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SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO
NÚCLEO REGIONAL DE TELÊMACO BORBA
MUNICÍPIO DE CURIÚVA
2010
2
“Se sonhamos com uma sociedade menos agressiva, menos injusta, menos
violenta, mais humana, o nosso testemunho deve ser o de quem, dizendo não a qualquer
possibilidade em face dos fatos, defende a capacidade do ser humano em avaliar, de
compreender, de escolher, de decidir e, finalmente, de intervir no mundo.”
(FREIRE, Paulo. 1997 p. 58.59)
Essa é a proposta do Colégio: uma educação voltada para a melhoria e
eficiência da qualidade do ensino, buscando os conhecimentos necessários ao
aprimoramento do indivíduo, tornando-o um sujeito da aprendizagem, com seus sonhos e
desejos a serem realizados.
3
IDENTIFICAÇÃO: COLÉGIO ESTADUAL MARIA DIVA RIBEIRO DE PROENÇA - ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO.
TELEFONE: (43) 3597-1118DISTRITO DE ALECRIMCURIÚVA – PARANÁCEP: 84280-000
NÚCLEO REGIONAL DE EDUCAÇÃO: Telêmaco Borba
DIRETOR (A): ROSANA BENEDITA ALVES ONÇA
ENTIDADE MANTENEDORA: Governo do Estado do Paraná
HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO: manhã e noite.
EQUIPE PEDAGÓGICA E ADMINISTRATIVA:
ROSANA BENEDITA ALVES ONÇA – DIRETORA ANGELITA VALÉRIA WEDAN - PEDAGOGA SALETE MARIA DA SILVA SIMÃO - PEDAGOGA ROSELIA BUENO KRAVUTSCHKE – PEDAGOGA MARIA REGINA SIMÃO - SECRETÁRIA
4
SUMÁRIO
1. Apresentação
2. Introdução
3. Objetivos gerais
4. Marco situacional
5. Marco Conceitual
6. Marco Operacional
7. Avaliação do PPP
8. Referencias bibliográficas
ANEXOS
Propostas Pedagógicas Curriculares do Ensino Fundamental
Propostas Curriculares do Ensino Médio
5
APRESENTAÇÃO
O Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença
– Ensino Fundamental e Médio ocorre e se evidencia, por meio de ações e atividades que
levam à melhoria contínua da qualidade na educação, partindo de um trabalho coletivo,
com a participação de todos os membros da comunidade escolar. É um instrumento de
orientação voltado para as ações como processo pedagógico e transformador da
aprendizagem, do ensino e de uma educação democrática.
O Projeto Político Pedagógico expressa a identidade da escola e a participação
efetiva na sua construção e elaboração, dá, aos integrantes da comunidade escolar, a
consciência de pertencimento àquela escola. Ele, portanto, retrata não somente a escola,
mas a própria comunidade escolar em seus projetos, programas, avanços, problemas,
sua cultura escolar. É preciso ter claro que é ele o balizador dos programas que a escola
aceitará ou não implementar. É a partir dele que se legitimam as decisões deste coletivo.
Ele é legalmente definidor da autonomia escolar.
Há que se considerar, neste sentido, que quando se fala em projeto de escola está
se referindo à escola pública que deve garantir acesso e permanência com qualidade
para todos e todas.
6
CONCEITUAÇÃO DE PROJETO POLÍTICO-PEDAGÓGICO
INTRODUÇÃO
Projeto Político Pedagógico entendido como organização do trabalho pedagógico
da escola busca definir um compromisso coletivo e sociopolítico para a formação de
cidadãos mais conscientes, crítico, participativo e responsável para atuar na sociedade
onde vive.
Ao ser discutido, elaborado, planejado coletivamente, oferece garantia de um
processo educativo de qualidade, onde todos os envolvidos tenham como desafio uma
política educativa de formação de cidadãos responsáveis capazes de compreender seu
papel na sociedade. Para Vasconcelos (p. 169, 2004):
É o plano global da instituição. Pode ser entendido como a sistematização, nunca definitiva, de um processo de Planejamento Participativo, que se aperfeiçoa e se concretiza na caminhada, que define claramente o tipo de ação educativa que se quer realizar. é um instrumento teórico-metodológico para a intervenção e mudança da realidade. É um elemento de organização e integração da atividade prática da instituição neste processo de transformação.
Tem, portanto, este valor de articulação da prática, de memória do significado da
ação, de elemento de referência para a caminhada. O Projeto Político Pedagógico
envolve também uma construção coletiva do conhecimento, é também uma tentativa, no
âmbito da educação, de resgatar o sentido humano, científico e libertador do
planejamento.
Em relação a outras nomenclaturas, correlatas, temos a dizer que preferimos
Projeto Político Pedagógico a Proposta Pedagógica por entender que a primeira é mais
abrangente, qual seja, contempla desde as dimensões mais específicas da escola
(comunitárias e administrativas, além de pedagógicas), até as mais gerais (políticas
culturais, econômicas, etc.).
7
OBJETIVOS GERAIS DA INSTITUIÇÃO
Desenvolver uma educação que abranja os processos formativos que se
desenvolvem na vida familiar, na consciência humano, no trabalho, nas instituições de
ensino e pesquisa, nos movimentos sociais e organizações da sociedade civil e nas
manifestações culturais vinculando-se ao mundo do trabalho e a prática social.
Ao final do término de cada período letivo, o Colégio deve garantir os
conhecimentos científicos necessários para que esse aluno possa construir sua vida
cidadã e que seja capaz de fazer a diferença no meio social onde está inserido. Para que
isso ocorra é necessário que a Instituição garanta os padrões mínimos de qualidade de
ensino, que construa a identidade do aluno para que este busque sua emancipação.
Nessa perspectiva, é necessário estarmos refletindo para contribuir para que esse
desenvolvimento dos educandos ocorra nos seguintes aspectos da Educação Básica:
Apropriar-se de e socializar conhecimentos amplos e profundos sobre o
contexto social;
Desenvolver capacidades humanas superiores (abstração, memória
reflexiva, atenção intencional, raciocínio lógico, imaginação, capacidade de indignar-se
e sensibilizar-se diante da barbárie humana....) num processo de formação unilateral;
Compreender dialeticamente a realidade;
Comprometer-se com a realidade enquanto sujeito de pensamento e ação,
posicionando-se diante da sociedade de classes;
Domínio da leitura e da escrita;
Capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas;
Capacidade de analisar, sintetizar, e interpretar dados, fatos e situação;
Capacidade de compreender e atuar em seu entorno social;
Capacidade para localizar, acessar e usar melhor a informação acumulada;
Capacidade de planejar, trabalhar e decidir em grupo;
Domínio da norma culta da língua portuguesa e fazer uso das linguagens
matemática, artística e científica;
Aquisição de conceitos das várias áreas do conhecimento para a
compreensão dos fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da
produção tecnológica das manifestações artísticas;
Capacidade de selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e
informações representados de diferentes maneiras para tomar decisões e enfrentar
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situações-problemas;
Capacidade de relacionar informações, representadas em diferentes formas,
e conhecimentos disponíveis em situações concretas para construir argumentação
consistente.
Enfim, aprendizagem que garanta a inserção no mundo da prática social e
do mundo do trabalho.
PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICOO QUE QUEREMOS:
Queremos formar um sujeito participativo, consciente, crítico - atuante capaz de
tomar decisões que levem a uma melhoria sócio educacional.
Discutindo os saberes formal e informal, historicamente acumulados, levando a
uma ampla reflexão.
Buscando uma sociedade justa, com valores morais e éticos, capaz de nos
preencher humana e materialmente, todos nós seres da era globalizante-tecnológica.
Uma escola dinâmica, emancipadora que deixe de ser assistencialista e leve a um
real florescimento do conhecimento.
A educação formal deve ser priorizada a partir da análise e crítica da educação
informal levando o aluno a uma reorganização de seus prévios conhecimentos.
A avaliação é um processo sempre em construção, nunca acabado, fechado
estático. Deve sempre levar em conta as particularidades humanas.
A cultura do conhecimento particular levando em consideração as suas raízes
ancestrais, a localização da cada escola e a realidade local.
Um conhecimento que complete tanto o formal quanto o informal em nossas vidas
e que depois de adquirido venha a nos auxiliar qualquer situação sócio-profissional.
O poder da cooperação, da interação, da integração, onde haja humanização do
ambiente escolar, já que ele é todo feito de seres que possuem sentimentos e não são
somente a matéria-prima de uma indústria do conhecimento científico.
MARCO SITUACIONAL
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HISTÓRICO DO ESTABELECIMENTO
A denominação é uma homenagem à professora Maria Diva Ribeiro de Proença
que iniciou sua militância no magistério em 1940, trabalhou no Grupo Escolar de Curiúva,
hoje Escola Municipal Professora Maria de Lourdes Rosas Travensolli, mudando-se após
1954 para a cidade de Ivaiporã. A professora Maria Diva foi uma grande incentivadora da
vida cultural, social e religiosa de Curiúva.
O estabelecimento foi instalado em 1950, passando pelas seguintes
denominações, com oferta do curso primário.
Escola isolada de Alecrim até em 1959.
Escola isolada Olavo Bilac de 1970 a 1972.
Escola isolada Maria Diva Ribeiro de Proença, até 1980.
Com a implantação 5692/71 em 1980, a Escola foi autorizada a funcionar, pela
resolução nº. 3916 de 30 de dezembro de 1982, com oferta das quatro primeira séries,
com a denominação de Escola Rural Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença, e em 04
dezembro de 1989 pela Resolução nº 2273 teve autorização para ofertar as quatro
ultimas série do 1º. Grau com implantação gradativa, a partir de 1990 sob a denominação,
de Escola Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença - Ensino de 1ª grau.
Com a municipalização do ensino das quatro primeiras séries do 1º. Grau, essas
séries foram extintas do estabelecimento, por força da Resolução nº 5131 de 30 de
dezembro de 1992 com efeito retroativo.
Finalmente pela Resolução nº. 2273 de 29 de abril de 1994, foi reconhecido o
curso 1ª grau e a Escola Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença. Ensino de 1ª grau, no
Governo do Senhor Roberto Requião.
Resolução n.º. 1528/03
A Diretoria Geral da Secretaria do Estado da Educação, no uso das atribuições
que lhes foram delegadas pela Resolução n.º 08/03 de 31 de janeiro de 2003,
considerando a LDB n.º 9394/96, considerando a Deliberação n.º 04/99, e o parecer n.º
231/03, ambos do Conselho Estadual da Educação. Resolve:
Art. 1º - Reconhecer o Ensino Médio, do Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de
Proença – Ensino Fundamental, Médio e Técnico, situado na Praça da Matriz s/nº, do
município de Curiúva, NRE de Telêmaco Borba, mantido pelo Governo do Estado Paraná.
1. º A Resolução n.º 1443/00 de 03.05.00 autorizou a referida oferta de ensino.
2. º O ensino acima citado integra o reconhecimento do estabelecimento de
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ensino declarado pela Resolução n.º 2273/94 de 29.04.94.
3º Antes do término do prazo do reconhecimento, que é de 5 anos solicitar a
SEED, a sua renovação conforme o estabelecido no artigo 41 da Deliberação n.º 04/99 –
CEE.
Art. 2. º Essa Resolução entra em vigor na data de sua publicação ficando
revogadas as disposições em contrário.
POPULAÇÃO: ALUNOS, PAIS, FUNCIONÁRIOS E PROFESSORES
a) O Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença – Ensino Fundamental e Médio
está localizado na região rural da cidade de Curiúva e atende filhos de trabalhadores que,
quando empregados, trabalham como funcionários públicos, agricultores, boia-fria,
funcionários braçais e autônomos.
Os alunos são oriundos da zona rural e urbana, com faixa etária a partir de 10
anos, a maioria de famílias de baixo poder aquisitivo, mas conseguem manter na escola,
a comunidade compreende a importância de seus filhos frequentarem a escola. Os pais
mesmo com baixa escolaridade incentivam os filhos na continuação dos estudos. Existem
alunos carentes emocionais e muitas famílias desestruturadas devido à ausência da
presença dos pais, que muitas vezes precisam sair do município para trabalhar.
Mesmo aqueles que permanecem no local, ficam longo tempo afastado dos filhos,
não podem acompanhá-los no desenvolvimento e no processo educacional, gerando
assim alguns pontos negativos como indisciplina. Como fonte de lazer, as famílias
possuem: televisão, jogos de futebol e passeios.
b) A atual gestão do Colégio é composta por uma Diretora com carga horária de trabalho
semanal de 40 horas. Ela é graduada em Letras-Português/Inglês e com especialização
em Metodologia da Tecnologia da Educação. Além disso o Colégio conta com três
Professoras Pedagogas: Angelita Valéria Wedan, Roselia Bueno Kravutschke e Salete
Maria da Silva Simão, uma está no PDE, as demais atuam uma no período da manhã
com 20 horas e a outra com substituição no período noturno com 20 horas.
No Colégio há Conselho Escolar constituído e também Associação de Pais e
Mestres e Funcionários que atuam com uma frequência satisfatória.
c) O Corpo Docente é formado por trinta e um (31) professores, sendo que grande
parte deles residem aqui mesmo no município e têm formação adequada à sua função,
alguns vêm dos municípios vizinhos para suprir as necessidades do Colégio. Os
professores, assim como os demais funcionários estão sempre abertos ao saber e
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valorizam a capacitação contínua.
d) A equipe da escola é composta por Direção, Equipe Pedagógica, Agente Educacional I
e Agente Educacional II que residem na zona urbana. Muitos deles como os Agentes
Educacionais I estão em fase de complementação de seus estudos, a maioria tem o
ensino fundamental incompletos, são divididos entre os dois turnos para a realização dos
serviços. Os Agentes Educacionais II têm o ensino médio completo, sendo que dois deles
já concluíram o Ensino Superior, e duas estão cursando.
DESCRIÇÃO DA REALIDADE BRASILEIRA, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO, DA EDUCAÇÃO.
Apesar de alguns avanços nos últimos anos, o Brasil continua tendo a
desigualdade social como uma de suas principais características econômicas ao longo de
sua história. Mesmo possuindo imensas riquezas, o país apresenta expressivas
desigualdades sociais e regionais, em grande parte graças ao passado colonial,
escravocrata e de exclusão social. O único caminho para superarmos as enormes
diferenças sociais, o atraso e a exclusão social é o de ampliar as oportunidades
educativas e fazer da educação a locomotiva do desenvolvimento nacional.
Na década de 70, uma das características básicas da educação brasileira foi à
tendência de privatizar o ensino. Naquele período havia um contingente de sete a oito
milhões de crianças fora da escola, com taxas de escolarização em torno de 66% e 67%
da população de sete a quatorze anos. Já nos anos 80 o número de analfabetos passou
de 18,7 para 17,3 milhões, dos quais 8,9 milhões viviam em zonas urbanas e 8,3 milhões
de analfabetos em zonas rurais, sendo ainda a maioria deles (5,4 milhões) no Nordeste.
Nesse período as famílias residentes em zonas rurais ou nos interstícios urbanas
de pobreza que tinham seus filhos em séries iniciais do 1. º Grau continuou a gerar
sucessões de repetências, contribuindo para a inviabilizarão do percurso pretendido pelas
políticas educacionais. A relação idade-série continuou ainda bastante distorcida, havendo
um grande número de alunos na 3. ª e 4. ª séries já com 12 e 14 anos. Além disso, muitos
abandonavam a escola aos 14,5 anos, para trabalhar e ajudar suas famílias.
A década de 90 teve como paradigma o Fórum Nacional em Defesa da Escola
Pública realizada em julho de 1991, e a multiplicação de planos e programas sem
articulação, que terminaram por fragmentar as ações e pulverizar os recursos. Alguns dos
planos e programas implementados nos anos 90 viraram rotundos fracassos.
Entretanto no decorrer da década de 90 houve alguns avanços significativos na
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área educativa, como a aprovação do projeto da nova LDB, aprovada em 1996 com o
n.º.394/96, e a aprovação da Emenda Constitucional 14 e a Lei 9.424/96 que instituiu a
FUNDEF (Fundo de Manutenção e Desenvolvimento do Ensino Fundamental e de
Valorização de Magistério), implantado em 1998.
Embora tenha-se registrado alguns outros avanços educacionais na década de
90, como a descentralização da merenda escolar em 1999, com o repasse dos recursos
diretamente às prefeituras municipais e às Secretarias Estaduais de Educação, esta
década teve muito pouco a dizer, a começar pela inexistência de um real e mais amplo
programa de governo para a área educacional.
Apesar do discurso oficial de ter a “Educação como prioridade”, frequentemente
os recursos financeiros para o orçamento do setor ficaram presos na burocracia. Os
sucessivos ministros balizavam-se mais por critérios de lealdade política do que por
competência.
Nos anos 2000 permanece o desafio da democratização, do acesso, da
permanência na escola e da qualidade do ensino para superarmos as desigualdades
sociais. Mas para que isso aconteça, ainda dependemos da melhoria dos indicadores e
que todos os educadores, administradores e gestores educacionais avaliem, repensem,
redimensionem e redirecionem os programas destinados à população socialmente
excluída.
Enquanto não se perceber realmente que a Educação significa, principalmente
para os setores excluídos, a extensão do conceito de cidadania e justiça social,
continuaremos assistindo à tragédia das altas taxas de evasão escolar, da desigualdade
de renda, grande desemprego e a estrutura educacional brasileira sem cumprir seu
principal objetivo: inclusão social e desenvolvimento nacional.
CARACTERIZANDO O MUNICÍPIO E A COMUNIDADE ESCOLAR
O Município tem como característica principal, uma economia predominantemente
agrícola, apresentando cultura de alguns cereais, tais como: soja, milho, feijão, arroz,
mandioca, trigo, pinus e pastagens.
Na indústria, sobressai o beneficiamento de madeira para construção e
laminados.
O poder aquisitivo é baixo, com diversidades profissionais: agricultor, boia-fria,
trabalhador volante, funcionário público, funcionário braçais e autônomos.
Nível de escolaridade é regular e há grande número de trabalhadores autônomos,
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o município se localiza em uma área voltada para agricultura.
Corremos o risco de termos jovens sem muitas oportunidades dentro do
município, principalmente porque não há incentivo nas áreas da cultura, lazer e desportos,
levando muitos adolescentes a terem que trabalhar muitos novos, para ajudar seus
familiares, prejudicando os estudos.
O Município tem pouco a oferecer aos jovens em termos de oportunidades de
empregos, levando-os a saírem em sua busca, em outros lugares.
O perfil da população atendida pela escola:
- faixa etária a partir de 10 anos, oriundos da zona rural;
- alunos são de famílias, onde em sua maioria os pais são assalariados, mas que
procuram manter os filhos freqüentando a escola.
- pouco incentivo familiar (dada à baixa escolaridade dos pais responsáveis);
- falta de idealismo, face às expectativas empregatícias;
- preocupação com a vida familiar, social e econômica, refletindo os problemas da
sociedade atual;
- lazer: televisão, jogos de futebol e passeios.
ORGANIZAÇÃO DO ESPAÇO FÍSICO
O espaço físico é uma das maiores dificuldades do Colégio.
O Colégio possui oito salas de aula; uma cantina; três banheiros, sendo um
utilizado pelos professores; e uma única sala utilizada para biblioteca e laboratório de
informática, física, química, material de educação física na qual contamos com 21
computadores, com duas impressoras, duas escrivaninhas, oito mesas para os
computadores e dezessete cadeiras, quatro armários antigos e um arquivo.
A sala do diretor é muito pequena, contém uma mesa, televisor e arquivo. Não
tem espaço para atender a comunidade escolar. A secretaria é pequena, com uma
escrivaninha, quatro computadores, duas impressoras, um aparelho de fax e um armário.
Na cantina encontramos um fogão, uma pia, dois armários pequenos, um armário de
parede, uma mesa, dois freezer e uma geladeira. Recentemente foi construído um espaço
para o armazenamento da merenda escolar. A sala de Orientação Educacional funciona
na biblioteca, falta sala apropriada para o desempenho de suas reais funções, mas os
alunos, pais e professores não deixam de ser atendidos. A sala dos professores contém
uma mesa com bancos e dois armários, não há espaço para hora-atividade em grupos
maiores.
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O problema fica mais agravado pelo o estabelecimento não dispor de sala de:
recursos audiovisuais, laboratório de Ciências, material de apoio para atividades
específicas.
EQUIPAMENTOS E MATERIAIS PEDAGÓGICOS
OFERTA DE CURSOS E MODALIDADES
O Colégio funciona em dois turnos: matutino e noturno, sendo a entrada às
7h30 e término às 11h50, de segunda a sexta feira. No noturno, as aulas começam às
19h00 e terminam às 23h20, de segunda a sexta feira, há intervalos de 15 minutos para o
lanche em cada turno.
No período da manhã, o Colégio dispõe de 8 turmas, sendo elas 5ª A, 5ª B, 6ª A,
7ª A, 8ªA do ensino fundamental e 1ª A, 2ª A e 3ª A do ensino médio em organização por
bloco. Há ainda no período noturno três Turmas do Ensino Fundamental (6ªB, 7ª B, 8ª B)
e três do Ensino Médio em organização por bloco (1ª B, 2ª B e 3ª B).
As concepções que o Colégio apresenta referente às modalidades de ensino que
oferece são:
Ensino Fundamental;
Ensino Médio organizado por blocos de disciplinas;
Cursos Profissionalizantes (Secretariado, Técnico em Meio Ambiente,
Informática, Técnico em Administração).
No ano de 2010 foram matriculados no Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de
Proença – Ensino Fundamental e Médio, 276 alunos distribuídos em turmas.
ENSINO FUNDAMENTAL5ª A - 23 alunos5ª B - 21 alunos6ª A - 45 alunos6ª B - 15 alunos7ª A - 25 alunos7ª B - 12 alunos8ª A - 23 alunos8ª B - 16 alunos
15
ENSINO MÉDIO por Bloco e Disciplina1ª A – 24 alunos1ª B – 16 alunos2ª A - 15 alunos2ª B - 11 alunos
3ª A - 11 alunos 3ª B - 19 alunos
MATRIZ CURRICULAR
É a representação gráfica do currículo, definida pela escola, onde estão
estabelecidas as disciplinas com suas respectivas cargas horárias, e que é utilizada como
instrumento gerencial para o sistema e dela decorre o registro da vida escolar do aluno.]
ENSINO FUNDAMENTAL – PERÍODO MATUTINO
TURMAS 5ª SÉRIE 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE
ARTE/ARTES 2 2 2 2
CIENCIAS 3 3 4 3
ED. FÍSICA 2 2 3 3
ENS. RELIGIOSO 1 1 - -
GEOGRAFIA 2 2 2 3
HISTÓRIA 4 4 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4 4
Sub-total 21 21 22 23
L.M. – INGLÊS 3 3 3 2
Sub-total 3 3 3 2
Total Geral 24 24 25 25
MATRIZ CURRICULAR – PERÍODO NOTURNO
TURMAS 6ª SÉRIE 7ª SÉRIE 8ª SÉRIE
ARTE/ARTES 2 2 2
16
CIENCIAS 3 4 3
ED. FÍSICA 2 2 2
ENS. RELIGIOSO 1 - -
GEOGRAFIA 3 3 3
HISTÓRIA 4 3 4
LÍNGUA PORTUGUESA 4 4 4
MATEMÁTICA 4 4 4
Sub-total 22 22 22
L.M. – INGLÊS 3 3 3
Sub-total 3 3 3
Total Geral 25 25 25
ENSINO MÉDIO 1ª SÉRIE
BLOCO 1 H. A. BLOCO 2 H.A.BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 4 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMÁTICA 6
LEM 4 SOCIOLOGIA 3
LÍNGUA PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
Total Semanal 25 Total Semanal 25
2ª SÉRIE
BLOCO 1 H. A. BLOCO 2 H.A.BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 4 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMÁTICA 6
LEM 4 SOCIOLOGIA 3
LÍNGUA PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
Total Semanal 25 Total Semanal 25
3ª SÉRIE
BLOCO 1 H. A. BLOCO 2 H.A.
17
BIOLOGIA 4 ARTE 4
ED. FÍSICA 4 FÍSICA 4
FILOSOFIA 4 GEOGRAFIA 4
HISTÓRIA 4 MATEMÁTICA 6
LEM 4 SOCIOLOGIA 3
LÍNGUA PORTUGUESA 6 QUÍMICA 4
Total Semanal 25 Total Semanal
RECURSOS HUMANOS CORPO DOCENTE
TURNO: MATUTINO
DOCENTE DISCIPLINA GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
Ana Luiza dos Santos
Ciências Ciências Biológicas/Matemática
Instrumentalização em Citologia
QPM
Carlos Cézar Palmeira
História História História, Cultura e Sociedade
PSS
Clóvis Ferreira Bueno
Matemática Licenciatura e Matemática
PSS
Daluz Aparecida de Oliveira
Inglês Letras - Português/Inglês
Língua Portuguesa e Respectivas Literaturas
PSS
Daniela Paderes Bruno
Arte/Sociologia Ciências Sociais / História
Ensino de História/Didática e metodologia
PSS
Edson Luiz Assaí
Inglês Letras - Português/Inglês
Psicopedagogia PSS
Elaine de Souza Tomaz
Língua Portuguesa
Letras – Português e Literatura
Língua Portuguesa e Literatura
PSS
Everton Bueno Carneiro
Física Matemática/Física
Educação Matemática
QPM
Gilmar de Jesus Rosas Takassi
Matemática Ciências/Matemática
Morfofisiologia QPM
Gilmar de Souza Bueno
Educação Física Ciências Biológicas
PSS
Jane Glauce da Silva
Biologia Ciências Biológicas
Morfofisiologia Humana
PSS
Juliana Meira Rosa
Ens. Relig./Filosofia
Pedagogia PSS
18
Jussara Aparecida Matos de Pádua
Inglês Letras - Português/Inglês
Literatura/Modernismo
QPM
Laertes José Palmeira
Educação Física Educação Física/História
Fisiologia do exercício
PSS
Leiza Maria Andrade
Química Ciências/Química
QPM
Lucrécia História História PSS
Márcio Aurélio Soares Mileo
Geografia Geografia Metodologia do ensino de Geografia/Magistério Superior
QPM
Mariluce Martins Terso
Ciências Ciências Biológicas
Supervisão Escolar
QPM
Noemi Vander Brock Prestes
Geografia Estudos Sociais Geografia QPM
Viviane dos Santos
Arte Acadêmica de Geografia
PSS
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICO
NOME CARGO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
Rosana Benedita Alves Onça
Diretora Letras-Português/Inglês
Metodologia da Tecnologia da Educação
QPM
Rosélia Bueno Kravustschke
Pedagoga Pedagogia Psicopedagogia PSS
EQUIPE TÉCNICO – ADMINISTRATIVO
NOME CARGO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
Izabel Terezinha Campos Borges
Agente Educacional 02
Ensino Médio QFEB
Maria Regina Simão
Secretária Ensino Médio QFEB
Renato Perez Carneiro
ADM História QFEB
Thaina Morgano Akyama
Agente Educacional 02
Administração de Empresa
Administração de pessoas
QFEB
EQUIPE TÉCNICO-AUXILIAR
19
NOME CARGO GRADUAÇÃO VÍNCULOAdriane Rodrigues da Silva
Agente Educacional 01
Ensino Médio PSS
Elenite Maciel da Silva
Agente Educacional 01
4º Série – Ens. Fundamental
PEAD
Neuci Aparecida da Silva
Agente Educacional 01
Ensino Médio Completo
PSS
RECURSOS HUMANOSCORPO DOCENTETURNO: NOTURNO
DOCENTE DISCIPLINA GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
Ana Luiza dos Santos
Ciências Ciências Biológicas
Instrumentalização em Citologia
QPM
Carlos Cézar Palmeira
História História História, Cultura e sociedade
PSS
Daluz Aparecida de Oliveira
Inglês Letras – Português/Inglês
Língua Portuguesa e respectivas Literaturas
PSS
Edilberto Educação Física Educação Física PSS
Elaine de Souza Tomaz
Língua Portuguesa
Letras – Português e Literatura
Língua Portuguesa e Literatura
PSS
Everton Bueno Carneiro
Física Matemática/Física
Educação Matemática
QPM
Fábio Bucco Arte Educação Física PSS
Gilmar de Jesus Rosas Takassi
Matemática Ciências/Matemática
Morfofisiologia QPM
Gilmar de Souza Bueno
Biologia Ciências Biológicas
PSS
Hélio Roberson Bruno
Matemática Administração Habilitação em Matemática
PSS
Ivone Aparecida Teixeira
História História História PSS
Juliana Meira Rosa
Filosofia Pedagogia PSS
Jussara Inglês Letras - Literatura/ QPM
20
Aparecida Matos de Pádua
Português/Inglês Modernismo
Leiza Maria Andrade
Química Ciências/Química
Ensino de Química e Biologia Ambiental
QPM
Márcio Aurélio Soares Mileo
Geografia Geografia Metodologia do ensino de Geografia/Magistério Superior
QPM
Marilza da Conceição Saulctmk
Arte Acadêmica de Arte
PSS
Noemi Vander Brock Prestes
Geografia Estudos Sociais Geografia QPM
Valquiria Maria dos Santos
Sociologia Pedagogia
EQUIPE TÉCNICO-PEDAGÓGICO
NOME CARGO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
Rosana Benedita Alves Onça
Diretora Letras - Português/Inglês
Metodologia da Tecnologia da Educação
QPM
Angelita Valéria Wedan
Pedagoga Pedagogia PSS
Salete Maria da Silva
Pedagoga Pedagogia Didática e prática de ensino
QPM (Obs.: afastada PDE)
EQUIPE TÉCNICO – ADMINISTRATIVO
NOME CARGO GRADUAÇÃO ESPECIALIZAÇÃO
VÍNCULO
Izabel Terezinha Campos Borges
Agente Educacional 02
Ensino Médio QFEB
Maria Regina Simão
Secretária Ensino Médio QFEB
Renato Perez Carneiro
ADM História QFEB
Thaina Morgano Akyama
Agente Educacional 02
Administração de Empresa
Administração de pessoas
QFEB
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EQUIPE TÉCNICO-AUXILIAR
NOME CARGO GRADUAÇÃO VÍNCULOAdriane Rodrigues da Silva
Agente Educacional 01
Ensino Médio PSS
Elenite Maciel da Silva
Agente Educacional 01
4º Série – Ens. Fundamental
PEAD
Neuci Aparecida da Silva
Agente Educacional 01
Ensino Médio Completo
PSS
DADOS DE APRENDIZAGEM DOS ALUNOS
O Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença – E. F. M. participa de programas
governamentais como a Prova Brasil e o Enem. Programas que tem por objetivo avaliar
desempenho e o índice de aprendizagem escolar dos alunos das escolas públicas. Os
dados do Enem não foram convalidados no ano de 2009, pois o número de alunos que
realizaram as provas foram inferior a 10 alunos.
ANÁLISE DAS FRAGILIDADES PRESENTES NA PRÁTICA PEDAGÓGICA
Os efeitos da violência externa repercutem de forma direta e indiretamente na
vida da escola, estabelece incertezas e tensão no cotidiano escolar.
Os efeitos dessas diferentes práticas violentas são observados no desempenho
escolar dos alunos, no aumento do abandono escola e na repetência.
A grande parte desses conflitos gerados na escola tem como base a
desestruturação familiar, a falta de perspectiva e melhoria das condições de vida, falta de
políticas que invistam em programas sociais que incentivem o jovem a participar de
diversas atividades como: esportes, danças, teatro, cursos profissionalizantes para que os
mesmos construam sua identidade de cidadão.
Quando a família passa a valorizar e reconhecer a instituição escolar e a estimular
o estudo de seus filhos, há um ganho geral. O ambiente torna-se mais propício para
aprendizagem. Ao perceber que também tem que contribuir com a escola, a família passa
a se reconhecer e a valorizar sua própria cultura.
Só assim os conflitos poderão ser minimizados e as contradições superadas e a
prática pedagógica estimulada.
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MARCO CONCEITUAL
FILOSOFIA E PRINCÍPIOS PEDAGÓGICOS DA ESCOLA
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“A Escola é um direito de todos, portanto, deve se organizar para que o saber
possa, efetivamente, ser de todos e não apenas de alguns, não, por acaso, os que detêm
o poder econômico e político”. (Kruppa, p. 84, 1994)
A escola deve nortear seu projeto aos princípios filosóficos pedagógicos que
definem sua identidade, sua função, seu alunado e também políticas que racionaliza e
organiza ações, otimiza recursos humanos, materiais e financeiros, facilita a continuidade
administrativa, mobiliza diferentes setores na busca de objetivos comuns e por ser uma
esfera pública permite um constante acompanhamento e também a avaliação.
FILOSOFIA E PRINCÍPIOS DIDÁTICO-PEDAGÓGICO
CONCEPÇÃO DE MUNDO
Frente aos desafios que encontramos no mundo de hoje, como a revolução
tecnológica, a violência, o desemprego, problemas ambientais, e os diversos problemas
sociais, a escola, bem como os educadores têm a tarefa de mostrar essa realidade que
leve o educando a conscientização de todos esses problemas desde o local até o
planetário, mostrando as ferramentas por meio do conhecimento, como tornar um cidadão
responsável, capaz de transformar o meio onde está inserido.
O desafio é a descoberta do prazer em aprender e conhecer, este é o caminho
da construção da pessoa humana. Como consequências, surgem oportunidades e
desafios para que a comunidade valorize e transmita a cultura do meio social, construindo
sua própria identidade e, ao mesmo tempo, lidar com o que é novo, em um autêntico
processo de transformação social e cultural.
CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE
Nossa sociedade, atualmente, está marcada por uma ampla carência de valores
éticos, morais, sociais, religiosos e familiares nos diversos segmentos de sua
organização.
Esta ausência de valores não só afeta as diferentes instituições como também a
vida das pessoas.
A lógica das relações sociais, políticas e econômicas está longe de ser a lógica
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dos padrões éticos e morais essenciais ao sujeito e cidadão.
Nossa sociedade apresenta-se injusta, com estruturas que precisam ser
transformadas radicalmente. Observa-se que há milhares de pessoas infinitamente
carentes, com oportunidades mínimas de sobrevivência. É preciso lutar para construir
uma sociedade mais justa, livre e próspera, onde todos possam gozar os benefícios do
progresso.
A prática educativa ocorre em várias instâncias da sociedade, e é determinada
por valores, normas e particularidades da estrutura social a que está subordinada e ao
estabelecer a questão central da sociedade, a escola tem o seu papel fundamental e
precisam repensar seus propósitos, seus objetivos, seu trabalho pedagógico e seus
currículos.
Repensar a sociedade exige no mínimo que se tenha conhecimento sobre ela.
A estrutura social e as formas sociais pelas qual a sociedade se organiza são uma
decorrência do fato de que, desde o início de sua existência, os homens vivem em
grupos. Sua vida está na dependência de outros membros do grupo social, ou seja, a
história humana; a história de sua vida e a história da sociedade constitui-se e
desenvolve-se na dinâmica das relações sociais. Isso é fundamental para compreender-
se que a organização da sociedade, a existência das classes sociais vão assumindo pela
ação prática e concreta dos homens.
Portanto, almeja-se uma sociedade mais justa e igualitária onde todas as pessoas
possam viver com dignidade.
CONCEPÇÃO DE HOMEM
A questão antropológica – o que é o homem? – é a primeira que se coloca em
qualquer situação vivida pelo homem. Quando dizemos que se trata de uma questão
primeira, não nos referimos à prioridade histórica, pois nem sempre esse questionamento
ocorre de fato. Por exemplo, nas sociedades tradicionalistas, como a China e o Egito da
Antiguidade, ou ainda nas tribos primitivas, a indagação sobre o que é o homem não
chega a ser problemática, já que a tradição define os modelos de ideias e condutas que
serão transmitidos pelos depositários do saber.
Consideramos a prioridade da questão antropológica no sentido filosófico de
princípio, fundamento, ou seja, ao examinar a fundo qualquer teoria ou atividade humana,
sempre podemos descobrir a ideia de homem e a ela subjacente. Assim, na longa
caminhada da humanidade, o homem fez de si próprio as mais diversas representações,
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dependendo das situações e dificuldades enfrentadas na luta pela sobrevivência e na
tentativa de explicar o mundo que o cerca. Mesmo que não esteja claramente explícito, há
um conceito de homem subjacente em cada comportamento. Certamente, o conceito do
que é ser homem varia em cada cultura, conforme seja considerado o cidadão da polis
grega, ou o nobre medieval, ou o índio, ou o individuo das megalópoles modernas.
Mas, quando a cultura sofre crises, como a ruptura de antigas certezas, surge o
questionamento, e o homem busca novas representações de si mesmo. Foi o que
aconteceu na Grécia, onde o desenvolvimento da reflexão filosófica se deu após uma
série de transformações as mais diversas, tais como a formação das cidades e o
desenvolvimento do comércio. A busca, resultante da incerteza, se expressa bem nas
máximas de Sócrates “Só sei que nada sei” e “Conhece-te a ti mesmo” que, em última
análise, representam o projeto da razão nascente de estabelecer critérios não-religiosos
para a compreensão do homem.
As transformações das técnicas e das ciências também contribuem das técnicas e
das ciências também contribuem para modificar as representações que o homem faz de si
mesmo. Basta citar o que significou o advento da escrita, da imprensa ou, no nosso
século, o desenvolvimento dos meios de comunicação de massa. Não constitui exagero,
por exemplo, refletir sobre o impacto causado pela teoria heliocêntrica de Copérnico, que,
no século XVI, rompeu com a crença de que a Terra ocupava o lugar privilegiado de
centro do Universo.
Assim como podemos compreender as diversas concepções de homem a partir
das mudanças ocorridas nas formas do existir humano, também é importante entender
como, por sua vez, as concepções de homem influenciam outras teorias. A ação política,
a ação pedagógica, a ação moral, entre outras, assumem características diferentes
conforme tenham por pressuposto uma ou outra concepção do homem.
CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO / ESCOLA
A Educação relaciona-se com o processo histórico e com a organização social. As
relações entre educadores e educando é permeada pela realidade que deve ser analisada
de forma crítica, para prepará-lo a fim de que realize transformações na sociedade,
alterando as contradições sociais, desvendando o real, realizando significado histórico de
liberdade, igualdade e propriedade que a maioria desconhece, devido à concepção
burguesa e as relações capitalistas.
Aos educadores cabe a reconstrução do conhecimento que seja relevante no
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social, cultural e político.
“... preparar culturalmente os indivíduos significa possibilitar-lhes a
compreensão de visão de mundo, presente na sociedade,para que possam agir
aderindo,transformando e participando da mudança desta sociedade.” (Nelson Rodrigues-
1985).
O trabalho docente é parte integrante do processo dos conteúdos, é dar um passo
à frente no papel transformador da escola, mas a partir das condições existentes.
Entendida nesse sentido, a educação é “uma atividade mediadora no seio da
prática social global”, ou seja, uma das mediações pela qual o aluno, pela intervenção do
professor e por sua própria participação, passa de uma experiência inicialmente confusa e
fragmentada (sincrética) a uma visão sintética, mais organizada e unificada.
A atuação da escola consiste na preparação do aluno para o mundo adulto e suas
contradições, fornecendo-lhes um instrumental por meio da aquisição de conteúdos e da
socialização, para uma participação organizada e ativa na democratização da sociedade.
A escola é uma instituição da sociedade e parte de um processo mais amplo do
seio dessa mesma sociedade, têm configuração própria, interesses políticos a exercitar.
O objetivo da escola é de formar cidadãos capazes de atuar com competência e
dignidade na sociedade, fornecerá ao aluno os meios para o desenvolvimento escolar
posterior.
Favorecem a produção e a mediação da utilização das múltiplas linguagens, das
expressões e dos conhecimentos históricos, sociais, científicos e tecnológicos, não
perdendo de vista a autonomia intelectual e moral do aluno, com finalidade básica da
educação.
Basicamente desejamos formar cidadãos que saibam analisar, decidir, planejar, expor
suas idéias e as dos outros, para que possam ter uma participação ativa sobre a
sociedade em que vivem.
A escola é o espaço de aprimoramento de valores e atitudes, além de capacitar o
indivíduo na busca de informações, onde quer que elas estejam para usá-las no seu
cotidiano.
CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E ENSINO
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A escola deve ser apropriação crítica, criativa e sistematizada pelo povo do
conhecimento científico, teórico, partindo do conhecimento de sua realidade. Os
conteúdos da cultura popular e os conteúdos do arsenal cultural, universal devem ser
objetos de estudos e de muito confronto no interior da escola. A escola é também lugar de
questionamento dos saber instituído e produção criativa, de conhecimentos novos,
vinculados às necessidades populares. Além da apropriação do conhecimento, a escola
deve ser lugar de apropriação dos métodos e técnicas para adquirir, produzir e divulgar
conhecimentos, como pesquisar, discutir, argumentar, ampliar o raciocínio, utilizar os mais
variados, mais de expressão, comunicação e arte. A escola deve partir da realidade do
aluno, não como parte de um conhecimento fragmentado a construído por etapas, mas
por que considera o cotidiano com a expressão real e concreta, que é particular e também
geral. E a totalidade do ser humano só pode ser compreendida se analisada sob uma
perspectiva histórica. A construção do conhecimento exige um trabalho cuidadoso, cujo
ponto de partida não deve ser o que os alunos não sabem, mas sim o que eles já
conhecem.
É preciso não reproduzir, na intimidade da sala de aula, a submissão da relação,
reduzindo o educando a condições de objeto manipulável, mero receptáculo de
postulados, regras, receituários, ameaças, repressões e punição. É preciso colocar em
prática uma relação pedagógica democrática, aliada a um trabalho sério e rigoroso e uma
didática capaz de resgatar a condição do educando enquanto sujeito do processo do
conhecimento.
O sujeito ativo é aquele que desenvolve a capacidade de desvelar as
contradições da realidade, de se colocar numa postura, inquiridora diante do mundo e,
com os outros, atuar como agente histórico de mudança. É sujeito capaz de aprender
pensando: formulando e argumentando hipóteses, considerando as contradições das
hipóteses formuladas, superando “os conflitos cognitivos” e avançando no sentido de
novas reestruturações.
CONCEPÇÃO DE APRENDIZAGEM
A aprendizagem é um processo através do qual a criança apropria-se ativamente
do conteúdo da experiência humana, daquilo que o seu grupo conhece.
Para que o educando aprenda, ele necessitará interagir com os outros seres
humanos, especialmente com os adultos e com outras crianças experientes.
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Com essas interações a criança vai gradativamente ampliando suas formas de
lidar com o mundo, vai construindo significados para suas ações e para experiência que
vive. Com uso da linguagem, esses significados ganham maior abrangência dando
origens a conceitos, ou seja, significados partilhados por grande parte do grupo social.
A linguagem, além disso, irá integrar-se ao pensamento formando uma importante
base sobre a qual se desvendará o funcionamento intelectual. O pensamento pode ser
entendido, dessa forma, com um diálogo interiorizado.
Por um esforço próprio, o aluno busca o seu próprio reconhecimento nos
conteúdos e modelos sociais apresentados pelo professor e do contexto da sala de aula.
Aprender, dentro da visão da pedagogia dos conteúdos, é desenvolver a
capacidade de processar informações e lidar com os estímulos do meio ambiente,
organizando os dados disponíveis da experiência.
Em consequência admite-se o princípio da aprendizagem significativa que supõe,
com o passo inicial, verificar aquilo que o aluno já sabe.
O professor precisa saber compreender o que os alunos dizem ou fazem e o aluno
precisa compreender o que o professor precisa lhe dizer.
A aprendizagem se dá a partir do momento da síntese, isto é, quando o aluno
supera uma visão parcial e confusa, adquire uma visão mais clara e unificadora. Resulta
com clareza que o trabalho precisa ser avaliado, não com o julgamento definitivo,
dogmático do professor, mas como uma comprovação para o aluno de seu progresso em
direção a noções mais sistematizadas.
CURRÍCULO
DIRETRIZES CURRICULARES
[...] o currículo como conjunto de conhecimentos ou matérias a serem superadas
pelo aluno dentro de um ciclo – nível educativo ou modalidade de ensino é a acepção
mais clássica e desenvolvida; o currículo como programa de atividades planejadas,
devidamente sequencializadas, ordenadas metodologicamente tal como se mostram num
manual ou num guia do professor; o currículo, também foi entendido, às vezes, como
resultados pretendidos de aprendizagem; o currículo como concretização do plano
reprodutor para a escola de determinada sociedade, contendo conhecimentos, valores e
atitudes; o currículo como experiência recriada nos alunos por meio da qual podem
desenvolver-se; o currículo como tarefa e habilidade a serem dominadas como é o caso
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da formação profissional; o currículo como programa que proporciona conteúdos e valores
para que os alunos melhorem a sociedade em relação à reconstrução social da mesma
(SACRISTAN, 2000, p. 14).
A educação de amanhã, dependerá do que formos capazes de começar hoje.
Buscar novas formas de aprender, novos modos de construção do conhecimento, novas
maneiras de como os indivíduos e grupos aderem deverá fazer parte do Currículo.
O currículo é uma forma de elaboração de práticas para melhorar o trabalho do
professor, voltado para a experiência educativa entre professores e alunos, e também
tudo o que acontece na escola e fora dela. Diante de toda essa estrutura, o currículo
envolve todo o processo de comunicação, mudando o caráter das ferramentas com que
pensamos, e que vai também modificando o lugar onde desenvolve o pensamento.
Aprender a viver em um mundo diversificado e plural, a escola deve possibilitar
aos alunos o conhecimento científico capaz de entender como algo é, associadas aos
problemas que vão surgindo vinculado aos problemas reais provoque efeitos para os
sujeitos que aprendem e que sejam capazes de transformar a sociedade em que vive.
Assim, a escola deve buscar um currículo que contribua para formação dos
sujeitos, tratando os saberes das disciplinas escolares de um ponto de vista investigativo,
contextualizado, interdisciplinar, quebrando a rigidez que a legitimidade social e o
estatuto de verdade dão a eles.
CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO AVALIAR PARA QUÊ?
A avaliação das aprendizagens continua sendo um assunto polêmico nas escolas
e em outras instituições educacionais. Um dos principais motivos dessa polêmica é a
persistência histórica das formas de avaliação que, com raras exceções, permanecem
muito semelhante às praticadas nos séculos passados. O contexto cultural e social de
hoje é um contexto de recursos informáticos com hipertexto e cultura visual. Portanto, o
contexto escolar cada vez exige uma maior fonte de informação além do quadro-negro e
do giz: a Internet e outros meios de comunicação tem-se tornado fontes imprescindíveis
de coleta de dados escolares.
Uma pesquisa que antes era feita copiando-se informações dos livros hoje é feita
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pela web, incluindo dados da televisão. Além disso, a universalização do acesso á escola
trouxe a diversidade para dentro da mesma.
Múltiplas respostas podem ser oferecidas para solucionar tais questões, que exige
do professor uma espacial atenção e capacidade de buscar novos caminhos.
A avaliação é fundamental para que possamos medir nossos atos e ações, ao
avaliá-lo, levam-nos as reflexões. A avaliação é um ato dinâmico que qualifica subsídios
ao PPP. A avaliação do ponto de vista crítico, não pode ser instrumento de exclusão dos
alunos provenientes das classes trabalhadoras. Portanto deve ser democrática, deve
favorecer o desenvolvimento da capacidade do aluno de apropriar-se de conhecimentos
científicos, sociais e tecnológicos produzidos historicamente e deve ser resultado de um
processo coletivo de avaliação diagnóstica. A avaliação imprime uma direção as ações
dos educadores e dos educandos. A função primordial de avaliação é diagnosticar a
situação do processo educacional como parte de uma avaliação sistêmica, seguindo
parâmetros a serem definidos, os resultados desses exames poderiam permitir trazer
projeções sobre qualidade de ensino, a serem verificadas mediante a análise dos fatores
que, segundo estudos, são determinantes para a melhoria de aprendizagem, dentre os
quais; condições de infra-estrutura e de equipamentos de apoio didático; condições do
ambiente escolar em termos físicos e sócio políticos; adoção de livros didáticos e
possibilidade de acesso a eles e a outras fontes impressas de conhecimento, pelos
alunos; características de organização curricular e do trabalho pedagógico; valorização
dos professores, considerando a qualidade da formação inicial, as oportunidades de
formação continuada, o estímulo à participação no projeto pedagógico da escola, os
princípios norteadores da carreira e as condições de trabalho; características
socioeconômicas e culturais dos alunos.
É impossível esgotar os parâmetros que devem ser considerados ao avaliar as
instituições e os sistemas se ensino. No entanto, as avaliações que não levem em
consideração alguns dos itens expostos pouco podem contribuir para o direcionamento da
política comprometida com qualidade social da educação.
AVALIAÇÃO DA APRENDIZAGEM
A função social da escola é de promover acesso aos conhecimentos socialmente
produzidos pela humanidade a fim de possibilitar ao educando condições de emancipação
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humana consiste também na socialização do saber sistematizado, na produção e
sistematização de um novo saber nascido da pratica social.
A função da educação é humanizar e oferecer as condições de emancipação e a
participação desta na vida em sociedade.
Neste contexto a avaliação deve ser emancipadora, deve garantir o acesso ao
conhecimento por parte do aluno e avaliá-lo durante todo esse processo de apropriação
do saber.
A avaliação oportuniza refletir sobre como se dá o processo de ensino-
aprendizagem por parte dos professores e a apropriação feita pelo aluno.
Para detectar as fragilidades, e avanços nesse processo de apropriação do saber é
necessário construir definições e possibilidades organizadas como critérios e
instrumentos de avaliação no plano de trabalho docente, e que esse processo de ensino-
aprendizagem tem a avaliação como elemento articulador entre um e outro ao mesmo
tempo e intrínseco aos dois.
Para que avaliação se realize, expresse e se efetivem de fato ao ensino e
aprendizagem faz-se necessário um plano de ação pedagógica que articule desde a
seleção de conteúdos estruturantes, justificativa, encaminhamento metodológico e
avaliação, considerando os critérios, os instrumentos, técnicas, estratégias, e metodologia
do ensino.
Os critérios estão relacionados com aquilo que serve de base para comparação,
julgamento e apreciação. Na avaliação está ligada a intencionalidade do ensino com um
determinado conteúdo. Portanto, critério de avaliação não é instrumento. Teatros,
seminários, apresentação individual ou em equipe, produção escrita, podem ser não
apenas encaminhamentos metodológicos, como instrumento de avaliação. Critérios
também não são pesos. Se o teatro tem o peso 20%, a produção escrita de 50% e o
seminário de 30%, sobre o valor da nota bimestral, trata-se dos pesos que neste caso
incidiram sobre os instrumentos. Os critérios subsidiarão a valoração em forma de pesos
a partir de interação que se tinha em trabalhar algum determinado conteúdo desta ou
daquela forma, bem como, trata-se das expectativas da aprendizagem sobre os
conteúdos trabalhados.
O registro da observação e da análise da produção dos alunos é um instrumento
de trabalho do professor. Quanto mais dados ele puder coletar e registrar sobre o aluno,
como resultado da observação, mais condições terá para fazer um diagnóstico e uma
análise precisa de seu aproveitamento na aprendizagem. Estas informações ajudam o
professor a replanejar o seu trabalho didático e a aperfeiçoar sua ação educativa, pois
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indicam os encaminhamentos e as intervenções necessárias.
A RECUPERAÇÃO DE ESTUDOS
A recuperação de estudos é um dos processos que deve atender aos processos de
ensino e aprendizagem que não se efetivaram dentro das expectativas pedagógicas
propostas.
Neste sentido a LDB 9.394/96, a qual estabelece que a escola contemple os
“estudos de Recuperação” afirmando que os docentes incumbir-se-ão de zelar pela
aprendizagem dos alunos; estabelecer estratégias de recuperação para os alunos de
menor rendimento; ministrar os dias letivos e horas-aula estabelecidos, além de participar
integralmente dos períodos dedicados ao planejamento, à avaliação e ao
desenvolvimento profissional.
A educação básica, nos níveis fundamental e médio, será organizada de acordo
com as seguintes regras comuns: a verificação do rendimento escolar observará os
seguintes critérios: a avaliação contínua e cumultativa do desempenho do aluno, com
prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do
período sobre os de eventuais provas finais; obrigatoriedade de estudos de recuperação,
de preferência paralelos ao período letivo, para os casos de baixo rendimento escolar, a
serem disciplinares pelas instituições de ensino em seus regimentos.
A Deliberação 007/99 discorre sobre a Recuperação de Estudos: O aluno cujo
aproveitamento escolar for insuficiente poderá obter a aprovação mediante recuperação
de estudos, proporcionados obrigatoriamente pelo estabelecimento; a propostas de
recuperação de estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina em
que o aproveitamento do aluno foi considerado insuficiente; A recuperação é um dos
aspectos da aprendizagem no seu desenvolvimento contínuo, pela qual o aluno, com
aproveitamento insuficiente, dispõe de condições que lhe possibilitem a apreensão de
conteúdos básicos; O estabelecimento de ensino deverá proporcionar recuperação de
estudos, preferencialmente concomitante ao período letivo, assegurando as condições
pedagógicas definidas no Artigo 1º desta Deliberação. A recuperação de estudos deverá
constituir um conjunto integrado ao processo de ensino, além de se adequar às
dificuldades dos alunos. A recuperação de estudos realiza durante o ano letivo será
considerada para efeito de documentação escolar.
A Recuperação de Estudos consiste na retomada de conteúdos durante o processo
de ensino e aprendizagem, permitindo que todos os alunos tenham oportunidades de
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apropriar do conhecimento historicamente acumulado, por meio de metodologias
diversificadas e participativas.
AVALIAÇÃO, INSTRUMENTOS, REGISTROS, RECUPERAÇÃO E FORMA DE COMUNICAÇÃO DOS RESULTADOS.
A avaliação deve ser entendida como um dos aspectos do ensino pelo qual o
professor estuda e interpreta os dados de aprendizagem e de seu próprio trabalho, com a
finalidade de acompanhar e aperfeiçoar o processo de aprendizagem dos alunos, bem
como diagnosticar seus resultados e atribuir-lhes valores.
A avaliação deve dar condições para que seja possível ao professor tomar
decisões quanto ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem e proporcionar
dados para que o estabelecimento promova a reformulação do currículo, com adequação
dos conteúdos e dos métodos de ensino.
Deve ainda possibilitar novas alternativas para o planejamento do
estabelecimento. É de responsabilidade direta de toda a Equipe Pedagógica da Escola,
Diretor e especificamente do professor.
A avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do
aluno em diferentes experiências de aprendizagem, utilizando técnicas, registros, e
instrumentos diversificados, independentemente do respectivo trabalho metodológico.
A realidade individual do aluno e a aquisição do conhecimento determinarão os
procedimentos a serem adotados pelo professor, a fim de sanar as possíveis distorções
na metodologia de ensino para melhor aproveitamento da aprendizagem.
Na avaliação do aproveitamento escolar do aluno, deverão preponderar os
aspectos qualitativos da aprendizagem, considerando a interdisciplinaridade dos
conteúdos, dando-se mais importância à capacidade de síntese e elaboração pessoal
sobre memorização.
Para que a avaliação cumpra sua finalidade educativa, deverá ser contínua,
permanente e cumulativa, obedecendo à sequência do ensino e da aprendizagem, bem
como á orientação do currículo.
O resultado da avaliação será traduzido em notas bimestrais em escala de 0,0
(zero) a 10,0 (dez), sendo 60% avaliações escritas e 40% atividades diversas.
A avaliação do ensino de Educação Física e Educação Artística adotarão
procedimentos próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno,
levando em consideração sua capacidade individual, seu desempenho, e sua participação
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das atividades propostas, sendo objeto de aprovação ou reprovação e com registro na
documentação escolar, atas e registro de classe.
A nota do bimestre será resultante da somatória dos valores atribuídos em cada
instrumento de avaliação, com valores cumulativos em várias aferições, na sequencia e
ordenação dos conteúdos. Caberá ao Conselho de Classe o acompanhamento do
processo de avaliação da série/turma a que pertence, de acordo com o Regimento
Escolar do estabelecimento, um conselho para cada turma.
A divulgação dos resultados das avaliações será feita através de boletins para
conhecimento dos alunos e seus responsáveis.
A avaliação deverá ser elaborada em documentos próprios, a fim de serem
assegurados a regularidade e a autenticidade da vida escolar dos alunos.
METOLODOLOGIA
Os métodos são determinados pela relação objetivo conteúdo, e referem-se aos
meios para alcançar objetivos gerais e específicos do ensino, ou seja, ao “como” do
processo de ensino, englobando as ações a serem realizadas pelo professor e pelos
alunos para atingir os objetivos e conteúdos. Temos assim, as características dos
métodos de ensino que estão orientados para os objetivos; implicam uma sucessão
planejada e sistematizada de ações, tanto do professor quanto dos alunos; requerem a
utilização de meios.
O método não se copia, cria-se através da experiência e necessidade em sala
de aula. a realidade de cada turma instiga o professor a adquirir uma maneira de expor
os conteúdos adequadamente, nunca se esquecendo o respeito entre docente e discente
que é a chave de um bom relacionamento e consequentemente de uma boa metodologia.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
Saviani, apud Gasparin (2005) ao explicitar o primeiro passo de seu método
pedagógico afirma ser ele o ponto de partida de todo o trabalho docente. Evidencia que a
prática social é comum a professores e alunos. Consiste este passo, no primeiro contato
que o aluno mantém com o conteúdo trabalhado pelo professor. Sendo a visão do aluno,
uma visão de senso comum, empírica, geral, uma visão um tanto confusa, ou seja,
sincrética, onde tudo de certa forma, aparece como natural. Nesta fase, deve, então o
professor, posicionar se em relação à mesma realidade de maneira mais clara e, ao
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mesmo tempo, com uma visão mais sintética. A fim de conduzir o processo pedagógico
com maior segurança e realizar o planejamento de suas atividades antecipadamente. Ao
dialogar com seus alunos sobre o tema a ser estudado mostrará a eles o quanto já
conhecem sobre o assunto, evidenciando, que a temática desenvolvida em sala de aula,
está presente na prática social, ou seja, em seu dia a dia.
O trabalho do professor deverá assegurar ao estudante a experiência daquilo que é
específico de cada disciplina na área do conhecimento , ou seja, a criação de conceitos, a
elaboração e resolução de problemas, leituras, análise e produção de textos, organização
de debates, pesquisas e sistematizações de leituras, entre outras práticas, tendo como
propósito o entendimento de como transformar a aprendizagem de modo funcional e
significativo para o aluno que é o sujeito da própria aprendizagem.
O trabalho deve partir dos conteúdos estruturantes e conteúdos básicos para que
aconteça a mobilização para o conhecimento dentro do contexto da escola.
O ensino de cada área do conhecimento pode começar, por exemplo, pela exibição de
um filme ou de uma imagem, da leitura de um texto jornalístico ou literário ou da audição
de uma música, entre outras, pois são inúmeras as possibilidades de atividades
conduzidas pelo professor para instigar e motivar possíveis relações entre o cotidiano do
estudante e a sua capacidade a ser desenvolvida.
Dessa forma, a partir de problemas atuais estudados nas diferentes áreas do
conhecimento, o estudante do Ensino Fundamental e do Ensino Médio podem formular
conceitos e construir seu próprio raciocínio a partir das ferramentas abordas pelo
professor.
Ao final desse processo, o estudante, encontrar-se-á apto a processar e elaborar
seu conhecimento por meio das diferentes técnicas, no qual terá condições de discutir,
comparar e socializar ideias e conceitos.
GESTÃO
A gestão engloba todo o processo normativo e burocrático da escola, no qual
busca para o Estabelecimento, políticas e planejamento de acordo com a realidade,
administrando e atuando em sintonia com os todos envolvidos, professores, alunos,
funcionários, APMF, Grêmio estudantil, Conselhos de Classe, e demais segmentos da
escola.
A gestão deve caminhar dentro de linha democrática, na qual ela vai construindo
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sua identidade, administrando com seriedade, tendo o compromisso pedagógico na
melhoria da qualidade de ensino e dando atendimento às necessidades básicas de
aprendizagem em seus diferentes e crescentes níveis e tendo como meta sempre a
inclusão social.
A escola depende do órgão central (Governo do Estado), o qual envia os recursos
financeiros necessários para manter a demanda em que a escola está inserida. Fazem
parte as verbas Fundo Rotativo que é divida em cotas sendo distribuída :kit gripe,
Paraná digital, Proinfo, Complemento para a merenda, Viva Escola. PDDE para ser
distribuída em materiais permanente que atende os programas em que a escola está
envolvida.
PRINCÍPIOS DA GESTÃO DEMOCRÁTICA
No artigo 14 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB) está claro que:
O sistema de ensino definirá as normas da gestão democrática do ensino Público
na educação básica, de acordo com as suas peculiaridades e conforme os seguintes
princípios:
Participação dos profissionais da educação na elaboração do projeto
pedagógico da escola;
Participação das comunidades escolar e local em conselhos escolares ou
equivalentes.
O desafio de transformar a escola num espaço onde se vivencia a plenitude da
democracia implica a construção de uma política pública que contemple a participação
efetiva dos diversos atores sociais do universo escolar - diretores, professores, alunos,
pais e comunidade - na formulação e na implementação da gestão democrática. Esse
processo deve acontecer de maneira harmoniosa. Mas não se pode pretender que a
união em torno da democracia dentro dos colégios elimine conflitos ou divergências. Eles
são partes intrínsecas dessa construção e devem ser enfrentados.
O projeto político pedagógico da escola tem de estar voltado para a inclusão,
atendendo à diversidade de alunos, independentemente de sua procedência
socioeconômica, acúmulo intelectual e expectativas educacionais. A elaboração, a
execução e a avaliação da democracia deverão conter o princípio da coletividade e
requerer um clima de confiança que proporcione à integração, o diálogo, a cooperação, a
negociação e o direito das pessoas envolvidas de intervir na tomada de decisões,
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favorecendo o comprometimento de todos nas ações desenvolvidas.
Somente com estrutura gestoras fortalecidas, as instituições de ensino poderão
consolidar princípios, métodos, práticas e relações de gestão tanto eficientes quanto
democrática. Isso possibilitará uma nova relação de poder dentro dos estabelecimentos
de ensino que será essencial para a construção de um projeto escolar comprometido
com a qualidade, no qual questões como a repetência e a evasão sejam enfrentadas
frontalmente, a partir de estratégias elaboradas com a participação de todos os atores
envolvidos. Esses, com base nas possibilidades disponíveis em sua realidade, buscarão
soluções conjuntas para os problemas.
Também é em virtude de uma gestão democrática sólida que as escolas poderão
construir um currículo próprio, a partir da visão cultural acerca da realidade de alunos e
professores, o que pode ser decisivo na melhoria da qualidade de ensino. Além disso, a
participação democrática proporcionará a permanente formação dos profissionais da
educação.
Outro benefício advindo de gestão democrática é a ampliação da presença da
escola em sua comunidade, de modo que possa intervir para a melhoria da realidade
social, econômica e cultural da região.
O ESPAÇO DEMOCRÁTICO
É impossível imaginar uma escola que viva a democracia sem que nesse
estabelecimento os princípios não façam parte do cotidiano. O principal deles é a defesa
da educação pública de qualidade, com o reconhecimento da instituição como um espaço
público e a serviço do público deve-se criar uma nova concepção de escola baseada na
construção coletiva, envolvendo os diversos sujeitos sociais. Isso é democracia. Mas tal
cultura ainda não está suficientemente desenvolvida nos estabelecimentos escolares. Daí
surge à importância do Poder Público, sobretudo do Ministério da Educação, de incentivar
a gestão democrática nas escolas do país.
É fundamental que tal responsabilidade também seja apropriada pelo aluno, que
deve se sentir sujeito da construção democrática dentro da escola. No ensino médio, esse
aspecto é ainda mais preponderante já que os alunos estão em uma faixa etária na qual
consolidam sua noção de cidadania. O estudante, encontrando espaço para ser, dizer e
fazer assume sua cidadania.
As eleições são fatores indispensáveis para a construção da democracia, apesar
de não serem suficientes para assegurá-la. São várias as opções sobre quem será esse
38
gestor, indo do mais tradicional, o diretor, e passando por outras alternativas, tais como
direções colegiadas e conselhos deliberativos, que contém com ampla participação dos
sujeitos envolvidos.
A docência é elemento fundamental no processo. É preciso superar a incômoda
divisão de trabalho bem como os limites das relações hierárquicas, os quais, apesar de
necessários para a administração da escola, não facilitam o processo de construção
democrática. Afinal, todos devem se sentir responsáveis em igual escala para que se
sintam estimulados a participar.
A autonomia da escola nas suas tomadas de decisão, em níveis tanto
administrativos quanto pedagógicos, é outro fator intrínseco à gestão democrática. A
autonomia supõe fortalecer o protagonismo dos sujeitos como participantes da formulação
do projeto político-pedagógico e dos currículos escolares.
A autonomia, porém, só se tornará factível se a democracia política vier
acompanhada da democracia econômica ou financeira. Só isso permitirá inovar e superar
o anacrônico. Tal ruptura tem de surgir de baixo para cima, ser construída a partir das
determinações da escola.
O tema Gestão Democrática tem que ser ampliado para toda a sociedade e não
apenas aos professores, alunos e funcionários. A comunidade precisa se apropriar dessa
concepção.
O PAPEL DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS
APMF
A Associação de Pais, mestres e Funcionários é a instância privilegiada para fazer
acontecer à participação efetiva dos pais na vida da escola. Assim, a APMF pode
contribuir de maneira fundamental para a melhoria da qualidade de ensino, através da
democratização das discussões e decisões e do apoio efetivo às ações voltadas para
atingir os objetivos da escola.
É através dela que a gestão dos recursos financeiros pode se tornar um processo
efetivo de discussão e decisão democrática, uma vez que é através da associação que a
maior parte dos recursos destinados à escola é movimentado, pois a aplicação desses
recursos só pode ser feita depois de aprovação em assembléia geral.
O trabalho da APMF é a integração entre família, educadores e escola. Tem a
finalidade de consolidar a participação da comunidade escolar na construção e no
39
acompanhamento da proposta pedagógica da escola.
A escola de hoje deve ter como preocupação maior, buscar a participação de toda
a comunidade escolar, num exercício de administração compartilhada, pois todos desejam
alcançar o mesmo objetivo: ensino de qualidade na escola pública e gratuita.
Falta muito para chegarmos ao desejável, pois os pais não querem atuar
efetivamente nas atividades escolares, não querem se comprometer. A Direção deverá
fazer um trabalho de conscientização com os pais, para aos poucos poder mostrar a eles
o quanto é importante e necessário à contribuição deles para o sucesso da gestão
democrática.
CONSELHO ESCOLAR
O Conselho Escolar é o órgão consultivo deliberativo e de mobilização mais
importante do processo de gestão democrática na escola. Sua tarefa mais importante é
acompanhar o desenvolvimento da prática educativa e, nela, o processo ensino-
aprendizagem. Assim, a função do Conselho Escolar é fundamentalmente político-
pedagógica. É política na medida em que estabelece as transformações desejáveis na
prática educativa escolar. E é pedagógica, pois indica os mecanismos necessários para
que essa transformação realmente aconteça. Nesse sentido, a primeira atividade do
Conselho Escolar é a de discutir e delimitar o tipo de educação a ser desenvolvido na
escola, para torná-la uma prática democrática comprometida com a qualidade
socialmente referenciada.
Para que haja uma gestão democrática na escola é fundamental a existência
de espaços propícios para que novas relações sociais entre os diversos segmentos
escolares possam acontecer.
O Conselho escolar possui uma característica própria que lhe dá dimensão
fundamental: ela se constitui uma forma colegiada da gestão democrática. Assim, a
gestão deixa de ser o exercício de uma só pessoa e passa a ser uma gestão colegiada,
na qual os segmentos escolares e a comunidade local se congregam para juntos,
construírem uma educação de qualidade e socialmente relevante.
CONSELHO DE CLASSE
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O Conselho de Classe é um colegiado, no qual, diretor, equipe pedagógica,
alunos e professores se encontram para discutir o desempenho dos alunos. O conselho
pode se tornar um momento de reflexão, quando se discute as dificuldades de ensino, de
aprendizagem, adequação dos conteúdos curriculares, metodologia empregada, enfim da
própria proposta pedagógica da escola para se adequar às necessidades dos alunos. É
participativo. É um espaço de trabalho em que alunos e educadores avaliam e dão
encaminhamentos para que haja um crescimento e amadurecimento coletivo.
Ainda falta uma conquista maior em relação a conselho de Classe, pois falta a
participação dos pais em todas as questões que se referem às ações políticas,
pedagógicas e administrativas do estabelecimento.
O Conselho de classe, para cumprir sua função, exige do professor um olhar
cotidiano, detalhado sobre cada indivíduo para que durante o conselho, possam contar,
explicar, lembrar e definir a partir daquilo que observaram e obtiveram como informação
sobre a aprendizagem e desenvolvimento de cada um, o tipo de progressão adequada
para cada aluno.
GRÊMIO ESTUDANTIL
O Grêmio é a organização dos estudantes na Escola. Ele é formado apenas por
alunos, de forma independente, desenvolvendo atividades culturais e esportivas,
produzindo jornal, organizando debates sobre assuntos de interesse dos estudantes, que
não fazem parte do Currículo Escolar, e também organizando reivindicações.
O Grêmio deve ser resultado da vontade dos próprios alunos. São eles que
devem reconhecer a sua importância e que devem definir o seu perfil. Os grêmios,
organizados dessa forma, exercem papel importante na formação do aluno, devendo ter
uma dimensão social, cultural e também política.
Para organizar um grêmio na escola, deve ser esclarecida a todos os estudantes
o que é um grêmio, qual a finalidade do Grêmio dentro da escola.
INCLUSÃO
A inclusão é o mais novo paradigma em discussão na área educacional e faz parte
da tentativa de adequar a escola às necessidades de uma sociedade exigente no que se
refere à igualdade de oportunidades e veloz em suas mudanças e inovações.
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A partir dessa realidade e mediante os questionamentos referentes à sua forma de
atuação, a escola tradicional reconhece a urgência de transformação curricular quanto
aos conteúdos, às atividades de ensino-aprendizagem, recursos materiais, equipamentos
e avaliação utilizados.
O Colégio não possui oferta de serviço especializado para atender alunos com
necessidades especiais e nem é adaptado para alunos com necessidades físicas.
Nesse sentido, se incluem também a capacidade e a prática num universo
diversificado que requer reflexão, flexibilidade e atualização contínua.
É válido ressaltar que pensar um currículo inclusivo implica devolver uma série de
competências necessárias ao processo de renovação em que se inclui o respeito às
dificuldades e o incentivo para o envolvimento de todos os atores participantes do
processo.
Numa abordagem educacional voltada para a diversidade humana, o currículo
escolar deve conter possibilidades que conduzam ao ideal de igualdade de oportunidade
e traduzir a importância dos novos meios de acesso, seleção, tratamento e uso da
informação para fins pessoal e socialmente úteis, o que reforça a necessidade de adaptar
a escola às necessidades do aluno.
Inserido neste novo paradigma, o currículo também deve ser flexível, o que
abrange uma proposta de conteúdos a partir de nossa realidade e numa visão mais
específica do aluno, de forma a possibilitar que o educando busque direção própria. Deve
priorizar unidades de conteúdos, tipos de conteúdos, adaptação e modificação do nível de
complexidade das atividades, modificação da seleção dos materiais previstos.
O papel fundamental da escola no processo de inclusão educacional do aluno
com necessidades especiais, não se resume apenas em desenvolver com eles
habilidades essenciais para a conquista de uma maior autonomia, mas também na
possibilidade de poder contribuir com a sua evolução como pessoa.
A escola deve se organizar para escolarização do aluno com deficiência abrindo
espaço para o diálogo; capacitar os profissionais da educação; conscientização do corpo
discente visando a boa integração; adequação dos espaços físicos, para dar livre acesso,
a todos; apoio maciço e integral do sistema educacional, para pôr em prática a proposta
pedagógica.
A inclusão está amparada pela LDB 9.394/96, onde o Art. 59 prevê: Os sistemas de
ensino assegurarão aos educandos com necessidades especiais: I - Currículos, métodos,
técnicas, recursos educativos e organização especificas, para atender às suas
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necessidades. E a Resolução CNE/CEB Nº 02/2001, prevê no Art. 8º As escolas da rede
regular de ensino devem prever na organização de suas classes comuns: III –
flexibilização e adaptações curriculares, que considerem o significado prático e
instrumental dos conteúdos básicos, metodologias de ensino e recursos didáticos
diferenciados e processos de avaliação adequados ao desenvolvimento dos alunos que
apresentam necessidades educacionais especiais, em consonância com o projeto
pedagógico da escola, respeitada a frequência obrigatória.
OS DESAFIOS EDUCACIONAIS CONTEMPORÂNEOS
Na perspectiva de currículo, conhecimento e conteúdo é preciso situar que alguns
dos Desafios Educacionais Contemporâneos postos à escola hoje, enquanto marcos legal
como a Lei 10639/03 trata sobre obrigatoriedade do ensino da História e cultura afro
brasileira e africana; Lei 11645/08, trata sobre a obrigatoriedade do ensino da História e
cultura afro brasileira, africana e indígena, ECA. Uma historicidade ligada ao papel e às
cobranças da sociedade civil organizada, em especial dos movimentos sociais. Nesta
perspectiva, os “desafios educacionais” no currículo, devem pressupor ser parte desta
totalidade. Portanto eles não podem se impor à disciplina numa relação artificial e
arbitrária, devem ser “chamados” pelo conteúdo da disciplina em seu contexto e não o
contrário, transversalizando-o ou secundarizando-o.
O Projeto Político Pedagógico oferece práticas pedagógicas escolares que
expressam e organizam os saberes inseridos, como também os movimentos
contraditórios pelos quais as sociedades vêem enfrentando e de que forma os sujeitos se
insere neles. O currículo da escola é a seleção intencional de uma porção de cultura.
Cultura esta, que se refere a toda produção humana que se constrói a partir das
interrelações do ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Esta ação
essencialmente humana, intencional e realiza a partir do trabalho, através do qual o
homem se humaniza e humaniza a própria natureza. Assim, cabe à escola erigir seu
papel fundamental na transmissão, apropriação e socialização dos saberes culturais,
numa base teleológica que propõe uma ação intencional e transformadora da realidade
concreta.
A busca por uma educação de qualidade, é a garantia de apropriação dos
conhecimentos, leva-nos a refletir sobre o que entendemos por conhecimento escolar e
de que forma a sistematização dos saberes é feita na sala de aula. Consideramos que o
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conhecimento escolar tem características próprias que se distinguem de outras formas de
conhecimento. Nossa preocupação é o resgate da função social da escola, na
apropriação dos conhecimentos sistematizados que serão reelaborados com o saber
escolar, na qual os estudantes identificam-se nela a relação orgânica com o dinamismo
social que vivenciam no sentido de transformação.
“As questões relativas à globalização, as transformações científicas e tecnológicas
e a necessária discussão ético-valorativa da sociedade apresentam para a escola a
imensa tarefa de instrumentalizar os jovens para participar da cultura, das relações
sociais e políticas. A escola, ao posicionar-se dessa maneira, abre a oportunidade para
que os alunos aprendam sobre temas normalmente excluídos e atua propositalmente na
formação de valores e atitudes do sujeito em relação ao outro, à política, à economia, ao
sexo, à droga, à saúde, ao meio ambiente, à tecnologia, etc” (PCNs – 1ª à 4ª séries, vol.
01, p. 47).
HISTÓRIA E CULTURA AFRO-BRASILEIRA AFRICANA E INDÍGENA
A cultura Afro-Brasileira e Indígena oferece elementos relacionados às todas as
áreas do conhecimento, cada professor deve incluir em seu plano, seja qual for sua
disciplina de ensino a cultura desses povos que enriqueceram e enriquecem o nosso país.
Em nosso Colégio esse tema cultura Afro-brasileira e Indígena é interdisciplinar. O
educador tem o compromisso de mostrar aos alunos a riqueza das ciências, da arte, da
tecnologia e da história dos povos do continente africano e americano. Ao falar sobre os
diversos povos, é possível destacar as contribuições de cada um para o Brasil Colônia e
para o Brasil que é hoje..
Nos educadores, estamos conscientes que é de suma importância, ao abordar a
evolução das espécies, esclarecer que biologicamente todos os seres humanos são
parecidos e que as pequenas diferenças físicas não interferem na capacidade intelectual.
Com a implementação da nova Lei 11.654/08 no Currículo Básico da escola:
História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena, mediante a importância deste tema para toda
a sociedade brasileira em se propor nova valores, conhecimentos da sua própria história,
refletindo e desconstruindo preconceitos culturais/raciais, tornam-se necessárias as
práticas cotidianas de valorização da cultura negra brasileira/africana e indígena em todo
o espaço escolar: comunidade, trabalhadores em educação.
Podemos concluir que o objetivo do ensino de cultura Afro-Brasileira e Indígena é a
divulgação e produção de conhecimentos, bem como de atitudes, posturas e valores que
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eduquem os alunos quanto à pluralidade éticno-racial, tornando os capazes de interagir e
de negociar objetivos comuns que garantam a todos, respeito aos direitos legais e
valorização de identidade, na busca de consolidação da democracia brasileira, ao lado
dos indígenas, européia e asiática.
Aprender a viver com os outros - desenvolver a compreensão do outro e a
percepção das interdependências, na realização de projetos comuns, preparando-se para
gerir conflitos, fortalecendo sua identidade e respeitando a dos outros, respeitando
valores de pluralismo, de compreensão mútua e de busca da paz.
EDUCAÇÃO AMBIENTAL
Educação e Cidadania – uma questão mundial“Num contexto mundial, marcado pela interdependência crescente entre os povos,
pressupõe-se que é preciso aprendermos a viver juntos no planeta. Mas como fazê-lo se
não formos capazes de viver em nossas comunidades naturais de pertinência: nação,
região, cidade, bairro, participando da vida em comunidade?” (PCNs, p. 15 – Introdução
5ª à 8ª séries)
Entendemos por educação ambiental os processos por meio dos quais indivíduo e
as coletividades constroem valores sociais, conhecimentos, habilidades, atitudes e
competências voltadas para a conservação do meio ambiente, bem de uso comum da
sociedade que é essencial à qualidade de vida.
Diante da situação que se encontram as relações do homem com a natureza, onde
este retira todos os recursos possíveis e impossíveis, visando o lucro imediato, não tendo
consciência que suas atitudes estarão comprometendo a continuidade das futuras
gerações.
As consequências desta degradação estão acontecendo onde milhares de pessoas
já estão sofrendo a fúria da natureza. Algumas consequências com o desenvolvimento
das geleiras, excesso de gás carbônico na camada de ozônio, desmatamento das
florestas, poluições em todas as suas formas, erosões, chuvas ácidas entre outros.
Para construir um desenvolvimento sustentável é necessário elaborar linhas de
ações que levem a instituição escolar a construir consciência, tendo como intervenção
pedagógica ações que nos leve a repensar conceitos de sociedade sustentável.
A educação ambiental é um componente essencial e permanente da educação
nacional, Lei 9.795/99, devendo estar presente, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educativo, em caráter formal e não-formal. À sociedade como
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um todo, deve manter atenção permanente à formação de valores, atitudes e habilidades
que propiciem a atuação individual e coletiva voltada para a prevenção, a identificação e a
solução de problemas ambientais. A concepção do meio-ambiente em sua totalidade,
considerando a interdependência entre o meio natural, o sócio-econômico e o cultural,
sob o enfoque da sustentabilidade. A conscientização vai além de questões educacionais,
pois necessita de uma compreensão integrada do meio ambiente em suas múltiplas e
complexas relações, envolvendo aspectos ecológicos, psicológicos, legais, políticos,
sociais, econômicos, científicos, culturais e éticos.
O que temos de mais importante para preservação da humanidade é a preservação
do meio-ambiente, onde o incentivo à participação individual e coletiva, permanente e
responsável, na preservação do equilíbrio do meio ambiente, entendendo-se a defesa da
qualidade ambiental, fundada nos princípios da liberdade, igualdade, solidariedade,
democracia, justiça social, responsabilidade e sustentabilidade.
ENFRETAMENTO Á VIOLÊNCIA NA ESCOLA
A violência é um fenômeno globalizado que atinge adolescentes, adultos, idosos,
crianças de todos os segmentos sociais e em todos os lugares.
Os relatos de situações de violência também acontecem toda hora, em todo lugar,
nas ruas, praças, escolas, igrejas, lares, filmes, novelas, desenhos animados, jornais,
programas de televisão. Assim, há um risco dessa violência, que fere, mata, destrói a
auto-estima, humilha, escraviza e degenera o ser humano, tornar-se banal. Pelo menos
até em quanto acontece com o outro.
Entretanto, a violência em nosso País assumiu tamanha proporção que atualmente
a sua erradicação constituí uma prioridade nacional, independente dos locais onde
acontecem e dos segmentos sociais atingidos.
Portanto, escola precisa se atualizar e perceber que a sua função é promover o
processo de socialização, por meio do esporte, lazer e atividades pedagógicas que
contribuíam para a formação da cidadania e para uma sociedade que valorize o outro
sempre na busca pela paz.
PREVENÇÃO AO USO INDEVIDO DE DROGAS
Durante anos o uso indevido de drogas foi tratado como assunto restrito às áreas
médicas e jurídicas. Hoje em dia todo mundo fala em drogas, há propaganda do ministério
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da Saúde e de Organizações não governamentais veiculadas na televisão, rádio, jornais,
revistas e em outdoors espalhados pelas ruas das cidades em todo Brasil.
Diante tudo isso a escola precisa preparar o aluno para mais esse enorme desafio"
o uso e abuso de drogas".
Para que os docentes possam orientar alunos e pais, eles precisam conhecer esses
aspectos e estar conscientes dos riscos que o uso indiscriminado de drogas pode
acarretar.
A preocupação em relação às drogas está associada aos vários vícios, é uma
questão complexa e requer uma visão ampla do assunto. O preconceito e a discriminação
não devem ser vistos no mundo do usuário de drogas. Há a necessidade de humanizar o
usuário, mostrar a sociedade que existe um ser humano ali. O foco está na qualidade de
vida desses cidadãos, na redução dos danos e na valorização da pessoa.
Propõem-se também estimular o cultivo de atitudes e valores indispensáveis à formação
da pessoa e do cidadão, de modo a favorecer a construção de uma sociedade
democrática e emancipadora.
Afinal, é atribuição da escola ajudar os alunos a se tornarem sujeitos pensantes,
capazes de construir uma vida saudável e socialmente responsável, de aprender
criticamente realidade e de exercer plenamente a cidadania.
SEXUALIDADE NA ESCOLA
A inclusão da temática sexualidade nas escolas do ensino fundamental e médio é
de grande importância para os jovens da atual sociedade. As manifestações da
sexualidade afloram em todas as faixas etárias.
A sexualidade no espaço escolar não se inscreve apenas em portas de banheiros,
muros e paredes. Ela invade a escola por meio das atitudes dos alunos em sala de aula e
da convivência social entre eles. Por vezes a escola realiza o pedido, impossível de ser
atendido, de que os alunos deixem sua sexualidade fora dela.
A Orientação Sexual na escola é um dos fatores que contribui para o conhecimento
e valorização dos direitos sexuais reprodutivos. Estes dizem respeito à possibilidade de
que homens e mulheres tomem decisões sobre sua fertilidade, saúde reprodutiva e
criação de filhos, tendo acesso às informações e aos recursos necessários para
implementar suas decisões. Esse exercício depende da vigência de políticas públicas que
atendam a estes direitos.
A sexualidade tem grande importância no desenvolvimento e na vida psíquica das
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pessoas, pois, além da sua potencialidade reprodutiva, relaciona-se com a busca do
prazer, necessidade fundamental das pessoas. Manifesta-se desde o momento do
nascimento até a morte, de formas diferentes a cada etapa do desenvolvimento humano,
sendo construída ao longo da vida. Além disso, encontra-se necessariamente marcada
pela história, cultura, ciência, assim como pelos afetos e sentimentos, expressando-se
então com singularidade em cada sujeito. O que nos cabe é refletir acerca da importância
da Orientação Sexual na Escola para a construção da cidadania, de uma sociedade livre
de falso moralismo e mais feliz. O trabalho de Orientação Sexual tem como objetivo
principal as mudanças nos padrões de comportamento, levando-se em conta três
aspectos fundamentais: a transmissão de informações de maneira verdadeira; a
eliminação do preconceito e a atuação na área afetivo-emocional.
De forma diferente, cabe à escola abordar os diversos pontos de vista, valores e
crenças existentes na sociedade para auxiliar o aluno a construir um ponto de auto-
referência por meio da reflexão. Enfim, a presente temática faz parte do cotidiano das
escolas, onde deve ser trabalhada de maneira muito ética e profissional, por se tratar de
conceitos e de valores familiares, o educador deve procurar basear seu trabalho nos
conteúdos científicos dessa forma estará respeitando os valores de cada aluno.
EDUCAÇÃO PARA O TRÂNSITO
O trânsito caracteriza-se pela relação homem-necessidade de circulação, num
contexto determinado. Transitar é uma necessidade de todo ser humano. Todos, portanto,
são usuários do trânsito, independente do papel que estejam desempenhando.
O CTB, no Cap. I das Disposições Preliminares, Art, 1o, § 1º, assim define trânsito: “...
utilização das vias por pessoas, veículos e animais, isolados ou em grupos, conduzidos
ou não, para fins de circulação, parada, estacionamento e operação de carga e
descarga”.
Sob essa acepção, o trânsito se constitui num complexo sistema de relação dos
homens entre si e desses com o espaço no qual interagem.
Considerando esse enfoque, é importante enfatizar que o crescimento das cidades gerou
um maior número de veículos circulando, de pessoas transitando, de crianças nas ruas,
fazendo com que os problemas cresçam na mesma proporção, comprometendo a
mobilidade e a acessibilidade aos espaços destinados ao tráfego. De acordo com a
perspectiva apresentada, pode-se perceber que a situação tende a se agravar. Neste
sentido, levando em conta os dados apresentados, pode-se considerar o trânsito e a
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violência nele manifesta como um problema de saúde pública, que, se não enfrentando
com eficiência, ocasiona e ocasionará danos irreparáveis à sociedade, aos indivíduos e
ao Estado, pelas crescentes perdas advindas do crescimento do número de acidentes.
Pelos dados, constata-se que o trânsito acaba gerando mais perdas e mutilações do que
o ocasionado por guerras, conflitos, doenças e outras catástrofes enfrentadas pela
humanidade.
Este quadro leva-nos e propor uma ação conjunta, que tenha como meta mudar
atual conjuntura. Muitas campanhas e atividades vêm sendo desenvolvidas no Estado,
porém não têm conseguido alterar a cultura de violência no trânsito por motivos diversos:
descontinuidade e duplicidade de ações, descompasso entre o contexto local e objeto das
ações, criação e uso de materiais nem sempre adequados ao público-alvo e, ainda, a
proposição e desenvolvimento de ações isoladas de educação para o trânsito.
Considerando a importância das ações de educação para o trânsito e o fato de essas
serem subsidiadas por inúmeros pressupostos legais, é necessário um trabalho coletivo,
com a participação de toda a sociedade, para que os dispositivos legais em prol da
construção de um trânsito mais seguro.
Segundo a Lei no 9.394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional – no seu
artigo 1º, “A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida
familiar, na convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos
movimentos sociais e organização da sociedade civil e nas manifestações culturais”.
O contexto da atual realidade brasileira, com uma profunda divisão social e uma
injusta distribuição de renda, tem dificultado o desenvolvimento de um processo
democrático que oportunize a inclusão do homem numa sociedade na qual os valores de
respeito, solidariedade, dignidade e honestidade estejam presentes. Tais dificuldades,
porém, não podem se tornar elementos impeditivos de ações que oportunizem a formação
de um homem consciente, crítico, com valores morais e éticos, movido por atitudes,
hábitos e habilidades que possam vir a transformar essa realidade.
O papel da educação é fundamental para que o mundo e o homem que pensamos
e desejamos se tornem realidade. Buscamos a educação integral do ser humano – aquela
que o faça pensar e se preocupar, questionando este mundo, buscando um sentido para
sua existência e para vida em sociedade – e não aquela que simplesmente o torna
passivo.
O homem, na maioria das vezes, é induzido a acompanhar as transformações da
sociedade, perdendo valores fundamentais para sua qualidade de vida. Seu despreparo
para a convivência em sociedade gera impaciência e comportamentos agressivos
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facilmente comprovados no dia-a-dia. O trânsito é um dos cenários onde mais comumente
se percebem esses comportamentos que geram consequências trágicas, comprovadas
através das estatísticas de acidentalidade.
Nosso desafio é, partindo da identificação de suas características, educar num tempo de
incertezas. Vivemos uma crise de valores – entendida essa muita mais como uma
indefinição do que propriamente ausência desses. A sociedade se transforma
rapidamente e os conflitos ocorrem diante da necessidade de fazer escolhas, frente a
uma escala de valores pouco clara.
Desta forma, é de extrema importância a busca da conscientização de todos para
que o respeito, a honestidade, a dignidade, a solidariedade enfim, a vivencia de valores
éticos possam vir a transformar a realidade do mundo em que vivemos e,
especificamente, o quadro de sinistralidade do trânsito.
Acreditamos que a educação ética faz a diferença, e que, de forma constante,
consciente ou inconscientemente, somos impelidos a uma tomada de decisões, é
necessário, então, educar, para essa capacidade de escolha, educar para o
discernimento, que deverá estar presente no desempenho dos diversos papéis que
vivenciamos/presenciamos no espaço em que trafegamos: seja como pedestre, condutor,
passageiro, motociclista, ciclista, carroceiro, papeleiro, skatista. Para que aconteça uma
transformação do quadro de sinistralidade no trânsito, só há um caminho: a educação
para o trânsito. Muito se tem feito nesta área, nos últimos anos: muitas campanhas, ações
e atividades. Estes espaços, porém, nem sempre atingem as metas a que se propõem;
são ações que não têm uma continuidade, são pontuais – no tempo e espaço – carecem,
muitas vezes, da adequação ao público a que se dirigem e ao contexto onde serão
desenvolvidos.
O contexto atual da sinistralidade no trânsito está exigindo, a cada dia, que
instituições, órgãos e organismos de nossa Sociedade de envolvam, em iniciativas de
Educação para o Trânsito. São muitas e variadas as ações que são pensadas, planejadas
e implementadas com o intuito de minimizar os números trágicos de acidentes e de
vítimas no nosso trânsito. Estas ações, muitas vezes, geram duplicidade, e, muitas vezes,
não têm a ver com o contexto do local onde são realizadas e nem com os alunos a que
se destinam.
VIVA ESCOLA
O Programa Viva a Escola, implantado pela Secretaria de Estado da Educação do
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Paraná, a partir da Resolução nº 3683/2008, assume como Política Pública as Atividades
Pedagógicas de Complementação Curricular, e, portanto devem ser contempladas na
Proposta Pedagógica Curricular (PPC) e desenvolvidas pelas escolas da Rede Pública
Estadual do Paraná.
Entende-se por complementação curricular atividades relativas aos possíveis
recortes do conteúdo disciplinar, previsto na PPC, que implica numa seleção de atividades
organizadas em núcleos de conhecimentos que venham ao encontro do Projeto Político
Pedagógico (PPP).
As Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular têm os seguintes
objetivos:
a) dar condições para que os profissionais da educação, os alunos da Rede
Pública Estadual e a comunidade escolar, desenvolvam diferentes atividades
pedagógicas no contra turno, no estabelecimento de ensino ao qual estão vinculados;
b) viabilizar o acesso a, permanência e a participação dos alunos da Rede
Pública Estadual em atividades pedagógicas de seu interesse, oferecidas pelo
estabelecimento de ensino onde estão vinculados;
Tais Atividades Pedagógicas de Complementação Curricular poderão ser
organizadas, a partir de quatro núcleos de conhecimento: Expressivo-Corporal, Científico-
Cultural, Apoio à Aprendizagem e Integração Comunidade e Escola.
Como orientações gerais para a elaboração das Atividades Pedagógicas de
Complementação Curricular foram estabelecidos elementos que norteiam ações a serem
desenvolvidas, a saber: no primeiro momento, discute-se o caráter essencialmente ligado
a um currículo disciplinar e sua especificidade. No segundo momento, firma um
encaminhamento metodológico investigativo, a partir do qual as atividades poderão ser
desenvolvidas. No terceiro momento, orienta a forma como deverá ser elaborado o Plano
de Trabalho Docente (PTD). Por fim, discute a configuração do momento de socialização
das atividades, entendendo o Projeto FERA COM CIÊNCIA1 como um espaço de mostra
dos conhecimentos trabalhados no decorrer do ano letivo.
EDUCAÇÃO DO CAMPO
Discutir a educação do campo é desenvolver um trabalho pedagógico que difunde
a cultura e políticas que garantam a permanência deste aluno no campo.
A escola deve buscar uma educação que seja crítica, que valorize a
problematização dos conhecimentos, objetivando os conteúdos escolares de forma que
51
valorize singularidades regionais e localize características nacionais, tanto em termos das
identidades sociais e políticas dos povos do campo quanto em valorização da cultura de
diferentes lugares do país.
A escola deve realizar uma interpretação da realidade que considere as relações
mediadas pelo trabalho no campo, como produção e cultural da existência humana.
GEOGRAFIA E HISTÓRIA DO PARANÁ
Considerando a importância de um trabalho docente crítico, sentiu-se a
necessidade de focar o ensino da história paranaense nas representações, memórias e
identidades os quais compõem o Caderno Pedagógico de Geografia e História do Paraná,
onde os mesmos constituem em um conjunto de orientações teóricas e práticas para o
trabalho pedagógico com estes disciplinas nas salas nas salas de aulas. Esse caderno
pedagógico será utilizado durante o ano letivo, o qual busca atender os anseios dos
alunos e professores, sendo mais uma oportunidade de adquirir conhecimentos reais de
nossa terra. O referido trabalho será pautado também nas orientações das Diretrizes
Curriculares da Rede Pública da Educação Básica do estado do Paraná.
Tais conteúdos surgem no sentido de difundir e incutir valores no cotidiano dos
alunos, desde cedo, preparando-os para enfrentar um mundo em constante
transformação. O caderno mostra também perspectivas que se nos abrem mais diversos
campos do saber e implicam um modelo educacional novo, dinâmico e interativo, atento a
uma realidade que se transforma a cada momento.
Portanto, trabalhar Geografia e História do Paraná tem como objetivo despertar a
curiosidade dos alunos para paixão de vasculhar o passado em busca de respostas para
a compreensão da sua realidade.
A Geografia e História do Paraná são componentes essenciais e permanentes da
educação nacional, devendo estar presentes, de forma articulada, em todos os níveis e
modalidades do processo educação nacional, devendo estar presentes, de forma
articulada, em caráter formal e não formal.
EDUCAÇÃO FISCAL
A Educação Fiscal deve ser compreendida como a abordagem didática –
pedagógica capaz de interpretar as vertentes financeiras da arrecadação e dos gastos
52
públicos e o acompanhamento de aplicação dos recursos arrecadados em beneficio da
sociedade.
A Educação Fiscal tem como princípio resgatar o papel e a função do Estado,
promovendo o conhecimento sobre a relação recíproca entre o cidadão e o Estado, a
partir do entendimento da sociedade, de sua estrutura, funcionamento e administração,
dos mecanismos sobre a aplicação e acompanhamento dos recursos públicas, que tem
caráter de educação permanente, devendo estar desvinculadas de campanhas de
premiação, como também deverão evitar o uso de logomarcas e mensagens que
caracterizem uma determinada gestão governamental.
A Educação Fiscal faz parte das demandas que compreendem a Coordenação de
Desafios Educacionais Contemporâneos, a sociedade de hoje exige uma escola que vá
além dos conteúdos e conceitos básicos, mas que contemple nestes as inquietações
presentes no contexto social, contribuindo à formação integral de seus educandos,
construindo conhecimentos e propiciando-se uma visão críticas do mundo. Nesse sentido,
a Educação Fiscal como Desafio Educacional Contemporâneo está inserida no âmbito
escolar, não como uma disciplina, e sim como mais um conhecimento que poderá ser
contemplado na escola, devidamente apontados no projeto político-pedagógico da escola,
objetivando uma melhor compreensão da realidade social e inserção do cidadão.
ESTÁGIO OBRIGATÓRIO E NÃO-OBRIGATÓRIO
A partir da realidade faz-se necessário adequar a escola às novas exigências e
questionamentos na busca das transformações sociais, na igualdade de oportunidades, a
inclusão da Lei nº 11.788/08 referente a estágio obrigatório e não-obrigatória. Sendo o
estágio um ato educativo escolar supervisionado desenvolvido na ambiente escolar,
visando à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam freqüentando
o Ensino regular em Instituição Superior, Educação Profissional de jovens e adultos,
sendo o estágio parte do processo pedagógico do curso, visando o estagiário o
aprendizado das competências no contexto da atividade profissional.
Mediante o termo de compromisso, firmado pelo educando estagiário, o professor
pedagogo fazer-se-a o acompanhamento efetivo, do estágio exigindo de relatórios,
avaliando as atividades para que mesmo possa desenvolver suas habilidades
profissionais.
53
MARCO OPERACIONAL
ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA/FUNÇÕES ESPECÍFICAS:
54
O aluno ao adentrar nesse estabelecimento, vem com o propósito de estudar, e os
professores de ensinar. Para isso acontecer há o envolvimento de toda a comunidade
escolar.
Antes de iniciar as aulas, o sinal é soado através de uma campainha e os alunos
ficam em suas respectivas filas, aguardando a presença da diretora ou responsável para
juntos fazerem uma oração, logo após são feitos os comunicados do dia e, alunos e
professores vãos para as suas salas.
Buscamos ensinar valores como o respeito mútuo, a solidariedade, colaboração,
companheirismo, diálogo, autonomia entre todos os elementos da comunidade escolar,
porém quando há desrespeito buscamos ouvir, dialogar e tentar soluções para minimizar
os problemas. Sabemos o quanto é difícil por isso muitas vezes, precisamos advertir por
escrito os alunos.
Portanto, neste processo de formação da personalidade do ser humano papel da
família e da escola deverão ser desenvolvidos em parceria com a família e comunidade
para que possamos construir um mundo que valorize as relações sociais e
consequentemente um mundo melhor para viver.
Reuniões bimestrais são realizadas com pais, alunos e professores,
proporcionando um convívio melhor e uma aprendizagem de qualidade.
Os alunos com dificuldade de aprendizagem fazem reforço no contraturno com
pessoas que se dispõem a ajudar; outros problemas tais como alunos que fogem da
escola ou deixam de frequentar aulas contamos com apoio do Conselho Tutelar que
aconselham os educandos, vão atrás dos pais e esclarecem dúvidas. Quando o aluno
está com dificuldade de relacionamento e tumultua a sala, o aconselhamento é feito com
pessoas responsáveis e, se não surtir efeito, os pais são convidado a participar das aulas,
quando, na maioria das vezes o resultado é muito bom.
Procuramos resgatar a auto estima do educando através de atividades práticas e
dialogadas, envolvendo assim toda a comunidade escolar, realizando eventos culturais e
desportivos, oportunizando a participação efetiva de todos; atraindo, motivado e
assegurando a permanecia do aluno comprometido com seu aprendizado.
Buscar trabalhar o caráter do aluno, trazendo a família para dentro da escola,
fazendo reuniões, passando filmes relacionados aos temas geradores, dinâmicas de
grupo, gincanas, e atividades construtivas com um plano de avaliação participativa é a
nova ação aqui nos propomos realizar nesse ano letivo.
CRITÉRIOS DE ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ESCOLA
55
No Calendário Escolar, elaborado pelos diretores das escolas é previsto os
conselhos de classe e reuniões pedagógicas em horário extraclasse. As reuniões de
conselho de classe são bimestrais, com o objetivo de fazer o perfil da turma e do
professor, quanto ao ensino-aprendizagem e disciplina, levantamento dos diversos
problemas pelos professores de disciplinas afins.
A aprendizagem, o respeito aos colegas, professores, funcionários, normas
estabelecidas coletivamente, material escolar, etc. são tarefas fundamentais que se
coloca aos educandos. Elaboramos o Regimento Escolar que tem por finalidade atender
ao disposto nas Constituições Federal e Estadual e na Lei de Diretrizes e Bases da
Educação Nacional: ministrar o Ensino Fundamental e Médio tendo como entidade
mantenedora o Governo do Estado do Paraná e administrado pela Secretaria de Estado
da Educação, de acordo com a legislação vigente. O Estabelecimento tem ainda o
Regulamento Interno no qual estão algumas normas, punições, sanções, estabelecidas
pela Direção e Equipe Pedagógica, pais de alunos e alunos em assembleia.
Neste Regulamento, consta a equipe de trabalho com suas respectivas funções
pedagógicas e administrativas, informações úteis ao cotidiano do aluno tais como: uso do
uniforme, horário de entrada e saída, autorização para saídas antecipadas, organização
de turmas, troca de período, adaptação e progressão parcial, objetos perdidos, perda de
avaliação, atestado médico, dispensa de Educação Física, editais/avisos/circulares,
avaliação, critérios para promoção e calendário escolar, estrutura administrativa e
pedagógica do colégio: Direção, Orientação Educacional, Secretaria. Direitos e Deveres
dos alunos, proibições e sanções.
Para que possamos ter uma verdadeira integração entre escola e família, no ato de
matrícula, os pais tomam conhecimentos de algumas normas de funcionamento que nos
ajudam no bom funcionamento deste estabelecimento:
Uniforme – Será de uso obrigatório, sendo que foi decidido em assembleia pelos pais;
Horário de entrada – Os alunos deverão observar atentamente o horário de início das
aulas:
Período matutino: 07 h e 30 min.
Período noturno: 19 horas
Autorização para saída antecipada – Só será permitida a saída de alunos do Colégio
durante o período de aulas, mediante solicitação por escrito dos pais ou responsáveis.
Boletim escolar - Os boletins de alunos menores que tiverem notas abaixo da média só
serão entregues aos pais ou responsáveis, para que estes tomem ciência da situação
56
escolar de seus filhos e possam assim nos ajudar a melhorar o rendimento escolar dos
mesmos.
AS RELAÇÕES ENTRE OS ASPECTOS ADMINISTRATIVOS E PEDAGÓGICOS
Nossa escola busca proporcionar condições ao corpo docente, discente,
administrativo e serviços gerais, para o desenvolvimento de uma concepção
transformadora, responsável, crítica e solidária, onde cada um procura desenvolver com
responsabilidade a sua função. Tem o propósito de contribuir para que os alunos
apropriem-se de conteúdos sociais e culturais de maneira crítica e construtiva. O objetivo desta escola é formar cidadãos capazes de atuar na sociedade com
competência e dignidade e que saibam analisar, decidir, planejar, expor suas ideias, para
que possam ter uma participação ativa sobre a sociedade em que vivem.
A atuação da direção da escola é fundamental o trabalho da direção é assegurar a
existência de condições para que o ensino se realize (...).
PLANO DE FORMAÇÃO CONTINUADA PARA TODOS OS MEMBROS DA COMUNIDADE ESCOLAR
O plano de ação de formação continuada existente na escola é o que é ofertado
pela SEED, NRE e parcerias, que propõe a capacitação aos profissionais da educação.
Esses cursos de capacitação acontecem durante o ano, como grupo de estudos,
encontros pedagógicos, seminários, palestras, projeto folhas, etc.
Os planos de capacitação têm como objetivo visar à melhoria do profissional na
sua prática pedagógica, e consequentemente melhorar a qualidade de ensino.
PLANOS DE AÇÃO DA ESCOLAI - OBJETIVOS GERAIS
O olhar pedagógico permeará todas as decisões administrativas.
Registrar tudo para compor um programa de multiplicação para seus colegas e
57
para outras áreas da escola.
Expor seus pontos de vista com clareza e objetividade para que suas mensagens
sejam bem compreendidas por todos.
Coordenar as ações pedagógicas para que coletivamente possamos promover à
melhoria da aprendizagem de todos os alunos.
Analisar o nível de rendimento da escola como um todo por meio de avaliações de
alunos, professores, funcionários, equipe pedagógica e direção.
Dar atendimento aos professores, alunos e pais, destacando seus pontos positivos,
para criar um ambiente favorável à manifestação de todos.
Dirigir o Projeto Político Pedagógico de forma conjunta a fim de que haja a
construção e uma escola de qualidade.
Desenvolver a confiança e o comprometimento da comunidade escolar, dando-lhes
apoio e encorajando-a nas ações do dia-a-dia.
Criar oportunidade para frequentes troca de ideias, de inovações e criações
conjuntas no trabalho.
Levar os professores e funcionários a fazerem uma análise da realidade
educacional atual, a fim de realizarmos um trabalho de acordo com as reais necessidades
da nossa comunidade.
Desenvolver um sentido comum de cumplicidade de família, no desempenho dos
objetivos educacionais.
Proporcionar momentos para avaliarmos a escola como um todo, podendo assim,
rever nossas ações e adequá-las conforme as necessidades visando maiores sucessos
nos resultados.
Integrar a escola, à comunidade e à família, organizando reuniões e promovendo
eventos comemorativos.
Estar aberto ao novo, ao diferente, para poder ajudar a todos abrirem o leque de
suas percepções.
II – AÇÕES
Colocar em prática a função das instâncias colegiadas (Conselho Escolar,
conselho de Classe, Representante de turma, Grêmio Estudantil e APMF) através de
reuniões que possamos refletir os verdadeiros papéis e colocá-los em prática.
Acompanhar e assessorar as ações do Projeto Político Pedagógico, através de
reuniões para avaliação, pois o mesmo foi realizado juntamente com a comunidade
58
escolar.
Realizar o Pré Conselho de Classe e o Conselho Classe, depois de feito um
diagnóstico das dificuldades, refletir ação pedagógica educativa com um grupo de
professores que elogiam, criticam e propõe soluções.
Promover grupos de estudos, assistire vídeo e discutir assuntos diversos para
melhorar a prática dos professores, trocar experiências entre os professores nas horas
atividades em dias estabelecidos para cada disciplina, para obter melhor conhecimento,
estudaremos produções intelectuais, bem como textos teóricos que proporcionem aos
educadores subsídios para realizar melhor o seu trabalho, que é o processo de ensino e
aprendizagem e consequentemente repassar aos seus alunos com o apoio da equipe
pedagógica, pois sem a fundamentação teórica não podemos realizar a função primordial
da educação que é a aquisição do conhecimento científico.
Assessorar os professores e a comunidade escolar quanto ao planejamento, e a
sua prática de forma continuada identificando as necessidades e suas prioridades.
Adequar a escola para atender nossos alunos em um espaço que possa
proporcionar atividades extras, horas de estudo orientado, aulas de iniciação à pesquisa e
reuniões quinzenais de avaliação a fim de diminuir o índice de evasão e repetência.
Implementar a proposta curricular da escola de acordo com as políticas
educacionais da SEED/PR e com as Diretrizes Curriculares do CNE.
Incentivar e tornar possível a realização de eventos como; feiras, exposições e
atividades esportivas nos finais de semana.
Implantar programa de leitura tendo em vista a formação do leitor crítico.
Fazer um diagnóstico das grandes dificuldades dos alunos de 5ª série (que estão
abaixo da média) e fazer um planejamento diferenciado para esses alunos.
Propor ações para o enfrentamento da evasão escolar. Ex: Fica, reuniões com os
pais entre outras ações.
Ficar atento para a repetência, pois muitas vezes é motivo para evasão.
Desenvolver ações que viessem desenvolver o raciocínio lógico, abstração,
memória etc / ou capacidade de fazer cálculos e de resolver problemas;
Enfim, propor ações concretas conforme as dificuldades apresentadas pela
comunidade/escola/alunos.
III – RESPONSÁVEIS
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Direção, Equipe Pedagógica, Professores, funcionários e Comunidade.
IV – CRONOGRAMA
Durante a gestão de 2008 a 2011, de maneira gradativa, contínua e coletiva.
VI – AVALIAÇÃO DO PLANO DE AÇÃO
No decorrer do ano através dos resultados das ações colocados em práticas
coletivamente ouvindo toda a comunidade escolar, e se preciso for rever e refazer o que
foi proposto.
Direção – O gestor na Educação é, ao mesmo tempo, um gestor de recursos e um
educador de educadores. O exercício simultâneo dessas duas missões é deveras difícil.
Para lograr sucesso, ele terá de ter uma “atitude” de avaliador de tudo a fim de poder
tomar decisões acertadas. Como gestor de recursos, sua prioridade é o “bom e o útil”.
Significa que estará sempre procurando combater desperdícios e orientando as
aplicações dos recursos com os olhos postos nos resultados materiais, práticos,
concretos. Como educador de educadores, por outro lado, será guiado pela visão
humanista do “belo”, que prioriza o exercício da grandeza, ou seja, o aprimoramento
constante de todas as pessoas envolvidas como sendo o apanágio da sua missão. Seus
olhos estarão sempre postos na “alfabetização” de todos os alunos. Quaisquer que sejam
as séries em que estejam porque não basta aprender a ler e escrever. É necessário
eliminar o analfabetismo funcional e salvar a Língua Portuguesa: - uma verdadeira
cruzada.
Como se pode perceber, a avaliação de resultados não pode se limitar (reduzir-se)
a alguns números. Tem de levar em conta os aspectos subjetivos (abstratos) da qualidade
da Educação que estamos ofertando.
PLANO DE AÇÃO EQUIPE PEDAGÓGICA
JUSTIFICATIVA
Orientar o aluno para que melhor se situe dentro da sua problemática e encontre
saídas para superação da mesma e se integre normal e lentamente, mas com segurança
na vida adulta. Dentro dessa desta perspectiva desenvolver valores éticos, culturais por
60
meio de diversas atividades pra a superação da mesma.
CARACTERIZAÇÃO
A situação sócio-econômica-cultural dos alunos caracteriza-se por famílias em
geral de baixa renda com profissões bastante diversificadas, mas que na sua maioria,
agricultores, trabalhadores assalariados.
OBJETIVOS GERAIS:
Reforçar e reformular o sistema de informações entre a escola, família e a
comunidade, para ação conjunta e integrada como:
Observar o aluno no desenvolvimento de sua capacidade de fazer opções,
levando-o a identificar suas potencialidades e limitações, adquirira habilidades
necessárias ao processo decisório;
Atender o aluno nas várias áreas da Orientação Educacional;
Colaborar com a direção e professores na realização do processo educativo,
visando o desenvolvimento integral e ajustamento do educando;
Orientar e planejar atividades juntamente com professores;
Elaborar proposta pedagógica da escola juntamente com a direção e toda
comunidade escolar.
OBJETIVOS ESPECÍFICOS:
Quanto à família:
Contribuir para o processo de integração escola- família- comunidade;
Desenvolver atitudes favoráveis à efetiva participação dos pais na tarefa
educativa;
Orientar os pais para que tenham atitudes corretas em relação ao estudo dos
filhos;
Possibilitar e disponibilizar a colaboração por parte dos pais em relação à escola.
Quanto à área do Orientador Educacional
Identificar o aproveitamento escolar, como a evasão e repetência;
Identificar e assistir alunos que apresentam dificuldades de ajustamento à escola,
problemas de rendimento escolar;
61
Instrumentar o aluno para a organização eficiente do trabalho escolar, tornando a
aprendizagem mais eficaz;
Propiciar ao aluno analisar, discutir, vivenciar e desenvolver atitudes e
comportamentos fundamentados em princípios universais;
Desenvolver no aluno atitudes de comportamentos a respeitos no trado com os
colegas, professores e funcionários na escola;
Desenvolver a dimensão ética, cooperasociabilidade, liberdade, compreensão dos
direitos e deveres da pessoa humana.
Projetos que desenvolvam a integridade do aluno, bem como, pesquisas, leituras,
regulamento interno, problemas com indisciplinas etc.
Atividades
Programação de atividades que levem o aluno a perceber modos de se auto-
realizar, através de palestras, vídeos, dinâmicas de grupos etc;
Troca de experiências com profissionais da área e elaboração de projetos
conjuntos;
Reuniões bimestrais com pais de alunos menores, visando o melhor rendimento
dos educandos;
Subsidiar a direção com critérios para definição do calendário Escolar,
organização de classes, horário semanal;
Orientar o funcionamento da biblioteca escolar, para garantia de seu espaço
pedagógico;
Acompanhar o processo ensino aprendizagem, atuando junto a alunos e pais no
sentido de analisar.
Elaborar com o corpo docente, os planos de recuperação a serem proporcionados
aos alunos que obtiverem resultados de aprendizagem abaixo dos desejados.
Metodologia:
Reuniões com alunos e pais, palestras, dinâmicas de grupos, textos para reflexão.
Cronograma:
Todas as atividades serão realizadas durante o ano letivo
PROPOSTA DE TRABALHO DO COLÉGIO PARA ARTICULAÇÃO COM A FAMÍLIA E A
62
COMUNIDADE ESCOLAR
A escola propõe resolver os problemas evasão e repetência em conjunto com os
professores, em primeiro lugar orientando-os para enriquecerem suas aulas, procurando
motivar os alunos e mantendo um contato maior com os pais, mostrando a eles a
importância do estudo e de sua permanência na escola.
A escola realizará em conjunto com os professores e alunos a Semana Cultural e
Desportiva, Jogos interséries, Passeios e Viagens e outros eventos planejados pelo
Colégio.
Buscar nestas propostas, resgatar os valores , trazendo a família para dentro da
escola, fazendo reuniões periódicas e dinâmicas, promovendo eventos que envolvam os
pais, como gincanas, dinâmicas de grupos, palestras para conscientização de seus
direitos e deveres como pais.
PLANO DE AVALIAÇÃO DO PROJETO POLÍTICO PEDAGÓGICO
O presente projeto servirá de estímulo e apoio à reflexão sobre a prática diária. O
objetivo deste é melhorar a qualidade de ensino, para fazer postos por um mundo em
constante mudança. O compromisso maior da escola é proporcionar através do Projeto
Político Pedagógico um diálogo constante entre professores, alunos e pais e os diversos
setores que estão ligados direta e indiretamente com a educação.
Semestralmente, a comunidade escolar (Professores Representantes de turmas,
Direção, Equipe Pedagógica, Funcionários, APMF e Conselho Escolar), se reúne para
verificar se o que está na teoria tem sido realmente desenvolvido na prática e também
levantar os pontos positivos e negativos do Projeto Político Pedagógico e o que pode ser
melhorado.
Enfim, o presente projeto será avaliado no decorrer do ano letivo, através de
reuniões realizadas com o coletivo da escola e comunidade local, verificando os avanços
e possibilidades de mudar os pontos negativos. A educação é um processo de longo
prazo, por isso o Projeto Político Pedagógico da escola deve estar sempre em
construção.
]
CURSOS PROFISSINALIZANTES
63
O Colégio oferta cursos profissionalizantes no período noturno, de nível pós
médio que realiza parceria com a Universidade Federal do Paraná (UTFPR) e com o
Instituto Federal do Paraná (E-TEC).
Ofertando os seguintes cursos: Secretariado; Técnico em Meio Ambiente;
Informática; e Técnico em Administração.
Onde proporciona para comunidade cursos de qualidade e gratuito.
PROPOSTA CURRICULAR ENSINO FUNDAMENTAL E MEDIO
INTRODUÇÃOTodo o processo de construção para o Ensino Fundamental e Ensino Médio têm
como base legal a LDBE/96, que estabelece que a educação básica é formada pela
educação fundamental e médio, tendo por finalidades “desenvolver o educando ,
assegura-lhe a formação comum indispensável para o exercício da cidadania”.
É a preocupação da escola pública com atendimento a diversidade social,
econômica cultural existente que lhe garante ser reconhecida como instituição, voltada
para a inclusão de todos, assegurando o acesso e a permanência e a aprendizagem de
todos os alunos.
O grande desafio da escola pública é estabelecer uma proposta de ensino que
reconheça e valorize práticas culturais sem perder de vista o conhecimento
historicamente produzido, que se constitui em patrimônio universal.
As diferentes formas de atendimento pela SEED, têm o propósito de criar
condições necessárias para todos os educandos, assegurando o seu direito à
escolarização da Educação Fundamental.
ORGANIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO POR BLOCO
O Colégio Estadual Maria Diva Proença – Ensino Fundamental e Médio, optou pela
organização do Ensino Médio por Bloco, por entender que tal organização trará benefícios
para o processo de ensino e aprendizagem dos alunos, sendo que
As disciplinas da Matriz Curricular estarão organizadas anualmente em dois Blocos
de disciplinas semestrais ofertados concomitantemente.
64
A carga horária anual da disciplina ficará concentrada em um semestre, garantindo
o número de aulas da Matriz Curricular, pois os Blocos de Disciplinas Semestrais são
ofertados de forma concomitante nos dois semestres.
O sistema de avaliação a ser adotado deverá respeitar as normas vigentes no
Sistema Estadual de Ensino, no que diz respeito:
aos resultados de Avaliação expressos ao final de cada Bloco de Disciplinas
Semestral;
à apuração de assiduidade;
aos estudos de recuperação;
ao aproveitamento de estudos;
a atuação do Conselho de Classe.
REFERÊNCIAS
PILLETI, Cláudio. Filosofia da Educação. São Paulo: Ática,1991.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Filosofia da Educação. São Paulo: Cortez, 1990.
ARANHA, Maria Lúcia. Filosofia da Educação. São Paulo: Moderna, 1989.
KRUPPA, Sonia M. Portella. Sociologia da Educação. São Paulo: Cortez,1994.
65
VASCONCELLOS, Celso dos Santos. Disciplina: Construção da disciplina consciente e interativa em sala de aula e na escola. São Paulo: Libertad, 1994.
DAVIS, Cláudia. Psicologia na Educação. São Paulo: Cortez, 1993.
BARROS, Célia Silva Guimarães. Pontos de Psicologia do Desenvolvimento. São
Paulo: Editora Ática, 1988.
FALCÃO, Gérson Marinho. Psicologia da Aprendizagem. São Paulo: Ática, 1989.
NIDELCOFF. Maria Teresa. A escola e a compreensão da realidade. São Paulo:
Brasiliense, 1989.
NOGUEIRA, Débora Mazza et alli. Fazer escola conhecendo a vida. Campinas:
Papirus, 1987.
MELLO, Guiomar Namo de. Paixão, pensamento e prática. São Paulo: Cortez, 1986.
LIBÂNEO, José Carlos. Didática. São Paulo: Cortez, 1993.
SEVERINO, Antônio Joaquim. Filosofia da Educação: construindo a cidadania. São Paulo: FTD, 1994.
VASCONCELLOS, Celso dos santos. Planejamento: Plano de Ensino – Aprendizagem e Projeto Educativo – Elementos Metodológicos para elaboração e realização . São
Paulo: Libertad,1995.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria de Educação Média e Tecnológica. ParâmetrosCurriculares nacionais: ensino médio: bases legais/Ministério da Educação/Secretaria de Educação Média e Tecnológica, 1999.
BRASIL. Ministério da Educação, Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Secretaria de Educação Média e Tecnológica. Brasília: Ministério da educação, 1999.
LDB/1996. São Paulo: Saraiva.
66
MEC: Cadernos da TV Escola: Escola Hoje.
Pátio. Revista pedagógica.nº34/2005
Gestão em rede – nº 36,37,54, 55,56,57,58,59,60,61,6264.
Revista Nova Escola – nº182,183,186.
Conselho Escolar e a Aprendizagem na escola – caderno 02- 2004.
Guia de Gestão escolar – SEED – 2002.
COLÉGIO ESTADUAL MARIA DIVA RIBEIRO DE PROENÇA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
67
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO MÉDIO
CURIÚVA – PARANÁ2010
68
ARTE
ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
O ensino da Arte deve basear-se em um processo de reflexão sobre a finalidade
da Educação, nos objetivos específicos dessa disciplina, na coerência entre tais objetivos,
nos conteúdos programados (aspectos teóricos) e na metodologia proposta. Pretende-se
que os alunos adquiram conhecimentos sobre a diversidade de pensamento, Criação,
produção artística para expandir sua capacidade de entendimento, desenvolvendo seu
pensamento crítico. Pois é a expressão do saber criador do homem.
A Arte e uma das manifestações mais antigas da humanidade e percebemos que
ela nos conta um modo de vida, as crenças e os ideais dos povos. Arte e cultura. Por
meio das manifestações artísticas de um povo e de suas relações socioculturais,
tomamos conhecimento da sua cultura.
Segundo as Diretrizes Curriculares da Educação, a Arte tem uma função tão
importante quanto às demais disciplinas no processo de Ensino e Aprendizagem. Ela
propicia o desenvolvimento da sensibilidade, da percepção e da imaginação, tanto no ato
criador quanto na apreciação de obras de arte e da própria natureza. O educando que
exercita continuamente a sua imaginação está mais preparado para realizar atividades de
outras disciplinas, facilitando o entendimento na sua totalidade, fazendo com que o
sensível, o perceptivo e o reflexivo atuem e interajam com as mesmas propriedades,
69
permitindo a expressividade de sentimentos, idéias e informações, interferindo assim em
todo processo de aprendizagem.
A nova Proposta de Ensino na Educação Básica, que tem como objeto de estudo a
Historia da Arte, a leitura de imagem e o fazer artístico, possibilita ao aluno exercitar sua
visão critica, ampliando assim sua visão de mundo.
O conhecimento desta disciplina e importante como saber escolar e contribui para a
formação e transformação do educando. A partir da aquisição do conhecimento artístico, o
educando desenvolve a consciência critica e a compreensão da realidade, formando
cidadãos com capacidade de analisar, transformar e dar sua contribuição para um mundo
melhor.
Visando que o aluno se aproprie da Área de Conhecimento da Arte, as atividades
se desenvolvem em três dimensões: Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que
perceba e aproprie a obra artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para
formar conceitos artísticos; Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura
e acesso a obra de arte; Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os
elementos que compõem uma obra de arte. Para que o processo de ensino aprendizagem
se efetive, é necessário, ainda, que o professor trabalhe a partir de sua área de formação
(artes visuais, Teatro Música e Dança), de suas pesquisas e experiências artísticas,
estabelecendo relações com os conteúdos e saberes de outras áreas e disciplinas de
Arte, nas quais tiver algum domínio.
OBJETIVOS GERAIS
No transcorrer do ensino de arte, espera-se que os alunos, progressivamente,
adquiram competências de sensibilidade e de cognição em Artes Visuais, Dança, Música
e Teatro, diante da sua produção de arte e no contato com o patrimônio artístico,
exercitando sua cidadania cultural com qualidade.
O ensino da Arte, fundamentado no conhecimento estético, amplia os
conhecimentos e experiências do aluno e o aproxima das diversas representações
artísticas do universo cultural historicamente construído pela humanidade. Para isso o
ensino de Arte deve basear-se num processo de reflexão sobre a finalidade da educação,
os objetivos específicos dessa disciplina e a coerência entre tais objetivos, os conteúdos
programados (os aspectos teóricos) e a metodologia.
Entretanto, diante da complexidade da tarefa de definir a arte, considerou-se a
70
necessidade de abordá-la a partir dos campos conceituais que historicamente tem
produzido estudos sobre ela, quais sejam:
Conhecimento estético – relacionado à apreensão do objeto artístico como criação de
cunho sensível e cognitivo.
O conhecimento da produção artística – está relacionado aos processos do fazer e da
criação.
A arte é fonte de humanização, e nos ensina a desaprender os princípios das
obviedades atribuídas aos objetos e às coisas, é desafiadora, expõe contradições,
emoções e os sentidos de suas construções. Por isso, o ensino da Arte deve interferir e
expandir os sentidos, a visão de mundo, aguçar o espírito crítico, para que o aluno possa
situar-se como sujeito de sua realidade histórica.
O ensino de arte objetiva-se em experimentar e explorar as possibilidades de cada
linguagem artística; compreender e utilizar a arte como linguagem, mantendo uma atitude
de busca pessoal e/ou coletiva, articulando a percepção, a imaginação, a emoção, a
investigação, a sensibilidade e a reflexão ao realizar e fruir produções artísticas;
experimentar e conhecer materiais, instrumentos e procedimentos artísticos diversos em
arte (Artes Visuais, Dança, Música, Teatro), de modo que os utilize nos trabalhos
pessoais, identifique-os e interprete-os na apreciação e contextualize os culturalmente;
construir uma relação de autoconfiança com a produção artística pessoal e conhecimento
estético, respeitando a própria produção e a dos colegas, sabendo receber e elaborar
críticas; identificar, relacionar e compreender a arte como fato histórico contextualizado
nas diversas culturas, conhecendo, respeitando e podendo observar as produções
presentes no entorno, assim como as demais do patrimônio cultural e do universo natural,
identificando a existência de diferenças nos padrões artísticos e estéticos de diferentes
grupos culturais; observar as relações entre a arte e a realidade, refletindo, investigando,
indagando, com interesse e curiosidade, exercitando a discussão, a sensibilidade,
argumentando e apreciando arte de modo sensível; identificar, relacionar e compreender
diferentes funções da arte, do trabalho e da produção dos artistas; identificar, investigar e
organizar informações sobre a arte, reconhecendo e compreendendo a variedade dos
produtos artísticos e concepções estéticas presentes na história das diferentes culturas e
etnias; pesquisar e saber organizar informações sobre a arte em contato com artistas,
obras de arte, fontes de comunicação e informação.
Nas aulas de arte, os conteúdos serão selecionados a partir de uma analise
histórica, abordados por meio do conhecimento estético, da produção artística, do
respeito à diversidade e contextualizando sempre com os Desafios Educacionais
71
Contemporâneos de maneira critica, o que permitira ao aluno uma percepção da arte em
suas múltiplas dimensões cognitivas e possibilitara a construção de uma sociedade sem
desigualdades e injustiças.
Nesta disciplina serão abordados os Desafios Educacionais Contemporâneos, levar
em conta que o domínio da tecnologia e da generalização das redes midiáticas fez com
que nossos conceitos de tempo, espaço, corpo e, portanto, dança, se transformassem, as
atitudes e maneiras de viver e conviver em sociedade estão em constante transformação
por causa da presença das novas tecnologias.
O tema da pluralidade cultural tem relevância especial no ensino de arte, pois
permite ao aluno lidar com a diversidade de modo positivo na arte e na vida.
Assim, aprender arte com sentido está associado à compreensão daquilo que é
ensinado. Para tanto, os conteúdos da arte precisam ser transpostos didaticamente de
maneira adequada. Não precisam ser ensinados obrigatoriamente do mais simples para o
mais complexo ou do geral para o específico, mas sua ordem precisa considerar os
conhecimentos anteriores dos alunos e seu nível de desenvolvimento cognitivo.
5ª Série CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos.CONTEUDOS BÁSICOS:
Música, Artes Visuais, Teatro e Dança.CONTEUDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais:Música Artes Visuais Teatro DançaAltura Ponto Personagem Movimento Corporal
Timbre LinhaExpressões Corporais e
FaciaisTempo e Espaço
Duração Textura Expressões vocais e gestuais
Intensidade Forma Expressões faciais
Densidade Superfície Espaço e AçãoVolume
CorLuz
ComposiçãoMúsica Artes Visuais Teatro DançaRitmo Bidimensional Técnicas Kinesfera
Melodia Tridimensional Jogos Teatrais Eixo
Escalas: Figurativa Manipulação e
ImprovisaçãoDeslocamento (direto e
indireto)
72
Diatônica, Pentatônica.Cromática Abstrata Máscara Ponto de Apoio
Improvisação Geométrica e Simetria Teatro Direto Movimentos Articulares
Maior e Menor Técnicas de pinturas Teatro Indireto Formação
Técnicas: vocal, instrumental e
mista.
Desenho: baixo e alto relevo
Gênero: Tragédias,
Comédias e Circo
Níveis: alto, médio e baixo.
Escultura Roteiro Dimensões: pequeno e grande
ArquiteturaGênero:
paisagem, retrato, natureza morta.
Teatro: mímico, improvisação e
formas animadas.
Técnica: improvisação
Gênero: cenas da mitologia Gênero: circular.
Fluxo (livre e interrompido)
Rápido e LentoMovimentos e Períodos
Música Artes Visuais Teatro Dança
Greco-Romana Arte Greco-Romana Greco-Romana Pré-História
Orientais Arte Africana Teatro Oriental Greco-Romana
Ocidentais Arte Oriental Teatro Africano RenascimentoAfricana Arte Média Teatro Popular Dança Clássica
Musica Popular Folclórica
Arte Popular (folclore) Teatro Medieval
Idade Média Arte Pré-HistóricaRenascimento
Barroco
6ª Série: CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos.CONTEUDOS BÁSICOS:
Música, Artes Visuais, Teatro e Dança.
CONTEUDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais:Música Artes Visuais Teatro DançaAltura Ponto Personagem:
expressões Movimento Corporal
73
corporais, vocais, gestuais e faciais.
Timbre Linha Ação TempoDuração Textura Espaço Espaço.
Intensidade FormaDensidade Superfície
VolumeCorLuz
ComposiçãoMúsica Artes Visuais Teatro Dança
Ritmo ProporçãoRepresentação.
Leitura dramática, cenografia.
Ponto de Apoio
Melodia Tridimensional
Técnicas: jogos teatrais, mímica,
improvisação, formas animadas.
Rotação
Escalas Figura e fundoGêneros: Rua e
arena, Caracterização.
Coreografia
Cromática Abstrata Salto e quedaGêneros: folclórico,
indígena, popular étnico.
Perspectiva Peso (leve e pesado)
Técnicas: vocal, instrumental, mista
e improvisação.
Técnicas: pinturas, escultura,
modelagem, gravura .......
Fluxo (livre, interrompido e
conduzido).
Gênero: paisagem, retrato,
natureza morta......
Lento, rápido e moderado.
Níveis (alto, médio e baixo).
FormaçãoDireção
Gênero: folclórica, popular e étnica.
Movimentos e PeríodosMúsica Artes Visuais Teatro Dança
Música popular e étnica (ocidental e
oriental)Arte Indígena Comédia dell’arte Dança Popular
Arte Popular Teatro Popular Dança BrasileiraArte Brasileira e
ParanaenseBrasileiro e Paranaense Dança Paranaense
Renascimento Teatro Africano Dança Africana
74
Barroco Dança Indígena
7ª Série: CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos.CONTEUDOS BÁSICOS:
Música, Artes Visuais, Teatro e Dança.
CONTEUDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais:Música Artes Visuais Teatro Dança
Altura Linha
Personagem: expressões
corporais, vocais, gestuais e faciais.
Movimento Corporal
Timbre Forma Ação TempoDuração Textura Espaço Espaço
Intensidade SuperfícieDensidade Volume
CorLuz
ComposiçãoMúsica Artes Visuais Teatro Dança
Ritmo Semelhanças Representação no Cinema e Mídias. Giro
Melodia Contrastes Texto dramático RolamentoHarmonia Ritmo Visual Maquiagem Saltos
Tonal, modal e a fusão de ambos. Estilização Sonoplastia Aceleração e
desaceleraçãoTécnicas: vocal, instrumental e
mista.Deformação Roteiro Direções (frente, atrás,
direita e esquerda)
Técnicas: desenho,
fotografia, áudio-visual e mista...
Técnicas: jogos teatrais, sombra,
adaptação cênica.... Improvisação
CoreografiaSonoplastia
Gênero: indústria cultural e espetáculo.
75
Movimentos e PeríodosMúsica Artes Visuais Teatro Dança
Indústria Cultural Indústria Cultural Indústria Cultural Hip HopEletrônica Arte no Século XX Realismo Musicais
Minimalista Arte Contemporânea Expressionismo Expressionismo
Rap, Rock, Tecno. Cinema Novo Indústria Cultural
Dança Moderna
CONTEÚDOS8ª Série:
CONTEUDOS ESTRUTURANTES:
Elementos Formais, Composição, Movimentos e Períodos.CONTEUDOS BÁSICOS:
Música, Artes Visuais, Teatro e Dança.
CONTEUDOS ESPECÍFICOS
Elementos Formais:Música Artes Visuais Teatro Dança
Altura Linha
Personagem: expressões corporais,
vocais, gestuais e faciais.
Movimento Corporal
Timbre Forma Ação TempoDuração Textura Espaço Espaço
Intensidade SuperfícieDensidade Volume
CorLuz
ComposiçãoMúsica Artes Visuais Teatro Dança
Ritmo Bidimensional
Técnicas: Monólogo, jogos teatrais, direção, ensaio, Teatro-
Fórum...
Kinesfera
Melodia Tridimensional Dramaturgia Ponto de ApoioHarmonia Figura-fundo Cenografia Peso
Técnicas: vocal, instrumental e
Ritmo Visual Sonoplastia Fluxo
76
mista.
Gênero: popular, folclórico e étnico.
Técnica: Pintura, grafitte,
performance...Iluminação Quedas
Gêneros: paisagem
urbana, cenas do cotidiano
Figurino Saltos
GirosRolamentos
Extensão (perto e longe)
CoreografiaDeslocamento
Gênero: Perfomance e moderna.
Movimentos e PeríodosMúsica Artes Visuais Teatro Dança
Música Engajada Realismo Teatro Engajado VanguardasMúsica Popular
Brasileira Vanguardas Teatro do Oprimido Dança Moderna
Música Contemporânea
Muralismo e Arte Latino-americana Teatro Pobre Dança
Contemporânea
Hip Hop Teatro do Absurdo
Vanguardas
METODOLOGIA
Nestas diretrizes propõe-se o ensino de Arte como fonte de humanização, o que
implica no trabalho com a totalidade das dimensões da arte, da parte do artista, para a
totalidade humana do espectador.
Para preparar as aulas, e preciso considerar para quem elas serão ministradas,
como, por que e o que será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de
conhecimento.
Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino de arte, três
momentos da organização pedagógica:
Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra artística, bem
como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos artísticos;
Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso a obra de arte;
Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que compõem uma
77
obra de arte.
O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses momentos, ou pelos três
simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou varias aulas, espera-se que o aluno
tenha vivenciado cada um deles.
A partir da definição de objetivo e conteúdos de arte, utilizando-se de uma
metodologia adequada, garante a construção do conhecimento artístico. Tal metodologia
deverá estar centrada na articulação entre o Fazer, o Conhecer e o Apreciar arte.
Uma metodologia onde todos estes aspectos sejam trabalhados de maneira
harmônica as aulas de arte terão significados na escola. Dificilmente, estaríamos
construindo o conhecimento Arte se privilegiássemos apenas um desses aspectos.
O professor deve estimular os alunos a buscarem novos significados, outras
possibilidades e construção e interpretação dos códigos artísticos.
Quanto maior for à alfabetização artística / estética de professor e alunos, melhor
será a compreensão do processo sentir, pensar, apreciar e fazer arte. Além dos aspectos
acima, o professor dispõe de recursos tecnológicos como: TV, DVD, aparelho de som,
vídeo, retro projetor e outros, sendo aplicada de acordo com a realidade especifica de
cada estabelecimento, levando em consideração a habilidade especifica de cada
professor.
AVALIAÇÃO
A concepção de avaliação para a disciplina de Arte, proposta nas Diretrizes
Curriculares e diagnostica e processual. De acordo com a LDB (n. 9.394/96, art. 24, inciso
V) a avaliação e “continua e cumulativa do desempenho do aluno, com prevalência dos
aspectos qualitativos sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período sobre
os de eventuais provas finais”.
De fato, a avaliação requer parâmetros para o redimensionamento das praticas
pedagógicas, pois o professor participa do processo e compartilha a produção do aluno.
Assim, a avaliação em Arte supera o papel de mero instrumento de medição da
apreensão de conteúdos e busca propiciar aprendizagens socialmente significativas para
o aluno. O método de avaliação proposto pelas Diretrizes inclui observação e registro do
processo de aprendizagem, com os avanços e dificuldades percebidos na apropriação do
conhecimento pelos alunos. O professor deve avaliar como o aluno soluciona os
problemas apresentados e como ele se relaciona com os colegas nas discussões em
78
grupo.
É importante ter em vista que os alunos apresentam uma vivencia, e um capital
cultural próprio, constituído em outros espaços sociais além da escola, como a família,
grupos, associações, religião e outros. Além disso, tem um percurso escolar diferenciado
de conhecimentos artísticos relativos a Musica, as Artes Visuais, ao Teatro e a Dança. O
professor deve fazer um levantamento das formas artísticas que os alunos já conhecem e
de suas respectivas habilidades, como tocar um instrumento musical, dançar, desenhar
ou representar. Durante o ano letivo, as tendências e habilidades dos alunos para uma ou
mais áreas da arte também devem ser detectadas e reconhecidas pelo professor. Esse
diagnóstico é a base para planejar futuras aulas, pois, ainda que estejam definidos os
conteúdos a serem trabalhadas, a forma e a profundidade de sua abordagem dependem
do conhecimento que os alunos trazem consigo.
Critérios de Avaliação:
Capacidade de relacionar as vivências artísticas;
Capacidade argumentar, relacionar, sintetizar ideias de autores e artistas;
Capacidade de compreender as quatro linguagens artísticas;
Instrumentos de Avaliação:
Participação nas atividades em sala de aula;
Prova escrita;
Produção de textos;
Produção artística;
Relatórios;
Portfólios
A recuperação de estudos acontecera a partir de uma lógica simples: os conteúdos
selecionados para o ensino são importantes para a formação do aluno, então, é preciso
investir em todas as estratégias e recursos possíveis para que ele aprenda. A
recuperação será a retomada do conteúdo, para assegurar a possibilidade de
aprendizagem.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BERTELO, Maria Augusta. Palavra em ação, mini manual de pesquisa. Arte Uberlândia MG.
CAMTELE, Bruna Renata. Coleção Horizontes – Arte. São Paulo, Editora IBEP. S/d.
DUARTE JUNIOR, JF. Fundamentos Estéticos da Educação. 4ª Ed. Campinas, SP
79
Papirus, 1965.
FISCHER, Ernest. A necessidade da Arte. Rio de Janeiro, Zahar,1979.
PARANA, o Estado do. Diretrizes Curriculares para a Educação Básica –Arte.Curitiba, PR: SEED, 2009.
PARANA, o Estado do. Relação dos Conteúdos Básicos – Arte. Curitiba, PR: SEED,2008.
PARANA, Estado do. Livro Didático: Arte/ vários autores. – Curitiba: SEED-PR, 2006.
CIÊNCIAS
80
CIÊNCIASAPRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
Ciências e tecnologia são heranças culturais, conhecimento e recriação da
natureza que se constrói num processo histórico, formadoras do método científico
determinadas pelas influências e exigências sociais, econômicas, éticas e políticas.
A história da ciência, no Ensino Fundamental, apresenta abordagens que ignoram
as relações entre o processo de produção de conhecimentos e o contexto histórico.
Bastos (1998), complementa as ideias apresentada por Martins (1990), aponta
equívocos na abordagem pedagógica da história da ciência como: uso de cronologia e
personagens científicos, uso de anedotas, reais ou inventadas sobre cientistas, o uso da
autoridade de um grande nome para reprimir dúvidas e impor doutrinas, como ao dizer
que “Pasteur provou que os micro-organismos são causadores de numerosas doenças...”.
A disciplina de Ciências tem como objeto de estudo o conhecimento científico que
resulta da investigação da Natureza. Do ponto de vista cientifico, entende-se por Natureza
o conjunto de elementos integradores que constitui o Universo em toda sua
complexidade. Ao homem cabe interpretar racionalmente os fenômenos observados na
Natureza, resultantes das relações entre elementos fundamentais como tempo, espaço,
matéria, movimento, força campo,energia e vida.
A Natureza legitima, então, os objetos de estudo das ciências naturais e da
disciplina de Ciências. Denominar uma determinada ciência de natural é uma maneira de
enunciar tal forma de legitimação (LOPES, 2007).
As relações entre os seres humanos com os demais seres vivos e com a natureza
81
ocorrem pela busca de condições favoráveis de sobrevivência. Contudo, a interferência
do homem sobre a natureza possibilita incorporar experiências, técnicas, conhecimentos
e valores produzidos na coletividade e transmitidos culturalmente.
A história e a filosofia da ciência mostram que a sistematização do conhecimento
cientifico evoluiu pela observação de regularidades percebidas na Natureza, o que
permitiu sua apropriação por meio da compreensão dos fenômenos que nela ocorrem.
A ciência é uma atividade humana complexa, histórica e coletivamente construível,
que influencia e sofre influências de questões sociais, tecnológicas, culturais, éticas e
políticas (KNLLER, 1980;ADERY et al., 1998 )
Dentre os epistemólogos contemporâneos, Gaston Bachelard (1884-1962),
contribuiu de forma significativa com reflexões à produção do conhecimento científico,
apontando caminhos para a compreensão de que, na ciência, rompe-se com modelos
científicos anteriormente aceitos como explicações para determinados fenômeno da
natureza.
O primeiro período, que representa o estado pré-científico, compreenderia tanto a
Antiguidade Clássica quanto os séculos de renascimento e de novas buscas, como os
séculos XVI, XVII e até XVIII. O segundo período, que representa o estado científico, em
preparação no fim do século XVIII, se estenderia por todo o século XIX e início do século
XX. Em terceiro lugar, consideraríamos o ano de 1995 como o início da era do novo
espírito científico, momento em que a Relatividade de Einstein deforma conceitos
primordiais que eram tidos como fixados para sempre (BACHELARD, 1996, p.9).
ESTADO PRÉ-CIENTÍFICOO pensamento pré-científico representa, segundo Bachelard (1996), um período
marcado pela construção racional e empírica do conhecimento científico.
Este estado representa a busca da superação das explicações míticas, com base
em sucessivas observações empíricas e descrições técnicas de fenômenos da natureza,
além de intenso registro dos conhecimentos científicos desde a Antiguidade até fins do
século XVIII. Dentre inúmeras publicações Corpus Aristotelicum, de Aristóteles, De
Humani Corporis Fabrica, de Vesálius (1543), Almagesto, de Ptolomeu (1515); Systema
Naturae, de Lineu (1735), podem representar muito bem este período, em que se
registrava o conhecimento científico em grandes obras que o divulgava.
Essas publicações representam a busca de superação dos modelos explicativos
produzidos sob a influência do pensamento mítico e teológico. Muitas civilizações, ao
longo do tempo, criaram mitos e divindades como estratégias para explicar a origem da
82
Natureza.
Outra possibilidade de explicação do mundo se deu, então, a partir do pensamento
pré-científico que valorizou a observação das regularidades dos fenômenos da Natureza
em busca de explicá-los por meio da razão em contra-posição à simples crença. Porém, o
pensamento pré-científico encontrava-se disseminado em meio as crenças essenciais da
magia, e a Natureza era entendida sob o ponto de vista animista.
Contrapondo-se à ideia animista, filósofos naturalistas explicavam a Natureza a
partir de outro modelo ao atribuir à sua estrutura a constituição material porções imutáveis
e indivisíveis, aos átomos (RONAN, 1997a, ANDERY et al, 2004).
Mesmo o pensamento atomista permanecendo como tradição, a ideia da
constituição da matéria, a partir dos quatro elementos, continuou a ser referência entre os
pensadores gregos. Aristóteles, ao propor um modelo de Universo único, finito e eterno,
composto por esferas que se dispunham em círculos concêntricos em relação à Terra,
descrevendo movimentos circulares perfeitos, formulou as bases para o geocentrismo.
Contemporâneos de Aristóteles, como por exemplo, Aristarco de Samos
(aproximadamente 310 a.C. - 230 a.C.), posicionavam-se com outras possibilidades de
entendimento dos movimentos dos corpos celestes (RONAN, 1997a). Neste modelo,
propunha-se o Sol como o centro do Universo, regido por movimento circulares
(heliocentrismo).
Outras tradições, além do modelo geocêntrico, provenientes das sistematizações
dos pensadores gregos dizem respeito à descrição das partes anatômicas, ao modo
indutivo de atribuir funções aos órgãos (organicismo) e à organização dos seres vivos
presentes na natureza. Tais tradições preocupavam-se em identificar e organizar os seres
da Escala Natural, privilegiando a sua perfeição e tendo como critério a descrição das
estruturas anatômicas e comportamentais.
Os critérios de identificação e organização permaneceram como base do sistema
de classificação dos seres vivos até os séculos XVII e XVIII, quando a grande diversidade
de espécies coletadas em diferentes regiões do planeta não permitia mais tal organização
com base somente nesses critérios. Nesse sentido, os seres vivos passaram a ser vistos
não mais como imutáveis e integrantes de uma natureza estática (fixismo), mas mutáveis,
evolutivos, integrantes de uma natureza dinâmica (evolucionismo).
O pensamento grego também influenciou na descrição das funções dos órgãos do
corpo humano. Aristóteles, por exemplo, acreditava no coração como sendo o centro da
consciência e no cérebro como o centro de refrigeração do sangue (RONAN, 1997a, p.
114). Esse modelo organicista passou a sofrer interferências das relações provenientes
83
do período renascentista, onde os conhecimentos físicos sobre a mecânica passaram a
ser utilizados como analogia ao funcionamento do organismo (mecanicismo). Tal modelo
foi sistematizado pelos anatomistas do século XVI, entre eles, o médico Willian Hervey
(1578-1657).
O modelo mecanicista, utilizado pela ciência até os dias atuais para explicar o
funcionamento dos sistemas do organismo, superou o modelo organicista, pois
comparava, por analogias, o corpo humano ás máquinas. Por exemplo, a analogia do
coração com uma bomba hidráulica e o funcionamento do sistema respiratório com a ideia
de combustão.
Partia-se do princípio que o ar era necessário para manter o “fogo da vida”.
Posteriormente, dentre as novas ideias sobre o assunto, surgiu a do flogisto ou o
“princípio do fogo”, que se relacionava a uma vasta gama de fenômenos dentre eles a
combustão e a respiração, entre outros.
ESTADO CIENTÍFICO
Modelos explicativos utilizados no período pré-científico foram questionados, pois
no estado científico o mundo era considerado mutável e o Universo infinito. Novos
estudos permitiram considerar a evolução das estrelas, as evidências de mudanças na
crosta terrestre e a extinção de espécies, bem como a transformação da matéria e a
conservação de energia.
Evidências evolutivas, apresentadas por naturalistas ainda no período pré-
científico, contribuíram para o entendimento de que os seres vivos se transformavam com
o passar do tempo geológico. Tais seres possuíam uma origem e passavam por um
processo, desencadeado pela própria natureza, que lhes propiciava mudanças
adaptativas. Segundo Futuyma (1993), Charles Darwin valia-se de evidências evolutivas,
consideradas como provas e suporte para a teoria da evolução das espécies: “o registro
dos fósseis, a distribuição geográfica das espécies, a anatomia, a embriologia e a
modificação de organismos domesticados” (FUTUYMA, 1993, p.6).
A evolução tecnológica de microscópios com maior capacidade de resolução
possibilitou observações mais detalhadas dos tecidos animais e vegetais, o que permitiu a
proposição da teoria celular, pela qual todos os seres vivos são formados por células.
O ensino de Ciências , no Brasil, foi influenciado pelas relações de poder que se
estabelecem entre as instituições de produção científica, pelo papel reservado à
84
educação na socialização desse conhecimento e no conflito de interesses entre as
antigas e recentes profissões, “frutos das novas relações de trabalho que se originaram
nas sociedades contemporâneas, centradas na informação e no consumo” (MARANDINO,
2005, p.162).
Na Primeira República (1889-1930), as poucas instituições escolares que existiam
nas cidades, frequentadas pelos filhos da elite, contratavam professores estrangeiros
dedicados a ensinar conhecimento cientifico em caráter formativo. Aos filhos da classe
trabalhadora, principalmente agricultores, era destinado um ensino em que os professores
não tinham formação especializada, trabalhavam em várias escolas e ensinavam
conhecimento cientifico sob caráter informativo (GHIRALDELLI JR., 1991).
Então, o mesmo conhecimento produzido pela pesquisa científica era organizado,
selecionado e socializado de formas diferenciadas. Porém, a organização curricular em
disciplinas tem sido prática hegemônica na história do currículo (MACEDO e LOPES,
2002).
Com relação à disciplina Ciências, desde os estudiosos de química e física do
iluminismo, herdeiros dos filósofos que tentaram explicar os fenômenos naturais na
Antiguidade, aos naturalistas que se ocupavam da descrição das maravilhas naturais do
novo mundo, passando pelos pioneiros do campo da medicina, todos contribuíram no
desenvolvimento de campos de saber que acabaram reunidos, na escola, sob o nome de
ciências, ciências físicas e biológicas, ciências da vida, ou ciências naturais
(FERNANDES, 2005, p.04).
Do início do século XX aos anos de 1950, a sociedade brasileira passou por
transformações significativas rumo à modernização. Dentre essas transformações,
destacam-se a expansão da lavoura cafeeira, instalações de redes telegráficas e
portuárias, ferrovias e melhoramentos urbanos assim como as alterações no currículo de
Ciências favorecendo reformas políticas no âmbito da escola.
A disciplina de Ciências iniciou sua consolidação no currículo das escolas
brasileiras com a Reforma Francisco Campos, em 1931, com objetivo de transmitir
conhecimentos científicos provenientes de diferentes ciências naturais de referência já
consolidadas no currículo escolar brasileiro.
Em 1946 surgiu o IBECC (Instituto Brasileiro de Educação, Ciência e Cultura),
instituição vinculada à UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a
Ciência e a Cultura) cujo objetivo era “promover a melhoria da formação científica dos
alunos que ingressariam no ensino superior e, assim, contribuir de forma significativa ao
desenvolvimento nacional” (BARRA e LORENZ, 1986, p.1971) e, desse modo, melhorar a
85
qualidade do ensino.
Com o IBECC, a realidade do ensino de Ciências sofreu mudanças significativas,
pois foram estimuladas discussões sobre os livros didáticos de Ciências, que até então
refletiam o pensamento pedagógico europeu para essa disciplina, estabeleceram-se
também os conteúdos de ensino, bem como a metodologia a ser desenvolvida em sala de
aula.
O IBECC proporcionou o desenvolvimento de pesquisas e treinamento de
professores, bem como a implantação de projetos que influenciaram a divulgação
científica na escola por meio de atividades como mostras de projetos em feiras, visitas a
museus e a criação de Clubes de Ciências. Desenvolveu, também, o projeto “Iniciação
Científica” e produziu kits destinados ao ensino de Física, Química e Biologia para
estudantes dos cursos primário e secundário (BARRA e LORENZ, 1986).
Tais movimentos contribuíram para que o ensino de Ciências passasse por um
processo de transformação no âmbito escolar, sob a justificativa da necessidade do
conhecimento científico para a superação da dependência tecnológica, ou seja, para
tornar o país auto-suficiente com base numa “ciência autóctone” (KRASILCHIK, 2000,
p.86).
As decisões políticas instituídas na LDB nº 4024/61 apontaram para o
fortalecimento e consolidação do ensino de Ciências no currículo escolar. Um dos
avanços em relação às reformas educacionais de décadas anteriores foi a ampliação da
participação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar, ampliando para todas
as séries da etapa ginasial a necessidade do preparo do indivíduo (e da sociedade como
um todo) para o domínio dos recursos científicos e tecnológicos por meio do exercício do
método científico.
Esta mesma LDB revogou a obrigatoriedade das escolas adotarem programas
oficiais desenvolvidos pelo IBECC, possibilitando mais liberdade na escolha dos
conteúdos numa tentativa de utilizar o livro didático como instrumento de mudanças no
ensino de Ciências.
Nesse contexto, o ensino de Ciências passou a assumir compromisso de suporte
de base para a formação de mão-de-obra técnico-científica no segundo grau, visando às
necessidades do mercado de trabalho e do desenvolvimento industrial e tecnológico do
país, sob controle do regime militar.
Apesar da consolidação da disciplina de Ciências Naturais no currículo escolar e
dos investimentos em pesquisas científicas desde os anos de 1950, na década de 1980 o
ensino de Ciências orientava-se por um currículo “conteudista” atrelado a discussão sobre
86
problemas sociais que se avolumaram no mundo, o que mudava substancialmente os
programas vigentes.
Nesse contexto histórico, ao final da década de 1980 e início da seguinte, no
Estado do Paraná, a Secretaria de Estado da Educação propôs o Currículo Básico para o
ensino de 1º grau, construído sob o referencial teórico da pedagogia histórico crítica. Este
documento resultou de reflexões e discussões realizadas no Estado do Paraná, visando
debater os conteúdos e as orientações de encaminhamento metodológico. Esse programa
analisava as relações entre escola, trabalho e cidadania.
O Currículo Básico, no início dos anos 1990 ainda sob a LDB Nº 5692/71,
apresentou avanços consideráveis para o ensino de Ciências, assegurando sua
legitimidade e constituição de sua identidade para o momento histórico vigente, pois
valorizou a reorganização dos conteúdos específicos escolares em três eixos norteadores
e a integração dos mesmos em todas as séries do 1º Grau, hoje Ensino Fundamental, a
saber, 1. Noções de Astronomia; 2. Transformação e Interação de Matéria e Energia; e 3.
Saúde – melhoria da qualidade de vida.
Com a promulgação da LDB Nº 9394/96, que estabeleceu as Diretrizes e Bases
para a Educação Nacional, fora produzidos os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN)
que propunham uma nova organização curricular em âmbito federal. O Currículo Básico
foi desvalorizado e os PCN contribuíram para a perda da identidade da disciplina de
Ciências, pois parte de seus conteúdos mais tradicionais foram englobados pelos Temas
Transversais. O quadro conceitual de referência da disciplina e sua constituição histórica
com campo do conhecimento ficaram, assim, em segundo plano.
Diante desse contexto, em 2003, com as mudanças no cenário político nacional e
estadual, inciou-se, no Paraná, um processo de discussão coletiva com objetivo de
produzir novas Diretrizes Curriculares para estabelecer novos rumos e uma nova
identidade para o ensino de Ciências.
Conteúdos Estruturantes e Básicos
Astronomia Universo;
Sistema solar;
Movimentos celestes e terrestres;
Astros;
Origem e evolução do universo;
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Gravitação universal.
Sistemas Biológicos
Níveis de organização;
Célula;
Morfologia e fisiologia dos seres
vivos;
Mecanismos de herança genética;
Energia2. Formas de energia;
3. Conversão de energia;
4. Transmissão de energia.
Biodiversidade
c) Organização dos seres vivos;
d) Sistemática;
e) Interações ecológicas;
f) Origem da vida;
g) Evolução dos seres vivos.
Matéria Constituição da matéria;
Propriedades da matéria.
Metodologia
O ensino de Ciências deve ser dado paralelamente a novas descobertas trilhando
caminhos com outras disciplinas, procurando entender os fenômenos que ocorrem.
A aprendizagem deve ser modelada e construída na interdisciplinaridade, na
formação do saber crítico, consciente, que trabalhe em harmonia com o meio ambiente,
tendo consciência em deixá-lo sustentável para as próximas gerações.
88
As estratégias de ensino e os recursos pedagógico-tecnológicos e institucionais
são fundamentais para a prática docente, portanto valorizar os seguintes
encaminhamentos, tais como: problematização, contextualização, interdisciplinaridade,
pesquisa, leitura científica, atividade em grupo, observação, atividade experimental,
recursos instrucionais e o lúdico.
A Cultura Afro-Brasileira (Lei 10.639/03) e a Educação Ambiental (Lei 11.645/08),
serão abordados através de pesquisas com exposição dos trabalhos realizados.
O processo ensino-aprendizagem pode ser mais articulado com o uso de:
Recursos pedagógicos tecnológicos que enriquecem a prática docente, tais
como: livro didático, texto de jornal, revista científica, figuras, revistas em
quadrinhos, música, quadro de giz, mapas (geográficos, biológicos entre
outros) globo, modelo didático (torso, esqueleto, célula, olho,
desenvolvimento embrionário, entre outros), microscópio, lupa, jogo,
telescópio, televisor, computador retroprojetor, pendrive, entre outros)
Recursos instrucionais como organogramas: mapas conceituais, mapas de
relações, diagramas, gráficos, tabelas, entre outros.
Alguns espaços de pertinência pedagógica: feiras, museus, laboratórios,
exposição de ciências, seminários, debates.
,: Alimentos,cardápios que hoje utilizamos de origem Africana e Indígena;
Utilização de plantas medicinais para o tratamento de doenças;
Utilização sustentável do meio ambiente;
Adaptação da pele ao clima e a radiação solar;
Tecnologia utilizada na fabricação de suas ferramentas e objetos;
Artes e cultura, tais como pinturas, desenhos, produção de tintas, esculturas, danças,
rituais, etc;
AVALIAÇÃO
A avaliação é processo contínuo e cumulativa em relação ao desempenho do
estudante, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os quantitativos, servindo de
mediação didática pois pode propiciar um momento de interação e construção de
significados, através da qual o estudante aprende e serve também para que o professor
possa refletir e planejar seus procedimentos.
Portanto avaliar no ensino de Ciências implica intervir no processo ensino-
aprendizagem do estudante, para que ele compreenda o real significado dos conteúdos
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científicos e escolares do objeto de estudo de Ciências, visando uma aprendizagem
realmente significativa para sua vida.
CRITÉRIOS
O atendimento das ocorrências astronômicas como fenômenos da natureza;
A reflexão sobre os modelos científicos que abordam a origem e a evolução do
universo;
O conhecimento da história da ciência, a respeito das teorias geocêntricas e
heliocêntricas;
A compreensão dos movimentos de rotação e translação dos planetas
constituintes do sistema solar;
O entendimento da constituição e propriedades da matéria, suas transformações,
como fenômenos da natureza;
A compreensão da constituição do planeta Terra, no que se refere à atmosfera e
crosta, solos, rochas, minerais, manto e núcleo;
O conhecimento dos fundamentos teóricos da composição da água presente no
planeta Terra;
O entendimento da constituição dos sistemas orgânicos e fisiológicos como um
todo integrado;
O reconhecimento das características gerais dos seres vivos;
A reflexão sobre a origem e a discussão a respeito da teoria celular como modelo
de explicação da constituição dos organismos;
O conhecimento dos níveis de organização celular; organismo; sistemas, órgãos,
tecidos, células, animais unicelulares e pluricelulares, procariontes, autótrofos e
heterótrofos;
A interpretação do conceito de energia por meio da análise das suas mais diversas
formas de manifestação;
O conhecimento a respeito da conversão de uma forma de energia em outra.
A interpretação do conceito de transmissão de energia;
O reconhecimento das particularidades relativas à energia mecânica, térmica,
luminosa, nuclear, no que diz respeito a possíveis fontes e processos de
irradiação, convecção, condução;
O entendimento dessas formas de energia relacionadas aos ciclos de matéria na
natureza;
90
O reconhecimento da diversidade das espécies e sua classificação;
A distinção entre ecossistema, comunidade e população;
Conhecimento a respeito da extinção de espécies;
Entendimento da composição físico-químico do Sol e a respeito da produção de
energia solar;
Compreensão dos movimentos celestes a partir do referencial do planeta Terra;
Comparação dos movimentos aparentes do céu, noites e dias, eclipses do Sol e
da Lua, com base no referencial Terra;
Reconhecimento dos padrões de movimento terrestre, as estações do ano e os
movimentos celestes no tocante à observação de regiões do céu e constelações;
Entendimento da constituição do planeta Terra primitivo, antes do surgimento da
vida;
Compreensão da constituição da atmosfera terrestre primitiva, dos componentes
essenciais ao surgimento da vida;
Conhecimento dos fundamentos da estrutura química da célula;
Conhecimento dos mecanismos de constituição da célula e as diferenças entre os
tipos celulares;
Compreensão do fenômeno da fotossíntese e dos processos de conversão de
energia na célula;
Estabelecer relações entre os órgãos e sistemas animais e vegetais a partir do
entendimento dos mecanismos celulares;
Entendimento do conceito de energia luminosa;
Entendimento da relação entre energia luminosa solar e sua importância para com
os seres vivos;
Identificação dos fundamentos da luz,as cores, e a radiação ultra-violeta e
infravermelha;
Entendimento do conceito de calor como energia térmica e suas relações com
sistemas endotérmicos e ectotérmicos;
Entendimento do conceito de biodiversidade e sua amplitude de relações com os
seres vivos, o ecossistema e os processos evolutivos;
Conhecimento e respeito da classificação dos seres vivos, de categorias
taxonômicas, filogenia;
Entendimento das interações e sucessões ecológicas, cadeia alimentar, seres
autótrofos e heterótrofos;
Conhecimento a respeito das eras geológicas e das teorias a respeito da origem
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da vida, geração espontânea e biogênese;
Conhecimento das teorias sobre a origem e a evolução do universo;
Estabelecimento de relações entre as teorias e sua evolução histórica;
Diferenciação das teorias que consideram o universo inflacionário e teorias que
consideram o universo cíclico;
Conhecimento sobre o conceito da matéria e sua constituição com base nos
modelos atômicos;
Conceituação de átomo, íons, elementos químicos, substâncias, ligações
químicas, reações químicas;
Conhecimento das leis da conservação da massa;
Conhecimento dos compostos orgânicos e relações destes com a constituição dos
organismos vivos;
Conhecer os mecanismos celulares e sua estrutura, de modo a estabelecer um
entendimento de como esses mecanismos se relacionam no trato das funções
celulares;
Conhecimento da estrutura e funcionamento dos tecidos;
Entendimento dos conceitos que fundamentam os sistemas digestório,
cardiovascular, respiratório, excretor e urinário;
Entendimento dos fundamentos da energia química e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento;
Relacionamento doas fundamentos da energia química com a célula(ATP e ADP);
Entendimento dos fundamentos da energia mecânica e suas fontes, modos de
transmissão e armazenamento;
Entendimento dos fundamentos da energia nuclear e suas fontes, modo de
transmissão e armazenamento;
Entendimento das teorias evolutivas;
Conhecimento dos fundamentos da classificação cosmológica(galáxias, estrelas,
planetas, asteroides, meteoros, meteoritos entre outros);
Entendimento das Leis de Kepler para as órbitas;
Entendimento das leis de Newton no tocante a gravitação universal;
Interpretação dos fenômenos terrestres relacionados a gravidade, como as mares;
Compreensão das propriedades da matéria, massa, volume, densidade,
compressibilidade, elasticidade, divisibilidade, indestrutibilidade,
impenetrabilidade, maleabilidade, ductibilidade, flexibilidade, permeabilidade,
dureza, tenacidade, cor, brilho, sabor;
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Compreensão dos fundamentos teóricos que descrevem os sistemas nervoso,
sensorial, reprodutor e endócrino;
Entendimento dos mecanismos de herança genética, os cromossomos, genes, os
processos de mitose e meiose;
Compreensão dos sistemas conversores de energia, as fontes de energia e sua
relação com a lei de conservação da energia;
Estabelecimento de relações entre os sistemas conservativos;
Entendimento dos conceitos de movimento, deslocamento, velocidade,
aceleração, trabalho e potência;
Entendimento dos conceitos de energia elétrica e sua relação com o magnetismo;
Entendimento dos fundamentos teóricos que descrevem os ciclo biogeoquímicos,
bem como as relações interespecíficas e intraespecíficas.
INSTRUMENTOS
Prova Escrita;
Prova Oral;
Auto-avaliação;
Trabalhos de pesquisa;
Construção do mapa conceitual;
Relatórios ( vídeo, recortes de filme, observações no microscópio e outros);
Participação em debates e seminários.
BIBLIOGRAFIA
DIRETRIZES CURRICULARES, Da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná, Curitiba: Imprensa Oficial, 2008.
Valle, Cecília. O ser humano e saúde, 1 ed.- Curitiba: Positivo, 2004.
GEWANDSZNAJDER, Fernando. A vida na Terra. São Paulo: Ática, 2002.
93
MATEMÁTICA
94
MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a matemática conhecida até hoje. Há menções na história da matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje pode ser classificado como Álgebra Elementar.
Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades.
Como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos, exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos, ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica e o ensino da Matemática desse período estava reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição. A partir do século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino teve caráter estritamente religioso. A Matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas religiosas.
No Oriente, ocorreram produções matemáticas entre os hindus, árabes, persas e chineses.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com educação de caráter clássico humanista. A educação jesuítica contribuiu para o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira.
Do final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em Aritmética, Geometria, Álgebra e Trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, topógrafos e geógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construção de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais de matemáticos, os quais elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais de exigências advindos das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos.
O estudo da Matemática nos dias atuais tem como objetivo proporcionar uma formação que permita aos estudantes a aplicação desses conhecimentos adquiridos no seu cotidiano, tendo em vista que a Matemática é utilizada em várias situações do dia-a-dia e em várias áreas do conhecimento científico e, por conseguinte, no desenvolvimento tecnológico.
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CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Números e Álgebra.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Conjuntos numéricos e operações. Equações e inequações. Polinômios. Proporcionalidade.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Números reais. Números complexos. Sistemas lineares. Matrizes e determinantes. Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares. Polinômios.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Grandezas e medidas.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL Sistema monetário. Medidas de comprimento. Medidas de massa. Medidas de tempo. Medidas derivadas: áreas e volumes. Medidas de ângulos. Medidas de temperatura. Medidas de velocidade. Trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos triângulos.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Medidas de massa. Medidas derivadas: área e volume. Medidas de informática. Medidas de energia. Medidas de grandezas vetoriais. Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a
trigonometria na circunferência.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Geometrias.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO5. Geometria plana 6. Geometria espacial.
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7. Geometria analítica.8. Noções básicas de geometrias não – euclidianas.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Funções.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Função afim. Função quadrática.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIOh) Função afim.i) Função quadrática.j) Função polinomial.k) Função exponencial.l) Função logarítmica.m) Função trigonométrica.n) Função modular.o) Progressão aritmética.p) Progressão geométrica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Tratamento da informação.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Noções de probabilidade. Estatística. Matemática financeira. Noções de análise combinatória.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Análise combinatória. Binômio de Newton. Estatística. Probabilidade. Matemática financeira.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de Matemática atualmente deve dar ao aluno condições de saber ler e interpretar corretamente textos com informações apresentadas em linguagem matemática, ser capaz de analisar e julgar cálculos efetuados sobre dados econômicos ou sociais, propagandas de vendas a prazo, probabilidades de receber determinado prêmio em sorteios ou loterias, saber utilizar uma planta ou mapa em escala, ter capacidade de enfrentamento de situações – problema, compreender e interpretar desenhos e gráficos e a relação destes com a linguagem discursiva, além de muitas outras situações onde a Matemática se faz presente.
Para que isso ocorra, a metodologia utilizada dará ênfase à contextualização da Matemática e à sua integração com outras áreas do conhecimento, utilizando-se vários recursos, como jornais e revistas, manuais técnicos, plantas de imóveis, instrumentos de
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medida, calculadora, computador, TV multimídia, cartazes e transparências, além da construção de modelos de sólidos geométricos.
Os alunos desenvolverão as suas atividades de pesquisa ou de resolução de exercícios individualmente ou em grupo, sob a orientação do professor.
Será levado em conta também o conhecimento prévio que os alunos possuem do conteúdo estudado, além das características da comunidade da qual estes alunos fazem parte.
As leis 10639/03 “História da Cultura Afro”, 13385/01 “História do Paraná”, 11645/08 “complementar” e 9795/99 “Meio Ambiente”, serão abordadas de acordo com o desenvolvimento de atividades respeitando o Plano de Trabalho Docente.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados em diversos momentos e por diferentes instrumentos, tais como: atividades do livro didático, atividades individuais e em grupo, pesquisas, relatórios, debates, testes orais e escritos. Os resultados fornecidos pelos diversos meios de avaliação utilizados deverão servir para que os professores possam identificar os objetivos atingidos e os conteúdos incorporados pelos alunos. Dessa maneira, os professores podem fazer as revisões e reelaborações de conceitos que não foram totalmente assimilados, pois é direito dos alunos ter a oportunidade de outros meios avaliativos para atingir as metas almejadas.
A avaliação também auxilia os professores a reconhecer a capacidade matemática de seus alunos, para que possam inserir-se no mercado de trabalho e participar da vida sociocultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Imenes & Lellis – Matemática Para Todos. São Paulo: Scipione, 2005.
Dante, Luiz Roberto – Tudo é Matemática. São Paulo: Ática, 2007.
Mori, Iracema; Onaga, Dulce – Matemática Ideias e Desafios. São Paulo: Saraiva, 2007.
Giovanni, José Ruy; Bonjorno, José Roberto; Giovanni Jr. – Matemática Fundamental. São Paulo: FTD, 1994.
Silva, Jorge Daniel; Fernandes, Valter dos Santos – Matemática. São Paulo: IBEP, 1999.
Smole, Kátia Stocco; Diniz, Maria Ignez – Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2007.
Livro Didático Público de Matemática.
www.portaldia-a-dia . Diretrizes Curriculares de Matemática da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná, acesso em 21/07/2009.
www.portaldia-a-dia . Diretrizes Curriculares de Matemática do Ensino Médio da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná, acesso em 21/07/2009.
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PPP (Projeto Político Pedagógico) do Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença.
ENSINO RELIGIOSO
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE ENSINO RELIGIOSO
APRESENTAÇÃO Desde a Pré-História, o homem se vale da religiosidade para explicar o mundo a
sua volta. Sendo, assim , conhecer as diferentes crenças e o papel de cada religião, é
fundamental para compreender a história da humanidade, vencer medos, preconceitos e
estabelecer convivência pacífica. Visto que o conhecimento religioso esta fundamentado
nas ciências humanas, que é suporte necessário para a disciplina.
A disciplina de Ensino Religioso tem como objetivo, a compreensão e conceitos
básicos no campo religioso e a forma de como as sociedades são influenciadas pelas
tradições e diversas culturas religiosas. Assim. o ensino religioso contribuirá para que os
alunos possam entender como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se
relacionam com o sagrado, uma vez que o sagrado compõe o universo cultural humano e
faz parte das organizações de diferentes sociedades, e ainda, dentro desse contexto
estabelecer relações de como conviver com as diferenças, elaborando seu saber e
entendimento das diversidades religiosas existentes, e também superar toda e qualquer
forma de proselitismo religioso.
Portanto, o Ensino Religioso, tem como prioridade a superação de todas as
desigualdades étnicas religiosas, e, como toda forma de apologia ou imposição as
doutrinas religiosas, de forma que possa se estabelecer autonomia de escolhas e criação
de valores. Sabendo que o nosso país e laico, significa que não tem e não deve ter
religião, mas sim o dever de garantir a liberdade religiosa,sendo a liberdade religiosa um
direito fundamental, para que se possa construir um país onde ninguém sofra ou pratique
injustiça contra seu semelhante.
CONTEÚDOS1- Respeito a diversidade religiosa.1-1O Ensino Religioso na Escola Publica.
1.2 As principais diferenças entre aulas de Religião e Ensino Religioso como
disciplina escolar..
1.3 Declaração Universal dos Direitos Humanos.
100
1.4 Direitos Humanos e sua vinculação com o sagrado.
1.5Constituição brasileira: respeito a liberdade religiosa.
1.6 Direito de professar a fé e liberdade de opinião e expressão.
1.7Direto à liberdade de reunião e associação pacíficas.
2-Lugares Sagrados.2.1 Lugares na natureza.
2.2 Rios. Lagos, Montanhas, Grutas, Cachoeiras.
2.3 Lugares construídos.
2.4 Templos, Cidades sagradas.
3- Textos sagrados.3.1 Diferenças de Cultos religiosos
3.2 Literaturas orais e escritas.
3.3 Contos, narrativas, poemas, orações.
3.4 Tradições africanas afro-brasileiras e ameríndias.
4- Organizações Religiosas.4.1 Fundadores e líderes religiosos.
4.2 Budismo ( Sidarta Gautama).
4.3 Cristianismo (Cristo)
4.4 Confucionismo (Confúcio).
4.5 Espiritismo ( Allan Kardec)
Taoísmo ( Lao Tse)
5-Universo simbólico Religioso.5.1 Os significados dos gestos, sons, formas, cores conforme os aspectos.
5.2 A arquitetura religiosa, os mantras, os parâmetros, objetos etc.
6-Ritos6.1 Preservação da identidade religiosa nas diferentes tradições religiosas.
6.2 Os ritos de passagem.
6.3 Os mortuários
6.4 Os propiciatórios, entre outros.
Obs. Entre os exemplos a serem apontados estão: a dança (Xire), o candomblé
(Kaingang, ritual fúnebre), via sacra, o festejo indígena da colheita.
7-Festas Religiosas7.1 Eventos organizados por diferentes grupos religiosos, com objetivos diversos:
confraternização, rememoração dos símbolos, períodos ou datas importantes.
7.2Peregrinações.
101
7.3 Festas familiares
7.4 Festas nos templos
7.5 festas comemorativas.
Obs. Exemplos a serem apontados, estão: Festa do dente sagrado
( budista),Ramada(islâmica), Kuarup (indígena),Festa de Iemanjá (afro-brasileira),
Pessach (judaica), Natal (cristã).
8-Vida e Morte8.1 O sentido da vida nas tradições e manifestações religiosas.
8.2 A reencarnação.
8.3 A ressurreição.
8. Além da morte: ancestralidade, vida dos antepassados, espíritos dos antepassados
que se tornam presentes, e outras
ABORDAGEM METODOLÓGICAReligião e conhecimento religioso são patrimônios da humanidade,
pois,constituíram-se historicamente na inter-relação dos aspectos culturais,
sociais,econômicos e políticos. Em virtude disso, a disciplina de Ensino Religioso na
escola fundamental deve orientar-se para a apropriação dos saberes sobre as expressões
e organizações religiosas das diversas culturas na sua relação com outros campos do
conhecimento. No Brasil, a atuação de alguns segmentos sociais/culturais vem
consolidando o reconhecimento da diversidade religiosa e demandando da escola o
trabalho pedagógico com o conhecimento sobre essa diversidade, frutos das raízes
culturais brasileiras.
Nesse sentido, um dos grandes desafios da escola e da disciplina de Ensino
Religioso é efetivar uma prática de ensino voltada para a superação do preconceito
religioso, como também, desprender-se do seu histórico confessional catequético, para a
construção e consolidação do respeito à diversidade cultural e religiosa. Um Ensino
Religioso de caráter doutrinário, como ocorreu no Brasil Colônia e no Brasil Império,
estimula concepções de mundo excludentes e atitudes de desrespeito às diferenças
culturais e religiosas1.É justamente esse contexto que reclama uma reformulação do
Ensino Religioso adequada ao ideal republicano de separação entre Igreja e Estado, pois,
suas formas confessionais são incapazes de cumprir exigências que hoje se
apresentam .Assim, a disciplina de Ensino Religioso deve oferecer subsídios para que os
estudantes entendam como os grupos sociais se constituem culturalmente e como se
relacionam com o Sagrado.
102
Essa abordagem possibilita estabelecer relações entre as culturas e os espaços
por elas produzidos, em suas marcas de religiosidade. Tratado nesta perspectiva, o
Ensino Religioso contribuirá para superar desigualdades étnico-religiosas, para garantir o
direito Constitucional de liberdade de crença e expressão e, por consequência, o direito à
liberdade individual e política. Desta forma atenderá um dos objetivos da educação básica
que, segundo a LDB 9394/96, é o desenvolvimento da cidadania. O desafio mais
eminente da nova abordagem do Ensino Religioso é, portanto,superar toda e qualquer
forma de apologia ou imposição de um determinado grupo de preceitos e sacramentos,
pois, na medida em que uma doutrinação religiosa ou moral impõe um modo adequado de
agir e pensar, de forma heterônoma e excludente, ela impede o exercício da autonomia de
escolha, de contestação e até mesmo de criação de novos valores.
Desta forma, as aulas de ensino religioso terão como objetivo contribuir para
superar o preconceito religioso, aprofundar o respeito pelo sagrado, favorecendo a
formação integral dos educandos e o respeito e o convívio com as diversidades religiosas
existentes. E, também o respeito e direito a liberdade de consciência e a opção religiosa
do educando.
O trabalho com os conteúdos serão orientados a partir de manifestações religiosas
ou expressões do sagrado desconhecimento ou pouco conhecida dos alunos, para que
depois sejam trabalhados os conteúdos relativos a manifestações religiosas mais comuns,
do universo cultural da comunidade, ou seja, a religiosidade local ou regional mais
próxima do educando.
As tradições e manifestações religiosas mais conhecidas ou majoritárias, serão
objetos de estudo ao final de outras manifestações religiosas que constituam novas
referencias para analisa-se e aprofundar-se acerca das manifestações já conhecidas ou
praticadas pelo aluno ou comunidade.
Todo o conteúdo a ser tratado nas aulas de Ensino Religioso contribuirá para superar o
preconceito á ausência ou à presença de qualquer crença religiosa; para questionar toda
forma de proselitismo, e para aprofundar o respeito a qualquer expressão do sagrado. E
também contribuindo para construir, analisar e socializar o conhecimento religioso, para
favorecer a formação integral dos educandos, o respeito e convívio com o diferente.
Dar prioridade às produções de pesquisadores da respectiva manifestação do
sagrado para evitar fontes de informação comprometidas com interesses de uma ou outra
tradição religiosa. E também, respeito à liberdade de consciência e à opção religiosa do
educando, razão pela qual a reflexão e análise dos conteúdos valorizarão aspectos
reconhecidos como pertinentes ao universo do sagrado e da diversidade sócio-cultural e
103
será destacado o conhecimento das bases teóricas que compõem o universo das
diferentes culturas, nas quais se firmam o sagrado e suas expressões coletivas.
Nas aulas de Ensino Religioso realizar-se-á atividades individuais e em grupos,
com desenhos, pesquisas sobre a religiosidade do Paraná, as religiões afro-brasileiras e
também às indígenas, pesquisas sobre a questão da preservação do meio ambiente em
lugares sagrados no meio ambiente e montagem de painéis com os mesmos, colagens,
revistas, textos, e usar-se á diversos instrumentos tecnológicos como: DVD, TV
multimídia, pendrive, entre outros. Pretende-se criar condições para que os alunos
expressem suas opiniões e entendimentos dos conteúdos da disciplina enquanto ciência
e não como aulas de catequese.
AVALIAÇÃOA avaliação será um elemento integrador entre a aprendizagem do educando e
atuação do educador na construção do conhecimento. Dar-se a partir das atividades
elaboradas individual e coletivas, atenção, concentração e também opiniões expressadas
pelos alunos no entendimento dos assuntos tratados em sala de aula. Não sendo
atribuído valor, mas meios para que os alunos aprendam, através de debates, seminários
avaliar se houve apropriação do conhecimento religioso.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
COSTELLA, D.O. Fundamento epistemológico do ensino religioso. In:JUQUEIRA,S.
ELIADE, Mircea. O Sagrado e o Profano. São Paulo:Martins Fontes.1992.
História das Religiões. Editora Planeta,Editora Tempos do Brasil. São Paulo.2007.
MARCHON, Benoit. As grandes religiões do mundo. São Paulo: Editoras Paulinas,
1995.
PORTUGAL, Maria das Graças. Diversidade Religiosa e Diretos Humanos.
Curitiba:2005.OTTO, R.O. Sagrado. Lisboa:Edições
104
EDUCAÇÃO FÍSICA
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PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Apresentação O movimento...
Não imagino nada neste mundo sem ele, na existência do mundo, na criação do
cosmo, as transformações, a recriação das coisas. De fato tudo se faz pelo movimento!
A Educação Física no Brasil, tem o seu inicio conturbado em meio a visão
dualista empregada na época por uma ginástica advinda da Europa, em especial no
método francês. Se implementa e se solidifica no País através de embasamentos
oriundos dos conhecimentos científicos /médicos /militares, que preconizavam um homem
pronto a servir uma nova ordem econômica, política e social que se caracterizava no
mundo, “ordem do trabalho” hegemonica e eleticista. Nesta nova ordem “dos corpos
obedientes”, a saúde, a formação moral, a disciplina, a hierarquia e o valor patriótico são
as bases para o desenvolvimento do País.
A Educação Física chega as escolas por meio de Rui Barbosa em 1882, e se
mantém em caráter obrigatório através da Reforma Capanema predominando nas aulas o
foco militar.
Posteriormente a essa fase a aulas adquirem caráter esportivo sofrendo
transformações e interpretações equivocadas sendo também mais tarde contestada, pois
substitui a fase militar pela fase esportiva e da mesma forma direciona seu foco
pedagógico as práticas corporais e na aplicação técnica dos esportes “esportivização
escolar”.
Essa fase se manteve até a promulgação da nova LDB, 9394/96, onde
passa a ostentar o caráter de disciplina com objetivo próprio legislação específica e dessa
forma inicia-se o movimento da reformulação das aulas de Educação Física nas escolas.
Com o fim da ditadura militar na década de 80, e em meados dos anos 90,
surge com um grupo de intelectuais importantes reflexões sobre as políticas
educacionais, com severas críticas aos modelos vigente que é referencia a Educação
Física da época, propondo proposta de estudos permitindo uma mudança no
106
pensamento pedagógico sobre a disciplina reformulando seu objetivo e baseando-se em
teorias como de Merleau Ponty e Elenor Kunz.
Dessa reflexões surge as correntes progressistas que foi de fundamental
importância para reforma educacional e decisiva na abordagem critica que direciona e
fundamenta o aprendizado dos educandos atualmente.
Todo o conhecimento adquirido ao longo do tempo, sem duvida é de
fundamental importância para o crescimento do ser humano como um todo. Entender o
processo de desenvolvimento e o aperfeiçoamento do homem, na sua condição, agente
capaz de modificar e recriar ao longo da historia sua própria historia, sociedades inteiras
se transformando e se modificando até os dias de hoje. É necessário essa compreensão
inclusive porque em um tempo próximo sua existência dependerá de todo o
conhecimento adquirido e de tudo que ele ainda modificará. Compete a ele entender para
transformar ou resgatar o que se perdeu durante sua história a fim de garantir o mundo
para sua sobrevivência.
A cultura corporal tem na própria existência do homem o seu objeto de
pesquisa no que se refere ao aprendizado dos conhecimentos e das culturas que através
dos tempos foi acumulada. As aulas de Educação Física são elaboradas e aplicadas
atuando nos aspectos sócio-cognitivos do educando para que ele seja o sujeito da
aprendizagem dentro da abordagem construtivista e dessa forma exercer de forma integra
sua intervenção as situações futuras.
A Educação Física tem em seu objetivo oportunizar os alunos as práticas
que valorize o ser humano em sua plenitude, onde o respeito, a cooperação, a
solidariedade, a liberdade, a auto-estima, e principalmente a reflexão critica, seja através
da experiência da experimentação da expressão do movimento contidas na cultura
corporal do homem, compreendido como valores essenciais a vida social do ser humano,
onde ele possa administrar os saberes de forma critica e inteligente e que possa servi-lo
dentro da sociedade exercendo de maneira responsável sua cidadania, atuando na
participação social em seu meio mediando as situações socioeconômico cultural que se
apresentarão em sua vida.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física5ª Série
Conteúdo Conteúdo Abordagem Expectativas de
107
Estruturante
Básico Pedagógica Aprendizagem
Esportes
- Coletivos
- Individuais
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução, seu contexto atual;Propor a vivencia de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos esportes e possíveis adaptações ás regras.
Espera-se que o aluno conheça dos esportes;O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;Sua relação com os jogos populares;Seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantiga de roda;
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;Possibilitar a vivência e confecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materiais alternativos;Ensinar a disposição e movimentação básica dos jogos de tabuleiro.
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brinquedos e brincadeiras, bem como apropriar-se das diferentes forma s de jogar;Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos.
Dança - Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças;Contextualizar a dança;Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
Conhecimento sobre a origem e alguns significados (misticos, religiosos, entre outros) das diferentes danças;Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes sequencias de movimento.
Ginástica
- Ginástica rítmica- Ginástica circense- Ginástica geral
Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes manifestações; Aprender e vivenciar os movimentos básicos da ginástica (ex: saltos, rolamentos, parada de mão, roda);Construção e experimentação de materiais utilizados nas diferentes modalidades ginásticaPesquisar a cultura do circo;Estimular a ampliação da Consciência Corporal.
Conhecer os aspectos históricos da ginásticas e das práticas corporais circenses;Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica:9. saltar10. equilibrar11. rolar/girar12. trepar13. balançar/embalar14. malabares
Lutas
Lutas de aproximação Capoeira
Pesquisar a origem e histórico das lutas;Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relacionados as lutas;Experimentar a vivencia de jogos de oposição;Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;Vivenciar movimentos característicos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos, as características das diferentes manifestações das lutas, assim como alguns de seus movimentos característicos;Reconhecer as possibilidades de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
6ª Série
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Aprendizagem
Esportes - Estudar a origem dos diferentes esportes e mudanças
Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferença de cada esportes,
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- Coletivos
- Individuais
ocorridas com os mesmos no decorrer da história;Aprender as regras e os elementos básicos do esporte;Vivencia dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;Compreender por meio de discussões que provoquem a reflexão, o sentido da competição esportiva.
relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;Reconhecer e se apropriar dos fundamentos básicos dos diferentes esportes;Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações esportivas.
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantiga de roda;
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras;Reflexão e discussão acerca da diferenças entre brincadeira, jogo e esporte;Construção coletiva dos jogos brincadeiras e brinquedos;Estudar os jogos, as brincadeira e suas diferenças regionais.
Conhecer a difusão dos jogos e brincadeiras populares e tradicionais no contexto brasileiro;Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existente entre os jogos, brincadeiras e brinquedos; Construir individualmente ou coletivamente diferentes jogos e brinquedos.
Dança- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças circulares
Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;Experimentação de movimentos corporais rítmicos/expressivos;Criação e adaptação de coreografias;Construção de instrumentos musicais.
Conhecimento a origem e contexto em que se desenvolveram o Break, o Frevo e o Maracatu;Criação e adaptação de coreografias rítmica e expressiva;Reconhecer a possibilidade de vivenciar p lúdico a partir da construção de instrumentos musicais como, por exemplo: o pandeiro e o chocalho.
Ginástica- Ginástica rítmica- Ginástica circense- Ginástica geral
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginastica rítmica e geral;Aprender sobre a postura e elementos ginásticos;Pesquisar e aprofundar os conhecimentos acerca da Cultura Circense.
Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);Aprendizado dos movimentos e elementos da (GR) como:q) saltosr) piruetass) equilíbrios.
Lutas
Lutas de aproximação Capoeira
Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como sua mudanças no decorrer da historia;Vivenciar os jogos adaptados no intuito de aprender alguns movimentos característicos da luta, como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas
Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações das lutas de aproximação e da capoeira;Conhecer a história do judo, karatê, taekwondo e alguns dos seus movimento básicos como: as quedas, rolamentos e outros movimento;Reconhecer as possibilidade de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
7ª Série
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Aprendizagem
Esportes
- Coletivos
- Individuais
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte;Estudar as diversas possibilidades do esporte enquanto uma atividade corporal, como: lazer, esporte rendimento, condicionamento físico, assim como os benefícios e os malefícios do mesmo a saúde;Analisar o contexto do Esporte e
Entende-se que as práticas esportivas pode ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde;Compreender a influencia da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;Reconhecer os aspectos positivos e negativos das praticas esportivas.
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a interferência da mídia sobre o mesmo;Vivencia prática dos fundamentos das diversas modalidades esportivas;Discutir e refletir sobre noções de ética na competições esportivas.
Jogos e brincadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantiga de roda;
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brincadeiras e brinquedos;Organização de Festivais;Elaboração de estratégias de jogo.
Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adaptados ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro;Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brincadeiras e brinquedos.
Dança- Danças criativas
- Danças circulares
Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;Análise dos elementos e técnicas de dança;Vivencia e elaboração de Esquetes (pequena sequencia cômica)
Conhecer diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, forma de deslocamento, entre outro elementos que identificam as diferentes danças;Montar pequenas composições coreográficas.
Ginástica
Ginástica rítmica
Ginástica circense Ginástica
geral
Recorte histórico delimitando tempo e espaços, na ginástica;Vivenciar prática da posturas e elementos ginásticos;Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pensando sua mudanças os longo do anos;Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica;Vivencia de movimentos.
Manusear os diferentes elementos da (GR) como:
corda fita bola maças arco
Reconhecer os aspectos históricos de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
LutasLutas com instrumentos mediador Capoeira
Organização de Roda de Capoeira;Vivenciar os jogos de oposição no intuito de aprender movimentos direcionados á projeção e imobilização.
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas;Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda;Conhecer diferentes projeções e imobilizações das lutas.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
8 Série
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Aprendizagem
Esportes
- Coletivos
- Radicais
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, Organizações de festivais esportivos;Análise dos diferentes esportes no contexto social econômico;Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos;Vivencia práticas dos fundamentos da diversas modalidades esportivas;Elaboração de tabelas e súmulas de competições
Apropriação acerca das regras de arbitragem, preenchimento de súmulas e confecção de diferentes tipos de tabelas;;Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes esportes se desenvolveram.
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esportivas.
Jogos e brincadeiras
-Jogos de tabuleiro
- Jogos Dramáticos
- Jogos cooperativos
Organização e criação de gincanas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes personagem, vivendo aventuras e superando desafio;Diferenciação dos jogos cooperativos e competitivos.
Reconhecer a importância da organização coletiva na elaboração de gincanas e RPG;Diferenciar os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos:- visão de jogo;- objetivo;- o outro;- relação;- resultado;- consequência;- motivação.
Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;Organização de festivais de dança;Elementos e técnicas constituinte da dança.
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes na dança e no seu contexto histórico;Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, forma de deslocamento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana;Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Estudar a origem da ginástica: trajetória ate o surgimento da Educação Física;Construção de coreografias;Pesquisar sobre a ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias);Análise sobre o modismo relacionado á ginástica;Vivencia das técnicas específicas das ginásticas desportivas;Analisar a interferência de recursos ergogênicos (doping)
Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais;Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos presentes no circo, assim como, a influencia da ginástica pela busca do corpo perfeito.
Lutas Lutas com instrumentos mediador Capoeira
Pesquisar a origem e os aspectos históricos das lutas
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes formas de lutas.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
Ensino Médio
Conteúdo Estruturante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Aprendizagem
- Coletivos
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, Analisar a possível ralação entre o Esporte de rendimento X qualidade de vida;Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;Estudar as regras oficiais e sistemas táticos;Organização de campeonatos, torneios, elaboração de súmula
Organizar e vivenciar atividades esportivas, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as diferentes noções de preenchimento;Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte rendimento e a relação entre esporte e lazer;Compreender a função social do esporte;Reconhecer a influencia da mídia, da ciência e da industria cultural no esporte;Compreender as questões sobre o
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Esportes - Individuais
- Radicais
e montagem de tabelas, de acordo com os sistemas diferenciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre outros);Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt;Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X conhecimento científico sobre o fenômeno Esporte;Discutir e analisar o Esporte nos diferenciados aspectos;- enquanto meio de lazer;- sua função social;- sua relação com mídia;- relação com a ciência;- doping e recursos ergogênicos e esporte de rendimento;- nutrição, saúde e a prática esportiva;Analisar a apropriação do Esporte pela Industria Cultural.
doping, recursos ergogênicos utilizados e questões relacionadas a nutrição.
Jogos e brincadeiras -Jogos de tabuleiro
- Jogos Dramáticos
- Jogos cooperativos
Analisar a apropriação dos jogos pela Industria Cultural;Organização de eventos;Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidade de fruição nos espaços e tempos de lazer;Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
Reconhecer a apropriação dos jogos pela industria cultural buscando alternativas de superação;Organizar atividades e dinâmicas de grupo que possibilitem aproximação e considerem individualidade.
Dança
Danças folclóricas
Danças de salão
Dança de rua
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de culturas;Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus diferenciados ritmos;Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão corporal;Estimular a interpretação e criação coreográficas;Provocar reflexão acerca da apropriação da Dança pela Industria Cultural;Organização de Festival de dança.
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros;Reconhecer e aprofundar diferentes formas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança;Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela industria cultural;Criação e apresentação de coreografias.
Ginástica
- Ginástica artística/olímpica
- Ginástica de academia - Ginástica geral
Analisar a função social da ginástica;Apresentar e vivenciar os fundamentos da ginástica;Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho (ex: laboral);Estudar a relação entre a Ginástica e X sedentarismo e qualidade de vida;Por meio de pequisa, debates e vivencias práticas, estudar a relação da ginástica com: tecido muscular, diferença entre resistência e força, tipos de força, fontes energéticas, frequência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cultural acerca do corpo, apropriação da ginástica
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas ou sequencias de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos; Aprofundar e compreender as questões biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica;Compreender a função social da ginástica;Discutir sobre a influencia da mídia, da ciência e da industria cultural na ginástica;Compreender e aprofundar a relação entre a ginástica e o trabalho.
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pela Industria Cultural entre outros;Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistematização e planejamento de treinos;Organização de festival de Ginástica.
Lutas
Lutas com aproximação Lutas que mantêm á distância
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, características das diferentes artes marciais, técnicas, táticas/estratégias, apropriação da Luta pela Industria Cultural, entre outros;Analisar e discutir a diferença entre Lutas X Artes Marciais;Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilo da capoeira enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de instrumentos, movimentação, roda etc.
Conhecer os aspectos históricos, filosóficos e as características das diferentes manifestações de lutas;Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas pela industria cultural;Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos;Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de deslocamento, entre outros;Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os diferentes tipos de golpes.
Relação de conteúdos Específicos
Esportes
Coletivos futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Individuais atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.
Radicais skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.
Brincadeiras e cantigas de roda gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.
Jogos de tabuleiro dama; trilha; resta um; xadrez.
Jogos dramáticos improvisação; imitação; mímica.
Jogos cooperativos futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.
Dança
Danças folclóricas fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo;
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samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó
Danças de salão valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.
Danças de rua break; funk; house; locking, popping; ragga.
Danças criativas elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Danças circulares contemporâneas; folclóricas; sagradas
Ginásticas
Ginástica artística / olímpica solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas
Ginástica rítmica corda; arco; bola; maças; fita
Ginástica de academia alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates.
Ginástica circense malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim
Ginástica geral jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Luta
De aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.
Que mantem distancia karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
Com instrumentos mediador esgrima; kendô
Capoeira angola; regional.
Encaminhamento Metodológico da Disciplina de Educação Física
A abordagem metodológica adotada atenderá dentro do processo
ensino/aprendizagem as manifestações corporais historicamente acumuladas pelo
homem, suas manifestações artísticas, esportivas e de lazer presentes e componente
processo social ao longo da historia. As relações do corpo com o contexto econômico
social evidenciado por diversas culturas e sua propagação no decorrer dos tempos. As
tendências hegemônicas que o corpo foi submetido por meio das várias praticas corporais
e suas intencionalidades na interação e interferência social. A observância reflexiva
necessária ao entendimento das questões mais complexa que envolvem o contexto das
políticas sobre o corpo e sua realidade de modo a ampliar seu saber construindo com
clareza sua própria historia levando-o à apropriação da cultura corporal e da
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compreensão do mundo que o cerca.
Assim ofertar condições que permitam ao aluno uma investigação critica sobre a
questão da cultura corporal e suas manifestações nas relações do homem consigo
próprio, com o outro e com mundo, bem como o momento histórico vivenciado de forma a
valorizar o seu aprendizado, usufruindo e refletindo sobre à contribuição para sua própria
vida escolar e social.
É necessário que haja nas aulas de Educação Física a possibilidade dos
educandos exercitarem a comunicação e o diálogo com as diversas manifestações
corporais, pois o homem desenvolveu ao longo da historia símbolos de linguagem em
diversos contextos onde houve a necessidade de complemento para a comunicação.
Dessa forma ao dançar há uma serie de emoções e intenções onde o movimento
embalado pelo ritmo, a musica e a melodia representam uma forma de comunicação mais
complexa, onde se forma a partir da dança e seus sentidos implícito. Assim se dará com
todos os outros conteúdos da Educação Física (esportes, lutas, ginásticas, danças, jogos
e brincadeiras), em seu novo significado. Tendo na cultura afro e a indígena, um exemplo
típico cultural real e presente em nosso contexto escolar, pois temos em nosso município
uma comunidade Quilombola e divisamos território com índios Kaingangs, devemos então
compreender a importância dessas culturas e ofertar aos nossos alunos o acesso a esse
contexto histórico social, onde as atividades devem tratar das questões relacionadas a
corporalidade do homem por meio da pesquisa, da prática seguida da reflexão critica, de
modo a compor o embasamento teórico prático oportunizando a apropriação do
conhecimento necessário para a compreensão dos valores a serem absorvido. Deve
também, permitir e promover a troca de experiências entre professor e aluno na busca por
uma melhor qualidade no processo de aprendizagem de forma organizada e sistemática,
buscando nesta concepção ampliar a visão de mundo do educando dentro das diversas
áreas de conhecimento, tendo a percepção de que suas práticas não se esgotem nos
conteúdos e metodologias, mas que através dela transcenda.
Na abordagem metodológica usaremos o espaço físico da escola, suas
dependências e materiais; a quadra poli esportiva e o campo de futebol comunitário, a
biblioteca, os recursos tecnológicos rádio, cds, tv, pendrive, vídeos, filmes, laboratório de
informática e outros.
Avaliação A avaliação no contexto ensino/aprendizagem, deve possuir característica
que contribua no processo final do aprendizado do aluno, frente à aquisição do
conhecimento. Deve valer-se de indicadores que evidencie através de registros e
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observação à autonomia, a atitude, a capacidade de trabalho em grupo, planejamento,
reflexão e recriação dos elementos necessários a construção do conhecimento. Durante
as aulas praticas e teóricas, deve-se observar a participação efetiva do aluno ao conteúdo
experimentado, sua evolução na apreensão e execução das atividades proposta; observar
os aspectos conceituais, atitudinais e procedimentais em relação aos conteúdos
apresentados como critérios para avaliação.
Nesta situação é fundamental criar um espaço onde os alunos possam se
auto-avaliar, pois a partir da sua posição em relação à outras situações pode-se permitir
em primeiro plano, a uma análise mais próxima ou mais distante do objeto a ser avaliado
propondo para tal uma reflexão crítica sobre a questão. É necessário garantir-lhes a
apropriação desses instrumentos (apropriação da proposta; pesquisas
bibliográficas/internet/comunidade; construções materiais; de fichários ou blocos de
anotações; debate; reflexão e recriação), que viabilizem as informações de forma a
valorizar tais recursos entendendo sua colaboração no seu processo de aprendizagem.
O envolvimento do aluno, sua interação, suas atitudes, a solidariedade, a
cooperação, o trabalho em grupo, o respeito a si e ao próximo, a não discriminação às
características físicas, sexuais ou sociais, e o não favorecimento a toda e qualquer forma
de discriminação, as investigações de pesquisas, a organização e a prática da cultura
corporal, a recriação dos jogos, a utilização das práticas corporais como processo de
aquisição da cultura do homem de forma a entender seu meio social, as possibilidades de
percepção e exploração dos limites do seu corpo, o entendimento da necessidade da
atividade física na vida do ser humano, o controle das atividades físicas e suas posturas,
a valorização das atividades como forma de qualidade de vida tendo em vista o
planejamento, os novos conceitos adquiridos, os valores e as atitudes que favoreça a
promoção da sua saúde e da saúde coletiva contribuindo para uma melhor qualidade de
vida. Desta forma a avaliação do professor deve estar pautada, sempre buscando
contemplar o aluno na maior gama possível de critérios no processo de
ensino/aprendizagem, (observação, aspectos conceituais, atitudinais, procedimentais,
autonomia, trabalho em grupo, recriação, trabalhos teóricos e práticos, pesquisas e outros
que se adequem a necessidade), pois, sabe-se que, na construção do conhecimento as
produções pode seguir varias vertentes quanto ao ponto de vista do aluno em relação ao
seu objetivo original, e o importante é a resolução do problema apresentado, portanto as
avaliações devem ser específica se tratando do conteúdo, mais ser abrangente no sentido
de oportunizar o acesso ao conhecimento, devendo valorizar todas as formas de
produção do conhecimento produzida pelo aluno assim destaca inclusive o criador da
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teoria das inteligências múltiplas Howard Gardner.
Considerando todas essas possibilidades para avaliação, devemos garantir assim
as formas e necessárias à acessibilidade do educando em seu trabalho de produção no
que se refere aos critérios disponibilizado e adotado em sua avaliação, tendo como
objetivo sempre a construção do seu conhecimento a favor do seu desenvolvimento pleno
como cidadão.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede Básica do Estado do
Paraná.
Brasil. Secretaria da Educação Fundamental
Grande Enciclopédia do Desporto Cultural.
Coleção Aprendendo a Educação Física, da técnica aplicada ao movimento livre.
Didática da Educação Física: A criança em movimento, jogo prazer e
transformação.
Coleção Educação Escolar, no princípio de totalidade e na concepção histórico-
crítico-social.
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GEOGRAFIA
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GEOGRAFIA – ENSINO FUNDAMENTAL
Apresentação da disciplina
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A prática da geografia inicia-se desde os primórdios da humanidade, buscando o conhecimento da natureza e suas possíveis modificações e organizações para sua sobrevivência.
Para os povos caçadores e coletores, foi fundamental observar a dinâmica das estações do ano e conhecer o ciclo reprodutivo da natureza. Para os povos navegadores e, predominantemente, pescadores, conhecer a direção e a dinâmica dos ventos, o movimento das marés e as correntes marítimas eram condições de existência. Para o primeiros povos agricultores, foi essencial conhecer as variações climáticas e alternância entre período seco e período chuvoso. Esses conhecimentos permitiram as sociedades se relacionarem com a natureza e modificá-la em benefício próprio.
Na Antiguidade Oriental, a atividade comercial levou a intensa navegação pelos mares Mediterrâneo e Vermelho, a expansão do mundo conhecido e, com isso, a maior produção de conhecimento geográfico.
Na Antiguidade Clássica, ampliaram-se os conhecimentos sobre as relações Sociedade-Natureza, sobre a extensão e características físicas e humanas, sobre a localização e o acesso dos territórios, desenvolveu-se a elaboração de mapas, discussões a respeito da forma e do tamanho da Terra, da distribuição de terras e águas, cálculos sobre latitude e definições climáticas.
Na Idade Média, o pensamento geográfico foi influenciado pela visão de mundo imposta pelo poder e pela organização socioespacial então estabelecida.
A partir do século XVI, os viajantes colonialistas passaram a descrever e representar detalhadamente alguns elementos do espaço – rios, lagos, montanhas, desertos, planícies – e também as relações Homem-Natureza.
O conhecimento do espaço geográfico se tornou parte do conhecimento disciplinar da Geografia, temas como comércio, formas de poder, organização do Estado, produtividade natural do solo, recursos minerais, crescimento populacional, formas de representação de territórios e extensões de territórios eram preocupações dos grandes impérios coloniais.
Porém, em fins do século XVII, esses temas começaram a passar pelo reconhecimento do método indutivo experimental como método científico, deu às pesquisas sobre a natureza uma legitimidade científica que, mais tarde, abrangeria as pesquisas em Geografia.
Até o século XIX, não havia sistematização da produção geográfica.Foram vários os estudos feitos com o objetivo de se compreender o objetivo de
estudo da Geografia ( o espaço geográfico), percorrendo caminhos e métodos de pesquisas diferentes que evidenciaram a dicotomia entre a Geografia Física e a Geografia Humana.
Hoje, busca-se acabar com essa dicotomia, já que essa disciplina não seria bem trabalhada se não fossem utilizados todos os conteúdos estruturantes, levando o aluno a uma visão ampla e crítica do mundo em que está inserido.
Conteúdos Estruturantes e Básicos
5ª SérieEstruturantes Básicos
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Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
- Formação e transformação das paisagens naturais e culturais;- Dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;- A formação, localização e exploração dos recursos naturais;- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)organização do espaço geográfico;- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;- A evolução demográfica, distribuição espacial da população e os indicadores estatísticos;- As diversas regionalizações do espaço geográfico; -História e cultura afro-brasileira e africana;- História e cultura dos povos indígenas;-Educação do campo;- Meio ambiente.
6ª Série:Estruturantes Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
- Formação território brasileira;- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração do território brasileiro.- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;-As diversas regionalizações do espaço brasileiro;- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;-A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e indicadores estatísticos;- Movimentos migratórios e suas motivações;- O espaço rural e a modernização da agricultura;
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Dimensão socioambiental do espaço geográfico
-Os movimentos sociais, urbanos e rurais, e a apropriação do espaço;- A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urbanização;- A distribuição espacial produtivas, a (re)organização do espaço geográfico;- A circulação de mão-de-obra, das mercadorias e das informações;- História e cultura afro-brasileira e africana;-História e cultura dos povos indígenas;-Educação do campo;-Meio ambiente.
7ª sérieEstruturantes Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;- A formação, mobilidade das fronteiras e reconfiguração dos territórios do continente americano;- A nova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado;- O comércio em suas implicações socioespaciais;- A circulação de mão-de-obra, do capital, das mercadorias e informações;- A distribuição espacial das atividades produtivas, a (re)organização do espaço geográfico;- As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista;- O espaço rural e a modernização da agricultura;- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;- Os movimentos migratórios e suas motivações;- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;- A formação, a localização, exploração dos recursos naturais.-História e cultura afro-brasileira e africana;- História e cultura dos povos indígenas;-Educação do campo;- Meio ambiente.
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8ª SérieEstruturantes Básicos
Dimensão econômica do espaço geográfico
Dimensão política do espaço geográfico
Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico
Dimensão socioambiental do espaço geográfico
- As diversas regionalizações do espaço geográfico;- A nova ordem mundial, dos territórios supranacionais e o papel do Estado;- A revolução técnico-científico-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;- O comércio mundial e as implicações socioespaciais;- A formação, mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios;- A evolução demográfica da população, sua distribuição espacial e os indicadores estatísticos;- A mobilidade populacional e as manifestações socioespaciais da diversidade cultural;- Os movimentos migratórios mundiais e suas motivações;- A distribuição das atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re) organização do espaço geográfico;- A formação, localização, exploração dos recursos naturais;- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;- O espaço em rede: produção, transporte e comunicações na atual configuração territorial.-História e cultura afro-brasileira e africana;- História e cultura dos povos indígenas;-Educação do campo;- Meio ambiente.
Metodologia da disciplina
Analisando a própria vivência e sobrevivência humana em sociedade, professor e aluno devem entender a ciência geográfica como uma das disciplinas para explicar um assunto, devendo por isso fazer sempre que possível uma relação interdisciplinar, de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise do espaço geográfico.
O aluno quando chega ao espaço escola, não é algo vazio, ele traz consigo conhecimento espacial prévio, recheado de influencias do seu espaço de vivência, tanto físico quanto cultural.
A evolução do homem, levou-o a buscar sempre o aprendizado e com isso, foi ampliando seus horizontes, buscando entender a geografia como um todo, para manter a natureza viva para a própria sobrevivência das espécies; essa vida contemporânea seja econômica, política, cultural e socioambiental fez com que a geografia ampliasse os métodos de ensino introduzidos na escola fazendo com que os alunos tenham uma ampla visão da aldeia global, partindo sempre da sua realidade e levando-o a formar um
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raciocínio crítico contemporâneo priorizando o conhecimento científico.É importante que a construção do conhecimento se desenvolva de forma
dialogada, criando uma situação problema, instigante e provocativa, estimulando o raciocínio, a reflexão e a crítica, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e atuantes na sociedade.
Os conteúdos serão abordados pelo professor como mediador, estimulando os alunos a produzirem seu próprio raciocínio crítico, instigando-os através da utilização de recursos como mapas, globo terrestre, tv pendrive, pendrive, quadro de giz, revistas, jornais, dvd, vídeos e textos de apoio.
A Lei nº 10639/03, referente a história e cultura afro, a lei nº13385/01, referente História do Paraná, e a Lei nº 9795/99, referente as questões de meio ambiente, serão abordadas através de filmes, pesquisas, trabalhos de campo, maquetes, feiras culturais e peças teatrais.
Avaliação:
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou um conceito. É imprescindível que priorize o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina avaliação formativa, que deve ser diagnóstica e continuada, porque considera que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem diferentes, aponta dificuldades e possibilita que a intervenção pedagógica aconteça a todo o tempo.
O aluno será avaliado através do sistema bimestral, de forma contínua, diagnostica, formativa e processual, levando em conta sua participação nas atividades escolares, tarefa de casa, testes escritos, orais, trabalhos individuais e em grupos, relatórios, filmes, palestras, etc.
As notas serão atribuídas de 0,0 a 10,0. O aluno será aprovado com média 6,0 caso não venha ocorrer terá oportunidade da recuperação com o valor integral com atividades diversificadas.
Bibliografia:
DCE, Diretrizes Curriculares de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, SEED,2008.
DCE, Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo.
LDB, 9394/96, 2008.
124
HISTÓRIA
125
HISTÓRIA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O ensino de história pode estimular a formação da visão crítica ao fornecer ao
aluno um instrumental que o auxilie na interpretação da realidade vivenciada por ele,
mostrando, por exemplo, que o mundo de hoje foi construído ao longo do tempo, como
resultado de processos históricos que envolveram vários e diferentes grupos sociais.
O trabalho de história, presta-se também, de modo particular, para dotar o aluno de
espírito participativo, qualidade que ele deve ter tanto na vida escolar, quanto na vida
familiar e mais tarde, no trabalho, na administração de seu município, do estado e do
país.
O papel da disciplina de história na educação básica, tem por finalidade
desenvolver o educando, assegurar-lhe a formação indispensável para o exercício da
cidadania.
Essa finalidade será atingida através dos conteúdos estruturantes; a dimensão
política, a dimensão econômico-social e a dimensão cultural.
Dessa forma, o ensino de história busca oferecer aos alunos, possibilidade de
desenvolver competências que os instrumentalizem, a refletir sobre si mesmo, e a
participar ativa e criticamente no mundo social e cultural .
OBJETIVOS GERAIS
Temos como objetivos gerais a valorização ao direito a cidadania dos indivíduos,
dos grupos sociais e dos povos através do conhecimento da história, entendendo que o
conhecimento histórico e parte do conhecimento interdisciplinar; identificar as
semelhanças e diferenças nos diversos grupos sociais, promovendo a comparação dos
126
acontecimentos ocorridos em lugares e épocas variadas; entender que diversos sujeitos
constroem os processos históricos, havendo diferentes maneiras de interpretar um
mesmo tema; valorizar diversidades culturais, étnicas e sociais, sendo contrário a todas
as práticas que incentivem preconceitos e discriminação política, ideológica, de gênero,
religiosa e étnica .
5ª SÉRIECONTEÚDO ESTRUTURANTE
Relações de Trabalho, de Poder e Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A experiência humana no tempo;
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
As culturas locais e a cultura comum.
A experiência humana no tempo;
Os sujeitos e suas relações com o outro no tempo;
- O que são fontes históricas;
- Verdades absolutas ou versões
históricas;
- O tempo e as unidades de medida;
- O século: conjunto de cem anos;
- Arqueologia no Brasil: sambaquis
(PR);
- A evolução do ser humano;
- A vida humana no Paleolítico e
Neolítico;
- Idade dos Metais;
- O surgimento da humanidade na
África e a diversidade cultural na sua
expansão: as teorias sobre seu
aparecimento;
- O ser humano chega à América e no
Brasil;
- Povos indígenas no Brasil e no
Paraná: ameríndios, kaikang, guarani,
xetás e xokleng;
- A arte e a moradia dos povos
indígenas;
127
As culturas locais e a cultura comum
- Povos da antiguidade: Mesopotâmia;
Egito; China e Índia; Fenícios e
Hebreus;
- A civilização Grega: formação, vida e
política.
- A arte grega, religião e mitos; filosofia
e ciência.
- Civilização romana: sociedade;
cultura; república; império e a crise do
império romano.
- O surgimento das 1ªs vilas no
Paraná.
6ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTERelações de Trabalho, de Poder e Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
As relações de propriedade;
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade;
As relações entre o campo e a cidade;
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
- A formação da Europa Feudal:
um império esfalecendo;
a ruralização do Império;
a formação do colonato;
a formação do Feudalismo.
- O mundo além da Europa:
os árabes e a Arábia;
a África e os grandes reinos;
a África das sociedades tribais;
Mudanças na Europa:
crescimento do comércio e das
cidades, saúde pública.
- China o Império da prosperidade;
128
- O Renascimento e o Humanismo.
- A Reforma Protestante.
- A colonização Européia na América.
- Os povos indígenas no Brasil.
- A economia açucareira.
- Escravidão captura, resistência e luta.
- A expansão colonial.
- A União Ibérica e a invasão
holandesa.
- O fim da União ibérica.
- As missões jesuíticas.
- Crise e rebeliões na Colônia.
- A ruralização do Paraná.
7ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTERelações de Trabalho, de Poder e Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
História das relações da humanidade com o trabalho;
O trabalho e a vida em sociedade;
O trabalho e as contradições da modernidade;
As trabalhadores e as conquistas de direito.
- A história do trabalho nas primeiras
sociedades humana;
- Absolutismo;
- Revoluções Inglesas;
- Colonização da América;
- Exploração do ouro;
- Revolução Industrial;
- Industrialização no Paraná;
- Independência dos Estados Unidos;
- Revolução Francesa;
- A Independência do Brasil: 1º e 2º
Reinado;
- O trabalho nas sociedades indígenas;
129
- A abolição do tráfico negreiro;
- Sociedade patriarcal e escravocrata;
- A vida cotidiana das classes
trabalhadoras no campo e as
contradições das cidades no Brasil
República;
- A expansão cafeeira no Brasil;
- A produção e a organização social
capitalista;
- Os imigrantes no Brasil.
8ª SÉRIE
CONTEÚDO ESTRUTURANTERelações de Trabalho, de Poder e Culturais.
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
A constituição das instituições sociais;
A formação do Estado;
Sujeitos, Guerras e revoluções.
- A era dos Impérios;
- A 1ª Guerra Mundial;
- Revolução Russa;
- Crise do Capitalismo;
- A 2ª Guerra Mundial;
- A era de Vargas;
- Guerra Fria;
- Descolonização da África e Ásia;
- Democracia e Ditadura no Brasil; de
1945 à atualidade;
- A Nova Ordem Mundial: um balanço
do Brasil e do mundo contemporâneo;
- O Paraná nos tempos atuais;
- Escravidão no Paraná: do início à
atualidade;
- Os imigrantes no Paraná
130
contemporâneo;
- As indústrias paranaenses.
METODOLOGIA
A mobilização dos conceitos no trabalho pedagógico escolar como instrumento
de conhecimento supõe a articulação entre os conceitos estruturantes da disciplina de
historia e as habilidades necessária para trabalhá-la como um processo de conhecimento.
A metodologia proposta terá como objetivo a formação do pensamento analítico,
reflexivo e crítico e para o desenvolvimento do trabalho, os pressuposto serão
considerados;
Criticar, analisar e interpretar fontes documentais de natureza diversa;
Entender como o trabalho esta presente em todas as atividades humanas;
sociais, econômicas, políticas e culturais;
Propor pesquisas para analise e interpretação de dados;
Relacionar o presente com o passado, através de textos, fotos e documentos;
Desenvolver hábitos de leitura, interpretação, argumentação e exposição de
idéias fundamentadas em conceitos históricos;
Expressar por escrito e oralmente as reflexões realizadas;
Estimular as atividades de exploração e analise de fontes históricas e imagens e a
compreensão da relação do passado com o presente.
AVALIAÇÃO
É importante para o processo de avaliação verificar o conhecimento prévio os
alunos e os domínios dos mesmos em relação às mudanças ocorridas no processo
ensino-aprendizagem.
A avaliação deve ser diagnosticada para que o educador possa avaliar o seu
próprio desempenho, refletindo sobre as intervenções didáticas e outras possibilidades de
como atuar no processo de aprendizagem dos alunos.
131
O objetivo da avaliação e o desenvolvimento da reflexão, análise e interpretação
de texto, discutindo os temas e elaborando textos, os objetivos visam também auxiliar e
dar uma resposta à sociedade através do processo ensino-aprendizagem e sobre a
qualidade da educação desenvolvida.
A avaliação deverá ser diagnosticada, contínua, dinâmica e participativa, dessa
forma a avaliação do aluno será baseada no seu desempenho gradativo, procurando
valorizar todos os processos do aluno.
Além disso, e preciso considerar que um aluno, mesmo tendo um resultado
menos favorável, pode ter progredido mais do que o outro que apresentado um resultado
melhor.
Esta escola entende que e necessário utilizar diversos tipos de modalidade de
avaliação, tais como questões objetivas, questões de respostas livres, provas práticas,
projetos, pesquisas, trabalhos em duplas e outras formas de avaliação.
A verificação do desempenho dos alunos deve ampliar de forma contínua e
sistemática, não apenas atribuindo conceitos com base no resultado das provas, mas
construindo instrumento que permitam acompanhar as atividades no dia-a-dia dos alunos,
considerando seu interesse, sua responsabilidade, sua curiosidade, sua capacidade de
investigar, discutir idéias, formar conceitos e buscar novos conhecimentos.
A avaliação deve ser realizada processualmente, na expectativa de que os alunos
compreendam a formação do pensamento histórico e cultural que orienta o agir dos
sujeitos históricos no tempo, percebam sua condição de sujeitos históricos.
Compreendam a formação da cultura local e das diversas culturas que com ela se
relacionam e que instituem um processo histórico distinto.
Identifiquem as narrativas e documentos históricos como fundamentação do
estudo da história e como elementos que demarcam a relação espaço temporal dos
processos históricos, verificam e confrontam os vestígios dos eventos que produziram
esses processos, constituídos pelas relações de poder, de trabalho e culturais.
Compreendam que as relações entre o mundo do campo e o mundo da cidade e
a constituição da propriedade foram instituídas por um processo histórico.
O conhecimento das ações políticas, sociais, trabalhista que os sujeitos
promovem em relação ao mundo do trabalho as lutas pela participação política.
A compreensão da produção das várias formações sociais, tais como a
escravidão, o feudalismo, o capitalismo e as propostas socialistas que foram instituídas
por um processo histórico.
O conhecimento das estruturas que simultaneamente inibem e possibilitam as
132
ações políticas que os sujeitos históricos promovem em relação às lutas pela participação
no poder.
A compreensão sobre a formação do estado, das outras instituições sociais e dos
movimentos sociais que foram instituídos por um processo histórico.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
BITTENCOURT, Circe (org). O saber histórico na sala de aula. 7ª ed. – São Paulo:
Contexto, 2002.
FONSECA, Selva Guimarães. Didática e prática de ensino de história: experiências, reflexões e aprendizados. Campinas: Papirus, 2003.
KARNAL, Leandro. História na sala de aula: conceitos, práticas e propostas. São Paulo: Contexto, 2005.
KUENZER, Acácia. Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. 4ª ed.
São Paulo: Cortez, 2005.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Diretrizes curriculares de história para o Ensino Fundamental. Versão preliminar. Curitiba: SEED, 2006.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. História Ensino Médio, vários autores.
Curitiba: SEED, 2006.
SACRISTÁN, J. Gimeno; GÓMEZ, A.I. Pérez. Compreender e transformar o ensino. Trad. Ernani F. da Fonseca Rosa. 4ª ed. Porto Alegre: Artmed, 2000.
SCHIMIDT, Maria Auxiliadora; CAINELLI, Marlene. Ensinar história. São Paulo: Scipione,
2004.
133
LÍNGUA PORTUGUESA
134
LÍNGUA PORTUGUESA
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
A língua se constitui como tal, em uma interação social, portanto, o seu ensino
requer uma metodologia questionadora, tendo como base a análise e a reflexão da nossa
realidade e de nossas experiências.
Ensinar Língua Portuguesa é garantir o domínio necessário da língua, para
posicionar-se como cidadão ativo em uma sociedade, por meio de um processo dialógico
entre professor e aluno.
Aprender uma língua, portanto, não é somente aprender palavras, mas também o
seu significado cultural e o modo pelo qual as pessoas se apropriam dele para
entenderem, interpretarem a realidade.
Deste modo, a partir do texto (unidade básica da linguagem verbal), o qual é
compreendido como fala e discurso que se produzem num determinado contexto
histórico, e possui a função comunicativa, principal eixo de desenvolvimento e de
atualização da linguagem, é que trabalharemos com a Língua Portuguesa.
Com isso, queremos afirmar que o texto é o produto da atividade discursiva oral ou
escrita que forma um todo significativo e acabado, gerando um processo de ensino-
aprendizagem da língua materna, baseado em propostas interativas língua/linguagem
(língua oral, língua escrita, análise e reflexão sobre a língua).
Cabe à escola viabilizar o acesso do aluno ao universo de textos que circulam na
sociedade, ensinar a produzi-los e interpretá-los. Trabalharemos os conteúdos
estruturantes organizados em torno dos eixos básicos: Prática da Oralidade, Prática da
Leitura, Prática da Escrita e Análise Linguística. Ao mesmo tempo os objetivos começam
a ser inseridos nas atividades diárias, com a seguinte abordagem: empregar a língua oral
em diferentes situações de uso, sabendo adequá-la a cada contexto e interlocutor,
descobrindo as intenções que estão implícitas nos discursos do cotidiano e posicionando-
se diante dos mesmos; desenvolver o uso da língua escrita em situações discursivas
realizadas por meio de práticas sociais, considerando-se os interlocutores, os seus
objetivos, o assunto tratado, os gêneros e suportes textuais e o contexto de
produção/leitura; refletir sobre os textos produzidos, lidos ou ouvidos, atualizando o
gênero e tipo de texto, assim como os elementos gramaticais empregados na sua
organização; aprimorar, pelo contato com os textos literários, a capacidade de
135
pensamento crítico e a sensibilidade estética dos alunos, propiciando através da literatura,
a constituição de um espaço dialógico que permita a expansão lúdica do trabalho com as
práticas da oralidade; proporcionar atividades planejadas que possibilitem ao aluno não
só a leitura e a expressão oral ou escrita, mas, também, refletir sobre o uso que faz da
linguagem nos diferentes contextos e situações; promover situações de oralidade
tomando como ponto de partida a variedade linguística empregada nas interações do
cotidiano; planejar ações pedagógicas que permitam não só a leitura de textos com os
quais já tenham se familiarizado, mas a leitura de textos mais difíceis, que impliquem o
desenvolvimento de novas estratégias com a devida mediação do professor; possibilitar
aos alunos a ampliação do uso das linguagens verbais e não verbais através do contato
direto com o texto dos mais variados gêneros, engendrados pelas necessidades humanas
e possibilitar atividades epilinguísticas, as quais, como processos e operações sobre os
aspectos discursivos, estruturais e gramaticais da linguagem, criarão condições para a
percepção da multiplicidade de usos e funções da língua.
5ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESDiscurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana (bilhete, convite,carta pessoal, cartão e cartão-pessoal, anedota, receita,); literária/artística ( fábula, poema, biografia, contos, crônicas, propagandas e lendas); imprensa (artigo de opinião, noticia); publicitária (folder, carta de solicitação).
LEITURA
- Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Argumentos do texto; - Discurso direto e indireto; - Intertextualidade; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do
136
gênero; - Repetição proposital de palavras; - Léxico; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
ESCRITA
- Contexto de produção; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Informatividade; - Argumentatividade; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero; - Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. - Processo de formação de palavras; - Acentuação gráfica;- Ortografia; - Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
- Tema do texto; - Finalidade; - Argumentos; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
137
6ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESDiscurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana (álbum de família, diário); literária/artística: (poema, paródia, parábolas, contos, lendas, crônicas);imprensa (noticias, jingle e reportagem); publicitária (aviso, canção e slogan);política: (debate); jurídica (requerimento, produção e consumo); midiática (entrevista, telejornal);
LEITURA
- Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Argumentos do texto; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Informações explícitas e implícitas; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero; - Repetição proposital de palavras; - Léxico; - Ambiguidade; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem.
- Contexto de produção; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Informatividade; - Argumentatividade; - Discurso direto e indireto; - Elementos composicionais do gênero;
138
ESCRITA - Divisão do texto em parágrafos; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito), figuras de linguagem. - Processo de formação de palavras; - Acentuação gráfica;- Ortografia; - Concordância verbal/nominal.
ORALIDADE
- Tema do texto; - Finalidade; - Argumentos; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, pausas, gestos...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, recursos semânticos.
7ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESDiscurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOSGÊNEROS DISCURSIVOS Os conteúdos deverão ser abordados
a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: - cotidiana: receita, anedota, carta pessoal e comercial, paráfrases;- literária/artística: poema, contos, escolar, texto dramático.-lmprensa: artigos de opiniões, entrevistas, reportagem, crônica, notícias, sinopse de filme;- publicitária: e-mail, anúncio publicitário, anúncio; - política: manifesto;
139
LEITURA
- Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Argumentos do texto; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
ESCRITA
- Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Informatividade; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Concordância verbal e nominal;- Papel sintático e estilístico dos pronomes na organização, retomadas e
140
sequenciação do texto; - Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - significado das palavras; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto.
ORALIDADE
- Conteúdo temático; - Finalidade; - Argumentos; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas, entre outras); Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição.
- Elementos semânticos; - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc); - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
8ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTESDiscurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
GÊNEROS DISCURSIVOS
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiana: curriculum vitae;literária/artística: paródias, paráfrases, contos, texto teatral; escolar: resumo, memorando; imprensa: crônica, artigos de opiniões, charge, reportagens,
141
editorial, artigos, anúncios publicitário; publicitária: poema; política: carta de reclamação;jurídica: depoimentos, ofício; midiática: telejornal;
LEITURA
- Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Argumentos do texto; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Partículas conectivas de texto; - Progressão referencial no texto.
Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação, recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito); - Semântica: - operadores argumentativos; - ambiguidade; - sentido figurado; - expressões que denotam ironia e humor no texto
ESCRITA
- Conteúdo temático; - Interlocutor; - Intencionalidade do texto; - Informatividade; - Contexto de produção; - Intertextualidade; - Vozes sociais presentes no texto; - Elementos composicionais do gênero; - Relação de causa e consequência entre as partes e elementos do texto; - Partículas conectivas do texto;- Progressão referencial no texto; Marcas linguísticas: coesão, coerência, função das classes gramaticais no texto, pontuação,
142
recursos gráficos como aspas, travessão, negrito;
- Sintaxe de concordância;- Sintaxe de regência;- Processo de formação de palavras;- Vícios de Linguagem;- Semântica: - operadores argumentativos; - modalizadores; - polissemia.
ORALIDADE
- Conteúdo temático ; - Finalidade; - Argumentos; - Papel do locutor e interlocutor; - Elementos extralinguísticos: entonação, expressões facial, corporal e gestual, pausas ...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas (lexicais, semânticas, prosódicas entre outras);
Marcas linguísticas: coesão, coerência, gírias, repetição, conectivos.
- Semântica; - Adequação da fala ao contexto (uso de conectivos, gírias, repetições, etc.);- Diferenças semelhanças entre o discurso oral e o escrito.
METODOLOGIA
Considerando que a prática é o próprio desafio a receber solução, não se pode
pensar a metodologia como um simples conjunto de técnicas elaboradas para atingir
metas determinadas, e que se configure como passos obrigatórios, ou seja, que sejam
seguidos mecanicamente.
Tem-se percebido em geral, que a formação do Ensino Fundamental, indica que o
aluno é mais treinado para responder a estímulos previstos que orientado para
compartilhar discussões que objetivem a resolução de problemas pensando. Falta uma
143
mediação necessária.
A metodologia de trabalho deve, em primeira instância, ser entendida como
orientação pedagógica geral para o processamento de uma prática congruente, não
dissociada daqueles princípios que regem a concepção de linguagem assumida, com
todas as suas implicações.
A metodologia, dentro da Proposta Curricular, apresenta uma perspectiva global e
implica num processo múltiplo, integrado e dialógico, de modo que não há como pensar
que cada indivíduo é dono absoluto de um domínio.
As ações pedagógicas (relações de ensino e aprendizagem) deverão caracterizar o
movimento social a partir do micro-universo da sala de aula. O que significa que a sala de
aula é só um espaço específico, apropriado para algumas tarefas que se desenrolarão
ocupando espaços cada vez mais amplos (imersão na sociedade).
De um modo geral é preciso encarar a aprendizagem para dar sentido ao ensino.
Antes de tudo, é preciso interagir, interpretar, compreender, participar. É, também,
abandonar o autoritarismo nas relações dentro da escola e da sala de aula. Por outro
lado, compreender o processo de aprendizagem é atuar no sentido de que haja
continuidade na conquista do saber, o que não acontece isoladamente. Ao caminhar com
o aluno, o professor também vai, necessariamente, construindo o seu próprio saber.
O livro didático, mais que um instrumento (entre muitos outros) útil ao ambiente
escolar, tem sido tomado, muitas vezes como uma tábua de salvação em meio ao caos
que se tornou o conjunto de tarefas educacionais e a pressão temporal para o exercício
do magistério. A experiência mostra que é possível, a partir de pesquisa e reflexão, propor
aos alunos atividades alternativas para o desenvolvimento da compreensão do fenômeno
da linguagem. Tais experiências deverão, necessariamente, ser vinculadas ao mundo
vivido aqui e agora, ao contrário do que tentam fazer as muitas lições do livro didático.
É nessa perspectiva que se pode abordar os vários aspectos (ou conteúdos) da
gramática, a partir do seu funcionamento nos textos - que podem ser dos próprios alunos.
Devidamente conduzido, o aluno será capaz de deduzir micro gramáticas, ou seja, de
elaborar, através de comparações, aproximações e diferenças, gramáticas parciais de
certos fenômenos: concordância, gênero, número, compatibilidades e incompatibilidades
semânticas. Em vez de começar aprendendo regras, depois procurando exemplos e
realizando exercícios de “fixação”, ele iniciará a tarefa pelo lado inverso: observando o
funcionamento de certos elementos, hipotetizando regularidades e testando-as. Para isso,
ele fará a reflexão e trabalhará com os colegas e o professor – e todos estarão, em
colaboração, produzindo conhecimento, sem medo de errar. Assim, a metodologia partirá
144
de trabalhos que visem o conhecimento e vivência do aluno ou pessoas de seu convívio.
Haverá o exercício constante da oralidade ao opinar, justificar, colher e dar informações; o
aluno depreenderá de situações práticas o uso da gramática para empregá-la em outras
situações; Proporcionar aos alunos portadores de necessidade especiais as mesmas
condições de qualidade da aprendizagem, respeitando as especificidades de cada um e,
também estimular a participação em diferentes projetos propostos pela escola e os
propostos pela SEED, como: Projeto Fera, Projeto Com Ciência, Participação em Jogos
Escolares, etc.
O trabalho oral é desenvolvido para que o aluno possa se expressar com
segurança e espontaneidade, para isso o ambiente da sala deve favorecer o respeito às
suas opiniões. O saber falar e o saber ouvir é tarefa essencial para o resultado final das
atividades orais.
O trabalho com a língua escrita apresenta-se subdividido em prática de leitura e
prática de produção de textos. O processo de ler visa à construção do significado do
texto, pela interpretação do leitor, com base não só no que está escrito, mas também no
conhecimento que traz para o texto. Neste ponto, o professor tem um papel fundamental
para direcionar este trabalho de leitura/interpretação, com isso a finalidade de formar
leitores críticos e cidadãos ativos terá sido alcançada.
A produção de texto será feita a partir de etapas como: discussão do assunto
apresentado, escrita individual ou coletiva e análise do texto feita com o professor ou
colegas e a reestruturação feita pelo próprio aluno.
A análise linguística reflete tanto nas atividades orais quanto nas escritas. Os
aspectos gramaticais são apresentados de forma que os alunos possam discutir,
mediados pelo professor, o como e quando usar determinado conteúdo. Desse modo, as
regras gramaticais serão entendidas e não simplesmente decoradas, pois o aluno vai
conhecer. analisar e discutir o seu uso efetivo. Os conteúdos gramaticais estão presentes
no texto. Assim, o aluno, ao produzir ou reestruturar um texto fará o uso de pontuação,
paragrafação, concordância e dos outros conteúdos gramaticais que são indispensáveis
ao domínio da língua.
AVALIAÇÃO
A avaliação é considerada como parte integrante do trabalho realizado em sala de
aula e prioriza a qualidade e o processo de aprendizagem, ou seja, o desempenho do
aluno ao longo do ano letivo. Para o professor, a avaliação auxilia na revisão da prática
145
realizada, de modo a ter parâmetros para redirecioná-la em função da aprendizagem dos
objetivos propostos.
A verificação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do
aluno nas diferentes situações de aprendizagem considerando a construção de seu
conhecimento, os objetivos específicos e suas atitudes.
A avaliação será um processo contínuo e cumulativo no decorrer das aulas,
organizadas por meio de instrumentos diversificados. Haverá recuperação paralela
integrada ao processo de aprendizagem toda vez que o aluno demonstrar deficiência em
atingir as metas propostas.
No início do ano letivo, o aluno será informado sobre a sistemática de avaliação e
recuperação. As sínteses dos resultados de avaliação da aprendizagem serão bimestrais,
e expressas de acordo com o Regimento da Escola, com notas registradas no livro de
chamada e nos arquivos da secretaria escolar.
A prática avaliativa será feita através das atividades de leitura e de produção
textual na sala de aula, trabalhos orais e escritos, seminários, provas, testes, produção de
jornal/revistas/programas de rádio, resumos, resenhas, relatórios de livros, filmes e
outros.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
ALMEIDA, Milton José de. Ensinar português? In: Geraldi, J.W. O Texto na sala de aula: Leitura & produção. Cascavel/PR; A SSoente; Campinas: Unicamp, 1984.
BAKHTIN, M. Marxismo e filosofia da linguagem, São Paulo: Hucitec, 1986.
CATÃO, Francisco A. C. A educação no mundo pluralista/ Por uma educação da liberdade. São Paulo: Ed. Paulinas, 1993.
KLEIN, L. R. Considerações teórico-metodológicas sobre alfabetização. IN: Tempo de alfabetizar: fundamentos teórico-metodológicos. Campo Grande/MS: Guaicuru?
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PARANÁ, Secretaria de Estado da Educação – Diretrizes Curriculares para o Ensino Fundamental – versão preliminar. Julho de 2006.
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PIVOVAR, Altair. Leitura e escrita: A captura de um objeto de Ensino. Curitiba, 1999.
Dissertação de mestrado – UFPR.
SANTA CATARINA, Secretaria de Estado da Educação. Proposta curricular, 1998.
147
L.E.M. INGLÊS
148
L.E.M. INGLÊS
APRESENTAÇÃO GERAL DA DISCIPLINA
O Inglês é um idioma de fundamental importância no mundo globalizado de hoje.
Tornou-se um dos principais veículos de comunicação nos meios diplomáticos, no
comércio mundial, nos encontros de líderes políticos, nos congressos sobre ciências e
tecnologias, nas competições esportivas, no turismo, etc.
Com a abertura da educação às novas tecnologias, principalmente as tecnologias
de comunicação como a internet, cujo uso vem sendo cada vez mais comum na
atualidade, o aprendizado da língua inglesa vem sendo uma ferramenta valiosa e
indispensável para participação efetiva dos nossos alunos como cidadãos num mundo
globalizado. O eixo norteador dos conteúdos curriculares da língua inglesa será a ênfase
aos textos orais e escritos e ao discurso para garantir as quatro práticas da língua: falar,
escutar, ler, escrever e produzir textos.
149
OBJETIVOS GERAIS
Objetivos da LE no ensino fundamental.
Em consonância com os quatro princípios, foram traçados os objetivos para o
ensino da LE, os quais representam os resultados esperados ao final do ensino
fundamental. Tais objetivos são suficientemente flexíveis para contemplar as diferenças
regionais, mas ainda assim específicos o bastante para apontar um norte e permitir um
direcionamento comum. O grau de proficiência a ser atingido neste nível é naturalmente
dependente das condições disponíveis para o ensino em cada ambiente escolar.
Entretanto, espera-se que o aprendizado nesta etapa dê ao aluno subsídios suficientes
para que seja capaz de compreender e ser compreendido na língua inglesa, de modo a
vivenciar formas de comunicação que lhe permitam perceber a importância deste
conhecimento.
Assim ao final do Ensino Fundamental espera-se que o aluno:
Tenha vivenciado, na aula de LE, formas de participação, estabelecer relações
entre ações individuais e coletivas;
Seja capaz de usar a língua em situações de comunicação oral e escrita;
Compreenda que os significados são sociais e historicamente construídos e,
portanto passíveis de transformação na prática social;
Tenha maior consciência sobre o papel das línguas na sociedade;
Reconheça e compreenda a diversidade lingüística e cultural, bem como seus
benefícios para o desenvolvimento cultural do país.
5ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
150
Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais;
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiano, cientifica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.
LEITURA
- Identificação do tema; - Intertextualidade; - Intencionalidade; - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas:particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística. - Ortografia.
ESCRITA
- - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade do texto; - Intertextualidade; - Condições de produção; -Informatividade: (informações necessárias para a coerência do texto); - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Ortografia;
ORALIDADE
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas explorem as marcas linguísticas, pausas, gestos, etc ...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição. - Pronúncia.
151
6ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais;
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiano, cientifica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.
LEITURA
- Identificação do tema; - Intertextualidade; - Intencionalidade; - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas:particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística. - Ortografia.
ESCRITA
- - Tema do texto; - Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade do texto; - Intertextualidade; - Condições de produção; -Informatividade: (informações necessárias para a coerência do texto); - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Ortografia;
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas
152
ORALIDADE explorem as marcas linguísticas, pausas, gestos, etc ...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição. - Pronúncia.
7ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais;
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiano, cientifica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.
LEITURA
- Identificação do tema; - Intertextualidade; - Intencionalidade; - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas:particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística. - Ortografia.
ESCRITA
- - Tema do texto;
- Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade do texto; - Intertextualidade; - Condições de produção; -Informatividade: (informações necessárias para a coerência do texto); - Léxico; - Coesão e coerência;
153
- Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Ortografia;
ORALIDADE
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas explorem as marcas linguísticas, pausas, gestos, etc ...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição. - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;- Adequação da fala ao contexto. - Pronúncia.
8ª Série
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Discurso como prática social
CONTEÚDOS BÁSICOS CONTEÚDOS ESPECIFICOS
Gêneros Discursivos e seus Elementos Composicionais;
Os conteúdos deverão ser abordados a partir de um gênero, conforme as esferas sociais de circulação: cotidiano, cientifica, escolar, imprensa, política, literária/artística, produção e consumo, publicitária, midiática e jurídica.
LEITURA
- Identificação do tema; - Intertextualidade; - Intencionalidade; - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas:particularidades da língua,
pontuação; recursos gráficos (como aspas, travessão, negrito);
- Variedade linguística. - Ortografia.
154
ESCRITA
- - Tema do texto;
- Interlocutor; - Finalidade do texto; - Intencionalidade do texto; - Intertextualidade; - Condições de produção; -Informatividade: (informações necessárias para a coerência do texto); - Léxico; - Coesão e coerência; - Funções das classes gramaticais no texto; - Elementos semânticos; - Recursos estilísticos (figuras de linguagem); - Marcas linguísticas: particularidades da língua, pontuação, recursos gráficos(como aspas, travessão, negrito); - Variedade linguística; - Ortografia;
ORALIDADE
- Elementos extralinguísticos: entonação, pausas explorem as marcas linguísticas, pausas, gestos, etc ...; - Adequação do discurso ao gênero; - Turnos de fala; - Variações linguísticas; - Marcas linguísticas: coesão, coerência, repetição. - Diferenças e semelhanças entre o discurso oral e o escrito;- Adequação da fala ao contexto. - Pronúncia.
155
METODOLOGIA
Aprender uma língua estrangeira no Ensino Fundamental significa oportunizar o
encontro do aluno com a leitura, que vai desde o nome de um objeto, de um animal ou de
uma pessoa até um texto mais elaborado.
A aprendizagem de uma segunda língua requer primeiramente despertar na
criança o gosto e o interesse pelo idioma.
Assim, apresentaremos uma proposta de trabalho que tem como objetivo básico o
desenvolvimento das relações lingüísticas, principalmente por meio da leitura e da escrita,
que possibilitem ao aluno ampliar progressivamente o uso da língua.
Nas séries iniciais da Educação Básica, o enfoque está no trabalho do
vocabulário e na apresentação das estruturas básicas do diálogo, desenvolvidos,
principalmente pela linguagem oral e nas séries finais.
Os conteúdos específicos da língua são introduzidos com imagens e textos,
visando a uma abrangência satisfatória da estrutura da língua.
156
AVALIACAO
A avaliação está igualmente atrelada aos princípios e objetivos para o ensino de LE já
mencionados. Na visão de educação adotada, o aluno precisa ser envolvido no processo
de avaliação, uma vez que também é construtor do conhecimento. É fundamental
coerência entre o ensino e a avaliação, partes inseparáveis do mesmo processo.
A avaliação estará direcionada para a construção do conhecimento, para a
formação do leitor crítico, visando à aprendizagem efetiva dos conteúdos socioculturais,
como instrumentos auxiliares na melhoria dos seus resultados e do sucesso escolar.
A avaliação será realizada de forma diagnóstica, somativa e formativa, resultando
das conversações, diálogos e desempenho na realização das atividades propostas para
cada conteúdo, do conhecimento das normas da Língua Inglesa e sua aplicabilidade
prática na realização de múltiplas atividades propostas. É importante que ao exerce-la, o
professor tenha sempre em vista mais do que um instrumento de dar nota: o domínio
gradativo das atividades por parte dos alunos.
É preciso considerar as diferentes naturezas da avaliação (diagnóstica,
processual e formativa) que se articulam com os objetivos específicos e conteúdos.
REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
BERTOLIN, Rafael Silva Siqueira, Antonio B. Compact Dynamic English. Coleção Horizonte. São Paulo : IBEP, sem data Keller, Victória – Caderno do Futuro, 5ª/8ª.
DIRCE, Guedes de Azevedo, Ayrton de Azevedo Gomes. Sport Line 5,6,7. Editora FTD S.A, 1992. Susana Klassen, Discovery, 5,6,7,8. Editora FTD S.A, 2000.
FIGUEIRADO, Luciane Cassela. Let’s Speak English. Book 1. São Paulo: Ática, 1993.
MARQUES, Amadeu. Novo Ensino Médio, Volume único. São Paulo: Ed. Ática, 2000.
MARQUES, Amadeu. New Password. English, volumes 1,2,3,4. São Paulo: Ed. Àtica,
2001.
157
MIRIAM, Rolim. Insights into english. Editora FDT S.A, 1998.
TORRES, Nelson. Gramática Prática da Língua Inglesa: O inglês descomplicado. São
Paulo: Saraiva, 2000.
COLÉGIO ESTADUAL MARIA DIVA RIBEIRO DE PROENÇA – ENSINO
FUNDAMENTAL E MÉDIO
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR
ENSINO MÉDIO
158
CURIÚVA – PARANÁ2010
ENSINO MÉDIO
159
ARTE
160
ARTE
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLINA
A dimensão histórica, apresentada nestas diretrizes, destaca alguns marcos do
desenvolvimento da Arte no âmbito escolar. Serão analisadas as concepções de alguns
artistas e teóricos que se preocuparam com o conhecimento em Arte e instituições criadas
para atender esse ensino. Conhecer, tanto quanto possível, essa história permitirá
aprofundar a compreensão sobre a posição atual do ensino de Arte em nosso país e no
Paraná. Durante o período colonial, nas vilas e reduções jesuíticas, a congregação
católica denominada Companhia de Jesus desenvolveu, para grupos de origem
portuguesa, indígena e africana1, uma educação de tradição religiosa cujos registros
revelam o uso pedagógico da arte. Nessas reduções, o trabalho de catequização dos
indígenas se dava com os ensinamentos de artes e ofícios, por meio da retórica,
literatura, música, teatro, dança, pintura, escultura e artes manuais. Ensinava-se a arte
ibérica da Idade Média e renascentista, mas valorizavam-se, também, as manifestações
artísticas locais (BUDASZ, in NETO, 2004, p. 15).
Esse contexto foi importante na constituição da matriz cultural brasileira e manifesta-
se na cultura popular paranaense, como por exemplo, na música caipira em sua forma de
cantar e tocar a viola (guitarra espanhola); no folclore, com as Cavalhadas em
Guarapuava; a Folia de Reis no litoral e segundo planalto; a Congada da Lapa, entre
outras que permanecem com algumas variações. No mesmo período em que os jesuítas
atuaram no Brasil – século XVI ao XVIII a Europa passou por transformações de diversas
ordens que se iniciaram com o Renascimento e culminaram com o Iluminismo. Nesse
processo houve a superação do modelo teocêntrico medieval em favor do projeto
iluminista, cuja característica principal era a convicção de que todos os fenômenos podem
ser explicados pela razão e pela ciência. Para tais concepções da Antiguidade Clássica,
161
que passaram pelo Renascimento e permaneceram válidas até o início da segunda fase
da Revolução Industrial, no século XIX, o valor da arte está nas suas referências, na
mensagem nela contida. Trata-se, assim, de uma concepção de arte que prima pelo
conteúdo, pela tradição, entendendo que tudo aquilo que foi realizado na arte do passado
deve ser aplicado à arte futura. No entanto, alguns artistas acataram, por muito tempo,
como inquestionáveis tais posições. Em pleno século XXI é ainda muito presente e bem
aceita na escola a ideia da arte como representação, em muitos casos assimilada como
referência formativa no ensino de arte.
O conhecimento artístico tem como características centrais a criação e o trabalho
criador. A arte é criação, qualidade distintiva fundamental da dimensão artística, pois criar
“é fazer algo inédito, novo e singular, que expressa o sujeito criador e simultaneamente,
transcende-o, pois o objeto criado é portador de conteúdo social e histórico e como objeto
concreto é uma nova realidade social” (PEIXOTO, 2003, p. 39).
Esta característica da arte ser criação é um elemento fundamental para a educação,
pois a escola é, a um só tempo, o espaço do conhecimento historicamente produzido pelo
homem e espaço de construção de novos conhecimentos, no qual é imprescindível o
processo de criação. Assim, o desenvolvimento da capacidade criativa dos alunos,
inerente à dimensão artística, tem uma direta relação com a produção do conhecimento
nas diversas disciplinas.
Desta forma, a dimensão artística pode contribuir significativamente para humanização
dos sentidos, ou seja, para a superação da condição de alienação e repressão à qual os
sentidos humanos foram submetidos. A Arte concentra, em sua especificidade,
conhecimentos de diversos campos, possibilitando um diálogo entre as disciplinas
escolares e ações que favoreçam uma unidade no trabalho pedagógico. Por isso, essa
dimensão do conhecimento deve ser entendida para além da disciplina de Arte, bem
como as dimensões filosófica e científica não se referem exclusivamente à disciplina de
Filosofia e às disciplinas científicas. Essas dimensões do conhecimento constituem parte
fundamental dos conteúdos nas disciplinas do currículo da Educação Básica. No processo
pedagógico, o professor de Arte deve aprofundar o conhecimento dos elementos formais
da sua área de habilitação e estabelecer articulação com as outras áreas por intermédio
dos conteúdos estruturantes.
Muitos profissionais entendem equivocadamente que, no Ensino Médio a
prioridade é para a História da Arte, com raros momentos de prática artística, centrando-
se no estudo de movimentos e períodos artísticos e na leitura de obras de arte. Em
síntese, durante a Educação Básica, o aluno tem contato com fragmentos do
162
conhecimento em Arte, percorrendo um arco que inicia-se nos elementos formais, com
atividades artísticas (séries iniciais) e finaliza nos movimentos e períodos, com exercícios
cognitivos, abstratos (Ensino Médio). Diante deste diagnóstico, torna-se imprescindível
adotar outra postura metodológica, que propicie ao aluno uma compreensão mais próxima
da totalidade da arte. Somente abordando metodologicamente, de forma horizontal, os
elementos formais, composição e movimentos e períodos, relacionados entre si e
demonstrando que são interdependentes, possibilita-se ao aluno a compreensão da arte
como forma de conhecimento, como ideologia e como trabalho criador, proposto nesta
Diretriz.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
ELEMENTOS
FORMAIS
COMPOSIÇÃO MOVIMENTOS E PERÍODOS
MÚSICA
Altura
Duração
Timbre
Intensidade
Densidade
Ritmo
Melodia
Harmonia
Tonal
Contemporânea
Escalas
Sonoplastia
Estrutura
Gêneros: erudita, folclórica...
Técnicas: instrumental, vocal, mista,
improvisação...
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte
Africana, Arte Medieval, Renascimento, Rap,
Tecno, Barroco, Classicismo, Romantismo,
Vanguardas Artísticas, Arte Engajada,
Música Serial, Música Eletrônica, Música
Minimalista, Música Popular Brasileira, Arte
Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte
Paranaense, Indústria Cultural, Word Music,
Arte Latino-Americana...
ARTES
VISUAIS
Ponto
Linha
Superfície
Textura
Volume
Luz
Cor
Figurativa
Abstrata
Figura-fundo
Bidimensional
Semelhanças
Contrastes
Ritmo visual
Gêneros: Paisagem, retrato, natureza-
morta...
Técnicas: Pintura, gravura, escultura,
arquitetura, fotografia, vídeo...
Arte Pré-história, Arte no Antigo Egito, Arte
Greco-Romana, Arte Pré-Colombiana, Arte
Oriental, Arte Africana, Arte Medieval, Arte
Bizantina, Arte Romântica, Arte Gótica,
Renascimento, Barroco. Neoclassicismo,
Romantismo, Realismo, Impressionismo,
Expressionismo, Fauvismo, Cubismo,
Abstracionismo. Dadaísmo, Construtivismo,
Surrealismo, Op art, Pop-art, Arte Naif,
Vanguardas artísticas, Arte Popular, Arte
indígena, Arte Brasileira, Arte Paranaense.
Indústria Cultural, Arte Latino-Americana,
Muralismo...
Teatro
Personagem (expressões
corporais, vocais, gestuais
e faciais)
Ação
Espaço
Representação
Texto Dramático
Dramaturgia
Roteiro
Espaço
Cênico,
Sonoplastia, Iluminação, cenografia,
figurino, adereços, máscara,
Arte Greco-Romana, Arte Oriental, Arte
Africana, Arte Medieval, Renascimento,
Barroco, Neoclassicismo, Romantismo,
Realismo, Expressionismo, Vanguardas
Artísticas, Teatro Dialético, Teatro do
Oprimido, Teatro Pobre, Teatro Essencial,
Teatro do Absurdo, Arte Engajada, Arte
Popular, Arte Indígena, Arte Brasileira, Arte
163
caracterização e maquiagem,
Gêneros; Tragédia, comédia;
Drama: Épico, rua, etc.
Técnicas: jogos teatrais, enredo, Teatro
direto, Teatro Indireto (manipulação,
bonecos, sombras...), improvisação,
monólogo, jogos dramáticos, direção,
produção...
Paranaense, Indústria Cultural, Arte Latino-
Americana...
Dança Movimento Corporal
Tempo
Espaço
Eixo
Dinâmica
Aceleração
Ponto de apoio
Salto e queda
Rotação
Formação
Deslocamento
Sonoplastia
Coreografia
Gêneros: folclóricas, de salão, étnica...
Técnicas: improvisação, coreografia...
Arte Pré-História, Arte Greco-Romana, Arte
Oriental, Arte Africana, Arte Medieval,
Renascimento, Barroco, Neoclassicismo,
Romantismo, Expressionismo, Vanguardas
Artísticas, Arte Popular, Arte Indígena, Arte
Brasileira, Arte Paranaense, Dança Circular,
Indústria Cultural, Dança Clássica, Dança
Moderna, Dança Contemporânea, Hip Hop,
Arte Latino- Americana...
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO e RECURSOSNas aulas de Arte é necessária a unidade de abordagem dos conteúdos
estruturantes, em um encaminhamento metodológico orgânico, onde o conhecimento, as
práticas e a fruição artística estejam presentes em todos os
momentos da prática pedagógica, em todas as séries da Educação Básica. Para preparar
as aulas, é preciso considerar para quem elas serão ministradas, como, por que e o que
será trabalhado, tomando-se a escola como espaço de
conhecimento. Dessa forma, devem-se contemplar, na metodologia do ensino da arte,
três momentos da organização pedagógica:
• Teorizar: fundamenta e possibilita ao aluno que perceba e aproprie a obra
artística, bem como, desenvolva um trabalho artístico para formar conceitos
artísticos
• Sentir e perceber: são as formas de apreciação, fruição, leitura e acesso à
obra de arte
• Trabalho artístico: é a prática criativa, o exercício com os elementos que
compõe uma obra de arte. O trabalho em sala poderá iniciar por qualquer um desses
momentos, ou pelos três simultaneamente. Ao final das atividades, em uma ou várias
aulas, espera-se que o aluno tenha vivenciado cada um deles. Isso acontecerá nas quatro
linguagens (artes visuais, música, teatro e dança).
164
Sempre que se propuser a análise de qualquer uma das quatro linguagens, a
diversidade das manifestações artísticas será ressaltada , abrangendo diversos estilos,
épocas, locais e culturas.
9. Análises de filmes e textos culturais;
10.Aulas expositivas;
11. atividades de caderno;
12.Análises de filmes e textos culturais;com trabalhos referentes a Lei 10.639/03 “Historia
e cultura Afro”;
13.Pesquisas e trabalhos referente a Lei 13.385/01 “História do Paraná”, Lei 11.645/08
“complementar”;
14. Debates e dramatizações referentes a Lei 9.795/99 “Meio Ambiente”
AVALIAÇÃO
A disciplina de Arte tem como objetivo somar a vivência cultural que os alunos
trazem através das linguagens de dança, música, teatro e artes visuais, que são
adquiridas nos espaços sociais como família, grupos, religiões e outros, por isso, a
avaliação dessa disciplina vem ao encontro desses conhecimentos e é através da
avaliação diagnóstica e processual que todo trabalho individual e/ou em grupo será
orientado e analisado. Para obter uma avaliação efetiva individual e do grupo, são
necessários vários instrumentos de verificação tais como: trabalhos artísticos individuais e
em grupo, pesquisas bibliográficas e de campo, debates em forma de seminários e
simpósios, provas teóricas e práticas, registros em forma de relatórios, gráficos, portfólio,
áudio-visual e outros. A recuperação paralela será para os alunos que estão com
dificuldades em um referido conteúdo, esta forma de avaliação é continua por meio de
trabalhos artísticos, pesquisas e atividades avaliativas.
REFERÊNCIAS
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Melhoramentos, USP, 1971.
BENJAMIN, T. Walter. Magia e técnica, arte e política. Obras escolhidas. Vol.1.
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QUEIROZ, Tãnia Dias;GRILLO, Leila Maria. Origami & Folclore. São Paulo: Êxito, 2003.
VALADARES, Solange; DINIZ, Célia. Arte no Cotidiano Escolar. vol.:1,2,3.8ª
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166
BIOLOGIA
167
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE BIOLOGIA
APRESENTAÇÃO.
A curiosidade humana é tão antiga quanto sua existência.
Desde o início o homem ousou em manipular os recursos da natureza, para usa-los
na satisfação das necessidades pessoais , e para garantir a sobrevivência coletiva da
espécie.
À medida que o ser humano se descobria, e descobria os fenômenos da natureza,
a história da Ciência foi passiva de influências de ordem religiosa, econômica, política e
social, que foram fundamentais na construção da disciplina de Biologia, assentada no
patamar central, que é o estudo do fenômeno Vida. As teorias e as concepções sobre o
tema foram surgindo, por conta das especulações em busca da compreensão da vida e a
evolução no tempo e no ambiente. No primeiro momento, o pensamento biológico nasceu
através de ideias filosóficas descritivas que indagavam por explicações, ou tentativas de
compreender as coisas de forma natural, e atribuíram razões místicas de ordem divina
para tudo que transcendia a incompreensão humana. Deus seria a compreensão do
incompreensível.
A Biologia começou a ser modelada, em função das divergências ocorridas na
Idade Média, acerca das explicações para os fenômenos naturais, e a partir do
rompimento com o conceito filosófico – teológico medieval, onde o ser humano foi
168
colocado em primeiro plano.
O próximo passo foi o pensamento biológico mecanicista, em que a descoberta de
instrumentos permitiu a ampliação da visão morfofisiológica dos seres vivos. No seu
trajeto, a Biologia, novamente foi dividida em áreas menores, para melhorar a
compreensão do funcionamento da Vida.
A Biologia sofria dicotomias,à medida que os estudos se aprofundavam. Por volta
do século XVIII e XIX, iniciou questionamento da imutabilidade dos seres vivos e com isso
surgiu o pensamento biológico evolutivo e seu maior contribuinte foi Charles Darwin com
a Teoria da Seleção Natural das Espécies e para comprovar essa teoria, Darwin utilizou
como fonte de pesquisa os fósseis, região geográfica e comparou anatomicamente e
embriologicamente os seres vivos (método hipotético – dedutivo) para averiguar se havia
ou não uma ancestralidade em comum.
Ainda no século XIX houve a proposição da Teoria celular e o princípio do entendimento
dos mecanismos hereditários (Gregor Mendel), o qual só foi comprovado no século XX,
provocando uma nova revolução da Biologia, desenvolvendo a partir daí o pensamento
biológico da manipulação genética e a partir desse ponto a Biologia passou a ser aplicada
também na medicina, agricultura e outros.
Com isso foi necessário rever os métodos científicos para que se ampliasse e se
diversificasse suas áreas e exigiu que as diversas abordagens se completassem de tal
forma para melhor compreensão da natureza como um todo.
Portanto, a disciplina de Biologia tem como principal objetivo favorecer a
aproximação dos conteúdos trabalhados com a realidade da sociedade, e para que isso
ocorra de uma forma mais clara, é realizada uma seleção dos conhecimentos familiares,
religiosos, trabalho, política e considerando também as características sociais e culturais
do publico escolar juntamente com os saberes acadêmicos incluídos nos currículos, os
quais serão apresentados diferentes formas de abordagens em função de sua
permanência e transformação no decorrer dos anos.
No campo da didática, da Biologia, serão englobados todos os conhecimentos
históricos, eles será associada a contribuição sócio- biológica, lembrando a participação
do Índio e do Negro na formação da nossa identidade.
Com isso nós educadores temos a função de mostrar ao ser humano que ele difere
dos demais animais pela capacidade de raciocínio e de transformação do ambiente em
que vive e da sociedade como todo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
169
15. Organização dos Seres Vivos.
16. Mecanismos Biológicos.
17. Biodiversidade.
18. Manipulação Genética.
CONTEÚDOS BÁSICOS
Classificação dos seres vivos: critérios taxonômicos e filogenéticos.
Sistemas biológicos: anatomia, morfologia e fisiologia.
Mecanismos de desenvolvimento embriológico.
Mecanismos celulares biofísicos e bioquímicos.
Teorias evolutivas.
Transmissão das características hereditárias.
Dinâmica dos ecossistemas: relações entre os seres vivos e interdependência com
o ambiente.
Organismos geneticamente modificados.
METODOLOGIA
Os alunos serão conscientizados da importância em valorizar suas origens e a
adaptação coletiva das distintas culturas e saberes, num trabalho de integração e
homogeneização num processo de eliminação da discriminação racial e cultural e junção
somatória do conhecimento e respeito à unificação da diversidade.
Dentro da Biologia poderão ser abordados temas relacionados à transmissão de
determinadas características genéticas, como por exemplo, a produção de melanina e a
introdução de hábitos alimentares dentro da nossa sociedade.
Esse trabalho será realizado de acordo com as Leis 10.639/03, 11.645/08
relacionadas com as etnias Afros e indígenas
Em relação Lei 9795/99 relacionada com o meio ambiente será abordado conceitos
que visem a importância da preservação, reflorestamento e na conscientização da
reciclagem e reaproveitamento dos recursos naturais.
Na Lei 13381/01 será demonstrado um paralelo entre o Paraná de ontem e o
Paraná de hoje, explicitando a fauna e a flora, numa visão voltada para a preservação do
que ainda resta, e estimulando atitudes de recuperação rumo ao Paraná de amanhã.
170
Torna-se importante, então, conhecer e respeitar a diversidade social, cultural e as
ideias primárias do aluno, favorecendo o debate em sala de aula, pois ele oportuniza
analise e contribui para a formação de um sujeito investigativo, interessado, que busca
conhecer e compreender a realidade. Os conteúdos específicos serão transmitidos aos
alunos através da utilização de textos didáticos que auxiliem no pensamento biológico e
que propiciem ao aluno na observação, comparação e descrição dos seres vivos quanto
às características anatômicas e comportamentais e que façam uma análise de seus
conhecimentos pré-existentes com os conhecimentos adquiridos, utilizando os métodos
científicos de como os sistemas biológicos funcionam e interagem entre si. E para que
isso ocorra de forma mais clara, será utilizado os seguintes recursos didáticos:
■ Debates com intuito de desenvolver nos alunos uma visão mais critica sobre
determinados temas (problemas) sociais, e que com isso, ele possa refletir seus
conhecimentos adquiridos dentro das suas relações cotidianas, e por que não dizer,
aplicá-las no seu dia a dia.
t) Leitura de textos didáticos, com elaboração de resumos para melhor
compreensão.
u) Exercícios de fixação dos conteúdos trabalhados.
v) Artigos de Revistas para estimular o aluno a observar, experimentar, criar e
executar sua capacidade critica e reflexiva sobre os temas abordados, e que esse
recurso, mostre aos alunos que a Ciências está em constante modificação.
w) Recursos audiovisuais (TV Pendrive, Cd, DVD), terão importância no
desenvolvimento cientifico e tecnológico dos alunos, pois vivemos uma era marcada pela
comunicação globalizada, que possibilita a circulação de imagens e informações e
também pela construção de novos valores e produção de novos conhecimentos.
AVALIAÇÃO
A avaliação é um conjunto de ações pedagógicas, pensadas e realizadas ao longo
do ano letivo, de modo que o professor e alunos se tornem observadores dos avanços e
dificuldades, deverá ser um sistema contínuo de verificação, que proporciona apoio e
contribui para a obtenção de resultados atingidos pelos alunos. Os alunos poderão ser
avaliados através de:
x) Debates com intuito de desenvolver nos alunos ima visão mais critica sobre
determinados temas (problemas) sociais, e que com isso, ele possa refletir seus
conhecimentos adquiridos dentro das suas relações cotidianas.
171
y) Trabalhos (pesquisas) serão repassados aos alunos com a finalidade de fazer com
que ele próprio desenvolva suas capacidades autodidatas e que formule a sua própria
conclusão sobre o assunto.
z) Avaliação (objetiva, descritiva, dissertativa) servirá como um método de análise
para que os professores verifiquem os avanços alcançados pelos alunos e as dificuldades
apresentados por ele.
aa) Produção de relatórios a partir de aulas audiovisuais, onde os alunos encontrarão
informações e podem assim aprender as relações existentes na sociedade.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS.Diretrizes Curriculares de Biologia para a Educação Básica: http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/diaadia/diadia/arquivos/File/diretrizes_2009/biologia.pdf
LOPES, Sônia; ROSSO, Sérgio. Biologia – Volume único. 1. ed. São Paulo: Saraiva,
2005.
Portal Educacional – disponível em: http://www.seed.pr.gov.br/diaadia/diadia/index.php?
PHPSESSID=2008102619302092
O SANTOS, C. H. V. et al. Biología – Ensino Médio. 1 ed. Curitiba: SEED – Pr. 2006
(Livro Didático)
172
173
EDUCAÇÃO
FÍSICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE EDUCAÇÃO FÍSICA
Apresentação
Não imagino nada neste mundo sem ele, na existência do mundo, na criação do
cosmo, as transformações, a recriação das coisas. De fato tudo se faz pelo movimento!
A Educação Física no Brasil, tem o seu inicio conturbado em meio a visão
dualista empregada na época por uma ginástica advinda da Europa, em especial no
método francês. Se implementa e se solidifica no País através de embasamentos oriun-
dos dos conhecimentos científicos /médicos /militares, que preconizavam um homem
pronto a servir uma nova ordem econômica, política e social que se caracterizava no
mundo, “ordem do trabalho” hegemonica e eleticista. Nesta nova ordem “dos corpos obe-
dientes”, a saúde, a formação moral, a disciplina, a hierarquia e o valor patriótico são as
bases para o desenvolvimento do País.
A Educação Física chega as escolas por meio de Rui Barbosa em 1882, e
se mantém em caráter obrigatório através da Reforma Capanema predominando nas
aulas o foco militar.
Posteriormente a essa fase a aulas adquirem caráter esportivo sofrendo
transformações e interpretações equivocadas sendo também mais tarde contestada, pois
substitui a fase militar pela fase esportiva e da mesma forma direciona seu foco
174
pedagógico as práticas corporais e na aplicação técnica dos esportes “esportivização es-
colar”.
Essa fase se manteve até a promulgação da nova LDB, 9394/96, onde
passa a ostentar o caráter de disciplina com objetivo próprio legislação específica e dessa
forma inicia-se o movimento da reformulação das aulas de Educação Física nas escolas.
Com o fim da ditadura militar na década de 80, e em meados dos anos 90,
surge com um grupo de intelectuais importantes reflexões sobre as políticas educa-
cionais, com severas críticas aos modelos vigente que é referencia a Educação Física da
época, propondo proposta de estudos permitindo uma mudança no pensamento
pedagógico sobre a disciplina reformulando seu objetivo e baseando-se em teorias como
de Merleau Ponty e Elenor Kunz.
Dessa reflexões surge as correntes progressistas que foi de fundamental im-
portância para reforma educacional e decisiva na abordagem critica que direciona e fun-
damenta o aprendizado dos educandos atualmente.
Todo o conhecimento adquirido ao longo do tempo, sem duvida é de funda-
mental importância para o crescimento do ser humano como um todo. Entender o pro-
cesso de desenvolvimento e o aperfeiçoamento do homem, na sua condição, agente ca-
paz de modificar e recriar ao longo da historia sua própria historia, sociedades inteiras se
transformando e se modificando até os dias de hoje. É necessário essa compreensão in-
clusive porque em um tempo próximo sua existência dependerá de todo o conhecimento
adquirido e de tudo que ele ainda modificará. Compete a ele entender para transformar ou
resgatar o que se perdeu durante sua história a fim de garantir o mundo para sua sobre-
vivência.
A cultura corporal tem na própria existência do homem o seu objeto de
pesquisa no que se refere ao aprendizado dos conhecimentos e das culturas que através
dos tempos foi acumulada. As aulas de Educação Física são elaboradas e aplicadas at -
uando nos aspectos sócio-cognitivos do educando para que ele seja o sujeito da apren-
dizagem dentro da abordagem construtivista e dessa forma exercer de forma integra sua
intervenção as situações futuras.
A Educação Física tem em seu objetivo oportunizar os alunos as práticas
que valorize o ser humano em sua plenitude, onde o respeito, a cooperação, a soli -
dariedade, a liberdade, a auto-estima, e principalmente a reflexão critica, seja através da
experiência da experimentação da expressão do movimento contidas na cultura corporal
do homem, compreendido como valores essenciais a vida social do ser humano, onde ele
possa administrar os saberes de forma critica e inteligente e que possa servi-lo dentro da
175
sociedade exercendo de maneira responsável sua cidadania, atuando na participação so-
cial em seu meio mediando as situações socioeconômico cultural que se apresentarão em
sua vida.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física5ª Série
Conteúdo Estrutu-rante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Apren-dizagem
Esportes
- Coletivos
- Individuais
Pesquisar e discutir questões históricas dos esportes, como: sua origem, sua evolução, seu contexto atual;Propor a vivencia de atividades pré desportivas no intuito de possibilitar o aprendizado dos fundamentos básicos dos es-portes e possíveis adaptações ás regras.
Espera-se que o aluno conheça dos es-portes;O surgimento de cada esporte com suas primeiras regras;Sua relação com os jogos populares;Seus movimentos básicos, ou seja, seus fundamentos.
Jogos e brin-cadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantiga de roda;
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Abordar e discutir a origem e histórico dos jogos, brinquedos e brincadeiras;Possibilitar a vivência e con-fecção de brinquedos, jogos e brincadeiras com e sem materi-ais alternativos;Ensinar a disposição e movi-mentação básica dos jogos de tabuleiro.
Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brin-quedos e brincadeiras, bem como apro-priar-se das diferentes forma s de jogar;Reconhecer as possibilidades de viven-ciar o lúdico a partir da construção de brinquedos com materiais alternativos.
Dança - Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças criativas
Pesquisar e discutir a origem e histórico das danças;Contextualizar a dança;Vivenciar movimentos em que envolvam a expressão corporal e o ritmo.
Conhecimento sobre a origem e alguns significados (misticos, religiosos, entre outros) das diferentes danças;Criação e adaptação tanto das cantigas de rodas quanto de diferentes sequen-cias de movimento.
Ginástica
- Ginástica rítmica- Ginástica circense- Ginástica geral
Estudar a origem e histórico da ginástica e suas diferentes mani-festações; Aprender e vivenciar os movi-mentos básicos da ginástica (ex: saltos, rolamentos, parada de mão, roda);Construção e experimentação de materiais utilizados nas difer-entes modalidades ginásticaPesquisar a cultura do circo;Estimular a ampliação da Con-
Conhecer os aspectos históricos da ginásticas e das práticas corporais circenses;Aprendizado dos fundamentos básicos da ginástica: saltar equilibrar rolar/girar trepar balançar/embalar malabares
176
sciência Corporal.
Lutas
Lutas de aproximação Capoeira
Pesquisar a origem e histórico das lutas;Vivenciar atividades que utilizem materiais alternativos relaciona-dos as lutas;Experimentar a vivencia de jo-gos de oposição;Apresentação e experimentação da música e sua relação com a luta;Vivenciar movimentos carac-terísticos da luta como: a ginga, esquiva e golpes.
Conhecer os aspectos históricos, filosófi-cos, as características das diferentes manifestações das lutas, assim como al-guns de seus movimentos característi-cos;Reconhecer as possibilidades de viven-ciar o lúdico a partir da utilização de ma-teriais alternativos e dos jogos de oposição.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
6ª Série
Conteúdo Estrutu-rante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Apren-dizagem
Esportes
- Coletivos
- Individuais
- Estudar a origem dos difer-entes esportes e mudanças ocorridas com os mesmos no decorrer da história;Aprender as regras e os elemen-tos básicos do esporte;Vivencia dos fundamentos das diversas modalidades esporti-vas;Compreender por meio de dis-cussões que provoquem a re-flexão, o sentido da competição esportiva.
Espera-se que o aluno possa conhecer a difusão e diferença de cada esportes, relacionando-as com as mudanças do contexto histórico brasileiro;Reconhecer e se apropriar dos funda-mentos básicos dos diferentes esportes;Conhecimento das noções básicas das regras das diferentes manifestações es-portivas.
Jogos e brin-cadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantiga de roda;
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brinquedos e brincadeiras;Reflexão e discussão acerca da diferenças entre brincadeira, jogo e esporte;Construção coletiva dos jogos brincadeiras e brinquedos;Estudar os jogos, as brincadeira e suas diferenças regionais.
Conhecer a difusão dos jogos e brin-cadeiras populares e tradicionais no con-texto brasileiro;Reconhecer as diferenças e as possíveis relações existente entre os jogos, brin-cadeiras e brinquedos; Construir individualmente ou coletiva-mente diferentes jogos e brinquedos.
Dança- Danças folclóricas
- Danças de rua
- Danças circulares
Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;Experimentação de movimentos corporais rítmicos/expressivos;Criação e adaptação de core-ografias;Construção de instrumentos mu-sicais.
Conhecimento a origem e contexto em que se desenvolveram o Break, o Frevo e o Maracatu;Criação e adaptação de coreografias rít-mica e expressiva;Reconhecer a possibilidade de vivenciar p lúdico a partir da construção de instru-mentos musicais como, por exemplo: o pandeiro e o chocalho.
Ginástica
- Ginástica rítmica- Ginástica circense- Ginástica geral
Estudar os aspectos históricos e culturais da ginastica rítmica e geral;Aprender sobre a postura e ele-mentos ginásticos;Pesquisar e aprofundar os con-hecimentos acerca da Cultura Circense.
Conhecer os aspectos históricos da ginástica rítmica (GR);Aprendizado dos movimentos e elemen-tos da (GR) como: saltos piruetas equilíbrios.
Lutas
Lutas de aproximação Capoeira
Pesquisar e analisar a origem das lutas de aproximação e da capoeira, assim como sua mu-danças no decorrer da historia;Vivenciar os jogos adaptados no intuito de aprender alguns movi-mentos característicos da luta,
Apropriação dos aspectos históricos, filosóficos e as características das difer-entes manifestações das lutas de aproxi-mação e da capoeira;Conhecer a história do judo, karatê, taek-wondo e alguns dos seus movimento básicos como: as quedas, rolamentos e
177
como: ginga, esquiva, golpes, rolamentos e quedas
outros movimento;Reconhecer as possibilidade de vivenciar o lúdico a partir da utilização de materiais alternativos e dos jogos de oposição.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
7ª Série
Conteúdo Estrutu-rante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Apren-dizagem
Esportes
- Coletivos
- Individuais
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, no esporte;Estudar as diversas possibili-dades do esporte enquanto uma atividade corporal, como: lazer, esporte rendimento, condiciona-mento físico, assim como os benefícios e os malefícios do mesmo a saúde;Analisar o contexto do Esporte e a interferência da mídia sobre o mesmo;Vivencia prática dos fundamen-tos das diversas modalidades esportivas;Discutir e refletir sobre noções de ética na competições esporti-vas.
Entende-se que as práticas esportivas pode ser vivenciadas no tempo/espaço de lazer, como esporte de rendimento ou como meio para melhorar a aptidão física e saúde;Compreender a influencia da mídia no desenvolvimento dos diferentes esportes;Reconhecer os aspectos positivos e neg-ativos das praticas esportivas.
Jogos e brin-cadeiras
- Jogos e brincadeiras populares;
- Brincadeiras e cantiga de roda;
- Jogos de tabuleiro
- Jogos cooperativos
Recorte histórico delimitando tempos e espaços nos jogos, brincadeiras e brinquedos;Organização de Festivais;Elaboração de estratégias de jogo.
Desenvolver atividades coletivas a partir de diferentes jogos, conhecidos, adapta-dos ou criados, sejam eles cooperativos, competitivos ou de tabuleiro;Conhecer o contexto histórico em que foram criados os diferentes jogos, brin-cadeiras e brinquedos.
Dança- Danças criativas
- Danças circulares
Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;Análise dos elementos e técni-cas de dança;Vivencia e elaboração de Es-quetes (pequena sequencia cômica)
Conhecer diferentes ritmos, passos, pos-turas, conduções, forma de desloca-mento, entre outro elementos que identifi-cam as diferentes danças;Montar pequenas composições coreográ-ficas.
Ginástica
Ginástica rít-mica
Ginástica circense Ginástica
geral
Recorte histórico delimitando tempo e espaços, na ginástica;Vivenciar prática da posturas e elementos ginásticos;Estudar a origem da Ginástica com enfoque específico nas diferentes modalidades, pen-sando sua mudanças os longo do anos;Manuseio dos elementos da Ginástica Rítmica;Vivencia de movimentos.
Manusear os diferentes elementos da (GR) como:
corda fita bola maças arco
Reconhecer os aspectos históricos de vivenciar o lúdico a partir das atividades circenses como acrobacias de solo e equilíbrios em grupo.
Lutas
Lutas com instrumentos mediador Capoeira
Organização de Roda de Capoeira;Vivenciar os jogos de oposição no intuito de aprender movimen-tos direcionados á projeção e imobilização.
Conhecer os aspectos históricos, filosófi-cos e as características das diferentes formas de lutas;Aprofundar alguns elementos da capoeira procurando compreender a constituição, os ritos e os significados da roda;Conhecer diferentes projeções e imobi-lizações das lutas.
178
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
8 Série
Conteúdo Estrutu-rante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Apren-dizagem
Esportes
- Coletivos
- Radicais
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, Organizações de festivais es-portivos;Análise dos diferentes esportes no contexto social econômico;Pesquisar e estudar as regras oficiais e sistemas táticos;Vivencia práticas dos fundamen-tos da diversas modalidades es-portivas;Elaboração de tabelas e súmu-las de competições esportivas.
Apropriação acerca das regras de arbi-tragem, preenchimento de súmulas e confecção de diferentes tipos de tabelas;;Reconhecer o contexto social e econômico em que os diferentes es-portes se desenvolveram.
Jogos e brin-cadeiras
-Jogos de tabuleiro
- Jogos Dramáticos
- Jogos cooperativos
Organização e criação de gin-canas e RPG (Role-Playing Game, Jogo de Interpretação de Personagem), compreendendo que é um jogo de estratégia e imaginação, em que os alunos interpretam diferentes person-agem, vivendo aventuras e su-perando desafio;Diferenciação dos jogos cooper-ativos e competitivos.
Reconhecer a importância da organiza-ção coletiva na elaboração de gincanas e RPG;Diferenciar os jogos competitivos a partir dos seguintes elementos:- visão de jogo;- objetivo;- o outro;- relação;- resultado;- consequência;- motivação.
Dança
- Danças criativas
- Danças circulares
Recorte histórico delimitando tempo e espaços na dança;Organização de festivais de dança;Elementos e técnicas constitu-inte da dança.
Reconhecer a importância das diferentes manifestações presentes na dança e no seu contexto histórico;Conhecer os diferentes ritmos, passos, posturas, conduções, forma de desloca-mento, entre outros elementos presentes no forró, vanerão e nas danças de origem africana;Criar e vivenciar atividades de dança, nas quais sejam apresentadas as diferentes criações coreográficas realizadas pelos alunos.
Ginástica
- Ginástica rítmica
- Ginástica geral
Estudar a origem da ginástica: trajetória ate o surgimento da Educação Física;Construção de coreografias;Pesquisar sobre a ginástica e a cultura de rua (circo, malabares e acrobacias);Análise sobre o modismo rela-cionado á ginástica;Vivencia das técnicas específi-cas das ginásticas desportivas;Analisar a interferência de recur-sos ergogênicos (doping)
Conhecer e vivenciar as técnicas das ginásticas ocidentais e orientais;Compreender a relação existente entre a ginástica artística e os elementos pre-sentes no circo, assim como, a influencia da ginástica pela busca do corpo perfeito.
Lutas Lutas com instrumentos mediador Capoeira
Pesquisar a origem e os aspec-tos históricos das lutas
Conhecer os aspectos históricos, filosófi-cos e as características das diferentes formas de lutas.
Conteúdos Estruturantes Básicos de Educação Física
179
Ensino Médio
Conteúdo Estrutu-rante
Conteúdo Básico
Abordagem Pedagógica
Expectativas de Apren-dizagem
Esportes
- Coletivos
- Individuais
- Radicais
- Recorte histórico delimitando tempos e espaços, Analisar a possível ralação entre o Esporte de rendimento X quali-dade de vida;Análise dos diferentes esportes no contexto social e econômico;Estudar as regras oficiais e sis-temas táticos;Organização de campeonatos, torneios, elaboração de súmula e montagem de tabelas, de acordo com os sistemas diferen-ciados de disputa (eliminatória simples, dupla, entre outros);Análise de jogos esportivos e confecção de Scalt;Provocar uma reflexão acerca do conhecimento popular X con-hecimento científico sobre o fenômeno Esporte;Discutir e analisar o Esporte nos diferenciados aspectos;- enquanto meio de lazer;- sua função social;- sua relação com mídia;- relação com a ciência;- doping e recursos ergogênicos e esporte de rendimento;- nutrição, saúde e a prática es-portiva;Analisar a apropriação do Es-porte pela Industria Cultural.
Organizar e vivenciar atividades esporti-vas, trabalhando com construção de tabelas, arbitragens, súmulas e as difer-entes noções de preenchimento;Apropriação acerca das diferenças entre esporte da escola, o esporte rendimento e a relação entre esporte e lazer;Compreender a função social do esporte;Reconhecer a influencia da mídia, da ciência e da industria cultural no esporte;Compreender as questões sobre o dop-ing, recursos ergogênicos utilizados e questões relacionadas a nutrição.
Jogos e brin-cadeiras -Jogos de tabuleiro
- Jogos Dramáticos
- Jogos cooperativos
Analisar a apropriação dos jogos pela Industria Cultural;Organização de eventos;Analisar os jogos e brincadeiras e suas possibilidade de fruição nos espaços e tempos de lazer;Recorte histórico delimitando tempo e espaço.
Reconhecer a apropriação dos jogos pela industria cultural buscando alternativas de superação;Organizar atividades e dinâmicas de grupo que possibilitem aproximação e considerem individualidade.
Dança Danças fol-
clóricas Dan
ças de salão
Dança de rua
Possibilitar o estudo sobre a Dança relacionada a expressão corporal e a diversidade de cul-turas;Analisar e vivenciar atividades que representem a diversidade da dança e seus diferenciados ritmos;Compreender a dança como mais uma possibilidade de dramatização e expressão cor-poral;Estimular a interpretação e cri-ação coreográficas;Provocar reflexão acerca da apropriação da Dança pela In-dustria Cultural;Organização de Festival de dança.
Conhecer os diferentes passos, posturas, conduções, formas de deslocamento, en-tre outros;Reconhecer e aprofundar diferentes for-mas de ritmos e expressões culturais, por meio da dança;Discutir e argumentar sobre apropriação das danças pela industria cultural;Criação e apresentação de coreografias.
- Ginástica artística/olímpica
- Ginástica de academia
Analisar a função social da ginástica;Apresentar e vivenciar os funda-mentos da ginástica;Pesquisar a interferência da Ginástica no mundo do trabalho
Organizar eventos de ginástica, na qual sejam apresentadas as diferentes cri-ações coreográficas ou sequencias de movimentos ginásticos elaborados pelos alunos; Aprofundar e compreender as questões
180
Ginástica- Ginástica geral (ex: laboral);
Estudar a relação entre a Ginás-tica e X sedentarismo e quali-dade de vida;Por meio de pequisa, debates e vivencias práticas, estudar a re-lação da ginástica com: tecido muscular, diferença entre re-sistência e força, tipos de força, fontes energéticas, frequência cardíaca, fonte metabólica, gasto energético, composição corporal, desvios posturais, LER, DORT, compreensão cul-tural acerca do corpo, apropri-ação da ginástica pela Industria Cultural entre outros;Analisar os diferentes métodos de avaliação e estilos de testes físicos, assim como a sistemati-zação e planejamento de treinos;Organização de festival de Ginástica.
biológicas, ergonômicas e fisiológicas que envolvem a ginástica;Compreender a função social da ginás-tica;Discutir sobre a influencia da mídia, da ciência e da industria cultural na ginás-tica;Compreender e aprofundar a relação en-tre a ginástica e o trabalho.
Lutas
Lutas com aproximação Lutas que mantêm á distância
Lutas com instrumento mediador
Capoeira
Pesquisar, estudar e vivenciar o histórico, filosofia, característi-cas das diferentes artes marci-ais, técnicas, táticas/estratégias, apropriação da Luta pela Indus-tria Cultural, entre outros;Analisar e discutir a diferença entre Lutas X Artes Marciais;Estudar o histórico da capoeira, a diferença de classificação e estilo da capoeira enquanto jogo/luta/dança, musicalização e ritmo, ginga, confecção de in-strumentos, movimentação, roda etc.
Conhecer os aspectos históricos, filosófi-cos e as características das diferentes manifestações de lutas;Compreender a diferença entre lutas e artes marciais, assim como a apropriação das lutas pela industria cultural;Apropriar-se dos conhecimentos acerca da capoeira como: diferenciação da mesma enquanto jogo/dança/luta, seus instrumentos musicais e movimentos básicos;Conhecer os diferentes ritmos, golpes, posturas, conduções, formas de desloca-mento, entre outros;Organizar um festival de demonstração, no qual os alunos apresentem os difer-entes tipos de golpes.
Relação de conteúdos Específicos
Esportes
Coletivos futebol; voleibol; basquetebol; punhobol; handebol; futebol de salão; futevôlei; rugby; beisebol.
Individuais atletismo; natação; tênis de mesa; tênis de campo; badminton; hipismo.
Radicais skate; rappel; rafting; treking; bungee jumping; surf.
Jogos e Brincadeiras
Jogos e brincadeiras populares amarelinha; elástico; 5 marias; caiu no poço; mãe pega; stop; bulica; bets; peteca; fito; raiola; relha; corrida de sacos; pau ensebado; paulada ao cântaro; jogo do pião; jogo dos paus; queimada; policia e ladrão.
Brincadeiras e cantigas de roda gato e rato; adoletá; capelinha de melão; caranguejo; atirei o pau no gato; ciranda cirandinha; escravos de jó; lenço atrás; dança da cadeira.
181
Jogos de tabuleiro dama; trilha; resta um; xadrez.
Jogos dramáticos improvisação; imitação; mímica.
Jogos cooperativos futpar; volençol; eco-nome; tato contato; olhos de águia; cadeira livre; dança das cadeiras cooperativas; salve-se com um abraço.
Dança
Danças folclóricas fandango; quadrilha; dança de fitas; dança de São Gonçalo; frevo; samba de roda; batuque; baião; cateretê; dança do café; cuá fubá; ciranda; carimbó
Danças de salão valsa; merengue; forró; vanerão; samba; soltinho; xote; bolero; salsa; swing; tango.
Danças de rua break; funk; house; locking, popping; ragga.
Danças criativas elementos de movimento ( tempo, espaço, peso e fluência); qualidades de movimento; improvisação; atividades de expressão corporal.
Danças circulares contemporâneas; folclóricas; sagradas
Ginásticas
Ginástica artística / olímpica solo; salto sobre o cavalo; barra fixa; argolas; paralelas assimétricas
Ginástica rítmica corda; arco; bola; maças; fita
Ginástica de academia alongamentos; ginástica aeróbica; ginástica localizada; step; core board; pular corda; pilates.
Ginástica circense malabares; tecido; trapézio; acrobacias; trampolim
Ginástica geral jogos gímnicos; movimentos gímnicos (balancinha, vela, rolamentos, paradas, estrela, rodante, ponte).
Luta
De aproximação judô; luta olímpica; jiu-jitsu; sumô.
Que mantem distancia karatê; boxe; muay thai; taekwondo.
Com instrumentos mediador esgrima; kendô
Capoeira angola; regional.
Encaminhamento Metodológico da Disciplina de Educação Física
A abordagem metodológica adotada atenderá dentro do processo ensino/apren-
dizagem as manifestações corporais historicamente acumuladas pelo homem, suas mani-
festações artísticas, esportivas e de lazer presentes e componente processo social ao
longo da historia. As relações do corpo com o contexto econômico social evidenciado por
diversas culturas e sua propagação no decorrer dos tempos. As tendências hegemônicas
que o corpo foi submetido por meio das várias praticas corporais e suas intencionalidades
na interação e interferência social. A observância reflexiva necessária ao entendimento
182
das questões mais complexa que envolvem o contexto das políticas sobre o corpo e sua
realidade de modo a ampliar seu saber construindo com clareza sua própria historia
levando-o à apropriação da cultura corporal e da compreensão do mundo que o cerca.
Assim ofertar condições que permitam ao aluno uma investigação critica sobre a
questão da cultura corporal e suas manifestações nas relações do homem consigo
próprio, com o outro e com mundo, bem como o momento histórico vivenciado de forma a
valorizar o seu aprendizado, usufruindo e refletindo sobre à contribuição para sua própria
vida escolar e social.
É necessário que haja nas aulas de Educação Física a possibilidade dos ed-
ucandos exercitarem a comunicação e o diálogo com as diversas manifestações corpo-
rais, pois o homem desenvolveu ao longo da historia símbolos de linguagem em diversos
contextos onde houve a necessidade de complemento para a comunicação. Dessa forma
ao dançar há uma serie de emoções e intenções onde o movimento embalado pelo ritmo,
a musica e a melodia representam uma forma de comunicação mais complexa, onde se
forma a partir da dança e seus sentidos implícito. Assim se dará com todos os outros con-
teúdos da Educação Física (esportes, lutas, ginásticas, danças, jogos e brincadeiras), em
seu novo significado. Tendo na cultura afro e a indígena, um exemplo típico cultural real e
presente em nosso contexto escolar, pois temos em nosso município uma comunidade
Quilombola e divisamos território com índios Kaingangs, devemos então compreender a
importância dessas culturas e ofertar aos nossos alunos o acesso a esse contexto
histórico social, onde as atividades devem tratar das questões relacionadas a corporali-
dade do homem por meio da pesquisa, da prática seguida da reflexão critica, de modo a
compor o embasamento teórico prático oportunizando a apropriação do conhecimento
necessário para a compreensão dos valores a serem absorvido. Deve também, permitir e
promover a troca de experiências entre professor e aluno na busca por uma melhor quali-
dade no processo de aprendizagem de forma organizada e sistemática, buscando nesta
concepção ampliar a visão de mundo do educando dentro das diversas áreas de conheci-
mento, tendo a percepção de que suas práticas não se esgotem nos conteúdos e
metodologias, mas que através dela transcenda.
Na abordagem metodológica usaremos o espaço físico da escola, suas de-
pendências e materiais; a quadra poli esportiva e o campo de futebol comunitário, a bib-
lioteca, os recursos tecnológicos rádio, cds, tv, pendrive, vídeos, filmes, laboratório de in-
formática e outros.
Avaliação
183
A avaliação no contexto ensino/aprendizagem, deve possuir característica
que contribua no processo final do aprendizado do aluno, frente à aquisição do conheci-
mento. Deve valer-se de indicadores que evidencie através de registros e observação à
autonomia, a atitude, a capacidade de trabalho em grupo, planejamento, reflexão e recri -
ação dos elementos necessários a construção do conhecimento. Durante as aulas prati-
cas e teóricas, deve-se observar a participação efetiva do aluno ao conteúdo experimen-
tado, sua evolução na apreensão e execução das atividades proposta; observar os aspec-
tos conceituais, atitudinais e procedimentais em relação aos conteúdos apresentados
como critérios para avaliação.
Nesta situação é fundamental criar um espaço onde os alunos possam se
auto-avaliar, pois a partir da sua posição em relação à outras situações pode-se permitir
em primeiro plano, a uma análise mais próxima ou mais distante do objeto a ser avaliado
propondo para tal uma reflexão crítica sobre a questão. É necessário garantir-lhes a apro-
priação desses instrumentos (apropriação da proposta; pesquisas bibliográficas/internet/
comunidade; construções materiais; de fichários ou blocos de anotações; debate; reflexão
e recriação), que viabilizem as informações de forma a valorizar tais recursos entendendo
sua colaboração no seu processo de aprendizagem.
O envolvimento do aluno, sua interação, suas atitudes, a solidariedade, a co-
operação, o trabalho em grupo, o respeito a si e ao próximo, a não discriminação às car -
acterísticas físicas, sexuais ou sociais, e o não favorecimento a toda e qualquer forma de
discriminação, as investigações de pesquisas, a organização e a prática da cultura corpo-
ral, a recriação dos jogos, a utilização das práticas corporais como processo de aquisição
da cultura do homem de forma a entender seu meio social, as possibilidades de per-
cepção e exploração dos limites do seu corpo, o entendimento da necessidade da ativi-
dade física na vida do ser humano, o controle das atividades físicas e suas posturas, a
valorização das atividades como forma de qualidade de vida tendo em vista o planeja-
mento, os novos conceitos adquiridos, os valores e as atitudes que favoreça a promoção
da sua saúde e da saúde coletiva contribuindo para uma melhor qualidade de vida. Desta
forma a avaliação do professor deve estar pautada, sempre buscando contemplar o aluno
na maior gama possível de critérios no processo de ensino/aprendizagem, (observação,
aspectos conceituais, atitudinais, procedimentais, autonomia, trabalho em grupo, recri-
ação, trabalhos teóricos e práticos, pesquisas e outros que se adequem a necessidade),
pois, sabe-se que, na construção do conhecimento as produções pode seguir varias ver-
tentes quanto ao ponto de vista do aluno em relação ao seu objetivo original, e o impor-
tante é a resolução do problema apresentado, portanto as avaliações devem ser especí-
184
fica se tratando do conteúdo, mais ser abrangente no sentido de oportunizar o acesso ao
conhecimento, devendo valorizar todas as formas de produção do conhecimento pro-
duzida pelo aluno assim destaca inclusive o criador da teoria das inteligências múltiplas
Howard Gardner.
Considerando todas essas possibilidades para avaliação, devemos garantir assim
as formas e necessárias à acessibilidade do educando em seu trabalho de produção no
que se refere aos critérios disponibilizado e adotado em sua avaliação, tendo como obje-
tivo sempre a construção do seu conhecimento a favor do seu desenvolvimento pleno
como cidadão.
Referências Bibliográficas
Diretrizes Curriculares da Educação Fundamental da Rede Básica do Estado do
Paraná.
Brasil. Secretaria da Educação Fundamental
Grande Enciclopédia do Desporto Cultural.
Coleção Aprendendo a Educação Física, da técnica aplicada ao movimento livre.
Didática da Educação Física: A criança em movimento, jogo prazer e transfor-
mação.
Coleção Educação Escolar, no princípio de totalidade e na concepção histórico-crítico-social.
185
186
QUÍMICA
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR - QUÍMICA
APRESENTAÇÃO
A química estuda a natureza, as propriedades, a composição e as transformações
da matéria. A história da química começa no século XVII, depois de passar pela história
da alquimia. Esta não é considerada ciência, mas contribuiu imensamente com a
evolução de vários processos (chá, ungüentos, remédios, transformações de metais,...)
que acabaram por serem estudos da química. Como benefício do estudo dessa disciplina
tem os processos metalúrgicos dos metais, explicação de várias reações, modelos
atômicos, periodicidade das propriedades dos elementos químicos,...O ensino da química
tem inicio no século XVIII, na França e foi incorporado por professores para atender
necessidades cotidianas dos alunos.
Fatos políticos contribuíram para a necessidade de um estudo mais aprofundado e
a dispersão do conhecimento químico através de escolas de nível superior. Em 1919,
houve a criação do primeiro curso de Química Industrial, subsidiado pelo governo do
Brasil. Em 1931, a disciplina passou a ser ministrada de forma regular no currículo do
ensino secundário. Seguindo o tempo a disciplina sofreu várias influencias estrangeiras,
políticas, educacionais, sociais,...
Atualmente o ensino da química busca dar sentido aos conceitos químicos,
187
pretende levar o aluno a descobrir a definição através DAE experimentações básicas e
observações do cotidiano, excitando a curiosidade, o interesse e a discussão de dados.
Pretende também interar o aluno da linguagem própria da química para que ele
possa analisar criticamente produtos de consumo e novas tecnologias, seus usos
benéficos e os problemas causados a sociedade e ao meio ambiente.
De acordo com as novas DCEs, o ensino da química deve partir dos conteúdos
estruturantes da disciplina, do qual o professor poderá fornecer aos alunos fundamentos
teóricos para que ele desenvolva atitudes de comprometimento como seu meio, assim
com o um todo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES E BASICOS
Em química verifica-se que todo conhecimento esta organizado em três eixos: composição, propriedades e transformações das substancias, que deram origem aos três conteúdos estruturantes da disciplina:
MATERIA E SUA NATUREZA: é o conteúdo que permite ao aluno a compreensão de teorias e modelos atômicos, a concepção do átomo, de suas características e a organização destes na tabela periódica, o conceito de oxi-redução, ácido-base e soluções.
Esse conteúdo estruturante, como o próprio nome diz, compreende o estudo da matéria e sua natureza.
BIOGEOQUIMICA: é o conteúdo estruturante que permite compreender as complexas relações entre a matéria viva e não viva da biosfera, as propriedades e modificações que ocorrem com o passar dos tempos.
Este conteúdo esta intimamente ligado com a dicotomia entre Química Inorgânica, Química Orgânica e as relações do homem com os ciclos globais – Carbono, Nitrogênio, Oxigênio e Enxofre – e como essas relações beneficia o homem do campo e a agricultura.
QUIMICA SINTÉTICA: esse conteúdo permite compreender sínteses de produtos e os avanços tecnológicos, produtos farmacêuticos, da indústria alimentícia, dos fertilizantes... Permite que a ciência evolua e aperfeiçoe produtos.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
CONTEÚDOS BÁSICOS
CONTEÚDOS ESPECÍFICOS
Propriedades Gerais da Matéria
- Estados Físicos da Matéria;- Densidade;- Substâncias Puras;- Misturas;- Fenômenos físicos e Químicos.
- Os primeiros Modelos Atômicos;- Modelo de Rutherford – Bohr;
188
Matéria e sua Natureza
Estrutura Atômica
Classificação Periódica dos Elementos
Ligações Químicas
- Conceitos fundamentais relativos aos Átomos;- A natureza elétrica da Matéria;- Distribuição eletrônica.
- Classificação Periódica Moderna;- Elementos Artificiais, Metálicos, Semi – metálicos e Não - metálicos;- Propriedades Periódicas e Aperiódicas.
- A Teoria do Octeto;- Ligação Iônica;- Ligação Covalente;- Alotropia;- Geometria Molecular;- Polaridade de ligações e de moléculas;- Forças Intermoleculares;- Ligação Metálica.
189
Matéria e Sua Natureza
Compostos Inorgânicos
Reações Químicas
Eletroquímica
Grandezas Químicas
Termoquímica
- Ácidos e Bases Condutividade elétrica, ionização, classificação e nomenclatura;- Sais Ionização e nomenclatura dos sais normais, hidrogeno - sais e hidroxi – sais;- Óxidos Definição, classificação. Propriedades e nomenclatura dos óxidos moleculares, óxidos iônicos, óxidos ácidos, óxidos básicos, óxidos neutros e peróxidos.
- Tipos de Reações Químicas;- Balanceamento de Equações;- Leis das Reações Químicas.
- Número de Oxidação (Nox);- Processos de Oxidação e Redução.
- Massa atômica;- Massa Molecular;- Número de Avogadro;- Mol;- Massa Molar;- Volume Molar.
- Calorimetria;- Entalpia;- Reações Exotérmicas;- Reações Endotérmicas;- Equação Termoquímica;- Cálculo do calor de Reação – Lei de Hess.
Biogeoquímica
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Matéria e sua Natureza
Radioatividade
Energia Nuclear
- Radioatividade
- Energia Nuclear
Biogeoquímica
Cinética Química
Equilíbrios Químicos
- Velocidade Média de uma Reação;- Fatores que influenciam a velocidade das Reações.
- Conceito de Equilíbrio químico;- Reação Reversível;- Cálculo da constante Kc;- Fatores que deslocam um Equilíbrio.
Química Sintética Química Orgânica
- Estudo do Átomo de Carbono;- Classificação dos Átomos na cadeia Carbônica;- Classificação das Cadeias Carbônicas;- Compostos Aromáticos;- Hidrocarbonetos;- Funções Oxigenadas;- Funções Nitrogenadas;- Isomeria (plana, espacial);- Polímeros.
METODOLOGIA
Para o ensino de química há a necessidade do uso de modelos, experiências, textos científicos, vídeos, pesquisas, visitações em laboratórios e indústrias...Cada atividade deve ser adequada para a turma e o assunto trabalhado.O uso de filmes como:
O óleo de Lorenzo: demonstra como é a influencia da política no desenvolvimento de novos medicamentos, como se dá a pesquisa desses novos produtos e leva ao aluno uma reflexão sobre a ética. O filme gera discussões, debates e relatórios. Candy: Eu, Cristiani F.; Cazuza: gera análise sobre o uso e abuso do consumo de drogas e uma reflexão sobre o comportamento dos jovens na atualidade. O assunto pode ser avaliado através de debates e campanhas contra o abuso às drogas.
Além do uso do pendrive. A apresentação de experiências através de aulas praticas
191
que demonstram a teoria como: indicadores de pH, separação de misturas, decomposição da água, cuja a interação do aluno se dará através da manipulação dos produtos e da formulação de conceitos.
Pesquisa e analise de textos científicos retirados de revistas atualizadas (Veja, Superinteressante, Mundo Estranho,...) para apresentações em sala de aula ou desenvolvimento de projetos científicos.
Visitas a indústrias ou fabricas (através de excursões) para a compreensão dos mecanismos usados por estas para o desenvolvimento de seus produtos. A avaliação pode ser feita através de relatórios, painéis, murais de fotos,...
Atividades e textos do Livro Didático Público, visando à assimilação dos conteúdos.Textos da internet e reportagens que demonstram os costumes e produtos
utilizados por afro-descendentes em seus rituais (produtos usados na pele, chás, temperos,...), contemplando a lei 9795/99. Projetos ambientais de coleta seletiva e de reposição da mata ciliar, onde os alunos separam os materiais recicláveis para a venda e fazem campanhas para a preservação e reflorestamento da mata ciliar dos córregos da região, de acordo com a lei 10639/03.
Toda essa metodologia aplicada para a formação de um saber critico e consciente, buscando a harmonia do homem com o homem e deste com a natureza.
RECURSOS DIDATICOS: TV pendrive, pendrive, filmes, DVD, reagentes, revistas, jornais, livro didático, murais, câmeras fotográficas,...
AVALIAÇÃO
A avaliação não deve separar teoria e pratica, sendo para isso avaliado teoria através de exercícios diários, avaliações, relatórios e pesquisas escritas em datas determinadas, alem de avaliações praticas como elaboração e desenvolvimento de projetos, apresentação de pesquisas, desenvolvimento de experiências e o próprio comportamento do aluno diante dos fatos cotidianos.
Desse modo a avaliação deve ser: Um processo contínuo e sistemático; devendo ser constante e planejada, fornecendo retorno ao professor e permitindo a recuperação do aluno; Funcional; verificando se os objetivos estão sendo atingidos; Orientador; permitindo ao aluno conhecer erros e corrigí-los o quanto for necessário.. A recuperação de conteúdo será feita após avaliação, dada para todos os alunos. A recuperação da nota será feita através de uma prova escrita de valor 6,0 acrescida dos 4,0 de trabalhos e/ou atividades dadas durante o bimestre.
O sistema será bimestral. As notas de 1,0 a 10,0, onde 4,0 serão distribuídos em atividades diversas e 6,0 a avaliações escritas. O aluno será aprovado com media anual maior ou igual a 6,0.
192
REFERÊNCIAS
Peruzzo, Francisco Miraguaia, Eduardo Leite do Canto – Química na abordagem do cotidiano,- 3,Ed. –São Paulo:Moderna,2003. Vol. 1, 2 e 3.
Feltre, Ricardo – Química. -6.ed. – São Paulo:Moderna,2004. Vol. 1, 2 e 3.
Química/ vários autores. –Curitiba:SEED-PR, 2006. –p248.
Diretrizes Curriculares de Química para o Ensino Médio – versão 2009.
193
FILOSOFIA
194
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICUALAR DE FILOSOFIA
APRESENTAÇÃO DA DISCIPLNA
Constituída como pensamento a mais de 2600 anos, a filosofia vem e está
presente em nosso cotidiano. Isso não significa que a filosofia seja um conhecimento, cujo
o trabalho termine tão logo a ciência encontre resposta eficaz para um determinado
problema . Embora tratem dos mesmos problemas, a abordagem é diferente. A filosofia se
ocupa de questões cuja resposta estão longe de se obter pela ciência e que hoje mais do
que nunca são desafiantes e carecem de respostas.
A filosofia permite um conhecimento racional, qual um exercício da razão. [...] A
partir do século VI A.c passou a circunscrever todo do conhecimento da época em
explicações racionas acerca do cosmo. A razão indagava a natureza e obtinha respostas
a problemas teóricos, especulativos.
Até o século XVI, o pensamento permaneceu imbuído da filosofia como instrumento do
pensamento especulativo. [...] Desta forma, a filosofia representou, até o advento da
ciência moderna, a culminância de todos os esforços da racionalidade ocidental. Era o
saber por excelência; A filosofia e a ciência formavam um único campo racional.
Temas que foram objeto de especulação e reflexão filosófica passaram daí por
diante pelo crivo do olhar objetivador da ciência [...] as ciências passaram a fornecer
explicação sobre a estrutura do universo físico sobre a constituição dos organismos e,
mais recentemente, sobre a estrutura do universo físico, sobre a constituição dos
organismos e, mais recentemente, sobre o homem e a sociedade. A filosofia passou a
abranger setores cada vez mais agudos em suas indagações; se não lhe é dado mais
abordar o cosmo, pois a física e suas leis e teorias o faz mais apropriadamente, o filósofo
se volta para situação atual pergunta-se o que faz de nós este ser que hoje somos? (o
que é o saber, o que é o conhecer e de como se dá a relação entre mente o mundo).
(Araújo, 2oo3, p. 24)
O valor da filosofia deve ser buscado na sua incerteza. Ao filosofar, damos conta
de que os objetos mais ordinários conduzem ao espírito certas perguntas sem respostas.
É no espaço escolar que a filosofia busca demonstrar aquilo que lhe é próprio :
pensamento crítico, a resistência e a criação/ recriação de conceitos. A filosofia deve
tornar vivo o espaço escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e
no embate entre as diferenças sua convivência e a construção de sua história e também
como fator dominar os conhecimentos necessários aos exercícios da cidadania. A filosofia
195
é filha da agora e sua origem vinculada a política. Pois é ela que desenvolve
potencialidades que a caracterizam: capacidade de indagação e critica; qualidade de
sistematização, de fundamentação; rigor conceitual; combate a qualquer forma de
dogmatismo e autoritarismo e ter capacidade de levantar novas questões para repensar
imaginar e construir conceitos e fazer uso autônomo da razão como forma de
emancipação humana e de pensamento e da ação livre de qualquer forma de dominação.
O ensino de filosofia tem como ponto de partida a reflexão dos alunos uma
produção coletiva saber que teorize nesta diretriz o mito e filosofia, teoria do
conhecimento, a ética, filosofia política, estética e filosofia da ciência relacionando o
antigo, o medieval, o moderno e o contemporâneo.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES Mito e filosofia
Teoria do conhecimento
Ética
Filosofia política
Estética
Filosofia e ciência
CONTEÚDOS BÁSICOS 19. Saber mítico
20. Saber filosófico
21. Relação ente mito e filosofia
22. Atualidade do mito
23. O que é filosofia
24. Possibilidade do conhecimento
25. As formas do conhecimento
26. O problema da verdade
27. A questão do método
28. Conhecimento e lógica
29. Relação comunidade e poder
30. Liberdade e igualdade política
31. Política e ideologia
32. Esfera publica e privada
33. Natureza da arte
196
34. Filosofia da arte
35. Categorias estéticas - feio, belo, sublime, trágico, cômico, grotesco, gosto, etc.
36. Estética e sociedade
37. Ética e moral
38. Pluralidade ética
39. Ética e violência
40. Razão, desejo e vontade.
41. Liberdade: autonomia do sujeito e a necessidade das normas
42. Concepções de ciência
43. A que questão do método cientifico
44. Contribuições e limites da ciência
45. Ciência e ideologia
46. Ciência e ética
METODOLOGIA“Pensar filosoficamente, acima de tudo, construir espaços de problematização,
exercendo a crítica, pesar no ponto de vista da totalidade, pois é na totalidade que as
coisas mergulham suas raízes”. (CORBISIER, 1986).
A abordagem teórica deve ocorrer mobilizando os estudantes para o estudo da
filosofia, onde o professor devera dialogar com problemas do cotidiano, para que este
perceba a importância da capacidade de argumentar e identificar os limites dessas
posições que deve ser levado em conta à construção de conceitos, seu sentido na
experiência do pensamento filosófico, de forma diagnóstica, como a coleta do que o
estudante pensava antes e o que pensa após o estudo. A filosofia se apresenta como
conteúdo filosófico e como exercício que possibilita ao estudante desenvolver o próprio
pensamento. O ensino de filosofia é um espaço para análise e criação de conceitos, que
une a filosofia e o filosofar como atividade indissociáveis que dão vida ao ensino dessa
disciplina juntamente com o exercício da leitura e da escrita.
Quando se trata do ensino de filosofia, é comum retomar a clássica questão a
respeito da cisão entre filosofia e filosofar: ensinamos a filosofar ou ensinamos filosofia?
Para Kant (1985) só é possível ensinar a filosofar, isto é exercitar a capacidade da razão
em certas tentativas filosóficas já realizadas. É preciso, contudo, reservar á atividade
filosófica em sala de aula o direito de investigar as ideias até suas últimas consequências,
conversando –as ou recusando – as. Em Hegel, o conhecimento do conteúdo da filosofia
constitui seu conteúdo, visto que reflete sobre ele. O ensino de filosofia deverá dialogar
com os problemas do cotidiano, com o universo do estudante – as ciências, arte, história,
197
cultura-a fim de problematizar e investigar o conteúdo estruturante filosofia da ciência e
seus conteúdos básicos sob a perspectiva da pluralidade filosófica, tomando como
referência os textos filosóficos clássicos e seus comentadores.
O que deve ser levado em conta é a atividade de construir e tomar posições, de
leituras filosóficas e analises de textos, debates, atividades e dinâmicas de grupos,
questionamentos, que leiam, discutam , mudando defendendo e argumentando frente e
argumentos mais consistentes, tendo capacidade de elaborar e reelaborar conceitos, que
priorize:
Exploração de imagens, aulas expositiva, filmes;
Investigar o aluno, conduzindo-o a uma investigação da realidade;
Questionar opiniões contraditórias;
Encontrar reportagens em revistas que mostre a crise ética acompanhadas de
discussão.
[...] a própria prática da filosofia leva consigo o seu produto e não é possível fazer
filosofia sem filosofar, nem filosofar sem filosofia, porque a filosofia não é um sistema
acabado, nem o filosofar apenas a investigação dos princípios universais propostos pelos
filósofos [...] (GALLO; KOHAN, 2000, p. 184).
AVALIAÇÃO
No processo educativo, a avaliação deve se fazer presente, tanto como meio de
diagnóstico do processo ensino-aprendizagem quanto como instrumento de investigação
da prática pedagógica, sempre com uma dimensão formadora, uma vez, o fim desse
processo é a aprendizagem, ou a verificação dela, mas também permitir que haja uma
reflexão sobre a ação da prática pedagógica.
Para cumprir essa função a avaliação deve possibilitar o trabalho com o novo,
numa dimensão criadora e criativa que envolva o ensino e aprendizagem.
Dessa forma, se estabelecerá o verdadeiro sentido da avaliação: acompanha o
desempenho no presente, orientar as possibilidades de desempenho futuro e mudar as
práticas insuficientes, apontando novos caminhos para superar problemas e fazer emergir
novas práticas educativas (LIMA, 2002/ 2003).
A filosofia deve demonstrar aquilo que lhe é próprio, tornando vivo o espaço
escolar, onde sujeitos exercitam a inteligência buscando no diálogo e no embate entre as
diferenças e suas convivências e a construção histórica.
Avaliar por meio da construção de conceitos a capacidade de argumentar e
identificar os limites dessas posições.
198
Avaliar por meio da construção de conceitos a capacidade de argumentar e
identificar os limites dessas posições. A avaliação também deve ser concebida na sua
função diagnóstica.
Avaliar a capacidade do estudante em reformular questões da maneira organizada
e estruturada, procedendo de forma sistemática, com métodos determinados, procurando
e examinado as diversas dimensões do problema num todo articulados. Através do
exercício do estilo “estilo reflexivo”, nas aulas, nos trabalhos de pesquisa, nas discussões,
na leitura de textos e comentários escritos, diante das atividades solicitadas, pela
participação, exercícios orais e escritos, testes escritos conclusão de pesquisas e
debates; tendo como valores de 01 a 10 por bimestre.
REFERÊNCIASDiretrizes curriculares-SEED.
SEED- Filosofia- vários autores livro didático publico – Ensino médio – Curitiba;
SEED – PR – 2006-.
TELES Maria L.S filosofia para jovens e filosofia para crianças e adolescentes-uma iniciação á filosofia.
CHAUÍ, Marilena. Convite á filosofia .
199
FÍSICA
200
PROPOSTA CURRICULAR DE FÍSICA
APRESENTAÇÃO
A história do surgimento da Física começa com a observação da natureza pelos homens primitivos, na tentativa de resolver problemas de ordem prática e de garantir subsistência. Com o tempo o ser humano percebeu que os fenômenos da natureza ocorrem nas mesmas condições e têm as mesmas características.
As tentativas de explicar as variações cíclicas observadas nos céus deram origem à Astronomia e, com ela, o estudo dos movimentos. Durante a idade Média, o conhecimento do Universo era associado a Deus e a Terra ocupava uma posição de destaque, visto que era o lugar onde vivia o Homem, criação divina perfeita.
A Astronomia Geocêntrica de Ptolomeu (a Terra como centro do Universo) e a Física aristotélica foram bem aceitas pela Igreja, pois serviam ao propósito de conciliar a tradição cristã com o pensamento greco-romano. Com o advento do Renascimento, essas ideias passaram a ser contestadas, pois surgiram novas técnicas que favoreciam a transformação da ciência e da sociedade.
As observações e cálculos do polonês Nicolau Copérnico, por exemplo, insistiam em revelar que o Sol era o centro de um sistema do qual a Terra era apenas um planeta. Esse sistema teve sua afirmação graças às observações de Galileu Galilei, que inaugurou o método científico moderno ao buscar descrever um fenômeno partindo de uma situação particular.
Os resultados alcançados por Galileu foram muito importantes para os avanços obtidos por Newton, autor das três famosas leis do movimento e da Teoria da Gravitação. No século XVIII, com o desenvolvimento das máquinas térmicas, houve um grande avanço no estudo da Termodinâmica.
Mais tarde, a descoberta da indução eletromagnética proporcionou a geração e a recepção das ondas eletromagnéticas, o que originou a era da Eletricidade e das telecomunicações. A Termodinâmica e o Eletromagnetismo levaram a Física a uma reformulação radical, originando a Física Moderna, cujo início proporcionou o desenvolvimento de armas nucleares, que atendiam a forças políticas e militares daquela época da história humana. Depois, voltou-se à busca de sua utilização para fins pacíficos pela procura de novas formas de energia, mas isso ainda apresenta perigos, como atestam os desastres em usinas nucleares.
O surgimento da Mecânica Quântica, um dos pilares da Física Moderna, inaugurou uma nova era tecnológica por meio da investigação do microcosmo, da biotecnologia, dos chips, da engenharia genética e de novos materiais. A Teoria da Relatividade, outra teoria básica da Física Moderna, possibilitou uma melhor compreensão do macrocosmo, que os avanços tecnológicos têm permitido aprofundar. A Física, portanto, é fundamental porque trata de vários aspectos do Universo, como o tempo, o espaço, o movimento, a matéria, a eletricidade, a luz e a radiação. A Física se desenvolve e se modifica, tal como o que conhecemos sobre o mundo, alterando-se também o
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
201
MOVIMENTO
CONTEÚDOS BÁSICOS
Momentum e inércia. Conservação de quantidade de movimento (momentum). Variação da quantidade de movimento = Impulso. 2ª Lei de Newton. 3ª Lei de Newton e condições de equilíbrio. Energia e o Princípio da Conservação da Energia. Gravitação.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
TERMODINÂMICA
CONTEÚDOS BÁSICOS
47. Leis da Termodinâmica.48. Lei zero da Termodinâmica.49. 1ª Lei da Termodinâmica.50. 2ª Lei da Termodinâmica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
ELETROMAGNETISMO
CONTEÚDOS BÁSICOS
Carga, corrente elétrica, campo e ondas eletromagnéticas. Equações de Maxwell: (Lei de Gauss para eletrostática, Lei de Coulomb, Lei de
Ampère, Lei de Gauss magnética, Lei de Faraday). A natureza da luz e suas propriedades.
ENCAMINHAMENTOS METODOLÓGICOS
A metodologia utilizada deverá valorizar o conhecimento prévio que os alunos possuem sobre o assunto estudado, promovendo o livre diálogo entre as ideias científicas e as ideias dos alunos para que ocorra a contextualização dos conteúdos.
Sempre que possível será possibilitada a realização de atividades experimentais na própria sala de aula, tendo em vista que a nossa escola não possui espaço físico para laboratório. Essas atividades ajudam na contextualização dos conteúdos estudados, podendo ser utilizados materiais trazidos pelos próprios alunos. A pesquisa, a apresentação de seminários, debates, relatórios, textos relacionados à Física serão utilizados também para que os alunos percebam a importância do estudo de Física e tenham uma formação científica básica.
Para atingir esses objetivos propostos, serão utilizados recursos didáticos diversos, tais como: livros didáticos de Física, Livro Didático Público, TV multimídia, computadores, calculadoras, instrumentos de medida (comprimento, massa, tempo, temperatura etc.) e outros materiais que possam ajudar no bom desenvolvimento das aulas.
As leis 10639/03 “História e Cultura Afro”, 13385/01 “História do Paraná”, 11645/08
202
“complementar” e 9795/99 “Meio Ambiente”, serão abordadas de acordo com o desenvolvimento de atividades respeitando o Plano de Trabalho Docente.
AVALIAÇÃO
O processo de avaliação se dará através da observação contínua de sala de aula, da produção de trabalhos individuais ou em grupo, da elaboração de relatórios de atividades e experiências, além de provas e testes. Serão levados em conta também os procedimentos utilizados pelos alunos para resolver diferentes situações – problema e suas atitudes em relação ao conhecimento físico.
Os alunos serão avaliados de acordo com os seguintes critérios: compreensão dos conceitos físicos essenciais a cada unidade de ensino e aprendizagem planejada; a compreensão do conteúdo físico expressado em textos científicos; a compreensão de conceitos físicos presentes em textos não científicos; a capacidade de elaborar relatórios tendo como referência os conceitos, as leis e as teorias físicas sobre um experimento ou qualquer outro evento que envolva os conhecimentos da Física.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Bonjorno, Regina Azenha; Bonjorno, José Roberto; Bonjorno, Valter; Clinton Marcico – Física Completa. São Paulo: FTD, 2002.
Penteado, Paulo César; Torres, Carlos Magno – Física Ciência e Tecnologia. São Paulo: Moderna, 2007.
Paraná – Física. São Paulo: Ática, 2000.
Sampaio & Calçada – Física. São Paulo: Atual, 2005.
Gaspar, Alberto – Física. São Paulo: Ática, 2008.
Filho, Aurélio Gonçalves; Toscano, Carlos – Física. São Paulo: Scipione, 2008.
Diretrizes Curriculares da Educação Básica – Física versão 2008.
Livro Didático Público de Física – edição 2007.
203
MATEMÁTICA
204
PROPOSTA CURRICULAR DE MATEMÁTICA
APRESENTAÇÃO
Os povos das antigas civilizações desenvolveram os primeiros conhecimentos que vieram compor a matemática conhecida até hoje. Há menções na história da matemática de que os babilônios, por volta de 2000 a.C., acumulavam registros do que hoje pode ser classificado como Álgebra Elementar.
Foram os primeiros registros da humanidade a respeito de ideias que se originaram das configurações físicas e geométricas, da comparação das formas, tamanhos e quantidades.
Como campo de conhecimento, a Matemática emergiu somente mais tarde, em solo grego, nos séculos VI e V a.C. Com a civilização grega, regras, princípios lógicos, exatidão de resultados foram registrados. Com os pitagóricos, ocorreram as primeiras discussões sobre a importância e o papel da Matemática no ensino e na formação das pessoas.
Entre os séculos IV a II a.C., a educação era ministrada de forma clássica e enciclopédica e o ensino da Matemática desse período estava reduzido a contar números naturais, cardinais e ordinais, fundamentado na memorização e na repetição. A partir do século V d.C., início da Idade Média, até o século VII, o ensino teve caráter estritamente religioso. A Matemática era ensinada para entender os cálculos do calendário litúrgico e determinar as datas religiosas.
No Oriente, ocorreram produções matemáticas entre os hindus, árabes, persas e chineses.
No Brasil, na metade do século XVI, os jesuítas instalaram colégios católicos com educação de caráter clássico humanista. A educação jesuítica contribuiu para o processo pelo qual a Matemática viria a ser introduzida como disciplina nos currículos da escola brasileira.
Do final do século XVI ao início do século XIX, o ensino da Matemática, desdobrado em Aritmética, Geometria, Álgebra e Trigonometria, contribuiu para formar engenheiros, topógrafos e geógrafos que trabalhariam em minas, abertura de estradas, construção de portos, canais, pontes, fontes, calçadas e preparar jovens para a prática da guerra.
No final do século XIX e início do século XX, o ensino da Matemática foi discutido em encontros internacionais de matemáticos, os quais elaboraram propostas pedagógicas que contribuíram para legitimar a Matemática como disciplina escolar e para vincular seu ensino com os ideais de exigências advindos das transformações sociais e econômicas dos últimos séculos.
O estudo da Matemática nos dias atuais tem como objetivo proporcionar uma formação que permita aos estudantes a aplicação desses conhecimentos adquiridos no seu cotidiano, tendo em vista que a Matemática é utilizada em várias situações do dia-a-dia e em várias áreas do conhecimento científico e, por conseguinte, no desenvolvimento tecnológico.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
205
Números e Álgebra.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Conjuntos numéricos e operações. Equações e inequações. Polinômios. Proporcionalidade.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Números reais. Números complexos. Sistemas lineares. Matrizes e determinantes. Equações e inequações exponenciais, logarítmicas e modulares. Polinômios.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Grandezas e medidas.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL Sistema monetário. Medidas de comprimento. Medidas de massa. Medidas de tempo. Medidas derivadas: áreas e volumes. Medidas de ângulos. Medidas de temperatura. Medidas de velocidade. Trigonometria: relações métricas no triângulo retângulo e relações trigonométricas nos triângulos.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Medidas de massa. Medidas derivadas: área e volume. Medidas de informática. Medidas de energia. Medidas de grandezas vetoriais. Trigonometria: relações métricas e trigonométricas no triângulo retângulo e a
trigonometria na circunferência.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Geometrias.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL E MÉDIO51. Geometria plana 52. Geometria espacial.53. Geometria analítica.54. Noções básicas de geometrias não – euclidianas.
206
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Funções.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Função afim. Função quadrática.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIObb) Função afim.cc) Função quadrática.dd) Função polinomial.ee) Função exponencial.ff) Função logarítmica.gg) Função trigonométrica.hh) Função modular.ii) Progressão aritmética.jj) Progressão geométrica.
CONTEÚDO ESTRUTURANTE
Tratamento da informação.CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO FUNDAMENTAL
Noções de probabilidade. Estatística. Matemática financeira. Noções de análise combinatória.
CONTEÚDOS BÁSICOS – ENSINO MÉDIO Análise combinatória. Binômio de Newton. Estatística. Probabilidade. Matemática financeira.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
O ensino de Matemática atualmente deve dar ao aluno condições de saber ler e interpretar corretamente textos com informações apresentadas em linguagem matemática, ser capaz de analisar e julgar cálculos efetuados sobre dados econômicos ou sociais, propagandas de vendas a prazo, probabilidades de receber determinado prêmio em sorteios ou loterias, saber utilizar uma planta ou mapa em escala, ter capacidade de enfrentamento de situações – problema, compreender e interpretar desenhos e gráficos e a relação destes com a linguagem discursiva, além de muitas outras situações onde a Matemática se faz presente.
Para que isso ocorra, a metodologia utilizada dará ênfase à contextualização da Matemática e à sua integração com outras áreas do conhecimento, utilizando-se vários recursos, como jornais e revistas, manuais técnicos, plantas de imóveis, instrumentos de medida, calculadora, computador, TV multimídia, cartazes e transparências, além da construção de modelos de sólidos geométricos.
207
Os alunos desenvolverão as suas atividades de pesquisa ou de resolução de exercícios individualmente ou em grupo, sob a orientação do professor.
Será levado em conta também o conhecimento prévio que os alunos possuem do conteúdo estudado, além das características da comunidade da qual estes alunos fazem parte.
As leis 10639/03 “História da Cultura Afro”, 13385/01 “História do Paraná”, 11645/08 “complementar” e 9795/99 “Meio Ambiente”, serão abordadas de acordo com o desenvolvimento de atividades respeitando o Plano de Trabalho Docente.
AVALIAÇÃO
Os alunos serão avaliados em diversos momentos e por diferentes instrumentos, tais como: atividades do livro didático, atividades individuais e em grupo, pesquisas, relatórios, debates, testes orais e escritos. Os resultados fornecidos pelos diversos meios de avaliação utilizados deverão servir para que os professores possam identificar os objetivos atingidos e os conteúdos incorporados pelos alunos. Dessa maneira, os professores podem fazer as revisões e reelaborações de conceitos que não foram totalmente assimilados, pois é direito dos alunos ter a oportunidade de outros meios avaliativos para atingir as metas almejadas.
A avaliação também auxilia os professores a reconhecer a capacidade matemática de seus alunos, para que possam inserir-se no mercado de trabalho e participar da vida sociocultural.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Imenes & Lellis – Matemática Para Todos. São Paulo: Scipione, 2005.
Dante, Luiz Roberto – Tudo é Matemática. São Paulo: Ática, 2007.
Mori, Iracema; Onaga, Dulce – Matemática Ideias e Desafios. São Paulo: Saraiva, 2007.
Giovanni, José Ruy; Bonjorno, José Roberto; Giovanni Jr. – Matemática Fundamental. São Paulo: FTD, 1994.
Silva, Jorge Daniel; Fernandes, Valter dos Santos – Matemática. São Paulo: IBEP, 1999.
Smole, Kátia Stocco; Diniz, Maria Ignez – Matemática Ensino Médio. São Paulo: Saraiva, 2007.
Livro Didático Público de Matemática.
www.portaldia-a-dia . Diretrizes Curriculares de Matemática da Educação Fundamental da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná, acesso em 21/07/2009.
www.portaldia-a-dia . Diretrizes Curriculares de Matemática do Ensino Médio da Rede de Educação Básica do Estado do Paraná, acesso em 21/07/2009.
PPP (Projeto Político Pedagógico) do Colégio Estadual Maria Diva Ribeiro de Proença.
208
SOCIOLOGIA
209
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE SOCIOLOGIA APRESENTAÇÃO
O estudo da sociologia pretende oferecer um balanço dos paradigmas
fundamentais da sociologia, concentrando-se no estudo das posturas teórico-
metodológicas de Marx, Durkhein e Weber. Privilegiando os textos dos próprios autores e
os debates sociológicos da atualidade.
Veremos, a tradição sociológica e os modelos de explicação do social, as
perspectivas epistemológicas e metodológicas que, informam a sociologia clássica, suas
relações com o debate filosófico do período e seus desdobramentos da sociologia no
século XX, abordaremos também o surgimento da sociologia no Brasil, seu
desenvolvimento na formação capitalista, a influência estrangeira e a faze de formação,
sistematização e consolidação desta ciência como um dos estudos mais importantes da
sociedade moderna.
Compreender as características das sociedades capitalistas tem sido a
preocupação da sociologia desde o início da sua consolidação como ciência da sociedade
no final do século XX. Nesse período, o capitalismo se configurava como uma nova forma
de organização da sociedade caracterizada por novas relações de trabalho. Essas
mudanças levaram os pensadores da sociedade da época a indagações e a elaboração
de teorias explicativas dessa dinâmica social, sob diferença, olhares e posicionamento
políticos. Desde então, tem sido a principal preocupação dessa ciência, qual seja,
entender, explicar e questionar os mecanismos de produção, organização, domínio,
controle e poder, institucionalizando ou não, que resultam em relações sociais de maior
ou menor explosão ou igualdade.
A sociedade globalizada assumiu tamanha complexidade e mostra-se por meios de
tão diversas faces que tornou-se impossível a ciência sociológica ou mesmo qualquer
outra ciência, responder ou explicar a toda problemática social que apresenta hoje sem
correr o risco de cair em simplificações banais, sendo preciso perceber que a amplitude
das transformações sociais, políticas, culturais, econômicas e ecológicas que a sociedade
e o planeta estão vivendo, não nos permite explicações estreitas, com pretensões de
210
apropriar-se da verdade.
Estas relações materializam-se nas diversas instâncias sociais: instituições sociais,
movimentos sociais, práticas políticas e culturais, as quais devem ser estudadas em sua
especificidade e historicidade. Hoje, embora já consolidado, o sistema capitalista não
cessa a sua dinâmica, assumindo inéditas formas de produção, distribuição e opressão, o
que implica em novas formas de olhar, compreender e atuar socialmente.
Seus conteúdos fundamentam-se em teorias com diferentes tradições sociológicas,
Karl Marx, Émile Durkheim e Max Weber, Antônio Gramsci, Florestan Fernandes entre
outros, também buscaram responder as questões surgidas nos diferentes contextos das
sociedades, pensando as relações sociais e políticas.
No Brasil, os primeiros sociólogos se destacam, tendo por contexto político-social a
Nova República, o crescimento da população urbana e a tradição rural no país. A ligação
entre o processo histórico e as Ciências Sociais, especialmente a Sociologia, provoca
reflexões também no meio intelectual.
Portanto, a partir de 2007, a obrigatoriedade do ensino da disciplina, determinada
pelo Conselho Nacional de Educação, levou à inclusão de Sociologia em todas as escolas
de Ensino Médio do Estado.
O conhecimento desta disciplina é importante para os estudantes porque é
fundamental que o aluno compreenda que as ações na sociedade são interdependentes,
que o cotidiano das pessoas é influenciado por acontecimentos históricos diversos. Visa
fornecer também elementos teóricos que permitam uma análise mais profunda da
realidade social em que vivem, sendo que o objeto da sociologia é o conhecimento e a
explicação da sociedade pela compreensão das diversas formas pelas quais os seres
humanos vivem em grupos, das relações que se estabelecem no interior e entre esses
diferentes grupos , bem como a compreensão das consequências dessas relações para
indivíduos e coletividades. A sociologia também tem contribuído para ampliar esses
conhecimentos entre o homem e a sociedade em geral sobre suas condições de vida,
pautado em teorias e pesquisas que esclarecem muitos problemas da vida social.
CONTEÚDOS ESTRURANTES:
* Processo histórico das construções da sociedade como ciência;* Teorias sociológicas;* O processo de socialização e as instituições sociais como aparelhos de reprodução da sociedade;* Direitos, cidadania e movimentos sociais;* Movimentos sociais e globalização;* Estrutura social e modos de produção;
211
* Cultura e indústria cultural;* Trabalho, produção e classes sociais* Poder, política, ideologia e valores.
CONTEÚDOS BÁSICOS:
* História do pensamento social / formação da sociedade capitalista e o desenvolvimento do pensamento social;* Pensamento científico e senso comum;* Positivismo: Augusto Comte * Teorias sociológicas clássicas: Comte, Durkhein, Karl Marx e Weber;* O desenvolvimento da sociologia no Brasil;* Processo de Socialização;* Grupos sociais;* Instituições sociais;* A importância da família na sociedade / escola / religião;* Desenvolvimento antropológico do conceito de cultura e sua contribuição na análise das diferentes sociedades; * O que é cultura;* Diversidade cultural;* Identidade;* Indústria cultural;* Meio de comunicação de massa;* Culturas superiores, industria cultural no Brasil, sub-cultura / linguagem / etnias / cultura de massa;* Preconceito;* Cultura afro-brasileira e africana;* cultura indígena;* Folclore brasileira e a cultura popular;* O conceito de trabalho e o trabalho nas diferentes sociedades;* Desigualdades sociais: Casta / estamento / classes sociais;* Desigualdade sociais / movimentos sociais / violência e criminalidade / cidadania , autonomia e participação política / juventude e a formação profissional;* Globalização;* Relações de trabalho : trabalho no Brasil/ o trabalho e os indígenas no Brasil/ trabalho escravo no Brasil colonial.* A emergência do desenvolvimento do trabalho livre no Brasil;* Situação dos trabalhadores no Brasil após 1930.* Etnocentrismo / meios de comunicação / conceito e relação / meios de comunicação de massa como transmissores de ideologia;* Poder da mídia / ideologias políticas / formas de governo / consciência política;* Ética nas relações humanas / direitos humanos;* O papel da mulher na sociedade / descrevendo valores e ética / aborto / planejamento familiar / preconceito ;* Amizade / fé / sexualidade / ecologia.
212
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
Em sociologia, os conteúdos e o ensino devem ser abordados enfatizando
tendências metodológicas da Educação contidas nas DCE de Sociologia e Livro Didático
Público, enriquecidos com os recursos didáticos, pedagógicos e tecnológicos. As teorias
devem ser embasadas com a realidade, que tem como premissa a prática, a curiosidade,
a interpretação e a construção do saber. Para que o aluno seja colocado como sujeito de
seu aprendizado, faz-se necessário a articulação constante entre as teorias sociológicas e
as análises, problematizações, contextualizações propostas juntamente com os
conteúdos estruturantes e específicos de outras disciplinas que compõem a grade
curricular do Ensino Médio.
O encaminhamento metodológico será através de recursos audiovisuais, leitura,
utilização de filmes, imagens, músicas e charges, pesquisas, questionamentos e reflexões
sobre o tema a ser trabalhado, exposição oral e escrita, anaĺises de DVD e slides sobre
diversos assuntos da disciplina na TV multimídia, pendrive, pesquisas referentes à história
da cultura afro-brasileiras e indígenas, meio ambiente, sexualidade, drogas e outros
desafios educacionais contemporâneos.
AVALIAÇÃO
Segundo as DCEs e a LDB (9394/96), a avaliação no ensino de Sociologia pauta-
se numa concepção diagnóstica, formativa e continuada, as quais ofereçam ao aluno
oportunidades de desenvolvimento, através de recuperação paralela para que o aluno
compreenda e assimile os conteúdos necessários à sua formação. Deve-se prevalecer os
aspectos qualitativos sobre os quantitativos, servindo de mediação didática, pois pode
propiciar um momento de interação e construção do significado através do qual o
estudante aprende de maneira que melhore seu senso crítico e também possa
transformar a realidade e conquistar mais participação ativa na sociedade. A avaliação
serve também para que o professor possa refletir e replanejar seus procedimentos.
Os critérios básicos e os instrumentos de avaliação em sociologia devem ser
voltados à construção da autonomia do educando como: a apreensão dos conceitos
básicos da ciência, articulados com a prática social, a capacidade de argumentação
fundamentada teoricamente, a clareza e a coerência na exposição das ideias
sociológicas, no texto oral ou escrito; a mudança na forma de olhar e compreender os
problemas sociais, análises de textos retirados de jornais/revistas e internet, reflexões
213
críticas em debates que acompanham os textos ou filmes, pesquisas de campo.
Portanto, são as explicações, as interpretações sobre o real que fornecem os
instrumentos para o mundo ser transformado e recriado em novas bases.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Leis de Diretrizes e Bases LDB 9394/96.
Deliberação 07/99 do Conselho Estadual de Educação (CEE-PR); Indicação 01/99.
Estatuto da Criança e do Adolescente Lei 8069/90.
Parecer 05/97 – Conselho Nacional de Educação.
DCEs : Diretrizes Curriculares Estaduais de Sociologia 2008 – EM – SEED.
Ofício Circ. 369/08 e anexos (orientações).
Quadro dos Conteúdos Básicos de Sociologia.
Livro Didático Público de Sociologia. SEED ( Governo do Paraná).
TORRE, Della. M. B. L. O Homem e a Sociedade- Uma Introdução à Sociologia. 5ª ed.
São Paulo: Editora Nacional,1976.
FERNANDES, Florestan/ LANNI, Octavio. Sociologia.1ª ed. São Paulo: Ática, 2008.
214
GEOGRAFIA
215
PROPOSTA PEDAGÓGICA CURRICULAR DE GEOGRAFIA – E.M.
Entende-se que para a formação de um aluno consciente das relações socioespa-ciais de seu tempo, o Ensino da Geografia deve assumir o quadro conceitual das aborda-gens críticas dessa disciplina, que propõe análise dos conflitos e contradições sociais, econômicas, culturais e políticas, que se inter-relacionam com os conceitos geográficos (sociedade, natureza, território, região, paisagem e lugar) que contribuem para a com-preensão do espaço geográfico.
As relações com a natureza e com o espaço geográfico fazem parte das estraté-gias de sobrevivência dos grupos humanos desde suas primeiras formas de organização.
Conhecer o ciclo reprodutivo da natureza, a direção e a dinâmica dos ventos,o movimento das marés e as correntes marítimas bem como as variações climáticas e a al-ternância entre período seco e chuvoso foi essencial para os primeiros povos agricultores.
Muito se avançou na elaboração dos saberes geográficos, ampliaram-se os con-hecimentos sobre as relações sociedade e natureza, extensão e características físicas e humanas nos territórios imperiais. Desenvolveram-se outros conhecimentos na elabo-ração de mapas, discussões a respeito do tamanho da Terra e sua forma, na distribuição de terras e águas bem como a esfericidade da Terra.
A partir desses apontamentos, cabe a escola como um lugar onde se analisa, pro-duz e sistematiza conhecimentos, subsidiar os alunos no enriquecimento e sistematização dos saberes para que sejam sujeitos capazes de interpretar com olhar crítico o mundo que os cerca.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
- Dimensão econômica do espaço geográfico;- dimensão política do espaço geográfico;- Dimensão cultural demográfica do espaço geográfico;- Dimensão socioambiental do espaço geográfico;
CONTEÚDOS BÁSICOS
- A formação e transformação das paisagens;- A dinâmica da natureza e sua alteração pelo emprego de tecnologias de exploração e produção;- A distribuição espacial das atividades produtivas, a transformação da paisagem, a (re)or-ganização do espaço geográfico;- A formação, localização e exploração dos recursos naturais;
216
- A revolução técnico científica-informacional e os novos arranjos no espaço da produção;- O espaço rural e a modernização da agricultura;- O espaço em rede: produção, transporte e atividades produtivas, a transformação da paisagem e a (re)organização do espaço geográfico;-As relações entre o campo e a cidade na sociedade capitalista; a circulação de mão-de-obra do capital, das mercadorias e das informações. Formação da mobilidade das fronteiras e a reconfiguração dos territórios; A formação, o crescimento das cidades, a dinâmica dos espaços urbanos e a urban-ização recente; A evolução demográfica, a distribuição espacial da população e os indicadores estatís-ticos; Os movimentos migratórios e suas motivações; As manifestações socioespaciais da diversidade cultural; O comércio e as implicações socioespaciais; As diversas regionalizações do espaço geográfico; As ampliações socioespaciais do processo de mundialização; Anova ordem mundial, os territórios supranacionais e o papel do Estado.
METODOLOGIA DA DISCIPLINA
Analisando a própria vivência e sobrevivência humana em sociedade, professor e aluno devem entender a ciência geográfica como uma das disciplinas para explicar um assunto, devendo por isso fazer sempre que possível uma relação interdisciplinar, de modo que os alunos ampliem suas capacidades de análise do espaço geográfico.
O aluno quando chega ao espaço escola, não é algo vazio, ele traz consigo con-hecimento espacial prévio, recheado de influencias do seu espaço de vivência, tanto físico quanto cultural.
A evolução do homem, levou-o a buscar sempre o aprendizado e com isso, foi am-pliando seus horizontes, buscando entender a geografia como um todo, para manter a na-tureza viva para a própria sobrevivência das espécies; essa vida contemporânea seja econômica, política, cultural e socioambiental fez com que a geografia ampliasse os méto-dos de ensino introduzidos na escola fazendo com que os alunos tenham uma ampla visão da aldeia global, partindo sempre da sua realidade e levando-o a formar um raciocínio crítico contemporâneo priorizando o conhecimento científico.
É importante que a construção do conhecimento se desenvolva de forma dialo-gada, criando uma situação problema, instigante e provocativa, estimulando o raciocínio, a reflexão e a crítica, contribuindo para a formação de cidadãos críticos e atuantes na so-ciedade.
Os conteúdos serão abordados pelo professor como mediador, estimulando os alunos a produzirem seu próprio raciocínio crítico, instigando-os através da utilização de recursos como mapas, globo terrestre, tv pendrive, pendrive, quadro de giz, revistas, jor-nais, dvd, vídeos e textos de apoio.
A Lei nº 10639/03, referente a história e cultura afro, a lei nº13385/01, referente História do Paraná, e a Lei nº 9795/99, referente as questões de meio ambiente, serão abordadas através de filmes, pesquisas, trabalhos de campo, maquetes, feiras culturais e peças teatrais.
AVALIAÇÃO
217
A avaliação é parte do processo pedagógico e, por isso, deve tanto acompanhar a aprendizagem dos alunos quanto nortear o trabalho do professor.
É fundamental que a avaliação seja mais do que a definição de uma nota ou um conceito. É imprescindível que priorize o desempenho do aluno ao longo do ano letivo. A lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional determina avaliação formativa, que deve ser diagnóstica e continuada, porque considera que os alunos mantêm ritmos e processos de aprendizagem diferentes, aponta dificuldades e possibilita que a intervenção pedagóg-ica aconteça a todo o tempo.
O aluno será avaliado através do sistema bimestral, de forma contínua, diagnos-tica, formativa e processual, levando em conta sua participação nas atividades escolares, tarefa de casa, testes escritos, orais, trabalhos individuais e em grupos, relatórios, filmes, palestras, etc.
Espera-se que o aluno aproprie-se dos conceitos de região, território, paisagem, natureza e lugar; faça a leitura do espaço através dos instrumentos da cartografia-mapa, tabelas, gráfico e imagens;Compreenda a formação natural e transformação das difer-entes paisagens pela ação humana e sua utilização em diferentes escalas na sociedade capitalistas; Analise a importância dos recursos naturais nas atividades produtivas;com-preenda o uso da tecnologia na alteração da dinâmica da natureza e nas atividades pro-dutivas;Estabeleça relação entre a exploração dos recursos naturais e o uso de fontes de energia na sociedade industrializada. Identifique os problemas ambientais globais decor-rentes da forma de exploração e uso dos recursos naturais; evidencie a importância das atividades extrativistas para a produção de matérias-primas e a organização espacial; re-conheça as influências das manifestações culturais dos diferentes grupos étnicos no pro-cesso de configuração do espaço geográfico; compreenda as ações internacionais da pro-teção aos recursos naturais frente a sua importância estratégicas; Identifique as impli-cações socioespaciais na atuação das organizações econômicas internacionais; Recon-heça a reconfiguração das fronteiras e a formação de novos territórios nacionais;Faça a leitura dos indicadores sociais e econômicos e compreenda a desigual distribuição de renda; Identifique as estruturas da população mundial e relacione com as políticas de-mográficas adotadas nos diferentes espaços; reconheça as motivações dos fluxos mi-gratórios mundiais; Relacione o desenvolvimento das inovações tecnológicas nas ativi-dades produtivas; entenda as consequências ambientais geradas pelas atividades produ-tivas;analise a formação, a localização e exploração dos recursos naturais e sua im-portância estratégica nas atividades produtivas;compreenda o processo de transformação dos recursos naturais em fontes de energia;Entenda a importância das redes de trans-porte e comunicação no desenvolvimento das atividades produtivas;
O aluno será avaliado através do sistema bimestral. A avaliação é contínua, isto é, ao dia-a-dia, levando em conta sua participação nas atividades escolares como tarefa de casa, testes escritos, orais, trabalhos individuais e em grupos, relatórios de filmes, visitas, palestras, etc. será levado em conta seu comportamento na sala de aula e na escola como um todo, tendo em vista a sua formação como cidadão consciente de seus direitos e deveres.
Os conteúdos serão trabalhados sempre que possível de forma interdisciplinar, sendo que no período noturno estes serão diferenciados no que diz respeito ás atividades e testes avaliativos, cujos resultados sairão sempre que possível de um colegiado, ou seja, de um consenso das diversas disciplinas.
As notas serão atribuídas de 0,0 a 10,0. O aluno será aprovado com média 6,0 sendo que abaixo desta terá direito à revisão dos conteúdos e terá oportunidade de mel -horar suas notas através de novos testes avaliativos.
Cada aluno passa a ser avaliado de acordo com sua individualidade, avaliar o po-tencial que cada um traz consigo e sua bagagem escolar.
218
BIBLIOGRAFIA
DCE, Diretrizes Curriculares de Geografia para os anos finais do Ensino Fundamental e para o Ensino Médio, SEED,2008.
DCE, Diretrizes Curriculares para a Educação do Campo.
HISTÓRIA
219
APRESENTAÇÃO
A sociedade é o reflexo do que consiste cada um dos seus cidadãos. A
necessidade de transmitir sua cultura às novas gerações e instituir novos domínios
culturais, sempre foram preocupações presentes em toda sociedade que tem como intuito
progredir e manter-se viva na memória de seu povo.
A escola se mostra como o lugar apropriado para a aquisição desses novos
domínios culturais, ou seja, a educação, que inclui o conhecimento, aptidões que
promovem o exercício profissional, que garantem a construção da nossa auto-imagem,
dos valores morais, de modelos sociais de comportamento, de indivíduos livres para
pensar e atuar como cidadãos, conscientes e aptos para exercer sua cidadania. Afinal, ela
é uma instituição que trabalha a serviço da sociedade, para responder às necessidades
sociais, que lhe concede o papel de preparar as crianças para viver no mundo adulto.
Além disso, complementa Simon (apud JORDÃO, 2008), a prática pedagógica é
vista como processo dedicado a fomentar a possibilidade através da implementação de
modos de compreensão e ação que encorajem a transformação de relações específicas
entre formas sociais e capacidades humanas, e assim permita a expansão do escopo de
identidades sociais em que as pessoas possam se transformar.
Ocupando grande parte da vida de seus alunos, a escola ensina técnicas, valores e
idéias, e cada vez mais substitui as famílias na vida como um todo.
Entende-se que uma das melhores atitudes de esboçar escolhas viáveis para a edificação
de uma nação mais democrática e igualitária está no esforço de pensar, articular e
expressar entusiasmo pela educação e por essa instituição social que tem como função
mediar a relação entre o indivíduo e a sua sociedade.
Sendo assim, o estudo de História é a disciplina que mais contribui para que o
aluno desenvolva uma visão crítica, um espírito social capaz de avaliar suas
220
possibilidades de atuação no contexto histórico em que esse insere, tornando-se
politicamente participativo, exercendo sua cidadania.
Hoje, sabe-se que a História não é aprendida somente nas escolas, o aluno tem
acesso a inúmeras explicações, imagens e informações históricas no convívio familiar e
social, nos festejos de caráter local, regional e nacional. Está totalmente inserido no ritmo
acelerado da vida urbana, da televisão e da internet. É manipulado pelo sedutor apelo
consumista da sociedade contemporânea que preenche a imaginação com ícones
recriados.
Na convivência entre as gerações, nas fotos e lembranças dos antepassados, o
aluno socializa-se, aprende regras sociais e costumes, agrega valores, projeta o futuro e
questiona o tempo. Como são situações que podem gerar confusão, essas questões
devem sempre ser problematizadas, desmistificadas e fundamentadas. As dúvidas,
polêmicas, debates e a crítica construtiva, são elementos fundamentais na construção do
conhecimento.
O estudo da disciplina de História terá como referência os conteúdos estruturantes,
entendidos como os saberes que aproximam e organizam os campos da História e seus
objetos. Os conteúdos estruturantes são identificados no processo histórico da
constituição da disciplina e no referencial teórico atual que sustenta os campos de
investigação da história política, econômico-social e cultural. Os conteúdos estruturantes
estão à luz da Nova Esquerda Inglesa e da Nova História Cultural, inserindo conceitos
relativos à consciência histórica. E recusando uma concepção de História como verdade
pronta e definitiva vinculada a uma única vertente do pensamento humano, pois não se
pode admitir que o ensino da História seja marcado pelo dogmatismo e pela ortodoxia.
A História terá como objeto de estudo os processos históricos relativos às ações e
às relações humanas praticadas no tempo, bem como os sentidos que os sujeitos deram
às mesmas. Já as relações humanas produzidas por estas ações podem ser definidas
como estruturas sócio-históricas, ou seja, são as formas de agir, de pensar ou de
raciocinar, de representar, de imaginar, de instituir, portanto, de se relacionar social,
cultural e politicamente.
Deve-se considerar também como estudo, as relações de seres humanos com os
fenômenos naturais, tais como, as condições geográficas, físicas e biológicas de uma
determinada época e local, os quais também se conformam a partir de ações de seres
humanos.
A finalidade da História se expressa no processo de produção do conhecimento
humano sob a forma da consciência histórica dos sujeitos. É voltada para a interpretação
221
dos sentidos do pensar histórico dos mesmos, por meio da compreensão da
provisoriedade deste conhecimento.
As correntes historiográficas que serão utilizadas como fundamentos são: a Nova
História Cultural, Nova História e a Nova esquerda Inglesa, são elas que nos permitem a
compreensão de que o conhecimento histórico possui diferentes formas de explicar o
objeto de investigação, constituído nas experiências dos sujeitos. Ao se apropriar dessas
produções e concepções, o ensino de História contribui para a formação de uma
consciência histórica crítica dos alunos, e isso por que, o estudo das experiências do
passado permite formar pontos de vistas históricos. A ruptura com o modelo histórico
linear temporal e na redução das interpretações a causas e conseqüências também
permite a ampliação das possibilidades de explicação e compreensão do fato histórico.
Ao optar pelas contribuições dessas correntes historiográficas procura-se
proporcionar aos alunos a formação da consciência histórica. Para que esse objetivo seja
alcançado, a abordagem dos conteúdos, nessa perspectiva possibilita ao professor os
novos métodos de produção do conhecimento histórico e ampliar as possibilidades: de
recortes temporais, do conceito do documento, de sujeitos e de suas experiências, de
problematização em relação ao passado.
Além disso, permite que o aluno elabore conceitos que o leve a pensar
historicamente, superando também a idéia de História como algo dado, como verdade
absoluta.
Considerando que o professor não deve entender o seu discurso em sala de aula
como infalível, estático e fechado, ele precisa estar atento às contribuições trazidas pelos
alunos, estimulando-os a expor seu discurso e seu conhecimento prévio. Aplicando ao
seu senso comum, o conhecimento científico e desenvolvendo seu senso crítico sobre si
próprio, sobre o futuro e a história de seu povo.
A disciplina de história percorreu um longo caminho até os dias atuais. O seu inicio,
em 1837, deu-se com a criação do Colégio D. Pedro II sob a influência do positivismo,
onde valorizava a história política, o uso dos documentos oficiais como fontes e verdades
históricas e a varolização dos heróis. Durante o Estado Novo, o positivismo foi usado
sutilmente como instrumento de reforço do caráter moral e cívico nos conteúdos
escolares. Além de fazer a manutenção do Regime Militar, mantendo o modelo de ordem
estabelecida pelo Governo.
Durante a década de 1970 o Ensino de História continuou a ser tradicionalista,
abordando conteúdos históricos de forma linear e factual sem ter nenhuma relação com a
vida do aluno, com professores dando aulas expositivas onde ao aluno cabia somente a
222
memorização e repetição do que lhe era ensinado.
No entanto a partir dos anos de 1980 essa concepção de História começa ser
contestada pela sociedade organizada e sobretudo a ANPUH e na década de 1990 o
debate em torno das reformas democráticas se ampliam e acabam por refletir-se no
ensino de História. Na mesma ocasião, no estado do Paraná surge o Currículo Básico
para Escola Pública no qual se propunha a renovação do ensino de História tendo como
pressuposto a historiografia social, pautada no materialismo histórico dialético e indicava
alguns elementos da Nova História. Mas no entanto, os documentos curriculares não
superavam a História linear e cronológica, o que dificultava a inserção de uma perspectiva
cultural nos conteúdos da disciplina.
Foi também durante a década de 1990 que o Ministério da Educação implantou os
PCNs para o Ensino Fundamental e Médio, porém no estado do Paraná, apesar da
LDB/96 dar autonomia para as escolas, essa implementação foi feita de modo autoritário.
Outro problema foi que ao se implantar os PCNs os professores tiveram poucas
oportunidades de formação continuada. E também minimizaram análises de objetos de
estudo da disciplina e do pensamento crítico. O que pode dizer de positivo sobre os PCNs
é que a historiografia sugerida era atualizada e privilegiava o histórico da disciplina no
Brasil. Ocorreu também uma tentativa de aproximação entre o Ensino da Pesquisa em
História, a utilização de novas temporalidades, novos objetivos e novas metodologias.
Os PCNs marcaram o Currículo da História na Rede Pública Estadual até 2002,
quando passou a ser discutida de forma coletiva a elaboração das novas Diretrizes
Curriculares para o Ensino da História. Este documento privilegia os conteúdos de
História do Paraná a obrigatoriedade do Ensino da Cultura Afro-Brasileira.
Nesse documento, Currículo de História tem como referência os Conteúdos
Estruturantes, que são eles: Relação de Trabalho; Relação de poder; Relação cultural.
Conteúdos estes, que são entendidos como conhecimentos que organizam e aproximam
os campos da História e seus objetos. E é com base nessas diretrizes que a PPC de
nosso Estabelecimento de Ensino está sendo elaborada.
Outra questão fundamental que as DCEs tratam, referem-se ao cumprimento da lei
nº 13.381/01 que torna obrigatório, no Ensino Fundamental e Médio da Rede Pública
Estadual, os conhecimentos da História do Paraná, privilegiando então, a história do
nosso Estado, nosso povo, nossa cultura, desde a colonização, povoamento do litoral,
origem das cidades e a ocupação do oeste e norte do Paraná, destacando as cidades
importantes e a emancipação política de nosso estado.
Também o cumprimento das Leis nº 10.639/03 e 11.645/08 que incluiu no currículo
223
oficial da Rede de ensino a obrigatoriedade da História e Cultura Afro-Brasileira, Africana
e Indígena, sendo necessário seguir os princípios de socialização e visibilidade das
culturas negro-africana e indígena com o objetivo de reconhecer e valorizar as
contribuições dos povos negro e indígena (na língua portuguesa, música, literatura, e
diversidade étnico-racial); Trajetória do povo negro e indígena no espaço brasileiro e
paranaense.
Finalmente o cumprimento da Lei 9.795/99 “Meio Ambiente” que possibilitará
reflexões abrangendo desde o surgimento dos homens das cavernas até os dias atuais e
suas ações no meio para sobrevivência é questão atual com a organização social e
econômica da sociedade contemporânea e a conseqüência do processo histórico vivido
pela humanidade, gerando a industrialização e urbanização acelerada com a Revolução
Industrial, iniciada na Inglaterra, no Século XVII, aprofundaram as relações entre a
sociedade, a tecnologia e o meio ambiente.
CONTEÚDOS ESTRUTURANTES
Relações de Trabalho: Permite aprofundar a compreensão das relações no mundo
contemporâneo, como estas se configuraram e como o mundo do trabalho se constitui em
diferentes períodos históricos, considerando os conflitos internos e externos de classe.
Relações de Poder: Permite o aprofundamento na compreensão sobre como as relações
de poder encontram-se em todos os espaços sociais e também permite identificar e
localizar as arenas decisórias e os mecanismos que a constituíram.
Relações Culturais: Permite o reconhecimento de si e dos outros como construtores de
uma cultura comum, compreendendo a especificidade de cada sociedade e as relações
entre elas.
224
CONTEÚDOS BÁSICOS
Ensino Fundamental
A experiência humana no tempo: a memória local e memória da humanidade; o tempo (as
temporalidades e as periodizações); o processo histórico (as relações humanas no
tempo).
Os sujeitos e sua relação com o outro no tempo: as gerações e as etnias.
As culturas locais e a cultura comum: os mitos, lendas, a cultura popular, festas e
religiosidade; a constituição do pensamento científico; as formas de representação
humanas; a oralidade e a escrita; as formas de se narrar a história.
As relações de propriedade: a propriedade coletiva; a propriedade pública; a propriedade
privada;
A constituição histórica do mundo do campo e do mundo da cidade.
As relações entre o campo e a cidade.
Conflitos e resistências e produção cultural campo/cidade.
História das relações da humanidade com o trabalho.
O trabalho e a vida em sociedade.
O trabalho e as contradições da modernidade.
Os trabalhadores e as conquistas de direito.
A constituição das instituições sociais: as instituições políticas; as instituições econômicas;
as instituições religiosas; as instituições culturais; as instituições civis.
225
A formação do Estado: a monarquia; a república (aristocracia, ditadura e democracia); os
poderes do Estado.
Sujeitos, Guerras e revoluções: os movimentos sociais; políticos, culturais e religiosos; as
revoltas e revoluções sociais (políticas, econômicas, culturais e religiosas); guerras locais
e guerras mundiais.
Ensino Médio
Trabalho Escravo, Servil, Assalariado e o Trabalho Livre;
Urbanização e industrialização;
O Estado e as relações de poder;
Os sujeitos, as revoltas e as guerras;
Movimentos sociais, políticos e culturais e as guerras e revoluções;
Cultura e religiosidade.
ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO
No Ensino Fundamental a História do Brasil será privilegiada estabelecendo
relações com a História regional e com outros contextos e espaços (África, América, Ásia
e Europa), rompendo com uma visão arcaica da História e articulando os conteúdos
estruturantes: dimensão econômica-social, dimensão política e dimensão cultural na
abordagem dos conteúdos.
Problematizar os conteúdos por meio da contextualização, espaço temporal das
ações e relações dos sujeitos a serem abordados em sua diversidade étnica, de gêneros
226
e gerações. Privilegiando a história local e do Brasil em relação à História da América
Latina, da África da Europa e da Ásia.
Devendo os conteúdos básicos estar em consenso com os conteúdos estruturantes.
Formulação de idéias através do confronto historiográfico e documental que permitam ao
aluno elaborar suas próprias idéias por meio de narrativas históricas.
O ensino de História para o Ensino Médio tem como objetivo a formação de um
sujeito com capacidade crítica, de reflexão sobre as relações humanas e sobre as
conseqüências das ações humanas. Um sujeito que compreenda que a organização e o
funcionamento da sociedade são resultados das decisões humanas e que portanto todos
contribuem de alguma forma para a sua construção, mesmo que seja pela omissão em
participar em tais elaborações.
Capacitar o sujeito de modo que possa entender que ele é fruto da história da
humanidade, herdeiro de toda a cultura e riqueza que o homem construiu durante os
últimos 2 milhões de anos; e tendo ele a sua disposição toda essa experiência humana
poderá atuar no presente como um arquiteto do futuro da humanidade criando a
possibilidade de construir um mundo onde prevaleça o respeito à justiça e ao ser humano
(conforme Diretrizes Curriculares para Educação Básica:História) .
A metodologia proposta pelas Diretrizes Curriculares está relacionada à História
Temática onde os conteúdos básicos/temas históricos selecionados para o ensino
estão articulados com conteúdos estruturantes propostos (Relações de Trabalho, de
Poder e Culturais).
A proposta das Diretrizes Curriculares requer uma abordagem mais ampla do que a
simples narrativa de fatos históricos e busca a ampliar a percepção dos estudantes sobre
um determinado contexto histórico, sua ação e relações de distinção entre passado e
presente.
Para efetivar essa proposta é necessário problematizar as estruturas e das
ações humanas nos processos históricos do presente (fome, desigualdade e exclusão
social, confrontos identitários - individual, social, étnica,sexual, de gênero, de idade, de
propriedade, de direitos, regionais e nacionais) e construir a relação com destas com
experiência humana no passado.
Essas experiências humanas tornam-se os conteúdos específicos da Disciplina de
História (História antiga, Medieval, Moderna, Contemporânea). As diretrizes curriculares
orientam, com base no historiador Ivo Mattozzi (2004), que a metodologia deve seguir
desenvolvida em três dimensões: primeira - focalizar o acontecimento, processo ou
sujeito que se quer representar do ponto de vista historiográfico; segunda - é preciso
227
delimitar o tema histórico em referências temporais fixas e estabelecer uma separação
entre seu início e seu final; e terceira - o professor e os alunos devem definir um espaço
ou território de observação do conteúdo tematizado. Esse processo é definido pela
historiografia específica escolhida (Nova História, Nova história Cultural e Nova Esquerda
Ingleza) e os fontes históricas disponíveis (vídeos, revistas, livros didáticos, jornais, fotos,
etc).
As orientações das Diretrizes Curriculares apontam que após definido o tema
deverão ser utilizados como metodologia de abordagem a narração (discurso que ordena
os fatos históricos de um período encontrado); a descrição (é a forma de representar um
contexto histórico e suas permanências); e a argumentação, explicação e
problematização (a problematização fundamenta a explicação e a argumentação
histórica).
Para atender essas orientações das Diretrizes Curriculares em sala de aula,
propomos: aulas expositivas e dialogadas; pesquisas bibliográficas, seminários
construídos pelos alunos; e utilização de imagens, livros, jornais, histórias em
quadrinhos, fotografias, pinturas, gravuras, museus, filmes, músicas para abordar as
temáticas propostas.
AVALIAÇÃO
Os conteúdos serão analisados e avaliados processualmente tendo como
finalidade a formação do pensamento histórico e cultural que orientará o agir do sujeito
histórico no tempo, procurando fazer com que os alunos sintam-se sujeitos históricos que
compreendam que a sua cultura relaciona-se com outras.
Tal avaliação deve estar fundamentada em narrativas e documentos históricos de
diferentes tempos e espaços e através destes possam compreender as relações de
poder, trabalho e cultura.
A avaliação de vê estar a serviço da aprendizagem de todos os alunos permeando
o conjunto das ações pedagógicas, e segundo Luckesi, avaliação diagnóstica individual e
coletiva, continua, processual e diversificada, o que propicia uma análise crítica das
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praticas que podem ser retomadas e reorganizadas pelo professor e pelos alunos.
O professor devera ter alguns elementos históricos e indicadores de compreensão
pelos alunos tais como: cronologia, testemunhos, consteúdos estruturantes que analisam
as diferentes conjunturas históricas a partir das relações de trabalho, poder e cultura,
linguagem e conceitos históricos, método históricos, semelhanças e diferenças em que
estabelecem comparações simples entre o passado e o presente, continuidades e
mudanças identificação como os sujeitos que viveram no passado e cujas opiniões e
atitudes, culturas e perspectivas culturais são diferentes das suas que servem para
substituir a práticas avaliativas baseadas na memorização de conteúdos. Há ainda outras
atividades associativas como:
Atividades que permitam ao aluno expressar o desenvolvimento de idéias e
conhecimentos históricos;
Atividades que levem o aluno a se apropriar da capacidade de leitura de
documentos com linguagens contemporâneas, como cinema, fotografia, história em
quadrinhos, músicas e televisão, relativos ao conhecimento histórico.
Tais critérios não esgotam o processo de avaliação pelo professor de História,
apenas enriquecem o planejamento das praticas avaliativas em consonância com estas
diretrizes.
Para o Ensino Fundamental e Médio a avaliação da Disciplina de História, nestas
diretrizes considera três aspectos importantes que são entendidas como complementares
e indissociáveis: Apropriação de conteúdos históricos; A compreensão das relações da
vida humana (conteúdos estruturantes); Aprendizados dos conteúdos específicos.
Porém, o professor deverá recorrer a diferentes atividades tais como: leitura,
interpretação e análise de textos historiográficos; mapas e documentos históricos;
produção de narrativas históricas; pesquisas bibliográficas; sistematização de conceitos
históricos; apresentação de seminários, entre outros.
E após a avaliação diagnóstica, o professor e seus alunos poderão revisar as
praticas desenvolvidas até então, de modo que identifiquem lacunas no processo
pedagógico, ação esta que permitira ao professor planejar e propor outros
encaminhamentos para a superação das dificuldades constatadas, que os alunos tenham
condições de identificar processos históricos, reconhecer criticamente relações de poder
neles existentes, bem como tenham recursos para intervir no meio em que vivem, de
modo a se fazerem também sujeitos da própria história.
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REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICA
DCE – Diretrizes Curriculares da Rede Pública de Educação Básica do Estado do Paraná.
Curitiba: Imprensa Oficial do Paraná, 2008.
JORDÃO, Clarissa Menezes. Uma Breve História da Leitura no Século XX, ou de Como
Se Podem Calar as Nativas. Disponível em
<http://www.dacex.ct.utfpr.edu.br/clarisse5.htm>. Acessado em 03 de nov. De 2008.
LUCKESI, Cipriano Carlos. Avaliação da aprendizagem escolar. 14 ed. São Paulo: Cortês,
2002.
PARANÁ. Secretaria de Estado da Educação. Paraná 150 anos. O sesquicentenário do
Paraná no contexto escolar. Caderno-síntese e lâminas de projeção. Curitiba: Cetepar,
2004.
PARANÁ. Secretaria do Estado da Educação. Currículo Básico para escola pública do
Estado do Paraná. Curitiba: SEED, 1990.