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VXD»A Jornal Informativo da Fraternidade Povo da Rua - São Paulo - Jan/Fev 2001 - N Q 2 Em oito anos de trabalho, a Fraternidade Povo da Rua tem experimentado diferentes caminhos para tentar reconstruir a vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS em situação de pobreza e exclusão social. A partir de uma perspectiva complexa ^ do problema, atua- mos em todas as dimensões da vida - saúde, trabalho, conví- vio social, espiri- tualidade, apoio cotidiano - ten- tando impul- sionar transfor- mações. Foi importante, por exemplo, termos criado a Cooperativa Uma Chance, que juntou pessoas em torno de uma produção coletiva de artesanato e proporcionou geração de renda. O Serviço Social buscou suprir algumas das necessidades básicas imediatas, encaminhando os interessados à escola. A Casa do Pequeno Cidadão, por sua vez, permitiu um avanço na qualidade de vida das crianças. Também houve uma preocupação específica com as mulheres vivendo com HIV/AIDS. Por outro lado, a medicina alternativa colocou- nos um novo parâmetro para a saúde, ensinando- nos a utilizar as forças curativas da natureza, não agressivas ao corpo. A força interior necessária para viver tem sido descoberta no tratamento psicológico, através de terapias individuais ou grupais. Em paralelo, os grupos de Narcóticos Anônimos apresentaram abordagem específica para encarar vícios muito constantes. Com a oportunidade de participar dessas " iniciativas e de conviver com valores de solidariedade ;e união, muitas pessoas se modificaram, criaram comportamentos construtivos e firmaram o primeiro passo necessário para conquistarem uma nova vida. No início desse novo milênio, portanto, verificamos que os avanços foram muitos, mas também podemos avistar grandes desafios pela frente. Todo nosso trabalho e a própria esperança das pessoas têm esbarrado em problemas estruturais da atual sociedade, principalmente das grandes cidades, que acabam por impor limites à caminhada das pessoas. O desinteresse do governo em solucionar esses problemas exige, de maneira injusta, muito mais empenho daqueles que querem viver com dignidade e liberdade. Uma pesquisa realizada com os freqüentadores da Fraternidade Povo da Rua aponta o alto índice de pessoas (71.28%) sem moradia. O número de desempregados chega a 73,35%, considerando que os "empregados" estão sobrevivendo no mercado informal. Ou seja 100% da população que freqüenta a Fraternidade Povo da Rua está fora do mercado formal de trabalho. Será então que nossa metodologia está conseguindo proporcionar verda- deiramente as pessoas para que, ao longo do tempo, consigam independência na caminhada da reconstrução? É possível manter a esperança na vida, tendo que conviver com o desemprego, falta de mora- dia, numa cidade onde as relações entre as pessoas são de desconfiança, violência, individualismo, competição, temperadas com criminalidade e uso de drogas ? Todos nós queremos viver, mas com dignidade, esperança, escolhendo nossos . caminhos e realizando sonhos. Ser humano em toda, a sua profundidade. Somente numa sociedade diferente, que permita a vida em pequenas comunidades, onde se cultivem valores de respeito, solidariedade, união, partilha... e onde haja cooperativas que garantam uma renda mínima, independência e segurança das pessoas, poderemos reconstruir, de verdade, vidas com liberdade para viver. Portanto, abrir caminhos para continuar a reconstrução integral da vida, rompendo todos os obstáculos que a pobreza e as injustiças nos colocam é nosso desafio nesse novo milênio. E, com certeza, nosso amor pela vida e as nossas lutas no? darão forças para transformar nossa experiência em movimentos sociais, que garantam conquistar melhores condições de moradia, trabalho, educação e saúde. Fotos; José Luiz de Uma ÉMl

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Page 1: VXD»A · Todo nosso trabalho e a própria esperança das ... 6% no Sul 1% no Centro-Oeste 1% no Norte ... até me animou a parar de beber. Eu venho de uma família grande,

VXD»A Jornal Informativo da Fraternidade Povo da Rua - São Paulo - Jan/Fev 2001 - NQ 2

Em oito anos de trabalho, a Fraternidade Povo da Rua tem experimentado diferentes caminhos para tentar reconstruir

a vida das pessoas vivendo com HIV/AIDS em situação de pobreza e exclusão social. A partir de uma perspectiva complexa ^ do problema, atua- mos em todas as dimensões da vida - saúde, trabalho, conví- vio social, espiri- tualidade, apoio cotidiano - ten- tando impul- sionar transfor- mações.

Foi importante, por exemplo, termos criado a Cooperativa Uma Chance, que juntou pessoas em torno de uma produção coletiva de artesanato e proporcionou geração de renda. O Serviço Social buscou suprir algumas das necessidades básicas imediatas, encaminhando os interessados à escola. A Casa do Pequeno Cidadão, por sua vez, permitiu um avanço na qualidade de vida das crianças. Também houve uma preocupação específica com as mulheres vivendo com HIV/AIDS.

Por outro lado, a medicina alternativa colocou- nos um novo parâmetro para a saúde, ensinando- nos a utilizar as forças curativas da natureza, não agressivas ao corpo. A força interior necessária para viver tem sido descoberta no tratamento psicológico, através de terapias individuais ou grupais. Em paralelo, os grupos de Narcóticos Anônimos apresentaram abordagem específica para encarar vícios muito constantes.

Com a oportunidade de participar dessas " iniciativas e de conviver com valores de solidariedade ;e união, muitas pessoas se modificaram, criaram comportamentos construtivos e firmaram o primeiro

passo necessário para conquistarem uma nova vida. No início desse novo milênio, portanto, verificamos que os avanços foram muitos, mas também já podemos avistar grandes desafios pela frente.

Todo nosso trabalho e a própria esperança das pessoas têm esbarrado em problemas estruturais da atual sociedade, principalmente das grandes cidades, que acabam por impor limites à caminhada das pessoas. O desinteresse do governo em solucionar esses problemas exige, de maneira injusta, muito mais empenho daqueles que querem viver com dignidade e liberdade.

Uma pesquisa realizada com os freqüentadores da Fraternidade Povo da Rua aponta o alto índice de pessoas (71.28%) sem moradia. O número de desempregados chega a 73,35%, considerando que os "empregados" estão sobrevivendo no mercado

informal. Ou seja 100% da população que freqüenta a Fraternidade Povo da Rua está fora do

mercado formal de trabalho. Será então que nossa metodologia está conseguindo

proporcionar verda- deiramente as pessoas

para que, ao longo do tempo, consigam

independência na caminhada da reconstrução? É possível manter a esperança na vida, tendo que conviver com o desemprego, falta de mora-

dia, numa cidade onde as relações

entre as pessoas são de desconfiança,

violência, individualismo, competição, temperadas

com criminalidade e uso de drogas ?

Todos nós queremos viver, mas com dignidade, esperança, escolhendo nossos .

caminhos e realizando sonhos. Ser humano em toda, a sua profundidade. Somente numa sociedade diferente, que permita a vida em pequenas comunidades, onde se cultivem valores de respeito, solidariedade, união, partilha... e onde haja cooperativas que garantam uma renda mínima, independência e segurança das pessoas, poderemos reconstruir, de verdade, vidas com liberdade para viver.

Portanto, abrir caminhos para continuar a reconstrução integral da vida, rompendo todos os obstáculos que a pobreza e as injustiças nos colocam é nosso desafio nesse novo milênio. E, com certeza, nosso amor pela vida e as nossas lutas no? darão forças para transformar nossa experiência em movimentos sociais, que garantam conquistar melhores condições de moradia, trabalho, educação e saúde.

Fotos; José Luiz de Uma

ÉMl

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1 QU^A t&WmíÀÀ míimDÁDl POVO DJ\ í^UAV Fraternidade Povo da Rua

Vem aí o Recídàzaro Dom Bosco

Os salesianos de São Paulo estão desenvolvendo uma nova ação social: o Projeto Reciclázaro Dom Bosco, de atendimento a catadores de papel e papelão da região central da cidade. A iniciativa pioneira começa a funcionar em 31 de janeiro, em um galpão construído na Alameda Dino Bueno, no bairro dos Campos Elíseos. São parceiros da iniciativa; padres da Inspetoria Salesiana Nossa Senhora Auxiliadora (instância de organização dos salesianos em São Paulo), Liceu Coração de Jesus, Paróquia do Sagrado Coração de Jesus, Polícia Militar, proprietários dos depósitos de material reciclãvel do bairro, voluntários e catadores.

O projeto conta com o apoio de voluntários, profissionais de segurança, saúde, advocacia e assistência social. Também está recebendo o apoio dos comerciantes locais, que hoje reclamam da violência nas redondezas. Além disso, o projeto pretende, indiretamente, regular a ação dos ferro-velhos - cerca de oito no bairro - que pagam preços irrisórios para os catadores.

A idéia é oferecer serviços de infraestrutura para os catadores. No galpão, poderão guardar suas carroças e dormir durante a noite. O espaço também contará com banheiros, local para lavar e secar roupa e oficina de conserto de carroças. "A idéia é criar um ambiente de acolhida para os trabalhadores da rua", diz o superior dos salesianos em São Pauto, padre Nivaldo Luiz Pessinatti.

Para incentivar a participação e colaboração dos usuários do galpão, foi sugerido um sorteio mensal de uma carroça para aqueles que se mostrarem mais solidários. Também já está definido que os três usuários com maior liderança e capacidade de organização serão contratados para trabalharem um período. Segundo padre Pessinatti, este pode ser o embrião de um grande projeto social de atendimento á população de rua dos Campos Elíseos.

Os salesianos já pensam no futuro. Há a expectativa de que uma segunda unidade do projeto seja inaugurada em breve. "A idéia é criar consciência entre a população de rua e motivar esses homens e mulheres a criarem uma cooperativa de trabalho, para que deixem de ser explorados", diz o superior dos salesianos.

Foto: Lucinev Martins/Rede Rua

V Fraternidade Povo da Rua

EXPEDIENTE

O jornal ôrito Pela Vida é uma publicação

bimestral da Fraternidade Povo da Rua,

com o apoio da Inspetoria Salesiana de

São Paulo. Tiragem; 10 mil exemplares. Distribuição gratuita.

Redação: Immaculada Lopez

Diagramação; Claves Reis Costa

Fotolito e impressão:

SALESIANOS Inspetoria Salesiana de Sao Paulo

Direção da Fraternidade Povo da Rua: Antania Alaires Farias Gomes, Célia Roberto de Souza Araújo, Diocene de Oliveira Francisco, João Gonçalves Moreira, João Sebastião Makuédia, José Luiz de Lima, Katia Cilene Alexandre, Luciana Bedeschi, Luciana Maria de Lima, Ir. Maria Itikawa, Maria Telinta de Paula Sarmento, Ir. Rosely Maria Paini, Pe. Naveen Manikkompel

FRATERNIDADE POVO DA RUA Rua Campos Sales, 88 03041-090 - Brás São Paulo - SP Fone: (11) 3277-3276 E-mail: po vodarua@aol. com

Todos os meses, cerca de 450 pessoas vivendo com o vírus da HIV/AIDS passam pela casa da Fraternidade Povo da Rua, no bairro do Brás, em São Paulo. Aqui encontram um espaço de convivência, onde podem almoçar, lavar roupa, tomar banho ou simplesmente ver um pouco de televisão. Também recebem atendimento jurídico, orientação médica, apoio social e psicológico. Mas principalmente redescobrem o respeito mútuo, a conversa amiga, o olhar confiante.

Perfil básico A grande maioria são homens, adultos, solteiros, nascidos na região Sudeste.

SEXO 73% são homens

27% mulheres

IDADE 22% têm de 18 a 30 anos

63% de 31 a 45 anos 10% de 46 a 60 anos

1% com mais de 60 anos

ESTADO CIVIL 47% são solteiros

15% casados/amigados 9% divorciados/separados

7% viúvos

LOCAL DE NASCIMENTO 56% nasceram no Sudeste

27% no Nordeste 6% no Sul

1% no Centro-Oeste 1% no Norte

São pessoas em situação de rua ou de pobreza, que chegam e não vão mais embora. No total, quase 680 homens e mulheres jã foram cadastrados na casa desde 1993. A cada ano, a equipe tenta entender melhor suas necessidades e encontrar com eles o caminho para uma vida mais bonita.

No final do ano passado, a Fraternidade pesquisou as fichas de cadastro preenchidas de 1993 a 2000 e conseguiu traçar um perfil mais nítido da população atendida. São esses dados que apresentamos a seguir:

Vivendo em São Paulo A maioria nasceu na capital, mora em imóvel ou quarto alugado,

na zona centro/leste, onde fica a casa da Fraternidade.

TEMPO NA CAPITAL 37% nasceram na cidade

7% estão na cidade por mais de 15 anos 4% de 5 a 15 anos

LOCAL DE RESIDÊNCIA 37% moram na zona leste da capital

19% na região central 10% na zona sul

7% na zona norte 3% na zona oeste

9% em municípios vizinhos

SITUAÇÃO DE MORADIA 25% moram em imóvel/quarto alugado

12% em casa de parente/amigo 12% em albergue

9% na rua 13% em imóvel próprio/cedido

5% em barraco/ocupação de terreno 4% em pensão/hotel 3% em casa de apoio

Estudo, Trabalho e Renda A maioria não completou o ensino fundamental,

tem profissão, mas está desempregada. A renda média é de um salário mínimo, mas muitos vivem com menos.

ESCOLARIDADE 38% têm ensino fundamental incompleto

15% ensino fundamental completo 7% ensino médio completo

1% ensino superior completo 2% são analfabetos

PROFISSÃO 15% são profissionais de limpeza

9% pintores/pedreiros/eletricista/encanadores 7% balconistas/vendedores

6% cozinheiros

EMPREGO 73% estão desempregados

RENDA FAMILIAR 34% dependem de benefício de um salário mínimo

16% não têm renda 5% têm menos de um salário mínimo

3% têm de 1 a 5 salários mínimos

Saúde A maioria sabe que é portador do vírus HIV há mais de 4 anos

e suspeita ter se contaminado através da relação sexual. Quase todos estão em tratamento médico, mas apenas uma

pequena parcela têm acompanhamento psicológico.

DIAGNÓSTICO DO HIV/AIDS 33% conhecem o diagnóstico há 4-6 anos

26% há 1-3 anos 16% há 7-9 anos

16% há 10-15 anos 1% há mais de 15 anos

SUSPEITA DE CONTAMINAÇÃO 58% suspeitam que se contaminou através de relação sexual

11% através de seringas compartilhadas no uso de drogas 5% através de transfusão de sangue

USO DE DROGAS (INCLUINDO ÁLCOOL) 40% não utilizam

15% utilizam 13% já utilizaram

ATENÇÃO À SAÚDE 93% estão em tratamento médico 16% têm atendimento psicológico

Ê possível mudar "Quando eu conheci

o padre Gunther, acabava de saber que estava com o vírus

da Aids. Estava naquele de- sespero. A cada dia, eu acha-

va que ia morrer no dia se- guinte. Pensava que nada

mais valia a pena. Na época, eu trabalhava em um hotel em troca de comida e lugar

para dormir, mas decidi deixar tudo e ir para a rua. Dormia no Mercadão, no Largo São Bento... acho que foi a pior

fase da minha vida. Até que conheci o padre Gunther e ele me convidou para conhecer a

Fraternidade, que na época funcionava lá na torre da igre-

ja. Ele me disse que eu iria conhecer outras pessoas que

estavam com o mesmo pro- blema e viviam bem.

Fotos; Naveen Manikkompel

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Na torre, eu encontrei alegria. Vi pessoas trabalhando e fui me animando também. Já estou há seis anos na Fraternidade. Cheguei e não

saí mais. Estou muito orgulhoso de ver como o trabalho foi crescendo. O padre Naveen costuma dizer que eu tenho que ser um espelho para quem

chega. E eu realmente acho que as pessoas têm que ver em mim que é possível mudar, que a gente se cuidando pode viver bem, com alegria. Isso

até me animou a parar de beber.

Eu venho de uma família grande, de sete irmãos, mas quase não tenho contato com ninguém. Fui cobrador de ônibus, auxiliar de escritório...

mas depois tive que me aposentar por problema de saúde. Foi quando comecei a fazer alguns bicos. Hoje estou morando em um quarto alugado e

trabalho de segunda a sexta na Fraternidade. Eu faço de tudo. Quando chega o fim-de-semana, sinto falta das pessoas, do trabalho.

Acho que o carinho que recebi me fez mudar de vida. Hoje, quando vou comprar um pãozinho, posso entrar na padaria. Não preciso

mais ficar esperando do lado de fora, como acontecia na época que eu morava na rua. Hoje, eu acordo e agradeço a Deus pela vida.

Para 2001, tenho o plano de arrumar o meu cômodo. Comprar alguns móveis, uma geladeira. Pensando na Fraternidade, meu sonho é que

todos tenham uma moradia. Que ninguém precise mais dormir na rua ou em albergue. Queria que, quando fechássemos a casa no final do dia,

cada um tivesse um lugar para ir. Vamos ver se agora com a nova prefeita, a Marta, a situação melhora. Espero que sim."

/tomar Andrade, 48 anos.

Foto: Luciney Martins/Rede Rua

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Fraternidade Povo da Rua SOMOSA I FRATERNIDADE POVO DA RUA

No começo de janeiro, a Fraternidade retomou todas suas atividades. A casa da fraternidade, o consultório psicológico, prevenção DST/AIDS nas ruas e a cooperativa Uma Chance já estão funcionando diariamente, acolhendo cerca de 450 homens e mulheres por mês, A Casa do Pequeno Cidadão também começou um novo ano com mais de 40 crianças.

Fotos; Naveen Manikkompel

Mais de 200 crianças e 350 adultos participaram da Festa de Natal da Fraternidade, celebrando esta data especial em comunidade. Neste ano, a Celebração do Nascimento de Jesus contou com uma peça teatral feita pelos conviventes. Em seguida, a festa continuou com almoço e distribuição de presentes.

de No Dia Mundial de Luta contra a AIDS, no último 1 dezembro, mais 1.500 pessoas, a maioria moradores de rua, marcaram presença na estação Brás do metrô. Mais de 200 conviventes da Fraternidade participaram da organização do evento, que incluiu uma celebração ecumênica, um show com Chico César, distribuição de café da manhã, almoço, além de atividades culturais e educativas. Contou com a participação de diversas entidades sociais, igrejas e colaboradores.

Encontro de Formação Convidamos você que participa na luta social, por um Brasil

com casa, escola, comida, trabalho e saúde para um dia de

estudo. A sua presença será muito importante, pois a nova

sociedade é feita em mutirão.

A Luta Social e a Mística nos Movimentos Populares

Assessor: Frei Betto

Obs.: Favor confirmar presença até o dia 28/02/2001, pelos tels. (11) 278-2474 com Juliana ou (11) 3277-3276 com Ir. Maria.

LOCAL Centro de Formação MST/ Brás - Rua Domingos de Paiva, 672 (Próximo metrô Brás) - São Paulo. DATA: 03/03/2001 HORÁRIO: 9h - 12h