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FACULDADE REDENTOR CURSO: FONOAUDIOLOGIA LARISSA VIANA IRIAS DA SILVA A CONDUTA DOS PEDIATRAS QUANTO À UTILIZAÇÃO DA CHUPETA Itaperuna

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FACULDADE REDENTOR

CURSO: FONOAUDIOLOGIA

LARISSA VIANA IRIAS DA SILVA

A CONDUTA DOS PEDIATRAS QUANTO À UTILIZAÇÃO DA CHUPETA

Itaperuna

2015

LARISSA VIANA IRIAS DA SILVA

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A CONDUTA DOS PEDIATRAS QUANTO À UTILIZAÇÃO DA CHUPETA

Trabalho de Conclusão de Curso

apresentado à Faculdade Redentor

como parte dos requisitos para a

obtenção do título de bacharel em

Fonoaudiologia.

Orientadora: Msc. Carolina de Freitas do Carmo

Itaperuna

2015

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FOLHA DE APROVAÇÃO

Autor (a): LARISSA VIANA IRIAS DA SILVA

Título: A CONDUTA DOS PEDIATRAS QUANTO À UTILIZAÇÃO DA CHUPETA

Natureza: Trabalho de Conclusão de Curso

Objetivo: Título de Bacharel em Fonoaudiologia

Instituição: Faculdade Redentor

Área de Concentração: Fonoaudiologia com ênfase em Motricidade Orofacial

Aprovado em: _______/______/______

Banca Examinadora:

__________________________________________________

Profª. M. Sc. Carolina de Freitas do Carmo

Msc. Ciências da Saúde da Criança e do Adolescente- UFMG

Instituição: Faculdade Redentor

__________________________________________________

Profª. Wânia Lúcia Santos Poubel

Especialista em Motricidade Orofacial- IBMR

Instituição: Faculdade Redentor

__________________________________________________

Profª. Renata Moura Pires Nunes

Especialista em Disfagia e Assistência Hospitalar- CEFAC

Instituição: Faculdade Redentor

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AGRADECIMENTO

Ao meu amado Deus, pois sou muito grata por este presente maravilhoso

que tens me concedido. Agradeço também pelas pessoas que o Senhor colocou em

meu caminho. Algumas delas me inspiram, me ajudam, me desafiam e me

encorajam a ser cada dia melhor. Por todas as coisas boas e más que me

aconteceram. Cada uma delas, ao seu modo, me fizeram chegar aonde eu cheguei,

e me fizeram ser quem eu sou.

À minha mãe, por todos os momentos dedicados a mim, pelas palavras,

pelos conselhos, pelo amor, pela honestidade, pelo afeto, pela amizade. Por sempre

estar presente, cuidando, educando, mimando ou repreendendo. Indicou-me os

melhores caminhos e quando eu não podia ir sozinha, me levou até eles. Minha

mãe, a maior bênção que recebi dos céus em minha vida, obrigado por tudo, e

principalmente pelo seu amor dedicado!

Ao meu padrasto, pois seria impossível imaginar a minha formação sem

você. Ter a sua participação foi um privilégio para mim. Tudo o que eu mais desejo é

te honrar com o meu diploma, com o meu caminho. E que você se orgulhe tanto de

mim como eu me orgulho de você!

À minha querida avó, por sempre me ouvir com carinho, agradeço pelos

conselhos, pela paciência e principalmente pelas orações. A senhora é um grande

exemplo de experiência, de trabalho, de honestidade, de paciência, de fé, e

principalmente de muito amor.

Ao meu marido, por sempre ter estado presente e disponível nos meus

momentos de sorrisos e lágrimas. Eu admiro você, e em você reconheço como sou

abençoada, afortunada e feliz. Te agradeço por sonhar junto comigo a cada

momento, por permanecer em minha vida mesmo estando tão distante, por estar

comigo em todos os momentos e fazer com que eu não desista.

À minha madrinha, pois lembro todas as coisas que você me proporcionou.

Sempre esteve presente em todos os momentos da minha vida. Sempre foi

carinhosa e se tornou uma fonte de amor e conforto. Se hoje sou quem sou também

graças a você. As minhas conquistas ao longo da vida serão também suas, pois

você torce e me ajuda a construí-las.

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Aos professores, por terem um dos ofícios mais dignos e por isso eu os

admiro e desejo que não lhes faltem forças para prosseguir nessa jornada. E que

todos os esforços sejam recompensados com muitas alegrias! Os senhores foram

para mim um apoio fundamental que observaram as minhas verdadeiras dificuldades

e tentaram eliminá-las. Os ensinamentos foram muito além dos conteúdos do

currículo, pois tive aprendizados importantes para a vida.

À minha coordenadora e orientadora pela forma como manifesta sua

preocupação, esforço e a atenção individual que dá a cada aluno são louváveis.

Agradeço muito por ser para mim uma excelente professora. A sua missão vai muito

além de ser professora, você é uma verdadeira mestra. Soube despertar a nossa

admiração de um modo único, e se tornou uma inspiração para nós.

Ás minhas colegas especiais Jaylla e Vanessa, pelo apoio incondicional,

pelo esforço em fazer-me sentir bem, e acreditar que tudo isso iria passar. Muito

obrigada por serem tão presentes, e estarem comigo neste momento tão

maravilhoso. Pelos momentos que com muita esperança pensaram junto comigo no

nosso futuro. Vocês são criaturas lindas que Deus colocou em meu caminho. Que

possamos desfrutar de todas as bênçãos do Senhor.

Aos meus colegas de turma, pois ninguém é nada sozinho. E se fizemos

algo grande, importante e que nos trouxe orgulho, foi porque somos uma equipe.

Alcançar o sucesso com um esforço coletivo é muito mais prazeroso.

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SUMÁRIO

SEÇÃO I- REVISÃO DA LITERATURA ............................................................. 07

1. INTRODUÇÃO............................................................................................... 082. SUCÇÃO...................................................................................................... 103. REFLEXÕES SOBRE A CHUPETA: ASPECTOS RELEVANTES DA SUA HISTÓRIA........................................................................................................... 143.1.O OLHAR DA FAMÍLIA E DOS PROFISSIONAIS COM RELAÇÃO À CHUPETA........................................................................................................... 164. AS INTERCORRÊNCIAS QUANTO AO HÁBITO DE SUCÇÃO DA CHUPETA........................................................................................................... 185. INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR: ORIENTAÇÕES............................ 216. CONSIDERAÇÕES FINAIS........................................................................ 227. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS........................................................... 23APÊNDICE.......................................................................................................... 28SEÇÃO II- ARTIGO CIENTÍFICO....................................................................... 30FICHA DE IDENTIFICAÇÃO.............................................................................. 31RESUMO............................................................................................................ 32ABSTRACT........................................................................................................ 33INTRODUÇÃO.................................................................................................... 34MÉTODOS.......................................................................................................... 36RESULTADOS................................................................................................... 37DISCUSSÃO....................................................................................................... 38CONCLUSÃO..................................................................................................... 40REFERÊNCIAS.................................................................................................. 41FIGURAS............................................................................................................ 44APÊNDICES....................................................................................................... 50ANEXOS............................................................................................................. 55

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SEÇÃO I

REVISÃO DE LITERATURA

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1. INTRODUÇÃO

Na antiguidade eram encontradas peças de argila que se

apresentavam em forma de animais e tinham um orifício onde era introduzido o

mel para acalmar e nutrir os bebês através da sucção. As peças de argila

ficavam penduradas ao corpo do bebê ou ao berço (ROCHA & CASTILHO,

2009).

Reportando-se à atualidade é possível perceber que as crianças estão

sujeitas a várias circunstâncias e adversidades que podem resultar em

situações que vão desencadear uma série de hábitos. Neste caso hábitos que

envolvem a sucção. O hábito da sucção incorreta afeta diretamente as crianças

e independente da sua duração é prejudicial no seu desenvolvimento

craniofacial e oromiofuncional. Esse hábito pode e deve ser removido o mais

rápido possível, para proporcionar uma situação emocional estável e sem

dependências (MUZULAN & GONÇALVES, 2010).

A ação de sucção acontece constantemente desde a vida intrauterina

através das mãos e dedos, recebendo o nome de sucção não-nutritiva. Essa

constância pode tornar-se um hábito pelo fato de desenvolver uma série de

eventos que vão propiciar naquele momento um alto grau de seguridade que é

representada por prazer emocional, proteção, conforto e satisfação. Entretanto,

este ser que não é capaz de medir as consequências de suas ações, pode

estar criando um hábito que vai causar em si, uma série de resultados

negativos (GARBIN, et al. 2014).

Os pais devem ser orientados pelos pediatras para obter um

conhecimento prévio a respeito das alterações que podem ocorrer diante do

hábito da sucção através da chupeta, esse conhecimento evitará uma série de

transtornos e principalmente contribuirá para um desenvolvimento saudável da

criança.

Martins (2010) aborda particularidades da sucção que permite criar

justificativas preliminares a respeito do hábito adquirido ao longo de um período

por falta de conhecimento dos pais. Em seu cotidiano, o bebê pode acumular

uma alta carga de tensão e utilizar a chupeta para descarregar essa tensão.

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Esse mesmo bebê pode trazer consigo a característica da hiperatividade e

fazer uso da chupeta intensamente, podendo resultar em hábito.

Com relação às orientações que devem ser oriundas dos profissionais

de saúde sobre os hábitos deletérios, que resultam em consequências

negativas relacionadas a disfunções oromiofuncionais e craniofaciais, temos

que atentar para vários pontos cruciais, pois isso fará toda diferença no

desenvolvimento da criança, se as orientações forem estabelecidas

corretamente desde o pré-natal até os primeiros dias de vida da criança.

De maneira complementar, as orientações devem enfatizar a

observação da criança desde o nascimento considerando aspectos emocionais

e até mesmo a fases de dentição decídua. (FARIAS et al. 2010).[...] sabe-se que esses padrões apresentam fatores causais envolvendo aspectos emocionais de forma intensa, particularmente nos períodos de maior tensão, angústia e ansiedade, em decorrência de necessidades psicológicas, quando poderiam ser considerados uma forma de descarga emocional do sistema nervoso. Usualmente ocorre a transferência para outros hábitos com o amadurecimento do indivíduo, no entanto geralmente as crianças não substituem hábitos de sucção por outros após a retirada desses, mas existe a possibilidade de associação com a onicofagia ou transferência para tal hábito (FARIAS et al. p.972, 2010).

Estendendo mais sua observação, o profissional de saúde deve

considerar o modo de orientação a respeito das adversidades sócio

demográficas e culturais que estão inseridas nos diferentes meios familiares

(FARIA et al. 2010).

Como resultado das orientações, deve existir a permanência do

aleitamento natural que vem diminuir a necessidade de sucção exagerada

Barreto et al. (2003). Verificando trabalhos científicos, constata-se que a

pediatria é responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento da criança,

junto a outros profissionais de saúde. Considerando as adversidades sócio

demográficas e culturais que advém dos pais como já citado por Farias et al.

(2010) com relação as orientações que devem ser disseminadas pelos médicos

pediatras.

Diante das colocações acima, surge a seguinte problemática: existem

orientações quanto ao uso da chupeta durante a consulta com o médico

pediatra?

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2. SUCÇÃO

A função de sucção é de extrema importância na vida do recém-

nascido e intra-útero, sua ocorrência já pode ser observada por volta da 15ª a

18ª semana de gestação. Em ambiente extra-útero, movimentos de sucção

podem ser melhor observados a partir da 29ª semana de idade gestacional,

embora ainda ocorra de forma desorganizada. A sucção começa a se organizar

a partir da 34ª semana. A estabilidade neuromuscular ocorrerá nos recém-

nascidos saudáveis quanto estes estiverem com uma idade gestacional de 36

semanas (YAMAMOTO et al. 2010).

A língua é, o principal componente da sucção. Os músculos da língua

mais utilizados durante esse processo são os intrínsecos (longitudinais,

superior, inferior, transverso e vertical). A mandíbula é uma estrutura

importante durante a sucção. Ela constitui uma base estável para que a língua

realize movimentos adequados. Os lábios são também de suma importância,

pois auxiliam na vedação anterior da cavidade oral, estabilizando o mamilo ou

o bico da mamadeira. No bebê, a estabilização dos lábios depende mais das

bochechas. No processo de sucção estão envolvidos também a musculatura

das bochechas, as almofadas de gordura (sucking pads) e a gordura

subcutânea (MOREIRA & ROCHA, p. 232, 2004).

Na concepção de Moreira & Rocha (2004) a sucção é um reflexo

condicionado inato que depende principalmente de maturação fisiológica.

Chama-se de reflexo de busca o movimento involuntário em direção ao

estímulo, originado a partir de um toque nos lábios, seguido de abertura de

boca. Em seguida, se dá a apreensão do bico ou mamilo. Durante este

movimento, a língua protui até o lábio inferior e o resto do mamilo é levado para

dentro da cavidade oral, com elevação das bordas laterais da língua. O dorso

da língua exerce uma pressão no mamilo em uma onda de contração

peristáltica anteroposterior. O leite então é liberado por compreensão. Isso é

ajudado pela pressão negativa intra-oral, gerada pela depressão posterior da

língua seguida do abaixamento da mandíbula que acontece durante essa

sequência de movimento.

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Neiva et al. (2003) fala que a sucção torna-se altamente importante

para o bebê pelo fato de promover o adequado desenvolvimento dos órgãos

fonoarticulatórios (OFAs) no que diz respeito a mobilidade, força, postura,

juntamente com o desenvolvimento das funções de respiração, mastigação,

deglutição e articulação dos sons da fala, onde consequentemente, será

reduzida a presença de maus hábito orais e de várias patologias

fonoaudiológicas.

Brazelton (2015) também cita a importância da sucção e associa essa

importância ao desenvolvimento ósseo muscular que causa um equilíbrio do

posicionamento das arcadas e da língua, ou seja, a sucção estimula a

mandíbula para frente e para trás, para cima e para baixo, fazendo com que a

língua desenvolva um movimento ântero posterior em conjunto com uma

contração nos lábios. Esses movimentos sofrem transformações no decorrer

dos meses, isto é, no decorrer de três meses o bebê passa a ter mais prática

sobre essa movimentação, onde acontece diminuição da sucção pelo fato de

surgir uma função mais voluntária, preparando a musculatura do bebê para um

outro padrão de sucção, que é mais automatizado e que ocorre a partir dos 6 e

7 meses.

[...] um padrão de sucção mais organizado, já com um início de dissociação da língua, mandíbula e lábios, ou seja, estes órgãos deixam de funcionar como um bloco único, sendo que a mandíbula passa a crescer para baixo e para frente. É também a partir dos 7 meses aproximadamente que o reflexo de deglutição começa a ser mais voluntário e inicia-se a mastigação (BRAZELTON, p. 1, 2015).

Bervias et al. (2008) deixa claro que a sucção apresenta uma alta

relevância no desenvolvimento do bebê. A partir do momento que o bebê sente

os lábios no mamilo da mãe e, acontece à deglutição do leite materno, os

receptores táteis dos lábios do bebê detectam o bico e levam os músculos

labiais (orbicular dos lábios e controladores da comissura) a se contraírem

firmemente em torno do mamilo, caracterizando um selamento hermético. O

colo do mamilo é o primeiro a ser comprimido, entre o rebordo gengival

superior e a ponta da língua, cobrindo o rebordo gengival inferior com uma

depressão da mandíbula e da língua, o que requer o trabalho dos músculos

linguais. Esses fenômenos criam uma pressão negativa na boca do lactente.

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Bervian et al. (2008) considera outro fato importante associado à

sucção. Ele diz que a sucção realiza um intenso trabalho muscular, e isso gera

uma musculatura perioral fadigada. Devido a essa fadiga, o bebê não procurará

outro tipo de sucção, tais como dedo, chupeta ou objetos querendo satisfazer

necessidades nutricionais e/ou emocionais. Além de ser um fato que a sucção

promove atividade muscular correta.

Outro ponto importante desenvolvido pela sucção é o correto

estabelecimento da respiração nasal. No período que ocorre a sucção, as

funções orofaciais são perfeitas: os lábios fechados, postura correta da língua,

e padrão respiratório (nasal); proporciona a automatização do padrão correto

de deglutição, que ocorre quando os dentes se encontram em oclusão, a

mandíbula apresenta-se estabilizada, a ponta da língua se coloca acima e atrás

dos incisivos no palato, havendo apenas um selamento passivo dos lábios

(BERVIAN et al. 2008).

Para Antunes et al. (2008) a sucção é sinônimo do equilíbrio que deve

existir entre duas partes, a nutricional e a emocional. A sucção supri a

necessidade de alimentação como também supri a fome que é composta por

necessidades emocionais. A partir do momento que não acontece esse

equilíbrio, a criança, ou melhor dizendo o bebê buscará substitutos como dedo,

chupeta ou objetos, fazendo surgir naturalmente hábitos deletérios.

Aumentando essa importância, também acontece a partir da sucção o

desenvolvimento dos sons das palavras.

Gomes et al. (2006) já atribui a importância da sucção ao

desenvolvimento e crescimento crânio facial. Quando ocorre a sucção são

gerados estímulos genéticos proporcionados pelos músculos por realizarem a

tração sobre os ossos, que pode provocar o crescimento ou desgaste.

Antes de falar especificamente sobre hábitos orais deletérios, é

relevante conceituar hábitos. O hábito pode ser definido como automatismo,

um estímulo aprendido que, quando praticado, pode tornar-se inconsciente e

incorporado à personalidade dos indivíduos (CRATO, 2004).

A classificação Silva (2006) fala que os hábitos podem ser classificados

de duas formas: hábitos não compulsivos e compulsivos. Os não compulsivos

são padrões de comportamento que podem ser abandonados durante a fase

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de amadurecimento do bebê. E, os compulsivos, são os comportamentos que

fazem parte da personalidade do bebê e não podem ser mais abandonados.

Após a conceituação determinada por Crato (2004) apresentar-se-á

nesse momento os tipos de hábitos orais deletérios citados por Silva (2006),

onde é possível citar: sucção do polegar e outros dedos; sucção e mordida do

lábio; onicofagia; sucção habitual de lápis, chupetas e outros objetos.

Silva (2006) também cita as características que estão relacionadas

com os hábitos orais deletérios. Sendo essas características; projeção de

língua; deglutição atípica; má postura de sono; má postura de vigília;

perturbações funcionais gnatológicas; abrasão; bruxismo diurno e noturno;

deslocamento mandibular lateral e respirador bucal; fatores etiológicos das

maloclusões observados do aspecto muscular, esqueléticos ou dentários;

Inseridas nesse contexto estão as variáveis: frequência, duração e intensidade

que tornam-se inconscientes devido a frequência com que são praticadas

incidindo diretamente sobre o sistema estomatognático.

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3. REFLEXÕES SOBRE A CHUPETA: ASPECTOS RELEVANTES DA SUA HISTÓRIA

Segundo Castilho & Rocha (2009) esses objetos, que atualmente são

chamados de chupeta eram açucarados e continham um orifício onde se

colocava mel que era sugado pelas crianças.

Sobre os formatos Castilho & Rocha (2009) falam que existiam os mais

diversos formatos, tinham formato de porco, sapo e cavalo e como já

mencionado era possível introduzir o mel através de orifício. Existiam também

chumaços de pano que traziam em seu interior alimentos, tais como: pão, grão,

gordura, carne e peixe que eram umedecidos em líquido doce sempre sendo

utilizados para acalmar as crianças daquela época. Naquele tempo,

mencionava-se a existência de peças de metal. Essas peças eram apitos,

guizos ou uma porção dura de coral, osso, marfim, madrepérola. Elas tinham a

finalidade de diminuir a dor por ocasião de erupção dentária, além de ser

rodeada de um significado místico, ou seja, os guizos afastavam os maus

espíritos e as doenças. No final do século XVIII, eram oferecidos às crianças

crostas de pão e/ou biscoitos em forma de dedo para bebês de 4 ou 5 meses

no lugar de mordedores de metal.

Dadalto & Rosa (2013) mencionam um objeto em forma de rolha feita

de chifre ou madeira com um bico de borracha adaptado. Mas, segundo estes

dois autores esta rolha veio a substituir pequenas bolsas feitas de linho

preenchidas com mingau de aveia, farelo de pão ou açúcar que eram

embebidas em cerveja ou licor que eram dadas a criança para sugar.

Mesmo na antiguidade já existia o hábito de sucção não nutritiva por

parte dos bebês que também era induzido pelos pais. Mas, nada se fala sobre

os malefícios que este hábito ocasionava aos bebês daquela época e muito

menos se os pais tinham alguma noção sobre os malefícios que a sucção não

nutritiva causava aos bebês. Logo, pode-se afirmar que a chupeta é um item

cultural que vem apresentando transformações e aperfeiçoamentos ao longo

de sua história. Em 1845 foi patenteado nos EUA, o bico de borracha que tinha

sua cor, gosto e cheiro ruins. Em 1894 foi publicado um manual onde haviam

instruções que advertiam não ser saudável permitir que os bebês sugassem

“bicos de borracha” para dormir (CASTILHO & ROCHA, 2009).

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Costa et al. (2003) fala que as chupetas que são ofertadas às crianças

vêm sendo continuamente aprimoradas em busca de soluções funcionais,

estéticas e culturais. Dentre vários tipos de chupetas temos as: ortopédicas;

ortodônticas; chupetas-termômetro; chupetas com reservatórios para

administração de medicamentos ou alimentos; chupetas de ouro; chupetas

troféus.

É possível estabelecer uma relação direta entre o desmame precoce e

a utilização da chupeta (SOARES et al. 2003).

Segundo Brisque et al. (2003) o desmame precoce pode levar a ruptura

do desenvolvimento motor-oral, provocando alterações na postura,

prejudicando as funções de mastigação, deglutição, respiração e articulação

dos sons da fala não suprindo as necessidades de sucção e contribuindo para

a formação de hábitos de sucção não-nutritiva.

O desmame precoce é um ato de separação, afastamento e abandono

que traz ao bebê consequências perturbadoras e uma dependência maior da

chupeta, pois, o mesmo precisa satisfazer necessidades nutricionais e

emocionais (BRISQUE et al. 2003).

Segundo Valdrighi et al. (2004) as alterações que ocorrem devido a

utilização da chupeta por período prolongado é o desequilíbrio entre as forças

musculares que atuam sobre os arcos dentários.

Os pais que incentivam a utilização da chupeta diante do choro de

crianças inquietas tem o objetivo de pacificar ou confortar, estas crianças

(SERTÓRIO & SILVA, 2005).

Mialhe & Silva (2015) falam que a chupeta proporciona conforto e

tranquilidade para as crianças e as mães, têm na chupeta em caráter

superprotetor do bem-estar do bebê.

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3.1- O OLHAR DA FAMÍLIA E DOS PROFISSIONAIS COM RELAÇÃO À

CHUPETA

Segundo Tomasi et al. (1994) os pais ao verem seus bebês inquietos e

chorando, oferecem a estes bebês a chupeta, tendo convicção de que os seus

bebês ficarão mais calmos e menos irritados. Assim, a necessidade de acalmar

o choro e a inquietação natural dos recém-nascidos parece levar muitas mães

a introduzirem seus filhos neste hábito que, uma vez estabelecidos, poderá

ocorrer alterações no desenvolvimento infantil com o passar do tempo.

Para Lamounier (2003) o choro causa nas mães, com relação ao meio

social em que vivem, uma maior sensibilidade às críticas que poderiam a vir a

tona diante do choro dos bebês. Nestes casos a oferta da chupeta é utilizada

como mecanismos para escapar da amamentação, principalmente por mães

que tem dificuldade em amamentar.

Segundo Nagem (2015) boa parte dos pais não tem a consciência do

que acarreta a utilização da chupeta por um período prolongado. Quando estes

mesmos pais deveriam ter a percepção de que a utilização da chupeta faz com

que surjam alterações que em determinados casos podem ser equilibrados ou

não eliminadas. Mas para alcançar o domínio desta situação é necessária a

atuação precoce através de conscientização e orientação.

Lutaif (1997) enfatiza que o choro do bebê cria nas mães ansiedade

nos anos iniciais pela falta de experiência. Daí a oferta da chupeta. E,

posteriormente, esse hábito perpetua pela necessidade de ter que fazer o bebê

parar de chorar rapidamente. Muitos pais, ofertam a chupeta pela facilidade

que ela representa em vários momentos e acham que é mais fácil de tirar e

controlar a sua utilização quando quiserem. Os pais acham que a criança que

faz uso da chupeta pode ficar o dia todo com ela na boca porque não atrapalha

suas atividades, a não ser na hora da alimentação.

Davi & Motta (2007) falam que os pais devem ter a conscientização

sobre a utilização da chupeta e seus malefícios para poderem afastar de seus

bebês problemas futuros que estão relacionados diretamente com a utilização

da chupeta.

Santos et al. (2009) diz que o grau de escolaridade dos pais tem

interferência na utilização da chupeta pelos seus bebês, ou seja, quanto maior

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for o grau de escolaridade do responsável pelo bebê, menor a possibilidade de

utilizar a chupeta e transformar essa utilização em um hábito.

Demitto et al. (2013) fala que para a enfermagem, a utilização da

chupeta acontece como uma justificativa pela interrupção da amamentação e

como indicador de que mãe e bebê precisam de um acompanhamento da

prática da amamentação, de modo a explicar os benefícios que uma boa

amamentação pode resultar.

Para a psicologia o uso da chupeta faz a criança entrar em contato com

o mundo externo, satisfazendo suas necessidades afetivas (ROCHA &

CASTILHO, 2009).

Na concepção da fonoaudiologia a chupeta causa alteração no sistema

estomatognático sendo ele responsável pela nutrição, o uso da chupeta causa

instabilidade dentária em seus ângulos, alterações dos órgãos

fonoarticulatórios e acarretando vários outros problemas no desenvolvimento

infantil (ROCHA & CASTILHO, 2009).

Na concepção da odontologia, a chupeta age na boca como uma força

não intencional que pode produzir e/ou acentuar a má oclusão dentária por

alterar o tônus muscular peri e intraoral. Assim, pode ocorrer a total erupção

dos incisivos (mordida aberta), forçando também sua protrusão, e estreitar o

arco superior, aumentando a atividade muscular sobre os caninos e a

diminuição sobre os molares, o que determina a mordida cruzada posterior

(ROCHA & CASTILHO, 2009).

Já a pediatria deixa claro que a chupeta culturalmente tem sido

associada à criança e é oferecida, muitas vezes, antes do estabelecimento da

amamentação. E pode provocar alterações nos movimentos da língua e

musculatura perioral. A chupeta, além de prejudicar o estabelecimento da

amamentação, favorece o desmame precoce (ROCHA & CASTILHO, 2009).

Na perspectiva da infectologia a chupeta pode servir de veículo capaz

de causar infecções como otites, candidíase oral e cáries dentárias (ROCHA &

CASTILHO, 2009).

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4. INTERCORRÊNCIAS QUANTO AO HÁBITO DE SUCÇÃO DA CHUPETA

A face é o local que mais sofre remodelações influenciadas pela

natureza, assim como pelo meio ambiente e movimentos que são realizados no

decorrer da vida. Por isso, é fundamental que se observem todos os estímulos,

tanto os positivos quanto os negativos, dados à face, especialmente quando

em fase de desenvolvimento e crescimento, para que se proporcione a ela um

desenvolvimento equilibrado (LENZ, 2006).

A face citada por Lenz (2006) constituída pelos ossos maxilares,

mandíbula, dentes e articulações temporomandibulares podem sofrer variação

das estruturas ósseas e musculares, dentro de uma certa normalidade. Essa

normalidade facial pode sofrer interferência direta do ato da sucção através da

chupeta (RAMIRES, 2010).

Lenz et al. (2006) afirma que a estrutura óssea facial cresce estimulada

pelos movimentos musculares, e as funções de respiração, sucção, deglutição,

posteriormente, mastigação e fala. A sucção realizada pelo bebê mantém os

lábios vedados, favorecendo a respiração nasal, propiciando um positivo

crescimento facial. Neste período o bebê executa de 2000 a 3000 movimentos

com a mandíbula, enquanto na alimentação realizada através da mamadeira

esses movimentos com a mandíbula são reduzidos para 1500 a 2000.

A princípio a musculatura facial saudável é reflexo da harmonia

funcional entre o sistema estomatognático (mastigação, deglutição, fala e voz)

e o sistema sensório-motor (lábios, língua, mandíbula e bochechas). Estes dois

sistemas precisam de estímulos genéticos e externos. Esta opção desenvolve

maior amplitude quando é realizado a partir do seio da mãe, diferente do bico

da mamadeira (CRATO, 2004).

Consequentemente, a sucção torna-se inevitável ao bom

desenvolvimento do bebê, diferente da sucção feita na chupeta que traz vários

problemas.

O uso da chupeta interfere no aleitamento materno, no vedamento

labial, na respiração, na aprendizagem, na fala oral, na oclusão, na

mastigação, na deglutição, e na estética facial podendo também levar a outros

problemas associados. A oferta da chupeta à criança pode gerar uma

“confusão de bicos”, pois no momento que ela utiliza o seio materno para suprir

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a necessidade nutricional e de sucção, os pais logo em seguida ofertam a

chupeta e a mamadeira fazendo com que a sucção ocorra de maneira

diferenciada levando a criança a escolher por bicos artificiais prejudicando a

amamentação (NETO et al. 2009).

A chupeta pode gerar a perda do vedamento labial se for usada ao

longo do tempo e principalmente por volta dos oito a 16 meses de vida da

criança (NETO et al. 2009).

Quando o vedamento labial não ocorre corretamente gera

hipotonicidade da musculatura facial e língua e faz com que a criança fique a

maior parte do tempo de boca aberta se tornando um respirador bucal

(OLIVEIRA et al. 2010).

O desenvolvimento do ronco é mais um fator negativo da respiração

bucal que predomina em momentos específicos do desenvolvimento infantil. As

crianças quando possuem distúrbios na respiração afetam a qualidade do sono

prejudicando sua qualidade de vida e saúde (BURGER et al. 2004).

Além disso, a aprendizagem pode ficar em defasagem através da

respiração oral, pois gera uma má oxigenação no cérebro levando a falta de

atenção e concentração prejudicando sua vida escolar (KAZAKEVICH &

KAJIHARA, 2010).

Quando se fala da utilização da chupeta perante a fala oral, são

considerados os seguintes aspectos: presença de distorção, omissão,

substituição, adição de fonemas, imprecisão e travamento articulatório, ceceio

anterior e lateral. Fazendo com que a fala não seja adequada, pelo fato da

língua ficar mais baixa dentro da cavidade oral, podendo ocasionar mudanças

nos tecidos musculares e alterar as funções do sistema estomatognático,

incluindo a produção da fala (MARTINELLI et al. 2011).

Os danos causados pela chupeta podem provocar alterações na

oclusão e no padrão facial, levando a criança a precisar de tratamentos

odontológicos, fonoaudiológicos, nutricionais e psicológicos, para influenciar o

desenvolvimento e o crescimento das estruturas nas crianças corretamente

(BOECK et al. 2013).

Algumas alterações de oclusão podem prejudicar funções de

mastigação e deglutição. A mastigação é uma das funções extremamente

importante do sistema estomatognático e é uma função aprendida e pode

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sofrer modificações através dos hábitos deletérios. A mastigação das crianças

que possuem algum hábito deletério pode ser ruidosa, desordenada, rápida e

com lábios entreabertos. Sendo assim, a deglutição também pode estar

alterada, pois se a criança não mastiga direito e rápido, a deglutição pode ser

ineficiente gerando problemas diversos (SILVA et al. 2007).

De modo geral, existe uma grande consequência na utilização da

chupeta podendo gerar alterações ao desenvolvimento infantil. Portanto, não

se deve induzir, direta ou indiretamente, a criança a criar o hábito (MURARO,

2001).

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5. INTERVENÇÃO MULTIDISCIPLINAR: ORIENTAÇÕES

Santiago et al. (2003) diz que as orientações do pediatra com relação a

utilização da chupeta enfatizam o acompanhamento multiprofissional e a

conscientização das mães sobre a utilização da chupeta.

Barreto et al. (2003) fala que devem ser feitas orientações preventivas

de modo a esclarecer que o aleitamento materno é a principal forma de

prevenir a aquisição de hábitos deletérios.

A orientação deve esclarecer parâmetros relativos à duração do

aleitamento materno bem como suas vantagens, sobre seu manejo, sobre o

não uso da chupeta e não uso da mamadeira (NASCIMENTO et al. 2013).

Segundo Nagem (1999) as orientações devem ser feitas precocemente

e devem proporcionar meios para que os pais propiciem aos seus bebês um

crescimento harmônico das estruturas fonoarticulatórias porque orientações

bem elaboradas evitarão para as crianças problemas de fala, de oclusão, de

mastigação e de deglutição que podem acontecer ao longo do desenvolvimento

infantil.

Na concepção de Escarce (2013) as orientações devem mencionar que

o leite materno é rico em nutrientes adequado ao desenvolvimento e ao

crescimento e que previne contra a morte infantil, diarreias, desnutrição,

infecções respiratórias, distúrbios miofuncionais orofaciais e diminui o risco de

alergias, hipertensão, colesterol alto, diabetes e obesidade. Estendendo mais

as orientações, afirma-se que o aleitamento materno fortalece os laços entre

mãe e filho (a) e possui baixo custo financeiro. Além disso, durante as

orientações esclarece que a utilização da chupeta faz com que a criança perca

ou não adquira todos os benefícios que somente a amamentação traz à

criança. Como o pediatra é o profissional que primeiramente vê os bebês este

deve ser o que faz tais orientações.

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6 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A chupeta nos acompanha desde os primórdios e mesmo nessa

jornada proporciona uma série de resultados que merecem atenção,

principalmente no que diz respeito às crianças. As chupetas sempre foram

utilizadas tanto para acalmar quanto para nutrir, ou seja, atender a pré-

requisitos fisiológicos e psicológicos.

A chupeta é responsável pela menor duração do aleitamento materno

e, pode ocasionar uma série de alterações que deve ser interpretada pela

equipe multidisciplinar que neste caso deve agir seguindo diretrizes

interdisciplinares.

Entretanto, o médico pediatra, profissional que inicial e constantemente

tem contato com o bebê deve orientar os pais e/ou responsáveis quanto ao uso

da chupeta, enfatizando as alterações que podem acontecer diante desse

hábito. Todavia, esse modo de orientação deve adaptar-se ao nível sócio –

demográfico cultural que é pertinente a cada um, de modo a gerar um eficiente

entendimento e conscientização com relação à utilização da chupeta, e, se

necessário realizar um adequado encaminhamento aos profissionais de

fonoaudiologia.

Por último, cabe aos fonoaudiólogos terem o conhecimento sobre

essas alterações e darem as devidas informações que evitarão problemas

futuros e consolidarão junto aos pais e/ou responsáveis embasamento

necessário para que possam tomar uma decisão acertada sobre a utilização

correta da chupeta.

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APÊNDICE

Apêndice - Termo de Autoria

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APÊNDICE

DECLARAÇÃO DE AUTORIA

LARISSA VIANA IRIAS DA SILVA, identidade nº 24.740.487-4, declaro para os devidos fins sob as penas previstas pela lei, de acordo com o Código Penal Brasileiro, e na lei 9610/1998, que o trabalho que versa sobre: A CONDUTA DOS PEDIATRAS QUANTO À UTILIZAÇÃO DA CHUPETA é de minha única e exclusiva autoria, estando a FACULDADE REDENTOR autorizada a divulga-lo, mantendo cópia em biblioteca, sem ônus referentes a direitos autorais, por se tratar de exigência parcial para certificado do CURSO DE GRADUAÇÃO EM FONOAUDIOLOGIA.

Itapeuna, ________ de ______________________ de _________

________________________________________Assinatura

_________ / _________ / __________

_______________________________

Ciente

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SEÇÃO II

ARTIGO CIENTÍFICO

Este manuscrito foi redigido de acordo com as normas do periódico da Revista

da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia. Disponível em:

http://www.sbfa.org.br/portal/pdf/ias_revista.pdf. [acesso em 15 de Setembro de

2015].

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A Conduta dos Pediatras Quanto à Utilização da Chupeta

The Conduct of Pediatricians Regarding the Use of Pacifiers

Título Resumido: Fonoaudiologia e Motricidade Orofacial

Larissa Viana Irias da Silva1 e Carolina de Freitas do Carmo2

(1) Acadêmica do Curso de Fonoaudiologia, Faculdade Redentor – Itaperuna

(RJ), Brasil.

(2) Fonoaudióloga, Mestre em Ciências da Saúde – Saúde da Criança e do

Adolescente – UFMG – Belo Horizonte (MG), Especialista em Linguagem –

CEFAC/MG, Especialista em Gestão Educacional em IES – Faculdade

Redentor/RJ, Coordenadora do Curso de Graduação em Fonoaudiologia da

Faculdade Redentor – Itaperuna (RJ), Brasil.

Trabalho realizado no Curso de Fonoaudiologia, Faculdade Redentor –

Itaperuna (RJ), Brasil.

Conflito de Interesse: Não

Endereço para Correspondência:

Larissa Viana Irias da Silva

Rua Armando Fajardo, 11, Parque Corrientes, Campos dos Goytacazes (RJ),

Brasil CEP: 28.053-200.

E-mail: [email protected]

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RESUMO

Objetivo: Investigar junto aos médicos pediatras se as orientações

quanto ao uso da chupeta é fator eminente em seu procedimento clínico frente

à família da criança.

Métodos: Foram distribuídos 20 questionários para médicos pediatras

no setor privado e público, que atendem no município de Campos dos

Goytacazes-RJ.

Resultados: A maioria dos entrevistados descreveu que conhece a

visão da fonoaudiologia sobre o uso da chupeta. Quando os pediatras foram

questionados se encaminham as mães e seus bebês para a fonoaudiologia

65% apontaram que sempre encaminham. Houve reconhecimento dos médicos

pediatras que devem interagir constantemente com a fonoaudiologia, pois esta

profissão é de fundamental importância para se evitar efeitos colaterais

advindos da utilização da chupeta que aumentam em quantidade e gravidade

ao longo do desenvolvimento infantil. Gerando consequências relacionadas a

correta maturação funcional do sistema estomatognático, interferindo

negativamente sobre a amamentação, alterando a postura e tonicidade dos

músculos da boca, causando deformações esqueléticas na boca e na face,

provocando maloclusão dentária, representando uma das causas da síndrome

do respirador bucal, podendo gerar consequências relacionadas à alteração de

fala e dificuldade de aprendizagem. Além de criar um hábito de difícil remoção.

Conclusão: Para os médicos pediatras entrevistados existe o consenso

de que é vital a disseminação de orientações quanto à utilização da chupeta

bem como da indicação do fonoaudiólogo em casos específicos para que

exista um detalhamento maior sobre possíveis problemas que possam ocorrer

no futuro com relação à utilização da chupeta de modo inadequado.

Descritores: Pediatra, hábito, sucção, oromiofuncional, crâniofacial, chupeta.

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ABSTRACT

Objective: Investigate together with pediatricians if the guidelines on

the use of pacifiers are eminent factor in their clinical procedure against the

child's family.

Methods: 20 questionnaires were distributed to pediatricians in the

private and public sector, serving the municipality of Campos dos Goytacazes-

RJ.

 Results: Most respondents described that know the vision of the

speech therapist on the use of pacifiers. When pediatricians were asked to refer

mothers and their babies for speech therapist, 65% pointed always forward.

There was recognition of pediatricians who must constantly interact with speech

therapy, because this profession is very important to avoid side effects from the

use of a pacifier that increase in number and severity over child development.

Generating consequences related to correct functional maturation of

stomatognathic system, a negative effect on breastfeeding, altering the posture

and tone the muscles of the mouth, causing skeletal deformities in the mouth

and face, causing dental malocclusion, representing one of the causes of oral

breathing, can generate consequences related to abnormal speech and

learning difficulties. In addition to creating a habit difficult to remove.

Conclusion: For the pediatricians interviewed there is a consensus that

is vital to disseminating guidance on the use of pacifiers and the indication of

the speech therapist in specific cases for which there is a greater details on

possible problems that may occur in the future regarding the use pacifier

improperly.

Keywords: Pediatrician, habit, suction, orofacial, craniofacial, pacifier.

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INTRODUÇÃO

A sucção apresenta-se como sendo de extrema importância no ciclo

inicial de vida do recém-nascido e no período intra-útero (1).

O desenvolvimento do ato da sucção depende da maturidade fisiológica

e tem como principal órgão a língua. Adentrando nessas estruturas que formam

o processo de sucção, encontra-se a mandíbula que tem a função de realizar

movimentos adequados que influenciam diretamente a musculatura da

bochecha com o intuito de estabilizar os lábios que fazem parte dos órgãos

fonoarticulatórios (OFAS) (2).

A sucção também interfere de maneira importante no posicionamento

das arcadas e da língua pelo fato de gerar um intenso e complexo trabalho

muscular, estimulando constantemente a musculatura podendo se tornar

fadigada caso esta não aconteça de forma adequada. Ela influencia na

respiração nasal, alterando como um todo o desenvolvimento oromiofuncional

e estomatognático (2).

Nas crianças o hábito de sucção pode ser caracterizado como

compulsivo e não compulsivo. Caso a sucção seja compulsiva ela recebe a

nomenclatura de hábito oral deletério (3). A chupeta é um desses hábitos

desenvolvidos pelo recém-nascido e seu uso como sendo prejudicial aos

órgãos fonoarticulatórios é um tema controverso. Este objeto existe desde a

antiguidade nos mais diversos formatos e proporciona a consolidação do hábito

de sucção. Na atualidade traz consigo aperfeiçoamentos funcionais (formato,

tipo de material, tipo de bico, etc.) (4). Para alguns autores seu uso influencia o

desmame precoce onde é possível acontecer uma série de consequências que

podem ser positivas ou negativas (5).

Normalmente as mães desenvolvem o hábito de utilização da chupeta

por causa de interferências emocionais que são provenientes dos bebês (5).

Os dados da literatura sobre o tema são controversos, porém a maioria

afirma que a utilização da chupeta pode causar alterações no sistema

estomatognático e oromiofuncional ocasionando uma série de complicações ao

bebê (6). Durante a utilização da chupeta algumas estruturas podem ser

alteradas e interferirem diretamente no desenvolvimento da face, ou seja, a

face recebe diretamente remodelações a partir dos movimentos inadequados

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que são realizados devido a este hábito, diferentemente quando são realizados

pela sucção do seio da mãe onde se desenvolvem de maneira adequada (7).

De modo a equacionar todo esse contexto apresentado acima, surge a

equipe multidisciplinar representada pelo médico pediatra, fonoaudiólogo,

enfermeiro e nutricionista, que devem orientar as mães no que tange a

utilização correta da chupeta (8).

Sendo, para alguns autores, a sucção da chupeta é um agente causador

de possíveis alterações, tais como: craniofaciais e oromiofuncionais, justifica-se

a importância de orientações às mães, por parte do pediatria quanto à

indicação e utilização correta da chupeta (9). Por ser o médico pediatra quem

estabelece um maior contato com esta população, cabe a esta pesquisa

elucidar sobre a opinião destes profissionais sobre o uso da chupeta e se eles

indicam seu uso.

Assim, a presente pesquisa justifica-se pelo aumento no índice de

crianças que fazem uso da chupeta por incentivo dos pais e de alguns

profissionais, o que merece atenção e estudo sobre como estão sendo

realizadas tais orientações e se elas acontecem.

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MÉTODOS

Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa da

Sociedade Universitária Redentor (CAAE – 45743915.4.0000.5648). Todos os

sujeitos envolvidos assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido

(TCLE).

A pesquisa foi realizada com 20 médicos pediatras no setor privado e

público, que atendem no município de Campos dos Goytacazes-RJ.

Os médicos responderam a um questionário estruturado que continha 13

questões objetivas sobre as orientações dadas quanto à utilização da chupeta.

Os dados foram analisados quantitativamente e foram calculados e

tabulados no programa Microsoft Office Excel e seus resultados estão descritos

neste artigo.

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RESULTADOS

Os médicos pediatras entrevistados são em maioria do gênero feminino

(55%). Destes, 10 (50%) não orientam a família quanto ao uso da chupeta.

(Figura 01).

Quanto à pergunta sobre as famílias indagarem ao pediatra sobre o

uso da chupeta, 10 (50%) médicos responderam quase sempre, 06 (30%)

sempre e 04 (20%) nunca.

Sobre o incentivo ao uso da chupeta por parte dos pediatras 16 (80%)

destes responderam que não indicam; 03 (15%) quase sempre indicam e 01

(5%) não respondeu.

9 (45%) pediatras responderam que sempre estipulam até qual idade é

adequado o uso da chupeta, 06 (30%) nunca estipulam e 04 (20%) quase

sempre estipulam. Dos que estipulam a idade, 06 (30%) a indicam até os 12

meses. (Figura 02).

Quando questionados se viam benefícios quanto ao uso da chupeta

55% dos pediatras responderam que nunca. (Figura 03).

Em relação às alterações craniofaciais e oromiofuncionais 11 (55%)

apontaram que quase sempre elas estão associadas ao uso da chupeta.

(Figura 04).

No que diz respeito à relevância de orientar sobre tempo, duração e

intensidade do uso da chupeta 16 (80%) disseram que sempre, 02 (10%)

responderam quase sempre e 01 (05%) disse nunca.

No que se refere ao conhecimento da visão da fonoaudiologia sobre o

uso da chupeta 11 (55%) pediatras responderam que conhecem. (Figura 05).

Quando os pediatras foram questionados se encaminham as mães e

seus bebês para a fonoaudiologia 13 (65%) apontaram que sempre

encaminharam. (Figura 06).

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DISCUSSÃO

Com base nos resultados obtidos a partir desta pesquisa foi possível

estabelecer algumas considerações. Os médicos pediatras entrevistados

totalizam 20 indivíduos. Desses 20 indivíduos, 9 são do sexo masculino e 11

do sexo feminino. Nesse universo, 50% desses indivíduos não orientam a

família quanto ao uso da chupeta, fato este que pode ser constatado através da

Figura 01. No que diz respeito à orientação quanto ao uso da chupeta, os

médicos pediatras apresentam pouca pré-disposição para a orientação quanto

a utilização da chupeta (10). Outros autores fazem colocações que enaltecem

os médicos pediatras, sendo os principais disseminadores de orientações

quanto ao uso da chupeta (11).

Quanto à indagação dos familiares sobre o uso da chupeta a maioria

dos médicos entrevistados afirmou existir uma indagação constante

relacionada a essa utilização, afirmativa essa representada por 50% dos

médicos entrevistados. Os dados desta pesquisa são confirmados que existe o

questionamento aos pediatras sobre o uso da chupeta a partir das mães e

familiares (12).

Com relação ao incentivo quanto ao uso da chupeta a maioria dos

médicos entrevistados deixaram claro que não indicam a utilização da mesma.

A indicação da chupeta pelo médico pediatra acontece mediante um

aconselhamento estruturalmente formalizado e padronizado (13). A Sociedade

Brasileira de Pediatria recomenda que devem existir orientações específicas

sobre a utilização da chupeta (14).

A maioria dos médicos pediatras que participaram da entrevista

estipulam a idade quanto ao uso da chupeta. Recomenda-se o uso da chupeta

até um ano de idade especificamente na hora de dormir (15). Na concepção do

autor, a idade ideal para eliminar a utilização da chupeta é aos três anos (2).

Porém, a Sociedade Brasileira de Pediatria adverte contra o uso da chupeta

nas 3 primeiras semanas de nascimento (16).

Quanto aos benefícios e malefícios relacionados à utilização da

chupeta, os médicos pediatras demonstraram opiniões convictas de que só

existem malefícios com relação à utilização da chupeta. As chupetas causam

inúmeros danos e são transmissores ativos de germes e vermes (17). A

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utilização da chupeta apresenta malefícios iminentes, onde a sua utilização

deve ser acompanhada por uma equipe interdisciplinar (18).

No que diz respeito às alterações craniofaciais 55% dos médicos

pediatras associaram estas e as alterações oromiofuncionais ao hábito da

utilização da chupeta. Essas alterações craniofaciais podem interferir

diretamente no crescimento e desenvolvimento craniofacial (19).

Especificamente é possível citar: alteração no desenvolvimento e

posicionamento dos dentes, alteração nos movimentos necessários para

mastigar e engolir alimentos, respiração bucal e problemas na fala. O uso da

chupeta acarreta alterações oclusais, deformando os processos alveolares e/ou

palato, além de comprometer o equilíbrio da neuromusculatura orofacial e o

crescimento craniofacial, onde todos são proporcionais ao tempo de utilização

da mesma, isto é, quanto mais usadas maiores são as alterações (19,20).

Sobre a inter-relação que deve existir entre o médico pediatra e o

fonoaudiólogo, estes devem interagir-se constantemente, pois sua profissão é

de fundamental importância para se evitar problemas mais sérios nas crianças (2). Esta relação deve existir naturalmente, pois cabe a estes profissionais da

saúde oferecer aos pais dados sobre os prós e contras deste artefato infantil

para que eles tomem uma decisão informada a esse respeito (6).

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CONCLUSÃO

A maioria dos médicos pediatras não recomendam a utilização da

chupeta, pois sua utilização acarreta uma série de malefícios à criança. Esses

malefícios são representados por alterações morfológicas e funcionais que se

desenvolvem durante o contínuo dos hábitos orais deletérios.

Diante desse contexto torna-se fundamental um estreitamento de

contato entre o médico pediatra e o fonoaudiólogo no que diz respeito à

disseminação de informações preventivas com relação à utilização da chupeta

perante as mães e os familiares. E, no caso de já constatar alterações

morfológicas e funcionais é fundamental que o pediatra encaminhe a criança

ao profissional fonoaudiólogo.

Conclui-se que existe uma necessidade iminente de uma maior

divulgação da importância da atenção multidisciplinar na promoção da saúde

da criança a partir de uma visão integral do paciente.

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2015.

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FIGURAS

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APÊNDICE I

TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO (TCLE)

Prezado participante,

Você está sendo convidado a participar da pesquisa: A conduta dos pediatras quanto a utilização da chupeta, desenvolvida por Larissa Viana Irias da Silva, discente de graduação em fonoaudiologia da Faculdade Redentor, sob orientação da Professora Priscilla Carneiro Santos.

Sobre o objetivo central

Investigar junto aos médicos pediatras se as orientações quanto ao uso da chupeta é fator eminente em seu procedimento clínico frente a família da criança.

Por que o participante está sendo convidado (critério de inclusão)

O convite a sua participação se deve ao fato de o médico pediatra ser responsável pelo acompanhamento do desenvolvimento da saúde da criança.

Sua participação é voluntária, isto é, ela não é obrigatória, e você tem plena autonomia para decidir se quer ou não participar, bem como retirar sua participação a qualquer momento. Você não será penalizado de nenhuma maneira caso decida não consentir sua participação, ou desistir da mesma. Contudo, ela é muito importante para a execução da pesquisa.

Serão garantidas a confidencialidade e a privacidade das informações por você prestadas.

Mecanismos para garantir a confidencialidade e a privacidade

Qualquer dado que possa identificá-lo será omitido na divulgação dos resultados da pesquisa, e o material será armazenado em local seguro.

A qualquer momento, durante a pesquisa, ou posteriormente, você poderá solicitar do pesquisador informações sobre sua participação e/ou sobre a pesquisa, o que poderá ser feito através dos meios de contato explicitados neste Termo.

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Identificação do participante ao longo da pesquisa

Nenhum nome ou quaisquer dados de identificação pessoal serão explicitados no trabalho em questão, salvo solicitação do mesmo.

Procedimentos detalhados que serão utilizados na pesquisa

A presente pesquisa adotará uma metodologia conceitual, teórica, empírica e transversal alicerçada em pesquisa bibliográfica concernente a estudos publicados em artigos científicos, livros e documentos oficiais.

Na segunda etapa do trabalho será feita uma análise por meio de dados, será desenvolvido um questionário estruturado, com 30 médicos pediatras do Município de Campos dos Goytacazes e distritos, tendo como objetivo investigar a visão destes profissionais quanto ao uso da chupeta e se as orientações quanto a esse hábito de sucção fazem parte do seu procedimento clínico. O questionário constará de perguntas objetivas e ao final será analisado através de comparativos estatísticos e os resultados serão divulgados em formato de artigo científico.

Tempo de duração da entrevista/procedimento/experimento

Estimativa de três meses para obter as respostas do questionário enviado para 30 médicos pediatras do Município de Campos dos Goytacazes e distritos.

Guarda dos dados e material coletados na pesquisa

As entrevistas serão transcritas e armazenadas, em arquivos digitais, mas somente terão acesso às mesmas a pesquisadora e sua orientadora.

Ao final da pesquisa, todo material será mantido em arquivo, por pelo menos 5 anos, conforme Resolução 466/12 e orientações do CEP/ENSP.

Explicitar benefícios diretos (individuais ou coletivos) ou indiretos aos participantes da pesquisa

O benefício (direto ou indireto) relacionado com a sua colaboração nesta pesquisa é o de abordar a respeito do hábito de sucção (chupeta), o papel da pediatria junto a este habito e os possíveis malefícios causados por este.

Previsão de riscos ou desconfortos

O risco que se pode ocorrer é o de constrangimento durante o preenchimento do questionário.

Sobre divulgação dos resultados da pesquisa

Os resultados serão divulgados em palestras, artigos científicos e na monografia.

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Observações:

Os participantes da pesquisa que vierem a sofrer qualquer tipo de dano previsto ou não no termo de consentimento e resultante de sua participação no estudo, além do direito à assistência integral, têm direito à indenização, conforme itens III.2.0,IV.4.c, V.3, V.5 e V.6 da Resolução CNS 466/12.

Este termo é redigido em duas vias, sendo uma para o participante e outra para o pesquisador. Todas as páginas serão rubricadas pelo responsável do participante da pesquisa e pelo pesquisador responsável, com ambas as assinaturas apostas na última página.

Em caso de dúvida quanto à condução ética do estudo, entre em contato com o Comitê de Ética em Pesquisa da Faculdade Redentor. O Comitê de Ética é a instância que tem por objetivo defender os interesses dos participantes da pesquisa em sua integridade e dignidade e para contribuir no desenvolvimento da pesquisa dentro de padrões éticos. Dessa forma o comitê tem o papel de avaliar e monitorar o andamento do projeto de modo que a pesquisa respeite os princípios éticos de proteção aos direitos humanos, da dignidade, da autonomia, da não maleficência, da confidencialidade e da privacidade.

___________________________________________

Nome e Assinatura do Pesquisador – (pesquisador do campo)

Contato com o(a) pesquisador(a) responsável:

Nome:_________Priscilla Carneiro Santos_________Tel: __________22-9-9256-9334_________________e-mail: [email protected] ________________

Itaperuna 18 de Junho de 2015.

Declaro que entendi os objetivos e condições de minha participação na pesquisa e concordo em participar.

_________________________________________(Assinatura do participante da pesquisa)

Nome do participante: ___________________________________________________________

Nome do responsável: _____________________________________________

Faculdade Redentor Rubrica pesquisador: ______________BR 356, n0 25 – Cidade Nova - Itaperuna – RJCEP: 28300-000 Tel.: 22-3811-0111http://www.redentor.inf.br/sur/cep/ Rubrica participante: ______________e-mail: [email protected]

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APÊNDICE II

QUESTIONÁRIO

QUANTO TEMPO DE GRADUAÇÃO: ________

É ESPECIALIZADO HÁ QUANTO TEMPO: ___________

SEXO: A) MASCULINO B) FEMININO

IDADE: ______

1 – Você orienta a família quanto ao uso da chupeta?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

2 – Faz parte das indagações da família, poder ou não usar a chupeta?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

3 – Você incentiva o usa da chupeta?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

4 – Caso oriente a usá-la, determina uma idade limite?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

5 – Caso a resposta seja afirmativa, qual o tempo?

( ) até 3 meses ( ) até 6 meses ( ) até 8 meses ( ) até 12 meses

( ) até a erupção do primeiro dente ( ) até os 2 anos de idade ( ) acima de 2 anos

6 – Você vê benefícios em seu uso?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

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7 – Você vê malefícios quanto ao seu uso?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

8 – Você associa alterações craniofaciais a esse hábito?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

9 – Você associa alterações oromiofuncionais a esse hábito?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

10 – Você acha relevante orientar quanto ao tempo, duração e intensidade desse hábito?

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

11 – Caso seja sim a resposta:

( ) Quanto a frequência diária

( ) Quanto a duração

( ) Quanto a intensidade

( ) Todas

12 – Você conhece a visão da fonoaudiologia quanto ao hábito de sucção da chupeta?

( ) Sim ( ) Não

13 – Na constatação de alterações craniofaciais e/ou oromiofuncionais na criança, você encaminha aos profissionais de fonoaudiologia.

( ) Sempre ( ) Quase sempre ( ) Nunca

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ANEXO I- NORMAS DA REVISTA

INSTRUÇÕES AOS AUTORES

REVISTA DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE FONOAUDIOLOGIA – RSBF

(Rev Soc Bras Fonoaudiol.), ISSN versão online 1982-0232, é uma publicação

técnico-científica da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia, São Paulo. É

publicada trimestralmente com o objetivo de divulgar a produção científica

sobre temas relevantes de Fonoaudiologia, Distúrbios da Comunicação

Humana e áreas afins. São aceitos trabalhos originais, em português, inglês ou

espanhol. Todos os trabalhos, após aprovação pelo Conselho Editorial, serão

encaminhados para análise e avaliação de dois revisores, sendo o anonimato

garantido em todo o processo de julgamento. Os comentários serão devolvidos

aos autores para as modificações no texto ou justificativas de sua manutenção.

Somente após aprovação final dos editores e revisores, os trabalhos serão

encaminhados para publicação. A partir de 2012, todos os trabalhos de autores

brasileiros terão publicação bilíngue Português/Inglês. Sendo assim, após

revisão técnica, os autores serão instruídos a traduzirem os manuscritos para a

língua inglesa. A versão em Inglês será de responsabilidade dos autores. Os

artigos que não estiverem de acordo com as normas da revista não serão

avaliados.

A revista apresenta as seguintes seções: Artigos originais, Artigos de revisão,

Relato de casos, Refletindo sobre o novo, Resenhas, Resumos, Cartas ao

editor.

Artigos originais: são trabalhos destinados à divulgação de resultados da

pesquisa científica. Devem ser originais e inéditos. Sua estrutura deverá conter

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os seguintes itens: Resumo e descritores, Abstract e keywords, Introdução,

Métodos, Resultados, Discussão, Conclusão e Referências. Os Resultados

devem ser interpretados, indicando a relevância estatística para os dados

encontrados, não devendo, portanto, ser mera apresentação de tabelas,

quadros e figuras. Os dados apresentados no texto não devem ser duplicados

nas tabelas, quadros e figuras e/ou vice e versa. Recomenda-se que os dados

recebam análise estatística inferencial para que sejam mais conclusivos. Das

referências citadas (máximo 30), pelo menos 70% deverão ser constituídas de

artigos publicados em periódicos da literatura nacional e estrangeira.

O número de aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa, bem como a

afirmação de que todos os sujeitos envolvidos (ou seus responsáveis)

assinaram o Termo de Consentimento Livre e Esclarecido, no caso de

pesquisas envolvendo pessoas ou animais (assim como levantamentos de

prontuários ou documentos de uma instituição), são obrigatórios e devem ser

citados no item Métodos.

Relato de caso: relata casos ou experiências com até dez sujeitos, com

características singulares de interesse para a prática profissional, descrevendo

seus aspectos, história, condutas, etc. Deve conter: Resumo e descritores,

Abstract e keywords, Introdução (com breve revisão da literatura),

Apresentação do caso clínico, Discussão, Comentários finais e Referências

(máximo 15).

A Apresentação do caso clínico deverá conter a afirmação de que os sujeitos

envolvidos (ou seus responsáveis) assinaram do Termo de Consentimento

Livre e Esclarecido, consentindo, desta forma, com a realização e divulgação

desta pesquisa e seus resultados. No caso de utilização de imagens de

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pacientes, anexar cópia do Consentimento Livre e Esclarecido dos mesmos,

constando a aprovação para utilização das imagens em periódicos científicos.

Artigos de revisão: são constituídos de avaliação critica e sistemática da

literatura, de material publicado sobre um assunto específico e atualizações

sobre o tema, escritos a convite do editor. Devem conter: Resumo e

descritores, Abstract e keywords, Introdução do tema, Revisão da literatura,

Discussão, Comentários finais, e Referências (máximo 40, pelo menos 70%

deverão ser constituídas de artigos publicados em periódicos da literatura

nacional e estrangeira).

Refletindo sobre o novo: um artigo recente e inovador é apresentado e

comentado por um especialista, a convite do editor. Deve conter a referência

completa do trabalho comentado, nome, instituição e e-mail do comentador.

Resenhas: resumos comentados da literatura científica. Deve conter a

referência completa do trabalho comentado, nome, instituição e e-mail do

comentador.

Resumos: resumos relevantes de artigos, teses, trabalhos apresentados em

eventos científicos, etc... Deve conter a referência completa do trabalho na

página de rosto.

Cartas ao editor: Críticas a matérias publicadas, de maneira construtiva,

objetiva e educativa ou discussões de assuntos específicos da atualidade.

Serão publicadas a critério dos Editores. As cartas devem ser breves (250 a

500 palavras).

A Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – RSBFa apoia as

políticas para registro de ensaios clínicos da Organização Mundial de Saúde

(OMS) e do International Committee of Medical Journal Editors (ICMJE),

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reconhecendo a importância dessas iniciativas para o registro e divulgação

internacional de informação sobre estudos clínicos, em acesso aberto. Sendo

assim, somente serão aceitos para publicação os artigos de pesquisas clínicas

que tenham recebido um número de identificação em um dos Registros de

Ensaios Clínicos validados pelos critérios estabelecidos pela OMS e ICMJE,

cujos endereços estão disponíveis no site do ICMJE (www.icmje.org). O

número de identificação deverá ser registrado ao final do resumo.

As normas que se seguem devem ser obedecidas para todos os tipos de

trabalhos e foram baseadas no formato proposto pelo International Committee

of Medical Journal Editors e publicado no artigo "Uniform requirements for

manuscripts submitted to biomedical journals", versão de outubro de 2007,

disponível em: http://www.icmje.org/.

SUBMISSÃO DO MANUSCRITO:

Serão aceitos para análise somente os artigos submetidos pelo sistema de

editoração online, disponível em

http://submission.scielo.br/index.php/rsbf/index.

Os autores dos artigos não poderão submeter seus trabalhos a outras

publicações, nacionais ou internacionais, até que os mesmos sejam

efetivamente publicados ou rejeitados pelo corpo editorial. Somente o editor

poderá autorizar a reprodução dos artigos

publicados na Revista da Sociedade Brasileira de Fonoaudiologia – RSBFa em

outro periódico.

Os autores dos artigos selecionados para publicação serão notificados, e

receberão instruções relacionadas aos procedimentos editoriais técnicos. Os

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autores de manuscritos não selecionados para publicação receberão

notificação com os motivos da recusa.

REQUISITOS TÉCNICOS:

Devem ser incluídos, obrigatoriamente, além do arquivo do artigo, os seguintes

documentos suplementares (digitalizados):

a) carta assinada por todos os autores, contendo permissão para reprodução

do material e transferência de direitos autorais, além de pequeno

esclarecimento sobre a contribuição de cada autor (incluir exemplo no modelo

de carta)

b) aprovação do Comitê de Ética em Pesquisa da instituição onde foi realizado

o trabalho, quando referente a pesquisas em seres humanos ou animais;

c) cópia do Termo de Consentimento Livre e Esclarecido assinado pelo(s)

sujeito(s) (ou seus responsáveis), autorizando o uso de imagem, quando for o

caso;

d) declaração de conflitos de interesse, quando pertinente.

PREPARO DO MANUSCRITO:

O texto deve ser formatado em Microsoft Word, RTF ou WordPerfect, em papel

tamanho ISO A4 (212x297mm), digitado em espaço duplo, fonte Arial tamanho

12, margem de 2,5 cm de cada lado, justificado, com páginas numeradas em

algarismos arábicos; cada seção deve ser iniciada em uma nova página, na

seguinte sequência: página de identificação, Resumo e descritores, Abstract e

keywords, texto (de acordo com os itens necessários para a seção para a qual

o artigo foi enviado), Agradecimentos, Referências, tabelas, quadros, figuras

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(gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos, com suas respectivas legendas.

O número total de páginas do manuscrito (incluindo tabelas, quadros, figuras,

anexos e referências) não deve ultrapassar 30 páginas.

Página de identificação:

Deve conter:

a) título do artigo, em português (ou espanhol) e inglês. O título deve ser

conciso, porém informativo;

b) título do artigo resumido com até 40 caracteres;

c) nome completo de cada autor, seguido do departamento e/ou instituição;

d) departamento e/ou instituição onde o trabalho foi realizado;

e) nome, endereço institucional e e-mail do autor responsável e a quem deve

ser encaminhada a correspondência;

f) fontes de auxilio à pesquisa, se houver;

g) declaração de inexistência de conflitos de interesse de cada autor.

Resumo e descritores:

A segunda página deve conter o resumo, em português (ou espanhol) e inglês,

de não mais que 250 palavras. Deverá ser estruturado de acordo com a

categoria em que o artigo se encaixa, contendo resumidamente as principais

partes do trabalho e ressaltando os dados mais significativos. Assim, para

Artigos originais, a estrutura deve ser, em português: Objetivo, Métodos,

Resultados, Conclusões; em inglês: Purpose, Methods, Results, Conclusion.

Para Artigos de revisão e Relatos de caso o resumo não deve ser estruturado.

Abaixo do resumo, especificar no mínimo cinco e no máximo dez

descritores/keywords que definam o assunto do trabalho. Os descritores

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deverão ser baseados no DeCS (Descritores em Ciências da Saúde) publicado

pela Bireme que é uma tradução do MeSH (Medical Subject Headings) da

National Library of Medicine e disponível no endereço eletrônico:

http://decs.bvs.br.

Texto:

Deverá obedecer a estrutura exigida para cada tipo de trabalho. A citação dos

autores no texto deverá ser numérica e sequencial, utilizando algarismos

arábicos entre parênteses e sobrescritos, sem data e sem nenhuma referência

ao nome dos autores, como no exemplo:

“... Qualquer desordem da fala associada tanto a uma lesão do sistema

nervoso quanto a uma disfunção dos processos sensório-motores subjacentes

à fala, pode ser classificada como uma desordem motora(11-13) ...”

Palavras ou expressões em inglês, que não possuam tradução oficial para o

português devem ser escritas em itálico. Os numerais até dez devem ser

escritos por extenso.

No texto deve estar indicado o local de inserção das tabelas, quadros, figuras e

anexos, da mesma forma que estes estiverem numerados, sequencialmente.

Todas as tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos

devem ser em preto e branco (ou em escala de cinza), dispostas ao final do

artigo, após as referências.

Agradecimentos:

Inclui reconhecimento a pessoas ou instituições que colaboraram efetivamente

com a execução da pesquisa. Devem ser incluídos agradecimentos às

instituições de fomento que tiverem fornecido auxílio e/ou financiamentos para

a execução da pesquisa

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Referências:

Devem ser numeradas consecutivamente, na mesma ordem em que foram

citadas no texto e identificadas com números arábicos. A apresentação deverá

estar baseada no formato denominado “Vancouver Style”, conforme exemplos

abaixo, e os títulos de periódicos deverão ser abreviados de acordo com o

estilo apresentado pela List of Journal Indexed in Index Medicus, da National

Library of Medicine e disponibilizados no endereço:

ftp://nlmpubs.nlm.nih.gov/online/journals/ljiweb.pdf

Recomenda-se utilizar referências publicadas nos últimos dez anos.

Para todas as referências, citar todos os autores até seis. Acima de seis, citar

os seis primeiros, seguidos da expressão et al.

ARTIGOS DE PERIÓDICOS

Shriberg LD, Flipsen PJ, Thielke H, Kwiatkowski J, Kertoy MK, Katcher ML et

al. Risk for speech disorder associated with early recurrent otitis media with

effusions: two retrospective studies. J Speech Lang Hear Res. 2000;43(1):79-

99.

Wertzner HF, Rosal CAR, Pagan LO. Ocorrência de otite média e infecções de

vias aéreas superiores em crianças com distúrbio fonológico. Rev Soc Bras

Fonoaudiol. 2002;7(1):32-9.

LIVROS

Northern J, Downs M. Hearing in children. 3rd ed. Baltimore: Williams & Wilkins;

1983.

CAPÍTULO DE LIVRO

Rees N. An overview of pragmatics, or what is in the box? In: Iwin J.

Pragmatics: the role in language development. La Verne: Fox; 1982. p. 1-13.

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CAPÍTULO DE LIVRO (mesma autoria)

Russo IC. Intervenção fonoaudiológica na terceira idade. Rio de Janeiro:

Revinter; 1999. Distúrbios da audição: a presbiacusia; p. 51-82.

TRABALHOS APRESENTADOS EM CONGRESSOS

Minna JD. Recent advances for potential clinical importance in the biology of

lung cancer. In: Annual Meeting of the American Medical Association for Cancer

Research; 1984 Sep 6-10; Toronto. Proceedings. Toronto: AMA; 1984;

25:2293-4.

DISSERTAÇÕES E TESES

Rodrigues A. Aspectos semânticos e pragmáticos nas alterações do

desenvolvimento da linguagem [dissertação]. São Paulo: Universidade de São

Paulo - Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas; 2002.

DOCUMENTOS ELETRÔNICOS

ASHA: American Speech and Hearing Association [Internet]. Rockville:

American Speech-Language-Hearing Association; c1997-2008. Otitis media,

hearing and language development. [cited 2003 Aug 29]; [about 3 screens}

Available from: http://www.asha.org/consumers/brochures/otitis_media.htm

Tabelas:

Apresentar as tabelas separadamente do texto, cada uma em uma página, ao

final do documento. As tabelas devem ser digitadas com espaço duplo e fonte

Arial 8, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, na ordem em

que foram citadas no texto. Todas as tabelas deverão ter título reduzido, auto-

explicativo, inserido acima da tabela. Todas as colunas da tabela devem ser

identificadas com um cabeçalho. No rodapé da tabela deve constar legenda

para abreviaturas e testes estatísticos utilizados. O número de tabelas deve ser

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apenas o suficiente para a descrição dos dados de maneira concisa, e não

devem repetir informações apresentadas no corpo do texto. Quanto à forma de

apresentação, devem ter traçados horizontais separando o cabeçalho, o corpo

e a conclusão da tabela. Devem ser abertas lateralmente. Serão aceitas, no

máximo, cinco tabelas.

Quadros:

Devem seguir a mesma orientação da estrutura das tabelas, diferenciando

apenas na forma de apresentação, que podem ter traçado vertical e devem ser

fechados lateralmente. Serão aceitos no máximo dois quadros.

Figuras (gráficos, fotografias e ilustrações):

As figuras deverão ser encaminhadas separadamente do texto, ao final do

documento, numeradas sequencialmente, em algarismos arábicos, conforme a

ordem de aparecimento no texto. Todas as figuras deverão ser em preto e

branco (ou em escala de cinza), com qualidade gráfica adequada (usar

somente fundo branco), e apresentar título em legenda, digitado em fonte Arial

8. As figuras poderão ser anexadas como documentos suplementares em

arquivo eletrônico separado do texto (a imagem aplicada no processador de

texto não significa que o original está copiado). Para evitar problemas que

comprometam o padrão da Revista, o processo de digitalização de imagens

(“scan”) deverá obedecer os seguintes parâmetros: para gráficos ou esquemas

usar 800 dpi/bitmap para traço; para ilustrações e fotos (preto e branco) usar

300 dpi/RGB ou grayscale. Em todos os casos, os arquivos deverão ter

extensão .tif e/ou .jpg. Também serão aceitos arquivos com extensão .xls

(Excel), .cdr (CorelDraw), .eps, .wmf para ilustrações em curva (gráficos,

desenhos, esquemas). Serão aceitas, no máximo, cinco figuras. Se as figuras

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já tiverem sido publicadas em outro local, deverão vir acompanhadas de

autorização por escrito do autor/editor e constando a fonte na legenda da

ilustração.

Legendas:

Apresentar as legendas usando espaço duplo, acompanhando as respectivas

tabelas, quadros, figuras (gráficos, fotografias e ilustrações) e anexos.

Abreviaturas e siglas:

Devem ser precedidas do nome completo quando citadas pela primeira vez no

texto. As legendas das tabelas, quadros, figuras e anexos devem ser

acompanhadas de seu nome por extenso. As abreviaturas e siglas não devem

ser usadas no título dos artigos e nem no resumo.

Fonte: http://www.sbfa.org.br/portal/pdf/ias revista.pdf