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Pisar o Risco – historia(s) W Mais A Unidade W Mais é uma Unidade de saúde direcionada para o trabalho com população de risco (vulnerabilidade psicossocial). O core é o apoio psicológico, sendo este o ponto de partida para uma intervenção multidisciplinar em matéria de saúde. Era uma vez … - Quando o meu pai vem assim temos todos de ficar muito quietinhos (7 anos) - Eu não sabia que era nada de mal, ele dizia que era um segredo dos dois (8 anos) - Não sei para que é que nasci , a minha mãe diz que naquele dia a abortadeira devia estar com os copos (16 anos) - Consigo fazer uma ligação direta num carro em menos de 30 seg foi o meu pai que me ensinou ! (17 anos) - Qual é o problema de traficar ? eu não sou como os outros papalvos que são apanhados…eu sei o que faço! (14 anos) - Não vou à escola há 4 anos porque ninguém me inscreveu… ainda bem porque eu não gosto de estudar (15 anos) - O que me dá pica é beber shots até cair para o lado (13 anos) - O meu namorado não pode usar preservativo porque é alérgico (14 anos) - Quando estou com raiva apanho putos betos ao pé da escola e dou-lhes nas fuças (13 anos) 1

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Pisar o Risco – historia(s) W Mais

A Unidade W Mais é uma Unidade de saúde direcionada para o trabalho com

população de risco (vulnerabilidade psicossocial). O core é o apoio psicológico,

sendo este o ponto de partida para uma intervenção multidisciplinar em matéria

de saúde.

 Era uma vez …

- Quando o meu pai vem assim temos todos de ficar muito quietinhos (7 anos)

- Eu não sabia que era nada de mal, ele dizia que era um segredo dos dois (8

anos)

- Não sei para que é que nasci , a minha mãe diz que naquele dia a abortadeira

devia estar com os copos (16 anos)

- Consigo fazer uma ligação direta num carro em menos de 30 seg foi o meu

pai que me ensinou ! (17 anos)

- Qual é o problema de traficar ? eu não sou como os outros papalvos que são

apanhados…eu sei o que faço! (14 anos)

- Não vou à escola há 4 anos porque ninguém me inscreveu… ainda bem

porque eu não gosto de estudar (15 anos)

- O que me dá pica é beber shots até cair para o lado (13 anos)

- O meu namorado não pode usar preservativo porque é alérgico (14 anos)

- Quando estou com raiva apanho putos betos ao pé da escola e dou-lhes nas

fuças (13 anos)

- Ele quando me bate não é ele , é o álcool ( 50 anos)

- Sim fui abusada…mas não é esse o destino de todas as mulheres ?(48 anos)

- Ela é casada comigo, como é que isso pode ser violação ?! (34 anos)

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Estas são as histórias que povoam o universo da Missão SCML e que nos

fizeram alargar a malha dos paradigmas científicos, esticando-os até ao limite.

E assim começámos a crescer Pisando o Risco (calculado) pelo caracter

inovador que continha, em nome das reais necessidades dos pedaços de

historia que acima relatámos.

Encontrar Respostas para Pessoas implica amplitude e profundidade de olhar.

Esta esbarra muitas vezes com limitações externas e internas, presas a

constructos rigidificados e distanciados da flexibilidade e complementaridade

integrativa imprescindível à individualidade da resposta.

E assim em 2003 começámos a pisar o risco …

Eu e a Enfª Saraiva Marques fomos desafiadas para criar uma resposta

inovadora capaz de responder às necessidades, em matéria de saúde, dos

adolescentes residentes/apoiados em equipamentos SCML ou pertencentes a

famílias com fragilidade psicossocial.

Atendimento personalizado, disponibilidade, confidencialidade, gratuidade

desburocratização, acessibilidade, constroem um serviço com respostas

essencialmente na área da intervenção psicológica e saúde sexual e reprodutiva,

que em pouco tempo consegue uma adesão surpreendente por parte dos

adolescentes.

Fruto da consciência da importância determinante dos processos psicológicos na

adesão a comportamentos protetores da saúde surge o desenvolvimento de

respostas inovadoras e o Serviço estrutura-se criando-as em função das

necessidades e do perfil que vai sendo percebido no contacto com os jovens

( grupos terapêuticos e de suporte, sessões de educação para a saúde na

comunidade, colónias de férias e atividades de verão de educação para a saúde

com utilização de técnicas expressivas, sociodramáticas e psicodramáticas,

informática como potenciadora da adesão, ,etc ).

No Risco começámos a inovar, nomeadamente:

Triagem

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Triagem feita pelo psicólogo: A Entrevista Clínica permite uma avaliação de

fatores intrapsíquicos determinantes não só na adesão como também na

abrangência da avaliação. Trata-se de um momento-chave de acolhimento,

potenciador da “vinculação” ao Serviço, no qual o psicólogo através dos seus

paradigmas conceptuais começa a delinear o Plano Psicoterapêutico Individual.

Nesta altura é também avaliado o nível de risco psicológico, sendo o ponto de

partida essencial para a futura intervenção.

Porta de Entrada GiratóriaO utente resistente a respostas de saúde pode aceder ao serviço começando

(após avaliado em triagem) por frequentar respostas não convencionais (tais

como atividades de Verão, futebol e natação, informática, entre outros) . Estas

respostas constituem-se como elemento de vinculação à Unidade e

facilitadoras de adesão às respostas terapêuticas.

Com estas “portas” pretende-se ir ao encontro dos jovens ego sintónicos

relativamente aos seus comportamentos de risco, criando distonia geradora da

consciência da necessidade de mudança .

Plano (psico)Terapêutico IndividualElaboração em equipa interdisciplinar de um PTI porque encaramos cada

utente como uma realidade única. Assim, os encaminhamentos efetuados

obedecem a uma lógica de criação de respostas de acordo com as

necessidades de cada um e não apenas o seu enquadramento em respostas

previamente formatadas. Metaforicamente, podemos dizer que o nosso menu

contempla também a possibilidade de criar uma ementa de acordo com aquilo

que o utente precisa.

Intervenções na Comunidade Quem mais precisa de cuidados de saúde é também quem por vezes menos

recorre aos mesmos pelo que a Unidade W Mais contempla possibilidades de

intervenção na comunidade.

Recurso a mediadoresEstes mediadores são utentes da Unidade W Mais que pelo seu perfil e

percurso terapêutico passam a intervir com os seus pares, promovendo assim

a mudança de comportamentos. Esta metodologia foi já utilizada em diversos

contextos ( sessões de educação para saúde em escolas, na comunidade,

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atividades de verão, aulas ministradas na Unidade a alunos de medicina, grupo

de teatro terapêutico, etc).

Consideramos que quer a Intervenção na Comunidade quer a utilização de

Mediadores são inovadores pelo contexto em que se inserem e pela

conjugação de metodologias utilizadas.

Porque pisámos o Risco ?

ADOLESCENTESJovens, presos em terra de ninguém, entre ser adulto e ser criança…

Jovens, corajosamente escondidos atrás da zanga…

Jovens que pisam o risco à espera que alguém os agarre…

Porque é lá (no risco) que estão os adolescentes que ao longo dos anos

chegam ao W . As suas auto narrativas foram-se desenvolvendo em contextos

sociofamiliares complexos, devolvendo-lhes de forma redutora autoconceitos

empobrecidos e unidimensionais.

A presença de múltiplos fatores de risco, inerentes a esta faixa etária

(consumos, gravidez precoce, relações sexuais desprotegidas, delinquência,

automutilações, abusos sexuais, violência física e psicológica, negligencia,

bullying, etc) é potenciada pela patologia do seu contexto sociofamiliar.

Existe um grande número de jovens que abandonaram a escola, fruto de um

processo de não adaptação ao sistema escolar e que se encontram totalmente

desocupados. Pela sua fragilidade pessoal, realidade familiar desestruturante e

patologia social, em que se repetem ciclos de violência, delinquência e

degradação, são alvo fácil de aliciamento para comportamentos desviantes. Há

ainda aqueles que se encontram totalmente sozinhos, vítimas dos mais diversos

tipos de abandono e desintegração e cuja propensão à identificação com um

gang constitui o último reduto de pertença.

Muitos têm um funcionamento borderline, sempre a pisar o risco, o que exige

uma resposta adaptada às suas características pessoais (diferenciada e

individualizada). Por isso, o núcleo da adolescência vai criando, anualmente,

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diferentes grupos adaptados às necessidades dos adolescentes que vão

chegando : por exemplo: Liga-te e Liga-te júnior – para potenciar a adesão; Bora

Lá, etc). Outros ainda, vão sendo mantidos pela adesão e transversalidade

( Teatro Terapêutico, ExpressArte; etc).

Naturalmente que esta multiplicidade de riscos exige uma convergência de

saberes. Assim, a pluralidade de respostas (Psicologia, Enfermagem, Medicina

Geral e Familiar, Serviço Social, Terapia Ocupacional, etc), a par com uma

estreita articulação com os parceiros ( Ação Social, CPCJ, IRS, Escolas,

Hospital D. Estefânia, etc) é condição essencial na criação de uma real e

consistente rede de suporte.

Pisamos novamente o risco …

Quando em 2010, por decisão superior, construímos respostas para crianças e

adultos.

CRIANÇASCrianças irrequietas que não podem parar sob o risco de não identificarem

o perigo. Crianças que não conseguem aprender porque ainda esperam o

colo que nunca tiveram. Crianças que aceitam uma aproximação abusiva

porque nunca ninguém lhes deu nada…

As solicitações para intervirmos na área da infância foram ganhando cada vez

maior expressão. A elevada procura da resposta W + para a infância levou a

que se tivessem de priorizar acompanhamentos dos 6 aos 12 anos. Cientes da

necessidade de atuar em idades mais precoces, principalmente tendo em conta

as fragilidades em termos dos padrões relacionais e de vinculação da

população que atendemos, e com a forte convicção de que intervir na área da

infância deve ser primordialmente PREVENIR, em 2013/2014 começámos a

dar os primeiros passos na intervenção com a 1ª infância (0 aos 3 anos),

incindindo o foco sobre a promoção de relações de vinculação seguras e

saudáveis entre cuidadores e bebés.

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Como caracterizar o trabalho com as crianças e suas famílias? É

essencialmente um trabalho em rede. Em rede com as famílias ou seus

substitutos, com as outras valências da Unidade W+ (Enfermagem, Terapia

Ocupacional, Serviço social, Atividades desportivas), com os contextos

educativos e com as várias equipas técnicas que atuam no terreno (SCML e

outras). Este trabalho visa potenciar os fatores protetores e diminuir os fatores

de risco das famílias, ajudando-as a criarem as condições facilitadoras do

desenvolvimento das suas crianças. Neste caminho partilhado pretendemos

fortalecer a(s) resiliência(s), para que cada família possa desenvolver

respostas cada vez mais positivamente adaptativas perante a adversidade

acentuada com que têm de lidar.

ADULTOSMulheres deprimidas que acham que os homens que lhes batem gostam

delas e não sabem expressar de outra forma os seus ciúmes, homens

ansiosos que não sabem expressar de outra forma as suas

inseguranças e acham que as mulheres são “suas”, crianças que

assistem a isto tudo como se fosse a normalidade…

Desde 2004 que a Unidade contava já com uma psicóloga que prestava apoio

psicológico exclusivamente aos familiares/cuidadores dos adolescentes.

A partir de 2010 desenvolve-se o Núcleo de Adultos que passa a responder a

toda a população com mais de 25 anos.

Na maioria dos casos chegam-nos com um elevado grau de sofrimento

psicológico e uma significativa vulnerabilidade psicossocial. Os ciclos de

patologia transgeracional não foram quebrados e a vida a destas pessoas

ressente-se disso. Temos em consulta um número expressivamente mais

elevado de mulheres do que homens, resultante de múltiplos fatores e ao qual

não é alheio o elevado número de famílias monoparentais femininas e o

universo da violência doméstica e de género. Trabalhamos no sentido de

prevenir a reprodução de padrões comportamentais de risco e da promoção de

padrões alternativos que possibilitem o interromper da transgeracionalidade da

patologia.

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Procuramos ao acompanhar adultos saber do seu contexto sociofamiliar, de

como olham os filhos e se projetam neles. Ao intervirmos junto destes adultos

estamos também a intervir preventivamente junto daqueles de quem cuidam.

O Núcleo tem como principal área de intervenção a Psicoterapia de Apoio,

possuindo outras estratégias de intervenção, de entre as quais destacamos os

Grupos Terapêuticos e de Suporte, o Aconselhamento em Saúde e Sessões de

Formação/Informação em Saúde, bem como Ateliers Psicoterapêuticos,

Workshops e Sessões de Educação para a Saúde (dinâmicas de grupo em

contexto institucional da SCML e na Comunidade) .

.

O que nos segura (quando pisamos) no risco?

Segundo a OMS, Saúde é “um completo estado de bem-estar físico, mental e

social”. Assim o conceito de saúde integra não só os aspetos individuais, como

também interpessoais e contextuais, pelo que se torna imprescindível uma

intervenção global. Esta passa necessariamente pela criação de respostas

inovadoras e adaptadas às necessidades específicas das populações.

Não nos podemos limitar às respostas tradicionais pela verticalidade da

abordagem que implicam. É tempo de alargar horizontes, conjugando saberes e

sinergias, encontrar respostas que minimizem os angustiantes condicionalismos

que pesam sobre o nosso micro e macrocosmos.

Pisámos o risco porque conhecedores de um vazio de respostas, livres do

medo do não reconhecimento ou da incompreensão, apostados na urgência de

tantas situações limite, portadores de know how ,acreditámos que era possível.

Corremos o risco de não ser fácil encaixar-nos, rotular-nos. Trata-se de um

serviço impar, controverso como tudo o que é novo e desacomoda,

reconhecido pelos pares com quem mantemos articulação multidisciplinar

próxima. E acima de tudo reconhecido pelas pessoas (utentes).

Deste reconhecimento surge a riqueza da integração de vários modelos

terapêuticos de acordo com a natureza dos casos e a certeza de que “o

terapeuta vale mais por aquilo que é do que por aquilo que sabe” (João dos

Santos)

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Pisar o risco … Diferentes olhares. O mesmo desafio.

Sabemos que cada pessoa encerra em si uma multiplicidade de fatores (e

necessidades…). Assim, o nosso olhar tem de ser integrador e integrativo.

Sabendo da imprescindibilidade dos vários saberes a Unidade tem ainda além

da resposta na área da Psicologia, Enfermagem, Serviço Social, Medicina

geral e familiar, Psiquiatria, Terapia Ocupacional, Animação desportiva/ lúdica-

formativa, consoante as necessidades dos utentes das diferentes faixas

etárias.

Onde nos levou pisar o risco?

A construir um espaço sentido como pertença onde é possível fazer a

experiência da Confiança. Em pessoas cujo padrão relacional básico é o da

desconfiança, a possibilidade de poder abrir(se) num espaço confidencial e

com alguém criar raízes, fazer laços, tapar brechas...pode ser crucial, tanto

mais quão mais fragilizado se está.

Permitir e facilitar a experiência de se descobrir como Alguém autónomo,

sentir-se gostado e permitir-se gostar de si próprio, na dor e na alegria conjunta

de ver despontar um “EU” que surge do mais profundo, que se vai deixando

emergir…na gestação lenta de um processo partilhado de descoberta, o

caminho para “Estar Bem” (bio-psico-social).

Possibilitar à pessoa uma experiência integral e plenamente consciente das

suas reações, sentimentos e emoções… experienciar a própria experiência,

entrar na dança livre da relação sobre o terreno firme de uma formação

técnico-científica … para poder usufruir do prazer de existir…com um TU que é

caminho para mim e para a descoberta da alteridade.

Desafios de pisar o Risco

Existem vários indicadores que apontam para o sucesso da intervenção do W

Mais: o elevado número de inscritos, aqueles que vêm por iniciativa própria, o

grau de adesão destes utentes a consultas, grupos e sessões de educação

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para a saúde, que de outra forma não teriam acesso a qualquer resposta em

Saúde.

Mas o desafio é alargar ainda mais a malha da inovação de forma a que todos

aqueles que caíram , que se nos escaparam, que perdemos, também possam

vir a encontrar o seu espaço. Por isso precisamos de continuar a aprender.

Com os nossos utentes, com os nossos erros, com os nossos colegas e

parceiros.

Não temos a pretensão de ser perfeitos, temos o desejo de chegar mais longe.

Neste sentido deixamos o convite para o pensar em conjunto. Porque só

partilhando podemos em segurança Pisar o Risco.

“Pisar o Risco - Respostas inovadoras de saúde com população de risco” é o tema das nossa Jornadas a realizar no dia 27 de Novembro na Faculdade

de Psicologia. Está desde já convidado/a para vir pensar connosco.

(Atenção terá que ser feita inscrição prévia e a entrada é gratuita)

Isabel Queiroz de Melo

Coordenadora Unidade W Mais

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

Sonia Santos, Ana Botica, Sonia Lourenço

Coordenadoras núcleos

Santa Casa da Misericórdia de Lisboa

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