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Pastoral da Juventude – Diocese de Santos SÍNTESE: SACRAMENTUM CARITATIS INTRODUÇÃO ~> O Sacramento da Caridade (conforme S. Tomás de Aquino), a Santíssima Eucaristia é a doação que Jesus faz de Si mesmo (dom do seu corpo e do seu sangue), revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem. O Alimento da Verdade ~> S. Agostinho: que pode a alma desejar mais ardentemente do que a verdade? ~> Na Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor (Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade), que é a própria essência de Deus. O Desenvolvimento do Rito Eucarístico ~> Em cada etapa da história da Igreja, a celebração eucarística (como fonte e ápice da sua vida e missão) resplandece no rito litúrgico em toda a sua multiforme riqueza - a Igreja admira tal desenvolvimento ordenado no tempo das formas rituais; ~> O Sínodo dos Bispos também reconhece o bom resultado da reforma litúrgica acontecida a partir do Concílio Ecumênico Vaticano II. O Sínodo dos Bispos e o Ano da Eucaristia ~> O Ano Jubilar teve, sem dúvida, uma caracterização eucarística (proposto por João Paulo II, 2000); ~> Graças aos ensinamentos de João Paulo II na Carta Apostólica Mane nobiscum Domine, numerosas foram as iniciativas diocesanas para despertar e aumentar a fé eucarística e a solidariedade, para melhorar

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Pastoral da Juventude – Diocese de Santos

SÍNTESE: SACRAMENTUM CARITATIS

INTRODUÇÃO

~> O Sacramento da Caridade (conforme S. Tomás de Aquino), a Santíssima Eucaristia é a doação que Jesus faz de Si mesmo (dom do seu corpo e do seu sangue), revelando-nos o amor infinito de Deus por cada homem.

O Alimento da Verdade

~> S. Agostinho: que pode a alma desejar mais ardentemente do que a verdade?

~> Na Eucaristia, Jesus mostra-nos de modo particular a verdade do amor (Jesus torna-Se alimento para o homem, faminto de verdade e de liberdade), que é a própria essência de Deus.

O Desenvolvimento do Rito Eucarístico

~> Em cada etapa da história da Igreja, a celebração eucarística (como fonte e ápice da sua vida e missão) resplandece no rito litúrgico em toda a sua multiforme riqueza - a Igreja admira tal desenvolvimento ordenado no tempo das formas rituais;

~> O Sínodo dos Bispos também reconhece o bom resultado da reforma litúrgica acontecida a partir do Concílio Ecumênico Vaticano II.

O Sínodo dos Bispos e o Ano da Eucaristia

~> O Ano Jubilar teve, sem dúvida, uma caracterização eucarística (proposto por João Paulo II, 2000);

~> Graças aos ensinamentos de João Paulo II na Carta Apostólica Mane nobiscum Domine, numerosas foram as iniciativas diocesanas para despertar e aumentar a fé eucarística e a solidariedade, para melhorar o cuidado com as celebrações e promover a adoração eucarística no Ano da Eucaristia (iniciado no Congresso Eucarístico Internacional em outubro de 2004 até outubro de 2005);

~> O testemunho e a doutrina eucarística se encontram na Encíclica Ecclesia de Eucharistia (João Paulo II).

Finalidade do Documento

~> Esta Exortação Apostólica tem por objetivo recolher a multiforme riqueza de reflexões e propostas surgidas na recente Assembléia Geral Ordinária dos Sínodos dos Bispos;

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~> Este documento deseja recomendar que o povo cristão aprofunde a relação entre o mistério eucarístico, a ação litúrgica e o novo culto espiritual que deriva da Eucaristia (nesta, a ágape de Deus vem corporalmente a nós, para continuar a ação em nós e através de nós).

PARTE I: EUCARISTIA, MISTÉRIO ACREDITADO

A Fé Eucarística da Igreja

~> A Eucaristia é o resumo da súmula da nossa fé: a fé da Igreja é essencialmente fé eucarística;

~> A fé e os sacramentos são dois aspectos complementares da vida eclesial - a fé exprime-se no rito e este revigora e fortifica a fé;

~> Quanto mais viva for a fé eucarística no povo de Deus, tanto mais profunda será a sua participação na vida eclesial por meio de uma adesão à missão que Cristo nos confiou.

Santíssima Trindade e Eucaristia

~> O Pão Descido do Céu

~> O primeiro conteúdo da fé eucarística é o próprio mistério de Deus, amor trinitário;

~> Jesus: Eu sou o pão vivo que desceu do céu, quem comer deste pão viverá eternamente, e o pão que Eu hei de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo.

~> Dom Gratuito da Santíssima Trindade

~> O dom eucarístico (que a Igreja acolhe, celebra e adora com fiel obediência) nos comunica a vida divina.

Eucaristia: Jesus, Verdadeiro Cordeiro Imolado

~> A Nova e Eterna Aliança no Sangue do Cordeiro

~> Na sua carne crucificada, a liberdade de Deus e a liberdade do homem juntaram-se definitivamente num pacto indissolúvel - a nova e eterna aliança;

~> Como já previsto no encontro com João Batista e na instituição da Eucaristia: Jesus é o verdadeiro cordeiro pascal, que Se ofereceu espontaneamente a Si mesmo em sacrifício por nós.

~> A Instituição da Eucaristia

~> O fato teve lugar no âmbito duma ceia ritual, que constituía o memorial do acontecimento fundador do povo de Israel: a libertação da escravidão do Egito (páscoa judaica);

~> É nesse contexto que Jesus, na oração de louvor (Berakah), Ele dá graças ao Pai não só pelos grandes acontecimentos da História passada, mas pela sua própria exaltação;

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~> A instituição da Eucaristia mostra-nos como aquela morte, de per si violenta e absurda, se tenha tornado, em Jesus, ato supremo de amor e liberdade definitiva da humanidade do mal.

~> A Figura deu Lugar à Verdade

~> A páscoa que anunciava as realidades futuras agora cedeu o lugar à própria Verdade;

~> Fazer isto em memória de mim: com tais palavras, o Senhor manifestava a esperança de que a Igreja acolha este dom desenvolvendo a forma litúrgica do sacramento;

~> O memorial do seu dom perfeito consiste realmente na Eucaristia (novidade radical do culto cristão);

~> A Eucaristia arrasta-nos no ato oblativo de Jesus, ficamos envolvidos na dinâmica de sua doação;

~> A conversão substancial do pão e do vinho no seu corpo e no seu sangue insere o princípio de uma mudança radical no mais íntimo do ser para transfiguração do mundo inteiro (que Deus seja tudo em todos).

O Espírito Santo e a Eucaristia

~> Jesus e o Espírito Santo

~> O grande mistério da Eucaristia é celebrado nas formas litúrgicas que a Igreja, guiada pelo Espírito Santo, desenvolve no tempo e no espaço;

~> O Paráclito (primeiro dom concedido ao crente) já está presente em plenitude na vida inteira do Verbo encarnado: Jesus é concebido no seio da Virgem Maria por obra do Espírito Santo, vê-O descer sobre si em forma de pomba, nesse mesmo Espírito, age, fala e exulta, e é n'Ele que Jesus oferece-Se a Si mesmo;

~> No discurso de despedida referido por S. João, Jesus põe em relação o dom da sua vida no mistério pascal com o dom do Espírito aos seus;

~> Depois de ressuscitado, Jesus pode derramar o Espírito da verdade - que ensina aos discípulos todas as coisas e desce sobre os Apóstolos reunidos em oração com Maria no dia de Pentecostes e impele-os pra missão de anunciar a Boa Nova a todos os povos;

~> É em virtude da ação do Espírito que o próprio Cristo continua presente e ativo na sua Igreja pela Eucaristia;

~> Espírito Santo e Celebração Litúrgica

~> S. Cirilo de Jerusalém: invocamos Deus para que envie o seu Santo Espírito sobre as oblações que apresentamos a fim com Ele realizar a sua transubstanciação;

~> O que o Espírito Santo toca, é santificado e transformado totalmente;

~> O Espírito, invocado pelo celebrante sobre os dons do pão e do vinho colocados sobre o altar, é o mesmo que reúne os fiéis num só corpo, tornando-os uma oferta espiritual agradável ao Pai.

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Eucaristia e Igreja

~> Eucaristia, Princípio Causal da Igreja

~> Um olhar contemplativo para Cristo, mostra-nos a ligação entre o Seu sacrifício: a Eucaristia e a Igreja;

~> O influxo casual da Eucaristia, que está na origem da Igreja, revela a precedência cronológica e ontológica do amor de Jesus relativamente ao nosso: será sempre Aquele que nos ama primeiro.

~> Eucaristia e Comunhão Eclesial

~> A antiguidade cristã designava com as mesmas palavras (Corpus Christi) o corpo nascido da Virgem Maria, o corpo eucarístico e o corpo eclesial de Cristo;

~> O memorial de Cristo é a suprema manifestação sacramental da comunhão da Igreja Católica, una e única - assim diz a Oração Eucarística II: participando no corpo e no sangue de Cristo, sejamos reunidos pelo mesmo Espírito Santo, num só corpo;

~> A Eucaristia estabelece um forte vínculo de unidade entre a Igreja Católica e as Igrejas Ortodoxas, como também pode criar diálogo com as Comunidades nascidas da Reforma.

Eucaristia e Sacramentos

~> Sacramentalidade da Igreja

~> O Concílio Vaticano II lembrou que os sacramentos, os ministérios eclesiásticos e obras do apostolado estão vinculados com a Sagrada Eucaristia e a ela se ordenam;

~> Concílio Vaticano II: a Igreja, em Cristo, é como que o sacramento, ou sinal, e o instrumento da íntima união com Deus e da unidade de todo o gênero humano;

~> S. Cipriano: a Igreja, universal sacramento da salvação, como povo reunido na Santíssima Trindade, é sacramento também da comunhão trinitária.

•> I. Eucaristia e Iniciação Cristã

~> Eucaristia, Plenitude de Iniciação Cristã

~> Somos batizados e crismados na ordem da Eucaristia;

~> Por meio do batismo, somos inseridos no único corpo de Cristo, povo sacerdotal;

~> É a participação no sacrifício eucarístico que aperfeiçoa o que recebemos no Batismo - a Eucaristia leva à plenitude a iniciação cristã e coloca como centro e termo de toda a vida sacramental.

~> A Ordem dos Sacramentos da Iniciação

~> A iniciação cristã atual deve ajudar o cristão, pela ação educativa das nossas comunidades, a maturar cada vez mais até chegar a assumir na sua vida uma orientação autenticamente eucarística.

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~> Iniciação, Comunidade Eclesial e Família

~> Toda iniciação cristã é caminho de conversão que há de ser realizada com a ajuda de Deus em constante referimento à comunidade eclesial;

~> Na ação pastoral, sempre se deve associar a família ao itinerário de iniciação - Batismo, Confirmação e Primeira Eucaristia são momentos decisivos para toda família (que deve ser sustentada, na sua tarefa educativa, pela comunidade eclesial em suas diversas componentes);

~> A Primeira Comunhão é o momento em que se percebeu a importância do encontro pessoal com Jesus, por isso, a pastoral paroquial deve valorizar adequadamente essa ocasião.

•> II. Eucaristia e Sacramento da Reconciliação

~> Sua Ligação Intrínseca

~> O amor à Eucaristia leva a apreciar cada vez mais também a Reconciliação;

~> Uma catequese autêntica acerca da Eucaristia não pode ser separada da proposta de um caminho penitencial;

~> No nosso tempo, os fiéis estão imersos numa cultura que tende a cancelar o pecado - essa perda de consciência engloba uma certa superficialidade na compreensão do próprio amor de Deus;

~> É útil pros fiéis recordar-lhes os elementos que, na Santa Missa, explicitam a misericórdia de Deus;

~> A Reconciliação é um batismo laborioso, o resultado do caminho de conversão é também o restabelecimento da plena comunhão eclesial, que se exprime no aproximar-se da Eucaristia.

~> Alguns Cuidados Pastorais

~> O Sínodo lembrou que é dever pastoral do bispo promover uma decisiva recuperação da pedagogia da conversão que nasce da Eucaristia e a confissão freqüente, com generosidade, empenho e competência para tal administração;

~> O pecado de cada um causa dano a toda a comunidade;

~> A relação Eucaristia e Reconciliação permite uma equilibrada indulgência, lucrada a favor de si mesmo (do próximo) ou dos defuntos - com ela, obtém-se a remissão, perante Deus, da pena devida aos pecados, agora apagados.

•> III. Eucaristia e Unção dos Enfermos

~> Se a Eucaristia mostra a morte de Cristo transformada em amor, a Unção dos Enfermos associa o doente à oferta que Cristo fez de Si mesmo pela salvação de todos, de tal modo que possa também ele, no mistério da comunhão dos santos, participar na redenção do mundo;

~> A revelação entre ambos sacramentos fica mais clara quando se agrava a doença e, além da Unção, a Igreja oferece a Eucaristia como viático.

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•> IV. Eucaristia e Sacramento da Ordem

~> Na Pessoa de Cristo Cabeça

~> Na vigília de sua morte, Jesus instituiu a Eucaristia e fundou o sacerdócio da Nova Aliança, através das palavras: fazei isto em memória de Mim;

~> A ligação entre a Ordem Sacra e a Eucaristia é visível na Missa que o bispo ou presbítero preside na pessoa de Cristo cabeça - ninguém pode dizer isto é o meu corpo e este é o cálice do meu sangue senão em nome e na pessoa de Cristo, único sumo sacerdote da nova e eterna Aliança;

~> A ordenação sacerdotal é condição indispensável para a celebração válida da Eucaristia;

~> É necessário que os sacerdotes tenham consciência de que, em todo o seu ministério, nunca devem colocar em primeiro plano a sua pessoa nem as suas opiniões, mas Jesus Cristo;

~> S. Agostinho: o sacerdócio é um serviço de amor, serviço do Bom Pastor, que oferece a vida pelas ovelhas.

~> Eucaristia e Celibato Sacerdotal

~> Os padres sinodais sublinharam como o sacerdócio ministerial requer a plena configuração a Cristo;

~> O fato de o próprio Cristo ter vivido a sua missão no estado de virgindade, constitui o ponto seguro de referência para perceber o sentido da tradição da Igreja Latina a tal respeito;

~> O sacerdote se identifica com o coração de Cristo Esposo que dá a vida pela sua Esposa;

~> O celibato é sinal expressivo de dedicação total e exclusiva a Cristo, à Igreja e ao Reino de Deus;

~> O celibato sacerdotal, vivido com maturidade, alegria e dedicação, é uma bênção enorme pra Igreja e pra sociedade.

~> Escassez de Clero e Pastoral Vocacional

~> Toda a Igreja sofre de escassez de clero atualmente;

~> O bispo e a diocese eclesial deve se empenhar nas necessidades pastorais e a uma disponibilidade maior para servir a Igreja nos lugares onde houver necessidade, sem olhar sacrifícios;

~> O Sínodo visou os cuidados pastorais principalmente com os jovens, para favorecer uma abertura interior à vocação sacerdotal;

~> Os bispos devem realizar um adequado discernimento vocacional - com um clero literalmente formado, para que possa oferecer um testemunho capaz de suscitar em outros o desejo de generosa correspondência à vocação de Cristo;

~> A pastoral vocacional deve empenhar a comunidade cristã em todos os seus âmbitos, sensibilizar as famílias (assim, eduquem os filhos para serem disponíveis à vontade de Deus) e se encorajar e encantar os jovens ao propor o seguimento radical de Cristo;

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~> Gratidão e Esperança

~> É necessário ter maior fé e esperança na iniciativa divina;

~> A Igreja agradece imensamente o atual trabalho dos sacerdotes, presbíteros e diáconos.

•> V. Eucaristia e Matrimônio

~> Eucaristia, Sacramento Esponsal

~> A Eucaristia é o sacramento da nossa redenção, sacramento do Esposo e da Esposa: o vínculo conjugal está intrinsecamente ligado com a união eucarística entre Cristo Esposo e a Igreja Esposa;

~> O amor esponsal é sinal sacramental do amor de Cristo pela sua Igreja – por isso, a Igreja manifesta uma particular solidariedade espiritual às famílias fundadas sobre o Matrimônio;

~> A família (igreja doméstica) é âmbito primário da vida eclesial, especialmente pelo papel decisivo que tem na educação cristã dos filhos;

~> O Sínodo reconhece a missão singular que a mulher (esposa e mãe) tem na família e na sociedade.

~> Eucaristia e Unidade do Matrimônio

~> O Matrimônio deve seguir a expressão eucarística em seu vínculo fiel, indissolúvel e exclusivo – o homem deve unir-se de modo definitivo a uma mulher, e vice-versa;

~> Em relação às culturas poligâmicas, a Igreja acompanha-os com uma pastoral imbuída de suavidade e de firmeza, mostrando-lhe a luz dos mistérios cristãos que se reflete sobre a natureza e os afetos humanos.

~> Eucaristia e Indissolubilidade do Matrimônio

~> Se a Eucaristia exprime a irreversibilidade do amor de Deus em Cristo pela sua Igreja, a mesma irreversibilidade deve ser compreendida no Matrimônio;

~> Aumentou o número de divórcios no ambiente social contemporâneo;

~> Mesmo assim, o clero deve discernir bem as diferentes situações, pra ajudar adequadamente os fiéis divorciados re-casados (que mesmo sem receber a Eucaristia, devem agir com estilo de vida cristão);

~> Deve-se verificar o fundamento de casos que surjam legitimamente dúvidas sobre a validade do Matrimônio em tribunais eclesiásticos;

~> Recomenda-se que haja o máximo cuidado pastoral com a formação dos nubentes e suas convicções sobre os compromissos irrenunciáveis para validade do Matrimônio;

~> A Igreja e a sociedade esperam demasiadamente o bem do Matrimônio e da família fundada sobre ele – instituições cuja verdade deve ser promovida e defendida.

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Eucaristia e Escatologia

~> Eucaristia, Dom para o Homem a Caminho

~> Os sacramentos são uma realidade que pertencem à igreja peregrina no tempo rumo à plena manifestação da vitória de Cristo ressuscitado, então a Eucaristia nos deixa saborear antecipadamente a consumação escatológica para qual o homem e a criação inteira está a caminho: pela fé, participamos já da plenitude da vida ressuscitada.

~> O Banquete Escatológico

~> Com o chamamento dos Doze (simbolizando a unidade do povo de Deus) e o mandato que lhes confiou na Última Ceia, Jesus transferiu para a comunidade cristã a missão de ser sinal e instrumento da reunificação escatológica que n’Ele teve início;

~> Para nós, o banquete eucarístico é uma antecipação real do banquete final, que se há de celebrar na comunhão dos santos.

~> Oração pelos Defuntos

~> Ao celebrarmos o memorial da nossa salvação, reforça-se em nós a esperança da ressurreição da carne juntamente com a possibilidade de encontrarmos de novo aqueles que nos precederam com o sinal da fé.

A Eucaristia e a Virgem Maria

~> Tudo aquilo que Deus nos deu se realizou perfeitamente na Virgem Maria: a assunção ao céu em corpo e alma é aquela meta escatológica que a Eucaristia desde já nos faz saborear;

~> Em Maria Santíssima, vemos também a modalidade sacramenta com que Deus alcança e envolve o homem na sua iniciativa salvífica;

~> Dirigimos a Ela, na liturgia eucarística, pois Ela é ícone da Igreja nascente, é modelo para sabermos como é chamado a acolher a doação que Jesus fez de Si mesmo na Eucaristia.

PARTE II: EUCARISTIA, MISTÉRIO CELEBRADO

Norma da Oração e Norma da Fé

~> A relação entre fé eucarística e celebração evidencia a ligação entre a norma da oração ( lex orandi) e a norma da fé (lex credendi), já que a fonte de ambas é a Paixão de Cristo no mistério pascal.

Beleza e Liturgia

~> A liturgia tem uma ligação intrínseca com a beleza: é esplendor da verdade (veritatis splendor);

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~> A verdadeira beleza é o amor de Deus (o esplendor de Sua glória supera toda beleza do mundo) que nos foi definitivamente revelado no mistério pascal;

~> A beleza, na ação litúrgica, é seu elemento constitutivo, como atributo de Deus e da sua revelação;

~> Prestemos atenção à ação litúrgica, para que brilhe segundo a sua própria natureza.

A Celebração Eucarística, Obra de Cristo Inteiro

~> Cristo Inteiro: Cabeça e Corpo

~> S. Agostinho: ao receber bem o pão que vemos no altar (corpo de Cristo), tornamo-nos o próprio Cristo

~> Eucaristia e Cristo Ressuscitado

~> Para comungar da ação divina trinitária, o povo reúne-se para a fração do pão ( fractio panis) no dia do Senhor, o dia da nova criação, da nossa libertação graças ao Cristo ressuscitado;

~> S. Paulo: na liturgia eucarística, ninguém pode pôr outro fundamento diferente de Jesus Cristo.

Arte da Celebração

~> O Bispo, Liturgista por Excelência

~> Bispos, sacerdotes e diáconos, cada qual segundo o próprio grau, devem considerar a celebração o seu dever principal;

~> O Bispo – guia, promotor e guardião de toda a vida litúrgica, pois é o liturgista por excelência da sua diocese – procura fazer então com que o povo compreenda cada vez melhor o sentido autêntico dos ritos e dos textos litúrgicos e, também, respeitando toda a arte da celebração (para servir de modelo pra diocese).

~> O Respeito pelos Livros Litúrgicos e pela Riqueza dos Sinais

~> Deve-se evidenciar o valor das normas litúrgicas (que educam a harmonia do rito, das vestes litúrgicas, da decoração e do ligar sagrado);

~> Os sacerdotes e a pastoral litúrgica devem conhecer bem os livros litúrgicos em vigor e as respectivas normas, como a Instrução Geral do Missal Romano e a Instrução das Leituras da Missa – textos que guardam e exprimem a fé e o caminho do povo de Deus na História;

~> Deve haver também a atenção e obediência à estrutura própria do rito (palavra e canto, gestos e silêncio, movimento do corpo, cores litúrgicas do paramento);

~> Com efeito, a liturgia possui uma tal variedade de níveis de comunicação que permitem cativar o ser humano na sua totalidade;

~> A simplicidade dos gestos e a sobriedade dos sinais, situados na ordem e nos momentos previstos, comunicam e cativam mais do que o artificialismo de adições inoportunas.

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~> Arte e Serviço da Celebração

~> A beleza litúrgica levar-nos a considerar todas as expressões artísticas colocadas a serviço da missa;

~> A finalidade da arquitetura sacra é oferecer à Igreja o espaço mais idôneo pra uma condigna realização da sua ação litúrgica;

~> O responsável de chamar arquitetos e artistas (para comissionar-lhes obras de arte destinadas à ação litúrgica) precisa ter bom gosto e conhecimento profundo de Arte Sacra;

~> É indispensável, na formação dos seminaristas e dos sacerdotes, que se inclua a disciplina História da Arte (referindo-se especialmente às Igrejas).

~> O Canto Litúrgico

~> Na sua História, a Igreja criou cânticos que constituem um patrimônio imperdível de fé e amor;

~> É necessário evitar improvisação genérica ou gêneros musicais que não respeitem o sentido da liturgia;

~> O cântico (como elemento litúrgico) deve integrar-se plenamente (texto, melodia, execução) na forma própria da celebração;

~> Com as distintas orientações e tradições, o Sínodo pede que se valorize adequadamente o canto gregoriano, como canto próprio da liturgia romana.

A Estrutura da Celebração Eucarística

~> Unidade Intrínseca da Ação Litúrgica

~> A partir da liturgia da palavra (momento onde nasce ou se reforça a fé) e da liturgia eucarística (momento onde o Verbo feito carne dá-Se a nós como alimento espiritual), a Igreja recebe e oferece o pão da vida.

~> A Liturgia da Palavra

~> A liturgia da palavra deve ser devidamente preparada e vivida (os leitores sempre bem preparados e, se as circunstâncias recomendam, haver breve introdução à leitura);

~> Iniciativas pastorais, de celebrações da palavra (também das Vigílias, Laudes, Vésperas, Completas e a Liturgia das Horas) e da leitura orante, ajudam os fiéis a valorizar a Sagrada Eucaristia;

~> Conhecimento e estudo da palavra de Deus permite-nos valorizar, celebrar e viver melhor a Eucaristia;

~> Na Sagrada Escritura, é Cristo presente na sua palavra que anuncia o Evangelho, tal como Ele está presente na ação litúrgica.

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~> A Homilia

~> Os ministros ordenados (baseando-se num adequado conhecimento bíblico) devem preparar com cuidado a homilia – que tem que favorecer a compreensão e eficácia da palavra de Deus na vida dos fiéis;

~> A homilia precisa relacionar a palavra de Deus com a celebração sacramental e com a vida da comunidade – também é o oportuno oferecer homilias temáticas aos fiéis sobre os grandes temas da fé cristã (pilares do CIC: a profissão de fé, a celebração do mistério cristão, a vida em Cristo e a oração cristã);

~> Tenha-se presente a finalidade catequética e exortativa da homilia.

~> Apresentação das Oferendas

~> Na apresentação das oferendas, toda a criação (e também seu sofrimento, tribulação e até o trabalho humano) é assumida por Cristo Redentor para ser transformada e apresentada ao Pai.

~> A Oração Eucarística

~> A Oração Eucarística (com sua riqueza teológica e espiritual inesgotável) é o ponto central e culminante de toda a celebração, merecendo sua valorização;

~> A Instrução Geral do Missal Romano explana elementos fundamental de cada Oração Eucarística: ação de graças, aclamação, epiclese, narração da instituição, consagração, anamnese, oblação, intercessões e doxologia final;

~> A espiritualidade eucarística e a reflexão teológica são iluminadas ao ser contemplada a profunda unidade existente entre a invocação do Espírito Santo e a narração da instituição;

~> Por meio de invocações especiais, a Igreja implora o poder do Espírito Santo, para que os dons oferecidos pelos homens sofrem a transubstanciação e que Jesus salve toda a comunidade.

~> Saudação da Paz

~> A Eucaristia é sacramento da paz por sua natureza;

~> A Igreja implora ao Senhor o dom da paz (aspiração radical que se encontra no coração de qualquer um) e da unidade para Si mesmo e para a humanidade;

~> O Sínodo, ao notar a intensidade do gesto, pede moderação – pra não suscitar confusão na assembléia.

~> Distribuição e Recepção da Eucaristia

~> O ministro deve empenhar-se para que o gesto corresponda ao seu valor de encontro pessoal com o Senhor Jesus no sacramento;

~> Além da entoação de um cântico oportuno (no tempo de ação de graças, depois da comunhão), pode ser muito útil também permanecer recolhidos em silêncio;

~> Salta a necessidade de encontrar formas breves e incisivas (em matrimônio, funerais, acontecimentos análogos e em igrejas em pontos turísticos) para alertar a todos sobre o sentido da comunhão sacramental e sobre as condições que se recuperem para sua recepção;

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~> Em situações onde não se garanta a clareza quanto ao significado da Eucaristia, deve-se ponderar a substituição da celebração eucarística por uma celebração da palavra.

~> A Despedida: Ite, missa est

~> Depois da bênção, o diácono ou sacerdote despede o povo com as palavras: ide em paz e o Senhor vos acompanhe (Ite, missa est);

~> O termo missa significa despedida e, no uso cristão, expedir em missão – pode ser útil dispor de textos aprovados para a oração sobre o povo e a bênção final explicitem tal ligação.

Participação Ativa

~> Autêntica Participação

~> O Concílio Vaticano II colocou uma ênfase particular sobre a participação ativa (maior consciência do mistério celebrado e da sua relação com a vida cotidiana) de todos os fiéis na celebração eucarística;

~> A Constituição conciliar Sacrosanctum Concilium exorta que todos os fiéis têm que participar da missa.

~> Participação e Ministério Sacerdotal

~> A beleza e a harmonia da ação litúrgica encontram expressão na ordem com que cada um é chamado a participar ativamente nela (leigos, religiosos, sacerdote, diácono);

~> É o sacerdote quem preside à celebração eucarística inteira;

~> Cada missa é conduzida pelo Bispo (pessoalmente ou pelos seus colaboradores presbíteros) e é coadjuvado pelo diácono (que tem funções específicas na celebração: prepara o altar, assiste o sacerdote, proclama o Evangelho, faz a homilia, propõe as intenções da Oração Universal e distribui a Eucaristia).

~> Celebração Eucarística e Inculturação

~> Para favorecer a participação ativa dos fiéis, podem ter algumas adaptações apropriadas aos respectivos contextos e às diversas culturas na celebração eucarística, pois Deus pretende nos alcanças no nosso contexto vital (tais mudanças segundo os critérios e diretrizes já emanados pela Sé Apostólica, podem prosseguir através das propostas das Conferências Episcopais).

~> Condições Pessoais para uma Participação Ativa

~> O católico (pra uma participação ativa numa celebração) precisa de um espírito constante de conversão, de um recolhimento, antes do início da liturgia, de jejum, de um coração reconciliado com Deus e com a vida eclesial em amplitude (comprometendo-se a levar o amor de Cristo pro meio da sociedade), e do desejo da plena união com Cristo.

~> Participação dos Cristãos Não-Católicos

~> O respeito que o católico tem pela Eucaristia, impede-nos de fazer dele um meio usado indiscriminada-mente pra alcançar a unidade de todos os cristãos (mesmo ardentemente desejando essa unidade);

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~> É um dever de ater-se fielmente ao Compêndio e ao Catecismo da Igreja Católica (CIC) sobre situações determinadas excepcionais para um indivíduo cristão não-católico receba a Eucaristia, a Unção dos Enfermos e a Reconciliação.

~> Participação pelos Meios de Comunicação

~> Os meios de comunicação (que progrediram admiravelmente) oferecem novas possibilidades à celebração eucarística, mas requer uma preparação específica e um sentido de responsabilidade dos agentes pastorais do setor – já que missas radiotelevisivas ganham um certo caráter de exemplaridade;

~> É louvável idosos e doentes participarem das missas radiotelevisivas, mas não é o mesmo para outros, que preferem esta missa do que tornar-se parte na celebração eucarística na assembléia da Igreja viva.

~> Participação Ativa dos Doentes

~> A comunidade eclesial deve garantir a assistência espiritual aos doentes (eles precisam receber, em casa ou em hospital, a comunhão sacramental) e facilitar a participação de deficientes físicos (removendo eventuais obstáculos arquitetônicos que impeçam seu acesso) e mentais (se possível, garantir Batismo, Eucaristia e Crisma) na celebração eucarística.

~> A Solicitude pelos Presos

~> A visita aos presos é uma obra de misericórdia corporal da Igreja;

~> As dioceses devem ter um conveniente investimento na atividade pastoral dedicada ao cuidado espiritual dos presos – os encarcerados precisam da solidariedade da comunidade e da Sagrada Eucaristia para favorecer a plena recuperação social e espiritual da pessoa.

~> Os Migrantes e a Participação na Eucaristia

~> Os migrantes precisam dum cuidado pastoral e, se forem membros das Igrejas Católicas Orientais, por não poderem participar da liturgia eucarística segundo o próprio rito, também precisam (onde for possível) usufruir a assistência de sacerdotes do seu rito.

~> As Grandes Concelebrações

~> Deve-se evitar dispersões e promover a participação plena de presbíteros e fiéis em tais concelebrações.

~> A Liturgia Latina

~> É bom que em celebrações durante encontros internacionais, haja a possibilidade de ocorrer orações mais comuns em latim e cantos gregorianos em determinadas partes da liturgia.

~> Celebrações Eucarísticas em Pequenos Grupos

~> As celebrações eucarísticas em pequenos grupos (que faz ocorrer uma participação mais consciente por parte dos fiéis), também deve reconhecer que esses pequenos grupos devem servir para unificar a comunidade, como conjunto da proposta pastoral da diocese.

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Celebração Interiormente Participada

~> Catequese Mistagógica

~> É preciso promover uma educação de fé eucarística (tendo como instrumento uma catequese de caráter mistagógico) que predisponha os fiéis a viverem mistérios celebrados;

~> A liturgia possui uma eficácia pedagógica para introduzir os fiéis no conhecimento do mistério celebrado – a melhor catequese sobre a Eucaristia é a própria Eucaristia bem celebrada;

~> No itinerário mistagógico, o fiel interpreta os ritos à luz dos acontecimentos salvíficos, desperta a sensibilidade para a linguagem dos sinais e dos gestos (que unidos à palavra, constituem o rito) e descobre o significado dos ritos para a vida cristã (transformando-a progressivamente) em todas as dimensões: trabalho e compromisso, pensamentos e afetos, atividade e repouso;

~> Para realizar esta fé educativa, são necessários a disposição de formadores bem preparados e do comprometimento do povo de Deus para tal formação;

~> O Espírito Santo nunca poupa a efusão dos seus dons para sustentar a missão da Igreja: difundir a fé e educá-la até a sua maturidade.

~> A Reverência à Eucaristia

~> A reverência exprime a consciência de encontrar-se, em cada celebração, diante da majestade de Deus.

Adoração e Piedade Eucarística

~> A Relação Intrínseca entre Celebração e Adoração

~> A relação entre celebração e adoração é fundamentada já por S. Agostinho: ninguém come esta carne, sem antes a adorar, pecaríamos se não a adorássemos;

~> O ato de adoração fora da Santa Missa prolonga e intensifica aquilo que se fez na própria celebração litúrgica (maior ato de adoração da Igreja);

~> Somente na adoração pode maturar um acolhimento verdadeiro a Deus e à nossa missão social.

~> A Prática da Adoração Eucarística

~> É de grande proveito uma catequese específica (até para a Primeira Comunhão) sobre este ato de culto;

~> O Sínodo recomenda a adoração eucarística pessoal e comunitária;

~> Na medida do possível, será conveniente individuar igrejas ou capelas para a adoração perpétua;

~> Na adoração eucarística, o fiel torna-se fermento de contemplação para toda a Igreja e apelo à centralidade de Cristo na vida individual e comunitária.

~> Formas de Devoção Eucarística

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~> Precisamos convidar os fiéis a encontrarem tempo para uma oração diante do sacramento do altar e incentivar (nas paróquias nos demais grupos eclesiais) momentos de adoração comunitária (procissão eucarística, sobretudo na solenidade de Corpus Christi, devoção das Quarenta Horas, congressos eucarísti-cos e outros momentos) devidamente atualizadas e adaptadas às circunstâncias.

~> O Lugar do Sacrário na Igreja

~> O Sínodo recomenda que o Santíssimo Sacramento encontre-se num lugar elevado e bem visível aos fiéis quando entram na Igreja (reconhecido pela lâmpada do Santíssimo perenemente acesa): na capela do Santíssimo, próxima ao presbitério, ou então no altar-mor com o sacrário no presbitério (e evitar colocar a cadeira do celebrante na frente do Santíssimo);

~> É necessário ter em conta também a Instrução Geral do Missal Romano e, em todo o caso, o juízo último compete ao Bispo diocesano.

PARTE III: EUCARISTIA, MISTÉRIO VIVIDO

Forma Eucarística da Vida Cristã

~> O Culto Espiritual

~> O mistério acreditado e celebrado possui tal dinamismo que faze dele um princípio de vida nova em nós e forma da existência cristã;

~> Comungando Jesus, vamo-nos tornando participantes da vida divina de modo mais adulto e consciente;

~> O sacrifício (sacrum facere, tornar sagrado) dos cristãos é ser um só corpo em Cristo pela Eucaristia.

~> Eficácia Onicompreensiva do Culto Eucarístico

~> O novo culto cristão engloba todos os aspectos da existência, transfigurando-a: quando comeis ou bebeis, ou qualquer outra coisa, fazei tudo para glória de Deus;

~> A Eucaristia transfigura progressivamente o cristão quando, em cada ato da sua vida, manifesta o verdadeiro culto a Deus;

~> Nada há de autenticamente humano que não se encontre no sacramento da Eucaristia a forma adequada para ser vivido em plenitude;

~> O culto agradável a Deus torna-se uma nova maneira de viver.

~> Viver Segundo o Domingo

~> S. Inácio de Antioquia chamava os cristãos como aqueles que vivem segundo o domingo, já que o fiel compreende a influência profunda que a celebração eucarística exerce sobre o estilo de sua vida;

~> O cristão sempre sente o domingo como o primeiro dia da semana, e tem o costume

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característico, nesse dia, de celebrar a ressurreição de Cristo.

~> Viver o Preceito Dominical

~> O preceito dominical é fonte de liberdade autêntica e faz com que o fiel viva os outros dias segundo o que celebra no dia do Senhor;

~> A vida de fé corre perigo quando se deixa de sentir desejo de participar na celebração eucarística em que se lembra a vitória pascal – perder o sentido do domingo que deve ser santificado é sintoma duma perda do sentido autêntico da liberdade cristã;

~> A participação na assembléia litúrgica dominical educa e também é exigida pela consciência cristã;

~> João Paulo II: o domingo é dies Domini (dia da obra da criação), dies Christi (dia da nova criação e do dom do Espírito que o Senhor Jesus concede), dies Ecclesiae (dia de encontro e de celebração na comunidade cristã) e dies hominis (dia de alegria, repouso e caridade fraterna);

~> É bom que as comunidades eclesiais organizem, a partir da celebração eucarística dominical, manifestações (encontros, orações, procissões, obras de caridade) próprias da comunidade cristã;

~> Pode-se cumprir o preceito dominical na tarde de sábado;

~> É necessário que o domingo seja santificado, para que não acabe por ficar um dia vazio de Deus.

~> O Sentido do Repouso e do Trabalho

~> Domingo é o dia de repouso do trabalho e da fatiga cotidiana, também constituindo uma revitalização do trabalho, que tem por finalidade o homem;

~> O trabalho é para o homem e não o homem para o trabalho;

~> O trabalho reveste uma importância primária para a realização do homem e o progresso da sociedade, por isso, torna-se necessário que aquele seja sempre organizado e realizado no pleno respeito da dignidade humana e ao serviço do bem comum.

~> Assembléias Dominicais na Ausência de Sacerdote

~> Em locais onde faltam sacerdotes, a solicitude pastoral da Igreja há de exprimir-se vigiando que a liturgia da palavra – organizada por um diácono ou um responsável da comunidade a quem foi regularmente confiado este ministério pela autoridade competente – se realize segundo um ritual específico elaborado e aprovado pelas Conferências Episcopais;

~> Vigie-se as assembléias à espera do sacerdote para que não dêem lugar a visões eclesiológicas incompatíveis com o Evangelho, devem antes tornar-se ocasiões de oração a Deus para que mande sacerdotes santos;

~> Os sacerdotes precisam duma efetiva e concreta disponibilidade, e com a maior assiduidade, para visitarem as comunidades que estão confiadas ao seu cuidado pastoral;

~> A importância da função do leigo jamais ofusca o ministério sacerdotal na vida da Igreja.

~> Uma Forma Eucarística da Existência Cristã, a Pertença Eclesial

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~> A comunhão tem sempre e inseparavelmente uma conotação vertical (Deus) e horizontal (comunidade);

~> A forma eucarística da vida cristã é eclesial e comunitária – somos chamados a ser membros de Cristo e, conseqüentemente, membros uns dos outros;

~> Associações, movimentos eclesiais, novas comunidades e institutos de vida consagrada têm a missão de oferecer a sua contribuição específica para favorecer nos fiéis a percepção desta sua pertença a Deus;

~> A secularização, que apresenta traços individualistas, logra seus efeitos, sobretudo nas pessoas que se isolam por escasso sentido de pertença.

~> Espiritualidade Eucarística

~> O Sínodo afirma que o cristão precisa duma compreensão mais profunda das relações entre a Eucaristia e a vida cotidiana – a espiritualidade eucarística abraça a vida inteira;

~> A secularização inutiliza Deus para a realização concreta da vida dos homens;

~> A Eucaristia deve traduzir-se em espiritualidade, em vida segundo o Espírito;

~> A renovação da mentalidade (segundo a vontade de Deus) constitui parte integrante da forma eucarística da vida cristã – e assim já não seremos crianças inconstantes levadas a todo vento de doutrina.

~> Eucaristia e Evangelização das Culturas

~> O mistério eucarístico nos põe em diálogo com as várias culturas, mas também as desafia, pois a presença de Cristo e a efusão do Espírito Santo são acontecimentos que podem encontrar-se de forma duradoura com qualquer realidade cultural a fim de a fermentar evangelicamente;

~> Temos a obrigação de promover convictamente a evangelização das culturas, na certeza de que Cristo é a verdade de toda humanidade.

~> Eucaristia e Fiéis Leigos

~> Em Cristo, todos os cristãos formam uma raça eleita, sacerdócio real, nação santa, povo adquirido por Deus para anunciar os louvores divinos;

~> O próprio sacramento da Eucaristia compromete-nos a fim de que tudo seja feito para a glória de Deus;

~> Os pastores nunca deixem de apoiar, educar e encorajar os fiéis leigos a viverem plenamente a vocação à santidade no meio deste mundo que Deus ama tanto.

~> Eucaristia e Espiritualidade Sacerdotal

~> A espiritualidade sacerdotal é intrinsecamente eucarística;

~> Para viver uma forma eucarística cada vez mais perfeita, o sacerdote deve reservar amplo espaço para a vida espiritual (permitindo ser portador do amor de Deus);

~> O Sínodo recomenda aos sacerdotes a celebração diária da Santa Missa, mesmo quando não houver participação dos fiéis – se vivida com atenção e fé, a Santa Missa é formadora, enquanto promove a configuração a Cristo e reforça o sacerdote na sua vocação.

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~> Eucaristia e Vida Consagrada

~> Embora realizem muitos serviços no campo da formação humana e do cuidado pelos pobres, no ensino ou na assistência aos doentes, os consagrados sabem que a finalidade principal da vida é a contemplação das coisas divinas e a união assídua com Deus;

~> A Eucaristia se relaciona com a virgindade consagrada: sinal da dedicação exclusiva da Igreja a Cristo;

~> Aufere da Eucaristia conforto e impulso para o consagrado ser sinal do amor gratuito e fecundo de Deus.

~> Eucaristia e Transformação Moral

~> A vida moral possui o valor de um culto espiritual que brota e se alimenta dos sacramentos, especialmente a Eucaristia (onde o cristão compromete e se habilita a viver o amor de Cristo em todas as suas atitudes e comportamentos);

~> A transformação moral é uma tensão e um anseio profundo de corresponder ao amor do Senhor com todo o próprio ser, embora conscientes da própria fragilidade, como o caso de Zaqueu ao hospedar Jesus. ~> Coerência Eucarística

~> O culto agradável a Deus requer o testemunho público da própria fé (em questões como a defesa da vida, a família fundada sobre o Matrimônio entre um homem e uma mulher, a liberdade de educação dos filhos e a promoção do bem comum em todas as suas formas);

~> Por isso, cientes da sua grava responsabilidade social, políticos e legisladores católicos devem apresentar e aprovas leis inspiradas nos valores cristãos e humanos, tal como os bispos (responsáveis por suas dioceses) devem recordar sem cessar esses mesmos valores.

Eucaristia, Mistério Anunciado

~> Eucaristia e Missão

~> Bento XVI: não há nada mais belo do que ser alcançado, surpreendido pelo Evangelho, por Cristo, não há nada mais belo do que conhecê-Lo e comunicar aos outros a amizade com Ele;

~> Não podemos reservar para nós o amor que celebramos na Eucaristia – sua natureza pede para ser comunicado a todos;

~> A Eucaristia é fonte da vida e da missão da Igreja – uma Igreja cristã é uma Igreja missionária.

~> Eucaristia e Testemunho

~> A missão primeira e fundamental é dar testemunho de Deus com a nossa vida;

~> O enlevo pelo dom que Deus nos concedeu em Cristo imprime em nós um dinamismo novo que nos compromete a ser testemunhas do amor;

~> O testemunho (tornamo-nos testemunhas quando, através das nossas ações, palavras e modo de ser, é o Outro que aparece e Se comunica) é o meio pelo qual a verdade do amor de Deus alcança o homem na História, convidando-o a acolher livremente esta novidade radical;

~> O próprio Jesus é a testemunha fiel e da verdade;

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~> O testemunho até o dom de si mesmo (martírio), sempre foi considerado pela Igreja o apogeu do novo culto espiritual – fazendo parte da Eucaristia com Cristo.

~> Jesus Cristo, Único Salvador

~> Quanto mais vivo for o amor pela Eucaristia, tanto mais clara lhe será a incumbência da missão: levar Cristo, dom da sua própria Pessoa;

~> Quem não comunica a verdade do Amor ao irmão, ainda não deu o bastante;

~> A Eucaristia chama-nos assim à unicidade de Cristo e da salvação por Ele realizada.

~> Liberdade de Culto

~> Louvemos ao Senhor por todos que se prodigalizaram a evangelizar e vivem a sua fé sob risco de vida;

~> Reiteremos a solidariedade da Igreja inteira a quantos sofrem por falta de liberdade de culto;

~> Rezemos para que se alargue o espaço da liberdade religiosa em todos os Estados – não são poucas as regiões do mundo aonde o simples ir a igreja constitui um testemunho heróico que expõe a vida da pessoa à marginalização e à violência.

Eucaristia, Mistério Oferecido ao Mundo

~> Eucaristia, Pão Repartido para a Vida do Mundo

~> Jesus mostra-nos a compaixão íntima que Ele por cada pessoa: o pão que Eu hei de dar é a minha carne que Eu darei pela vida do mundo;

~> Na Eucaristia, Jesus faz de nós testemunhas da compaixão de Deus pelo próximo – nasce assim, à volta do mistério eucarístico, o serviço da caridade (que consiste no fato de eu amar Deus a todos) ao próximo;

~> Aprendo a ver aquela pessoa, no encontro com a Eucaristia, segundo a perspectiva de Jesus Cristo;

~> A vocação de cada um de nós consiste em ser, unido a Jesus, pão repartido para a vida do mundo.

~> As Implicações Sociais do Mistério Eucarístico

~> A mística do sacramento eucarístico tem um caráter social, porque a união com Cristo é, ao mesmo tempo, união com todos os outros aos quais Ele se entrega;

~> Através do memorial do seu sacrifício, Ele reforça a comunhão entre a reconciliação, ao diálogo e ao compromisso em prol da justiça;

~> É explícita a relação entre mistério eucarístico e compromisso social;

~> A restauração da justiça, a reconciliação e o perdão são condições pra construir uma verdadeira paz (restabelecendo o respeito da dignidade humana) – é através da realização concreta da responsabilidade social que a Eucaristia se torna na vida o que significa na celebração;

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~> Não é missão própria da Igreja tomar nas suas mãos a batalha política para se realizar a sociedade mais justa, todavia ela não deve ficar à margem da luta pela justiça;

~> Em virtude do mistério que celebramos, é preciso denunciar as circunstâncias em contraste com a vida.

~> O Alimento da Verdade e a Indigência do Homem

~> Não podemos ficar parados diante da desigualdade social, em decorrência da globalização;

~> O pão da vida eterna nos incita a tornamo-nos atentos às situações de indulgência em que ainda vive grande parte da humanidade – que interpelam a consciência humana;

~> O nosso esforço comum pode e deve oferecer nova esperança às populações que vivem na pobreza;

~> Desde o princípio, os cristãos tiveram a preocupação de partilhar os seus bens e de ajudar os pobres – a Igreja aplaude e estimula suas instituições beneficentes e especialmente a Cáritas, que realizam o valioso serviço de solidariedade aos mais necessitados.

~> Doutrina Social da Igreja

~> A frase o pão nosso de cada dia nos daí hoje obriga-nos a fazer tudo o que for possível contra a fome e da subnutrição que padecem muitos milhões de pessoas (sobretudo em países em desenvolvimento);

~> O leigo cristão é chamado a assumir diretamente a sua responsabilidade político-social;

~> O Sínodo pede que a Doutrina Social da Igreja (patrimônio de elementos orientadores do comporta-mento cristão nas questões sociais em ebulição, cheio de realismo e equilíbrio) seja conhecida e lida por todas as dioceses e comunidades cristãs.

~> Santificação do Mundo e Defesa da Criação

~> Ao dar graças por meio da Eucaristia, o fiel precisa ter consciência de o fazer em nome da criação inteira, aspirando assim à santificação do mundo e trabalhando para tal fim;

~> Outro, além de envolver na oferta a Deus toda a atividade e canseira humana, impele-nos a considerar a terra como criação de Deus, que produz quanto precisamos pro nosso sustento;

~> As condições ecológicas em que a criação está em muitas partes do mundo suscitam justas preocupa-ções, que encontram motivo de conforto na perspectiva da esperança cristã, pois esta compromete-nos a trabalhar responsavelmente na defesa da criação.

~> Utilidade de um Compêndio Eucarístico

~> Há de ser publicado um Compêndio, que recolha textos do CIC, orações, explicações das Orações Eucarísticas do Missal e tudo mais que possa demonstrar-se útil para a correta compreensão, celebração e adoração do sacramento do altar.

CONCLUSÃO

~> A Eucaristia está na origem de toda forma de santidade, sendo cada um de nós chamados à plenitude do Espírito Santo (como foi o caso de S. Inácio de Antioquia, S. Agostinho, S. Antão Abade, S. Francisco de Assis, S. Tomás de Aquino, Sta. Clara de Assis, Sta. Catarina de Sena,

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S. Pascoal Bailão, S. Pedro Julião Eymard, S. Afonso Maria de Ligório, S. João Maria Vianney, Sta. Teresa de Lisieux, S. Pio de Pietrelcina, Beatos Carlos de Foucauld, Teresa de Calcutá, Pedro Jorge Frassati, Ivan Mertz, entre outros);

~> Por isso, é necessário que, na Igreja, este mistério santíssimo seja verdadeiramente acreditado, devotamente celebrado e intensamente vivdo;

~> Que Maria Santíssima nos acompanhe no caminho ao encontro do Senhor que vem: que por Sua intercessão, o Espírito acenda em nós o mesmo ardor dos discípulos de Emaús e renove na nossa vida o enlevo eucarístico pelo esplendor e beleza que refulgem no rito litúrgico;

~> Que os votos que reciprocamente formulamos sejam os de irmos cheios de alegria e maravilha ao encontro da Santíssima Eucaristia, para experimentar e anunciar aos outros a verdade das palavras com que Jesus Se despediu dos seus discípulos: eu estou sempre convosco, até o fim dos tempos.

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DADO EM ROMA, JUNTO DE S. PEDRO, NO DIA 22 DE FEVEREIRO – FESTA DA CÁTEDRA DE S. PEDRO – DO ANO 2007, SEGUNDO DE

PONTIFICADO. BENEDICTUS PP. XVI