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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA - SOBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA ISABELLA NAIARA DE ALMEIDA MOURA REPERCURSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO PULMONAR DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM UNIDADE DE TERAPIA INTENISVA.

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SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA - SOBRATIMESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA

ISABELLA NAIARA DE ALMEIDA MOURA

REPERCURSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO PULMONAR DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM UNIDADE DE

TERAPIA INTENISVA.

2017PORTO VELHO - RONDÔNIA

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ISABELLA NAIARA DE ALMEIDA MOURA

REPERCURSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO PULMONAR DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM UNIDADE DE

TERAPIA INTENISVA.

Tese apresentada à Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, como requisito obrigatório para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.

Orientadora: Prof. Samantha de Freitas Campos.1

Mestrando Isabella Naiara de Almeida Moura

Turma

2017

1 Professora Mestranda em Terapia Intensiva.

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2017ISABELLA NAIARA DE ALMEIDA MOURA

REPERCURSSÕES DA HEMODIÁLISE NA FUNÇÃO PULMONAR DE PACIENTES COM INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA EM UNIDADE DE

TERAPIA INTENISVA.

Dissertação apresentada ao Programa de Mestrado em Terapia Intensiva, do Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva, como requisito parcial para obtenção do título de Mestre em Terapia Intensiva.

Aprovada em: ___/___/_______

BANCA EXAMINADORA

Profª. _________________________________________________Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Profº. __________________________________________________ Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Examinador

Prof.º___________________________________________________Instituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Examinadora

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RESUMO

Objetivo: A avaliar as alterações que a hemodiálise pode acarretar para um

paciente com diagnóstico de Insuficiência Renal aguda no sistema

cardiorrespiratório. Método: Este estudo trata-se de uma revisão de literatura sobre

repercurssões cardiorrespiratórias da hemodiálise em pacientes com

insuficiência renal aguda em unidade de terapia intensiva tendo como referências

publicações em Português e Inglês Resultados: Durante a elaboração desse

estudo percebeu-se que para um paciente de IRA a hemodiálise beneficia a

mecânica ventilatória, tendo um aumento na cdin e cst com isso diminui a

resistência nas vias aéreas.

Descritores: Insuficiência Renal. Hemodiálise. Ventilação Mecânica.

ABSTRACT

Objective: To evaluate the changes that hemodialysis can cause for a patient diagnosed with Acute Renal Failure in the cardiorespiratory system. METHODS: This is a review of the literature on cardiorespiratory repercussions of hemodialysis in patients with acute renal failure in intensive care units, with references in Portuguese and English as references. Results: During the development of this study it was noticed that for a patient of IRA to hemodialysis benefits the ventilatory mechanics, having an increase in cdin and cst with this decreases the resistance in the airways.

Keywords: Renal Insufficiency. Hemodialysis. Mechanical ventilation.

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1 - INTRODUÇÃO

A insuficiência renal consiste em uma lesão de qualquer parte do

processo do sistema urinário, sendo a patologia que mais registra óbitos e

deixam os pacientes incapacitados. A insuficiência renal pode ser classificada

em crônica e aguda. (DIRETRIZ DE INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA, 2007)

A insuficiência renal aguda se difere da crônica na duração do

processo de instalação, essa ocorre de forma súbita, levando a diminuição ou a

total paralisação da função dos rins por tempo indeterminado. Com isso a

função excretora e reguladora dos rins fica prejudicada, podendo voltar as sua

normalidade. A IRA é uma complicação comum na maioria dos pacientes

hospitalizados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI).Sua incidência varia em

torno de 10% a 25% dos casos. A insuficiência renal aguda aumenta

significativamente as taxas de morbi-mortalidade. (SILVA, 2009)

Devido sobrecarga de líquidos a IRA pode levar a complicações

respiratórias que são o edema agudo de pulmão (EAP), derrame pleural,

hemorragia alveolar, congestão pulmonar, decorrente da retenção hídrica e da

uremia pode ocasionar pneumonites e pleurites. Além disso, devido à

imobilidade do paciente pode haver formação de atelectasia. Quando o EAP

está numa fase mais avançada, a hipoxemia piora, a complacência pulmonar

diminui e aumenta o trabalho respiratório com fadiga e hipercapnia. (TERRA,

2010)

Uma vez que o paciente crítico que desenvolve IRA em UTI necessita

de hemodiálise ele faz uso convencionalmente da técnica intermitente, a qual

causa maior instabilidade hemodinâmica repercussões cardiorrespiratórias em

pacientes dialisados.

A hemodiálise pode ter indicação para ser realizada diariamente ou em

dias alternados e o paciente dever está estável hemodinamicamente.

Ela consiste no transporte de solutos conforme movimento difusional

ativo, seguindo o gradiente entre a solução dialisadora e sangue. Durante o

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processo a ureia, creatinina e potássio são removidos do sangue para a

solução dialisadora, enquanto o cálcio e o bicarbonato fazem o sentido

contrário. Para aqueles pacientes com instabilidade hemodinâmica esse

procedimento deve ser diário, devido ser realizado em níveis mias baixo.

(STEINHORST, 2007)

Esse estudo de caso teve como objetivo avaliar os efeitos

hemodinâmicos no sistema cardiorrespiratório causados pela sessão de

hemodiálise de pacientes internados em UTI.

2 – OBJTIVOAvaliar as alterações que a hemodiálise podem acarretar para um

paciente com diagnóstico de Insuficiência Renal aguda no sistema

cardiorrespiratório.

3 – METODOLOGIAEste estudo trata-se de uma revisão de literatura sobre repercurssões

cardiorrespiratórias da hemodiálise em pacientes com insuficiência renal aguda

em unidade de terapia intensiva tendo como referências publicações em Português

e Inglês, cujos descritores pesquisados foram: Insuficiência Renal. Hemodiálise.

Ventilação Mecânica browser da National Library of Medicine (MeSH), disponíveis no

endereço eletrônico: http://decs.bvs.br, e contendo operador boleano AND. Contidas

nas bases de dados: Scielo, Lilacs, Pubmed contemplando artigos de 2007-2017.

Como critério de inclusão foi considerado os seguintes aspectos: publicações no

idioma português e Inglês entre o período de 2007 a 2017.

Mediante a pesquisa realizada, foram encontrados 50 trabalhos

publicados na base de dados. Exclui-se bibliografia que antecia ao ano de

2007.. Assim 12 artigos foram utilizados para compor o presente estudo.

4 – RESULTADOS / DISCUSSÕES

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4.1. Insuficiência Renal A IRA é uma complicação comum na maioria dos pacientes

hospitalizados atingindo cerca de 5%, podendo aumentar para 30% em

pacientes internados em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), sendo que, mais

da metade desses pacientes das UTIs precisam de tratamento dialíticos.

Algumas patologias são consideradas como fatores de risco para a

incidência da IRA na UTI, sendo elas, insuficiências cardiovasculares,

hepáticas e respiratórias, neoplasias, eventos isquêmicos, nefrotóxicos,

infeccioso, choque (hipovolêmico, cardiogênico e séptico). (DIRETRIZ DE

INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA, 2007)

4.2 ETIOLOGIA DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

A insuficiência renal aguda ainda pode ser dividida em três categorias

para facilitar o diagnostico e tratamento.

Pré-renal

Segundo Guyton & HALL o rim recebe um fluxo sanguíneo em torno de

1.100mL/min, ou cerca de 20% a 25% do débito cardíaco. Esse grande fluxo é

responsável por levar o plasma para a filtração glomerular, sendo esse

regulador dos líquidos corporais e solutos.

Essa classificação é considerada uma das causas mais comuns de

IRA, com incidência de cerca de 40% a 60% dos casos. Nesse caso o rim não

apresenta nenhum defeito estrutural, o que ocorre é que à medida que a

pressão arterial média declina progressivamente. Com essa diminuição da

perfusão renal, aumenta a retenção de água e sal e concentração de escórias

nitrogenadas. E com esse marcador de retenção que diferencia a IRA pré-renal

da renal. (KO GJ, 2009)

As causas que podem levar a IRA pré-renal são: hipovolemia,

diminuição do débito cardíaco, vasodilatação periférica e vasoconstrição renal.

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Renal

É causada pela lesão aguda do parênquima renal. A necrose renal

aguda (NTA) é a forma mais freqüente de IRA. É provocado por um quadro de

lesão isquêmica ou nefrotóxica, mesmo depois de eliminar a causa inicial sua

reversão não é imediata, diferente do que ocorre na IRA pré-renal e pós-renal.

Pós-Renal

Está relacionado com a obstrução o sistema urinário, em qualquer

parte do canal podendo incluir obstrução bilateral do ureter, obstrução da

bexiga ou obstrução da uretra. Caso essa obstrução permaneça por mais de

duas a quatro semanas ocorre fibrose intersticial, atrofia tubular progressiva e

nefropatia obstrutiva crônica. Sendo essa a forma menos freqüente de causas

da IRA, chega acometer cerca de 2%.

4.3 DIAGNÓSTICO DA INSUFICIÊNCIA RENAL AGUDA

Clínico

A IRA vem sendo subdividida em quatro fases distintas: inicial, oligúria,

polinúria e de recuperação funcional. (KO GJ, 2009)

Na fase inicial leva-se em consideração o período de exposição a

drogas nefrotóxicas ou a insulto isquêmico. Sua duração pode ser modificável

pelo tempo de exposição ao agente causador. Quando a causa for nefrotóxicas

a fase inicial pode durar alguns dias, na isquêmica é rápida. A quantidade de

urina pode está ou não diminuída, mas mesmo assim o rim já inicia sua perda

de capacidade.(LEVI, 2011)

Na fase de oligúria também pode ser modificável, uma vez que a

produção de volume urinário é ao redor de 600mOsm ao dia e a capacidade

máxima é de 1.200mOsm/litro, uma quantidade de urina inferior a 500ml/dia é

incapaz de eliminar o volume necessário de soluto. O sedimento urinário, nesta

fase pode conter quantidades de hemácias, leucócitos, células epiteliais

isoladas ou em cilindros, tendo também perda protéica. Essa fase é freqüente

associada com drogas nefrotóxicas, sepse e anestésicos.

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A polinúria é caracterizada pelo aumento rápido do volume urinário.

Nesta fase mesmo ocorrendo o aumento do volume urinário existe a

incapacidade dos túbulos regenerados em reabsorver sal e água, tendo como

conseqüência o aumento da concentração plasmática de uréia e creatinina.

Podendo nessa fase haver uma indicação de diálise. .(LEVI, 2011)

Na recuperação funcional ela acontece após vários dias de diurese

normal, com diminuição gradativa de uréia e creatinina plasmática. Gerando

defeitos glomerulares que podem estender-se por meses ou anos, sendo o

mais comum a permanente deficiência na concentração urinária.

Laboratorial

O marcador mais utilizado para diagnóstico da IRA é a elevação do nível

de ureia e creatinina sérica no exame de urina.

Para que seja diferenciado a IRA pré-renal da renal utilizam-se outros

marcadores como cilindros hialinos na IRA pré-renal, já na renal cilindros

granulosos ou grande quantidades de células tubulares.

4.4 MÉTODOS DIALÍTICOS

Diálise peritoneal

Esse método geralmente é utilizado em paciente com Insuficiência Renal

Crônica - IRC, mas também muito eficaz no tratamento da IRA. Por não

necessitar de anticoagulação sistêmica e o paciente pode está instável

hemodinamicamente. No entanto, existe um grande risco de infecções e

perfuração das alças intestinais e em casos mais graves o clearance pode não

ser suficiente. (LOPES, 2013)

Hemodiálise

A hemodiálise pode ter indicação para ser realizada diariamente ou em

dias alternados e o paciente dever está estável hemodinamicamente.

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Ela consiste no transporte de solutos conforme movimento difusional

ativo, seguindo o gradiente entre a solução dialisadora e sangue. Durante o

processo a uréia, creatinina e potássio são removidos do sangue para a

solução dialisadora, enquanto o cálcio e o bicarbonato fazem o sentido

contrário. Para aqueles pacientes com instabilidade hemodinâmica esse

procedimento deve ser diário, devido ser realizado em níveis mias baixo.

(LOPES, 2013)

Hemofiltração

Essa é um procedimento indicado para pacientes hemodinamicamente

estáveis, mas pode ser insuficiente para aqueles pacientes hipercatabólicos.

Tendo indicação a realização diária. (LOPES, 2013)

Nele consiste a exclusão de grande volume de ultrafiltado plasmático

por infusão de um liquido isotônico padrão em menor período de tempo. O

acesso vascular pode ser obtido por cateteres ou shunt arteriovenoso

implantados por punção percutânea da veia femoral ou artéria. Devido a

diferença de pressão arteriovenosa, assim o sangue entra no hemofiltro onde

acontece a ultrafiltração. Para esse procedimento é utilizado um filtro com

membranas de alta capacidade de filtrar o sangue. (LOPES, 2013)

4.5 COMPLICAÇÕES CARDIOPULMONARES DURANTE A DIALISE

A hemodiálise e um processo que oferece risco de instabilidade hemodinâmica

nos pacientes, com ate 30% das sessões podendo apresentar algum tipo de

complicação. (TERRA, 2010)

Essas complicações vão desde alterações na pressão arterial, mais

comumente hipotensão que ocorre em ate 20% das sessões. (TERRA, 2010)

Não é comum o aparecimento de arritmia durante a diálise em paciente

que não sofre de doença cardiovascular.

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Quando pensamos em alteracões no sistema respiratório podemos

citar a hypoxemia que pode ocorrer com duração e intensidade variável durante

a HD ( CASTRO , 2001) ,

Mais comumente após a hemodiálise ocorre a melhora da funcao

respiratória. Esta está associada à retirada de volume, e possivelmente

também à retirada de mediadores inflamatórios pelos hemofiltros, permitindo

um desmame mais veloz do sistema de ventilacão invasiva.

4.6 ALTERAÇÕES NA MECANICA RESPIRATORIA PÓS DIÁLISE

Poucos estudos avaliaram a função respiratória após a realização de

TRS.

Em um estudo LOPES et al. 2013, avaliou 80 pacientes. Neste estudo, com

análise do comportamento das propriedades mecânicas do sistema

respiratório, foram observados o aumento da Cest e a redução da Pplatô, após

o procedimento dialítico. Outro resultado relevante encontrado foi quea

significativa melhora da mecânica ventilatória proporcionada pela diálise,

aconteceu tanto em pacientes com insuficiência renal aguda como crônica.

Lopes,2013

Outro ponto interessante é que no estudo, verificou-se melhora da Cest,

independentemente da perda volêmica proporcionada pela ultrafiltração. Por

outro lado, no grupode pacientes com perda >2.000mL, houve também

redução da Ppico, sugerindo que a redução de volume proporcionada pela

ultrafiltração gera uma diminuição significativa do componente de resistência

das vias aéreas. Já no grupo sem perda, houve aumento da Pres e Rsr,

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provavelmente devido à manutenção do balanço hídrico positivo.

Os efeitos benéficos da hemodiálise sobre a mecânica ventilatória foram

mais evidentes nos pacientes com insuficiência renal aguda, que também

apresentaram redução da Ppico e aumento da Cdin.

ALMEIDA 2016 avaliou 131 pacientes e avaliou as reprcurssões em

terapia hemidialitica e na diálise peritonia. Nesse estudo, foi encontrado

melhora da mecânica respiratória e da oxigenação na DPC e na HD diária.

Quando comparamos os resultados entre os grupos, não houve diferença. Ou

seja, ambos os métodos podem melhorar a função respiratória de pacientes

com LRA. Os resultados foram atribuídos a UF alcançada que foi capaz de

reduzir o BH e dessa forma diminuir o edema pulmonar.

R.C. Steinhorst et al. 2007 avaliou 31 pacientes emu ma UTI geral e

também obteve melhora em valores de complacência estática e dinâmica.

Em nenhum dos estudos avaliados houve melhora significativa dos

indices de oxigenação.

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5 – CONCLUSÃO

Durante a elaboração deste trabalho percebeu-se que para um paciente

de IRA a hemodiálise beneficia a mecânica ventilatória, tendo um aumento na

cdin e cst com isso diminui a resistência nas vias aéreas, porem torna-se

necessário a realização de mais estudos para uma melhor comprovação dos

resultados.

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REFERÊNCIAS

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de Nefrologia. 2007

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Crônica. J B Nefrologia, 2009.

12. ALMEIDA, CTP.Estudo Comparativo Da Mecânica Ventilatória De

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Ou A Diálise Peritoneal Contínua. JB Nefrologia, 2016.