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Volume II O Falso Deus De Israel Johann Thoth 1ª Edição Volume II A verdadeira identidade do deus da Bíblia

Volume II - O Falso Deus de Israel - Johann Thoth

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Volume II

O Falso DeusDe Israel

Johann Thoth

1ª EdiçãoVolume II

A verdadeira identidadedo deus da Bíblia

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“O Falso Deus de Israel” e-Book.Autor: Johann Thoth

1ª Edição, Fevereiro, 2013Volume II

Manuscritos iniciados em Agosto de 1998

Capítulos editados e finalizados em Novembro de 2007

Produção do livro iniciada em Dezembro de 2010

1ª Edição finalizada em Fevereiro de 2013

Revisão: Johann Thoth

Reservado todos os direitos, incluindo o direito de reprodução detodo ou partes sob qualquer forma por:

Johann Thoth

Site: http://afarsacrista.wordpress.com

E-mail: [email protected]

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O Falso DeusO Falso DeusO Falso Deus

De IsraelDe IsraelDe Israel

"Toda a verdade atravessa três fases:Primeira, é ridicularizada; Segunda, é

violentamente contrariada; Terceira, é aceita comoa própria prova".

Arthur Schopenhauer (1788-1860), filósofo alemão

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IntroduçãoConsiderações Sobre o Livro

O Falso Deus de Israel é um livro que trata de um assunto bastantepolêmico, principalmente entre o meio religioso. O deus bíblico,conhecido por Iahweh (Yahweh), Javé, Jeová ou Senhor, adorado ecultuado por todos os cristãos como o Deus único e verdadeiro, é umafarsa!

Muitos cristãos já me disseram inconformados: “leia a Bíblia meuamigo, lá você terá provas do deus vivo!” Mas aí eu digo que foijustamente lendo a Bíblia que passei a acreditar que este deus era umafarsa!

As pessoas costumam atribuir a Deus características exclusivamentehumanas, mas tudo bem, afinal ele é Deus, ele pode tudo! Portanto, sedeus sente ciúmes, provoca guerras para se vingar, cobiça pedraspreciosas, extermina cruelmente milhares de pessoas, mata mulheresgrávidas e crianças, demonstra preconceito contra homossexuais epessoas com defeitos físicos e permite ainda a escravidão, tudo bem,ele é o “grande chefe”, ele sabe o que está fazendo; são os mistérios dedeus!

Mas será que tal comportamento desumano pode ser atribuído a umDeus? É dito que Deus é perfeito e sábio, Deus é Luz e Amor! Masentão lemos na Bíblia que deus sente ciúmes. Mas como assim? Deusnão é perfeito? Então entra em cena o espertalhão cristão e diz: “Deussente ciúmes, mas não do modo humano que entendemos essesentimento”. Confesso que fico em dúvida do que é pior, se a respostadescabida ou se o deus que sente ciúmes!

Se Deus é perfeito e sábio, por que a Bíblia o descreve com atitudescruéis e perversas? Por que a Bíblia o descreve como se ele fossehumano e não uma divindade suprema e perfeita?

Muitos afirmam que o deus bíblico é um deus de amor. Mas se então,lemos na Bíblia versículos onde este deus mata de forma cruelmulheres grávidas, crianças e idosos, os cristãos justificam: “Deus agede maneiras misteriosas”. Maneiras misteriosas? Desde quando causaro mal passou a ser aceitável? Desde quando causar guerras e milharesde mortes passou a ser algo divino? Desde quando expulsar doentes epessoas com deformidades físicas passou a ser compaixão? Desdequando impor o temor, castigos cruéis e punições com mortes horríveispassou a ser sabedoria?

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Talvez seja por isso que os cristãos acreditam que o deus bíblico seja oDeus verdadeiro, pois elas se identificam com ele, pelo fato de seucomportamento ser meramente humano.

Qual a sabedoria que o deus bíblico touxe para a humanidade? O queele nos ensinou? Ele nos ensinou o amor matando nossos semelhantes?Aliás, o primeiro mandamento do deus bíblico é “não matar”, contudo,na Bíblia, é o que ele mais ordena que façamos, seja aniquilando osinimigos, ou aqueles que possuem uma crença diferente, que sãohomossexuais, ou até mesmo aquele filho rebelde.

E há aqueles que acreditam que a Bíblia seja um “guia moral”, masmoralidade é uma das coisas que mais falta na Bíblia! As leis do deusbíblico são bárbaras demais: elas permitem a escravidão, condenam demorte o homossexualismo, classificam a mulher como inferior esubmissa, favorecem o machismo, destratam cruelmente a mulhervítima de estupro, rejeitam pessoas doentes, favorecem as guerras,enfim, são tantas atrocidades que não cabe descrevê-las aqui, porém,está tudo descrito na Bíblia, todo o horror destas leis, que levou Paulode Tarso a classificá-las como “Ministério da morte!”

Mas, tudo bem, afinal ele é deus (mesmo que pareça o diabo dosinfernos), ele pode tudo, ele sabe o que faz, se ele quiser cozinhar ahumanidade num caldeirão ele pode, é ele quem decide sobre nossasvidas. O que se conclui com esse pensamento irracional é que tudo oque é imoral, se vêm de deus, torna-se moral e justificável.Infelizmente esse é o medíocre pensamento cristão. São os chamados“mistérios de deus”.

Se o fulano vira para o outro e fala: “se você não segui-lo ele fará vocêcomer a carne de seus filhos”. O outro responde: “Que horror! Isso sópode ser coisa do diabo! Não vou seguir um demônio como esse quediz essas coisas diabólicas demais!” Apesar de parecer de fato uma falado diabo, na verdade é uma fala do deus bíblico, ameaçando osisraelitas que não seguirem e adorarem exclusivamente a ele!

A Bíblia é cheia dessas barbaridades. Tanto, que as pessoas que sedeparar com a seguinte frase: “Matai portanto todas as crianças dosexo masculino”, perguntarão: “quem disse isso?” Se a resposta for “odiabo”, dirão: “maldito seja o diabo!” Mas se a respostas for “o deusbíblico” (de fato foi ele o autor dessa frase), dirão: “deus age demaneiras misteriosas”.

O que se conclui é que as maldades cometidas mudam de julgamentodependendo se ela veio do diabo ou de deus. Essa é a lógica cristã. Elasaceitam o mal de deus, mas condenam o mal do diabo. Os cristãos nãotêm a capacidade para compreender que se um deus é propício a causar

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o mal é porque ele não é deus. Um deus, cujas ações, são equivalentesas do próprio diabo, pode ser reconhecido como o Deus verdadeiro?Deus seria suficientemente estúpido a ponto de criar a vida e depoispretender destruí-la por simplesmente julgar que não deu certo?

“Deus escreve certo em linhas tortas”, diz o ditado popular. Então oque ele está esperando para curar a humanidade? O que ele estáesperando para vir consertar o erro que ele cometeu na criação? O queele está esperando para acabar com o diabo? Por que ele não acaba deuma vez com o diabo e nos conceda viver num paraíso? Por que ele nãoacaba com a fome e miséria do mundo?

Estamos vivendo uma punição? Um castigo divino? O deus bíblicosentenciou a humanidade ao castigo já faz uns 5.000 anos, por Adãoter comido um fruto que ele havia proibido. Será que deus é tãorancoroso assim? Ele, que é dito ser o deus da compaixão, o deus queperdoa os pecados, mas que não foi capaz de ter perdoado Adão porsimplesmente ter comido um fruto que estranhamente era proibido! Edesde então este deus parece sentir-se satisfeito por ter condenado ahumanidade, que ele mesmo criou, a um castigo sem fim.

A lógica cristã diz que Jesus veio tirar os pecados da humanidade, masela continua condenada, pois somente após o arrebatamento é quehaverá a remissão dos pecados. O que deus então estaria esperandopara endireitar a humanidade? Já se passou 2013 anos após a supostamorte de Jesus, quantos mil anos a mais teremos que esperar por umaresposta? Parece o típico caso daquele paciente que dá a entrada nohospital em emergência e o médico enrola para atender; parece nãoquerer atender.

É por estas razões que decidi escrever esse livro. Para mostrar que odeus bíblico não é o Criador do universo e da vida!

Gostaria de deixar bem claro que não sou ateu, e não estoudizendo aqui que DEUS não existe, pelo contrário, acredito que existauma inteligência por trás da criação, mas acredito também que esteDEUS, o DEUS Verdadeiro Criador do Universo, nunca e jamais veioem nosso planeta. As informações foram distorcidas quando “aquelesque vieram dos céus” foram tomados por deuses. Este deus descrito naBíblia sob o nome de Iahweh, o deus de Israel, nos disse que era o deusverdadeiro, e nós fomos ensinados a adorá-lo, cultuá-lo e obedecê-lo.

Deste modo, para que meus argumentos não causem uma confusão aquem está lendo, irei me referir ao DEUS Criador desta forma,utilizando todas as letras maiúsculas, para poder diferenciar do deusbíblico Iahweh.

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As pessoas acreditam cegamente que o deus bíblico, também chamadode deus de Israel, é o DEUS verdadeiro e criador. Porém, eu mostrareiatravés de vários argumentos que não é! O deus de Israel não é o DEUSCriador como acreditam. Ele é uma entidade muito poderosa que se fezpassar por DEUS! E isto mostrarei claramente neste livro.

Meus outros livros:

Volume I - Um Mito Chamado Jesus Cristo

(faça o download deste e de outros livros no site abaixo)http://afarsacrista.wordpress.com

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Capítulo IAs Religiões e seus Deuses

Desde que o Homem, em seu primórdio, surgiu na face da Terra, elesempre acreditou na existência de uma divindade criadora. Tudo nanatureza ou na vida, que aos seus olhos, lhe parecesse sobrenatural oumágico, ele compreendia a seu modo que se tratava do poder absolutode uma Entidade Superior. De fato, o Homem sempre buscou umasintonia com sua espiritualidade na qual tudo lhe parecia divino;cultuava o sol e a lua, as águas e florestas, o ar, a chuva, tudo isso eradivino e controlado pelo desejo dos deuses, que por sua vez, era semprerelacionado a manifestações da natureza.

Nos tempos antigos, mais precisamente no período do surgimento dasprimeiras civilizações da Humanidade, como por exemplo, a civilizaçãoSuméria ― o berço de todas as civilizações ― também a babilônica,egípcia, grega e tantas outras civilizações que tiveram importânciafundamental no mundo antigo; todas elas tiveram suas própriasreligiões e crenças em deuses.

Entre os sumérios, podemos destacar o deus An, o deus dos deuses,Rei dos Céus. Entretanto, podemos ainda citar o deus Enlil, que foi odeus supremo na Terra. Quando os babilônios tornaram-se os maisinfluentes e poderosos, o deus principal cultuado passou a serMarduk. No poderoso antigo Egito, Rá foi cultuado como o deusprincipal e Todo-Poderoso. Quando o mundo foi de dominação grega,Zeus foi visto como o deus principal e poderoso. No início do impérioromano, Júpiter tornou-se o deus mais importante. Enfim, muitosoutros povos antigos tiveram igualmente seus próprios deusesprincipais no qual cultuavam e serviam. Em cada civilização, em cadaimpério que se levantava, havia um deus respectivo que governava ospovos.

Mas em meio a todos estes deuses antigos ― e de forma não diferente― surge um deus merecedor de um destaque maior: o deus doshebreus. Revelado primeiramente a Moisés com o nome de Iahweh(do Tetragrama Sagrado YHWH), este deus causou uma enormeinfluência no mundo antigo sendo ainda cultuado nos dias de hojeatravés do judaísmo e cristianismo.

Para aqueles que não sabem, Iahweh ― também chamado deJavé/Jeová/Senhor ― foi o responsável pela formação do povohebreu, o qual posteriormente, deu origem ao povo de Israel ― o povo“eleito”. Possuidor de uma característica enérgica e explosiva, Iahweh(Jeová) combateu a adoração aos outros deuses antigos, assumindo, ou

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melhor, impondo-se na posição de deus único e verdadeiro diantedos povos.

Muitos anos depois de dar origem ao povo hebreu, Iahweh (Jeová) setornaria o deus principal não só entre os judeus, como também nomundo cristão. Entretanto a trajetória deste polêmico deus não foinenhum mar de rosas: seus passos e suas ações não foram exemplos desabedoria suprema e divina. Suas conquistas foram às custas deguerras horríveis, resultando milhares de mortes. Seus ensinamentosnão trouxeram a luz da sabedoria para a humanidade, a não ser maiscastigos, ameaças, punições e violências. Suas atitudes nãocorrespondem ao deus bom e de amor que tantas vezes são citadas -contraditoriamente - na Bíblia. E os povos antigos bem o sabem!

Na ocasião, Iahweh, de forma bastante severa e autoritária ― comonota-se nitidamente nos textos bíblicos ― mostrou-se ao povo hebreucomo o único deus a quem deveriam seguir, não deixando quaisqueralternativas e sob a forte ameaça de que quem o negasse seriamorto e condenado a uma desgraça inigualável (Deuteronômio28, 47-68). Ora, os hebreus que há anos tinham como base a crençapoliteísta (crença em vários deuses), se viram num determinadomomento, obrigados a abrir mão de tudo o que acreditavam paraaceitar este deus que lhes causavam grande temor.

Refletindo sobre o episódio, podemos observar que os hebreusseguiram Iahweh (Jeová) não porque o reconheceram como o deusverdadeiro. Não foi por amor e nem por devoção que os hebreusaceitaram Iahweh, mas sim por puro temor! Iahweh havia sido bemclaro quanto às inúmeras desgraças que se abateria sobre os hebreuscaso não abandonassem os deuses antigos e caso não o aceitassemcomo deus único e verdadeiro. Aos hebreus restavam pouquíssimaspossibilidades: ou seguiam Iahweh ou teriam a morte.

Foi devida a esta imposição autoritária que Iahweh tornou-se deus doshebreus, mesmo que para isto, custassem ainda alguns anos para aconversão total ao monoteísmo (crença em um único deus). Porém aReligião hebraica/judaica só tomou forças quando o poderoso impérioromano invadiu e dominou Israel (78 d.C). Como era de costume muitocomum entre os povos antigos absorver a cultura e religião dos povosdominados, os romanos não fizeram diferente e introduziram em suareligião muitos elementos e conceitos da religião judaica.

Contudo, os romanos só aderiram ao deus Iahweh quando o imperadorConstantino declarou o cristianismo religião oficial do império. Apartir deste momento, o deus hebreu Iahweh (Jeová) foi espalhadopelo mundo através do cristianismo dos romanos ― Igreja CatólicaApostólica Romana.

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É interessante notar que se os romanos não tivessem invadido Israel ouse ainda Constantino não tivesse decretado o cristianismo comoreligião oficial do império, o cristianismo tal como existe hoje nãoexistiria. Devido à influência do império romano, provavelmenteteríamos como religião o mitraísmo (religião baseada no deus Mitra);religião que era seguida pelos romanos antes da implantação docristianismo.

Um fato bastante notável é esta proliferação de religiões. As religiões semultiplicaram e se espalharam em ritmo acelerado. Existem dezenasde religiões e centenas de Igrejas diferentes em todo o mundo na qualcada uma se diz “a verdadeira”. O conceito utilizado para comprovarque somente determinada Igreja é verdadeira é um mistério, porém, adificuldade de um entendimento satisfatório é abismal.

Afinal, se a Bíblia é a palavra de DEUS ― como dizem ― por que entãoexistem tantas religiões diferentes? Por que existem tantas Igrejasramificadas e divergentes? Alguns podem responder essas questõesalegando que o resultado destas diferenças religiosas vem do própriohomem que a distorce a sua maneira. Sim, em parte é verdade. Masmesmo que houvesse, hipoteticamente, uma religião universal eunificada não abriria espaços para distorções e interpretaçõespuramente humanas, pois se é de consenso mundial que tal religião éverdadeira, ninguém se desviaria do caminho; já que ninguém, deforma clara e objetiva, teria dúvidas por se tratar da religiãoverdadeira.

Ora, se a Bíblia fosse realmente a palavra de DEUS não haveria tantasIgrejas divergentes; o correto seria que houvesse apenas uma religiãono mundo, uma religião universal (não a católica) baseada na palavrade DEUS. Contudo, existem centenas de Igrejas diferentes que sedizem verdadeiras e que dizem ter a palavra de DEUS. Uma religiãoque tivesse de fato a palavra de DEUS jamais se poria em dúvida suaveracidade. Todos a reconheceriam como tal pelo simples fato de ser apalavra do DEUS Criador. Mas por que tantas diferenças religiosas?Como entender isto? A pista para entender essa diversidade religiosaestá nas regiões geográficas.

É claro que naturalmente, em resposta à questão, religiosos diriam quealguns homens teriam deturpado a palavra de DEUS passadaoriginalmente e, portanto, explicaria as diversas religiões e Igrejas;cada religião estaria na verdade distorcendo a palavra de DEUSsegundo suas convicções. De fato, isto responderia o motivo de tantasreligiões diferentes; a divergência de idéias. E acredito que realmenteeste tenha sido um dos motivos de existirem diferentes religiões. Noentanto, vejo que a problemática desta questão é um pouco mais amplado que simplesmente isso.

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O que faz os cristãos acreditarem que o DEUS que rege e age em suasvidas é o deus de Israel? Ao invés de ser o deus de Israel poderia muitobem na verdade ser um deus egípcio ou persa que estaria agindo emsuas vidas. Ou ainda um deus hindu. Poderia ser qualquer outro deus,mas os cristãos acreditam firmemente que seja Iahweh, o deus daBíblia. Por que os cristãos acreditam que seja justamente o deus deIsrael? O que realmente os fazem crer nisso? Seria porque está escritona Bíblia? Seria apenas por isso? Não seria o suficiente!

A Bíblia é como qualquer outro livro de qualquer outra crença oureligião; o livro que para os cristãos é considerado sagrado para osmulçumanos não é, e vice-versa. Ou seja, cada povo antigo teve seulivro sagrado e seu deus criador. O que torna então a Bíblia acimadestas outras obras sagradas? Os religiosos já possuem uma respostapronta para isso. Diriam que é porque a Bíblia é a palavra de DEUS,porque Jesus disse isso, porque Jesus disse aquilo, porque o espíritosanto blá blá blá e etc. Ora, esta pretensão não significa nada! Noslivros sagrados de outras religiões também afirmam que contém apalavra de DEUS indubitavelmente!

Portanto, qual destas várias outras obras sagradas seria a verdadeira?Se eu tenho, por exemplo, dois livros, e os dois são consideradossagrados, os dois contêm a palavra do deus verdadeiro e os doisexpressam a religião verdadeira, como saber qual dos dois livros é overdadeiro se os dois dizem a mesma coisa? Eu respondo: o livro que apessoa de forma tendenciosa escolher!

Cada obra sagrada diz ser possuidora da verdadeira palavra de DEUS.Mas quem escolhe e define qual delas é de fato a obra que contém apalavra de deus são as pessoas! As pessoas é que fazem um papelfundamental nessa confusão toda; pois elas fazem a escolha pela qualse identificam mais, então, dentre as obras sagradas que afirmam ser apalavra de DEUS, a pessoa escolhe aquela obra que mais se identifica, aque mais possui afinidade e a que mais preenche sua crençapessoal. Então para esta pessoa, esta obra escolhida se torna averdadeira e as outras, as falsas. Deste modo, o motivo não é porquedeterminada obra sagrada contém realmente a palavra de DEUS, massim porque as próprias pessoas acreditam que sim! Elas é quevalidam isso. É uma questão pura e simplesmente de escolha e assimacontece com a crença no deus de Israel.

Entre os diversos deuses, como discernir qual deles é realmente overdadeiro? Quais conceitos devemos usar para descobrir isto?Acreditar que o deus de Israel é o deus verdadeiro é uma questãoapenas de crença ou escolha pessoal. Talvez nem tão pessoal assim. OBrasil é de maioria católica graças aos portugueses que trouxeram estacultura ao nosso país. Naturalmente, uma pessoa procura por uma

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Igreja quando ela apresenta algum problema em sua vida, sejafinanceiro, seja no trabalho, na saúde, no casamento ou mesmoespiritual. Sendo assim, qualquer religião que esta pessoa for procurarserá aquela mais comum em nosso meio: a cristã ou evangélica. Isto étão lógico quanto uma equação matemática!

Há Igrejas baseadas na Bíblia em “cada esquina” de uma rua.Certamente que as pessoas irão até elas até mesmo pelo fato de ser aúnica referência que conhecem. Muitos acreditam que quando devemprocurar a DEUS vão encontrá-lo na Bíblia. As Igrejas cristãs ouevangélicas são as referências mais comuns pelo fato de serem maioriae tradicionais em nosso país. Se por exemplo, tivéssemos sidocolonizados pelos indianos, seríamos maioria hinduístas ou budistas eas pessoas escolheriam estas religiões ao invés das baseadas na Bíblia.

Portanto, um fator que decide na escolha pessoal de cada um, naprocura por uma Igreja, geralmente é um amigo próximo, um parenteou uma crença que vem desde quando somos crianças, influenciadapela família. Nascemos e aprendemos desde pequenos que a Bíblia é olivro de DEUS. A crença de que a Bíblia é a palavra de DEUS habitanossa mente na infância e se solidifica na fase adulta. É na infância quesomos ensinados quase que obrigatoriamente, na tradição familiarpassada pelas gerações, a acreditar na palavra de “deus” contida naBíblia. Assim como também a imposição persuasiva da Igreja, quemolda e influencia a crença das pessoas desde quando somos batizadosquando bebês, de quando nos dizem necessário fazer catequese, crismae tantas outras coisas, fazendo com que isso se torne gravado nosubconsciente coletivo das pessoas.

Ou seja, a Igreja vai nos esculpindo em seus moldes nos forçando aacreditar que seus ensinamentos vêm direto de DEUS. Deste modo,quando aquela pessoa que não está bem na vida for procurar umconselho espiritual, qual Igreja ela vai procurar? Com certeza, Igrejasbaseadas na Bíblia. No entanto, esta problemática não termina aqui.

Muitos que iniciam uma vida na Igreja ― se não for a maioria ―alegam ter ouvido um chamado de DEUS. E desta formaautomaticamente se convertem na Igreja cristã ou evangélica. Fica aquitremendamente complicado saber como que a pessoa julga saber que o“chamado” que recebera vem exatamente do deus da Bíblia! Poderiaser o deus do islamismo que estivesse chamando, ou do hinduísmo oude qualquer outro deus de alguma religião. Mas a pessoa tem a plenacerteza de que o “chamado” vem do deus de Israel porque acreditamque ele seja o deus verdadeiro, pois assim está escrito na Bíblia. Aquientra na problemática citada anteriormente. As pessoas não têmreferências de outro deus a não ser o deus da Bíblia. Está gravado no

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subconsciente coletivo das pessoas. Por questões óbvias, todo equalquer “chamado”, no Brasil, vêm do deus de Israel.

DEUS age na vida das pessoas e elas acreditam que é o deus de Israelagindo. Essa é a grande bagunça que as pessoas fazem. Uma confusãogeneralizada. Para os religiosos, DEUS parece agir de acordo com suascrenças e influências religiosas. Se por exemplo, DEUS age na vida deum islâmico eles acharão que é Alá. Se DEUS age na vida de umbudista eles acharão que é Buda. Se DEUS age na vida de um índio elesacharão que foi algum de seus deuses locais, se DEUS agisse na vida deum egípcio antigo, diriam ser Rá, se DEUS agisse na vida de umbabilônico diriam ser Marduk, se DEUS agisse na vida de um sumériodiriam ser An, se DEUS age na vida de um hinduísta eles acharão que éBhrama, se DEUS age na vida de um judeu eles acreditarão que foi odeus de Israel, se DEUS age na vida de um cristão certamente acharãoigualmente que seja o deus da Bíblia. Percebe o que está acontecendoaqui? Todos acreditam no deus que querem acreditar, de acordo comsua crença/religião pessoal!

Entretanto, DEUS é único e age independente da crença das pessoas.São as próprias pessoas que distorcem, dividem e definem DEUS emvárias entidades de acordo com suas crenças. Cada povo tem seu deus.Cada religião tem seu deus. Essa divisão quem faz é o Homem. O DEUSCriador se manifesta na vida de todos nós, porém, as pessoas nãocompreendem e o relacionam com um deus de alguma religião, com odeus da religião pela qual seguem. As pessoas acreditam que o DEUSverdadeiro seja o deus de Israel apenas porque acreditam que sim, deacordo com suas religiões e convicções pessoais.

Ao fundo desta questão, não existe religião certa ou errada, mas simpessoas tendenciosas. Se o deus de Israel fosse o deus verdadeiro, omundo inteiro o reconheceria como tal e haveria apenas uma religiãono mundo baseada neste deus. Mas vemos que não é assim. Em setratando de um DEUS verdadeiro não haveria como um indivíduo ouuma nação não reconhecê-lo como tal. Para um hinduísta ou umbudista o deus de Israel não significa nada, pois o deus de Israel não feznada para eles, não se mostrou para eles, não trouxe ensinamentospara eles e muito menos os influenciaram. Assim como Bhrama doshindus não significa nada para o povo de Israel pelo mesmo motivo.Isso porque tanto o deus hindu quanto o deus de Israel são deuseslocais. São deuses que fizeram sua história em uma determinada regiãoe num determinado povo apenas.

Observando os textos e culturas dos povos antigos, notamos que osdeuses agem e se manifestam por regiões, e este é o motivo deexistirem tantas religiões diferentes; pois nenhum destes deusesmostrou-se ao mundo a fim de reconhecê-lo como verdadeiro, apenas

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influenciaram povos de determinadas regiões. O deus de Israel surgiuentre os hebreus, formou o povo de Israel e ficou apenas entre estepovo, nesta região, sem assumir uma posição universal. Após isso,sumiu entre os israelitas sem, contudo, ter trazido um conhecimentosignificativo e universal, ou algo de grande valor espiritual para nossahumanidade.

Iahweh (Jeová) veio apenas para os israelitas, pois é isso que ele é: odeus de Israel. Ele foi e é apenas o deus de Israel. Em Gênesis 17, 7-8Iahweh estabelece uma aliança com Abrão na qual afirma sem rodeiosque será deus apenas do povo de Israel; e das futuras gerações deAbrão que serão conduzidas até a terra prometida, e conclui, de formaclara, que será o deus deles:

“Estabelecerei minha aliança entre mim e ti, e tua raça depois de ti, degeração em geração, uma aliança perpétua, para ser o teu Deus e o detua raça depois de ti. A ti, e à tua raça depois de ti, darei a terra emque habitas, toda a terra de Canaã, em possessão perpétua, e sereivosso Deus”.

Iahweh desde o início teve um plano traçado: formar um povo a fim defirmar a crença para si. Toda a sua trajetória, conquistas, feitos e tudomais, foram direcionadas exclusivamente ao povo de Israel.Iahweh não fez nada pelo mundo a não ser para Israelapenas. O deus da Bíblia não veio ao mundo trazer sabedoria eespiritualidade em progresso da nossa evolução como espécie humana.Ele não veio unificar as nações em prol da paz, da ética e do respeitomútuo, nos ensinar os valores do amor e de cidadania, acabar com aaflição espiritual e sofrimento das pessoas, enfim, o deus da Bíblia nãose mostrou ao mundo para nos guiar pelo caminho da sabedoria eespiritualidade.

Isto é um fato comprovado que podemos constatar verdadeiramentelendo a Bíblia: Iahweh não trouxe nada de significativo para aHumanidade. Ele pelo contrário, trouxe guerras e mortes, trouxe otemor, a vingança, o preconceito, a intolerância entre as nações, adestruição e tantas outras atrocidades que não são dignas de umaDivindade Suprema. Isso tudo não sou eu apenas que estou afirmando,qualquer pessoa interessada pode comprovar tudo isso lendo a Bíblia; abarbárie deste deus está tudo registrado lá. A Bíblia não trata deensinamentos e sabedoria universal, apenas trata de assuntos cominteresses voltados unicamente ao povo de Israel, o povo que o deusbíblico Iahweh escolheu, reinou e agiu exclusivamente.

Isto, portanto, o torna apenas mais um dos vários deuseslocais/regionais que influenciaram determinados povos antigos; damesma forma que o deus Enki criou a Suméria, o deus Marduk criou a

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Babilônia, o deus Iahweh criou Israel. Não há lógica seguir um deusque teve sua atenção voltada unicamente para o povo de Israel, e queainda por cima, não trouxe nada de significativo para os povos e para ahumanidade.

Agora, o leitor há de concordar que um DEUS verdadeiro seria aqueleque fizesse algo pelo mundo todo, que trouxesse ensinamentos esabedoria para todos os povos e culturas diferentes. Que influenciasse avida de nosso planeta em sua totalidade. Que trouxesse algo designificativo e de grande valor para a humanidade, para que o povo doplaneta Terra o reconhecesse absolutamente como o DEUS Criador everdadeiro. Mas houve um deus assim? Não houve sem dúvidas, poissenão, haveria apenas uma religião mundial baseada nos verdadeirosensinamentos do DEUS Criador. Portanto, seria mesmo verdadeiro,um deus que agiu unicamente a um povo e depois sumiu?

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Capítulo IIO Monoteísmo Obrigatório

Durante toda a história da humanidade, ela se viu envolta a deusesfantásticos, deuses que pertenceram e governaram várias regiões,povos e civilizações. Estes deuses sempre estiveram presentes emnosso passado a ponto de até ter trazido muitos benefícios para seuspovos. Entretanto quem foram estes deuses? De onde surgiram? Esta éa grande chave para o entendimento de nosso estágio atual.

As religiões antigas sempre tiveram traços politeístas (crença em váriosdeuses). Os sumérios, que foram o berço de todas as civilizações,seguiam uma religião politeísta. Todos os primeiros povos a habitaremnosso planeta; os babilônicos, acádios, fenícios, assírios, persas,egípcios, gregos, romanos e etc., tiveram uma religião politeísta. Então,em um determinado momento da história, um deus surge (Iahweh)dizendo ser o único verdadeiro e implanta o monoteísmo.

Entretanto, os judeus não foram os primeiros a firmar uma crençamonoteísta (crença num único deus). Muito tempo antes, no Egito, jáhavia tido uma tentativa da implantação do monoteísmo (L´Egypte etles pharaons (O Egito e os Faraós) - Claudine Le Tourneur d´Ison).Akenaton ficou conhecido como o “faraó monoteísta” por terdesenvolvido durante o seu curto reinado de 18 anos o culto a Atoncomo deus único, simbolizado pelo disco solar e em substituição aosdemais deuses do panteão egípcio. Na verdade, o único deus dignodesse nome a ser cultuado.

Não é preciso ter muita imaginação para ver o tamanho da briga queele comprou com a influente classe sacerdotal egípcia. Tanto assimque, logo após sua morte, os antigos cultos foram restaurados e suamemória desacreditada, considerado que foi um herege. Tutankhamonsucedeu, pois, seu pai Akhenaton. Ele representava para aqueles queaderiram o deus único, uma esperança para a volta do culto ao deusAmon da religião de Amenófis. Contudo, Tutankhamon, queprimeiramente chamava-se Tutankhaton, foi obrigado a mudar o nomee reinstituir o politeísmo, já que era uma criança quando entrou para opoder. Porém, quando completou a maioridade, tentou estabelecer omonoteísmo novamente, mas a tentativa culminou com a suaprematura morte; foi assassinado enquanto dormia com uma pancadana cabeça.

As tentativas de se estabelecer o monoteísmo haviam sido fracassadas.O curioso é que muito tempo depois, surge mais uma nova tentativa deinstaurar o monoteísmo, através de Moisés pelo deus Iahweh (Jeová).

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A conversão ao monoteísmo judeu foi uma tarefa dura e complicada,pois os hebreus, no início, eram politeístas ― assim como todos ospovos antigos eram. Da mesma forma que Akenaton, Moisés encontroumuita dificuldade em instaurar o culto a um deus único, o povo semprese inclinava ao politeísmo:

“Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha,congregou-se em torno de Aarão e lhe disse: ‘Vamos, faze-nos umdeus que vá a nossa frente (...)” (Êxodo 32:1)

O monoteísmo judeu se deu posteriormente com Moisés, mas só sefirmou plenamente entre os séculos VIII e VII antes de Cristo, com otrabalho de profetas como Isaías, Oséias, Miquéias e Amós. Mas porque o monoteísmo hebreu se firmou e o monoteísmo egípcio fracassou?Teria o povo hebreu aderido ao monoteísmo por reconhecer Iahwehcomo o único deus? Para responder essa questão temos que analisar osseguintes fatos.

No Egito, é fácil saber os motivos que não deram certo na tentativa deimplantação da crença monoteísta. O Egito era uma civilizaçãosolidificada, tinha suas terras, sua cultura, uma classe sacerdotal, ouseja, o Egito como civilização era muito bem estruturada há anos. Banirseus deuses para o culto de apenas um deus era algo, dentro de suascrenças já estabelecidas, inconcebível. Ao passo que os hebreus ― noinício ― não tinham terras para habitar, não tinham uma culturasólida, não tinham leis, adoravam os deuses de outros povos por nãoter uma religião própria a seguir, ou seja, os hebreus era um povo semabsolutamente nada.

Obviamente que a facilidade de se influenciar um povo sem ter nemonde morar é extremamente maior do que um povo já estruturado háanos. Os hebreus era um povo perfeito para implantar qualquerreligião que fosse. Deste modo, os hebreus que nada tinham, derepente começaram a se organizar, a progredir, fortificar e a ter umaidentidade entre os povos. Tudo graças ao deus Iahweh, o deus quelibertou os hebreus da escravidão do Egito, deu-lhes uma terra, leis euma identidade a eles.

Esta imagem de um deus salvador (libertação da escravidão dosegípcios) e recompensador (terra prometida) foi uma imagemestrategista usada para justificar o deus poderoso que Iahweh era. Epor estes fatores os hebreus deveriam segui-lo (só não dá paracompreender por que Iahweh deixou os hebreus escravos dos egípciospor tanto tempo). Porém, teriam os hebreus, aderido ao deus Iahwehpor tê-los libertado dos egípcios? E também por ter lhes ofertado aterra prometida? A resposta é não!

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Ora, os hebreus se desviavam constantemente do caminho peloqual Iahweh lhes ordenara, tanto que por várias vezes, vemos na Bíbliaa fúria de Iahweh contra os hebreus chegando ao ponto de pretenderdestruí-los por suas faltas. Iahweh os libertou dos egípcios, ofertou-lhes uma terra produtiva, mas mesmo assim, os hebreus nãoreconheceram Iahweh como um deus único e verdadeiro, como umdeus a quem devessem seguir exclusivamente.

Mesmo que Iahweh tenha se mostrado poderoso a fim de conquistar oshebreus (libertação dos egípcios, separação das águas, condução à terraprometida) os hebreus por várias vezes se mostraram incrédulosquanto a Iahweh ser o único deus verdadeiro e inclinava-se novamenteao politeísmo:

“Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha,congregou-se em torno de Aarão e lhe disse: ‘Vamos, faze-nos umdeus que vá a nossa frente (...)” (Êxodo 32:1)

“Iahweh disse a Moisés: ‘Vai, desce, porque o teu povo, que fizestesubir da terra do Egito, perverteu-se. Depressa se desviaram docaminho que eu lhes havia ordenado. Fizeram para si um bezerro demetal fundido, o adoraram, lhe ofereceram sacrifícios e disseram:Este é o teu Deus, ó Israel que te fez subir do país do Egito. Iahwehdisse a Moisés: 'Tenho visto a este povo: é um povo de cerviz dura.Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles a minha ira eeu os consuma; e farei de ti uma grande nação'". (Êxodo 32:7-9)

“Recomeçaram os filhos de Israel a fazer o que era mau aos olhos deIahweh. Serviram aos baals e às astartes, e também aos deuses deAram e de Sidônia, aos deuses de Moab e aos dos amonitas e dosfilisteus. Abandonaram a Iahweh e não mais o serviram. Então a irade Iahweh se acendeu contra Israel (...)” (Juízes 10:6-7)

“Depois da morte de Gedeão, os filhos de Israel voltaram a seprostituir aos baals e tomaram por deus Baal-Berit.” (Juízes 8:33)

Este desvio ― natural ― de conduta religiosa ocorria até mesmo entreos reis de Israel, como por exemplo, o rei Salomão, que numdeterminado momento, abandonou Iahweh para cultuar outros deuses,pois era difícil para os povos antigos assimilarem a crença de um deusúnico. Deste modo, os hebreus não escolheram Iahweh como seu deusporque os libertou dos egípcios, ou porque lhes ofertou uma terra emuito menos porque o consideravam um deus único e verdadeiro. Oshebreus seguiram Iahweh porque simplesmente não tiveramalternativas. Iahweh se impôs aos hebreus como deus deles efoi através do temor e da punição que os hebreus se viram forçados a

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segui-lo. Quem rejeitasse a Iahweh e não seguisse os mandamentos queordenara, seria amaldiçoado e condenado à desgraça:

“Porei sobre vós o terror, o definhamento e a febre, que consomem osolhos e esgotam a vida.”

“Voltar-me-ei contra vós e sereis derrotados pelos vossos inimigos.”

“(...) vossa força se consumirá inutilmente, vossa terra não dará maisos produtos, e as árvores do campo não darão mais os seus frutos.”

“Soltarei contra vós as feras do campo, que matarão os vossos filhos,reduzirão o vosso gado e vos dizimarão, a ponto de se tornaremdesertos os vossos caminhos.”

“Comereis a carne dos vossos filhos e comereis a carne de vossasfilhas. Destruirei os vossos lugares altos (...)”

“Reduzirei as vossas cidades a ruínas (...)”

Estes são os (terríveis) estatutos que Iahweh deu aos hebreus no monteSinai. O texto é muito longo, motivo pelo qual reproduzi algumaspartes. Mas está tudo em Levítico 26:14-46.

Aqui neste ponto, fica portanto, evidente o verdadeiro motivo quelevou os hebreus ao monoteísmo de Iahweh: o temor sob a condição decondená-los e amaldiçoá-los caso o negassem. Obviamente que diantede tais circunstâncias, os hebreus escolheriam Iahweh como seu deus.Pois como não temer uma ameaça deste tipo? Como não se submeter àtamanha crueldade? Como não temer ameaças tão terríveis e tãomaléficas deste deus bíblico, ao ponto de dizer: “Cairão pela espada,seus filhos serão esmagados, às suas mulheres grávidas serão abertosos ventres.” (Oséias 14:1)

Um deus verdadeiro jamais usaria auto-afirmação para convencer suadivindade. No entanto, Iahweh (Jeová) ordena a seus seguidores queeles devem reconhecê-lo como o maior, que eles devem dizer que ele éo melhor, que eles devem louvá-lo para que recebam a prosperidade.Se não o fizerem, não a terão! Essa é uma forma de idolatriaegocêntrica digna dos mais cruéis imperadores que gostavam deostentar o poder e inflar o ego. Não é natural que um deus tenha taisnecessidades guiadas pelo ego, isso não demonstra sabedoria.

Iahweh parece querer provar a todo o momento o quão terrível ele é;um deus que só trouxe mortes e destruições por onde quer quepassasse; um deus que precisa provar a todo instante que é o único everdadeiro através do temor, da punição e da matança nos prova

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apenas sua capacidade de crueldade e desprezo com a vida e com aCriação. Os hebreus se viram sem saída diante deste deus ditador, etiveram que aceitá-lo para não caírem em desgraça.

Mas apesar de todos estes fatos, Iahweh conseguiu o que queria.Formou seu povo e conseguiu um culto para si. Apesar de Iahweh teraparecido a Abraão para formar os hebreus ( 2000 a.C) e ter serevelado a Moisés ( 1440 a.C), foi somente depois de Cristo queIahweh ganhou espaço no mundo e ficou reconhecido diante dasmassas (cristãs) como deus único e verdadeiro; graças aos romanos.No entanto seu reinado não foi algo que podemos qualificar como“divino”, muito menos “bondoso”.

Um fato bastante curioso a se notar, é que Iahweh, após todos os seusesforços estrondosos de formar Israel, num determinado momentoparece tê-los abandonado à sua própria sorte. Estranhamente, Iahwehnão se manifestou mais entre os hebreus, não mais os ajudou em suasconquistas ou contra seus inimigos, não liderou mais o povo, enfim,simplesmente desapareceu!

Logo após a queda do rei Salomão, Israel se dividiu; e então o “povoeleito”, o qual Iahweh fizera a aliança eterna, parece ter caído emdesgraça. Em 722 a.C. os reinos de Israel foram conquistados eescravizados pelos assírios, comandados por Sargão II. Em 587 a.C. oreino de Judá foi conquistado pelos babilônios, comandados porNabucodonosor. Os babilônios destruíram Jerusalém e escravizaram oshebreus. Os hebreus foram escravos até 538 a.C., quando o rei persaCiro II conquistou os babilônios. Os hebreus finalmente puderamretornar à palestina, um feliz final para os hebreus; mas não por muitotempo. Pois em 332 a.C. os persas foram derrotados por Alexandre, oGrande, e os gregos passaram a dominar toda a palestina. E como senão bastasse, após a dominação grega veio a dominação romana, em 63a.C. (História Antiga: Testemunhos e Modelos, Moses I. Finley)

Ou seja, o povo escolhido de Iahweh (Jeová) passou grande parte desua existência como escravos de outros povos. Isso sem mencionar queantes de tudo isso, os hebreus foram ainda escravos dos egípcios por400 anos! Os hebreus, nas mãos de Iahweh, nada mais foram do queuma paródia de si mesmo: Iahweh os libertou da escravidão dosegípcios para permitir que fossem escravos de muitos outros povos! Eiso “poderoso deus de Israel”, conduzindo seu povo escolhido para adesgraça! Isso nenhum padre ou pastor conta nas igrejas.

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Capítulo IIIO Bárbaro Deus de Israel

Independente de qualquer religião ou crença, todos nós temos emmente uma visão ou um conceito idealizado de como seria DEUS;mesmo aqueles menos fervorosos e praticantes, é de senso comum atodos que DEUS possui certas qualidades e atributos. Faz parte dacrença coletiva das pessoas ― no geral ― que DEUS é uma divindadecuja compaixão é imensa, um DEUS de amor, um DEUS que cura osmales da humanidade, que atende nossas preces, é perfeito emisericordioso.

Quando pensamos em DEUS, logo associamos a idéia de que ELEsempre está olhando e cuidando de todos nós, guiando nossas vidasdentro de sua compaixão sem limites garantindo o bem de todos. Aprópria Bíblia nos diz que Deus é um Deus bom e de amor, dentreoutros adjetivos positivos que só cabem a Deus.

Dentro desta condição, um Ser divino, Criador de tudo o que existe, umSer perfeito e que está acima - e muito além - do ego e sentimentoshumanos, jamais cometeria atrocidades ou qualquer atitude maléficapara com seus filhos. É evidente que a bondade e o amor de DEUS ―para muitos ― são inquestionáveis, fato, que as pessoas de modo geralnão aceitam ou não associam a idéia de que DEUS possa causar o mal.

O mal é muito bem justificado pelas Igrejas ― mesmo de forma arcaica― como vinda do diabo e que todo o bem vem de DEUS. Assim sendo,um Ser, cuja perfeição imensurável transcende os pobres limiteshumanos, jamais estaria envolvido ou seria responsável por ações deaspectos negativos e cruéis, sob quaisquer condições.

O que pretendo revelar é algo que muitos ou a grande maioriaesmagadora desconhece: a crueldade do deus bíblico. Você deve estarse perguntando: “como assim crueldade do deus da Bíblia? Deus éamor, é bondoso e misericordioso, ELE é nosso Pai, nosso criador! Elenão causa o mal!” Mas se DEUS de fato é tudo isso, está, portanto,completamente em oposição ao que a Bíblia diz e demonstra; o deusdescrito na Bíblia não é nada disso! Na verdade, o DEUS que todosidealizam (da forma que acreditam) entra diretamente em conflito como deus que está descrito na Bíblia.

Há, portanto, um DEUS (de amor) que povoa o consciente coletivo daspessoas, de como julgam que seja DEUS, e existe um deus (bárbaro)totalmente contrário ao que todos acreditam e que esse é o que está

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descrito na Bíblia, mas as pessoas desconhecem. E por desconhecerem,julgam que o deus bíblico é o DEUS de amor que acreditam.

Os religiosos que vão às Igrejas, somente ouvem salmos, ouvem sobreos milagres de Jesus, fazem louvor, falam sobre o amor de Deus, falamsobre salvação, entre outras coisas. Obviamente um modo de desviar aatenção da parte podre e desconhecida por todos, que é a crueldade dodeus da Bíblia. Mas é claro que ninguém irá ouvir os padres oupastores falarem o quão cruel é o deus da Bíblia, pois ninguém quertocar nesta comprometedora parte podre, e não é, obviamente, deinteresse dos líderes religiosos que as pessoas saibam disso.

Ninguém, entretanto, se atreve ou se interessa em ler a Bíblia, se ofazem, é apenas para ler salmos ou palavras de conforto e esperança.Por isso, muitos não sabem do lado negro e cruel do deus da Bíblia, nãoconhecem este deus pelo qual julgam ser o deus verdadeiro. As pessoasdesconhecem o deus que estão seguindo porque a informação nãochega a elas; ela é desviada, contornada de forma eficiente para quenão vejam as atrocidades cometidas pelo deus bíblico. E a pessoa por sisó não se preocupa em se informar ou questionar; os religiosos não seinteressam pelo conhecimento, eles ficam congeladas dentro do que ospadres e pastores pregam.

As pessoas geralmente não pegam a Bíblia por conta própria para ler econhecer o que ela diz; elas aceitam passivamente a lavagem cerebralque os padres e pastores fazem. Deste modo, os crentes vão às Igrejasacreditando no deus da Bíblia, sem contudo, conhecê-loverdadeiramente, sem estar por dentro da história toda que se passou esem saber sobre seus atos cruéis e perversos.

E há aqueles que sabem de tudo isso ― de toda a história maligna dodeus bíblico ― e mesmo assim fazem vista grossa, o que é pior. Mesmosabendo da crueldade deste deus o aceitam como deus verdadeiro ecriador como se sua divindade justificasse seus atos cruéis.

Certamente que o leitor já ouviu falar que o pior cego não é aquele quenão vê, mas sim aquele que não quer ver! E estas pessoas possuemcapacidades sobre-humanas para não querer enxergar aquilo que nãolhes convém. Aceitam tudo como se fosse algo absolutamente normal,como se a crueldade deste deus fosse algo aceitável e compreensívelporque ele afinal é deus!

Contudo, os crentes devem parar de acreditar que DEUS é humano,devem parar de atribuir a DEUS características exclusivamentehumanas e compreender que reconhecer a crueldade deste deus daBíblia não é rejeitar a DEUS, mas sim, rejeitar o deus da Bíblia apenas;um deus com “d” minúsculo, um deus cruel e imperfeito, possuidor de

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sentimentos puramente humanos e que não trouxe nada além demortes, guerras e destruições. Aqui devemos separar o “joio do trigo”,separar o deus Iahweh (Jeová) do DEUS Criador, pois não se trata damesma divindade. Os religiosos acreditam que o DEUS Criador sejaeste deus da Bíblia por conta de uma confusão, por conta de um erroliterário (e porque não dizer manipulação) e isto será cada vez maisesclarecido no decorrer dos capítulos.

O deus da Bíblia em nada tem a ver com o DEUS Criador; sãocompletamente contrários, opostos, não há razões para sustentar que odeus bíblico seja o verdadeiro DEUS Criador; as duas naturezas sãodistintas, e irei demonstrar o que estou afirmando.

Como eu já havia dito no início deste capítulo, todos nós temos umaforma idealizada de DEUS, como sendo um bom Pai e Criador, umDEUS de amor. Tendo isso em mente, seria possível DEUS tomaratitudes hostis contra nós a ponto de querer nos destruir? Não seriacompletamente absurdo pensar nesta hipótese? Afinal, se DEUS é bome justo, nunca O veremos cometer maldades e injustiças. Mas o que oleitor verá a seguir, são alguns versículos onde Iahweh (Jeová) cometeatitudes extremamente negativas, podendo inclusive, ser comparadascom ações humanas. Está descrito em Números 15:32-36:

“Enquanto os filhos de Israel estavam no deserto, surpreenderam umhomem que recolhia lenha em dia de Sábado. E o levaram até Moisés,Aarão e toda a comunidade, mantendo-o preso enquanto se decidia oque seria feito com ele. Iahweh disse a Moisés: ‘esse homem é réu demorte’. Toda a comunidade deverá apedrejá-lo fora doacampamento’. A comunidade o levou fora do acampamento e oapedrejou. E o homem morreu, conforme Iahweh tinha ordenado aMoisés”.

A primeira vez que li este trecho confesso que fiquei espantado! Foicomo se uma porta estivesse se abrindo diante de meus olhos fazendo-me enxergar algo que era até então desconhecido. Custei a acreditarque eu havia lido que o deus bíblico havia mandado Moisés matar umhomem porque ele estava recolhendo lenha.

Mas então os religiosos podem argumentar que ele violou a Lei deSábado. Um fato absurdamente ridículo, um homem ser morto por ummotivo (Lei) tão banal. Estamos falando de uma vida humana. Qual opreço de uma vida? A deste homem custou uma lenha. O deus bíblicopuniu um homem com sua vida apenas porque estava recolhendolenha. Teria ele que morrer apenas por causa disso? Que tipo de deuscria uma Lei como esta? Seria esta a justiça divina? O deus bíblico nãoseria suficientemente bom a ponto de perdoar esse homem? Afinal,Deus não perdoa nossos pecados? Não é misericordioso?

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Este homem não estava matando ninguém, não estava cometendonenhum pecado, não estava cometendo nenhum tipo de crime grave;ele estava apenas recolhendo lenha. Agora, que tipo de Lei é essa quetem como punição a morte de um homem que estava apenasrecolhendo lenha? Uma Lei tão desumana que vêm de um Ser que sediz misericordioso e de compaixão? Como pode um ser com tamanhacrueldade ser considerado DEUS do universo? Um DEUS que cria todoo universo e a vida, mas que mata um homem por apenas recolherlenha! É este o deus que as pessoas acreditam ser o verdadeiro?

Devemos compreender com esse trecho que o DEUS Verdadeiro jamaismataria aquele homem por um motivo tão ridículo ― ou por motivoqualquer ― e jamais cometeria tamanha injustiça com seus filhos. Atémesmo para seu povo, de Israel, Iahweh (Jeová) se mostra como umdeus amargo, com uma intolerância acentuada, em um caráterdestrutivo cuja morte é a única solução para seu incômodo. Êxodo32:9:

"Javé disse a Moisés: 'Tenho visto a este povo: é um povo de cervizdura. Agora, pois, deixa-me, para que se acenda contra eles a minhaira e eu os consuma; e farei de ti uma grande nação'".

Entretanto, é bem contraditório às descrições feitas do deus bíblico emrelação às suas atitudes, como vemos em Êxodo 34:5:

“(...) Iahweh! Iahweh... Deus da compaixão e de piedade, lento para acólera e cheio de amor e fidelidade; tolera a falta, a transgressão e opecado (...)"

Lento para a cólera? Deus da compaixão? Nem parece que estãofalando do próprio deus bíblico! Se ele realmente tolera a falta, atransgressão e o pecado então por que Iahweh mandou matar aquelehomem que estava recolhendo lenha? Tais descrições bondosas citadasna passagem acima caem num vazio absoluto quando vemos o deusda “compaixão e de piedade” que Iahweh é:

"Assim fala Iahweh, o Deus de Israel: Cinja, cada um de vós, a espadasobre o lado, passai e tornai a passar pelo acampamento, de portaem porta, e mate, cada qual, a seu irmão, a seu amigo, a seu parente.Os filhos de Levi fizeram segundo a palavra de Moisés, e naquele diamorreram do povo uns três mil homens". (Êxodo 32:27-28)

O deus de Israel se mostra extremamente intolerante! Ao invés deeducar e instruir seu povo da maneira mais cabível e sábia, ele prefereexterminar todos, como se cada indivíduo fosse descartável,demonstrando um completo desprezo pela vida - que ele mesmo“supostamente” criou:

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"Iahweh disse a Moisés: 'Dize aos filhos de Israel: sois um povo decerviz dura; se por um momento subisse em vosso meio, eu vosexterminaria'". (Êxodo 33:5)

"Iahweh falou a Moisés e a Aarão. Disse-lhes: 'Apartai-vos destacomunidade, pois vou destruí-la em um momento'". (Números 16:20-24)

A crueldade do deus de Israel não tem limites:

"Matai, portanto, todas as crianças do sexo masculino. Matai tambémtodas as mulheres que conheceram varão, coabitando com ele. Nãoconserveis com vida senão as meninas que ainda não coabitaram comhomem e elas serão vossas". (Números 31:17)

"Então consagraram como anátema tudo que havia na cidade:homens e mulheres, crianças e velhos, assim como os bois, ovelhas ejumentos, passando-os ao fio da espada". (Josué 6:21)

“... feriu deles setenta homens; então o povo chorou, porquanto oSenhor fizera tão grande morticínio entre eles” (1 Samuel 6:19)

“Assim diz o SENHOR dos Exércitos : Castigarei a Amaleque pelo quefez a Israel...... Vai pois, agora e fere a Amaleque, destrói totalmente atudo o que tiver; nada lhe poupes, porém matarás homem e mulher,meninos e crianças de peito, bois e ovelhas , camelos e jumentos...Então feriu Saul os amalequitas... Tomou vivo a Agague, rei dosamalequitas; porém a todo povo destruiu ao fio da espada.” (1 Samuel15:2-8)

“Cairão pela espada, seus filhos serão esmagados, às suas mulheresgrávidas serão abertos os ventres.” (Oséias 14:1)

O deus Iahweh promove o terror absoluto para aqueles que não sesentirem obrigados a segui-lo: “Fa-los-ei comer as carnes de seus filhose as carnes de suas filhas, e cada um comerá a carne do seu próximo”(Jeremias 19:9). Ele amaldiçoa o povo com o canibalismo ao invés depregar pela sabedoria. Qual a sabedoria de um deus que, como puniçãopor não segui-lo, ameaça seu povo a comer a carne de seus própriosfilhos e filhas? (Levítico 26:29) Tais atitudes apenas evidenciam que oshebreus foram escravos de um deus perverso e sádico!

Se você tiver um filho teimoso e rebelde, então você e os outros homensde seu bairro o apedrejarão até que ele morra (Deuteronômio 21:18-21). Mas que belo exemplo de moralidade! E eu que achava ruimquando ficava de castigo! É tão “belo” mesmo um deus que ensina amatar o filho rebelde ao invés de educá-lo e corrigi-lo como se deveria!

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Qual pai estaria disposto a cumprir esta violência doméstica que o“sábio e justo” deus de Israel determina? Seriam estes, ensinamentosdivinos?

Se uma noiva virgem for estuprada na cidade e não gritar alto obastante, então os homens da cidade a apedrejarão até a morte(Deuteronômio 22:23-24). Além de ser violentamente estuprada,humilhada, a mulher que não gritar o bastante é morta pelos “homensde deus”. Como o amor de deus é comovente! A justiça deste deusdemonstra tanta sabedoria, que acabo me sentindo estúpido com meusvalores morais e humanos.

Sem dúvidas, trata-se de uma verdadeira coleção de atrocidades! Estestrechos, os quais falam por si só, nos revelam o ímpeto destrutivo queIahweh possui cuja ira sempre constante, inflama sobre os povosocasionando horríveis chacinas; remetendo-nos a um cruel e bárbarocenário de massacre, onde nem mesmo bebês, crianças e mulheresgrávidas são poupados. Devo ainda destacar que o deus de Israelmanda inclusive matar crianças e bebês, quando Jesus, nos evangelhos,contradiz afirmando que qualquer maldade cometida contra umacriança é imperdoável, pois delas é o reino de Deus.

Em 2 Samuel 12:13-18, Iahweh perdoou Davi por seu adultério com aesposa de Urias, mas matou o bebê gerado a partir deste adultério;Iahweh feriu a criança gravemente que morreu depois de 7 dias,mesmo depois do arrependimento e jejum de Davi. Não há amor oucompaixão em um assassinato de um bebê inocente. Para uma“divindade de amor” ― como descreve a Bíblia ― Iahweh expressa umpéssimo comportamento, digno do mais cruel assassino. Um deus queordena matar a todos, inclusive mulheres, crianças e idosos, este é odeus que todos acreditam ser de amor e verdadeiro? É a este deus queos religiosos seguem? Não tem o menor cabimento ético e moral crerque Iahweh (Jeová) seja o DEUS Criador e Eterno.

Muitos religiosos tentam ― de forma absurda ― justificar o maucomportamento do deus bíblico, alegando ter sido mesmo necessárioexterminar todos os povos que não reconheciam Iahweh como seudeus. Mas afirmo que a princípio, NADA justificaria suas bárbarasatitudes. Um deus que ao invés de unir os povos com sua sabedoria ecompaixão prefere exterminá-los como se a vida não tivesse valoralgum, não me parecem qualidades divinas de um deus sábio, amorosoe criador!

Mas então vem o religioso espertalhão e argumenta que estouutilizando versículos fora do contexto; uma desculpa muito comum nosmeios religiosos quando não conseguem defender suas crençasmirabolantes. Além de eu não estar usando os versículos fora do

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contexto, pergunto: mas qual contexto justificaria tantas crueldades?Existe algum contexto absurdo para validar atos tão cruéis e malignos?Em nossa sociedade hoje, matar milhares de pessoas não é algo que sepossa qualificar como moralmente “humano” (não importa o contexto),o que dizer então de um deus? Existe alguma sabedoria em aniquilar edizimar, de forma covarde, cidades e povos (mulheres, crianças, idososetc) apenas porque não seguem o “todo-poderoso” deus de Israel?

Será que para um Deus benevolente, justo e bondoso, seria necessáriode fato usar a espada ao invés de amor? Seria necessário utilizar-se daforça bruta e destrutiva ao invés de sábios ensinamentos? Serianecessário exterminar toda uma cidade ao invés de fazê-la conhecer oamor de Deus e endireitá-la em seu caminho? Iahweh exterminoutodos os povos da região onde hoje é Israel, sem contudo, ter dado amínima chance a estes povos de conhecê-lo e segui-lo; já que Iahwehafirma ser o deus verdadeiro e de amor. Pois se todos nós somos filhosde DEUS, seria natural que DEUS, na condição de PAI, reunisse seusfilhos ― fruto de sua criação ― e lhes mostrasse o verdadeiro caminhoa seguir, ao invés de simplesmente exterminá-los.

Já outros religiosos tentam encobrir o comportamento destrutivo deIahweh fornecendo uma justificativa paterna: Iahweh é severo e castigada mesma forma que um pai visando educar seus filhos. Certamenteque um pai, pensando na educação de seus filhos, possa ser, emdeterminado momento, mais severo e impor castigos. Mas os autoresdessa explicativa se esquecem que um pai, ao educar seus filhos, jamaisconsideraria exterminá-los!

Um deus que afirma: “Eu formo a luz e crio as trevas, asseguro o bem-estar e crio a desgraça: sim eu, Jeová, faço tudo isso.” (Isaías 45:7)

“Se acontece uma desgraça na cidade, não foi Jeová que agiu?” (Amós3:6)

Um deus que afirma ser o responsável por criar as trevas e a desgraça éde causar inveja ao diabo, que ironicamente, não precisa maisatormentar a humanidade, pois afinal, Iahweh parece ter tomado seutrabalho. Podemos observar que o passatempo favorito de Iahwehparece ser exterminar os hebreus e dizimar os povos estrangeiros queadoram outros deuses; como se fossemos um formigueiro, e Iahweh,uma criança maldosa com uma lupa.

A morte de Saul e dos seus filhos não foram suficientes para acalmar aira de Jeová. No tempo de Davi houve uma fome por 3 anos. Daviconsultou Jeová, e Jeová lhe disse que havia culpa em Saul e suafamília por ele ter matado os gabaonitas. Davi dirigiu-se aos gabaonitaspara saber o que ele poderia fazer para reparar o mal que Saul havia

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feito. Os gabaonitas disseram que Davi deveria entregar sete dos filhosde Saul para serem mortos perante Jeová (os filhos sendo castigadospelo pecado do pai). Davi concordou. Davi os entregou aos gabaonitasque os executaram no monte perante Jeová. (2 Samuel 21:1-9)

Depois disso Jeová se tornou favorável para com a terra. (2 Samuel21:14)

Olha a “justiça divina” mais uma vez matando os filhos por causa dospecados dos pais:

“Preparai a matança para os filhos por causa da maldade de seuspais.” (Isaías 14:21-22)

“(...) porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso, que castigo osfilhos pelos pecados de seus pais até a terceira e quarta geraçãodaqueles que me desprezam (...)” (Êxodo 20:5).

Contudo, é curioso ver Iahweh se contradizer:

“Os pais não serão mortos em lugar dos filhos, nem os filhos em lugardos pais. Cada um será executado por seu próprio crime.”(Deuteronômio 24:16)

Parece até uma piada – e de mau gosto estando na pele de um hebreu.Mas falando em piada, há uma bem engraçada que ocorreu com ocoitado do Balaão.

Afinal, ir ou não ir, eis a questão!

Na ocasião, Iahweh disse a Balaão que não fosse com os chefes deMoabe (Números 22:12). Logo em seguida, Iahweh mudou de ideia emandou Balaão partir (Números 22:20). Balaão então, pegou suajumenta, e quando partiu, Iahweh ficou furioso! (Números 22:22)Depois disso, a narração vira uma fábula (no melhor estilo Dr.Doolittle), onde a jumenta de Balaão passa a conversar com elereclamando dos maus tratos sofridos pelas mãos de Balaão; algoassim, bem normal, afinal, jumentos judeus costumam falar mesmo.

Mas enfim, Iahweh se porta como um deus impaciente, que não fazoutra coisa senão matar e destruir para aliviar sua fúria. Sua crueldadeé tamanha que nem mesmo pessoas doentes são poupadas. Estádescrito em Números 5:1-4:

"Iahweh falou a Moisés: ‘Ordene aos filhos de Israel que expulsem doacampamento os leprosos, os que têm gonorréia e os que secontaminaram com cadáveres. Homens ou mulheres, serão todos

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expulsos do acampamento, para que não fique contaminado oacampamento, no meio do qual eu moro...’"

O Deus Iahweh (Jeová) demonstra preconceito contra pessoas doentese ordena expulsá-los por isso. Seria realmente possível crermos que oDEUS verdadeiro e de amor expulsaria essas pessoas doentes? Esseshomens e mulheres doentes estavam precisando de cuidados médicos ede tratamentos. Não poderia deus Iahweh curá-los? Segundo osevangelhos, Jesus teria curado diversos doentes. Então por que Iahwehnão tomou a mesma atitude? Deus não é amor? Deus não cura? Entãopor que Iahweh, na condição de “deus verdadeiro” que lhe é atribuída,tomou tal atitude arrogante? Iahweh seria mesmo o DEUS verdadeiro?

Há uma passagem semelhante a esta onde Iahweh, inclusive,demonstra preconceito com as pessoas que possuem defeitos corporais.Está em Levítico 21:16-24:

"Iahweh falou a Moisés: ‘Diga a Aarão: Nenhum de seusdescendentes, nas futuras gerações, se tiver algum defeito corporal,poderá oferecer o alimento do seu Deus. Não poderá apresentar-seninguém defeituoso, que seja cego, coxo, atrofiado, deformado, quetenha perna ou braço fraturado, que seja corcunda, anão, que tenhadefeito nos olhos ou cataratas, que tenha pragas pustulentas, ou queseja eunuco(...) não ultrapassará o véu, nem se aproximará do altar:ele tem defeito corporal, e não deverá profanar as minhas coisassagradas, porque sou Iahweh(...)’"

Imagine você ser rejeitado totalmente por “Deus” apenas porque você écego. Ou porque você é anão. Ou porque você apresenta algumadeformidade física. Como uma pessoa sabendo disso se sentiria?Acredito que seja um consenso coletivo de que DEUS ama e aceita atodos independente de sua condição física. Não consigo de formaalguma, aceitar que DEUS expulsaria pessoas doentes e rejeitariapessoas com defeitos físicos, alegando que tais enfermidades sãoprofanações em sua habitação. Somente os religiosos com seuscontextos absurdos para aceitar tais barbaridades!

Este seria um exemplo de um deus de amor como afirmam osreligiosos? Então onde está o amor? Onde está a compaixão? As açõesdeste deus bíblico são completamente contrárias ao que descrevem osreligiosos. O DEUS verdadeiro, absolutamente, não possui estasatitudes negativas que Iahweh nos demonstra. São por essas e outrasque tenho plena convicção que Iahweh não é o DEUS verdadeiro eCriador, mas sim, um “deus” que se mostrou como DEUS.

Iahweh apresenta sentimentos e atitudes que não são dignas de umDEUS, mas de um ser humano imperfeito assim como nós: cobiça,

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vingança, ciúme, preconceito, ódio, injustiça, intolerância, prepotênciaetc. Agora o DEUS verdadeiro possui apenas uma qualidade, mas quejustifica e está acima de todas as outras: O AMOR INCONDICIONAL.Onde há amor, não há ódio. E onde não há ódio, não há cobiça,vingança, prepotência, ciúme, injustiça e nenhum tipo de sentimentoimpuro e mesquinho. Iahweh, portanto, nos deixa de forma clara,através de suas atitudes, que não chega nem perto de ser o DEUSverdadeiro.

Afinal, um DEUS verdadeiro e de amor jamais permitiria oucompactuaria a favor de sacrifícios humanos assim como está descritoem Juízes 11:30-39, onde Jefté faz um voto (absurdo) de sacrificar adeus Iahweh a primeira pessoa que encontrasse após o retorno parasua casa, caso alcançasse a vitória diante dos amonitas. Iahweh então,entregou os amonitas nas mãos de Israel que os derrotaram facilmente.Ao retornar para casa, a primeira pessoa que Jefté encontrou foi suaúnica filha. Jefté então, cumpriu o seu voto e a matou; oferecendo-acomo sacrifício a Iahweh.

Os religiosos detestam tocar neste assunto, afinal, é duro ter queadmitir que o deus bíblico gostava de sacrifícios. Para justificar essaatrocidade os religiosos, de forma absurda (quase que sobrenatural),inventam um grande malabarismo com as palavras para disfarçar arealidade bem evidente nos versículos. Iahweh permitia sacrifícioshumanos para que os hebreus reconhecessem que ele era deus, comoatesta Ezequiel 20:26: “Acaso os contaminei com as ofertas quefaziam, quando imolavam os seus filhos mais velhos? Tê-los-eiamedrontado, para que reconhecessem que Eu sou Javé?”

É justo que uma jovem inocente pagasse pela loucura do pai e de umdeus? É justo um pai oferecer a vida da própria filha para um deusvisando a vitória de uma guerra? É justo um deus ― considerado deusde amor ― ter exigido que os hebreus sacrificassem seus filhos emrituais bárbaros e macabros? Sacrifícios humanos são heranças depovos primitivos e bárbaros, de povos violentos e sem sabedoria;certamente reflexos de um deus igualmente bárbaro e maléfico.

Fica evidente, diante dos argumentos, que Iahweh é um ser semsentimentos, que age friamente e que só se preocupa em si mesmo. SeDEUS é bondoso, se DEUS é amor, perfeito e sábio, se DEUS é tudoisso, então quem é o deus da bíblia? Pois tais qualidades não seencaixam na imagem de Iahweh. Se Iahweh fosse realmente o DEUSverdadeiro que as Igrejas pregam, então todos nós estaríamoscondenados, pois estaríamos nas mãos de um mercenário frio ecalculista!Mas felizmente, esta é uma hipótese longe de ser verdade, pois Iahwehnão é em hipótese alguma o DEUS verdadeiro, e isto ficará cada vez

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mais claro no decorrer dos capítulos. E há quem diga que o deus bíblicoapenas faz justiça! A justiça pelo derramamento de sangue não éjustiça; é mais um ato de cumplicidade ao crime bárbaro e dainjustiça.

É uma pena que as PESSOAS não consigam enxergar a realidade; averdade é tão evidente, é tão clara, mas alguns preferem “fugir dessarealidade” e mergulhar numa perspectiva ilusória. Os versículos sãoclaros, diretos e falam por si só! Não é questão de “conseguirinterpretar”, afinal, não se trata de parábolas e nem se utiliza delinguagem figurativa para tal.

Se alguns acham normal um deus “matar mulheres grávidas” ouordenar “comer seus próprios filhos”, “rejeitar quem tem defeitosfísicos”, “matar crianças inocentes”, “provocar guerras e milhares demortes”, assim como tantas outras brutalidades descritas na Bíblia, seos cristãos acham que são atitudes de um DEUS MARAVILHOSO, taispessoas deveriam se internar, pois estão dementes; parece quealgumas pessoas deixaram de ser humanas e viraram algum tipo decriatura sórdida. Algumas pessoas perderam completamente o juízo, anoção de humanidade, civilidade e moralidade.

Matar grávidas e comer seus próprios filhos não são atitudes DIGNASde ser chamadas de HUMANAS, quanto mais de DIVINAS! Em algunspaíses, crimes como estes, no mínimo, seria prisão perpétua até penade morte! E alguns julgam que tais atitudes são de um deusmaravilhoso? As pessoas estão perdendo mesmo sua humanidade eseus valores, estão se esquecendo do que as torna humanas, estão seesquecendo do que é amor e consciência. Se por um lado, os religiososcompactuam com tais atrocidades, isso as tornam cúmplices destescrimes bárbaros.

Mas por questões sumamente humanitárias, por eu ter um coraçãohumano com valores e sentimentos, eu JAMAIS aceitarei essas (emuitas outras) atrocidades deste deus bíblico.

O deus bíblico é o verdadeiro “lobo em pele de cordeiro”, pois os padrese pastores dizem que deus é maravilhoso, que deus é amor, masquando você lê a Bíblia, e conhece este deus bárbaro e maligno, você sepergunta: “ué, cadê o amor?”

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Capítulo IVO Deus da Guerra

Todos nós temos conhecimento dos efeitos e dos horrores de umaguerra. Se para nós que acompanhamos pela mídia já é uma tragédiaterrível, imagine para quem está envolvido diretamente, para quemconvive com o temor diário de ser alvo de uma bomba. Muitos esforçoshumanitários são realizados em busca da paz; manifestações, apelos,revoltas e etc. Pois todos nós sabemos o quão terrível é uma guerra e oquanto os povos envolvidos sofrem por isso; muitas mortes inocentes.Se para nós, humanos, as guerras são absurdamente desumanas,dignas de mentes irracionais e que só trazem desgraça e dizimação,como será então que DEUS nos julga em relação as nossas guerras?Será que DEUS aprova esta ação irracional? Vamos conferir na Bíbliapara ver o que ela nos diz a respeito disso. Números 1:1-4:

"...Você e Aarão registrarão, por esquadrões, todos os homensmaiores de vinte anos e capacitados para a guerra(...)".

Neste curioso trecho, Iahweh (Jeová) estava ordenando a Moisés paraque alistasse homens para guerrear! A grande maioriadesconhece que o deus bíblico era a favor da guerra e acredito quealguns ficariam espantados ao conhecer esta passagem. Algunsreligiosos, em defesa do versículo (é claro, sempre querendo camuflar),dirão que este exército de Iahweh liderado por Moisés, tinha fins deproteção do povo de Israel; o que é mentira, pois o exército lideradopor Moisés na verdade tinha motivação de invadir e destruir os povosvizinhos, tudo sob ordem do deus bíblico (basta que veja Números eJosué).

É notável que um deus (Jeová), ao invés de trazer uma mensagem depaz e união entre os povos, já que é considerado o “deus verdadeiro”, o“deus de amor”, o “deus da compaixão” e da “sabedoria”, estava naverdade incentivando os povos a guerrear; um ato completamenteabominado pelos seres humanos, mas estranhamente correto para odeus da Bíblia! Continuando em Números 31:1-12:

“Iahweh disse a Moisés: ‘Execute a vingança dos filhos de Israelcontra os madianitas. Depois você se reunirá com seus antepassados’.Moisés disse ao povo: ‘Escolham homens entre vocês e os armem paraa guerra. Eles atacarão os madianitas para realizar a vingança deIahweh’(...) Guerrearam contra Madiã, conforme Iahweh ordenara aMoisés, e mataram todos os homens. Mataram também os reis deMadiã(...)”.

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Deus agindo e incentivando o povo a guerrear a fim de executar suaprópria vingança? É no mínimo surpreendente ver que “Deus” (o deusda Bíblia) estava agindo em favor da guerra, a favor de uma vingança eordenando matar a todos os que consideravam inimigos. Onde fica oamor, a compaixão e sabedoria de um deus que ao invés de resgatar ahumanidade de seus males, desvirtua um povo (Israel) guiando-o paraum caminho cheio de males e irracionalidades de uma guerra? É maisum elemento daqueles “mistérios de deus”.

O DEUS Eterno e Sábio em sua Perfeição, Criador da vida, por acasoviria a este pequeno planeta para provocar guerras e destruições, parasatisfazer uma vingança pessoal à custa de milhares de mortes emfavorecimento de um único povo (Israel)? Enquanto nossos esforços,hoje, estão voltados em favor da paz mundial, Iahweh, considerado odeus verdadeiro, estava pregando guerra entre nações; é inacreditável!O objetivo destas guerras está em Números 33:50-53:

“(...) Iahweh falou a Moisés : ‘Diga aos filhos de Israel: Quando vocêsatravessarem o rio Jordão e entrarem na terra de Canaã, expulsemdaí todos os governantes dela, destruam seus ídolos e imagens, earrasem seus lugares altos. Tomem posse da terra e habitem nela,pois eu lhes dei essa terra, para que vocês a possuam”.

Um ponto que muito me intriga neste versículo, é o fato de que Deusmanda invadir uma cidade, manda expulsar seus habitantes egovernantes para que então os israelitas tomassem posse! Quer dizerque a “terra prometida” aos israelitas é uma terra roubada que custou oderramamento de sangue de um povo inteiro? Não há palavras paradescrever tamanho absurdo! A cidade foi roubada, tomada a força edepois Iahweh simplesmente diz: "habitem nela, pois eu lhes dei essaterra", como se representasse um ato de bravura e generosidade!

Seria o mesmo que os Estados Unidos invadissem, por exemplo, oBrasil, expulsassem os habitantes e governantes e declarassem o Brasilcomo uma terra pertencente à deles. Tem cabimento uma coisa dessas?Esta não é uma ação digna de ser chamada de humana quanto mais dedivina!

O DEUS verdadeiro, o DEUS universal criador de tudo não é apenasDEUS do povo de Israel. Todos nós aprendemos, desde crianças, queDEUS é DEUS de todos nós, pois todos somos filhos de DEUS. Entãopor que o deus bíblico tomou esta atitude hostil contra os habitantes daterra de Canaã?

Reflita: o DEUS verdadeiro traria sábios ensinamentos e umamensagem de paz a toda a humanidade ou levantaria guerras, mortes edestruições a favor de Israel?

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Isso nos prova que o deus Iahweh é o deus de Israel apenas ―conforme está na Bíblia. Não é o nosso DEUS Criador. Da mesmaforma que Marduk foi deus da Babilônia, Rá foi deus do Egito e Zeusfoi deus da Grécia, Iahweh foi deus de Israel; e os cristãos o adotaramcomo o “deus universal”.

Iahweh possui muito mais uma postura de um comandante militar doque a de um DEUS. Seu desejo por conquistar territórios destruindo os“inimigos” e roubando as riquezas das cidades conquistadas, evidenciamais uma ação militar do que ensinamentos divinos de um Deus. Ondeum de seus mandamentos é não matar, fica meio contraditório ao ver opróprio Iahweh, não se dando ao exemplo, matar doze mil pessoas nainvasão da cidade de Hai e mais alguns milhares pelos territóriosconquistados. Tão contraditório também é Iahweh aniquilar aquelesque ele rotula de “inimigos” quando nos evangelhos, Jesus ordena paraque todos amem também seus inimigos.

E Iahweh não esconde sua insatisfação ao ver que Josué está velho eque ainda falta muita terra para conquistar e muito sangue paraderramar, em Josué 13, 1:

"(...) Iahweh lhe disse: ‘Você está velho e com idade avançada, e aindaficou muitíssima terra por conquistar (...)’"

Por que um deus considerado verdadeiro, sábio e perfeito incentivou osisraelitas a guerrear contra outras nações? A pergunta que deve serfeita é: será que Iahweh continua ainda nos dias de hoje, exercendocontrole sobre os israelitas incentivando-os à guerra? Diante de todosestes fatos, podemos refletir em cima de uma questão maishumanitária: o homem faz guerras por que está em sua natureza ou porque foi alguém que o ensinou?

Um deus que provoca guerras em favor de sua vingança jamais deveriaser chamado de deus. Crer que o DEUS Criador é este deus bárbarodescrito na Bíblia é um erro enorme. O deus da Bíblia é o deus do povode Israel. Já DEUS, é DEUS de todas as coisas, Criador do Universo eda Vida, o DEUS verdadeiro que ainda permanece oculto doconhecimento humano e ridiculamente confundido na imagem deIahweh.

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Capítulo VO Tesouro de Iahweh

O DEUS Verdadeiro, o Criador do universo e de toda a vida, o SenhorSupremo cuja perfeição é inimaginável para a mente do homem, teriaalguma necessidade ou propósito em obter ouro? O ouro, sem dúvida, éuma das riquezas mais cobiçadas pelo homem desde os temposantigos. O ouro não só atende nossas vaidades pessoais (jóias eacessórios) como também nossas necessidades materiais, pelo valorconsiderável que lhe é atribuído (valor em dinheiro). Sendo assim, oouro atende necessidades materiais ou espirituais? Sem dúvida algumamateriais, porque não há como imaginar DEUS obtendo ouro paraatender suas vaidades materiais. DEUS é homem ou espírito?

Estas perguntas podem parecer estranhas, porém, o deus bíblico é umexplorador de ouro. Um cobiçador que faz de tudo para obter ouro.Este é um fato muito curioso e que sempre me chamou a atenção. Ofato de que deus Iahweh tinha um interesse todo especial em pedraspreciosas, como bronze, prata e principalmente ouro, não faz omenor sentido, já que ele é dito ser um DEUS. Por acaso DEUSnecessitaria de objetos materiais? Ouro não é questão de riqueza ouvaidade? Fica portanto, um tanto absurdo, vermos alegações de queeste deus bíblico é o DEUS verdadeiro, sendo que ele possui atitudesnegativas como matar e roubar para adquirir riquezas. A Bíblia, deforma contundente, nos descreve um deus que cobiça e se interessa emobter grandes quantias de ouro. Mas pergunto: o que DEUS poderiafazer com ouro? Isso certamente é digno de desconfiança. Em Êxodo25:10-40 vemos seu interesse todo especial por ouro:

"Faça uma arca de madeira acácia (...) Revista a arca com ouropuro, por dentro e por fora; e ao seu redor, aplique uma moldura deouro. Funda para ela quatro argolas de ouro para colocar nosquatros cantos inferiores da arca. Faça também varais de madeirade acácia e revista-os de ouro (...) Faça também uma placa de ouropuro (...) Nas duas extremidades da placa, faça dois querubins deouro batido (...) Faça uma mesa de madeira de acácia (...) Cubra amesa de ouro puro e aplique ao redor uma moldura de ouro puro (...)Faça pratos, bandejas, jarras, e copos para as libações: tudo de ouro."

Esses são alguns dos trechos onde está descrito tudo em Êxodo 25:10até 28:1-30 depois em 30:1-21. Iahweh, o deus de Israel, não escondeseu grande interesse por ouro. Ordena manufaturar um objeto comvários detalhes tudo em ouro. Um luxo que seria digno de DEUS? É umtanto quanto absurdo crermos que o deus de Israel seja o DEUSverdadeiro, cujas qualidades divinas, jamais se atentaria em obter

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pedras que apenas os homens cobiçam e dão valor. DEUS é um DEUSde amor, um ser infinitamente Perfeito e Espiritual. Portanto, DEUSjamais teria este interesse material que o deus de Israel nos mostra.Mas não é só isso. Em Números 7:11-31 são feitas doze ofertas àIahweh, uma a cada dia:

"Então Iahweh disse a Moisés: 'Cada dia um chefe trará a sua ofertapara a dedicação do altar'. No primeiro dia, Naasson, filho deAminadab, da tribo de Judá, levou a sua oferta: uma bandeja deprata de mil e trezentos gramas, uma bacia de prata para aspersãode setecentos gramas, conforme o peso-padrão do santuário, ambascheias de flor de farinha amassada com azeite para a oferta. Levoutambém uma vasilha de ouro, de cem gramas(...)

Este trecho é referente ao primeiro dia de oferta. O que surpreende,mais uma vez, é o por quê Deus necessitaria de ouro e prata? Por queum deus ordena ofertar para si pedras preciosas? E não pára por aí. EmLevítico 27:1-8 Iahweh ordenou a Moisés dizer ao povo de Israel, quepara cumprir um voto a Iahweh era para pagar uma taxa, em prata,estabelecida de acordo com a idade da pessoa. Quem não tivessecondições de pagar a taxa estabelecida, apresentaria a pessoa aosacerdote e este, faria uma avaliação de acordo com as possibilidadesdo indivíduo.

Não podemos deixar de observar o absurdo! Um deus cobrando taxasdos homens, obra de sua criação? Quer dizer que para seguir Iahweh oshebreus tinham que pagar uma taxa pra isso? Se Iahweh é realmentedeus, não consigo entender ainda as necessidades que este deus tinhaem querer ouro e prata e a necessidade de cobrar taxas de seu povo.

O DEUS verdadeiro jamais necessitaria de coisas materiais. O dinheiroatende apenas e somente necessidades materiais e mundanas, portanto, seria DEUS um ser físico material? Não! DEUS é Espírito e nãocarne. Isso nos leva a crer que este ser descrito na Bíblia como “Deus”não era em hipótese alguma o DEUS Criador. Por que uma divindadecapaz de criar a vida e gerar o universo se preocuparia em acumularriquezas terrenas e materiais?

Continuando, em Josué 6, nos conta sobre a invasão da cidade deJericó pelo povo de Israel liderada por Josué, sob ordem de Iahweh.Esta ordem era para exterminar todos da cidade e retirar todos osobjetos de valor e entregá-los a Iahweh, como Josué nos diz no capítulo6:19: "Toda a prata, ouro, objetos de bronze e de ferro serãoconsagrados a Iahweh e destinados ao tesouro de Iahweh". Objetosconsagrados? Tesouro de Iahweh?

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Continuando a estória em Josué 7, Josué e seu povo foram a uma outracidade, chamada Hai, onde também seria conquistada. Mas o povo deIsrael foi derrotado pelos habitantes de Hai. Josué se revoltou contraIahweh dizendo: "Ah! Senhor Iahweh, por que fizeste este povoatravessar o Jordão? Foi para nos entregar na mão dos amorreus enos fazer perecer?". Então Iahweh disse a Josué que Israel haviapecado contra Iahweh violando a aliança que ele havia ordenado edisse que só voltaria ao lado do povo de Israel, se os objetos queestavam destinados a Iahweh fossem entregues a ele.

O que aconteceu foi o seguinte: o povo de Israel tinha ordens de invadira cidade e retirar todos os objetos valiosos como ouro e pratapertencentes aos habitantes da cidade de Hai, para serem oferecidos aIahweh; como Josué diz no capítulo 6:19. Mas alguém não havia feito aoferenda a Iahweh tomando para ele os objetos. Iahweh curiosamenteficou irado e disse que o povo de Israel não venceria os inimigosenquanto não entregassem os objetos que pertenciam a ele. Percebaque deus deixou de ficar ao lado do povo de Israel só por causa dealgumas gramas de ouro e prata! Mas o pior ainda está por vir. EntãoJosué descobriu que um homem chamado Acã havia pegado:

"Então Josué disse a Acã: 'Meu filho, dê glória a Iahweh, Deus deIsrael, e apresente-lhe a sua confissão. Conte-me o que foi que vocêfez, e não me esconda nada'. Acã respondeu a Josué: 'É verdade. Eupequei contra Iahweh, Deus de Israel, pois fiz o seguinte: entre osdespojos, vi uma capa babilônica muito bonita, duzentas moedas deprata e uma barra de ouro que pesava meio quilo; eu os cobicei epeguei. Estão escondidos no chão, no meio da minha tenda, com aprata por baixo'. Josué mandou alguns, que foram correndo à tenda,e tudo estava aí escondido, com a prata por baixo. Pegaram então osobjetos do meio da tenda e os levaram a Josué e a todos os israelitas,colocando-os diante de Iahweh (...) e Josué lhe disse: 'Você nosdesgraçou. Por isso hoje mesmo Iahweh desgraçará você'. Então todoo Israel apedrejou Acã. E depois de apedrejá-lo, o queimaram (...)".

Tudo isso apenas por causa de uma capa babilônica, duzentas moedasde prata e meio quilo de ouro? Esse era o preço da vida daquelehomem? Que deus é esse que ordena invadir uma cidade, que ordenamatar a todos e pegar as riquezas para ele? O deus bíblico teve tantacobiça que chantageou o povo de Israel dizendo que só voltaria ao ladodeles se Acã devolvesse seu ouro e sua prata. Sua cobiça custou a vidadaquele homem.

Veja este trecho em Ageu 2:8: "Toda a prata é minha, todo o ouro mepertence! Diz Iahweh dos exércitos". E também este trecho em Joel4:5: "De fato, vocês roubaram minha prata e meu ouro, levaram paraseus templos os meus tesouros". Está certo que Acã “roubou”

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determinados pertences, mas pergunto: o que poderíamos roubar deDEUS?

Possui DEUS bens materiais? Teria Ele uma conta no banco ondedeposita todo seu ouro e sua prata? Isto é absurdo! O DEUSVerdadeiro não tem nenhuma ligação com coisas materiais. Éextremamente ridículo e infantil crer que DEUS possui estas atitudestão inferiores e tão humanas. Afinal, DEUS quer o nosso amor ou nossoouro e taxas?

DEUS se alimenta do nosso amor e não do nosso ouro. Há um grandeequívoco nisso tudo. Esse ser Iahweh não é em hipótese alguma oDEUS Verdadeiro que todos cegamente acreditam. Ele não possui umaatitude digna de um DEUS devido às suas inúmeras atitudes negativas;motivo pelo qual o torna um ser imperfeito sendo que DEUS é um serPerfeito! Então não há possibilidades de que Iahweh venha a ser oDEUS Verdadeiro.

É interessante notar também a localização do jardim de Éden. Por queo jardim foi feito no Oriente naquela exata localização comodescreve a Bíblia? A resposta está em Gênesis 2:10-12:

"Um rio saía de Éden para regar o jardim, e de lá se dividia emquatro braços. O primeiro chama-se Fison: é aquele que rodeia todaterra de Hévila, onde existe ouro puro; e o ouro dessa terra é puro, enela se encontra também o bdélio e a pedra de ônix".

Considerando que não há mais dúvidas sobre a cobiça de Iahweh porouro, não me surpreendo que Iahweh tenha feito o jardim justamentenesta localização para poder extrair ouro. Acredito que não se passapela cabeça das pessoas que o deus bíblico tenha toda essa atençãoespecial em obter ouro. Se a Bíblia, por sua vez, mostra um deus quepossui tal interesse, pergunto: seria realmente o deus de Israel o DEUSCriador e perfeito?

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Capítulo VIO Falso Deus de Israel

Além de todos esses fatores vistos e argumentados nos cinco primeiroscapítulos, podemos comprovar, em uma leitura mais atenta, que aprópria Bíblia nos fornece pistas de que Iahweh (Jeová), de fato, não éo DEUS verdadeiro conforme se acredita. Os teólogos e líderesreligiosos se esforçam com manobras evasivas para tentar convencer aspessoas de que o Antigo Testamento (Iahweh) e o Novo Testamento(Jesus) se completam, contudo, são contraditórios! E é através doNovo Testamento que podemos comprovar, de forma clara, que o deusde Israel foi um falso deus!

Comparando as informações contidas no Novo Testamento com as doAntigo Testamento, podemos elaborar um conjunto de evidências quepõe fim a soberania do deus de Israel. A farsa montada pela igrejacatólica é facilmente desmascarada quando analisamos certosversículos dentro do contexto apresentado.

Podemos ver no Antigo Testamento, que Iahweh (Jeová) se revelou aMoisés e o ajudou em diversos momentos de sua trajetória, formouainda uma nação através de Abraão e governou Israel como seu deus. Ébastante evidente nos livros do Antigo Testamento, de que Iahweh foi ogrande responsável pelo judaísmo em Israel. No entanto, de acordocom os evangelhos, Jesus afirma que o mundo não conheceu a Deus:

“Pai justo, o mundo não te conheceu, mas eu te conheci e estesreconheceram que tu me enviaste.” (João 17:25)

Este versículo é bastante revelador, pois se Jesus afirma, nosevangelhos, que o mundo não conheceu Deus, então quem é o deusIahweh (Jeová) que os hebreus conheceram?

Em outro versículo, João 14:7, Jesus afirma que se os judeus tivessemlhe reconhecido, por causa disso provariam que também conheciamao Pai. Como os judeus não reconheceram Jesus, fica provado,portanto, que os judeus não conheceram o verdadeiro Pai (Deus).Deste modo, se Jesus revela que os judeus não conheceram Deus, entãosignifica que na verdade, os judeus conheceram outro deus (um falso,como podemos concluir).

Além de Jesus negar que Iahweh seja Deus, parece que os religiososterão muitos problemas para tentar inventar uma explicaçãomirabolante para não agredir suas crenças!

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Prosseguindo, nos evangelhos, é dito sem sombra de dúvidas, que Deusnunca foi visto por ninguém! (João 1:18; 5:37 e 1 Timóteo 6:16). SeDeus nunca foi visto por nenhum ser humano, se ninguém nunca ouviunem a voz de Deus, e ninguém pode vê-lo, então quem era aquele quese revelou a Moisés e lhe falava face a face? (Êxodo 33:11). Iahweh(Jeová) inclusive, apareceu fisicamente para Abraão em Gênesis 12:7 e17:1. Jacó e Ezequiel foram outros que viram o deus Iahweh face a face!(Gênesis 32:30; Ezequiel 1:27-28)

Se por um lado, os evangelhos afirmam que nunca ninguém viuDeus, (inclusive nem o conheceu) então concluímos que estesversículos do Antigo Testamento deixam evidentes que Iahweh (Jeová)não é Deus!

Mais uma evidência de que Iahweh (Jeová) não é o deus verdadeiroestá em João 8:41-55, na qual os judeus afirmam numa conversa queDeus era o pai deles, contudo, Jesus nega e afirma que o pai deles é odiabo, e que eles de fato não conheciam Deus. Ora, o deus dos judeus éIahweh (Jeová) e Jesus nega que ele seja o Deus verdadeiro; pois osjudeus não o conheceram.

Podemos ler no Novo Testamento, que a Lei de Iahweh dada a Moisés éconsiderada uma maldição e uma condenação pelos seguidores deJesus:

“De fato, pela Lei eu morri para a Lei, a fim de viver para Deus.(Gálatas 2:19)

“Cristo nos resgatou da maldição da Lei.” (Gálatas 3:13)

Em Gálatas 3:10 é dito que aqueles “que são pelas obras da Lei, essesestão debaixo de maldição”. Em Romanos 3:20 é dito que “da Leivem só o conhecimento do pecado”. Em 2 Coríntios 3:7-9 o apóstoloPaulo chama a Lei de Deus (Jeová) de “Ministério da morte” e tambémde “Ministério da condenação.” Em Hebreus 7:18-19 é dito: “Assimsendo, está abolida a prescrição (Lei) anterior, porque era fraca e semproveito. De fato, a Lei nada levou à perfeição”.

No Antigo Testamento, Moisés teria recebido a Lei das mãos do deusde Israel, Iahweh (Jeová). No entanto, Paulo, no Novo Testamento,alega que a Lei dada a Moisés por Iahweh era o “Ministério da morte” e“Ministério da condenação” porque ele acreditava que Iahweh não erao deus verdadeiro, mas um anjo que se passou por falso deus paratrazer a maldição e a condenação para a humanidade através da Leidada a Moisés.

● Paulo disse que a lei foi colocada pelos anjos nas mãos de um

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mediador (Gálatas 3:19)

● Estevão disse que um anjo apareceu para Moisés nas chamas dasarça incandescente (Atos 7:30)

● Estevão disse que Moisés foi enviado para ser um legislador emediador através do anjo que apareceu para ele na sarça (Atos 7:35)

● Estevão disse que Moisés esteve na assembléia no deserto com o anjoque falou com ele no Monte Sinai (Atos 7:38)

● Estevão disse aos seus compatriotas: "Vós recebestes a lei que foiposta em ação através de anjos" (Atos 7:53)

No Antigo Testamento, podemos nitidamente observar que Moisés foium mediador entre o deus Iahweh e os hebreus. Mas em Timóteo 2:5vemos:

“Pois há um só Deus, e um só Mediador entre Deus e os homens:Cristo Jesus homem”.

Se Jesus é o único mediador entre Deus e homens, Moisés eramediador de quem?

Há ainda muitas outras evidências que comprovam, sem dúvidas, queIahweh não é o deus verdadeiro. Como por exemplo, Iahweh (Jeová)gosta de ser servido:

“Deixa o meu povo partir, para que me sirva no deserto.” (Êxodo 7:16)

Contudo, é dito que “[Deus] Também não é servido por mãoshumanas, como se precisasse de alguma coisa, ele que a todos dávida, respiração e tudo mais.” (Atos 17:25)

Iahweh, assim como outros deuses, gosta de templos. Foi Salomãoquem construiu a “casa de Iahweh” (Atos 7:47).

Porém, Salomão parece não ter edificado um templo para o verdadeiroDeus, pois é dito que Deus não habita em igrejas ou “em obras de mãoshumanas.” (Atos 7:48). “O Senhor do céu e da terra, não habita emtemplos feitos por mãos humanas.” (Atos 17:24)

Em Deuteronômio 6:13, está escrito:

“É a Jeová teu Deus que temerás. A ele servirás e pelo seu nomejurarás.”

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Entretanto, Jesus esclarece:

“Eu, porém, vos digo: não jureis em hipótese nenhuma; nem pelo Céu,porque é o trono de Deus, nem pela Terra, porque é o escabelo dosseus pés, nem por Jerusalém, porque é a cidade do Grande Rei, nemjures pela tua cabeça, porque tu não tens o poder de tornar um sócabelo branco ou preto.” (Mateus 5:34-36)

De acordo com o Novo Testamento, Deus é luz, e nele não há trevaalguma:

“Esta é a mensagem que ouvimos dele [Jesus] e vos anunciamos; Deusé Luz e nele não há treva alguma.” (1 João 1:5)

Contudo, curiosamente o deus de Israel (Iahweh/Jeová) não preenchede forma alguma esse requisito:

“O povo ficou longe; e Moisés aproximou-se da escuridão onde Deusestava.” (Êxodo 20:21)

O que dizer então do Monte Sinai, onde o deus Iahweh habitou?

“Vós não vos aproximastes de uma realidade palpável [Monte Sinai];o fogo ardente, a escuridão, as trevas, a tempestade.” (Hebreus 12:18)

Parece mesmo que o deus Iahweh sempre permanecia em trevas:

“Das trevas ele fez seu véu, sua tenda, de águas escuras e nuvensespessas.” (Salmos 18:12)

Jesus afirma no evangelho de João, que o diabo é o pai da mentira:

“quando ele [diabo] mente, fala do que lhe é próprio, porque émentiroso e pai da mentira.” (João 8:44)

Uma descrição que se encaixa perfeitamente a Iahweh:

Iahweh disse a Moisés:“Vou feri-lo [o povo hebreu] com pestilência e o deserdarei. De ti,contudo, farei uma nação maior e mais poderosa do que este povo.”(Números 14:12)

Moisés, por sua vez, intercedeu pedindo que Iahweh (Jeová) perdoasseo povo. Jeová então disse:

“Eu o perdôo, conforme a tua súplica.” (Números 14:20)

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Mas no momento seguinte, exterminou todo o povo no deserto.Somente dois se salvaram: Caleb e Josué. (Números 14:21-30)

Iahweh mentiu a Moisés, disse que perdoaria o povo mas no minutoseguinte extermina a todos. Há um versículo que alerta sobre este tipode comportamento contraditório:

“Seja o vosso ‘sim’, sim, e o vosso ‘não’, não. O que passa disso vem domaligno.” (Mateus 5:37)

Iahweh parece familiarizado com a mentira:

“Eis, pois, que Jeová infundiu um espírito de mentira na boca de todosos seus profetas.” (1 Reis 22:23)

Iahweh mentiu a Adão quando disse que ele morreria caso comesse dofruto proibido (Gênesis 2:17)

Iahwe parece ser o tipo de deus que “morde e assopra”:

“Vede: hoje estou colocando a benção e a maldição diante de vós.”(Deuteronômio 11:26)

Contudo, o Novo Testamento desmascara mais uma vez o deus Israel:

“De uma mesma boca não pode proceder benção e maldição”. (Tiago3:10)

Deus não faz distinção de pessoas:

“Porque Deus não faz acepção de pessoas.” (Romanos 2:11)

Mas...

“não se ouvirá ganir um cão, para que saibais que Jeová fez umadistinção entre o Egito e Israel”. (Êxodo 11:7)

“Pois tu és um povo consagrado a Jeová teu Deus; foi a ti que Jeováteu Deus escolheu para que pertenças a ele como seu povo próprio,dentre todos os povos que existem sobre a face da terra”(Deuteronômio 7:6)

“Jeová falou a Moisés: ‘Diga a Aarão: Nenhum de seus descendentes,nas futuras gerações, se tiver algum defeito corporal, poderá oferecero alimento do seu Deus. Não poderá apresentar-se ninguémdefeituoso, que seja cego, coxo, atrofiado, deformado, que tenhaperna ou braço fraturado, que seja corcunda, anão, que tenha defeito

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nos olhos ou cataratas, que tenha pragas pustulentas, ou que sejaeunuco(...) não ultrapassará o véu, nem se aproximará do altar: eletem defeito corporal, e não deverá profanar as minhas coisassagradas, porque sou Jeová(...)’” (Levítico 21, 16-24)

Quando Iahweh (Jeová) pretendia recompensar alguém no AntigoTestamento, ele dava bens, tais como posses materiais, riquezas,descendentes, poder e vitória em guerras.

Iahweh recompensou a fidelidade de Jó com novos filhos e filhas (osprimeiros haviam sido assassinados por ele), propriedades, ovelhas,camelos, bois e jumentos (Jó 42:12). Ele abençoou Abraão dando-lhenumerosos descendentes e prosperidade material (Gênesis 13:2 e24:1).

Iahweh enriqueceu Salomão de tal forma que em todos os seus diasnunca houve alguém mais rico (1 Reis 3:13), mas as suas riquezas nãoforam para o seu bem, porque através delas ele se tornou poderoso eimprudente, tomando muitas esposas estrangeiras que o levaram àidolatria. Curiosamente, o peso do ouro que Salomão recebiaanualmente era de 666 talentos, de acordo com 1 Reis 10:14 (essenúmero é também associado com a besta de Apocalipse 13:18).

Diferentemente, no Novo Testamento, todas as promessas feitas porJesus estão relacionadas a coisas espirituais, em um reino celestialisento de aspirações materiais e interesses terrenos (Efésios 1:3;Colossenses. 1:12 e 13).

Acredito que as evidências reunidas neste capítulo, somadas com asevidências argumentadas nos capítulos anteriores, são mais quesuficientes para se comprovar que Iahweh (Jeová) não é, em hipótesealguma, o Deus verdadeiro. As dezenas de evidências apresentadaspesam contra Iahweh de tal forma que não há como ignorar. Écertamente um alívio, que um ser com tais atributos não seja o Deusverdadeiro, pois do contrário, estaríamos condenados e diversasnações do planeta seriam exterminadas pela insanidade e malevolênciade um ser que possui um grande desprezo pela vida; é impiedoso,destrutivo e cruel.

Matt Dillahunty, presidente da comunidade Ateísta de Austin, foi felizao dizer que “a religião que você escolheu nos considera pecadores aonascer, culpados antes de dar o primeiro suspiro, responsável porcoisas que nunca fizemos. Ela oferece perdão instantâneo e nãomerecido para os crimes mais horríveis e pune as pessoas cujo únicocrime é a descrença. PARA SEMPRE.

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Ela defende a escravidão, denigre as mulheres, amaldiçoa oshomossexuais, ordena apedrejar crianças desobedientes, sancionaguerras (...) e envenena toda a mente que toca. Ela inclui somente umcrime imperdoável: DESCRENÇA. Isto é justo?”

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Capítulo VIIA Verdadeira Face de Iahweh

Conforme tudo o que já foi visto nos capítulos anteriores, podemosfacilmente compreender que o deus dos hebreus, Iahweh, não é o“Deus” que todos nós imaginamos se tratar. Dispomos de inúmerasevidências e argumentos que apontam isso. Complementando tudo oque já foi visto, devo ainda destacar algumas considerações sobreIahweh para que seja montado todo o panorama.

Ora, um ser interdimensional que pode criar um universo de estrelas eoutras tantas coisas inimagináveis para nossa pequena compreensão,jamais iria se comprometer, ou sequer se envolver, com coisas tãobaixas e absurdas como os nossos conceitos morais. Analisando a frasebíblica que diz sermos “feitos a Imagem e Semelhança de Deus”, pensoquão decepcionante é sua criação, pois uma raça com tantasimperfeições como a nossa, que é uma cópia do Criador, nãopoderiamos esperar nada melhor do que ele próprio, a não ser alguémcom um ego maior que o nosso. Por acaso não foi o próprio Deus quemcriou o vulgarmente aclamado e temido Lúcifer? Que perfeição é estaque permite errar, não só em relação aos seus filhos, como também nacriação dos Anjos e seguidores que controlam seus interesses? Qualteria sido a grande falha do paraíso para que um semi-deus comoLúcifer, tenha se rebelado contra a perfeição e a harmonia existentes?

Quando falamos em um mundo harmonioso e em perfeito equilíbrio, édifícil de imaginar que seus habitantes, equilibrados e sábios, possamser desviados do caminho, a menos que as bases não estivessem tãofirmes e claras; o que nos remete a idéia da imperfeição do plano. Eainda, as escrituras reunidas na Bíblia que mostram claramente umdeus bárbaro, capaz de atos tão sanguinários e destrutivos, e que aoinvés de ajudar e curar a humanidade com seu amor, a arrasa numdilúvio, são consideradas sagradas! “Deus é Espírito” diz João 4:24.Realmente, DEUS é Espírito. Mas a própria Bíblia contradiz estaafirmação na figura de Iahweh. No Antigo Testamento, deus Iahweh édescrito claramente com um corpo físico, assim como nós humanos.

Em Gênesis 3:8 "Em seguida, eles ouviram Iahweh Deus passeandopelo jardim à brisa do dia", neste trecho nos mostra nitidamente queIahweh possui um corpo físico simplesmente ao passear pelo jardim àbrisa do dia, como todo ser humano com um corpo físico faria. E já queDEUS é Espírito, Ele não teria, portanto, um rosto ou uma face, poisnecessitaria de um corpo físico para tê-los. Mas Moisés, conversavacom Iahweh face a face, como um homem fala com um amigo, e Moisésviu o seu rosto, viu a figura de Iahweh (Êxodo 33:11). Ezequiel foi outro

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profeta que descreveu Iahweh com um corpo físico humano, comovemos em Ezequiel 1:25-28:

"Ouviu-se um barulho. Por cima da cúpula que ficava sobre ascabeças dos animais havia algo parecido com uma pedra de safira,em forma de trono; e nele, bem no alto, algo parecido com um serhumano (...) Era a aparência visível da glória de Iahweh (...)".

Em Gênesis 18:1-8 Iahweh e mais dois homens apareceram a Abraãojunto ao Carvalho de Mambré. Ao vê-los, Abraão foi até eles e seprostrou por terra, dizendo que iria trazer água para que eles lavassemos pés e pão para comerem. Abraão foi correndo para sua tenda e pediua Sara que fizesse pão. Depois correu até o rebanho, escolheu um vitelonovo e o entregou ao empregado que se apressou em prepará-lo. Pegoutambém coalhada, leite e colocou toda a comida debaixo da árvore,enquanto Iahweh e seus dois homens comiam. Mais uma vez Iahweh édescrito com um corpo físico, pois Abraão lavou-lhe os pés e ainda deude comer a Iahweh. Para que isso fosse possível, Iahweh teria que terum corpo físico, e de fato ele tem; Iahweh tem um corpo físico porqueele não é Deus.

E só pelo fato de Jacó ter lutado com Iahweh (Gênesis 32:23-32), noscomprova também que Iahweh é um ser que verdadeiramente possuium corpo físico, contradizendo o que Jesus disse em João 4:24, ondeele nos diz que Deus é Espírito.

Os religiosos costumam justificar a fisicalidade de Iahweh alegandoque Deus é Todo-Poderoso, e por isso, Iahweh pode se manifestarfisicamente como homem; um argumento sem base bíblica parasustentar. Pois é dito que “Deus não é homem, para que minta”(Números 23:19).

Portanto fica evidente que Iahweh não é o DEUS Verdadeiro, ejuntando com todos os argumentos convincentes apresentados nestescapítulos, fica ainda mais clara a verdadeira identidade de Iahweh. Umdeus que se arrepende de sua criação e arrasa a humanidade numdilúvio, é de se desconfiar, pois se Deus é onisciente e presciente,certamente ele teria sabido antecipadamente se sua criação iria sairerrada ou não. Deste modo, ele evitaria seu erro e sua atitude bárbarade querer acabar com a humanidade. Mas Iahweh, além de ter errado ese arrependido de “sua criação”, tenta corrigi-la utilizando um métodoque não é digno de uma Divindade Suprema e Perfeita.

Um deus que comete erros e também se engana não pode ser chamadode perfeito. É tão SIMPLES! Um deus que ordena MATAR CRIANÇASe mulheres GRÁVIDAS em minha opinião não pode ser chamado deperfeito. Um deus que defende e aprova a ESCRAVIDÃO não pode ser

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chamado de perfeito. Um deus que REJEITA pessoas comenfermidades físicas não pode ser chamado de perfeito. Um deus quemanda as mães COZINHAREM seus próprios filhos para COMEREMnão pode ser chamado de perfeito. Um deus que mente, engana edestrói será que pode ser chamado de perfeito? Acho que não! Um deusque diz "ou você me segue ou você morre" também não pode serchamado de perfeito. Um deus que rejeita homossexuais sob pena demorte, a meu ver, não pode ser chamado de perfeito. RESUMINDO,quem ERRA, se ARREPENDE, MATA e DESTRÓI não tem como serperfeito!

De acordo com a literatura religiosa, a onisciência e presciência deDEUS é algo inquestionável. Mas Iahweh não é onisciente. O profetaEsdras bem o sabe, pois Iahweh confessa ao ser humano: “Os signospelos quais tu perguntas, só os posso contar-te parcialmente. Arespeito de tua vida nada posso dizer, porque eu próprio não osei”.

Segundo o Gênesis, “Deus” Iahweh verificou preliminarmente, que asua obra era boa, isto é, a sua criação do homem: (Gênesis 1:31) "EDeus viu tudo o que havia feito, e tudo era muito bom (...)". Contudo,em breve, arrependeu-se de ter criado o homem: (Gênesis 6:6) “EntãoIahweh se arrependeu de ter feito o homem sobre a terra (...)”. Assimsendo, Iahweh não está seguro de sua obra. Enfim, pareceu-lhemalfeita, a ponto de um tremendo dilúvio varrer da face da Terra osprodutos de sua criação.

Depois de Adão ter comido o fruto proibido, sentiu vergonha eescondeu-se nos arbustos. Iahweh, no entanto, não sabe onde estáAdão: (Gênesis 3:9) “Iahweh Deus chamou o homem: ‘Onde está você?’". Ao que tudo indica, “Deus” não estava informado, não sabia ondeestava Adão e não fazia idéia de que Eva o tivesse seduzido com o frutoproibido: (Gênesis 3:13) “Iahweh Deus disse para a mulher: ‘O que foique você fez?’".

E Iahweh, não sabia onde estava Abel e muito menos o que Caim haviafeito: (Gênesis 4:9-10) “Então Iahweh perguntou a Caim: ‘Onde estáo seu irmão Abel?’ Caim respondeu: ‘Não sei. Por acaso eu sou oguarda de meu irmão?’ Iahweh disse: ‘O que foi que você fez?’".

Só pelo fato de Iahweh apresentar um interesse todo especial emcoletar ouro, mesmo que para isso ele tenha que matar seus filhos,como ele fez, denuncia que Iahweh não se trata de uma Divindade,nem do DEUS Universal. Seria extremamente ignorante de nossa partecrer que Iahweh é DEUS. Infelizmente, nosso Pai Universal éinjustamente visto sob a figura ridícula de Iahweh. É muito errado de

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nossa parte crer que DEUS possui qualidades e sentimentos humanos.Pois DEUS é Perfeito em Sua eternidade.

Iahweh, por sua vez, é um ser que não reflete perfeição para ahumanidade e podemos facilmente observar isto no AntigoTestamento. Iahweh, que é visto por todos como um deusmisericordioso e que perdoa os pecados dos homens, é realmentecontraditório ao Antigo Testamento onde Iahweh castiga os pecadosdos homens pagando pela vida. O Deus de amor que Jesus tanto falounos evangelhos, está longe de ser Iahweh, possuidor de atributosessencialmente negativos e responsável por inúmeras atrocidades.

É preciso que todos acordem para a realidade e percebam que DEUSnão faz justiça castigando e punindo seus filhos, ou através da matança,destruindo cidades ou ainda se vingando através de guerras. Estas sãocrenças pagãs de povos primitivos que não amavam DEUS e sim otemiam, pelo fato de não conhecê-lo e nem compreendê-loverdadeiramente. É por este motivo que encontramos na Bíblia, um“Deus” muitas vezes hostil, injusto, explorador de ouro, causador devárias mortes e guerras. Iahweh é extremamente ditador. Não podemosatribuir tais características a DEUS.

Iahweh nos mostra ser, de acordo com suas atitudes, um ser imperfeitoque comete os mesmos pecados e erros que nós, seres humanoscometemos. A humanidade só não consegue enxergar isto, porque estápresa a paradigmas impostos pelos ditadores religiosos, que anseiampor poder. Quem a humanidade chama de Deus (Iahweh) não cheganem perto da entidade Divina que é o Pai Universal.

Não há como supor nem sequer imaginar o que um Espírito Perfeito,Criador do Universo, desejaria em querer possuir ouro, a não ser paraatender necessidades materiais, necessidades essencialmente terrenas.Hoje, em nosso mundo, alguém sem dinheiro não possui muitaschances de viver. Por isso, eu, como ser humano físico e imperfeito quesou, certamente cobiçaria ouro para satisfazer minhas necessidades desobrevivência e necessidades materiais cotidianas que todo ser humanoprecisa. Mas agora e Deus? Qual seria esta necessidade material queDeus Iahweh teria para querer tanto obter ouro? O DEUS verdadeiro éEspírito e está absolutamente acima de nossos conceitos humanos.

Se a Bíblia, por outro lado, retrata um deus que explora ouro e quecomete atrocidades, isto quer dizer que Iahweh não é em hipótesealguma, o DEUS Verdadeiro que a Bíblia diz. Esta é a grande revelaçãoque cairá sobre a humanidade: O deus da Bíblia (e deus de Israel) não éo Pai universal, O DEUS de amor que todos acreditam.

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Durante um tempo longo demais, o homem pensou em DEUS comoalguém semelhante a ele. DEUS não tem ciúme, nunca teve nem o terájamais, nem do homem nem de qualquer outro ser no universo(Iahweh entretanto é ciumento, Êxodo 20:5).

O DEUS Eterno é incapaz de sentir fúria e ira, no sentido humanodestas emoções e como o homem entende tais reações. Estessentimentos são vis e mesquinhos, são indignos de serem chamados dehumanos, e muito menos de divinos. Estas atitudes são completamentealheias à natureza perfeita e ao caráter benévolo de DEUS.

DEUS não se arrepende de nada do que já fez, do que faz agora ou doque sempre fará. Ele é onisciente bem como onipotente. A sabedoria dohomem surge das tentativas e dos erros da experiência humana,porém, a sabedoria de DEUS consiste na inqualificável perfeição de suainfinita percepção do universo, e esta presciência divina, efetivamente,dirige a livre vontade criativa.

A tradição religiosa é o registro imperfeitamente preservado dasexperiências dos homens conhecedores de Deus nos tempos passados,mas tais registros não são dignos de fé para guiarem a vida religiosa oucomo fonte de informação verdadeira acerca do Pai Universal. Estasantigas crenças religiosas têm sido invariavelmente alteradas pelo fatode que o homem primitivo era um fazedor de mitos.

Uma das maiores fontes de confusão na Terra, a respeito da naturezade DEUS, surge da falha dos livros sagrados ao não distinguiremclaramente as diferenças entre o Pai Universal e os deuses do passado;o pensamento religioso da Terra ainda confunde os deuses dopassado com o próprio Pai Universal. E a humanidade continuapadecendo da influência destes conceitos primitivos. Os deuses quearrasam na tempestade, que fazem tremer a terra em sua fúria edestroem os homens em sua ira, que em seus juízos de insatisfação,infligem tempos de penúria e de inundação ― são estes os deuses dareligião primitiva, não são os deuses que vivem e governam osuniversos. Estes conceitos são relíquias dos tempos em que os homenssupunham que o universo estava sob a direção e domínio do caprichodestes deuses.

A idéia bárbara de apaziguar um Deus furioso, de propiciar a umSenhor ofendido, de conquistar o favor de Deus através de sacrifícios epenitência, e até por meio do derramamento de sangue, representauma religião completamente pueril e primitiva, uma filosofia indignade uma era desiluminada de ciência e verdade.

É uma afronta a Deus crer, sustentar ou ensinar que se deve derramarsangue inocente a fim de conquistar seu favor ou dissuadir a fictícia

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fúria divina. Os hebreus acreditavam que “sem efusão de sangue nãohavia a remissão dos pecados”. Não haviam encontrado a libertação daideia antiga e pagã de que os deuses não podiam ser apaziguados a nãoser pelo espetáculo de sangue, ainda que Moisés tenha conseguido umnotável avanço no tempo em que proibiu os sacrifícios e, para isto, namente primitiva dos pueris seguidores Beduínos, substituiu-os pelosacrifício cerimonial de animais.

A Bíblia descreve um deus que comete enganos, que erra e searrepende e foi capaz de atos sangrentos. Essas observações antigasprojetam a imagem de um deus capaz de sentimentos tão sumamentehumanos como o são a ira, o amor partidário e a falta de sensibilidade.A meu ver, esses atributos não parecem ser divinos, ao menos, não secoadunam com a idéia que se faz de um Deus Verdadeiro.

Mas a verdade, é que a humanidade tem sido controlada por um“Deus” (Iahweh) que provocou guerras entre nações, por um “Deus”que rejeitou pessoas com deficiência física, por um “Deus” que matoumilhares de pessoas, onde um de seus mandamentos é “não matar”,por um “Deus” que se diz justo, e no entanto, muitas vezes, cometeuinjustiças, por um “Deus” que se apossou autoritariamente de umacidade que era povoada, exterminou seus habitantes e entregou-a paraos hebreus dizendo que era a “terra prometida”.

Por um “Deus” que roubava e acumulava riquezas de outros povos, porum “Deus” que se interessava por ouro e prata, por um “Deus” quepermitia escravos (Êxodo 21), por um “Deus” punitivo, por um “Deus”que se impôs obrigatoriamente e autoritariamente como um “Deusverdadeiro” e não deixou alternativas para o povo, dizendo que quem onegasse cairia em desgraça.

A humanidade tem sido controlada por um “Deus” que se diz o “Deusda vida” e no entanto, causou várias mortes, por um “Deus” que se dizum “Deus de amor” e no entanto, faltou com amor. Por um “Deus” queordena matar inocentes, como bebês e crianças, inclusive mulheresgrávidas e idosas, por um “Deus” que aceita sacrifícios humanos.

Agora eu pergunto: Iahweh seria o Deus de verdade? Isto é impossível.Iahweh é responsável por tantas barbaridades que a humanidade maiscedo ou mais tarde terá que reconhecer. Qualquer tentativa de mostrarum Deus punitivo cujas leis violadas só são pagas através dederramamento de sangue são todas pueris e não representam overdadeiro caráter supremo e onipotente do DEUS Eterno.

A humanidade foi infelizmente enganada por seres que disseram ser opróprio "deus verdadeiro" e que facilmente iludiram as mentesprimitivas dos homens da Mesopotâmia. Os humanos em sua tamanha

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ingenuidade, reconheceram estes seres magnificentes como tal epassaram a adorá-los como se fosse o próprio DEUS. Passaram a segui-los achando se tratar do “DEUS Verdadeiro”, contudo, tais seres nãopassam de seres comuns que assim como nós, são imperfeitos, sãoseres de evolução que possuem uma natureza humana.

Quem são esses seres? São os deuses do passado, cujos indícios, foramtão reais quanto jamais se imaginou! Estes deuses governaram ahumanidade desde o princípio! E hoje podemos compreender quemforam eles. Respondendo a questão levantada por Erich Von Dänikenna capa de seu famoso livro: sim! De fato eram! Mas esse é um assuntoque me dedicarei em meu próximo livro.

Um destes deuses do mundo antigo tornou-se o deus de Israel; epodemos inclusive saber quem ele é!

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Capítulo VIIIA Origem da Bíblia

Para conhecermos a verdadeira identidade do deus de Israel, devemosantes ter conhecimento de alguns fatos de suma importância sobre aorigem da Bíblia. Por um tempo longo demais, a autoria do Gênesisbíblico vinha sendo creditada aos hebreus na figura de Moisés. Hoje,por outro lado, está mais que comprovado que o Gênesis bíblico apenasfoi reescrito e trabalhado em cima de uma outra fonte mais antiga: ostextos sumérios.

Moisés, que cresceu entre os faraós do Egito, certamente conhecia ashistórias e literaturas do mundo antigo; já que possuía livre acesso aosvastos livros contidos na biblioteca egípcia. Não podemos esquecer queMoisés, tendo sido criado dentro da cultura egípcia, certamenteconhecia e adorava os deuses egípcios, que outrora, foram igualmentedeuses sumérios. Deste modo, é natural que Moisés tenha sofrido forteinfluência da literatura estrangeira ao escrever os textos quefuturamente, tornariam-se as escrituras hebraicas/judaicas.

A fonte literária de maior influência no mundo antigo é sem dúvida aEpopéia de Gilgamesh, considerada a mais antiga obra literária dahumanidade. Na sua forma mais tardia (século VII a.C.) este compiladode lendas e poemas sumérios deveria ter sido muito popular em suaépoca, pois são encontradas várias versões escritas por vários povos elínguas diferentes, sendo que as primeiras versões datam do períodoBabilônico Antigo (2000-1600 a.C.), podendo ter surgido muito antes(TIGAY, Jeffrey. On the evolution of the Gilgamesh epic.Philadelphia: University of Pennsylvania Press, 1982, p. 11)

A grande polêmica surge quando comparamos a Epopéia com oPentateuco, a parte mais antiga do Velho Testamento, datadas doprimeiro milênio a.C.. A influência e semelhanças são gritantes, tanto,que o contexto histórico e geográfico que remonta a origem doshebreus são mescladas com a própria história do povo sumério. Ossumérios e os acadianos foram os principais fornecedores de costumes,rituais e modelos literários a todos os povos do Oriente Médio, ondecada cultura apropriou-se dos textos conforme a sua ótica. (GRELOT,P. Homem quem és? São Paulo: Edições Paulinas, 1980, p. 14).

Neste universo de influências literárias, os israelitas não fogem à regra,e inovaram ao excluir todo um panteão de deuses centralizando sua fénum único deus, passando a escrever sua própria história, oracompilando fatos de seu povo, ora adaptando mitos antigos à suarealidade e propósitos.

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Entre as maiores autoridades religiosas, já se consente que osprimeiros livros do Velho Testamento foram cópias das fontessumérias. Alguns comentaristas observaram que muito raramente aspessoas interessadas no estudo bíblico são informadas a respeito dasverdadeiras origens da Bíblia. Contudo, a Nossa Bíblia, editada pelaed. Loyola/Paulinas, se exime deste julgamento! Na sua “introdução”especificaram-se as fontes de onde jorraram o Gênesis bíblico dostextos do Antigo Testamento.

“Ao contarem as origens do mundo e da humanidade, os autoresbíblicos não hesitaram em haurir, direta ou indiretamente, dastradições do antigo Oriente Próximo. As descobertas arqueológicas deaproximadamente um século para cá mostram que existem muitospontos comuns para as primeiras páginas do Gênesis e determinadostextos líricos, sapienciais ou litúrgicos da Suméria, da Babilônia, deTebas e de Ugarit. Este fato nada tem de estranho quando se sabe quea terra em que Israel se instalou era aberta às influênciasestrangeiras e que o povo de Deus manteve relações com os seusvizinhos”.

O relacionamento da parte histórica da Bíblia hebraica com as fontesdo Gênesis também explica o por que de algumas modificações, cortese “enxertos” feitos nos textos originais; os escribas bíblicos semservilismo algum em relação aos originais da Bíblia, adaptaram-se emfunção das tradições específicas do seu povo “enfatizando a fé javista”.

“O Gênesis possibilita à teologia enraizar a vida dos indivíduos e dasnações na vontade amorosa de Deus que se revelou a Abraão. Abraãonasceu em Ur, capital da Caldéia, situada no território que hoje édenominado Iraque, a antiga Suméria. Seu pai provinha de famíliaabastada e exercia funções sacerdotais numa época em que a religiãoe a ciência andavam de mãos dadas”.

Assinam esta Bíblia:D. Luciano Mendes de AlmeidaPresidente da CNBB (Confederação Nacional dos Bispos Brasileiros)Arcebispo de MarianaGlauco S. de Lima – Bispo Primaz da Igreja Episcopal Anglicana doBrasilPresidente do Conselho Nacional de Igrejas Cristã

Na introdução da Bíblia de Jerusalém, editora Paulus, pode-se ler: “Adescoberta das literaturas mortas do Oriente Médio e os progressosfeitos pela arqueologia e pela história no conhecimento das civilizaçõesvizinhas de Israel mostraram que muitas leis ou instituições doPentateuco tinham paralelo extrabíblicos bem anteriores às datasatribuídas aos documentos e que numerosos relatos supõem um

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ambiente diferente e mais antigo daquele em que estes documentosteriam sido redigidos”.

Mais a frente é dito que as redações das fontes (sumérias) de Gênesis“foram revisadas, receberam complementos, foram enfim combinadasentre si para formar o Pentateuco”.

A Bíblia de Jerusalém não só esclarece esses fatos como tambémadmite, muitas vezes, que algumas histórias foram baseadas em lendasmais antigas. Como por exemplo, em Gênesis 18, onde narra a históriade Sodoma e Gomorra e da visita de Iahweh e mais dois “anjos” aAbraão. Na nota da Bíblia, pode-se ler que tal história foi recolhida etransformada de uma “velha lenda sobre a destruição de Sodoma, naqual intervêm três personagens divinos”. De fato, esta história foibaseada nos textos sumérios.

Outra evidência histórica é que Ur, o grande centro literário daMesopotâmia há cerca de 4.500 anos, é a terra do grande patriarcajudeu Abraão, que de lá saiu para fundar Israel. Portanto, os escribasjudeus tiveram conhecimento deste estilo literário tão difundido. “Nãohá dúvida de que os hebreus se inspiraram no mito de Gilgameshpara contar a história do dilúvio”, afirma Rafael Rodrigues da Silva,professor do Departamento de Teologia da PUC de São Paulo,especialista na exegese do Antigo Testamento. Segundo o historiadorH.W.F. Saggs, por seus contatos com a Assíria, os persas foram osherdeiros definitivos do império assírio e transmitiram muitas dascaracterísticas da cultura assíria e babilônica aos gregos ― e, porintermédio destes, ao mundo inteiro.

“A literatura criada pelos sumérios deixou uma profunda impressãonos hebreus, e um dos aspectos mais fascinantes de reconstruir mitose poemas épicos mesopotâmicos consiste em traçar as semelhanças,oposições e paralelos entre as criações hebraicas e sumérias. Deve-sesalientar que os sumérios não poderiam ter influenciado diretamenteos hebreus, pois haviam como povo deixado de existir muito antes dopovo hebreu começarem a existir. Mas há muito poucas dúvidas deque os sumérios influenciaram profundamente os cananeus, queprecederam os hebreus na terra hoje conhecida como a Palestina”.(Kramer, Samuel Noah, History begins at Sumer, Chicago UniversityPress, 1981:142).

Deste modo, fica evidente que os primeiros hebreus tiveram forteinfluência da literatura suméria através dos cananeus; região onde osprimeiros hebreus habitaram (2000 a.C.) e que mais tarde viria a serIsrael.

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Já que os textos bíblicos do Gênesis foram cópias modificadas etrabalhadas dos textos originais sumérios, nos deixa evidente,portanto, que todo o desfecho original da criação de Adão e Eva e oepisódio do dilúvio - como está na Bíblia - evoca não ao deus de Israel,mas sim aos deuses sumérios! É neste ponto que se encontra a chavepara compreender a identidade do deus Iahweh!

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Capítulo IXQuem é o Deus Iahweh?

Os paralelos e semelhanças entre o Gênesis bíblico e os textos sumériossão muitos, deixando evidente que os textos do Gênesis bíblico são defato cópias dos textos sumérios. Na verdade, a religião judaica tomounumerosos empréstimos das crenças de outros povos anteriores aosjudeus. A arca da aliança evoca, pela sua forma, os oratórios portáteisdos deuses adorados no vale do Nilo, os ritos encantatórios egípciosdeixaram traços nas crenças hebraicas, Gilgamesh foi transformadopelos judeus em Nemrod e os touros alados dos assírios tornaram-se osquerubins. Dilmun (Edin), o paraíso dos deuses descrito nos textossumérios, foi transformado pelos judeus em jardim de Éden, osfilisteus, vindos provavelmente de Creta, veneravam a pomba e o peixe,e as origens filistinas da estória de Jonas e a baleia são evidentes.

As civilizações que surgiram após os sumérios ― o berço de todas ascivilizações ― tiveram suas crenças profundamente influenciadaspela religião suméria. Os acádios herdaram as suas crenças dossumérios, assim como também os babilônios, os assírios, os hititas, oscaldeus, enfim, todos os povos da Mesopotâmia tiveram uma forteinfluência da literatura suméria; bem como também os hebreus.

Analisando os textos antigos, vemos que os deuses foram os mesmospara todas estas civilizações; os deuses sumérios governaram toda aMesopotâmia e o Egito. Nos textos babilônios, assírios, cananeus,hititas e egípcios, por exemplo, vemos os mesmos deuses dossumérios ― chamados de Anunnaki ― sendo os deuses desses povos.

Apenas seus nomes foram alterados de acordo com a língua de cadacivilização, como por exemplo, o deus An dos sumérios, o deus dosdeuses, o deus altíssimo, foi chamado pelos babilônios de Anu. O deussumério Ningizidda foi chamado pelos egípcios de Thoth e pelos incasde Qetzalcoatl.

Quando se estuda as mitologias de toda parte, parece haver panteõesdiferentes com muitos deuses diferentes. Mas quando se constata queos nomes diferentes têm o mesmo significado nas diferentes línguas,percebe-se que todos estão falando sobre os deuses Anunnaki dossumérios.

Assim, o pai de Qetzalcoalt/Thoth/Ningishzidda era Enki, a quem osegípcios chamavam Ptaah. Ele era também o pai do deus egípcio Rá,conhecido pelos babilônios e pelos sumérios como Marduk. Zeus e

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Poseidon na mitologia grega eram os deuses irmãos Enlil e Enki dossumérios.

Para compreender melhor esta expansão dos deuses sumérios pelasdiversas nações, é necessário saber que nos textos sumérios, é descritoque, em um determinado momento, os deuses sumérios sentiram anecessidade de repartir as terras e os povos entre eles, portanto, osdeuses sumérios se espalharam pelas diversas regiões influenciandodiferentes povos e civilizações.

Podemos citar como exemplo o deus sumério Marduk, que fundou parasi a Babilônia e reinou como deus dos babilônios. Mais tarde, devido aum presente de seu pai Enki, Marduk viria a reinar sobre o Egito, epassou a ser conhecido como Rá. Na Bíblia, Marduk é conhecido peloshebreus como Bel ou Merodaque.

Grande parte das escrituras antigas que estão na Bíblia, foi alteradapara satisfazer de acordo com a religião hebraica; como podemoscomprovar no capítulo anterior. Com isso, o dilúvio narrado na Bíblia,em Gênesis, foi uma história copiada de textos mais antigos, chamado:o Poema de Gilgamesh. O poema contém o relato exato do dilúvio(como está na Bíblia), mas vivido por Ziusudra (o Noé bíblico).

Ao contrário do que muitos devem pensar Noé não era hebreu (oshebreus nem existiam ainda como povo). Noé habitava a cidade deShurubak, na antiga Suméria, vivendo dentro da cultura e costumessumérios. Ora, sendo Noé um autêntico sumério, significa, portanto,que seus deuses eram os Anunnaki ― os deuses sumérios; e nãoIahweh, que neste período histórico, nem havia se revelado ainda. E aliteratura suméria testifica isso!

O texto do dilúvio, em sua origem, por se tratar de um antigo registrosumério, indica portanto, que no original a narração dessa história nãoremete ao deus bíblico Iahweh, mas sim aos deuses sumérios! Tendoem mente o assunto abordado no capítulo anterior, podemoscompreender que os hebreus, ao trabalharem suas fontes,simplesmente trocaram os deuses sumérios pelo seu deus Iahweh nanarrativa do dilúvio.

Na Bíblia, lemos que o deus hebreu Iahweh queria arrasar ahumanidade num dilúvio e que teria avisado Noé para construir umaarca para se salvar. Porém, nos textos sumérios (mais antigos que ostextos bíblicos), o deus Enlil, desgostoso com a humanidade, pretendiadestruí-la no dilúvio. O deus Enki, criador do Homem, quando soubedas intenções de seu irmão Enlil de querer arrasar a humanidade nodilúvio, imediatamente avisou Ziusudra (Noé) e o aconselhou aconstruir um barco submergível (uma espécie de submarino) para se

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salvar. Ziusudra contou ainda com a ajuda dos deuses na construção detal barco.

Observamos que nos textos bíblicos, a alteração é clara: nos textosoriginais, o deus Enlil e o deus Enki, passaram para as escriturasjudaicas transformados na figura de um único deus: Iahweh. Onde umqueria destruir a humanidade (Enlil) e o outro queria salvar (Enki);estas duas ações contrárias e vindas de deuses diferentes nos textosoriginais, passaram para as escrituras judaicas como vindas do mesmodeus, o deus Iahweh; para satisfazer de acordo com a crença hebraicaem um único deus.

Nos textos sumérios, quem criou o homem foi o deus Enki juntamentecom a deusa Ninharsag (Ninti) e o deus Ningizidda. Na Bíblia, estemérito foi alterado e atribuído ao deus hebreu Iahweh.Conclusivamente, a redação dos textos bíblicos sofreu alterações paramostrar ações de um único deus, quando na verdade, tais textosforam copiados de escrituras que diziam que eram deuses. Éimportante compreendermos este aspecto.

E é justamente devido a este fato que vemos na Bíblia o deus Iahwehfalando no plural. Afinal, se Deus é um por que ele diz suas frases noplural?

“O homem se tornou como um de nós, conhecedor do bem e do mal”.(Gênesis 3:22)

Quem é “nós” citado por Iahweh?

“Então Deus disse: ‘Façamos o homem à nossa imagem esemelhança...’”. (Gênesis 1:26)

A quem Iahweh dirige a palavra quando ele diz “façamos”? E por queele diz “nossa” imagem? Quem mais estava com Iahweh na criação?

Antigamente, alguns teólogos agarravam suas explicações na SantaTrindade: Deus é 3 em 1: Pai, Filho e Espírito Santo. Por este motivo,Iahweh fala no plural. Já outros teólogos, dizem que Iahweh dirige apalavra aos anjos que estavam junto à deus durante a criação. Outrosainda, dizem que era Jesus que estava junto com Iahweh.

São várias as explicações dadas, porém nenhuma delas correspondem averdade; são explicações forçadas, gambiarras construídas paradisfarçar aqueles versículos comprometedores, tornando-os aceitáveiscom a crença cristã.

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Recorrendo às escrituras originais hebraicas, constatamos que oversículo, no original, não contém o nome “Deus”:

“E disse o Elohim: 'Façamos o homem à nossa imagem esemelhança...'”.

Mas o que quer dizer a palavra Elohim? Elohim foi erroneamentetraduzido como simplesmente “deus”, sendo que na verdade, elohim éo plural de deus. O termo hebraico “elohim” vem de “El” (Eloah) quesignifica “deus”. Portanto, a tradução correta de elohim é “deuses”.

Voltando então ao versículo hebraico, compreendemos que o motivo dafrase estar no plural, é porque ela se refere aos elohim (deuses).

O mesmo ocorre com o outro versículo: “O homem se tornou como umde nós, conhecedor do bem e do mal”, que em outras palavras seria: “Ohomem se tornou como um de nós (elohim/deuses), conhecedor dobem e do mal”.

Estes versículos se apresentam no plural porque Gênesis foi copiadodos textos sumérios, que por sua vez, referem-se a deuses. De fato, nostextos sumérios que narram a criação do Homem, podemos comprovarque durante a criação, estiveram presentes mais de um deus;participaram da criação o deus Enki, a deusa Ninti e o deusNingizidda. Portanto, a voz de comando “façamos o homem”, noplural, é dirigida aos outros deuses que estavam com o deus Enkidurante a criação; Ninti e Ningizidda. E isto se encaixa nas outraspassagens que se encontram no plural.

Os chefes religiosos fizeram uma revisão das escrituras e ondeencontravam “Elohim” (deuses) substituíam por “Deus” (Iahweh). Estagrave alteração fez com que os deuses sumérios ficassem disfarçadossob este deus que os hebreus acabara de adotar, e mais tarde, fez comque o mundo se inclinasse a esse deus acreditando se tratar do Deuscriador da vida e do universo.

É importante notar também as transformações que as escriturassumérias sofreram ao longo da história. O nome Ziusudra é de origemsuméria, Deucalião em grego e Noé em hebraico. Ziusudra teve seunome alterado de acordo com cada civilização que utilizou como fonteliterária os textos contidos no Poema de Gilgamesh.

É evidente que as escrituras que compõe o Gênesis narram na verdadeos acontecimentos envolvendo os antigos deuses sumérios, mas queforam substituídos pelos judeus pelo nome “Iahweh”. Portanto, o quese conclui é que no texto original, estaria designado o nome de um dosdeuses sumérios ao invés de Iahweh. Mas qual deus sumério?

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Ora, nos textos sumérios, Enlil era o governador da Terra. Ele foi odeus principal dos sumérios, sendo igualmente retratado por muitosoutros povos: pelos babilônios, pelos caldeus, cananeus, assírios,egípcios, gregos e fatalmente, sob o nome de Iahweh, foi deus doshebreus.

É muito surpreendente e curioso quando traçamos um paralelo entreos textos sumérios e os textos bíblicos. Podemos desta forma, perceberde forma clara as alterações literárias cometidas pelos judeus:

Criação do Homem

● Nos textos sumérios o deus Enki, a deusa Ninharsag e o deusNingizidda criaram o Homem, segundo a imagem e semelhança dosdeuses.

● Nos textos bíblicos, Enki, Ninharsag e Ningizidda foram substituídospelo nome “Deus” (Iahweh).

No Jardim de Éden (o fruto proibido)

● Nos textos sumérios, Enki dá o conhecimento ao Homem(terráqueos). Enlil, irritado, expulsa o Homem (terráqueos) de Edin, ojardim dos deuses.

● Nos textos bíblicos, Enki é substituído pela “serpente”. Enlil cumpreo papel de “Deus” (Iahweh).

O Dilúvio

● Nos textos sumérios, Enlil decide destruir os humanos no dilúvio queestava por vir. Enki avisa Ziusudra sobre a catástrofe iminente e oajuda a se salvar (ele e família) numa espécie de submarino construídocom auxílio dos deuses.

● Nos textos bíblicos, Enki e Enlil foram substituídos pelo deusIahweh; o submarino é alterado para “arca”.

Após o Dilúvio

● Quando Ziusudra oferece sacrifícios no monte Ararat, é Enlil a seratraído pelo cheiro agradável de carne assada, e (com algumapersuasão) aceita a sobrevivência da humanidade, perdoa Enki eabençoa Ziusudra e sua esposa.

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● No Gênesis, é para Iahweh que Noé constrói um altar e sacrificaanimais, e foi Iahweh quem sentiu o aroma e faz uma aliança com ahumanidade.

O Pai dos Hebreus

● Nos textos sumérios, Enlil escolhe Ibruum para formar o povo eleito.

● Nos textos bíblicos, Iahweh escolhe Abraão para formar o povo eleito.

Abraão e Deus

● Nos textos sumério, Enlil, Nergal e Ninurta aparecem a Ibruum, elelavou-lhes os pés e ofereceu-lhes comida.

● Nos textos bíblicos Iahweh juntamente com dois anjos aparecem aAbraão, ele lavou-lhes os pés e ofereceu-lhes comida.

Destruição de Sodoma e Gomorra

● Nos textos sumérios, o impiedoso deus Nergal destrói não somenteSodoma e Gomorra com armas terríveis de fogo e enxofre (bomba), eledestrói também mais 3 cidades “pecadoras”.

● Nos textos bíblicos, Iahweh destrói Sodoma e Gomorra com fogo eenxofre caídos do céu.

A Torre de Babel

● Nos textos sumérios, o deus Marduk ordenou aos homens queconstruíssem uma torre sagrada que alcançasse os céus, para os carroscelestes dos deuses. Enlil e seus seguidores destruíram o local com fogoe enxofre e depois, confundiram a língua dos povos.

● Nos textos bíblicos, Iahweh desaprovou tal torre e confundiu a línguados povos para impedi-los de construir.

Devido a essas alterações dos textos sumérios cometidas pelos hebreus,vemos que Iahweh é uma união de alguns dos deuses sumérios; muitasvezes, Iahweh é Enlil, outras é Enki, e até mesmo ambos, Enlil e Enki,são retratados como Iahweh na literatura hebraica. Apesar dos váriosdeuses sumérios terem sido retratados pelos hebreus sob o nome únicode Iahweh, alguns estudiosos identificam Enlil como sendo o deus quese tornou definitivamente Iahweh para os hebreus. No entanto, há apossibilidade de que outros deuses sumérios também tenhaminfluenciado os hebreus sob o nome de Iahweh.

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Na 10ª tabuleta suméria, conta que logo após o dilúvio e logo após osdeuses terem feito a aliança com os Homens, os deuses sentiram anecessidade de repartir entre eles, as terras habitáveis e os povos:“Para que prevaleça a paz, devemos repartir as terrashabitáveis entre nós, disse Enlil a Enki”. Os deuses sumérios dividiramas terras em 4 regiões: 3 para a humanidade e uma restringida;consagrada aos deuses apenas.

Todos os deuses concordaram; a deusa Inanna ficou com a 3ª região,no vale do Indo, atual Paquistão e parte da Índia. A região neutradestinada aos deuses, a 4ª região (península do Sinai), ficou sob ocomando da deusa Ninharsag.

Enki teria ficado com a 2ª região, com a descendência de um dos filhosde Ziusudra (Noé), chamado Ham (Cam), tendo o domíniodirecionado à África, mais precisamente na região do Egito. Porém,Enki nomeou seu filho Marduk/Rá para ser o senhor do Egito: “Amassa de terra de tom escuro que incluía o Abzu [África] lhe concedeupor domínio a Enki e a seu clã, para habitá-la se escolheu ao povo dofilho médio de Ziusudra, HAM. Enki, para apaziguar seu filho,sugeriu fazer Marduk senhor deles, senhor de suas terras”.

Portanto, Enki deixou o Egito para seu filho Marduk, e através dadescendência de Cam, formou Canaã; e na Bíblia nos mostra isso, emoutras palavras, que Cam é o pai de Canaã (Gênesis 3:18) e uma terrade deuses estrangeiros, ou seja, uma terra onde Iahweh (Enlil) não eradeus. Fato comprovado pelos textos sumérios, onde nos mostra que erauma terra sob influência do deus Enki.

À Enlil, coube a região leste da península, a 1ª região, que já era de seudomínio, e ficou com a descendência dos outros dois filhos de Ziusudra(Noé), Sem e Jafet: “As terras habitáveis ao leste da península seapartaram para Enlil e sua descendência, para os descendentes dedois filhos de Ziusudra, Sem e Jafet, para que vivessem ali”.

A descendência que Enlil ficou, Sem e Jafet, são justamente as duasdescendências que na Bíblia, Iahweh é deus (Sem e Jafé; Gênesis 9:26)!Esta informação deixa evidente que Enlil, na Bíblia, é Iahweh; maisuma comprovação de que os hebreus adaptaram os textos sumérios deacordo com suas crenças, alterando o deus Enlil pelo deusIahweh. Além de atestar que Enlil cuidou destas duas descendências(Sem e Jafet assim como está na Bíblia), os textos sumérios nosmostram ainda que Enlil teve uma atenção muito especial àdescendência de Sem.

De fato, analisando seus descendentes na Bíblia (Gênesis 11:10-26),vemos que de Sem, após várias gerações, surgiu ninguém menos que

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Abraão (Ibruum em sumério), que segundo nos conta a Bíblia, setornou o pai dos hebreus por vontade de Iahweh! "Iahweh disse aAbrão: ‘Eu sou Iahweh, que fez você sair de Ur dos caldeus, para lhedar esta terra como herança" (Gênesis 15:7).

Segundo a Bíblia, Iahweh escolheu Abraão, para sair de Ur na Sumériae conduzi-lo até a “terra prometida”, Canaã, região que mais tardeoriginou o reino de Israel. Nos textos sumérios, Enlil pretendia retomarCanaã, cujas terras, foram ocupadas ilegalmente pelos descendentes deEnki; que deveriam ter permanecido na África. Enlil na verdade queriabloquear os avanços de Marduk que ameaçava tomar posse da sagrada4ª região (região neutra consagrada apenas aos deuses). Deste modo,escolheu Ibruum (Abraão), de linhagem real na cidade de Ur, a reinarCanaã (Sitchin, 2007, The End of Days).

Além das semelhanças entre os textos bíblicos e os textos sumérios,Enlil teria convocado seu filho Nannar para se encarregar da tarefa:

“Na terra entre os rios, de onde veio Arbakad (Arfaxad, antepassadode Sem), há uma cidade como Urim (Ur), será para ti e para o Ningaluma morada longe de Urim. Em sua metade, erija um santuário, eponha a seu cargo o Príncipe-Sacerdote Tirhu (Taré, pai de Abraão)!Atendendo à palavra de seu pai, Nannar fundou a cidade de Jarán(Harã) na terra de Arbakad. Para que fosse supremo sacerdote em seusantuário enviou Tirhu (Taré), e a sua família com ele”. “Enlil tinhaposto o olhar sobre Ibru-Um (Abraão), o filho maior de Tirhu (Taré)”.

Não posso deixar de comentar que a cidade de Ur, na Suméria, ondeAbraão habitava com seu pai e família (Gênesis 11:31) pertencia aodeus Nannar, filho de Enlil: “Então, Enlil, após consultar Anu, arealeza nas mãos de Nannar ele depositou; pela terceira vez seconcedeu a realeza em Urim (Ur), cujo lugar, o divino Objeto CelestialBrilhante permaneceu implantado” (13ª Tabuleta; The Lost Book ofEnki, Zecharia Sitchin). O deus de Abraão seria, portanto, Nannar; oqual na Bíblia teve seu nome alterado para Iahweh.

De forma semelhante aos textos bíblicos, vemos nos textos sumériosque Ibruum é escolhido por Enlil para se dirigir à Harã, e mais tarde àCanaã (como é mostrado em Gênesis 11:31 e 12:4-5), para seestabelecer na região que originou Israel. Em outras palavras, Enlil équem formou o povo hebreu - e que deu origem a Israel!

Após ter elegido Ibruum (Abraão) e de ter formado o povo hebreu,Enlil tornou-se deus dos hebreus, mas não ainda como Iahweh, já queantes de Moisés, os hebreus não conheciam o nome Iahweh. Enlil ficouconhecido entre os hebreus como El (assim como seu filho Nannar).Apenas mais tarde - após Moisés - é que os hebreus passaram então a

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designar o deus de Abraão (Enlil) como sendo Iahweh. Deste modo, aspáginas do antigo Gênesis foram todas revisadas e modificadas para odeus que havia se revelado: Iahweh!

Prova disso é que o nome Iahweh não deveria aparecer na Bíblia antesda história de Moisés, pois este nome foi revelado apenas em Êxodo aMoisés, no entanto, o nome Iahweh (Javé ou Jeová) já aparece muitoantes, em Gênesis, o que caracteriza uma alteração (Algumas Bíbliascontêm o nome “Senhor” no lugar de Javé/Jeová).

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Capítulo XEl, o Deus de Israel

É interessante observarmos que, de acordo com o Velho Testamento,os antepassados hebreus adoravam a “Deus” sob o nome “El”. “El”significa simplesmente “deus” e nos textos da Bíblia há muitasreferências, como por exemplo, El-Shaddai (Gênesis 17:1; 43:14) queliteralmente significa “Deus da Montanha”, embora a expressãonormalmente seja traduzida como “Deus Todo-Poderoso”, El-Elyon(Gênesis 14:18-24) que significa “Deus Altíssimo” e El-Olam (Gênesis21:33) que significa “Deus Eterno”, El-Roí (Gênesis 16:13) que significa“Deus de visão”, El-Betel (Gênesis 35:7) que significa “Deus de Betel”.

Inclusive o nome “El” aparece em alguns nomes hebreus, como Isma-El, que significa “que Deus ouça”, Jo-El, que significa “o Senhor éDeus”, ou até mesmo Isra-El.

O próprio deus Iahweh afirma a Isaac, filho de Abraão, em Gênesis46:3: “Eu sou El, o Deus de teu pai”.

O fato do deus de Israel ter sido conhecido como “El” pelos hebreus éalgo bastante interessante, pois simplesmente nos revela a identidadede Iahweh: “El” na verdade é o nome do deus cananeu!

Para os cananeus (habitantes de Canaã), El era o deus supremo, pai deBaal (Kugel, James L., September 2007. How to Read the Bible: AGuide to Scripture, Then and Now). A Bíblia nos mostra que osantepassados hebreus adoravam o deus Baal (Juízes 2:11-13; Jeremias12:16; 1 Reis 16:31; 1 Reis 22:54; 2 Reis 17:16) e tinham altares a Baal(Juízes 6:25; 2 Reis 11:18).

É natural essa adoração dos hebreus a Baal, já que os antigos hebreusse estabeleceram em Canaã, e certamente assimilaram a culturacananéia louvando seus deuses (Early Israel: Anthropological andHistorical Studies on the Israelite Society Before the Monarchy, Brill,1986). E o fato do deus cananeu, El, aparecer nas escrituras hebraicas,apenas é mais um indício de que Israel surgiu num processo gradualem Canaã.

Tanto El quanto Baal são deuses sumérios. Baal foi o deus sumérioShamash, e seu pai, El, foi na Suméria Nannar/Sin (o deus da Lua).Shamash (Baal) tinha uma irmã, Ishtar, que na Bíblia era conhecidapor Astarte; os dois deuses que os antepassados hebreus adoravam(Juízes 2:11-13).

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Os antepassados hebreus adoravam estes deuses em Canaã pois foi umculto antigo trazido da antiga Suméria. Como vimos no capítuloanterior, Abraão habitava a cidade de Ur na antiga Suméria, cidade dodeus Nannar (El), a quem certamente Abraão cultuava (A Bíblia atestaisso em Josué 24:2; 14).

“Então Josué disse a todo o povo: ‘Assim diz Javé, o Deus de Israel:Outrora, os vossos antepassados, Taré, pai de Abraão e de Nacor,habitavam do outro lado do rio Eufrates e serviam a outros deuses’”.

“Agora, portanto, temei a Javé, servindo-O com integridade efidelidade. Tirai do meio de vós os deuses, a quem os vossosantepassados serviram no outro lado do rio Eufrates e no Egito. Servia Javé”.

Nannar, a pedido de seu pai Enlil, saiu de sua cidade em Ur levandoconsigo Abraão até a cidade de Harã (nova cidade de Nannar), e depoispara a região de Canaã, e lá se estabeleceram. Nannar em Canaã passoua ser chamado de El; seu filho Shamash, tornou-se Baal.

Por isso vemos uma grande influência da literatura cananéia nasescrituras hebraicas, como por exemplo, a luta vitoriosa de Baal contrao monstro Leviatã descrita nos textos cananeus, aparece na Bíbliacomo tendo sido Iahweh quem derrotou (Isaías 27:1; Salmos 74:14).

El (Nannar), o deus de Canaã, governou essa região cuidando dasdescendências de Abraão, até que Canaã tornou-se Isra-EL, através dasgerações de Abraão. E é por isso que vemos no Antigo Testamento,entre os antepassados dos hebreus, El como sendo deus de Israel.Inclusive, El é um nome derivado do deus sumério Enlil, pai de Nannar(Joseph Eddy, 1959. Python: A Study of Delphic Myth and Its Origins).

O nome El é derivado de Ellil, o nome acádio do deus sumério Enlil.Deste modo, Enlil, juntamente com seu filho Nannar (El) e seus netosShamash (Baal) e Ishtar (Astarte) foram os deuses cananeus econsequentemente dos hebreus; através de Abraão (El era usado tantopara um nome quanto para um título).

Contudo, Enlil e Nannar (El) não teriam permanecido entre os hebreuspor muito tempo; os deuses se espalharam para outras terras. Tudoindica que outro deus sumério tomou o lugar de Enlil e Nannar, epassou a governar os hebreus. Uma Nova Ordem havia surgido entre oshebreus, e o responsável foi o temível deus Marduk!

Nos textos sumério, após a inesperada destruição da Suméria (devido adestruição de Sodoma e Gomorra também narrada na Bíblia), Enlilteria se convencido, juntamente com seu irmão Enki, que Marduk

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havia sido destinado à supremacia na Terra: “Que a fila de cinqüenta,que teria passado para Ninurta, seja-lhe dado em seu lugar aMarduk! Que Marduk declare sua supremacia sobre as Regiõesdesoladas!”.

Enlil continua dizendo: “Quanto a mim e a Ninurta, não vamos nosinterpor mais em seu caminho. Partiremos para as Terras de alémdos Oceanos”. Enlil, portanto, deixa claro que concorda que Marduktenha a supremacia na Terra, e que ele, e seu filho Ninurta, partiriampara outras terras além do oceano (Atlântico).

Nannar, por sua vez, ficou inconsolável ao ver o fim de sua bela eadorada cidade de Ur na Suméria. Posteriormente abandonou atémesmo sua nova grande cidade, Harã, pois, segundo os registros,Nannar teria ficado “zangado com sua cidade e seu templo e foi para océu; e a cidade e os habitantes conheceram a ruína”. Contudo, Nannarteria voltado mais tarde e restaurado seu templo em Harã, renovandoseu culto, e com isso, dando origem ao Islã (Sitchin, The End Of TheDays).

Dentro destas circunstâncias, é bem provável que Marduk, após tersido reconhecido como deus supremo pelos outros deuses, tenhaassumido o domínio da região de Canaã como o novo deus doshebreus.

Marduk era um deus severo, cruel e punitivo. As características deIahweh, como mostram a Bíblia, se encaixam perfeitamente na imagemde Marduk. Assim como Iahweh, Marduk foi um deus guerreiro, queesteve envolvido em combates, guerras e destruições de cidades.Marduk era agressivo, ambicioso, dominador e conquistador; damesma forma que Iahweh é descrito nos textos do Antigo Testamento.Há ainda semelhanças com os títulos que carregavam.

Quando adquiriu a supremacia na Terra, Marduk proclamou a simesmo como deus supremo da Terra, o “deus dos deuses” (Sitchin, OFim dos Dias). Assim, em uma cerimônia realizada na presença dosprincipais deuses, Marduk foi coroado “rei dos deuses”. Na Bíblia,Iahweh também é designado como rei dos deuses: “Por que Iahweh éum Deus grande, o grande rei sobre todos os deuses” (Salmos 95:3).Iahweh, assim como Marduk, também se proclama deus dos deuses:“Pois Iahweh vosso Deus é o Deus dos deuses” (Deuteronômio 10:17;Daniel 2:47). São semelhanças que aproximam muito a identidadedestes dois deuses.

Como podemos observar nitidamente, os deuses sumérios estãomisturados na figura de Iahweh; Enki, Enlil, Nergal, Ninurta, Nannar,

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Marduk todos foram designados como Iahweh na Bíblia em diversosmomentos diferentes, porque os judeus fizeram essa troca de nomes.

Entretanto, mesmo tendo conhecimento deste fato, fica um poucodifícil para nós identificarmos quem de fato é o deus Iahweh que serevelou a Moisés e que comandou o povo hebreu deste ponto emdiante. Os textos sumérios não contêm os relatos da história de Moisés;pois foram escritas pelos próprios hebreus. Deste modo, fica difícilapontarmos qual deus sumério se tornou definitivamente Iahweh paraos hebreus a partir de Moisés.

Mas isso não nos impede de analisarmos as evidências com asinformações que temos dos registros.

Muitos autores sobre o tema atribuem Iahweh a Enlil, contudo, Sitchin,um dos especialistas da mitologia suméria, é categórico ao afirmar quenenhum dos deuses sumérios seria de fato o Iahweh que se revelou aMoisés. Embora Sitchin reconheça que os hebreus designaram osdeuses sumérios como Iahweh nas páginas do Gênesis (isso devido aalterações dos nomes feitas posteriormente), ele afirma que o deus quese revelou a Moisés sob o nome de Iahweh não faz parte do panteãosumério, mas uma divindade superior e autêntica acima dos deusessumérios; Iahweh seria Deus até mesmo dos deuses sumérios, como elenos mostra em seu livro Divine Encounters.

Embora muitos autores discordem disso – inclusive eu, já que Sitchin éjudeu convicto – em alguns pontos a argumentação de Sitchin é válida.Traçando um perfil dos principais deuses sumérios candidatos a ter setornado o Iahweh de Moisés, temos, por eliminação, os seguintespontos para averiguação:

Enki jamais poderia ter sido Iahweh. Apesar de ter permanecido naTerra segundo os registros, Enki teve seu domínio direcionado à África.Sem mencionar que a personalidade cruel e destrutiva de Iahweh emnada tem a ver com a personalidade paterna de Enki. É portantoimpossível que foi Enki que se revelou a Moisés como Iahweh; omesmo vale para seu filho Ningizidda/Thoth, que após ter sidodestronado do Egito pelo seu irmão Marduk, tornou-se a divindadeQetzalcoatl (serpente de plumas) dos povos da Mesoamérica.

Outro deus sumério candidato que inclusive foi deus dos patriarcas(Abraão) foi Nannar (El). Os registros indicam que Nannar ficou naTerra, porém, Nannar permaneceu com seu domínio em Harã(Turquia), onde deu origem ao Islã; conforme visto. Seu filho, Shamash(Baal), igualmente não poderia ter sido Iahweh, pois a Bíblia nosmostra que Baal foi adorado pelos hebreus em muitos episódios, einclusive, Iahweh combatia a adoração a Baal; conforme visto. A irmã

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de Baal, Astarte (Ishtar), também não poderia ter sido Iahweh, pois suaregião ficava onde hoje é a Índia, na qual originou o Hinduísmo.Astarte também era adorada pelos hebreus no início e sua adoraçãotambém foi combatida por Iahweh.

Marduk, apesar de ter recebido a supremacia na Terra, tudo indica quenão foi duradoura. Por mais que ele tenha influenciado os hebreus porum determinado tempo (inclusive os hebreus foram escravos de seureino no Egito) e por mais que ele se assemelha muito a Iahweh noAntigo Testamento, Marduk era bem conhecido pelos hebreus comoMerodaque e como Bel, tendo sido inclusive, combatido por Iahweh(Jeremias 50:2).

Seu império, a Babilônia, caiu em ruínas, e de acordo com uma fontecitada por Sitchin em seu livro The End Of The Days, Marduk morreupor volta de 484 a.C. e teve seu túmulo destruído por Xerxes (Strabo,Geography, Section 16.I.5; Diodoros of Sicily, Bibliothca historica,Livro XVII 112.1)

Dos deuses que permaneceram na Terra, temos Nabu, o filho deMarduk. Nabu esteve ao lado de seu pai Marduk e o ajudou em suaambição pela supremacia na Terra. Por isso, Nabu era visto como umaameaça pelos outros deuses (Enlil e Ninurta) que não queriam emhipótese alguma, Marduk no comando da Terra. Tais disputas pelopoder geraram muitos conflitos e guerras, tanto, que os deusesdecidiram em uma assembléia que deveriam parar Marduk e Nabu deforma drástica: utilizando armas de destruição; o que culminouinfelizmente com o fim da Suméria.

Nabu poderia perfeitamente ter sido o sucessor de seu pai, Marduk, nopoder e domínio da Terra. Os registros dizem que Marduk desenvolveuum numeroso exército de resistência em Harã (cidade do deus Nannarque havia sido tomada por Marduk), e Nabu, em Canaã (Israel),recrutou exércitos para repelir Enlil e seu clã (Ninurta, Nannar,Shamash e Ishtar). Contudo, não há evidências suficientes parasustentar que Nabu tenha sido Iahweh. Nabu, que foi uma dasprincipais divindades da Assíria, não possui qualquer registro de suapresença após a morte de seu pai, Marduk; Nabu teria desaparecidodas páginas da história nesse período (Sitchin, The End Of TheDays).

O fato de Nabu ter sumido dos registros históricos, nos induz a pensarque muito provavelmente, ou ele teria morrido ou seria devido ao fatodele ter se tornado Iahweh. Entretanto, Nabu - assim como seu paiMarduk - também era combatido por Iahweh. São citados na Bíbliasempre como inimigos:

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“O deus Bel (epíteto de Marduk) cai, o deus Nebo (Nabu) é abatido, osseus ídolos são entregues às feras e às bestas de carga; a carga queleváveis aos ombros é um peso para bestas cansadas. Esses deusescaem e prostram-se, não conseguem salvar aqueles que ostransportam, até eles próprios vão para o exílio” (Isaías 46:1-2).

Dentre os principais deuses sumérios, nos resta agora apenas Enlil.Enlil seria um ótimo candidato a Iahweh, pois suas características seassemelham e muito.

Enlil era o “Senhor do Comando”, e de fato ele era o deus supremo naTerra, conforme nos atesta o Épico Atrahasis:

“Anu, pai deles, era o governante;seu comandante era o herói Enlil.Seu guerreiro era Ninurta;seu provedor era Marduk.

Todos se deram as mãos,fizeram lotes e os dividiram:Anu subiu ao céu;a Terra foi tornada um assunto de Enlil.O reino da fronteira do marao príncipe Enki foi dada.Depois que Anu subiu ao céu,Enki desceu para o Apsu”.

Uma situação que corresponde ao deus Iahweh: “Sim, porque Tu és, óIahweh, o Altíssimo sobre a Terra inteira, mais elevado que todos osdeuses” (Salmos 97:9).

Enlil era um deus severo, rígido e punitivo, dotado de uma crueldadeperversa, que um dia, pretendeu destruir toda a humanidade numdilúvio. Apesar de seu caráter cruel, Enlil tinha o hábito derecompensar aquelas pessoas que cumpriam as tarefas que eledesignava. Enlil provia as necessidades de todos, assegurando-se deque a terra e as pessoas estivessem bem e prósperas; por isso ele erachamado pelos sumérios de “Pai Enlil”.

Em um hino para Enlil, O Todo Benéfico, afirmava que sem ele“nenhuma cidade seria construída, nenhuma colonização realizada,nenhuma cerca ou estábulo erguidos, nenhum rei seria coroado,nenhum sumo-sacerdote nascido”. Tal verso recordava o fato de queEnlil precisava aprovar os reis e de que forma a linhagem de sacerdotesse ampliava no terreno sagrado do “centro do culto” em Nippur; suacidade na Suméria.

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Essas duas características de Enlil - rigidez e punição pelastransgressões, benevolência e proteção aos que mereciam, sãosimilares às de Iahweh, conforme é mostrado na Bíblia. Iahweh podeabençoar e Iahweh pode maldizer, afirma explicitamenteDeuteronômio 11:26. Se os mandamentos divinos forem seguidos, opovo e sua descendência serão benditos, suas colheitas serãoabundantes, sua criação se multiplicará, seus inimigos serãoderrotados, e o povo será bem sucedido em tudo aquilo que escolheremfazer; mas se esquecer Iahweh e seus mandamentos, eles, suas casas ecampos serão amaldiçoados e aflitos, com perdas, privações e fome(Deuteronômio 28).

Foi Iahweh quem determinou que existissem sacerdotes; foi ele quemditou as regras para o reinado (Deuteronômio 17:15), e deixa claro queserá ele quem vai escolher o rei - como sem dúvida foi o caso, séculosdepois do Êxodo, começando com a escolha de Saul e Davi. Em tudoisso, Iahweh e Enlil são equivalentes.

Outra semelhança curiosa é o uso do número “sete” na Bíblia. Asemana possui sete dias. Foi no sétimo dia que deus descansou após acriação, tornando-o um dia santo. A maldição de Caim durou sete vezessete gerações; Jericó deveria ser circulada sete vezes até que suasmuralhas caíssem; muitos dos ritos sacerdotais deveriam ser repetidossete vezes, ou durar sete dias. Num mandamento mais duradouro, oFestival do Ano Novo foi deliberadamente alterado do primeiro mês,Nissan, para o sétimo mês, Tishrei, e as principais festas religiosasduram sete dias.

Mas por que o número sete foi tão empregado na Bíblia? O númerosete era associado, na Mesopotâmia, a Enlil. Ele era o “deus que é sete”(Sitchin, Divine Encounters).

Mas será que além de todas essas incríveis semelhanças, Enlil, de fato,tornou-se Iahweh a partir de Moisés? Somando com as informaçõesapresentadas, há alguns fatores importantes a se considerar quedeterminam um elo muito forte entre Enlil e Iahweh

Na Bíblia é dito que Iahweh chamou Abraão para sair da cidade de Urpara conduzi-lo até a “terra prometida”, Canaã. Contudo, nos textossumérios, vemos que essa foi uma vontade do deus Enlil. Portanto,Enlil seria Iahweh?

Bem, quando os deuses repartiram as terras entre eles, é dito que Enlilficou com a região da Mesopotâmia, ficando com a descendência dedois filhos de Noé; Sem e Jafet. Abraão (designado na Bíblia como paidos hebreus) é descendente de Sem após várias gerações, umadescendência que a princípio, pertencia indubitavelmente a Enlil, e que

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teria deixada aos cuidados de seu filho Nannar, em Harã, até que seocupasse Canaã (conforme vimos). Enlil deixou claro a Abraão queatravés dele faria uma nação que ocuparia a região de Canaã. Destemodo, é evidente para nós que Enlil é o responsável pelo surgimentodo povo hebreu, que mais tarde, viria a ser Israel.

Tal argumento é bastante conclusivo para atestar que Enlil é o Iahwehque se revelou a Moisés; já que ele foi o responsável pelo surgimentodos hebreus. Seria natural, portanto, que Enlil continuasse a conduzirsua descendência (hebreus) através das gerações seguintes. Entretanto,Enlil teria abandonado os hebreus logo após a destruição da Suméria, eteria se mudado para terras além do oceano, onde Enlil, e seu filhoNinurta, teriam juntos fundado uma nova civilização (Inca no Peru).

Talvez não seja coincidência de que neste período os hebreus tenhamsido escravos (por cerca de 400 anos) dos egípcios (reino de Marduk).Então, após esse longo período, Enlil retornou, como atesta a Bíblia emÊxodo 2:23-24: “Deus lembrou-se da sua aliança com Abraão, Isaac eJacó”. Enlil teria retornado e retomado seu reinado na Mesopotâmia.

E esta é mais uma evidência a favor de que Enlil é realmente Iahweh,pois conforme a Bíblia narra, em Êxodo 3:15, Iahweh aparece a Moisése lhe diz:

“Deus disse ainda a Moisés: ‘Dirás assim aos filhos de Israel: Iahweh,o Deus de teus pais, o Deus de Abraão, o deus de Isaac e o Deus deJacó, é que me enviou a vós”.

Iahweh afirma que ele é o deus de Abraão! E quem, nos textossumérios, é o deus de Abraão? Conforme vimos anteriormente,sabemos que o deus dos patriarcas (Abraão, Isaac e Jacó) é Enlil!Sendo assim, o fato do deus Iahweh se revelar a Moisés e afirmar queele é o deus de Abraão, nos comprova, sem sombra de dúvidas, queIahweh é Enlil! Isso explicaria muita coisa na Bíblia, como porexemplo, o temperamento ruim de Iahweh; equivalente com o de Enlil.

Essa pista é bastante conclusiva e não nos deixa dúvidas quanto àidentidade do deus de Israel, antiga Canaã, outrora governada por El, aquem os acádios chamavam de Ellil, o deus de Abraão que o fez sair deUr na Suméria para estabelecer uma descendência nas terras que Enlilnomeou como Isra-EL, revelando-se agora aos hebreus como Iahweh,para governar sua região e sua descendência: os hebreus, osremanescentes dos sumérios!

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Capítulo XIAnunnaki, os Deuses Sumérios

Nos tempos antigos, a humanidade se viu envolta a seresextraordinários, possuidores de uma grande sabedoria e tutores dosdiversos segredos e mistérios da vida e do planeta. Foram reconhecidoscomo verdadeiras divindades aos olhos dos povos primitivos, cujopoder, ultrapassava a compreensão de seus adoradores; os deusespodiam voar pelos céus bem como usar armas de destruição quandonecessário.

Estes deuses que vieram dos céus guiaram a humanidade, e conformeseus interesses travaram guerras, disputaram poder, dividiram ospovos por regiões e línguas diferentes, trouxeram progresso, muitasvezes, destruição; o planeta era uma espécie de “tabuleiro dos deuses”,e a humanidade, seus peões.

Os deuses, criadores do homem e protetores da humanidade,decidiram nos deixar um legado: a Suméria. E desde então, os deusesantigos foram responsáveis pelo surgimento de diversas e imponentesoutras civilizações espalhadas pelo mundo. Estes deuses governaramtodas essas civilizações sob muitos nomes diferentes, e os registrosliterários dos povos antigos, nos contam toda a trajetória, desde oprincípio, destes deuses misteriosos.

Afinal, quem eram eles? De onde vieram? Por que vieram? Os registrosmais antigos sobre a chegada destes deuses estão nos textos sumérios.Os sumérios se referiam aos seus deuses como Anunnaki.

“Anunnaki” é um termo que designa o grupo de deuses da antigacivilização Suméria; foram os grandes deuses da humanidaderegistrados pelos escribas sumérios em Tabuletas de argila.

A incrível história contida nas Tabuletas sumérias começa contandosobre um avançado povo habitante de um mundo longínquo, chamadoNibiru, a morada dos deuses. Os sumérios chamaram os habitantesdesse mundo de Anunnaki, que significa “Aqueles que do Céu vierama Terra”.

Segundo os registros sumérios, Nibiru (a morada dos deuses) é umplaneta gigante e avermelhado, pertencente ao nosso sistema solarmuito além de Plutão. Os sumérios, inclusive, revelam que este planetapossui uma longa volta ao redor de nosso Sol ― que dura cerca de3.600 anos terrestres.

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Os deuses Anunnaki foram os verdadeiros criadores da raça Humana ecriadores do Homem civilizado. Ofertaram como herança ao gêneroHumano a região que ficou conhecida como Suméria, tornando-a aprimeira civilização da Terra há 6.000 anos. Os Anunnaki instruíram oHomem passando-lhe todo o tipo de conhecimento e sabedoria;ensinaram todas as artes, a escrita, os segredos do céu e da terra, aagricultura, pastoril, a monarquia e etc. Os deuses sumérios não sócriaram a Suméria, como também todas as outras civilizações e povosseguintes; como a Babilônia, o Egito, a Assíria, incluindo Israel.

Os Anunnaki eram muito numerosos e reinaram sobre a Terra como osdeuses de todas as civilizações antigas. Dentre eles, podemos destacarcomo principais: Anu, o rei de Nibiru e pai de Enki, Enlil e Ninharsag.Os deuses Marduk e Ningizidda eram filhos de Enki. Já Ninurta eNannar, filhos de Enlil. Os Anunnaki tiveram um papel fundamentalna nossa evolução como espécie e no nosso progresso científico ecultural. Eles influenciaram toda a humanidade e são os grandesresponsáveis pelos surgimentos das religiões na Terra.

De forma reveladora, não podemos deixar de destacar que, de acordocom os registros sumérios/babilônicos, os Anunnaki vieram de umoutro planeta, cujo nome é Nibiru; a morada dos deuses.

Esta importante informação nos esclarece de forma extraordináriasobre a verdadeira natureza dos deuses antigos, cuja atualcompreensão, vemos se tratar de seres extraterrestres. Isso só épossível porque os sumérios eram ótimos astrônomos e conheciam oespaço como ninguém; conheciam a existência de todos os planetas denosso sistema solar. E este impressionante conhecimento registrado,atesta a existência de um planeta ainda desconhecido por nossoscientistas, um planeta que os sumérios chamavam de Nibiru; o planetaque segundo eles, os deuses vieram.

Pela primeira vez os deuses não são retratados como seres mágicos esobrenaturais, mas como reais habitantes de um outro planeta! Issoamplia a nossa compreensão sobre os deuses antigos e constatamosque certamente, os extraterrestres foram divinizados pelos povosantigos e desprovidos de ciência.

Mas seria possível seres avançados de um outro planeta, terem visitadoa Terra há milhares de anos, tendo sido com isso, reconhecidos pelospovos antigos como deuses? Com certeza é um tema muito fascinante,que será abordado detalhadamente em meu próximo livro.

Deixando as especulações de lado, os registros sumérios, por outrolado, atestam que sim, os deuses vieram de um outro planeta; e talvez

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hoje, se os deuses aparecessem, comprovaríamos que de fato setratavam de extraterrestres.

Mas a questão mais importante de tudo isso, é compreender que se ostextos sumérios afirmam que seus deuses - Anunnaki - vieram de umplaneta, significa, portanto, que os deuses das civilizações antigas,Enki, Enlil, Ninurta, Marduk, Nannar e etc, eram todosextraterrestres. E já que Iahweh é Enlil, torna-se evidente a revelaçãode que o deus de Israel, o deus registrado na Bíblia, é umextraterrestre!

E dentro de uma visão mais ampla, percebemos ainda que os cristãosdesconhecem completamente sobre o deus que acreditam; fortementeretratado sob uma visão religiosa. Os cristãos, profundos seguidores daBíblia, acreditam cegamente que o deus de Israel seja o DEUSverdadeiro, entretanto, dentro de seus conceitos limitados edistorcidos, não sabem que na verdade estão adorando Enlil, um deusdo panteão sumério, um deus de natureza humana, um deusextraterrestre!