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ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SÃO JORGE
CURSO TÉCNICO EM PORTOS
PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO USO OBRIGATÓRIO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO PORTO
NOVO DE RIO GRANDE
DANIELE OLIVEIRA DE MELO
Rio Grande
2013
ESCOLA DE EDUCAÇÃO PROFISSIONAL SÃO JORGE
CURSO TÉCNICO EM PORTOS
PROJETO DE CONCLUSÃO DE CURSO
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO USO OBRIGATÓRIO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO PORTO
NOVO DE RIO GRANDE
DANIELE OLIVEIRA DE MELO
Projeto de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Educação Profissional São Jorge, como exigência parcial para a obtenção do título de Técnico em Portos, sob a orientação do Prof. Mest. Alexandre Caldeirão.
Rio Grande
2013
DANIELE OLIVEIRA DE MELO
PROJETO DE IMPLANTAÇÃO DO USO OBRIGATÓRIO DE EQUIPAMENTOS DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL NO PORTO NOVO DE RIO GRANDE
Projeto de Conclusão de Curso apresentado à Escola de Educação Profissional São Jorge, como exigência parcial para a obtenção do título de Técnico em Portos, sob a orientação do Prof. Mest. Alexandre Caldeirão.
BANCA EXAMINADORA
Nome do Professor Orientador
________________________________________
Nome do Professor da Banca, citar a Instituição a qual ele está ligado.
________________________________________
Nome do Professor da Banca, citar a Instituição a qual ele está ligado.
________________________________________
Aprovado em:
________________________________________
AGRADECIMENTOS
Finalizar mais essa etapa importante
da vida, certamente, é porquê existem
pessoas que me acompanham e acreditam
no meu potencial. Primeiramente agradecer
à minha família que é a base de tudo e que
me dão o suporte necessário para que eu
conquiste meus sonhos, também a todos
colegas que participaram desse meu projeto
e, ao meu chefe/orientador Alexandre
Caldeirão por ter sido meu amigo e ter
acreditado em mim como profissional.
CITAÇÃO OCUPACIONAL
“No momento em que realmente nos
decidimos, então o universo começa a agir
também. Todo tipo de coisa começa a
ocorrer, coisas que não ocorreriam
normalmente, mas que acontecem porque
você tomou a decisão. Uma série de eventos
flui dessa decisão, levantando a nosso favor
todo tipo de imprevistos, encontros e
assistência material que nenhuma pessoa no
mundo poderia planejar que ocorresse na
sua vida. Seja lá o que você possa fazer, ou
tenha o sonho de fazer: comece. O arrojo
tem dentro de si inteligência, poder e
mágica. Então comece agora".
(Goethe)
RESUMO
No desempenho de suas atividades laborais, os trabalhadores estão expostos
a fatores ambientais, riscos físicos, químicos, biológicos, ergonômicos, além de
fatores individuais voltados à personalidade, cultura e trabalho de cada um.
O uso do EPI (Equipamento de Proteção Individual) no Terminal Porto Novo
de Rio Grande, Rio Grande do Sul, vem para ajudar na proteção da saúde e
segurança do trabalhador portuário, principalmente na área primária (área
alfandegada para a movimentação ou armazenagem de cargas destinadas ou
provenientes do transporte aquaviário) e os principais EPI exigidos são capacete de
segurança, sapato de segurança e óculos de proteção. Estes, junto com outros que
complementam a proteção e não são descartados, como por exemplo, protetores
auditivos, máscaras e cintos de segurança, devem ser usados quando o trabalho
realizado exija, preservando a integridade física dos trabalhadores e diminuindo a
ocorrência de acidentes de trabalho.
Esta implantação no Porto Novo se fez necessária e com o tempo, os
portuários se acostumarão e fiscalizar será passado, ou seja, algo bem distante.
Palavras-chave: Porto do Rio Grande, EPI, Equipamentos de Proteção Individual,
Saúde e Segurança.
LISTA DE ILUSTRAÇÕES
Figura 1 – Homem das Cavernas...............................................................................12
Figura 2 – Armadura...................................................................................................12
Figura 3 – Capacete de Segurança............................................................................13
Figura 4 – Calçados de Segurança............................................................................14
Figura 5 – Óculos de Proteção...................................................................................15
LISTA DE ABREVIATURAS E SIGLAS
SUPRG – Superintendência do Porto do Rio Grande
EPI – Equipamento(s) de Proteção Individual
SST – Saúde e Segurança do Trabalho
MTE – Ministério do Trabalho e do Emprego
SESMT – Serviço Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho
DMASS – Divisão de Meio Ambiente, Saúde e Segurança
NR – Normas Regulamentadoras
OGMO – Órgão Gestor de Mão de Obra
CA – Certificado de Aprovação
INMETRO – Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia.
kN – Quilonewton
TPA – Trabalhador Portuário Avulso
PPRA – Programa de Prevenção de Riscos Ambientais
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 10
1. EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL 11
1.1. História dos EPI 11
2. CA – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO 12
3. EPI EXIGIDO NO TERMINAL PORTO NOVO 13
3.1. Capacete de Segurança 13
3.2. Calçados de Segurança 14
3.3. Óculos de Proteção..............................................................................15
4. RESPONSABILIDADES QUANTO AO EPI 15
4.1. Empregador16
4.2. Empregado 16
5. FISCALIZAÇÃO 16
6. IRREGULARIDADES 17
7. PENALIDADES 18
7.1. Aos funcionários da SUPRG 18
7.2. Outros trabalhadores penalizados pelo não uso do EPI 19
CONSIDERAÇÕES FINAIS 20
REFERÊNCIAS 21
ANEXOS 22
INTRODUÇÃO
Para adequar-se à lei, o Porto do Rio Grande, necessitou realizar com
urgência, um Plano de Fiscalização de EPI (Equipamentos de Proteção Individual).
Os EPI necessários para o uso diário e de todos, seriam: capacetes de segurança,
sapato de segurança e óculos de proteção, existem outros tipos que são usados,
conforme a função, tais como: protetor auricular, cinto de segurança, entre outros.
Segundo relato de alguns profissionais portuários, já houve outras tentativas de
implantação sem sucesso.
O Plano de Implementação do Uso Obrigatório de EPI busca ser um
instrumento para evitar acidentes ou doenças ocupacionais e melhorar a qualidade
de vida e de saúde no ambiente de trabalho dos profissionais que desenvolvem suas
atividades no Terminal Porto Novo.
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91:
"acidente de trabalho é o que ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou temporária, da capacidade para o trabalho".
Assim sendo, a fim de atender à legislação vigente e à Norma
Regulamentadora n° 29 e dar cumprimento à decisão judicial n° 0001360-
10.2010.5.04.0122 que obriga a Superintendência do Porto do Rio Grande,
enquanto autoridade portuária a implementar rotina de fiscalização das operações
portuárias realizadas pelos operadores portuários quanto à utilização de EPI pelos
trabalhadores a seu serviço (dos operadores portuários) e quanto à observância das
normas inscritas na NR 29, tal plano de implementação prevê a utilização de
métodos educativos e coercitivos, que culminaram na garantia da segurança e
saúde do trabalhador portuário.
1. EPI – EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Segundo a NR6, Equipamento de Proteção Individual - EPI é “todo dispositivo ou
produto, de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado à proteção de riscos
suscetíveis de ameaçar a segurança e a saúde no trabalho.”
O risco ao qual o trabalhador está exposto determina o EPI a ser utilizado. A
responsabilidade é grande. Afinal, em muitos casos, ele é o componente decisivo
para garantir a saúde, a integridade física e até a vida do trabalhador, por isso, a
escolha do EPI é muito importante.
Qualquer EPI de uso nacional ou importado, só poderá ser comercializado ou
utilizado se houver um número chamado CA - Certificado de Aprovação, expedido
pelo órgão nacional competente em Segurança e Saúde do Trabalho do Ministério
do Trabalho e Emprego - MTE.
Compete ao SESMT - Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e em
Medicina do Trabalho, CIPA – Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e aos
Trabalhadores usuários, recomendar ao empregador o EPI adequado ao risco
existente em determinada atividade.
1.1. História dos EPI
Desde os primórdios dos tempos, o homem busca a proteção individual quase
que instintivamente. Os primeiros EPIs - Equipamentos de Proteção Individual foram
registrados já na época das cavernas, quando o homem primata utilizava
vestimentas de pele de animais para se proteger das intempéries do clima e
enpunhava suas clavas contra animais da região hostil que habitava.
Na idade média houve uma importante evolução, quando os cavaleiros
medievais passaram a se proteger das lanças do ataque inimigo por detrás das
armaduras. Por sua vez, os povos indígenas utilizavam roupas feitas de couros de
animais e penas de aves e empregavam arcos e flechas nos combates e caçadas.
A humanidade evoluiu. Vieram a Revolução Industrial, a Primeira e a Segunda
Guerra Mundial e as atividades artesanais cederam espaço às mineradoras,
metalúrgicas e fundições. Desde então, a evolução dos EPI nunca mais parou. Hoje,
sua satisfação atinge um nível tal que julgamos não haver mais espaço para novos
progressos, grande engano: cada dia, descobrem-se novos materiais, parâmetros,
tecnologias e metodologias que contribuem para sua evolução e buscam tão
somente proteger o bem mais valioso que temos: a vida.
Para alguns especialistas da área de Segurança e Saúde Ocupacional, as
guerras mundiais contribuíram em muito para a evolução dos EPI. Infelizmente, um
evento que trouxe tanta dor e sofrimento para os povos contribuiu para a melhoria
da segurança ocupacional e a preservação da vida humana.
O uso do EPI no Brasil, nasceu legalmente falando da CLT (Consolidação das
Leis do Trabalho) por meio do Decreto Lei N° 5452 de 1° de Maio de 1943, em seu
artigo 187 parágrafo 1 e artigo 188. No artigo foi determinado que em todas as
atividades exigidas o empregador forneceria EPI.
Figura 1 – Homem das Cavernas
Fonte: http://colegioaugustoruschi.blogspot.com.br/2010/09/imagens-dos-homens-das-cavernas.html
Figura 2 – Armadura
Fonte: http://rakbruword.blogspot.com.br/2013/06/a-evolucao-das-armaduras.html#.UpT0ccRDs8k
2. C.A. – CERTIFICADO DE APROVAÇÃO
No Brasil, o principal atestado de que o equipamento desse tipo é seguro é o
Certificado de Aprovação, emitido pelo MTE após a submissão do produto a uma
série de ensaios de segurança. Nenhum EPI pode ser vendido no Brasil sem
ostentar o número desse documento, que indica que está liberado para o uso no
país.
O CA não é simplesmente um número, existe todo um processo para que o
equipamento seja seguro ou não, se protege ou não. Existem portarias que definem
as normas técnicas de ensaio laboratorial para cada tipo de equipamento.
Para checar o CA, os profissionais podem consultar os termos do certificado
no site do Ministério do Trabalho e confirmar a que testes esses produtos foram
submetidos e quais os riscos compatíveis com a função dos trabalhadores que
recebem o EPI.
Todo EPI deverá apresentar em caracteres indeléveis bem visíveis, o nome
comercial da empresa fabricante, o lote de fabricação e o número do CA, ou no caso
do EPI importado, o nome do importador, o lote de fabricação e o número do CA.
3. EPI EXIGIDOS NO TERMINAL PORTO NOVO
Os principais EPI exigidos no Plano de EPI são: capacete de segurança,
calçados de segurança e óculos de proteção.
3.1. Capacete de Segurança
A função do capacete é proteger a cabeça do trabalhador, reduzindo os
efeitos do impacto de objetos e a possibilidade de ferimentos, choques elétricos e
contra agentes térmicos.
Certificação: o capacete foi o primeiro EPI a ser incluído no sistema de
avaliação e certificação do Inmetro - Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e
Tecnologia.
Anatomia do EPI: Casco, carneira e aba.
Figura 3 – Capacete de Segurança
Fonte: http://www.liflex.com.br/epi-equipamento-de-protecao-individual
3.2. Calçados de Segurança
Os calçados de uso profissional protegem os pés dos trabalhadores dos
riscos existentes nas diversas atividades laborais. No mercado, há variedades de
modelos, materiais e soluções. A escolha deve considerar o campo de uso, a
necessidade de proteção e o conforto.
Os calçados devem estar em conformidade com os requisitos estabelecidos
pelas normas ABNT NBR ISO, que seguem a seguinte classificação: Calçado de
Segurança, Calçado de Proteção e Calçado Ocupacional. Esses calçados, possuem
biqueiras que protegem contra energia de impacto e resistência à compressão,
conforme tabela abaixo:
Calçado ABNT NBR ISO Energia de Impacto
Resistência à compressão
Segurança 20.345:2008 Até 200 joules Até 15 kN
Proteção 20.346:2008 Até 100 joules Até 10kN
Ocupacional 20.347:2008 - -
Obs.: Os calçados ocupacionais não possuem biqueiras de proteção, mas
devem atender a pelo menos outro requisito de proteção.
Os tipos de riscos prevenidos pelos calçados de segurança, conforme a NR6,
são: umidade, agentes cortantes e perfurantes, impacto de quedas e objetos,
agentes térmicos, agentes de energia elétrica e, respingos de produtos químicos.
Certificação: O processo de certificação e renovação dos calçados de uso
profissional deve seguir os parâmetros estabelecidos na NR6 e portarias nº
121/2009 e 126/2009.
Figura 4 – Calçados de segurança
Fonte: http://www.logismarket.ind.br/leal-seg/calcados-de-seguranca/2101726935-2408098425-p.html
3.3. Óculos de Proteção
Proteger os olhos de impactos, partículas voltantes, luminosidade intensa,
radiações ópticas, respingos químicos e poeiras é a principal função dos óculos de
segurança. O material predominante é o policarbonato, que possibilita resistência a
impactos e diversidade de modelos. Também variam quanto à armação, lente,
composição de materiais, tratamentos de superfície, como antirrisco e
antiembaçante, e tonalidades de lentes.
Certificação: A substituição das lentes da armação de um óculos de
segurança por lentes graduadas apenas é permitida quando o fabricantes possui
ótica ou laboratório por ele autorizado para realizar esse serviço. (Óculos de
sobrepor).
Figura 5 – Óculos de Proteção
Fonte: http://www.carbografite.com.br/produto-detalhe.asp?Cod=55&Id_Produto=3517
4. RESPONSABILIDADES QUANTO AO EPI
Segundo a NR 6, a empresa é obrigada a fornecer aos empregados,
gratuitamente, EPI adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e
funcionamento nas seguintes circunstâncias:
Sempre que as medidas de ordem geral não ofereçam complete proteção contra os riscos de acidentes do trabalho ou doenças profissionais ou do trabalho;
Enquanto as medidas de proteção coletiva estiverem sendo implantadas; e
Para atender a situações de emergência.
4.1. Empregador:
Adquirir o adequado ao risco de cada atividade;
Exigir seu uso;
Fornecer ao trabalhador somente o aprovado pelo órgão nacional
competente em matéria de segurança e saúde no trabalho;
Orientar e treinar o trabalhador sobre o uso adequado guarda e
conservação do mesmo;
Substituir imediatamente, quando danificado ou extraviado;
Responsabilizar-se pela higienização e manutenção periódica;
Comunicar ao MTE qualquer irregularidade observada;
Registrar o seu fornecimento ao trabalhador, podendo ser adotados
livros, fichas ou sistema eletrônico.
4.2. Empregado:
Usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
Responsabilizar-se pela guarda e conservação;
Comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para
uso; e,
Cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
5. FISCALIZAÇÃO
Para fiscalizar o uso do EPI no Terminal Porto Novo do Rio Grande, viu-se a
necessidade de contratar uma empresa terceirizada para realização deste trabalho,
visando diminuir atritos entre funcionários que trabalham em longa data e por falta
de efetivo para esse tipo de serviço.
Foram feitas cotações, em 3 (três) empresas do ramo e, conforme a Lei de
Licitações (Lei 8666/93, é uma lei federal brasileira, sancionada em 21 de junho de
1993), e uma empresa foi a escolhida para realização desse trabalho, durante 6
(seis) meses, com direito a renovação.
A exigência na Tomada de Preços, uma das modalidades disponíveis na Lei das
Licitações, foi de 02 (dois) Agentes de Monitoramento fazendo revezamento em um
ponto fixo, localizados nas catracas, ao lado da Guarda Portuária, e outro pela área.
Para fazer relatórios e resolver problemas junto com os Agentes, foi contratado, 01
(um) supervisor. A empresa ganhadora, com o valor mais barato, fez escalas de
horário de trabalho de12 x 36 horas.
Ficam os encarregados de setor responsáveis pelo cumprimento desta
norma;
Os Agentes de Monitoramento, ligados ao SESMT exercerão a fiscalização
do cumprimento das normas descritas no presente plano;
A Guarda Portuária deverá colaborar com a fiscalização e servir como apoio;
Com relação aos funcionários dos Operadores Portuários, tal fiscalização
deverá ser executada por pessoal designado, ligados à DMASS, ao SESMT e
ao Setor da Guarda Portuária.
A Guarda Portuária, por tratar-se do setor que lida diretamente com a entrada e
saída de pessoas do recinto portuário, deverá exercer um papel incisivo no auxílio à
fiscalização do uso dos Equipamentos de Proteção Individual, cabendo ainda exigir
do infrator o uso adequado, e comunicar imediatamente aos Agentes de
Monitoramento o descumprimento das normas.
6. IRREGULARIDADES
As possíveis irregularidades deverão ser comunicadas por escrito ao Serviço
Especializado em Segurança e Medicina do Trabalho - SESMT, que por sua vez
emitirá um relatório situacional diário a ser encaminhado ao Chefe da Divisão de
Meio Ambiente, Saúde e Segurança - DMASS.
Em anexo (Anexo 2), exemplo de advertência por escrito pelo não uso de EPI.
7. PENALIDADES
Cumpre ressaltar que constitui ato faltoso a desobediência à Ordem de Serviço
n.º 11/2013-SUPRG, a omissão na fiscalização do uso dos equipamentos, bem
como a recusa injustificada ao uso do equipamento de proteção individual, podendo
ser, por isso, punidos os funcionários da SUPRG, trabalhadores vinculados ao
OGMO, Operadores Portuários, funcionários de empresas terceirizadas e empresas
terceirizadas, de acordo com a escala de penalidades adiante expostas:
7.1. Aos funcionários da SUPRG:
Primeira ocorrência: advertência por escrito, com ciência do faltoso,
registrada em arquivo do SESMT.
Segunda ocorrência: advertência – Termo de Declarações - por escrito
e registrada nos assentamentos do servidor.
Terceira ocorrência: advertência – Termo de Declarações - por escrito
e registrada nos assentamentos do servidor.
Quarta ocorrência: suspensão por um dia mediante Inquérito
Administrativo Disciplinar a ser processado e julgado pela Comissão
Permanente de Sindicância.
Quinta ocorrência: suspensão por 15 dias mediante Inquérito
Administrativo Disciplinar a ser processado e julgado pela Comissão
Permanente de Sindicância.
Sexta ocorrência: suspensão por 29 dias mediante Inquérito
Administrativo Disciplinar a ser processado e julgado pela Comissão
Permanente de Sindicância.
“Termo de Declarações é a forma sumária de comprovação de faltas menores praticadas por servidores, através da tomada de seu depoimento, que, em si, já é defesa, sobre irregularidade que lhe é atribuída. Para plena validade das declarações é de toda conveniência que sejam tomadas em presença de, pelo menos, duas testemunhas, que também subscreverão o termo.”
(Obra: Sindicância – Processo e Controle Jurisdicional – Doutrina e Prática; Autor:
Jorge Palma de Almeida Fernandes apud Hely Lopes Meirelles.).
Considerando a necessidade de resguardar o pleno exercício à ampla defesa
e ao devido processo administrativo, a legislação pátria exige que a penalidade de
suspensão das atividades dos servidores públicos seja aplicada, somente, mediante
a prévia instauração de Processo Administrativo Disciplinar. Nesse sentido, fica
formada a Comissão Permanente de Sindicância, que será instituída mediante
Portaria, a qual é composta, exclusivamente, por servidores da SUPRG, aptos a
analisarem as infrações e estabelecerem a suspensão (sob a ordem cronológica)
para o caso de a irregularidade restar configurada. Será assegurada (sempre) a
possibilidade de defesa do suposto infrator para os casos de suspensão por ato
faltoso e desobediência às normas em tela.
Após lavrada a Infração pelo SESMT, o processo será formado e instruído
com Despacho do Diretor Superintendente endereçado à Comissão Permanente de
Sindicância, a qual deverá decidir pela aplicação da suspensão (ou não) no prazo
máximo de 10 (dez) dias, renováveis por mais 10 (dez).
Para os casos de suspensão do trabalhador acima especificado, a SUPRG
não arcará com a remuneração dos dias em que o infrator encontrar-se suspenso.
7.2. Outros trabalhadores penalizados pelo não uso de EPI: Trabalhadores Portuários Avulsos – TPA – Vinculados ao OGMO;
Trabalhadores vinculados aos Operadores Portuários;
Operadores Portuários em caso de omissão na fiscalização;
Operadores vinculados às empresas terceirizadas que prestam serviço à
SUPRG.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Equipamentos de Proteção Individual ou EPI são meios ou dispositivos
destinados a serem utilizados, como diz o nome, individualmente, contra possíveis
riscos à saúde ou segurança durante o exercício de uma determinada atividade. O
equipamento de proteção individual deve minimizar os riscos contra a saúde e
segurança de cada atividade laboral, protegendo o que for necessário, para cada
função.
Toda e qualquer mudança depende de instruções, boa vontade e tempo para
que seja aceita. Trabalhar com EPI no Terminal Porto Novo, não seria diferente. A
aceitação por conta de alguns portuários foi bem difícil, pois a mais de trinta anos
eles trabalham na área portuária e nunca tiveram que usar esse tipo de proteção,
que segundo eles é incômoda e para muitos é desnecessária.
Outro fator que acabou atrapalhando o andamento do processo foi o déficit de
EPI para fornecer a todos os usuários e é válido considerar a enorme burocracia que
existe no serviço público para uma compra de equipamentos para todos os
funcionários.
Por algum tempo, a empresa terceirizada juntamente com o SESMT, fez
orientação com os usuários do Porto Novo, para o uso de capacete, óculos e sapato
de segurança e aqueles que, mesmo com esta orientação, negaram-se a usar,
começaram a serem notificados, alguns foi bloqueado o acesso ao Porto Novo, se
não estivessem conforme a exigência do Projeto.
Usar o Equipamento de Proteção Individual é mais que um dever, é um
direito.
REFERÊNCIAS
MTE - MINISTÉRIO DO TRABALHO E EMPREGO. Disponível em:
<http://portal.mte.gov.br/data/files/FF8080812DC56F8F012DCDAD35721F50/NR-
06%20(atualizada)%202010.pdf>. Acesso em: 12 de novembro de 2013.
[s.n.] Licitação. Disponível em: <http://pt.wikipedia.org/wiki/Licita
%C3%A7%C3%A3o>. Acesso em: 13 de novembro de 2013.
SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DE RIO GRANDE. Ordem de Serviço n. 11. Rio
Grande: 25 de outubro de 2013.
ANA. Formatação das Normas da ABNT. Disponível em: <
http://formatacaoabnt.blogspot.com.br/>. Acesso em: 25 de novembro de 2013.
CARDOSO, Maria. Cumprindo o seu papel. Revista Proteção, Novo Hamburgo, RS,
n. 241, Ano XXV, p. 44-48, jan.2012.
COLUSI, Adriano; BARAZZUTTI, Lamartini D. No volante: Motoristas de ônibus
estão expostos a altos níveis de pressão sonora. Revista Proteção, Novo Hamburgo,
RS, n.242, Ano XXV, p. 64, fev.2012.
CARDOSO, Maria. Investimento que dá retorno. Revista Proteção, Novo Hamburgo,
RS, n. 246, Ano XXV, p.42-59, jun. 2012.
RENZ, Elizabeth. Atividade colocada em xeque. Revista Proteção, Novo Hamburgo,
RS, n.261, Ano XXVI, p.38-54, set.2013.
VEIGA, Camila. Proteção vital: Atualização de normas e novas matérias-primas
proporcionam alto desempenho ao capacete. Revista Proteção, Novo Hamburgo,
RS, n.261, Ano XXVI, p.56-64, set. 2013.
ANEXOS
ANEXO 1
MINUTA DE ORDEM DE SERVIÇO Nº 11, DE 25 DE OUTUBRO DE 2013.
Uso Obrigatório de Equipamento de Proteção Individual
O DIRETOR-SUPERINTENDENTE DA SUPERINTENDÊNCIA DO PORTO DO RIO GRANDE – SUPRG, no uso de suas atribuições legais, conferidas pelo § 2º,do Artigo 10, da Lei nº 10.722, de 18 de janeiro de 1996,
CONSIDERANDO:
- que as áreas do Porto Organizado do Rio Grande são de responsabilidade da SUPRG, cabendo a Autarquia fiscalizá-las e regrá-las, visando a saúde e a segurança do trabalhador portuário;
- que é de responsabilidade desta Superintendência a desenvolver ações que permitam fiscalizar o uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPI) de uso obrigatório dentro da área primária e no Pátio Automotivo do Porto Novo;
- as diversas atividades desenvolvidas concomitantemente no terminal e tomando como referência a legislação vigente aplicável e a Norma Regulamentadora 29, juntamente com o princípio da prevenção;
- o descrito nos Programas de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) de cada operador portuário:
DETERMINA:
1. O acesso à área primária do Terminal Porto Novo apenas será liberado para pessoas portando:
a) Crachá de identificação portado à mostra no peito;
b) Traje adequado, composto, no mínimo, por calças compridas e camiseta de manga curta;
c) Capacete de segurança;
d) Calçado de segurança adequado, salvo visitantes esporádicos que poderão portar calçado fechado, com ou sem cadarço, descartando-se chinelos, sandálias, sapatos de salto alto, tamancos, plataformas e similares
e) Óculos de segurança
2. No pátio automotivo, é obrigatório o uso de EPI básico completo na área de carregamento de veículos, sendo dispensado o uso do capacete de segurança para o restante do pátio.
3. Os visitantes deverão ser acompanhados por um representante da empresa a ser visitada desde o portão de acesso até o local da visita e posteriormente no trajeto de retorno ao portão de acesso.
4. A responsabilidade pelo uso do EPI por parte dos visitantes é da empresa que solicitou a visita.
5. As áreas e situações especiais com relação ao uso do EPI estão listados a seguir:
a) Em escritórios, áreas de convívio, refeitórios, vestiários e locais similares, onde não há riscos ocupacionais, ficam dispensados o uso do capacete e calçado de segurança. Esta prerrogativa não se aplica no caso de manutenção/construção/reforma no local.
b) Na movimentação logística de veículos leves, entre navio e cais, mais especificamente automóveis, no interior do veículo, fica dispensado o uso do capacete de segurança, bem como no translado direto entre cais e navio; a área deverá estar totalmente isolada e sinalizada, com controle do tráfego de veículos e acesso de pessoas estranhas à operação. O controle da área é de responsabilidade do executor do serviço.
c) No trajeto do estacionamento E-12 até o Centro de Eventos, fica dispensado o uso de EPI, sendo, no entanto, obrigatória a observação do disposto na letra “d” do item 1; o trajeto deste pessoal, nestas condições, é limitado ao trecho compreendido entrem os veículos transportadores (ônibus, microônibus, vans e similares) até a porta de entrada do Centro de Convivência;
d) Não é permitido aos visitantes transitar fora da área delimitada. Os motoristas dos veículos deverão permanecer a bordo ou acompanhar o grupo de visitantes não sendo permitido seu trânsito fora das áreas delimitadas.
e) Tripulantes de embarcações:
• Os EPI e trajes básicos, citados no caput desta norma, são de uso obrigatório quando em terra;
• À agência marítima responsável pela operação corresponde a obrigação de informar os tripulantes de embarcações de longo curso sobre as diretrizes desta norma;
• Os EPI utilizados pela tripulação em seu deslocamento serão fornecidos pela agência marítima responsável, que deverá acompanhar o deslocamento dos tripulantes da embarcação ao portão de acesso. Esta diretriz é igualmente válida para o fluxo reverso. Para trânsito entre a embarcação e o portão de acesso, os tripulantes de embarcações ficam isentos do uso de calçado de segurança, devendo, no entanto, estar com calçado fechado.
f) Navios de turistas (transatlânticos):
• Fica dispensado do uso de EPI ao pessoal diretamente envolvido com a recepção aos turistas dentro da área delimitada para esta atividade, e no trajeto compreendido desde o portão de acesso até a área de recepção e ao navio.
• O trânsito de turistas é restrito à área especialmente destinada a esse fim e devidamente demarcada.
• Os mesmos deverão ser acompanhados por pessoal qualificado e identificado.
g) Visitações a embarcações da Marinha do Brasil e de outros países:
• Deverá ser disponibilizado meio de transporte entre o portão de acesso e o ponto de atracação das embarcações, ficando os visitantes dispensados do uso do capacete de segurança. Caso não seja disponibilizado o transporte, deverão ser aplicadas as normas para visitantes esporádicos (Item 3);
6. O fornecimento dos EPI é de responsabilidade do empregador.
ANEXO 2
ADVERTÊNCIA POR NÃO USO DE EQUIPAMENTO DE PROTEÇÃO INDIVIDUAL
Pelo presente considero-me advertido(a) por ato praticado na data
de ............./................./..................., por não estar cumprindo o disposto no art.
158/Parágrafo único/letra “b” da CLT; os itens 6.6 e 6.7 da NR-6 e item 1.8 da NR-1,
da Portaria 3.214 de 08 de julho de 1978 do Ministério do Trabalho e Emprego; e OS
11/2013, da Superintendência do Porto do Rio Grande.
Motivo da infração: não estar usando, ou estar usando de forma incorreta, os
Equipamentos de Proteção Individual abaixo identificados:
1. .............................................................................................................................
2. .............................................................................................................................
3. .............................................................................................................................
4. ............................................................................................................................
5.
Nome: ............................................................................................................................
Empresa: .......................................................................................................................
Operador Portuário: .......................................................................................................
........................................................... ...............................................................
(Fiscal) (Notificado)
Observações: ................................................................................................................
........................
........................................................................................................................................
ANEXO 3
REGISTRO DE EMPRÉSTIMO DE EPI