W W Da Matta E Silva - Umbanda Esotérica Esoterismo Ocultismo Magia - Mistérios E Práticas Na Lei De Umbanda

Embed Size (px)

Citation preview

Mistrios e Prticas na Lei de Umbanda

5

OS ORIXS OU DEUSES VENERADOS (concepo dos nags)

OBATAL o filho de OLORUM. O pai da humanidade (da nossa, claro). UM ORIXAL, isto , aquele que est acima dos Orixs, um grande Deus.

Posteriormente, ou seja, aqui no Brasil, recebeu a designao de OXAL (termo que uma contrao do outro). Obs.: J pela influncia ou presso do clero, foi identificado com o SENHOR DO BONFIM, da Bahia, o mesmo que JESUS. Isso foi o comeo do chamado sincretismo ou similitude.

XANG Deus do Trovo, do Raio, ou seja, do fogo celeste. Dentro do sincretismo passou a ser assimilado a S. Jernimo da Igreja.

OGUM Deus do Ferro, da Guerra, das Demandas. Dentro do sincretismo passou a ser assimilado, ora a Santo Antnio (na Bahia), ora a S. Jorge, em outros estados.

OXOSSI Deus da Caa, dos Vegetais etc. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilado a S. Sebastio da Igreja.

YEMANJ Deusa da GUAS. Dentro do sincretismo, passou a ser assimilada Nossa Senhora da Conceio, da Igreja (Nota 2 Segundo uma lenda corrente entre os nags, dos seios de Yemanj a dona das guas nasceram dois rios extensos, enormes, que se uniram, formando uma monstruosa lagoa. Do ventre dessa lagoa, nasceram todos esses Orixs, isto , menos Obatal, If e Ibeji, que tm outras lendas, outros conceitos etc.)

IF O mensageiro dos deuses. O orculo dos Orixs. O Adivinhador.

DAD - Deusa dos Vegetais. OLOKUM Deus do Mar. OK Deus da Agricultura. OLOCH Deusa dos Lagos. OB Deusa do Rio Oba.

AG-CHALAG Deus da Sade.

OI Deusa do Rio Nger.

CHAPAN Deus da varola, da peste etc.

OK Deus das Montanhas.

OG-CHALUG (com outro atributo), AJ ou Aroni, OXANBY ou Oxanin

os deuses da medicina os que podiam curar etc.

Bem, meu irmo umbandista, por a voc j pode ir comeando a analisar os aspectos dessa raiz e mesmo o porqu de somente cinco desses Orixs ou desses termos representativos de Foras ou Potncias, milenrios, tradicionais,

remotssimos, terem sidos conservados no conceito interno, oculto, ou melhor, de adaptao oculta do astral, por dentro da Lei de Umbanda, quando chegarmos questo das verdadeiras Linhas ou das Sete Vibram,es Originais dessa Lei.

Assim que, em seus rituais de nao estamos exemplificando sempre com de nag tocavam o adarrum, espcie de toque especial de atabaques, para chamar seus Orixs. Esses atabaques eram preparados cuidadosamente, dentro de certo segredo, tudo envolvendo cnticos, ervas e certa fase da lua e tinham a denominao de RUM (que era o maior), RUMPI (que era o de tamanho mdio)

e o menor dos trs, L. Esse toque especial com esses trs atabaques era para que se desse o transe (o animismo fetichista de Nina Rodrigues) medinico, quer no Babalorix, quer numa filha ou filho-de-santo. Tudo isso era acompanhado de danas expressivas (apropriadas a cada Orix), palmas, cnticos, ditos tambm, como pontos etc.

E era sempre assim, dentro de um ritual rotineiro, que o Babalorix ou o Bab

depois chamado de pai-de-santo e a Ialorix, tambm chamada de me-de- santo ou o mesmo uma Ia, o mesmo que inicianda ou filha-de-santo etc., podiam ficar possudos pelo seu orix...

Todavia, se qualquer um desses casse com o santo (o mesmo que se entender como ficar mediunizado) ou com seu orix, todos sabiam que no era o Orix ancestral o deus Xang, Ogum, Oxossi etc. Era um enviado do Orix, porm representava a sua fora.

Quer o Orix, que para eles era (e ) um ser-espiritual altamente situado perante Olorum ou Deus, quer o seu enviado (o Orix intermedirio) que, para eles, tambm era um esprito muito elevado, nunca tinham encarnado, isto , jamais haviam passado pela condio humana.

Todo esse ritual, com suas evocaes, suas prticas, era (e ainda deve ser) quase sempre acompanhado de oferendas simples ou especiais chamada depois de comida-de-santo tudo de acordo com a ocasio da festa ou da

cerimnia que se fizesse necessrio. Tambm era comum, antes de iniciar o ritual

propriamente dito, fazer um eb, espcie de despacho, que envolvia, desde o sacrifcio de animais at o seu aspecto mais simples, com pipocas e outras coisas.

PORTANTO, OS ESPRITOS DE CABOCLOS, PRETOS-VELHOS, CRIANAS ETC., SERIAM REPELIDOS, PORQUE ERAM EGUNS. Todos esses so

espritos-velhos porque j encarnaram dezenas, centenas de vezes.

E para que os fundamentos dessa raiz fiquem bastante reavivados na mente de todo umbandista, vamos repisar o seguinte:

Babalorix espcie de sacerdote do culto nag. Interpretao dada: pai-de- santo o chefe-do-candombl.

Bab diminutivo do termo Babalorix, que tanto pode designar o homem como a mulher, sacerdote ou sacerdotisa. Interpretao: pai ou me-de-santo.

Babala ou Babalaw espcie de adivinho ou sacerdote do culto de If.

Ialorix espcie de sacerdotisa. Interpretao dada: me-de-santo a

dona-do-candombl.

Ia ou Yaw espcie de inicianda. Interpretao dada: filha-de-santo.

Ogan espcie de protetor do candombl, que fornecia os meios financeiros para as festas etc. Era escolhido pelo Bab e confirmado pelo orix.

Ogan de atabaque a pessoa que conhecia os segredos dos toques para os

Orixs.

Cambondo dito como cambono, espcie de tocador de atabaque nos candombls de angola (depois, em conseqncia das deturpaes, passou a ser qualificado, nos terreiros, como auxiliar dos protetores, isto , aqueles que se ocupam de servir s pessoas mediunizadas).

Candombl o local onde se faz o terreiro. Onde se processam os ritos ou as cerimnias.

Candombl de Caboclo ritual onde predomina as evocaes para os encantados o mesmo que os Caboclos.

Ilu atabaque de um modo geral.

Matana sacrifcio de animais para os Orixs e para Exu tambm.

Peji o altar ou o santurio dos candombls, dito, tambm, como Cong. E ainda, para a necessria diferenciao:

Padrinho diz-se, tambm, como pai-de-santo, no candombl de Caboclo. Como padrinho ou compadres tambm tratam aos Exus, quando no reino.

Tata ou Tata de Inkice interpreta-se tambm como pai-de-santo (Congo e

Angola).

Encantado interpreta-se tambm como Orix, no candombl de Caboclo e no catimb como os espritos protetores, chamados de mestres etc.

Saibam vocs, meus irmos umbandistas, brasileiros ou no, que os nossos NDIOS, especialmente os TUPY-NAMB, TUPY-GUARANY, pelas alturas do ano de 1500, NO ERAM TRIBOS OU UM POVO PRIMITIVO QUE ESTIVESSE NA INFNCIA DE SUA EVOLUO. Quem sups isso, foram os brancos conquistadores.

No tiveram capacidade para verificar que, em vez de ser um povo primitivo, era, sim, um POVO ou uma raa to antiga, que se perdia por dentro dos milhes de anos a sua origem... Tambm, eles os portugueses que aportaram

com Cabral e mesmo, posteriormente, nas terras dos brasis, no vieram para estudar a antiguidade, a cultura, a civilizao etc., de nossos aborgines....

Vamos, ento, verificar por dentro de sua teogonia a pureza de suas

concepes sobre as coisas divinas etc., pois os tupy-namb, os tupy-guarany era, sobretudo, um povo monotesta.

Acreditavam, adoravam a um Deus-Supremo sobre todas as coisas, a quem chamavam com muita venerao de TUPAN.

TUPAN ou TUP de tu, que significa rudo, estrondo, barulho e pan, que significa ou exprime o som, o estrondo, o rudo feito por algum que bate, que trabalha, que malha etc.

TUPAN era, portanto, o Supremo Manipulador, isto , Aquele que manipula a natureza ou os elementos. o divino Ferreiro que bate incessantemente na

11

Bigorna Csmica. Era considerado, sem dvida alguma, o Supremo Poder

Criador.

Veneravam a GUARACY, YACY e RUD (ou Perud), como a trplice manifestao do poder de Tupan. Eram atributos externos.

GUARACY o SOL de Guar, vivente e cy, me. Davam essa dupla interpretao: Pai ou me dos viventes no sentido correto de que o Sol era e o princpio vital que animava todas as coisas da natureza, o mesmo que a luz que

criava a vida animal, etc. Guaracy era, sem dvida, a representao visvel, fsica, do Poder Criador que, atravs dele, criava nos elementos da prpria natureza, as coisas, os seres etc. Enfim, era o elemento gneo o pai da natureza.

Por isso, diziam, dele, Guaracy, saa tatauy, as flechas de fogo de Tupan, os raios do cu que se transformavam em tupacynynga, o trovo. Por causa disso que certos interpretadores ligeiros deram Tupan como sendo, puramente, o deus do trovo...

YACY a LUA de Ya, planeta e cy, me ou progenitora: era a me dos vegetais ou ainda a me natura.

RUD ou PERUD o deus ou divindade que presidia ao AMOR, reproduo. Rud era evocado pelas cunhs (nulheres), em suas saudades, em seus amores, pelos guerreiros ausentes, para que eles s tivessem pensamentos e corao para record-las.

E para reafirmar esse trplice conceito teognico, os pay (sacerdotes) ensinavam mais que, Guaracy representava o Eterno masculino, o princpio vital positivo quente de todas as coisas. E Rud era o intermedirio, isto , o amor que unia os dois princpios na criao da natureza...

Acreditavam mais em MUYRAKITAN, ou MURAYKTAN, termo oriundo de uma lngua matriz, de tal antiguidade, que somente Tupan era quem podia t-la ensinado raa mais antiga de toda a Terra. Essa lngua era o ABANHENGA, que surgiu com a primeira raa que nasceu na religio de

conforme reza o TUYABA-CUA - a Sabedoria dos Velhos Pays (do que falaremos adiante).

MUYRAKITAN ou MURAYITAN se decompe assim: de mura, mar, gua; yara, senhora, deusa e kitan, boto de flor. Portanto, pode ser interpretado corretamente assim: Deusa que floriu das guas, Senhora que nasceu do mar, Deusa ou Senhora do mar.

Veneravam muito esta Divindade, a quem prestavam um culto todo especial. Acreditavam em seus poderes mgicos e teraputicos, atravs de seu itaobymba espcie de argila de cor verde, uma substncia nativa, colhida no fundo de certos lagos, a qual transformavam num poderoso amuleto, que adquiria a forma de um disco.

Os itaobymba s podiam ser colhidos e preparados pelas ikannyabas (as conhtay ou moas virgens que eram votadas, desde a infncia, como sacerdotisas do culto de MUYRAKITAN, o qual era vedado aos homens. Posteriormente, isto , no perodo da decadncia, se transformou no culto de Yurem, dito na adaptao do elemento branco como o adjunto da Jurema).

Essas sacerdotisas eram as nicas criaturas entre os tupy-guarany que podiam preparar esse talism e o faziam assim: esperavam sempre que YACY, a lua, estivesse cheia, estendendo a sua luz sobre a placidez das guas do lago escolhido pelas ikannyabas, que, dentro de uma severa preparao ritualstica e mgica, para ele se dirigiam. Esse preceito implicava na passagem da rvore da YUREM verdadeira, onde invocavam ou imantavam os fludos magnticos da lua, atravs de cnticos e palavras especiais sobre determinado nmero de

folhas, para serem mastigadas por elas, na ocasio de mergulharem no lago.

Assim, enquanto algumas dessas ikannyabas mergulhavam, as outras ficavam cantando certas melopias rtmicas acompanhadas do termo mgico ma-ca-uam. Quando uma ou outra emergia com a substncia malevel a argila verde as outras colocavam-na em pequeninas formas, j com o formato de um disco, com um orifcio no centro.

Depois de recolhida a quantidade necessria, todas ficavam beira das guas em cerimnia especial, uma espcie de encantao mgica, toda dedicada s foras da guas a Muyrakitan, at que Guaracy, o Sol, comeasse a nascer, a fim de endurecer com seus raios de luz a dita substncia, para ficar como o itaobymba. Esses talisms tomavam uma consistncia to rija, que nada mais poderia ser feito ou talhado sobre eles.

Esses amuletos de Muyrakitan eram verdes, verdes-claros e os mais preciosos eram os de cor branca. Todos eram de uso exclusivamente feminino e usados na orelha esquerda das cunhs ou mulheres.

O seu equivalente para os homens era o TEMBET, um talism de nefrita verde, em forma de T, que os ndios traziam pendente no lbio inferior, atravs de uma perfurao.

TEMBET, que se originou de Tembaeit, de T ou T, o signo divino (gravado nas pedras sagradas) da cruz (de curu); de mba, objeto, e de ita, pedra. Pode ser interpretado corretamente assim: cruz feita de pedra (em sentido sagrado).

O tembet era um talism de Guaracy o Sol preparado pelos pay ou pelos karayba, para que imantasse o raio, o fogo do cu, enfim, a energia solar. Era o smbolo mgico do deus-sol. Tambm preparavam outros amuletos que tomavam a designao de Itapos-sangas, inclusive os que eram feitos ou recebiam a fora de YARA me dgua.

A muyrakitan ou o itaobymba e o tembet juntos representavam a fora mgica de TUPAN o Deus NICO.

Agora, meu irmo umbandista, voc j deve estar entendendo melhor a questo da raiz Amerndia ou de nossos ndios. Mas vamos prosseguir, vamos ver o que significava, entre os tupy-namb e os tupy-guarany, daquele glorioso passado o TUYABA-CUA...

Tuyaba-cu a sabedoria dos velhos pay, era precisamente a tradio

mais oculta, conservada atravs de milnios, de pay a pay, ou seja, de mestre a mestre, de mago a mago, a qual conjugava todos os conhecimentos mgicos, teraputicos (o caa-yaari), fenomnicos, espirticos, ritualsticos, religiosos etc.

Essa tradio, esses ensinamentos, essas prticas mgicas, teraputicas, o mistrio das plantas na cura, a interpretao misteriosa sobre as aves, tudo isso era tuyaba-cua.

O PAY era justamente o mago mais elevado, dentro da tribo. Conhecia a magia a fundo, praticava a sugesto, o magnetismo, o hipnotismo e, sobretudo era mestre no uso dos mantras

.)

O Karayba no tinha a categoria de um pay; era tratado mais como feiticeiro, isto , aquele que se dava s prticas de fundo negro etc. Posteriormente, confundiram um com o outro.

Todo movimento espiritual, mgico ou de fenmenos astrais que pudesse afetar a vida da tribo era coordenado pelo pay, que influenciava diretamente o morubixaba, que, como chefe da tribo, praticamente nada fazia sem consultar o pay, que por sua vez tambm ouvia os ancies.

Esses velhos magos da sabedoria os pajs, como se grafou depois conheciam o mito solar, ou melhor, os Mistrios Solares (simbolizados no Cristo Csmico), ou seja, a lei do verbo Divino, tanto que jamais se apagou nos ensinamentos de tuyaba-cua o que a tradio remotssima de seus antepassados havia legado sobre YURU-PIT, SUMAN e YURUPARY e exemplificavam tudo, revelando o mistrio ou o sentido oculto da flor do mborucay (o maracuj), a par com a interpretao que davam a curu a cruz.

Dentro da tradio, se recordava que, num passado to longnquo quanto as estrelas que esto no cu, surgiu, no seio da raa tupy, iluminada pelo deus-sol uma criana loira, que disse ter sido enviada por Tupan. Falava de coisas maravilhosas e ensinava outras tantas. Recebeu o nome de YUPITAN.

Assim, cresceu um pouco entre eles e um belo dia, tambm iluminada pelo sol, desapareceu. Porm, antes disso, disse que noutra poca viria SUMAN e depois YURUPARY. Realmente o termo Yupitan tem um significado profundo.

YUPITAN de yu, loiro, doirado, e pitan, criana, menino, significava, na antigussima lngua matriz, o abanhenga, criana ou menino loiro iluminado pelo sol. Davam-lhe tambm o nome de ARAPIT de ara, luz, esplendor, e pit, criana etc., e significava o filho iluminado de Aracy, de Ara, luz, e cy, me ou progenitora, origem etc.

Depois, muito depois (reza a tradio) de terem passado algumas geraes, vindo do lado do oriente, aparece um velho de barbas brancas, entre os tupy- namb, dizendo-se chamar SUMAN (ou SUM), que passou a ensinar a lei Divina e muitas coisas mais, de grande utilidade. Ele dizia, tambm, que foi Tupan que o tinha mandado. SUMAN tambm, certo dia, se despediu de todos e ps-se a caminhar para o lado do Oriente at desaparecer, deixando entre os pay todo o segredo de tuyaba-cua e assim ficou lembrado como o pai da sabedoria... Entre os tupis-guaranis, tambm foi constatada a tradio viva, positiva, sobre YURUPARY o seu Messias (possivelmente, uma das encarnaes do Cristo Planetrio).

Yurupary de yuru, pescoo, colo, garganta ou boca, e pary, fechado, apertado, tapado, significa o mrtir, o torturado, o sofredor, o agonizante. YURUPARY, na teogonia amerndia, foi o filho da virgem Chicy, de Chi, pranto, e cy, me, a me do pranto, uma mter dolorosa que viu seu filho querido ser sacrificado porque pregava (tal e qual JESUS) o amor, a renncia, a igualdade e a caridade.

YURUPARY foi, portanto, entre os tupy-guaranis, um MESSIAS e no o que os jesutas daqueles tempos interpretaram o diabo (Nota 5 Tal e qual fez com os africanos, a Igreja tambm quis fazer assimilaes entre os nossos ndios com seus santos. Os jesutas fizeram uma tremenda fora, para identificar Suman ou Sum com o Santo Thom ou Tom, deles. Mas no pegou de jeito algum... Sobre a Tradio de Yurupary, o Cel. Sousa Brasil no tomo 100 do vol. 154 da Revista do Instituto Histrico 2, de 1926, d testemunho irrefutvel dessa venerada tradio que ainda encontrou entre os nossos ndios). Tanto que se perde no passado de sua remotssima tradio esse tema de um Messias, da cruz e de seu martrio. Por isso que veneravam a Curu a cruz de curu, fragmento de pau ou de pedra e , gritar ou produzir qualquer som estridente. Curu em sentido mstico, significa cruz sagrada, porque recebeu o sofrimento, o grito do agonizante ou a agonia do mrtir. Em certas cerimnias, os pay, depois de produzirem o fogo atritando dois pedaos de pau, os cruzava (para formar uma cruz) para simbolizar o Poder Criador o FOGO SAGRADO...

Mas o que era Mbarac? O Mbarac ou marac era um instrumento que produzia rudos ou sons especiais. Ele falava, respondia, sob a ao mgica dos pay. Enfim, era um instrumento dotado de um poder magntico e era, positivamente, um canal medinico. (Nota 6 Afirmamos que era um instrumento de poder magntico, porque tinha o seu preparo feito sob as foras da magia dos astros. O mbarac, em si, era uma espcie de chocalho, manipulado do fruto conhecido como cabaceira a cucurbita lagenaria e dentro desse fruto [dessa cabaa] eram colocadas certas pedrinhas ou seixos. Essas pedrinhas eram amuletos ou itapossangas especiais, inclusive o talism de muyrakitan [o itaobymba], bem como o Tembet. Tanto empregavam esse mbarac para os efeitos mgicos, como para os fenmenos ou da mediunidade, para fins hipnticos, isto , para ativar o ardor dos guerreiros, no combate...)

E quem so esses ESPRITOS? Vamos explicar....

Esses espritos so, justamente, os dos antiqssimos pay, karaybas, morubixabas, tuxabas ou caciques e outros mais, da primitiva RAA TUPY ou dos Tupi-namb, tupis-guaranis etc. (pois o tronco racial deles era um s), bem como pelos tambm antigos ou primitivos sacerdotes do povo africano, ditos como babalaws, babalas, tatas etc., a par com os espritos de crianas, que foram ordenados para essa misso, dado a mstica dessa coletividade sobre eles, pela derivao da crena dos Ibejis dos africanos e dos curumins dos ndios, e nos Cosme e Damio.

Porque surgiram estes espritos dentro desta coletividade?

Ora, pelo que acabamos de explicar sobre os fatores de fuso e degenerao e conseqentes misturas, etc., cremos que ficou patente que essa massa, essa coletividade, no podia continuar assim, dentro das condies expostas.

Era (e ainda , em 90%) de ausncia absoluta nesses ambientes, a Doutrina, o

Evangelho e, claro, o estudo da mediunidade etc.

Prticas as mais confusas, desordenadas, baixas por envolverem oferendas com sacrifcio de animais, sangue etc., ainda so fatores comuns nos candombls que dizem praticar algum ritual de nao e que, por cima de tudo isso, ainda afirmam ser de umbanda.

A ignorncia to grande na maioria dessas criaturas que se intitulam de pais de santo ou babalorixs, babs, tatas, chefes-de-terreiros etc., que ainda no foram capazes de notar a patente discrepncia no tipo de oferenda (ou comida de santo) que fazem a seus orixs tidos por eles como Espritos-Ancestrais dos outros Espritos, isto , como Potncia Elevadssimas aos quais oferecem sacrifcios, de animais, com sangue e tudo e tambm oferecem o mesmo tipo de sacrifcios, com sangue e tudo, para os Exus... considerados espritos atrasados. Como se entender isso? S entendimentos estacionados h 4.000 anos podem conceber e praticar semelhantes disparates... pois, como que a mesma

qualidade de oferenda pode servir tanto para Orix quanto para Exu?

32

Pois bem, era impossvel que a providncia Divina deixasse de AGIR...

E foi por causa disso tudo que se fez imprescindvel um novo MOVIMENTO

dentro desses Cultos Afro-brasileiros ou de sua imensa massa de adeptos.

E esse MOVIMENTO DE LUZ feito pelos espritos carmicamente afins a essa massa e pelos que, dentro de afinidades mais elevadas ainda, as que so pautadas no Amor, na ajuda, na RENNCIA em prol da EVOLUO DE SEUS SEMELHANTES foi lanado atravs da mediunidade de uns e de outros, pelos Caboclos, Pretos-velhos etc., com o NOME DE UMBANDA...

Comearam ento a aparecer por dentro da Corrente Astral e humana,

falanges e falanges de Pretos-Velhos, de Caboclos, como os Pai-Benedito, Pai- Joo, Pai-Z, Pai-Tom, Pai-Jac, Pai-Domingos, Pai-Francisco, Pai-Antonio, Pai- Moambique, Pai-Malaquias, Pai-Tibiria, Pai-Martim, Pai-Ernesto, Pai-Chico etc., e as Me-Cambinda, Me-Maria, Me-Guiomar etc., e as Vov-Conga, Vov-Catarina, Vov-Lusa etc., e as Tia-Chica, Tia-Maria, Tia-Francisca, Tia- Quitria etc.

A par com esses surgiram logo os Caboclos; foram os Caboclo 7

Encruzilhadas, Caboclo 7 Flechas, Caboclo Ubiratan, Ubirajara, Urubato, Tupy, Tupinamb, Guarany, Yrapu, os Pena-Azul, Pena-Branca, Caboclo guia- Branca, Arranca-Toco, Arruda, Coqueiro, Guin etc.; bem como as Caboclas Jurema, Jandira, Jupira, Juara, Indira, Cabocla do Mar, Cabocla Estrela, Cabocla Trs Luas e muitas outras mais...

E tambm vieram, acompanhando os pretos-velhos e os Caboclos, as Falanges dos espritos de crianas, como os Cosme, os Damio, os Doum, os Tupnzinho, os Crispim, os Joozinho, os Duquinha, os Simeo, as Mariazinhas, as Manuelinha, e um sem nmero deles e delas...

Todas essas entidades e outras mais aos milhares desceram como pontas- de-lana, ordenadas pelo Tribunal Planetrio, afim de incrementarem por todos os meios e modos a EVOLUO da massa dita como dos adeptos dos cultos afro-brasileiros...

Foi ento que surgiram as primeiras manifestaes dos cacarucaio os Pretos- Velhos, dos primeiros Caboclos, nos terreiros, atravs da mediunidade de uns e de outros, os chamados mdiuns, aparelhos ou veculos dos espritos...

E como legtimos trabalhadores da seara do Cristo Jesus, foram logo ensinando a Sua Doutrina, isto , as Leis do Pai-Eterno...

Muito embora lutassem com a dificuldade do material humano medinico, mesmo assim conseguiram firmar idias e Princpios, estabelecendo as REGRAS e fizeram um vasto trabalho de ADAPTAO de conceitos sobre Linhas etc...

O termo UMBANDA que eles implantaram no meio para servir de BANDEIRA a esse novo MOVIMENTO, identifica, positivamente, a fora e os direitos de trabalho dessa poderosa CORRENTE, que assim passou a se denominar Corrente Astral de Umbanda.

Ensinaram mais que, Umbanda representa, dentro da coletividade dita como dos adeptos dos Cultos Afro-aborgines, as Leis de Deus, pela palavra do Cristo Jesus o Regente de nosso planeta Terra.

E esses Caboclos, esses Pretos-Velhos, dado a confuso reinante sobre a questo das linhas, todas fortemente enxertadas de santos e santas da Igreja Romana, embaralhando cada vez mais os entendimentos, conseguiram firmar doutrina sobre as Linhas, as Legies, as Falanges etc...

Portanto, sempre ensinaram que Umbanda um termo Litrgico, sagrado, vibrado, que significa, num sentido mais profundo CONJUNTO DAS LEIS DE DEUS, porque tem por escopo, dentro do meio que atualmente se diz como Umbandista, implantar no corao de seus filhos de f essas citadas leis...

A Corrente Astral de Umbanda reconhece 7 Potncias Espirituais que tm comando direto sobre o planeta Terra e tambm no sistema planetrio de que ele faz parte, sendo que a principal dessas Potncias o Cristo Planetrio, que supervisiona as outras seis, e que por efeito dessa adaptao tomam o nome de ORIXS.

Essas Potncias ou esses Orixs fazem-se representar atravs de LINHAS, cada Linha tendo 7 Legies e cada Legio tendo 7 Falanges. Linha significa, a Faixa Vibratria em que esto situadas, por afinidade, as Entidades Mentoras, ou seja, os GUIAS, os PROTETORES e todas as humanas criaturas, dentro, claro, desta mesma lei de afinidade (

Sincretismo Afro-Catlico que ainda influencia e confunde bastante os entendimentos no meio Umbandista...

33

NOES SOBRE A ETERNA DOUTRINA DA LEI DE UMBANDA

2 PARTE

A Mediunidade... A verdadeira mediunidade na Corrente Astral de

Umbanda Os perigos das iniciaes ou das feituras de cabea

A mulher bab em face das ordenaes da Lei de Umbanda O modelo de instrues gerais de conduta moral, espiritual e fsica para mdiuns ou iniciandos da Corrente Astral de Umbanda O modelo de disciplina interna O roteiro para se processar uma sesso de Umbanda corretamente...

39

MODELO DE INSTRUES GERAIS DE CONDUTA MORAL, ESPIRITUAL E FSICA DOS MDIUNS OU INICIANDOS DA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA

1) Manter dentro e fora da Tenda, isto , na sua vida espiritual ou religiosa particular, conduta irrepreensvel, de modo a no suscitar crticas, pois qualquer deslize nesse sentido ir refletir na sua Tenda e mesmo na Umbanda, de modo geral.

2) Procurar instruir-se nos assuntos espirituais elevados, lendo o Evangelho de Cristo Jesus e outros livros indicados pela Direo Espiritual da Tenda, bem como assistindo palestras nesse sentido.

3) Conservar sua sade psquica, vigiando constantemente, o aspecto moral.

4) No alimentar vibraes de dio, rancores, inveja, cimes ou qualquer sentimento ou pensamento reconhecidamente negativo.

5) No falar mal nem julgar a algum, pois no se pode chegar s causas pelo aspecto grosseiro dos efeitos.

6) No julgar que seu protetor o mais forte, o mais sabido, muito mais

tudo que o do seu irmo, mdium tambm.

7) No viva querendo impor seus dons medinicos, contando, com insistncia, os feitos de seu guia ou protetor. Lembre-se de que tudo isso pode ser problemtico e transitrio e no esquea de que voc pode ser testado por outrem e toda essa sua conversa vaidosa ruir fragorosamente.

8) D paz a seu protetor no astral, deixando de falar tanto no seu nome, isto , vibrando constantemente nele. Assim, voc est se fanatizando e aborrecendo a entidade. Fique certo de que, se ele, o seu protetor, tiver ordens e direitos de trabalho sobre voc, poder at disciplin-lo, cassando-lhe as ligaes medinicas e mesmo infringindo-lhe castigos materiais, orgnicos, financeiros etc., se voc for desses que, alm de tudo isso, ainda comete erros em nome de sua entidade protetora...

9) Quando for para a sua sesso, no v aborrecido e quando chegar l, no procure conversas fteis. Recolha-se a seus pensamentos de paz, f e caridade pura para com o prximo.

10) Lembre-se sempre de que sendo voc um mdium considerado pronto ou desenvolvido, de sua convenincia tomar banhos de descarga ou propiciatrio determinados por seu guia ou protetor. Se for mdium em desenvolvimento, procure saber quais os banhos e defumadores mais indicados, o que ser dado pela direo da Tenda.

11) No use guias ou colares de qualquer natureza sem ordem comprovada de sua entidade protetora responsvel direta e testadas na Tenda, ou

ento, somente por indicao do mdium-chefe, se for pessoa reconhecidamente capacitada.

12) No se preocupe em saber o nome do seu guia ou protetor antes que ele julgue necessrio e por seu prprio intermdio. de toda convenincia tambm, para voc, no tentar reproduzir, de maneira alguma, qualquer ponto riscado que o tenha impressionado, dessa ou daquela forma.

13) No mantenha convivncia com pessoas ms, viciosas, maldizentes etc.. isto importante para o equilbrio de sua aura e dos seus prprios pensamentos. Tolerar a ignorncia no compartilhar dela.

14) Acostume-se a fazer todo o bem que puder, sem visar a recompensas.

15) Tenha nimo forte atravs de qualquer prova ou sofrimento. Aprenda a confiar e esperar.

16) Aprenda a fazer recolhimento dirio, pelo menos de meia hora, a fim de meditar sobre suas aes e outras coisas importantes da sua vida.

17) No confie a qualquer um os seus problemas ou segredos. Escolha a pessoa indicada para isso.

18) No tema a ningum, pois o medo a prova de que est em dbito com a sua conscincia.

19) Lembre-se sempre de que todos ns erramos, pois o erro da condio humana e portanto ligado dor, a sofrimentos vrios e,

conseqentemente, s lies, com suas experincias... Sem dor, sofrimento,

lies e experincias no h Carma, no h humanizao nem polimento ntimo. O importante que no se erre mais, ou no cometer os mesmos erros. Passe uma esponja no passado, erga a cabea e procure a senda da reabilitao (caso se julgue culpado de alguma coisa), e para isso, mate a sua vaidade, no se importe, em absoluto, com que os outros disserem de

voc. Faa tudo para ser tolerante e compreensivo, pois assim, s boas coisas podero ser ditas de voc.

20) Zele por sua sade fsica, com uma alimentao racional e equilibrada.

21) No abuse de carnes, fumo e outros excitantes, principalmente o lcool.

22) Nos dias de sesso, regule a sua alimentao e faa tudo para se encaminhar aos trabalhos espirituais, limpo de corpo e esprito.

23) No se esquea, em hiptese alguma, de que no deve ter relaes ou contatos carnais na vspera e no dia da sesso.

24) Tenha sempre em mente que, para qualquer pessoa, especialmente o mdium, os bons espritos somente assistem com preciso, se verificarem uma boa dose de humildade ou de simplicidade no corao. A vaidade, o orgulho e o egosmo cavam o tmulo do mdium.

25) Aprenda lentamente a orar confiando em Jesus, o Regente do Planeta Terra. Cumpra as ordens ou conselhos de seu Guia ou Protetor. Ele seu grande e talvez nico amigo de fato e quer somente a sua felicidade.

26) E finalmente: se voc um irmo que est na condio de Mdium-chefe, com toda responsabilidade espiritual do terreiro em suas mos, convm que se guarde rigorosamente contra a vampirizao daqueles que s procuram o seu terreiro e sua entidade protetora para fins de ordem material, pessoal, com casos e mais casos, sempre pessoais... Convm que se guarde, para seu prprio equilbrio e segurana, contra esses aspectos que envolvem sempre ngulos escusos relacionados com o baixo astral. Isso no prprio das coisas que se entendem como caridade. Isso vampirizao, sugao de gente viciada, interesseira que pensa ser a Umbanda uma agncia comercial, e o seu terreiro, o balco onde pretendem servir-se atravs de seu guia ou protetor. Enfim, no permita que o baixo astral alimente as correntes mentais e espirituais de sua Tenda, pois se isso acontecer, voc dificilmente se livrar dele ser um escravo...

MODELO DE DISCIPLINA INTERNA PARA OS MDIUNS DE UMA TENDA DA CORRENTE ASTRAL DE UMBANDA

1) Todos os mdiuns desta Tenda ficam obrigados a comparecer s sesses

20 minutos antes do horrio estabelecido para os trabalhos (geralmente 20 ou 20:30h)

2) obrigao dos mdiuns, ao chegarem Tenda, dirigir-se logo ao vestirio para no tomar contato com outras coisas ou influncias reinantes no momento. E qualquer assunto de ordem pessoal ou administrativo do mdium ficar para depois da sesso.

3) Os mdiuns no podero fazer uso dos vestirios para discusso ou comentrios diversos, tampouco transform-los em salo de fumar, etc.

4) Os mdiuns ao entrarem no vestirio se obrigam a manter o silncio necessrio, bem como, ao se encaminharem para o recinto do Cong, devem faz-lo ainda dentro da mais respeitvel atitude, tudo de acordo com o RITUAL estabelecido pela Direo Espiritual da Tenda (obedincia rigorosa Vibrao Cruzada), a fim de tomarem os respectivos lugares... sada tambm devem obedecer s mesmas condies de disciplina.

5) Os mdiuns, em dia de sesso, devem abster-se do uso de qualquer bebida alcolica, pois se comparecerem sob qualquer efeito negativo resultante disso esto sujeitos a serem excludos da corrente e at da Tenda.

6) Os mdiuns ficam sob a estrita obrigao de comparecerem s sesses sempre higienizados, quer de corpo, quer de roupas, a fim de se porem

em harmonia com as entidades que encontram dificuldades em incorporar

ou mesmo vibrar corretamente em aparelhos dentro dessas condies, isto , sem a devida higiene.

7) Fica terminantemente proibido aos mdiuns femininos, em dias de sesso ou de trabalhos de caridade, desenvolvimento etc., comparecerem com pinturas no rosto, dedos etc. Se, eventualmente, assim acontecer, devem retirar toda a pintura antes da sesso.

8) Os mdiuns femininos no devem comparecer ou participar dos trabalhos espirituais medinicos no perodo de sua fase mensal.

9) Fica terminantemente proibido aos mdiuns fazerem comentrios de menosprezo ou de enaltecimento dos protetores, sejam seus ou de outrem, pelo menos dentro da Tenda, a fim de que sejam evitados vaidades e rancores.

10) O mdium que ficar descontente com outro, com a Direo da Casa, ou com o mdium-chefe, poder dirigir queixa ou pedido de esclarecimento ao Presidente, ou ao Diretor espiritual da Tenda, de acordo com o caso, para as devidas providncias.

11) Todo mdium que faltar a trs sesses consecutivas sem justificao ser afastado da corrente medinica. Na reincidncia, esse afastamento poder ir at a excluso.

12) O mdium que se tornar motivo de escndalo, provocar intrigas e promover atritos e desunio entre irmos, ser sumariamente desligado da corrente medinica e do quadro social da Tenda.

13) O uniforme da Tenda exclusivamente o branco. Se, eventualmente, forem criados outros, todos devem seguir o modelo adotado.

14) Haver um livro de presena no local adequado, onde o mdium obrigatoriamente deixar sua assinatura, para os devidos fins de controle.

15) O mdium deve se inteirar sobre os banhos e defumadores apropriados sua natureza espiritual medinica, para poder us-los com regularidade, principalmente nos dias de sesso.

ROTEIRO PARA SE PROCESSAR UMA SESSO DE UMBANDA

ABERTURA OU 1 PARTE

1) Os mdiuns devem entrar no salo, disciplinadamente, isto , em Vibrao Cruzada (posio preparatria) (ver a figura) e tomarem suas posies, em crculo, sendo as mulheres esquerda e os homens direita.

74

2) Feito isso, deve-se proceder a uma palestra, de cunho doutrinrio, versando sobre a moral, os aspectos da mediunidade, sobre o Evangelho, sobre qualquer tema, enfim, que auxilie o psiquismo dos mdiuns para que possam ir harmonizando as suas vibraes mentais. Deve-se escolher pessoa capacitada para proceder a esse tipo de doutrina ou palestra.

3) Aps a palestra de 5 a 10 minutos o Dirigente deve mandar desfazer a corrente ou Vibrao Cruzada e faz-los entrar em Corrente Vibrada (ver a figura) a fim de fazer a PRECE de abertura (imprescindvel) a JESUS, Diretor do Planeta Terra.

4) A seguir, ainda em Corrente Vibrada, procede-se defumao propiciatria (com benjoim, incenso, mirra, sndalo, etc.) debaixo de um ponto cantado, apropriado essa finalidade. A defumao deve ser feita por pessoa escolhida para isso, de preferncia o mdium-chefe.

5) Aps o defumador propiciatrio, faz-se uma saudao falada s Falanges ou aos Orixs e ao Patrono Espiritual da Casa, se houver.

6) Mandar os mdiuns desfazer a corrente vibrada. Logo se firma o ponto cantado do Guia-Chefe da Casa ou da Tenda, ou ento, se canta o Hino da Tenda.

PROSSEGUIMENTO OU 2 PARTE

7) Chamada da Falange que vai trabalhar ou, ento, os pontos cantados das entidades que, habitualmente, so chamadas para as incorporaes.

8) Prosseguimento da sesso, com pontos a intervalos ou segundo a necessidade.

9) Findo os passes e conselhos, agradecimento aos guias e protetores e o ponto cantado para eles subirem ou desincorporarem.

ENCERRAMENTO OU 3 PARTE

10) J com os mdiuns desincorporados e em Corrente Vibrada, traar na pemba um tringulo (com um vrtice apontado para a porta de entrada) no centro do salo, colocar dentro dele um copo contendo gua e sal, cantar um ponto de descarga da falange que se queira e imediatamente se procede limpeza dos mdiuns e do ambiente, com um defumador forte (palha de alho, pinho-roxo, guin, arruda, etc., em mistura ou simples).

11) Feito isso, procede-se ao encerramento, com agradecimentos a Deus, a Jesus e s entidades de Guarda e a quem mais se quiser. Depois, os mdiuns se retiram, desfazendo a corrente vibrada e entrando na vibrao cruzada, isto , conforme entraram, disciplinadamente...

Obs.: Nesse ritual ou Roteiro no foi includa a questo do abrir ou fechar a tronqueira de Seu Exu, como vulgarmente se diz, se entende e se usa.

Esse ngulo sobre o Exu guardio algo de muito srio, que implica na ordem que se tenha do guia-chefe ou guia-espiritual da Tenda, Cabana ou Terreiro, para esse fim.

Que isso necessrio, . Ningum pode dispensar a ajuda de cima tampouco a ajuda de baixo. E cada qual faz ou firma essa tronqueira segundo a ordem que recebeu. Todavia, se no houver essa ordem direta, por conta prpria no se

deve fazer isso se a pessoa no estiver capacitada para tal firmao.

O que no aconselhamos, de forma alguma, a insensatez que se v, em muitas tendas ou terreiros de Umbanda, de abrir a gira ou a sesso, primeiro, salvando para Exu. Isso o mesmo que pr o carro na frente dos bois.

Quem procede assim denota crassa ignorncia, ou ento porque seu Terreiro pura Quimbanda, est sob o domnio dos Exus...pagos, ou ainda porque est arraigado a esse costume (chamado de tradio) prprio dos candombls. Portanto, sabem disso e querem assim mesmo. Nesse caso, quem semeia colhe as conseqncias.

A tronqueira, todos sabem uma espcie de casinhola que costumam armar na entrada do terreiro e onde se oferta ao Exu guardio velas, marafa e outras coisas mais.

De qualquer forma que o faam, aconselhamos que s firmem a tronqueira de Exu, quando terminar a primeira parte da abertura da sesso, propriamente dita. a maneira correta de proceder, segundo a palavra autorizada de nossas entidades verdadeiras, os Caboclos, Pretos-Velhos, etc...

E ao fazer essa afirmao para o Exu guardio, no se canta o ponto dele, dentro do terreiro, ou seja, do salo. O mdium-chefe vai ou destaca trs cambonos para que faam isso l fora, isto , tirem o ponto de Exu, os trs e somente l na tronqueira.

As zonas ou os Montes Planetrios principais ou essenciais so 7. Ei-los: A) Toda zona que fica debaixo do dedo POLEGAR: o monte de

VNUS...

B) A zona que fica na base do dedo INDICADOR: o monte de

JPITER...

C) A zona que fica na base do dedo MDIO: o monte de

SATURNO...

D) A zona que fica na base do dedo ANULAR: o monte de Apolo ou

SOLAR...

E) A zona que fica situada na base do dedo MNIMO: o monte de

MERCRIO...

F) A zona que fica situada no lado interno da mo e perto da percusso o monte de MARTE (onde est a fig. 17 no clich da mo)...

G) A zona que fica situada no lado inferior interno da mo e perto da percusso o monte da LUA ou Lunar (onde esto as figs. 18 e 19 do clich).

1 Observao: que no se embarace o instrutor ou o interessado com essas descries, pois ter, a seguir, o MAPA A, por onde comear confrontando esses montes, dedos, etc., com planetas, signos, dias do nascimento e a linha ou o ORIX CORRESPONDENTE. Depois, ter a figura da MO com 25 variaes de SMBOLOS distribudos, pelos montes ou zonas e 5 linhas, e logo adiante, a descrio ou o significado de todos esses smbolos pelos nmeros que correspondem a cada um...

86

Figura n.1 Toda essa linha ponteada que comea na base da rascete sobe at a linha do corao C faz uma curva e desce at a base da dita rascete mostrando a forma de um sapato, situa o Campo dito como de Marte ou das lutas. Veja-se que est dividido por duas linhas horizontais ponteadas que indicam parte superior, a parte mdia e a parte inferior, desse citado campo de Marte ou das LUTAS, que comea e termina na rascete, que so essas trs linhas que esto sobre o punho propriamente dito...

Figura n.2 Este o smbolo do setenrio ou o verdadeiro Selo dos Magos.

o mais completo selo medinico que pode surgir na mo de uma criatura, porque alm de revelar que seu possuidor um Iniciado filiado Corrente dos Magos Brancos, tambm um mdium missionrio. Esse smbolo o mais raro. Ele est composto do ternrio dentro do quaternrio. O tringulo o smbolo do

Universo como manifestao dos 3 Mundos: o mental, o astral e material... representa a Trindade, a Trade Divina, dominando os quatro elementos da natureza, simbolizados no quadrado ou quaternrio. Esse smbolo do setenrio ou esse selo dos Magos, que surge sempre no mdium de carma missionrio, e sobre o monte de Vnus, tem sempre o tringulo no ngulo esquerdo inferior desse quadriltero, conforme est situado no clich e na palma da mo. Esse smbolo ou SELO confere a seu possuidor ampla clarividncia, intuio apurada e sensibilidade medianmica ou psicoastral extraordinria alm de outras faculdades medinicas... (em nossa obra Lies de Umbanda e Quimbanda na palavra de um Preto-Velho, nas pgs. 106 a 108, se encontra uma descrio completa sobre esse importantssimo sinal)...

Figuras n. 3, 4, 5, 6, - So tringulos que tanto podem ser issceles, escalenos etc., porm, o mais comum surgirem na forma de pirmide ou eqilateral e mais acentuadamente sobre o monte de Vnus. Qualquer um desses tringulos, surgindo isolado ou independente no sito monte, significa que o seu possuidor tem positivamente, uma forte proteo espiritual, astral, da Corrente de Umbanda atravs dos Caboclos da Faixa Vibratria de Oxossi, dado j a seu estado evolutivo que bom e tende a melhorar, impulsionado por alguma faculdade medinica. Essa faculdade medinica que tanto pode acontecer na mecnica de incorporao, dentro da fase semi-inconsciente, como pode ir a de irradiao intuitiva, com acentuada sensibilidade psicoastral. Qualquer tringulo nesse monte indica mais, que apesar de o mdium estar dentro da mediunidade de carma probatrio tende a se libertar para o de carma evolutivo, j nessa encarnao... Os aspectos negativos de seu carter crmico que ele tem de combater so: tendncia ao egosmo, ao sensualismo, falta de pureza e de amor prprio. Os aspectos positivos de seu carter crmico, os quais a presena desse

tringulo est exaltando, so: o equilbrio moral-espiritual, astral e fsico, dentro de um pronunciado senso de amor, de caridade e de compreenso. O tringulo nesse monte de Vnus est exaltando todo o seu poder criador para qualquer atividade prtica ou espiritual etc.

Figura n. 7 Esse tringulo issceles que sai do monte de Vnus e atravessa a linha da vida (A) com um vrtice apontando o campo de Marte (que o campo das lutas) , tambm, uma das mais importantes revelaes da ficha crmica do indivduo. O triangulo assim situado, revela que: o seu possuidor, por fora de seu carma, sofreu pesado reajustamento, tendo sua vida transcorrido at certa altura em dificuldades materiais, com impactos morais, tudo acompanhado de doenas e dado a seu grau de entendimento, de conformao, tudo sofreu, passou com muita resignao, procurando sempre o caminho da luz. Em face de fortes circunstncias de ordem espiritual, em que arcou com as responsabilidades, em face dos assentamentos positivos de sua ficha crmica, desceu sobre ele uma poderosa proteo espiritual da Corrente Astral de Umbanda, atravs de trs Falanges, de Caboclos de Oxossi, de Xang e de Ogum principalmente, pois, nele, tudo situa o campo de Marte ou das lutas, demandas

etc., pelo vrtice que est definindo a direo crmica de sua vida. Esse tringulo, assim, nessa altura, define mais, que a pessoa j no tem mais ambies materiais tudo nela passa a girar em torno das questes morais e espirituais elevadas e assenta a mediunidade j na condio de carma evolutivo e na incorporao

semi-inconsciente, se a pessoa for jovem ainda e se j for idosa (passando dos cinqenta anos e ainda de acordo com o estado de sade etc.), define a faculdade medinica de irradiao intuitiva, a vidncia, e o dom da palavra. Esse smbolo exalta em seu possuidor os aspectos positivos de seu carter crmico, que so a audcia, a energia, o esprito empreendedor e o domnio prprio. Os aspectos negativos de seu carter crmico que a pessoa tem de neutralizar (pois tudo indivduo dentro de uma injuno, de uma certa circunstncia, pode se desequilibrar) so: a falta de serenidade, a falta de domnio, os impulsos violentos e as bruscas antipatias que podem impelir a julgamentos apressados...

Figura n. 8 Essa Estrela, sobre qualquer parte desse monte de Vnus, sendo bem acentuada, isolada, isto , composta de trs linhas que se cruzam num ponto, significa juno de trs foras ou poderes, de cuja combinao ou cruzamento surgir uma poderosa proteo astral espiritual etc. Esse smbolo confere a seu possuidor, mesmo que esteja situado em qualquer zona ou monte

da palma da mo, essas condies citadas e uma faculdade medinica qualquer

comumente a clarividncia ou a vidncia (notem a variao do conceito apenas na estrela que est sobre o monte do Sol ou de Apolo). Todavia necessrio que o seu possuidor leve em alta considerao, ou melhor, que se previna quanto ao

seguinte: esse smbolo, sendo muito forte, exalta quer as qualidades boas, quer as

qualidades ms que porventura existirem numa pessoa. Portanto, necessrio

que o possuidor desse smbolo ande na linha do equilbrio para poder receber os benefcios dessas trs foras... essa estrela tem sido identificada mais em pessoas dentro de um carma probatrio...

Figuras n. 9 e 25 Este smbolo o Pentagrama, isto , uma estrela de cinco ponta, confundida vulgarmente como signo de Salomo, cinco Salomo etc. Depois do selo dos magos e do hexagrama mstico de Salomo, , tambm um dos mais difceis de ser encontrado numa criatura. Este um smbolo assaz forte, pois representa a influncia de cinco foras ou correntes vibratrias astrais, elementais. Esse pentagrama na zona de Vnus confere ampla viso astral, pela sensibilidade medinica apurada, bem como nos outros montes ou zonas, especialmente na chamada esfera de Uranos veja figura 25, que, em

realidade, est na parte inferior do campo de Marte, pois a, ele confere, a mais, uma extraordinria clarividncia ou o sentido premonitrio.

um smbolo tambm considerado perigoso, pois geralmente as pessoas que o tm, mormente se estiver situado sobre a zona ou monte de Saturno, so inclinadas magia negra. Precisam controlar esses impulsos do pretrito e estar em constante autopoliciamento. O Pentagrama indica que o seu possuidor filiado, no astral, a um Grupamento Inicitico qualquer... todavia imprescindvel, a seu possuidor, estar equilibrado moral-espiritual etc., pois se estiver envolvido em suas paixes ou vivendo a vida dos sentidos, esse pentagrama no se manifestar como uma fora atuante... esse smbolo tem sido identificado mais em pessoas de carma evolutivo.

Figuras n. 10 e 24 Este smbolo o famoso Hexagrama Mstico de Salomo que, como se nota, uma dupla manifestao do tringulo, ou seja, a conjuno de seis foras ou vibraes... rarssimo surgir nas criaturas. Assim como o selo dos magos que uma manifestao excepcional da Fora Setenria e mais elevado smbolo conferido a uma criatura pelo Astral Superior, o Hexagrama Mstico de Salomo indica, positivamente, que o seu possuidor tambm um iniciado filiado corrente branca dos magos. Convm explicarmos algo mais sobre esse smbolo: o Hexagrama resulta da interpenetrao de dois tringulos opostos, at que os centros geomtricos dos dois cheguem a coincidir. Esses dois

tringulos assim descritos significam que o seu possuidor j superior quase todos os seus aspectos negativos e, j se equilibrou com os seus aspectos positivos, ou seja, com sua individualidade consciente... isto porque, sendo o tringulo o smbolo do Universo Ternrio, significando ou revelando o equilbrio, o perfeito, a elevao pelo intelecto etc., jamais poderia estar na ficha crmica de uma criatura, sem que ela merecesse atravs de uma reconhecida maturao espiritual... portanto, o Hexagrama Mstico de Salomo, quer esteja na zona ou monte de Vnus, quer esteja em outro monte qualquer, significa sempre tudo

isso e revela ainda poderes supranormais extraordinrios que se podem

manifestar voluntariamente, por via de vrias modalidades medinicas etc. Esse smbolo s surge nas pessoas cuja mediunidade est afeta ao carma evolutivo...

Figura n. 12 Este smbolo uma variao do selo dos magos e tambm um smbolo do setenrio. Note-se que o tringulo, nele, est situado no ngulo

direito superior do quadriltero. Esse smbolo indica que o seu possuidor tambm um filiado da corrente branca dos magos do astral e tem a sua mediunidade dentro de um carma evolutivo. Esse conceito se aplica nesse smbolo, em qualquer uma das zonas ou dos montes planetrios onde possa surgir. Faculta diversas modalidades medinicas, de acordo com a natureza da pessoa e particularmente a mediunidade de transporte (Nota 10 Refere-se aos aportes e no s to famigeradas puxadas para descarrego) e a vidncia ou clarividncia. Este smbolo tem surgido mais onde est, isto , sobre o monte de Jpiter e traz muita fora espiritual, muita proteo e tende a elevar o seu possuidor em qualquer atividade prtica a que ele se dedicar...

Obs.: Nesse smbolo variao do setenrio ou do verdadeiro selo medinico completo ou conjugado, a variao do tringulo pode ocorrer em qualquer um dos trs ngulos do quadriltero, isto , nos ngulos superior da esquerda, superior da direita e inferior da direita, menos, repetimos, no ngulo inferior da esquerda, pois esse prprio ao smbolo n. 2, descrito e que s surge sobre o monte de Vnus...

Figuras n. 11, 15 e 16 O tringulo, seja issceles, escaleno etc., em qualquer um desses montes de Jpiter, do Sol e de Mercrio, revela que seu possuidor tem, positivamente, uma forte assistncia espiritual, principalmente da corrente astral de Umbanda, atravs das falanges de Caboclos. Se o tringulo est sobre o monte de Jpiter, essa assistncia vem pela faixa vibratria da Linha de Xang; se est sobre o monte do Sol ou de Apolo, essa proteo espiritual acentuadamente da vibrao ou da Linha de Oxal; se est sobre o monte de

Mercrio, essa proteo espiritual vem pela faixa espiritual da Linha de Yori, isto , a pessoa tem a singular proteo dos espritos que se apresentam na Umbanda, com a roupagem fludica de criana. O tringulo nesses montes revela sempre que o seu possuidor tem a mediunidade dentro de um carma probatrio, est sofrendo, passando ou j passou por uma srie de reajustes crmicos etc. Essa mediunidade pode se manifestar na mecnica de incorporao, na fase semi- inconsciente ou, ento, costuma variar para a de irradiao intuitiva. Os possuidores deste smbolo (em qualquer um desses montes) tm que vigiar bem seus prprios aspectos negativos, neutraliz-los tanto quanto possvel, para

poder haurir ou receber dessas correntes espirituais os benefcios que este smbolo faculta ou traz, pois nenhum smbolo surge ou impresso na palma da mo de uma pessoa sem que tenha o beneplcito de cima, do astral, isto , do Tribunal Planetrio ou crmico...

Figura n. 13 Um tringulo, nessa zona, isto , sobre o monte de Saturno algo de certo modo mais srio. Revela, de princpio, que seu possuidor tem a mediunidade dentro de um carma probatrio e na mecnica de incorporao, que tanto pode acontecer na fase semi-inconsciente como na inconsciente, esta pelo menos durante os sete primeiros anos de prtica medinica equilibrada. Todavia, pode tambm acontecer que de acordo com a conduta do mdium ele fique s com a mediunidade de Irradiao intuitiva. Esse smbolo, nessa zona, indica mais que a pessoa tem acentuada tendncia para a magia negra e tem protees ocultam que a amparam. necessrio que se autopolicie nesse aspecto de seu carter crmico. Se a pessoa estiver com uma boa orientao moral- espiritual, ter a fortssima proteo da Linha de Yorim, isto , dos Pretos- Velhos, que ser altamente positiva em todas as fases de sua vida. Os aspectos negativos da pessoa, cujo ascendente foi Saturno e cuja influncia foi registrada pela linha de fora na expresso do dito tringulo, so: a indiferena, a teimosia, o arraigamento ao dinheiro, acentuada intolerncia, tristeza e pessimismo. Deve zelar, alimentar os aspectos positivos desse ascendente, que so: a meditao, a reflexo e a perseverana. Saturno d o poder conservador de um modo geral, inclusive a longevidade.

Figura n. 14 Este smbolo classificado com o dos tringulos opostos. Para que seja considerado autntico, tem que estar isolado ou independente de outras linhas ou ramais das mos. Revela, em seu possuidor, equilbrio e acentuada concordncia de foras anmicas, potenciais, em atrao ou relao com poderes materiais, financeiros, polticos, literrios etc.

Quando no o seja, porque seu possuidor no alcanou essas condies, porm elas existem latentes, prestes a eclodir, atraindo ou movimentando as condies simpticas para tal fim.

, no resta dvida, um smbolo forte e s no revelar essas condies positivas se seu possuidor no vier contribuindo para isso dentro de circunstncias negativas, degeneraes morais etc. Nesse caso o indivduo sofrer violentos choques das foras em oposio, mormente se essa figura 14 estiver no Campo de Marte. Viver na runa moral e material. Esse smbolo revela mais proteo com as foras ou Falanges de Caboclos, especialmente com os da Vibrao de Xang. Traz Mediunidade Intuitiva, e Clarividncia poder surgir. O carma tanto pode ser probatrio, como evolutivo, dependendo de outros fatores.

Figuras n. 17, 21, 22 e 23 O tringulo, quer no monte de Marte n. 17; quer

no campo superior n. 21; quer no campo mdio n. 22; quer no campo inferior n.

23, tudo de Marte um smbolo ou um sinal altamente confortador, maravilhoso, quando o seu possuidor souber (como vai ficar sabendo agora) que ele traz a

Salvao, um socorro energtico, a proteo vigorosa dos Caboclos da Vibrao de Ogum. Esse tringulo, nesse monte ou no campo de Marte que o das lutas materiais e astrais indica positivamente que o seu possuidor tem carma bem pesado, um carma probatrio e sua mediunidade assim tambm o . Essa faculdade medinica vem sempre na fase semi-inconsciente, porm o mdium muito assistido pela de Irradiao Intuitiva. Esse tringulo, nessas zonas citadas, assegura lutas com vitrias, s vezes debaixo de grandes sofrimentos e sacrifcios etc. O smbolo nas zonas de Marte demonstra que a pessoa recebeu uma assistncia espiritual muito forte, atravs de um protetor da faixa ou da vibrao das lutas e das demandas e por isso vem facultando a seu possuidor (do tringulo) muita energia, audcia, esprito empreendedor e domnio prprio. Deve combater seus aspectos negativos, particulares, que nesse caso foi de Marte

como seu ascendente, que trouxe, por reflexos, de sua ficha crmica. Ei-los: excesso de impulsividade, violncia, provocao e prepotncia frente aos fracos etc.

Figura n. 18 O tringulo sobre o monte lunar mais difcil de surgir que nos outros montes. Esse smbolo, nessa situao, revela ou confere qualidades excepcionais a seu possuidor. D-lhe um misticismo equilibrado, uma grande interpenetrao espiritual e de duas ou trs faculdades medinicas. D-lhe a irradiao intuitiva, bastante clarividncia e muitas vezes a mediunidade auditiva. As correntes de fora sobre o possuidor do tringulo no monte lunar vm pelos elementais da gua ditos como as ondinas e com as falanges dos Caboclos do mar ou das guas, pela vibrao da Linha de Yemanj... o mdium que estiver banhado pela vibrao lunar, dado a que, sobre o monte correspondente foi que a linha de fora imprimiu o selo triangulado, tem que pautar sua vida dentro de regras bem positivas, to grande a influncia astral sobre ele, que a sua sensibilidade psicomedinica estar sempre sujeita a impactos de ordem diversa. Os seus aspectos crmicos negativos podero aflorar pelo excesso de fanatismo e superstio, pelos caprichos, manias etc. Porm, os aspectos positivos de seu carter crmico atuaro constantemente em si, pela imaginao idealista, pura, com os pensamentos de renovao que constantemente afluiro, limpando a sua mente de outras injunes etc. O seu carma Evolutivo.

Figura n. 19 Essa estrela sobre o monte da LUA tambm um smbolo raro. Quando surge e est em p conforme no desenho 19, confere todos os predicados do tringulo 18 e indica mais que a pessoa est no caminho seguro da espiritualidade. Indica ainda a posse ou a futura posse de um sonho, um desejo, um acontecimento bom, desejado, esperado etc., quer seja na forma material,

quer na sentimental, quer na espiritual.

97

Figura n. 20 A manifestao dessas duplas linhas trianguladas formando um tringulo dplice, um sinal tanto mais importante, quando seja bem sulcado, bem ntido, bem formado. Nessas condies, revela, indica, dado as circunstncias passadas da vida da pessoa que o tenha, dado a uma srie de provaes que enfrentou com serenidade, pacincia, etc., dado a sua conduta moral-espiritual, que recebeu o seu grau de Iniciao no Astral e uma fortssima proteo espiritual da Vibrao de Yorim dos Pretos-Velhos, pela correlao energtica da vibrao eletromagntica de Saturno, que se manifesta, tambm, diretamente sobre o chamado de campo mdio de marte. Esse smbolo, assim constitudo, revela que a pessoa j alcanou o necessrio equilbrio em suas aes, em sua vida material e em sua vida espiritual (salvo qualquer desequilbrio sbito, por fora de um livre-arbtrio, por fora de injunes crmicas precipitadas etc.). O poder deste smbolo grande, pois est plantado sobre o campo mdio de Marte ou das lutas, como um sinal de vitrias alcanadas. O seu possuidor deve zelar por todos os aspectos positivos de seu carter crmico e combater as ms influncias do dito carter crmico, que podero assedi-lo constantemente, dado a que, esse tringulo dplice indica

que seu ascendente verdadeiro foi o seu prprio Regente isto , Saturno no signo e Saturno na hora planetria e foi no campo mdio de Marte que a linha de fora ou o seu tatwa individual registrou diretamente toda essa condio. O aspecto negativo do carter crmico de um saturniano com sua dupla influncia vem pelo arraigamento s coisas materiais, principalmente o dinheiro. A pessoa pode

pecar pelo excesso de conservadorismo, podendo transformar-se at em egosmo. Est sujeita ao pessimismo, tristeza, intolerncia etc. Os aspectos positivos de seu carter crmico so: a meditao, a reflexo, a constncia, a perseverana,

uma vontade frrea, o poder conservador, a vida longa, a boa sade e a ausncia de sensualismo... est sujeita a afeces renais e atrofias neuromusculares, a paralisias etc. O seu carma est na linha evolutiva. A sua mediunidade dupla: d para a Mecnica de Incorporao na fase semi-inconsciente acompanhada de forte Irradiao Intuitiva e , ainda um mdium sensitivo de boa ordem...

Figura n. 26 Essa estrela sobre o monte Solar e da forma que est, em p, um smbolo forte, poderoso, iluminado. Significa esplendor. Esse esplendor poder ser, surgir ou vir de vrias formas. Revela mediunidade dentro de um carma evolutivo e de Irradiao Intuitiva bem elevada, com bastante Clarividncia etc. A assistncia espiritual sobre o possuidor dessa estrela no monte solar vem pela vibrao dos Caboclos da Linha dita como de Oxal... os aspectos positivos de seu carter crmico so: a espiritualidade, o poder realizador, a energia indomvel etc. Os seus aspectos negativos podem atuar sob a forma da vaidade excessiva, do exibicionismo, da extravagncia etc...

Imagem da Mo Esquerda Imagem do Monte de Vnus

Clich apresentado pelo AutorMonte de Vnus ampliado

Selo dos MagosSelo dos Magos

PARTE

Plantas, ervas e perfumes planetrios para banhos revitalizantes ou de descarga, defumaes e essncias propiciatrias, de acordo com as linhas de Orixs que tm relaes vibratrias com o planeta regente e o signo da pessoa-mdium ou iniciando e cuja identificao pode ser feita pelo Mapa A, que d as correspondncias certas pela data do nascimento...

1 Observao Essas ervas ou plantas devem ser usadas verdes, da seguinte forma simples: triturar com os dedos as ervas, dentro da quantidade de gua adequada (1 litro), fria ou morna (de acordo). Depois de coar para separar o bagao e despejar a gua que j deve estar misturada com o sumo das ervas, do pescoo para baixo. As folhas das ervas que ficaram separadas pela coao, jogar fora de qualquer maneira e o banho que desceu naturalmente pelo corpo da pessoa se escoa pelos lugares comuns do banheiro etc., e se no houver banheiro, a pessoa se pe dentro de uma bacia ou coisa semelhante, usa o banho e depois joga o resto fora.

2 Observao As defumaes so feitas com as ervas secas e na forma usual e j conhecidas por todos. Dispensa pormenores.

3 Observao As essncias ou perfumes propiciatrios tanto podem ser usados da forma comum sobre o corpo, leno, partes do dito corpo, etc., como podem ser usados assim: para 1 litro de gua, adicionar 1 colherinha de ch do perfume ou essncia, depois derramar tudo da cabea para baixo (em todo corpo).

4 Observao Nos banhos de cada linha ou planeta, se houver falta de uma ou outra dentre as nove, a pessoa faz combinaes de trs (ou mesmo 5, 7) das que tiver facilidade de arranjar.

(Nota 12 As ervas ou plantas da linha de OXAL foram rigorosamente selecionadas

so Solares. So conhecidas e comprovadas as suas virtudes teraputicas e astrais, alm de outras qualidades e ligaes mgicas... devido a essas condies, o sumo dessas ervas so os mais apropriados para as fixaes ditas como amacys de cabea. O Sol nosso centro de fora e luz; irradia e vitaliza tudo. Todas as coisas sofrem a sua influncia direta. Essas plantas que esto sempre carregadas de sua energia, de seu prana, podem ser usadas por todos, pois s faro bem...)