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_______________________________________________________________________ Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil. Contatos: E-mail: [email protected] Facebook: fb.com/custodio.nogueira Site: custodionogueira.com.br Canal 2ª Fase OAB - 100% GRATUITO: https://www.youtube.com/watch?v=42X4NjMLkK0&list=PLE9jdW7nJOZ9MQyJx7iUY xGGlzemJB3bT _______________________________________________________________________ EMBARGOS À EXECUÇÃO Natureza Jurídica: Ação cognitiva constitutiva negativa incidental à execução. Prazo: 05 dias. Há termo inicial. Art. 884, CLT (título judicial) Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação. INTIMAÇÃO DA PENHORA NA PESSOA DO EXECUTADO OU DO ADVOGADO, terá a parte 05 dias contados da garantia da execução ou da penhora de bens para apresentar os embargos à execução. Indispensável a citação (CLT) ou intimação (CPC) ou mesmo ciência inequívoca da garantia ou penhora com esta finalidade para iniciar o cômputo dos 05 dias dos Embargos a Execução. Jurisprudência: Intimação para pgto é diferente de intimação da penhora! EMBARGOS À EXECUÇÃO. PRAZO. INTIMAÇÃO DA PENHORA ... que a embargante não foi intimada pessoalmente da penhora em sua conta bancária, vindo a tomar ciência da constrição apenas em 02/03/2015 quando realizou a consulta de seu extrato bancário. Pugna pela nulidade do ato de intimação, vez

watch?v=42X4NjMLkK0&list=PLE9jdW7nJOZ9MQyJx7iUY … · 2017-06-21 · Assinado pelo juiz da execução prazo para o ... Não resta dúvida que a hipótese é de coisa ... XXXVI, da

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Mini curriculum Advogado militante especializado em Direito Civil e Processo Civil, Professor Universitário, de Pós Graduação e de Cursos Preparatórios para o Exame de Ordem dos Advogados do Brasil.

Contatos: E-mail: [email protected] Facebook: fb.com/custodio.nogueira Site: custodionogueira.com.br Canal 2ª Fase OAB - 100% GRATUITO: https://www.youtube.com/watch?v=42X4NjMLkK0&list=PLE9jdW7nJOZ9MQyJx7iUYxGGlzemJB3bT _______________________________________________________________________

EMBARGOS À EXECUÇÃO

Natureza Jurídica: Ação cognitiva constitutiva negativa incidental à execução. Prazo: 05 dias. Há termo inicial. Art. 884, CLT (título judicial)

Art. 884 - Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exeqüente para impugnação.

INTIMAÇÃO DA PENHORA NA PESSOA DO EXECUTADO OU DO ADVOGADO, terá a parte 05 dias contados da garantia da execução ou da penhora de bens para apresentar os embargos à execução. Indispensável a citação (CLT) ou intimação (CPC) ou mesmo ciência inequívoca da garantia ou penhora com esta finalidade para iniciar o cômputo dos 05 dias dos Embargos a Execução. Jurisprudência: Intimação para pgto é diferente de intimação da penhora!

EMBARGOS À EXECUÇÃO. PRAZO. INTIMAÇÃO DA PENHORA ... que a embargante não foi intimada pessoalmente da penhora em sua conta bancária, vindo a tomar ciência da constrição apenas em 02/03/2015 quando realizou a consulta de seu extrato bancário. Pugna pela nulidade do ato de intimação, vez

que efetivada por intermédio de seu advogado. Em que pesem os argumentos da agravante, não lhe assiste razão. No presente caso, se trata de devedor que foi devidamente citado pessoalmente para pagamento do débito, conforme preceitua o artigo 880 da CLT (citação as fls. 204). Encontra-se em discussão a forma da intimação da ciência da penhora realizada na conta bancária, mas não há qualquer dispositivo celetista que determine que a intimação seja de forma pessoal. Nesse sentido, o artigo 884 da CLT:

"884- Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação."

Nem mesmo na Consolidação dos Provimentos da Corregedoria-Geral da Justiça do Trabalho existe determinação de que a ciência da penhora não possa ser efetivada na pessoa do advogado regularmente constituído:

"Art. 89. O juiz, ao receber as respostas das instituições financeiras, emitirá ordem judicial eletrônica de transferência do valor da condenação para conta judicial, em estabelecimento oficial de crédito, ou providenciará o desbloqueio do valor. Parágrafo único. O termo inicial do prazo para oposição de embargos à execução é a data da intimação da parte, pelo juiz, de que se efetivou bloqueio de numerário em sua conta."

Assim, perfeitamente válida a intimação da executada efetivada na pessoa do advogado regularmente constituído (f. 244) e diante da inequívoca ciência acerca da penhora. Portanto, forçoso reconhecer a intempestividade dos embargos à execução, eis que a 3ª executada foi devidamente intimada aos cuidados do procurador em 20/02/2015 (f.256), mas ajuizou os embargos somente em 02/03/2015. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO AP 00046005019965020252 SP 00046005019965020252 A20 (TRT-2) Data de publicação: 17/12/2015

Prazo da Fazenda Pública:

Art. 910. Na execução fundada em título extrajudicial, a Fazenda Pública será citada para opor embargos em 30 (trinta) dias.

Prazo da Massa Falida: Citado o administrador da massa falida, inicia-se a contagem do prazo de cinco dias para os embargos à execução. Como não haverá penhora sobre os bens arrecadados. Não há controvérsia sobre esse prazo. A dúvida surge, quando a empresa vem falir após citação em execução, e os bens não foram suficientes para complementar a penhora. E agora? a-) O juízo passa imediatamente a estar “garantido” pela falência. b-) Será intimado o administrador, a fim de que ele: fique ciente de que a executada já houvera sido citada e (b) fique ciente de que o prazo de cinco dias para os embargos à execução começa a fluir agora.

MATÉRIAS DE ORDEM PÚBLICA. Tanto no plano infra como no constitucional são reconhecidas como não preclusivas, tendo em vista que se trata de normas imperativas e alheias a vontade das partes.

Quitação (pagamento); Do Parcelamento:

Art. 3° IN 39 TST - Sem prejuízo de outros, APLICAM-SE AO PROCESSO DO TRABALHO, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas: XXI - art. 916 e parágrafos (parcelamento do crédito exequendo); Art. 916 nCPC - No prazo para embargos, reconhecendo o crédito do exequente e comprovando o depósito de trinta por cento do valor em execução, acrescido de custas e de honorários de advogado, o executado poderá requerer que lhe seja permitido pagar o restante em até 6 (seis) parcelas mensais, acrescidas de correção monetária e de juros de um por cento ao mês.

Cumprimento da Obrigação;

Jurisprudência:

Astreintes. Assinado pelo juiz da execução prazo para o cumprimento de obrigação de fazer, sob pena de multa diária, e transcorrido esse em completo silêncio da obrigada, correta a execução da multa, a ela não se podendo opor dificuldade técnica não noticiada no prazo assinado. AGRAVO DE PETIÇÃO em face da decisão de procedência parcial dos embargos à execução opostos pela reclamada Petros, à fl. 805/805v. TRT-1 - Agravo de Peticao AP 00003353420115010049 RJ

(TRT-1) Data de publicação: 10/12/2015

Prescrição (Súmula 327 do STF e Súmula 114 do C. TST); Súmula nº 327 do STF - O direito trabalhista admite a prescrição intercorrente. Súmula nº 114 do TST PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE (mantida) - Res. 121/2003, DJ 19, 20 e 21.11.2003 É inaplicável na Justiça do Trabalho a prescrição intercorrente.

Jurisprudência:

PRESCRIÇÃO INTERCORRENTE. O STF, através da Súmula nº 327, adota a posição de que O Direito Trabalhista admite a prescrição intercorrente. Por sua vez, a Súmula 114 do TST entende ser inaplicável na Justiça do Trabalho a Trabalho a prescrição intercorrente. Em que pese o STF ser, por excelência, o guardião da Constituição Federal, norma maior do ordenamento jurídico brasileiro e pilar principal do Estado Democrático de Direito brasileiro, não se pode olvidar que há um grande lapso temporal entre a edição de ambas as súmulas, sendo que a súmula trabalhista é muito mais recente que a do STF. Esta última foi editada em

13/12/1963, enquanto a Sumula do TST é de 03/11/1980. Tal assertiva é um indicativo de que jurisprudência trilhou o caminho de não aplicar a prescrição intercorrente nas lides trabalhistas. O artigo 878 da CLT estabelece que o impulso oficial prevalece ainda na fase de execução, devendo eventual inércia da parte exequente ser suprida pelo Poder Judiciário, tendo em vista que se trata de execução de crédito de natureza alimentar. Assim, a ausência de atos executórios não enseja a decretação da prescrição, devendo aplicar-se, de forma subsidiária, ante o disposto no artigo 889 da CLT, o artigo 40, §§ 2º e 3º, da Lei 6.830 /80, porém, encontrados o devedor ou os bens, os autos serão desarquivados para prosseguimento da execução (§ 3º). TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO AP 01713003519995020341 SP 01713003519995020341 A20 (TRT-2) Data de publicação: 26/06/2015

Para quem defende a súmula do STF, como poderíamos chegar lá?

Inconstitucionalidade da Lei ou Ato Normativo em que se funda

o Título assim declarada pelo STF Relativização da Coisa Julgada: Coisa Julgada Formal (processual) doutrina conceitua, por ter passado o prazo de recorrer. Coisa Julgada Material, art. 502 CCB (bem da vida). A coisa julgada, firmada no inciso XXXVI do artigo 5º da Constituição da República (a lei não prejudicará o direito adquirido, o ato jurídico perfeito e a coisa julgada;), tem como objetivo principal dar segurança jurídica às decisões, as quais não podem ser desconstituídas a não ser em casos especiais, através da ação rescisória.

Art. 884, § 5º da CLT - Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal.

Interpretação restritiva, entende que o § 5º somente poderia ser acionado quando a sentença houvesse deliberadamente utilizado como fundamento uma lei já declarada inconstitucional pelo STF. Neste caso, a sentença produziria um título executivo inexigível, porque viciada desde o princípio. Prof. Homero Batista Mateus da Silva.

Jurisprudência:

VOTO DIFERENÇAS SALARIAIS. PLANO DE CARGOS E SALÁRIOS. COISA JULGADA O agravante se insurge contra a decisão de primeiro grau, que sob o fundamento de inconstitucionalidade da coisa julgada, declarou a inexigibilidade parcial do título judicial no qual se funda a execução, no que tange à majoração dos

salários do exequente em 27% devido às promoções verticais entre classes previstas na Lei Municipal nº 2.272/88. Argumenta o agravante que a determinação contida na decisão em comento viola a coisa julgada e o princípio da segurança jurídica. Assiste-lhe razão. Não resta dúvida que a hipótese é de coisa julgada, considerando que a questão pertinente às diferenças salariais decorrentes dos interstícios de 27% entre classes, foi resolvida na fase de conhecimento, quando a sentença de primeiro grau julgou procedente em parte a reclamação trabalhista, para deferir ao obreiro: “diferenças salariais pela não observação da estrutura salarial, determinada pela lei municipal nº. 2.272/88, de 27% de intervalo entre classes e 9% entre níveis, a partir de setembro/2008 e até janeiro/2010...” (fls.178/183). Não houve interposição de recurso ordinário pelas partes, conforme certificado à fl.194, transitando em julgado o decisum. Em sendo assim, a questão resta irretocável, visto que se encontra sob a proteção da coisa julgada, não podendo ser modificada nesta fase processual, nos termos do § 1º do art. 879 da CLT, verbis: “Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal”. No que tange a inovação doutrinaria e legislativa denominada relativização da coisa julgada, por atentar contra o preceito constitucional do respeito à coisa julgada (art. 5º, XXXVI, da CF), carece de prudência em sua aplicação. Com efeito, qualquer interpretação ampliativa do art. 884, § 5º da CLT, confronta com a Carta Magna e com a proteção à coisa julgada. Aliás, insta observar que esse dispositivo pressupõe a existência de pronunciamento do STF, seja na declaração, seja na aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal – o que não é a a hipótese dos autos. Portanto, cumpre reformar a sentença, a fim de que seja restabelecida a exigibilidade integral e imediata do título executivo judicial. TRT-5 - Inteiro Teor. Agravo de Petição: AP 6570620105050493 BA 0000657-06.2010.5.05.0493 Data de publicação: 02/06/2015

Outro Posicionamento: Decisão do STF reconhecendo obrigação em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo próprio STF. Interpretação extensiva, entende que o § 5º será sempre aplicado. E mais, veja os §§ abaixo:

Art. 525, § 12, nCPC - Para efeito do disposto no inciso III do § 1o deste artigo, considera-se também inexigível a obrigação reconhecida em título executivo judicial fundado em lei ou ato normativo considerado inconstitucional pelo Supremo Tribunal Federal, ou fundado em aplicação ou interpretação da lei ou do ato normativo tido pelo Supremo Tribunal Federal como incompatível com a Constituição Federal, em controle de constitucionalidade concentrado ou difuso. Art. 525, § 15, nCPC - Se a decisão referida no § 12 for proferida após o trânsito em julgado da decisão exequenda, caberá ação rescisória, cujo prazo será

contado do trânsito em julgado da decisão proferida pelo Supremo Tribunal Federal.

E agora?....rescisória....a contar de quando? a-) Decisão do STF ANTES do trânsito em julgado da decisão exequenda, os 2 anos da rescisória serão contados do trânsito em julgado da decisão que se quer rescindir. b-) Decisão do STF APÓS o trânsito em julgado da decisão exequenda, os 2 anos da rescisórias serão contados do transito em julgado da decisão do STF que declarou a lei ou ato normativo inconstitucional. Na realidade o nCPC revogou parcialmente a coisa julgada, pois, a qualquer momento que o STF decidir de forma contrária à coisa julgada, esta poderá ser objeto de ação rescisória, mesmo após os dois anos decadenciais que lhe davam a garantia constitucional de não ser mais alterada, uma vez que esses dois anos serão contados do trânsito em julgado da decisão proferida pelo STF e, não da decisão original. Aplicável na JT?

Art. 3° IN 39 do TST - Sem prejuízo de outros, APLICAM-SE AO PROCESSO DO TRABALHO, em face de omissão e compatibilidade, os preceitos do Código de Processo Civil que regulam os seguintes temas: XII - arts. 536 a 538 (cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer, de não fazer ou de entregar coisa);

Art. 536, § 4º nCPC - No cumprimento de sentença que reconheça a exigibilidade de obrigação de fazer ou de não fazer, aplica-se o art. 525, no que couber Interessante – Súmula TRT 10ª Região: Súmula 8 (12/04/2004), para rechaçar a aplicabilidade do § 5º do art. 844 da CLT:

“São inconstitucionais o § 5º, do art. 884 da CLT, e parágrafo único, do art. 741 do CPC, com redação dada pela MedProv 2.180-35, de 24.08.2001, que nas respectivas frações finais consideram inexigível o título judicial, cujo conteúdo ostenta desconformidade interpretativa com a Constituição Federal, segundo o Supremo Tribunal Federal”.

Depósito Recursal na Execução

Incabível o depósito recursal, porque o Juízo já está garantido (instrução normativa 03, TST – item IV, letra “b”).

INSTRUÇÃO NORMATIVA TST Nº 3 de 1993 IV - A exigência de depósito no processo de execução observará o seguinte:

b) dada a natureza jurídica dos embargos à execução, não será exigido depósito para a sua oposição quando estiver suficientemente garantida a execução por depósito recursal já existente nos autos, efetivado no processo de conhecimento, que permaneceu vinculado à execução, e/ou pela nomeação ou apreensão judicial de bens do devedor, observada a ordem preferencial estabelecida em lei;

Efeito suspensivo à execução, mas apenas da parte embargada. Competência por carta. Depende da matéria alegada nos embargos. Se o vício alegado foi praticado pelo deprecado, este julgará. Caso contrário, ao deprecante.

SE A PENHORA FOR PARCIAL E NÃO HOUVER OUTROS BENS? Ordenamento jurídico não indica solução. Opções: 1º - Paralisa a execução até encontrar outros bens; 2º - Apresenta os embargos com a garantia parcial discutindo o valor INTEGRAL da execução, pois no futuro haverá preclusão consumativa;

Art. 218, § 4o nCPC - Será considerado tempestivo o ato praticado antes do termo inicial do prazo.

Jurisprudência:

AGRAVO DE PETIÇAO. EMBARGOS À EXECUÇAO. PENHORA PARCIAL. PRAZO A CONTAR DA GARANTIA DO JUÍZO. O prazo para a interposição dos embargos à execução conta-se a partir da garantia integral do juízo, por inteligência do art. 884, da CLT. Nada obsta, contudo, que o embargante se antecipe a tal prazo e ofereça os embargos, como ocorreu nos presentes autos. Desse modo, considerando que a penhora efetivada não foi suficiente para garantir o juízo, tem-se que o prazo dos embargos à execução ainda não teve início. Destarte, não há falar em intempestividade dos embargos à execução, pelo que deve o processo retornar à origem, para que a magistrada de primeiro grau aprecie o mérito dos embargos, como entender de direito. TRT-14 - AP 12100 RO 0012100 (TRT-14) Data de publicação: 15/07/2011

3º - Procede a alienação do bem e/ou a liberação do numerário sem permitir os embargos, já que cabe ao devedor garantir integralmente a execução. Executado poderá embargar a execução, caso indeferido, interpor Agravo de Petição.

IMPUGNAÇÃO À CONTA DE LIQUIDAÇÃO, DESDE QUE NÃO TENHA HAVIDO A PRECLUSÃO DO ART. 879, § 2º DA CLT.

Art. 879, § 2º - Elaborada a conta e tornada líquida, o Juiz poderá abrir às partes prazo sucessivo de 10 (dez) dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão.

Art. 884, § 3º - Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exeqüente igual direito e no mesmo prazo.

Oportunidade de, nos embargos a execução, discutir a sentença de liquidação, arguindo: Índice de correção monetária; juros de mora; descontos previdenciários (INSS); descontos fiscais (IR) e honorários periciais. Correção Monetária, o Executado pode alegar que o índice de correção é o do mês subsequente ao da prestação de serviços (artigo 459, parágrafo único da CLT e Súmula 381 do TST). Exemplo: Horas extras feitas em março são corrigidas, em execução trabalhista, a partir dos índices de abril. E as parcelas que não são pagas mensalmente, como o décimo terceiro salário e a multa pelo atraso na quitação (art. 477, § 8º, da CLT), serão também corrigidas pelo índice do mês subsequente.

Súmula nº 381 do TST CORREÇÃO MONETÁRIA. SALÁRIO. ART. 459 DA CLT (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 124 da SBDI-1) - Res. 129/2005, DJ 20, 22 e 25.04.2005. O pagamento dos salários até o 5º dia útil do mês subseqüente ao vencido não está sujeito à correção monetária. Se essa data limite for ultrapassada, incidirá o índice da correção monetária do mês subseqüente ao da prestação dos serviços, a partir do dia 1º. (ex-OJ nº 124 da SBDI-1 - inserida em 20.04.1998)

Qual fator de correção monetária é aplicável na JT?

OJ 300 SDI-1 TST EXECUÇÃO TRABALHISTA. CORREÇÃO MONETÁRIA. JUROS. LEI Nº 8.177/91, ART. 39, E LEI Nº 10.192/01, ART. 15 (nova redação) - DJ 20.04.2005. Não viola norma constitucional (art. 5°, II e XXXVI) a determinação de aplicação da TRD, como fator de correção monetária dos débitos trabalhistas, cumulada com juros de mora, previstos no artigo 39 da Lei nº 8.177/91 e convalidado pelo artigo 15 da Lei nº 10.192/01.

Juros de Mora são de 1% desde o ajuizamento da ação (artigo 883 da CLT e artigo 39, §1º da Lei 8.177/91).

Art. 883 - Não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial.

De quanto serão os juros na JT? Art. 39, § 1º - Aos débitos trabalhistas constantes de condenação pela Justiça do Trabalho ou decorrentes dos acordos feitos em reclamatória trabalhista, quando não cumpridos nas condições homologadas ou constantes do termo de conciliação, serão acrescidos, nos juros de mora previstos no caput, juros de um

por cento ao mês, contados do ajuizamento da reclamatória e aplicados pro rata die, ainda que não explicitados na sentença ou no termo de conciliação.

Indenização por Danos Morais a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros de mora incidem desde o ajuizamento da ação (Súmula 439 do TST).

Súmula nº 439 do TST DANOS MORAIS. JUROS DE MORA E ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. TERMO INICIAL - Res. 185/2012, DEJT divulgado em 25, 26 e 27.09.2012. Nas condenações por dano moral, a atualização monetária é devida a partir da data da decisão de arbitramento ou de alteração do valor. Os juros incidem desde o ajuizamento da ação, nos termos do art. 883 da CLT.

Descontos de INSS e Imposto de Renda o Executado alegará que devem ser efetuados os descontos fiscais e previdenciários mês a mês e, não, sobre a soma total da condenação. (artigo 114, inciso VIII, da CF; artigo 876, parágrafo único da CLT e Súmula 368, II e III do TST).

Art. 876, Parágrafo único - Serão executadas ex-officio as contribuições sociais devidas em decorrência de decisão proferida pelos Juízes e Tribunais do Trabalho, resultantes de condenação ou homologação de acordo, inclusive sobre os salários pagos durante o período contratual reconhecido. Súmula nº 368 do TST DESCONTOS PREVIDENCIÁRIOS E FISCAIS. COMPETÊNCIA. RESPONSABILIDADE PELO PAGAMENTO. FORMA DE CÁLCULO (redação do item II alterada na sessão do Tribunal Pleno realizada em 16.04.2012) - Res. 181/2012, DEJT divulgado em 19, 20 e 23.04.2012. II - É do empregador a responsabilidade pelo recolhimento das contribuições previdenciárias e fiscais, resultante de crédito do empregado oriundo de condenação judicial, devendo ser calculadas, em relação à incidência dos descontos fiscais, mês a mês, nos termos do art. 12-A da Lei nº 7.713, de 22/12/1988, com a redação dada pela Lei nº 12.350/2010. III - Em se tratando de descontos previdenciários, o critério de apuração encontra-se disciplinado no art. 276, § 4º, do Decreto n º 3.048/1999 que regulamentou a Lei nº 8.212/1991 e determina que a contribuição do empregado, no caso de ações trabalhistas, seja calculada mês a mês, aplicando-se as alíquotas previstas no art. 198, observado o limite máximo do salário de contribuição.

Honorários Periciais são pagos pelo vencido no objeto da perícia (artigo 790-B, da CLT e artigo 6º da instrução normativa nº 27 do TST).

Art. 790-B. A responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, salvo se beneficiária de justiça gratuita.

E a concessão da JG na JT? Art. 790, § 3o É facultado aos juízes, órgãos julgadores e presidentes dos tribunais do trabalho de qualquer instância conceder, a requerimento ou de ofício, o benefício da justiça gratuita, inclusive quanto a traslados e instrumentos, àqueles que perceberem salário igual ou inferior ao dobro do mínimo legal, ou declararem, sob as penas da lei, que não estão em condições de pagar as custas do processo sem prejuízo do sustento próprio ou de sua família. Súmula nº 457 do TST HONORÁRIOS PERICIAIS. BENEFICIÁRIO DA JUSTIÇA GRATUITA. RESPONSABILIDADE DA UNIÃO PELO PAGAMENTO. RESOLUÇÃO Nº 66/2010 DO CSJT. OBSERVÂNCIA. (conversão da Orientação Jurisprudencial nº 387 da SBDI-1 com nova redação) – Res. 194/2014, DEJT divulgado em 21, 22 e 23.05.2014. A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1º, 2º e 5º da Resolução n.º 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. SÚMULA Nº 05 TRT 2ª REGIÃO Nº 005: "JUSTIÇA GRATUITA - ISENÇÃO DE DESPESAS PROCESSUAIS - CLT, ARTS. 790, 790-A E 790-B - DECLARAÇÃO DE INSUFICIÊNCIA ECONÔMICA FIRMADA PELO INTERESSADO OU PELO PROCURADOR - DIREITO LEGAL DO TRABALHADOR, INDEPENDENTEMENTE DE ESTAR ASSISTIDO PELO SINDICATO".

Jurisprudência:

JUSTIÇA GRATUITA. HONORÁRIOS PERICIAIS. SÚMULA 457, TST. Sendo o autor beneficiário da gratuidade processual, nos termos do art. 790-B da CLT, está isento do recolhimento dos honorários periciais, que serão pagos nos termos do Provimento GP/CR nº 04/2007, conforme Súmula 457, TST. TRT-2 - RECURSO ORDINÁRIO RO 00002458720145020018 SP 00002458720145020018 A28 (TRT-2) Data de publicação: 06/03/2015

Justiça Gratuita: trata da dispensa das despesas processuais e extraprocessuais, desde que as últimas sejam necessárias para o andamento do processo. Assistência Judiciária Gratuita: engloba o serviço gratuito de representação, em juízo, da parte que requer e tem deferida a citada assistência. CUSTAS PROCESSUAIS, serão pagas ao final, segundo o artigo 789-A da CLT, sempre de responsabilidade do executado:

Art. 789-A. No processo de execução são devidas custas, sempre de responsabilidade do executado e pagas ao final, de conformidade com a seguinte tabela: V – embargos à execução, embargos de terceiro e embargos à arrematação: R$ 44,26 (quarenta e quatro reais e vinte e seis centavos) VII – impugnação à sentença de liquidação: R$ 55,35 (cinquenta e cinco reais e trinta e cinco centavos);

EXCESSO DE PENHORA OU ERRO DE AVALIAÇÃO Hipóteses mais comuns, alegação de que o oficial de justiça penhorou mais do que o necessário ou fez penhoras subavaliadas. No mais, é indispensável que a penhora supere o valor homologado de 20% a 50%, pelo menos, por vários motivos: a) enquanto o processo caminha, antes, durante e depois da penhora, os juros seguem marchando; b) a penhora deve abarcar, também, as despesas processuais; c) a hasta pública d) os bens tendem a ficar obsoletos ao longo do processo,

§ 4o Quando o executado alegar que o exequente, em excesso de execução, pleiteia quantia superior à resultante da sentença, cumprir-lhe-á declarar de imediato o valor que entende correto, apresentando demonstrativo discriminado e atualizado de seu cálculo. § 5o Na hipótese do § 4o, não apontado o valor correto ou não apresentado o demonstrativo, a impugnação será liminarmente rejeitada, se o excesso de execução for o seu único fundamento, ou, se houver outro, a impugnação será processada, mas o juiz não examinará a alegação de excesso de execução.

NOVOS EMBARGOS A EXECUÇÃO NOS MESMO AUTOS Exemplos: 1-) Depois de sacar o dinheiro depositado, comparece novamente nos autos para postular a diferença entre o valor que seria devido com a correção monetária e os juros trabalhistas e o valor que o banco creditou com a correção monetária dos índices oficiais. Esse pedido, ensejará novos cálculos de liquidação e novo mandado de citação, penhora e avaliação, o que significa que proporciona desde logo a possibilidade de novos embargos à execução. 2-) Também pode haver novos embargos à execução quando acionada a tomadora de serviços, em sede de responsabilidade subsidiária, ou, de qualquer forma, quando redirecionada a execução para terceiros (membros do grupo econômico, sucessão empresarial, sócio de empresa cuja personalidade jurídica foi desconsiderada etc.).

O DESAFIO DE SE OUVIREM TESTEMUNHAS EM EMBARGOS À EXECUÇÃO Dispõe o art. 884, § 2.º, da CLT: “Se na defesa tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá realizar-se dentro de 5 (cinco) dias”. Há necessidade de prova testemunhal:

1-) Para provar a existência ou inexistência de sucessão empresarial após o ajuizamento da ação; 2-) Provar possível agrupamento econômico formado supervenientemente ao início do processo. A sucessão pode ser comprovada (ou demolida) pela análise da clientela, assim como o grupo econômico pode precisar de demonstração sobre o comportamento dos proprietários ou, ainda, sobre a existência de sócios omitidos que se valem de testas de ferro.

Execução Título Extrajudicial Artigo 876 da CLT incorporou dois títulos executivos extrajudiciais, que vêm a ser o termo de ajuste de conduta perante o Ministério Público do Trabalho e o acordo (não fraudulento) celebrado perante a Comissão de Conciliação Prévia.

EMBARGOS DE TERCEIRO Conceito: Apresenta-se como remédio jurídico adequado para defender a posse ou propriedade de bem que tenha sido perturbada por ato judicial de constrição, visando a garantia de uma execução. Natureza jurídica: Tem natureza jurídica de ação constitutiva (negativa) Embargos de Terceiro. Art. 674 do CPC-2015.

Art. 674. Quem, não sendo parte no processo, sofrer constrição ou ameaça de constrição sobre bens que possua ou sobre os quais tenha direito incompatível com o ato constritivo, poderá requerer seu desfazimento ou sua inibição por meio de embargos de terceiro.

Como se viu, é ação destinada àquele que não é parte. De caráter preventivo! Não se presta a defender a ilegitimidade de parte porque, até para ser ilegítima, é preciso, antes, ser parte. A ilegitimidade de parte deve ser discutida com os embargos à execução. Jurisprudência:

EMBARGOS DE TERCEIRO. SÓCIO-RÉU. ILEGITIMIDADE ATIVA. 1. Em fase executória, a legitimidade passiva nos Embargos de Terceiro é determinada pela ausência da condição de parte ou responsável pelo cumprimento da obrigação

por parte do embargante, que deve ser terceiro em relação à demanda de onde provém a decisão judicial que ordena a constrição do bem. 2. Sob a luz da relação jurídica processual, o agravante, sócio incluído no pólo passivo da execução, é parte e, portanto, não se pode valer da medida em questão, por força do art. 1.046, do Código de Processo Civil ( CPC ). 3. Extinção do processo sem resolução de mérito, com fundamento no inciso VI, do artigo 267, do CPC. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO EM EMBARGOS DE TERCEIRO AGVPET 2204520135020 SP 00002204520135020039 A28 (TRT-2) Data de publicação: 24/02/2014

Legitimidade Ativa (Art. 674, CPC):

art. 674 § 1º - Os embargos podem ser de terceiro proprietário, inclusive fiduciário, ou possuidor.

A posse será suficiente para inibir a apreensão judicial do bem. Exemplo - o veículo em alienação fiduciária, é um bem penhorável. No entanto, se a penhora houver sido mal direcionada, atacando o patrimônio de uma pessoa enquanto se pensava na outra, o detentor do veículo pode apresentar embargos de terceiro, conquanto ele ainda não desfrute a plena propriedade do bem.

art. 674 § 2º - Considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos: I - o cônjuge ou companheiro, quando defende a posse de bens próprios ou de sua meação, ressalvado o disposto no art. 843;

Cônjuge que não é sócio: O art. 843 CPC, diz respeito à penhora do quinhão e algumas prerrogativas oferecidas ao cônjuge não executado para que este mantenha o imóvel em família. O regime de comunhão parcial ou universal faz com que o imóvel adquirido pelo casal pertença a ambos os cônjuges e, em partes iguais, isto não torna o bem impenhorável, nem conseguirá o cônjuge não executado impedir a alienação do bem sob o fundamento de que não há divisão cômoda. A indivisibilidade do bem se resolve através da penhora, seguida de alienação em hasta pública e partilha do valor arrecadado: metade fica nos autos para prosseguimento da execução e pagamento do principal e das despesas processuais, enquanto a outra metade é entregue ao cônjuge, para respeitar a meação. As chances de êxito nesta linha de raciocínio serão muito pequenas, porque a penhora é viável e necessária, à falta de outros bens. Tese para o Reclamante: Sustentar que a parte do cônjuge não sócio também deverá suportar a execução, pois teria este se beneficiado direta ou indiretamente dos frutos do trabalho assalariado do empregado.

Jurisprudência: RESPONSABILIDADE DO SÓCIO MEEIRO PELAS DÍVIDAS CONTRAÍDAS PELO CÔNJUGE. Um cônjuge será responsável por dívida assumida pelo outro, sempre que dela resultar benefício à família. Afastar essa responsabilidade, é o desafio daquele que pretende opor Embargos de Terceiro para defender sua meação. Recurso não provido. TRT-15 - Agravo de Petição AP 3801820125150080 SP 002842/2013-PATR (TRT-15) Data de publicação: 18/01/2013

STJ Súmula nº 134:

Intimação - Penhora - Cônjuges - Embargos de Terceiro – Meação. Embora intimado da penhora em imóvel do casal, o cônjuge do executado pode opor embargos de terceiro para defesa de sua meação.

Outra tese para o cônjuge não sócio, para neutralizar completamente a penhora e não apenas defender sua meação, é levantar o tema do bem de família, o que forçará o juiz, caso aceite o argumento, a acobertar toda a propriedade. O bem se torna absolutamente impenhorável. O cabimento do bem de família em sede de embargos de terceiro é aceito pela jurisprudência – REsp 621.399 do STJ.

Jurisprudência:

EXECUÇÃO EM FACE DO CÔNJUGE. CASAMENTO EM REGIME DE SEPARAÇÃO TOTAL DE BENS. INDÍCIOS DE COMUNICABILIDADE ENTRE OS BENS DO CÔNJUGE E OS DO SÓCIO-EXECUTADO. POSSIBILIDADE. Frustrada a execução em face dos devedores principais, e havendo indícios de comunicabilidade entre os bens do sócio e os de sua esposa, mesmo quando a união se deu no regime de separação total de bens, é possível o redirecionamento da execução para a cônjuge. No caso, verificou-se substancial aumento patrimonial na declaração de imposto de renda da esposa de um dos executados, após a celebração do matrimônio. Não comprovado o evento causador do aumento patrimonial, possível o prosseguimento da execução em face da esposa. Recurso da agravante a que se nega provimento. (TRT18, AP - 0081600-66.2009.5.18.0013, Rel. PLATON TEIXEIRA

DE AZEVEDO FILHO, 2ª TURMA, 06/04/2015)

Em se tratando de bem indivisível a meação recai sobre o produto da alienação. Jurisprudência:

AGRAVO DE PETIÇÃO. BEM DE FAMÍLIA. PENHORABILIDADE. DESCARACTERIZAÇÃO DA DESTINAÇÃO RESIDENCIAL. (...) Restando demonstrado que o imóvel (prédio) constrito tem espaços pertencentes ao exercício de atividade profissional e demais áreas servindo de residência para o executado e sua família, e que somente foi penhorada a parte que não corresponde ao bem de família, deve ser mantida a penhora lavrada no feito. ... do exame dos autos constata-se que o bem penhorado diz respeito a um prédio composto de três pavimentos, sendo que somente 25% do referido imóvel foi

objeto de constrição. Ademais, vale dizer que dos vários compartimentos que formam o imóvel, o térreo é utilizado como estabelecimento comercial do reclamado. Diante dos fatos elencados acima, inegável que parte do bem constrito destina-se para finalidade comercial. Assim, não podendo ser albergado pelas disposições da Lei n. 8.009/90. Desta forma, uma vez descaracterizada a destinação exclusivamente residencial do bem, como também constatado que somente foi penhorado 25% do imóvel, mantém-se a decisão agravada neste particular. TRT-22 - AGRAVO DE PETIÇÃO AGVPET 219200510322009 PI 00219-2005-103-22-00-9 (TRT-22) Data de publicação: 09/05/2008

art. 674, § 2º, II - o adquirente de bens cuja constrição decorreu de decisão que declara a ineficácia da alienação realizada em fraude à execução;

Pois, a aquisição do bem pelo terceiro não obedeceu o art. 675 do CPC, quanto ao requerimento de alienação por iniciativa particular.

Jurisprudência:

FRAUDE À EXECUÇÃO. VENDA DE IMÓVEL DO SÓCIO EXECUTADO NO CURSO DE EXECUÇÃO TRABALHISTA. A lei não veda que o devedor venda ou onere seus bens. Todavia, se dispõe de seus bens quando já corre contra ele ação capaz de torná-lo insolvente, incidirá em fraude à execução. Registre-se, que qualquer alienação realizada a partir da distribuição da ação está sujeita à declaração de fraude à execução, resultando na ineficácia do negócio jurídico, inclusive quanto aos sócios, ante sua responsabilidade, nos termos dos artigos 592, II do CPC e 1001 e 1023 do Código Civil. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO 00689009719965020065 SP 00689009719965020065 A20 (TRT-2)

art. 674, § 2º, III - quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte;

Ausência de contraditório, legitima o terceiro agir em embargos de terceiro.

IN 39 do TST - Art. 6º, § 1º Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: II – na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo;

O sócio alegará que não houve a desconsideração da personalidade jurídica da empresa. Deve alegar que o patrimônio da sociedade não foi esgotado ou de que o patrimônio atingido dispunha de alguma proteção jurídica. Porém, caso tenha havido a desconsideração da personalidade jurídica, verifica-se o fenômeno do redirecionamento da execução, momento em que o patrimônio do sócio está efetivamente ligado ao processo principal, dentro do conceito largo de responsabilidade subsidiária que ocorre em torno da formação das sociedades comerciais.

Tese Subsidiária – A distância, no caso do sócio, entre os embargos à execução e os embargos de terceiro, é tão pequena e confusa que, já existe tese sustentando a irrelevância da distinção.

Jurisprudência:

DESCONSIDERAÇÃO DA PERSONALIDADE JURÍDICA SEM OBSERVÂNCIA DO PROCEDIMENTO DO NOVO CPC. INCLUSÃO DE ADMINISTRADOR NO POLO PASSIVO. CABIMENTO DOS EMBARGOS DE TERCEIRO. Conforme art. 674, §2º, inciso III do NCPC, considera-se terceiro, para ajuizamento dos embargos "quem sofre constrição judicial de seus bens por força de desconsideração da personalidade jurídica, de cujo incidente não fez parte". A desconsideração da personalidade jurídica foi promovida, já na vigência do Novo CPC, mas sem o procedimento previsto na lei processual, embora aplicável ao Processo do Trabalho, conforme Instrução nº 39 do Pleno do TST, sem cientificação embargante, que teve penhora da suas contas. Destarte é o embargante parte legítima para ajuizamento dos embargos de terceiro. (TRT18, AP - 0010069-

36.2017.5.18.0013, Rel. WELINGTON LUIS PEIXOTO, 2ª TURMA, 23/05/2017) art. 674, § 2º, IV - o credor com garantia real para obstar expropriação judicial do objeto de direito real de garantia, caso não tenha sido intimado, nos termos legais dos atos expropriatórios respectivos.

Ausência de contraditório, legitima o terceiro agir em embargos de terceiro. Casos em que instituições financeiras alegam que o executado trabalhista havia dado aquele bem em garantia de um financiamento bancário. Todavia, o art. em tela é bastante objetivo, só mesmo a falta de intimação, fundamenta os embargos de terceiro. A jurisprudência já se inclinou favoravelmente à prioridade do crédito trabalhista sobre o crédito provido dessa garantia real, por diversos argumentos, inclusive a aplicação do art. 186 do CTN e do art. 83 da Lei de Falência (Lei 11.101/2005). Tese do Reclamante: art. 680, I, do CPC/2015:

Contra os embargos do credor com garantia real, o embargado somente poderá alegar que: I – o devedor comum é insolvente.

Jurisprudência:

CRÉDITO HIPOTECÁRIO E IMPENHORABILIDADE DO BEM. A hipoteca atribui ao credor hipotecário um direito real sobre a coisa dada em garantia, o que não significa impenhorabilidade sobre o bem. Sendo levado à hasta pública, o credor hipotecário tem direito ao que restar, após pago o crédito trabalhista. Considere-se, ainda, que uma vez adjudicado ou arrematado o imóvel, a hipoteca, como

direito real de garantia, segue com o adjudicante ou o arrematante, sem qualquer prejuízo ao credor hipotecário, em respeito ao contrato firmado anteriormente. Resta ainda dizer que os créditos trabalhistas, dado o seu caráter alimentar, gozam de privilégio especial não remanescendo qualquer dúvida que os bens gravados com ônus real decorrente de cédula hipotecária, são passíveis de constrição judicial. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO AGVPET 1991200708502001 SP 01991-2007-085-02-00-1 (TRT-2) Data de publicação: 09/12/2008

Legitimidade Passiva: Credor da execução (Reclamante). Fundamento: Ausência de responsabilidade patrimonial do proprietário do bem; ou Natureza do título aquisitivo de sua propriedade ou da qualidade da qual decorrer a sua posse Efeitos: Suspende a execução em relação ao seu objeto. Prazo: No Conhecimento e na Execução.

Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

No conhecimento, caso de arresto determinado com receio da executada dilapidar o patrimônio e a penhora recair sobre bens de terceiros. Neste caso, os embargos podem ser opostos ao longo de toda a fase de conhecimento, contanto que não o seja depois da formação da coisa julgada. Na Execução, o termo final que é de até 05 dias da alienação judicial do bem, mas antes da assinatura da respectiva carta, art. 675 CPC:

Art. 675. Os embargos podem ser opostos a qualquer tempo no processo de conhecimento enquanto não transitada em julgado a sentença e, no cumprimento de sentença ou no processo de execução, até 5 (cinco) dias depois da adjudicação, da alienação por iniciativa particular ou da arrematação, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta.

Este prazo pode variar de poucos dias até muitos anos. A penhora realizada num ano pode proporcionar a marcação de praça e leilão somente no ano seguinte (ou mais). Enquanto a hasta pública não for realizada, é como se o prazo dos embargos de terceiro estivesse suspensos, impedidos de serem computados.

O terceiro poderá assistir calado o desenvolvimento da execução. Os editais de praça e leilão estão sendo confeccionados, os arrematantes oferecendo seus lances, ou mesmo o credor pedindo adjudicação e, somente então, quando tudo parece resolvido, é apresentado os embargos de terceiro, sem que o juiz possa invocar a preclusão ou a perda do prazo. Para compensar, 02 saídas: 1ª-) O art. 675, parágrafo único do CPC:

Caso identifique a existência de terceiro titular de interesse em embargar o ato, o juiz mandará intimá-lo pessoalmente.

2ª-) art. 792, § 4.º, do CPC:

Antes de declarar a fraude à execução, o juiz deverá intimar o terceiro adquirente, que, se quiser, poderá opor embargos de terceiro, no prazo de 15 (quinze) dias.

Adjudicação: É o ato judicial por meio do qual o reclamante recebe o bem penhorado (móvel ou imóvel) como forma de pagamento de seu crédito. Importante salientar que só será cabível tal ato quando na praça ou leilão não houver nenhum licitante. Arrematação: É o ato de transferência dos bens penhorados, em que um leiloeiro (também chamado de pregoeiro em nossa seara forense) apregoa e um licitante (arrematante) os adquire, pelo maior lance. É a execução forçada, onde ocorre a conversão dos bens penhorados em dinheiro, para satisfação de um crédito Alienação por iniciativa particular: O entendimento de Didier é de que o executado poderá requerer a alienação por iniciativa particular, desde que a venda não seja realizada pelo exequente. Esta tarefa caberá ao próprio executado ou ao corretor credenciado. Remição: É o ato ou efeito de remir-se, ou seja, de fazer um pagamento. Remição de dívida dá-se pelo seu pagamento ou então por seu resgate. Remissão: É o ato ou ação de perdoar e redimir. Jurisprudência:

VOTO Conheço do agravo, já que preenchidos os pressupostos legais de admissibilidade. No mérito, dou razão ao agravante. A r. decisão de origem não admitiu os embargos de terceiro, por intempestivos, nos seguintes termos, em síntese:

“De fato, da análise dos autos constata-se que a embargante, em 30.08.2012 outorgou procuração aos advogados indicados às fls. 15, sendo que a interposição dos presentes embargos de terceiro deu-se 21.02.2013. Outrossim, nos termos do art. 1048, do CPC, temos que: ...

Todavia, o início da fluência do referido prazo deve ser apreciado levando se em consideração as peculiaridades do caso ‘sub judice’. Com efeito, havendo confirmação irrefutável de que aquele que se apresenta como terceiro teve conhecimento da constrição anteriormente aos momentos elencados na norma processual, forçoso concluir, em homenagem aos princípios da celeridade e da utilidade dos prazos, que, a partir da referida ciência, começa a fluir o prazo para a oposição de embargos.

Estes embargos são à execução! Nesse compasso, considerando a data em que a procuração de fls. 15 foi outorgada pela embargante, resta evidente que a ciência da penhora deu-se, pelo menos, naquela oportunidade, o que impõe seja reconhecido que o ajuizamento da presente medida deu-se de forma intempestiva, posto que a petição inicial foi protocolizada em data muito posterior” (fls. 116/117). O Código de Processo Civil possui regras específicas a respeito do cabimento, prazo e demais trâmites dos embargos de terceiro, o que não ocorre com o processo do trabalho. A CLT não trata do tema dos embargos de terceiro, de forma especial. Em decorrência disto, o prazo dos embargos de terceiro é aquele previsto no CPC, aplicável subsidiariamente. Assim, até mesmo como ressaltou o Juízo de origem, aplicável ao processo do trabalho o art. 1.048 do CPC. E tal dispositivo não especifica o início do prazo para a oposição dos embargos de terceiro a contar da ciência do embargante quanto à penhora que recaiu sobre o seu bem, mas apenas impõe termo final, "até cinco dias depois da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta". A norma é clara e os embargos são cabíveis a qualquer tempo no processo de execução, desde que não ultrapassem 5 dias do ato de alienação (arrematação, adjudicação ou remição), mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Não tem aplicabilidade, in casu, o prazo dos embargos à execução previsto pelo artigo 884 da CLT, independentemente de a penhora ter sido realizada com ciência do terceiro embargante. No caso em apreço, admitese que o agravante de fato já tinha ciência da penhora do imóvel à época da outorga da procuração de fls. 15 (em 30/08/2012) com poderes específicos para defender os interesses do espólio em relação ao imóvel localizado na R. Lefosse, 168, apto 41, nesta Capital, objeto da penhora. De se ressaltar que os embargos de terceiro ajuizados por Cristina Stok mencionados nas razões do agravo foram opostos posteriormente, em 21/09/2012, conforme consulta ao sitio deste Regional. Tampouco há nos autos prova de que o agravante tenha sido cientificado pessoalmente da penhora. (...) Ante o exposto, nos termos do artigo 1048, do CPC, a data da ciência da penhora ou da outorga da procuração não marcou o início da contagem de prazo para a oposição de embargos de terceiro. Por esses fundamentos, concluo que os embargos de terceiro são tempestivos.

Não cabe, no caso, o imediato enfrentamento do mérito pelo órgão revisor, sob pena de supressão de instância. Reformo a decisão recorrida, para ter por tempestivos os embargos de terceiro e determinar a baixa dos autos à origem, para julgamento do mérito. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO EM EMBARGOS DE TERCEIRO AGVPET 5478420135020 SP 00005478420135020040 A28 (TRT-2) Data de publicação: 20/09/2013

Jurisprudência:

EMBARGOS DE TERCEIRO. FORA DO PRAZO LEGAL. PROVA DAS ALEGAÇÕES. No mais, verifica-se através do registro de imóveis que a arrematação ocorreu em 10/12/2013, a respectiva carta assinada em 06/10/2014 e os presentes embargos de terceiro foram protocolados, somente, em 10/11/2014. E, nos termos do artigo 1.048 do CPC, o prazo para oposição de embargos de terceiro é de até 05 (cinco) dias contados da arrematação, adjudicação ou remição, mas sempre antes da assinatura da respectiva carta. Nestes termos, tem-se que a presente ação foi proposta fora do prazo legal. Por outro lado, esclareça-se que - ainda que se considerasse a tese dos agravantes e no sentido de que o prazo ora em debate seria contado a partir do momento em que tomaram ciência do mandado de imissão na posse - a data de tal ciência sequer foi comprovada nos autos. E, nos termos do artigo 818 da CLT, a prova das alegações incumbe à parte que as fizer. Agravo de Petição a que se nega provimento. TRT-2 - AGRAVO DE PETICAO EM EMBARGOS DE TERCEIRO AP 00026799520145020035 SP 00026799520145020035 A28 (TRT-2) Data de publicação: 17/03/2015

NÃO ACABA NUNCA! A Imissão na Posse face a, absoluto, desconhecimento da arrematação/adjudicação: Jurisprudência:

EXECUÇÃO. EMBARGOS DE TERCEIRO. INTEMPESTIVIDADE. Hipótese em que os atos processuais anteriores à interposição dos embargos à arrematação foram praticados sem ciência da embargante. Assim, se os proprietários que não tem ciência e, por conseguinte, não participam do contraditório e não exercem seu direito fundamental à ampla defesa, ante medidas de constrição e expropriação de seu patrimônio não podem ser privados dos seus bens mediante processo judicial em que são fechadas as oportunidades de defesa em razão da fluência de prazos cujos termos iniciais sequer conhece. Em tal contexto não há de se falar em intempestividade dos embargos de terceiro. Recurso de revista conhecido e provido. (TST-RR-119400-18.2009.5.15.0109, Data de Julgamento: 15/05/2013, Relatora Ministra: Delaíde Miranda Arantes, 7ª Turma, Data de Publicação: DEJT 24/05/2013)

Procedimento:

Competência: Juízo da execução, a quem o feito será distribuído por dependência.

Art. 676. Os embargos serão distribuídos por dependência ao juízo que ordenou a constrição e autuados em apartado.

Carta Precatória: É competente a autoridade que ordenou o ato de constrição, seja o deprecado ou o deprecante.

Art. 676, Parágrafo único. Nos casos de ato de constrição realizado por carta, os embargos serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta. Súmula nº 419 do TST COMPETÊNCIA. EMBARGOS DE TERCEIRO. EXECUÇÃO POR CARTA PRECATÓRIA. JUÍZO DEPRECADO. (alterada em decorrência do CPC de 2015) - Res. 212/2016, DEJT divulgado em 20, 21 e 22.09.2016 Na execução por carta precatória, os embargos de terceiro serão oferecidos no juízo deprecado, salvo se indicado pelo juízo deprecante o bem constrito ou se já devolvida a carta (art. 676, parágrafo único, do CPC de 2015).

Jurisprudência:

CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO POR CARTA. INCIDENTE EM QUE NÃO SE DISCUTE, UNICAMENTE, VÍCIO OU IRREGULARIDADE DA ARREMATAÇÃO. COMPETÊNCIA. JUÍZO DEPRECANTE. Na hipótese, trata-se de incidente envolvendo arguição de nulidade da desconsideração da personalidade jurídica, sob vários ângulos, além de nulidade da arrematação, por preço vil. Diante desse quadro, em que não se discute, unicamente, vício ou irregularidade da arrematação, a competência para julgar os embargos à arrematação é do juízo deprecante. Conflito de competência que se julga procedente. (CC - 4721-

53.2012.5.00.0000 , Relator Ministro: Alberto Luiz Bresciani de Fontan Pereira, Data de Julgamento: 05/06/2012, Subseção II Especializada em Dissídios Individuais, Data de Publicação: DEJT 15/06/2012) EMBARGOS DE TERCEIRO. PENHORA POR CARTA PRECATÓRIA. COMPETÊNCIA PARA O JULGAMENTO. Observadas as regras do CPC/1973 (art. 747), vigente quando do ajuizamento dos embargos de terceiro, verifico que estes não tratam unicamente de vícios ou defeitos da penhora, da avaliação ou da alienação dos bens, hipótese em que a competência seria do Juízo deprecado, sendo, portanto, competente o Juízo deprecante para o julgamento. Da mesma forma, ainda que se considere aplicável o art. 676 do CPC/2015, a competência para o julgamento dos embargos de terceiro cujo objeto precípuo é a desconstituição das penhoras é do Juízo deprecante, na medida em que os bens penhorados foram por ele expressamente indicados na carta precatória executória. Negado provimento. TRT-4 - Agravo De Petição AP 00207202520145040401 (TRT-4) Data de publicação: 26/05/2017

Petição Inicial: Art. 319 e art. 677 do CPC:

Art. 677. Na petição inicial, o embargante fará a prova sumária de sua posse ou de seu domínio e da qualidade de terceiro, oferecendo documentos e rol de testemunhas.

Juntar prova (ainda que sumária) da propriedade ou posse do bem, bem como da qualidade de terceiro. É preciso, ainda, fazer prova da constrição judicial (penhora, arresto, sequestro, etc ...) ou de sua ameaça. Citação: Na pessoa do patrono do embargado (exequente-reclamante)

Art. 677, § 3o A citação será pessoal, se o embargado não tiver procurador constituído nos autos da ação principal.

Contestação: 15 dias. Operam-se os efeitos da revelia.

Art. 679. Os embargos poderão ser contestados no prazo de 15 (quinze) dias, findo o qual se seguirá o procedimento comum.

Provas: Todos os meios de prova licitamente admitidos. Rol de testemunhas na exordial. Sentença: Cognitiva e tem natureza definitiva. (Aula 33) ALIENAÇÃO DE BENS E SUA IMPUGNAÇÃO é a arrematação judicial ou leilão (bem móvel) ou praça (bem imóvel),. Remição prefere à adjudicação que prefere à arrematação. A remição deve ser total (à execução), não podendo ser limitada ao valor do bem. Hasta Pública: Art. 888 da CLT. Praceamento (na pp. JT). Na ausência de interessados o Juiz pode determinar Leilão. Praceamento = Maior lance. Depositar 20% no ato e o restante em 24 horas. O exeqüente poderá requer a adjudicação pelo valor lançado.

TRT 2ª Região. Hasta pública mista. Presença do Juiz e do Leiloeiro. Participação obrigatória em Leilão. Devedor e credor concorrem na hasta pública, ou seja: O devedor somente pode requerer a remição antes da hasta; O credor lança na hasta pública, mantido o seu direito de preferência. Procedida a alienação o auto respectivo será lavrado de imediato. O devedor poderá impugnar o ato em 10 dias alegando preço vil ou outro vício. Pagamento, prescrição, novação, transação poderão ser considerados como ocorria com embargos à arrematação? Discutir. Não havendo impugnação neste prazo será lavrada a carta de arrematação. Depois de lavrada a carta, a arrematação está perfeita e acabada, mesmo que seja julgada procedente a ação destinada à sua impugnação. O atual CPC não prevê mais a possibilidade de impugnação a alienação por embargos. O art. 903 prevê: Art. 903. Qualquer que seja a modalidade de leilão, assinado o auto pelo juiz, pelo arrematante e pelo leiloeiro, a arrematação será considerada perfeita, acabada e irretratável, ainda que venham a ser julgados procedentes os embargos do executado ou a ação autônoma de que trata o § 4o deste artigo, assegurada a possibilidade de reparação pelos prejuízos sofridos. Os parágrafos 4º e 6º do mesmo artigo estabelecem: § 4o Após a expedição da carta de arrematação ou da ordem de entrega, a invalidação da arrematação poderá ser pleiteada por ação autônoma, em cujo processo o arrematante figurará como litisconsorte necessário. § 6o Considera-se ato atentatório à dignidade da justiça a suscitação infundada de vício com o objetivo de ensejar a desistência do arrematante, devendo o suscitante ser condenado, sem prejuízo da responsabilidade por perdas e danos, ao pagamento de multa, a ser fixada pelo juiz e devida ao exequente, em montante não superior a vinte por cento do valor atualizado do bem. Não há, entretanto, uma regulamentação da forma pela qual esta ação tramitará. AGRAVO DE PETIÇÃO Execução: não tem natureza cognitiva. Não comporta “decisão judicial”. Impropriedade técnica falar em “decisões judiciais” proferidas na execução Recursos contra decisões interlocutórias: Impedimento legal constante no art. 893, § 1º da CLT. Doutrina: Cabimento de Agravo de Petição também das decisões interlocutórias. (Amauri, Carrion) Art. 893, § 1º cc art. 897, “a”, ambos da CLT: Relativizar o rigor técnico dos conceitos constantes do Direito Processual Comum, sob pena de não se encontrar nenhum objeto para o recurso de “agravo de petição”.

Ocorrência de incidentes na execução, como meios de impugnação dos atos judiciais e, por conseqüência, a possibilidade de recorrer de decisões judiciais proferidas nestes incidentes. Observar que a IN 39 admite agravo de petição independentemente da garantia da execução no caso de julgamento do incidente de desconsideração da personalidade jurídica em execução. Conceito: O recurso cabível contra as decisões proferidas na execução. Agravo de petição deve ser entendido como o recurso cabível contra as decisões definitivas ou terminativas proferidas nos incidentes da execução. Natureza jurídica: Recurso. Não estabelece uma nova relação processual. Legitimidade: Teoria geral dos recursos: A parte que sofrer lesão com a decisão atacada. Também pode interpor recurso o terceiro prejudicado pela decisão. Fundamento: O fundamento do recurso deve ser relacionado com a matéria argüível no incidente em que foi proferida a decisão atacada. Não se pode discutir matéria relativa à ação cognitiva Efeito devolutivo, ou seja, devolver ao Tribunal a matéria discutida na instância originária. Não pode, por exemplo, o executado que teve os embargos à execução rejeitados liminarmente renovar, no Agravo de Petição, a matéria dos embargos. Deve cingir-se o recurso à aceitabilidade da ação incidental. Efeitos e Procedimento: Efeito devolutivo apenas. Não suspende a execução. Se parcial, tramita-se pelo incontroverso de forma definitiva. Sobre a parte que for atingida pelo recurso a execução é provisória, não autorizando liberação de valores. Sendo parcial e havendo única penhora, autoriza-se alienação para saldar a parte defintiva. Interposto o Agravo de Petição perante o Juízo “a quo”. Vista à parte contrária para que, facultativamente apresenta as suas contra-razões. Primeiro Juízo de admissibilidade. Negando-se o prosseguimento do recurso, será cabível contra tal decisão o agravo de instrumento. Concedendo-se o prosseguimento do recurso, os autos serão enviados ao Tribunal Regional do Trabalho e ali terão tramitação idêntica à aplicável aos Recursos Ordinários. Pressuposto específico e pressupostos gerais Pressuposto: Delimitação da matéria e dos valores impugnados, autorizando-se, de imediato, a execução do incontroverso. (Art. 897, § 1º da CLT). Ausência: O recurso não será recebido, denegando-se seguimento ao mesmo já pelo Juízo “a quo”. Ressalva: Não é pressuposto absoluto. Hipóteses em que tal alegação não é possível. Basta delimitar a “matéria” controvertida. Exemplos: A qualidade de terceiro (Agravo de Petição contra decisão proferida em embargos de terceiro); O preço vil auferido no ato expropriatório (Agravo de Petição contra decisão proferida na impugnação à expropriação); Nulidade da execução (Agravo de Petição contra decisão proferida em embargos à execução).

Desnecessária é a realização do depósito recursal porque já garantido o Juízo. Entretanto, se houver aumento da condenação pela decisão agravada (acolhimento da impugnação do exeqüente, aplicação de multa, etc.), é preciso realizar depósito recursal para garantia do Juízo, sem limite. Custas: O pagamento é desnecessário. Na execução as custas serão pagas ao final e pelo devedor. Prazo: 08 (oito) dias EXECUÇÃO CONTRA DEVEDOR INSOLVENTE A Justiça do Trabalho não faz execução contra devedor insolvente, mas, apenas, contra devedor solvente. Na execução contra devedor solvente não há crédito preferencial e nem rateio. A execução obedece a ordem da penhora. A decretação da insolvência (civil ou comercial) produz vis atrativa para o Juízo Universal Cível. A decretação da recuperação judicial produz suspensão da execução trabalhista: Por 180 dias (Lei); Até o cumprimento do Plano aprovado pelos credoras (STJ). Recuperação judicial. Precedente STF: RE 583955/RJ, Relator Ministro Ricardo Lewandowski. Repercussão Geral. Acórdão divulgado no DJE de 27/08/2009 e publicado em 28/8/2009. Ementa: "CONFLITO NEGATIVO DE COMPETÊNCIA. EXECUÇÃO DE CRÉDITOS TRABALHISTAS EM PROCESSOS DE RECUPERAÇÃO JUDICIAL. COMPETÊNCIA DA JUSTIÇA ESTADUAL COMUM, COM EXCLUSÃO DA JUSTIÇA DO TRABALHO. INTERPRETAÇÃO DO DISPOSTO NA LEI 11.101/05, EM FACE DO ART. 114 DA CF. RECURSO EXTRAORDINÁRIO CONHECIDO E IMPROVIDO. I - A questão central debatida no presente recurso consiste em saber qual o juízo competente para processar e julgar a execução dos créditos trabalhistas no caso de empresa em fase de recuperação judicial. II - Na vigência do Decreto-lei 7.661/1945 consolidou-se o entendimento de que a competência para executar os créditos ora discutidos é da Justiça Estadual Comum, sendo essa também a regra adotada pela Lei 11.101/05. Precedente STF (continua...): III - O inc. IX do art. 114 da Constituição Federal apenas outorgou ao legislador ordinário a faculdade de submeter à competência da Justiça Laboral outras controvérsias, além daquelas taxativamente estabelecidas nos incisos anteriores, desde que decorrentes da relação de trabalho. IV - O texto constitucional não o obrigou a fazê-lo, deixando ao seu alvedrio a avaliação das hipóteses em que se afigure conveniente o julgamento pela Justiça do Trabalho, à luz das peculiaridades das situações que pretende regrar. V - A opção do legislador infraconstitucional foi manter o regime anterior de execução dos créditos trabalhistas pelo juízo universal da falência, sem prejuízo da competência da Justiça Laboral quanto ao julgamento do processo de conhecimento. VI - Recurso extraordinário conhecido e improvido". Ainda sobre a recuperação judicial: Art. 72 da Consolidação dos Provimentos da Corregedoria Geral da Justiça do Trabalho: Art. 72. Os juízes do trabalho manterão em seus arquivos os autos das execuções trabalhistas que tenham sido suspensas em decorrência do deferimento da recuperação judicial, de modo que, com o seu encerramento ou com o encerramento da quebra em que ela tenha sido convolada (artigo 156 e seguintes da Lei nº

11.101/2005), seja retomado o seu prosseguimento, para cobrança dos créditos que não tenham sido totalmente satisfeitos. EXECUÇÃO PROVISÓRIA Art. 899, CLT. Recursos com efeito meramente devolutivo. Permitida a execução provisória até a penhora. A parte que não foi objeto do recurso executa-se definitivamente. Até a penhora, leia-se, perfeita e acabada. Vedados estão os atos que importem em alienação de domínio sem caução prévia (art. 520, IV, CPC/2015) Exceção: Verba de natureza alimentar ou estado de necessidade conforme art. 521, I e II do CPC/2015. (Art. 475-O, § 2º,CPC do anterior – Antigo art. 588, § 2º). Eliminou o limite de 40 salários mínimos. Também na pendência de agravo para destrancar recurso especial ou extraordinário. (Também o de revista?)