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PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊ Quem construiu Tebas de sete portas? Constam nos livros os nomes dos reis; Terão os reis arrastado os blocos de pedra? E Babilônia, tantas vezes arrasada, - quem, tantas vezes, a reconstruiu? Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam? Para onde iam , à noite, os pedreiros, depois de pronta a Muralha da China? A grande Roma é cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu? Sobre quem triunfavam os césares? Teria a tão decantada Bizâncio só palácios para os seus habitantes? Até na lendária Atlântida, na noite em que pelo mar foi tragada, Os afogados devem ter gritado por seus escravos. O jovem Alexandre conquistou a Índia, sozinho? César, vencendo os gauleses, não levaria consigo ao menos um cozinheiro? Chorou Felipe de Espanha quando a sua esquadra foi a pique; E ninguém mais terá chorado? A cada página, um grande feito. Quem cozinhava o banquete? De dez em dez anos, um grande homem. Quem pagava as despesas? Tantas histórias, quantas perguntas. Texto de autoria de BERTOLD BRECHT 1-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes: a-( ) Percebe-se o discurso de que um trabalhador crítico compreende que a classe trabalhadora sempre está nos bastidores dos grandes feitos da história do mundo; b-( ) Percebe-se o discurso de que a História Oficial apaga/esconde o papel dos trabalhadores nos grandes feitos históricos; c-( ) Percebe-se o discurso de que os trabalhadores não possuem qualquer importância nos grandes feitos históricos; d-( ) Percebe-se o discurso de que os trabalhadores, ao longo da história, não possuem os mesmos direitos e privilégios dos poderosos; e-( ) Percebe-se o discurso de que os poderosos valorizam os trabalhadores que os ajudaram na realização dos grandes feitos; 2-Nos versos “Quem construiu Tebas de sete portas? / Constam nos livros os nomes dos reis; / Terão os reis arrastado os blocos de pedra?”, temos uma crítica: a-( ) aos reis que construíram Tebas de sete portas e se exibiram por isso; b-( ) aos reis que fizeram corpo mole ao arrastar os blocos de pedra; c-( ) aos livros de história que apagaram e esconderam o fato de Tebas de sete portas ter sido construída por trabalhadores, valorizando-se apenas os nomes dos reis da época; d-( ) aos reis egoístas que construíram Tebas de sete portas sozinhos, sem pedir ajuda 3-No argumento “E Babilônia, tantas vezes arrasada, / - quem, tantas vezes, a reconstruiu?“, o eu lírico questiona: a-( ) a tragédia sofrida por Babilônia; b-( ) a maldade dos que arrasaram Babilônia; c-( ) o grande esforço dos operários que reconstruíram Babilônia depois de cada destruição sofrida 4-No argumento “Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam?, o questionamento do eu lírico sugere: a-( ) que os trabalhadores que construíram a dourada Lima viviam em prédios luxuosos; b-( ) que os trabalhadores que construíram a dourada Lima viviam em casas decentes;

Web viewmesmos privilégios que os ricos; d-( ) que Bizâncio tratava a todos seus habitantes de forma igualitária. 7-Nos versos “Até na lendária Atlântida

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PERGUNTAS DE UM TRABALHADOR QUE LÊQuem construiu Tebas de sete portas?Constam nos livros os nomes dos reis;Terão os reis arrastado os blocos de pedra?E Babilônia, tantas vezes arrasada,- quem, tantas vezes, a reconstruiu?Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam?Para onde iam, à noite, os pedreiros, depois de pronta a Muralha da China?A grande Roma é cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu?Sobre quem triunfavam os césares?Teria a tão decantada Bizâncio só palácios para os seus habitantes?Até na lendária Atlântida, na noite em que pelo mar foi tragada,Os afogados devem ter gritado por seus escravos.O jovem Alexandre conquistou a Índia, sozinho?César, vencendo os gauleses, não levaria consigo ao menos um cozinheiro?Chorou Felipe de Espanha quando a sua esquadra foi a pique;E ninguém mais terá chorado?A cada página, um grande feito.Quem cozinhava o banquete?De dez em dez anos, um grande homem.Quem pagava as despesas?Tantas histórias, quantas perguntas.Texto de autoria de BERTOLD BRECHT

1-Marque (V) para efeitos de sentidos pertinentes ao texto-discurso e (F) para efeitos de sentidos não pertinentes:a-( ) Percebe-se o discurso de que um trabalhador crítico compreende que a classe trabalhadora sempre está nos bastidores dos grandes feitos da história do mundo;b-( ) Percebe-se o discurso de que a História Oficial apaga/esconde o papel dos trabalhadores nos grandes feitos históricos;c-( ) Percebe-se o discurso de que os trabalhadores não possuem qualquer importância nos grandes feitos históricos;d-( ) Percebe-se o discurso de que os trabalhadores, ao longo da história, não possuem os mesmos direitos e privilégios dos poderosos;e-( ) Percebe-se o discurso de que os poderosos valorizam os trabalhadores que os ajudaram na realização dos grandes feitos;2-Nos versos “Quem construiu Tebas de sete portas? / Constam nos livros os nomes dos reis; / Terão os reis arrastado os blocos de pedra?”, temos uma crítica:a-( ) aos reis que construíram Tebas de sete portas e se exibiram por isso; b-( ) aos reis que fizeram corpo mole ao arrastar os blocos de pedra; c-( ) aos livros de história que apagaram e esconderam o fato de Tebas de sete portas ter sido construída por trabalhadores, valorizando-se apenas os nomes dos reis da época; d-( ) aos reis egoístas que construíram Tebas de sete portas sozinhos, sem pedir ajuda3-No argumento “E Babilônia, tantas vezes arrasada, / - quem, tantas vezes, a reconstruiu?“, o eu lírico questiona:a-( ) a tragédia sofrida por Babilônia; b-( ) a maldade dos que arrasaram Babilônia; c-( ) o grande esforço dos operários que reconstruíram Babilônia depois de cada destruição sofrida4-No argumento “Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam?”, o questionamento do eu lírico sugere:a-( ) que os trabalhadores que construíram a dourada Lima viviam em prédios luxuosos; b-( ) que os trabalhadores que construíram a dourada Lima viviam em casas decentes;c-( ) que os trabalhadores que construíram a dourada Lima não viviam nos edifícios luxuosos que construíram5-No argumento “A grande Roma é cheia de arcos de triunfo. Quem os ergueu?”, o questionamento do eu lírico sugere que:a-( ) as grandes arquiteturas embelezam Roma; b-( ) Roma é uma cidade muito elegante; c-( ) por detrás das belas arquiteturas romanas está um grande esforço dos trabalhadores que as construíram6-No argumento “Teria a tão decantada Bizâncio só palácios para os seus habitantes?”, o eu lírico sugere:a-( ) que Bizâncio era uma cidade muito luxuosa; b-( ) que Bizâncio era repleta de palácios; c-( ) que Bizâncio também possuía trabalhadores e que estes não tinham os mesmos privilégios que os ricos; d-( ) que Bizâncio tratava a todos seus habitantes de forma igualitária

7-Nos versos “Até na lendária Atlântida, na noite em que pelo mar foi tragada, / Os afogados devem ter gritado por seus escravos.”, o eu lírico ironiza:a-( ) os escravos que morreram ouvindo gritos; b-( ) os senhores ricos que, mesmo na morte, ainda tentaram recorrer inutilmente aos trabalhadores escravos que exploravam; c-( ) a lenda de Atlântida, cidade supostamente engolida pelo oceano8-No argumento “O jovem Alexandre conquistou a Índia, sozinho?”, o eu lírico critica:a-( ) a versão histórica que menciona apenas Alexandre como o grande conquistador da Índia, omitindo o papel dos diversos trabalhadores e soldados que o ajudaram; b-( ) a falta de heroísmo de Alexandre ao não ter conquistado a Índia sozinho; c-( ) a pretensão egoísta de Alexandre ao ter conquistado a Índia sozinho9-No argumento “César, vencendo os gauleses, não levaria consigo ao menos um cozinheiro?”, o eu lírico ironiza:a-( ) a vitória de César sobre os gauleses; b-( ) os cozinheiros de César; c-( ) o fato de a História Oficial ter citado apenas César como o vencedor dos gauleses; d-( ) as conquistas beligerantes implementadas por César10-Nos versos “Chorou Felipe de Espanha quando a sua esquadra foi a pique; / E ninguém mais terá chorado?”, o eu lírico critica:a-( ) o sofrimento do rei Felipe de Espanha, ao ver sua esquadra afundar; b-( ) a fraqueza de Felipe de Espanha, ao ver sua esquadra afundar; c-( ) a omissão histórica de outros trabalhadores que também sofreram e choraram, ao ver a esquadra em que estavam afundar; d-( ) o apego dos espanhóis a sua esquadra11-No verso “A cada página, um grande feito.”, a expressão grifada refere-se:a-( ) aos livros de poesia; b-( ) aos livros que ensinam filosofia; c-( ) aos livros que relatam a história; d-( ) ao tempo antigo12-No argumento “De dez em dez anos, um grande homem. / Quem pagava as despesas?“, o eu lírico critica explicitamente:a-( ) o excesso de gastos dos grandes homens; b-( ) o fato do aparecimento de grandes homens se dar apenas no intervalo de dez anos; c-( ) o fato de a história apenas relatar os feitos dos grandes homens, omitindo-se o fato de que são os trabalhadores que produzem as riquezas que sustentam esses supostos grandes homens; d-( ) a dívida deixada pelos grandes homens13-No último verso “Tantas histórias, quantas perguntas.”, o eu lírico sugere:a-( ) que a história é feita de muitas perguntas; b-( ) que o trabalhador que lê a história criticamente questiona as várias versões dessa história, buscando entender o papel que a classe trabalhadora exerceu nos supostos grandes feitos históricos; c-( ) que existem muitas histórias e muitas perguntas no mundo; d-( ) que a história sempre foi bem contada14-No argumento “E Babilônia, tantas vezes arrasada, / - quem, tantas vezes, a reconstruiu?”, o pronome grifado foi usado para não repetir:a-( ) Babilônia; b-( ) arrasada; c-( ) tantas; d-( ) reconstruiu15-No enunciado “Em que edifícios da dourada Lima os construtores moravam?”, qual palavra é o adjetivo que caracteriza positivamente o substantivo Lima?a-( ) edifícios; b-( ) dourada; c-( ) construtores; d-( ) moravam16-No enunciado “Teria a tão decantada Bizâncio só palácios para os seus habitantes?”, o advérbio de intensidade grifado intensifica a palavra:a-( ) Teria; b-( ) decantada; c-( ) Bizâncio; d-( ) palácios17-Nos versos “Até na lendária Atlântida, na noite em que pelo mar foi tragada, / Os afogados devem ter gritado por seus escravos.”, a palavra grifada equivale ao mesmo sentido enunciado em:a-( ) Vou até a sua casa; b-( ) Gritou até que a respondessem; c-( ) Fiquei sabendo que até Renato estuda História; d-( ) chorou até não poder mais18-O ponto de interrogação foi usado retoricamente no texto-discurso:a-( ) porque o eu lírico possui dúvidas sobre diversos assuntos históricos; b-( ) porque o eu lírico quis despertar a curiosidade do leitor perante a versão de vários fatos históricos; c-( ) porque o eu lírico é muito curioso; d-( ) porque o eu lírico está estudando história19-Nos enunciados “A grande Roma é cheia de arcos de triunfo.”/ “A cada página, um grande feito.”/ “De dez em dez anos, um grande homem.”, os adjetivos grifados caracterizam positivamente: a-( ) arcos/página/anos; b-( ) Roma/página/homem; c-( ) Roma/feito/homem; d-( )arcos/feito/homem20-Produza um texto-discurso, fazendo questionamentos críticos para dado acontecimento histórico.