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LOPES [da Silva], José [1872-1962] Natural da freguesia de Nossa Senhora do Rosário, S. Nicolau, frequentou o Seminário-Liceu até à idade dos 15 anos. Foi professor de instrução primária em Sal-Rei, ilha da Boavista (1894), tendo sido transferido “ex mérito” para a cadeira da Escola Principal de Santo Antão (1900) (Questionário preenchido pelo professor, de 30/7/1918). Manteve, desde 1910, uma escola particular do ensino das línguas francesa, inglesa, História e Geografia. Foi nomeado professor do Liceu Infante D. Henrique (1928) e vogal da Junta Local de Instrução Pública (1930) Era um autodidacta, “aprendeu por si mesmo a língua inglesa” (Oliveira, 1998, p. 803). Teve uma vasta colaboração política, crítica, científica, pedagógica e literária. Colaborou no Boletim Oficial, Almanaque Luso-Africano, Revista de Cabo Verde (1899), A Esperança, A Opinião, A Voz de Cabo Verde, O Independente (1912), O Progresso, A Defesa (1913-14), O Caboverdeano, O Manduco, Notícias de Cabo Verde, O Eco de Cabo Verde, Defesa (1934), Ressurgimento (crítica literária), Juventude, A Colónia de Cabo Verde e no Cabo Verde Boletim. Escreveu, ainda, em jornais portugueses: Correio de Portugal, A Família Portuguesa, O Ultramarino, Correio d’África, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Boletim da Agência Geral das Colónias, A Mocidade Portuguesa, Vida Contemporânea , etc. Considerando a vastíssima bibliografia do poeta, indicamos apenas algumas das suas obras. No ano em que foi colocado em S. Vicente (1928) “publicou o volume «Jardim das Hespérides» […], em 1929, as «Hesperitanas» […] há que destacar, ainda, «Ombres immortelles» e «Ode on England» e «Alma Arsinária»” (Silva, 1990, Dezembro 31). Dedicou-se à defesa do direito da escolarização feminina, tendo publicado A bem da mulher (Praia, 1945). Por ocasião do centenário do seu nascimento foi publicado o livro Poesias escolhidas (Mindelo, 1972). É o autor do “Hino da infância escolar” e do “Hino do Liceu Gil Eanes” (Oliveira, 1998, p. 805). Agraciado com a medalha “Mérito” da Cruz Vermelha, foi membro de duas academias estrangeiras: o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e o Instituto de Humanidades do Ceará. Recebeu um louvor do Governo da Província “pelo seu desinteressado empenho na difusão da Instrução” (13 Agosto de 1898) e, pelo mesmo motivo recebeu missivas laudatórias do Presidente da República, Dr. José António de Almeida e de Sua Majestade Alberto I da Bélgica (Nota biográfica, de 17/12/1930).

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LOPES [da Silva], José

[1872-1962]Natural da freguesia de Nossa Senhora do Rosário, S. Nicolau, frequentou o Seminário-Liceu até à idade dos 15 anos. Foi professor de instrução primária em Sal-Rei, ilha da Boavista (1894), tendo sido transferido “ex mérito” para a cadeira da Escola Principal de Santo Antão (1900) (Questionário preenchido pelo professor, de 30/7/1918). Manteve, desde 1910, uma escola particular do ensino das línguas francesa, inglesa, História e Geografia. Foi nomeado professor do Liceu Infante D. Henrique (1928) e vogal da Junta Local de Instrução Pública (1930) Era um autodidacta, “aprendeu por si mesmo a língua inglesa” (Oliveira, 1998, p. 803). Teve uma vasta colaboração política, crítica, científica, pedagógica e literária. Colaborou no Boletim Oficial, Almanaque Luso-Africano, Revista de Cabo Verde (1899), A Esperança, A Opinião, A Voz de Cabo Verde, O Independente (1912), O Progresso, A Defesa (1913-14), O Caboverdeano, O Manduco, Notícias de Cabo Verde, O Eco de Cabo Verde, Defesa (1934), Ressurgimento (crítica literária), Juventude, A Colónia de Cabo Verde e no Cabo Verde Boletim. Escreveu, ainda, em jornais portugueses: Correio de Portugal, A Família Portuguesa, O Ultramarino, Correio d’África, Boletim da Sociedade de Geografia de Lisboa, Boletim da Agência Geral das Colónias, A Mocidade Portuguesa, Vida Contemporânea, etc. Considerando a vastíssima bibliografia do poeta, indicamos apenas algumas das suas obras. No ano em que foi colocado em S. Vicente (1928) “publicou o volume «Jardim das Hespérides» […], em 1929, as «Hesperitanas» […] há que destacar, ainda, «Ombres immortelles» e «Ode on England» e «Alma Arsinária»” (Silva, 1990, Dezembro 31). Dedicou-se à defesa do direito da escolarização feminina, tendo publicado A bem da mulher (Praia, 1945). Por ocasião do centenário do seu nascimento foi publicado o livro Poesias escolhidas (Mindelo, 1972). É o autor do “Hino da infância escolar” e do “Hino do Liceu Gil Eanes” (Oliveira, 1998, p. 805). Agraciado com a medalha “Mérito” da Cruz Vermelha, foi membro de duas academias estrangeiras: o Instituto Geográfico e Histórico da Bahia e o Instituto de Humanidades do Ceará. Recebeu um louvor do Governo da Província “pelo seu desinteressado empenho na difusão da Instrução” (13 Agosto de 1898) e, pelo mesmo motivo recebeu missivas laudatórias do Presidente da República, Dr. José António de Almeida e de Sua Majestade Alberto I da Bélgica (Nota biográfica, de 17/12/1930).