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Volume 22 – número 01 – fevereiro 2015 É lançado o e-book 2.0 2015 “Diabetes na Prática Clínica” SBEM e SBN: Novos Projetos com a SBD Dia Mundial do Diabetes 2014 inspiram 2015

Volume 22 – número 01 – fevereiro 2015 · O site tem crescido em número de acessos e também pela entrada de novos colaboradores que trazem para o time novas ideias e olhares

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Volume 22 – número 01 – fevereiro 2015

É lançado o e-book 2.0 2015 “Diabetes na Prática Clínica”

SBEM e SBN: Novos Projetos com a SBD

Dia Mundial do Diabetes 2014 inspiram 2015

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www.diabetes.org.br

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Palavra do Presidente

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Um novo ano se inicia e novos desafios se impõem. Al-gumas ações conseguiram ser realizadas, por nós da SBD, outras estão a caminho e outras ainda sendo ide-alizadas.

Do realizado: o e-book - “O Diabetes na Prática Clínica” já está liberado para todos os médicos e alunos de medicina, gra-tuitamente, no nosso site. No início de abril estará disponível para dispositivos móveis e “smartphones” para os sócios da SBD e da SBEM.

O Simpósio de Tecnologia em Diabetes – SITEC – trouxe para o Brasil, em março deste ano, o melhor e mais atual da tecnolo-gia em diabetes. No evento, abrimos 100 vagas para os Serviços reconhecidos de Endocrinologia, com inscrições gratuitas para seus residentes e alunos de pós-graduação, sendo até quatro inscrições por Serviço.

Ainda falando em gratuidade, a Diretoria da SBD decidiu ofe-recer para os residentes de endocrinologia a associação gratuita na SBD, até o término de suas residências.

O planejamento do mês AZUL já começou com planos na-cionais bem delineados e aguardamos sugestões das regionais e de nossos sócios.

Simpósios de “Diabetes Mellitus e Gravidez”, “Dislipidemia” e “Patologias Oftalmológicas e Diabetes” estão sendo desenhados.

O site tem crescido em número de acessos e também pela entrada de novos colaboradores que trazem para o time novas ideias e olhares para o diabetes, seu tratamento e a interação com a tecnologia.

Venha participar da nossa diretoria, fale conosco, mande suas ideias, críticas e sugestões. Você é sempre bem-vindo.

Walter MinicucciPresidente da SBD 2014/2015

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1 Palavra do Presidente

3 Palavra do Editor-Chefe

4 Saúde e Ciência

6 Dr. Saulo Cavalcanti

8 Dormindo com o Inimigo: Risco

Aumentado de Diabetes entre Cônjuges

9 SITEC 2015 - Simpósio Internacional

de Tecnologia em Diabetes

10 Grandes Parcerias com a SBD

12 SBD lança o e-book 2.0 2015

“Diabetes na Prática Clínica”

14 Advocacy: A Luta Pelos Direitos do Paciente Diabético

16 Falando sobre o Pé Diabético

18 Dia Mundial do Diabetes pelo Brasil

21 Diabetes 2015: De Olho nas Novidades Científicas

22 Queres Viver Muito? Beba Pouco Leite

23 Pelo Brasil

24 Lançamentos da Indústria Farmacêutica

25 Pelo Mundo

26 Tecnologia & Diabetes

27 Comunicados da SBD

28 Agenda

Índice4

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Editorial

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DIRETORIA BIÊNIO – 2014-2015Presidente: Dr. Walter José Minicucci; Vice-Presidentes: Dra. Hermelinda Cordeiro Pedrosa, Dr. Luiz Alberto Andre-otti Turatti, Dr. Marcos Cauduro Troian, Dra. Rosane Kupfer e Dr. Ruy Lyra da Silva Filho; primeiro secretário: Dr. Domingos Augusto Malerbi; segundo secretário: Dr. Luis Antonio de Araujo; tesoureiro: Dr. Antonio Carlos Lerário; segundo tesoureiro: Dr. Edson Perrotti dos Santos; conselho

fiscal: Dr. Antonio Carlos Pires, Dra Denise Reis Franco, Dr. Levimar Rocha Araújo, Dr. Raimundo Sotero de Menezes Filho

SEDERua Afonso Brás, 579, salas 72/74, Vila Nova Con-ceição, São Paulo, SP, CEP 04511-011; Email: [email protected], Site: www.diabetes.org.br; Tel.: (11) 3846-0729; Gerente: Anna Maria Ferreira; Secretária: Maria Izabel Homem de Mello e Eliana Andrade.

Filiada à International Diabetes Federation.

Editoração Eletrônica e Fotografia

REVISTA DA SBD

Editor-chefe: Dr. Leão ZaguryPresidente da SBD: Dr. Walter MinicucciEquipe de Jornalismo: DC PressEditora: Cristina Dissat – MTRJ 17518; Redação: Flávia Garcia, André Dissat, Tainá Oliveira e Isabel Struckel (colaboração). Colunistas: Dr. Augusto Pimazoni e Dr. Ney Cavalcanti.Redação: Rua Haddock Lobo, 356 sala 202- Tijuca - Rio de Janeiro - RJ; Tels.: (21) 2205-0707; email: [email protected] colunas e artigos assinados são de inteira responsabilidade de seus autores.Comercialização: AC Farmacêutica, tel.: (11) 5641-1870 e (21) 3543-0770, [email protected] gráfico: DoisC Editoração Eletrônica e Fotografia

([email protected]); Direção de Arte e Fotografia: Celso Pupo; Diagramação: André Borges Periodicidade: BimestralImpressão e CTP: Melting Color Grafica e Editora Ltda; Tiragem: 4000 exemplares.

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O início do ano é um momento para refletir sobre nossa Revis-ta. Me reuni com o presidente Walter Minicucci e, em seguida,

os assuntos foram discutidos em reunião da diretoria.

Continuaremos em 2015 abordando temas importantes no tratamento de pessoas com diabetes. Considero que encontrar gente nova, exibir seu traba-lho e continuar mostrando os que cons-truíram a história da SBD é, no meu en-tendimento, uma das principais tarefas da nossa revista. Lembro aos associados que a Revista Diabetes é dos senhores e, por isso, é fundamental que, sempre que julguem que algum aspecto mere-ce as nossas páginas, por favor, entrem em contato conosco. Procurar as notí-cias é nossa tarefa, mas nossa equipe é pequena e não temos disponibilidade financeira para visitar os mais diferentes estados. Precisamos dos senhores, dos representantes regionais, dos membros das comissões e dos departamentos. As-sim que iniciarmos a produção de cada edição da revista, serão enviados boletins eletrônicos lembrando. Sintam-se à von-tade para enviar sugestões. Nos eventos que estivermos presentes, não deixem de nos procurar. Essa relação é fundamental para que a revista seja a “cara” da SBD.

Transitamos por inúmeras cidades, publicamos histórias incríveis, revela-mos “hobbies”. É, sem dúvida, um traba-lho complexo, mas apaixonante. Saber que uma matéria publicada continua sendo assunto nas rodas de conversas é o melhor retorno.

Esse ano, o número de atividades é

grande e será preciso definir onde esta-remos para acompanhar todas as infor-mações. A principal é o nosso Congres-so em Porto Alegre, que será tema de uma das reportagens dessa e das demais edições do ano.

Estamos de olho na internet. Que mundo complicado... e surpreendente. Nessa edição, além da coluna de tec-nologia, temos reportagem sobre o SI-TEC, onde estivemos presentes, e sobre o recém-lançado e-book da SBD, nossa matéria de capa. Conversamos com o presidente da SBD e editor associado do e-book, Walter Minicucci, e com o coor-denador da publicação - nosso colunista, Augusto Pimazoni - sobre o projeto.

De olho no futuro, valorizando a his-tória. As Páginas Azuis, criadas para re-latar o trabalho dos ex-presidentes, co-meça a chegar à reta final. Nessa edição, contamos com a presença do Dr. Saulo Cavalcanti, falando sobre sua gestão e os desafios que encontrou. Para fechar o ciclo, ainda temos mais quatro ex-pre-sidentes. É importante entender as difi-culdades encontradas no caminho para que se possa valorizar o que se construiu ao longo desses 45 anos.

No que diz respeito ao Dia Mundial do Diabetes, o grupo de trabalho, coordena-do pelo amigo Marcio Krakauer, arrega-çou as mangas com muita antecedência.

Agora é começar a folhear nossa revista ou clicar no mouse para ler na internet.

Saúde para Todos.

Leão ZaguryEditor-chefe

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Um estudo publicado pelo Departa-mento de Nutrição da Universidade Federal do Paraná (UFPR) apontou

que a alfarroba (Ceratonia Siliqua L) é benéfica à saúde, podendo ser aliada no controle do diabetes. A pesquisa teve apoio da Fundação Araucária, da Nu-tropar e do Labac (Laboratório de Aná-lises Clínicas) e foi publicada na Revista Nutrición Hospitalaria, em janeiro de 2015.

Os pesquisadores concluíram que o alimento possui baixo índice e baixa carga glicêmica, sendo, assim, muito útil no controle dos níveis de açúcar no san-gue. Foram estudados a alfarroba em pó e o tablete de alfarroba da CarobHouse. A primeira forma apresentou alto teor de fibras o que auxiliaria no controle do colesterol e absorção de gordura no organismo, além de controlar a taxa de açúcar no sangue.

Dentre os outros benefícios da alfar-roba estão o fato de possuir cheiro, tex-tura e aparência similar ao chocolate e de ser fonte de vitamina A, cálcio e mag-nésio, que protegem a pele e a visão e melhoram a mobilidade dos músculos de quem pratica atividade física. n

Pâncreas Artificial Reproduz Função Biológica em Pacientes DM1

Alfarroba Apresenta Baixo IGMedicamentos Fora do Mercado

A Agência Nacional de Vigilân-cia Sanitária (Anvisa), em pu-blicação no Diário Oficial de

19 de janeiro, determinou a sus-pensão da importação dos me-

dicamentos Wosulin N (in-sulina isofana), Wosulin R (insulina humana) e Wo-sulin 70/30 (insulina bi-fásica), 100 UI/ml, em todas as apresentações comerciais, fabricados a partir de 17/11/2014, pela empresa Wockhardt Limited. Segundo o texto, foram detectadas irregu-

laridades durante inspe-ção realizada de 17 a 21 de

novembro, do ano passado, para verificação de boas práti-

cas de fabricação na empre-sa responsável pelos medi-

camentos, e os resultados foram considerados insatisfatórios. Os medi-camentos eram, até então, importados pela Meizler UCB Biopharma S.A. n

Sabe-se que pessoas com diabetes tipo 1 são insulinodependentes e precisam manter controle cons-

tante de seus níveis glicêmicos. Pensan-do nestes pacientes, pesquisadores da Universidade de Boston e do Hospital Geral de Massachusetts, ambos nos Esta-dos Unidos, se uniram para desenvolver um equipamento que reproduz a fun-ção biológica do pâncreas, prevendo os baixos níveis de glicose e administrando as doses de insulina. A novidade tecno-lógica pode representar uma revolução no tratamento do DM1 e tem previsão de comercialização para 2017.

O chamado “Pâncreas Artificial ou Biônico” foi testado em 20 adultos e 32 adolescentes, fora do ambiente hospi-talar, e os resultados preliminares do estudo ambulatorial foram publicados no The New England Journal of Medicine,

em julho de 2014. O Prof. Dr. Edward Damiano, um dos autores do estudo e pai de um menino com DM1 desde os 11 meses de idade, tem trabalhado neste sistema há dez anos e apresen-tou o dispositivo durante a Conferên-cia Anual da Universidade de Boston, no final de 2014. Segundo ele, o pân-creas artificial, apesar de não ser a cura do diabetes, protege seus usuários de complicações agudas (hipoglicemias, hiperglicemias e cetoacidose) e crôni-cas (retinopatia, neuropatia, nefropa-tia etc.), já que mantém os níveis de glicemia plasmática dentro dos limites estabelecidos em diretrizes conhecidas mundialmente.

O sistema é composto por um peque-no sensor, que deve ser inserido sob a pele do paciente, duas bombas de infu-são, um dispositivo móvel sem fio, que

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Um estudo da Universidade do Texas Medical Branch, em Gal-veston (EUA), relata que a gordu-

ra corporal pode não ser tão maléfica quanto se pensava. Segundo dados da pesquisa, divulgados no Daily Mail, adul-tos com níveis mais elevados de gordura marrom apresentaram melhor contro-le dos níveis de açúcar no sangue. Essa gordura é encontrada, geralmente, no pescoço e na parte superior das costas.

Pela primeira vez, um estudo revelou que as pessoas com maior porcentagem de gordura marrom queimam a gordu-ra branca, considerada ruim para o or-ganismo, mais facilmente e apresentam maior sensibilidade à insulina. Segundo o Prof. Labros Sidossis, um dos autores do estudo, esta seria uma boa notícia para os obesos.

“Do ponto de vista clínico, o mais im-portante é a conclusão de que a gordura marrom pode ajudar o corpo a regular o açúcar no sangue de forma mais efi-caz. Essa é uma grande notícia para as pessoas com resistência à insulina e dia-betes, e sugere que a gordura marrom pode vir a ser um tecido antidiabético importante”, afirmou. n

Na edição digital da Revista Diabetes os leitores podem acessar os links dos estudos apresentados na coluna Saúde & Ciência.

Uma equipe de pesquisadores da Salk Institute for Biological Studies, Califórnia, publicou um estudo com o tema “Time-reducting feeding”, ou seja, alimentação em tempo limitado/reduzido. Foram realizados expe-

rimentos em cobaias, divididas em dois grupos, nos quais um se alimentava sem restrição de tempo e o outro em um espaço de tempo de 8 a 12 horas por dia.

O Dr. Satchidananda Panda, líder da equipe, classifica o TRF como uma terapia de intervenção contra a obesidade, sem a restrição de calorias. Sua equipe acredita ter encontrado uma nova opção para a prevenção da obesidade, através de um ritmo natural de alimentação sem alteração no consumo calórico. No estudo, foi documentado que as cobaias do grupo sem restrição ganharam peso e desenvolve-ram colesterol alto, pressão alta, danos ao fígado e diminuição do controle motor. Enquanto isso, o grupo que ficou restrito a se alimentar em um período de oito horas por dia ganhou 28% a menos de peso e não mostrou nenhuma alteração de saúde, apesar de consumir a mesma quantidade de calorias do primeiro grupo.

Numa segunda etapa da pesquisa, publicada em dezembro na Cell Metabolism, as cobaias foram divididas em quatro grupos: alto teor de gordura, grande quantidade de frutose, muita gordura e muita frutose. Eles garantiram que todos ingeriram a mesma quantidade de calorias diárias, mas mantendo a restrição da oferta de alimento por determinado período. Apesar do estudo não ter sido reproduzido em humanos, Dr. Panda e sua equipe acreditam que sua pesquisa demonstra uma mudança simples e efetiva no estilo de vida para conter a epidemia da obesidade. n

Alimentação em Tempo Reduzido

Gordura Marrom Pode Ajudarcontém o monitor contínuo de glicose

(CGM), e um telefone celular. Desta for-ma, controla a taxa de açúcar no sangue a cada cinco minutos e, quando neces-sário, comanda a dosagem de insulina e de glucagon pelas bombas, sem a neces-sidade de interação do paciente.

Anna Floreen, 30 anos, diagnostica-da DM1 aos 6, foi um dos personagens deste estudo. Ela registrou a sua parti-cipação dia a dia em artigos publicados em uma comunidade virtual chamada Glu (https://myglu.org/). Segundo Anna, foi uma experiência única, pois todos os participantes puderam manter suas rotinas diárias, tendo somente a companhia de uma enfermeira e a ne-cessidade de dormir em um hotel, por cinco dias. “A melhor parte até agora foi, certamente, a falta de preocupa-ção, culpa emocional e vergonha que

nos acompanham com frequência, quando se trata de decidir sobre o comando de minha bomba de insuli-na, que uso há mais de uma década”, afirmou em um de seus cinco artigos sobre o estudo.

Dados da publicação mostram que esta gestão automatizada do controle glicêmico reduziu em 37% a necessidade de intervenções hu-manas, para combater a hipoglice-mia. Mesmo sabendo que o sistema precisa ser testado em um número maior de pessoas e por períodos mais longos, os autores do estudo afirmam que a técnica é mais segu-ra e prática do que as atualmente disponíveis. As pesquisas realizadas em humanos foram autorizadas pela Food and Drug Administration (FDA), nos EUA. n

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Dr. Saulo Cavalcanti

Nascido em Araçuaí, uma pequena cidade no nordeste do Estado de Minas Gerais, ele aprendeu a re-

alidade da medicina desde o primeiro ano da faculdade, quando os dois mé-dicos da cidade o levaram para assistir o trabalho que faziam no hospital do interior. Já no terceiro ano da gradua-ção, no mesmo local, auxiliava em ci-rurgias e participava dos atendimentos na enfermaria e ambulatórios. A cidade tinha apenas um hospital, sem laborató-rios e bancos de sangue, e com luz elé-trica apenas sete horas por dia no perí-odo da noite, fazendo com que muitas cirurgias fossem realizadas sob a luz de lampiões. No quinto ano da faculdade de medicina esses médicos o deixaram responsável pelo atendimento médico na cidade nos finais de semana. Segun-do ele, esses profissionais foram os seus primeiros heróis.

O Dr. Saulo Cavalcanti graduou-se em Medicina pela FCMMG (Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais) e, no ano seguinte, iniciou sua espe-cialização em endocrinologia na Santa Casa de Belo Horizonte, no serviço do Dr. Saulo Purish. Em seguida, foi para o Hospital das Clínicas da USP, onde trabalhou com o professor Bernardo Leo Wajchenberg, a quem declara uma grande admiração.

Mais tarde, voltou para a capital mi-neira onde obteve seu Título de Especia-lista pela SBEM (tendo sido presidente da Regional Minas Gerais por duas ve-zes), tornou-se assistente da Clínica de Endocrinologia da Santa Casa e profes-sor auxiliar de ensino da disciplina de endocrinologia da FCMMG. Ali seguiu a carreira acadêmica, percorrendo todas as etapas universitárias.

Atualmente, Dr. Saulo é professor

emérito de endocrinologia da FCMMG, coordenador da residência de endocri-nologia da Santa Casa de BH, atua como delegado da Associação Latinoamerica-na de Diabetes no Brasil e é membro da diretoria da Federação Latinoame-ricana de Endocrinologia. Na SBD, as-sumiu a presidência da Sociedade em 1º de janeiro de 2010, tendo ocupado outros cargos anteriormente. Na SBEM foi por dois mandatos presidente do De-partamento de Diabetes.

Como acadêmico, possui participa-ção em 14 trabalhos científicos publica-dos e é autor de 13 capítulos de livros so-bre temas endocrinológicos, além de ter recebido 11 homenagens de entidades diversas por atuações médicas. Nesta edição, conheça mais sobre sua história.

Revista Diabetes: Como a endocrinologia e o diabetes entraram na sua vida?Dr. Saulo Cavalcanti: No quarto ano da faculdade, fui convidado pelo Dr. José Diogo Martins para acompanhá-lo no seu consultório onde atendia endocri-nologia junto com Dr. Rosalvo Reis e seu sogro, Dr. Aulo Pinto Viegas, que era o decano da endocrinologia mineira. Aprendi muito com eles, pois por três anos foram encontros quase diários de-batendo casos clínicos e trabalhos cien-tíficos endocrinológicos. Além de serem mestres diferenciados, me tratavam com muito carinho, estes fatos criaram o em-brião que gerou a minha admiração por esta especialidade.

Revista Diabetes: Como foi a sua eleição naquela época?Dr. Saulo Cavalcanti: Acreditei que era o meu momento, pois já havia sido vice--presidente da entidade por três manda-tos, além de exercido outros cargos na

diretoria. Fui candidato único devido à elegância do Dr. Balduíno Tschiedel em retirar a sua candidatura, ao tomar co-nhecimento da minha.

Revista Diabetes: Como foi ser presidente da SBD?Dr. Saulo Cavalcanti: Exercer este cargo na SBD é uma responsabilidade enor-me, pois é necessário administrar uma fonte imensa de informações científicas, filtrando o que deve ser oficialmente dis-ponibilizado aos profissionais envolvidos com o diabetes. Concomitante manter um relacionamento ético e interativo com especialidades afins, órgãos gover-namentais, indústria farmacêutica e en-tidades médicas relacionadas com o dia-betes. Também é fundamental manter uma relação de proximidade com os dia-béticos e seus familiares para evitar que sejam alvos de informações inadequadas.

Ansiedade e realização são palavras que descrevem minha gestão. Ansieda-de ao observar o alto nível dos presiden-tes que me antecederam e a decantada eficiência nas suas gestões. E realização por haver sido honrado pelos meus pa-res ao me elegerem para este cargo de tamanho destaque. Com certeza, ter sido presidente da SBD é um marco na minha vida.

Revista Diabetes: O que mais marcou sua gestão como presidente da SBD?Dr. Saulo Cavalcanti: É difícil salientar um tópico, pois procurei, junto com minha equipe, agir em várias áreas. Na comunicação, mantivemos os picos de acesso do site entre os três maiores do mundo na área de diabetes, além dis-so, conseguimos uma penetração maior na imprensa leiga. Realizamos 11 simpó-sios, em diferentes cidades, com temas

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Exercer este cargo na SBD é uma responsabilidade enorme, pois é necessário administrar uma fonte imensa de informações científicas, filtrando o que deve ser oficialmente disponibilizado aos profissionais envolvidos com o diabetes.

interessantes e atuais, e fomos responsá-veis pelo Congresso Brasileiro, realizado com 22 conferencistas estrangeiros, 269 nacionais e mais de 4500 inscrições, ten-do sido destaque o brilhante trabalho da presidente do Congresso, Dra. Her-melinda Pedrosa. Criamos o Departa-mento do Diabético no Idoso, além das regionais de Pernambuco e de Brasília. Publicamos a Diretriz de 2011, com atu-alização em praticamente seus 51 temas. Ainda na área científica, realizamos o The Best of ADA International Brasil, em parceria com a entidade americana. Também, devido a associações interna-cionais, fizemos parceria com a Joslin Diabetes Center, a qual nos disponibilizou materiais científicos sobre diabetes.

No âmbito administrativo, idealiza-mos e realizamos uma festa no Rio de Janeiro, com criativa organização e de-sign do Dr. Leão Zagury e executada por Reginaldo Ramos, com a presença de cerca de 300 convidados, comemoran-do os 40 anos da entidade. Além disso, conseguimos vários patrocínios para a entidade e deixamos o mandato com superávit no caixa. Aproveito para mais uma vez agradecer a todos que junto co-migo realizaram todas estas ações.

Revista Diabetes: O que era a SBD na sua época e como a vê hoje?Dr. Saulo Cavalcanti: Vejo a SBD cada vez mais fortalecida e respeitada, prin-cipalmente pelo excelente desempenho dos presidentes que me sucederam: Dr. Balduíno Tschiedel e Dr. Walter Mini-cucci.

Revista Diabetes: Qual é a importância da SBD no tratamento do diabetes?Dr. Saulo Cavalcanti: Por ser o diabetes uma doença que envolve vários ramos

de profissionais para realizar seu trata-mento, acredito que a SBD é a entidade que apresenta o perfil mais apropriado para realizar esta missão. Ela vem de-sempenhando este papel de uma for-ma exemplar através de simpósios, po-sicionamentos, campanhas, diretrizes, revistas e, principalmente, interagindo de uma forma científica, baseada em evidências com profissionais de outras entidades e utilizando uma linguagem acessível ao diabético e seus familiares.

Revista Diabetes: O que a SBD teve de in-fluência na sua vida?Dr. Saulo Cavalcanti: Sempre teve e continua tendo, pois como vejo a SBD similar a uma família. Ela nos propicia interação entre colegas, levando a uma simbiose não somente de conhecimento científico, o que nos dá muita segurança para realizarmos as nossas diversas ativi-dades profissionais e, principalmente, o atendimento aos pacientes diabéticos.

Revista Diabetes: Deixe uma mensagem aos seus colegas de Sociedade. Dr. Saulo Cavalcanti: A entidade atingiu a maturidade, e, por termos demonstra-do que estamos no caminho certo, de-vemos continuar nesta constante luta, procurando somar nossos esforços para alcançarmos a nossa meta principal que é a melhora da qualidade e quantidade de vida do diabético. n

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Atualidades

Dr. Augusto Pimazoni Netto CREMESP: 11.970Coordenador do Grupo de Educação e Controle do Diabetes do Hospital do Rim e Hipertensão da Universidade Federal de São Paulo – UNIFESP

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de forma significativa no sentido de ado-tar maus hábitos de saúde.

Afinal de contas, o casamento ofe-rece grandes realizações e/ou gran-des desafios, mas não deixa de ser um acontecimento marcante em nossas vi-das, mesmo com o risco aumentado de diabetes decorrente da convivência com o cônjuge que abriga essa condição. n

Referências Bibliográficas:One Spouse with T2DM May Increase Risk Up to 26% for Their Partner.

Medscape 2014. Type 2 Diabetes, issue 714. Disponível em: http://www.diabetesincontrol.com/articles/diabetes-news/15813-one-spou-se-with-t2dm-may-increase-risk-up-to-26-for-their-partner. Acesso em: 1º de dezembro de 2014.

Referência do estudo original: Leong A. Rahme E. Dasgupta K. Spousal Diabe-tes as a Diabetes Risk Factor: A Systematic Review and Meta-Analysis. BMC Medicine 2014, 12:12. Disponível em: http://www.biomedcen-tral.com/1741-7015/12/12. Acesso em: 1º de dezembro de 2014.

O McGill University Health Center, no Canadá, pesquisou vários estudos existentes para anali-sar se os cônjuges de pacientes

com diabetes tipo 2 (DM2) estariam ex-postos a um risco aumentado de tam-bém desenvolver o diabetes. Já é fato bem conhecido que pessoas biologi-camente relacionadas apresentam um risco maior de DM2, mas este foi um dos primeiros estudos a avaliar se esse risco aumentado também pode existir em membros da família não biologica-mente relacionados, como é o caso dos cônjuges.

O estudo avaliou 75.498 casais e des-cobriu que quando um dos cônjuges tem DM2, o outro apresenta um risco impressionante, na casa dos 26%, de também apresentar diabetes. Para ex-plicar esse resultado, os pesquisadores

citaram o conceito do “agrupamento social”, condição que aborda a ideia de que pessoas que vivem juntas estão no mesmo ambiente e tendem a desenvol-ver os mesmos hábitos de alimentação e de atividade física.

Além do aspecto do agrupamento social, os pesquisadores relataram que o acasalamento pode também desem-penhar um papel no aumento do risco. O acasalamento é a ideia que as pessoas têm de constituir um casal que mante-nha características similares, incluindo hábitos de saúde.

O estudo sugere que, quando um dos cônjuges apresenta DM2, o outro deve estar alerta em relação aos seus próprios hábitos com o objetivo de evitar condi-ções que levam ao diagnóstico de diabe-tes. Os hábitos de pessoas que vivem em casais tendem a influenciar seu parceiro

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Evento

SITEC 2015 - Simpósio Internacional de Tecnologia em Diabetes

ConvidadosRoger Mazze

Thomas Danne

Jared Watkin

Ralph Ziegler

Larry Hirsch

Francine Kaufman

Neal Kaufman

Ana Claudia Ramalho

Karla Mello

Patricia Dualib

Vitor Asseituno

Freddy Eliaschewitz

Rodrigo Lamounier

Desde a realização do ATTD-LA, no Rio de Janeiro, a SBD plane-java a organização de um sim-pósio voltado exclusivamente às

novas tecnologias no tratamento do dia-betes. Foi um passo decisivo. A ocasião chegou e durante três dias, os apaixona-dos ou curiosos por esse novo universo trocaram informações.

O SITEC – Simpósio Internacional de Tecnologia em Diabetes teve data de-finida para os dias 12, 13 e 14 de março, como noticiado nas edições anteriores da Revista e será detalhado com entre-vistas na próxima edição. Além disso, como é um evento conectado, nada me-lhor do que usar a internet como local de armazenamento das novidades apre-sentadas. O site da SBD fará um resumo das apresentações do evento.

Para o Dr. Walter Minicucci, presi-dente da SBD e do evento, a evolução dos últimos anos, mostrou o crescimen-to na área de diagnóstico e tratamen-to. Novas insulinas, bombas de infusão, sensores, aplicativos, sites, monitores de glicose, gerenciamento de glicemia e outros tantos produtos estão no mer-cado e precisam ser conhecidos pelos especialistas antes que o paciente leve a novidade ao consultório.

A abertura trouxe um panorama geral sobre a Internet das Coisas, com o Dr. Reginaldo Albuquerque, que ocupou

Muitos têm receio de perder seus pacientes para os equipamentos, mas a medida que essa fase passa, entendem que a tecnologia ajuda na tomada de atitudes mais adequadas.

o cargo de editor do site da SBD e foi responsável por uma das primeiras listas de discussões online sobre endocrino-logia, chamada Portulanos. Fechaduras conectadas a smartphones, geladeiras in-teligentes, equipamentos ligados via wifi, objetos vestíveis como o Google Glass es-tão entre os itens correspondentes à in-ternet das coisas. Para os organizadores é importante entender o conceito geral para saber como lidar com tantas ques-tões novas. Por isso, a Dra. Francine Kau-fman apresentou, também na abertura, um resumo da evolução das tecnologias no tratamento do diabetes.

Convidados nacionais e internacio-nais discutiram sobre as bombas de insulina, intervenções no tratamento e sobre outras novidades apresenta-das recentemente no ATTD em Paris, realizado em fevereiro. A organização contou com a seguinte Comissão local: Dr. André Vianna, Dra. Denise Franco, Dr. Luis Eduardo Calliari, Dr. Marcio Krakauer e Dr. Mauro Scharf.

O Dr. Krakauer explicou que na mon-tagem do evento, os organizadores pro-curaram sugerir aos palestrantes para que tivessem um cuidado na exposição das novidades. “Nossa preocupação foi trazer uma abordagem para facilitar o entendimento da tecnologia e mostrar seu uso diário. Fazer com que o profissio-nal, não adepto a esse novo universo por

alguma insegurança do desconhecido, possa dar os primeiro passos nas novas técnicas”.

Entre os temas que chamam a aten-ção, e que serão motivo de muitos de-bates, estão as bombas de insulina e os recentes lançamentos. “O tema ainda as-susta alguns profissionais, mas é porque é novo. Muitos têm receio de perder seus pacientes para os equipamentos, mas a medida que essa fase passa, enten-dem que a tecnologia ajuda na tomada de atitudes mais adequadas”, explicou o Dr. Márcio Krakuer. n

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Sociedades Médicas

A SBD vem realizando parcerias com enti-dades médicas, que é uma das metas de

trabalho da diretoria. Essa oportunidade de integração é sempre valorizada pela SBD e pelas sociedades envolvidas.

Além de reuniões parale-las, por se tratar de entidades--irmãs e pela SBD responder pelo Departamento de Dia-betes da Sociedade Brasilei-ra de Endocrinologia e Me-tabologia, a Revista Diabetes acompanhou a posse da nova diretoria da SBEM, que tem à frente, até 2016, o Dr. Alexan-dre Hohl.

Já em outro projeto de tra-balho em conjunto foi reali-zada uma reunião na sede da SBD, em São Paulo, com a So-ciedade Brasileira de Nefrolo-gia, que tem como presidente a Dra. Carmen Tzanno.

Posse da Diretoria da SBEM Nacional – Diferente dos anos anteriores, a SBEM realizou a cerimônia de posse da gestão 2015/2016 ainda em 2014. O objetivo foi de agilizar o processo de transição das diretorias, para que pudessem assumir suas funções a partir do dia 1 de janeiro.

A cerimônia foi realizada em São Paulo, no dia 3 de novembro, após a re-alização da Oficina SBEM Mais Forte, que debateu sobre projetos para os pró-ximos anos. Diversos representantes da SBD participaram da oficina, que durou um dia inteiro.

Para o Dr. Alexandre Hohl, a parceria entre a SBD e a SBEM é mais do que profissional. “É uma relação de cresci-mento em conjunto. É importante esta-rem trabalhando lado a lado para evo-luir sob o ponto de vista científico, tanto no Brasil quanto no exterior”, explicou o novo presidente. Para o Dr. Hohl, os associados precisam de qualidade de

Grandes Parcerias com a SBD

informação e as duas entidades juntas fazem isso de forma primorosa.

O endocrinologista mencionou a campanha do Dia Mundial do Diabe-tes, que foi feita em conjunto em 2014, atingindo um número maior de pessoas. “Por isso, é fundamental que essa parce-ria dure, muitos e muitos anos.”

Dentro da linha de trabalho da nova presidência, apresentada na cerimô-nia de posse, o Dr. Hohl falou sobre as parcerias com as sociedades-irmãs e o trabalho de educação continuada. Nas palavras do presidente, existe uma pre-ocupação muito grande com o desafio que os profissionais de saúde terão pela frente, face à atual situação no país.

Encontro com Sociedade de Nefrologia – Entre as atividades iniciais de 2015, foi

agendado um encontro com representantes da Socieda-de Brasileira de Nefrologia (SBN), realizado na sede em São Paulo.

A aproximação das duas en-tidades surgiu a partir de um trabalho da Dra. Hermelinda Pedrosa, vice-presidente da SBD, e da Dra. Carmen Tzan-no, atual presidente SBN, que constituiram o link com as duas Sociedades. Para a Dra. Carmem foi uma excelente oportunidade de integração.

Após um intervalo de qua-se quatro anos, um elo mais forte surgiu entre SBD e SBN, em meio ao lançamento de produto da nova classe de me-dicamentos para o Diabetes Tipo 2, que têm o rim como órgão mediador.

A partir daí, conversas e debates científicos resultaram em um reencontro, formaliza-do no dia 7 de fevereiro, por ocasião da primeira reunião da Diretoria da SBD, condu-zida pelo presidente Walter Minicucci, com a presença de

todos os demais vices-presidentes - Dra. Hermelinda Cordeiro Pedrosa (DF), Dr. Luiz Alberto Turatti (SP), Dr. Marcos Troian (RS), Dra. Rosane Kupfer (RJ), Dr. Domingos Malerbi e Dr. Ruy Lyra (PE). Além da presidente da SBN, es-teve presente a Dra. Ana Maria Misael, primeira secretária da Sociedade.

Na visita inédita da entidade na sede da SBD, o Dr. Minicucci fez um relato das inúmeras ferramentas técnico-cien-tíficas desenvolvidas pela Sociedade, destacando a Revista Científica Diabetes and Metabolic Syndrome - que detém o maior impacto editorial de revista cien-tífica no Brasil; da Revista da SBD; e do site com o significativo número de aces-sos e a influência nos movimentos com a sociedade civil, como o Dia Mundial do Diabetes. O tema foi muito relevante

Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia e Sociedade Brasileira de Nefrologia

Dr. Walter Minicucci, presidente da SBD; Dra. Nina Musolino, ex-presidente

da SBEM, Dr. Alexandre Hohl, atual presidente da SBEM.

Diretoria da SBD se reúne com presidência da Sociedade Brasileira de Nefrologia

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Integração, Novos Projetos e Apoio Científico fazem parte do trabalho em conjunto entre as Sociedades.

já que a SBN tem como data marcan-te o dia 12 de março - Dia Mundial do Rim – cuja divulgação trará benefícios à população.

Segundo a presidente da SBN, o en-contro será tema de matéria no primei-ro número da revista da entidade.

Os Números da Nefrologia – Segundo os dados repassados pela diretoria da SBN, atualmente, existem cerca de 100.000 pacientes em programas de diálise no Brasil, sendo 30% deles diabéticos.

O número de pacientes diabéticos com Doença Renal Crônica em trata-mento conservador, em diálise e sub-metidos a transplante renal é muito grande, como relatou a presidente. “Ainda não existem Diretrizes Clínicas bem definidas para o manejo terapêu-tico destes pacientes. A interatividade entre profissionais das duas Sociedades possibilitará um intercâmbio científico, que resultará em avanços no tratamento dos pacientes com nefropatia diabética e naqueles com risco de desenvolver a doença”, explicou a Dra. Carmem.

Ela comentou que para o dia 12 de

Dr. Alexandre Hohl, no discurso de posse da

diretoria da SBEM.

Grupo de endocrinologistas das duas Sociedades

na posse.

Cerimônia de posse da SBEM

março foram programadas diversas ati-vidades com a finalidade de informar a população sobre a Doença Renal Crôni-ca no Brasil, os fatores de risco e as re-gras de ouro para prevenir a doença. “O apoio na divulgação deste evento pela SBD é muito importante para a SBN e representa o início de uma frutífera par-ceria, principalmente, na construção de pontes técnico-cientificas entre as duas Sociedades, como nas políticas públicas de saúde.” n

Diretoria SBEM Nacional 2015/2016: Presidente: Dr. Alexandre Hohl; Vice-Pre-

sidente: Dr. João Eduardo Nunes Salles; Secretário Executivo: Dr. Fábio Rogério Trujillo; Secretário Executivo Adjunto: Dr. Guilher-me Alcides Flores Soares Rollin; Tesoureiro Geral: Dr. Rodrigo de Oliveira Moreira; Tesoureira Ad-junta: Dra. Nina Rosa de Castro Musolino.

Diretoria SBN 2015/2016: Presidente, Dra. Carmen Tzanno Branco Martins;

Vice-presidente, Dra. Angiolina Campos Kraychete; Secretária Ge-ral, Dra. Irene de Lourdes Noro-nha; Primeira Secretária, Dra. Ana Maria Misael da Silva; Tesoureira, Dra. Leda Aparecida Daud Lotaif; Diretor Científico, Dr. Marcelo Mazza do Nascimento; Diretor de Políticas Associativas, Dr. Val-ter Duro Garcia; Vice-Presidente Norte, Dr. Antonio Carlos Duarte Cardoso; Vice Presidente Nordes-te, Dr. Kleyton de Andrade Bastos; Vice Presidente Centro-Oeste, Dr. Alexandre Silvestre Cabral; Vice Presidente Sudeste, Dr. José Her-mógenes Rocco Suassuna; e Vice Presidente Sul, Dr. Dirceu Reis da Silva.

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Educação Médica Continuada

SBD Lança o e-book 2.0 2015 “Diabetes na Prática Clínica”

Está online a terceira edição do e-book – Diabetes na Prática Clí-nica, ou utilizando uma termino-logia mais digital, o e-book 2.0,

de 2015. A publicação foi produzida pela SBD, com conteúdo atualizado,

desenvolvido e realizado num espa-ço de um ano, tempo programado pela diretoria. A proposta comple-ta as estratégias de promoção da educação continuada em diabe-tes para profissionais de saúde, que é uma das principais metas

da entidade.Depois das Diretrizes e Posi-

cionamentos, que são publicações impressas e tanto tem colaborado

com a conduta no tratamento e pre-venção do diabetes, a SBD define o

e-book como um dos seus maiores pro-jetos de atualização online. A publica-ção tem como editor associado, o Dr. Walter Minicucci, presidente da Socie-dade; Dr. Marcos Tambasica, editor--chefe; e o Dr. Augusto Pimazoni-Neto, coordenador editorial.

A primeira edição foi produzida em 2007, idealizada pelo Dr. Reginaldo Al-buquerque, quando o Dr. Marcos Tam-bascia era presidente da entidade. Na atual gestão da SBD, o projeto foi rede-senhado e teve seu layout modificado. “Tive a honra de anunciar a primeira edição desta obra que marcou época como uma experiência pioneira entre as estratégias de promoção e aperfeiço-amento dos conhecimentos sobre dia-betes pelos diversos profissionais de saú-de envolvidos”, afirmou o Dr. Minicucci.

O lançamento, ou a edição 2.0, está muito ligado às novas tecnologias na área de educação em diabetes e coin-cide com um período onde se discute, intensamente, a relação do diabetes ao mundo digital, que é cada vez mais for-te. Além do ATTD, evento internacional que aconteceu em Paris, a SBD realizou o SITEC 2015, em São Paulo, onde te-mas como este foram abordados.

O e-Book está disponível gratuita-

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SBD Lança o e-book 2.0 2015 “Diabetes na Prática Clínica”

mente no site da Sociedade e pretende ser atualizado constantemente, com in-clusão de link e áudios. Para o Dr. Tam-bascia, a SBD “cumpre mais uma de suas funções, que é participar ativamente da reciclagem e atualização conceitual em diabetes”.

São quatro módulos, sendo cada um com um número variável de capítulos: (1) Diagnóstico, Epidemiologia e Fisio-patologia do Diabetes; (2) Complicações do Diabetes e Principais Comorbidades; (3) Abordagens Educacionais e de Alte-ração no Estilo de Vida; e (4) Aborda-gens Farmacológicas e Cirúrgicas.

Como Nasceu o e-book – O Dr. Augusto Pimazoni-Neto, coordenador editorial da publicação, explica que a ideia nas-ceu da identificação de uma necessida-de da área. “Os profissionais de saúde demonstravam interesse em encontrar informações atualizadas sobre diabetes com baixo custo e acesso rápido”, expli-cou o coordenador. “Um livro de texto é necessário, mas é de investimento eleva-do. O e-book - Diabetes na Prática Clínica vem atender a essa demanda e mostra que não se trata de um livro de conteú-do puramente acadêmico, mas voltado a aspectos práticos sobre a doença”.

A versão inicial foi feita a partir de um trabalho intenso de escolha de edi-tores médicos para desenvolver os temas projetados. Para a SBD, era importante, também, que a equipe de autores fos-se capaz de produzir artigos dentro da proposta do livro digital, voltada para a prática do dia a dia.

A segunda edição saiu em 2011, feita com a mesma linha editorial. Em 2014, a SBD investiu em uma nova atualização e revisão do conteúdo, além da refor-mulação visual do projeto, que foi feito pela Conectando Pessoas, responsável pelo site da entidade.

“No ano passado, fui convidado para trabalhar na atualização o e-book. Fize-mos todo o trabalho de atualização no período de um ano dentro da proposta

da SBD”, relatou o coordenador.Nessa edição, o livro digital contou

com 60 especialistas das mais variadas subespecialidades dentro do diabetes, para o desenvolvimento e atualização de 40 capítulos. O grupo trabalhou intensa-mente para o relançamento em fevereiro de 2015. A dinâmica usada na produção editorial seguiu os padrões de publica-ções científicas, com encaminhamento aos editores, que incluíam ou não co-mentários e orientações adicionais.

“Depois da etapa de produção do conteúdo, veio a finalização. Trabalha-mos de forma muito harmônica nos di-versos módulos”, explicou o Dr. Pima-zoni.

Para a SBD, a proposta é que o e-book permaneça sempre em dia com o que há de mais novo em tratamento do diabetes, sem que isso signifique uma modificação em todo o documento, e sim, atualizações pontuais a partir do surgimento de novas pesquisas na área. Os autores que participaram do e-book ficarão atentos a novos guidelines, lança-mentos e artigos científicos para que as modificações aconteçam com mais fre-quência, já que novas medidas terapêu-ticas estão sendo adotadas com muita velocidade.

E-book, Diretrizes e Posicionamentos – A educação continuada que vem sendo desenvolvida pela SBD reúne, basica-mente, três publicações: Diretrizes de Tratamento, Posicionamentos Oficiais e e-book. Elas são ferramentas importan-tíssimas para o tratamento do diabetes.

Não existem exatamente diferenças entre elas e sim direcionamentos ado-tados, segundo o grupo de trabalho da SBD. Elas se complementam, como de-fine o Dr. Pimazoni.

Os posicionamentos detalham, de forma adequada, determinados aspec-tos como, por exemplo, a mudança na prescrição de estatinas. Ele comenta, in-clusive, que o primeiro posicionamento a ser lançado esse ano é sobre estatinas

e o segundo abordará os algoritmos de tratamento do diabetes tipo 2.

As Diretrizes para o Tratamento do Diabetes da SBD são publicadas anu-almente, principalmente em formato impresso, entrando na categoria livro. O conteúdo também fica disponível no www.diabetes.org.br, sendo formado por uma sequência de artigos, não necessa-riamente dentro de módulos.

A divisão de conteúdo e a abordagem do e-book são diferentes das Diretrizes. O importante é que todos os capítulos sobre determinado assunto ficam reuni-dos no mesmo módulo.

O Dr. Walter Minicucci, presidente da SBD e editor associado do e-book, explica que o objetivo foi de oferecer o mais atual em tratamento do diabetes, de uma forma prática, com as novas dro-gas e atualizações de testes diagnósticos e formas de tratamento que pudessem ajudar tanto o médico especialista como o não especialista, assim como os outros profissionais de saúde envolvidos no tra-tamento do diabetes.

O presidente explica que, por decisão unânime de toda a diretoria da SBD, o conteúdo foi disponibilizado gratuita-mente para todos os médicos do Brasil, especialistas ou não. O e-book também pode ser acessado por todos os estudan-tes de medicina, bastando estar logado no site. Para ter acesso, é necessário fa-zer um cadastro, com inclusão de infor-mações sobre o tipo de profissional de saúde e número do respectivo Conselho a que pertence. Depois da confirmação, via email, os profissionais de saúde aces-sam todos os módulos sem nenhuma restrição.

O e-book conta com o apoio da So-ciedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM).

A SBD sabe que tem um desafio pela frente: difundir o conceito de um tra-balho multiprofissional. Um grande projeto e investimento na área educa-cional é uma proposta permanente da Sociedade. n

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Recursos Públicos

Por Flavia Garcia

Advocacy é a prática política que busca uma democracia mais justa e representativa. É desenvolvida por um indivíduo, organização

ou grupo de pressão junto ao sistema político com a finalidade de fortalecer a opinião e necessidades de um deter-minado grupo, em debates de interesse geral, relacionados à formulação de po-líticas e a alocação de recursos públicos. A prática inclui campanhas públicas, pro-moção de eventos, comissionamentos e publicação de documentos, pesquisas e estudos, em prol de um objetivo comum. Sem tradução literal na Língua Portu-guesa, advocacy consiste, então, em um conjunto de ações que visam influenciar a formulação, aprovação e execução de políticas públicas junto aos poderes Le-gislativo, Executivo e Judiciário e à socie-dade, por meio do trabalho em redes e a mobilização da mídia.

Um dos nomes mais conhecidos no Brasil, na área de advocacy em diabetes, é o de Sérgio Metzger. Ele é diretor de Relações Institucionais da Associação de Diabetes Brasil (ADJ), coordenador lati-noamericano da Rede Nacional de Pes-soas com Diabetes (RNPD) e da Rede de Educadores Latinoamericana em Diabetes (RELAD) e presidente da For-ça-Tarefa Governamental da Internatio-nal Diabetes Federation regional América Central e do Sul (IDF-SACA). Sérgio é bacharel em Direito, mas sempre traba-lhou como administrador de empresas e afirma que nunca foi da área de saúde. Aposentou-se há 10 anos e, desde então, tem se dedicado de forma voluntária às

lutas em prol do paciente com diabetes. Seu envolvimento com estas causas teve início há mais de 15 anos. Confira, em entrevista à Revista Diabetes, um pouco do trabalho que ele realiza.

Revista Diabetes: Como começou a sua his-tória com o diabetes?Sérgio Metzger: Há 25 anos minha fi-lha, na época com 17, foi diagnostica-da com diabetes. Ela é bem controlada e, até hoje, me deu a felicidade de ter duas netas. Mas, com isso, naturalmente me envolvi com a ADJ e, dentro da di-reção da Associação, fui incumbido de cuidar da parte de controle social, tanto em nível nacional, como internacional. Assim, há 15 anos, atuo na área de advo-cacy, na defesa da causa, principalmente na luta pelo acesso ao tratamento e me-dicação. Acreditamos que educação sem acesso não funciona e acesso sem edu-cação também não. Dentro dessa luta, nosso enfoque maior é ampliar o acesso do paciente ao tratamento.

Revista Diabetes: Qual tem sido o principal desafio nesta luta no Brasil?Sérgio Metzger: O próprio Ministério da Saúde reconhece que um terço dos municípios brasileiros ainda não cum-pre as determinações legais em relação à oferta de medicamentos e programas de prevenção e controle do diabetes. Como a obrigatoriedade dos cuidados com a saúde pública é descentralizada, muitos municípios ainda não disponibi-lizam o atendimento adequado ao pa-ciente com diabetes. Mas o maior desa-fio tem sido no âmbito social, pois nós temos que ser o agente controlador dos

nossos direitos. É fundamental que todo cidadão, independente de ter alguma patologia ou não, seja um batalhador para que tenha saúde e educação em seu município.

Minha luta é ser um agente multi-plicador dessa conscientização. Acho que este deve ser o foco de uma so-ciedade. Por isso, frequento tantos fó-runs e eventos, buscando aumentar a voz do paciente. Eles precisam ser mais ouvidos, tanto no âmbito das pesqui-sas clínicas como na incorporação de protocolos, pois, no fundo, tudo o que for deliberado pelo governo, terá con-sequência na vida de cada um. Uma pesquisa clínica que deixa de ser feita, ou uma deliberação que não é cumpri-da, influi negativamente na vida do pa-ciente. Cada vez mais é importante que tenhamos pessoas que venham ajudar nessa luta. Por isso, criamos, em 2007, a Rede Nacional de Pessoas com Dia-betes (RNPD).

Revista Diabetes: E como funciona essa rede?Sérgio Metzger: A RNPD é hoje um e--group, com mais ou menos 2.400 pon-tos focais em diversos municípios. Es-tamos abrangendo cerca de 40% dos municípios brasileiros com, pelo me-nos, uma pessoa acompanhando as im-plantações e cumprimentos em relação à saúde pública. Ela reporta sucessos e fracassos, ou seja, quando conquista e quando não conquista alguma coisa. Isso é replicado, via internet, a pessoas de outros pontos focais e esses avanços ou retrocessos acabam servindo de base para outros municípios. Uma das coisas

Advocacy: A Luta Pelos Direitos do Paciente Diabético

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fundamentais é que o cidadão deveria, pelo menos uma vez por mês, frequen-tar os conselhos de saúde de sua cidade.

Revista Diabetes: O senhor falou sobre a ne-cessidade de maior envolvimento da socie-dade com as causas de saúde pública. Mas qual deve ser a cobrança da população? Sérgio Metzger: Precisamos focar na prevenção do diabetes. Nós só falamos na doença, mas precisamos focar na pre-venção, tanto que a IDF está trabalhan-do, de 2014 a 2016, em cima do tema de alimentação saudável. Isso porque mui-tas crianças estão tendo o diagnóstico de diabetes tipo 2 ainda jovens, devido à alimentação inadequada.

A saúde tem que ser um programa de Estado, independente de partido ou campanha eleitoral. Todo mundo tem algum conhecido ou parente com dia-betes e só teremos uma saúde pública de qualidade se lutarmos pelos nossos direitos. Atualmente, o diagnóstico de doenças não transmissíveis e não infec-ciosas, como diabetes, tem crescido mui-to e, muitas vezes, essas doenças podem ser evitadas. É nesta prevenção que o governo precisa trabalhar e a sociedade cobrar. O Estado precisa estar prepara-do para enfrentar isso. Não é só oferecer o medicamento. O importante é não ter a doença.

Revista Diabetes: Qual a maior demanda atual das pessoas com diabetes em relação ao sistema público de saúde?Sérgio Metzger: Atualmente, com 12 mi-lhões de pessoas com diabetes, a grande demanda dos brasileiros é pelos medica-mentos contínuos, que já estão nos pro-

tocolos e leis nacionais, e que, às vezes, não se encontram nos postos de saúde, mas o grande problema está na demora para a marcação de consultas. Precisa-mos avançar nesta área para evitar que as consequências sejam mais severas. A saúde pública tem gasto muito dinheiro com atendimento na média e alta com-plexidade, mas não pode negligenciar a atenção básica, para sair deste círculo vicioso negativo.

Revista Diabetes: Em relação ao atendimen-to nos consultórios, o que poderia mudar? Sérgio Metzger: É importante também que a comunidade médica, mesmo que não seja da saúde pública, esteja preocu-pada em oferecer ao paciente o melhor para ele, tendo como base as condições financeiras de cada um. Neste sentido, a Farmácia Popular foi um avanço, mas está ocorrendo uma distorção, pois as pessoas deixam de ir ao consultório ou à unidade de saúde, para ir direto à far-mácia retirar o medicamento. Assim, o paciente fica sem orientação. Nós somos a favor da legislação que torne, nova-mente, a farmácia como um posto de saúde, com profissionais aptos e autori-zados a fazerem uma anamnese e uma orientação personalizada.

Revista Diabetes: O senhor acha que o pa-ciente está preparado para voltar a esse mo-delo de atendimento de saúde?Sérgio Metzger: Sim, ele está prepara-do, pois as perguntas existem. Natural-mente, no dia a dia, acabam surgindo diversas dúvidas que o paciente não chega a levar na próxima consulta e a farmácia está próxima da sua casa. Em

muitas questões, o farmacêutico e o en-fermeiro podem solucionar e, inclusive, encaminhar o paciente para o médico, quando a glicemia de ponta de dedo, por exemplo, não está em um nível ade-quado. O médico, no consultório, faz a anamnese, prescreve o medicamento e orienta, mas os questionamentos sur-gem em momentos bem distintos e os pacientes acabam sem saber o que fazer.

Revista Diabetes: Em termos da atenção da saúde para o paciente, o que o senhor acha que falta no Brasil?Sérgio Metzger: Tudo no Brasil pas-sa pela educação, e a informação sal-va vidas. É importante que as pessoas com diabetes saibam de seus direitos e onde devem procurar atendimento. Dentre as leis federais, a 11.347, de 27/09/2006, delibera sobre distribui-ção gratuita de medicamentos e mate-riais necessários inscritos em progra-mas de educação para diabéticos, mas muitos pacientes desconhecem esta lei. Outro ponto que acho fundamental é a educação continuada de médicos do serviço público, que não costumam fre-quentar os grandes congressos e cur-sos, sendo que 70 a 80% da população busca o sistema público de saúde e es-ses profissionais também precisam de atenção e atualização.

É necessário que a atenção básica cresça no país. O Governo precisa se estruturar para, através da informação, desmistificar suposições que surgem, dia-riamente, em relação à cura do diabe-tes. Precisamos evitar a desinformação da população e o aparecimento de notícias com receitas de “curas milagrosas” n

É fundamental

que todo cidadão,

independente de ter

alguma patologia ou

não, seja um batalhador

para que tenha saúde

e educação em seu

município.

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para a neuropatia de fibras finas, as mais precocemente atingidas (ex. biópsia de pele ou pela microscopia confocal) por-que a eletroneuromiografia segue como teste mais solicitado, embora avalie ape-nas fibras grossas, alteradas mais tardia-mente.

O comprometimento autonômico cardíaco é outro destaque como tam-bém a relação da resistência à insulina no cérebro e sua conexão com Alzhei-mer e Parkinson. O rastreamento do pé em risco de ulceração, a investiga-ção apropriada da osteomielite e uso racional de antibióticos são outros pon-tos relevantes. As diretrizes práticas do IWGDF (International Working Group on the Diabetic Foot) e as fichas clínicas de-senvolvidas em Brasília, adotadas pelo Grupo Brasileiro de Pé Diabético (Bras-PEDI) para o Programa Step by Step (Pas-so a Passo), da parceria SBD com a In-ternational Diabetes Federation, são outras ferramentas bastante úteis para organi-zar serviços, incluídas na publicação.

Revista Diabetes: O que destaca na publi-cação como novidades no tratamento da neuropatia dolorosa? Dra. Hermelinda: Em relação à dor neu-ropática, fomos honrados com a impor-tante contribuição do Prof. Solomon Tesfaye (Reino Unido), premiado com a Camilo Golgi Lecture, no Congresso

da EASD (European Association for the Study of Diabetes) de Viena, em 2014. A ênfase foi dada ao algorit-mo do Consenso de Toronto para a polineuropatia diabética doloro-sa (PNDD), adotado pela grande maioria dos médicos no Brasil: du-loxetina, pregabalina e gabapenti-na são os agentes de primeira linha, com recomendação para trocar as medicações se há efeitos adversos ou má resposta. O prof. Tesfaye in-seriu dados do seu recente estudo COMBO-DN. “Tomado em conjun-

prevenção. O livro “Neuropatias e Pé Diabético”

foi editado pelos Drs. Hermelinda C. Pe-drosa, Lucio Vilar e Andrew J. M. Boul-ton. A ocasião para o relançamento da edição revisada foi escolhida cuidadosa-mente. Em 2014, o livreiro José Caval-canti Pedrosa, pai da Dra. Hermelinda, completaria 100 anos. Foi uma forma da endocrinologista e de sua família ho-menageá-lo.

Em entrevista para a Revista Diabetes, a Dra. Hermelinda Pedrosa falou sobre a importância do cuidado com o Pé Dia-bético e do seu projeto.

Revista Diabetes: Quais os pontos que os profissionais de saúde poderiam ter como apoio no seu livro para um bom tratamento e conduta no tratamento da neuropatia e do pé diabético?Dra. Hermelinda: Há dados de estudos na comunidade britânica de que quase 40% dos pacientes não recebem trata-mento para sintomas neuropáticos e 12,5% não compreendem os sintomas e não se queixam aos médicos. Sabe-se que 25% dos pacientes apresentarão al-gum problema nos pés ao longo da vida, mas é inconcebível que mais de 60% nunca tenham tido os pés examinados. Assim, a ênfase é a história clínica e o exame físico do paciente.

Claro, são explanados novos testes

Pesquisas apontam que cerca de 40% dos pacientes diabéticos não recebem tratamento para sintomas neuropáticos; 12,5%

não entendem os sintomas e não se queixam; 25% apresentarão algum problema ao longo da vida; e, o mais preocupante, 60% nunca tiveram os pés examinados.

Esses números comprovam porque o assunto Pé Diabético vem sendo aborda-do com regularidade na Revista Diabe-tes. A Dra. Hermelinda Pedrosa, uma das maiores especialistas brasileiras no tema, explica que os números relativos ao tratamento do Pé Diabético só au-mentam e é preciso investir em mate-rial para todos os profissionais de saúde. Recentemente a especialista atualizou a 1ª edição de um livro para orientar os profissionais de saúde sobre o Pé Dia-bético. Para a Dra. Hermelinda, tratar e entender a neuropatia e todas as suas formas de manifestações e complicações crônicas, dentre elas a dor, o pé diabéti-co, as mortes súbitas e infartos silencio-sos, é fundamental.

O livro abrange essas complicações diabéticas ainda tão negligenciadas, desde as apresentações clínicas, enfati-zando a questões práticas, assim como a importância da avaliação da história clínica e o exame físico do paciente, medicamentos, condutas, rastreamen-to do pé, e uso racional de antibióticos.

Grandes nomes nacionais e internacionais transfor-mam a publicação em uma das mais importantes do país. Integram o grupo res-ponsável, nomes como dos professores Andrew Boulton e Dr. Karel Bakker. São 46 es-pecialistas em Pé Diabético, entre estrangeiros e brasilei-ros, passando informações essenciais ao tratamento e

Falando sobre o Pé Diabético

Dra. Hermelinda Pedrosa, ao centro, no lançamento da publicação

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to, o estudo demonstrou que, em doses--padrão, a duloxetina é mais eficaz do que a pregabalina como o tratamento inicial, sem nenhum resultado preocu-pante quanto à segurança. Contudo, em doses máximas, a pregabalina pareceu ser mais eficaz do que a duloxetina”.

Há também um novo opioide de li-beração prolongada mais potente que os atuais (tramadol e oxicodona), o Tapentadol, para uso como segunda li-nha. Para o tratamento fisiopatogênico, a droga recomendada pelo Consenso é o ácido tióctico. Os inibidores da aldose redutase seguem em estudos (raniresta-te, no Canadá; eparelstate, em uso no Japão). A benfotiamina, um derivado de tiamina (vitamina B1), mostrou-se capaz de reduzir AGE (produtos de glicação tardia) tecidual e está sendo estudada pelo grupo de Pop-Busui (colaborado-ra no capítulo de neuropatia cardiovas-cular) e Feldman, na Universidade de Michigan (EUA, comunicação pessoal). Há perspectivas de lançamento do pep-tídeo C, para a PNDD entre pacientes com DM Tipo 1, em 2015.

Revista Diabetes: Como o livro foi ideali-zado?Dra. Hermelinda: O livro me foi suge-rido pelo Prof. Leão Zagury, quando presidiu a SBD, em função do nosso trabalho à frente do Projeto Salvando o Pé Diabético, iniciado na década de 90 e que permaneceu até 2003, e do De-partamento de Pé Diabético da SBD. A ideia era focar as complicações que ain-da são a “Cinderela” da Diabetologia e o nome veio direto ao ponto: Neuropatias e Pé Diabético.

O livro não tem um foco eminente-mente terapêutico. Há um conjunto de informações norteadas pela Neuropatia e suas formas heterogêneas de manifes-tações, os mecanismos fisiopatogênicos atuais, os aspectos psicossociais envolvi-dos, os dados do Brasil, como também

ênfase em suas principais complicações: a dor neuropática e as úlceras, que cul-minam em amputações. Dessa forma, os 22 capítulos abrangem as diversas face-tas dessas complicações negligenciadas do Diabetes Mellitus, responsáveis por devastar a vida dos pacientes. Portanto, foi com muito honra que o Dr. Zagury escreveu a apresentação do livro.

Revista Diabetes: Quais e quantas pessoas estiveram envolvidas?Dra. Hermelinda: Convidei inicialmen-te o Prof. Lucio Vilar, pela sua expertise em editar livros científicos na área de endocrinologia e por contribuir, há anos, em suas obras. Em seguida, o Prof. Andrew Boulton, que além de conside-rar uma das maiores autoridades nos dois temas, é um mentor e amigo, que me introduziu em grupos de trabalhos internacionais, como o Task Force em Neuropatia (Londres, 1995) e no IWG-DF liderado pelo Dr. Karel Bakker, o grande embaixador do Pé Diabético no mundo. Com isso, tive a rica oportuni-dade de conhecer expoentes globais ao longo dos anos, que prontamente acei-taram participar desse primeiro livro no Brasil e na América Latina, envolvendo simultaneamente os dois temas. Assim, um grupo de 46 pessoas participou: seis dos EUA, nove da Europa e 31 do Bra-sil. Claro que, a equipe de Brasília, local onde todo esse trabalho se iniciou, tem uma participação especial (13 colabo-radores), além de importantes nomes nacionais na área médica e da enferma-gem de outros estados (18).

Revista Diabetes: Por que esse lançamento especial da versão revisada em 2014?Dra. Hermelinda: O lançamento oficial foi no Congresso da SBD, em Florianó-polis (2013), considerado o best-seller. Em 2014, o meu pai, José Cavalcanti Pedrosa, teria feito 100 anos. Pedrosa, como era conhecido, foi um livreiro

com práticas visionárias no Nordeste, a partir de Campina Grande, onde mon-tou a Livraria Pedrosa, que fez lança-mentos de expoentes como Jorge Ama-do em duas ocasiões, além de Gilberto Freire. Montou a gráfica homônima, editando vários livros, como de Elpídio de Almeida, José Lopes de Andrade, dentre outros. Então, nesse centenário, concretizei o ‘agradecimento especial ao meu pai’, que em vida me ensinou e a tantas outras pessoas a gostar de ler. O slogan “Faça do Livro o Seu Melhor Amigo” era a frase marcante da Livraria Pedrosa, que teve grande influência na vida cultural e acadêmica de várias cida-des da Paraíba e do Nordeste.

Assim, houve lançamento em Campi-na Grande (PB), com um evento espe-cial marcando o início da gestão da Dra. Alana Abrantes à frente da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabo-logia Regional Paraíba, em 26 de outu-bro; Cartagena de Indias (Colômbia), com o Prof. Andrew Boulton e Dr. Jaime Davidson, durante a Cumbre de las Améri-cas; e em Brasília, no mês de novembro, o mês do diabetes, em uma divulgação primorosa da SBD, através do estima-do Augusto Pimazoni. Um ano muito emocionadamente feliz para todos nós da família Pedrosa e de destaque para os profissionais que atuam na área de neuropatias e pé diabético. n

Dra. Hermelinda e Dr. Andrew Boulton

Drr. Balduino e Dra. Hermelinda Pedrosa

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14 de novembro

O Dia Mundial do Diabetes em 2014, coordenado pelo Dr. Márcio Krakauer, foi marcado, mais uma vez, por eventos em

todo o Brasil. A primeira parte da re-portagem sobre a Campanha, na edição anterior, comentou sobre a atividade no Maracanã, o Concurso de Culinária, da-dos epidemiológicos em conjunto com a IDF e ações nas redes sociais e no site, além da repercussão internacional.

Na primeira edição da Revista de 2015, o objetivo é mostrar algumas das atividades realizadas pelo país, que po-dem ser uma fonte de inspiração para as ações programadas para 2015, segundo o Dr. Krakauer.

Para este ano, Regionais e Associa-ções podem pensar em propostas para marcar a data. A comissão responsável pela organização da Campanha do Dia Mundial já realizou a primeira reunião do ano para traçar as estratégias para novembro.

Em 2014, foram caminhadas, ações educativas, corridas, exames e diversos outros eventos que aconteceram no dia 14 e, também, durante todo o mês de novembro. Todas as atividades realizadas em 2014 estão publicadas no site www.dia-mundialdodiabetes.org.br e redes sociais. Veja algumas das ações pelo país.

Dia Mundial do Diabetes

pelo Brasil

Reunião da Comissão do Dia Mundial do Diabetes

Caminhada em prol do Dia Mundial do Diabetes Grupo da SBD, na ação na Lagoa Rodrigo de Freitas

Congresso SBD Rio – Fazendo parte das atividades em prol da Campanha, o 1º Congresso Regional de Diabetes do Rio de Janeiro aconteceu entre os dias 13 e 15 de novembro de 2014. De acordo com a presidente da Regional, e também do even-to, Dra. Ana Gabriela Fuks, a data foi escolhida exatamente por coincidir com o Dia Mundial do Diabetes.

Os congressistas se reuniram no Hotel Royal Tulip, em São Conrado (RJ), para discutirem sobre os diferentes temas do tratamento do diabetes. O evento contou com a presença do Dr. Walter Minicucci, presidente da SBD, além da participa-

ção de dois convidados internacionais, Dr. Enrique Caballero e Jaime David, ambos dos Estados Unidos.

Dentro da programação foi incluída uma atividade na La-goa Rodrigo de Freitas, Zona Sul do Rio de Janeiro, para es-timular a prática dos exercícios físicos. A segunda edição do Desafio SBD-RJ “Correndo pelo Diabetes” começou às 8h30, partindo do Parque dos Patins. A corrida contou com dois percursos, sendo um de 5 km e outro com 7,5 km. Foram distribuídas camisetas do Dia Mundial e os participantes ti-veram lanche, além de pontos de alongamento e hidratação.

Acesse o relatório internacional da IDF sobre o Dia Mundial do Diabetes em diversos países. No documento, foto do Maracanã iluminado de azul.

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Evento em Sergipe reuniu milhares de pessoas pelo Dia Mundial do Diabetes

Atividades realizadas em vários ´pontos da cidade chamaram a atenção do público e imprensa

Caminhada em Sergipe – No dia 1º de no-vembro aconteceu a quarta edição da Caminhada do Dia Mundial do Diabe-tes, organizada pelo Centro de Diabetes de Sergipe - dirigido pelo Dr. Raimundo Sotero -; a Associação de Proteção ao Diabético; a Sociedade Médica de Sergi-pe; as Regionais da SBD, Sociedade Bra-sileira de Endocrinologia e Metabologia e Sociedade Brasileira de Cardiologia; a Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabéticos; e Secretaria Municipal de Saúde.

A caminhada foi acompanhada por dois trios elétricos, com a participação de pacientes e colaboradores das di-versas empresas envolvidas no projeto, além de estudantes dos cursos das áreas de saúde da UNIT.

A concentração teve início às 14h30, com a partida às 15h30, saindo da Praça do Mini Golf até o Parque da Sementei-ra. A atividade mobiliza milhares de pes-soas na capital de Sergipe e é considera-da uma das mais importantes do Brasil.

Atividades em Natal – A SBEM-RN, pre-sidida pelo Dr. Tadeu Fonseca, organi-zou diversas atividades na capital do Rio Grande do Norte. Durante a “Semana Azul” foram distribuídos 30 banners para serem afixados em diversos locais da cidade. Além disso, foram promovi-das ações como o mutirão para detecção de novos casos de diabetes na Cidade da Criança; uma “Visita Azul” no Midway Mall, Norte Shopping; e outra no TRT Lagoa, com um stand para divulgação, com teste de glicemia e distribuição de material educativo.

No dia 11 de novembro foi organiza-do um seminário na UNP Salgado Filho, com o tema “Como manejar o diabetes e promover um estilo de vida saudável”. Palestras com especialistas em nutrição, endocrinologia e fisioterapia foram or-

ganizadas na semana do Dia Mundial, além de um curso rápido de capacita-ção em curativos, testes de glicemia, distribuição de folhetos, nas tendas, e diversas faixas no Restaurante no SESC Centro. No Natal Shopping aconteceu o seminário “Novembro Azul SESC”.

Já no dia 14 de novembro, muitas atividades aconteceram pela cidade: Sá-bado Azul, no Auditório SESC Centro

(palestra com endocrinologista, educa-ção em saúde sobre diabetes e medição de glicemia); passeio ciclístico no Praia Shopping; corrida na Praça das Flores; e caminhada IFRN da Salgado Filho. No Parque das Dunas, na Concha Acústi-ca, houve o encerramento das ativida-des pelo Dia Mundial do Diabetes com um Cerimonial, Banda da PM e carro de som.

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Ações da SBD Regional RS – A SBD-RS realizou ações durante o mês de no-vembro, pela conscientização do Dia Mundial do Diabetes. Essas ativida-des contaram com a coordenação do presidente da Regional, Dr. Marcello Bertoluci. Diversas cidades participa-ram, promovendo suas próprias cam-panhas.

Em Pelotas, sobe a coordenação da Dra. Vera Silveira, foi realizado um workshop sobre o pé diabético da Liga de Endocrinologia da FAMED--UFPEL. Foi concedida uma entrevis-ta para a RBS TV Pelotas, com o tema “O que é diabetes?”. Além disso, uma faixa foi colocada na fachada do am-bulatório central da FAMED-UFPEL, que foi também, iluminada de azul.

Vídeos e palestras educativas fo-ram apresentados em duas escolas, onde houve distribuição de material educativo sobre o diabetes. Foi criada também, uma página no Facebook, organizada pelas enfermeiras Ilania e Isis Vasconcelos, com dicas sobre a doença e divulgação da programação do novembro azul.

Em Porto Alegre aconteceram ati-

vidades no Parque da Redenção, vol-tada à educação do diabetes e outras doenças, com a participação de diver-sas entidades de saúde. Tendas indivi-duais foram montadas na praça, onde ocorreram palestras para o público, além de um palco com show musical de Renato Borghetti. A SBEM e SBD--RS atuaram juntas no local.

No Parque Farroupilha, foi realiza-da campanha de prevenção de ampu-tações, intitulada “Diabetes Mellitus: detecção do pé em risco de ulcera-ção”, coordenada pelos Drs. Helena Schmid, Otto Nievov e Lisiana Stefani Dias, com patrocínio da SBD-RS De-partamento do Pé Diabético da e SBD Nacional.

Na ocasião, a campanha “Brinque de redenção”, que repetiu as ações de 2009 e 2010, divulgou o trabalho rea-lizado por profissionais de saúde do HCPA sobre educação e cuidados com o pé diabético, prevenção de ulcera-ção e cuidados básicos necessários.

Em Passo Fundo, sob a coordena-ção do Dr. Hugo Lisboa, foi realizado o II Acampamento da Criança com Diabetes, promovido pela Universi-

dade de Passo Fundo (UPF), Lions Clube Internacional e pelo Hospital São Vicente de Paulo (HSVP). A ativi-dade foi realizada no campus I da UPF e reuniu 36 crianças, além da partici-pação de alunos e professores de 13 cursos de graduação da UPF.

Orientação sobre aplicação de in-sulina, atividades lúdicas, brincadei-ras, oficinas de nutrição, coleta de exames, visita e piqueniques com os pais ao zoológico da UPF, confecção de brinquedos, oficinas de jogos, na-tação e atividades radicais estiveram na programação da garotada.

Houve também oficinas de nutri-ção, orientação odontológica, roda de conversa e muita troca de experi-ências. Encerrando as atividades, a “1ª Corrida para Vencer o Diabetes.

Em Santa Maria, a principal ativida-de foi na Praça de Santa Maria, coor-denada pelo Dr. Marcos Troain, que contou com um palco, sonorização e um toldo armado no centro do local, aonde foram abrigadas as estações de medição de glicose, além da “Cami-nhada pelo Diabetes”, realizada no calçadão da praça. n

Coritiba FC e o Dia Mundial do Diabetes – O Centro de Diabetes Curitiba e o Coritiba Foot Ball Club promoveram ação pelo Dia Mundial na partida contra o Palmeiras, pelo Campeona-to Brasileiro Série A 2014. Antes e no intervalo do jogo, que aconteceu no Estádio Major Antônio Couto Pereira, às 19h30, foi aberta uma faixa mencionando a data. Os torcedores que compareceram ao estádio receberam panfletos educativos da campanha.

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Congresso

Como tem sido noticiado nas últi-mas edições da Revista Diabetes, uma equipe liderada pelo Dr. Balduíno Tschiedel está organi-

zando o próximo Congresso da SBD. O Diabetes 2015 acontecerá entre 11 e 13 de novembro, no Centro de Eventos da FIERGS, em Porto Alegre (RS).

Na última edição, uma entrevista com o Dr. Marcello Bertoluci, presidente da Comissão Científica, falou sobre a defi-nição de palestrantes nacionais, alguns temas que farão parte da programação e os convidados internacionais já confir-mados. Segundo o especialista, uma das ideias é realizar um evento pré-congres-so com uma sessão científica internacio-nal, na qual os participantes teriam a oportunidade de discutir tecnicamente trabalhos previamente selecionados, vi-sando a publicação posterior dos arti-gos. O Dr. Bertolucci detalha, desta vez, mais particularidades da programação científica, que segue tendências inter-nacionais

Os nomes dos integrantes das comis-sões Científica Nacional e Local, bem como da Executiva Local, estão divulga-dos no site do Congresso. Ao todo, 60 especialistas estão envolvidos na prepa-ração da programação da vigésima edi-ção do Congresso da SBD. “Temos uma lista de nomes, de grande importância

para a diabetologia nacional, que certa-mente vão contribuir muito com o nos-so Congresso. Estamos montando uma equipe de observadores, que irá acom-panhar os eventos da ADA e da EASD, em 2015, e trazer sugestões de temas e palestrantes internacionais. É preciso dar o timing adequado para não apressar esta parte, uma vez que estamos a meses do congresso e muita coisa nova deverá surgir ao longo de 2015”, informou o Dr. Marcello.

Seguindo a tendência dos últimos congressos médicos, a organização do Diabetes 2015 abordará as novas tecno-logias no manejo e tratamento do diabe-tes. “Há diversas novidades que deverão ser lançadas em 2015. A situação atual do projeto do pâncreas artificial, novos sensores subcutâneos de glicemia, novas bombas de infusão, entre outras, deve-rão ter espaço significativo na grade do Congresso. Além disso, haverá um refor-ço na área de nutrição e exercício, com a inclusão de um ou dois simpósios espe-cíficos. Teremos o lançamento de novas drogas em 2015 que serão apresentadas pela indústria. A área de educação em diabetes também deverá ter um espaço significativo tanto em workshops como em simpósios”, completou.

Em relação aos convidados interna-cionais, até o momento, oito nomes

estão confirmados. São eles: Dr. David Matthews (Oxford, UK), Dr. Steven Kahn (Washington, DC), Dr. Simon Heller (Sheffield, UK), Dra. Silva Arsla-nian (Pittsburgh, PA), Dr. Enrique Ca-ballero (Boston, MA), Dr. Edwin Gale (Bristol, UK), Dr. Decio Eizirik (Brus-sels, BEL) e Dr. Gilberto Velho (Paris, FR). “Estamos ampliando gradualmente esta lista com o objetivo de chegar a 12 pessoas, sendo todos convidados oficiais do Congresso”, disse ele. A respeito dos palestrantes nacionais, o Dr. Marcello pretende priorizar os coordenadores de Departamento da SBD.

Inscrições Abertas – O próximo prazo de desconto para a taxa de inscrição no XX Congresso da SBD é dia 2 de junho de 2015. Até lá, os valores para a parti-cipação no evento são de: R$675 para médicos sócios SBD, ABESO e SBEM; R$960 para médicos não sócios ou não quites; R$480 para outros profissionais sócios; R$675 para outros profissionais não sócios ou não quites; R$500 para residentes e pós-graduandos; e R$350 para acadêmicos de graduação. As ins-crições devem ser feitas exclusivamente pelo site do evento: www.diabetes2015.com.br.

Os trabalhos podem ser enviados até o dia 19 de junho. n

Diabetes 2015: De Olho nas Novidades Científicas

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Ponto de Vista

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Dr. Ney Cavalcanti

uma ingestão de cálcio adequada dimi-nuiria em cerca de 25% a incidência de fraturas resultantes da osteoporose.

Isto acarretaria numa importante di-minuição dos custos que este tipo de problema causa. Por conta de todos os benefícios, o consumo de leite tem sido estimulado em todas as idades. No en-tanto, uma pesquisa publicada em ou-tubro passado, numa importante revista médica, a British Medical Journal, coloca em dúvida esta recomendação.

Um grupo de pesquisadores suecos analisou 61.433 mulheres e 46.339 ho-mens com idades entre 39 e 79 anos, du-rante 11 anos. Relacionaram o consumo de leite de cada um com a incidência de mortalidade e o surgimento de fratu-ras. As mais frequentes causas de morte foram câncer e doença cardiovascular. Os resultados foram surpreendentes. O número de mortes entre as mulheres foi quase 100% maior, nas que bebiam três ou mais copos de leite diários.

Entre os homens que bebiam esta quantidade, a mortalidade também foi maior, porém em menor magnitude. Outra surpresa foi que não houve dimi-nuição de números de fraturas. Até ao contrário: os bebedores de três ou mais copos também fraturaram mais.

Os autores tentam explicar estes da-dos pela presença de uma substância, a d-galactose existente na lactose do lei-te. Ela aumentaria o chamado estresse oxidativo e a inflamação, favorecendo o surgimento do câncer e das doenças vas-culares. A administração da d-galactose em animais é capaz de produzir estas alterações oxidativas e inflamatórias, e também causar perda da massa óssea.

Muitas interrogações estão sendo fei-tas sobre esta pesquisa. Uma delas é se este tipo de comportamento ocorreria tanto com o leite integral quanto com o desnatado - dados que a pesquisa não analisou.

É conveniente ressaltar que os pro-dutos lácteos com pouca ou nenhuma lactose (queijos, iogurtes) muito prova-velmente não terão estas ações indese-jáveis. n

O leite bovino é considerado uma das mais nutritivas de nossas be-bidas. Fama até hoje muito me-recida. Afinal, ela é capaz de for-

necer dezenas de substâncias essenciais ao metabolismo. É a nossa principal fon-te de cálcio, mineral muito importante na formação e manutenção da integri-dade do nosso esqueleto.

O cálcio também é essencial na coa-gulação sanguínea e na contração mus-cular. A maioria do fósforo que necessi-tamos também vem do leite. Esta bebida também contém outros minerais, iodo, magnésio, zinco e potássio, importan-tes nas nossas reações metabólicas. Por ter apenas uma pequena quantidade de sódio, não contribui para o surgimento ou agravamento da hipertensão arterial. Pesquisas antigas mostravam, inclusive, que o consumo de três copos de leite diários era capaz de reduzir a pressão nos hipertensos.

O leite também é fonte de importan-tes vitaminas: A, B12, ribofravina (B2) e niacina essenciais nas nossas reações me-tabólicas. A vitamina D - cuja principal fonte é a ação de raios solares sobre a pele - também existe em pequenas quan-tidades nesta bebida. Além disso, o leite é fornecedor das vitaminas E, folato e piri-doxina (B6). Sobre a integridade de nos-sa massa óssea, o consumo do leite, por sua grande quantidade de cálcio, sempre foi considerado essencial para a forma-ção e preservação do nosso esqueleto.

Durante a infância e adolescência, a ingesta de cálcio em quantidades ade-quadas garante a quantidade e qualida-de da formação do nosso patrimônio ós-seo. Por outro lado, na terceira idade, quando a reabsorção óssea é maior do que a formação, o aporte adequado de cálcio diminui a intensidade e a veloci-dade desta reabsorção. Como resultado, há uma menor incidência da osteopo-rose, que é uma perda importante de tecido ósseo.

Como sabemos, a osteoporose predis-põe ao surgimento de fraturas com sé-rias repercussões negativas sobre a saú-de deste grupo etário. Acreditava-se que

Queres Viver Muito?Beba Pouco Leite

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A SBD Regional Paraná, com o apoio do Centro de Diabetes Curitiba, irá realizar nos dias

28 e 29 de agosto, a quarta edição do Diabetes Paraná. O evento acontece-rá em Curitiba e está sob a coordena-ção do Dr. Edgar Niclewicz.

As inscrições podem ser feitas no www.diabetesparana.com.br. Os va-lores são diferenciados para sócios das entidades - SBD, Sociedade Clí-

nica Médica, Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia, Sociedade Brasileira de Hiperten-são, Sociedade Brasileira de Car-diologia será de R$270. Para os não sócios a taxa é de R$290. Já os re-sidentes, pós-graduandos, mestran-dos e doutorandos pagarão R$230. É importante ressaltar que todos esses preços são válidos até o dia 31 de março. n

Goiânia recebeu a 27ª edição do Cur-so de Qualificação em Educação em Diabetes para Profissionais de Saúde

– Projeto Educando Educadores. O evento aconteceu de 3 até 7 de novembro e con-tou com a presença de 64 participantes.

Esta edição foi uma solicitação da Secre-taria de Saúde do Estado de Goiás. O cur-so foi promovido a partir de uma parceria entre a SBD com a ADJ Diabetes Brasil e a International Diabetes Federation (IDF). n

Do dia 13 a 16 de novembro foi realizada a segunda edição do Acampamento da Criança com Diabetes, no Campus I da Universidade de Passo Fundo, no Rio Grande do Sul. A ação teve a participação de 13 cursos de graduação da

UPF e reuniu 22 crianças diabéticas. Todos os presentes acompanharam palestras de orientação sobre aplicação de insulina, atividades lúdicas, brincadeiras, oficinas de nutrição, entre outros. n

Do dia 12 até 14 de dezembro aconteceu o 43º Encontro Anual do Instituto Estadual de Diabe-

tes e Endocrinologia Luiz Capriglione (IEDE), organizado pela ASSEX (As-sociação dos Ex-alunos do IEDE), cujo

presidente 2013/2014, na ocasião, era o Dr. Alexander Benchimol. O evento voltou a ser realizado no Costa Verde Fluminense, no Rio de Janeiro, tendo as diretrizes em endocrinologia como tema central dos debates. n

A 16ª edição do Congresso Bra-sileiro de Obesidade e Síndro-me Metabólica será realizada

no Rio de Janeiro e está marcada para acontecer entre os dias 30 de abril e 2 de maio, no Hotel Windsor Barra. O Dr. Alexander Benchimol é o responsável pela organização do evento, que também conta com o apoio da SBD.

Todos os interessados podem efetuar a inscrição no site do Con-gresso – www.obesidade2015.com.br. Os valores são: R$970 para médi-cos sócios/ ABEM/ SBEM/ SBD/ SBCBM; R$ 1.560 para os não só-cios da entidade; R$450 para nu-tricionistas, psicólogos, físicos e outros profissionais sócios; R$550 para profissionais não sócios; e R$480 para graduandos e residen-tes. Os preços são válidos até o dia 31 de março de 2015. n

São Paulo receberá a 11ª edi-ção do Congresso Paulista de Endocrinologia e Me-

tabologia (COPEM). O evento acontecerá no Centro de Con-venções do Shopping Frei Cane-ca, do dia 14 a 16 de maio, tendo o Dr. Evandro Portes como pre-sidente. As inscrições podem ser feitas no www.copem2015.com.br e o prazo para submissão de tra-balhos foi encerrado no último dia 16 de fevereiro. n

O EndoRecife 2015 acontecerá entre os dias 20 a 23 de maio de 2015, no Enotel Conven-

tion, em Porto de Galinhas, Per-nambuco. Este ano o evento será realizado em conjunto com o Con-gresso Latino Americano de Endo-crinologia (COLAEN). O Dr. Ruy Lyra e o Dra. Maria Amazonas es-tão à frente da organização. As informações referentes aos valores das inscrições e trabalhos podem ser acessadas no site: www.endocri-nologiape.com.br/. n

A cidade de Vitória receberá a sexta edição do Congresso Brasileiro de Atualização de Endocrinologia e

Metabologia (CBAEM). Especialistas po-dem marcar em suas agendas o período do dia 11 até 15 de agosto de 2015 para o evento, que está sendo presidido pelo Dr. Albermar Roberts Harrigan. A atividade é promovida pela Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia. n

Educando Educadores

Acampamento em Passo Fundo

Encontro do IEDE 2014

Obesidade em Pauta

Atualização em São Paulo

Congresso em Pernambuco

CBAEM 2015Diabetes Paraná 2015

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Novidades

Lançamentos da Indústria Farmacêutica

ERRATA: Tresiba

N a última edição da Revista Diabetes, nesta coluna, foram divulgadas informações sobre a Tresiba (insulina degludeca). Conforme informações da Novo Nordisk, responsável pelo medicamento, ao contrário do publicado, o produto ainda

não está aprovado pelo FDA. O Tresiba possui, até o momento, aprovação da Agência Regulatória Europeia (EMA), bem como em outros países do mundo. n

Novos Calçados no Mercado

A marca Usaflex lançou, em ja-neiro de 2015, uma linha de

calçados especialmente para os pacientes diabéticos. Denominada Usaflex Care Diabetes, é formada por modelos desenvolvidos com forração interna de tecido de algo-dão com espuma de 3mm. Os pro-dutos também apresentam trata-mento bacteriano com tecnologia de íons de prata, o que, segundo o fabricante, possibilita a filtragem e eliminação de 99% dos fungos, ácaros e bactérias, além de melho-rar a oxigenação e circulação san-guínea. As palmilhas são feitas com acabamento de couro ou tecido e, na parte externa, os calçados são de couro e elastano. n

MiniMed® 640G System

A Medtronic anunciou a nova versão de seu equipamento de

bomba de insulina com sensor. Segundo o fabricante, dentre as diferenças, com relação ao seu an-tecessor, estão: a utilização de um sistema ainda mais sensível às varia-ções de glicose, o Enlite 2; e maior eficácia no controle das hipo e hi-perglicemias. A Medtronic informa que na MiniMed® 640G o forne-cimento de insulina é interrompi-do quando ocorrer a tendência de queda de glicose no sangue, o que levará o usuário a uma hipoglice-

mia (enquanto no Medtronic Veo a insulina é suspensa apenas quan-do a glicose atinge um valor previa-mente programado). Além disso, a insulina volta a ser liberada assim que o usuário apresenta níveis alvo de glicose, ao contrário do Veo que mantinha a suspensão do medica-mento por 2 horas, exceto em casos de interação humana.

O novo produto, no entanto, mantém a necessidade de progra-mação prévia, pelo usuário e, ainda, de manejo no sensor de glicose, de-pendente de calibrações com base nos resultados de glicemia capilar. n

Coleção de Joias

N em só de medicamentos e insumos vive a indústria de produtos volta-

dos para os pacientes com diabetes. A American Diabetes Association (ADA) lan-çou uma coleção de joias em parceria com a Kay Jewelers denominada “Stop Diabetes Signature”. Com a campanha “Deixe seu amor brilhar”, a joalheria colocou à venda oito produtos especial-mente desenvolvidos para o uso de pes-soas com diabetes. Isso porque, possui espaço para gravação de informações personalizadas sobre o paciente, além de apresentar o símbolo da campanha da ADA. Dentre as opções estão cola-res, pingentes e braceletes, tanto para adultos como para crianças, em ouro amarelo ou ouro branco.

As peças custam entre $50 e $1,000 (dólares), dependendo das escolhas de cada comprador e estão à venda pelo

site da joalheria. A Kay Jewelers informa que para cada item vendido será doado um mínimo de 30 dólares à ADA. n

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Pelo Mundo

Symposium on Diabetic Foot

De 20 a 23 de maio, na Holanda, acontece o 7th International Sym-posium on Diabetic Foot, presidido

pelo Dr. Nicolaas C. Schaper. A expecta-tiva é de receber um excelente público e, com essa previsão, os organizadores escolheram o World Forum Convention Center, considerado um dos principais centros de convenções em Haia.

Na programação, está agendado o The Consensus Day of the International Working Group on the Diabetic Foot, um dia antes do início da programação cientí-fica do evento. Os organizadores acre-ditam que é um momento importante de debates e convidam os participantes a estarem presentes à reunião.

O The International Working Group on the Diabetic Foot (IWGDF) foi fundado em 1996 e passou a integrar a Interna-tional Diabetes Federation em 2000. Os Guidelines, desenvolvidos pelo grupo, já foram traduzidos para 26 idiomas, inclusive o português, com mais de 100 mil cópias, distribuídas por diversos paí-ses. Entre os integrantes do IWGDF está a Dra. Hermelinda Pedrosa, vice-presi-dente da SBD.

O Dr. Andrew Boulton abre o even-to com a conferência “What have we achieved and what should we achieve in the next decade?”.

Na programação estão incluídas apresentações do Programa Step-by-Step no Caribe e os bons resultados obtidos pela Associação Dominicana de Diabe-tes. Os projetos na África, Camboja e Dubai também estão incluídos, assim como os modelos de políticas públicas adotadas na Alemanha e Bélgica.

A Dra. Hermelinda Pedrosa, vice-pre-sidente da SBD, e Dr. K. Van Acker, do Hospital Heilige Familie, apresentarão o trabalho – “Team building for diabetic foot care” . n

Um mês antes do SITEC – Simpósio de Tecnologia da SBD – mais uma edição do ATTD 2015 aconteceu

em Paris. O Advantage Technologies and Treatments of Diabetes já teve uma versão especial na América Latina em 2013, no Rio de Janeiro, e mantem edições regulares para acompanhar os avanços na área de tecnologia no tratamento do diabetes. A organização, mais uma vez, está com Moshe Phillip, Israel, e Tadej Battelino, Slovenia.

Entre os 456 trabalhos recebidos, 12 são de brasileiros, mostrando o interes-se dos profissionais de saúde nos temas. Os especialistas são representantes da Universidade Federal de Minas Gerais, USP Ribeirão Preto, Universidade Fe-deral da Bahia, Universidade de Brasí-lia, Projeto Doce Desafio, Santa Casa de São Paulo, Universidade Federal do Rio de Janeiro, Associação de Diabetes de Bauru, Universidade de Viçosa e Socie-dade Brasileira de Diabetes. A seguir, os trabalhos que estão publicados no site do http://attd.kenes.com/.

• Analysis of The Efficacy, Safety And Cost- Effec-tiveness Of Duloxetine And Trazodone To Treat Neu-ropathic Diabetic Pain. (Wania Silva, W.C. Silva, K. CREPALDE, A.A. GUERRA JUNIOR, F.A. ACURCIO).

• Multiple Insulin Injections Versus Insulin Pump The-rapy To Diabetes Mellitus Type 1 In The Same Patient. Which One Is Better? Cross Sectional Study-Brazilian Experience (Raphael Liberatore Junior, R.D.R. Libe-ratore Junior, M.E.B. Ribeiro, R. Custodio, C.E. Mar-tinelli Junior).

• Evaluation Of Glycemic Control Profile In Type 1 Dia-betic Patients Using Continuous Glucose Monitoring (Ana Claudia Ramlho Lacerda, A. Ramalho, L. Go-mes, V. Almeida, A. Vinhaes, E. Netto).

• Biomaterial Used As A Way To Prevention The Dia-betic Foot Consequences (Leandra Batista, L. Batista, S.S.F.R. Rodrigues, J. Dullius, A.C. David).

• Natural Latex-Derived Insoles For Diabetic Foot He-aling (Suelia de Siqueira Rodrigues Fleury Rosa, S. Rodrigues Fleury Rosa, M.C. Reis, A.F. Rocha).

• Diabetes Education Program with Emphasis on Phy-sical Exercise Promotes Significant Reduction In Blood Glucose, Hba1c, and Triglycerides In People With Type 2 Diabetes (Jane Dullius, G.F. Mendes, L.F. Batista, F. Miranda, S.R.F. Rosa, L.D.A. Santana).

• Osteocalcin Ameliorates Insulin Resistance in Mono-sodium Glutamate-Induced Obese Mice (Daniela Fu-ruya, A.P.M. Yamamoto, A. David-Silva, U.F. Machado, D.T. Furuya)

• Association Between Self-Monitoring Blood Glucose (Smbg) and Quality Of Life In A National Cohort Of Patients With Type 1 Diabetes Mellitus (Luis Eduardo Calliari, M.B. Gomes, C.A. Negrato, L.E. Calliari, B. Brazilian Type 1 Diabetes Study Group)

• Evaluation of Serum Vitamin B12 in Elderly Individu-als with Type 2 Diabetes, with and without Dementia, Related to Metformin Use or Not (Danilo navarro, D.H.N. navarro, T. Wajsfeld, P. bigelli filho, J. Berto-lucci, M. D Oliveira, J.E.N. Salles).

• Hypertriglyceridemic Waist Phenotype and Cardio-metabolic Risk in Brazilian Adults: Community-Based Study (Giana Zarbato Longo, A. Cabral da Rocha, M. Pessoa, P. Feliciano Pereira, W. Segheto, F. Amaral, D. Guimarães da Silva, V. Vinha Zanuncio, K. Segheto, M. Rodrigues Inacio da Silva, G. Zarbato Longo).

• Tyg Index Performs Better than Homa-Ir Index to Pre-dict Metabolic Syndrome in Brazilian Adults (Giana Zarbato Longo, G. Zarbato Longo, A. Queiroz Ribei-ro, J. Farias de Novaes, H. Stampini Duarte Martino, W. Segheto, P. Feliciano Pereira, K. Cunha, V. Reis, S. Morais, M. Pessoa).

• A Diabetes Education Program Incorporating Super-vised Exercise Improves Acute Blood Glucose Mana-gement in Individuals with Type 1 Diabetes (J. Dullius, G.F. Mendes, F. Miranda, L.F. Batista, T.C. Lins, S.R. Colberg). n

ATTD 2015 em Paris

A 75ht Scientific Session da America Diabetes Association está agendada para Boston, entre os dias 5 a 9

de junho. Como acontece, anualmen-te, o mega congresso de diabetes deve receber um público de cerca de 14 mil pessoas, de 124 países, que tentarão acompanhar parte da programação, já que o número de salas simultâneas e reuniões das 7 da manhã até à noite é muito grande.

Para passar o maior número de infor-mações possíveis, a ADA prepara sem-pre uma série de materiais, programas em vídeo, jornal diário e aplicativos para auxiliar os participantes a acompanhar

uma parte da maratona de palestras, lançamentos e reuniões.

Entre as metas do Congresso, está a de chamar a atenção dos Governos sobre a necessidade de prevenção e tratamento adequado aos milhões de pacientes dia-béticos. Na agenda, o dia 7 de junho está reservado para que os participantes vis-tam vermelho, que é a cor da campanha Stop Diabetes da ADA, e às 6:30 está pro-gramada a 5k@ADA Fun Run/Walk.

É um dos eventos que recebe o maior número de brasileiros entre os interna-cionais e a SBD publicará informes no site durante o Congresso, com highlights das apresentações. n

ADA em Boston

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Mundo Digital

Não tem como fugir do assunto, mes-mo que se tente. A tecnologia faz par-te da nossa vida e a curiosidade dos profissionais de saúde em entendê-

-la melhor já vem de longe. Na hora de pre-parar a coluna, encontrei o livro “Internet para Profissionais de Saúde”, de 2004. Era o passo a passo, inclusive, para abrir um email e entender o que significava www. Agora os temas mudaram, mas o interesse continua.

Tecnologia & Diabetes*

*Cristina Dissat, responsável pela coluna, é jornalista especializada em mídias digitais, com pós-graduação

em comunicação digital.

LinkedIn na Divulgação de CiênciaO LinkedIn é uma rede so-cial de negócios. É preciso certo tempo e dedicação para usar e, quando isso é

feito da forma correta, os resultados são excelentes. Na área de Saúde, a Meds-cape é um dos usuários e, em uma de suas publicações, descreveu o ano da medicina – 2014. São 36 slides com os principais fatos e pesquisas do ano.

www.medscape.com/features/slideshow/public/year-in-medici-ne2014#2 n

Google Alerts – Sua preferência é outra e não quer entrar em grupos de ne-nhuma rede social para debater as no-vidades científicas. Como acompanhar tantas notícias? Simples, ligue o Google Alerts. Primeiro acesse sua conta no gmail e depois digite www.google.com.br/alerts . Aparecerá o campo para in-cluir a palavra ou expressão que desejar. O Google enviará um email de acordo com o tempo que você definir (diário, semanal, etc). Pronto, problema resol-vido e as notícias chegarão à sua caixa de email.

Comunidades no Whatsapp, Facebook e Orkut

Em 2014, o Google encerrou um capítulo de um de seus projetos. O Orkut, depois de dar demonstrações que não conseguia mais competir com o Facebook, saiu de vez do ar. E o que aconteceu com as diversas comunidades dentro da rede social? A maioria migrou para o Facebook, porém existem grupos de discussão via Whatsapp.

No Facebook, são diversas comuni-dades de pacientes e de profissionais de saúde que mantem uma intensa discussão. Boa parte deles é fechada, sendo necessária solicitação de parti-cipação ao administrador. Com 306 participantes, um grupo de endocri-nologistas compartilha estudos de in-teresse geral, campanhas na área pro-fissional e pesquisas, além de debates sobre a profissão. Para quem prefere a privacidade, essa é uma boa opção.

Outro grupo fechado é o Educan-do Educadores, projeto em conjun-to entre a SBD e ADJ, com mais de 260 membros. Ou seja, você pode fi-car em dia com as pesquisas e deba-tes sem, necessariamente, se expor. Lembre-se, o computador não digita sozinho.

Em uma reportagem sobre o tema, no O Globo, Rodrigo Leite, diretor dos ambulatórios do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo (IPq - HCFMUSP), diz que é preciso uma autocrítica à pró-pria comunidade médica quanto à maneira que lidam com o ambiente on-line. “Acho que nós, médicos, pe-camos por ter pouca presença nesses espaços digitais. Faltam redes ou si-

tes capitaneados por profissionais de saúde, que assegurem uma certa cre-dibilidade a eles.”

Na mesma matéria, quem opina é o Dr. Márcio Krakauer, coordenador de campanhas e de novas tecnologias da SBD. Ele vê como benéfica a troca de informações on-line entre pacien-tes, mas também faz ressalvas: “ Meu conselho é: leia tudo, ouça tudo, re-gistre tudo, mas não faça nada. Não sem antes levar as informações ao médico.”

Outra mania recente são os grupos formados dentro do Whatsapp. Mais restrito, porém é preciso cuidado no uso. Se sua intenção é trabalho, é pre-ciso deixar isso muito claro, porque ninguém aguenta um telefone api-tando o dia inteiro, com piadinhas ou só para jogar conversa fora, den-tro de um grupo que não se propôs a isso. Ou desliga as notificações ou lembre aos participantes das “regras” que regem o grupo.

Durante a Campanha do Dia Mun-dial do Diabetes 2014, um grupo de trabalho foi criado pela SBP e resol-veu questões urgentes, auxiliando na tomada de decisões. Além disso, as equipes podiam relatar fatos direta-mente com a coordenação da campa-nha, que retornava com muito mais agilidade. O grupo se mantem para 2015.

Essas propostas do mundo digital não vieram com a invasão das redes sociais. Em 2002, o livro Comunida-des Virtuais, de Jayme Teixeira Filho, detalhou o tema, sem imaginar o que viria pela frente.

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Comunicados SBD

Simpósio de Atividade Física e Diabetes

A SBD realizou, no dia 6 de de-zembro, o último Simpósio de Atualização em 2014. O

evento, coordenado pelo Dr. Ro-drigo Lamounier, aconteceu no Centro de Convenções do Hospi-tal Mater Dei, em Belo Horizonte, Minas Gerais, e teve como tema: “Atividade Física e Diabetes - Dis-cussão preparatória para o posicio-namento Científico-Prático”.

Com este Simpósio a Sociedade organizou, no total, três atividades durante o segundo semestre d2 2014. No site da SBD, o internau-ta pode assistir as aulas que foram ministradas durante os eventos, na íntegra. Estão disponíveis o: “Aten-dimento Multidisciplinar no Cui-dado às Pessoas com Diabetes” e “Tratamento da Glicemia no Am-biente Hospitalar: Uma Questão de Vida ou Morte?”. Para acessar, digite: www.diabetes.org.br/sim-posios-de-atualizacao. n

As Diretrizes da Sociedade Brasilei-ra de Diabetes 2014/2015 foram distribuídas durante o 31º Con-

gresso Brasileiro de Endocrinologia e Metabologia, realizado em setembro, na cidade de Curitiba. Além da distribui-ção durante o evento, a publicação já foi

Petição Avaaz

Diretrizes 2014/2015enviada para os associados da entidade.

Caso você, associado, não tenha re-cebido a sua edição das Diretrizes, bas-ta entrar em contato com a entidade pelo telefone (11) 3846-0729 ou en-viar um e-mail para: [email protected]. n

A SBD, Sociedade Brasileira de En-docrinologia e Metabologia, So-ciedade Brasileira de Pediatria, a

ADJ Diabetes Brasil, a Associação Nacio-nal de Assistência ao Diabético (ANAD) e a Federação Nacional de Associações e Entidades de Diabetes (FENAD) pu-blicaram a petição “Insulinas melhores para crianças e adolescentes com diabe-tes do Brasil”, no AVAAZ, uma comuni-dade de mobilizações online.

O objetivo da campanha é solicitar a incorporação de insulina de ação ultrar-rápida (insulina asparte, ou glulisina, ou lispro) para jovens com diabetes e idade com até 19 anos, tentando reduzir com-plicações futuras do diabetes e hipogli-cemias graves e noturnas e aumentar as chances de que alcancem a vida adulta com capacidade funcional e laborativa como esperado. Uma reportagem deta-lhada foi publicada na edição anterior. A

campanha ainda não acabou. Atores como José Loreto, João Fer-

nandes e Simone Soares assinaram e divulgaram, através de vídeos, o apoio a petição. Até agora já são mais de 17 mil assinaturas na petição. Para assinar, digite: http://goo.gl/rH2g8Q e colabo-re com a SBD. n

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Março 2015

The 14th International Pituitary Congress

| Data: 2 a 4

| Local: Loews Coronado Hotel,

| San Diego, CA

| Informações: www.pituitarysociety.org/

| members/eventsSociety

Endo 2015

| Data: 5 a 8

| Local: San Diego, Califórnia, EUA

| Informações: www.endocrine.org/

| endo-2015

Simpósio de Tecnologia da Sociedade Brasileira de Diabetes (SITEC - SBD)

| Data: 12 a 14

| Local: Caesar Business Faria Lima,

| São Paulo, SP

| Informações: (11) 3044-1339 / 3849-0099

LATS Update Symposium

| Data: 19 a 21

| Local: Othon Bahia Palace, Salvador, BA

| Informações: www.lats2015.com.br

7th International Symposium on the Diabetic Foot

| Data: 20 a 23

| Local: Haia, Holanda

| Informações: diabeticfoot.nl

Abril 2015

DiabeteSul 2015

| Data: 10 e 11

| Local: Hotel Sheraton - Porto Alegre, RS

| Informações: (11) 3044-1339 / 3849-0099

XVI Congresso Brasileiro de Obesidade e Síndrome Metabólica

| Data: 30 de abril a 2 de maio

| Local: Windsor Barra, Rio de Janeiro, RJ

| Informações: www.obesidade2015.com.br

Maio 2015

Congresso Paulista de Endocrinologia e Metabologia – COPEM2015

| Data: 14 a 16

| Local: Frei Caneca, São Paulo, SP

| Informações: www.copem2015.com.br

European Congress of Endocrinology (ECE2015)

| Data: 16 a 20

| Local: Dublin, Grã-Bretanha

| Informações: www.ece2015.org

Congresso Latino Americano de Endocrinologia e EndoRecife 2015

| Data: 20 a 23

| Local: Enotel Convention,

| Porto de Galinhas, PE

| Informações: www.endocrinologiape.com.

| br/endorecife2015

Junho 201511º Congresso Brasileiro Pediátrico de Endocrinologia e Metabologia (COBRAPEM)

| Data: 3 a 6

| Local: Natal, RN

| Informações: www.cobrapem2015.com.br

75th Scientific Sessions 2015

| Data: 5 a 9

| Local: Boston, EUA

| Informações: http://professional.diabetes.

| org

Agosto 2015

Congresso Brasileiro de Atualização em Endocrinologia e Metabologia – CBAEM2015

| Data: 11 a 15

| Local: Vitória, ES

| Informações: www.cbaem2015.com.br

Setembro 201551st EASD Annual Meeting, Stockholm

| Data: 14 a 18

| Local: Estocolmo, Suécia

| Informações: www.easd.org

Outubro 2015

54th European Society for Paediatric Endocrinology Annual Meeting

| Data: 1 a 3

| Local: Barcelona, Espanha

| Informações: www.eurospe.org

Novembro 2015

XX Congresso da Sociedade Brasileira de Diabetes

| Data: 11 a 13

| Local: Centro de Convenções FIERGS,

| Porto Alegre, RS

| Informações: www.diabetes2015.com.br