Albano Pereira Leitão, Unipessoal Lda.

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Voz de Retaxo ANO: 33º Nº: 192 MÊS : JULHO E AGOSTO DE 2016 DIRECTOR: JOÃO A. PIRES CARMONA PREÇO – 0.80 € e-mail: j.vozretaxo@gmail.com

Editorial

Os meses de Julho e Agosto foram férteis em acon-tecimentos na União de Freguesias e suas associações e agremiações. Como não somos jornalistas não podemos fazer a cobertura jornalística de todas as actividades por forma a podê-las dar à estampa, publicar os textos e fotografias que as gentes tanto gostam de ver. Daí que mais uma vez tenhamos endereçado convite à Junta de Freguesia, ao Rancho Etnográfico de Cebolais, à Filarmónica Retaxense, à ADRR, ao IFCC, e aos An-dorinhas do Pônsul para enviarem os seus contributos, as suas colaborações.

Nas páginas do jornal poderão encontrar as notícias dos que responderam à chamada!

Se ambos os Ranchos (Cebolais e Retaxo) organi-zaram o seu “Festival de Folclore” e se deslocaram a outros festivais no âmbito dos intercâmbios com os seus congéneres, também a Junta da União de Freguesias levou a cabo a VI edição da Feira Maravilha das Do-çarias e o Agrupamento de Escoteiros desenvolveram actividades e mais actividades, movimento que pude-mos apreciar porque a sua sede é paredes meias com a nossa residência. Bem sabemos que as redes sociais permitem hoje a divulgação do que se faz de uma forma diferente do jornal, mas como a maior parte da população mais velha não terá acesso às tecnologias internautas, seguramente que uma franja significativa gostaria de saber das actividades, de ver as fotografias dos seus bisnetos, netos, sobrinhos,… em páginas de jornal. Daí que mais uma vez lancemos o repto a todas as associações/agremiações/agrupamentos/clubes para nos enviarem notícias e fotografias sobre as actividades que desenvolveram….

Mas o acontecimento mais marcante e mais preocu-pante para muitos de nós, foi seguramente o incêndio que a meio da tarde de 27 de Julho, deflagrou junto ao muro do quintal da última casa da Tapada Gran-de e avançou pelo mato, pinheiros e eucaliptos nas margens do ribeiro dos cebolais que vai desaguar no ribeiro do barco.

Não fora a favorável direcção do vento, que foi em-purrando as chamas ao longo do ribeiro, e as capacidades de combate dos meios dos bombeiros, das equipas da protecção civil – “canarinhos” - e dos meios aéreos e, em lugar dos trezentos hectares ardidos haveria a lamentar um desastre muito maior.

Do incêndio, uma pergunta todos podemos e deve-remos fazer: - Como é possível o incêndio ter começado onde começou, à roda de um muro, dizem-me!?

João A. Pires CarmonaP.S. o autor não segue o NAO

AGENDA DAS ACTIVIDADES

SETEMBRO:- 4 de Setembro - actuação do Rancho Folclórico na Feira Delicias do

Campo (Sobral do Campo)- 11 de Setembro - actuação do Rancho Folclórico na Festa de Nª Srª da

Guia (Retaxo)OUTUBRO: Espaço de Trabalhos Tradicionais (uma tarde por semana)(inscrições abertas na sede da Associação)

1 de Novembro - Magusto e Grelhados ( sede da Associação).

Quotas de associado e donativo para o JornalCom o avançar do ano, e para todos os que ainda não procederam em

conformidade, solicitamos o pagamento das quotas de associado e o donativo para o Jornal Voz de Retaxo (em que tal se aplique).

Pode ser utilizada uma das seguintes opções:- na sede da Associação;- através de transferência bancária, ou cheque, em nome da ACS Rancho Folclórico de Retaxo.

A Direcção da ACSRFR

RANCHO FOLCLÓRICO

SANTO ANTÓNIO DO ALVA13 de agosto

SANTOS EVOS – CARRAGOSO 9 de Julho

RETAXO2 de Julho

26 de Julho Incêndio

em Cebolais de Cima

• página 5

• página 7

Voz de Retaxo

Página 2 JULHO/AGOSTO 2016

CANTINHO DA POESIA Espaço dos Nossos Associados

Aniversariantes de Julho e Agosto

Julho

Pedro Miguel Ferro RodriguesLaurinda Maria Duarte Coelho CanelasZulmira Rosa Nunes BarretoLuís Alberto Nunes BeloMaria de Fátima Carrega Pires TomásJosé Arnaldo Duarte CarameloJoão Manuel Lopes Neto CarretoAmílcar Belo Grade RamosMaria Ermelinda Milheiro PiçarraJoão Simões LourençoJoão Carlos F. RodriguesNazaré Belo Duarte de Oliveira

AgostoJoão Manuel Antunes LopesMaria Eduarda Sabino Corga LucasManuel Rosa BoletoJoaquim Pires VilelaAlberto José Pires AfonsoIsabel da Conceição Pires TavaresMaria Tomásia da Costa PiresCarlos Manuel Lopes de OliveiraLúcia de Oliveira DomingosDomingos Gomes RodriguesManuel Ribeiro AlvesMaria Antónia Marques MirandaClara Maria Lopes CarregaJorge Manuel Pires Tomás Gonçalves

O SPORTING

I Sinto por ti uma grande paixão Não há outro sentimento igual És o maior clube do mundo Sinto por ti um carinho especial

II A tua cor principal é o verde Cor que simboliza a esperança Com a tua humildade desportiva A todos nos orgulha a tua raça

III O teu símbolo é um leão Animal que na selva é rei Em todo o que é desporto Com bravura impões a tua lei

IV O teu estádio é muito lindo Teu hino gosto de ouvir cantar Mas fico muito triste Quando não nos deixam ganhar

V Os pássaros que vestem de preto Nome que ao presidente ouvi chamar Tenho muita fé e alguma esperança O seu anti Sporting o venham a pagar

VI Dos fracos não reza a história Vamos esquecer esta tristeza Como tudo na vida acontece Espero ver aqui uma limpeza

VII Sporting tu és muito grande Grandeza sem outro igual A todos nós muito nos orgulhas És o Sporting Clube de Portugal

Carlos Ribeiro

Novos Associados-Maria Emília Rodrigues São Pedro Tavares

Nota da RedacçãoTodos nós sabemos bem, que qualquer clube, colectividade ou associação vive dos e para os seus

sócios, independentemente da participação mais ou menos activa de cada um.Como nem todos os leitores saberão, relembramos que são apenas 12 euros – DOZE - o custo

anual de pertencer à ACSRFRetaxo.

FAZ-TE SÓCIO. Inscreve-te.

A exposição “Brinquedos Populares e Tradicionais Infantis”, surgiu numa das fases do projecto “Jogos e Brinquedos de Encantar”, inse-rido no “Programa Juventude”, apresentado por um grupo de jovens ligados à Associação Cultural e Social Rancho Folclórico de Retaxo, desenvolvido no ano escolar de 2004/ 2005 em diversos estabelecimentos de ensino do 1º Ciclo (incluindo a Escola Primária de Cedilho - Espa-nha), e, está disponível para cedência junto de Associações, Escolas, Autarquias, etc..

Num tempo em que as crianças quase já não o são, com todos os atractivos e ofertas que diáriamente lhes surgem, a mesma apresenta diversos brinquedos de antigamente, tais como: fisgas ou atiradeiras, rodilhas de trapos, bolas de serradura ou serrim e barcos em casca de pinho, encerrando em si mesma um alto valor didáctico.

É composta por:• 4tiposdebrinquedos(fisgasouatiradeiras,rodilhasdetrapos,

bolas de serradura ou serrim e barcos em casca de pinho)• FotosdasActividades• LivrodoProjecto• e,complementadacomumDVD

Para requisitar a Exposição é necessário:- Espaço de 15x10 metros (pode ser adaptada a outros espaços, maiores ou menores); - Mesas e Painéis;

- DataShow; - Transporte; - Pagamento de Aluguer (a definir caso o caso): - Vigilância.Contactos: ACSRFRetaxo - RUA CAPITÃO JOÃO BELO, Nº 15 ; TELEFONE/ FAX: 2729971516000- 621 RETAXOPágina: www.acsranchofolcloricoretaxo.org; E-mail: acsrfretaxo@gmail.com

EXPOSIÇÃO - “ Brinquedos Populares e Tradicionais Infantis”

Voz de Retaxo Página 3JULHO/AGOSTO 2016

Farmácia CABARRÃOPropriedade e Direção TécnicaMaria de Fátima Cabarrão

Telef. 272 998 193 - Fax 272 998 195Horário: segunda a Sexta 9h às 13h e 14h30 às 19hSábados 10h às 13hServiço de Disponibilidade 966 126 674

Rua Outeiro 126 6000-500 CEBOLAIS DE CIMA

Serviços: Tensão Arterial; Peso/Altura

ELEDESPORTOFrederico Manuel Neves Beato

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Telef. 272989330; telem. 968372080

Administração de Vacinastestes: Glicémia; Triglicéridos; Colesterol Total; Gravidez

No fim de semana de 30 e 31 de Julho a ACSRFRetaxo ocupou uma das “tasquinhas” na VI Feira Ma-ravilhas da Doçaria, evento mais uma vez organizado sob a égide da Junta da União de Freguesias com os patrocinadores habituais.

Para viabilizar a sua participa-ção mais uma vez a ACSRFRetaxo contou com a disponibilidade, o conhecimento e o trabalho de inúmeros dos seus sócios e cola-boradores que, primeiro confec-cionaram e depois, revezando-se, asseguraram a venda de pão, tijeladas, arroz doce, papas de carolo, bicas, bolos fintos, broas de mel, ovos verdes, bifanas, pão com chouriço, água, cerveja, refri-gerantes e café.

Por muito pouco que seja o lucro, todos os tostões são bem vindos ao orçamento de funcio-namento desta Associação de Utilidade Pública que nem sempre é tratada como tal.

Seja pela mudança da data de realização, pelo calor que se fez sentir ou porque em terras vizi-nhas também ocorreram eventos festivos, não deixamos de assinalar a diminuição de visitantes com a consequente quebra de negócio nas actividades participantes.

Associação em NoticiaEVENTOS e ACTIVIDADES

30 de Julho - A ACSRFRetaxo na VI Feira Maravilhas da Doçaria

6000-500 Cebolais de CimaTlm. +(351) 96 425 06 26

António Martins

info@adegadoaltotejo.comwww.adegadoaltotejo.com

A nossa Associação aderiu a esta plataforma, visando a divulgação das nossas acti-vidades e a angariação de fundos (através, entre outras formas, da venda de produtos e de leilões solidários).

Aceda à plataforma, e colabore connosco, ajudando-nos a ajudar, já que grande parte das possíveis verbas angariadas revertem para as nossas actividades de âmbito social.

João A. Pires Carmona

Voz de RetaxoPágina 4 JULHO/AGOSTO 2016

Água é VidaFRANCISCO MARTINS AFONSO

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Aigra Nova, pertence ao Conce-lho de Góis, na Serra da Lousã.

Chega-se por uma estrada muito estreita, mas alcatroada, e bastante íngreme, em certos tro-ços. Góis fica lá em baixo e para a esquerda.

É uma aldeia atravessada por 3 ruas pequenas. “O material de construção predominante é o xis-to, estando algumas construções rebocadas. (…) As padieiras das portas são, em geral, de madeira de carvalho ou castanho” . A sua construção obedecia a regras para poder resistir “às intempéries e ao passar do tempo”. Incluíam dois pisos: “o piso assobrado, ou primeiro andar, e o rés-do-chão, geralmente térreo, que deveria albergar o gado” .

Contudo, nas imediações de cada povoação foram construí-dos vários grupos de currais, ou cortes, que eram propriedade das respectivas casas da comunidade. O segundo piso, além de ser a habi-tação propriamente dita, “também funcionava como loja, uma área de arrumos, onde estariam armazena-dos os cereais, a talha com o azeite, a salgadeira com a carne de porco, as alfaias agrícolas e, por vezes tinham ainda uma pequena adega com pipas e dornas de fazer o vinho” .

Por cima da lareira estava o “caniço”, que é um estrado onde se colocavam as castanhas espa-lhadas de forma uniforme, de forma a receber o calor e o fumo do lume, que nunca deveria apagar, pois interromper o calor poderia estragar o processo. Enquanto as castanhas ali estivessem, o lume estava sempre a ser alimentado com grandes cepos de madeira que prolongavam o fogo, inclusive durante a noite - chamavam-lhe o ficar ao borralheiro”’ .

À volta da aldeia, e onde as propriedades tinham condições, praticava-se a agricultura.

A apicultura, pastorícia, silvicultura (principalmente castanheiros e carvalhos) eram as outras actividades produtivas e económicas, que garantiam a auto-suficiência e sobrevivêncida população.

AIGRA NOVA- uma “aldeia de xisto” do concelho de Góis -

Aigra Nova tem actualmente 4 habitantes permanentes e, dia-riamente, estão presentes os traba-lhadores da Lousitânea – Liga dos Amigos da Serra da Lousã – que recuperou algumas casas, onde instalou a sede, com o Ecomuseu Tradições do Xisto, muito inte-ressante, que nos dá a conhecer a etnografia da aldeia (cultura com base na economia agro-pastoril e doméstica, ciclos de colheitas, festas – Natal, Entrudo, Páscoa, Desfolhada, etc. – gastronomia, produção de utensílios, alfaias, transformação dos produtos das colheitas, nomeadamente da cas-tanha, a loja e o restaurante.

O restaurante serve refeições que, do pão à sobremesa, tudo é confeccionado ‘in loco’ e, na sua maioria, com produtos da terra.

No núcleo de interpretação ambiental pudemos observar fenómenos geológicos idênticos

aos que se observam em Penha Garcia: existem registos fósseis de Trilobites e os seus rastos, as Bilobites, sítios únicos no país.

Como chegar: A aldeia dista 12km de Góis. De Góis é prefe-rencialmente servida pela EN342, a apenas 4km, utilizando uma estrada municipal que sobe até à aldeia pelo flanco Norte da Serra da Lousã. De Góis também pode ser utilizada a EN2 até Esporão e daqui seguir por Ribeira Cimeira e pela Aldeia do Xisto da Pena, utilizando um troço de 2km em terra batida para atingir Aigra Nova.

Onde dormir: A Casa de Cam-po da Comareira situa-se na Aldeia do Xisto de Comareira (concelho de Góis) em plena Serra da Lousã. Dista 11 km da vila de Góis.

Pontos e actividades de interesse: •EcomuseuTradiçõesXisto•NúcleoSededoEcomuseuTradiçõesdoXistocomaLojade

Aigra Nova•NúcleodeInterpretaçãoAmbiental• Núcleo daMaternidade de Árvores com apadrinhamento de

plantas•NúcleoAsininodasAldeiasdoXistocomoGolias,oGaitanoe

o Xisto•NúcleodoFornoeAlambiquedaFamíliaClaro•NúcleodaCoireladasAgostinhashortapedagógica

Programas e Actividades•ProgramasTemáticos•ProgramasEducaçãoAmbiental•EntrudoTradicionaldasAldeiasdoXisto•PercursosPedestresCaminhodoXistodasAldeiasdeGóis-Aigra

Nova Aigra Velha Comareira Pena - Rota das Tradições do XistoTIPO: Circular Pedestre DISTÂNCIA: 9,2km DURAÇÃO MÉDIA: 4h00m DIFICULDADE: Fácil•Geocaching

i - sitio da internet aldeiasdoxisto.pt/aldeia/aigra-novaii - idem, ibidemiii - idem, ibidemiv - texto compilado do painel, referente ao tratamento da castanha, existente

no Ecomuseu Tradições do Xisto em Aigra Nova.

Olívia Maria Carmona

Aigra Nova, faz parte da rede de Aldeias de Xisto e do agrupamento do concelho de Góis constituído por Aigra

Nova, Aigra Velha, Comareira e Pena.

Voz de Retaxo Página 5JULHO/AGOSTO 2016

Salão Paula

CabeleireiraBairro da Srª. da Guia

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ANÁLISES CLÍNICASTRÊS GLOBOS

Rancho Folclórico de Retaxo

31º Encontro Nacional de Folclore de Retaxo (02JUL2016)Renovam-se vontades, es-

quece-se o cansaço de um dia de actividade profissional, “põem-se as mãos à obra”, neste caso a tudo o que é necessário para a realização de mais um Encontro Nacional de Folclore!

No dia 2 de Julho, os Grupos/ Ranchos Folclóricos vieram até Retaxo, localidade em que permaneceram alguma horas, e trouxeram as suas danças, os seus cantares e os seus trajos. Em súmula, as suas raízes tradicionais e etno-folclóricas.

No âmbito dos intercâmbios estabelecidos com Ranchos congéneres e retribuindo actuações em Retaxo, nos dias 9 de Julho e 13 de Agosto o Rancho Folclórico de Retaxo deslocou-se a Carragoso (Viseu) e Santo António do Alva (Oliveira do Hospital), respectivamente.

Apesar das altas temperaturas e da distância às localidades visitadas, o carinho com que os anfitriões receberam as delegações forasteiras levam-nos a que não possamos deixar de expressar o nosso bem hajam pelo acolhimento dispensado.

Determinado pelo calor que se fazia sentir, em ambos os festivais ocorreu um atraso no seu início, única forma de minimizar o aperto e aconchego dos trajes, sendo o único contra o facto de tal levar a que a chegada no regresso aconteceu sempre já ía alta a madrugada.

Vale a pena mostrar o que os nossos antepassados nos deixa-ram, com o compromisso, de esse legado ser preservado e divulga-do: o nosso Folclore.

Referência, para a presença dos representantes da Câmara Municipal de Castelo Branco, vereador Fernando Raposo, e da Junta de Freguesia, secretário Domingos Belo.

A encerrar o Encontro, e como é habitual, houve a distribuição por todos os presentes do bolo de azeite e mel.

O Grupo da casa, Rancho Folclórico de Retaxo, organizou (pela 31ª vez), e contou com a participação dos Ranchos da Carragoso (Viseu), Stº António de Alva (Oliveira do Hospital) e

Tramagal( Abrantes).O largo das Festas, ou Srª

da Guia, emoldurou-se de um público que acarinha o grupo retaxense, e gosta de ver folclore. E que bom, foi ver esta gente não

regatear aplausos após um fado beirão, uma modinha dolente ou um fandango.

Vale a pena continuar a levar as tradições de um povo aos mais longínquos lugares do País.

9 de Julho – Rancho Folclórico no Festival de Folclore de Carragoso (Viseu)

13 de Agosto – Rancho Fol-clórico no 33º Festival de Folclore de Santo António do Alva (Oliveira do Hospital)

José Luís Pires

Voz de RetaxoPágina 6 JULHO /AGOSTO 2016

Ângelo Carvalho dos Santos

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5CordofonesCordofones são instrumentos

de cordas cuja fonte primária de som é a vibração de uma corda tensionada quando beliscada, percutida ou friccionada.

5.3 – GuitarraQuase todos os países do mun-

do têm uma Guitarra, o que quer dizer que a palavra “guitarra” não identifica um instrumento musi-cal. Daí, a importância da nomen-clatura aplicada, à língua do país de origem do instrumento. Em Portugal a palavra “GUITARRA” é aplicada a vários tipos de instru-mentos. Irei falar neste capítulo na “Guitarra Portuguesa”, agora associada à imagem do Fado.

Tudo leva a crer que o pa-

rente mais próximo da Guitarra Portuguesa, tenha sido o Cistre, que aparece na barra da cidade do Porto, por volta do século XVIII. O mestre de capela do Porto, António da Silva Leite (1759-1833), ao verificar o entusiasmo crescente por este instrumento, nacionaliza-o dando-lhe o nome de Guitarra Portuguesa. Escreveu na época um método para tocar este instrumento (ESTUDO DE GUITARRA EM QUE SE EX-PÕEM O MEIO MAIS FACIL

PARA APRENDER A TOCAR ESTE INSTRUMENTO), livro este que foi dedicado a D. Antónia Magdalena de Quadros e Sousa, Senhora de Tavares, publicado em 15 de Março de 1796 pelo preço de 1200 reis.

A Guitarra de Silva Leite tinha 10 cordas com 6 ordens (as duas últimas ordens eram singelas) ao contrário da actual Guitarra que tem 12 cordas distribuídas por 6 ordens. A Guitarra de Silva Leite afinava do agudo para o grave:

1ª ordem (2 cordas) em Sol, 2ª ordem (2 cordas) em Mi, 3ª ordem (2 cordas) em Dó, 4ª ordem (2 cordas) em Sol, 5ª ordem (1 corda bordão) em Mi e a 6ª ordem (1 corda bordão) em Dó.

Ainda salientando alguns pormenores da Guitarra de Silva Leite, a Boca era tapada com uma Rosácea e o Leque (sistema de afi-nação) era de chave de relógio.

Como curiosidade, a invenção do “Leque” é atribuída a um inglês chamado Simpson. Como é lógico, é possível fazer outras conjectu-ras sobre a origem da Guitarra Portuguesa.

As Guitarras Portuguesas são construídas em diversos locais, dando origem a 3 escolas de construtores. A Guitarra do

Instrumentos Populares Portugueses

Porto, com uma caixa acústica de menor dimensão e uma “Voluta” terminando em cabeça humana de animal ou flor, a Guitarra de Lisboa, com uma maior caixa de ressonância e uma Voluta em caracol e finalmente a Escola de Coimbra, com uma escala maior, afinando um tom abaixo da de Lisboa e Voluta em lágrima.

A escola do Porto, que fabri-cava Guitarras mais pequenas, perdeu adeptos e está praticamente extinta, só se fabricando por en-comenda. Estas Guitarras eram muito tocadas por senhoras que a trocaram pelo Piano e como é lógico... falar francês. Hoje em dia existem dois tipos de Guitarras com características de constru-ção, afinação, calibres de cordas e técnicas de tocar completamente distintas. Apesar de ultimamente terem aparecido Guitarras híbri-das, isto é, não são de Lisboa nem de Coimbra, para o observador pouco conhecedor do assunto, pode distingui-las pela observação da sua parte exterior.

CONTINUA…Francisco Faísca

about.me/frmabafaFontes: Instrumentos Musicais

Populares Portugueses de Ernesto Veiga de Oliveira; jose-lucio.com; rebaldeira.pt.vu.

Leque da Guitarra Portuguesa – Invenção atribuída a Simpson

No dia 2 de Julho, na Quinta do Carreto, os Jo-aquins de Retaxo realizaram o seu convívio anual. Durante todo o dia, deram largas à boa disposição, acompanhada de “comes e bebes”.

Não sendo, também, um grupo muito numeroso, não deixa, ano após ano, de “tocar a reunir”, e mostrar, que são poucos, mas bons!

No próximo ano, e sempre no primeiro sábado do mês de Julho, voltam a reunir-se para assinalar o dia do seu Patrono, S. Joaquim

Convívio de Os Joaquins

13 de AGOSTO - Convívio dos Nascidos em 1954

A 13 de Agosto teve lugar o convívio dos nascidos no ano de 1954. O local escolhido para o evento foram novamente as instalações do Industria Futebol Clube no Campo dos Fiéis, gratui-tamente cedidas pela Direção da Coletividade mencionada.

Estiveram presentes treze elementos, nascidos no ano em epígrafe. A ementa escolhida para as refeições foi bifinhos com co-gumelos, a fruta da época, melão, regando as gargantas os vinhos do Emílio Barroso e Artur S. Pedro, tinto esse biológico, pois foi fabri-cado pelos próprios.

A comissão organizadora teve o ensejo de convidar para cozinheiro o José Vinagre, ao qual

ficamos bastante agradecidos pela qualidade posta na confecção do repasto.

Conforme mencionado, o es-paço possui excelentes condições para momentos de lazer, sendo aprazível para futuros eventos, o que veio a acontecer novamente este ano.

Ficamos agradecidos a todos os que colaboraram na organização do convívio, bem como à Direção da coletividade, que gratuitamente nos cedeu as instalações. Por fim foi nomeada a comissão organizadora para o próximo ano, composta por dois elementos, o Rui e o Manuel. Obrigado a todos pelo empenho na realização do mesmo.

Carlos Simões

NOTÍCIAS DA ASSOCIAÇÃO DESPORTIVA E RECREATIVA DE RETAXO

Como anunciado no jornal anterior, a nos-sa Associação esteve mais uma vez presente na Feira das Maravilhas da Doçaria que se realizou nos passados dias 30 e 31 de Julho, mais uma vez com uma tasquinha com muita bebida e petiscos deliciosos. Agradecemos a todos os que ajudaram a ADRR.

Em relação ao Futsal, informamos que os treinos das nossas equipas de Seniores e de Iniciados irão iniciar os treinos no inicio do mês de Setembro com vista à participação nos respetivos Campeonatos Distritais da AFCB que irão começar no inicio de Outubro.

Durante o mês de Outubro a ADRR irá organizar mais uma vez o seu Passeio Pedestre, esta será a 6ª edição, a informação da data será divulgada como habitualmente.

Saudações Desportivas

Fernando InácioPresidente da Direção

Voz de Retaxo Página 7JULHO/AGOSTO 2016

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JOSé PIRES MARQUES DE OLIVEIRA

Não sendo de todo inesperado, veio a falecer, no dia 4 de Agosto, com a idade de 94 anos, José Pires Marques de Oliveira.

Retaxense bem conhecido, José Pires foi um herói de França. Seis anos ao serviço da Legião Estrangeira, valeram-lhe diversas condecorações do Governo Francês, a última em 12 de Outubro de 1995, contava então 73 anos de idade. A medalha de Combatente Voluntário, e um diploma, foi na altura entregue pelo Ministro da Defesa Nacional de França.

Mas José Pires de Oliveira teve um passado cheio de vivências, tendo sido feito prisioneiro de guerra em Diem-Bien-Phu, na In-dochina (em 1954), e recebeu uma Cruz de Guerra, pelos serviços prestados em situações de combate em diversas partes do Mundo.

Como grande admirador da Filarmónica Retaxense, foi tam-bém seu Presidente da Direcção em vários mandatos. O trabalho desenvolvido pela Associação Cultural e Social Rancho Folclórico de Retaxo merecia também o seu apreço, sendo seu associado até ao seu falecimento. Partiu um homem bom, excelente conversador e amigo do seu amigo.

Que a sua alma descanse em paz. Condolências à família, e em especial à sua mulher e à sua filha.

José Luís Pires

Maria JoaquinaMaria Joaquina, que contava 100 anos de idade, faleceu no pas-

sado dia 19 de Agosto. Esta mulher centenária, que tinha assinalado há dias esta bonita

idade, era utente do Lar da Santa Casa da Misericórdia de Castelo Branco, instituição que comemorou a data com uma festa dedicada à idosa e em que participou a família da homenageada.

Natural de Montalvão (Nisa), era mãe da nossa colega na ACS Rancho Folclórico de Retaxo, Maria Tomásia Pires e o cortejo fú-nebre saiu da casa mortuária de Cebolais de Cima para o cemitério da Salavessa onde foi sepultada.

A toda a sua família, mas em especial à Maria Tomásia Pires, as nossas condolências, e que a alma de Maria Joaquina descanse em paz.

José Luís Pires

- 29 de Junho - Ana da Conceição Nunes, 77 anos, residente em Represa

- 30 de Junho - Maria Tomásia, 99 anos, residente em Cebolais de Cima

- 4 de Agosto - José Pires Marques de Oli-veira, 94 anos, Retaxo

- 5 de Agosto - Ludovina Antunes Barreto, 80 anos, Cebolais de Cima

NECROLOGIA

SENTIDAS CONDOLÊNCIAS DA ACSRFRetaxo A SEUS FAMILIARES E AMIGOS

26 de Julho Incêndio em Cebolais de Cima

Eram quase 17 horas e junto a minha casa conversava com um vigilante da AFOCELCA acabado de chegar de mais um turno de trabalho na Serra das Olelas. Conversávamos sobre as altas temperaturas que se faziam sentir, dos horários e das condições suportadas pelos vigilantes dentro das torres de vigilância e dizia-me o meu vizinho,… desde as 15 horas que um enorme incêndio varre tudo nos arredores de Monforte da Beira!, quando ouvimos as sirenes no alto da freguesia. Será o INEM, serão os bombeiros? Bastou um olhar ali para os lados do vale do ribeiro, para o lado das instalações onde funcionou a firma M. Carmo-na & Irmãos, Ldª. e as nuvens de fumo negro logo nos esclareceram. Depois foi uma ida até aos pontos altos e a partir dali acompanhar a chegada dos bombeiros, dos “canarinhos” da Protecção Civil, de funcionários da AFOCELCA, dos meios aéreos e acompanhar a sua luta contra as chamas.

Desde aquela hora e até ao anoitecer, 4 helicópteros, 1 Ca-nadair e 1 outro meio aéreo mais ligeiro, combateram as chamas em apoio aos “soldados da paz” em terra, procurando controlar o seu avanço de forma a desviá-lo de zonas mais sensíveis. Feliz-mente que o vento estava brando e soprava apenas na direcção do vale do ribeiro - mais ou menos, de sudoeste para nordeste – o que ajudou no controlo.

Cerca das 23 horas percorri a estrada até às Arieiras e dali cons-tatei que alguns focos de incêndio ainda permaneciam activos. Pela manhã meti-me pelas picadas para constatar da dimensão da área ardida, nessa altura já em fase de vigilância e rescaldo por parte das brigadas de primeira intervenção, uma das quais me contou que tinham vindo directamente do incêndio que lavrara nos arredores de Coruche. A curiosidade levou-me a saber pormenores sobre a forma de intervenção e materiais ao dispor seja para situações crí-ticas seja para simples hidratação

ou frugal enganar do estômago. Às vezes deverá ser duro, muito duro!

A curiosidade também me le-vou a observar onde tudo começara e aí não podemos deixar de ques-tionar COMO É POSSÌVEL as coisas começarem assim? Quando

é que as populações adquirirão a consciência da perigosidade de muitos dos seus actos? Quando é que nascerá uma consciência cívica que leve a que os acidentes e incidentes sejam mais raros?

João A. Pires Carmona

Voz de RetaxoPágina 8 JULHO/AGOSTO 2016

FICHA TÉCNICA

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Director: João A. Pires Carmona

Colaboraram neste número:Carlos RibeiroCarlos Simões Cremilda OliveiraFernando InácioFrancisco FaíscaJosé Luís PiresOlívia CarmonaPaulo Lourenço

Apoios:Programa

de Apoio às Associações

Juvenis

XXXVII Festival de Folclore em Cebolais de CimaTeve lugar no dia 16 de julho

de 2016, por voltas das 20:30, o XXXVII Festival de Folclore em Cebolais de Cima.

Como é habitual todos os anos, desfilaram pelo largo da igreja matriz de Cebolais grupos de diversos pontos do país que vieram mostrar o que melhor se faz de folclore na sua região, tendo sido rematado o evento com o grupo da casa.

Estiveram então presentes o Rancho Regional de Campo (Valongo - Porto), o Grupo Folclórico de Pindelo de Silgueiros (Viseu), o Rancho Etno-Popular da Ilha (Pombal) e por fim o grupo da casa, o Rancho Etnográfico de Cebo-lais de Cima.

Após entrega das lembran-ças pelas entidades convidadas aos grupos deu-se início ao festival, tendo-se assistido a uma boa noite de folclore.

Ricardo Martinho

Espaço de Trabalhos Tradicionais,o próximo projecto da ACS Rancho

Folclórico de Retaxo

Para todas as pessoas que gostam de costurar, bordar, fazer cro-ché, tricotar e de arte aplicada, enfim que gostem de fazer trabalhos manuais e gostem de ser criativas, a ASCRFR irá abrir um espaço de convívio e partilha de saberes, nestas artes, para a confecção de artigos tradicionais.

Este projecto, poderá, ainda, ter rentabilidade financeira para as participantes.

O local de encontro do grupo será a sede da ASCRFR, uma tarde por semana (3ªs ou 5ªs-feiras), das 14:30 às 17:00, ou outro horário a definir com as inscritas.

Informem-se e inscrevam-se na sede da ACSR Rancho Folclórico de Retaxo.

Grupo de Motorizadas Andorinhas do Pônsul

Os Andorinhas do Ponsul, grupo motorizadas, tiveram a iniciativa de angariar bens para serem entregues nas corporações de bombeiros de Vila Velha de Ródão e Castelo Branco.

A iniciativa, que inicialmente seria a comparticipação entre os membros dos Andorinhas, depressa se alastrou à população de Cebolais de Cima e Retaxo, que de pronto fizeram chegar bens ao local definido para a recolha.

O Grupo Motard Albicastrense, com quem os Andorinhas convivem comfrequência,fezsaberdeprontoqueiriacontribuircom50€debens para cada corporação.

O local da recolha dos bens foi no café restaurante “O Palheiro” de onde, após a divisão e acompanhado por algumas motorizadas, se saiu com destino às corporações para efectuarmos a entrega dos bens recolhidos.

Paulo Lourenço