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1 INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA IBRATI SOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA SOBRATI MESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA CRISTIANI COSTA BARBOSA AFFONSO PRISCILA AVELINO DA SILVA CAMINHOS PARA UMA ASSISTÊNCIA SEGURA EM SAÚDE

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INSTITUTO BRASILEIRO DE TERAPIA INTENSIVA – IBRATISOCIEDADE BRASILEIRA DE TERAPIA INTENSIVA – SOBRATIMESTRADO PROFISSIONALIZANTE EM TERAPIA INTENSIVA

CRISTIANI COSTA BARBOSA AFFONSO

PRISCILA AVELINO DA SILVA

CAMINHOS PARA UMA ASSISTÊNCIA SEGURA EM SAÚDE

BRASÍLIA – DF

2016

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CRISTIANI COSTA BARBOSA AFFONSO

PRISCILA AVELINO DA SILVA

CAMINHOS PARA UMA ASSISTÊNCIA SEGURA EM SAÚDE

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do

Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva,

servindo como um dos requisitos para

obtenção do título de Mestre em Terapia

Intensiva.

Orientador: Prof. Msc Karin Bastos Georgo

BRASÍLIA - DF

2016

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CAMINHOS PARA UMA ASSISTÊNCIA SEGURA EM SAÚDE

Dissertação apresentada ao Programa de

Pós-Graduação em Terapia Intensiva, do

Instituto Brasileiro de Terapia Intensiva,

servindo como um dos requisitos para

obtenção do título de Mestre em Terapia

Intensiva.

Orientador: Prof. Msc Karin Bastos Georgo

Aprovada em 31 de Julho de 2016.

BANCA EXAMINADORA

Prof.º Msc Karin Bastos GeorgoInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Presidente (Orientador)

Prof.º Dr. Douglas FerrariInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Examinador

Prof.º Drª Cláudia ConfortoInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Examinadora

Prof.ª Msc Vanizia PáduaInstituto Brasileiro em Terapia Intensiva – IBRATI

Examinadora

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AGRADECIMENTOS

“Agradecemos a Deus por nos proteger durante a batalha e nunca desistir de nós,

por nos dar força para persistir e seguir adiante e por nos ensinar que nunca nos

bastaremos sozinhos.

Às nossas famílias pela paciência e compreensão quando não pudemos estar

presentes, à paciência que conosco tiveram e à força que nos deram ajudando a

carregar o fardo quando estávamos por esmorecer.

Obrigada!”

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“Não foi sorte. Foi capacidade, coragem, determinação, inteligência e

persistência."(Duda Penafiel)

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RESUMO

A segurança é um tema que vem sendo muito discutido na área da saúde,

principalmente no universo das unidades de terapia intensiva e com suas equipes

interdisciplinares, pois há uma preocupação com a qualidade da assistência

prestada pelos profissionais que as compõem. Receber uma assistência à saúde de

qualidade é um direito do indivíduo e os serviços de saúde devem oferecer uma

atenção que seja efetiva, eficiente, segura, com a satisfação do paciente em todo o

processo. Portanto, este estudo trará como tema “Caminhos para uma assistência

segura em saúde”e está direcionado para a linha de pesquisa Promoção de saúde

e Prevenção de agravos em saúde, cuja área predominante é a

Multidisciplinaridade na assistência à saúde do paciente internado, sob a

problemática da importância de uma assistência segura em saúde que visa

qualidade e recuperação plena do paciente. O objetivo a ser alcançado, é

descrever, através de relato de experiência profissional embasado na literatura quais

as etapas e os desafios atuais na prestação de uma assistência de saúde segura

desde o planejamento macroestrutural do sistema, até os resultados alcançados no

âmbito social e profissional. Trata-se de um estudo qualitativo, de natureza

descritiva e exploratória, na modalidade de revisão literária embasado em

revisão bibliográfica, possuindo como fonte livros sobre o assunto, artigos de

revistas indexadas e dissertações, e as informações obtidas serão analisadas de

forma interpretativa.

Palavras-chave:Segurança em saúde, segurança do paciente, qualidade em saúde,

equipes interdisciplinares.

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ABSTRACT

Security is a topic that has been much discussed in the health sector, especially in

the world of intensive care units and their interdisciplinary teams, because there is a

concern about the quality of care provided by professionals who make up. Get a

health care quality is a right of the individual and the health services should offer care

that is effective, efficient, safe, with patient satisfaction in the process. This study will

bring the theme "Pathways to a health safe care" and is directed to the line of research health promotion and prevention of health aggravations, whose

predominant area is Multidisciplinarity in health care for the hospitalized patient, in

the issue of importance of safe care in health aimed at full quality and patient

recovery. The objective to be achieved, is to describe, by reporting experience grounded in which literature the steps and the current challenges in providing safe

health care from the macro-structural planning system, to the results achieved in

social and professional level. This is a qualitative study of descriptive and exploratory nature, in the form of literature review grounded in literature review,

having as source books on the subject, indexed journal articles and dissertations,

and the information obtained will be analyzed in an interpretative way.

Keywords: health security, patient safety, healthcare quality, interdisciplinary teams.

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 9

1.1. PROBLEMAS DE PESQUISA 12

1.2. OBJETIVOS DE ESTUDO 13

1.2.1. Objetivo Geral 13

1.2.2. Objetivo Específico 13

1.3. RELEVÂNCIA 13

1.3.1. Relevância Social 13

1.3.2. Relevância Acadêmica 14

1.4. JUSTIFICATIVA 14

2. METODOLOGIA 15

3. DISCUSSÕES E RESULTADOS 17

3.1. Cronologia da segurança do paciente 17

3.2. Contexto do Sistema de Saúde Brasileiro e os

Desafios do Programa 19

3.3. Segurança Do Paciente 21

3.4. Metas Internacionais De Segurança Do Paciente 22

4. CONCLUSÃO 31

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

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1. INTRODUÇÃO

A preocupação com a segurança do paciente, fator importante na dimensão da

qualidade da assistência em saúde, é atualmente um tema de grande relevância

entre pesquisadores de todo o mundo. A não observância da segurança ou respeito

às prerrogativas pré-estabelecidas através de protocolos instituídos por órgãos de

referência no assunto pode refletir em erros evitáveis, iatrogenias ou

inconformidades que vão de encontro ao bem-estar do paciente. Tais

inconformidades, em sua maioria preveníveis, podem ocorrer em qualquer local

onde os cuidados de saúde são prestados. (ANVISA, 2013)

Diante deste cenário e da importância da segurança na assistência prestada ao

paciente nas unidades de saúde, é preciso modular caminhos para que a assistência

tenha qualidade e seja livre de riscos ou eventos adversos. A própria definição de

qualidade é tema de ampla discussão em diversos seguimentos uma vez que traz

consigo alto grau de subjetividade. Trazer esse componente para atenção à saúde é

ainda mais intrigante, já que trabalhadores e usuários encontram como obstáculos

tanto componentes políticos como estruturais.(ANVISA, 2013)

A SEGURANÇA é definida como a “redução do risco de dano associado à atenção à

saúde para parâmetros mínimos aceitáveis”. A Agência Nacional de Vigilância

Sanitária – ANVISA (2013) descreve INCIDENTE como “situações em que ocorrem

erros ou falhas, e que, podem ou não, acarretar danos ao paciente”; e EVENTO

ADVERSO como “incidente com o paciente que resultou num dano ou lesão

reversível ou não”. As consequências das possíveis falhas nos sistemas de saúde

trazem impactos negativos tanto para os pacientes e suas famílias, quanto para as

organizações e a sociedade.

Visto que em algum momento da vida as pessoas necessitam de assistência e

procuram o sistema de saúde para recebimento de cuidado, torna-se cada vez mais

relevante a preocupação de autoridades e de organizações nacionais e

internacionais em melhorar os níveis de confiança no sistema de saúde por meio

das iniciativas que visam à segurança do paciente.

O conceito Segurança do Paciente (SP) é moldado por diversas influências de

caráter negativo como os erros médicos; e de caráter positivo como a busca e

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melhorias na qualidade do atendimento, portanto, a SP está relacionada à qualidade

e prevenção de erros no atendimento médico-hospitalar. Dessa forma, substitui-se a

prática da culpabilidade individual pela ideia de repensar em processos da

assistência capazes de corrigir o que for necessário, de criar mecanismos que

antecipem os erros e que permitam prevenção de danos. (QUADROS, 2008)

Segundo a OMS (2013), a SP é descrita como “redução do risco de danos

desnecessários associados à assistência em saúde, a partir da implementação de

medidas que garantam a integridade durante o período de tratamento”. Visto isso,

entendemos que a segurança com relação à assistência abrange todos os campos

de atuação em saúde.

Com relação aos procedimentos cirúrgicos nos países industrializados, por exemplo,

são relatadas complicações entre 3 - 16% dos procedimentos realizados, onde 50%

destes estão relacionados à cirurgia e outros 40% por problemas na sala cirúrgica.

Associado a isso, observa-se uma taxa de mortalidade de aproximadamente de 5 -

10% em cirurgias de maior complexidade nos países em desenvolvimento (ANVISA,

2009).

Estima-se uma taxa mundial de eventos adversos durante o procedimento cirúrgico

de 3% e uma taxa de mortalidade de 0,5% (correspondente a sete milhões de

pacientes cirúrgicos que sofreriam complicações significativas a cada ano onde um

milhão desses morreria durante ou imediatamente após a cirurgia.

Tomando como base o Brasil, ainda que sem dados oficiais, estima-se que foram

realizados 4.056.250 de procedimentos cirúrgicos em 2010 contra 4.123.794 em

2011. Se pensarmos concretamente no impacto dos eventos adversos sobre os

procedimentos cirúrgicos e considerarmos uma taxa de eventos adversos mínima de

3%, chegaríamos numa margem de erros de 121.687 e 123.713 respectivamente.

Em maio de 2002, a 55ª Assembleia Mundial da Saúde recomendou à OMS e aos

Estados Membros que direcionassem sua atenção à segurança do paciente e à

prevenção de eventos adversos. Reconhecendo a magnitude do problema da

segurança do paciente em nível global, em 2004, a Organização Mundial de Saúde

(OMS) estabeleceu a Aliança Mundial para a Segurança do Paciente (World Alliance

for Patient Safety). O propósito dessa iniciativa foi definir e identificar prioridades na

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área da segurança do paciente em diversas partes do mundo e contribuir para uma

agenda mundial para a pesquisa no campo. (ANVISA, 2013)

OWHO Patient Safety Program, composto por diversos países, busca definir

questões prioritárias para a pesquisa na área de segurança do paciente que sejam

de alta relevância para países em todos os níveis de desenvolvimento (KOHN,

1999).

Dentre as questões abordadas, destacam-se: cuidados de saúde às mães e aos

recém-nascidos; cuidados de saúde aos idosos; eventos adversos (EA) relacionados

a erros de medicação; frágil cultura de segurança, voltada ao processo de

responsabilização pelo erro; competências e habilidades inadequadas entre

profissionais de saúde; infecções associadas ao cuidado de saúde (CASSIANI,

2005).

De todos os desafios lançados pela OMS no que tange segurança do paciente,

destaca-se o segundo, que visa à segurança cirúrgica e objetiva elevar os padrões

de qualidade em serviços de assistência à saúde por meio do estabelecimento de

práticas cirúrgicas seguras contempladas no “Programa Cirurgias Seguras Salvam

Vidas”. A meta da OMS até o ano de 2020 é reduzir as taxas de infecção do sítio

cirúrgico em 25%, o que implicaria em uma significativa queda da morbidade e da

mortalidade relacionadas a procedimentos cirúrgicos. (ANVISA, 2013).

No Brasil, o Programa Nacional de Segurança do Paciente – PNSP foi publicado

pelo Ministério da Saúde através de portaria ministerial em 2013 e propõe um

conjunto de medidas para prevenir e reduzir a ocorrência de eventos adversos nos

serviços de saúde. O segundo desafio global para a segurança do paciente

começou a ser viabilizado nacionalmente em 13 de maio de 2010 e, em 09 de julho

de 2013, foi elaborado o Protocolo para Cirurgia Segura proposto pela SOBECC –

Sociedade Brasileira de Enfermagem em Centro Cirúrgico e implementado pela

Anvisa (2013).

A fim de mitigar os agravos em saúde decorrentes de falha em segurança do

paciente, definiu-se que cada serviço de saúde deve constituir o Núcleo de

Segurança do Paciente - NSP, conferindo aos seus membros autoridade,

responsabilidade, poder para executar as ações do Plano de Segurança do Paciente

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e a incumbência de implantar os Protocolos de Segurança do Paciente, dentre eles

o Protocolo de Cirurgia Segura. É dever do NSP realizar o monitoramento dos seus

indicadores e notificar ao Sistema Nacional de Vigilância Sanitária dos eventos

adversos decorrentes da prestação do serviço de saúde. (ANVISA, 2013).

1.1. PROBLEMA DE PESQUISA

A realização deste projeto dá-se pelo aumento da preocupação com relação à

qualidade do cuidado e com a segurança do paciente nas instituições de saúde que

tem surgido em âmbito global. Dados apontaram que de 33,6 milhões de internações

44.000 a 98.000 pacientes, aproximadamente, morreram em consequência de

eventos adversos. Desde então a Organização Mundial de Saúde (OMS) tem

demonstrado sua preocupação com a segurança do paciente e adotou esta questão

como tema de alta prioridade na agenda de políticas dos seus países membros a

partir do ano 2000. O problema de pesquisa se baseia nos desafios que permeiam a

dificuldade em manter a segurança do paciente com vistas à redução dos eventos

nas instituições de saúde,uma vez que esses têm causas multifatorial e evitável na

maior parte das ocorrências. A problemática estende-se aos profissionais de saúde

que estão suscetíveis a cometer erros quando os processos técnicos e

organizacionais são complexos e mal planejados. A compreensão de que sistemas

falham e permitem que as falhas dos profissionais se propaguem, atingindo os

pacientes e causando complicações ou até mesmo o óbito, permite à organização

hospitalar rever os seus processos, estudar e reforçar suas barreiras de defesa e as

falhas latentes, que estão presentes nos locais de trabalho e que tornam o sistema

frágil e suscetível a erros. Como resultado dos movimentos globais acerca dessa

problemática, investigações científicas têm sido conduzidas para identificação e

compreensão dos erros e eventos adversos, adoção de medidas corretivas e pró-

ativas, análise das falhas sistêmicas e dos fatores causais, desenvolvimento de

estratégias que garantam a prática segura melhorando a qualidade da assistência e,

consequentemente, fornecendo maior segurança ao paciente. (SILVA, 2010)

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1.2. OBJETIVOS DE ESTUDO

1.2.1. Objetivo Geral

Descrever meios capazes de assegurar uma assistência de saúde segura com

vistas à promoção da qualidade plena na assistência do paciente hospitalizado.

1.2.2.Objetivos Específicos

Enumerar os passos para uma assistência segura em saúde.

Descrever condutas aplicadas à saúde que possibilitem a prevenção de erros

na assistência.

Analisar o panorama global da segurança na assistência à saúde.

Destacar a importância de seguir protocolos instituídos no que tange

assistência segura e de qualidade.

Descrever o papel dos profissionais de saúde enquanto promotores e

multiplicadores no processo de compreensão sobre saúde e prevenção de

doenças, focando assistência em locais de alta complexidade.

I.3. RELEVÂNCIA

1.3.1. Relevância SocialHá de serem ressaltados os benefícios para redução dos casos e da incidência de

erros nos processos de saúde, a fim de alcançar o bem-estar do paciente, reduzindo

não somente exposição do mesmo às condições de risco, como também ocorrência

de eventos adversos nos segmentos de assistência ao paciente hospitalizado.

Ainda, prevenir complicações que poderiam estar relacionadas com o aumento da

morbidade e mortalidade do paciente decorrente de injúrias de origem orgânica que

possam reduzir a qualidade da assistência e trazer prejuízo na recuperação do

paciente aumentando o tempo de internação nos nosocômios e as custas nos

serviços de saúde.

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1.3.2.Relevância AcadêmicaA motivação enquanto mestrandas, além da contribuição para produção de

conhecimento científico e prático no campo de assistência à saúde, também foi

demonstrar que cabe às equipes multidisciplinares a autonomia para prevenção e

promoção de saúde no campo de assistência segura e qualidade dos serviços

prestados nas instituições hospitalares. Cabe ainda à instituição a tomada de

decisão quando observada a necessidade de intervenção própria, criação de

protocolos específicos com vistas à realidade de sua clientela e equipe, bem como

esclarecer quais os deveres, atribuições e tarefas dos integrantes da equipe

multidisciplinar enquanto promotores do bem-estar do paciente. Busca-se expandir

os horizontes da atenção prestada buscando demonstrar que a segura do paciente

vai muito além da lavagem de mãos e conferência de medicamentos.

Ampliar o conhecimento acadêmico sobre a possibilidade e capacidade dos

profissionais envolvidos no processo de cuidar em gerenciar projetos, realizar

planejamento para o efetivo desenvolvimento do mesmo, ampliar as noções sobre

coordenação buscando estabelecer um plano de ação com prazos e designação de

responsáveis para a sua implantação em uma instituição. Descrever protocolos que

geralmente são adotados para registro de avaliação, intervenção e reavaliação, bem

como definir o instrumento de avaliação que será utilizado estabelecendo normas e

procedimentos adotados pelas instituições respeitando suas peculiaridades.

1.4. JUSTIFICATIVA

A justificativa para a realização deste trabalho é a vivência profissional no ambiente

de terapia intensiva, onde podemos perceber o quanto o acompanhamento dos

protocolos e recomendações instituídos pela OMS e Agências reguladoras pode

influenciar na saúde e na qualidade da assistência. A utilização de recursos

adequados associada a protocolos para padronização de atendimento tem por

finalidade garantir uma assistência à saúde segura.

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2. METODOLOGIAO presente estudo tem como linha de pesquisa Atenção e Assistência à Saúde

como área predominante Enfermagem na Promoção de Saúde e Prevenção de

Agravos abordando o tema: Caminhos para uma assistência de saúde segura.

Trata-se de uma pesquisa de natureza qualitativa, segundo DESLANDES (2003):

“Responde a questões muito particulares. Ela se

preocupa, nas ciências sociais, com um nível de

realidade que não pode ser quantificado. Ou seja, ela

trabalha com universo dos significados, aspirações,

crenças, motivos, atitudes e valores, o que corresponde

a um espaço mais profundo das relações, dos processos

e dos fenômenos que não podem ser reduzidos à

operacionalização de variáveis.”

O método utilizado é o exploratório, que é definido por ANDRADE (1999) como uma

modalidade que permite acessar maior número de informações sobre determinado

assunto e torna mais fácil a delimitação de um tema e a definição dos objetivos da

pesquisa. Este estudo também será aplicado na modalidade bibliográfica, assim

definida por LAKATOS (2007):

“Esta pesquisa abrange toda a bibliografia já tornada

pública em relação ao tema de estudo [...]. Sua finalidade

é colocar o pesquisador em contato direto com tudo o

que foi escrito, dito ou filmado sobre determinado

assunto, inclusive conferências seguidas de debates que

tenham sido transcritos por alguma forma, quer

publicadas, quer gravadas.”

Pretende-se através de revisão bibliográfica, elaborar a partir de material já

publicado, principalmente de livros, artigos de periódicos e atualmente com material

disponibilizado na internet, uma revisão literária quanto à assistência em saúde que

proporcione segurança ao paciente mitigando erros e prevenindo eventos adversos.

As fontes de pesquisa serão livros, artigos de revistas indexadas, base de dados de

artigos dos sites Scielo, LILACS, BVS e dissertações, dentre as quais serão

selecionadas, somente, fontes nacionais das últimas três décadas. Como roteiros de

busca serão utilizadas as seguintes palavras-chave: Agravos em saúde, Segurança

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do paciente, Assistência segura, Prevenção e Promoção de Saúde e Programa de

segurança do paciente.

As informações colhidas através da leitura e releitura das fontes pesquisadas

sofrerão análise crítica e interpretativa assim definida por LAKATOS (2007):

“Procurar associar as idéias expressas pelo autor

com outras de conhecimento do estudante, sobre o

mesmo tema. A partir daí, fazer uma crítica, do ponto de

vista da coerência interna e validade dos argumentos

empregados no texto e da profundidade e originalidade

dada à análise do problema.”

Os dados obtidos serão analisados e organizados a partir de idéias comuns aos

artigos. Estas temáticas serão nomeadas em categorias, que para DESLANDES

(2003), possui tal definição:

“As categorias são empregadas para estabelecer

classificações. Nesse sentido, trabalhar com elas

significa agrupar elementos, idéias ou expressões em

torno de um conceito capaz de abranger tudo isso. Esse

tipo de procedimento, de um modo geral, pode ser

utilizado em qualquer tipo de análise em pesquisa

qualitativa.”

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3. DISCUSSÕES E RESULTADOS3.1. CRONOLOGIA DA SEGURANÇA AO PACIENTE

No século IV A.C., Hipócrates, respeitado como o pai da medicina, escreveu: “Nunca

causarei dano a ninguém”.Com esta citação Hipócrates admitiu que os atos

assistenciais são passíveis de equívoco e a segurança do paciente já era vista como

prioridade desde sua época.(WACHTER, 2010)

Embora antigamente não se possuísse uma assistência especializada, os erros não

eram permitidos. À medida que ocorreram novos avanços no conhecimento e

progressão da tecnologia, o nível de complexidade assistencial aumentou e com ela

a probabilidade de sobrevir erros também. Contrariamente a esse contexto, cada

vez mais era adotada a conduta punitiva, de modo a identificar e apontar sempre o

indivíduo responsável pelo engano.

Em 1863, Florence Nightingale descreve: “Pode parecer estranho enunciar que a

principal exigência em um hospital seja não causar dano aos doentes” . Nightingale

classificava como primordial a segurança dos doentes devido às consequências

observadas e constatou que existiam falhas nas condutas profissionais as quais

eram um sério problema e alerta para a realidade. (GEORGE, 2000)

Após a criação da Joint Commission Accreditation of Healthcare Organizations –

JCAHO, em 1918, pelo Colégio Americano de Cirurgiões surge o primeiro trabalho

intitulado de Diseases of Medical Progress, que mostrou a prevalência e

evitabilidade de doenças iatrogênicas. Nesta época, foi realizado um estudo com

815 pacientes de um hospital universitário que revelou que 36% sofriam dano e a

frequência de lesão iatrogênica de qualquer espécie devido a um erro de medicação.

(KOHN, 2000)

Em 1990, JAMES REASON, psicólogo britânico, publica o Human Error, o primeiro

relatório da série de observações sobre a segurança do paciente, onde mostrava

que a abordagem individualizada do problema era obsoleta e propõe a quebra deste

paradigma. REASON demostrou que um erro é fruto da falha em um sistema e por

isso deve ser abordado de forma holística. (WACHTER, 2010)

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Este relatório chamou atenção e veio a público ao revelar que taxa de mortalidade

nos hospitais dos EUA decorrentes de erros na assistência a saúde estavam entre

44.000 e 98.000 mortes/ano. Os dados do relatório serviram de respaldo para o

desenvolvimento de programas de segurança nas organizações de atendimento à

saúde, o que levou à criação da National Patient Safety Agency – NPSA (Agência

Nacional de Segurança do Paciente) no Reino Unido. (Vincent, 2009)

Segundo Carvalho (2002), a magnitude dos erros médicos e eventos adversos com

drogas nos Estados Unidos representam a quarta causa de óbito no país. Aponta

aindacomo fatores predisponentes os ambientais (barulho, calor), psicológicos

(tédio, ansiedade, estresse) e fisiológicos (fadiga, sono).

Como resposta aos fatos e consequências decorrente de erros humanos a Joint

Commission International - JCI lançou em 2011 a quarta edição da Standards Lists

Version, onde no capítulo sobre os Objetivos Internacionais para a Segurança do

Paciente existem seis metas: 1) Identificar os pacientes corretamente; 2) Melhorar a

comunicação eficaz; 3) Melhorar a segurança dos medicamentos de alto risco; 4)

Assegurar sítio, procedimentos e pacientes corretos nas cirurgias; 5) Reduzir o risco

de infecções associadas aos cuidados de saúde e; 6) Reduzir o risco do paciente de

danos resultantes de quedas.(REDE, 2011)

No Brasil, pesquisas nesta área surgiram no início da década de 2000 influenciados

pelo panorama mundial cuja temática já vinha e continua sendo amplamente

discutida, vide as certificações das instituições de saúde com métodos de avaliação

de caráter não-obrigatório e renovável sob a forma de acreditação. Tais avaliações

demonstraram que os processos hospitalares não se encontravam organizados e

adequados para garantir uma assistência segura. (ANVISA, 2004).

O princípio do processo de acreditação no Brasil começou no final dos anos 80

quando a Organização Pan-Americana da Saúde – OPAS determinou inúmeras

medidas de aperfeiçoamento dos parâmetros de saúde e dos serviços hospitalares

da América Latina, e que ao serem alcançados, o hospital era considerado

acreditado. Em 1999 surge a Organização Nacional de Acreditação – ONA com

propósito de gerenciar o modelo brasileiro de acreditação. Em 2002 a Agência

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Nacional de Vigilância Sanitária – ANVISA torna oficial o Sistema Brasileiro de

Acreditação através da Resolução n° 921/02. (ANVISA, 2004)

A partir da acreditação foi possível detectar e gerenciar os possíveis erros, as falhas

recorrentes no sistema, sejam no cuidado direto ou indireto ao paciente, bem como

as falhas na comunicação entre equipes, o que gera um cuidado inseguro.

(CARVALHO, 2002)

3.2. O CONTEXTO DO SISTEMA DE SAÚDE BRASILEIRO E DESAFIOS DO PROGRAMA

LA FORGIA E COUTTOLENC (2009) relatam que os hospitais são responsáveis por

dois terços dos gastos e dos serviços produzidos em saúde. Diferente da maioria

dos outros países, o Brasil tem um serviço pluralista, composto por vários arranjos

financeiros, organizacionais e de propriedade, que englobam tanto o setor público

quanto o privado, além disso, é o único a financiar prestadores privados com verba

pública. O sistema brasileiro é estratificado, com poucos centros de excelência

mundial, onde a maior parte dos hospitais apresenta baixo padrão de qualidade e a

grande maioria da população não tem recursos para pagar por um sistema privado.

Em 2006, o Brasil gastou 8,2% do PIB no setor da saúde e apesar disso os

resultados foram medianos.

Segundo a OMS, o Brasil ocupava a 72ª posição no ranking de investimento em

saúde em 2011, o que comprometia a qualidade da atenção prestada. Portanto, em

2013, foi criada a portaria nº 529 que instituiu o Programa Nacional de Segurança do

Paciente (PNSP). O Art. 2º da portaria diz que o objetivo geral é “contribuir na

qualificação do cuidado em saúde em todos os estabelecimentos de saúde do

território nacional”. O artigo 3º descreve que os objetivos específicos são “a

promoção e o apoio na implementação de iniciativas que visem à segurança do

paciente nas diferentes áreas da atenção; a organização e gestão de serviços de

saúde através da implementação de gestão de risco e de Núcleos de Segurança do

Paciente nos estabelecimentos de saúde; o envolvimento de pacientes e familiares

nas ações de segurança do paciente; a ampliação do acesso da sociedade às

informações; produção, sistematização e a divulgação de conhecimentos sobre

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segurança do paciente; e incitar à inclusão do tema segurança do paciente no

ensino técnico e de graduação e pós-graduação na área da saúde”.

Como estratégias para implementação do PNSP pela portaria encontramos: “a

criação e apoio à implementação de protocolos, guias e manuais de segurança do

paciente; a promoção de capacitação de gerentes, profissionais e equipes de saúde

em segurança do paciente; a inclusão de metas, indicadores e padrões de

conformidade; a implementação de campanha de comunicação social sobre

segurança do paciente, voltada aos profissionais, gestores e usuários de saúde e

sociedade; vigilância e monitoramento de incidentes na assistência à saúde;

promoção do aprendizado e aprimoramento organizacional; engajamento dos

profissionais e dos pacientes na prevenção de incidentes; e articulação junto com o

Ministério da Educação e Conselho Nacional de Educação, na inclusão do tema

segurança do paciente nos currículos dos cursos de formação em saúde de nível

técnico, superior e de pós-graduação”.

Segundo o documento do Programa Nacional de Segurança do Paciente (2013),

existe uma alta complexidade no cuidar na saúde. A falta de gestão adequada

atrelada às condições de alto risco pode favorecer o surgimento de crises cada vez

mais frequentes. Segundo este documento, apesar dos avanços com o SUS, existe

muitos problemas no que tange a qualidade dos cuidados, o que nos leva a uma

série de desafios para tornar o programa possível.

Os programas e políticas do Ministério da Saúde que têm maior destaque em âmbito

nacional são: Programa Hospital Sentinela; Programa Nacional de Avaliação de

Serviços de Saúde (PNASS); Programa de Apoio ao Desenvolvimento Institucional

do Sistema Único de Saúde (Proadi-SUS); a união do Ministério da Saúde (MS) e

das entidades de Saúde que possuem o Certificado de Entidade Beneficente de

Assistência Social em Saúde (Cebas-Saúde); Projeto de Formação e Melhoria da

Qualidade da Rede de Atenção à Saúde (QualiSUS-Rede); Política Nacional de

Humanização (PNH); processo de certificação dos Hospitais de Ensino.

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3.3. SEGURANÇA DO PACIENTE

A assistência à saúde envolve riscos que podem ser minimizados através de

análises e ações preventivas, que podem evitar possíveis causas de eventos

adversos. Para isso, é preciso o conhecimento dos fatores de risco principalmente

pelos profissionais que são importantes aliados na resolução de um problema nos

processos assistenciais do hospital. Essa ação é parte da cultura de segurança do

paciente. (ANVISA, 2009)

A segurança do paciente é compreendida como um elemento fundamental para a

qualidade da assistência, assim como um princípio basilar para o cuidado do

paciente. Portanto, constitui um conjunto de ações e esforços complexos que

contribuem para melhoria da segurança dos fatores ambientais e gerenciamento de

riscos, por exemplo, segurança no manuseio de medicamentos, equipamentos,

prática clínica e ambiente de cuidado. (TEIXEIRA, 2012; PAESE, 2010).

No Brasil, o Programa Nacional de Segurança do Paciente tem como objetivos

específicos promover iniciativas voltadas à Segurança do Paciente; envolver os

pacientes e familiares nas ações de Segurança do Paciente; e ampliar o acesso da

sociedade às informações relativas ao tema. (BRASIL, 2013)

Nota-se que as questões de segurança na assistência em saúde envolvem

basicamente três componentes: infraestrutura dos serviços ofertados, qualificação

dos profissionais envolvidos na atenção à saúde e participação ativa e protagonista

dos pacientes e familiares (LOPES, 2010; WEAVER, 2013).

Segundo PEREIRA (2015), a promoção da segurança do paciente é

responsabilidade compartilhada não somente entre todos os profissionais que atuam

direta ou indiretamente na área da saúde, mas também de pacientes e familiares.

Portanto, a cultura e o clima de segurança devem fazer parte dos ambientes de

cuidados em saúde para que sejam proporcionadas ações de melhoria contínua com

adequada infraestrutura física, de recursos humanos, de materiais e de

equipamentos para o desenvolvimento de ações em saúde.

Com base nessa perspectiva, torna-se essencial a ação conjunta dos profissionais

que, de forma transdisciplinar devem identificar em sua prática profissional ações

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que permitam um agir consciente, responsável e ético para promoção de saúde

desde a admissão até a alta do usuário.(PEREIRA, 2015).

3.4. METAS INTERNACIONAIS DE SEGURANÇA DO PACIENTE

Tendo em vista a importância de se prevenir os eventos adversos, de acordo com os

panoramas mundiais e os seis passos consoantes ao Ministério da Saúde, os artigos

revisados reforçam a importância da adoção de metas que visem a promoção de

uma assistência segura em saúde. Segundo a Joint Comission (2011), essas metas

são:

1) IDENTIFICAR CORRETAMENTE O PACIENTE:

O paciente deve ser identificado tanto através de pulseiras de identificação quanto

checagem de sua identidade antes de qualquer procedimento ou assistência. A

identificação do paciente é apontada como uma das soluções essenciais para uma

assistência segura, e se realizada adequadamente, é capaz de contribuir para a

prevenção de erros ou eventos adversos nos diversos âmbitos da prática do

cuidado. (TASE, 2015)

Pontos vulneráveis do processo de identificação são verificados nas ocasiões de

presença de pacientes homônimos ou com registro hospitalar similar que

compartilham a mesma unidade, quarto ou os serviços de apoio diagnóstico. Desta

forma, a identificação é um procedimento prioritário dentre os inúmeros processos

gerenciais e assistenciais nos serviços de saúde, pois, quando ocorre algum erro ou

evento adverso relativo a não conformidade na identificação, os desfechos, na

maioria das situações, são catastróficos. Por outro lado, é uma prática detentora de

medidas evitáveis quando valorizada pelos profissionais de saúde, haja vista o baixo

custo e obrigatoriedade em protocolos institucionais. (WALLEY, 2013)

Nessa direção, a OMS determinou medidas para a identificação inequívoca do

paciente, como: a presença da pulseira desde sua admissão até a alta, a

conferência da pulseira por todos os profissionais de saúde antes do cuidado,

estabelecimento de protocolos institucionais prevendo as excepcionalidades, como

homônimos, abreviações ou impossibilidade no uso da pulseira. Destacou ainda a

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importância do envolvimento do paciente/família no processo de identificação,

sobretudo na conferência dos dados e na necessidade de portar a pulseira. (WHO,

2009).

No entanto, a identificação incorreta do paciente ainda permeia as organizações

prestadoras de assistência, sendo retratada por situações como ausência de

pulseira por vários dias ou mesmo ao longo da internação; presença de várias

pulseiras destinadas a caracterizar riscos potenciais (queda, alergia, dentre outros),

pulseira com identificadores incorretos como o nome,sobrenome, registro hospitalar

ou ausência daqueles preconizados pelo protocolo institucional; dados ilegíveis; e

condição da pulseira inadequada, sobretudo, relativa à adequação do tamanho da

pulseira ao usuário. (TASE, 2015)

Assim, foi estabelecido um importante programa internacional com diversas áreas de

operação atentando para aspectos comportamentais de pacientes e profissionais da

saúde; taxonomia; tecnologia; soluções práticas e desafios; pesquisa; conhecimento

e educação para o cuidado seguro.(WHO, 2009)

O processo de identificação do paciente por meio de pulseira não traz tanta

dificuldade de implementação, desde que seja compreendido, valorizado pelos

profissionais e pelos pacientes e incorporado à prática. (TASE, 2015)

2) MELHORAR COMUNICAÇÃO ENTRE OS PROFISSIONAIS DA ASSISTÊNCIA

DE SAÚDE

A comunicação da equipe é um grande desafio e envolve: as passagens de plantão,

discussão de casos entre os especialistas, o planejamento do cuidado, a

transferência do paciente e as orientações realizadas. A comunicação ineficaz está

entre as causas-raízes de mais de 70% dos erros cometidos na assistência, por

isso, uma das exigências para a assistência de qualidade é que o sistema

estabeleça um canal de comunicação efetivo e seguro que permita as equipes

transmitir e receber informações de forma clara e objetiva.Para tal, acredita-se que a

passagem de plantão beira-leito possa mitigar ruídos na comunicação e equívocos

na assistência, uma vez que a mensagem é recebida de maneira única por todos os

componentes da equipe. (WHO, 2009)

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Este momento é importante para que haja transferência de informações entre os

profissionais durante as trocas de turnos de trabalho, estabelecendo informações e

assegurando o objetivo de proporcionar foco e direcionamento aos profissionais que

iniciarão o próximo turno. Qualquer ruído durante a passagem de plantão pode

interferir diretamente na qualidade e continuidade dos cuidados prestados. (WHO,

2009)

Outro fator relevante durante a passagem de plantão relacionada à comunicação diz

respeito aos tipos de informações repassadas. A OMS indica como principais

informações a serem repassadas aquelas relacionadas à condição atual do

paciente, ao tratamento e alterações ou complicações que ocorreram ou possam

ocorrer durante o turno. Acrescido a isso, deve-se utilizar uma linguagem clara com

informações concisas sem uso de abreviações/jargões e sem interrupções ou

conversas paralelascom interações entre os profissionais para esclarecimento de

dúvidas, discussão e reflexão sobre o paciente; e preferir instrumentos e recursos

tecnológicos padronizados. (WHO, 2009)

Em estudo realizado por GONÇALVES (2015) foi informado, por um grande número

de profissionais envolvidos na pesquisa, a rotina de realização da passagem de

plantão ao lado do leito do paciente (bedsidehandover). Esse estudo indicou que há

certa tendência à elegibilidade dessa localização para a realização do processo de

passagem de caso. Assim, ao serem realizadas ao lado do leito, tem-se a

oportunidade de melhorias que visem à segurança do paciente, uma vez que as

questões relacionadas à perda de informações são minimizadas, pois a família

poderá estar presente no momento da passagem de informações. (LAWS, 2010;

CARUSO, 2007).

3) MELHORAR A SEGURANÇA NA PRESCRIÇÃO, NO USO E NA

ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS

Os medicamentos de alta vigilância são fontes frequentes de eventos adversos,

muitas vezes graves, que podem evoluir com o óbito de pacientes. O uso desses

medicamentos deve ser restrito às unidades de cuidados críticos ou similares, com

controle na quantidade armazenada e no uso. É recomendado mundialmente, que

essas substâncias estejam disponíveis em baixa concentração e padronizadas, com

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ampolas ou embalagens distintas e claras, para facilitar a identificação e o manuseio

adequado.

Administrar medicamentos aos pacientes nas instituições de saúde é um processo

complexo composto por várias etapas que contemplam uma série de decisões e

ações inter-relacionadas que envolvem profissionais de várias disciplinas, bem como

o próprio paciente. Os profissionais envolvidos no processo de medicação são o

médico, o farmacêutico, o auxiliar de farmácia, o enfermeiro e o auxiliar ou técnico

de enfermagem. (CASSIANI, 2005)

Os vários processos que compõem as ações dos profissionais agrupados são

denominados de Sistema de Medicação e é composto pelos processos da

prescrição médica, da dispensação, do preparo e da administração do medicamento.

(CASSIANI, 2005)

A administração de medicamentos requer conhecimentos atualizados sobre os

fármacos utilizados, além de informações completas e exatas sobre o paciente

tratado. O processo de utilização de medicamentos inicia-se com a seleção e

prescrição do medicamento pelo médico e segue com o envio desta à farmácia

quedispensa o medicamento e o envia às clínicas, que são responsáveis pelo

preparo e administração pela enfermagem. É a Enfermagem a responsável pelo

registro e monitoramento das reações deste medicamento. Os auxiliares e técnicos

estão na ponta final do processo e são responsáveis pela administração do

medicamento aos pacientes e observação das reações adversas que podem

ocorrer.

As recomendações feitas pelo Ministério da Saúde (BRASIL, 2013) e descritas por

MELO (2007) definem que a dispensação de medicamentos deve ocorrer através de

dose unitária, contendo os rótulos completos e em embalagens individuais.

Complementarmente, é fundamental a prática da dupla checagem pela equipe da

farmácia e enfermagem no momento do recebimento das doses prescritas,

principalmente, quando se trata de medicamentos potencialmente perigosos e de

alta vigilância.

MALCON (2010) identifica nove certos para administração de medicamentos:

paciente certo, medicamento certo, via certa, hora certa, dose certa, registro certo,

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ação certa, forma certa e resposta certa. Os nove certos não garantem que os erros

de administração não ocorrerão, mas segui-los pode reduzir significativamente a

incidência de erros e contribuir para a segurança e a qualidade da assistência

prestada ao paciente durante o processo de administração de drogas.

Quando se fala em administração de medicamentos, MELO (2007) aponta que

dificuldades para o correto preparo são comumente vivenciadas pelos técnicos de

enfermagem nos mais diversos aspectos. Atinente aos aspectos organizacionais

verificou-se a ocorrência de prescrições médicas ilegíveis ou pouco legíveis,

problemas na distribuição dos medicamentos e poucos recursos humanos.

Referente aos aspectos físico-estruturais destacam-se os rótulos dos medicamentos

semelhantes, a ausência de local próprio para o preparo de medicamentos e

iluminação precária.

Considera-se imperativo promover a segurança ao paciente durante a terapia

medicamentosa, que por se tratar de um processo complexo, pode transcorrer com

erros influenciados por fatores diversos, tanto relacionados a aspectos profissionais

quanto aos físico-estruturais e de rotina.

4) ASSEGURAR CIRURGIAS EM LOCAL DE INTERVENÇÃO, PROCEDIMENTO E

PACIENTE CORRETOS

É preciso verificar a identificação do paciente, confirmar o procedimento a ser

realizado e qual o membro ou lado da intervenção. Uma legislação nacional que

contemple a segurança do paciente cirúrgico demonstra que esforços têm sido

direcionados para destacar a qualidade na atenção e na segurança do paciente

cirúrgico.

Essa legislação tem se tornando uma exigência em todas as instituições como uma

medida simples e efetiva que pode prevenir e reduzir riscos e danos aos pacientes

operados. Com a publicação dessas leis, vários hospitais que ainda não haviam se

atentado à segurança dos seus pacientes estão sendo obrigados a se inserirem

nessa realidade. (PANCIERI, 2013)

Cuidados simples como a checagem dos dados do paciente, informações clínicas da

pessoa e do órgão, disponibilidade e bom funcionamento de todos os materiais e

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equipamentos podem fazer a diferença entre sucesso e fracasso de um

procedimento. Essas simples conferências podem impedir o início de uma série de

complicações para o paciente.(FERRAZ, 2009)

Especialistas compuseram um checklist (Figura 1 - anexo) composto de três etapas:

Identificação: check in (antes da indução anestésica); confirmação – time out (antes

da incisão cirúrgica – pausa cirúrgica, com a presença de todos os membros da

equipe na sala cirúrgica); e registro – check out (antes de o paciente sair da sala

cirúrgica). (ANVISA, 2013)

Esse protocolo é auto-explicativo e possui todas as fases e itens que o profissional

designado, geralmente o Enfermeiro, deve seguir e confirmar com o paciente e com

a equipe cirúrgica, composta por anestesiologista, cirurgiões e instrumentador. Em

cada fase, o profissional condutor da aplicação do checklistdeve confirmar se a

equipe completou suas tarefas antes de prosseguir para a próxima etapa. Caso

algum item checado não esteja em conformidade, a verificação deve ser

interrompida e o paciente deve ser mantido na sala de cirurgia até a solução do

problema. (DEL CORONA, 2015)

A aplicação do checklist em 40000 cirurgias de um hospital universitário da França

mostrou que os profissionais têm dificuldade em compartilhar informações oralmente

na pausa cirúrgica. Durante a experiência da aplicação do checklist percebeu-se

dificuldade de poucos cirurgiões em compartilhar informações, especialmente, nessa

mesma etapa. (PANCIERI et al, 2013)

A comunicação na sala cirúrgica continua insuficiente e é uma característica

importante a ser melhorada. O investimento nas relações é necessário, não só na

sala cirúrgica, mas também com o paciente, pois o checklist detectou uma situação

onde o responsável pelo paciente não tinha pleno conhecimento do procedimento

cirúrgico a ser realizado. A comunicação competente propicia humanização e

constrói um cuidar transformador advindo da interação entre pacientes e colegas de

trabalho. (PANCIERI, 2013)

PANCIERI (2013) observa que mudanças positivas na percepção do clima de

trabalho em equipe estão relacionadas com a melhoria da morbidade e mortalidade

pós-operatória, além disso, o uso do checklist visa diminuir o atrito provocado por

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situações inesperadas.Assim, não basta que as instituições imponham os

protocolos, mas é preciso que os profissionais façam uso da ferramenta

apresentada. O bom uso se dá quando as equipes compreendem a importância e a

necessidade deles e por fim aceitam e incorporam o processo à prática diária.

Realizar a checagem por meio do coordenador, com participação do paciente e

equipe é essencial para o sucesso do procedimento.

5) HIGIENIZAR AS MÃOS PARA EVITAR INFECÇÕES

A higienização das mãos, técnica simples e cotidiana na vida dos profissionais de

saúde, é um procedimento que, quando executado corretamente, é capaz de reduzir

os eventos de contaminações cruzadas. A não realização dessa prática compromete

a segurança dos envolvidos pelo risco de transmissão de microrganismos do

paciente para ele mesmo, para o profissional de saúde, para outros pacientes e para

o ambiente próximo ao paciente assistido (SOUZA, 2015)

Por ser uma das mais importantes medidas de prevenção e controle das IRAS –

Infecções Relacionadas à Assistência à saúde, a higienização de mãos é

considerada um dos pilares para a segurança do paciente e para o combate e

controle dessas infecções. Outra medida que visa essa redução é a atuação da

Comissão ou do Serviço de Infecção Hospitalar.

Analisando resultados de recente estudo publicado por SOUZA (2015) acerca do

hábito da lavagem de mãos em um Hospital Universitário de referência no sul do

país, foi possível perceber que no hospital em estudo, a Higiene das Mãos (HM)

pode ser realizada antes/ após o contato com o paciente e/ou ambiente do paciente,

visto que todos os pontos de assistência possuem pias exclusivas e dispensadores

com álcool spray, mas, no entanto, a higienização das mãos não ocorreu em 446

casos (56,2 %). A razão entre número de oportunidades e o número de

higienizações realizadas indicou taxa de adesão de 43,7%, que pode ser

considerada insatisfatória e apontar o risco de transmissão de infecção hospitalar.

Em seu estudo, SOUZA (2015) relata ainda que a ocorrência de surtos em UTIs por

microrganismos multirresistentes gram-negativos pela não adesão da lavagem de

mãos têm sido progressivos nas últimas décadas, o que constitui uma ameaça à

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segurança do paciente e à saúde pública em todo o mundo. Pequenas atitudes

como essa podem definir o prognóstico do paciente e a evolução da doença.

Tendo como base estudos como este que evidenciam resultados de baixa adesão à

higiene das mãos pelos profissionais de saúde, a OMS lançou a “Estratégia

Multimodal para Melhoria da Higienização de Mãos” que se baseia no “Guia de

Implementação da Estratégia Multimodal”. Este guia traz componentes chaves

relacionados às mudanças institucionais, educação/treinamento, avaliação e

feedback, lembretes no ambiente de trabalho e clima organizacional seguro, que

visam elevar as taxas de adesão à higienização das mãos. O objetivo é que até

2020 a cultura de higienização das mãos tenha atingido a excelência, respeitando

metas a serem definidas de acordo com a realidade de cada região. (WHO, 2009)

Dessa forma, a ANVISA (2009) recomenda a higienização das mãos sempre antes

ou após tocar o paciente; antes de realizar procedimento limpos/assépticos; após

contato com fluidos ou líquidos corpóreos e superfícies inanimadas próximas ao

paciente.

6) REDUZIR OS RISCOS DE QUEDAS E LESÕES POR PRESSÃO

A queda, considerada um evento sentinela, mais comum ao idoso, trata-se de uma

ocorrência inesperada ou variação do processo que geralmente resulta em uma

lesão física, psicológica ou óbito (WHO, 2007). Estudos realizados por KUMAR

(2010) e reforçados por TINETTI (2010) apontaram um aumento de 131% nos

últimos 30 anos de lesões com fraturas associadas às quedas. Na admissão do

paciente, durante a avaliação e durante a sua permanência, é verificado o risco de

queda, que pode estar relacionado à idade, estado de saúde, uso de determinadas

medicações e etc. (ANVISA, 2009).

RIBEIRO (2008) demonstrou em pesquisas que as quedas têm repercussões

multifacetadas na vida de um idoso que podem incluir morbidade e mortalidade

elevadas, com importante deterioração funcional, hospitalização e

institucionalização. Além disso, os idosos restringem suas atividades devido a dores,

incapacidades, medo de cair ou por aconselhamento de terceiros como medida

protetora. Sendo assim, a OMS prevê que as estratégias de prevenção de queda

devem ser abrangentes. (WHO, 2007).

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As consequências e os custos envolvidos nas quedas em pacientes são relevantes

tanto para o indivíduo, em termos dos traumas físicos e psicológicos, da perda de

independência e até mesmo do risco de morte, quanto para os serviços de saúde,

em termos de utilização de recursos e ocupação de leitos hospitalares. As quedas

estão ligadas diretamente aos indicadores de segurança do paciente, e assim faz-se

necessário uma abordagem multiprofissional e interdisciplinar, avaliando os fatores

de risco na população e adotando estratégias preventivas para manutenção da

saúde do paciente hospitalizado. (OLIVEIRA, 2014)

As lesões por pressão – LPP são comumente observados em pacientes que se

encontram confinados ao leito por longo período de tempo geralmente emvirtude de

internações prolongadas. São nas observações feitas no dia-a-dia que fica evidente

que a percepção dos profissionais sobre os cuidados para promoção da segurança

do paciente e a prevenção das lesões cutaneomucosas está, predominantemente,

voltada para úlcera por pressão. (BUSANELLO, 2015)

STEIN (2012) descreve em seus estudos que a mudança de decúbito foi citadapelos

profissionais como uma importante medida para a prevenção da lesãopor pressão.

Reforça ainda nos relatos de pesquisa que a mudança dedecúbito deve ser

realizada com freqüência a cada duas horas com o objetivode redistribuir a pressão

sobre a superfície corporal e manter a circulaçãosanguínea que geralmente são

prejudicadas pela diminuição da vascularizaçãoe oclusão dos vasos durante intenso

período de pressão. Considerando essamesma perspectiva fisiológica, o autor

considera importante a proteção dasproeminências ósseas, o uso de colchão

piramidal e coxins, assim como a utilização de bioclusive.

Os cuidados que os profissionais realizam para evitar o surgimento de eventos

adversos, relacionados às lesões por pressão, estão inseridos no contexto da

segurança. A magnitude desse assunto está associada ao preparo dos profissionais

para garantir a qualidade do cuidado e às condições estruturais para implementar

uma assistência segura. (BUSANELLO, 2015)

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4. CONCLUSÃO

A segurança do paciente tem ganhado destaque no cenário da saúde uma vez que

tem sido encarada como um meio viável e factível para realização de uma

assistência à saúde livre de riscos, de complicações indesejadas e que possa

representar a redução de custos em saúde. Erros humanos acontecem

eminentemente por falhas de um sistema e não por culpa de um indivíduo

isoladamente. Estas falhas podem ter relação com diversos fatores que envolvem

desde questões de abrangência governamental e dos gestores de políticas públicas

ou institucionais até falhas no processo de educação à qual o profissional foi

submetido.

Entre um e outro, podemos ainda afirmar que erros na saúde ocorrem por problemas

culturais, por má qualificação profissional, por falta de especialização, educação

permanente e até mesmo habilidade, falta de comunicação entre os profissionais da

saúde, falta de recursos. Mas também ocorrem erros por sobrecarga de trabalho dos

profissionais, principalmente da enfermagem, ausência de protocolos e de

processos de trabalho com vistas ao alcance de um bom atendimento em saúde e

para o bom andamento de uma instituição. E erros podem advir também da falta de

comunicação com o próprio paciente, quando não se capacita o mesmo para o auto-

cuidado e o torna agente de promoção de sua própria segurança.

Diante do exposto, cabe então ressaltar o impacto que a segurança do paciente

infere na qualidade da assistência ao paciente hospitalizado. A redução dos riscos e

dos danos e a incorporação de boas práticas favorecem a efetividade dos cuidados

em saúde e o seu gerenciamento de modo seguro. Por isso, a preocupação com os

eventos adversos tem mobilizado todo o mundo, e observa-se uma forte adesão da

causa por entidades nacionais e internacionais, que vêm desenvolvendo projetos e

pesquisas pautadas na melhoria e qualidade da assistência com vistas à segurança

do paciente. Portanto, observa-se que ao longo das últimas décadas, metas foram

traçadas para que, enfim, o foco da saúde seja o bem-estar do paciente e não a

doença apenas.

No Brasil, o maior colaborador para práticas de assistência que garanta a segurança

do paciente é a ANVISA que seguindo o contexto internacional elaborou o PNSP. É

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com base nesse Protocolo que a área da saúde hoje avança em busca da

segurança do paciente através de seis passos que precisam ser reforçados e

inseridos com treinamentos aos profissionais na linha de frente do cuidado. Nessa

perspectiva, a educação continuada aos profissionais já atuantes na área e o

treinamento dos que ainda estão nos cursos e faculdades é fundamental.

Concluímos com isso que, embora a problemática seja de grande dimensão,

Segurança do Paciente é uma questão de grande relevância para gestores de

instituições públicas e privadas e a enfermagem tem papel fundamental no sentido

de torná-las mais seguras e menos arriscadas. Visto isso, torna-se imprescindível

que as instituições de saúde, privadas e públicas, disponham de condições

adequadas para o cuidado prestado em todas suas faces: recursos humanos com

dimensionamento adequado a fim de não sobrecarregar os profissionais envolvidos

na assistência; recursos materiais suficientes para garantir a continuidade do

processo do cuidado; recursos físicos e infra-estrutura suficiente que atendam os

princípios de promoção de segurança do paciente; adoção de procedimentos

padrões que estejam de acordo com a realidade da instituição e respeito aos

protocolos estabelecidos conforme as legislações vigentes que dão amparo a todas

as mudanças propostas.

Portanto, esforços contínuos devem ser priorizados na prática, desde a alta direção

aos profissionais da assistência direta, com o intuito de promover estrutura física,

humana e organizacional em qualidade e quantidade que garanta a promoção da

cultura de segurança no hospital e a satisfação dos colaboradores, pacientes e

familiares.

Ofertar uma assistência de qualidade, livre de riscos é um desafio que exige muito

estudo, cautela e paciência. No entanto, acreditamos que acima de tudo, respeitado

o princípio de se fazer o bem, é necessária muita empatia, pois, é quando nos

colocamos no lugar do outro, que percebemos a importância de agirmos com ética,

cuidado e profissionalismo.

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