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volume CLAUDIA REGINA KLUCK GISELE MAZZAROLLO SONIA DE ITOZ LIVRO DO PROFESSOR 2

volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

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Page 1: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

A coleção Passado, presente e

fé convida o aluno a conhecer

e a compreender as diversas

culturas religiosas que

compõem a sociedade brasileira.

Alinhada com as novas

diretrizes da BNCC, essa

coleção oportuniza o estudo e a

compreensão de conceitos

religiosos, fundamentados em

conhecimentos das Ciências

da Religião e demais áreas

acadêmicas afins.

volume22

volume

volume

CLAUDIA REGINA KLUCKGISELE MAZZAROLLOSONIA DE ITOZ

LIVRO DO PROFESSOR

2

2000.94089

ISBN 978856447485-7

9 7 8 8 5 6 4 4 7 4 8 5 7

Page 2: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)CERFLOR – Programa Brasileiro de Certificação FlorestalINMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e TecnologiaPEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification SchemesTECPAR – Certificação do Instituto de Tecnologia do ParanáCARBONO ZERO – Compensação de Emissão Carbono ZeroLIFE – Iniciativa Duradoura para a Terra

LIVROS QUERESPEITAMA NATUREZA

Os livros da coleção Passado, presente e fé são impressos na Posigraf, uma gráfica comprometida com a responsabilidade socioambiental. A Posigraf e seus impressos têm as certificações ISO 9001, de gestão de qualidade; ISO 14001, de gestão ambiental; e OHSAS 18001, de gestão de saúde ocupacional e segurança. Foi a primeira gráfica do Brasil a compensar integralmente as suas emissões de carbono, com o programa Carbono Zero, e também a adotar uma floresta e patrocinar sua conservação – a Mata do Uru, localizada na Lapa – PR. Além disso, tem os certificados FSC® – Forest Stewardship Council® e PEFC – CERFLOR (validado pelo Inmetro), atestando que a matéria-prima para a impressão é proveniente de florestas manejadas de forma responsável. Ambas são certificações florestais, mas cada uma conta com princípios e critérios diferentes. Em 2011, a Posigraf recebeu o Prêmio Abigraf de Responsabilidade Ambiental por seu Sistema de Gestão Ambiental.

Nome:

Escola:

Turma:

Responsável:

Telefone:

IDENTIFICAÇÃO

SEG TER QUA QUI SEX SÁB

AULA 1

AULA 2

AULA 3

AULA 4

AULA 5

AULA 6

PROGRAMAÇÃODE ATIVIDADES

EMERGÊNCIA

Page 3: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

LIVRO DO PROFESSOR

VOLUME 2

1.a ediçãoCuritiba - 2019

CLAUDIA REGINA KLUCK

GISELE MAZZAROLLO

SONIA DE ITOZ

Page 4: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Presidente Ruben Formighieri

Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos

Diretor Editorial Joseph Razouk Junior

Gerente Editorial Júlio Röcker Neto

Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy

Coordenação Editorial Jeferson Freitas

Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka

Coordenação de Iconografia Janine Perucci

Autoria Gisele Mazzarollo

Reformulação dos originais de Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz

Edição de conteúdo Lysvania Villela Cordeiro (Coord.) e Anne Isabelle Vituri Berbert

Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade

Revisão João Rodrigues

Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira

Capa Doma.ag Imagens: ©Shutterstock

Projeto Gráfico Evandro Pissaia

Imagens: ©Shutterstock/KanokpolTokumhnerd/Zaie Ícones: Patrícia Tiyemi

Edição de Arte e Editoração Evandro Pissaia

Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara

Ilustrações Dayane Raven

Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz

Todos os direitos reservados à Editora Piá Ltda.

Rua Senador Accioly Filho, 43181310-000 – Curitiba – PR

Site: www.editorapia.com.brFale com a gente: 0800 41 3435

Impressão e acabamentoGráfica e Editora Posigraf Ltda.Rua Senador Accioly Filho, 500

81310-000 – Curitiba – PRE-mail: [email protected]

Impresso no Brasil2020

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)

(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

© 2019 Editora Piá Ltda.

K66 Kluck, Claudia Regina.

Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane Raven. – Curitiba : Piá, 2019.

v. 2 : il.

ISBN 978-85-64474-84-0 (Livro do aluno)

ISBN 978-85-64474-85-7 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven, Dayane. IV. Título.

CDD 370

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Eu e minha família ______________________________________________________ 10

Maneiras de viver em diferentes espaços _______________________ 12

Costumes e crenças _____________________________________________________ 17

Diferentes símbolos religiosos ______________________________________ 36

Histórias sobre a água __________________________________________________ 42

Penso diferente! __________________________________________________________ 47

Registrar e comunicar memórias pessoais e familiares ___ 24

Maneiras de registrar e de se comunicar na escola _________ 28

Símbolos em diversos espaços ______________________________________ 30

Os diferentes alimentos _______________________________________________ 52

Alimentos nas religiões ________________________________________________ 55

Respeito com as crenças religiosas _______________________________ 61

Sumário

OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA 6

OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS 34

AS MEMÓRIAS 22

OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES 50

Capítulo

Capítulo

Capítulo

Capítulo

1

3

2

4

Page 6: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Nesta coleção, você vai relembrar dos amigos que conheceu e das religiões a que eles pertencem.

Você lembra que estes personagens o ajudaram a compreender a importância de respeitar as crenças de cada pessoa?

Neste ano, vamos conhecer mais características dessas religiões e você poderá contar a seus amigos sua crença religiosa também.

MEUS

AMIGOS

Dayane Raven. 2016. Digital.al.DayaDayaDayaDayaDayane ne Rne Rne Re avenavenaven. 20. 20. 2016. Digita

Page 7: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Orientações para a abordagem do Ensino Religioso.1

OLÁ, VOCÊS SE LEMBRAM DE MIM? SOU A LEZA, ADORO ESTUDAR E AMO

OS ANIMAIS! MINHA RELIGIÃO FAZ PARTE DO GRUPO DO CANDOMBLÉ.

OI, MEU NOME É FELIPE! ESTÃO LEMBRADOS DE MIM? MINHA IGREJA FAZ PARTE DO GRUPO

DOS EVANGÉLICOS. ALÉM DE FUTEBOL, GOSTO MUITO DE LIVROS DE AVENTURA!

MANJARI É MEU NOME E FAÇO PARTE DE UM GRUPO

DO BUDISMO. ADORO CANTAR E ME EXPRESSAR POR MEIO

DO TEATRO.

EU ME CHAMO SIKULUME E FAÇO PARTE DE UM GRUPO DA UMBANDA. AS PESSOAS COSTUMAM DIZER QUE EU SOU UM ÓTIMO DANÇARINO! SOU

MUITO FELIZ DANÇANDO!

OI, SOU ABNER E FAÇO PARTE DE UM DOS GRUPOS DO JUDAÍSMO. GOSTARIA

DE SER ESCRITOR, POIS GOSTO DE ESCREVER E INVENTAR HISTÓRIAS.

OLÁ, AMIGOS! VOCÊS SE LEMBRAM DE MIM? EU SOU O YUREM.

FAÇO PARTE DE UM GRUPO DO ISLAMISMO. GOSTO DE PINTAR E DE

BRINCAR COM MEUS AMIGOS!

EU SOU POTIRA E PERTENÇO A UM GRUPO INDÍGENA BRASILEIRO. MINHA DIVERSÃO

PREFERIDA É RESOLVER DESAFIOS MATEMÁTICOS.INDÍGENAA BBBBBBBBBBRRRASILEIRO. MINHA D

PREFERIDA É RESOLVER DESAFIOS M

EU SOU A DULCE E ESTE É TECO, MEU CÃO-GUIA. FAÇO PARTE DE UM

GRUPO CATÓLICO. GOSTO DE AJUDAR MINHA AVÓ A COZINHAR E, CLARO, PASSEAR E BRINCAR COM O TECO.

Day

ane

Rave

n. 2

016.

Dig

ital.

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CAPÍTULO

OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA

1 Orientações para o início do capítulo.2

Dayane Raven. 2016. Digital.

6

Page 9: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Neste capítulo, você vai estudar

que a casa em que vive é um espaço

de convivência e que as pessoas que

moram nesse lugar devem se sentir

protegidas. As religiões também têm

lugares de proteção. Nesses espaços,

são desenvolvidos costumes e crenças

que vamos conhecer.

7

Page 10: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Day

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016.

Dig

ital.

Encaminhamento metodológico.3

Você percebeu, no diálogo dos personagens, que cada um deles tem um costume ou uma crença diferente?

Pense em um membro de sua família e nos costumes que essa pessoa tem. Em que ela acredita? Você pode pensar também no jeito de ser dela.

Encaminhamento metodológico.3

EU GOSTO MUITO DE AJUDAR AS PESSOAS,

MEU CORAÇÃO FICA LEVE QUANDO FAÇO ISSO!

EU ENTENDO BEM QUE SENTIMENTO É ESSE! AQUI

EM CASA, MINHA MÃE NEM PRECISA ME CHAMAR

QUE JÁ VOU AJUDANDO!

CUIDADO COM ESSE VASO, FELIPE! MINHA FAMÍLIA ACREDITA QUE ESSAS PLANTAS NOS TRAZEM PROTEÇÃO.

SIKULUME, LÁ EM CASA NÃO TEMOS CRENÇAS ASSIM, MAS TEMOS O COSTUME DE LER A BÍBLIA TODOS OS DIAS.

8 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

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Com os elementos da página 1 do material de apoio, crie um “varal da família”.

Escolha uma peça de roupa para cada membro da sua família. Decore, pinte e caracterize a peça de roupa de acordo com as roupas que essa pessoa veste.

No centro da peça de roupa, escreva o nome e uma palavra ou uma pequena frase que represente o jeito desse familiar, um costume ou algo em que ele acredita.

Recorte as peças do material de apoio e monte um grande varal na sala de aula.

Leia com os colegas o que cada um escreveu sobre seus familiares.

Com base na observação do varal, escreva algumas características dos familiares dos colegas.

Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam as diferenças que existem entre as famílias.

O que mais chamou a sua atenção? Por quê?

Pessoal. O objetivo é que os alunos se identifiquem com alguma história familiar e consigam relacioná-la com suas

vidas.

Com a turma, crie uma frase sobre essa atividade. A frase deverá ser escrita nas peças de roupa que você não utilizou do material de apoio. Depois de escrever e pintar, cole essas peças no caderno.

1.

2.

3.

4.

Orientações para a realização da atividade.4 Orientações para a realização da atividade.4

9CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência

Page 12: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

EU E MINHA FAMÍLIA

Nossa família é um espaço de encontro e amor. É na família que vivenciamos o sentido de um lar.

Reúna-se com os colegas e o professor e sentem-se em roda. Conte a eles um pouquinho sobre sua família.

Encaminhamento metodológico.5

Você vai precisar de:

• caixa de sapato

• caixinhas pequenas

• papel colorido

• muita criatividade

Organize com os colegas uma exposição dos dioramas feitos por vocês.

3.

Em que espaço de sua casa você mais gosta de estar? Por quê?

Crie um diorama que represente esse espaço. Para construir o diorama, siga estes passos:

1.

2.

diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena.planta baixa: desenho de uma construção como se ela fosse vista de cima.

©Shutterstock/Douglas Freer

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a) Em uma folha, desenhe a planta baixa com os elementos que existem no espaço da casa e de que você gosta. Essa planta deve ter o mesmo tamanho da caixa escolhida.

b) Seguindo o desenho, represente os elementos que compõem o espaço utilizando as caixinhas pequenas.

c) Decore o cômodo usando sua criatividade.

Orientações para a realização da atividade.6

10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 13: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Sobre o diorama criado, escreva um texto de dois parágrafos no caderno,

a) o primeiro descrevendo o espaço da casa representado no diorama;

b) o segundo descrevendo histórias e sentimentos vividos nesse espaço.

1.

Orientações para a realização da atividade.7

Na família dos pinguins, depois que o filhote nasce, ele come alimentos já digeridos pelos pais. Eles sempre ficam por perto para proteger seu filhote de ataques de gaivotas.

A batuíra é um pássaro que, para salvar seus filhotes dos predadores, é capaz de fazer de conta que sua asa está quebrada para atrair a atenção do predador. Assim, ela o afasta de seu ninho!

TODAS AS CRIANÇAS TÊM DIREITO A UM LAR

No Brasil, a garantia dos direitos e deveres das crianças e dos adolescentes está em um documento nomeado Estatuto da Criança e do Adolescente.

Segundo o estatuto, a criança tem direito a:Ter a proteção de uma família que a ame, seja ela

natural ou adotiva, ou de um lar oferecido pelo estado, em caso de perda dos pais e de parentes próximos.

Segundo o estatuto, a criança tem dever de:Respeitar os direitos das pessoas com quem

convive.

Encaminhamentometodológico.

8

Sugestão de atividade. 9

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©Shutterstock/Matt Filosa

Você sabia que, na natureza, muitos animais protegem uns aos outros?

11CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência

Page 14: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Como se sente uma criança que tem um lar que a protege?

Pessoal. Espera-se que os alunos reconheçam que um lar protegido proporciona condições para um

desenvolvimento saudável da criança e do adolescente.

Será que as crianças têm direitos? Pense e escreva dois de seus direitos.

Pessoal. Todas as crianças têm direitos, como atendimento à saúde, à alimentação adequada, à proteção

de um lar, etc.

Será que as crianças têm deveres? Pense e escreva dois de seus deveres.

Pessoal. Todas as crianças têm deveres, como os de estudar, respeitar os pais, preservar e manter limpo o espaço

público, etc.

1.

2.

3.

MANEIRAS DE VIVER EM DIFERENTES ESPAÇOS

Os espaços que as pessoas habitam demonstram as formas de viver de cada um ou de um grupo, de uma família, de uma religião...

Vamos aprender mais sobre isso?

©Shutterstock/Nataka

Vamos aprender mais sobre isso?sobre issso?

Você já brincou de Cada macaco no seu galho? O objetivo da brincadeira é manter cada participante no local determinado no início. Vá com os colegas para o pátio, ou outro espaço grande da escola, e siga as instruções do professor para a realização dessa atividade.

1.

Orientações para a realização da atividade.10

A expressão “cada macaco no seu galho” também significa que cada pessoa tem seu jeito de ser e que cada um deve fazer sua parte. Você concorda? Converse com os colegas sobre isso.

2.

12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 15: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

O lugar que nos protege e nos ajuda a crescer e a sermos felizes é chamado de lar. As histórias sobre seu lar podem ser compartilhadas com os colegas. Escute- -os também com muito respeito.

Quando falamos de algo que é importante para nós, queremos que as pessoas nos ouçam e respeitem o que sentimos. Por isso, quando alguém nos fala sobre algo que é importante para si, como é o caso do lugar em que vive, devemos ouvir com respeito, mesmo que o que essa pessoa diga seja diferente do que conhecemos.

CADA COISA EM SEU LUGAR

Cada casa tem uma forma de organização diferente, mas é preciso que as casas estejam organizadas. Você imagina por que é necessário que tudo esteja organizado em seu devido lugar?

1.

Orientações para a realização da atividade.11

DKO Estúdio. 2016. Digital.

Orientações para a realização da atividade.11

Observe a ilustração e aponte o que há de estranho em cada parte dessa casa.1.

13

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Participe de uma brincadeira para perceber as semelhanças e as diferenças de organização entre as casas.

a) Na primeira coluna, escreva seu nome e onde você guarda os objetos citados na segunda coluna.

b) Escolha um colega e converse a respeito da organização dele para esses mesmos objetos.

c) Na terceira coluna, anote o nome do colega e as informações que ele passou a você.

2.Orientações para a realização das atividades.12

Seu nome Nome do seu colega

Cadernos escolares

Toalha de banho

Copos

Camisetas

Escova de dentes

14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 17: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Pensando na brincadeira realizada, responda:

a) O que foi possível perceber com essa brincadeira?

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que há semelhanças e diferenças quanto aos lugares onde

cada família guarda os mesmos objetos. Por exemplo: geralmente, guardam-se os copos na cozinha, mas

alguns podem estar em armários, outros em prateleiras. Ainda assim, a organização é um elemento comum.

b) Se você fosse à casa de um amigo e decidisse mover os objetos de lugar, como acha que ele se sentiria?

Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que as pessoas podem se incomodar caso seus objetos

sejam movidos sem sua permissão.

c) Como você se sentiria se um amigo fosse à sua casa e colocasse os objetos em outros lugares (principalmente algo de que você goste muito)?

Pessoal. O objetivo é que os alunos possam se colocar no lugar do outro e perceber que é importante

respeitar o que é valioso no espaço de cada um.

3.

Day

ane

Rave

n. 2

016.

Dig

ital.

CLARO QUE SEI! PARA MEU POVO, A NATUREZA É SAGRADA!

POTIRA, ALÉM DE NOSSA CASA, EXISTEM OUTROS LUGARES EM QUE NOS SENTIMOS PROTEGIDOS E ACOLHIDOS. VOCÊ SABE QUAIS SÃO?

TAMBÉM TEMOS UM ESPAÇO QUE CONSIDERAMOS SAGRADO, CHAMADO DE TEMPLO BUDISTA. LÁ

OS OBJETOS TAMBÉM SÃO ORGANIZADOS, ASSIM COMO OCORRE EM NOSSAS CASAS.

VAMOS DESCOBRIR OS ESPAÇOS SAGRADOS DE NOSSOS AMIGOS?

Mesmo morando e vivendo de formas diferentes, entendemos que o acolhimento e o respeito fazem a vida ser melhor para todos!

ESPAÇOS SAGRADOS

15CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência

Page 18: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Orientações para a realização da atividade.13

Potira e Manjari lembraram que, além de nossas casas, existem outros espaços importantes: os espaços religiosos. Agora, associe cada personagem ao espaço religioso que ele frequenta. Se precisar, peça auxílio ao professor e aos colegas para completar o quadro.

a) Recorte as figuras e os nomes que estão disponíveis na página 3 do material de apoio.

b) Cole o nome das religiões no quadro, no espaço correspondente, de acordo com cada personagem.

c) Cole também as imagens de acordo com o espaço religioso que cada um deles frequenta.

1.

Religião Espaço religioso

Religião Indígena

Ilustração de indígenas em celebração na

natureza.

Budismo

Ilustração de menina em

celebração em templo budista.

Cristianismo Católico

Ilustração de menina em

celebração em igreja católica.

CristianismoEvangélico

Ilustração de menino em

celebração em igreja evangélica.

Religião Espaço religioso

Judaísmo

Ilustração de menino em

celebração em sinagoga.

Candomblé

Ilustração de menina em celebração

em terreiro de candomblé.

Umbanda

Ilustração de menino em celebração

em terreiro de umbanda.

Islamismo

Ilustração de menino em

celebração em mesquita.

Orientações para a realização da atividade.13

16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 19: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

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COSTUMES E CRENÇAS

Existem pessoas que utilizam o mesmo trajeto para ir à escola todos os dias; isso é um costume. Outras acreditam que dá azar passar debaixo de uma escada; isso é uma crença.

As pessoas se preocupam em manter os costumes da família e transmiti-los para as novas gerações. Eles são heranças muito importantes para dar continuidade às tradições familiares. Assim, os costumes de uma família constituem a história dela, e é isso que mantém viva a memória familiar.

Cada pessoa tem um jeito de ser, assim como crenças e costumes que segue em seu dia a dia. Cada família também tem costumes particulares, como festejar, passear, orar, arrumar a casa, ir a cerimônias religiosas, divertir-se, e assim por diante. Além disso, cada família tem as próprias regras para uma melhor convivência entre todos: pais, filhos, avós, parentes, amigos, vizinhos, etc.

DULCE, PERCEBI QUE EXISTEM ESPAÇOS IMPORTANTES, RELIGIOSOS OU NÃO.

VERDADE, YUREM! EM MINHA CASA, MEU PAI TEM O COSTUME DE SE SENTAR SEMPRE NO MESMO LUGAR QUANDO VAMOS FAZER AS

REFEIÇÕES. E NINGUÉM SENTA NO LUGAR DELE, MESMO QUANDO ELE NÃO ESTÁ EM CASA.

EU TAMBÉM TENHO UM EXEMPLO PARECIDO COM O SEU! TODA NOITE, QUANDO JÁ ESTOU PRONTO PARA DORMIR, MINHA MÃE VAI ATÉ MEU QUARTO E CANTA PARA MIM A MESMA

MÚSICA DESDE QUANDO EU ERA BEBÊ.

Orientação para abordagem do tema.14

17CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência

Page 20: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Escreva uma regra que sua família respeita.

Pessoal. Sugestões de resposta: ir à celebração religiosa em determinado dia da semana, posição de lugares à mesa,

horário das refeições, tirar os sapatos ao entrar em casa, não comer no sofá ou na cama, etc.

Desenhe um costume de sua família do qual você gosta muito.

1.

2.

Entreviste duas pessoas de sua família. Faça as seguintes perguntas a cada uma delas e registre as respostas nos quadros da página 19.

a) Que costumes você tem?

b) Que crenças você tem?

Dica: os costumes e crenças citados podem ser religiosos ou não religiosos.

3.

Orientações para a realização das atividade.15

18 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 21: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Nome

Costumes

Crenças

Nome

Costumes

Crenças

COSTUMES E CRENÇAS NA ESCOLA

Em nossa casa, na escola, no clube, na praia, entre outros lugares, as pessoas criam regras e costumes para conviver umas com as outras.

Day

ane

Rave

n. 2

016.

Dig

ital.

19CAPÍTULO 1 | Os ambientes de convivência

Page 22: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

A escola é um lugar para nos sentirmos bem, conviver com as pessoas, conhecer novos colegas e adquirir conhecimentos que nos ajudam a entender melhor o mundo em que vivemos. As regras e os costumes na escola existem para garantir que a convivência seja a melhor possível.

Dayane Raven. 2016. Digital.

A escola é um local com regras que devem ser cumpridas para termos uma boa convivência e para estudarmos e aprendermos mais. Relembre com os colegas algumas regras e alguns costumes presentes na escola.

Escreva algumas regras de sua escola e de sua sala de aula.

Pessoal. Sugestão de respostas: levantar a mão para responder a alguma questão, circular nos corredores em horário

de aula apenas com a permissão do professor, ser respeitoso com todos, etc.

Escreva alguns costumes de sua escola.

Pessoal. Sugestão de respostas: sempre encontrar colegas no mesmo lugar no pátio, cumprimentar as pessoas nos

corredores da escola, etc.

1.

2.

3.

Orientações para a realização das atividades.16

20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 23: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

CRENÇAS, COSTUMES E REGRAS NAS RELIGIÕES

Em cada grupo, lugar e situação, as pessoas agem de acordo com suas crenças e costumes e também seguem algumas regras importantes para a convivência entre elas. Isso também acontece em cada uma das religiões.

Assim, alguém pode dizer que segue uma religião quando aceita as crenças e os costumes desse grupo religioso, além de conhecer e viver de acordo com as regras determinadas por ele. No entanto, nem todas as pessoas fazem parte de um grupo ou de uma crença religiosa.

Reunidos em círculo, conte aos colegas os costumes, as crenças e as regras de sua religião. Se você ou sua família não pertencem a nenhum grupo religioso, relate outros costumes, crenças e regras.

1.

Orientações para a realização das atividades.17

Você faz parte de alguma religião? Se sim, qual é o nome dela?

Pessoal. O objetivo é que os alunos demonstrem sua identidade religiosa.

Se não conseguirem identificar essa denominação religiosa, solicite a eles

que perguntem aos familiares.

Cite uma crença, um costume ou uma regra que faz parte de sua religião.

Pessoal. Caso o aluno não tenha uma religião, pode mencionar uma

crença, um costume ou uma regra observados

pelos familiares.

2.

3.

Day

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Rave

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016.

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Orientações para a realização das atividades.17

ode mencionar uma

LEMBRE-SE: É IMPORTANTE VALORIZAR SUA RELIGIÃO E RESPEITAR AS PRÁTICAS RELIGIOSAS DAS OUTRAS PESSOAS.

21

Page 24: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

CAPÍTULO

AS MEMÓRIAS

2 Orientações para o início do capítulo.1

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Dayane Raven. 2016. Digital.

22

Page 25: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Neste capítulo, você vai aprender sobre

costumes, crenças e maneiras diversas de agir

em diferentes ambientes de convivência.

Também vai conhecer algumas maneiras

de registrar as memórias pessoais, familiares e

escolares, percebendo os símbolos presentes

nos variados espaços de convivência.

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REGISTRAR E COMUNICAR MEMÓRIAS PESSOAIS E FAMILIARES

É muito bom relembrar o passado, nossas memórias e histórias. Para comunicá-las, existem diferentes maneiras.

Vamos conhecê-las agora.

Orientações para a realização das atividades.2

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Orientações para a realização das atividades.2

REGISTRAR E COMUNICAR MEMÓRIAS PESSOAIS E FAMILIARES

É muito bom relembrar o passado, nossas memórias e histórias. Para comunicá-las, existem diferentes maneiras.

Vamos conhecê-las agora.

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Diferentes formas de comunicaçãoAprendemos a falar em casa, com nossos

familiares. Depois, quando crescemos um pouco, falamos de um jeito que é só nosso, aquele que nossos colegas entendem, sem nos preocuparmos com as regras que usamos apenas para escrever.

Ao falar, nós nos comunicamos de diferentes maneiras: fazemos sinais com as mãos, balançamos a cabeça, movimentamos os olhos e o corpo ou até apontamos para algum objeto que explique o que queremos dizer.

Escrever é diferente de falar. A linguagem escrita segue mais regras, pois o texto precisa transmitir o que queremos dizer somente por meio das palavras.

Relembre algo importante que você viveu e escreva em uma folha.

Guarde essa memória, pois, em outro momento, você irá comunicá-la aos colegas.

1.

2.

24 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 27: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

!Menina da tribo indígena Karajá

É PRECISO SABER OUVIR

Nos povos indígenas, as narrativas são transmitidas de forma oral, ou seja, elas são contadas de geração em geração.

Essas narrativas buscam preservar as tradições e tudo o que um grupo de pessoas ou um povo sabe, tem e acredita.

Em geral, são os sábios e os idosos das comunidades indígenas que relatam as histórias e falam de seus deuses para toda a aldeia.

Essas histórias traduzem a sabedoria de um povo, ou seja, o que ele aprendeu desde sua origem. Elas contam como cada comunidade indígena aprendeu a cultivar a terra, a fabricar os instrumentos, a respeitar as regras de convivência, como devem ser as práticas religiosas, o que acontece com as pessoas depois da morte e tudo o que aquele povo viveu e em que acredita.

No entanto, o mundo e as pessoas se transformam com o tempo. Atualmente, alguns povos indígenas utilizam também a escrita para transmitir conhecimento.

Comunique a memória que você registrou por escrito no início do capítulo. Você deve contar a memória e não ler o registro.

Converse com os colegas sobre estas perguntas:

a) Você falou exatamente como escreveu?

b) Por que não falamos igualzinho ao modo como escrevemos? E por que não escrevemos igualzinho ao modo como falamos?

c) Qual é a diferença entre falar e escrever?

1.

2.

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Orientações para a realização das atividades.3

25CAPÍTULO 2 | As memórias

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Orientações para a realização das atividades.5

Vimos que a comunicação pode acontecer de diferentes maneiras, sendo escrita ou falada. O importante é que não se percam as histórias dos antepassados, as culturas, as normas nem o jeito de ver a vida. Tudo isso pode explicar a maneira de ser, pensar e agir das pessoas e das comunidades.

Orientações para a realização das atividades.5

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LELÊ! SIKULUME! LEMBRO-ME DE QUE, QUANDO ERA BEM PEQUENA, NA CASA DE MEU AVÔ, EU FICAVA SENTADINHA NA FRENTE DELE E ELE ME CONTAVA LINDAS HISTÓRIAS SOBRE O PAI E O AVÔ DELE.

ISSO É INCRÍVEL, NÉ? EU SEMPRE GOSTEI DE FICAR NA COZINHA COM MINHA MÃE.

ENQUANTO PREPARA AS REFEIÇÕES, ELA ME CONTA SOBRE AS RECEITAS QUE

APRENDEU COM A AVÓ DELA.

MENINAS, EU TAMBÉM TENHO ALGUMAS MEMÓRIAS ASSIM!

MEUS PRIMOS E TIOS CONTAM HISTÓRIAS SOBRE NOSSOS

ANTEPASSADOS. MOMENTOS ALEGRES, OUTROS TRISTES,

MAS QUE CONSEGUIRAM VENCER. SINTO MUITO

ORGULHO DISSO. DÁ ATÉ PARA ESCREVER UM LIVRO COM

TANTAS HISTÓRIAS LEGAIS!

Agora, vamos exercitar a prática da escuta conversando a respeito do texto. Quem for falar, levanta a mão e aguarda a vez.

a) Quem quer comentar a respeito do que leu?

b) Como os indígenas transmitem aos mais jovens a história de seus povos?

c) Nessas narrativas, estão presentes elementos religiosos?

1.

©Fabio Colombini

Orientações para a realização das atividades.4

26

Page 29: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Siga as orientações do professor para brincar de Telefone sem fio. Depois, converse com os colegas para responder às questões a seguir.

a) Ao brincar, o que você percebeu quando o último colega recebeu a informação?

Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que a informação foi alterada em algum momento

da brincadeira.

b) Por que você acha que isso acontece?

Pessoal. Os alunos podem concluir que os colegas não escutaram bem ou não se lembraram da informação

completa, podendo ter inserido uma informação diferente ou omitido algo que lhes foi dito.

Observe a ilustração a seguir.

1.

2.

a) Como estavam as expressões faciais das pessoas na primeira, na antepenúltima e na última conversa?

b) Com base nessa ilustração, que cuidados você acredita que precisamos ter quando passamos informações de forma oral?

Dayane Raven. 2019. Digital.DayaDayaDayanenene Rnee aven 20220202019111 Digital

27CAPÍTULO 2 | As memórias

Page 30: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Orientações para a realização da atividade.6

MANEIRAS DE REGISTRAR E DE SE COMUNICAR NA ESCOLA

Na escola, conhecemos muitas histórias de diferentes culturas e aprendemos a registrar e a ler registros de memórias. O boletim escolar é uma maneira de registrar a aprendizagem de um aluno.

Vamos descobrir como era um boletim da 2.ª série em 1925 e analisar as informações que ele traz.

a) Recorte as peças do quebra-cabeça na página 3 do material de apoio. Depois, monte-as e cole-as no espaço a seguir.

1.

A 2.ª série de 1925 equivale ao 3.º ano atual

28 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 31: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

b) Observando o boletim escolar, o que mais chamou a sua atenção?

Pessoal. É possível que os alunos citem a cor do papel envelhecido, o fato de o boletim ser manuscrito, a

linguagem utilizada, etc.

c) Esse boletim tem alguma semelhança com os boletins escolares atuais? E diferenças? Cite uma semelhança e uma diferença nas linhas a seguir.

Pessoal. É possível que os alunos identifiquem diferenças no formato (manuscrito ou impresso), nas

disciplinas, na linguagem utilizada, etc. Como semelhanças, podem apontar a estrutura do documento.

d) O que um boletim escolar comunica?

Comunica as notas (o rendimento escolar) e a frequência de um aluno em um ano letivo.

Escreva o que estes objetos o fazem lembrar:2.

Pessoal. Os alunos poderão dizer que a imagem lembra o brincar,

remetendo ao divertimento, à felicidade ou ao lazer.

Pessoal. Os alunos poderão dizer que o objeto lembra a

aprendizagem, remetendo ao estudo, à imaginação ou ao lazer.

©Shutterstock/sheff

©Shutterstock/Lamai Prasitsuwan

29CAPÍTULO 2 | As memórias

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RELATOS SOBRE A ESCOLA

Ao longo de muitos anos, muitas histórias de comunidades, de religiões e de culturas não foram registradas e passaram de geração em geração oralmente. Essas memórias são tão ricas e importantes como aquelas que foram escritas.

A escola é o espaço em que se aprende o registro da escrita e também a prática da leitura. Na escola, os alunos estudam as histórias e as memórias dos povos e das culturas.

Em grupos, realizem uma entrevista com um adulto que tenha muitas histórias para contar sobre seu tempo de escola.

a) Conversem e preparem algumas perguntas para fazer ao entrevistado.

b) Criem um cartão de agradecimento para entregar ao convidado ao final da atividade.

c) No dia da entrevista, organizem as cadeiras da sala de aula em um círculo, façam as perguntas e entreguem o cartão para o entrevistado.

1.

Até agora, estudamos as memórias pessoal, familiar e escolar. Essas memórias foram representadas pelo registro escrito e pela oralidade, além de serem relembradas por meio de símbolos, como o boletim escolar.

SÍMBOLOS EM DIVERSOS ESPAÇOS

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Encaminhamento metodológico.8

AS MEMÓRIAS DE POVOS E CULTURAS PODEM SER CONTADAS POR MEIO DE HISTÓRIAS. ELAS PODEM SER ESCRITAS OU PASSADAS DE GERAÇÃO EM GERAÇÃO POR MEIO DA FALA.

Orientações para a realização das atividades.7

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30 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 33: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Vamos descobrir o símbolo que representa cada uma das palavras a seguir.

Recorte as figuras grandes da página 5 do material de apoio e cole-as, em seus respectivos espaços, de acordo com o significado de cada símbolo.

1.

Idoso

Faixa de pedestres

Câmera

Veneno

Calculadora

SilêncioBanheiro Reciclagem

Língua de sinaisFeliz Zangado

Orientações para a realização das atividades e gabarito.9

31CAPÍTULO 2 | As memórias

Page 34: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

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Estamos rodeados de muitos símbolos. Será que eles também estão presentes na escola? Com os colegas, caminhe pela escola em busca dos símbolos representados na página 5 do material de apoio.

a) Utilizando as figuras menores, cole no espaço a seguir os símbolos que encontrou no ambiente escolar.

b) Anote ao lado de cada um deles o significado.

2.

Com a autorização de seus responsáveis, traga para a escola um objeto simbólico para você ou sua família, religioso ou não. Em sala, formem um círculo e coloquem, no centro dele, os objetos que trouxeram. Cada um vai mostrar seu objeto e explicar o que ele significa.

1.

Você sabia que aquilo que o Abner está usando na cabeça é um quipá? Na religião dele, o Judaísmo, o quipá é um símbolo que representa o respeito por Deus.

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Orientações para a realização das atividades.10

32 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

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Nome do símbolo Desenho do símbolo Significado

Não religioso

Religioso

Símbolo é uma representação de algo em que se acredita e que faz sentido para nossa vida. Portanto, há símbolos que expressam crenças religiosas, como o quipá, as estátuas de santos, etc.

No entanto, nem todas as religiões apresentam símbolos, algumas acreditam que não é possível representar as crenças religiosas de maneira concreta.

Depois de conhecer tantos símbolos importantes, com os colegas e o professor, classifique-os em religiosos e não religiosos.

a) Escolha dois símbolos não religiosos e dois símbolos religiosos que os colegas apresentaram para a turma.

b) Nos espaços a seguir, escreva o nome dos símbolos escolhidos, faça o desenho de cada um deles e escreva seus significados.

2.

33CAPÍTULO 2 | As memórias

Page 36: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

CAPÍTULO

OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS

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Page 37: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Neste capítulo, você vai conhecer,

identificar, distinguir e aprender a respeitar

símbolos religiosos de diferentes manifestações,

tradições e instituições religiosas.

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Page 38: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

DIFERENTES SÍMBOLOS RELIGIOSOS

Em cada religião, os símbolos são formas de representar o sentimento religioso e a fé. Na abertura do capítulo, os personagens apresentaram símbolos religiosos em suas camisetas. Confira o significado deles em cada religião.

Os indígenas Guarani fazem esculturas de animais com madeira coletada na Lua crescente ou minguante. Caso contrário, o objeto pode perder seu significado religioso. As representações de muitos animais, como o tatu, são utilizadas como meio medicinal para que as crianças se tornem fisicamente fortes.

Para muitas religiões de tradição afro-brasileira, como o Candomblé e

a Umbanda, Iemanjá é considerada a rainha do mar. A vestimenta da baiana

representa a roupa utilizada pelos adeptos dessas religiões em ocasiões especiais.

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Informações complementares.1

Volte às páginas 34 e 35 para observar os símbolos das camisetas dos personagens.

Converse com os colegas.

a) Qual símbolo mais chamou a sua atenção? Por quê?

b) Você já viu algum desses símbolos? Onde?

1.

2.

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36 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 39: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Um dos símbolos utilizado no Budismo

é a flor de lótus, que representa pureza do

corpo e da mente.

Para o Judaísmo, o menorá, que é um candelabro com sete braços, representa os sete dias da criação do mundo.

Em geral, o Cristianismo pode ser representado pelo peixe,

que simboliza Jesus Cristo.

Na tradição católica, o terço também é considerado um símbolo. Esse objeto é composto por uma corrente com nós ou

contas que representam orações em devoção à Maria, mãe de Jesus.

No Islamismo, há um símbolo muito parecido com o terço, que é o masbaha, ou subha. Também é uma corrente com 99 nós ou contas, que representam os 99 nomes de Deus, de acordo com a crença dos muçulmanos.

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37CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos

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Nas tradições religiosas, existem muitos símbolos. Leia as informações sobre outros símbolos religiosos apresentadas pelos personagens do livro.

Orientações para a abordagem do tema e informações complementares.2

! Para os povos indígenas, as divindades se manifestam por meio da natureza.

! A estrela de Davi é o símbolo do Judaísmo. Ela é formada por dois triângulos sobrepostos, um apontando para cima, e outro, para baixo.

! Esse símbolo da Umbanda é formado por um Sol, que representa a luz de vida, e uma pomba, que se refere ao orixá Oxalá.

! No Candomblé, os búzios representam a comunicação com as divindades.

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!O peixe é um antigo símbolo cristão que representa a crença em Jesus

! Esse é um símbolo

roda do . O círculo representa a vida, e os 8 traços indicam os oito ensinamentos de Buda.

! Esse símbolo islâmico tem diferentes

renovação e a vida os principais.

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38 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 41: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Converse com seus familiares sobre os símbolos da religião a que pertencem e seus respectivos significados.

• Desenhe na camiseta a seguir um símbolo de sua religião e escreva seu significado.

1.

Orientações para a realização das atividades.3

Compartilhe com os colegas o símbolo religioso que você desenhou e explique o significado dele.

Registre em seu caderno os símbolos das religiões apresentados pelos colegas.

2.

3.

39CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos

Page 42: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Agora, vamos brincar de caça-palavras.

Símbolo que representa o Budismo: ___________________________ .

Símbolo que representa o Cristianismo: _________________________ .

Os búzios são importantes para esta religião: _____________________ .

Nome da flor que é um dos símbolos do Budismo: _________________ .

O menorá é símbolo desta antiga religião: _______________________ .

O símbolo composto de um Sol e uma pomba pertence à: ___________ .

O tatu é um dos animais representados pelo povo indígena: __________ .

A Lua crescente e a estrela são símbolos dessa religião: ________________ .

Um dos nomes do objeto do Islamismo que se parece com o terço católico: _____________________________________________________ .

Nome de um dos símbolos do Judaísmo: _______________________ .

1.

Orientações para a realização da atividade.4

Candomblé

Guarani

Roda do dharma

Judaísmo

Subha

Flor de lótus

Islamismo

Peixe

Umbanda

Estrela de Davi

P A T X Í M Ó A K S L A S Z I G G

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J O X P A M F L O R D E L Ó T U S

B H U X T L A M I X Q I É B A T C

B K S I M N N S I U M B A N D A B

40 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 43: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Desenhe, nos espaços abaixo, o símbolo das tradições religiosas estudadas que corresponde a cada uma das descrições.

1.

!O peixe é um símbolo utilizado desde a

!O Sol com uma pomba é um símbolo popular da Umbanda.

! A roda do é um dos símbolos do Budismo.

!O tatu é um dos animais que os indígenas Guarani representam, em suas

!budistas que representa a pureza do corpo e a da mente.

! A Estrela de Davi é um símbolo do Judaísmo e representa a proteção divina.

! A Lua e a estrela formam um dos símbolos do Islamismo.

!No Candomblé, os búzios representam a comunicação com as divindades.

Orientações para a realização da atividade.5

41CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos

Page 44: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Muitos povos contam histórias para explicar o que acontece no mundo. A água é um dos elementos presente em várias narrativas. Por exemplo, existem diversos relatos sobre dilúvios, que são inundações causadas por uma enorme quantidade de chuva. São histórias de diferentes partes do mundo, contadas por diferentes povos em diferentes épocas. Um dos mais conhecidos relatos de dilúvio é a história da Arca de Noé, registrada na Torá judaica e na Bíblia cristã.

HISTÓRIAS SOBRE A ÁGUA

Em cada quadrinho, desenhe a parte da história da Arca de Noé que corresponde ao texto descrito.

1.Orientações para a realização das atividades.6

SEGUINDO INSTRUÇÕES DIVINAS, NÓE CONSTRUIU UMA GRANDE ARCA, UM TIPO DE BARCO, PARA QUE

PUDESSE PRESERVAR A VIDA DA TERRA.

ALÉM DE NOÉ E SUA FAMÍLIA, ENTRARAM NA ARCA UM CASAL DE CADA ESPÉCIE ANIMAL.

DEPOIS DE MESES DE CHUVAS E ALAGAMENTOS, AS ÁGUAS COMEÇARAM A BAIXAR E NOÉ ENVIOU

UMA POMBA PARA SABER SE AS ÁGUAS JÁ HAVIAM BAIXADO O SUFICIENTE PARA QUE TODOS

VOLTASSEM PARA A TERRA.

AO RETORNAR, A POMBA TROUXE UMA FOLHA DE OLIVEIRA, INDICANDO QUE AS ÁRVORES NÃO ESTAVAM MAIS COBERTAS PELA ÁGUA. ASSIM, TODOS SAÍRAM DA ARCA E A FAMÍLIA DE NOÉ

POVOOU NOVAMENTE O MUNDO.

42 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 45: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Recorte os peixes da página 7 do material de apoio e cole-os no espaço a seguir criando uma composição.

2.

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A IMPORTÂNCIA DA ÁGUA PARA AS RELIGIÕES

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A ÁGUA É UM ELEMENTO IMPORTANTE NAS RELIGIÕES, ELA REPRESENTA

PRINCIPALMENTE A PURIFICAÇÃO E ESTÁ PRESENTE EM DIVERSAS CERIMÔNIAS

RELIGIOSAS. NA PÁGINA SEGUINTE, VAMOS CONHECER UM POUCO MAIS SOBRE O

SIGNIFICADO DA ÁGUA PARA AS RELIGIÕES.

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Page 46: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Para o Cristianismo, a água é utilizada no batismo e simboliza uma vida nova, uma fé que se inicia perante a comunidade religiosa. Jesus foi batizado nas águas do rio Jordão, por João Batista.

Em alguns grupos do Budismo, um copo de água fresca é oferecido a Buda todas as manhãs, sendo removido antes do anoitecer.

No Judaísmo, a água representa a purificação, por isso é usada em diferentes situações. Um exemplo é lavar as mãos antes das refeições e voltar a lavá-las depois delas.

No Islamismo, antes das orações, é necessário lavar-se com água para tornar-se puro.

Entre os indígenas Tupinambá, logo que a criança nasce, ela é banhada em um rio para ser integrada à aldeia e para ser preparada para as comemorações de seu nascimento.

Em algumas religiões afro- -brasileiras, como a Umbanda e o Candomblé, o batizado é feito em cachoeiras ou na água do mar, locais considerados habitados por divindades.

Orientações para a abordagem do tema.7

aspergir: respingar.

No Cristianismo Católico, com a bênção do sacerdote, a água benta é utilizada em vários momentos, como para aspergir gotas sobre os fiéis ou molhar os dedos para fazer o sinal da cruz ao entrar em uma igreja.

44 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 47: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Jesus tem muitas histórias para ensinar, uma delas se refere à água viva. Em cada quadrinho, desenhe a parte da história que corresponde ao que está escrito. Tire dúvidas com o professor a respeito das palavras que forem desconhecidas.

1.

ÁGUA VIVA DE JESUS JOÃO 4: 6-14

[...] FATIGADO DA CAMINHADA, JESUS SENTOU-SE JUNTO À FONTE.

[...] UMA MULHER DA SAMARIA CHEGOU PARA TIRAR ÁGUA. JESUS LHE DISSE: ”DÁ-ME DE BEBER!”

DIZ-LHE ENTÃO A SAMARITANA: “COMO, SENDO JUDEU, TU ME PEDES DE BEBER, A

MIM QUE SOU SAMARITANA?” [...]

JESUS LHE RESPONDEU: “SE CONHECES O DOM DE DEUS E QUEM É QUE TE DIZ: ´DÁ-ME DE BEBER´, TU É

QUE LHE PEDIRIAS, E ELE TE DARIA ÁGUA VIVA!”

FIM.

JESUS LHE RESPONDEU: “AQUELE QUE BEBE DESTA ÁGUA TERÁ SEDE NOVAMENTE;

MAS QUEM BEBER DA ÁGUA QUE EU LHE DAREI, NUNCA MAIS TERÁ SEDE. [...]”

ELA LHE DISSE: “SENHOR, NEM SEQUER TENS UMA VASILHA E O POÇO É PROFUNDO; DE

ONDE, POIS, TIRAS ESSA ÁGUA VIVA? [...]”

João. In: BÍBLIA de Jerusalém. São Paulo: Paulus, 2002. Cap. 4, vers. 4-14.

Orientações para a realização das atividades.8

45CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos

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a) Circule, nos versos, as palavras que indicam algo em que a água se transforma.

b) Sublinhe a parte da música na qual a água é relacionada a uma lenda indígena.

Leia alguns versos de uma canção sobre a água.

2.

Assim como a água, as pessoas também são capazes de se transformarem? De que maneiras?

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que as pessoas são capazes de se transformarem de diversas maneiras:

sendo mais educadas, mudando de profissão, decidindo estudar mais, etc.

Existem vários sons de água que permitem a você identificar em que local ela se encontra, como chuva, rio, cachoeira ou mar.

a) Ouça os sons de água reproduzidos pelo professor e, com os colegas, identifique cada um desses sons.

b) Qual som você mais gostou de ouvir? Por quê?

Pessoal. Incentive os alunos a pensar em outros sons que a água pode produzir.

3.

4.

ARANTES, Guilherme. Planeta água. In: ______. Planeta água. Rio de Janeiro: WEA, 1981. 1 LP. Lado A, faixa única.

PLANETA ÁGUA[...]

Água que faz inocente riacho

E deságua na corrente do ribeirão[...]

Água dos igarapésOnde Iara, a mãe-d’água

É misteriosa canção

[...]

Gotas de água da chuva

Alegre arco-íris sobre a plantação

[...]

ribeirão: curso de água menor que um rio e maior que um riacho. igarapés: rios pequenos em que se pode navegar.

©Shutterstock/KanokpolTokumhnerd

46 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 49: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Os elementos da natureza, terra, ar, fogo e água, estão presentes em todas as culturas. O ser humano precisa, muitas vezes, expressar o que sente por meio de símbolos, e estes podem ter um significado religioso. Cada religião tem símbolos próprios. Contudo, há aqueles que se repetem em diversas religiões, como é o caso da água.

Os símbolos de sua religião expressam crenças e sentimentos; por isso, são muito importantes para você e sua família. Na escola, há a possibilidade de conhecer novos símbolos e religiões. Apresentar aos colegas algo em que você acredita é importante para expressar sua identidade. E estudar símbolos de diferentes religiões ajuda a conhecer várias maneiras de expressar crenças e sentimentos.

PENSO DIFERENTE!

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Além disso, há pessoas que acreditam no amor, na bondade, no cuidado, mas que não têm nenhuma religião. O importante é que sejamos sempre respeitosos com a fé e com as formas diferentes de pensar.

Declaração dos Direitos Humanos: documento internacional escrito em 1948 para que os direitos das pessoas sejam respeitados em todo o mundo.

Pela Declaração dos Direitos Humanos, tanto os familiares quanto a criança têm o direito à liberdade religiosa, isto é, as pessoas devem ser respeitadas quanto às crenças que professam.

47CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos

Page 50: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Que símbolos de sua religião você considera os mais importantes?

Pessoal. O objetivo é que os alunos que professam uma religião reflitam sobre os símbolos que estão mais presentes

em sua vida e que tenham um significado especial.

Onde esses símbolos podem ser encontrados?

Pessoal. Os símbolos podem ser encontrados em casa, em um espaço importante e/ou no templo da crença religiosa, etc.

Auxilie os alunos a refletir sobre a importância de o símbolo ser respeitado em todos os lugares.

Você faz algum gesto especial diante desse símbolo? Por quê?

Pessoal. Auxilie os alunos a pensar nos gestos que realizam, nos significados que os gestos têm para cada um e de

que forma aprenderam a realizar esses gestos.

Qual é sua opinião sobre conhecer símbolos de outras crenças religiosas? Por quê?

Pessoal. O motivo pelo qual estudamos símbolos de outras crenças é para que haja respeito diante da diversidade e

para que os colegas também respeitem sua identidade.

1.

2.

3.

4.

48 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 51: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Você conheceu várias religiões e alguns de seus símbolos. Aprendeu, ainda, que a água é um símbolo que pode ter diversos significados em diferentes religiões.

Agora, é hora de brincar e se divertir com os novos conhecimentos! Siga as instruções a seguir, com a orientação do professor.

a) Recorte as peças do dominó das páginas 7 a 11 do material de apoio.

b) Associe cada símbolo religioso a seu nome ou à explicação correspondente.

c) Convide um colega para jogar com você.

1.

Orientações para a realização da atividade.9

Depois de brincar com os colegas, cole as peças em uma cartolina, respeitando a correspondência entre os elementos.

2.

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As crianças e suas famílias podem ter diferentes religiões e suas crenças devem ser respeitadas. Procure sempre ter atitudes de respeito e de gentileza com todas as pessoas em seu dia a dia.

49CAPÍTULO 3 | Os símbolos religiosos

Page 52: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

CAPÍTULO

OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES

4 Orientações para a abordagem do capítulo.1

50

Page 53: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Neste capítulo, você vai conhecer alguns

alimentos considerados sagrados em diferentes

culturas, tradições e expressões religiosas.

E, ainda, poderá identificar os significados

atribuídos a alimentos em diferentes

manifestações e tradições religiosas.

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ital.

51

Page 54: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Orientação para a realização das atividades.2

Converse com os colegas sobre as seguintes perguntas.

a) Que elementos você reconhece nas fotos?

b) Em nossa cultura, que alimentos são comuns em uma festa de aniversário?

c) Em sua casa, há momentos especiais que envolvam algum tipo de alimento?

d) Se sim, quais são esses momentos e que alimentos eles envolvem?

e) Por que, muitas vezes, o alimento está relacionado a momentos especiais?

OS DIFERENTES ALIMENTOS

Vimos que nas festas de aniversário, além da reunião com os familiares e amigos, os alimentos são importantes. Em festas assim, eles são pensados e preparados com carinho.

Os alimentos são essenciais para a sobrevivência do ser humano. Por isso, cada sociedade os produz de acordo com a cultura e o local onde habita. Em cada lugar do mundo, os alimentos são produzidos de maneira diferente. Em um lugar muito frio, por exemplo, costuma-se cozinhar pratos quentes. Além disso, em diferentes culturas, os alimentos fazem parte de festas, reuniões e celebrações.

2.

Orientação para a realização das atividades.2

©Shutterstock/Africa Studio

©Shutterstock/UA-pro

Observe as imagens de festas de aniversário. 1.

52 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 55: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

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Em sua opinião, os pratos observados fazem parte de quais culturas ou sociedades? Como você descobriu isso?

Observe alguns pratos que mais parecem obras de arte.2.

Você conseguiria montar um prato criativo e bonito com alimentos saudáveis? Desenhe esse prato deixando-o bem colorido. Se preferir, monte o prato de verdade, fotografe-o e cole a foto no caderno.

Orientações para a realização das atividades.3

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Taro

! Buchada de bode

! Chouriço ! Casquinha de siri

! Pato no tucupi

! Farofa de içá

! Caldo de turu

ESSA FESTA DE COMIDAS TÍPICAS TEM PRATOS BEM

DIFERENTES, NÃO É?

SIM, POIS CADA UM VEM DE UM LUGAR

DIFERENTE!

SÃO TANTOS AROMAS

DELICIOSOS!

Observe o diálogo entre os personagens.1.

fotos: ©Fotoarena/Bon Appetit/Euler, Bernd, ©Shutterstock/JuTi, , ©Shutterstock/Paulo Vilela, ©Shutterstock/Paulo Vilela, ©Arquivo Instituto Chão Caipira, ©Rusty Marcellini

53CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões

Page 56: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

a) O que se vê na primeira imagem?

Uma criança disposta, comendo um alimento saudável.

b) O que se percebe na segunda imagem?

Uma criança desanimada, comendo alimentos não saudáveis.

c) Qual é a semelhança entre as duas imagens? E as diferenças?

Semelhança: Nas duas imagens, há crianças comendo.

Diferenças: Na primeira imagem, a criança parece disposta e o alimento é saudável; na segunda, a criança está

desanimada e o alimento não é saudável.

d) Em sua opinião, essas imagens representam o alimento como importante para uma vida saudável? Por quê?

Espera-se que os alunos percebam que a alimentação saudável faz bem para o corpo, dá disposição e energia

para brincar e estudar e que, por outro lado, a má alimentação pode nos deixar cansados e sem ânimo.

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Observe estas duas imagens e, depois, responda às perguntas:3.©

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O alimento é essencial para a sobrevivência do ser humano. Por isso, de acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, todas as crianças têm direito a ele; é dever da família e da sociedade garantir esse direito a elas. Mas é importante consumir alimentos saudáveis e evitar o desperdício.

54 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 57: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

ALIMENTOS NAS RELIGIÕES

Os alimentos fazem parte da vida do ser humano e têm diferentes funções. Diariamente, as pessoas se alimentam para sua sobrevivência. O alimento também se torna importante em uma festa ou comemoração social.

Nas religiões, o mesmo alimento que é servido na mesa todos os dias pode ser considerado sagrado em uma cerimônia religiosa. Ainda assim, cada religião pode atribuir um significado diferente para um mesmo alimento. Um exemplo disso é o pão, que representa o corpo de Jesus na religião cristã e também pode ser o pão matzoth dos judeus, também chamado de pão ázimo, que não tem fermento e lembra o tempo em que esse povo foi escravizado no Egito.

Dayane Raven. 2016. D

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! Suhoor – refeição que substitui o

café da manhã para o povo islâmico

durante o Ramadã.

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!Prato com naan – típico pão indiano, consumido em qualquer refeição do dia.

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NA ÍNDIA, COME-SE UM PÃO CHAMADO NAAN.

SABE, DURANTE O RAMADÃ, OS ADULTOS COMEM PÃO

ANTES DA ORAÇÃO DA MANHÃ.

Orientações para a abordagem do tema.4

55CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões

Page 58: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Converse com os colegas.

a) Em sua religião, existe alguma história que envolva algum alimento?

b) Se sim, de que forma ela pode levar as pessoas a refletir e a ter atitudes positivas?

2.

Leia o diálogo e as palavras da ilustração a seguir.1.

Grande parte das religiões compreende o alimento como uma forma de relembrar um acontecimento importante na história, como um símbolo que aproxima a pessoa do divino ou um presente oferecido a uma divindade.

Nas religiões, o alimento não serve só para matar a fome do corpo, mas também para relembrar as orientações da religião e estimular o que está dentro de nós para que sejamos melhores para nós mesmos e os outros. As vivências e as práticas religiosas podem unir as pessoas e ajudá-las a refletir e a buscar o aperfeiçoamento pessoal diário.

UM DIA, JESUS ESTAVA NO DESERTO COM SEUS DISCÍPULOS E COM UMA MULTIDÃO QUE O SEGUIA PARA RECEBER BÊNÇÃOS

E ESCUTAR O QUE ELE TINHA A DIZER. APÓS TRÊS DIAS, JESUS TEVE COMPAIXÃO DA FOME QUE SEUS SEGUIDORES ESTAVAM

PASSANDO E JUNTOU OS SETE PÃES E ALGUNS PEIXINHOS QUE CONSEGUIU COM SEUS DISCÍPULOS. DEPOIS DE ABENÇOÁ-LOS, ELE OS COMPARTILHOU COM A MULTIDÃO, E OS PEIXES E PÃES

SE MULTIPLICARAM, MATANDO A FOME DE TODOS.

O PEIXE APARECE EM VÁRIAS HISTÓRIAS DA BÍBLIA. VAMOS CONTAR UMA DELAS A VOCÊS.

Orientações para a realização das atividades.5

56 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 59: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Orientações para abordagem do tema.6

ALEIJADINHO. Santa ceia. 1796-1799. 15 esculturas, madeira. Tamanho natural.

Santuário do Bom Jesus de Matosinhos, Congonhas.

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JUANES, Juan de. A última ceia. [ca. 1560]. 1 óleo sobre madeira, color., 116 cm × 191 cm. Museu do Prado, Madrid.

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apóstolos: doze primeiros seguidores de Jesus Cristo.

FELIPE, TANTO OS EVANGÉLICOS COMO OS CATÓLICOS ACREDITAM

EM JESUS CRISTO!

VERDADE, DULCE! A SANTA CEIA É A ÚLTIMA REFEIÇÃO QUE JESUS REALIZOU COM OS APÓSTOLOS.

VÁRIOS ARTISTAS REPRESENTARAM ESSE MOMENTO DE DIFERENTES

MANEIRAS. A PRIMEIRA OBRA FOI FEITA POR UM ARTISTA BRASILEIRO!

E A SEGUNDA POR UM ITALIANO! VOCÊ REPAROU QUE EXISTEM

MUITAS DIFERENÇAS ENTRE ESSAS REPRESENTAÇÕES?

SANTA CEIA NO CRISTIANISMO

57CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões

Page 60: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Auxilie Dulce e Felipe a encontrar semelhanças e diferenças entre as duas obras que representam a santa ceia.

1.

Semelhanças Diferenças

Orientações para a realização da atividade.7

Em uma época que havia poucos alimentos, dois guerreiros foram conversar com o grande espírito Nhandeyara para que criasse um alimento que saciasse a fome da aldeia. Durante a noite, Nhandeyara enviou um espírito para lutar contra os guerreiros até que o mais fraco perdesse a vida, e os guerreiros Guarani aceitaram o desafio. Depois de algum tempo de luta, Auaty, um dos guerreiros, caiu morto. Muito triste, seu amigo enterrou-o nas proximidades do local onde caiu.

No ano seguinte, uma planta alta e de folhas compridas brotou de onde Auaty foi enterrado. Dela, surgiram espigas de grãos amarelos, que passaram a servir de alimento e acabaram com a fome na aldeia. Os Guarani deram o nome de auaty (milho) ao novo alimento em homenagem ao indígena que se sacrificou em benefício do povo.

©Fabio Colombini

AGORA, VOU CONTAR PARA VOCÊS A HISTÓRIA DA ORIGEM

DO MILHO SEGUNDO OS INDÍGENAS GUARANI!

RELATO INDÍGENA SOBRE A ORIGEM DO MILHOEncaminhamento metodológico.8

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58 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 61: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

ARROZ NO BUDISMO

Há muitos anos, na Índia, quando um convidado muito importante era recebido no palácio de um rajah (um tipo de rei), para que se sentisse bem depois da viagem, ofereciam-lhe algo para beber, lavavam-lhe os pés para retirar a poeira da estrada e, depois, apresentavam-lhe flores,

Day

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016.

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incenso, velas e perfumes. Serviam também uma refeição (que continha arroz) e executavam músicas. Essas eram oferendas que demonstravam respeito e cuidado.

Construa frases utilizando as palavras a seguir.

a) espigas grãos folhas

O pé de milho é uma planta com folhas compridas e espigas de grãos amarelos.

b) Guarani milho fome

Para os Guarani, o milho foi criado pelo espírito Nhandeyara para saciar a fome da aldeia.

1.

NA ÁSIA, O PLANTIO DO ARROZ É MILENAR. SUA IMPORTÂNCIA É TÃO GRANDE QUE MUITAS CULTURAS REALIZAM FESTAS E

DANÇAS UTILIZANDO O ARROZ. ELE FICOU TÃO POPULAR QUE SEU CULTIVO FOI LEVADO PELOS

ASIÁTICOS PARA O MUNDO TODO.

NO BUDISMO, O ARROZ TAMBÉM É MUITO

IMPORTANTE! LEIA A HISTÓRIA A SEGUIR

PARA CONHECER UM POUCO MAIS!

59CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões

Page 62: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Com o professor e os colegas, reconte oralmente a história sobre como um convidado era tratado quando recebido no palácio do rajah.

Nos quadrinhos a seguir, desenhe as partes da história que vocês recontaram.

1.

2.

Atualmente, para a realização de um altar para Buda, são colocadas oito oferendas, cada uma em um pote. Uma dessas oferendas é o arroz, colocado no sexto pote junto a uma fruta, um biscoito ou algum outro alimento complementar. No sétimo pote, também é colocado arroz, e, sobre ele, algo que represente um instrumento musical, geralmente uma concha ou um pequeno sino.

Essas oferendas relembram a história de acolhimento, respeito e cuidado em relação aos convidados do rajah em seu palácio.

60 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 63: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

RESPEITO COM AS CRENÇAS RELIGIOSAS

Ao longo do capítulo, os personagens apresentaram alguns alimentos que podem ser relacionados a suas crenças religiosas.

Você percebeu como os alimentos são importantes para nossa sobrevivência e para as religiões.

a) Converse com seus familiares sobre quais alimentos eles consideram saudáveis para a alimentação e o corpo. Anote as respostas no caderno.

b) Pergunte quais alimentos são importantes para a crença religiosa de sua família. Anote as respostas no caderno.

1.

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Encaminhamento metodológico.9

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VOCÊ PERCEBEU QUE ALGUNS ALIMENTOS SE REPETEM EM ALGUMAS RELIGIÕES?

EXISTEM OUTROS ALIMENTOS DE SUA CRENÇA RELIGIOSA QUE GOSTARIA DE

APRESENTAR PARA A TURMA?

VOCÊ JÁ CONHECIA TODOS ESSES ALIMENTOS?

ALGUM DELES ESTÁ PRESENTE NA SUA CRENÇA RELIGIOSA?

Orientações para a realização das atividades.10

61CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões

Page 64: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

©Shutterstock/Silamime

Apresente para os colegas os alimentos saudáveis que sua família escolheu e também os alimentos sagrados citados por eles.

2.

Você e seus colegas aprenderam mais sobre os personagens e sobre os símbolos e alimentos relacionados a suas religiões.

Você também pôde expressar para seus colegas seu jeito de crer por meio dos símbolos e alimentos ligados à sua crença religiosa.

Confeccione um pequeno livro intitulado “Meu livro das religiões”, que contenha os elementos importantes estudados sobre as religiões dos personagens e sobre a sua também. Para isso, siga os passos indicados na próxima página.

1.

Orientações para a realização das atividades.11

Represente com a massinha de modelar os alimentos relacionados à crença religiosa de sua família, ou um prato contendo alimentos sudáveis.

Com a turma, organizem um espaço para expor seus trabalhos.

3.

62 PASSADO, PRESENTE E FÉ | VOLUME 2

Page 65: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

a) Recorte os quadros das páginas 13 e 15 do material de apoio e preencha-os com as informações solicitadas. Se necessário, consulte seu livro para preenchê-los.

b) Depois que seu livrinho estiver pronto, coloque as folhas em ordem e, com a ajuda de um adulto, fixe-as todas juntas.

c) Faça uma capa contendo o nome da escola, do professor, de sua turma e, depois, seu nome. Escreva o título “Meu livro das religiões” e decore a capa como preferir.

d) Acrescente uma folha ao final do livrinho para colocar você como personagem. Copie nela a moldura das outras páginas e preencha os espaços com os mesmos itens solicitados para os personagens.

Apresente seu livro a algumas pessoas de que você gosta, preferencialmente os familiares e colegas de outras turmas. Explique cada página para que a pessoa compreenda os significados dos símbolos e dos alimentos. Lembre-se de falar também sobre sua crença religiosa.

a) Agora, escreva aqui o que as pessoas comentaram sobre seu livro das religiões.

Pessoal. O intuito é que os alunos exponham para os adultos a importância de se respeitar as crenças

religiosas.

b) Você gostou de realizar essa atividade? Por quê?

Pessoal. Incentive os alunos a compartilhar suas opiniões sempre respeitando as opiniões dos colegas.

2.

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63CAPÍTULO 4 | Os alimentos nas religiões

Page 66: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Pessoal. O objetivo é criar empatia entre os alunos em relação às crenças

religiosas.

Pessoal. Espera-se que os alunos percebam que o que é sagrado para um

grupo de pessoas deve ser respeitado por todos.

Pessoal. Espera-se que os alunos consigam se colocar no lugar dos outros.

COMO VOCÊ AGIRIA SE VISSE ALGUÉM DESRESPEITANDO UM ALIMENTO RELACIONADO À SUA RELIGIÃO?

COMO VOCÊ AGIRIA SE UM DE SEUS AMIGOS FALASSE SOBRE A CRENÇA RELIGIOSA E OS COSTUMES DELE E ALGUÉM DEBOCHASSE

DESSAS QUESTÕES?

E SE ISSO ACONTECESSE COM VOCÊ?

FINALIZAMOS ESTE ANO COM MUITA APRENDIZAGEM!LEMBRE-SE DE SEMPRE RESPEITAR TODAS AS PESSOAS E TODAS AS

CRENÇAS, ASSIM COMO VOCÊ GOSTARIA DE SER RESPEITADO. TODAS AS CRENÇAS RELIGIOSAS TÊM ALGO BONITO A NOS ENSINAR!

ESPERAMOS VOCÊ NO PRÓXIMO ANO!

Pensando na importância do respeito às crenças religiosas, imagine-se nas situações descritas pelos personagens e responda como você agiria em cada uma.

3.

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64

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ATIVIDADES Página 9

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1MATERIAL DE APOIO

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Page 69: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Cristianismo Evangélico

Umbanda

Religião Indígena

Judaísmo

Candomblé

Islamismo

BudismoCristianismo

Católico

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3MATERIAL DE APOIO

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Page 71: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

ATIVIDADESPáginas 31 e 32

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5MATERIAL DE APOIO

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Page 73: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

ATIVIDADESPágina 43

Nessa religião, é necessário lavar-se com água antes das orações

para tornar-se puro.

Umbanda

BRINCAR E APRENDERPágina 49

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7MATERIAL DE APOIO

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Page 75: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

BRINCAR E APRENDERPágina 49

Guarani

Masbaha ou subha

Islamismo

Cristianismo

Simboliza uma vida nova, uma fé que se inicia

perante a comunidade religiosa.

Budismo

Flor de lótus

Catolicismo

Batismo

©Shutterstock/Roberto G

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©Shutterstock/Zilan2000

9MATERIAL DE APOIO

Page 76: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela
Page 77: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

BRINCAR E APRENDERPágina 49

Budismo

Cristianismo

Judaísmo

Para esse povo, as esculturas são utilizadas como meio

medicinal para que as crianças se tornem fortes fisicamente.

Religiões afro-brasileiras

TerçoUm copo de água fresca é

oferecido todas as manhãs a Buda e é removido ao

anoitecer.

Islamismo

Guarani

Iemanjá

Quipá

Menorá

©Shutterstock/Fleckstone

©Shutterstock/Fleckstone

©Shutterstock/Lari Borges

11MATERIAL DE APOIO

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Page 79: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

ATIVIDADESPágina 63

BUDISMO JUDAÍSMO

RELIGIÕES INDÍGENAS ISLAMISMO

Nome do personagem:

Características do personagem:

Alimentos relacionados à religião:

Símbolos sagrados:

Nome do personagem:

Características do personagem:

Alimentos relacionados à religião:

Símbolos sagrados:

Nome do personagem:

Características do personagem:

Alimentos relacionados à religião:

Símbolos sagrados:

Nome do personagem:

Características do personagem:

Alimentos relacionados à religião:

Símbolos sagrados:

13MATERIAL DE APOIO

Page 80: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela
Page 81: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

ATIVIDADESPágina 63

EVANGÉLICO

CANDOMBLÉ

CATÓLICO

UMBANDA

Nome do personagem:

Nome do personagem:

Características do personagem:

Características do personagem:

Alimentos relacionados à religião:

Alimentos relacionados à religião:

Alimentos relacionados à religião:

Alimentos relacionados à religião:

Símbolos sagrados:

Símbolos sagrados:

Símbolos sagrados:

Símbolos sagrados:

Nome do personagem:

Nome do personagem:

Características do personagem:

Características do personagem:

CRISTIANISMO

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

CRISTIANISMO

RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

15MATERIAL DE APOIO

Page 82: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela
Page 83: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

LIVRO DO PROFESSOR

VOLUME 2

1.a ediçãoCuritiba - 2019

CLAUDIA REGINA KLUCK

GISELE MAZZAROLLO

SONIA DE ITOZ

Page 84: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Presidente Ruben Formighieri

Diretor-Geral Emerson Walter dos Santos

Diretor Editorial Joseph Razouk Junior

Gerente Editorial Júlio Röcker Neto

Gerente de Produção Editorial Cláudio Espósito Godoy

Coordenação Editorial Jeferson Freitas

Coordenação de Arte Elvira Fogaça Cilka

Coordenação de Iconografia Janine Perucci

Autoria Gisele Mazzarollo

Reformulação dos originais de Claudia Regina Kluck e Sonia de Itoz

Edição de conteúdo Lysvania Villela Cordeiro (Coord.) e Anne Isabelle Vituri Berbert

Edição de texto Giorgio Calixto de Andrade

Revisão João Rodrigues

Consultoria Sérgio Rogerio Azevedo Junqueira

Capa Doma.ag Imagens: ©Shutterstock

Projeto Gráfico Evandro Pissaia

Imagens: ©Shutterstock/KanokpolTokumhnerd/Zaie Ícones: Patrícia Tiyemi

Edição de Arte e Editoração Evandro Pissaia

Pesquisa iconográfica Juliana de Cassia Camara

Ilustrações Dayane Raven

Engenharia de Produto Solange Szabelski Druszcz

Todos os direitos reservados à Editora Piá Ltda.

Rua Senador Accioly Filho, 43181310-000 – Curitiba – PR

Site: www.editorapia.com.brFale com a gente: 0800 41 3435

Impressão e acabamentoGráfica e Editora Posigraf Ltda.Rua Senador Accioly Filho, 500

81310-000 – Curitiba – PRE-mail: [email protected]

Impresso no Brasil2020

Dados Internacionais para Catalogação na Publicação (CIP)

(Maria Teresa A. Gonzati / CRB 9-1584 / Curitiba, PR, Brasil)

© 2019 Editora Piá Ltda.

K66 Kluck, Claudia Regina.

Ensino Religioso : passado, presente e fé / Claudia Regina Kluck, Gisele Mazzarollo, Sonia de Itoz ilustrações Dayane Raven. – Curitiba : Piá, 2019.

v. 2 : il.

ISBN 978-85-64474-84-0 (Livro do aluno)

ISBN 978-85-64474-85-7 (Livro do professor)

1. Educação. 2. Estudo religioso – Estudo e ensino. 3. Ensino fundamental. I. Mazzarollo, Gisele. II. Itoz, Sonia de. III. Raven, Dayane. IV. Título.

CDD 370

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SUMÁRIO

1 Proposta pedagógica ______________ 4

Concepção de ensino _______________________ 4

Objetivos __________________________________ 8

Avaliação __________________________________ 8

Organização didática _______________________ 9

Referências ________________________________ 12

2 Orientações metodológicas ________ 13

Os ambientes de convivência ________________ 13

As memórias _______________________________ 20

Os símbolos religiosos ______________________ 26

Os alimentos na religiões ___________________ 35

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PROPOSTA PEDAGÓGICAENSINO RELIGIOSO

CONCEPÇÃO DE ENSINOA coleção Passado, presente e fé para o Ensino Religioso tem por princípios a valorização e o

respeito à diversidade cultural, com vistas à promoção dos direitos humanos e da cultura da paz.

De acordo com a Declaração Universal sobre a Diversidade Cultural (UNESCO, 2002), a cultura adquire formas diversificadas no tempo e no espaço, o que se manifesta na originalidade e na pluralidade dos grupos humanos, atuando como fonte de intercâmbios, de inovação e de criativi-dade. Assim, a diversidade cultural constitui patrimônio comum da humanidade e deve, portanto, ser reconhecida e respeitada em benefício das gerações presentes e futuras.

A pluralidade religiosa é um aspecto da diversidade cultural presente no mundo e também no Brasil. Sua abordagem nos nove anos do Ensino Fundamental pode favorecer o aprimoramento da pessoa humana e da convivência social. Nesse intuito, a escola mostra-se um espaço privilegiado para a construção do conhecimento religioso e da tolerância por meio do diálogo, da reflexão e do respeito mútuo.

Historicamente, o conhecimento religioso tem sido objeto de estudo de teologias e ciências, como História, Sociologia, Psicologia, Antropologia, Geografia e, mais recentemente, Ciência da Religião. O Ensino Religioso, por sua vez, permeia o espaço escolar desde o momento em que o Estado passou a ocupar-se da educação dos cidadãos.

Assim, na Europa do século XVIII, organizou-se um sistema educacional em que o ensino da religião era visto como meio de educar os cidadãos para valores como humildade, generosidade, paciência, equilíbrio e piedade. O instrumento básico para tanto era o catecismo católico, por meio do qual se realizavam a instrução religiosa e também a alfabetização.

No Brasil, a introdução oficial do Ensino Religioso no currículo escolar ocorreu em 1827, sendo, então, conferida à escola a função de ensinar leitura, escrita, as quatro operações, os números decimais, proporção, introdução à geometria, gramática da língua portuguesa, princípios da moral, doutrina católica e História do Brasil, além de favorecer a leitura da Constituição do Império. Com a Proclamação da República, em 1889, o Ensino Religioso foi retirado do currículo das escolas públicas brasileiras e retornou apenas em 1931.

Nas Constituições posteriores, permaneceu como componente obrigatório para as escolas e optativo para os estudantes, condição confirmada pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB, Lei nº 9.394/96) e, mais recentemente, pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), que lhe concede o status de área do conhecimento, juntamente com Linguagens, Matemática, Ciências da Natureza e Ciências Humanas. Além disso, a BNCC afirma que o fenômeno religioso constitui “um dos bens simbólicos resultantes da busca humana por respostas aos enigmas do mundo, da vida e da morte” (BRASIL, 2017, p. 434).

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Esses documentos demonstram a relevância do Ensino Religioso para os currículos escolares do Ensino Fundamental, uma vez que se favorecem a compreensão e o respeito às diversidades cultural e religiosa do povo brasileiro.

O artigo 32 da LDB estabelece como objetivo para o Ensino Fundamental a formação básica do cidadão com base nos seguintes aspectos:

I - o desenvolvimento da capacidade de aprender, tendo como meios básicos o pleno do-mínio da leitura, da escrita e do cálculo;

II - a compreensão do ambiente natural e social, do sistema político, da tecnologia, das artes e dos valores em que se fundamenta a sociedade;

III - o desenvolvimento da capacidade de aprendizagem, tendo em vista a aquisição de co-nhecimentos e habilidades e a formação de atitudes e valores;

IV - o fortalecimento dos vínculos de família, dos laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca em que se assenta a vida social. (BRASIL, 1996)

A BNCC, por sua vez, defende para o Ensino Fundamental o desenvolvimento de competências e habilidades que possibilitem concretizar os direitos de aprendizagem das crianças e dos jovens. Esse documento propõe a organização dos componentes curriculares por meio das categorias: competências, unidades temáticas, objetos de conhecimento e habilidades.

Assim, orienta um processo de ensino e aprendizagem do conhecimento histórico-cultural para o desenvolvimento de valores humanos, ou seja, propõe o desenvolvimento da sensibilidade, do diálogo, da tolerância e da convivência pacífica, respeitando as pluralidades cultural e religiosa brasileira.

Também reconhece a relação do conhecimento religioso com a busca humana de respostas para questões existenciais básicas: Quem sou? De onde vim? Para onde vou? Qual é o sentido da existência?

Como principal referência para a abordagem do conhecimento religioso no Ensino Fundamental, a BNCC elege a Ciência da Religião, uma vez que esta, como disciplina autônoma, “possibilita a análise diacrônica e sincrônica do fenômeno religioso, a saber, o aprofundamento das questões de fundo da experiência e das expressões religiosas, a exposição panorâmica das tradições religiosas e as suas correlações socioculturais” (SOARES, 2009, p. 3).

Ao compreender o ser humano como um ser complexo, integrado, a BNCC define o indiví-duo como ente constituído de “imanência (dimensão concreta, biológica) e de transcendência (dimensão subjetiva, simbólica)” (BRASIL, 2017, p. 436). Ambas as dimensões, de forma associada, propiciam a cada um relacionar-se com os demais, com a natureza e com o transcendente. Essas relações, múltiplas e dialógicas, possibilitam ao indivíduo compreender-se como igual aos outros, em sua humanidade, e como diferente deles, em sua singularidade.

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Portanto, as unidades temáticas previstas na BNCC e descritas a seguir contemplam uma cosmovisão que favorece a compreensão da estrutura das religiões e de conceitos fundamentais nelas presentes, bem como das formas de expressão que influenciam as relações sociais por meio dos costumes, das tradições e da linguagem.

• A unidade temática Identidades e alteridades, especialmente contemplada nos Anos Iniciais, promove o reconhecimento da singularidade e da importância de cada indivíduo (subjetivi-dade). Ao mesmo tempo, é reforçada a compreensão de suas conexões com os outros seres humanos (alteridade), identificando as semelhanças e as diferenças em uma perspectiva de coexistência. Logo, essa unidade temática proporciona os primeiros reconhecimentos das dimensões imanente e transcendente que integram o patrimônio cultural humano, o que se realiza por meio da identificação de diversos costumes, crenças, formas de viver e símbolos.

• A unidade temática Manifestações religiosas possibilita a abordagem de informações acerca de componentes do fenômeno religioso, como: espaços sagrados, símbolos, ritos, representações religiosas, formas de expressão da espiritualidade (orações, cultos, gestos, cantos, danças, meditações), práticas celebrativas, indumentárias, alimentos e objetos con-siderados sagrados, bem como líderes religiosos e suas formas de atuação.

• A unidade temática Crenças religiosas e filosofias de vida, cuja abordagem se intensifica nos Anos Finais, fomenta a compreensão, a valorização e o respeito em relação às diversas experiências religiosas, possibilitando identificar, reconhecer, analisar e discutir o fenômeno religioso com base em seus elementos estruturantes: os mitos (que estabelecem relações entre a imanência e a transcendência), as crenças, as narrativas religiosas (orais e escritas), as doutrinas religiosas (princípios e valores das diversas tradições), os códigos ético e moral (balizadores de comportamento dos adeptos) e as ideias de imortalidade (como ancestrali-dade, reencarnação, ressurreição e transmigração). Também integram essa unidade temática as relações possíveis das tradições religiosas com a esfera pública (política, saúde, economia, educação), as mídias e a tecnologia.

Os quadros a seguir destacam as unidades temáticas e os objetos de conhecimento previstos pela BNCC para os nove anos do Ensino Fundamental. Além disso, ao final de cada volume anual, as orientações didáticas trazem um mapa curricular integrado, que explicita os conteúdos e as atividades propostos para a abordagem desses elementos, bem como as habilidades da BNCC contempladas em relação a eles.

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Anos Unidades temáticas Objetos de conhecimento

1.º anoIdentidades e alteridades

O eu, o outro e o nós

Imanência e transcendência

Manifestações religiosas Sentimentos, lembranças, memórias e saberes

2.º anoIdentidades e alteridades

O eu, a família e o ambiente de convivência

Memórias e símbolos

Símbolos religiosos

Manifestações religiosas Alimentos sagrados

3.º ano

Identidades e alteridades Espaços e territórios religiosos

Manifestações religiosasPráticas celebrativas

Indumentária religiosa

4.º anoManifestações religiosas

Ritos religiosos

Representações religiosas na Arte

Crenças religiosas e filosofias de vida Ideia(s) de divindade(s)

5.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida

Narrativas religiosas

Mitos nas tradições religiosas

Ancestralidade e tradição oral

6.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida

Tradição escrita: registro dos ensinamentos sagrados

Ensinamentos da tradição escrita

Símbolos, ritos e mitos religiosos

7.º ano

Manifestações religiosasMísticas e espiritualidades

Lideranças religiosas

Crenças religiosas e filosofias de vidaPrincípios éticos e valores religiosos

Liderança e direitos humanos

8.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida

Crenças, convicções e atitudes

Doutrinas religiosas

Crenças, filosofias de vida e esfera pública

Tradições religiosas, mídias e tecnologias

9.º ano Crenças religiosas e filosofias de vida

Imanência e transcendência

Vida e morte

Princípios e valores éticos

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OBJETIVOSNo artigo 33, a LDB determina o “respeito à diversidade cultural religiosa do Brasil”. Nessa pers-

pectiva, a coleção Passado, presente e fé tem como objetivo central promover o conhecimento e a reflexão acerca do fenômeno religioso em âmbito mundial e, especialmente, em suas manifestações no Brasil. Para isso, contempla os objetivos de ensino e aprendizagem indicados pela BNCC:

a) Proporcionar a aprendizagem dos conhecimentos religiosos, culturais e estéticos, a partir das manifestações religiosas percebidas na realidade dos educandos;

b) Propiciar conhecimentos sobre o direito à liberdade de consciência e de crença, no constante propósito de promoção dos direitos humanos;

c) Desenvolver competências e habilidades que contribuam para o diálogo entre perspectivas religiosas e seculares de vida, exercitando o respeito à liberdade de concepções e o pluralismo de ideias, de acordo com a Constituição Federal;

d) Contribuir para que os educandos construam seus sentidos pessoais de vida a partir de valores, princípios éticos e da cidadania. (BRASIL, 2017, p. 436)

Cabe ressaltar, ainda, a importância de respeitar e fortalecer a identidade religiosa de cada educando, uma vez que o direcionamento religioso de crianças e jovens é prerrogativa das famílias e das instituições religiosas. A escola, por sua vez, pode contribuir para a formação cidadã das novas gerações por meio do estímulo às compreensões reflexiva e analítica das manifestações religiosas, promovendo a cultura da paz e a valorização dos direitos humanos, conforme o princípio constitucional da liberdade de crenças, ideias e consciência. Nesse sentido, Aragão e Souza (2017, p. 19) apontam que o Ensino Religioso: “[...] está assumindo essa responsabilidade de oportunizar o acesso aos saberes e conhecimentos produzidos pelas diferentes tradições espirituais e cosmovisões religiosas enquanto patrimônios da história humana.”

AVALIAÇÃOO conhecimento religioso é bastante complexo, pois, além das especificidades do seu objeto (o

transcendente), envolve elementos histórico-culturais e ainda a dimensão psíquico-afetiva de in-divíduos e grupos identitários. Esse conhecimento demonstra que a experiência religiosa humana, em sua diversidade, constitui um dos caminhos percorridos por diferentes grupos e sociedades em busca de respostas para os problemas fundamentais da existência.

Ao defrontar-se com a finitude e com a possibilidade de conduzir a vida por variadas direções, apresenta-se aos seres humanos a necessidade de encontrar uma explicação para a morte e um sentido para a vida. Nesse contexto, as religiões despertam a esperança de superação da morte e indicam valores para orientar a vida, conferindo-lhe uma finalidade e um significado. Além disso, a experiência religiosa pode ser considerada “humanizante”, ou seja, capaz de tornar cada um mais sensível aos outros e mais consciente da condição humana compartilhada com eles. Uma experiência dessa natureza é, portanto, indissociável de uma consciência ética.

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Dayane Raven. 2016. Digital.

Logo, os processos de ensino e aprendizagem do conhecimento religioso requerem metodologias e estratégias capazes de ampliar a consciência e a valorização da identidade dos educandos, assim como o respeito aos diversos grupos identitários que compõem o seu contexto sociocultural. Em todas as etapas desse processo, inclusive na avaliação, deve-se ter presente o desenvolvimento das seguintes competências, estabelecidas pela BNCC para o Ensino Religioso:

1. Conhecer os aspectos estruturantes das diferentes tradições/movimentos religiosos e filosofias de vida, a partir de pressupostos científicos, filosóficos, estéticos e éticos.

2. Compreender, valorizar e respeitar as manifestações religiosas e filosofias de vida, suas expe-riências e saberes, em diferentes tempos, espaços e territórios.

3. Reconhecer e cuidar de si, do outro, da coletividade e da natureza, enquanto expressão de valor da vida.

4. Conviver com a diversidade de crenças, pensamentos, convicções, modos de ser e viver.

5. Analisar as relações entre as tradições religiosas e os campos da cultura, da política, da eco-nomia, da saúde, da ciência, da tecnologia e do meio ambiente.

6. Debater, problematizar e posicionar-se frente aos discursos e práticas de intolerância, discri-minação e violência de cunho religioso, de modo a assegurar os direitos humanos no constante exercício da cidadania e da cultura de paz.

ORGANIZAÇÃO DIDÁTICAA observação do(s) fenômeno(s) religioso(s) faz parte da realidade do educando antes mesmo

de seu ingresso no sistema escolar, seja por uma opção familiar, seja pelo contexto social que o cir-cunda. A coleção Passado, presente e fé parte desse pressuposto para oportunizar a compreensão reflexiva e analítica de diferentes manifestações.

Com esse propósito, os con-teúdos são explorados por meio de textos e atividades, que, por sua vez, organizam-se didati-camente em seções e ícones, considerando as especificidades de cada nível de ensino.

9LIVRO DO PROFESSOR

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Para o Ensino Fundamental – Anos Iniciais

Ícones

Pesquisa

Caderno

Você sabia?

Atividade coletiva

Atividade oral

PP

Apresenta diferentes recursos e atividades com o propósito de fazer um levantamento dos co-nhecimentos prévios dos alunos acerca dos conteúdos que serão trabalhados no capítulo.

Por meio de propostas lúdicas, busca a interação entre os alunos, além de oportunizar reflexões significativas e contextualizadas a respeito dos conteúdos desenvolvidos.

Incentiva os alunos a construir suas concepções, elaborar e sistematizar, de maneira individual e coletiva, o conteúdo. É o momento da sistematização do conhecimento e de novas indagações.

Oportuniza a interação entre os alunos e com outras pessoas da convivência deles. Traz atividades como rodas de conversa, entrevistas e diferentes propostas de trabalho em equipe.

Envolve os alunos em atividades voltadas ao desenvolvimento de valores, como empatia, soli-dariedade, respeito e tolerância.

10 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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Para o Ensino Fundamental – Anos Finais

Ícones

Caderno

Glossário

Texto informativo

Atividade coletiva

Propõe atividades com o ob-jetivo de exercitar a tolerância, a compreensão e a harmonia nas relações em família, na comuni-dade escolar e nas demais esfe-ras de convivência dos alunos.

Traz atividades, objetivas e discursivas, com a finalidade de sistematizar os conhecimentos adquiridos ao longo do estudo do capítulo.

Propõe o debate em sala de aula, sempre mediado pelo professor. Os temas sugeridos são relacionados aos conteúdos estudados e ao cotidiano dos alunos, que serão estimulados a compartilhar suas ideias e seus posicionamentos, sempre respeitando as opiniões dos colegas.

Sugere atividades, indivi-duais ou coletivas, de investiga-ção e estudo acompanhadas de orientação e roteiro para alunos e professores com o objetivo desenvolver a capacidade de selecionar fontes, coletar dados e produzir sínteses.

Apresenta atividades diversi-ficadas que sistematizam e am-pliam os conteúdos trabalhados no capítulo.

Apresenta diversos gêneros textuais e verbo-visuais para que os alunos realizem atividades de análise de documentos, re-lacionando-os aos conteúdos estudados.

Possibilita diferentes olhares sobre os temas tratados no ca-pítulo com o objetivo de am-pliar os assuntos abordados e o contato com outras opiniões e modos de viver e de pensar.

Aborda temas de grande relevância para a convivência harmônica em sociedade. São incentivadas reflexões a respeito de documentos importantes, além de pronunciamentos ofi-ciais de líderes religiosos e secu-lares, que tratam de temas como igualdade, direitos humanos e liberdade.

11LIVRO DO PROFESSOR

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______. Constituição da República dos Estados Unidos do Brasil (de 16 de julho de 1934). Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/constituicao/constituicao34.htm>. Acesso em: 16 ago. 2018.

______. Lei n.º 9.394 de 20 de dezembro de 1996: estabelece as diretrizes e bases da educação nacional. Brasília, 20 dez. 1996.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB, 2017.

GEERTZ, Clifford. A interpretação das culturas. Rio de Janeiro: LTC, 1989.

HOCK, Klaus. Introdução à Ciência da Religião. São Paulo: Loyola, 2017.

IMPÉRIO DO BRASIL. Documentos complementares do Império do Brasil (15 outubro 1827). artig. 6. In: BONAVIDES, Paulo.; AMARAL, Roberto A. Textos políticos da História do Brasil. Brasília, Senado Federal, 1996. v. I.

JUNQUEIRA, Sérgio B. A. O processo de escolarização do Ensino Religioso no Brasil. Petrópolis: Vozes, 2002.

PASSOS, João D.; USARSKI, Frank. (Org.). Compêndio de Ciência da Religião. São Paulo: Paulus, 2013.

REPÚBLICA DOS ESTADOS UNIDOS DO BRASIL. Coleção de Leis. Rio de Janeiro: Senado Federal, 1931. v. I.

SILVA, Eliane M. Religião, diversidade e valores culturais: conceitos teóricos e a educação para a Cidadania. Disponível em: <https://www.pucsp.br/rever/rv2_2004/p_silva.pdf>. Acesso em: 17 ago. 2018.

SOARES, Afonso M. L. Ciência da Religião, Ensino Religioso e formação docente. Disponível em: <https://www.pucsp.br/rever/rv3_2009/t_soares.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.

UNESCO. Cultura de paz: da reflexão à ação; balanço da década internacional da promoção da cultura de paz e não violência em benefício das crianças do mundo. Brasília: UNESCO; São Paulo: Associação Palas Athena, 2010.

______. Declaração Universal dos Direitos Humanos. Paris: Unesco, 1948.

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USARSKI, Frank. Interações entre Ciência e Religião. Revista Espaço Acadêmico, Maringá, v. 02, n. 17, 2002.

______. Os enganos sobre o sagrado: uma síntese da crítica ao ramo “clássico” da Fenomenologia da Religião e seus conceitos-chave. Disponível em: <www.pucsp.br/rever/rv4_2004/p_usarski.pdf>. Acesso em: 16 ago. 2018.

12 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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Neste capítulo, é abordado o tema ambientes de convivência, de modo que optamos por uma aproximação sutil e gradativa dos alunos em relação à temática religiosa propriamente dita. O objetivo é garantir que eles se sintam confortáveis com o assunto, oportunizando que sigam ritmos próprios no reconhecimento e nas reflexões acerca dos elementos religiosos. Ao conduzir os alunos a perceber contextos como o lar, a família e a escola, relacionando-os aos costumes e às cren-ças cotidianas e, depois, às crenças religiosas, é possibilitado a eles que compreendam o universo religioso como algo mais próximo do que imaginavam. Nessa gradativa construção entre o que é sagrado e o que não é sagrado, os alunos reafirmam sua identidade religiosa e respeitam as demais.

Sugestão de número de aulas: 10

Orientações didáticas

Páginas 4 e 5

1 Ao iniciar o ano letivo, quando os alunos participam das primeiras aulas de Ensino Religioso, é comum a apreensão de suas famílias quanto ao modo como o fenômeno religioso será tratado na escola. Muitos pais sentem receio de que os conteúdos abordados em sala possam interferir na identidade religiosa de seus filhos. Nesse sentido, é importante esclarecer à comunidade escolar que o objetivo do Ensino Religioso é promover o conhecimento sem privilegiar nenhuma crença ou tradição religiosa e, ainda, sem realizar experiências religiosas de qualquer natureza com os alunos. Trata-se de olhar para as manifestações religiosas que acontecem na sociedade, nas comunidades, nas diversas culturas e tentar entendê-las. Trata-se, ainda, de identificar as crenças e os significados das diferentes expressões religiosas, a fim de melhorar as relações interpessoais e sociais.

O respeito à identidade religiosa de cada aluno começa pela atitude do professor, que deve abordar as diversas temáticas sem privilegiar ou desprezar nenhuma religião. Além disso, deve ser reservada especial atenção à abordagem dos conteúdos frente à identidade dos alunos cujas famílias professam uma religião e concordam com alguns pontos de determinada crença, porém não participam de todas as atividades religiosas prescritas. O número de pessoas que pertencem a esse grupo, no Brasil, é expressivo. Além disso, há um percentual elevado de pessoas que, mesmo sem estar vinculada a uma religião, apoiam-se em diversos sistemas de crenças segundo convicções pessoais.

Veja o Mapa curricular integrado no final das Orientações metodológicas.

ORIENTAÇÕES METODOLÓGICAS

CAPÍTULO OS AMBIENTES DE CONVIVÊNCIA1

13LIVRO DO PROFESSOR

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Por outro lado, há alunos cujas famílias se declaram “sem religião” ou que se reconhecem como ateias. É importante que esses alunos não se sintam pressionados nem excluídos nas atividades realizadas em sala. Ainda que não tenham crenças religiosas nem realizem práticas dessa natureza, eles podem (e devem) ser estimulados a compartilhar valores, experiências e princípios aprendidos em família.

Páginas 6 e 7

2 Neste capítulo, os alunos estudarão os espaços de convivência cotidianos com base em elemen-tos como crenças e costumes. Gradativamente, vão se aproximar das noções de espaços sagrados e de suas relações com costumes e crenças. No final do capítulo, cada um expressará sua identidade religiosa, possibilitando ao professor mapear as religiões e as filosofias de vida representadas na turma, inclusive casos de ausência de crença religiosa.

Página 8

Ponto de partida

3 Os diálogos entre Yurem e Manjari e entre Felipe e Sikulume introduzem, por meio de exemplos, as definições de costume e crença. Os personagens demonstram o cotidiano das famílias deles. Complemente o debate com exemplos próprios e outros compartilhados pelos alunos.

Por meio do diálogo dos personagens, é possível diferenciar com os alunos a definição de crença (acreditar em algo ou alguém) e de costume (hábito ou prática frequente). Tanto o costume quanto a crença podem ou não ter cunho religioso. A atividade do varal introduzirá a ideia de costume na família para, mais adiante, contextualizá-la em costume religioso.

Página 9

Atividades

4 Nessa atividade, os alunos deverão escolher, das imagens do material de apoio, uma peça de roupa para cada familiar. Individualmente, eles deverão recortar e pintar a peça, caracterizando-a com o estilo de roupa que seu familiar utiliza de maneira costumeira ou de que gosta. Depois, de-verão escrever, na parte da frente da roupa, um costume que essas pessoas têm ou algo em que acreditam, em apenas uma palavra ou frase. Na sala de aula, providencie um cordão para servir de varal e pequenos prendedores ou fita adesiva para pendurar as roupas da família. É importante que esse varal fique na altura dos olhos dos alunos, para que todos consigam ler o que os colegas escreveram nas pequenas peças.

Ao ler com os alunos o que está escrito nas peças do varal, questione-os sobre o que escreveram, inclusive costumes e crenças que provoquem curiosidade. Realize aproximações e agrupamentos que possam ser registrados por meio de gráficos (por tipos de costume e crença). É possível registrar o gráfico a partir do total de pessoas citadas pela turma ou de grupos determinados (como mães, pais, irmãos, etc.) para comparações e diferenciações.

14 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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Construa coletivamente com os alunos uma frase conclusiva da atividade. A frase deve ser escrita nas peças não utilizadas do material do apoio. Os alunos devem recortar, pintar e escrever a frase, bem como colá-la no caderno. Se sobrarem poucas peças, eles podem complementar desenhando e recortando outras peças.

Página 10

5 Na atividade anterior, os alunos relembraram os costumes e as crenças de seus familiares. Agora é afirmado que família é um espaço de encontro em que se vivencia um lar. Indague os alunos sobre a diferença entre uma casa, ou um apartamento, e um lar.

Ao convidar os alunos para se sentarem em círculo, combine algumas regras importantes. Como cada um vai contar um pouco de sua história familiar, é preciso criar um ambiente de confiança. Explique essa noção de ambiente de confiança para as crianças e, em conjunto, estipule algumas regras de cuidado e respeito, como: não conversar quando alguém estiver falando, respeitar a vez de falar, não emitir opiniões negativas, etc. Finalize a atividade retomando as relações entre as ideias de lar e de família. Em um lar, é possível que as pessoas da família demonstrem seus costumes e suas crenças. Para isso, por vezes são utilizados espaços específicos da casa onde o integrante da família se sente bem. Pergunte aos alunos em qual espaço eles se sentem bem em seus lares e os motivos dessa escolha.

Brincar e aprender

6 Para auxiliar no processo de construção do diorama, peça aos alunos que desenhem em uma folha a planta baixa do espaço da casa. Oriente-os a construir o diorama de acordo com a planta baixa. Auxilie-os a pensar sobre a seleção de materiais para a construção dessa maquete. Se neces-sário, ajude-os a marcar as dimensões e proporções.

Para essa atividade, não é necessário estabelecer uma escala para padronizar o tamanho dos ele-mentos, porém é importante que o aluno compreenda que os elementos preservarão a noção de maior e de menor em relação aos componentes retratados no desenho.

Essa atividade também pode ser realizada em casa com a ajuda dos pais ou responsáveis. Para isso, é necessário indicar para a família o intuito da atividade e justificar que esses momentos auxiliam na aproximação entre pais/responsáveis e filhos. Organize um espaço dentro ou fora da sala de aula para a exposição dos trabalhos. É importante que o trabalho de todos os alunos sejam expostos para que se sintam valorizados.

Página 11

Atividades

7 A resposta ao segundo item da questão pode ser socializada entre os colegas. É possível realizar uma enquete acerca dos sentimentos vividos nos espaços escolhidos pelos alunos e questioná-los sobre o motivo dessas sensações.

15LIVRO DO PROFESSOR

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8 O conceito de lar foi explicado, ao longo das aulas, como algo além do espaço físico: um local de encontro, de amor e de cuidado. Questione os alunos: Por que todas as crianças têm direito a um lar? O que é um direito? O que é um dever? O que significa proteção? Que exemplos temos de proteção e desproteção?

Comente com eles sobre a garantia dos direitos da infância e da adolescência por meio do Estatuto da Criança e do Adolescente. Saliente que esse documento também registra os deveres das crianças e dos adolescentes. É importante que compreendam que todo direito implica em um dever.

Sugestão de atividade

9 Além dos animais apresentados como exemplo de proteção, é possível realizar uma pesquisa na internet com os alunos, buscando outros animais que apresentam os mesmos cuidados com seu bando ou seus filhotes. Cada aluno ou dupla pode desenhar o animal e escrever um texto sobre ele. Reserve um tempo de aula para a socialização dos resultados das pesquisas.

Página 12

Brincar e aprender

10 Essa brincadeira tem o objetivo de introduzir as diferentes formas de viver de maneira leve e descontraída. Questione as diferentes formas de viver e de se abrigar dos animais.

Para orientar a brincadeira, siga estes passos:

• Leve os alunos ao pátio ou a outro grande espaço na escola.

• Organize-os em trios e em círculo.

• Em cada trio, um aluno ficará no centro, e os outros dois, de mãos dadas, protegerão aquele que estará no meio deles.

• No meio do grande círculo, um aluno deverá ficar sozinho.

• A cada voz de comando “cada macaco em seu galho”, todos os participantes protegidos devem tentar escapar e ir para o meio de outra dupla, e o aluno do centro do grande círculo deverá tentar ocupar algum lugar vazio.

• Quem restar fora da proteção das duplas deve ficar no meio do grande círculo.

• O comando de voz continua da mesma maneira sucessivamente.

Páginas 13 a 15

Conversar e fazer juntos

11 Promova uma roda de conversa para que os alunos relatem histórias vividas em seus lares. A seu critério, eles podem também realizar desenhos referentes a essas histórias.

16 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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Brincar e aprender

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1. Inicialmente, peça aos alunos que realizem uma leitura silenciosa do texto Cada coisa em seu lugar, para que consigam compreender os registros escritos e as ilustrações. Então, repita a leitura em voz alta pausadamente e deixe que eles leiam apenas a ilustração. Questione os alunos sobre os diferentes tipos de moradia e seus moradores. Em seguida, relacione o tema ao sentimento de lar e de espaços em que gostamos de estar. É importante que os alunos compreendam que, quando as coisas estão organizadas em seu devido lugar, ou no lugar ao qual pertencem, isso facilita a vida, pois podemos encontrar objetos com maior facilidade e dispor dos elementos necessários para cada tarefa que realizamos no dia a dia. Apesar de cada família ter um costume, geralmente os pratos, por exemplo, são guardados no mesmo cômodo em que as refeições são feitas, assim como o vaso sanitário deve ficar na privacidade do banheiro.

2. A brincadeira precisa ser realizada de maneira organizada e com algumas regras claras. O ideal é escolher um espaço grande ou deixar um espaço livre no meio da sala para a execução dessa atividade. Na primeira etapa, peça aos alunos que escrevam na primeira coluna onde guarda os objetos citados na lista. O segundo passo é combinar com a turma algumas regras, como caminhar pela sala e procurar um colega com o qual não costuma conversar tanto. Em seguida, solicite à dupla que converse a respeito da organização dos objetos presentes no quadro dispo-nível no Livro do aluno. Após essa conversa, eles devem anotar na terceira coluna de seu livro as informações recebidas do colega. Após o término do preenchimento, solicite aos alunos que voltem a seus lugares e que relatem os dados coletados para a turma.

3. As perguntas em relação à brincadeira devem ser respondidas de forma individual para, depois, serem discutidas em turma. Os alunos certamente trarão exemplos, que são importantes para uma simulação imaginária: a de se colocar no lugar do outro e descrever o que sentiriam com base nisso.

Página 16

Atividades

13 O diálogos entre Potira e Manjari sintetizam o que as crianças construíram até o momento. Os espaços e os objetos também podem ser sagrados. Solicite aos alunos que recortem do material de apoio as imagens dos espaços sagrados e o nome do grupo religioso a que os personagens pertencem. Os alunos podem colocar os recortes sem colar no quadro antes de realizar a conferência com você, professor. Faça essa conferência junto às crianças, para que possam colar nos espaços adequados. O objetivo é sistematizar a aprendizagem, visto que o quadro será um material de consulta. Entendemos que o Cristianismo é a religião formada pelas Igrejas Católicas, Evangélicas, Luteranas, etc. Entretanto, para esse ano escolar, adotamos o termo “religião” Católica e Evangélica, com o objetivo de facilitar a compreensão dos alunos.

17LIVRO DO PROFESSOR

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14 No diálogo, Dulce e Yurem retomam a ideia dos espaços não sagrados ao falar de costumes cotidianos. O intuito é revisar o conteúdo e introduzir novos elementos para o conhecimento das religiões, como a ampliação do vocabulário religioso com a palavra costume, ainda que ela seja abordada como elemento não sagrado.

Com os textos e as imagens, os conceitos de costumes e crenças são construídos com base na família, no lar, até chegar à escola. É importante retomar essas questões com os alunos, para que percebam as perspectivas tomando como referência um mesmo objeto de conhecimento.

Páginas 18 e 19

Atividades

15 Converse com os alunos sobre as respostas que obtiveram. Divida o quadro em quatro partes (costume, crença, costume religioso e crença religiosa) para classificar as respostas dos entrevistados e peça a eles que as copiem nos espaços apropriados do quadro. É importante salientar que nem todas as famílias e pessoas acreditam ou seguem alguma religião. Elas podem ter outras crenças ou outros valores. A criança e sua família precisam ser respeitadas diante desse posicionamento.

Religião Espaço religioso Religião Espaço

religioso

Candomblé

Cristianismo Católico

Umbanda

Cristianismo Evangélico

Judaísmo

Islamismo

Budismo

Religião Indígena

18 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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Há um espaço para que o aluno se posicione em relação à sua crença e religião. Nesse contexto, eles poderão dar várias denominações a essa crença, como filosofia de vida. A respeito dos evangélicos, é importante perguntar aos alunos à qual igreja pertencem, visto que as crenças e os costumes de cada uma podem ser diferentes. O objetivo é que eles apresentem sua identidade religiosa.

Página 20

Conversar e fazer juntos

16 Auxilie os alunos nessas atividades para que, juntos, consigam relembrar as regras da escola e da sala de aula, bem como os costumes desse local. É possível que eles exponham regras que não estão sendo cumpridas. Os exercícios de empatia em relação às situações citadas auxiliarão os alunos a compreender melhor os exemplos.

Página 21

Conversar e fazer juntos

17 Esse momento em círculo com os colegas é de grande importância e precisa ocorrer em clima de respeito e acolhida perante as falas de cada um, inclusive para as crianças e as famílias que praticam mais de uma religião, não praticam nenhuma ou se intitulam de uma religião, mas não a praticam. Esse espaço, enfim, é de escuta e de conhecimento, e não de julgamento ou críticas.

Encerra-se o primeiro capítulo lembrando que a liberdade de crença e de prática da religião é um direito que deve ser respeitado.

Sugestão para o professor

Leitura

• WILKINSON, Philip. Guia Ilustrado: Religiões. Rio de Janeiro: Zahar, 2011.

Nesse guia ilustrado, o autor aborda conceitos como crenças, cerimônias, festivais, deuses e textos sagrados por meio de exemplos. Discute também, de maneira completa, o papel dos objetos e dos locais sagrados. Em forma de quadro, o autor apresenta informações como as origens, o número de adeptos, os fundadores e os profetas de cada religião ou segmento religioso abordado.

19LIVRO DO PROFESSOR

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Neste capítulo, é abordado o tema memória. Após observar os ambientes de convivência, con-vidamos os alunos a olhar para dentro de si mesmos, buscando memórias e sentimentos que esses ambientes evocam. O objetivo é que eles compreendam o que são memórias afetivas e o valor que o sagrado pode ter.

Sugestão de número de aulas: 8

Orientações didáticas

Páginas 22 e 23

1 Este capítulo introduz elementos que adiante serão aprofundados no âmbito das religiões (capítulos 3 e 4). O capítulo aborda as narrativas orais e escritas, bem como símbolos familiares e escolares, que remontam a lembranças e memórias importantes para a construção da identidade da criança. Dessa maneira, os alunos conseguem definir e diferenciar elementos importantes e que fazem parte de seu cotidiano, para que, mais tarde, seja introduzido ao universo religioso.

O capítulo apresenta as narrativas orais e escritas com base no cotidiano dos alunos, principalmente na família. Inicia com a definição de comunicação e exemplifica seus diversos tipos, enfatizando a oralidade e a escrita, além de abordar a tradição oral dos povos indígenas.

Em seguida, os personagens, em uma linguagem próxima à do aluno, evocam memórias de narra-tivas escritas e orais de seus familiares. Nesse momento, eles se identificam com os personagens e lembram-se das próprias memórias.

O conteúdo é finalizado trazendo a ideia de memória escrita na escola e possibilitando aos alunos perceber que a narrativa escrita está próxima deles, em diferentes fontes escritas que transmitem memórias. O boletim escolar em forma de quebra-cabeça finaliza a abordagem do tema e inicia a reflexão sobre o próximo conteúdo.

Página 24

Ponto de partida

2 O registro dos alunos será retomado na atividade 1 da seção Conversar e fazer juntos.

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Conversar e fazer juntos

3

1. O objetivo da atividade é exemplificar as diferenças perceptíveis entre a fala e a escrita.

CAPÍTULO AS MEMÓRIAS2

20 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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2. a) Pessoal. O objetivo é que os alunos percebam que a comunicação oral é mais breve e informal do que a escrita, a qual é mais elaborada. Espera-se que eles percebam que há mais interferências culturais e sociais na expressão oral.

b) Pessoal. Os alunos poderão concluir que a escrita é mais elaborada e formal porque o texto precisa transmitir o que queremos relatar somente por meio de palavras. É importante que eles percebam o potencial expressivo dos gestos, da entonação da voz e de outros elementos que precisam ser descritos textualmente.

Páginas 26 e 27

Conversar e fazer juntos

4 Espera-se que os alunos saibam diferenciar as narrativas orais das escritas e estabelecer as ca-racterísticas de cada uma em relação à formalidade da linguagem, por exemplo. É importante que eles compreendam que as narrativas orais tradicionais visam à manutenção da memória e da cultura de um povo ou de um grupo.

Assim, a narrativa oral sagrada se diferencia pelo tema, que é sempre relativo ao sagrado. Portanto, transmite mitos e tradições considerados sagrados pelo povo ou grupo que a transmite.

Brincar e aprender

5 Para a leitura do diálogo, escolha alguns alunos e combine que eles podem entonar a voz ex-pressando a recordação vivida pelo personagem. Após a leitura, questione-os sobre as memórias deles em relação aos familiares.

Classifique se a comunicação se deu a partir da oralidade ou de narrativas escritas. No caso de nar-rativas escritas, os exemplos não são apenas livros de literatura, mas receitas, cartas, etc. Os alunos podem escrever no caderno alguma memória que tiverem e desenhá-la. Compartilhar essa produção com os colegas é um excelente exercício de revitalização da memória afetiva.

1. O objetivo da atividade é exemplificar as diferenças perceptíveis entre a fala e a escrita. Uma his-tória contada com base nas memórias afetivas para várias pessoas durante muitos anos poderia sofrer modificações em relação à história original?

Essa é uma pergunta importante para fazer aos alunos antes da brincadeira. A ideia é que eles respondam que podem ocorrer modificações, mas a essência precisa permanecer para haver respeito e cuidado com o que foi contado.

A brincadeira de telefone sem fio consiste em repassar a informação para outra pessoa cochichando em seu ouvido. É interessante iniciar com uma palavra que não é muito comum para os alunos; depois, passar para uma pequena frase e, por fim, uma pequena narrativa (com início, meio e fim). É possível, também, colocar regras para a brincadeira, como repassar a informação até duas vezes ou colocar a mão ao lado da boca para impedir que os colegas façam a leitura labial.

21LIVRO DO PROFESSOR

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Converse com os alunos sobre as diferenças entre passar uma informação quando ela é uma pala-vra, uma frase ou uma narrativa. O que acontece quando temos mais informações para passar? Ao brincar de telefone sem fio, percebe-se a importância do cuidado ao repassar informações, pois é imprescindível que se mantenha a veracidade daquilo que escuta, vê ou percebe.

2. Primeiramente, oriente os alunos a observar a obra individualmente e, depois, coletivamente. Auxilie-os a analisar as expressões faciais em cada representação de conversa em duplas. Identifique com eles quantas pessoas estão representadas na ilustração. Pergunte a eles: Quantas e quais expressões faciais elas apresentam?

As expressões mantêm uma constância e, a partir de algumas falas, elas se modificam. Identifique em quais diálogos as expressões faciais se modificam e quantas vezes isso acontece. Por meio desses questionamentos, auxilie os alunos a perceber que a primeira personagem é também a última.

A mesma personagem que iniciou o telefone sem fio, o rumor, acabou por receber a mensagem de outra maneira. Diferentemente da expressão inicial, que demonstra curiosidade ao espalhar uma notícia, na última cena, a personagem reage constrangida ao que parece ser uma acusação.

A última questão, com relação à ilustração, auxiliará os alunos a sistematizar as demais atividades sobre as narrativas orais. Oriente os alunos a apresentar suas respostas oralmente e, em seguida, registrá-las no caderno.

Seguem sugestões de resposta para as questões da atividade 2.

a) Na primeira, a expressão facial da personagem era de surpresa. Na antepenúltima conversa, Felipe parece estar envergonhado. Na última conversa, ele parece estar chateado e Manjari parece surpresa e assustada.

b) Pessoal. O objetivo é que os alunos concluam que as informações devem ser comunicadas cla-ramente, sem adicionar nenhum detalhe ou informação que seja diferente do que se ouviu. É importante também checar com o interlocutor se o que ele ouviu e compreendeu foi o que se quis dizer.

Página 28

Atividades

6 Na escola, além da narrativa oral, há a narrativa escrita. Questione os alunos sobre os tipos de narrativas que se pode encontrar na escola e peça-lhes exemplos. O boletim escolar é um exemplo de narrativa, pois pode contar histórias. O boletim escolar tem um significado social, por isso é im-portante questionar os alunos sobre essa representação e tantas outras. Com essa introdução, eles compreenderão que os símbolos têm e representam significados.

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Solicite aos alunos que recortem as peças do material de apoio para montar o quebra-cabeça e, depois de pronto, que o colem no livro. É importante que eles recebam auxílio na colagem e no dimensionamento do espaço, a fim de que consigam colá-lo dentro do espaço sinalizado.

A atividade do quebra-cabeça inicia a problematização do conteúdo, pois apresenta que a comu-nicação escrita pode ser feita com base em registros e documentos. Questione os alunos e explore os elementos do boletim montado no quebra-cabeça. Se eles ainda não receberam o boletim este ano, mostre a eles um boletim de anos anteriores, preferencialmente de uma turma com a qual não tenham contato, a fim de que as informações não causem nenhum tipo de constrangimento.

Se possível, preencha um boletim da escola com informações de um personagem inventado, como algum dos personagens da coleção, por exemplo.

Página 30

Conversar e fazer juntos

7 Essa atividade deve ser organizada antecipadamente. Convide um adulto que tenha experiên-cias interessantes de sua época de escola para contar às crianças. Combine com o convidado que mencione alguns símbolos, espaços e histórias que foram marcantes e o que eles significavam na época e/ou atualmente.

É importante tomar conhecimento das histórias que serão contadas previamente, para que seja possível avaliar se elas são adequadas para a faixa etária e não incentivam comportamentos peri-gosos ou inconvenientes.

Prepare com os alunos algumas perguntas que possam ser feitas ao entrevistado e peça que criem um cartão de agradecimento para ser entregue ao final da visita. Organize a sala de aula em um círculo de cadeiras, para que o ambiente fique mais acolhedor. Um ou dois alunos podem realizar o agradecimento de maneira verbal e entregar o cartão em nome da turma.

8 O tema é iniciado com uma breve síntese sobre o que já foi construído e sistematizado em relação às narrativas orais e escritas e aos símbolos. É importante relembrar com os alunos as aulas e as atividades anteriores.

Página 31

Atividades

9 Antes de definir o que é um símbolo, peça aos alunos que recortem do material de apoio as imagens e que as associem aos significados que estão no livro.

1. Essa atividade pode ser realizada inicialmente sem o uso de cola. Depois da verificação coletiva, eles podem colar as imagens para que o registro definitivo fique correto.

23LIVRO DO PROFESSOR

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Gabarito:

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2. Ao caminhar pela escola, auxilie os alunos a identificar os símbolos e seus significados. Depois da atividade, em sala, os alunos podem agrupar os símbolos por critérios definidos previamente. Eles também vão perceber símbolos que são essenciais para a escola.

Páginas 32 e 33

Conversar e fazer juntos

10 Essa atividade deve ser planejada com antecedência, para que a família possa se organizar. É imprescindível lembrar que as religiões evangélicas não apresentam símbolos, tanto as tradicionais quanto as pentecostais e neopentecostais. O mesmo ocorre no Espiritismo. Explique aos alunos que as religiões que não têm símbolos não se utilizam deles para remeter a seu significado e não dedi-cam cuidados a símbolos ou objetos determinados. Explique-lhes que a ausência de símbolos não implica a ausência de valores que poderiam ser representados por meio deles e que é necessário respeito a todo tipo de manifestação religiosa.

É preciso ter atenção com os alunos que não têm crença religiosa e, portanto, apresentarão apenas objetos não religiosos. Incentive uma postura respeitosa da turma em relação a esses colegas e vice-versa, pois todos devem participar da atividade.

Os símbolos trazidos pelos alunos poderão ser religiosos ou não. Auxilie-os a distinguir e a classificar os objetos, a fim de criarem uma base para compreender a simbologia religiosa. Religioso ou não, deve-se ter cuidado ao manejar os símbolos, pois, muitas vezes, eles carregam muitas lembranças e sentimentos.

Sugestões para o professor

Leitura

• ALVES, Rubem. O que é religião? São Paulo: Loyola, 2002.

Com base em um olhar cheio de dúvidas, o autor reflete sobre o que é a religião, como e por que ela surgiu nas diferentes sociedades e qual a sua influência na vida das pessoas. Além de conceber a religião como um comportamento de grupos restritos, é necessário reconhecê-la enquanto presença sutil nos modos de pensar e agir cotidianos ao longo do tempo.

• SMITH, Penny; SHALEV, Zahavit. Escolas como a sua: um passeio pelas escolas ao redor do mundo. São Paulo: Ática, 2008.

O livro apresenta o cotidiano escolar de crianças de mais de 30 países por meio de depoimentos das próprias crianças. Conhecendo outras realidades escolares com base em narrativas escritas e fotos, é possível despertar um novo olhar acerca da própria escola.

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Neste capítulo, é iniciada uma abordagem sobre o conceito de símbolo partindo da realidade dos alunos. O objetivo é que eles compreendam que, assim como suas memórias podem evocar sentimentos, os símbolos (objetos ou sinais gráficos) também contribuem para dar sentido àquilo que nos rodeia.

Sugestão de número de aulas: 8

Orientações didáticas

Página 36

1 No capítulo anterior, os símbolos foram classificados como religiosos e não religiosos. Neste capí-tulo, há a ampliação desse conceito por meio da apresentação da simbologia das tradições religiosas dos personagens. Há, também, um olhar para a identidade religiosa quando o aluno apresenta seu símbolo religioso e o classifica como parte de um grupo religioso. O movimento pedagógico realizado neste capítulo parte da identidade para a diversidade, retornando para a identidade do aluno. Por isso, é importante consultar os familiares sobre a simbologia religiosa, deixando claro e objetivo que, duran-te a aula, o foco é o conhecimento religioso, e não o desenvolvimento de uma experiência religiosa.

Na ilustração de abertura do capítulo, os personagens vestem camisetas com símbolos estampados. Nos quadros a seguir, encontram-se algumas informações a respeito desses símbolos.

Religiões Indígenas

(Povo Guarani)

Vários objetos produzidos pelos povos indígenas, que chamamos de artesanato, têm para eles valores simbólicos, rituais e até mágicos. As esculturas zoomórficas guaranis, por exemplo, representam animais aos quais são atribuídas propriedades medicinais. Os animais mais frequentemente esculpidos são: tatu, tartaruga, onça, jacaré, quati, coruja, tucano, falcão, águia e tamanduá.

As esculturas são feitas pelos homens indígenas, que também são os responsáveis por colher a madeira, o que deve ocorrer na Lua minguante ou crescente. Esse ofício é ensinado de pai para filho. Enquanto a criança ainda não sabe ou não consegue esculpir, ela acompanha e observa o trabalho do pai.

Os indígenas Guarani acreditam que o tatu é um animal que traz força e vigor às crianças. Por isso, quando caçam tatu na Lua nova, os Guarani tiram um pouco de sua gordura e a passam no corpo das crianças, como uma pomada, para fortalecer seus ossos e músculos.

Em virtude do avanço das cidades, muitos animais que faziam parte do cotidiano dos povos indígenas estão desaparecendo ou rareando. Nesse contexto, as esculturas também servem para apresentar esses animais às crianças e aos jovens, a fim de que seu significado não se perca.

CAPÍTULO OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS3

26 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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Umbanda

Também chamada de Inaê ou Janaína, a Orixá Iemanjá é uma divindade feminina que rege o mar. No sincretismo religioso da Umbanda, ela é associada à Nossa Senhora dos Navegantes.

Nas religiões afro-brasileiras, além de ser considerada a padroeira dos pescadores e navegantes, a ela atribui-se forte influência na gestação e na criação de filhos.

JudaísmoA menorá é um candelabro com sete pontas, ou sete espaços para velas. Na Torá,

livro sagrado do Judaísmo, diz-se que Moisés construiu a primeira menorá por ordem de Deus. O objeto, colocado no Tabernáculo, era aceso diariamente pelo Sumo Sacerdote. Simboliza a árvore em chamas que Moisés viu no Monte Sinai, por meio da qual se comunicou com Deus pela primeira vez.

Na Torá e na tradição judaica, a luz representa o bem e a sabedoria, de modo que, segundo algumas interpretações, o candelabro sempre aceso representa a palavra, o amor ou a proteção de Deus, que ilumina o mundo e o coração dos fiéis.

Candomblé A indumentária, conhecida como “roupa de baiana”, tornou-se símbolo do Candomblé e das religiões de matriz africana em geral. Isso porque, nos Período Colonial e Imperial, as mulheres africanas e afro-brasileiras, escravizadas, costumavam usar esses trajes, parecidos com os que usavam em seus países de origem. Essa roupa incluía turbante, pano de costa, bata, saia e acessórios (pulseiras, colares, brincos, etc).

A cor das roupas e dos acessórios variava de acordo com a região da qual vinham e com sua religião. As africanas muçulmanas, por exemplo, cobriam a maior parte do corpo com tecidos pesados e lisos; já as nagôs utilizavam roupas com bordados e anáguas por baixo das saias. Além disso, quando os colares ou as pulseiras de contas eram guias (aces-sórios de valor sagrado), a cor dependia do orixá do qual a pessoa era considerada filha. A religião e o local de procedência influenciavam, ainda, em qual dos ombros o pano de costa era utilizado, se o turbante tinha a ponta para cima ou para trás, etc.

Entre essas mulheres, as chamadas “escravas de ganho”, que comercializavam comi-das nas ruas, tornaram-se referência. Por meio de sua renda, muitas vezes, conseguiam comprar a própria alforria. Por isso, essas personagens, típicas na Bahia, tornaram-se símbolos da ascensão social conquistada pelas mulheres por meio do trabalho (alcançan-do a liberdade) ou por meio da hierarquia religiosa (consagrando-se como Ialorixá, ou mãe de santo).

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Islamismo

Os cordões com nós ou contas são utilizados em diversas religiões para contabilizar orações, mantras, etc. No Catolicismo, há o terço; no Budismo e no Hinduísmo, o japama-la; e no Islamismo, o masbaha.

O masbaha pode ter 33 contas (divididas em 3 grupos) ou 99 contas (divididas da mesma maneira). Geralmente, é utilizado para contabilizar as repetições dos 99 nomes de Allah (Deus).

O masbaha não é considerado um amuleto ou objeto sagrado no Islamismo. Alguns sheiks argumentam que andar com ele nas mãos contraria os princípios de discrição e modéstia. Por isso, alguns fiéis utilizam para contar suas orações um cordão simples com nós ou as falanges dos dedos. Os muçulmanos não usam o masbaha no pescoço para que sua função de contador não se perca e para que não pareça um amuleto de proteção.

Budismo

No simbolismo budista, a flor de lótus representa, principalmente, a pureza do corpo e da mente.

A flor que nasce da lama simboliza a alma que se desapega dos sofrimentos mate-riais e surge imaculada em busca de luz (ou de iluminação). Por nascer espontaneamente em um ambiente hostil, também simboliza independência e automanifestação. Essa característica é frequentemente associada a Buda. Em muitas representações, vê-se Buda sentado sobre uma flor de lótus – já que ambos são automanifestados e imaculados dos sofrimentos materiais em direção à luz. A flor também pode significar o feminino e a compaixão.

Um dos sutras (ou escrituras) mais importantes do Budismo Mahayana chama-se Sutra de Lótus, entendido por algumas correntes budistas como o ápice dos ensinamen-tos do Buda.

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Catolicismo

O terço é um objeto que facilita a contagem das orações do rosário. De acordo com a tradição católica, a cada oração de Ave-Maria, é como se uma rosa fosse entregue à Virgem Maria, completando, ao final, um buquê.

Tradicionalmente, rezava-se um terço três vezes para completar o rosário, de acordo com a recitação dos mistérios Gozosos, Dolorosos e Gloriosos. Em 2002, o Papa João Paulo II acrescentou ao rosário os mistérios Luminosos. A recitação dos mistérios corres-ponde aos momentos da vida de Jesus Cristo.

Atualmente, existem terços de variados tamanhos e em forma de pulseira ou anel, por exemplo. No Catolicismo, o terço deve ser tratado com respeito e cuidado. Algumas ordens religiosas usam um terço como parte do hábito, como os agostinianos e os redentoristas.

Pai-Nosso

Pai-Nosso

Pai-Nosso

Pai-Nosso

Ave-Maria

Pai-Nosso

Pai-Nosso

Salve-Rainha

Glória ao Pai

Glória ao Pai

Glória ao Pai

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Creio

Glória ao Pai

Ave-Maria

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29LIVRO DO PROFESSOR

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Cristianismo

O peixe é um dos símbolos mais antigos do Cristianismo. Desde o século I, é utilizado para identificar cristãos. Na narrativa bíblica, os peixes são mencionados ocasionalmente, por exemplo quando Jesus diz que fará dos discípulos pescadores de homens (Mt 4:19) e quando multiplica os peixes (junto aos pães) para saciar a fome da multidão (Mt 14:19). Além disso, a palavra peixe em grego (ichthys) forma um acróstico para a expressão “Iesous Christos, Theo hyiós, soter”, que significa “Jesus Cristo, filho de Deus, Salvador”.

Nos primeiros séculos após o nascimento de Cristo, quando os cristãos eram perse-guidos pelos romanos, utilizavam o peixe como uma espécie de senha para suas reuniões secretas nas catacumbas. O anfitrião desenhava um semicírculo no chão de areia e, se o visitante completasse o desenho com outro semicírculo, formando um peixe vazado, sua entrada era permitida. Nesse período, o peixe também era utilizado para identificar sepulturas cristãs.

Outros símbolos cristãos que emergiram foram o do bom pastor (um pastor carre-gando uma ovelha nas costas), o cristograma (monograma com as duas primeiras letras gregas da palavra Cristo), a cruz, a âncora, as letras alfa e ômega (que representam início e fim) e a pomba.

Página 38

2 Nessa página, os personagens apresentam outros símbolos aos alunos. O objetivo é que eles conheçam e identifiquem os símbolos em seu cotidiano de vivência e os relacionem às religiões correspondentes. Pela complexidade da conceituação, o significado aprofundado dos símbolos das religiões não será desenvolvido este ano. Salientamos, ainda, que os símbolos apresentados para cada religião são apenas alguns entre os que cada uma tem.

Se julgar pertinente, explique aos alunos, de maneira adequada à faixa etária, algumas informações sobre o significado e a origem dos símbolos apresentados, conforme os quadros a seguir. Ressaltamos que a origem e o significado do peixe no Cristianismo foram apresentados na orientação didática anterior, relativa aos conteúdos das páginas 34 e 35.

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Page 113: volumePara construir o diorama, siga estes passos: 1. 2. diorama: espécie de maquete tridimensional de um espaço ou uma cena. planta baixa: desenho de uma construção como se ela

Religiões indígenas Grande parte dos povos indígenas sobrevive de pequenas hortas, da caça, da pesca e da coleta. Por isso, os recursos naturais, quando abundantes ou escassos em um local, influenciam diretamente na manutenção e na qualidade de vida do povo que ali vive.

De modo geral, os povos indígenas atribuem valores simbólicos e transcendentais a ele-mentos da natureza. Aqui representados por uma árvore, os elementos que podem ter valores espirituais abrangem diversos tipos de plantas, animais e minerais que existem no ambiente onde o povo vive. Muitos povos têm mitos que relacionam elementos da natureza com aconte-cimentos sobrenaturais, como as histórias amazônicas de origem da mandioca e do guaraná.

JudaísmoA estrela de seis pontas é um símbolo que fez parte de diferentes tradições da

Antiguidade. No Judaísmo, é chamada de Estrela de Davi ou Escudo de Davi. Suas pontas representam o governo de Deus sobre o mundo em todas as direções (Norte, Sul, Leste, Oeste, acima e abaixo).

A expressão hebraica Magen significa Escudo de Davi. Metaforicamente, refere-se à proteção de Deus ao povo judeu por meio da proteção ao rei Davi. Acredita-se também que o escudo de Davi pode ter tido formato triangular, que a sobreposição dos triângulos apontando em direções opostas significa as dicotomias bem/mal, espiritual/físico, a relação recíproca entre o povo judeu e Deus ou, ainda, as boas ações que sobem ao céu e ativam um fluxo de bondade que retorna ao mundo.

Principalmente após a Segunda Guerra Mundial, na qual os judeus eram marcados com a Estrela de Davi em suas roupas e sepulturas, o símbolo passou a ser mundialmente reconhecido como símbolo do Judaísmo e da resistência do povo judeu.

Umbanda

Chamado de “luz de vida e pomba de Oxalá”, o símbolo foi criado pela Associação de Umbanda de Caxias para ser usado na bandeira nacional da religião. Tanto o Sol quanto a pomba representam aspectos de Oxalá, considerado um dos principais orixás da Umbanda, que corresponde, no sincretismo, à figura de Jesus Cristo.

CandombléNo Candomblé, o jogo de búzios é um importante e sagrado oráculo, uma forma de

comunicação com o plano espiritual, que visa alertar e guiar o consulente. De maneira geral, a interpretação varia com a quantidade de búzios virados para cima (abertos) ou para baixo (fechados). Considera-se que as divindades afetam o modo como os búzios são dispostos, fornecendo, assim, respostas às perguntas feitas pelo pai ou pela mãe de santo. A interpretação depende da intuição do “olhador” (pai ou mãe de santo responsá-vel pelo jogo) e também de seus conhecimentos a respeito do jogo e dos orixás. Sendo assim, trata-se de uma sabedoria milenar passada de geração em geração, além de necessitar do desenvolvimento da intuição, para que o olhador possa compreender o que a entidade quer mostrar.

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IslamismoA tradição islâmica, em geral, recusa a adoção de símbolos e representações.

Portanto, não existem símbolos oficiais da religião, mas alguns considerados popular-mente. Além da Lua crescente com a estrela, também são populares como símbolos islâmicos: a estrela de oito pontas; o hamsá, figura em forma de mão aberta que pode conter um desenho no centro; o shahadatain, inscrição que significa “duas Shahadas”, sendo Shahada a declaração de fé dos muçulmanos. Também são significativas as cores vermelho, branco, preto e verde.

A Lua crescente com a estrela de cinco pontas foi símbolo do Império Otomano, Estado muçulmano que dominou por mais de 600 anos o território que se estendia entre o Leste Europeu e o Oriente Médio, passando também pelo Norte da África. Para os povos muçulmanos que seguem o calendário lunar, a Lua crescente é um símbolo de renovação. Acredita-se que a estrela de cinco pontas esteja associada aos cinco principais pilares da religião islâmica (representados pelos cincos dedos no hamsá): fé, oração, caridade, jejum e peregrinação.

Página 39

Conversar e fazer juntos

3 O objetivo das atividades é que os alunos que fazem parte de uma tradição religiosa possam representar um símbolo dessa religião. Na atividade da página 33, mesmo aqueles que fazem parte de uma religião podem ter apresentado símbolos não religiosos. É importante que eles compreendam que um objeto ou símbolo gráfico que é sagrado e importante para uma pessoa pode não ser para outra. Cuide para que todos os símbolos sejam respeitados. Os alunos que não seguem nenhuma religião podem representar o símbolo da religião de algum familiar ou pessoa próxima.

Além do desenho, os alunos devem escrever o significado do símbolo que foi representado por eles. Em seguida, devem explicar aos colegas o significado do símbolo que representaram. Essa atividade possibilita desenvolver habilidades expositivas, narrativas e argumentativas. Por fim, auxilie-os a quan-tificar os símbolos religiosos citados pela turma e a elaborar uma representação gráfica desses dados.

Página 40

Brincar e aprender

4 No caça-palavras, os alunos vão encontrar as palavras que respondem a cada um dos itens. O objetivo é que eles possam retomar o conteúdo estudado até o momento. Portanto, será necessário consultar as páginas anteriores.

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Página 41

Atividades

5 A atividade tem como objetivo fazer com que os alunos sistematizem o conteúdo relacionado aos símbolos estudados, bem como desenvolver habilidades relacionadas à motricidade.

Páginas 42 e 43

Atividades

6

1. Caso os alunos não conheçam a história da Arca de Noé, auxilie-os a compreender o contexto do trecho citado. Se necessário, explique-lhes que, segundo a narrativa bíblica, Deus decidiu acabar com a humanidade, pois estava triste com a maneira como as pessoas estavam se comportando. Elegeu, então, Noé e sua família para serem salvos e para proteger os animais da destruição que o dilúvio causaria. O dilúvio durou 150 dias, cerca de 5 meses. Nas últimas semanas, Noé começou a soltar uma pomba para que, caso encontrasse terra firme, trouxesse um ramo de árvore de volta, o que ocorreu no final dos 150 dias. A história da Arca de Noé explica o fenômeno do arco-íris sob uma perspectiva religiosa. Após a chuva que gerou o dilúvio, o arco-íris surgiu como símbolo da promessa divina de não mais destruir a humanidade.

2. Auxilie os alunos a atribuir sentido simbólico às representações do peixe. A composição deles deve ter uma organização estética, formar um símbolo ou uma palavra.

Página 44

7 O texto apresenta os significados da água em diversas religiões. Em algumas delas, o significado é parecido. Solicite aos alunos que identifiquem essas semelhanças. Não há aqui um aprofunda-mento do significado nem do espaço sagrado que água ocupa em cada tradição religiosa. Trata-se de uma pequena apresentação, com o objetivo de os alunos perceberem semelhanças entre as comunidades religiosas.

Páginas 45 e 46

Atividades

8 Caso os alunos não conheçam a história narrada no trecho bíblico, auxilie-os na compreensão do contexto. Explique a eles que, na época, os samaritanos e os judeus se consideravam inimigos e que Jesus era de origem judaica. Esclareça também, se necessário, o sentido metafórico da água na narrativa, assim como o da sede.

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A leitura do trecho da música Planeta água e as atividades orais auxiliam na reflexão de que a água passa por transformações, inclusive de maneira simbólica, e dá vazão ao imaginário.

A lenda citada na música é de Iara, nome que, em tupi-guarani, significa senhora. Ela se apresenta como uma linda mulher de longos cabelos pretos, olhos castanhos, que tem a metade superior do corpo de uma mulher e a metade inferior de uma cauda de peixe. Trata-se de uma sereia que fica nas águas dos rios amazônicos. Ela tem uma bela voz e canta para atrair pescadores e levá-los para o fundo dos rios.

Reproduza para os alunos sons relacionados à água. Podem ser sons de cachoeira (água caindo nas pedras), chaleira apitando (que indica que a água está fervendo), de chuva (com a água caindo sobre diferentes superfícies), das águas de um rio, entre outros.

Página 49

Brincar e aprender

9 O jogo Dominó dos Símbolos Religiosos tem como intenção resgatar visualmente todos os símbolos e as tradições religiosas desenvolvidos no capítulo. Esse jogo poderá ser utilizado como uma avaliação diagnóstica, possibilitando a observação em duplas da compreensão de cada aluno acerca do que foi estudado. Ressaltamos que as peças podem ser combinadas de diferentes maneiras e, em algumas delas, o jogo pode “travar”, de modo que sobrem algumas peças. Nesse caso, vence o jogador que tiver menos peças sobrando e a dupla pode iniciar outra rodada.

Sugestões para o professor

Leitura

• FÓRUM NACIONAL PERMANENTE DO ENSINO RELIGIOSO (Fonaper). Ensino religioso capacitação para o novo milênio. Disponível em: <http://www.fonaper.com.br/documentos_capacitacao.php>. Acesso em: 15 jan. 2019.

Esses cadernos foram desenvolvidos para uma capacitação de professores quanto à abordagem do componente Ensino Religioso. Eles abordam como o fenômeno religioso deve ser apresentado na escola, além de expor aspectos resumidos e importantes sobre as matrizes religiosas oriental, ocidental, indígena e africana.

• METTE, Norbert. Pedagogia da religião. Petrópolis: Vozes, 1997.

Nesse livro, o autor reflete sobre a transmissão da fé e de seus conteúdos na sociedade atual. Também faz uma análise de nosso tempo e apresenta uma visão geral da história da pedagogia cristã católica.

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Neste capítulo, o conceito de símbolo, aprendido nos capítulos anteriores, é associado à realidade dos alunos por meio da abordagem dos alimentos no âmbito religioso. Dessa maneira, esperamos que eles compreendam que, no universo religioso, alguns elementos adquirem propriedades sagradas e simbólicas em determinadas circunstâncias. Um mesmo objeto pode ser sagrado para um grupo de pessoas e não ser para outro, da mesma forma que pode ser sagrado apenas em determinado contexto (sobre um altar, durante uma cerimônia, etc.).

Sugestão de número de aulas: 8

Orientações didáticas

Páginas 50 e 51

1 Este capítulo está dividido em três eixos centrais. O primeiro aborda o alimento como elemento essencial para a sobrevivência humana, além de discutir questões sobre a qualidade do que se come, pois isso interfere na saúde. Ressalta que o consumo de alimentos saudáveis é importante para cuidar bem da mente e do corpo. O segundo eixo trata do alimento como elemento simbólico ou sagrado nas tradições religiosas. Por fim, o terceiro eixo discorre sobre o respeito que é necessário ter em relação às crenças religiosas, mesmo quando elas vêm ao encontro da identidade de cada um.

Página 52

Ponto de partida

2 Nessa seção, o objetivo é sensibilizar os alunos a respeito da importância que os alimentos adquirem em festas, comemorações ou outros eventos sociais. O bolo, por exemplo, é um alimento consumido no cotidiano das pessoas, mas que em uma festa de aniversário pode adquirir um significado diferente, sendo, em muitas culturas ocidentais, um alimento imprescindível nesse tipo de evento. Converse com os alunos a respeito disso e instigue-os a refletir sobre outras ocasiões em que atribuímos significados e valores específicos aos alimentos.

As perguntas da atividade 2 devem ser respondidas oralmente pelos alunos. É importante que eles compartilhem suas opiniões com os colegas e as diferenças na relação que cada um tem com os ali-mentos em determinadas ocasiões. Em seguida, anote no quadro os alimentos citados por eles e as ocasiões especiais a que eles os relacionam, sempre discutindo as respostas com a turma.

Os elementos possíveis de serem reconhecidos nas fotos são os alimentos, a decoração, as cores, as crianças, etc. Em um aniversário, nos países ocidentais, geralmente não podem faltar brincadeiras, velas, bolo e outros alimentos.

CAPÍTULO OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES4

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Nas famílias, há momentos em que o alimento é preparado de maneira diferente para festejar al-guma comemoração, como a vitória em um esporte, uma apresentação escolar, etc. Os alimentos estão relacionados a momentos especiais pela afetividade e pelo carinho com que são preparados, servidos e compartilhados. Não pode faltar alimento em uma festa de aniversário, pois ele também tem a função de unir as pessoas.

Páginas 53 e 54

Atividades

3

1. Pessoal. Esperamos que os alunos percebam que essas comidas são tipicamente brasileiras, mas de diferentes regiões: buchada de bode é do Nordeste; chouriço, do Sul; casquinha de siri, do litoral; pato no tucupi e caldo de turu, do estado do Pará; farofa de içá, do Vale do Paraíba, no estado de São Paulo.

2. Ao observarem os pratos criativamente construídos, os alunos podem construir a ideia de que a alimentação saudável pode ser divertida e saborosa. A composição estética do prato incentiva a experimentação e desenvolve a curiosidade e o desejo. A ideia é que eles montem um prato cria-tivo em casa, com alimentos saudáveis, inclusive aqueles de que não gostam muito. Incentive-os a comer a obra de arte que criaram com a comida.

3. As duas imagens são antagônicas e a intenção é que os alunos percebam que os alimentos sau-dáveis proporcionam melhor qualidade de vida do que os alimentos industrializados. O alimento também é considerado sagrado, sem conotação religiosa, quando nutre e dá vida. As imagens demonstram que o excesso de alimentos calóricos, pobres em nutrientes e/ou industrializados pode levar o indivíduo a ter problemas de saúde.

É importante, porém, salientar que a nutrição não está relacionada somente à quantidade de comida ingerida, mas à qualidade dos alimentos. O cuidado com o corpo deve visar ao forneci-mento de nutrientes que contribuam para o bom funcionamento do organismo. Outro ponto importante é auxiliar os alunos a estabelecer uma relação entre a saúde do corpo e a da mente. Alimentar-se bem possibilita disposição para estudar, praticar esportes, viajar, ter energia para fazer as atividades de que se gosta. Uma má alimentação pode trazer a sensação de cansaço, preguiça, indisposição, falta de vontade para brincar, estudar, etc.

Página 55

4 O diálogo entre os personagens ilustra as ideias de que os alimentos têm diferentes funções. Podem estar presentes no cotidiano, em eventos sociais ou em festividades e ritos religiosos, sendo simbólicos ou até sagrados. O personagem Yurem, por exemplo, mostra que o pão é um alimento tradicionalmente consumido em um momento importante para a religião islâmica, o Ramadã. Já a Manjari apresenta o naan, pão que é consumido no cotidiano de muitas pessoas na Índia.

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Página 56

Conversar e fazer juntos

5 Nessa seção, o objetivo é iniciar algumas reflexões sobre a relação entre religiões e alimentos. Se possível, leia com os alunos um trecho da passagem bíblica referente ao milagre da multiplicação dos peixes e dos pães. Em seguida, solicite a eles que respondam às questões, que têm o objetivo de fazê-los refletir sobre a presença dos alimentos nas religiões, seja como elementos simbólicos ou sagrados. Estimule-os a tentar compreender as mensagens das histórias escolhidas por eles, que podem ser de diferentes religiões. Dessa maneira, todos poderão aprender com as reflexões que as histórias proporcionam.

Página 57

6 O momento da Santa Ceia foi representado de muitas maneiras ao longo da história. Ao ana-lisar as obras, é imprescindível comentar o contexto em que elas foram criadas, em que culturas e em que épocas isso se deu. A obra Santa Ceia foi esculpida pelo artista brasileiro Antônio Francisco Lisboa, conhecido como Aleijadinho (ca.1730-1814), mestre do Barroco Mineiro. Já a Última Ceia é um painel pintado por Juan de Juanes (1507-1579), artista do Renascimento Espanhol.

Mesmo quando os artistas buscam fazer retratos realistas, a cena não é necessariamente fiel ao fato ocorrido. Quando o artista retrata uma cena que ocorreu em época e local diferentes em relação ao contexto em que ele vive, algumas características do local e da época de produção da obra podem se destacar. Os personagens Dulce e Felipe aparecem juntos nessa atividade para que os alunos relacionem o Cristianismo aos dois grupos religiosos a que eles pertencem.

Página 58

Atividades

7 Verifique as semelhanças e as diferenças que os alunos conseguem perceber entre as duas obras. A maior semelhança é o tema: ambas retratam a última ceia de Jesus Cristo. Nota-se, nas duas obras, a posição central de Jesus à mesa, ladeado por João (retratado sem barba e de cabelos compridos) e Pedro. Judas Iscariotes aparece, em ambas, em uma extremidade da mesa, com um saco de moedas nas mãos. A obra de Aleijadinho conta com a presença de dois personagens extras, serviçais presen-tes nas extremidades da cena. Além das diferenças dos utensílios à mesa, do formato desta, entre outras coisas, destaca-se a diferença entre a obra tridimensional (escultura) e bidimensional (pintura).

8 A história contada é uma versão de um mito Guarani. É importante que os alunos saibam que existem diversas histórias sobre a origem do milho, com personagens e enredos diferentes, depen-dendo da tradição de cada povo indígena.

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Por ser de origem mesoamericana e essencial na alimentação dos povos indígenas de diversos ter-ritórios, existem inúmeras versões a respeito da história do surgimento do milho. Nas tradições de algumas etnias que habitam o México, por exemplo, o vegetal ocupa papel central na sociedade, pois acredita-se que o homem foi criado por Deus a partir de uma massa de milho.

Páginas 61 e 62

9 A intenção de abordagem do tema é que os alunos revejam as páginas 51 e 52, nas quais são apresentados diferentes alimentos que, de alguma maneira, são ligados às religiões dos persona-gens. Os questionamentos instigam os alunos a relacionar cada alimento a uma das religiões e a compreender em que momentos esses alimentos tornam-se simbólicos ou sagrados para elas.

Conversar e fazer juntos

10 A pesquisa com os pais auxilia os alunos a colocar em prática a aprendizagem que vêm cons-truindo até o momento. Por meio da pesquisa, eles poderão observar em que situações alimentos comuns do dia a dia tornam-se simbólicos ou sagrados para determinada religião. O arroz, por exemplo, faz parte da alimentação comum diária nos países budistas, mas só adquire conotação religiosa quando é oferecido a Buda no altar.

Com base na pesquisa realizada em casa, os alunos deverão representar um alimento que seja sim-bólico para sua religião. A ideia é que os alimentos sejam tridimensionais e que sejam colocados em um prato de plástico para facilitar a exposição. Conclua a abordagem do tema trabalhando com a identidade religiosa deles e reforçando a ideia de que o Ensino Religioso apresenta o conhecimento da diversidade religiosa e que não tem o intuito de impor nenhuma religião. Além disso, as crianças que não têm uma crença religiosa poderão representar alimentos saudáveis.

Páginas 63 e 64

Atividades

11 A atividade de encerramento do livro possibilita aos alunos compreender e relacionar os persona-gens a suas crenças religiosas, suas preferências, bem como com os alimentos e símbolos religiosos de cada credo. Além disso, a atividade compila todas as informações para que, no ano seguinte, eles tenham esses conhecimentos prévios sistematizados, a fim de construir novas aprendizagens.

A última atividade do livro objetiva incentivar os alunos a adquirir a habilidade de se posicionar de maneira respeitosa frente às diferenças religiosas. Eles devem se comprometer a sempre respeitar essas diferenças. É essencial que todos compreendam que, ainda que não atribuam significados sa-grados a determinados objetos ou a algumas ações, devem agir com respeito ao entrar em contato com grupos religiosos que os considerem sagrados.

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Sugestões para o professor

Leitura

• BRANCA, Paolo et al. Quando o alimento é sagrado. Terrasanta, São Paulo, n. 12, p. 17-33, 2015.

Esse dossiê aborda as concepções religiosas dos alimentos para os cristãos, judeus e muçulmanos partindo dos textos e das tradições sagradas de cada religião e analisando, também, as questões da fome e da produtividade agrícola.

• SOUZA, Patrícia R. de. A religião vai à mesa: uma degustação de religiões com suas práticas ali-mentares. São Paulo: Griot, 2015.

Todo ser vivo precisa se alimentar: é uma necessidade fisiológica. Entretanto, a maneira como o faz, o que come, quando come e por que come são questões mais subjetivas, que dependem da cultura e da geografia do local em que habita. Entre os fatores culturais, destaca-se a religião, que pode determinar períodos de jejum, quem pode comer determinado tipo de alimento e até como ele deve ser cultivado, preparado e servido.

Esse livro aborda as práticas alimentares de diversas religiões. A alimentação expressa uma cultura religiosa e, com base nela, é possível conhecer mais a respeito das visões de mundo (transcendente e imanente) de cada tradição religiosa.

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Você sabia

Para enriquecer a discussão em sala de aula, se considerar oportuno, apresente aos alunos as informações a seguir a respeito de algumas religiões.

JUDAÍSMO

• É uma das religiões mais antigas de que se tem notícia. Originou-se com Abraão, que, há cerca de quatro mil anos, instalou-se com sua família na terra de Canaã (atual Israel).

• Toda semana, desde a tarde de sexta-feira até a tarde de sábado, é celebrado o Sabath em família. Em torno da mesa da refeição, os familiares cantam e oram juntos. Durante a celebração, os meninos e os homens usam quipá, um tipo de chapéu que, para os judeus, é um sinal de respeito a Deus.

• No sábado pela manhã, os judeus rezam na sinagoga ao som da leitura de um trecho da Torá, que depois é explicado pelo rabino, o líder religioso.

• A festa mais importante para os judeus é o Yom Kippur, que significa “dia do grande perdão” e acontece durante o outono. Nesse dia, eles não comem, não bebem e ninguém trabalha. Esse tempo é dedicado à reflexão, à reconciliação com os outros e à obtenção do perdão de Deus.

• Outra grande festa é a Pessach, a Páscoa judaica, que acontece na primavera e rememora o dia em que Deus livrou o povo judeu da

escravidão no Egito.

• Há também a festa de Chanukah, que acontece durante o mês de dezembro. Nessa festa, a cada noite, durante oito dias, acende-se uma vela em um candelabro de oito braços e são

oferecidos presentes às crianças.

• Os judeus recitam com frequência o Shemá, que significa “escuta”. Começam as orações

dizendo “Shemá, Israel” ou “Escuta, Israel”.

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BUDISMO

• O Budismo surgiu na Índia com o príncipe Sidarta Gautama, conhecido como Buda, termo que significa “Desperto”. Teve influências do Hinduísmo e, com o tempo, chegou a outras nações, estabelecendo diferentes formas de sincretismo com elementos de religiões nativas.

• Originariamente, o Budismo não inclui a crença em um Deus, ainda que, em alguns locais, o sincretismo seja responsável pela menção a deidades. Esse é o caso, por exemplo, do Budismo Tibetano, em que as deidades representam virtudes a serem alcançadas.

• Buda ensinou que os sofrimentos humanos vêm do desejo e do apego a coisas passageiras. Para alcançar a paz e a iluminação (ou nirvana), ele propunha o desapego e uma vida pautada em atitudes corretas e sem violência. Também destacava a importância da meditação.

• No Japão, surgiu o Zen-Budismo, que apresenta rituais próprios. Por exemplo, alguns budistas têm em casa um pequeno altar, chamado Butsudan, diante do qual rezam em família. No altar, há sempre uma imagem de Buda, placas com nomes dos ancestrais da família, bastões de incenso e pode haver oferendas.

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CRISTIANISMO

• ligião monoteísta representada por três grandes agruRe -mentos religiosos: católicos, ortodoxos, protestantes epaangélicos. Há outros grupos menores, como os espíritas,eva

ue também se denominam cristãos por seguirem osqusinamentos de Jesus Cristo.en

• cristãos católicos, ortodoxos, protestantes e evangélicos Oseem que Jesus é o filho de Deus, enviado para ajudar a hucre -anidade a fazer o bem. Jesus era judeu, viveu na Palestina,mamorto em uma cruz e ressuscitou ao terceiro dia. foi

• s protestantes e os evangélicos chamam a principalOslebração de culto; os ortodoxos, de divina liturgia; e oscetólicos, de missa. cat

• ortodoxos e os católicos chamam o lugar em que a coOs -unidade se encontra para rezar de igreja. Os protestantes muevangélicos podem chamá-lo de igreja ou templo.e e

• maiores festas cristãs são a Páscoa, que celebra Jesus As ssuscitado, e o Natal, que celebra o nascimento de Jesus. res

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ISLAMISMO

• Os islâmicos ou muçulmanos acreditam em um Deus que chamam de Alá (ou Alah).

• Muhammad é o profeta, ou aquele que recebeu a mensagem de Alá para transmiti-la à humani-dade. Nasceu em Meca, na Arábia Saudita. No Brasil, é conhecido como Maomé.

• Os muçulmanos rezam cinco vezes ao dia. Começam lavando as mãos, o rosto e os pés como sinal de purificação ou limpeza de si mesmos. Colocam-se de joelhos e se viram em direção à Meca. Então, recitam trechos do Corão repetindo diversas vezes a prostração.

• Uma vez por ano, durante um mês todo, os muçulmanos celebram o Ramadã. As pessoas adultas não comem, não bebem e não fumam durante o dia.

• Os homens, às sextas-feiras, ao meio-dia, vão a uma mesquita e, antes de entrar, tiram os calçados.

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• Ao terminar o Ramadã, os islâmicos fazem uma grande refeição familiar chamada de Aïd-el-Seghir, ou a “festa em que as pessoas se reconciliam”.

• Há, ainda, a festa do Aïd-el-Quebir, em que os adultos vão orar na mesquita. Depois, comem um carneiro, que representa o sacrifício que o profeta Abraão se dispôs a fazer por ordem de Deus.

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RELIGIÕES AFRO-BRASILEIRAS

• Denominam-se religiões afro-brasileiras aquelas que surgiram no Brasil combinando elementos de diferentes religiões africanas, especialmente dos povos Banto e Iorubá. As mais conhecidas são a Umbanda e o Candomblé.

• O panteão de orixás do Candomblé é vasto, uma vez que inclui entidades cultuadas em religiões africanas muito distintas entre si. O fato se deve ao encontro de representantes de diferentes grupos escravizados, que contribuíram com elementos culturais próprios para formar essa religião.

• As divindades se manifestam em pais ou mães de santo para expressar a energia vital (axé) por meio de danças ao ritmo de instrumentos de percussão, chamados de atabaques, e dos cantos. O culto, em geral, termina com um jantar feito com a comida dos orixás, a qual é oferecida à comunidade.  

• Fundada em 1908 no estado do Rio de Janeiro, por Zélio Fernandino de Moraes, a Umbanda é uma religião marcada pelo sincretismo de elementos do Catolicismo, do Espiritismo, de religiões afro-brasileiras e indígenas. Atualmente, alguns grupos também incorporam elementos orientais.

• Existem diferentes grupos de Umbanda e cada um enfatiza determinado aspecto de sua doutrina e prática, mas existem pontos doutrinários em comum. Seu lugar de culto é o terreiro, ou centro, e os cultos são conhecidos como giras ou sessões.

• Os seguidores da Umbanda creem nos Espíritos de Luz que vêm à Terra para ensinar e ajudar as pessoas. São entidades espirituais, chamadas de Guias, que se manifestam por meio dos médiuns durante as sessões.

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RELIGIÕES INDÍGENAS

• Em diferentes regiões do Brasil, há comunidades indígenas de etnias diversas. Elas têm cultos, ritos, danças e crenças particulares que se constituíram ao logo da história dos grupos e que expressam, também, a resistência à imposição religiosa e cultural de outros povos.

• As comunidades indígenas do Xingu, no Mato Grosso, por exemplo, são integradas pelas etnias Aweti, Kalapalo, Kamaiurá, Kuikuro, Matipu, Mehinako, Nahukuá, Trumai, Wauja e Yawalapiti e se caracterizam por uma grande similaridade no modo de vida e visão de mundo.

• Cada um desses grupos faz questão de cultivar sua identidade, promovendo a celebração de suas particularidades e diferenças. Entretanto, também se articulam em uma rede de trocas es-pecializadas, casamentos e rituais interaldeias.

• As religiões nativas são marcadas por rituais nos quais mitos são revividos, de modo que, em algumas comunidades, os participantes do ato ritualístico se sentem parte da divindade.

• As práticas e as festas religiosas caracterizam-se por ritos de defumação, entoação de cantos, uso de instrumentos musicais, dança, incorporação, transe e uso de ervas. 

• Os rituais fundamentam a realidade, definem a organização da vida social e são fontes de memó-ria e conhecimento. Há rituais para celebrar o fim das estações da chuva ou da seca; outros para comemorar a chegada das colheitas; há rituais de casamento e vitórias em guerras, por exemplo.  

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Referências

AS GRANDES festas judaicas: Rosh Hashaná e Yom Kipur. Disponível em: <https://pt.chabad.org/>. Acesso em: 8 jan. 2019.

BRASIL. Estatuto da Criança e do Adolescente: Lei federal n.º 8.069, de 13 de julho de 1990.

______. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Base Nacional Comum Curricular. Versão final. Brasília: MEC/SEB, 2017.

DIAS, Geraldo. As religiões da nossa vizinhança: história, crença e espiritualidade. Porto: Faculdade de Letras da Universidade do Porto, 2006.

DICIONÁRIO Ilustrado Tupi-Guarani. Disponível em: <https://www.dicionariotupiguarani.com.br/historia/videos/>. Acesso em: 27 dez. 2018.

GONÇALVES, Adelino. As esculturas de madeira e seus aprendizados. Trabalho de Conclusão de Curso. Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis, 2015, 23 p.

JOSÉ, Elias. Caixa mágica da surpresa. São Paulo: Paulus, 1984.

MIRANDA, Bruce-Mitford. O livro ilustrado dos símbolos: o universo das imagens que representam as ideias e os fenômenos da realidade. São Paulo: Publifolha, 2005.

MUSEU do Índio. Disponível em: <http://www.museudoindio.gov.br/>. Acesso em: 27 dez. 2018.

PIME. O Transcendente. Florianópolis, ano IV, n. 15, out./nov. 2010.

SILVA, Eliane M. da; KARNAL, Leandro. O Ensino Religioso na Escola Pública do Estado de São Paulo. Unicamp: São Paulo, 2006.

46 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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47LIVRO DO PROFESSOR

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ico3. OS SÍMBOLOS RELIGIOSOS

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4. OS ALIMENTOS NAS RELIGIÕES

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48 PASSADO, PRESENTE E FÉ | .VOLUME 2

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FSC – Forest Stewardship Council (Conselho de Manejo Florestal)CERFLOR – Programa Brasileiro de Certificação FlorestalINMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e TecnologiaPEFC – Programme for the Endorsement of Forest Certification SchemesTECPAR – Certificação do Instituto de Tecnologia do ParanáCARBONO ZERO – Compensação de Emissão Carbono ZeroLIFE – Iniciativa Duradoura para a Terra

LIVROS QUERESPEITAMA NATUREZA

Os livros da coleção Passado, presente e fé são impressos na Posigraf, uma gráfica comprometida com a responsabilidade socioambiental. A Posigraf e seus impressos têm as certificações ISO 9001, de gestão de qualidade; ISO 14001, de gestão ambiental; e OHSAS 18001, de gestão de saúde ocupacional e segurança. Foi a primeira gráfica do Brasil a compensar integralmente as suas emissões de carbono, com o programa Carbono Zero, e também a adotar uma floresta e patrocinar sua conservação – a Mata do Uru, localizada na Lapa – PR. Além disso, tem os certificados FSC® – Forest Stewardship Council® e PEFC – CERFLOR (validado pelo Inmetro), atestando que a matéria-prima para a impressão é proveniente de florestas manejadas de forma responsável. Ambas são certificações florestais, mas cada uma conta com princípios e critérios diferentes. Em 2011, a Posigraf recebeu o Prêmio Abigraf de Responsabilidade Ambiental por seu Sistema de Gestão Ambiental.

Nome:

Escola:

Turma:

Responsável:

Telefone:

IDENTIFICAÇÃO

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AULA 1

AULA 2

AULA 3

AULA 4

AULA 5

AULA 6

PROGRAMAÇÃODE ATIVIDADES

EMERGÊNCIA

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A coleção Passado, presente e

fé convida o aluno a conhecer

e a compreender as diversas

culturas religiosas que

compõem a sociedade brasileira.

Alinhada com as novas

diretrizes da BNCC, essa

coleção oportuniza o estudo e a

compreensão de conceitos

religiosos, fundamentados em

conhecimentos das Ciências

da Religião e demais áreas

acadêmicas afins.

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volume

CLAUDIA REGINA KLUCKGISELE MAZZAROLLOSONIA DE ITOZ

LIVRO DO PROFESSOR

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2000.94089

ISBN 978856447485-7

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