomia, ficar atrás de uma mesa atendendo clientes não passava pelos meus planos. Mas surgiu a oportunidade de fazer o concurso do Banco do Brasil e, três anos após a prova, fui chamada para trabalhar. Pensava no BB como um trampolim na minha carreira. Ficaria lá até me formar e, depois, encontraria um emprego na minha área. Mas, como em todo concurso público, você acaba se apegando à estabilidade.

À medida que o tempo foi passando, vi que poderia ter oportunidades não só na agência, mas na minha área de formação. Queria ir para a Diretoria de Agronegócios, só que isso não era tão fácil como imaginava. Então, comecei a crescer dentro da própria agência. Iniciei como escriturária, fui caixa por três meses, fui “amarelinha” do Posso Ajudar, assistente de negócios e, agora, sou gerente de contas.

Acho interessante o processo de fazer provas para a ascensão profissional dentro do BB. No entanto, essa ascensão é muito falha. Ainda existe muita chance do “peixe”, de você ir para uma área quando alguém te indica.

Gosto de ser bancária, mas há muita coisa que pode ser melhorada. É um traba-lho cansativo e estressante. Até que gosto da correria. Quando vem pressão de um lado só, você agüenta. Mas, quando vem pressão de todos os lados, é muito difícil. Se você tem que atender os clientes e re-solver o problema deles, tudo bem. Mas você tem que atender, vender, se entrosar com os demais funcionários, estudar para crescer, resolver pendências.

Não há tempo para respirar. Meu dia-a-dia é assim: chego à agência e vou resolver pen-dências do dia anterior. Às 10 horas, começam as ligações de clientes. A partir das 11 horas, a agência abre e atendo os clientes a tarde inteira. A pergunta é: quando terei tempo para vender e alcançar as metas? Não estou falando que é ruim ter metas. Mas, atualmente, o Ban-co trabalha com metas absurdas. Eu trabalhava

numa agência com uma meta de Ourocap que era inalcançável. Simplesmente pensava: ‘não vou vender. É impossível’.

Esse é um grande motivo de pressão. E o clima tem muito a ver com o gerente da agência. Ele sofre uma pressão muito gran-de, que vem de cima. E é ele quem escolhe como vai passar essa pressão para o funcio-

nário. A função do gerente de Administração também é importante. Há épocas em que, para você conseguir marcar férias, é um su-foco. Um abono, então, nem se fala. Já acon-teceram casos em que quem vendesse mais podia tirar um abono. É mole? São direitos que a gente tem. Não tem que agir como se fosse um favor, só porque estamos em uma agência com poucos funcionários.

O Banco até tenta ajudar a melhorar o clima. Concede R$ 300,00 com esse objeti-vo. Detalhe: R$ 300,00 para a agência inteira. Tudo bem, dá para pagar três aulas de yoga. É bom, melhor que nada. Mas não resolve. As mudanças têm de ser maiores, não paliativas.

Em questões salariais, o Banco não é boa

empresa. Recebo um salário líquido de R$ 2.200,00. Para toda a pressão e responsabilida-de que tenho, é um salário muito baixo. Outro exemplo é o caixa. A responsabilidade que ele tem é contraditória com o salário, que também é baixo.

Não posso deixar de falar do grande abismo criado entre os funcionários. Por

que quem entrou no BB depois de 1998 tem direitos diferentes dos mais antigos? Onde está a tal isonomia? O que me deixa in-dignada é que nossos represen-tantes sindicais parecem fingir que essa injustiça não existe, se

fazem de representantes, mas parece é que estão do outro lado.

Para finalizar, falo do futuro. Tenho estudado para outros concursos. Se passar, saio do Ban-co com certeza. Não acredito que o BB seja um lugar para se aposentar. Trabalhar no Banco era um empregão. Mas hoje, não. Sigo trabalhan-do, fazendo a minha parte. Quero crescer, até chegar a hora de ir embora.

Márcia*30 anos, gerente de contasIngressou no BB em 2004Brasília – DF

* nome fictício, a pedido da funcionária

Um pé aqui, outro lá

Tenho estudado para outros con-cursos. Se passar, saio do Banco com certeza.

8 | Ação Ago/Set2007

qUAndO

Antes de mover ações judiciais em nome de seus associados, a ANABB analisa se há chance de elas serem bem-sucedidas. O objetivo é evitar ônus posteriores aos funcionários do BB.

Muitos associados procuram a ANABB solicitando informações sobre a possibilidade jurídica de diversas teses. Antes do ajuizamento e divulgação aos associados, a ANABB analisa cuidadosamente as teses jurídicas, inclusive consultando a existência de jurisprudências sobre o assunto. Esse procedimento serve para evitar possíveis prejuízos aos seus sócios, que mais tarde poderão ser obrigados a arcar com os honorários da parte vencedora e com o pagamento de custas processuais.

A ANABB está aberta a qualquer tipo de pleito, desde que haja reais possibilidades jurídicas. Uma ação

judicial nunca é 100% garantida e, por isso, a obrigação da entidade é procurar minimizar ao máximo os riscos e avaliar com cuidado as teses existentes. A ANABB poderá, inclusive, mudar a sua posição em relação a algumas ações, desde que tenha indícios de que seus associados não sofrerão prejuízos.

As ações relacionadas a seguir estão sujeitas ao pagamento de custas e honorários para a parte vencedora.

Muitas notícias sobre resultados favoráveis são baseadas em decisões de primeira instância, que muitas vezes não prosperam quando chegam aos tribunais superiores.

AÇÕES

Escritórios de advocacia especiali-zados avaliam se a ação judicial é temerária ou não.

A JUSTiÇA?ACiOnAR

Ação Ago/Set2007 | �

TESE NO QUE CONSISTE CONSIDERAÇÕES DA ANABB

CESTA ALIMENTAÇÃO PARA APOSENTADOS

Requerer o pagamento da cesta-ali-mentação para os aposentados.

Existem decisões de primeira instância favoráveis aos aposentados, proferidas por tribunais estaduais. No entanto, o Tribunal Superior do Trabalho (TST) e o Supremo Tribunal Federal (STF) já se manifesta-ram pelo não-pagamento de cesta-alimentação aos inativos. A justi-ficativa é que esse benefício tem natureza indenizatória. Para que os aposentados tivessem direito, seria necessário o reconhecimento da cesta-alimentação como verba de natureza salarial.

COMPLEMENTAÇÃO PRé-67

Cobrar do BB a complementação de aposentadoria dos funcionários admi-tidos antes de 1967.

Matéria já decidida pelo TST, por meio de súmula, nos termos do Enunciado 87: “Se o empregado, ou seu beneficiário, já recebeu da instituição previdenciária privada, criada pela empresa, vantagem equivalente, é cabível a dedução de seu valor do beneficio a que faz jus por norma regulamentar anterior”. Ou seja, é de responsabilidade do Banco o pagamento de possível diferença existente entre o que a Previ complementa e o valor anteriormente prometido pelo Banco.A ANABB não tem conhecimento de nenhum caso em que o benefício pago pela Previ seja inferior ao que o Banco prometeu. Além dis-so, a aposentadoria prometida pelo BB aos funcionários pré-67 não contemplava o pagamento de benefícios para pensionistas, oferecido pela Previ.

CARIM – CARTEIRA DE FINANCIAMENTOS IMOBILIÁRIOS DA PREVI

Discutir judicialmente as condições dos financiamentos concedidos pela Carim.

A ANABB sempre esteve sensível aos problemas da Carim. Além de lutar pela aprovação do GT Carim III junto aos seus conselheiros, a enti-dade também ingressou com ação civil pública para limitar o valor das parcelas do financiamento imobiliário e desobrigar o desconto em folha de pagamento. No entanto, já sabemos que o objeto dessa ação está prejudicado, pois foi aprovado no Conselho da Previ uma proposta de repactuação das condições do financiamento. A proposta será ofereci-da aos participantes até outubro deste ano e prevê que o teto da pres-tação será de, no máximo, 25% do salário ou benefício do aposentado. Os juros serão reduzidos para 5,75%.Foi criado, ainda, um fundo para garantir a liquidação do financiamento, que será finalizado com o pagamento da última prestação, independen-temente da existência de saldo devedor.Aos que ingressaram no PDV, a Carim está preparando um voto que será submetido ao Conselho da Previ para repactuação do financiamen-to, nas mesmas condições negociadas com os demais participantes.

REEMBOLSO DA CPMF PELA PREVI

Buscar o reembolso do valor referente à CPMF sobre o benefício pago pela Previ.

A ANABB ainda não dispõe de estudo jurídico sobre o assunto, mas solicitou esclarecimentos à Previ. Não foi localizado nenhum proces-so já julgado a respeito do tema, possivelmente porque as ações ain-da estejam tramitando em primeira instância.

MULTA DE 40% PARA APOSENTADOS

Buscar o pagamento da multa de 40% sobre as contribuições do FGTS para os empregados que tiveram o contrato de trabalho rescindindo por motivo de aposentadoria por tempo de serviço.

O STF declarou a inconstitucionalidade dos parágrafos 1° e 2° do artigo 453 da CLT, aplicando a tese de que a concessão de aposentadoria não constitui causa de extinção automática do contrato de trabalho. Dian-te da controvérsia sobre a extinção do contrato de trabalho em face de aposentadoria espontânea, o TST decidiu suspender a Orientação Juris-prudencial 177, que determinava a extinção do contrato de trabalho e considerava indevida a multa de 40% em relação ao período anterior à aposentadoria. Em virtude da novidade da matéria, não foram localizados casos julgados a respeito do tema. A ANABB ainda analisa a possibilidade de uma ação coletiva àqueles que foram obrigados a extinguir o seu vínculo empregatício para receber a aposentadoria.Com o novo estatuto da Cassi, não há o risco de o funcionário receber o pagamento da multa de 40% e ser excluído do plano de associados. Isso porque o texto estatutário assegura a permanência no quadro de associa-dos da Cassi daqueles que recebem complementação da Previ.

�0 | Ação Ago/Set2007

SAÚDE

OS

RiS

CO

S d

O

por Fabio Lino

Droga associada às festas de música eletrônica, o ecstasy costuma ser consumido com bebidas alcoólicas ou acompanhado de outras drogas, o que agrava os danos à saúde.

começava”, destaca. De acordo com ele, a sensação é que a noite não tem fim. “Mas tem”, resume. “Com o final do efeito, sempre recorri à cocaína”, acrescenta.

Músico e morador do Lago Sul (DF), Rodolfo relata que começou a utilizar ecstasy por causa da propaganda que a denominava de pílula do amor. “Falaram que essa droga produzia maior interesse sexual, aumentava a capacidade física e não dava sono. Além disso, o que mais me estimulou a experi-mentar e gostar foi ver os meus amigos bem eufóricos, com bem-estar incontrolável. Era tudo mentira”, lamenta.

Os efeitos, segundo Rodolfo, são seme-lhantes aos dos demais estimulantes, como aceleração da freqüência cardíaca, elevação da pressão arterial, diminuição do apetite, ressecamento da boca, dilatação das pupi-las, elevação do humor e sensação subjetiva de aumento da energia. Outros efeitos são náuseas, coceiras, depressão, dor de cabe-

ça, manchas roxas na pele, crises bulímicas e insônia. “Não vale a pena. Quando acaba, o resultado é sempre desastroso.”

DE REMéDIO A VENENOO ecstasy aumenta a concentração de

um neurotransmissor (substância responsá-vel pela comunicação entre os neurônios) chamado serotonina. A droga foi sintetizada pela empresa farmacêutica Merck em 1914 para ser usada como um supressor do apeti-te. Por não atingir a eficácia esperada, nunca foi empregada com essa finalidade.

Redescoberto em 1960, o ecstasy foi indicado para elevar o estado de ânimo e como complemento nas psicoterapias. O uso como entorpecente surgiu a partir da década de 1970, nos Estados Unidos. Em 1977, a droga foi proibida no Reino Unido, medida que foi adotada pelos norte-americanos em 1985. Em 1988, um estudo feito nos EUA mostrou que 39% dos estudantes universi-tários tinham experimentado ecstasy, mos-trando que o uso ilegal estava disseminado. O consumo do ecstasy concentra-se nas boates, em ambientes classificados como raves, onde há aglomeração em espaços

O ecstasy é uma droga da alta sociedade. É como define o terapeuta e presidente da Associação dos Centros de Tratamento, Pesquisa e Prevenção de Dependência Química (Acat), César Ricardo Rodrigues Cunha. Segundo ele, esse entorpecente é bastante procurado por pessoas viciadas em outras drogas, quase sempre cocaína ou álcool. “É difícil receber pessoas que sejam dependentes apenas de ecstasy. Geralmen-te, são pessoas ricas que acreditam na ilusão prolongada do efeito”, explica Cunha, que ressalta o valor da droga. “É muito cara!”

O terapeuta mantém a chácara Dom Bosco, próxima ao Paranoá (cidade-satélite do Distrito Federal), que abriga mais de 20 dependentes químicos. Ele relata o caso de um paciente viciado em cocaína que iniciava a “noitada” com um comprimido de ecstasy. “O dependente começa ingerindo uma cápsula e depois consome coisa mais forte”, aponta.

Rodolfo*, freqüentador do Narcóticos Anônimos (NA), afirma que tomava ecstasy no início da noite. “Sempre quando a festa

O ecstasy pode provocar febre de até 42 graus e intensa desidratação, levando o usuário à morte.

Ação Ago/Set2007 | ��

fechados para dança com música eletrônica.

O princípio ativo do ecstasy é o mesmo do LSD e tem um monte de letras: a Metilenodioxidometaanfetamina (MDMA). Quando foi sintetizado pela primeira vez, a finalidade era o uso medicamentoso. Nada mais razoável, portanto, do que a apresen-tação como comprimido. A dose única varia de 50 a 150 mg. Esse mercado, porém, é ilegal: não existe controle de qualidade, e a substância pode ser adulterada.

Os usuários costumam consumir o entorpecente com bebidas alcoólicas ou acompanhado de outras drogas, como a cocaína, o que intensifica o efeito e agrava os riscos. O ecstasy gera euforia e bem-estar intensos, que chegam a durar oito horas, mas isso pode variar conforme a presença da enzima que o elimina. Aqueles que têm maior quantidade da enzima metabolizadora eliminam a droga mais rapidamente.

A droga atua no cérebro, aumentando a concentração de duas substâncias: a dopamina e a serotonina. A primeira alivia as dores e a outra está ligada a sensações amorosas. Daí se explica por que o ecstasy faz com que a pessoa fique muito sociá-vel, com uma vontade incontrolável de conversar e até de ter contato físico com

as pessoas. O ecstasy também provoca alucinações.

O ecstasy também causa um descontrole da pressão sangüínea, que pode provocar febre de até 42 graus. A febre leva a uma intensa desidratação, que pode levar o usuário à morte. Associado a bebidas alco-ólicas, o ecstasy pode provocar um choque cardiorrespiratório.

O uso freqüente da droga pode dificultar o funcionamento do fígado e ocasionar pele amarelada, além de problemas psiquiátricos (quadros de esquizofrenia, depressão e pânico) e dificuldades de aprendizagem, atenção e memória.

EM BUSCA DE TRATAMENTOO presidente do Conselho de Entorpe-

centes do Distrito Federal, João Marcelo Mendes Feitoza, informa que a instituição está apta a ajudar os dependentes quími-cos. Apesar da carência de profissionais, a instituição está formando uma rede de tratamento envolvendo parceiros privados e a Secretaria de Saúde do Distrito Federal. “Essa rede procura encaminhar os depen-

dentes químicos ao tratamento de maneira rápida”, afirma.

O conselho é responsável pela imple-mentação de políticas de combate ao uso de drogas, de tratamento aos dependentes e auxílio aos familiares. Segundo João Marcelo, o conselho passa por reestruturação para dar mais velocidade na ajuda aos necessitados. “O tratamento dos consumidores de substân-cias entorpecentes passa necessariamente pelo auxílio da família, pois provoca um de-sequilíbrio no ambiente familiar.”

* nome fictício a pedido do entrevistado

O uso de ecstasy gera sensação de eu-foria, mas seu consumo freqüente pode causar transtornos como depressão.

SERVIÇOS:Conselho de Entorpecentes do Distrito FederalEndereço: SRTVS Qd. 701, Bl. I, 6º andar, Ed. Palácio da Imprensa. Brasília/DFTelefone: (61) 3901-5856Para outros estados, consultar a página eletrônica do Observatório Brasileiro de Informações sobre Drogas:www.obid.senad.gov.br

�2 | Ação Ago/Set2007

O juiz Manoel Maximiano Junquei-

ra Filho, da 9ª Vara Criminal

de São Paulo, arquivou a

queixa-crime apresentada

pelo jogador de futebol

Richarlyson, do São

Paulo, que foi chamado

de homossexual. No do-

cumento, o juiz classificou

o futebol como “jogo viril,

varonil, não homossexual”

e sugeriu que um atleta

gay deveria abandonar a

carreira ou montar um novo

time. Na sentença, o juiz

afirma, ainda, que “também

o negro, se homossexual,

deve evitar fazer parte de

equipes de heteros”.

PARABÓLICA

ZERO E DEZ

PRECONCEITO

BOTIQUIM VIRTUAL

Os funcionários do BB de diversas

partes do país conseguiram, enfim,

uma forma de se encontrarem pra tomar

uma cervejinha e pôr o papo em dia. O

encontro está marcado no boteco “Mói

de Liso” criado dentro da comunidade

Banco do Brasil no orkut. No tópico-bo-

tiquim todo mundo pode chegar, pedir

uma gelada ou outra coisa pra beber,

e ainda comer um petisco.

E o melhor: no encontro virtual a conta

sai sempre de graça! Também pudera,

segundo o criador do tópico, Mói de

Liso significa “ajuntamento de gente

sem dinheiro”. Nota 10!

BRASIL

TREM DA ALEGRIAUm dos assuntos que mais causou reboliço no Con-gresso Nacional nos últimos dias

foi a possível volta do “trem da alegria” que dá o direito de

o servidor contratado se tornar funcionário público sem fazer con-curso. Cerca de 310 mil servidores ganhariam a estabilidade do emprego público, com um impacto financeiro ainda inimaginável, se-gundo o ministro do Planejamento. Em meio a tantas manifestações sobre o assunto, os depoimentos de dois colegas do BB chamam a atenção: “... é muito preocupante o impacto financeiro e jurídico que o fato poderá causar à União. Seria importante saber de quem está cuidando disso: quanto custaria?” Paulo Bernardo, ministro do Planejamento “... seria uma desumanidade descartar tais funcionários, pois existem alguns com mais de 20 anos na função. Apelo aos líderes do Congresso a aprovação da matéria.” Ana Júlia Carepa, governadora do Pará

Fonte: Diretoria Parlamentar

FHC: “NO BRASIL, TUDO FRACASSOU”“No meu governo, universalizamos o acesso à escola, mas para quê? O que se ensina ali é um desastre.”“A única coisa que organiza o Brasil hoje é o mercado. E isso é um desastre.”“A parada de 7 de setembro é uma palha-çada.” “Parada militar no Brasil é pobre pra burro. Brasileiro não sabe marchar. Eles sambam... A cada bandeira de regimento a gente tinha que levantar, era um senta levanta infindável. Em setembro venta muito em Brasília e o cabelo fica ao contrário.”

Fernando Henrique Cardoso, em repor-tagem de João Moreira Salles publicada

na revista Piauí de agosto – Conversa Afiada (13/08/2007)

ATé PARECE...10,3%. Esse é o percentual reivindicado pelo movimento sindical para a campanha salarial deste ano. No entanto, há uma consideração importante: após greves, campanha unificada e muita xurumela, esse índice sempre reduz. Será que a expectativa é de receber a correção da inflação novamente? 10,3%... Até parece.

UMA PEQUENA SUGESTÃOO BB lançou uma nova campanha de responsabilidade sócio-ambiental. É a tal história do número 3, espalhado em tudo quanto é canto: pratique ao menos três boas ações no dia. O Banco do Brasil poderia aproveitar esta época tãopropícia e praticar três boas ações também na campanha salarial.

CAMPANHA SALARIALw

ww

.unc

.edu

Os funcionários do BB de diversas

O BB lançou uma nova campanha de responsabilidade sócio-ambiental. É a tal história do número 3, espalhado em tudo quanto é canto: pratique ao

Ação Ago/Set2007 | ��

MEMÓRIA

COMITÊS DE CIDADANIAEm 1993, a ANABB envereda pelo caminho do social. Une-se a Betinho, CNBB, Associação

Brasileira de Imprensa e OAB para estimular os funcionários do Banco a participarem do projeto “Ação da Cidadania – Combate à Fome e à Miséria e pela Vida”. São criados mais de 2 mil comitês no âmbito do Banco do Brasil.

BLOG DA CECÍLIA GARCEZA diretora de Planejamento da Previ, Cecília Garcez, e também conselheira delibera-tiva da ANABB, está com novo blog na internet. A página traz textos referentes ao BB, Previ, Cassi, entre outros. O internauta também pode participar de enquetes e fazer comentários. Confira: www.ceciliagarcez.blogspot.com

INTERNET

CPMF: o pê é de “provisória” ou de “perma-nente”? A “contribuição” nasceu assim,

“provisória”. Em 1993, durante o go-verno Itamar Franco (toc, toc, toc), um ministro da Saúde, Adib Jatene, bem intencionado, como todos os outros

ao seu lado no inferno, teve a idéia genial de resolver o problema da Saúde

no País criando mais um imposto. Ou melhor, impostinho. Coisa pouca: 0,25% de tudo o que a população movimentasse nos bancos. De lá para cá, veio o reinado

NO CRAVO E NA FERRADURA

SARDINHA NA LATAE todas as companhias aéreas no Brasil deviam mudar de nome para Coqueiro Linhas Aéreas! Promete acomodar os passageiros como sardinha. Coqueiro Airlines! Viaje como sardinha em lata! Com o joelho enfiado na boca!

José Simão – Folha de S. Paulo - 14/08/07

O QUE SÃO 5%? O presidente da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), Milton Zuanazzi, disse que o espaço entre as poltronas nos vôos comerciais brasileiros não é problema, já que só 5% dos passageiros reclamam do aperto. Ainda bem que Zuanazzi não é, por exemplo, ministro da Saúde. Pelo critério Zuanazzi de problema, uma epidemia de alguma doença não letal que atingisse 10 milhões de brasileiros não chegaria a ser um pro-blema. Afinal, 10 milhões de pessoas no Brasil representam cerca de 5% da população. E se a doença não mata, para que se preocupar com essa bobagem?

Blog do Alon – 14/08/2007

CPMF: o pê é de “provisória” ou de “perma-nente”? A “contribuição” nasceu assim,

“provisória”. Em 1993, durante o go-

ao seu lado no inferno, teve a idéia genial de resolver o problema da Saúde

no País criando mais um imposto. Ou melhor,

FHC, chegamos ao “cumpanheiro” Lula, e esse numerozinho estacionou na cifra mágica de 0,38%, com sua provisoriedade sendo renovada a cada vencimento. Na época da criação da CPMF, a oposição, leia-se o PT, foi contra. A situação, PSDB e seus amiguinhos PFL, etc, a favor. Pois chegamos novamente numa data fatídica, setembro de 2007, quando a CPMF deveria acabar. E desta vez, advinhem, o PT luta com todas as forças para conseguir aprovar a prorrogação da CPMF. E, claro, PSDB, PFL e seus amiguinhos são contra.

PROVISÓRIO OU PERMANENTE? CONTRA OU A FAVOR?

Blog do Alon – 14/08/2007

FHC, chegamos ao “cumpanheiro” Lula, e esse numerozinho

PROVISÓRIO OU PERMANENTE? CONTRA OU A FAVOR?

Blog do Tas – 15/08/07

ww

w.s

xc.h

u_m

alko

ww

w.s

xc.h

u_ca

pgro

s

ENTREVISTA

por Priscila Mendes

É A ORdEM

O Conselho Fiscal é o órgão responsável por examinar as con-tas da ANABB. Eleitos para essa tarefa, os conselheiros buscam assegurar que a asso-ciação atue de modo correto e cumpra seus objetivos.

TRAnSPARênCiA

�4 | Ação Ago/Set2007

Arqu

ivo

ANAB

B

Ação Ago/Set2007 | ��

cionalismo e de suas entidades, bem como organizar as ações desse funcionalismo de forma apartidária, preservando o plura-lismo do corpo associativo. Sou testemunha de que os membros do atual Conselho Fiscal têm se empenhado ao máximo para que as ações da ANABB não fujam aos objetivos iniciais e, embora cada qual tenha convicções po-líticas distintas, há unanimidade no propósito de que a entidade prossiga sem titubear na defesa do interesse dos associados.

Ação - De que ma-neira o Conselho Fiscal acompanha as decisões toma-das na ANABB?Eudes - O Conselho Fiscal acompanha decisões do Conse-

lho Deliberativo e da Diretoria por meio de suas atas, e analisa as razões dessas decisões e se são com-patíveis com os objetivos primordiais da entidade. Freqüentemente, convidamos diretores e funcionários para prestar algum esclarecimento que se faça necessário e, quando possível, acompanhamos presen-cialmente algumas das discussões mais importantes do Conselho Deliberativo.

Ação - Como avalia a situação do fun-cionalismo do Banco do Brasil e de enti-dades como a Previ e a Cassi?Eudes - Antigamente, quando alguém era aprovado em concurso do Banco do Brasil, toda a sua expectativa era sobre o próprio Banco e sobre as possibilidades de evoluir na carreira profissional. Muitos colegas sacrificaram sonhos de cursar faculdades e se deslocaram para cidades distantes,

certos de que, pela tradição de o BB ser o melhor empregador do País, eles não so-freriam ameaças. Regiões inteiras, como o norte do Paraná, se desenvolveram graças à presença do Banco do Brasil. Mas o BB foi sendo destituído de suas funções. Al-gumas tentativas feitas, inclusive por elei-ções, não conseguiram recuperar o Banco. Parece que o “vírus” do neoliberalismo é mais forte do que todas as promessas e discursos daqueles que se propõem a tirar o Brasil do atraso.Restaram a Previ e a Cassi, entidades cria-das para prevenir o futuro e a saúde dos colegas. Parece que o tempo de trabalho ativo já não tem importância. No entanto, se nossas entidades não se voltarem para os novos funcionários, defendendo a isono-mia com os antigos, certamente não haverá salvação para o Banco do Brasil. Esse pa-

trimônio de todos os brasileiros não pode ser transformado em uma atividade-dormitório, sem compromisso com o desenvol-vimento e com as lutas princi-pais do nosso povo.

Em entrevista ao Jornal Ação, o presidente do Conselho Fiscal da ANABB, Humberto Eudes Vieira Diniz, afirma que o conselho atua na preservação dos interesses do funcionalismo do BB, contribuindo para o pluralismo de opiniões. Na avaliação de Di-niz, o trabalho do conselho é fundamental para garantir transparência nas decisões da Associação.

Ação - Quais as atribuições do Conselho Fiscal da ANABB, sendo a entidade a maior associação representativa de tra-balhadores da América Latina?Eudes - Como em todas as entidades e em-presas que têm necessidade de demonstrar

transparência, a ANABB dispõe estatutaria-mente de um Conselho Fiscal, eleito pelos as-sociados, incumbido de examinar as contas e documentos relativos a sua administração.

Ação - A responsabilidade dos conse-lheiros fiscais é maior em uma associa-ção com quase 100 mil associados?Eudes - Embora o Brasil, infelizmente, ain-da seja um país do “faz de conta”, qualquer conselho fiscal que se preze tem de levar a sério suas funções. Principalmente no nos-so caso, quando devemos satisfação, nem tanto pela quantidade, mas pela qualidade do corpo associativo, integrado por cole-gas com elevado espírito crítico, ciosos de seus direitos e que não costumam ser condescendentes com representantes que não cumprem suas funções.

Ação - Qual a importância do Conselho Fiscal da ANABB para a garantia dos di-reitos dos associados? Eudes - A ANABB foi criada com o obje-tivo de defender o Banco do Brasil como principal indutor do desenvolvimento do País, para defender o interesse de seu fun-

É A ORdEM

“O corpo associativo não costuma ser condescendente com repre-sentantes que não cumprem suas funções.”

“O Conselho Fiscal tem se em-penhado para que as ações da ANABB não fujam aos seus objeti-vos iniciais.”

TRAnSPARênCiA

por Paulino Motter

CAMPAnhA SAlARiAl 2007

Nas pautas entregues à Federação Nacional de Bancos, a Contraf e a Contec reivindicam cerca de 10% de reajuste salarial para a categoria.

Pelo quinto ano consecutivo, a campanha salarial dos bancários será unificada, com trabalhadores dos bancos públicos e privados apre-sentando a mesma pauta de reivindicações. A Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf), filiada à Central Única dos Trabalhadores (CUT), entregou sua pauta à Federação Nacional de Bancos (Fenaban) no último dia 10 de agosto. O mesmo ritual foi re-petido no dia 16 pela Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Empresas de Crédito (Contec), filiada à União Geral dos Trabalhadores (UGT). As duas entidades defendem o aumento real de salários e bene-fícios, maior participação nos lucros e resultados dos bancos, e mais segurança nas agências.

Embora a formação de uma mesa única de negociação tenha fra-cassado, a Contraf e a Contec se comprometeram a apoiar reciproca-mente os pontos comuns de suas pautas. Juntamente com as mesas da Fenaban, serão instauradas negociações específicas para os bancos públicos. Desse modo, as questões que dizem respeito a toda a catego-ria serão negociadas com a Fenaban, enquanto as pautas específicas dos bancos públicos serão negociadas diretamente com as respectivas instituições financeiras.

A Contraf e a Contec reivindicam cerca de 10% de reajuste salarial para a categoria. A Contraf defende um aumento real de 5,5%, mais reposição da inflação acumulada no período de 1º de setembro de 2006 a 31 de agosto de 2007. Outra reivindicação é o piso salarial definido pelo Dieese, de R$ 1.628,24, para todos os bancários, além de Plano de Cargos e Salários em todos os bancos.

Na minuta entregue à Fenaban, a Contec reivindica reajuste de acordo

com a variação do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), de setembro de 2006 a agosto de 2007, acrescido da taxa de crescimento do PIB projetada para 2007 pelo Banco Central. “Fundamentamos nos-sos cálculos para não apresentarmos um pedido oco”, explicou Prado.

A pauta da Contec – que também integra as mesas de negociação do BB, CEF, Banco da Amazônia, Banco Nordeste, BRB e BNDES/Fina-me – inclui ainda reivindicação de salário inicial para a jornada de seis horas de R$ 1.700,00. O mesmo valor havia sido pedido na campanha

Juntamente com a mesa da Fenaban, serão instauradas negociações es-pecíficas para os bancos públicos.

DINHEIRO

�� | Ação Ago/Set2007

Ação Ago/Set2007 | �7

de 2006. A Contraf reivindica que caixas, operadores de telemarketing, empregados de tesouraria e os que efetuam pagamen-tos e recebimentos tenham um salário ini-cial de R$ 2.128,24.

Além do reajuste salarial, os bancários querem melhorar as demais verbas que com-põem a remuneração. A minuta de reivindica-ções da Contraf prevê uma remuneração com-plementar de 10% do total das vendas dos produtos comercializados em cada unidade.

PARTICIPAÇÃO MAIOR NOS LUCROS Os bancários querem ampliar a Parti-

cipação nos Lucros ou Resultados (PLR) dos bancos. A prosperidade do setor, con-firmada pelos sucessivos recordes obtidos pelos maiores bancos do País, é o principal argumento da categoria para reivindicar a repartição de uma fatia maior dos lucros.

No primeiro semestre de 2007, o Itaú bateu novo recorde, alcançando lucro de 4,016 bilhões, seguido de perto pelo Brades-co, que teve lucro de R$ 4,007 bilhões no mesmo período. No Banco do Brasil, o lucro líquido foi de R$ 2,5 bilhões nos primeiros seis meses deste ano. O lucro recorrente do BB (sem efeitos extraordinários) foi de R$ 2,9 bilhões, 84,4% superior ao apresentado no primeiro semestre de 2006.

O desempenho do BB só não foi maior em razão do impacto do Plano de Afasta-mento Antecipado (PAA) no segundo trimes-tre de 2007. O lucro registrado no primeiro

trimestre foi de R$ 1,4 bilhão, caindo para R$ 1,1 bilhão nos três meses seguintes.

Os bancários querem traduzir os nú-meros reluzentes dos lucros dos bancos em aumento da PLR. A Contraf reivindica o pagamento de dois salários-base, mais verbas fixas de natureza salarial, em va-lor limitado a R$ 15 mil, observado como teto o percentual de 15% do lucro líquido do banco. A Contraf reivindica, ainda, o pagamento de parcela adicional fixa de R$ 3,5 mil.

Convencer a Fenaban, entretanto, não será uma tarefa fácil. Para o superintenden-te das Relações de Trabalho da entidade, Magnus Ribas, a fórmula convencionada no ano passado não deve ser alterada. “Pela atual convenção, a participação dos funcio-nários cresce à medida que os bancos tam-bém crescem e pode chegar a dois salários, no máximo”, anuncia.

Ele lembrou que, desde o ano passado, os trabalhadores dos bancos ganham uma parcela adicional que depende da variação do lucro do banco de um ano para outro.

Entre as reivindicações da campanha es-tão também o plano de cargos e salários em todos os bancos; o fim do assédio moral/or-ganizacional e das metas abusivas; a isono-mia de direitos entre funcionários novos e an-tigos; o fortalecimento dos bancos públicos; e a redução dos juros e tarifas. As questões específicas de cada banco continuam sendo negociadas em mesas permanentes.

• Isonomia total entre funcionários do BB, novos e antigos;• Pagamento de todas as horas-extras;• Retorno do anuênio;• Não-terceirização do Sesmt (Serviço de Engenharia e Segu-rança de Medicina do Trabalho);• Criação de um grupo de trabalho sobre a saúde dos funcionários;• Cobertura, por parte do BB, de eventuais déficits da Cassi;• Custeio, pela empresa, do tratamento de doenças de trabalho e isenção de co-participação nos tratamentos de hipertensão e diabetes;• Retomada do Comitê em Defesa dos Bancos públicos;

PREVI• Fim do “voto de Minerva” na Previ;• Abertura de financiamento imobiliário para o Plano 2 com re-cursos do próprio plano;• Aumento das pensões e do benefício de 90% para 100%; • Redução da taxa atuarial; • Criação de um benefício extraordinário; • Pagamento da integralidade da contribuição para as mulheres que tiverem 25 anos de associação;• Retorno da eleição de associado para titular da Diretoria de Participações da Previ.

* Pauta divulgada pela Contraf

PAUTA DE REIVINDICAÇÃO DO BB

Os funcionários do Banco do Brasil entram na campanha salarial de 2007 com a seguinte pauta de reivindicações específicas:

MESA ÚNICA Ainda não será desta vez que a Con-

traf e a Contec formarão uma mesa única de negociação. Disposição nesse sentido foi manifestada pelos dirigentes da UGT e da CUT, em encontro realizado no iní-cio de agosto, em São Paulo. Na ocasião, o presidente da Contraf, Vagner Freitas, argumentou que a mesa única de nego-ciação seria vantajosa para a categoria, pois aumentaria o poder de pressão dos bancários e a possibilidade de obter con-cessões dos bancos.

O presidente da Contec, Lourenço do Prado, explicou que essa intenção foi in-viabilizada em razão dos prazos. Quando a CUT e a UGT se reuniram, a Contec e a Contraf já haviam definido suas pautas e estratégias de campanha. O encontro na-cional da Contec ocorreu de 28 a 30 de ju-nho, em São Luís (MA). A Contraf, por sua vez, realizou a 9ª Conferência Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro entre 27 e 31 de julho, em São Paulo. Durante a conferência, foram realizados nove encon-tros por banco para definir as pautas espe-cíficas, entre elas a do Banco do Brasil.

A possibilidade de aliança entre a Contec/UGT e a Contraf/CUT surpreen-deu a Fenaban, que prefere negociar em separado com as entidades. As duas confederações aguardam a definição do calendário para dar início às negociações, em separado.

�8 | Ação Ago/Set2007

Ação Ago/Set2007 | ��

A Previ renovou por mais um ano, até 27/07/2008, o convênio com a Caixa Econômica Federal para utilizar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na liquidação de financiamentos

imobiliários da Carim. Serão beneficiados cerca de 6 mil mutuários, que precisam atender às regras do FGTS e do Sistema Financeiro de Habitação (SFH).

Como no convênio anterior, as prestações são cobradas até a liberação dos recursos na conta corrente da Previ. Isso só ocorre após a apresentação, na Caixa, da escritura registrada em car-tório competente. O prazo mínimo para liberação dos recursos é de 90 dias após a assinatura do contrato pelo mutuário na Caixa. As orientações sobre documentos necessários ao uso do FGTS estão disponíveis nas agências da CEF.

Fonte: Previ

SORTEIO DE SEGURO CONTEMPLA DOIS ASSOCIADOS

NOTAS

O deputado Tarcísio Zimmermann (PT-RS) apresentou parecer favorável ao Projeto de Lei 6.259/05, que prevê isonomia salarial, de benefícios e vantagens dos empregados do Banco do Brasil, da CEF, do Banco do Nordeste e do Banco da Amazônia ingressos a partir de 1995. “É público e notório o tratamento discrimina-tório existente entre os empregados das instituições financeiras públicas federais que ingressaram antes de 30 de maio de 1995 e os que ingressaram após essa data”, afirma Zimmermann, que é relator do projeto.Essa diferença de tratamento ocorre por causa de norma-tivos editados pelo Conselho de Coordenação e Controle de Estatais. Zimmermann lembra, porém, que o princípio da isonomia está previsto na Constituição e não existe fato objetivo que impeça a sua aplicação estrita.O projeto, de autoria do então deputado e agora sena-dor Inácio Arruda (PCdoB-CE), deverá ser votado nos próximos dias pela Comissão de Trabalho da Câmara. Em seguida, passará pelas comissões de Finanças e Tributação; e de Constituição e Justiça. Se aprovado nessas comissões, o projeto ainda será encaminhado ao Senado.

Fonte: Diretoria de Relações Externas e Parlamenta-res da ANABB (Dipar)

que busca assegurar o cum-primento das normas relativas aos direitos dos consumidores. São atribuições das ouvidorias: receber reclamações de usuá-rios das instituições financeiras; prestar esclarecimentos sobre o andamento das demandas e as providências adotadas; informar o prazo previsto para resposta final, que não poderá ser supe-rior a 30 dias. Antes mesmo da norma do CMN, alguns bancos já criaram ouvidorias, como o Banco do Brasil e o Banco Real.

Os bancos serão obrigados a ter departamentos de ouvidoria até 30 de setembro, no máximo, para atender aos clientes. A de-terminação é do Conselho Mo-netário Nacional (CMN) e vale também para as sociedades de arrendamento mercantil e socie-dades de crédito e investimento. No caso das distribuidoras de valores, corretoras e cooperati-vas, o prazo é um pouco mais longo, 30 de novembro.A fiscalização das ouvidorias será feita pelo Banco Central,

Fonte: Agência ANABB, com informações da Folha Online

Os associados Tasso de Moraes Rego Filho, de Florianópolis (SC), e José Car-los de Oliveira, de Indaiatuba (SP), foram contemplados pelo sorteio do Seguro Decesso Complementar e vão receber o

valor* da apólice em vida.

ISONOMIA DE FUNCIONÁRIOS PÓS-95 BANCOS SÃO OBRIGADOS A TER OUVIDORIA

USO DO FGTS PARA LIQUIDAR CARIM

A Previ renovou por mais um ano, até 27/07/2008, o convênio com a Caixa Econômica Federal para utilizar recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) na liquidação de financiamentos

Como no convênio anterior, as prestações são cobradas até a liberação dos recursos na conta corrente da Previ. Isso só ocorre após a apresentação, na Caixa, da escritura registrada em car-tório competente. O prazo mínimo para liberação dos recursos é de 90 dias após a assinatura do contrato pelo mutuário na Caixa. As orientações sobre documentos necessários ao uso do FGTS estão disponíveis nas agências da CEF.

valor* da apólice em vida.

Tasso de Moraes teve o número de sor-te (66.961) sorteado pela Loteria Fede-ral em 7 de julho e José Carlos (com o número 21.862), em 14 de julho. Os ganhadores são associados da ANABB há bastante tempo: Tasso, há 21 anos; e

José Carlos, há 11. Essa é uma das vantagens de ser um asso-ciado ANABB!

* Será descontado o Imposto de Renda so-bre esse valor.

20 | Ação Ago/Set2007

BANCO DO BRASIL

A vida dos funcionários das agências do Banco do Brasil ficou mais difícil depois da implantação do último Plano de Reestrutu-ração, lançado no primeiro semestre deste ano. Há queixas sobre a saída em massa de funcionários experientes, aumento ex-cessivo da carga de trabalho para os que ficaram, reposição insuficiente do quadro de pessoal, pressão crescente pelo cumprimento de metas e – como conseqüência – um clima organizacional mais tenso, que provoca mais estresse e menos satisfação no trabalho.

A direção do BB, em comunicado di-vulgado na primeira semana de julho, apre-sentou um balanço róseo do Plano de Re-estruturação. Para alegria dos acionistas, o Banco informa que o Plano de Afastamento Antecipado (PAA), para funcionários com

mais de 50 anos de idade e pelo menos 15 anos de contribuição à Previ, recebeu mais de 7 mil adesões, superando largamente a meta prevista. A economia neste ano será de R$ 120 milhões, valor que deverá dobrar em 2008, quando o Banco espera reduzir as despesas de pessoal em R$ 240 milhões.

O BB optou pela substituição de funcio-

nários mais antigos como medida de redu-ção de custo. Para recompor a força de tra-balho, o Banco decidiu chamar às pressas 3.300 concursados, aprovados em 2003. A validade desse concurso estava prestes a expirar. Novos processos seletivos serão

realizados ainda neste ano para formação de um cadastro reserva de escriturários.

De acordo com estudo do Departamen-to Intersindical de Estatísticas e Estudos Socioeconômicos (Dieese), Subseção Seeb/DF, o Plano de Reestruturação trouxe uma redução de 16% entre comissão de gerentes de contas, caixas executivos e escriturários. Segundo o estudo, assinado pela economista Ana Quitéria Nunes Mar-tins, o enxugamento do quadro de caixas bancários reduzirá a média desses profis-sionais de 3,3 para 2,3 por agência.

CONDIÇÕES DE TRABALHOO Plano de Reestruturação com “face hu-

mana”, conforme anunciou em maio passado o diretor de Gestão de Pessoas do BB, Juraci Masiero, parece ter ficado na promessa. “O Banco incentivou pessoas a saírem. Essas

O Plano de Afastamento Antecipa-do (PAA) recebeu mais de 7 mil ade-sões, superando a meta prevista.

OS EfEiTOS dA REESTRUTURAÇãO

por Paulino Motter

A reestruturação das agências do BB resultou em sobrecarga de tra-balho, redução de cargos e aumento da pressão sobre os funcionários.

pessoas foram beneficiadas. Mas para quem ficou, as condições de trabalho pioraram. Hoje, os funcionários com jornada de oito horas não conseguem tirar uma hora para o almoço. E quem trabalha seis horas não consegue parar 15 minutos para lanchar”, diz Juliana*, fun-cionária de uma agência de Brasília.

A rotina das agências mudou com a reestruturação. A saída de funcionários com mais experiência foi o impacto mais sentido. Victor*, gerente de contas em agência de Taguatinga (DF), disse que a carga de trabalho aumentou consideravelmente, pois não houve a reposição necessária de pessoal. Somente sua agência perdeu oito funcionários. “Ficaram na agência as pessoas com menos experiência”, lamenta Victor, que tem 29 anos de Banco. Ele ad-

mite que só não aderiu ao PAA porque não atingiu ainda 50 anos de idade.

O fim da substituição de comissionados é outra medida que teve reflexos negativos no dia-a-dia das agências. Para os subs-titutos, isso significa carga redobrada de trabalho e de responsabilidades sem com-pensação financeira. Paola*, assistente de negócios na agência do BB em Torres (RS), afirma que os mais prejudicados são aque-les que ocupam cargos de gerência média. “Essa medida só é boa para o Banco, pois o trabalho continua sendo feito, sem custo adicional”, criticou.

A transição tem sido menos traumática em agências que participaram do projeto-pi-loto do novo modelo, quatro delas localizadas em Florianópolis (SC). As demais agências, porém, enfrentam condições mais compli-cadas. “O maior impacto foi a diminuição do número de funcionários. As agências que não operavam experimentalmente nesse modelo sofreram cortes maiores e enfren-tam dificuldades para se adaptar”, explicou Márcio*, gerente de uma agência da capital catarinense.

Outra exceção à regra é encontrada em Cascavel (PR), onde o BB tem cinco agências de atendimento ao público e uma agência empresarial. A gerente administra-tiva Bernardete Reichert diz que a agência na qual trabalha saiu ilesa da reestrutura-ção. “Somos a agência mais nova de Cas-cavel, com forte potencial de crescimento. Nosso quadro foi ampliado. Ganhamos mais duas gerências”, comemora.

Situação bem diferente é registrada nas agências maiores de capitais e de grandes cidades, onde houve enxugamen-

to do quadro de pessoal. Segundo o estu-do do Dieese, a direção do BB garante que esse enxugamento não comprometerá o Programa de Atendimento de Excelência,

Funcionários relatam que a pressão pelo cumprimento de metas aumen-tou depois da reestruturação.

OS EfEiTOS dA REESTRUTURAÇãO

BB garante normalização até o fim do ano

A forte adesão ao PAA, combinada com o

grande número de funcionários que tiram

férias em julho, criou problemas localizados

nas agências, admitiu o diretor de Gestão

de Pessoas do Banco do Brasil, Juraci Ma-

siero. Ele garante que esse efeito sazonal já

foi superado e promete que, até o final deste

ano, a situação estará normalizada em to-

das as agências do País.

“Começamos a chamar os concursados e

a contratar novos funcionários assim que

se encerrou o prazo de adesão ao PAA. A

curva de funcionários já é ascendente. Se-

rão feitas novas contratações em número

suficiente para atender as necessidades das

agências”, afirmou Masiero. Ele reconheceu

que, em comparação com os planos anterio-

res, o número de adesões ao PAA superou as

expectativas, atingindo quase a metade do

público-alvo, de cerca de 14 mil pessoas.

Masiero minimizou as queixas em relação ao

fim das substituições. Segundo ele, o BB era

o único banco a manter essa prática, que ele

considera ultrapassada, pois tem um custo

extremamente elevado e gera efeito em cas-

cata. “O funcionamento das agências não

mudou. O que fizemos foi distribuir as res-

ponsabilidades de forma colegiada, diluindo

as funções entre as pessoas”, explicou.

O número de gerências médias foi redimen-

sionado de acordo com o novo modelo de

atendimento e com as necessidades de

cada agência, informou o diretor de Gestão

de Pessoas. Ele disse que não vê contra-

dição entre o objetivo do BB de crescer e

conquistar novos clientes e a redução das

equipes das agências. “O número de clien-

tes que prefere o auto-atendimento é cada

vez maior. Já temos mais de 8 milhões de

clientes que usam a Internet”, justificou.

No cômputo geral, Juraci Masiero fez um

balanço positivo do Plano de Reestrutura-

ção. “Do ponto de vista estrutural, o plano é

um sucesso. Do ponto de vista conjuntural,

levará até o final do ano para acomodar to-

das as pessoas. Esperamos compreensão e

desprendimento dos nossos funcionários”,

concluiu.

Ação Ago/Set2007 | 2�

22 | Ação Ago/Set2007

“uma vez que está prevista a migração dos clientes massificados (baixa renda) para outros canais de atendimento (externos ao ambiente da agência)”.

Não é o que pensam funcionários com larga experiência de atendimento em agên-cias. “Os pesados investimentos em auto-mação bancária não devem aliviar o volume de trabalho nas agências. Por uma razão cultural, muitos clientes não aceitam ser atendidos por uma máquina. Querem a pre-sença do funcionário”, explica Victor*, que trabalha há quase 30 anos em agência.

MAiS PRESSÕES E COBRAnÇAS

Após a reestruturação, a média de caixas bancários cairá de 3,3 para 2,3 por agência.

A pressão pelo cumprimento de metas au-mentou depois da reestruturação. “Hoje, para cumprir as metas, somos forçados a empurrar produtos sem levar em conta o perfil do clien-te”, relata Victor*. A maioria dos funcionários de agências ouvidos pelo Jornal Ação reclama das cobranças, mas prefere não se expor pu-blicamente, com receio de sofrer retaliação de seus superiores hierárquicos.

Os gerentes de agências, responsá-veis por acompanhar o cumprimento das metas, negam que os funcionários sejam submetidos a cobranças excessivas. “A política da minha agência é não empurrar produto. Respeitamos o cliente”, garante Ricardo*, gerente de uma das agências de Florianópolis. Ele admite que é seu papel fazer “certa pressão”, mas diz que os fun-cionários sabem que têm metas a cumprir e que essa política já foi assimilada e faz parte da cultura organizacional do Banco.

O problema é conciliar a sobrecarga de trabalho com o cumprimento de metas cada vez mais ambiciosas. “Com o fim da subs-tituição e a redução do número de gerentes de contas, aumentou o volume de trabalho. Onde existiam duas carteiras de Pessoa Ju-rídica, agora só tem uma. Quem assumiu a nova carteira tem o dobro de clientes para atender. Os últimos dois meses foram muito estressantes”, reclama Paola*. A redução de gerências médias foi compensada com o au-mento do número de assistentes de negócios,

que trabalham oito horas, com uma pequena gratificação. “É uma mão-de-obra mais barata para o Banco”, afirmou a funcionária.

O balanço do Plano de Reestruturação divulgado pelo BB enfatiza o “efeito líquido no resultado”, ou seja, o aumento do lucro em decorrência do corte das despesas com pessoal. Neste ano, o PAA terá um custo de R$ 860 milhões, com um impacto negativo de R$ 488 milhões no resultado do exercí-cio. Em 2008, o Banco espera um ganho líquido de R$ 158 milhões. Enquanto projeta aumento do lucro, o BB esquece de conta-bilizar os custos do ajuste para os funcioná-rios das agências, submetidos a um regime de sobrecarga de trabalho e pressão.

* Nomes fictícios

PESqUiSA vAi AvAliAR SiTUAÇãO dOS fUnCiOnáRiOS dE AgênCiASO levantamento subsidiará os próximos passos da ANABB em defesa de melhores condições de trabalho.

Uma pesquisa encomendada pela ANABB vai procurar saber quais são os sentimentos dos funcionários das agências do Banco do Brasil em relação a seu trabalho. A idéia é identificar as demandas, sugestões, críticas, insatis-fações e expectativas dos funcionários.

O trabalho será desenvolvido pela empresa Opinião Consultoria, de Bra-sília (DF), com 10 anos no mercado de pesquisa. Serão realizadas duas formas de coleta de informação. A primeira, chamada de pesquisa qua-litativa, vai formar grupos de discus-são sobre os problemas que ocorrem dentro das agências, incluindo os de relacionamento, ambiente de trabalho e questões salariais. A partir daí, a empresa terá dados suficientes para produzir um questionário, a ser apli-cado na segunda parte do trabalho. Será realizada, então, uma pesquisa quantitativa, na qual serão entrevis-

tados, por telefone, 1064 funcionários de várias partes do Brasil.

“O principal objetivo da ANABB é ouvir o funcionário e, com base nos dados apre-sentados, articular melhorias dentro das agências”, afirma o presidente da ANABB, Valmir Camilo. Ele considera prioritária a tomada de atitudes para melhorar as con-dições de trabalho nas agências. “Temos várias reclamações: metas inatingíveis, diferenças entre funcionários pós e pré-98, questões salariais. Queremos identificar a fundo esses problemas e conhecer bem o funcionário. Este é o primeiro passo para haver melhorias dentro do BB”, diz.

Alguns funcionários do Banco do Brasil que trabalham em agências serão procurados pela empresa para responder à pesquisa ou para participar dos grupos de discussão. A ANABB esclarece que o levantamento possui absoluto sigilo. Os nomes dos participantes não serão divul-gados em nenhuma das fases.

ANABB

Ação Ago/Set2007 | 2�

GRAÇA MACHADO é diretora de Relações Funcionais, Aposentadoria e Previdência da ANABB

OPINIÃO

Arqu

ivo

ANAB

B

Nos últimos meses, estive envolvida no debate sobre os rumos da Cassi, como dire-tora da ANABB e como presidente do Con-selho Deliberativo da Caixa de Assistência.

Todo o esforço desta Associação estava voltado para informar o funcio-nalismo sobre a situação financeira pela qual passava a Cassi. O nosso plano de associados apresentava um desequilíbrio entre despesa básica e receita básica de mais de R$ 100 milhões anuais, daí a necessidade de um acordo com o Banco que viesse equilibrar e ga-rantir a sobrevivência da Caixa de Assistência.

Passada a votação, o sentimen-to deveria ser de alívio, mas a apro-vação das alterações estatutárias não representa um fim, e sim um começo. Agora, vai ter início a fase de reestruturação do nosso plano de associados para melhorar o atendimento e os serviços prestados pela entidade.

Sei que ainda há muito o que ser feito para merecermos a confiança e os votos depositados. Antes de levantarmos as mangas novamente, porém, nós precisa-mos agradecer. Devemos muito às lide-

TOdO ESfORÇO vAlE A PEnA

ranças, entidades, conselhos de usuários, unidades da Cassi, associações de apo-sentados e inúmeros colegas anônimos, tanto da ativa como aposentados. Foi uma legião de pessoas que confiaram na indica-ção da ANABB, e trabalharam insistente-mente pela aprovação desse acordo.

Em todas as consultas realizadas, a grande maioria dos associados votou pelo ‘Sim’. Ao final, quem ganhou não foi o ‘Sim’ nem o ‘Não’. Foi a Cassi, que volta

a ter recursos e reservas, assim como a possibilidade de retomar os seus investi-mentos, que estavam contingenciados há cerca de três anos.

Para aqueles que lutaram contra a aprovação e fizeram o debate honesto e sincero, inclusive mandando sugestões

e críticas, declaramos nosso respeito e a minha consideração. Temos absoluta certeza de que essas pessoas estavam preocupadas com a Cassi. Elas reconhe-cem que possuímos o melhor plano de saúde do País.

A participação dos associados não terminou com a votação. Além dos agra-decimentos, gostaríamos de solicitar o empenho de todos para que continuem na campanha em defesa da Cassi.

O melhor mecanismo de contro-le dos recursos da empresa é feito pelos associados, verificando extra-tos de utilização, conferindo serviços cobrados e denunciando fraudes e falhas no atendimento. Nós, asso-ciados, somos os auditores mais efi-cientes que essa empresa pode ter.

Estou certa de que demos um passo adiante em favor da Cassi.

Reafirmo que o nosso esforço não foi nem será em vão. Resta, agora, dizer aquela frase batida, muitas vezes falada, quase um refrão de todas as campanhas: “A luta continua”.

Obrigada a todos.

24 | Ação Ago/Set2007

A aprovação das alterações estatu-tárias não representa um fim, e sim um começo. Agora, vai ter início a reestruturação para melhorar o aten-dimento e os serviços prestados.