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UNICAP – Resumos Expandidos em 10 de novembro de 2017
WEBQUEST: ALIMENTOS ÁCIDOS E BÁSICOS E USO DOMÉSTICO
Alanis Luckwu da Silva1*,2, Lúcia Fernanda C. da C. Leite1, Robson C. Lins1.
SUBPROJETO QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Ginásio Pernambucano–Cabugá.
Emails: [email protected], [email protected], [email protected]
Introdução
O desenvolvimento de tecnologias nas mais diversas áreas tem facilitado o acesso à informação
e provocado mudanças relevantes em vários ambientes sociais, dentre eles, a escola. Um exemplo
prático é o trabalho de pesquisa, antes o aluno se dirigia à biblioteca e buscava em enciclopédias,
livros diversos, jornais e revistas. Hoje, além de informações impressas, temos o mundo virtual
com uma infinidade de informações, porém pouco aproveitadas ou utilizadas erroneamente no
aprendizado. Dessa forma, deve-se fazer uso dessas tecnologias como estratégia para
proporcionar maior compreensão dos fenômenos químicos que ocorrem no dia a dia, através da
utilização das Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC’s) no ensino de Química, para o
estudante compreender esses fenômenos com mais facilidade. No entanto, quando se trabalha
com tecnologias, em especial com a Internet, corre-se o risco de dispersão dos alunos. Na tentativa
de diminuir esta dispersão no momento de trabalho com as ferramentas, Bernie Dodge e Tom
March, em 1995, desenvolveram o modelo de estratégia didática WebQuest: Web (rede de
hiperligações – internet) e Quest (questionário, busca ou pesquisa).
Objetivos
Nossos objetivos frente a essa estratégia didática foram apresentar o conteúdo estudado na
perspectiva de centralizar o aluno através da investigação colaborativa, bem como, criar um
ambiente diferenciado da sala de aula no qual é possível estudar em qualquer lugar e a qualquer
hora com o uso da internet e, também facilitar o ensino-aprendizagem sobre ácidos e bases de
forma contextualizada usando o cotidiano para exemplificar.
Referencial Teórico
Dodge (1995) define a WQ como “uma investigação orientada na qual algumas ou todas as
informações são originadas de recursos da Internet, opcionalmente suplementados por
videoconferências”. A utilização de WQ´s em contexto educativo é alvo do interesse crescente
por parte de professores e investigadores, que têm publicado diversos estudos sobre esta temática
no Brasil, tais como Leão (2005), Silva (2006), Gouvea (2006) e Barros (2005). Segundo, Zuin e
Freitas, (2007), Galvão et al. (2011) o objetivo da WQ, é propor a resolução de problemas e o
trabalho colaborativo dos estudantes que podem potencializar o aprendizado de conteúdos
científicos mais adequados na atualidade. Segundo Cruz et al. (2007) as WQ´s são constituídas
por seis componentes: Introdução: É um dos componentes mais importantes da WQ, pois através
dela se procura chamar a atenção do aluno bem como desafiá-lo ao assunto a ser ensinado,
proporcionando motivação suficiente para que ele se sinta atraído e curioso em continuar em sua
investigação; Tarefa: É a parte mais importante de uma WQ pois promove atividades nas quais
o aluno venha a produzir algo viável e interessante através da criatividade; Processos e Recursos:
Nesta etapa são dadas instruções de como o aluno deverá executar as tarefas. O processo é a parte
da WQ que fará com que os alunos encontrem as informações necessárias para que os objetivos
da atividade sejam alcançados; Avaliação: É a parte que explica como será realizada a avaliação
ou disponibiliza um questionário ou uma avaliação a ser preenchida; Conclusão: Esta etapa tem
por finalidade fazer um fechamento do trabalho realizado na WQ, onde os professores farão
comentários sobre os objetivos que devem ser cumpridos, e os benefícios que trouxe ao aluno.
Esta estrutura bem delineada é que faz com que uma WQ seja diferente de um site educativo
qualquer.
Metodologia e Resultados
A WebQuest foi desenvolvida em uma plataforma de criação de sites conhecida por
www.wix.com, elaborada e aplicada com 20 alunos do 2º ano do ensino médio, EREM Ginásio
Pernambucano – Cabugá, no mês de agosto do corrente, como uma atividade do PIBID Química.
O site da WQ recebeu o nome de Experimentando Química Ácidos e Bases (Figura 1).
Inicialmente, os alunos leem a etapa introdução para assim poder seguir para as tarefas (Figuras
2 e 3).
Figura 1 – Página inicial do site criado para WQ
Depois de ler as tarefas, os alunos clicam em processo e fontes de informação para tirar suas
dúvidas iniciais e acessar as fontes da rede. Após isso, eles completam as tarefas e seguem para
avaliação, lá foi colocado um questionário em pdf o qual eles devem responder e enviar para o
Email descrito. Para acessar o gabarito, eles tiveram que responder uma pergunta sobre o assunto
visto. Por fim, na conclusão foi colocado a estatística, em percentagem, da maior a menor
Figura 2 – Etapa Introdução da WQ
Figura 3 – Etapa tarefas da WQ
pontuação, algumas considerações sobre as pontuações e as considerações finais da atividade. A
maioria (80%) dos alunos conseguiu atingir uma pontuação na média (7,0), apenas 20% dos
alunos ficaram fora da média. Eles se sentiram bastante satisfeitos com a atividade diferenciada
proporcionada pela WQ.
Conclusões
A abordagem sobre ácidos e bases na escola pode ser bastante maçante, com muito conteúdo a
ser decorado e poucas informações atrativas, entretanto, através do uso da WebQuest os
estudantes que participaram da atividade se mostraram extremamente interessados e se
comprometeram com o trabalho, nós obtivemos ótimas respostas no questionário. Eles se
envolveram com as tarefas e com toda WQ. Em suma, o estudo revelou uma melhora do
conhecimento e da motivação para o aprendizado pelo uso da ferramenta WebQuest dos ácidos e
bases.
Referências Bibliográficas
CRUZ, S.; BOTTENTUIT Junior, J. B.; COUTINHO, C. P. & CARVALHO, A. A. (2007). O
Blogue e o Podcast como Resultado da Aprendizagem com Webquests. In DIAS, P.; FREITAS,
C.V.; SILVA, B.; OSÓSIO, A. e RAMOS, A. Atlas da V Conferência Internacional de
Tecnologias de Informação e Comunicação na Educação: Challenges 2007. p. 893-904. Braga,
Universidade do Minho.
DODGE, B. WebQuests: Past, Present and Future. In A. A. Carvalho (org.), Actas do Encontro
sobre WebQuest. Braga: CIEd, 3-7, 1995.
GALVÃO, C.; REIS, P.; FREIRE, S.; FARIA, C. Ensinar ciências, aprender ciências. O
contributo do projeto internacional PARSEL para tornar a Ciência mais relevante para os alunos.
Porto: Porto Editora, 2011.
SILVA, A. C. A., MELLO, I. C. WebQuest no Ensino de Química: a experiência de uma
professora e seus estudantes do Ensino Médio. Instituto de Química da Universidade de Brasília
(IQ/UnB). XV Encontro Nacional de Ensino de Química (XV ENEQ) – Brasília, DF, Brasil – 21
a 24 de julho de 2010.
SILVA, T. E. M., BERNARDINELLI, Sílvia, SOUZA, F. F., MATOS, P. M. e ZUIN, V. G.
Desenvolvimento e Aplicação de Webquest para Ensino de Química Orgânica: Controle
Biorracional da Lagarta-do-Cartucho do Milho. Quím. Nova Esc. – São Paulo-SP, BR. Vol. 38,
N° 1, p. 47-53, fevereiro 2016.
ZUIN, V.G.; FREITAS, D. A utilização de temas controversos: estudo de caso na formação de
licenciandos numa abordagem CTSA. Ciência e Ensino, v. 1, n. 2, p. 1-9, 2007.
PILHAS E BATERIAS:
UMA FORMA SIMPLES DE PRODUZIR ENERGIA ELÉTRICA
Andréa Alves Santos de Souza2, Cássia Carine Morais dos Santos1*,2,
Caroliny Severina da Silva1,2 , Lúcia Fernanda C. da Costa Leite1
1SUBPROJETO QUÍMICA
Universidade Católica de Pernambuco,
2Escola de Referência Liceu de Artes e Ofícios,
Emails: [email protected], [email protected], [email protected],
Introdução
A realização de aulas experimentais, em Química, representa uma excelente ferramenta para que
o aluno faça a experimentação do conteúdo e possa estabelecer a dinâmica e indissociável relação
entre teoria e prática. A importância da experimentação no processo de aprendizagem é discutida
por vários educadores que, em uma experiência de ensino não formal de Ciências, aposta na maior
significância desta metodologia em relação à simples memorização da informação, método
tradicionalmente empregado nas salas de aula. Um dos grandes desafios no dia de hoje, é produzir
energia elétrica de modo sustentável, sem prejudicar a natureza. As pilhas e baterias são capazes
de fornecer energia elétrica, apesar de trazer um grande benefício para a humanidade, acabam
prejudicando o meio ambiente e os seres humanos. Pensando nisso, realizamos um experimento
para criar um dispositivo que seja capaz de produzir energia elétrica sem causar danos à
humanidade e a natureza. Neste trabalho demonstramos que é possível construir pilhas caseiras
utilizando materiais de fácil acesso e de baixo custo. As pilhas sugeridas em livros didáticos sejam
aquelas com materiais típicos de laboratório, como por exemplo, a pilha de Daniell sejam as
menos clássicas, como aquelas à base de limão e batata se bem exploradas, ilustram conceitos de
indiscutível importância química no campo da termodinâmica (variação da energia de Gibbs,
espontaneidade, e constante de equilíbrio de reações redox), da migração de íons em solução
(papel da ponte salina, difusão e migração nas semi-celas). Essa atividade experimental foi
desenvolvida na escola Liceu de Artes e Ofícios, da rede pública localizada em Recife – PE.
Objetivo
Construir diferentes pilhas utilizando materiais de fácil acesso e de baixo custo para facilitar o
aprendizado e a compreensão dos alunos sobre os conceitos fundamentais de eletroquímica e
corrente elétrica.
Fundamentação Teórica
Aula experimental no ensino de Química tem sido defendida por diversos autores como um
recurso pedagógico que aumenta a capacidade de aprendizado, uma vez que tende a despertar nos
alunos, um grande interesse devido ao caráter motivador, lúdico, essencialmente, vinculado aos
sentidos (BENITE et al, 2009), pois os educandos são envolvidos através de aspectos visuais
como cores, texturas e odores o que faz estreitar o elo entre a motivação e aprendizagem. Portanto
é de fundamental importância desenvolver atividades pedagógicas que objetivem despertar a
curiosidade do educando para buscar o conhecimento (CUNHA, 2012). Neste trabalho a
contextualização do ensino de Química foi realizada por diferentes ferramentas, utilizando como
tema central eletroquímica.
Período de realização de atividade
O projeto foi iniciado no mês de agosto de 2016 e desenvolvido pelas alunas do PIBID Química
das Universidade Católica de Pernambuco, onde participaram 59 estudantes das turmas do 2º ano
“C” do Ensino Médio da Escola Liceu de Artes e Ofícios.
Metodologia
Inicialmente, foi aplicado um questionário com 10 perguntas relacionadas com tema proposto
para a turma do 2º ano. Em seguida as respostas foram debatidas em sala de aula com o objetivo
de identificar as dificuldades e os conhecimentos prévios dos estudantes. Ao analisar as respostas
dos estudantes, elaborou-se um plano de ensino.
Para a realização da prática foi planejado pelas pibidianas uma experimentação, que seria
realizada em grupos, onde cada grupo tinha o papel de construir uma simples Pilha de Daniell,
utilizando vários materiais encontrados no nosso dia a dia. Um dos materiais escolhidos foi à
batata doce, um simples alimento que é capaz de produzir uma pequena quantidade de energia
elétrica. Nesse experimento nós fatiamos essa batata em dez partes e cada uma dessas partes foi
transformada em uma simples pilha elétrica capaz de gerar aproximadamente 1 volt, mostramos
também que se associarmos essas 10 pilhas em série, esse conjunto de pilhas fornecerá
aproximadamente 10 volts. .
Resultados e Discussões
As pilhas e as baterias fazem parte do dia a dia dos alunos, fazendo com que os conhecimentos
relacionados a esses objetos passem a ser de fundamental importância no contexto escolar. O
assunto Eletroquímica é complexo tem diversos conceitos, equações, cálculos, e o experimento
da construção da pilha facilitou o entendimento desse assunto. Após a apresentação dessa prática
os alunos se mostraram interessados em construir novos modelos de pilha. Com a aplicação do
questionário foi possível identificar as dificuldades e os conhecimentos prévios que dos
estudantes em relação à eletroquímica. Abaixo estão relacionadas as 10 perguntas listadas no
questionário:
1º) você já reprovou o 2ºano do Ensino Médio?; 2º) você já estudou o conteúdo de eletroquímica?
3º) você acha que o sol é um tipo de energia limpa? 4º) você utiliza algum tipo de bateria
diariamente? 5º) você sabe o que é uma corrosão? 6º) você acha que exista algum tipo de bateria
que não agrida o ambiente? 7º) você já descartou algum tipo de bateria em algum lugar
apropriado? 8º) você acha que uma Pilha pode ser feita de frutas ou verduras? 9º) você acha que
algum tipo de indústria no Mercado se utiliza do processo de eletroquímica?10º) você gosta da
disciplina de química? Maioria dos alunos (87%) não tinha estudado e 100% respondeu que o
sol é um tipo de energia limpa.
Conclusões
Ao realizar essa atividade experimental observamos o quanto é importante utilizar meios simples
para tornar as aulas mais divertidas, os alunos se tornam mais interessados e menos apáticos. É
importante que nós futuros professores tenhamos motivação e força de vontade para levar aos
alunos ideia que instiguem o raciocínio lógico, a criatividade e seu lado crítico como cidadão.
Segundo Jean Piaget (1994, p.96) “O principal objetivo da Educação é criar pessoas capazes de
fazer coisas novas e não simplesmente repetir o que as outras gerações fizeram”, é com essa
concepção que aprendemos o quanto é importante criar possibilidades para que os alunos se
mostrem motivados a querer sempre ir mais além.
Referências
BENITE A. M. C.; BENITE C. R. M. O laboratório didático no ensino de química: uma
experiência no ensino público brasileiro. Revista Iberoamericana de Educación. n.º 48/2, pp. 1-
2, 2009.
CUNHA, M. B. Jogos no ensino de química: considerações teóricas para utilização em sala de
aula. Química Nova na Escola, vol. 34, Nº2, p. 96, 2012.
PIAGET, J. (1994) O juízo moral na criança. São Paulo: Martins Fontes, 1932.
OS IMPACTOS CAUSADOS PELA CHUVA ÁCIDA NO MEIO AMBIENTE
Euclides Garcia da Silva Junior 1,2, Lúcia Fernanda C. da C. Leite1,
Maria Conceição Leôncio Leite1*,2, Maria do Socorro Catão A. Reis2.,
SUBPROJETO QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Oliveira Lima.
E-mails: [email protected]; [email protected].
Introdução
O termo chuva ácida foi usado pela primeira vez pelo químico e climatologista inglês Robert
Angus Smith em 1872 para descrever a precipitação ácida ocorrida em Manchester, logo após a
Revolução Industrial (BRENA, 2002). Mesmo sabendo dos danos causados à saúde humana e ao
meio ambiente, não havia suspeitas de que a poluição pudesse ser transportada para outras regiões.
Em 1881, um cientista norueguês notou um fenômeno que ocorria na costa oeste da Noruega ao
qual ele chamou de precipitação suja (BAINES, 1993). Como no local não havia indústrias que
emitissem poluentes, ele suspeitou que estes proviessem da Grã-Bretanha. E ele tinha razão. A
chuva ácida pode manifestar-se tanto no local de origem, como a centenas de quilômetros de
distância. A chuva, ainda isenta de poluentes gerados pelo homem, pode apresentar-se
ligeiramente ácida. Simon e DeFries (1992) citam que a chuva natural com valores de pH de 5,4
a 5,2 são comuns, sendo extremos os pH menores que 5. Segundo a teoria de Brönsted – Lowry,
definição de ácidos fracos, estes valores estão enquadrados no equilíbrio global dos ecossistemas,
não constituindo qualquer agressão ao meio ambiente porque ocorrem naturalmente. A chuva
ácida é um dos grandes problemas ambientais de aspecto global com que todos se confrontam. A
ação corrosiva do ácido é impiedosa, causa morte de peixes, destruição de vegetações,
contaminação do solo e água e degradação de monumentos artísticos, estruturas metálicas, de
prédios, edifícios, pontes e outros, além do surgimento de doenças respiratórias. O excesso de
nitrogênio lançado pela chuva ácida em determinados lagos também pode causar crescimento
excessivo de algas, e consequentemente perda de oxigênio, provocando um significativo
empobrecimento da vida aquática (BRENA, 2002). Este trabalho teve como objetivo
conscientizar o aluno de sua participação na emissão de gases poluentes que aumentam a acidez
da atmosfera e consequentemente da chuva, demonstrando a contribuição do SO2 para o aumento
da acidez na chuva e discutir sobre a formação da chuva ácida, seus malefícios na emissão de
SO2, o transporte desse gás pelo vento, os prejuízos causados, e como cada um de nós pode
contribuir para minimizar a acidez da chuva. Tendo em vista a pouca motivação dos educandos
do EREM Oliveira Lima, escola da rede pública de Recife - PE pelas aulas de Química, os
bolsistas do PIBID Química da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), realizaram
atividades com aproximadamente 70 estudantes do segundo ano do Ensino Médio, utilizando um
experimento de simulação da chuva ácida, no primeiro semestre de 2017.
Referencial teórico
O grande desinteresse dos alunos pelo estudo da química se deve, em geral, a falta de atividades
experimentais que possam relacionar a teoria e a prática. Os profissionais de ensino, por sua vez,
afirmam que este problema é devido à falta de laboratório ou de equipamentos que permitam a
realização de aulas práticas (QUEIROZ, 2004). É importante que o professor leve para a sala de
aula recursos que estimulem a participação, e despertem a curiosidade dos alunos, levando-os a
participar da aula para aprimorar os conhecimentos científicos já adquiridos. Diante dessas
afirmações planejamos experimentos que facilitem o aprendizado, o entrosamento e diminuir a
apatia dos alunos nas aulas de química.
Metodologia
A proposta apresentada para o conteúdo é tornar o ensino mais prazeroso e atrativo, permitindo
ao aluno o pensamento conceitual e o entendimento de forma integrada e significativa das
transformações químicas que acontecem nos processos naturais em diferentes contextos. Antes
da apresentação do experimento foram levantados alguns questionamentos em interação com os
alunos que a princípio não sabiam sobre a chuva ácida, mas a partir das colocações feitas,
observaram que em livros e também pela televisão já conheciam seus efeitos maléficos, então foi
interessante descobrirmos juntos algumas atitudes que poderíamos colocar em prática para
diminuir esse problema. Na tampa de um vidro grande de maionese foi posicionado um suporte
onde seria inserido o enxofre em pó. No interior do vidro, com o auxílio de uma pinça, foi
colocada uma flor de hibisco vermelha, dois béqueres de 10 ml contendo solução alcalina de
NaOH, indicador azul de bromotimol em um béquer e fenolftaleína no outro. Utilizando uma
espátula, foi colocada uma porção de enxofre no local indicado, isto é, na haste presa à tampa do
vidro. Com a tampa do vidro suspensa posicionou-se o palito de fósforo aceso, aquecendo
embaixo do local onde estava o enxofre até começar a reação, retornar a tampa para o vidro
rapidamente de forma que a fumaça formada permanecesse em seu interior. Observou-se que o
enxofre continuou reagindo. Aguardando alguns minutos, foi observada uma mudança
significativa na coloração da flor em comparação com a flor que estava fora do vidro. No conteúdo
dos béqueres, em meio ácido, o rosa ficou transparente e o azul tornou-se amarelo.
Resultado e discussão
Os questionamentos levantados antes do experimento em interação com os alunos tinham como
intuito a troca de informações sobre a chuva ácida, o que eles sabiam e sobre a queima de
combustíveis fósseis como o carvão e o petróleo, os gases produzidos por fábricas e motores e o
que liberam para a atmosfera. Em seguida, exploramos o assunto óxidos relacionando com os
óxidos de enxofre (SO2) e óxidos de nitrogênio (NO e NO2), que reagem com o vapor d`água
presente na atmosfera, transformando-se então nos ácidos sulfúrico (H2SO4) e nítrico (HNO3)
diluídos, que dão origem à chuva ácida e trazem muitos efeitos maléficos para o meio ambiente.
Com a atividade prática desenvolvida foi possível a investigação do fenômeno, as causas e
consequências para o ser humano e o meio ambiente. O experimento realizado foi colocado de
maneira inovadora proporcionando melhor assimilação do conteúdo, contrapondo a ênfase da
memorização de informações e conceitos, tendo sido muito bem aceito pelos alunos que se foram
participativos e colaborativos.
Conclusões
Ao analisar os depoimentos constatou-se que os participantes afirmaram que a atividade
contribuiu para o desenvolvimento e o aprendizado. Os alunos entenderam que problemas
socioambientais precisam de medidas drásticas para serem solucionados e que apesar de existir
certa preocupação de autoridades do mundo todo buscando algum tipo de solução, muito pouco
se tem feito. No entanto, com nossas pequenas atitudes podemos contribuir muito para minorar
esses problemas.
Referências
BAINES, J. Chuva ácida. 2. ed. São Paulo: Scipione, 1993.
BRENA, A.N. A chuva ácida e seus efeitos sobre as florestas. São Paulo: Câmara
Brasileira do Livro, 2002.
QUEIROZ, S. L. Do fazer ao compreender ciências: reflexões sobre o aprendizado de alunos de
iniciação científica em química. Ciência & Educação, Bauru, v. 10, n. 1, 2004.
SIMON, C., DEFRIES, R. S. Uma terra, um futuro, o impacto das mudanças ambientais na
atmosfera, terra e água. São Paulo: Makron Books, 1992.
http://educador.brasilescola.uol.com.br/estrategias-ensino/experimento-como-demonstracao-
chuva-Acida.htm, Acessado em 14/08/2017.
DOMINÓ DAS FUNÇÕES ORGÂNICAS
Lúcia Fernanda C. da Costa Leite1, Maria Daísa de Jesus da Silva1*,2,
Maria do Socorro Catão de A. Reis2
SUBPROJETO QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Oliveira Lima.
E-mails: [email protected], [email protected],
Introdução
Dentre as ferramentas pedagógicas que dispomos para desenvolvimento de uma prática docente
diferenciada, destacamos os jogos didáticos, os experimentos, as oficinas de teatro, de música, a
elaboração de parodias entre outras. Essas ferramentas quando aplicadas na construção da
aprendizagem se tornam as principais aliadas dos educandos e educadores. Muitas vezes ao
introduzir o conteúdo se faz necessário desafiar os alunos com problemas reais, motivá-los e
ajudá-los a interagirem com a prática, para que construam com autonomia o conhecimento.
Sabendo da importância da prática em sala de aula realizamos um jogo didático visando facilitar
à compreensão das principais funções orgânicas construímos um dominó com essas funções.
Segundo os autores Mortimer e Scott (2002), ‘’O professor é fundamental para o desenvolvimento
de atividades educacionais, portanto ao abordar qualquer prática pedagógica é de grande
importância avaliar o conhecimento prévio que o educando trás consigo, pois esse fator irá
contribuir para um resgate cultural do educando, como também influenciara na sua aprendizagem.
Deve-se sempre proporcionar ao aluno um resgate e o surgimento de novas ideias, pois são essas
que conduzem a construção de nossos objetivos’’. De acordo com Messeder Neto e Moradillo
(2016) as atividades lúdicas na aula de química precisam destacar os conhecimentos científicos
de modo que estes ocupem um lugar central em aulas que tenham elementos lúdicos e que a
prática lúdica deve ser pensada sempre como linha auxiliar no processo de aquisição dos conceitos
científicos na sala de aula de química, e nunca como atividade principal.
Objetivos:
Utilizar na sala de aula dos 3º anos na EREM Oliveira Lima o dominó das funções orgânicas
como um jogo didático de modo que possamos envolver, motivar e despertar o interesse dos
estudantes pelo conteúdo de química, tornando a aula mais dinâmica e mais interessante.
Referencial teórico
Para Fialho (2007), “jogos devem ser vistos como apoio, auxiliando no processo educativo. A
intenção é criar jogos originais utilizando recursos de custo baixo e muita criatividade para
desenvolver conteúdos de diversas disciplinas, propiciando uma interação entre elas, uma vez que
estas podem ser trabalhadas de forma interdisciplinar”. Conforme Souza e Silva (2012) “O
desenvolvimento de estratégias modernas e simples, utilizando experimentos, jogos e outros
recursos didáticos, é recomendado para dinamizar o processo de aprendizagem em Química”.
Segundo Zanon (2008), os jogos proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de
estudar, além de oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar a assimilação do alunado
em relação aos conteúdos estudados, de revisar conteúdos ou como um meio mais dinâmico de
fixar o conhecimento, permitindo a identificação de erros de aprendizagem.
Metodologia
Antes de dar início à dinâmica do dominó, nos certificamos que os alunos já tinham conhecimento
sobre os conteúdos ensinados no ensino médio referente à química orgânica. Inicialmente,
fizemos uma revisão dos conteúdos abordados no dominó sobre as principais funções orgânicas
e em seguida demonstramos as regras funcionais. Na aula seguinte, iniciamos as atividades, onde
foram atribuídas notas e premiações para os vencedores como uma forma de bonificar os esforços
dos participantes. O dominó das funções orgânicas segue a mesma regra do dominó tradicional,
só que ao invés de se colocar o mesmo número ou a parte do dominó idêntica à parte que está na
mesa, o jogador deverá colocar uma peça que complemente a peça que está a amostra na mesa.
Nesta forma de jogar, é possível que na peça 2, sejam colocadas 4 peças 01, (Figura 1) formando-
se assim o CH4. Note, que ao se colocar a peça 01 na peça 02, outra peça, como o lado direito da
peça 03, pode ser colocada na peça 01 e assim por diante, formando-se vários compostos ao longo
do jogo, desde que formem compostos químicos que obedeçam corretamente à quantidade de
ligações possíveis para cada elemento. É importante salientar que não é possível colocar o lado
esquerdo da peça 03, na peça 02, já que o que está sendo representado é a possibilidade de 1
ligação covalente.
Figura 1 – Representação das peças do dominó.
H H =O FC
Peça 1 Peça 2 Peça 3
Resultados e discussões
O dominó das funções orgânicas tem um preço acessível, pois precisa de três materiais básicos
como: Retângulos de madeira ou cartolina na proporção e quantidade do dominó tradicional,
papel ofício (já com o modelo impresso), Papel contact para plastificação (opcional).
Os dominós foram confeccionados por estagiários do PIBID e aplicado nas turmas A, B e C dos
3º anos com aproximadamente 35 alunos cada da EREM Oliveira Lima. A turma foi dividida em
equipes com quatro alunos e os dominós foram distribuídos igualmente para os integrantes de
cada equipe, usando as regras semelhantes a do dominó tradicional. Inicialmente os alunos
ficaram fazendo reconhecimento das peças e depois fizemos um campeonato com premiação de
nota para o campeão de cada equipe. Observamos que a aplicação de jogos lúdicos em sala de
aula contribuiu de modo positivo para o aprendizado do educando.
Conclusão
Quando se propõe jogos e atividades lúdicas, propõe-se uma forma de divertimento junto com a
aprendizagem, para também quebrar aquela formalidade entre alunos e professores além de
socializá-los e fazê-los construir conjuntamente o ensino permitindo-os aprender e fixar melhor
o conteúdo de uma forma mais positiva. Salienta-se, ainda, que a proposta aqui contida poderá
ser melhorada e desenvolvida conforme as ideias próprias, ambientes diversos e vontade de
pesquisa-ação do professor responsável por sua aplicação.
Referências bibliográficas
FIALHO, N. N. Jogos no ensino de química e biologia. Curitiba: IBPEX, 2007.
MESSEDER NETO, H. da S., MORADILLO, E. F. de. O Lúdico no Ensino de Química:
considerações a partir da Psicologia Histórico-Cultural. Química Nova na Escola, vol 38, Nº 4,
p 360-368, 2016.
MORTIMER, E.F.; SCOTT, P. Atividade Discursiva nas Salas de Aulas de Ciências: Uma
Ferramenta Sociocultural para Analisar e Planejar o Ensino. Investigação em Ensino de ciências,
Porto Alegre - RS, v.7, n. 3, p. 01-24, 2002.
SOARES, M. H. F. B. Jogos e Atividades Lúdicas no Ensino de Química: Teoria, Métodos
e Aplicações. XIV Encontro Nacional de Ensino de Química (XIV ENEQ), 2008.
Souza, H.Y.S. e Silva,C.K.O. DADOS ORGÂNICOS: UM JOGO DIDÁTICO NO ENSINO
DE QUÍMICA, 2012.
ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico para
o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e avaliação.
Ciências & Cognição, v. 13, n. 1, p. 72-81, 2008.
A IMPORTÂNCIA DE ATIVIDADE PRÁTICA NO ENSINO DE QUÍMICA
Andreza Nascimento da Silva1*,2, Lúcia Fernanda C. da Costa Leite2,
Maria Silene Vilar Schuler2
Subprojeto QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco, EREM Governador Barbosa Lima
Emails:[email protected], [email protected], [email protected]
Introdução
Segundo os Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio – PCNEM (Brasil, 2002),
os conteúdos do ensino de química que são abordados em sala de aula, devem apresentar relação
com o cotidiano dos alunos, seus interesses e vivências. O professor deve relacionar os novos
conhecimentos com os já existentes na estrutura cognitiva dos alunos, buscando assim, tornar a
aprendizagem do aluno significativa, como afirma Ausubel (2006). Para tanto, se faz necessário
que o professor torne a aula dinâmica visando à motivação dos alunos, indo além do tradicional
quadro e piloto. Pensando nisso, foram realizadas atividades práticas, desenvolvidas pela aluna
do PIBID Química, onde os alunos puderam ser agentes de seu próprio aprendizado, participando
ativamente, despertando um maior interesse pelos estudos e auxiliando na compreensão dos
conceitos teóricos.
Objetivos
De acordo com o PCNEM, esse trabalho teve como objetivo desenvolver atividades
experimentais, com alunos do 2º ano do Ensino médio da EREM Governador Barbosa Lima, em
consonância com os temas e conteúdos de Química, relacionando o conteúdo teórico com o
prático e, fazendo com que o aluno reconheça e compreenda a importância da Química para sua
formação e em seu dia a dia.
Fundamentação Teórica
Fialho (2008) afirma que, muitas vezes, um quadro de giz e “saliva” não consegue atrair a atenção
dos alunos, sendo necessário diversificar as metodologias de ensino. Por isso se faz necessária à
busca por novas ferramentas de ensino, procurando diversificar a aula e torná-la mais interessante
e atraente para os alunos. A experimentação constitui uma situação muito especial, pois através
da atividade experimental os alunos tanto participam dos avanços e de novas descobertas em
química, como contribui decisivamente para que uma correta compreensão do sentido da química
e de seus vários temas seja alcançada pelos estudantes (LEAL, 2010).
Através da experimentação, alia teoria à prática e possibilita o desenvolvimento da pesquisa e da
problematização em sala de aula, despertando a curiosidade e o interesse do aluno.
Metodologia
Os experimentos realizados foram apresentados em sala de aula visto que o Laboratório de
Ciências que a escola possui está fora de uso. Nas atividades práticas foram utilizados produtos
químicos, vidrarias de laboratório, bem como materiais de fácil acesso e baixo custo. O
Experimento Pulo do Fogo, descrito abaixo, foi realizado em turmas de 2º ano, abordando o
conteúdo de Termoquímica (SALDANHA, 2017, FONSECA, 2013).
Para a realização do experimento Pulo do Fogo, utilizamos um erlenmeyer onde adicionamos
vinagre e bicarbonato de sódio em seguida tampamos o erlenmeyer. Na reação há produção de
CO2, fazendo com que o palito de churrasco inserido com chama se apague, sendo, portanto uma
reação Endotérmica, pois percebemos que a solução ficou fria (Figura 1).
No segundo erlenmeyer, adicionamos água oxigenada e iodeto de potássio, nessa reação há
produção de O2, fazendo com que o palito de churrasco inserido com brasa tenha sua chama acesa,
consequentemente uma reação Exotérmica, visto que percebemos que a solução ficou quente
(Figura 2).
Figura 1: Reação Endotérmica. Fonte: Própria Figura 2: Reação Exotérmica.
Fonte: Própria
Resultados e Discussões
A experimentação desperta um interesse entre alunos nos diversos níveis de escolarização. A
atividade experimental é uma ferramenta valiosa para estimular não só a aprendizagem, mas
também o desenvolvimento do raciocínio e a convivência em grupo, aprendendo habilidades que
geralmente numa aula teórica não se é possível fazer. A disciplina de Química na escola em
questão vem sendo trabalhada apenas com a teoria. Para os alunos, a forma com que o conteúdo
tem sido ministrado, não é suficiente para aprenderem e isso resulta em pouco interesse pela
disciplina. Ao longo das aulas, conciliando teoria e prática, os alunos demostraram maior interesse
pelo conteúdo.
Conclusões
A realização de atividades práticas em sala de aula é de fundamental importância para o ensino
de química, pois facilita o processo de ensino-aprendizagem, conseguindo manter
satisfatoriamente a teoria e prática em total sintonia, além de despertar maior interesse pela
disciplina e melhorar o rendimento acadêmico.
Referências bibliográficas.
ALVES de OLIVEIRA, M.E., SOUSA, D. A., CARDOSO, F.S., LIMA, F.C. A. A
importância das aulas práticas de química para alunos do 2º ano de ensino médio da Escola
Estadual Gabriel Ferreira - Teresina-PI. Disponível em:
<http://www.abq.org.br/cbq/2014/trabalhos/6/5207-16848.html > Acesso em 05/05/2017.
AUSUBEL, D. P. Aquisição e retenção de conhecimentos: uma perspectiva cognitiva. Lisboa,
Plátano. Edições Técnicas, 2006.
FIALHO, N. N. Os jogos pedagógicos como ferramentas de ensino. Disponível em: <
http://www.pucpr.br/eventos/educere/educere2008/anais/pdf/293_114. pdf> Acesso em
18/04/2017
FONSECA, M. R. M. da; Química 2; 1ª ed. – São Paulo: Ática, 2013.
LEAL, M. C. Didática da Química – fundamentos e práticas para o Ensino Médio. Belo
Horizonte: Editora Dimensão, 2010.
PCNEM: Parâmetros Curriculares Nacionais para o Ensino Médio. Brasília: MEC, 2002.
SALDANHA, C. O Pulo do Fogo. Disponível em:
http//ww.pontociencia.org.br/experimentos/visualizar/o-pulo-do-fogo/292> Acesso em
27/04/2017.
OS DESAFIOS ATUAIS DA DOCÊNCIA E A APRESENTAÇÃO DE EXERCICIOS
COMPLEMENTARES.
Lúcia Fernanda C. da C. Leite1, Maria Isabel Bezerra de Brito1*,2, Maria Silene Vilar Schuler2
SUBPROJETO QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco; 2Escola Governador Barbosa Lima.
Emails: [email protected], [email protected], [email protected]
Introdução
A aplicação do conteúdo de Química na sala de aula tem uma grande importância e, é através da
absorção de tais conhecimentos que passamos a entender o que se passa no cotidiano. O estudo
de química se relaciona a imaginação de atividades laboratoriais e aulas interessantes com
materiais diferenciados e atrativos, porém o que vemos são aulas teóricas e nenhuma prática,
tornando o ensino entediante e de difícil aprendizagem, provocando o desinteresse do educando.
A incorporação de novas tecnologias na educação permite a potencialização do acesso à
informação tanto do educador como do educando, e também aumenta as possibilidades de
interação, de colaboração e de autonomia do aprendiz (MILANI, 2010). Quintino e Ribeiro (2010)
confirmam que a utilização de vídeos apresenta um elevado potencial para associação do conteúdo
ministrado em sala de aula com a realidade dos alunos, permitindo associar várias áreas de
conhecimento, mostrando-se interdisciplinar. Ciente de tal realidade Corrêa e Ferreira (2008) e
Silva et al. (2012) afirmam que uma das metodologias a serem utilizadas para combater a falta de
interesse do educando seria a utilização de recursos didáticos como vídeo e filmes, pois se
utilizados de maneira correta são mais atraentes, motivadores e estimulantes por intermediar o
assunto abordado nos livros. Visando combater o desinteresse por parte dos alunos, utilizamos o
vídeo com o objetivo de despertar a curiosidade para os assuntos abordados em sala fazendo com
que o aluno participe, questione e perceba a presença da química também no seu cotidiano e não
somente o que está escrito nos livros.
Referencial teórico
A escola é um local responsavél pela divulgação de conhecimento e de transformação.
É interessante destacar que as tecnologias, através dos inúmeros recursos midiáticos, favorecem
na minimização de possíveis problemas de compreensão e desinteresse oportunizando um
aprendizado real e atraente (CORTÊS, 2009). Ainda, segundo Côrtes (2009), atualmente, não
podemos mais adiar o encontro com as tecnologias passíveis de aproveitamento didático, uma vez
que os alunos voluntários e entusiasticamente imersos nesses recursos – já falam outra língua,
pois desenvolveram competências explicitadas para conviver com eles. Vários estudiosos, dentre
eles Cinelli (2003) menciona a utilização de vídeos em sala de aula como uma ferramenta que
pode ser utilizada para reformar a pedagogia tradicional, mantendo uma escola centrada
exclusivamente na transmissão de conhecimento. Miranda (2005) destaca que as mídias podem
ser consideradas excelentes ferramentas de potencialização da educação e da instrução,
principalmente, o cinema explorado na escola, este recurso extrapola o campo da educação
formal. Segundo Anacleto, Otto e Michael (2007), as experiências cinematográficas ou os filmes,
propriamente ditos, favorecem a contextualização das aprendizagens de modo a considerar os
mais diversos aspectos do educando (social, histórico, cultural, entre outros). Diante dessas
afirmativas concluímos que os recursos audiovisuais podem favorecer o processo educativo de
maneira significativa então, escolhemos vídeo intitulado de 13 Coisas do seu dia a dia que são
Radioativas para facilitar o aprendizado do conteúdo radioatividade em uma turma do 3º ano do
ensino médio.
Período de Realização
Entre os meses de Abril e Junho de 2017, foi apresentado um vídeo intitulado de 13 Coisas do
seu dia a dia que são Radioativas e foram desenvolvidas atividades relacionadas ao vídeo para
uma turma de 3° ano do ensino médio, da escola Governador Barbosa Lima, da rede pública,
localizada em Recife – PE.
Metodologia e Resultados
Os alunos do PIBID Química da Universidade Católica de Pernambuco desenvolveram uma
atividade teórica, porém diferenciada abordando o conteúdo de Radioatividade, no mês de abril
de 2017, onde participaram 30 estudantes do 3° ano do Ensino Médio. Durante a aplicação do
conteúdo de Radioatividade, foi levado para a sala de aula o vídeo “Descubra as 13 coisas do
seu dia a dia que são Radioativas!” junto com o vídeo foram elaboradas 05 questões para serem
resolvidas pelos alunos após assistirem ao vídeo. Durante a execução desta atividade pedimos aos
alunos que respondessem ao questionário relacionado ao vídeo e vários questionamentos foram
levantados pelos estudantes. Observamos uma melhora no interesse e observamos, também, que
a curiosidade foi despertada. Esse tipo de atividade faz com que o aluno relacione seu dia a dia
com o conteúdo dado em sala de aula.
Conclusões
Concluímos que a atividade desenvolvida resultou em um grande aproveitamento para a turma,
de acordo com os exercícios que foram passados em sala sobre o vídeo podemos notar uma
diferença, onde os alunos demonstraram dominar melhor o assunto de radioatividade.
Acreditamos que métodos diferenciados de ensino são importantes para despertar tanto a
curiosidade quanto o interesse dos educandos, e devem ser aplicados por profissionais de ensino
dentro da sala de aula como atividade complementar do conteúdo, a visualização do assunto é tão
importante quanto a teoria, tais métodos são úteis na sala de aula.
Referências Bibliográficas
ANACLETO, A., MICHEL, S. A., OTTO, J. Cinema e Home Vídeo Entertaintnment: o
mercado da magia e a magia do mercado. Np. 2007.
CINELLI, N. P. F. A influência do vídeo no processo de aprendizagem. Florianópolis:
Programa de Pós-Graduação em Engenharia de Produção – UFSC, 2003.
CORRÊA, R. G., FERREIRA, L. H. O uso do Filme Didático Cavernas: Sob o Olhar da
Química com Alunos de Ensino Médio. In: ENCONTRO NACIONAL DE ENSINO DE
QUÍMICA, 14, 2008, Curitiba. Anais eletrônicos. Curitiba: UFPR, 2008. Disponível em:
http://www.cienciamao.usp.br/dados/eneq/_ousodofilmedidaticocaver.trabalho.pdf. Acesso em:
10 de Out. 2017
CORTÊS, H. A importância da tecnologia na formação de professores. Revista Mundo Jovem.
Porto Alegre, n. 394, p.18, mar de 2009
MILANI, F.R., MILANI, M.P.C. Utilização de Recursos Tecnológicos no Ensino Superior.
Olhar Científico, Ariquemes, v. 01, n.2, 2010.
MIRANDA, C. E. A., COPPOLA, D. G. F. A educação pelo cinema. Rev. Educação e
Cinema, Unicamp/SP, p.02, 2005.
SILVA, J. L. A utilização de Vídeos Didáticos nas Aulas de Química do Ensino Médio para
Abordagem Histórica e Contextualizada do Tema Vidros. Química Nova na Escola, v.64, n4, p.
189-200, 2012.
Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=6Cx7VKbPLgQ Acessado em: 03 de Jun.2017
DA ALQUIMIA DAS BRUXAS Á QUÍMICA NA ATUALIDADE
Liderlanio de Almeida Araújo3, Lúcia Fernanda C. da Costa Leite1.
Marcella Estanislau Marinho1,2*, Maria do Socorro Catão Reis2,
SUBPROJETO QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco,2EREM Oliveira Lima,
3Centro Universitário Joaquim Nabuco.
Emails:[email protected], [email protected],
[email protected],[email protected]
Introdução:
A Química ao longo dos tempos passa a assumir papel fundamental na vida da sociedade, apesar de
que na maioria das vezes não é compreendida na sua real essência e, antes mesmo de ser caracterizada
nos moldes atuais era pré-concebida como um ritual de bruxaria, fato entrelaçado ao período da
Alquimia (BRANDÃO e ARAÚJO, 2017). Através do movimento histórico que objetivava encontrar
o elixir da longa vida e transformar metais em ouro construiu-se uma série de conhecimentos que
serviram de alicerce para a Química atual. Portanto, para ensinar Química é fundamental que os
temas abordados sejam sempre relacionados com o cotidiano do estudante e com suas implicações
no meio social. Sendo assim, o presente trabalho tem por finalidade relatar uma atividade pedagógica
desenvolvida por um grupo de alunos do PIBID (Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à
Docência) em formação para atuarem na Educação Básica com alunos do ensino médio da EREM
Oliveira Lima, objetivando despertar nos participantes a curiosidade sobre o percurso dos fatos
históricos que levaram ao conhecimento Químico existente na atualidade.
Referencial Teórico: Trabalhar a Química em sala de aula no contexto educacional é um desafio
para alguns educadores que desenvolvem suas atividades centradas em metodologias tradicionais.
Essa ciência deve ser abordada de forma contextualizada, pois possui um leque variado de
informações que possibilita uma visão ampla do mundo ao nosso redor, “o domínio do conhecimento
químico é condição necessária para o propósito e desenvolvimento de pesquisas no ensino, mas não
é suficiente, dada a complexidade de seu objeto, das interações humanas e sociais que o
caracterizam” (SCHNETZLER, 2004). É preciso, sempre, repensar a prática do ontem para melhorar
a de hoje como frisava Freire (1996). Têm-se hoje muitos professores e alunos que não buscam ir
além do pequeno mundo da sala de aula, buscam apenas no caso do educador transcrever o que foi
lhe ensinado em seu processo formativo, levando assim, as suas aulas nos moldes tradicionais e, ao
aluno se colocar e aceitar ser o sujeito passivo do seu aprendizado, decorando apenas o que vê em
aula, como se soubesse tudo desta trilha que lhe é direcionado. Rubem Alves (1994) em sua obra “A
alegria de ensinar” destaca que “Acho que a educação frequentemente cria antas: pessoas que não se
atrevem a sair das trilhas aprendidas por medo da onça. De suas trilhas sabem tudo, os mínimos
detalhes, especialistas. Mas o resto da floresta permanece desconhecido”. Assim, é importante o
enlace entre contextualizar as diferentes formas e aplicações dos elementos químicos na vida de todos
de modo a promover a extensão do diálogo para o desenvolvimento de uma educação com
características diferenciadas do modo tradicional.
Metodologia: O grupo de alunas do PIBID de Química sob orientação das professoras formadoras
desenvolveu um projeto intitulado “Da alquimia das bruxas á Química na atualidade” sendo
desenvolvido no período de maio a junho 2017. A metodologia foi delineada levando em
consideração os avanços necessários para que ocorram possíveis mudanças no Ensino de Química
de modo a influenciar na atuação docente do futuro educador de Química e no aprendizado dos alunos
do Ensino Médio de modo a promover a ruptura do tradicional “decoreba”. Desse modo, os
procedimentos metodológicos, adotados compreenderam os seguintes passos: Inicialmente um grupo
composto por duas licenciadas do PIBID elaboraram um projeto para realização de atividades
experimentais para 90 alunos do Ensino Médio (EM) da EREM Oliveira Lima, escola da rede
pública, localizada em Recife – PE. Após o desenvolvimento de cada experimento os alunos foram
convidados a refletir sobre a relação que cada experimento possuía com seu cotidiano. Tal atividade
teve por finalidade promover o resgate do conhecimento prévio que o aluno traz consigo para auxiliá-
lo na aquisição de um saber mais amplo.
Após esta etapa foi proposto à realização de uma culminância para aplicação da atividade, no qual
os alunos do EM sob a supervisão dos pibidianos desenvolveriam a apresentação dos experimentos
em oficinas que retratassem o processo histórico da Química desde a alquimia (movimento visto por
alguns como culto a bruxaria) aos tempos modernos. Foram selecionados três momentos do processo
histórico da Química, onde cada momento foi explicado com dois experimentos, conforme descrito
na Tabela 1.
Tabela 1: Oficinas desenvolvidas na culminância da atividade pedagógica
Oficina Objetivo Prática
História da Química Abordar o misticismo em torno da
Alquimia
Teste das chamas e reações
exotérmicas
Fitoterapia, homeopatia,
florais e alimentação
saudável
Discutir a importância de uma boa
alimentação e métodos terapêuticos
alternativos.
A procura da Vitamina C
Presença do amido nos
alimentos
Medicamentos x venenos Explicitar a evolução dos
medicamentos.
O efeito do cigarro
Radioatividade
Discutir as contribuições da
radioatividade.
Os alunos foram avaliados durante todo processo por meio de questões discursivas. Ao final da
culminância os bolsistas do PIBID que aplicaram a atividade responderam a um questionário
contendo duas perguntas: i) ao questionar o aluno sobre a relação que os conteúdos possuem com
seu cotidiano o que você pode notar de especial nas respostas apresentadas? ii) Como esta prática
pedagógica influenciou na sua forma de pensar e sua ação como futuro docente?
Resultados: Durante o desenvolvimento das atividades pode-se constatar que os educandos
interagiram significativamente com as atividades experimentais propostas, pesquisaram os materiais
e os apresentaram de modo correto. Ao questionar os estudantes sobre o que acharam da atividade
que estavam desenvolvendo, eles apresentaram com ênfase a afirmação de que as atividades deste
modo são mais interessantes que ficar em sala de aula apenas copiando e respondendo questões
proposta pelo livro didático. Desse modo, ficou evidenciando o quanto o Ensino de Química nos
moldes tradicionais é concebido por um instrumento não muito apreciado. Os alunos também
destacaram que as atividades experimentais são de grande importância a associação da teoria com a
prática, comprovando a importância desse tipo de aula. As alunas do PIBID afirmaram que ao
questionar os alunos em relação ao aprendizado sobre o tema abordado, obtiveram como resposta
que todos gostam de atividades diferenciadas, como já foi evidenciado anteriormente. As bolsistas
do PIBID afirmam que a atividade influenciou de modo a repensar sobre a sua futura atuação docente
e na forma de como desenvolver em suas aulas projetos que estimulem e ajudem ao educando na
construção do aprendizado.
Conclusão: Práticas diferenciadas do simbolismo tradicional proporcionam a interação dos
educandos de modo atuante na construção do seu conhecimento.
Referências Bibliográficas
ALVES, R. A alegria de ensinar. 3. ed. São Paulo: Ars Poética,1994.
BRANDÃO, Y. B.; ARAÚJO, L. A. Química experimental em nossas vidas: Teoria e prática
contribuindo para o aprendizado do aluno. Ed. Universitária da UFRPE - Recife – PE. 2017.
BRASIL. Ministério da Educação. Secretaria da Educação Média e Tecnológica.
FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia: Saberes necessários à prática educativa. São Paulo: Paz e
Terra, 1996.
Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN). Ciências da Natureza e suas Tecnologias. Brasília: MEC,
2002.
CHNETZLER, R.P. A Pesquisa no Ensino de Química e a Importância da Química Nova na Escola.
Revista Química Nova na Escola, n. 20, p. 49-54, 2004.
APLICAÇÃO DE UMA WEBQUEST ASSOCIADA AO ENSINO DA
NOMENCLATURA DE HIDROCARBONETOS
Lúcia Fernanda C. da C. Leite1, Marcílio Gonçalves da Silva1*,2 Maria do Socorro Catão A.
Reis2 , Robson C. Lins1.
SUBPROJETO QUÍMICA
1Universidade Católica de Pernambuco; 2EREM Oliveira Lima.
Emails: [email protected], [email protected], [email protected],
Introdução
As dificuldades de aprendizagem ainda constituem um tema desafiante, em particular para os
professores de química. Pesquisas têm mostrado que o ensino de Química geralmente vem sendo
estruturado em torno de atividades que levam à memorização de informações, fórmulas e
conhecimentos que limitam o aprendizado dos alunos e contribuem para a desmotivação em
aprender e estudar Química (MELO e SANTOS, 2012). A Química é vista como matéria
desinteressante e temida pela maioria dos estudantes do ensino médio e, o que se observa é uma
grande dificuldade de compreensão de grande parte dos conteúdos abordados. Nesse sentido
diversas pesquisas, debates e desenvolvimentos de novas metodologias têm sido realizados
visando tornar mais eficaz a aprendizagem de Química e das Ciências Exatas (SILVA, 2013).
Partindo deste contexto e com o objetivo de facilitar o ensino, a aprendizagem e ao mesmo tempo
despertar o interesse do aluno para o assunto hidrocarbonetos utilizamos a aplicação de uma
WebQuest (WQ) como um recurso pedagógico. A metodologia WQ enquadra-se no processo
educacional para auxiliar os estudantes em ambientes virtuais de aprendizagem, para que esses
possam adquirir e utilizar de forma adequada às informações de qualidade disponíveis na Internet.
Os resultados revelaram que essa metodologia pode contribuir com o ensino de Química, uma
vez que a atividade colabora mediante pesquisa orientada na Web, para a relação teoria e prática
e na intensificação do trabalho coletivo. A atividade proposta na WQ foi sobre hidrocarbonetos,
aplicada e desenvolvida na EREM Oliveira Lima do município de Recife/PE, utilizando o
computador pessoal de 30 alunos do 2º ano E do Ensino Médio. Portanto, nossos objetivos
específicos foram aplicar o uso de uma WebQquest como uma forma de facilitar e auxiliar o
ensino aprendizagem dos alunos acerca da disciplina de química orgânica, com o assunto de
nomenclatura de hidrocarbonetos e verificar através de uma avaliação o nível de aprendizagem
com esse tipo de material didático.
Referencial teórico
Bernie Dodge (1995), professor da Universidade de San Diego e criador da metodologia
denominada WebQuest afirma que essa modalidade de pesquisa orientada pela web, onde quase
todos os recursos utilizados para a pesquisa são provenientes da própria web, vem facilitar o
processo de ensino aprendizagem. Trata-se de uma atividade didática de aprendizagem, que
aproveita a imensa riqueza de informações do mundo virtual para se criar o conhecimento. As
WQs possuem uma base teórica construtivista, pois os próprios alunos vão construindo seu
conhecimento. Através do cumprimento das tarefas eles vão transformando as informações,
compreendendo-as e armazenando-as. Suas estratégias de aprendizagem ajudam os estudantes a
desenvolver habilidades de cooperação para com o grupo e a entender que aprendemos mais e
melhor com os outros do que sozinhos. Dodge (1995) diz que “O único lugar onde se pode pensar
em educação sem internet é em um monastério, onde se aprende olhando para si mesmo e
meditando”. O objetivo da WQ é propor a resolução de problemas e o trabalho colaborativo dos
estudantes que podem potencializar o aprendizado de conteúdos científicos mais adequados na
atualidade. Esta estrutura bem delineada é que faz com que uma WQ seja diferente de um site
educativo qualquer.
Metodologia e Resultados
A WebQuest foi desenvolvida em uma plataforma de criação de sites conhecida por wix.com,
com nome Nomenclatura de Hidrocarbonetos (Figura 1), com o seguinte domínio:
https://marciliophn.wixsite.com/hidrocarbonetos e aplicada com os alunos do 3° ano do ensino
médio da EREM Oliveira Lima, situada no bairro da Boa Vista – Recife – Pernambuco.
Inicialmente os alunos verificam a Introdução que é um dos componentes mais importantes da
WQ, pois através dela se procura chamar a atenção do aluno. Ela deve ser motivadora e desafiante,
levando-os a empenharem-se na WebQuest. Em seguida verificam a página de tarefa, onde se tem
as tarefas a realizar ou a missão a ser cumprida. Depois a página Processos (Figura 2) e Fontes de
Informações onde são dadas orientações pormenorizadas (passo a passo) de como os
alunos realizam a tarefa e os sites no qual eles devem pesquisar sobre a nomenclatura de
hidrocarbonetos. Na Avaliação é disponibilizado um questionário ou uma avaliação a ser
respondida pelos alunos a fim de verificar o processo de aprendizagem; e por fim a Conclusão,
etapa essa que tem por finalidade fazer um resumo da experiência proporcionada pela WebQuest,
salientando as vantagens de realizar este trabalho.
Fonte: Própria
O resultado se reflete, hoje, nos alunos que demonstraram interesse no desenvolvimento
das tarefas e processos da WQ melhorando seu desempenho na disciplina de química orgânica.
Figura 1 – Página inicial da WebQuest.
Figura 2 – Página de Processo da
WebQuest
Conclusões
Com a utilização da WQ além dos alunos terem aprendido um pouco mais sobre os
hidrocarbonetos e sua nomenclatura de forma simples através dos links de pesquisa colocados nas
fontes de informação, conseguimos mostrar que o estudo dos hidrocarbonetos e de sua
nomenclatura é algo simples e agradável, fazendo com que o estudante adquira o gosto de estudar
química orgânica. A participação e a colaboração dos alunos foi percebida através das perguntas
e curiosidades apresentadas em sala de aula, bem como conseguimos transmitir para cada um
que a química está e faz parte do meio em que vivemos.
Referências Bibliográficas
DODGE, B. WebQuests: Past, Present and Future. In A. A. Carvalho (org.), Actas do Encontro
sobre WebQuest. Braga: CIEd, 3-7, 1995.
MELO, M. R., SANTOS, A. O. Dificuldades dos licenciandos em química da UFS em entender
estabelecer modelos científicos para equilíbrio químico. In. XVI Encontro Nacional de Ensino
de Química, Salvador, UFBA, 2012.
SILVA, S. G. As Principais Dificuldades na Aprendizagem de Química na Visão dos Alunos do
Ensino Médio. In: IX Congresso de Iniciação Científica do IFRN. 2013.
FILOSOFIA LICEU – ANO II
“ÉTICA EM TEMPOS DE CRISE POLÍTICA”
Bill Clinton, Dara Almeida, Pedro Haibara e Thiago Azevedo
SUBPROJETO FILOSOFIA
Universidade Católica de Pernambuco
Liceu de Artes e Ofícios.
E-mails: [email protected]; [email protected]
Introdução:
Pensando sempre sobre problemáticas atuais e que mostrem relação direta com a vida
cotidiana nos estudantes e de todos os trabalhadores da Escola, o Programa institucional de Bolsa
de Iniciação à docência (PIBID) de Filosofia, considerou por adequado a realização de uma
semana de debates e oficinas que se proponha a discussão de temas que são crucias para a nossa
vivência presente, e que, independentemente, das posições ideológicas individuais, não se podem
negar a necessidade do debate sério.
Pretendemos, portanto, abordar a Crise Política no Brasil, uma crise, que projeta-se além
do campo econômico, além da práxis política, mas que mostra-se como um problema
genuinamente ético, que vai além das justificativas práticas-empíricas mas que parece esta
arraigado em nossas condutas cotidianas enquanto cidadãos brasileiros. É praticamente
improvável que se passe um dia sem ouvir ou ler sobre corrupção em nossas mídias, que não se
conheça mais um novo personagem “delatado” pela operação Lava Jato, que não se questione
sobre o destino de nossos impostos quando se usa os serviços públicos, etc. Assim, se fossemos
listar todas as novas problemáticas éticas produtos desta crise , que vem se arrastando desde os
primeiros rumores sobre a possibilidade de impeachment da ex-presidenta Dilma Rousseff , nos
faltariam palavras, papeis e tempo.
Tendo em vista a importância do tema para a realidade contemporânea e a
responsabilidade da escola, enquanto a formadora dos cidadãos que vivem nessa realidade e que
provavelmente viverão com os resultados dela, o grupo de pibidianos de filosofia, juntamente
com o professor supervisor da disciplina, resolveu proporcionar aos estudantes uma segunda
semana de oficinas, palestras e debates para que estas questões fossem discutidas de forma mais
ampla entre todo o corpo humano que constitui a escola.
Objetivos:
Geral:
Pretende-se trazer à baila questões políticas atuais e discuti-las de forma ampla e
democrática, partindo da realidade dada e buscando analisar (1) quais as reais motivações das
mudanças propostas?, (2) quais os reais beneficiados e prejudicados?, (3) qual a nossa
responsabilidade ? (4) o que podemos fazer diante desta realidade?
Específicos:
- Proporcionar um ambiente de discursão aos estudantes e trabalhadores da Escola.
- Discutir as mudanças propostas pelo novo governo.
- Buscar compreender a razão para mudanças radicais.
- Oportunizar e estimular a reflexão crítica.
- Criar momentos de oficinas com geração de produtos.
- Analisar a conjuntura do cenário Político brasileiro atual.
Referencial teórico:
Levando em consideração os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCN) em sua sessão
dedicada às orientações do ensino de Filosofia, reconhece-se abertamente a liberdade que tem
todo filosofo-educador para ministrar suas aulas a partir da perspectiva filosófica que prefere,
sendo assim, têm-se, pelo menos, no campo teórico, uma liberdade para se abordar a filosofia no
Ensino Médio público a partir da perspectiva individual do professor, neste caso do grupo.
Vejamos:
“... a resposta que cada professor de Filosofia do Ensino Médio dá à
pergunta “que Filosofia?” decorre, naturalmente, da opção por um
modo determinado de filosofar que ele considera justificado. Aliás, é
fundamental para esta proposta que ele tenha feito sua escolha
categorial e axiológica, a partir da qual lê e entende o mundo, pensa e
ensina.”
Tendo feito essa escolha, partimos para o campo ação, realizando assim, o que entende-
se como o papel fundamental da Filosofia como componente para a formação cidadã, qual seja, a
formação crítica. Formação crítica, que busca munir o estudante de conhecimentos diversos para
que este, em um processo autônomo possa criar as bases para o seu pensar e agir individual.
Portanto, para o documento já citado o papel fundamental da filosofia é possibilitar, “uma
reflexão crítica a respeito do conhecimento e da ação, a partir da análise dos pressupostos do
pensar e do agir e, portanto, como fundamentação teórica e crítica dos conhecimentos e das
práticas”
Metodologia:
O formato para cada dia da II Semana de Filosofia Liceu dependem da proposta de cada
convidado, as atividades reversam-se entre palestras, oficinas e debates, onde os palestrantes
escolherão de que forma irão expor seu tema (ex: explanação oral, utilização de recurso
Multimídia).
Conclusão:
Assim sendo, colhemos bons frutos com essa atividade, estudantes que escolheram
livremente participar das atividades durante a semana, que colocaram-se como participantes
ativos, sempre questionando quando não esclarecido, colocando-se quando instigado e engajando-
se em sua própria construção e, sem saber, alegrando a todos nós - estagiários, pibidianos e
professores - com suas evoluções, individuais e coletivas.
Referências
BRASIL. MINISTÈRIO DA EDUCAÇÃO. SECRETARIA DE EDUCAÇÃO BÁSICA.
Parâmetros nacionais de qualidade para a educação infantil. Ministério da Educação. Secretaria
de Educação Básica: Brasília (DF), 2006
CUNHA, L. A. Educação, estado e democracia no Brasil. São Paulo/Brasília/Niterói:
Cortez/FLACSO/ EDUFF, 1991.
BUFFA, E.; ARROYO, M. e NOSELLA, P. Educação e cidadania: quem educa o cidadão? São
Paulo: Cortez, 1988
FILOSOFIA HOJE!
Creso Nuno Moraes de Brito, Michael França, Ruhana Berg da Silva Araújo
SUBPROJETO: FILOSOFIA
Universidade Católica de Pernambuco
Escola: Luiz Delgado
E-mails: [email protected], [email protected],
1. Introdução
O pensamento filosófico inaugurado na cultura ocidental por Tales de Mileto e deixado
como um legado para a posteridade trouxe uma nova forma de explicar os acontecimentos no
mundo da physis: o homem buscou se distanciar das explicações mitológicas se aproximando,
através de um novo uso da razão, do pensamento científico.
Séculos se passaram e a contribuição que o filósofo primeiro (Tales de Mileto) deixou
para filosofia fez com que esta, por intermédio de outros importantes pensadores, alcançasse
outros patamares, focando não somente nas explicações metafísicas, como também, nos
problemas relacionados à vida prática do homem.
Com isso, o estudo da filosofia conquistou o seu espaço e no decorrer do tempo ganhou
um caráter interdisciplinar, dialogando com outras áreas do conhecimento, como a matemática e
a história. Sempre levantando questionamentos acerca da realidade e buscando uma explicação
geral para as interferências que nela (na realidade) ocorrem.
Se no início de sua trajetória a filosofia estava destinada aos sábios e aos homens que
podiam desfrutar do ócio, hoje, ela contempla não somente as “grandes mentes”, mas também,
todos aqueles que por meio do uso sistemático da razão procuram entender e esclarecer os
fenômenos decorrentes da dinâmica social.
Esta nova realidade, possibilitada principalmente pelo crescente acesso à informação, não
somente pelas classes abastadas, mas também, pela população de menor poder aquisitivo, foi a
“mola promotora” para que a contemporaneidade cobrasse da filosofia uma maior proximidade
com a realidade social.
Nesta perspectiva, a escola, sendo uma instituição de ensino e aprendizagem, tem o dever
de oferecer aos estudantes um conhecimento filosófico inicial. Mostrando-lhes que o ato de
filosofar é a ferramenta primordial para o desenvolvimento e modificação do estado cognitivo do
ser humano. Agregando ao seu “estoque de saber” novos conhecimentos.
2. Objetivos
2.1 Objetivo geral
Aproximar alguns estudantes do 3º ano da Escola Luiz Delgado ao estudo da filosofia,
através do diálogo sobre temas da contemporaneidade.
2.2 Objetivos específicos
• Realizar oficinas pedagógicas com 12 estudantes do 3º ano da Escola Luiz Delgado;
• Desenvolver um estudo sobre raça, gênero e desigualdade social, a partir do pensamento
filosófico;
• Elaborar, junto aos estudantes participantes do projeto, uma apresentação para os demais
estudantes da escola para mostrar os resultados adquiridos durante a realização do projeto.
3. Referencial teórico:
A desigualdade é uma realidade na qual afeta milhares de pessoas em todo o mundo. Suas
implicações são de diversos fatores que fazem parte de uma rede complexa, envolvendo distintos
autores da vida social. O sistema econômico mundial somado ao espaço geográfico é o ponto de
toque para a produção de desigualdades. Partindo desse contexto e propondo um cenário de
mudança, faz-se necessária a presença de políticas públicas e entes que as efetue, além de
constantes debates (acadêmicos e na comunidade) com o objetivo de promover a cidadania e
soberania popular.
A temática de gênero talvez seja considerada a mais atual e polêmica, tanto no que tange
às relações de trabalho/emprego entre homens e mulheres, quanto às que dizem respeito aos
direitos e entraves encontrados pela população LGBT. É crescente o número de jovens que
declaram abertamente suas escolhas sexuais, na mesma via dos processos que tramitam na esfera
civil com o objetivo de reconhecer configurações familiares LGBT e suas variações.
A discriminação adquiriu sentidos ainda mais complexos devido à percepção de muitos
indivíduos que são excluídos, e a forma pelas quais há essas exclusões. O auto reconhecimento
de indivíduos afrodescendentes como tal tem sido, em nosso país, um movimento em ascensão
que trouxe à população negra inúmeras conquistas (visibilidade midiática e publicitária, aumento
da adesão às cotas). No entanto, é prematuro falar em “abolição do racismo” no Brasil. Isso ocorre
porque termos, conceitos, estigmas, utilizados de forma pejorativa e ligados à figura do negro
ainda permanecem arraigados à nossa sociedade de maneira inconsciente, o que dificulta a
identificação de condutas racistas.
4. Período de realização da atividade:
O projeto Filosofia HOJE! foi realizado entre os meses de maio/2017 a outubro/2017.
5. Metodologia
O projeto Filosofia HOJE! está dividido em três temas: desigualdade social, raça e gênero.
Cada um desses temas foi abordado em bimestres distintos. Ficando a seguinte distribuição:
• Desigualdade Social – 2º bimestre ; - Gênero– 3° bimestre; - Racismo – 4° bimestre
Inicialmente foi trabalhado junto aos estudantes o tema desigualdade social. Abordando
a sua dimensão econômica, política e social. Para que o estudo do tema fosse realizado e os
objetivos do projeto alcançados, as atividades do 2° bimestre tiveram as seguintes etapas:
• Durante o mês de maio foram realizadas as leituras e discussões dos textos sobre o tema
desigualdade social;
• Na primeira e segunda semana do mês de junho os estudantes – com o auxílio dos
pibidianos – elaboraram a apresentação do projeto;
6. Resultados
Os resultados obtidos no projeto Filosofia Hoje! foram:
1. A realização de discussões sobre temas que estão presentes no cotidiano dos estudantes,
mas que muitas vezes não são debatidos na comunidade, na escola e nem na família desses
adolescentes que estão em fase de formação.
2. A possibilidade desses estudantes de terem contato com materiais bibliográficos (como
artigos acadêmicos, por exemplo), além do livro didático fornecido pela escola;
3. A constatação, feita pelos pibidianos e supervisor da escola, de que os estudantes
estavam interessados pelo estudo dos temas e que através da realização do projeto puderam tirar
suas dúvidas sobre os temas trabalhados, expor as suas opiniões e ouvir a dos colegas de sala,
trabalhando em equipe e respeitando a concepção filosófica do outro;
4. O entendimento, pelos estudantes, de que os padrões culturais, sociais, políticos e
econômicos da sociedade em que se encontram, tendem a determinar o modo de vida dos sujeitos
que fazem parte deste contexto, incluindo os próprios estudantes.
7. Considerações finais
Podemos considerar, por fim, que o ensino da filosofia deve dialogar sempre com o
contexto social, político e cultural que os estudantes estão inseridos. No âmbito escolar, os temas
filosóficos que são abordados em sala de aula têm que possibilitá-los uma reflexão e compreensão
da realidade que os cerca, entendendo a sua dinâmica, e podendo assim, refletir sobre sua própria
condição como humano.
O projeto Filosofia Hoje!, para alguns dos estudantes que participaram de sua realização,
representou o primeiro momento que estes tiveram para dialogar sobre temas que muitas vezes
não são debatidos na escola, em casa, ou na conversa com os amigos. Foi através das leituras dos
textos, dos depoimentos de experiências pessoais e da reflexão sobre as temáticas, que o projeto
semana a semana foi adquirindo mais importância e reconhecimento.
Espera-se, que os conteúdos trabalhados neste projeto agucem nos estudantes o interesse
em pesquisar outros temas, assim como, o despertar para levar o diálogo para além dos muros da
escola. Realizando uma filosofia para a vida.
Referências
ALVES, A. C. F.; ALVES, A. K. S. As trajetórias e lutas do movimento feminista no Brasil e o
protagonismo social das mulheres. In: IV Seminário CETROS, 2013, Fortaleza. IV Seminário
CETROS- anais, 2013. Disponível em:
http://www.uece.br/eventos/seminariocetros/anais/trabalhos_completos/69-17225-08072013-
161937.pdf. Acesso em: 18 ago. 2017.
CAMARGO, Orson. Desigualdade Social. Brasil escola. Disponível em:
http://brasilescola.uol.com.br/sociologia/classes-sociais.htm. Acesso em: 25 abr. 2017.
COELHO, Wilma de Nazaré Baía... [et al] (organizadores.). A Lei nº 10.639/2003. Pesquisas e
debates. Coleção Formação de Professores & Relações Étnico-Raciais. São Paulo: Editora
Livraria da Física, 2014.
DORNELLES, João Ricardo Wanderley; CERQUEIRA, Carlos Magno Nazareth. A polícia e os
direitos humanos. Rio de Janeiro: Freitas Bastos, 2002. p. 62.
FURTADO, Jorge. Ilha das Flores. Disponível em:
https://www.youtube.com/watch?v=e7sD6mdXUyg. Acesso em: 25 abr. 2017.
PRECONCEITO NO DECORRER DOS ANOS
Eliseu Vieira Lourenço Paulo Henrique de França Silva
SUBPROJETO: FILOSOFIA
Universidade Católica de Pernambuco
ESCOLA: Almirante Soares Dutra
E-mails:[email protected],
1. Introdução:
Através de um debate na área de Filosofia/Sociologia em sala de aula, questionamentos
levantados, levou a ideia de preparar uma peça sobre “O Preconceito no Decorrer dos Anos”. A
partir de então, os discentes da turma do Primeiro ano (ND –) começaram a se dividirem em
grupos de trabalho para desenvolverem a peça;
Os discentes se organizaram, dividiram a sala em grupos, onde cada um ficou responsável
por uma parte: Direção, Elenco, Pesquisa, Figurino, Caracterização. Escolheram os preconceitos
em determinadas épocas distintas para apresentarem na peça, levando os discentes dos demais
primeiros anos ND-B; MA-A; MA-B.
2. Objetivos:
Levar os discentes do Primeiro ano ND-A a discutirem, de uma maneira criativa e bem
aconchegante, temas polêmicos, como as diversas formas de preconceito em suas respectivas
épocas;
3. Referencial teórico:
O preconceito, como objeto de estudos mais apurados, começou a ser aprofundado por
psicólogos na década de 20 (DUCKITT, 1992). A partir de então, as causas e as consequências
dos diversos preconceitos têm sido sistematicamente investigadas.
Podemos, genericamente, definir o preconceito como uma atitude hostil ou negativa
para com “o diferente”, que pode ser, por exemplo, determinado grupo, baseada em
generalizações deformadas ou incompletas.
Percebemos que a sociedade de hoje, em geral, torna-se cada vez mais consciente das
diferenças e multiplicidades sociais, de gênero e etnias que emergem em nosso tempo. Mas nem
sempre foi assim: no decorrer da história, e em particular da nossa história particular, o
preconceito era “a regra” e a tolerância uma rara exceção.
Até bem pouco tempo, como nos diz BANDEIRA (2002): “bater em mulheres, negros
e homossexuais, por exemplo, era uma prática considerada se não corriqueira, mas despercebida
como uma forma de violência na sociedade”.
4. Período de realização da atividade:
De maio de 2017 e a culminância dia 29 de setembro de 2017.
5. Metodologia:
Debates em sala de aula, fazer com quer os discentes delegassem funções e cobrassem
depois, organização e muitos ensaios práticos no horário do almoço já que fazemos parte de uma
escola técnica Estadual e Integral.
6. Resultados esperados:
Que a peça mudasse a visão dos participantes ou que levassem aos mesmos a descoberta
da diversidade cultural, de gênero, de opção sexual, religioso e da importância década uma destas
diferenças e que é preciso num mínimo manter o respeito ao indivíduo.
7. Considerações finais:
O projeto foi um sucesso, tanto que os discentes que participaram já estão elaborando
outras atividades, agora em outros segmentos para o ano letivo de 2018, tais como: quadrinhos
com filósofos e seus respectivos pensamentos trazendo para os dias atuais, documentários e etc.
8. Referências:
NIETZSCHE, Friedrich. Assim falou Zaratustra. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1998.
----------------------------. Humano, demasiado humano: um livro para espíritos livres. São
Paulo: Companhia das Letras, 2000.
REIS, Elisa. Dossiê Desigualdade: Apresentação. Revista Brasileira de CiÍncias Sociais da
ANPOCS, v. 15, n. 42, p. 73-75, fev. 2000.
SANTOS, Boaventura de Souza. Uma concepção multicultural dos direitos humanos. Lua Nova,
n. 39, 1997.
BANDEIRA, Lourdes & BATISTA, Anália Soria. Preconceito e discriminação como expressões
da violência. Disponível em: < file:///C:/Users/acarlos/Downloads/9549-28455-1-PB.pdf>.
Acesso em: 19.10.2017
JOGO DO DOMINÓ APLICADOS AO CONTEÚDO DE CITOLOGIA: UMA
PROPOSTA DE APRENDIZAGEM LÚDICA
Evandro Muniz da Silva Barbosa, Pedro Thiago Chagas de Souza
SUBPROJETO BIOLOGIA
Universidade Católica de Pernambuco
Escola: Escola Estadual Luiz Delgado
Emails: [email protected]; [email protected]
Introdução
O modelo tradicional de ensino ainda é muito utilizado por parte dos professores que fazem parte
da Rede Estadual de Ensino, o que reflete, em alguns casos, no desinteresse dos alunos. O lúdico
é uma estratégia muito útil, que pode ser usada como estímulo na construção do conhecimento
humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias. Além disso, é uma importante
ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais segundo Elia Amaral
(2007). Essas estratégias que motivam, atraem e estimulam o processo de construção do
conhecimento, podendo ser definida, de acordo com Soares (2004), como uma ação divertida,
seja qual for o contexto linguístico, desconsiderando o objeto envolto na ação. Se há regras, essa
atividade lúdica pode ser considerada um jogo.
Segundo Kishimoto (1994), o jogo, considerado um tipo de atividade, possui duas funções: a
lúdica e a educativa. Mas devem estar em equilíbrio, pois se a função lúdica prevalecer, não
passará de um jogo e se a função educativa for predominante será apenas um material didático.
Os jogos se caracterizam por dois elementos que apresentam: o prazer e o esforço espontâneo,
além de integrarem as várias dimensões do aluno, como a afetividade e o trabalho em grupo.
Os jogos são indicados como um tipo de recurso didático educativo que podem ser utilizados em
momentos distintos, como na apresentação de um conteúdo, ilustração de aspectos relevantes ao
conteúdo, como revisão ou síntese de conceitos importantes e avaliação de conteúdos já
desenvolvidos (CUNHA; 2004). O jogo é a atividade lúdica mais trabalhada pelos professores
atualmente, pois ele estimula as várias inteligências, permitindo que o aluno se envolva em tudo
que esteja realizando de forma significativa.
Objetivo
O presente trabalho teve como objetivo realizar uma prática pedagógica lúdica com estudantes do
1° ano do ensino médio, a partir de jogos bem populares, de forma educativa, como elemento
motivador, aplicado ao tema de citologia.
Referêncial teórico
A atividade lúdica o objetivo de propiciar o meio para que o aluno induza o seu raciocínio, a
reflexão e consequentemente a construção do seu conhecimento. Promove a construção do
conhecimento cognitivo, físico, social e psicomotor o que o leva a memorizar mais facilmente o
assunto abordado (LIMA et al., 2011). De acordo com Melo (2005), o lúdico é um importante
instrumento de trabalho. O mediador, no caso o professor, deve oferecer possibilidades na
construção do conhecimento, respeitando as diversas singularidades.
Como citado por Wadsworth, 1977:
Pelo fato de o jogo ser um meio tão poderoso para a
aprendizagem das crianças, em todo o lugar onde se consegue
transformá-lo em iniciativa de leitura ou ortografia, observa-se
que as crianças se apaixonam por essas ocupações antes tidas
como maçantes.
Como citado por Baquero, 2000:
No processo de educação também cabe ao mestre um papel ativo:
o de cortar, talhar e esculpir os elementos do meio, combiná-los
pelos mais variados modos para que eles realizem a tarefa de que
ele, mestre, necessita. Deste modo, o processo educativo já se
torna trilateralmente ativo: é ativo o aluno, é ativo o mestre, é
ativo o meio criado entre eles.
Período de realização
Inicialização no mês de setembro e com fim entre o final novembro e começo de dezembro do
ano de 2016.
Metodologia
O material usado para confecções do Jogo Lúdico, o Dominó, foi confeccionado com papelão,
cola, fita durex grande, tesouras e figuras das respectivas organelas celulares. A montagem do
Dominó foi feita a partir de combinações previamente calculadas, igual ao dominó original (com
numeração). A princípio o jogo teve aplicação após a aula expositiva dada pela professora de
Biologia, o jogo foi aplicado em quatro grupos com a mesma regra do jogo original, com intuito
de fixar melhor o assunto dado.
Resultados e discussão
Observou-se o interesse dos estudantes em participar das práticas, notadamente com maior
assimilação, compreensão e fixação dos aspectos abordados na Citologia. Ao final do semestre
foi feito uma observação em relação ao rendimento dos alunos no geral, a maioria dos alunos
mostraram eficiência e assimilação no tema abordado (Citologia), mostrando assim uma certa
eficiência na aplicação do jogo aos alunos.
Conclusões
O lúdico pode trazer à aula um momento de felicidade, seja qual for a etapa de nossas vidas,
acrescentando leveza à rotina escolar e fazendo com que o aluno registre melhor os ensinamentos
que lhe chegam, de forma mais significativa. Observou-se o interesse dos estudantes em participar
das práticas, notadamente com maior assimilação, compreensão e fixação dos aspectos abordados
na Citologia.
Referências bibliográficas
AMARAL, Élia. O Lúdico no Processo Ensino-Aprendizagem. Universidad Tecnológica
Intercontinental (UTIC) Assunción ( Dissertação apresentada em 01/2010).
BAQUERO, Ricardo. Vygotsky e a aprendizagem escolar. Porto Alegre: Artes Médicas, 2000.
FIALHO, Neusa Nogueira. Os Jogos Pedagógicos Como Ferramentas de Ensino. VIII Congresso
Nacional de Educação, 2008.
LIMA, E. et al. O uso de jogos lúdicos como auxilio para o ensino de química. Revista Eletrônica
Educação em Foco, 2011.
MELO,C. M.R. As atividades lúdicas são fundamentais para subsidiar ao processo de construção
do conhecimento. Información Filosófica. V.2 nº1 2005 p.128- 137.
MONTIBELLER, Lílian. O brinquedo na constituição do sujeito e como elemento precursor da
escrita. IN Sérgio Antônio da S. Leite (org.), Alfabetização e LetramentoContribuições para as
Práticas Pedagógicas. Campinas, SP: Editora Komedi, 2003.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. Jogos tradicionais Infantil: O jogo, a criança e a educação.
Petrópolis: Vozes 1993.
KISHIMOTO, Tizuko Morchida. O jogo e a educação infantil. São Paulo: Pioneira, 1994.
SOARES, M.H.F.B. O lúdico em Química: jogos e atividades aplicados ao ensino de
Química.Universidade Federal de São Carlos (tese de doutorado, 2004).
WADSWORTH, Barry. Inteligência e afetividade na teoria de Piaget. São Paulo: Pioneira, 1977.
JOGO LÚDICO COMO FERRAMENTA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DE
ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO MÉDIO: TABULEIROS DE TECIDOS
HISTOLÓGICOS.
Higor Maciel Pontes da Silva, José Henrique Santoro Filho, Welison Pereira Lopes
SUBPROJETO BIOLOGIA
Universidade Católica de Pernambuco
Escola: Escola Liceu de Artes e Ofícios
E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]
Introdução
Nos últimos anos foi necessário reavaliar o currículo do Ensino Médio com a finalidade de discutir
sobre os assuntos: o papel da educação e o ensino significativo, efetivo e contextualizado.
Pensando nestas novas perspectivas foi necessária uma intervenção e, a partir disso, foi
apresentado aos profissionais da educação os Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) com o
objetivo de orientar os professores na busca de novas abordagens metodológicas. De acordo com
os PCNs, os jogos lúdicos são atividades desenvolvidas em sala de aula que podem tornar-se
mediadores entre o conteúdo e o cotidiano (TEZANI, 2006). Esse tipo de atividade têm sido uma
assistência para professores e alunos no processo de ensino aprendizagem, pois facilita o
desenvolvimento cognitivo por meio de discussões que promovem as soluções de problemas
encontrados no cotidiano, dando mais sentindo ao significado ou importância do conhecimento
cientifico (SANTANA, 2012,56).
De acordo com Cunha (2012), um jogo pode ser considerado educativo desde que consiga manter
um equilíbrio entre a função lúdica e a educativa. Sendo assim estes podem também mediar
conceitos disciplinares e as situações e problemáticas enfrentadas pelos alunos no dia-a-dia na
escola. Os jogos proporcionam ao aluno uma forma prazerosa e divertida de estudar, além de,
oferecer ao professor uma maneira diferente de avaliar a assimilação dos conteúdos estudados, de
revisar conteúdos e até como um meio mais dinâmico de fixar o conhecimento, permitindo a
identificação de erros de aprendizagem (ZANON et al., 2008).
Objetivo
O objetivo deste trabalho foi incentivar e despertar o desenvolvimento da aprendizagem de forma
interdisciplinar, dinâmica e contextualizada através de jogo lúdico. Pensando nisto, este trabalho
apresenta o desenvolvimento de um jogo lúdico construído e ancorado em conceitos diferentes e
de grande importância na formação de algumas turmas do 1º ano do Ensino Médio da escola de
rede pública da cidade do Recife. O assunto trabalhado de forma interdisciplinar foi: histologia
(tecidos epitelial, conjuntivo, muscular, cartilaginoso, ósseo, nervoso e sanguíneo.
Referêncial teórico
A atividade lúdica é uma estratégia muito boa para ser usada como estímulo na construção do
conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma
importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais (Santos e
Jesus, 2010). Esta investigação surge pela necessidade de descrever a incorporação do lúdico na
prática docente e os benefícios para o processo ensino-aprendizagem dos educandos do primeiro
ano do ensino médio. Limitando-se a identificar as facilidades e dificuldades para a incorporação
do lúdico e quais os benefícios que o lúdico traz para as turmas do primeiro ano do ensino médio
(Santos e Jesus, 2010).
Friedman (1996:41) considera que:
Os jogos lúdicos permitem uma situação educativa
cooperativa e interacional, ou seja, quando alguém está
jogando está executando regras do jogo e ao mesmo
tempo, desenvolvendo ações de cooperação e interação
que estimulam a convivência em grupo.
Período de realização
Inicialização no mês de outubro de 2016 e com o término em novembro de 2016.
Metodologia
O estudo foi realizado na escola Liceu de Artes e Ofício, no município do Recife – PE. Para o
estudo foi proposto foi proposto e avaliado um (Tabuleiro de Tecidos Histológicos), que abordam
alguns dos conteúdos programáticos da Biologia para o Ensino Médio, e aplicado com alunos de
escola. O método utilizado para a avaliação foram palestras e questionários em seguida, durante
e depois da realização do jogo.
Resultados e discussão
O resultado obtido foi um maior interesse proveniente dos alunos para querer estudar os conteúdos
de biologia e um esforço maior para relacionarem o conteúdo com a aula teórica e assim poder
aproveitar bem o jogo. Após aplicação do jogo, os comentários feitos pelos alunos demonstraram
que o jogo serviu para uma melhor compreensão e aprendizagem das funções, características e
composições dos tecidos histológicos, colaborando a eficácia do aspecto lúdico associando ao
cognitivo como importante estratégia de ensino. Além disso, é observado que a diversão e
competitividade oriunda do jogo estimula o aprendizado e que também proporcionam interação e
ajuda mútua entre os jogadores para que todos permaneçam jogando.
Conclusão
Os jogos didáticos favoreceram a aquisição e retenção de conhecimentos de uma maneira simples
e divertida. No entanto, o jogo é um importante aliado no desenvolvimento social e afetivo e
também o desenvolvimento das funções sensório-motoras e a percepção das regras pelos alunos.
Referências
CUNHA, M. B. Jogos no Ensino de Química: Considerações Teóricas para sua Utilização em
Sala de Aula. Química Nova na Escola, São Paulo, v. 2, n. 2, p. 92-98, mai. 2012.
Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais.
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF. p.113. 1997.
SANTANA, E. M. O uso do jogo autódromo alquímica como mediador da aprendizagem no
ensino de química. Dissertação de mestrado - São Paulo. 2012.
SANTOS, E. A. C.; JESUS, B. C. O lúdico no processo ensino-aprendizagem. Dissertação. P. 2-
3. 2010.
SILVA, M, B. et al. O desenvolvimento de jogos lúdicos como materiais didáticos:
instrumentos facilitadores da aprendizagem de alunos de escolas públicas do ensino médio.
UFAL. p. 2. 2015. Disponível em: <
http://www.seer.ufal.br/index.php/cipar/article/viewFile/1874/1374> Acesso em: 17 de outubro
de 2017.
TEZANI, T. C. R. O Jogo e os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento: aspectos
cognitivos e afetivos. Educação em Revista, v.7, n.1-2. Marília, 2006.
ZANON, D. A. V.; GUERREIRO, M. A. S.; OLIVEIRA, R. C. Jogo didático Ludo Químico
para o ensino de nomenclatura dos compostos orgânicos: projeto, produção, aplicação e
avaliação. Ciências & Cognição. v. 13, n. 1, p. 72-81. 2008.
ORIENTAÇÃO NUTRICIONAL E QUALIDADE DE VIDA: DESCONSTRUINDO E
RECONSTRUINDO CONCEITOS ALIMENTARES DOS ALUNOS
Reginaldo Lourenço Pereira Júnior, Rickson William de Lima Silva,
Teresa Regina Barreto de Carvalho
SUBPROJETO BIOLOGIA;
Universidade Católica de Pernambuco
Escola de Referência Ensino Médio Oliveira Lima;
E-mails: [email protected],[email protected],
INTRODUÇÃO
O processo biológico de nutrição possibilita aos seres vivos a assimilação de nutrientes oriundos
dos alimentos para a manutenção de seus processos fisiológicos. Assim, uma alimentação
saudável e balanceada fornece os nutrientes necessários para essa manutenção, além de refletir
em um maior bem-estar do indivíduo.
Recentemente no Brasil vem ocorrendo o aumento no consumo de alimentos industrializados,
com alto teor de gordura e pouco valor nutricional, onde os educandos acabam herdando esses
hábitos muitas vezes dos seus pais. Problemas como a desnutrição, o sobrepeso e a obesidade são
distúrbios marcantes devido a nutrição inadequada da população brasileira.
Deste modo, a escola deve se preocupar em participar ativamente na conscientização, orientação
e na melhoria dos hábitos alimentares de seus estudantes.
OBJETIVOS
• Conscientizar e orientar os estudantes do 1° ano do ensino médio da EREM Oliveira Lima
à prática nutricional adequada e equilibrada;
• Estimular os alunos a bons hábitos que se refletirão na melhora da sua qualidade de vida
e consequentemente da sociedade que os rodeia;
• Promover a autonomia e a originalidade dos educandos por meio da confecção de
documentários.
REFERENCIAL TEÓRICO
A promoção da alimentação saudável é uma medida essencial para a saúde, devendo estar
integrada a um programa de política pública intersetorial (Rodrigues e Roncada, 2008). Para
promover hábitos alimentares mais saudáveis acredita-se que seja importante que as pessoas
tenham conhecimentos de alimentação e nutrição (Triches e Giugliani, 2005). Segundo Ramos et
al. (2013), a escola apresenta um ambiente privilegiado para programas de Educação Alimentar e
Nutricional e essa conjuntura vem sendo considerada na formulação de políticas públicas em
alimentação e nutrição.
Zancul (2008) observou que as noções os alunos trazem para a escola são construídas na família
e influenciadas pelo grupo de amigos e pelos meios de comunicação, sendo que nem sempre essas
noções se traduzem em conhecimentos ou estabelecem comportamentos alimentares saudáveis.
Resende (2016) concluiu que a produção de vídeos de autoria dos alunos pode facilitar a
aprendizagem e despertar a motivação dos mesmos para resolver problemas do cotidiano.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE
Entre os meses de agosto de 2016 a outubro de 2016.
METODOLOGIA
O trabalho foi aplicado nas quatro turmas do primeiro ano de 2016 da EREM Oliveira Lima
quando o assunto abordado se tratava de bioquímica e questões alimentares, onde se possuía cerca
de 30 estudantes por turma.
Inicialmente foram realizadas aulas expositivas e dialogadas sobre o valor nutricional dos
alimentos. Paralelamente às aulas foi exibido o documentário: “Muito além do peso” dirigido por
Estela Renner, onde os estudantes foram instigados a confeccionarem pequenos documentários
sobre diversos temas no âmbito nutricional podendo realizar entrevistas. Os temas escolhidos
foram: Agrotóxicos x Orgânicos, Água, Bulimia e anorexia, Flora Intestinal, Alimentação
vegetariana, Produtos light e diet, Intolerância ao Glúten e a Lactose, Junk Food e Intolerância
alimentar. Em seguida os documentários foram avaliados e exibidos na íntegra em uma
miniamostra. E por fim foi realizada uma roda de debates no auditório da escola constituída por
nutricionistas convidadas a escola.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A discussão devido aos documentários sobre temas que geralmente não são discutidos em sala de
aula sobre a educação nutricional, foi benéfica, permitindo, assim, a aquisição desses
conhecimentos que muitas vezes se encontram distantes até do livro didático. Além disso, com a
produção desses pequenos documentários os alunos se tornaram bastantes ativos nessa busca pelo
conhecimento. Os vídeos produzidos foram avaliados pelos alunos do PIBID de Biologia, embora
que alguns apresentassem erros de conceitos, em geral, os educandos revelaram pesquisa para
explanação do conteúdo, tornando seus vídeos divertidos e ao mesmo tempo informativos. Após
as avaliações, os documentários foram expostos em uma pequena amostra seguida por debates.
Durante a roda de debates houve um importante contato direto de estudantes com profissionais
nutricionistas que acabou sanando algumas dúvidas sobre a questão alimentar. Os alunos também
receberam pequenas revistas com jogos sobre alimentação e nutrição para fixação da
aprendizagem.
CONCLUSÕES
Com a concretização do projeto, houve uma reflexão dos alunos acerca da melhoria da qualidade
de vida através de hábitos de alimentação saudável, promovendo, também, o estímulo à pesquisa
e interação dos alunos.
Além disso, a produção de documentários se mostrou uma importante metodologia que estimula
a criatividade e o protagonismo do educando, pois o mesmo se torna participativo em sua
aprendizagem, onde foi notado o esforço da maioria dos educandos em tornar seu documentário
atraente e rico em conteúdo.
REFERÊNCIAS
MUITO ALÉM DO PESO. Direção: Estela Renner. Produção: Juliana Borges. São Paulo: Maria
Farinha Filmes, 2012. 1 documentário, 1h23min43s, color, son.
RAMOS, F. P.; SANTOS, L. A. S; REIS, A. B. C. Educação alimentar e nutricional em escolares:
uma revisão de literatura. Cad. Saúde Pública, Rio de Janeiro, v. 29, n. 11, p. 2147-2161, 2013.
RESENDE, S. G. S. A produção de vídeos por estudantes do ensino médio: um estudo
motivacional da aprendizagem em Química. 145 f. 2016. Dissertação (Mestrado Profissional
em Educação e Docência) - Faculdade de Educação, Universidade Federal de Minas Gerais, Belo
Horizonte, 2016.
RODRIGUES, L. P. F.; RONCADA, M. J. Educação nutricional no Brasil: evolução e descrição
de proposta metodológica para escolas. Com. Ciências Saúde, v. 19, n. 4, p. 315-322, 2008.
TRICHES, R; M.; GIUGLIANI, E. R. J. Obesidade, práticas alimentares e conhecimentos de
nutrição em escolares. Rev. Saúde Pública, São Paulo, v. 39, n. 4, p. 541-547, 2005.
ZANCUL, M. S. Orientação nutricional e alimentar dentro da escola: Formação de conceitos
e mudanças de comportamento. 2008. Tese (Doutorado em Ciências Nutricionais) - Departamento
de Alimentos e Nutrição, Universidade Estadual Paulista, Araraquara, 2008.
JOGO DA MEMÓRIA APLICADOS AO CONTEÚDO DE CITOLOGIA: UMA
PROPOSTA DE APRENDIZAGEM LÚDICA
Angéssica Mirelle do Carmo,Tatiane Kelly dos Santos,
SUBPROJETO BIOLOGIA,
Universidade Católica de Pernambuco
Escola Estadual Luiz Delgado
E-mails: [email protected], [email protected]
INTRODUÇÃO
O modelo tradicionalista de ensino ainda é muito utilizado por parte dos professores que fazem
parte da Rede Estadual de Ensino, o que reflete, em alguns casos, no desinteresse dos alunos.
Notadamente, esse modelo de educação tem como atividade principal a transferência de
conhecimentos do professor para o aluno. Em alguns momentos utiliza-se apenas o livro didático,
como instrumento de apoio para aprendizagem.
Buscando uma condição diferenciada do processo de ensino e aprendizagem surge um modelo
onde a descentralização deste processo sai do professor e começa a focar-se mais sobre o aluno.
Esse modelo defende que o ensino deve de estar centrado no formando, ou seja, cada pessoa tem
o seu próprio percurso e tem maior responsabilidade para decidir o que quer aprender, tornando-
o autónomo no seu processo de aprendizagem. Deste modo o aluno procura descobrir o seu
próprio caminho em uma busca de auto-avaliação num processo de descobrir-se como pessoa,
sendo está a chave do processo de aprendizagem. A construção do conhecimento ocorre quando
acontecem ações físicas ou mentais sobre objetos que, provocando o desequilíbrio, resultam
em assimilação ou, acomodação e assimilação dessas ações e, assim, em construção
de esquemas ou conhecimento. Objetivando então esse desequilíbrio, juntamente com atividades
lúdicas que buscam um maior interesse por parte do aluno, descentralizando a atenção do
professor, que surgiu a elaboração deste trabalho.
OBJETIVO
O presente trabalho teve como objetivo realizar uma prática pedagógica lúdica com estudantes do
1° ano do ensino médio, a partir de jogos bem populares, de forma educativa, como elemento
motivador, aplicado ao tema de citologia.
REFERENCIAL TEÓRICO
Segundo Rousseau (1968), as crianças têm maneira de ver, sentir e pensar que lhe são próprias e
só aprendem através da conquista ativa, ou seja, quando elas participam de um processo que
corresponde à sua alegria natural.
Lima (2003, 2005) enfatiza que o jogo e a brincadeira são elementos da cultura e, ao serem
valorizados e empregados como recursos pedagógicos, podem contribuir para o desenvolvimento
integral do educando.
As brincadeiras, segundo Venguer (1986: 134-135), retratam a variada realidade que cerca as
crianças. Os argumentos vivenciados e os conteúdos da atividade lúdica são retirados das
atividades do trabalho, das relações interpessoais e dos fatos relevantes da época em que vivem.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
O período de realização do presente trabalho teve início em setembro e finalização entre o final
de novembro de 2015 e início de novembro de 2016
METODOLOGIA
O tema foi abordado em aula antes da realização da atividade prática. Foi aplicado o jogo da
memória, como meio facilitador da fixação dos conceitos e conteúdos trabalhados. Foram
formados dois grupos, cada grupo com o conjunto de 20 peças (10-10) do jogo, auxiliado pelos
bolsistas do PIBID.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
Observou-se o interesse dos estudantes em participar das práticas, notadamente com maior
assimilação, compreensão e fixação dos aspectos abordados na Citologia. O conteúdo antes
considerado enfadonho, agora passou a ser visto de outra forma. Conceitos tidos como difíceis
passaram a ser compreendidos e até memorizados
CONCLUSÕES
Face ao que foi observado neste trabalho, conclui-se que uma abordagem mais humanista por
parte do professor, assim como a utilização de recursos didáticos lúdicos que estimulem o
interesso do aluno, favorecem imensuravelmente o desenvolvimento do mesmo.
REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS
Fundamental. Araraquara: JM Editora, 2003. LIMA, J. M. A Brincadeira na Teoria Histórico-
Cultural: de prescindível a exigência na Educação Infantil. In: Perspectiva para a Educação
Infantil – 1ª ed. Araraquara: JM Editora, 2005
LIMA, J. M. de. A importância do jogo e da brincadeira para o desenvolvimento das múltiplas
inteligências da criança. In: Atuação de Professores: propostas para ação reflexiva no Ensino
ROUSSEAU, Jean J. Emílio ou da Educação. São Paulo: Difusão Europeia do Livro, 1968.
VENGUER, L. Temas de Psicologia Pré-escolar. Havana: Pueblo y Educacion, 1986
JOGO LÚDICO COMO: FERRAMENTA FACILITADORA DA APRENDIZAGEM DE
ALUNOS DE ESCOLA PÚBLICA DO ENSINO MÉDIO - JOGO DE DNA
Bruna Claudia do Santos, Daniela Martins Dos Santos, Edilane Barbosa da Silva
SUBPROJETO BIOLOGIA
Universidade Católica de Pernambuco
Escola Liceu de Artes e Ofícios
E-mails: [email protected], [email protected],
INTRODUÇÃO
Nos últimos anos foi necessário reavaliar o currículo do Ensino Médio com a finalidade de discutir
sobre os assuntos: o papel da educação e o ensino significativo, efetivo e contextualizado. De
acordo com os PCNs, os jogos lúdicos são atividades desenvolvidas em sala de aula, e podem
tornar-se mediadores entre o conteúdo e o cotidiano. Segundo Tezani (2006), esse tipo de
atividade tem sido útil a professores e alunos no processo de ensino aprendizagem, por facilitar o
desenvolvimento cognitivo através de discussões que apresentam soluções para problemas
encontrados no cotidiano, dando mais sentindo ao significado ou importância do conhecimento
cientifico (SANTANA, 2012, p.56).
O jogo didático apresenta-se como uma ferramenta muito prática para resolver os problemas
apontados pelos educadores e alunos, onde a falta de estímulo, a carência de recursos e aulas
repetitivas, podem ser resolvidas com eficiência, pela associação de brincadeiras e diversão ao
processo de aprendizagem.
Os conhecimentos na área de genética são de natureza interdisciplinar e apresentam relação direta
com o contexto social contemporâneo. A sociedade necessita ter acesso aos conhecimentos
científicos desta área para que possa se engajar em debates e opinar sobre grandes temas que
afligem a humanidade, tais como: as pesquisas em genética e suas aplicações na área da saúde e
ambiente.
OBJETIVO
O trabalho teve como objetivo incentivar e despertar o desenvolvimento da aprendizagem de
forma interdisciplinar, dinâmica e contextualizada através do jogo lúdico, tendo em vista que este,
além de ser incentivado pelos PCNs como mediadores, quando planejados e usados de forma a
unirem o lúdico com o ensino, propiciam processo de ensino-aprendizagem desenvolvendo o
cognitivo a fim de facilitar a construção do conhecimento em torno do tema Código Genético.
Para isso foi proposto e avaliado um (Jogo do DNA), que abordam alguns dos conteúdos
programáticos da Biologia para o Ensino Médio, e aplicado com alunos de escola estadual do
Recife.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
A atividade lúdica é uma estratégia insubstituível para ser usada como estímulo na construção do
conhecimento humano e na progressão das diferentes habilidades operatórias, além disso, é uma
importante ferramenta de progresso pessoal e de alcance de objetivos institucionais (Santos e
Jesus, 2010). Esta investigação surge pela necessidade de descrever a incorporação do lúdico na
prática docente e os benefícios para o processo ensino-aprendizagem dos educandos do primeiro
ano do ensino médio. Limitando-se a identificar as facilidades e dificuldades para a incorporação
do lúdico e quais os benefícios que o lúdico traz para as turmas do primeiro ano do ensino médio
(Santos e Jesus, 2010).
Segundo (Kishimoto, 1996) o jogo em questão é um importante aliado no desenvolvimento social
e afetivo e também o desenvolvimento das funções sensório-motoras e a percepção das regras
pelos alunos. Já (Gomes e Friedrich, 2001) o jogo não é o fim visado, mas o eixo que conduz a
um conteúdo didático determinado.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO
Inicialização no mês de setembro de 2016 e com o término em outubro de 2016.
METODOLOGIA E RESULTADOS
O estudo foi realizado na escola Liceu de Artes e Ofício, no município do Recife – PE. Para a
realização da atividade foi feito um jogo de genética (molécula de DNA), que abordam alguns
dos conteúdos programáticos da Biologia para o Ensino Médio, e aplicado com alunos de escola.
O método utilizado para a avaliação foram palestras e questionários em seguida, durante e depois
da realização da atividade.
O resultado observado foi o de um maior interesse proveniente dos alunos para querer estudar os
conteúdos de biologia e um esforço maior para relacionarem o conteúdo com a aula teórica e
assim poder aproveitar bem o jogo. Após aplicação do jogo, os comentários feitos pelos alunos
demonstraram que o jogo serviu para uma melhor compreensão da estrutura da molécula de DNA,
colaborando a eficácia do aspecto lúdico associado ao cognitivo como importante estratégia de
ensino. Além disso, é observado que a diversão e competitividade oriundas do jogo estimulam o
aprendizado. Isso também proporciona interação e ajuda mútua entre os jogadores para que todos
permaneçam jogando. Outro ponto é que também pode possibilitar a conscientização se o jogo
for elaborado para tal propósito
CONCLUSÃO
Os jogos didáticos favorecem a aquisição e retenção de conhecimentos de uma maneira simples
e divertida. No entanto, o jogo é um importante aliado no desenvolvimento social e afetivo e
também o desenvolvimento das funções sensório-motoras e a percepção das regras pelos alunos.
REFERÊNCIAS
JANN, P. N.; M.F. Leite . Jogo do DNA: um instrumento pedagógico para o ensino de
ciências e biologia. Ciências & Cognição (UFRJ), v. 15, p. 282-293, n. 2010.
NASCIMENTO, M. P. et al. Jogos lúdicos como ferramenta didática para o ensino de
genética e biologia molecular. Revista eletrônica de educação da faculdade araguaia, v.7: p.250-
271. 2015
Parâmetros Curriculares Nacionais: Introdução aos parâmetros curriculares nacionais.
Secretaria de Educação Fundamental. – Brasília : MEC/SEF. p.113. 1997.
SANTANA, E. M. O uso do jogo autódromo alquímica como mediador da aprendizagem no
ensino de química. Dissertação de mestrado - São Paulo. 2012.
TEZANI, T. C. R. O Jogo e os Processos de Aprendizagem e Desenvolvimento: aspectos
cognitivos e afetivos. Educação em Revista, v.7, n.1-2. Marília, 2006.
KISHIMOTO, T. M. Jogo, brinquedo, brincadeira e a educação. São Paulo: Cortez. 1996.
Gomes, R.; Friedrich, M. A. A contribuição dos jogos didáticos de conteúdos de ciências e de
biologia. Em: Faculdade de Educação da UFF, Rio de Janeiro. (pp. 389 – 392). Anais, I Encontro
Regional de Ensino de Biologia da Regional RJ/ES. 2001.
A IMPORTÂNCIA DO PIBID BIOLOGIA: ATIVIDADES PRÁTICAS COMO
ESTRATÉGIA DE CONCIENTIZAÇÃO AMBIENTAL
Edigreice Karoline Gomes Gusmão Muniz, Rodolfo Lucas Bezerra de Almeida,
Wedja Rosalina Soares dos Santos
SUBPROJETO BIOLOGIA
Universidade Católica de Pernambuco
Escola de Referência em Ensino Médio Oliveira Lima;
E-mails: [email protected]; [email protected]; [email protected]
INTRODUÇÃO
É notório a importância de propostas pedagógicas que envolva alunos com o meio ambiente,
ressaltando seu papel dentro dele. Propostas voltadas para Educação Ambiental dentro da Escola
torna-se algo essencial para formação e construção dos educandos. Uma vez que atividades com
esse intuito podem contribuir para a conscientização, com consequente busca da melhoria das
condições ambientais.
Estimular atividades voltadas para disseminação de atitudes sustentáveis, rompendo maneiras
tradicionais de ensino, principalmente em Educação Ambiental, buscando inserir
verdadeiramente os alunos em ações voltadas para melhoria das condições ambientais.
OBJETIVO
Implantar práticas sustentáveis na EREM Oliveira Lima juntamente com toda a comunidade
escolar, desenvolvendo atividades de respeito ao meio ambiente, com um intuito de promover a
conscientização, bem como a revitalização do ambiente escolar.
REFERÊNCIAL TEÓRICO
Considerando que o papel da escola é formar cidadãos críticos e participativos, capazes de opinar
e participar decisivamente em todos os ambientes torna-se necessário levá-los a reflexão (SILVA,
2003), também sobre as questões ambientais.
Paulo Freire (2002) diz que o papel da educação não é outro se não a de humanizar o homem na
ação consciente e o que este deve fazer para transformar o mundo. Nesse sentido, compete à
escola promover debates acerca dos problemas que afetam a vida do aluno e de sua comunidade
local, o que implica que o educador precisa incentivar os estudantes a produzir, refletir e construir
saberes curriculares de forma participativa e crítica.
Para Silva (2003), a análise dos fundamentos históricos da educação ambiental, acompanhada por
uma reflexão da mesma no contexto social, político e econômico, é de extrema importância para
que esta educação seja efetiva. O Objetivo pedagógico com a questão ambiental deve ser bem
definido, evitando a formação de um evento isolado ao longo do ano letivo, permeados
simplesmente por atividades de reciclagem de lixo, de papel, etc., ou voltado apenas para a
formação de uma consciência conservacionista, relacionada unicamente ao espaço natural.
É imprescindível buscar formas de educar, que provoquem mudanças de atitudes. Como ensina
Leonardo Boff “para cuidar do planeta precisamos todos passar por uma alfabetização ecológica
e rever nossos hábitos de consumo. Importa desenvolver uma ética do cuidado” (1999: 134), e o
ensino formal pode contribuir na reformulação dos comportamentos, das atitudes e na formação
de valores à medida que se tornar um fórum de discussão das questões que envolvem a
responsabilidade individual e coletiva na problemática ambiental.
PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE
Entre os meses de agosto / 2016 até dezembro / 2016.
METODOLOGIA
As atividades foram realizadas na EREM-OLIVEIRA LIMA. As atividades foram realizadas por
um grupo de estudantes do 1 º ano, cognominado “De Bem com a Natureza” (DBCN). Os alunos
juntamente com os estagiários do PIBID, ao longo do semestre desenvolveram atividades voltadas
para práticas sustentáveis. O projeto se dividiu em quatro acontecimentos: confecção de sabão,
artesanato de papel, a elaboração de horta e montagem de uma composteira.
Para a produção de sabão o DBCN coletou e utilizou óleo de estabelecimentos do entorno da
escola, bem como da comunidade escolar. Já para a confecção de peças de artesanato empregou
papelão e revistas de descartes. A horta e a composteira foram implantadas em uma área não
usada da escola. Houve limpeza, capinação, fertilização e aeração do solo e o plantio de sementes
de algumas hortaliças como: coentro, couve, pimenta, acelga e tomate. A composteira contou com
baldes de margarina que foram adaptados para abrigar minhocas, e produzir húmus e chorume, a
partir do lixo orgânico da escola, e utilizados para a fertilização da horta.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
O projeto e as atividades desenvolvidas se mostraram bastante produtivas. Os alunos assumiram o
papel de protagonistas, e se mostraram ao longo do semestre bastante participativos
nas atividades. Muitos produtos foram confeccionados, a horta e revitalização da escola se
mostraram algo gerador de bons resultados, uma vez que propostas como esta, permitem um
contato direto do aluno com práticas socioambientais, promove a conscientização ambiental e um
novo olhar para atitudes com o meio ambiente.
Assim, como afirma (Chalita, 2002), a educação deve ser voltada para propostas que estimulem
o senso crítico e que tragam à tona discussões, que despertem os interesses dos alunos. Uma
Educação Ambiental Crítica cujo objetivo é contribuir para uma mudança de valores e atitudes,
contribuindo para a formação de um “sujeito ecológico” (Carvalho, 2004:18-19). Sujeito que
reconheça suas responsabilidades acerca do meio ambiente, compreendendo o mundo e agindo
de forma crítica na busca de mudança de posturas que priorize o bem-estar e o equilíbrio do
ambiente (Santos et.al, 2016).
REFERÊNCIAS
BOFF, Leonardo. Saber Cuidar: ética do humano – compaixão pela terra. Petrópolis: Editora
Vozes, 1999.
CARVALHO, I. C.M. Educação Ambiental Crítica: nomes e endereçamentos da educação. In:
LAYRARGUES, P. P. (coord.). Identidades de educação ambiental brasileira. Ministério do Meio
Ambiente. Diretoria de Educação Ambiental. Brasília, Ministério do Meio Ambiente, 2004.
CHALITA, G. Educação: a solução está no afeto. São Paulo: Gente, 2002.
FREIRE, P. Extensão ou comunicação: Reforma agrária, transformação cultural e o papel do
agrônomo educador. São Paulo, ed. 12ª. Ed. Paz e amor. p. 55-62. 2002.
SILVA, Ângela dos Santos Maia Nogueira da. Um Olhar sobre a Educação Ambiental no
Ensino Médio: Praticar a Teoria, Refletir a Prática. 2003. 103 f. Tese (Mestrado em
Engenharia de Produção) – Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis.
IDENTIFICAÇÃO DOS ESTILOS DE ENSINO-APRENDIZAGEM EM FÍSICA DO
ENSINO MÉDIO: UM ESTUDO DE CASO
Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Matheus F. dos Santos¹*, Michell A. de Almeida¹, Thiago
Vicente de Assunção¹
SUBPROJETO FÍSICA
¹Universidade Católica de Pernambuco
Escola Barbosa Lima
E-mails: [email protected] , [email protected],
[email protected], [email protected]
INTRODUÇÃO
No ensino de física é possível perceber que a própria física não se resume mais às abstrações e
experimentos ímprobos feitos em laboratório. O aluno se depara cada vez mais com novos
aparelhos eletrônicos, optoeletrônicos, dispositivos automáticos, sistema de controle e etc. Cada
uma dessas novas tecnologias carrega em si elementos fundamentais para um conhecimento
introdutório a respeito da física moderna (FM), por exemplo.
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O método de como as disciplinas são ministradas impacta na forma de como o aluno aprende e
no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem é possível ver na literatura que os indivíduos
aprendem de diferentes formas (MORETTO, 2010; TRAVELIN, 2011) e isso reflete na sua
escolha e permanência profissional. De acordo com Moretto (2010), cada aluno carrega em si
uma estrutura cognitiva de acordo com sua própria “história” e isso age na sua forma de aprender,
uns tem maior desenvolvimento na área dos códigos e linguagens já outros na matemática.
As formas de aprender dos indivíduos têm sido objeto de diversos estudos a fim de melhorar o
desempenho do processo de ensino-aprendizagem. Portanto, o objetivo deste trabalho é
identificar o estilo de ensino-aprendizagem em aulas de física do ensino médio utilizando o
inventário de estilos de aprendizagem de David Kolb.
METODOLOGIA
A pesquisa foi realizada no período de 04 à 05/09/2017 através do PIBID. O público alvo
da aplicação do inventário de Kolb foram alunos do terceiro ano do ensino médio da escola
Estadual Governador Barbosa Lima situada na cidade do Recife que por sua vez está localizada
no estado de Pernambuco. Foram submetidos ao inventário 55 alunos efetivamente matriculados
na instituição de ensino básico regular e dois professores. Os alunos entrevistados na pesquisa
variaram entre indivíduos do sexo masculino e indivíduos do sexo feminino cuja faixa etária
estava entre 16 a 22 anos.
O inventário é composto por 12 afirmações. Cada afirmação tem uma série de 4 opções,
como mostra a figura 1, e o entrevistado deve dá valores de 1 a 4 de acordo com o seu grau de
identificação com a respectiva afirmação, onde o número 4 representa o valor máximo. Em função
dos valores atribuídos são obtidas 4 pontuações que definem o grau de desenvolvimento do aluno
em cada uma das habilidades: EC, OR, CA e EA. Após a obtenção desses valores, é subtraído os
valores dois a dois (OR-CA), (CA-EA), (EC-OR) e (EA-EC), assim é identificado o estilo de
aprendizagem do sujeito que é aquele que predomina.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
A princípio foi alavancado um diálogo com os docentes a respeito da educação brasileira
e sobre o que poderia ser feito para a melhoria do ensino de ciências e matemática, mas com o
enfoque no ensino de física até chegarmos no objetivo deste artigo que diz respeito aos estilos de
aprendizagem.
Dá mesma forma que os alunos têm formas de aprender, os docentes têm formas distintas
de ensinar. Essas formas são devido a sua própria história e o impacto dos seus formadores na
instituição de ensino superior. Diante disso, foi perguntado aos educadores com qual estilo de
aprendizagem eles se identificam mais e na sequência,
Assimilador, pela praticidade do raciocínio lógico para compreender
melhor as informações de uma forma organizada. (PROFESSOR 1).
Assimilador. Porque o processo de ensino-aprendizagem exige do
professor mecanismos para analisar o conteúdo a ser aplicado e o
educando. (PROFESSOR 2).
Na figura 1 está representada a predominância dos estilos de aprendizagem segundo o
sexo do informante.
Figura 1. Estilos de aprendizagem segundo o sexo dos alunos entrevistados.
Fonte: Os autores, 2017.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
Um professor que tenha um estilo particular como preferência didática e se essa
preferência tornar sua didática excludente irá prejudicar o desenvolvimento de outros alunos.
Então, para que exista uma aprendizagem significativa em sala de aula é imprescindível que o
professor tenha como meta um ensino universal ou então que esse docente ajude os alunos a
desenvolver outras competências para assim serem flexíveis quanto a forma de aprender. No
ensino de física é importante que o professor mantenha uma postura que contemple as diversas
formas de aprender, pois, além de alguns conteúdos de física ser demasiadas vezes complicado
por não ter uma prática experimental de fácil acesso ao aluno, muitas vezes o aluno não tem
acesso à tecnologia que pode ser associada aquele conteúdo.
A importância de entender como se dá o processo de aprendizagem é bastante
significativa. Além disso, o conhecimento biográfico do aluno pelo próprio sujeito-aprendiz torna
seus métodos de estudo nos conteúdos de física moderna mais eficazes e faz com que o sujeito
passe a concentrar mais tempo e recursos em habilidades que têm a necessidade de serem
evoluídas.
REFERÊNCIAS
MORETTO, Vasco Pedro. Prova: um momento privilegiado de estudo, não um acerto de contas.
ed. 9. Rio de Janeiro: Lamparina, 2010. p. 49-72.
TREVELIN, Ana Teresa Colenci. Estilos de aprendizagem de Kolb: Estratégias para a melhoria
do ensino-aprendizagem. Journal of Learning Styles, v. 4, n. 7, 2011.
CONTEXTUALIZANDO O ENSINO DA FÍSICA COM ASPECTOS DA AVIAÇÃO
Brenda Barros Alves da Silva¹*, Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Ricardo da Silva Farias²,
Vinícius de Assis Silva¹
F
M
SUBPROJETO FÍSICA
¹Universidade Católica de Pernambuco, ²Escola Liceu de Artes e Ofícios,
E-mails: [email protected], [email protected], [email protected],
Introdução
As dificuldades no ensino das ciências da natureza, especialmente no ensino de conceitos de
física, são problemas bastante discutidos no meio acadêmico. O uso da instrumentação do ensino
é essencial para a construção do aprendizado significativo do discente. Além disso, a
contextualização dos conteúdos aproxima a vivência dos alunos com o conteúdo científico.
Objetivo
O objetivo do trabalho é apresentar o conteúdo de hidrodinâmica contextualizando esse conteúdo
com a mecânica de voo na aviação. Desta forma, pretende-se abordar apenas os conceitos da
hidrodinâmica com ênfase na equação de Bernoulli interligado ao tema da “aviação”. Não é o
objetivo do trabalho citar os diversos modelos, físicos e matemáticos, que explicam o voo de uma
aeronave, contudo, foi realizado uma demonstração de noções da mecânica do voo.
Referencial Teórico
O desejo do ser humano em poder voar fez com que Leonardo da Vinci sugerisse que para voar
fosse necessário imitar os pássaros, ou seja, o método de “asas batendo”. Posteriormente, George
Cayley, em seus estudos sobre as pipas, mostrou que é possível voar mantendo as asas fixas e
considerando as quatro forças fundamentais: peso, sustentação, arrasto e tração. Dessas quatro
forças, a força de sustentação é a principal, pois permite que uma aeronave se mantenha em voo.
O conjunto de forças exercidas pelo ar sobre uma asa em movimento irá produzir uma força para
cima, capaz de se opor ao peso de um avião. A asa possui comprimentos diferentes na parte
superior (extradorso) e inferior (intradorso). A parte superior tem uma curvatura convexa
enquanto que a parte inferior é mais plana e ligeiramente côncava. Essa estrutura faz com que o
ar percorra um caminho mais longo na parte superior do que na parte inferior. O ar, portanto, se
desloca com mais velocidade no extradorso. A equação de Bernoulli afirma que: “se a velocidade
de um fluido aumenta enquanto fluido se move horizontalmente ao longo de uma linha de fluxo,
a pressão do fluido diminui e vice-versa” (Halliday, David. 2012. Ed. 9, vol 2. p. 75).
Metodologia
Esse trabalho foi realizado com alunos do terceiro ano da Escola Liceu Nóbrega de Artes e
Ofícios, localizada na cidade do Recife - PE, no mês de setembro de 2017.
Inicialmente, a discussão com os alunos foi aberta com a problematização do assunto
questionando “como voa um avião?”. A partir das respostas se identificou o conhecimento prévio
dos alunos. Posteriormente, foi apresentado um breve resumo da significância dos estudos
realizados por Leonardo Da Vinci, George Cayley, os irmãos Wright e Santos Dummont. Em
seguida, abriu-se a discursão sobre as quatro forças básicas para fazer um avião levantar voo. A
abordagem do conteúdo apresentado ocorreu com o propósito de fazer com que os alunos
assimilassem as suas explicações com as discussões do assunto de hidrodinâmica com ênfase na
equação de Bernoulli com a aviação.
Resultados e Discussão
Segundo David Ausubel, é necessário que o aluno encontre sentido no que está aprendendo, para
que ele possa desenvolver a sua vontade de aprender. É comum no ensino das ciências da natureza
muitos alunos perguntarem quando e onde irão usar determinado assunto. Considerando Ausubel,
observa-se a importância da utilização de métodos que façam com que o aluno crie um interesse
sobre o assunto abordado e uma das opções é desenvolver de maneira dinâmica e didática
possibilitando com que ele utilize sua imaginação para entender como uma lei da física pode
ajudar a fazer um avião decolar e a continuar em voo, exercitando a sua mente para que ele não
apenas questione o porquê de estudar isso, mas para que ele saiba para que está estudando e assim
criar um método de ensino baseado na curiosidade.
Os resultados de que o aluno encontre sentido no que está sendo exposto em sala de aula para que
ele possa desenvolver a sua vontade de aprender foram dentro do esperado. Essa vontade de
aprender fez com que alguns alunos, mesmo após o término da aula, continuassem para assistir
até o final da apresentação.
Conclusão
A importância de saber o conhecimento prévio dos alunos para poder dar iniciação a qualquer
assunto é extremamente relevante. O conteúdo ensinado deve ser potencialmente significativo e
o estudante precisa estar preparado a associar o material de maneira sólida e não casual.
Referências
ANGELUCCI, Enzo. Os aviões: dos primórdios da aviação até os dias atuais: a participação
brasileira na conquista do espaço. 2 ed. [São Paulo: Melhoramentos], 1975.
BERTO, Maj Av Mario Cesar. Como funciona um avião. Disponível em:
http://bit.ly/2wgD4B1 . Acessado em: 19 de jun. 2017.
DOMINGUEZ, Ignacio; Perinat, Santiago. A aviação. 1. ed. Rio de janeiro: Salvat, 1979.
HALLIDAY, David; RESNICK, Robert; WALKER, Jearl. Fundamentos de física. 9. ed. Vol
2. Rio de Janeiro: LTC, 2012.
LITO. Entenda sobre ângulo de ataque, pitch, incidência. Disponível em:
http://bit.ly/2vigZoE . Acessado em: 20 de jul. 2017.
MASINI, Elcie F Salzano; MOREIRA, Marco Antônio. Aprendizagem Significativa: a teoria
de David Ausubel. 2° ed. Centauro, 2006.
RODRIGUES, Luiz Eduardo Miranda José. Fundamentos da Engenharia Aeronáutica com
Aplicações ao Projeto SAE - AeroDesign: Aerodinâmica e Desempenho. Salto - SP:
www.engbrasil.eng.br, 2014.
A FÍSICA NAS PROFISSÕES: UMA ABORGAGEM DO “PRA QUÊ
APRENDER ISSO?”
Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Matheus F. dos Santos1, Michell A. de Almeida¹ Thiago V.
de Assunção¹
SUBPROJETO FÍSICA 1Universidade Católica de Pernambuco
E-mails: [email protected] , [email protected],
[email protected], [email protected]
Introdução
A idealização desse trabalho surgiu de conversas informais com alunos do terceiro ano de ensino
médio que estavam prestes a fazer opção por cursos superiores. Entre as tantas questões, os alunos
queriam saber como os conteúdos da disciplina de física seriam importantes nas suas futuras
profissões. A busca por boas respostas motivou a realização deste trabalho. Além disso, as
reflexões dos alunos delataram que eles não relacionavam o seu cotidiano com os conteúdos
escolares de física.
Fundamentação Teórica
As Diretrizes Curriculares Nacionais para o Ensino Médio (DCNEM) ressaltam a
contextualização como um dos pressupostos centrais para a implementação de um ensino por
competências. Neste documento, afirma-se que “é possível generalizar a contextualização como
recurso para tornar a aprendizagem significativa ao associá-la com experiências da vida
cotidiana ou com os conhecimentos adquiridos espontaneamente”. Por outro lado, os Parâmetros
Curriculares Nacionais (PCN e PCN+) afirmam que “a forma mais direta e natural de se
convocarem temáticas interdisciplinares é simplesmente examinar o objeto de estudo disciplinar
em seu contexto real, não fora dele”. Neste último documento ainda afirma-se que “a
contextualização no ensino de ciências abarca competências de inserção da ciência e de suas
tecnologias em um processo histórico, social e cultural e o reconhecimento e discussão de
aspectos práticos e éticos da ciência no mundo contemporâneo”.
O objetivo desse trabalho é apresentar alguns conceitos de física utilizando para isso algumas
atividades profissionais das engenharias, de áreas médicas, fotografia e arquitetura. Além disso,
objetiva-se apresentar a física como área de conhecimento fundamental para compreensão do dia
a dia. Desta forma, espera-se incentivar nos alunos o interesse pela física.
Metodologia
A execução do projeto foi por meio de uma palestra realizada no auditório da Escola Luís Delgado
no mês de novembro de 2016. Utilizamos para a concretização do projeto um Datashow,
notebook, caixa de som com microfone e um questionário com quatro perguntas a serem
respondidas pelos alunos no final da palestra a fim de termos um feedback dos impactos do nosso
trabalho. Os ID’s prepararam apresentações no Power Point, escolhendo alguns cursos técnicos e
superiores tais como: Eletrotécnica, Eletrônica, Radiologia, Engenharia Elétrica, Engenharia
Mecânica, Engenharia Civil, Engenharia Ambiental, Fotografia, Arquitetura, Medicina
(Especialidade: radioterapeuta) e Física Médica (Diagnóstico por imagem, radioterapia e
medicina nuclear).
Vimos nessas profissões a possibilidade de exemplificar algumas situações na prática desse
profissional o uso do conhecimento em Física. A ideia inicial era apresentar o projeto “A Física
nas Profissões” apenas para as turmas do terceiro ano do ensino médio. Entretanto, nosso trabalho
tomou grandes proporções tomando como público alvo todos os anos do ensino médio. Cada um
dos Pibidianos levou em média quinze minutos com a sua apresentação, que com uma linguagem
simples buscamos ficar o mais próximo da realidade dos alunos.
Resultados e Discussão
Para mostrar as opiniões dos alunos sobre as profissões que requer maior conhecimento em física
colocamos suas respostas em gráfico, onde engenharia, eletrotécnica, eletrônica foram as
profissões mais citadas, respectivamente. A amostra foi composta por 116 alunos para
levantamento estatístico, onde observamos por classe quais foram suas respostas sobre sua
convivência com a física, onde a maioria descreve o ferver da água como principal fenômeno
físico observado no dia-a-dia, seguido de um exame de radiografia.
Conclusão
Com a aplicação do projeto e tendo percebido a quantidade de alunos participantes, vimos que há
uma necessidade de procurarmos ouvir os estudantes do ensino médio, de mostrá-los que algumas
profissões estão entrelaçadas com a física. Desta forma pudemos esclarecer dúvidas com respeito
às profissões pretendidas por eles.
Este projeto poderia ser tomado como base para a criação de cursos e quantidade de vagas a fim
de ter uma melhor distribuição e controle econômico tanto por parte do governo federal como por
Instituições de Ensino Superior – IES – da rede particular, uma vez que a evasão é um problema
para a manutenção e permanência de IES particular também (ASSIS, 2013). Não adianta abrir
uma enorme quantidade de vagas, atender somente à demanda dos empresários e interesse do
Estado (SAVIANI, 2003), se não houver pessoal suficiente para preencher os cursos, e,
principalmente continuar um dado curso oferecido.
É sabido que há uma grande quantidade de desistência em quaisquer cursos técnicos ou superiores
por justamente os alunos não terem uma boa base de conhecimento necessária para o curso
escolhido e por não terem sido alertados pelo que estaria por vir.
Sendo assim, mostrar aos estudantes os conhecimentos de física (nosso foco) que há nas
profissões, esclarecer-lhes como estas funcionam; é preciso para que haja uma menor desistência
tanto em nível técnico como superior e dessa forma podemos proporcionar um conhecimento ao
qual ele possa aplicar em sua vivência profissional (FREIRE, 1987) e estar sempre em um
processo de construção e aprendizado destes conhecimentos.
Referências
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido, 17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
FREIRE, P. Política e educação: ensaios/ Paulo Freire. 5. ed. Cortez, São Paulo, 2001.
SAVIANI, D. Escola e democracia: teorias da educação, curvatura da vara, onze teses sobre a
educação política. 36. ed. Campinas, SP: Autores Associados, 2003.
ASSIS, C. F. Estudo dos fatores de influenciam a evasão de alunos nos cursos superiores de
tecnologia de uma instituição de ensino superior privada. 2013. Disponível em:
<http://www.fpl.edu.br/2013/media/pdfs/mestrado/dissertacoes_2013/dissertacao_cristiano_ferr
eira_de_assis_2013.pdf>
VISITA PARA O LABORATÓRIO DE FÍSICA DA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE
PERNAMBUCO
Denise Luísa Schio de Araújo¹, Leonardo Bruno Ferreira de Souza, Ricardo da Silva Farias²
SUBPROJETO FÍSICA
¹Universidade Católica de Pernambuco, ²Escola Liceu de Artes e Ofícios,
E-mails: [email protected], [email protected], [email protected]
Introdução
A educação pública passa por um momento complicado; a falta de interesse dos alunos
com as disciplinas em geral é preocupante, principalmente quando se fala em aulas de Física.
Sabemos que o ensino de física não é fácil, tanto para professores quanto para alunos. Para os
alunos parece ser bem mais difícil, pois muitos deles não veem utilidade alguma em se aprender
tal matéria. O professor deve mudar essa ideia, deixando de lado aquelas velhas aulas cheias de
equações matemáticas, buscando inovar e mostrar que física não é de assustar. Para isso o
professor pode utilizar o mecanismo da experimentação, como também a explicação de
fenômenos do cotidiano através dos conceitos aprendidos. Buscar instigar os alunos para que eles
tomem gosto pela ciência é uma boa pedida, uma vez que eles gostam de descobrir novas coisas,
novos horizontes.
Fundamentação teórica
O Curso de licenciatura em Física
O curso de Física objetiva formar professores que dominem os conhecimentos de Física
articulados aos pedagógicos específicos dos ensinos Fundamental e Médio e capacitá-los,
também, para o uso das novas tecnologias da comunicação e informação, bem como formar
professores-pesquisadores que enfrentem os desafios do ensino da Física na realidade da educação
básica e que sejam capazes de continuar seus estudos na pós-graduação: especialização, mestrado
e doutorado.
Perfil profissional
O Licenciado em Física é um profissional cujo perfil caracteriza-se pela sólida e ampla
formação básica que contempla integralmente teoria e prática na construção do conhecimento;
compreensão do significado das ciências para a sociedade e da sua responsabilidade como
educador nos vários contextos de sua atuação; capacidade crítica no cultivo e transmissão dos
conhecimentos próprios à área; permanente busca do seu aperfeiçoamento profissional; aptidão
investigativa voltada para a pesquisa científica e a sensibilidade e responsabilidade social no
exercício ético de sua profissão.
Outras áreas de atuação uma pessoa formada em Física
O físico estuda a relação entre matéria e energia, suas propriedades e as leis que regem
sua interação. Lida com corpos e fenômenos físicos de todas as dimensões, de partículas
subatômicas à imensidão do cosmo. Pode especializar-se em diversas áreas, como acústica,
astrofísica e física nuclear. Aplica as leis do mundo físico tanto na pesquisa pura quanto na
solução de questões práticas e cotidianas. Na indústria, cria e aperfeiçoa materiais, produtos e
processos. Atua, ainda, na área de física médica, desenvolvendo e aplicando tecnologias e
equipamentos nucleares e radioativos para diagnóstico e tratamento. Para lecionar nos ensinos
Fundamental e Médio é preciso cursar uma licenciatura.
Objetivos
O objetivo deste trabalho é apresentar o curso de Licenciatura Plana em Física da Universidade
Católica de Pernambuco, apresentando a sua história e as suas atividades atuais. Além disso, tem
como objetivo apresentar experimento de qualitativos para explicar conceitos físicos associados
ao cotidiano. Desta forma, motivar alunos a se reconhecerem no magistério e acreditarem que é
possível.
Metodologia
As aulas extraclasse foram realizadas no mês de Maio de 2017, com os alunos da Escola Liceu
Nobrega da turma do 3 ano. Nesta atividade além de alguns exemplos e experimentos que foram
aplicados, falar sobre alguns Físicos e suas histórias como surgiram, explicar que à física é ciência
da natureza e envolverem os discentes de maneira adequada ao conteúdo.
Considerações Finais
Com a realização da atividade extraclasse foi possível esclarecer dúvidas a respeito do curso de
licenciatura plena em Física, especificamente o da UNICAP. Nas discussões com os alunos sobre
essa atividade, verificou-se que eles avaliaram positivamente essa atividade. Por isso, conclui-se
que com essa atividade se conseguiu desmistificar alguns conteúdos de física. Além disso,
incentivar os alunos do Colégio Liceu Nobrega a cursarem o curso de Licenciatura Plena em
Física, na Universidade Católica de Pernambuco.
Referências
ASSIS, Cristiano Ferreira. Estudo dos fatores que influenciam a evasão dos alunos nos Cursos
Superiores de Tecnologia de uma Instituição de Ensino Superior Privada. 91p. 2013. Tese
de Doutorado. Dissertação Mestrado Profissional em Administração). Fundação Cultural Dr.
Pedro Leopoldo–FPL, Minas Gerais.
FREIRE, P. Pedagogia do oprimido, 17. ed. Rio de Janeiro, Paz e Terra, 1987.
FREIRE, P. Política e educação: ensaios/ Paulo Freire. 5. ed. Cortez, São Paulo, 2001.
DEBATE SOBRE GERAÇÃO NUCLELÉTRICA NO JÚRI SIMULADO: UM RELATO
DE EXPERIÊNCIA NO ENSINO DE FÍSICA
Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Matheus F. Santos1; Michell A. Almeida¹; Thiago V.
Assunção¹
SUBPROJETO FÍSICA 1Universidade Católica de Pernambuco,
E-mails: [email protected], [email protected],
[email protected], [email protected]
Introdução
A tendência pedagógica tradicional predomina nas salas de aula, onde o professor adquire a
responsabilidade de transmitir o conhecimento e os alunos de absorvê-lo. Em um mundo de
tecnologia, redes sociais, crescente difusão de informação, o professor não pode mais ser aquele
que guarda um conteúdo e passa adiante, ele deve exercer um papel de curador. O curador é aquele
que distribui, remete, faz com que as pessoas tenham acesso, portanto, é um papel mais de
colaboração do que de absoluta autoridade [1].
Referencial teórico
O ensino de física nas escolas, sejam elas da rede pública ou particular, é um desafio para os
professores dessa área. Os conteúdos que são previstos no currículo escolar são muitas vezes
trabalhados de forma sistemática, sem variações nas abordagens. Ludovico propõe um jogo de
cartas para abordar o tema física de partículas com alunos do ensino médio como uma estratégia
didática [2].
As dinâmicas de grupo são atrativas e envolventes, por seu caráter motivacional e construtivo,
podendo ser utilizadas como propostas pedagógicas no intuito de auxiliar o desenvolvimento de
um ensino em qualquer disciplina [3;4]. A estratégia abordada nesse trabalho é o júri simulado.
Um pequeno incidente ocorrido no dia 09 de Fevereiro de 2017 na Usina Nuclear de Flamanville,
na França, nos motivou a levar esse tema interessante para ser discutido em sala de aula.
O objetivo desse trabalho é relatar uma experiência vivenciada pelos iniciantes à docência (ID’s)
do PIBID- Programa de Iniciação à Docência do curso de Física da Universidade Católica de
Pernambuco em uma escola da rede estadual de PE vinculada ao Programa. A experiência foi a
proposição e análise de um debate sobre a geração nuclelétrica através de um júri simulado.
Metodologia
Essa estratégia didática foi realizada na Escola Luiz Delgado, localizada no centro da cidade de
Recife, durante o mês de Abril de 2017, com um grupo de 38 alunos do 3º Ano do ensino médio.
A atividade foi dividida nas seguintes etapas: (i) aplicação de um questionário para analisar o
conhecimento prévio; (ii) apresentação imparcial do tema pelo aluno ID; (iii) proposição e
aplicação do júri simulado e (iv) reaplicação do questionário.
Na segunda etapa foi realizada uma apresentação com slides de maneira totalmente imparcial
sobre as Usinas Nucleares, explicando seus princípios Físicos de funcionamento e onde essas
usinas se encontram. A classe de alunos foi dividida em dois grupos: O primeiro (a favor) é o
grupo dos alunos que tem o número par relacionado na caderneta do professor, e o segundo grupo
é o dos alunos com o número ímpar na caderneta, que foram contra essa forma de obtenção de
energia elétrica. O próximo passo foi o auxílio aos alunos nas pesquisas, citamos vários sites de
busca, arquivos e vídeos para consulta.
Cada um dos grupos pesquisou sobre o tema e levantaram argumentos que sustentam sua opinião,
e defendeu sua ideia em frente a um “tribunal”, debatendo seus argumentos junto ao grupo
contrário. Foi eleito três representantes de cada grupo (acusação e defesa) para expor os seus
argumentos. Aplicou-se novamente o mesmo questionário composto com quatro perguntas, para
comparar com as respostas obtidas inicialmente.
Resultados e discussão
Com a aplicação do primeiro questionário, conseguimos computar a frequência com que os 38
alunos responderam cada questão. Observou-se a evolução das ideias dos alunos referente ao tema
com o início da atividade, onde várias questões éticas, ambientais, sociais e econômicas foram
colocadas em discussão. Os “promotores de acusação” sempre tinham por base dos seus
argumentos as desvantagens do uso dessas usinas. Já o grupo de defesa embasava seus argumentos
nas vantagens oferecidas pela técnica, sempre tentando refutar os argumentos da acusação.
Finalizamos a atividade esclarecendo para os alunos alguns conceitos que ficaram confusos, e
levamos em consideração que todos saíram ganhando nesta atividade, uma vez que eles puderam
pesquisar sobre a temática e usar o senso crítico para tomar uma posição frente a esse tema
controverso. Não conseguimos eleger um grupo ganhador, pois a discussão estava bem
equilibrada. Os alunos puderam perceber a importância de se discutir esses assuntos controversos,
e ter uma opinião formada frente a um debate. Conseguimos de fato comprovar o que o grande
educador brasileiro Paulo Freire defendia, ao afirmar que “ensinar não é transferir conhecimento,
mas criar as possibilidades para a sua própria produção ou a sua construção” [5].
Conclusões
O questionário aplicado antes da realização do júri-simulado tinha como objetivo sondar o
conhecimento prévio dos alunos acerca do tema a ser discutido. Constatamos que os alunos
tinham um conhecimento muito superficial sobre as Usinas nucleares, e quase não sabiam os
princípios físicos por trás do funcionamento da técnica. Em nossa avaliação, uma das possíveis
causas desse desconhecimento é a dificuldade de compreender as leis básicas da física, o que
implica diretamente em não entender as aplicações de tais Leis.
Com a nova aplicação do mesmo questionário, logo após o júri simulado, constatamos que houve
um aumento no índice de acerto, e consequentemente, um ganho de conhecimento e uma maior
visão crítica a cerca das Usinas Nucleares e seu funcionamento. A aplicação dessa atividade foi
satisfatória para podermos analisar o nível de conhecimento dos alunos e a realidade da escola
em que atuamos, possibilitando-nos um estudo mais detalhado sobre o aprendizado da física nessa
unidade escolar e o desenvolvimento de trabalhos de pesquisa ligado ao programa PIBID.
Referências
[1] CORTELA, Mário Sérgio; Dimenstein, Gilberto. A era da curadoria. O que importa é saber
o que importa. São Paulo. Editora Papirus 7 mares. 2015.
[2] LUDOVICO, Merielem Menezes. PROPOSTA DE UM JOGO DIDÁTICO PARA A
ABORDAGEM DO TEMA FÍSICA DE PARTÍCULAS COM ALUNOS DO ENSINO
MÉDIO. UFES. Dissertação, 2017.
[3] MARTINS, Silvana Neumann; DIESEL, Aline; DIESEL, Daniela. O júri simulado como
estratégia de ensino nas aulas de Língua Portuguesa e de Educação Física no ensino
fundamental: um relato de experiências. Revista Educação, Cultura e Sociedade, v. 5, n. 2, 2015.
[4] LAURADES, Francisco Antonio Lopes et al. Instrumentação para o Ensino de Física da
UFRuralRJ: Experiências docentes para a introdução tecnológica. Revista de Formación e
Innovación Educativa Universitária. Vol, v. 7, n. 1, p. 51-58, 2014.
[5] FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. Saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Editora Paz e Terra, p.52, 1996.
ENSINO DE FÍSICA COM AUXÍLIO DE SIMULADORES DO PHET
Alexandre Antônio Silva de Araújo¹*, André Leonardo da Silva¹, Leonardo Bruno Ferreira de
Souza¹
SUBPROJETO FÍSICA
¹Universidade Católica de Pernambuco
E-mails: [email protected], [email protected],
INTRODUÇÃO
O perfil dos professores atualmente vem sofrendo grandes mudanças devido aos avanços
tecnológicos, essa nova geração de estudante não se contenta apenas com a pedagogia tradicional
onde o professor é o dono da verdade e os alunos apenas aceita sem questionar tudo o que é
proposto pelo professor. Pensando nisso os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação a Docência (PIBID), sobre a supervisão do Professor de Física Josemar Lino na Escola
Estadual Joaquim Nabuco, resolveu propor a utilização do phet colorado como uma ferramenta
no ensino de física visando proporcionar tanto aos alunos mais também para o professor uma aula
mais dinâmica.
O phet colorado vem suprir a necessidade de demonstrar alguns fenômenos físicos que
antes era apenas rabiscado no quadro e feito de uma forma grosseira e estática. Com as simulações
no phet tudo muda de figura o aluno passa a ver como o conceito visto em sala acontece de uma
forma dinâmica sem falar que o próprio aluno pode interagir com as simulações não só em sala
de aulas mais também na sua casa, já que o programa é disponível na internet.
Desta forma, o objetivo é proporcionar uma vivência experimental dos conceitos físicos
aprendido em sala de aula assim como proporcionar um ensino mais dinâmico.
REFERENCIAL TEÓRICO
O PhET é um projeto fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman, de simulações
interativas da universidade de Colorado Boulder que cria e disponibiliza de forma gratuita as
simulações sobre matemática e ciências. O uso desse tipo de tecnologia na educação e cada vez
mais comum sinalizando uma nova direção a ser adotada pelos docentes em suas aulas, onde a
falta de laboratório físico de ciências é uma realidade principalmente nas escolas públicas de
ensino.
A utilização de simulações em sala de aulas proporciona um aprendizado mais
centrado na essência do problema, melhorando o ensino/aprendizado dos conteúdos discutidos.
Esses tipos de recursos virtuais possibilita o estudo de situações que antes seriam em algumas
ocasiões impossíveis de serem realizadas em sala de aula, as simulações quando trabalhadas de
forma eficiente permite uma melhor compreensão dos conteúdos assim como os fenômenos
físicos que o cercam.
As leis de kirchhoff (1824-1887) aplicam-se a circuitos em rede com mais de uma malha.
A primeira lei de kirchhoff ou leis dos nós diz que a soma algébrica da intensidade das correntes
elétricas em um nó é nula. A segunda lei conhecida como leis das malhas diz que a soma algébrica
das variações de potencial elétrico em uma malha é nula. Desta forma podemos obter equações
em números suficientes para determinar a intensidade de todas as corrente elétricas de uma malha.
METODOLOGIA
O desenvolvimento das atividades dos bolsistas do PIBID na Escola Joaquim Nabuco sobre
a supervisão do Prof. Josemar Lino, foi divididas no período entre (2016.2 a 2017.1). Inicialmente
seguindo a programação semestral proposta pelo Professor de física, os bolsistas junto com o
supervisor reformularam algumas aulas que antes eram ofertadas de formar tradicional1. Passando
agora a introduzir o uso de simulações computacionais disponíveis no site PHET Colorado no
intuito de tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas tanto para os alunos como para o próprio
professor. As atividades foram desenvolvidas com os alunos do 3º ano.
Após o planejamento das aulas as atividades foram divididas da seguinte formar: a parte
teórica dos assuntos com a responsabilidade do docente e as apresentações das simulações com a
responsabilidade dos bolsistas. No final como forma de avaliar o aprendizado dos alunos foi
proposto uma lista de exercício.
• I Parte – Desenvolvida pelo professor de física.
o Conteúdo trabalhado Leis de Kirchhoff.
o Circuitos elétricos.
• II Parte – Desenvolvida pelos bolsistas.
o Apresentação da simulação e dos recursos que seriam utilizados;
1 Exposição verbal por parte do professor e a preparação do aluno. O foco principal é na resolução de
exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos. Desta forma, o professor inicialmente realiza a preparação do aluno, em seguida formula a apresentação do conteúdo, correlacionando-o com outros assuntos e, por último, faz-se a generalização e aplicação de exercícios.
o Construção de circuito elétrico no Phet colorado;
o Verificação de medidas de corrente e diferencia de potencial.
• III Parte – Avaliação
o Lista de exercício sobre o conteúdo trabalhado.
RESULTADOS E CONSIDERACÕES FINAIS
Ao finalizar as atividades concluirmos que a utilização do Phet colorado como uma
ferramenta de ensino-aprendizagem proporciona aulas mais dinâmicas tanto no ponto de vista do
professor como para os alunos. Porém a sua utilização exigir que os professores atuais saiam das
suas zonas de conforto e assuma essa nova postura. Atitude essas que não é tão fácil devido a
grande maioria dos professores ainda possuir dificuldades em trabalhar com esse tipo de
ferramenta.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
VALENTE, J. A. (Org) Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas:
Gráfica da UNICAMP, 1993.
SAMPAIO, José Luiz. FÍSICA: VOLUME ÚNICO/José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. -
2. Ed. – São Paulo: atual, 2005 – (Coleção ensino médio atual)
_____Biografia: Carl Edwin Wieman, Disponível em
<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarlWiem.html> acessado em 13 de outubro de 2017, às
9:28 hs.
MACÊDO, Josué Antunes. Simulações computacionais como ferramenta auxiliar ao ensino
de conceitos básicos de eletromagnetismo: elaboração de um roteiro de atividades para
professores do Ensino Médio / Josué Antunes de Macêdo. – PUC-MINAS, Belo Horizonte,
2009.
ATIVIDADE COMPLEMENTAR DE ELETRICIDADE E ONDULATÓRIA:
CONTRIBUIÇÃO DO PIBID NO PREPARATÓRIO DO ENEM
Déborah Mayara Carvalho Batista¹, Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Ricardo da Silva
Farias², Thiago Castilho Alfino¹*
SUBPROJETO FÍSICA
¹Universidade Católica de Pernambuco, ²Supervisor na Escola Liceu de Artes e Ofícios,
Emails: [email protected], [email protected], [email protected],
Introdução
O trabalho apresentado relata experiências vivenciadas no ambiente de sala de aula, que foram
proporcionadas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) no curso
de Licenciatura Plena em Física da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP).
Observaram-se queixas dos alunos quanto a baixa carga horária semanal para a quantidade de
conteúdo de física abordado no ENEM. Esse fato motivou os envolvidos com o PIBID na
preparação de aulas expositivas que suprissem essa escassez.
Objetivo
O objetivo deste trabalho é complementar aulas que às vezes não podem ser aprofundadas devido
a grande quantidade de assuntos abordados no ensino médio. Além disso, enriquecer o processo
de ensino-aprendizagem dos alunos envolvidos. A aula de resistores teve como proposito fazer
com que os estudantes compreendessem o que é um resistor elétrico e como a associação destes
interferem no comportamento de um circuito. Por outro lado, a aula de ondulatória objetivou fazer
com que os alunos entendessem os conceitos envolvidos de ondas, identificar em situações do
cotidiano esses fenômenos e caracterizar os tipos de ondas.
Referencial Teórico
Quando ligamos fios condutores diferentes a um mesmo gerador, em geral obtemos correntes
diferentes. Isso significa que esses fios oferecem certo ‘’bloqueio’’ em diferentes passagens da
corrente elétrica. Para medir esse ‘’bloqueio’’ definimos como: a resistência do gerador. Alguns
condutores apresentam uma resistência que depende da tensão que é aplicada neles. Em um
circuito é possível organizar conjuntos de resistores interligados, chamada associação de
resistores. O comportamento desta associação varia conforme a ligação entre os resistores, sendo
seus possíveis tipos: em série, em paralelo e misto. Georg Simon Ohm (1787-1854), foi um físico
alemão que introduziu o conceito de resistência e criou as leis de ohm, que determinam a
resistência elétrica dos condutores. Em sua homenagem no sistema internacional, a unidade da
resistência é o ohm, representado pelo símbolo Ω (uma letra grega chamada ômega).
Na natureza existem diversos fenômenos que são classificados como ondas. Uma onda é um
movimento causado por uma perturbação, na qual se propaga pelo meio. Podemos tomar como
exemplo uma pedra que cai sobre um lago de águas pacificas, onde o impacto da pedra causará
uma perturbação na água, resultando da propagação de ondas circulares na superfície do lago.
Existem diversos tipos de onda, mas o que elas têm em comum é que toda energia recebida é
propagada através de um meio, e este meio não conseguir seguir essa propagação.
Metodologia
Na aula de resistores, começamos com perguntas que levassem os alunos a refletirem sobre o
tema que vai ser estudado com o intuito de verificar seus conhecimentos prévios sobre o assunto.
Após a problemática, apresentamos aos estudantes com ajuda de slides, as definições formais
sobre resistores elétricos e lei de ohm, logo após, discutimos sobre as maneiras de associar
resistores elétricos, que são duas: em série e paralelo, e analisamos os pontos principais desse
assunto, como características, vantagens e desvantagens desses dois tipos de circuitos. Foi
utilizado as instalações elétricas do auditório como exemplo para um circuito em paralelo. Após
o esclarecimento de dúvidas e exposição oral do conteúdo, realizamos exercícios de vestibulares
para por em pratica o assunto que foi dado. Com a finalização das questões e do conteúdo dado,
resolvemos passar um documentário que abordasse o conteúdo exposto, então trabalhei com um
desenho originalmente francês chamado de “Voyage en electricite” (Viagem na Eletricidade),
onde faz uma pequena abordagem técnica, descontraída e bem-humorada sobre o ramo da
eletrônica e eletricidade.
Na aula de ondulatória, começamos com a exposição oral do conteúdo explicando o que são ondas
e suas naturezas, logo após, apresentamos um slide sobre as maneiras que as ondas se propagam
e suas propriedades físicas. Após a abordagem do conteúdo, avaliamos os alunos com alguns
exercícios que continham as habilidades e competências do ENEM, que no caso é a capacidade
de reconhecer características ou propriedades de fenômenos ondulatórios ou oscilatórios,
relacionando-os a seus usos em diferentes contextos.
Resultados e Discussão
Conforme Piaget, Vygotsky não elaborou uma teoria pedagógica, embora o pensamento do
psicólogo russo, com sua ênfase no aprendizado, ressaltou a importância da instituição escolar na
formação do conhecimento do individuo. Para ele, a intervenção pedagógica provoca avanços que
não ocorreriam espontaneamente. Por isso, elaboramos o conteúdo com o objetivo de estimular o
aluno a atingir um nível de entendimento que ainda não domina completamente. Com um
simulado proposto pela escola abordando os assuntos dados, analisamos as respostas e o resultado
não foi como previsto, pois poucos alunos conseguiram realizar e acertar as questões.
Conclusões
Após a finalização da aula percebemos que apenas a minoria dos alunos apresentou um interesse
e entendimento do assunto abordado, enquanto a maioria não tinha uma noção prévia do assunto
a ser tratado. Então concluímos que existem intervenções a serem feitas a respeito dos resultados
obtidos, pois queremos melhorar o desempenho da turma consequentemente o desempenho da
instituição.
Referências Bibliográficas
Gilberto, N; Antônio, P; Fogo, R. Física Básica-3.ed.-São Paulo :Atual, 2009
Sampaio, José Luiz. Universo da Fisica, 3 : ondulatória, eletromagnetismo, física moderna-
2.ed.-São Paulo : Atual, 2005.-(Coleção universo da física)
ENSINO DE FÍSICA COM AUXÍLIO DE SIMULADORES DO PHET
Alexandre Antônio Silva de Araújo¹*, André Leonardo da Silva¹, Leonardo Bruno Ferreira de
Souza¹
SUBPROJETO FÍSICA
¹Universidade Católica de Pernambuco
E-mails: [email protected], [email protected],
Introdução
O perfil dos professores atualmente vem sofrendo grandes mudanças devido aos avanços
tecnológicos, essa nova geração de estudante não se contenta apenas com a pedagogia tradicional
onde o professor é o dono da verdade e os alunos apenas aceita sem questionar tudo o que é
proposto pelo professor. Pensando nisso os bolsistas do Programa Institucional de Bolsas de
Iniciação a Docência (PIBID), sobre a supervisão do Professor de Física Josemar Lino na Escola
Estadual Joaquim Nabuco, resolveu propor a utilização do phet colorado como uma ferramenta
no ensino de física visando proporcionar tanto aos alunos mais também para o professor uma aula
mais dinâmica.
O phet colorado vem suprir a necessidade de demonstrar alguns fenômenos físicos que
antes era apenas rabiscado no quadro e feito de uma forma grosseira e estática. Com as simulações
no phet tudo muda de figura o aluno passa a ver como o conceito visto em sala acontece de uma
forma dinâmica sem falar que o próprio aluno pode interagir com as simulações não só em sala
de aulas mais também na sua casa, já que o programa é disponível na internet.
Desta forma, o objetivo é proporcionar uma vivência experimental dos conceitos físicos
aprendido em sala de aula assim como proporcionar um ensino mais dinâmico.
Referencial teórico
O PhET é um projeto fundado em 2002 pelo Prêmio Nobel Carl Wieman2, de simulações
interativas da universidade de Colorado Boulder que cria e disponibiliza de forma gratuita as
simulações sobre matemática e ciências. O uso desse tipo de tecnologia na educação e cada vez
mais comum sinalizando uma nova direção a ser adotada pelos docentes em suas aulas, onde a
falta de laboratório físico de ciências é uma realidade principalmente nas escolas públicas de
ensino.
A utilização de simulações em sala de aulas proporciona um aprendizado mais centrado
na essência do problema, melhorando o ensino/aprendizado dos conteúdos discutidos. Esses tipos
de recursos virtuais possibilita o estudo de situações que antes seriam em algumas ocasiões
impossíveis de serem realizadas em sala de aula, as simulações quando trabalhadas de forma
eficiente permite uma melhor compreensão dos conteúdos assim como os fenômenos físicos que
o cercam.
As leis de kirchhoff (1824-1887) aplicam-se a circuitos em rede com mais de uma malha.
A primeira lei de kirchhoff ou leis dos nós diz que a soma algébrica da intensidade das correntes
elétricas em um nó é nula. A segunda lei conhecida como leis das malhas diz que a soma algébrica
das variações de potencial elétrico em uma malha é nula. Desta forma podemos obter equações
em números suficientes para determinar a intensidade de todas as corrente elétricas de uma malha.
Metodologia
O desenvolvimento das atividades dos bolsistas do PIBID na Escola Joaquim Nabuco sobre
a supervisão do Prof. Josemar Lino, foi divididas no período entre (2016.2 a 2017.1). Inicialmente
seguindo a programação semestral proposta pelo Professor de física, os bolsistas junto com o
supervisor reformularam algumas aulas que antes eram ofertadas de formar tradicional3. Passando
agora a introduzir o uso de simulações computacionais disponíveis no site PHET Colorado no
intuito de tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas tanto para os alunos como para o próprio
professor. As atividades foram desenvolvidas com os alunos do 3º ano.
Após o planejamento das aulas as atividades foram divididas da seguinte formar: a parte
teórica dos assuntos com a responsabilidade do docente e as apresentações das simulações com a
2 Recebeu o Nobel de Física de 2001, juntamente com Eric Allin Cornell, pela criação experimental do condensado de Bose-Einstein: que é uma fase da matéria formada por bósons a uma temperatura muito próxima do zero absoluto. Nestas condições, um grande fracção de átomos atinge o mais baixo estado quântico, e nestas condições os efeitos quânticos podem ser observados à escala macroscópica. 3 Exposição verbal por parte do professor e a preparação do aluno. O foco principal é na resolução de
exercícios e na memorização de fórmulas e conceitos. Desta forma, o professor inicialmente realiza a preparação do aluno, em seguida formula a apresentação do conteúdo, correlacionando-o com outros assuntos e, por último, faz-se a generalização e aplicação de exercícios.
responsabilidade dos bolsistas. No final como forma de avaliar o aprendizado dos alunos foi
proposto uma lista de exercício.
• I Parte – Desenvolvida pelo professor de física.
o Conteúdo trabalhado Leis de Kirchhoff.
o Circuitos elétricos.
• II Parte – Desenvolvida pelos bolsistas.
o Apresentação da simulação e dos recursos que seriam utilizados;
o Construção de circuito elétrico no Phet colorado;
o Verificação de medidas de corrente e diferencia de potencial.
• III Parte – Avaliação
o Lista de exercício sobre o conteúdo trabalhado.
Resultados e consideracões finais
Ao finalizar as atividades concluirmos que a utilização do Phet colorado como uma
ferramenta de ensino-aprendizagem proporciona aulas mais dinâmicas tanto no ponto de vista do
professor como para os alunos. Porém a sua utilização exigir que os professores atuais saiam das
suas zonas de conforto e assuma essa nova postura. Atitude essas que não é tão fácil devido a
grande maioria dos professores ainda possuir dificuldades em trabalhar com esse tipo de
ferramenta.
Referências bibliográficas
VALENTE, J. A. (Org) Computadores e conhecimento: repensando a educação. Campinas:
Gráfica da UNICAMP, 1993.
SAMPAIO, José Luiz. FÍSICA: VOLUME ÚNICO/José Luiz Sampaio, Caio Sérgio Calçada. -
2. Ed. – São Paulo: atual, 2005 – (Coleção ensino médio atual)
_____Biografia: Carl Edwin Wieman, Disponível em
<http://www.dec.ufcg.edu.br/biografias/CarlWiem.html> acessado em 13 de outubro de 2017, às
9:28 hs.
MACÊDO, Josué Antunes. Simulações computacionais como ferramenta auxiliar ao ensino
de conceitos básicos de eletromagnetismo: elaboração de um roteiro de atividades para
professores do Ensino Médio / Josué Antunes de Macêdo. – PUC-MINAS, Belo Horizonte,
2009.
PRODUÇÃO DE VÍDEOS DIDÁTICOS COMO ESTRATÉGIA DE ENSINO EM
FÍSICA
Leonardo Bruno Ferreira de Souza¹, Mayrla V. Silva de França¹, Ricardo S Farias², Samuel
Henrique da Silva Andrade¹
SUBPROJETO FÍSICA
¹ Universidade Católica de Pernambuco, ² Escola Liceu de Artes e Ofícios
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Introdução
A disciplina de física é considerada umas das mais difíceis de se aprender pois exige
conhecimentos prévios de matemática e compreensão apurada da língua portuguesa. Como o
professor tem um cronograma a cumprir acaba por não individualizar o ensino, mas sim
generalizar, supondo que todos aprendem da mesma forma. Isso acaba sendo um problema para
se chegar a compreensão do conteúdo, pois cada indivíduo tem sua forma de aprendizagem.
Buscando a melhoria no ensino de física a produção de vídeos didáticos vem contribuir para a
compreensão de conceitos físicos, resolução de exercícios e demonstrações de experimentos.
Com o vídeo pode-se abordar conteúdos que provavelmente não seriam estudados em sala de
aula por conta de fatores externos e internos que influenciam o desenvolvimento do mesmo.
Pensando nisso, foram criados vídeos envolvendo conceitos e aplicações físicas que talvez não
fossem trabalhados de forma tradicional pelo professor da disciplina.
Portanto, o objetivo desse trabalho é desenvolver vídeo-aulas de física voltadas para o ensino
médio. Essa iniciativa se justifica pelo fato de que elas não servirão apenas para quem vai assistir
a aula, mas também para os alunos do PIBID (programa de iniciação à docência) praticarem
metodologias de ensino e terem uma aprendizagem significativas sobre os conteúdos abordados
em sala.
Objetivo
O objetivo deste trabalho é produzir vídeos didáticos e utilizar estes vídeos em turmas do ensino
médio como um material complementar as aulas de física.
Referencial teórico
A tecnologia está inserida em nossas vidas, temos fácil acesso a smartphones, computadores e
ipod. Pensando nisso podemos utilizar esse acesso digital para prática de ensino. Uma
possibilidade é a produção de vídeos para as aulas de física, pois sua utilização no processo de
ensino e de aprendizagem é considerada uma metodologia moderna e atual.
Grandes vantagens do vídeo em sala de aula está no fato do utilizador
poder manuseá-lo, manipulá-lo como se “folheasse um livro”:
avanços, recuos, repetições, pausas, todas essas interferências no
ritmo e norma habitual de apresentação da mensagem audiovisual
que distinguem a televisão do vídeo (CINELLI, 2003, p. 39).
Metodologia
As atividades foram realizadas no mês de setembro de 2017, na escola Liceu Nóbrega de Artes e
Ofícios, onde utilizamos o auditório para reproduzir a vídeo-aula de tema: óptica da visão.
Entretanto novos vídeos didáticos serão produzidos até o mês de dezembro de 2017.
Os materiais utilizados foram: Câmera digital/celular, piloto, caderno, gancho para prender o
celular. O trabalho foi realizado em três etapas: (i) a escolha do tema para a abordagem do
conteúdo estudado em sala de aula. Onde estudamos o conteúdo para melhor aprimoramento dos
conhecimentos prévios; (ii) a produção dos vídeos de curta duração, que apresentam um
experimento prático e das explicações físicas dos conteúdos estudado em sala; e (iii) o processo
de produção: roteirização, captura dos vídeos e edição, em seguida foi feita a divulgação dos
vídeos na sala de aula, e em redes sociais.
Para captação do vídeo utilizamos um smartphone com a capacidade de armazenamento de
imagem e som.
Finalizamos o presente trabalho executando o vídeo em sala de aula, após a aplicação entregamos
um questionário para avaliar os conhecimentos adquiridos.
Resultados e considerações finais
Com o avanço da tecnologia foram criadas novas formas de ensinar e aprender, rompendo a
barreira do espaço/tempo onde o aluno no sertão de Pernambuco pode assistir uma aula que está
sendo oferecida na cidade do Recife em tempo real e com oportunidade de tirar dúvidas junto aos
que estão em sala de aula. A elaboração de vídeos didáticos facilita a aprendizagem do aluno,
uma vez que, os vídeos além de abordar a parte teórica e experimental, oferece aplicações em seu
cotidiano servindo de motivação em aula.
Portanto, devemos utilizar a vídeo-aula como elemento facilitador da aprendizagem, podendo ser
pausadas em caso de dúvidas e explicadas pelo professor de sala, contribuindo assim para
melhoria da educação.
Referências
CINELLI, N. P. F. A influência do vídeo no processo de aprendizagem. 73 f. Dissertação
– Curso de Engenharia de Produção, Universidade Federal de Santa Catarina, Florianópolis,
2003.
BRASIL. Secretaria de Educação Fundamental. Parâmetros curriculares nacionais: ciências
naturais / Secretaria de Educação Fundamental. Brasília: MEC/SEF, 1997.
MORAN, J. M. Integração das Tecnologias na Educação. Desafios da televisão e do vídeo à
escola. Secretaria de Educação a Distância, SEED. 2005.
HISTORIANDO OS FAMOSOS MATEMÁTICOS
Elaine Mendes dos Santos; Felipe Augusto de Lima e Silva; Letícia Souza de Oliveira, Vicente
Francisco de Sousa Neto, Maria Guadelupe Dourado Rabello.
SUBPROJETO MATEMÁTICA
Universidade Católica de Pernambuco
EREM Governador Barbosa Lima
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Introdução
A história da matemática começa desde o início da humanidade quando o homem buscava
contabilizar aquilo que lhe pertencia e utilizava a contagem da forma mais simples para facilitar
nos problemas diários. Não podemos dizer o exato aparecimento da matemática, desde do
principio, mesmo que indiretamente ela esteve presente com nossos antepassados. Ao passar dos
anos a sociedade foi evoluindo e com ela a matemática também evoluiu, e essa evolução teve a
contribuição de vários gênios da matemática. Essas contribuições foram triviais para a sociedade,
por isso esses matemáticos são até hoje importantes de ser estudados, dentres eles Pitágoras, Tales
de Mileto, Euclides, Euller e Bhaskara.
Objetivos
Apresentar um outro lado da matemática;
Analisar a história por trás das fórmulas estudadas na sala de aula;
Incentivar os alunos no estudo da matemática;
Apresentar a história do filósofos /matemáticos.
Referencial teórico
A matemática que conhecemos hoje vem sendo desenvolvida ao longo de vários anos. É
extrema importância mencionar essa evolução da matemática. De acordo com o Professor Wedes
Júnior Gomes de Oliveira, A história da Matemática pode impulsionar o ensino-aprendizagem da
Matemática escolar por meio do entendimento e da interpretação, proporcionando ao aluno o
entendimento do conhecimento matemático que é construído durante toda a história. É
imprescindível destacar que a história da matemática também ajuda na definição do que hoje se
entende por matemática. pois, através dela é possível salientar as origens da matemática nas
culturas passadas. Segundo D’Ambrósio (1996, p.09), “a invenção matemática é acessível a todo
indivíduo e a importância dessa invenção depende do contexto social, político, econômico e
ideológico”. podemos observar que o professor pode utilizar a história da matemática como aliada
na sala de aula.
Metodologia e Resultados
O projeto ocorreu na Escola Governador Barbosa Lima nas aulas de matemática ministrada pela
supervisora do Pibic e os bolsistas. A atividade foi aplicada em 4 turmas (3 turmas do 1°ano do
ensino médio e 1 turma do 2° ano ensino médio).
No primeiro momento, apresentamos de forma resumida a história dos matemáticos: Euler, Tales
de Mileto, Bhaskara, Pitágoras e Euclides, e suas principais contribuições para a matemática por
meio de apresentação com projetor.
Em seguida, dividimos cada turma em 5 grupos e cada grupo ficou responsável de preparar uma
apresentação de um matemático escolhido de forma mais aprofundada.
Por fim. cada grupo apresentou o matemático para o restante da turma, por meio de slides ou
cartaz, fazendo uma ligação da história do matemático ao assunto que eles estudam na sala de
aula.
A atividade durou 3 aulas de 50 minutos, pois uma foi a nossa apresentação, e as duas outras
aulas foram destinadas às apresentações dos 5 grupos.
Os alunos mostraram interesse a atividade proposta, muitos não conheciam os matemáticos,
apenas conheciam a sua contribuição na matemática.
Considerações Finais
Contudo cabe ao professor destacar e proporcionar o melhor método didático para este tema
tão importante e pouco citado, que é a história da matemática, em sua prática pedagógica. É
importante lembrar que o uso da História da Matemática em sala de aula não deve se resumir a
uma simples narração dos acontecimentos históricos: ela deve ir mais além. Ao abordar a História
da Matemática em suas aulas, o professor deve destacar aspectos socioeconômicos e políticos na
criação matemática, procurando relacionar com o espírito da época, relacionando sua disciplina
com as ciências em geral e com a sociedade como um todo.
Assim, percebe-se que História da Matemática é um recurso didático, que abre um leque de
possibilidades para o trabalho com diferentes conteúdos. Em síntese, utilizando a História da
Matemática em sala de aula o professor pode fazer com seus alunos compreendam a natureza dos
objetos da matemática e como se desenvolveu essa ciência.
A atividade proposta teve um grande êxito na sua aplicação e uma ótima aceitação dos alunos.
ajudou na compreensão dos assuntos e teve um aumento considerável da participação dos alunos.
Referências bibliográficas
D’AMBROSIO, U. A história da matemática: questões historiográficas e políticas e reflexos
na educação matemática. São Paulo, 1999.
OLIVEIRA, Wedes Júnior Gomes de, História da Matemática: Um estudo de seus
significados na Educação Matemática. Disponível em
<http://garimpandopalavras.blogspot.com.br/2009/12/opiniao-professor-destaca-
importancia.html> acessado em: 19 de outubro de 2017
TRABALHANDO PEDAGOGICAMENTE COM A SEMELHANÇA DE TRIÂNGULOS
Vicente Francisco de Sousa Neto¹, Maria Guadelupe Dourado Rabello², Davi Oliveira da Cruz³,
Emanuel Fagundes Bezerra da Silva³, Rafaela Barboza da Silva³.
SUBPROJETO DE MATEMÁTICA
Universidade Católica de Pernambuco
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INTRODUÇÃO
Essa atividade foi realizada na Escola Estadual Governador Barbosa Lima, com os alunos
do 9º ano do ensino fundamental. Para iniciar o trabalho, foi feito uma abordagem teórica do
conteúdo apresentado pelos bolsistas do PIBID, estudantes do Curso de Licenciatura Plena em
Matemática da Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), com a proposta de dar mais
dinâmica à atividade e conquistar os interesses dos alunos no conteúdo sugerido, o qual passa em
gral despercebido no seu cotidiano.
Além disso, para ajudar na compreensão do processo do cálculo dos lados semelhantes
de um triângulo, puderam os alunos desenvolver melhor suas habilidades em prol da semelhança
de triângulos. Outro fator favorável ao trabalho foi exibir um pouco do contexto histórico da
matemática, o qual apareceu por mais de seiscentos anos antes de Cristo, e vem se mantendo
atraente até os dias de hoje. Os alunos, também conheceram as formas geométricas, que são
utilizadas na semelhança de triângulos, analisando e aplicando assim na prática do dia a dia.
OBJETIVOS
O objetivo geral dessa atividade foi apresentar aos alunos de forma prática e lúdica o conteúdo
sobre a semelhança de triângulos. Ou seja, destacar que o conteúdo apresentado, não deve apenas
ficar numa folha de papel; e que eles podem utilizar este método no seu cotidiano. Verificando
assim, que quase tudo que é ensinado em sala de aula, pode ser aplicado na vida prática.
¹Coordenador, ²Supervisora, ³Bolsisatas
REFERENCIALTEÓRICO
Cerca de seiscentos anos antes de Cristo no Egito, foi que se teve a primeira aplicação da
Semelhança de Triângulos. A pedido de um mensageiro do faraó, Tales de Mileto - considerado
um dos sete sábios da antiguidade clássica – calculou a altura da pirâmide de Quéops. Para
desenvolver tal cálculo, Tales fincou uma vara verticalmente no chão e aguardou até o momento
em que a sombra e a própria vara tivessem a mesma medida. Quando o esperado ocorreu, Tales
disse “Vá, mede depressa a sombra: o seu comprimento é igual à altura da pirâmide”.
Para se obter o valor exato da altura da pirâmide, Tales deveria ainda ter pedido que se somasse
metade do lado da base da pirâmide à sombra da mesma, uma vez que, tendo uma base larga, uma
parte da sombra da pirâmide não estava ao chão. Tales imaginou os dois triângulos imaginários
demonstrados abaixo para efetuar seu cálculo.
Com esse feito matemático, Tales ganhou grande apreciação em sua época e ainda hoje, pelo
mesmo motivo somado a outras tantas contribuições, Tales é considerado um dos grandes nomes
da matemática.
Os triângulos são considerados semelhantes quando têm ângulos congruentes e os lados são
proporcionais, ou seja, são aqueles que compartilham uma razão de proporcionalidade. Para
indicar triângulos semelhantes, é utilizada a notação.
Lembramos que os triângulos são figuras geométricas planas que possuem três lados. Quanto aos
ângulos, a soma dos ângulos internos de um triângulo sempre será de 180º. Já a soma dos ângulos
externos sempre será de 360º.
Os critérios de semelhança entre os triângulos obedecem às seguintes características:
• Têm dois ângulos respectivamente iguais (congruentes)
• Dois lados proporcionais e o ângulo entre eles é igual;
• Três lados proporcionais.
Triângulos semelhantes não são triângulos iguais. Os triângulos são considerados iguais quando
coincidem se forem sobrepostos. Dois triângulos são iguais quando têm:
• Um lado e dois ângulos adjacentes
• Dois lados e o ângulo entre eles iguais
• Os três lados são respectivamente iguais
Atenção: Não são considerados iguais se tiverem os três ângulos iguais. Isso ocorre porque os
triângulos só são considerados iguais quando tiverem ângulos adjacentes e lados respectivamente
iguais.
METODOLOGIA E RESULTADOS
Os estudantes bolsistas do PIBID do Curso de Licenciatura Plena em Matemática da Universidade
de Pernambuco apresentaram, através de slides, para os alunos do 9º do Colégio Barbosa Lima,
um conteúdo teórico sobre a semelhança de triângulos. Em seguida, para complementar a parte
teórica aplicou um exercício prático de avaliação.
A parte prática da atividade foi realizada no estacionamento da escola. Utilizando uma trena,
os alunos tiraram as medidas das sombras dos carros, postes e árvores; em seguida foram medidas
as sombras e alturas de alguns alunos. As medidas foram anotadas e levadas para sala de aula,
logo após, foram calculadas todas as medidas e comprovadas que todas estavam corretas
utilizando a regra de semelhança de triângulos.
A atividade proposta teve um grande êxito na sua aplicação e uma ótima aceitação por parte dos
alunos. Uma vez que ela ajudou na compreensão da semelhança de triângulos e no uso delas.
Tendo, portanto um aumento considerável na participação efetivados alunos.
CONCLUSÕES
A atividade mostrou o quanto é útil o uso da semelhança de triângulos na sociedade; além de
tirar várias dúvidas, mostrou para os alunos que o conteúdo não é utilizado apenas em sala de
aula.
Mas, esse processo só é possível de ser aplicado se o professor estiver disposto não só a apresentar
o conteúdo, pois deve-se estar ciente onde pode ser aplicada a semelhança de triângulos, para que
seja comprovado que o conteúdo é muito essencial em algumas áreas, como na construção de
prédios. Também mostrou que é de muita importância a concentração na realização da atividade
prática, pois qualquer erro pode ser prejudicial para a compreensão do conteúdo e de sua
aplicação.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Toda matéria (25 de novembro de 2016):
http://semelhancadetriangulos.blogspot.com.br/2012/02/historia-da-semelhanca-de-
triangulos.html
Toda Matéria (25 de novembro de 2016):
http://semelhancadetriangulos.blogspot.com.br/2012/02/historia-da-semelhanca-de-
triangulos.html
Iana Fazzioni (3 de fevereiro de 2012):
https://www.todamateria.com.br/semelhanca-de-triangulos/
GÊNERO DRAMÁTICO: O TEATRO COMO ESTRATÉGIA PARA PRODUÇÃO
TEXTUAL
Amanda Santiago Bomfim1; Bárbara Félix Correia1; Gustavo Filizola2; Iris Cynthia de Souza
Ferreira1; Natália Cristina Barbosa Menezes1; Reginaldo Ferreira1; Robson Teles Gomes1
SUBPROJETO LETRAS
1Universidade Católica de Pernambuco; 2Escola Governador Barbosa Lima
Emails:[email protected];[email protected];íris_cynthia_cristo@hot
mail.com;[email protected]; [email protected];
Introdução
O papel do educador é estimular a criança a novos caminhos, uma vez que, ao chegar à escola, o
indivíduo já conquistou uma grande parcela de conhecimento de mundo. Assim, o educador deve
favorecer a interação entre as ideias que ela traz de seu mundo e as novas possibilidades que a
criança formula para a construção do saber sistematizado. Nesse sentido, algumas ferramentas
didático-pedagógicas podem ser bastante funcionais na promoção desse processo interativo. É o
caso do teatro, que estimula a produção de textos escritos e orais, além de uma socialização, tão
necessária no mundo de hoje.
Objetivos
O presente projeto foi elaborado com o intuito de trabalhar com alunos do 1ª ano do ensino médio
na Escola Governador Barbosa Lima e tem a finalidade de ampliar os conhecimentos existentes
nas áreas de Língua Portuguesa, principalmente no que diz respeito à produção textual. Aliar
atitudes de desinibição, de expressão e de produção de ideias dialoga diretamente com o objetivo
de promover um ambiente de aprendizagem imensamente interativo.
Referencial Teórico
Segundo Vygotsky (2004), a interação é fundamental no processo de internalização de
conhecimentos do indivíduo, através do contato aluno-aluno e aluno-professor. Partindo desse
princípio, o projeto contemplou a busca pela compreensão da leitura e o desenvolvimento da
escrita pela produção textual dos alunos, através do gênero dramático, utilizando o teatro como
ferramenta para o desenvolvimento da produção textual e das interações interpessoais. De acordo
com Pascolati (2005), é maravilhoso observar a resposta dos alunos aos estímulos do palco. Nos
apontamentos da autora, o apagar das luzes em um palco é como um código secreto, um “abre-te,
sésamo!”, o qual permite a entrada em um universo de magia e de criatividade repleto de sons,
cores, luzes, movimentos e, sobretudo, palavras, que descortinam um mundo transfigurador do
real. Assim, além de utilizar a linguagem teatral como ferramenta, buscou-se, por meio da
linguagem, realizar, no interior de situações sociais, ações linguísticas que modificassem tais
situações. Ou seja, sob a visão de Koch (2010), vislumbrou-se que um ato de linguagem não é
apenas um ato de ‘dizer’ e de ‘querer dizer’, mas, sobretudo, essencialmente um ‘ato social’ pelo
qual os membros da comunidade escolar ‘inter-agem’.
Metodologia
Para incentivar o trabalho em grupo, a produção e a criatividade dos alunos, promoveram-se
debates com temas referentes às vivências da comunidade escolar e uma teorização básica acerca
dos componentes de um texto dramatúrgico. Em seguida, os alunos produziram – individualmente
e em grupo – pequenas composições dramatúrgicas, que foram somadas e adaptadas às demais,
em busca da versão final da peça. A partir de então, buscou-se a montagem e a apresentação do
espetáculo.
Considerações finais
Utilizando a ludicidade do teatro como ferramenta para a aprendizagem do gênero dramático com
o objetivo de desenvolver a criatividade do alunado, constatou-se que se pode conferir à
linguagem teatral total relevância, visto que, por meio dela, ocorreu não apenas o estímulo à
produção de textos escritos, senão um processo interacional e estimulante de manifestação de
conhecimentos e de expressão dos alunos. Pôde-se perceber que o processo de aprendizagem é
gradativo e que os alunos produziram com maior qualidade, dedicação e competência quando
estavam em conjunto e estimulados a se manifestarem expressivamente.
REFERÊNCIAS
KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2010.
PASCOLATI, Sonia. A sedução do teatro infantil. XV Congresso de Leitura do Brasil. 2005.
Disponível em: http://alb.com.br/arquivo-
morto/edicoes_anteiores/anais15/Sem09/soniapascolati.htm - Acesso em 10 de out. de 2017.
VIGOTSKI, LEV S. Teoria e método em psicologia. SP, Martins Fontes, 2004.
ASPECTOS MORFOSSINTÁTICOS, SEMÂNTICOS E LITERÁRIOS A FAVOR DA
PRODUÇÃO DE TEXTOS DISSERTATIVO-ARGUMENTATIVOS
Caroline Gleyce do N. de Oliveira1; Cícero José da Silva1; Geneses Nunes de Souza1; Júlia
Caroline Vicente Ferreira1; Martha Dayane B. dos Santos2; Robson Teles Gomes1; Vívian F.
Galdino Amorim Bezerra1
SUBPROJETO LETRAS
Emails: [email protected]; [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]
Introdução
Este projeto do PIBID foi desenvolvido na escola Liceu Nóbrega de Artes e Ofícios, oferecendo
um suporte na área de produção textual, com foco na redação do ENEM, para os alunos dos
terceiros anos do Ensino Médio. Esses alunos apresentam, em sua maioria, em maior ou menor
grau, carências no que diz respeito à compreensão, interpretação, inferências e ao uso da
modalidade padrão da língua escrita. Assim, é necessário que se busque ajudá-los quanto à
aquisição do conhecimento de mecanismos linguísticos para a construção da argumentação, bem
como outros requisitos relevantes à produção do texto dissertativo-argumentativo solicitados na
redação desse importante exame.
O estímulo à produção de textos em que a intenção central é emitir uma opinião suscita questões
morfossintáticas, especialmente no que diz respeito ao uso de conectores interfrásticos, para uma
melhor coesão, e aspectos semânticos, destacando-se a coerência e a utilização de elementos de
outra área do conhecimento, critério de avaliação do ENEM. Em busca de um resultado mais
satisfatório nessa ambiência textual, o diálogo com a Literatura se constitui não só como
referência no uso da língua mas também como um suporte para o desenvolvimento da
argumentação, na fricção de ideias e situações de personagens de variadas obras literárias.
Objetivos
Fortalecer os conhecimentos linguísticos, literários e discursivos dos alunos, oferecendo-lhes as
condições necessárias para a sua produção textual pautada na modalidade padrão da língua escrita
e nos limites estruturais do texto dissertativo-argumentativo constitui o objetivo deste projeto.
Ademais, é importante estimular nos produtores de texto a utilização de uma argumentação que
dialogue com outras áreas do conhecimento, especialmente no que diz respeito ao universo
literário.
Referencial Teórico
Segundo Ingedore Villaça Koch (2010), acerca das diferentes concepções de linguagem, ao longo
do tempo, diante das diversas visões que surgiram, conservam-se as concepções de linguagem
“como representação (espelho) do mundo e do pensamento; como instrumento (ferramenta) de
comunicação; como forma (lugar) de ação ou interação” (KOCH, 2010, p. 7). Ou seja, tem-se a
linguagem como forma de reflexão do mundo, numa relação do homem consigo mesmo; como
meio de emitir mensagens, numa relação funcional, em que ela está em função do homem, para
solucionar os conflitos que porventura aparecerem. Além disso, a linguagem é atividade que
possibilita não apenas a comunicação entre seres sociais, mas a interação, o convívio. Assim,
quando se confrontam argumentos dos alunos com criações literárias que abordam o assunto
temático ou similitudes conteudísticas, o resultado é bastante positivo. Aliás, o confronto de ideias
é um excelente caminho para o desenvolvimento de uma argumentação mais sólida e, por isso,
mais funcional. A esse respeito, Carlos Faraco e Cristovão Tezza postulam que o texto
dissertativo-argumentativo “assume um ponto de vista que, é claro, vai se chocar contra outros
pontos de vista. Daí a resposta ativa que a opinião exige: não estamos mais simplesmente
‘absorvendo’ informações, mas pensando sobre elas” (FARACO; TEZZA, 2016, p. 165).
Metodologia
A aplicação deste projeto foi feita de forma dinâmica, por meio de aulas expositivas, atividades
em grupo, que corroboraram o aprendizado a partir da interação aluno-aluno e dois aulões sobre
linguagem – um a cada semestre – que contemplaram os assuntos estudados. Somaram-se a isso
discussões acerca de adequações entre determinadas obras literárias e sugestões de temas para a
produção de texto.
Considerações finais
A intersecção entre o uso adequado de conectivos interfrásticos, a construção de argumentos e
ideias levantadas pelas sugestões de determinadas obras literárias constituiu-se um eficaz e
funcional recurso para o estímulo da produção de texto. Nessa perspectiva, atingindo os objetivos
deste projeto, espera-se que os alunos ganhem mais segurança e habilidade para escrever sobre a
proposta que o ENEM/2017 estabelecer, satisfazendo os cinco critérios de avaliação, o que
promoverá uma pontuação que, somada à nota da prova objetiva, lhes introduzirá no curso
superior ou técnico desejado, via Prouni, Sisu ou por outras formas de ingresso.
REFERÊNCIAS
FARACO, Carlos Alberto; TEZZA, Cristovão. Oficina de texto. Petrópolis, RJ: Vozes, 2016.
KOCH, Ingedore Villaça. A inter-ação pela linguagem. 10 ed. São Paulo: Contexto, 2010.
ESCOLA CIDADÃ: EDUCANDO PESSOAS E PRESERVANDO O PATRIMÔNIO PÚBLICO
Edinalva de Lima Silva Melo1*,2, Edna Machado da Silva1*,2, Freddy de Paula Batista Cursino2,
Otovanilda Umbelina de Carvalho Góis1*,2, Yara Maria Leal Heliodoro1
SUBPROJETO PEDAGOGIA
Universidade Católica de Pernambuco
EREM Governador Barbosa Lima
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[email protected]; [email protected]
Introdução
É sublimemente relevante uma educação que se volte para os valores humanos, englobando
atitudes, como o respeito mútuo, a cidadania e a ética, que se responsabiliza e cuida do patrimônio
público, promovendo a identidade cultural e cidadã. Todavia, percebe-se a falta de preservação e
desvalorização do patrimônio público — sobretudo nas unidades escolares brasileiras, cujas
depredações vêm se tornando um problema constante.
A esse respeito, Simas (2012, p.) afirma que uma estrutura deficiente pode dificultar as
atividades escolares e contribuir com a evasão de estudantes, e alerta “duas em cada dez escolas
brasileiras estão depredadas. Entre os problemas, portas e janelas quebradas, brinquedos mal
conservados e paredes e muros pichados”.
Torres (2015, p. 91) adverte que as escolas públicas estaduais apresentam-se mais degradadas
do que as escolas municipais e que entre as condições físicas e ambientais mais precárias estão
“banheiros com portas empenadas e quebradas, pias danificadas, janelas quebradas, infiltrações pelas
paredes, vazamentos e entupimentos de bebedouros, ventiladores quebrados e faltando proteção,
entulhos expostos pela área interna da escola”.
Sobre causar dano ao patrimônio público, a Lei nº 2848/40 Art. 163 do Código Penal afirma que
destruir, inutilizar ou deteriorar coisa alheia é crime com pena de detenção de um a seis meses ou multa.
“De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente (Lei Nº 8.069/90), Art. 116 “em se tratando de
ato infracional com reflexos patrimoniais, a autoridade poderá determinar, se for o caso, que o
adolescente restitua a coisa, promova o ressarcimento do dano (...) ”
Perante a realidade da escola estudada, percebemos evidências de desvalorização para com os
profissionais da instituição e ausência de cuidado para com o patrimônio escolar por
Nayane Prudêncio da Silva Freire1*,2 - Graduanda do curso de Pedagogia/UNICAP colaboradora do
projeto e bolsista do Programa Institucional e Bolsa de Iniciação à Docência –PIBID,
Tiane Andrade da Silva1*,2 - Graduanda do curso de Pedagogia/UNICAP colaboradora do projeto e
bolsista do Programa Institucional e Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, [email protected]
parte de um número significativo de estudantes, constatando-se a necessidade de uma intervenção
pedagógica interdisciplinar.
Constitui-se, portanto, em um relato de experiência vivenciada por estudantes dos cursos de
licenciatura em Letras, Matemática, Pedagogia, Química e Física, bolsistas, supervisores e
coordenadores do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID, da Universidade
Católica de Pernambuco - UNICAP, em uma escola da rede estadual de ensino do Recife, nos meses de
agosto a novembro de 2017.
Objetivos
Este trabalho teve como objetivo promover a reflexão-ação dos estudantes quanto ao sentimento
de pertencimento e responsabilização pelo patrimônio público, bem como a valorização dos
profissionais da escola e o cuidado ambiental em seus diferentes contextos.
De modo mais estrito, visa refletir com os estudantes acerca do cuidado com o ambiente escolar,
seus bens materiais e didáticos, como exercício efetivo do protagonismo juvenil e da cidadania,
estimulando-os à compreensão de que são agentes mediadores de proteção, que a conservação é um
dever de todos e que a depredação é crime, sensibilizando-os à valorização dos profissionais e
implementação de uma horta na escola.
Metodologia
Foram desenvolvidas ações de conscientização para a conservação do patrimônio público geral
e da escola, através de rodas de diálogo, vídeos, fotografias e textos sobre depredação das escolas,
refletindo sobre as repercussões presentes e futuras, as responsabilidades de cada um e penalidades para
tal crime.
Outra atividade foi dividir os estudantes em dois grupos: o primeiro, para registrar no caderno
tudo quanto estivesse depredado ou pichado na escola. O segundo, coletar o lixo encontrado no chão
nos ambientes mais movimentados da escola. Depois, ambos se reencontraram na sala para discutir,
elencar os prejuízos através de gráficos, avaliar e apresentar alternativa. Realizamos, ainda, conversas
em pequenos grupos com profissionais da escola (merendeira e coordenadora de apoio) a fim de
estimular uma postura empática dos estudantes, um trato mais humano, respeitoso e de valorização.
ESTUDANTES COLETANDO LIXO, JOGADOS FORA DA LIXEIRA. CONVERSA COM
PROFISSIONAIS DA ESCOLA.
Resultados
Percebemos, de acordo com os registros dos estudantes, que a principal degradação é a quebra
de mesas e cadeiras. Após o trabalho realizado, houve uma melhor compreensão do sentimento de
pertencimento e da responsabilização de cada um na preservação do patrimônio público, cientes de que
sua depredação é um ato criminoso. Houve mudanças comportamentais por parte de alguns alunos, tais
como: respeitar e valorizar os profissionais da escola, colocar o lixo nas lixeiras, manter carteiras nos
lugares, quadra/refeitório/ e banheiros limpos, guardar os materiais após a refeição.
Consideramos que os resultados foram satisfatórios e os objetivos parcialmente alcançados.
Considerações Finais
Muito ainda se tem o que fazer para que os objetivos sejam totalmente atendidos, no que diz
respeito a uma educação que se volte para os valores humanos, tais como, o respeito mútuo, a cidadania
e a ética. Sendo a escola um lugar para educar, para que ela progrida tanto em condições físicas e
ambientais sustentáveis quanto em qualidade de ensino, a fim de facilitar o zelo com os bens públicos
com vistas à ressignificação de modos de vida, requer formar estudantes conscientes. Uma escola que
se encontra em crise requer ação concreta e contínua que envolva toda a comunidade escolar. Vamos
persistir, pois, sabemos que mudança de atitude requer tempo, para que possa redundar em uma nova
postura relacional e de preservação patrimonial em seus diferentes contextos.
Referências Bibliográficas
BRASIL, Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA _ Estatuto da Criança e do Adolescente.
Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600907/artigo-116-da-lei-n- 8069-de-13-de-
julho-de-1990Acesso em 07 de agosto de 2017.
______. Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940. Código Penal. Disponível em
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm Acesso em 07 de agosto de 2017.
SIMAS, Anna. Educação: estrutura precária afeta o ensino. Gazeta do Povo. 25/06/2012. Disponível
em:http://www.gazetadopovo.com.br/educacao/estrutura-precaria-afeta-o-ensino-
3fqqdq2npmd0u7ym8mvdgbeq6 Acesso em 17 de agosto de 2017.
TORRES, Maria Betânia Ribeiro. O espaço escolar como uma problemática socioambiental. REMEA
- Revista Eletrônica do Mestrado em Educação Ambiental, [S.l.], v. 32, n. 1, p. 79-100, ago. 2015.
ISSN 1517-1256. Disponível em: <https://www.seer.furg.br/remea/article/view/4957/3262 Acesso em:
07 out. 2017.
CUIDANDO DE SI, DO OUTRO E DO AMBIENTE ESCOLAR
Julio César da Silva1*,2, Rafael Freire Benevides Moreira1*,2, Natally Evelyn Gomes da Silva1*,2,
Renise Batista de Almeida1*,2, Renata Maria Gonçalves1*,2.
Subprojeto PIBID/UNICAP/PEDAGOGIA 1Universidade Católica de Pernambuco, 2EREM
Oliveira Lima.
Emails: [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected]
Introdução
O projeto “Cuidando de Si do Outro e do Meio Ambiente” surgiu a partir de queixas e
relatos verbais feitos pelos próprios professores, alunos e funcionários da EREM Oliveira Lima,
assim como da nossa convivência junto aos educandos na instituição. Foi através dessa
convivência que pudemos registrar algumas ações negativas com relação ao comportamento dos
alunos na escola, entre eles: a falta de cuidados com os pertences individuais e com os materiais
da escola e o desrespeito com os professores.
Objetivos Gerais:
• Discutir com os alunos valores básicos indispensáveis para uma relação de harmonia no
convívio diário com os demais membros da instituição.
• Estimular os alunos a reconhecerem a importância dos cuidados com a saúde pessoal através
da prevenção das doenças sexualmente transmissíveis e demais doenças oriundas da falta de
higiene.
Objetivos Específicos:
• Discutir a importância dos cuidados individuais com o corpo e com a mente;
• Despertar o sentimento de pertença e de responsabilidade (individual e coletiva) a partir dos
espaços, materiais e recursos da EREM Oliveira Lima.
Referencial Teórico:
De acordo com Boff (2012) o cuidado vai além dos muros da escola, daí ser essencial o
desenvolvimento da cultura do cuidado, pela escola. Enfim, o cuidar da amizade diz respeito à
preocupação com a vida, ou seja, é uma forma como a pessoa humana se estrutura e se realiza no
mundo com os outros. O autor também faz alusão à
Coordenadora: Yara Maria Leal Heliodoro1 Professora / Supervisora: Maria de Fátima Tavares Ramos2
necessidade de se oferecer um ombro ao amigo quando a ‘vulnerabilidade o visita e o desconsolo lhe
rouba as estrelas-guia’.
É sabido que os problemas com a conservação do Patrimônio Público (como as
escolas) são provenientes das próprias instituições, que podem ou não objetivar ações de
melhorias em prol de um ambiente conservado e preservado.
Segundo (CREPALDI, 2013) “uma das soluções encontradas pelas escolas para lidar com
problemas que envolvam alunos e professores é envolver, cada vez mais, esses alunos em projetos fora
da sala de aula, que tornem a experiência acadêmica muito mais ampla e prazerosa do que o ensino
tradicional. É preciso que o professor esteja ciente de que, por vezes, se a classe vive situações
conflituosas, vale mais a pena estimular uma conversa do que ministrar uma aula que não será bem
aproveitada. Se o aprendizado do conteúdo é importante, fundamental mesmo é promover a criação de
laços de solidariedade entre a comunidade acadêmica, ou seja, fornecer subsídios para o exercício
pleno da cidadania e preparar os estudantes para uma vivência ética em sociedade.”.
De acordo com Freire:
Não é possível refazer este país, democratizá-lo, humanizá-lo,
torná-lo sério, com adolescentes brincando de matar gente,
ofendendo a vida, destruindo o sonho, inviabilizando o amor.
Se a educação sozinha não transforma a sociedade, sem
ela tampouco a sociedade muda. (FREIRE, 2000, p.31)
Metodologia:
Inicialmente, buscamos diagnosticar os focos e as causas dos problemas, criando espaços para
discussões e reflexões e garantindo que a instituição fosse um local onde todos desejassem estar.
Dessa forma, por volta de um período de dois meses trabalhamos com os alunos dos 1os anos do
ensino médio. Iniciamos com a divulgação do projeto, com comunicado verbal aos professores,
funcionários e alunos e através da elaboração e exposição de cartazes sobre o projeto, dispondo-os
por todo ambiente escolar: em salas de aula, corredores, sala dos professores, secretaria, biblioteca,
cantina, laboratórios, pátios e coordenação. Desenvolvemos nosso trabalho em três etapas. No
primeiro momento, foi realizada uma palestra com uma enfermeira com o tema “O cuidado
individual – Higiene Pessoal e doenças sexualmente transmissíveis”. Este tema gera muito interesse
por parte dos alunos, na medida em que eles se sentem a vontade para tirar suas dúvidas. No segundo
momento, foi feita outra palestra com uma psicóloga que abordou o tema “O cuidado com o outro –
A empatia e o respeito às diferenças de raça e gênero”. E por fim, no terceiro e último momento,
outra palestra com o Professor Fernando, Gestor da Escola Oliveira Lima, com o tema “O cuidado
com o ambiente escolar – Por que devemos cuidar da escola? Manutenções, custos e dificuldades”.
Paralelamente a essas ações, realizamos rodas de conversas com pequenos grupos, explorando
pequenos textos para gerar reflexões voltadas para nossos objetivos no que diz respeito ao processo
de interação entre as pessoas. E mais, também discutimos a importância dos cuidados individuais
com o corpo e com a mente. Nesse último ponto, constatamos alguns problemas de baixa-estima dos
estudantes, o que tem rebatimento no processo de ensino e de aprendizagem. É outra demanda que
surge e que estamos direcionando nossas ações para esse aspecto. Gostar de si mesmo é uma condição
primeira para que os estudantes sintam-se mais seguros e confiantes. Isso leva tempo e é assunto que
vamos sugerir a coordenadora para abordar na reunião de pais. .
.
Encontro pibidianos, Palestra no auditório
estudantes e supervisosra
Considerações finais
A partir das primeiras ações executadas na EREM Oliveira Lima é visível estudantes e
professores mais motivados a participarem das atividades propostas no projeto político pedagógico
da instituição. Percebemos ainda uma melhora significativa no comportamento dos estudantes com
relação ao ambiente escolar e para com seus professores. Também aconteceram algumas mudanças
no espaço físico da escola. Os professores abraçaram o projeto de forma plausível, contribuindo para
que os estudantes pudessem se envolver de forma ativa e efetiva; auxiliando-os na construção de uma
consciência ampla deste cuidado perante a sociedade. Acreditamos que “cuidar” é um ato de
preservação, aprendido por meio das experiências vividas e dos saberes adquiridos através da cultura
na qual fazemos parte.
REFERÊNCIAS
BOFF, L. O cuidado necessário: na vida, na saúde, na educação, na ética e na espiritualidade.
Petrópolis, RJ: Vozes. 2012.
CREPALDI, Lideli. Violência no Ambiente escolar: Violência na escola e reflexo na vida docente.
2013. Revista o professor. Disponível em:
<http://www.revistaoprofessor.com.br/wordpress/?p=102>. Acesso em: agosto 2017.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2002.
BRASIL, Lei Federal n. 8069, de 13 de julho de 1990. ECA _ Estatuto da Criança e do Adolescente.
Disponível em: http://www.jusbrasil.com.br/topicos/10600907/artigo-116-da-lei-n- 8069-de-13-de-julho-
de-1990. Acesso em 07 de agosto de 2017.
ESCOLA EDUCADA: PATRIMÔNIO PRESERVADO
Ana Paula da Silva Trajano *,2; José Irinaldo Rodrigues da Silva1*,2; Mª Rejane Silva do
Nascimento1*,2; Pamela Jaqueline Gomes Souto1*,2; Rayana Mª da Silva Rodrigues Gomes1*,2.
Subprojeto PIBID/UNICAP/PEDAGOGIA,1Universidade Católica de Pernambuco, 2EREM Luiz Delgado
E-mails: [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]; [email protected]
Introdução
Os diferentes espaços constituintes de uma escola, tais como sala de aula, pátios, banheiros,
cozinha, quadras esportivas, exigem dos gestores escolares uma atenção especial, para que esses ambientes
ofereçam uma aparência agradável, para os que ai trabalham e estudam. Aparentemente, parece que estamos
discutindo o óbvio. Na prática, esta temática se constitui um desafio para os gestores favorecerem uma
relação harmônica entre as pessoas e o ambiente escolar, sobretudo pela escassez de recursos financeiros,
para esta finalidade. A importância da limpeza no ambiente escolar é inquestionável, e tem tudo a ver com
a temática da cidadania. Desse modo, tomamos como referência os Parâmetros Curriculares de Filosofia e
Sociologia do ensino médio do Governo de Estado de Pernambuco, especificamente o Eixo 3: Relações
sociais e cidadania. Com base neste eixo desenvolvemos o projeto, “Escola Educada, Patrimônio
Preservado”. Nossa intenção, pois, é resgatar valores, como respeito, cuidado, organização e preservação,
ao mesmo tempo, refletir sobre as escolhas, ações e consequências, no percurso da convivência social. Seja
no ambiente familiar, escolar, onde quer que estejamos na interação com o outro, convém evitar qualquer
evento individual, para promover uma relação harmoniosa entre o público e o privado, priorizando-se,
assim, a importância de ser cidadão.
Objetivos:
Geral
● Sensibilizar as práticas sociais dos jovens educandos sobre a importância da preservação do patrimônio
público;
Específicos
● Orientar as ações no cotidiano, conscientizando os estudantes de suas responsabilidades no que tange à
conservação do patrimônio escolar.
● Refletir acerca do alto investimento, para se manter um patrimônio preservado, livre da depredação.
Coordenadora: Yara Maria Leal Heliodoro1 Professora / Supervisora: Maria de Fátima Tavares Ramos2
Referencial teórico
Segundo (BRASIL, 2008), devemos tomar como ponto de partida os valores tematicamente apresentados
na Lei 9394/96, conforme disposto na Resolução nº03 /98. “I – Os fundamentais ao interesse social, aos direitos
e deveres dos cidadãos, ao respeito ao bem comum e à ordem democrática; II – os que fortalecem os vínculos
de família, os que fortalecem os laços de solidariedade humana e de tolerância recíproca.”
Tais valores, nucleados a partir do respeito ao bem comum, e guiados pela consciência social, democrática,
solidária e tolerante, permitem identificar mais precisamente a concepção de cidadania que queremos para nós,
e que desejamos difundir para os outros.
Baseados nesses valores fundamenta-se nosso projeto “Escola Educada – Patrimônio Preservado”, pois
acreditamos que, quando preservamos um patrimônio que não só nos pertence, mas a todos os integrantes
daquele espaço, estamos exercendo nosso dever enquanto cidadãos, ao mesmo tempo, respeitando o direito dos
outros, ou seja, de conviverem num ambiente limpo, organizado, com todos os utensílios em estado de uso.
É essa concepção de cidadania que queremos trazer para os alunos participantes, incentivando uma prática
de relações respeitosas, para que eles possam identificar que ambiente querem para si e desejam construir para
os outros. Vem a propósito a citação de Sousa (2003, p. 121): “A luta pela valorização do patrimônio tem seu
início na própria luta pela defesa dos bens que cercam a escola.”
Dessa forma, faz-se necessário que sejam trabalhados com os nossos jovens os valores referentes ao
cuidado e valorização do patrimônio do qual desfrutam nos pequenos espaços onde convivem, a exemplo da
escola. São investimentos desse teor que levam à formação da cidadania, consequentemente, de uma postura
voltada para o respeito e preservação de um ambiente onde se atua coletivamente.
A escola é um espaço de convivência em comum não só para os alunos, mas também docentes, gestores,
funcionários, incluindo nesse público a família do aluno. As histórias vividas nesse espaço ficam marcadas para
o resto da vida, e todos querem guardar boas recordações. Assim confirma Filho (2009, apud ALMEIDA, 2009):
“O patrimônio compõe a identidade e a imagem da escola e, por isso, ele precisa estar sempre em ordem, sob
pena de colocar em risco a segurança das pessoas e o projeto pedagógico”.
Importante lembrar as palavras de Miranda (apud BANAZSESKI e PELOSO, 2012) “Todo ano, o Poder
Executivo destina parte significativa do orçamento para a manutenção das escolas públicas. São gastos com
reformas de instalações, consertos de equipamentos, pinturas, troca de carteiras, entre outras despesas. Esses
recursos poderiam ser economizados e investidos em outros setores da educação, não fossem os atos de
vandalismo e de destruição do patrimônio escolar”.
Diante desse contexto, torna-se imprescindível que todos se sintam pertencentes e responsáveis pelo
espaço. Ajudar a manter a integralidade física e cultural da escola leva o indivíduo a legitimar seu papel na
comunidade bem como valorizar o sentimento de pertença a um grupo, cujos desafios só serão vencidos através
da unidade. Enfim, com essa consciência, reafirmamos valores, e fazemos com que todos vejam a escola como
um patrimônio da comunidade.
Metodologia
Para alcançar esses resultados, desenvolvemos esse projeto, no período de três meses, com alunos de 1º e
2º anos do ensino médio. O projeto foi executado em três etapas, a saber: primeiramente, expusemos nossa
proposta para ser apreciada pela gestão e pelos docentes da instituição e todos abraçaram a ideia, o que foi de
suma importância para o desenvolvimento das tarefas e a garantia dos resultados. Em seguida, envolvemos os
alunos, problematizando sobre o compromisso de cuidar do espaço coletivo. Como observo o ambiente/espaço
em que vivo? Por que risco, sujo e quebro? Como posso melhorar? Dando prosseguimento, apresentamos
imagens dos equipamentos e materiais danificados na escola e paralelamente materiais em bom estado de
conservação e, para reforçar, um vídeo sobre cidadania. Realizamos rodas de conversa com alunos das diversas
turmas, culminando com a confecção de lixeiras.
Resultados
Podemos afirmar que os resultados esperados foram satisfatórios, levando em conta que é nítida a
mudança de comportamento de grande parte dos educandos da instituição. Essa realidade pode ser comprovada
quando observamos menos lixo jogado no chão das salas e corredores, na medida em que as lixeiras
confeccionadas na sala de aula passaram a ser usadas. Além disso, um percentual considerável de paredes sem
pichação. Após a vivência do projeto, nenhum registro de material quebrado na escola.
Considerações finais
Entendemos que o exercício da cidadania e o resgate dos valores, como respeito, cuidado e, principalmente,
o estímulo ao sentimento de pertença dos educandos, no espaço escolar como parte do cotidiano, é de
fundamental importância para o exercício da cidadania, no processo da aprendizagem.
Com a reflexão orientada e a consequente consciência da relevante missão dentro do espaço coletivo, os
alunos serão portadores de um legado que passarão para as futuras gerações. Ao tirar o projeto do papel, cumprir
todas as etapas, e constatar resultados positivos, estamos contribuindo para uma escola construtiva, como
idealizou Paulo Freire, uma escola que ensina para a vida.
Referências bibliográficas
ALMEIDA, Daniela. Manutenção do patrimônio escolar. IN: Revista Gestão Escolar. junho de 2009.
BANAZSESKI e PELOSO. Depredação do patrimônio público escolar: Considerações a respeito da mudança
de comportamento da comunidade escolar. IN: PARANÁ. O professor PDE e os desafios da escola pública
paranaense, 20012.
BRASIL. Ciências humanas e suas tecnologias. Secretaria de Educação Básica-Brasília: Ministério da
Educação, Secretaria de Educação Básica, 2008). 133 p. (Orientações curriculares para o ensino médio, volume
3..
SOUZA, Djacyr de. Preservação do Ambiente: Uma ação de Cidadania, Fortaleza, Brasil Tropical, 2003. O
professor PDE e os desafios da escola pública paranaense. Disponível em:
https://gestaoescolar.org.br/conteudo/771/manutencao-do-patrimonio-escolar
Acesso em 04 de abril de 2017, ás 15h30.
HISTÓRIA AMBIENTAL, ARTE E ENSINO EM UMA PERSPECTIVA
INTERDISCIPLINAR
Elivânia Augusta da Silva; Fábio Rocha Carvalho Júnior4; Katherine Cinthia de Santana;
Vamberto Gonçalves da Silva;
SUBPROJETO HISTÓRIA
Universidade Católica de Pernambuco
Liceu de Artes e Ofícios
E-mails: [email protected];[email protected];
Introdução
A História Ambiental é um dos campos de pesquisa que vem se destacando na historiografia nos
últimos tempos pelo seu caráter singular, como afirma José Augusto de Pádua: “não é o caso de
buscar “precursores”. Mas sim de analisar um movimento histórico mais amplo e difuso: a
4 Supervisor de área do PIBID
construção da sensibilidade ecológica no universo da modernidade” (PÁDUA, 84, 2010). Ao
observar as possibilidades que este campo de investigação proporciona, surgiu a ideia de utilizá-
lo como uma matéria de interdisciplinaridade. Essa inspiração teve influência na conclusão de
José Augusto Drummond:
“A história ambiental é, portanto, um campo que sintetiza muitas
contribuições e cuja prática é inerentemente interdisciplinar. A sua
originalidade está na sua disposição explícita de “colocar a sociedade
na natureza” e no equilíbrio com que busca a interação, a influência
mútua entre sociedade e natureza.” (DRUMMOND, 1991, pg 8).
Partindo disso, a intenção inicial foi unir as possibilidades metodológicas que a História
Ambiental carrega em si para construir uma ponte com outros campos educacionais que tem
similaridades em sua proposta, como aponta a definição de Educação Ambiental que “...
significa aprender a ver o quadro global que cerca um problema específico - sua história, seus
valores, percepções, fatores econômicos e tecnológicos, e os processos naturais ou artificiais
que o causam e que sugerem ações para saná-lo;” (EFFTING, p. 11-12, 2007).
A arte se destacou por sua característica plástica que permitiu a junção entre História Ambiental
e uma Educação Ambiental como descreve Ana Marcela França Que “Nesse contexto, a arte
pode vir a ser uma importante via de compreensão da relação ser humano-natureza em um
determinado período histórico, uma vez que a expressão artística, além de ser uma expressão
individual, é também a manifestação de uma dada cultura. ” (FRANÇA, p. 04, 2013). A
representação artística escolhida para fazer essa transversalidade de temas foi arquitetura grega
com suas icônicas colunas. A intenção era trazer para sala um símbolo dessa importante
civilização do mundo Ocidental e, com isso, como Denise do Rocio Dumsch destacou
“Potencializar é uma capacidade que pode ser manifestada quando há um estímulo. E a
percepção visual realmente necessita desse saber olhar para que haja significados. É o que
chamamos de cultura visual. ” (DUMSCH, p.03, 2012).
Objetivos
Desenvolver nos alunos, através de uma parceria com professores e membros de PIBID, a
capacidade de refletir sobre temas ambientais e o quanto eles estão na pauta de sua realidade
para que no final possam entender a relevância do tema. Também despertar nos adolescentes o
interesse pela arte nas sociedades e o quando elas são um retrato visual de um tempo que
permanecesse em nosso cotidiano. Outro ponto do projeto é permitir aos discentes estudar o
meio que está inserido através de uma produção própria, tornando a aprendizagem um processo
intuitivo de construção pessoal. Desenvolver com os alunos a capacidade de pesquisar temas e
produzir conteúdo a partir de suas descobertas gerando o sujeito autônomo na sua construção do
conhecimento, permitindo a eles adquirir um senso crítico perante a realidade que lhes cerca.
Referencial teórico
Para trabalharmos com a História Ambiental e interdisciplinaridade os optamos pelos escritos
de José Augusto Drummond e José Augusto de Pádua que assomados com técnica e pesquisas
em jornais ensinados por Daniel Raviolo nos levaram a procurar em Paulo Freire em sua
Pedagogia da Libertação inspirações para a execução do projeto.
Metodologia
O projeto nomeado “A Coluna” de iniciativa do professor supervisor e dos membros do
Programa de Iniciação à Docência (PIBID) da Escola Liceu de Artes de Ofícios partiu da ideia
da construção de uma coluna jônica, para ser colocada na sala construída com materiais
recicláveis e, assim, promover a interdisciplinaridade dos temas, ou campos, sugeridos
anteriormente. No entanto, o título do projeto lembra o gênero texto coluna jornalística, e
repetindo a parceria, surgiu a ideia de criar um jornal escolar e uma plataforma digital (blog).
Neles, os discentes podem desenvolver outras habilidades e ter uma nova perspectiva do
processo ensino aprendizagem, como é sugerido no Guia do Jornal Escolar “As mídias escolares
são qualificadas pelos processos de ensino-aprendizagem dos quais resultam. Um Jornal Escolar
pode tanto permitir a expressão de crianças e adolescentes como reforçar tendências autoritárias.
” (RAVIOLO, p. 05, 2010). Como também ajuda a ter uma postura crítica do sobre a realidade
que está inserido expressa o mesmo periódico “O Jornal Escolar é suporte de uma experiência
de vida da criança, que se mobiliza para comunicar. Nesse engajamento, ela utiliza e desenvolve
seu julgamento e criatividade. Assim, constrói sua autonomia. ” (RAVIOLO, p. 06, 2010).
Portanto, o projeto tem se mostrado bastante produtivo, pois o engajamento dos alunos nele tem
superado as expectativas mais otimistas e, dessa forma, possibilitando uma interdisciplinaridade
mais abrangente porque através dele também estamos trabalhando produção textual, um dos
calcanhares de Aquiles do ENEM.
Metodologia e Resultados
Inicialmente foi construída uma coluna física grega estilo jônico para decoração da sala de aula.
Os alunos auxiliados pelos estagiários construíram a coluna, participando de todas as etapas. O
intuito nessa primeira fase do projeto foi à conscientização para preservação do meio ambiente,
assim como o reaproveitamento dos materiais industrializados. A posteriori nasceu através de
reuniões da equipe do Pibid e alguns alunos, a ideia de construir um jornal escolar que
mantivesse na sua proposta a coluna não física, mas jornalística. Foi criado um blog para
divulgação online das matérias escritas pelos alunos sobre assuntos diversos, assim como o
jornal físico distribuído mensalmente na escola. São os estudantes que participam de toda a
construção do projeto desde a diagramação, correção de textos e divulgação na internet. Sempre
auxiliados pelos estagiários que ficam responsáveis por cada equipe. No jornal os alunos podem
publicar artigos de opinião como também manifestações culturais de sua autoria. Ao passo que
o projeto vai se desenvolvendo percebemos uma atuação cada vez maior dos alunos no jornal.
Essa produção ajuda os alunos a melhorar seus estudos, aumentar o gosto pela leitura e o mais
importante o ensino de história muda de rumo, não ficando restritas as paredes da sala de aula.
Considerações finais
O projeto A Coluna continua em andamento. Ele tem possibilitado uma maior
aproximação entre professores, equipe do PIBID e Alunos melhorando os relacionamentos
entres os membros envolvidos processo ensino-aprendizagem. A cada edição do Jornal aumenta
quantidade de adolescentes envolvidos na inciativa. Entretanto, A coluna pretende expandir.
Está em curso a criação de um canal no Youtube com o mesmo nome do projeto. Lá serão
postadas dicas educacionais produzidas pelos próprios alunos sobre temas que eles estão vendo
em sala de aula; também será um espaço para trabalhos jornalísticos, além de possibilitar a
divulgação de produções culturais desenvolvidas por eles e pela escola. A Coluna nasceu com o
intuito de união entre temas transversais da educação, mas com o interesse dos alunos e a ação
do PIBID, tem tomado rumos inimagináveis no seu início e mostrando que a educação pode sim
transformar a sociedade.
REFERÊNCIAS
DUMSCH, Denise do Rocio. A POTENCIALIZAÇÃO DA PERCEPÇÃO VISUAL ATRAVÉS
DA ARQUITETURA E DA HISTÓRIA DA ARTE. Disponível em: <
http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/cadernospde/pdebusca/producoes_pde/2010/2010
_embap_arte_artigo_denise_do_rocio_dumsch.pdf> Acesso em: 14/10/2017.
DRUMMOND, José Augusto. A HISTÓRIA AMBIENTAL: temas, fontes e linhas de pesquisa.
Estudos Históricos, Rio de Janeiro. Vol. 4, n. 8, 1991, p. 177-197.
PÁDUA, José Augusto. As bases teóricas da história ambiental. Estudos Avançados, São Paulo,
v. 24, n.68, p. 81-101, jan. 2010.
RAVIOLO, Daniel. GUIA DO JORNAL ESCOLAR NO PROGRAMA MAIS EDUCAÇÃO.
Fortaleza, 2010. Disponível em: < http://comcultura.org.br/wp-content/uploads/2010/04/guia-
do-jornal-escolar-versaoweb.pdf> acesso em: 14/10/2017
EFFTING, Tânia Regina. Educação Ambiental Nas Escolas Públicas: Realidade E Desafios. 90
f. Monografia Pós Graduação, Centro de Ciências Agrárias, Universidade Estadual do Oeste Do
Paraná, 2007.
PROJETO ARRUANDO: ENSINO DE HISTÓRIA SOBRE AS ÁGUAS DO RECIFE
Camilla Fernandes; Vinícius Castro
SUBPROJETO HISTÓRIA
Liceu de Artes e Ofícios
E-mails: [email protected]; [email protected]
Introdução
A LDB 9394/96 – Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional explica, em seu artigo 1º, que
“A educação abrange os processos formativos que se desenvolvem na vida familiar, na
convivência humana, no trabalho, nas instituições de ensino e pesquisa, nos movimentos sociais
e organizações da sociedade civil e nas manifestações culturais (LDBEN, art. 1º). ” Entendemos
desta forma sobre a necessidade de promover oportunidades de interação dos discentes com o
patrimônio material e imaterial, realizando o processo educativo a partir da extensão da sala de
aula para o campo, transformando este um momento de investigação e constatação do saber
histórico.
O projeto é aplicado na escola Liceu de Artes e Ofícios, com os estudantes do Ensino Médio.
Aproveitamos a localização privilegiada da escola, que fica no bairro da Boa Vista, para explorar
os pontos estratégicos por onde perpassam a história da capital pernambucana. Desse modo, o
“arruando” ganhou forma, pois as aulas de campo aconteceram a partir das caminhas com os
grupos de alunos, pelas ruas do Recife. A fim de nos reconhecermos na história, o conhecimento
da nossa localidade, e consequentemente dos nossos costumes e cultura, enaltece um cidadão cada
vez mais consciente de seu papel nos afazeres para o melhoramento da vida em sociedade.
Objetivos
Com o objetivo de conhecer a história local a partir da observação dos espaços urbanos o “Projeto
Arruando” que teve início em 2012, se inspira na obra “Arruar: história pitoresca do Recife
antigo”, do cronista Mário Sette (1886-1950), que busca privilegiar a história local através de
visitas nos espaços urbanos, trazendo o reconhecimento das histórias que se movimentam pelas
ruas do Recife e transformando tais espaços em sala de aula. Os objetivos do projeto é privilegiar
o estudo da História, aproximando o alunado do caráter transdisciplinar presente na história local,
oferecendo ao estudante, por meio de suas próprias experiências, reflexões acerca das
transformações ocorridas na cidade e fomentar debates sobre diversos aspectos da História Social.
Metodologia
Nossa metodologia foi desenvolvida juntamente com o professor supervisor, pois se fez
necessário articular os conteúdos vistos em sala de aula com a prática de campo que seria
abordada. Precisamos da ajuda do professor também para solicitar as autorizações, nas quais os
estudantes estariam habilitados para participarem do projeto. Entendemos que a sala de aula vai
além das paredes de concreto. Onde existir processo de ensino-aprendizagem, ali se fez uma sala
de aula. Portanto, transformamos cantos diversos da nossa cidade em sala de aula. Os alunos são
motivados a conhecer a história local por intermédio de textos e aulas expositivas em seguida são
acompanhados a diversos locais, entre ruas e praças, pontes e rios, sem perder de vista a dinâmica
da história, uma vez que ambas- as ruas e a história se articulam.
Referencial teórico
“Não existe docência sem discência”, afirma Paulo Freire, e defende a ideia de que o trabalho do
professor não é de passar o conteúdo, mas é de criar caminhos e condições para a formação do
sujeito. O professor é responsável pela formação dos alunos, e os alunos atuam na formação do
professor. A prática docente é constante, e é necessário para o entendimento do professor, a
experiência em sala de aula. É no campo que se aprende a ser professor. E cada experiência é
única, visto que em cada conjunto de alunos temos um perfil de sala de aula diferenciado, e com
isso o professor aprende pelos alunos a prática docente.
Só se aprende a cozinhar, cozinhando. Só se aprende a nadar, nadando. Só se aprende ensinar,
ensinado. A docência é resultado da prática, e não isoladamente de conhecimentos adquiridos ao
longo de uma formação acadêmica. Por isso, na formação docente é necessário para que se forme
um professor, a prática.
Considerações finais
O projeto tem como tarefa principal utilizar as ruas como campo de trabalho. Ou melhor,
transformá-las em campo de ação e lugar privilegiado onde se passa a história. Achamos
necessário, portanto, intencionamos perspectivas de pesquisa de campo, na qual pressupõem
pesquisa, ação e reflexão, a fim de relacionar os conhecimentos teóricos aprendidos em sala de
aula com o cotidiano dos sujeitos em formação, que por sua vez estão também integrados no
ensejo da cidade. Assim, o estudo de campo integra no estudo perspicácia e sentidos acerca do
espaço vivido. Buscamos assim desenvolver noções históricas dos espações vividos, concepções
acerca do que seria patrimônio, tanto material quanto imaterial. Constamos também
paralelamente com difundir noções quanto à sustentabilidade, visto que o natural e o urbano
residem no mesmo espaço. No caso de Recife, por ser uma cidade ligada por pontes e cortada por
rios, a presença de elementos ambientais se tornam presentes no cotidiano de todos. Dentre essa
perspectiva, a parti do ano de 2016, começamos o Arruando sobre as aguas, utilizando o catamarã
passando pelos rios que cortam o Recife vendo a nossa cidade de outro ângulo e com uma nova
perspectiva.
Referências
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. São Paulo:
Paz e Terra, 1996.
SETTE, Mário. “Arruar”: história pitoresca do Recife antigo. Rio de Janeiro: Livraria-Editora
da Casa do Estudante do Brasil, 1948.
BRASIL. Lei de Diretrizes e bases da educação nacional – 1996. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/leis/L9394.htm
VIVÊNCIAS DA CULTURA AFRO-INDÍGENA NO ENSINO MÉDIO: UMA BUSCA
PELA IDENTIDADE NACIONAL
Ariane Ingrid da Silva Botelho, João Filipe Santos da Silva Xavier, Vinicius Lima Pazos
Subprojeto – História
Universidade Católica de Pernambuco
EREM Aníbal Fernandes
E-mails: [email protected], [email protected], [email protected]
Introdução
Segundo o patrono da educação Paulo Freire, o ensino deve está atrelado à prática, pois
é necessário que o ser humano conheça o seu lugar, a fim de se tornar um protagonista da sua
história. “Dessa forma, entendemos que não é possível fazer ensino desvinculado da pesquisa,
pois ambos estão articulados num movimento intrínseco, permanente e interligado, em que o
ensino realimenta a pesquisa e esta, da mesma forma, aquele” (DANATONI; COELHO, 2007, p.
74). Na realidade o grande papel da escola não é apenas transmitir informações, mas procurar
“ensinar a aprender” e seguindo por esse caminho procurar criar novas oportunidades, orientando
o educando a enxergar o mundo com olhar crítico.
Objetivos:
Com o intuito de levar aos alunos do Ensino Médio da Escola de Referência Aníbal
Fernandes, o projeto do Pibid teve como principais objetivos: construir um pensamento crítico a
partir de documentação bibliográfica, debates e das vivências antropológicas para garantir a
construção da consciência nacional.
Período de Realização da Atividade de Referência do Relato
Comprometidos com a temática afro-indígena buscou-se por em experiência um roteiro
construído a partir de fatos e narrativas. A primeira saída de campo teve como propósito a
interação com o grupo de capoeira Chapéu de Couro - Mestre Corisco, com uma das sedes
presentes na Universidade Católica de Pernambuco (UNICAP), como reconhecimento do valor
cultural e social da manifestação genuinamente brasileira, reconhecida Patrimônio nacional pelo
IPHAN desde 2014.
A posteriori, o roteiro trilhou o caminho do "amém ao axé" no sítio histórico de Olinda,
contemplando desde a Igreja de Nossa Senhora de Guadalupe (construída por negros e índios no
período colonial), a Igreja de São João Batista dos Militares, (responsável por abrigar os
holandeses no período das revoltas), Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos,
(guardiã de santos pretos e objetos do período da escravidão), e por fim, o Palácio de Iemanjá -
Terreiro de Pai Edu (em processo de patrimonialização pelo IPHAN).
Posteriormente, o arruando atingiu o Museu da Abolição, com a intenção de contarem a
história do casarão por meio de sua estrutura arquitetônica, que remete a casa-grande, como
também aos atores abolicionistas. Questões como racismo foram desconstruídas e de políticas
públicas reconstruídas
Com a finalidade de abordar o campo das religiões de matriz africana, de modo especial
o candomblé, e as danças populares, como o coco foram realizados debates com historiadores na
escola e visita ao Terreiro de Xambá - Pai Ivo de Oxum (primeiro quilombo urbano do Recife).
Conclusão
O projeto foi marcado por desconstrução e construção, o que sinaliza o êxito nos objetivos
específicos previamente estabelecidos, bem como a satisfação da equipe de pibidianos, alunos,
responsáveis, equipe gestora, professores e profissionais envolvidos nos debates.
BIBLIOGRAFIA
DANATONI, Alaíde Rita; COELHO, Maria Cândida de Pádua. Reflexões sobre o ensino,
pesquisa e formação de professores na sociedade contemporânea. Cadernos de Educação,
FaE/PPGE/UFPel, Pelotas [29]: 73 - 88, julho/dezembro 2007.
FREIRE, Paulo. Pedagogia da autonomia: saberes necessários à prática educativa. 25ª ed. São
Paulo: Paz e Terra, 2002.
Glayci Kelli Reis da Silva Xavier; Aline Pinto de Brito, Keilla da Fonseca Casimiro. A pesquisa
no ensino fundamental: fonte para construção de conhecimento.
ORIGENS: ROMPENDO AS FRONTEIRAS DA CULTURA5
Alvino de Morais; David Borges Mattos6; Eduardo Ribeiro Xavier; Thayanne Emanuele Lima de
Melo
SUBPROJETO HISTÓRIA
Universidade Católica de Pernambuco
Almirante Soares Dutra
E-mails: [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]
Introdução
Ao elaborar este trabalho, conseguimos observar claramente e entender a dificuldade
existente dos estudantes em se reconhecer enquanto cidadãos latino-americanos e enxergar os
países vizinhos como nações semelhantes. Notamos, na verdade, o enorme distanciamento que
faz com que vejam esses países como praticamente inexistentes dentro do campo de identificação
cultural. Percebendo que muitas vezes países que, geográfica e economicamente, mais
distanciados do Brasil, exercem a influência e estabelecem uma identificação maior que os já
citados países vizinhos. Dentro dessas dificuldades explicitadas, elaboramos o projeto intitulado
“Origens: rompendo as fronteiras da cultura” para que os alunos possam identificar as
semelhanças entre os países latino-americanos, criando uma ideia de irmandade que pode ser
eficaz também como desmistificador de preceitos criados por desconhecimento da cultura desses
países.
Durante a pesquisa foram descobertas, também, similaridades históricas com Curaçao, já que
tanto a ilha citada, quanto o território que hoje em dia se entende como pernambucano, fora
colonizado pelos Holandeses durante o mesmo período. O projeto contou com diversas salas
temáticas, montadas a partir de pontos referenciais do país, como aspectos climáticos,
populacionais, aspectos históricos contendo uma delas decoração especifica de Curaçao,
explicitando as similaridades históricas entre as colonizações, falando um pouco sobre a cultura
da ilha e seu atual estado. Outra atividade interessante que vale a pena ser descrita foi a confecção
5 Durante a aplicabilidade do projeto foi importante à participação dos professores Eliseu Vieira
Lourenço (supervisor do PIBID, área de Filosofia) e de Daniella Sheila da silva Santos que não
mediram esforços para se integrarem ao grupo. O sucesso do projeto se deveu também aos dois
por isso registramos aqui nossos agradecimentos.
6 Supervisor da área de História.
e execução de um desfile de moda, com roupas inspiradas em paisagens venezuelanas que foi
concebido e executado pelos próprios alunos e apresentados durante o dia na escola.
Objetivos
O trabalho realizado na Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra, intitulado “Origens:
rompendo as fronteiras da cultura”, teve como objetivo geral a compreensão da importância e
exercida pelo Brasil dentro da América Latina, a compreensão das diferenças culturais do nosso
país para com os vizinhos de continente e o aprofundamento nessas características para criação
de uma identidade latino-americana mais forte.
Referencial teórico
Como discutido por Aquino, no livro já citado, uma nova forma de convivência entre os países
da América latina fora trabalhada durante o século XX. Compreendendo a imposição dos Estados
Unidos e a necessidade de se organizar perante os interesses deles envolvidos se organizaram em
formas de conferencias “a fim de discutir questões de interesses continental, especialmente as
relativas medidas de defesa contra agressões” (AQUINO, 1990). Além das conferencias, também
fora instalada uma política de cooperação desses países, que perduram até a contemporaneidade,
citando como exemplo a criação e manutenção do Mercosul.
Metodologia
No mês de novembro de 2016 o projeto foi executado. No seu decorrer, contamos com o apoio
do consulado da Venezuela, que compreendeu nossos objetivos e nos permitiu ampliar ainda mais
nosso olhar para as relações entre os dois países, que na contemporaneidade se firma por meio de
ligações entre as figuras políticas governamentais: os presidentes Venezuelanos Hugo Chávez e
Nicolas Maduro e os presidentes do Brasil: Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff. Não
explicitando só as semelhanças culturais da contemporaneidade e os aspectos políticos, mas o
trabalho também contou com estudos sobre figuras brasileiras históricas, mais precisamente um
pernambucano, que lutou pela independência da Venezuela e de uma boa parte da América
Espanhola, que foi o General Abreu e Lima, que inclusive tem seus restos mortais no cemitério
dos Ingleses, que está situado ao lado da escola.
Considerações finais
Sabemos, graças aos estudos históricos, que o percurso do continente da América do Sul esteve
sempre entrelaçado. Mesmo tendo dois países como colonizadores, que, aliás, durante os séculos
XVI e XVII se uniram durante a conhecida União Ibérica, as características de modo geral de
vida não foram tão diferentes assim. Claro que, com o passar dos séculos, também relacionado
aos seus processos de independência, bem discutidos no livro “História das Sociedades
Americanas” de Aquino, eles foram tomando formas diferentes para além da língua, mas de
costumes culturais e pensamento social, e citando como exemplo Cuba, até de um distanciamento
de modelo econômico. Apesar das disparidades linguísticas e territoriais, do Brasil em relação
aos países vizinhos, o projeto visava justamente mostrar ao aluno todas essas ligações históricas
e os mesclados dentro dessa perspectiva histórica de apoio e ajuda no continente, para que não
fosse mais percebido como um país distante e sim, de forma análoga, criando um sentimento não
só de percepção, mas como já citado antes, de pertencimento latino-americano, com o eixo
também nessa identidade pernambucana, tendo em vista as relações já citadas entre os dois
territórios.
Referências
AQUINO, Rubim Santos. História das Sociedade. Rio de Janeiro: Ao livro técnico, 1990.
IDENTIDADE E PERTENCIMENTO: UM CAMINHO PARA CONSCIÊNCIA
CRITICA
Andrio José dos Santos; David Borges Matos7; Deivid França da Silva; Sara Cristina Francelina
de Lima
SUBPROJETO HISTÓRIA
Universidade Católica de Pernambuco
Almirante Soares Dutra
7 Supervisor da Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra.
Emails: [email protected]; [email protected];
[email protected]; [email protected]
Introdução
A Escola Técnica Estadual Almirante Soares Dutra está localizada no bairro de Santo
Amaro. Em seu entorno podemos encontrar a centenária Igreja de Santo Amaro das Salinas, o
Cemitério dos Ingleses e o Forte do Brum. A escola foi inaugurada no início da década de 1970,
durante o período da ditadura militar.
Segundo o Sistema de Informações da Educação de Pernambuco (SIEPE), atualmente, a
Escola abrange o ensino nas modalidades integral/integrado aos cursos técnicos de meio ambiente
e nutrição e dietética, subsequente e EAD. A Almirante Soares Dutra comporta 404 alunos, sendo
o corpo docente formado por 56 professores.
Através de uma atividade realizada com os educandos, na qual eles deveriam escrever um resumo
sobre a história da instituição, perceberam-se dificuldades quanto à obtenção de informações
sobre a escola, devido à escassez de fontes, e a falta de uma tradição oral, que não conservou
momentos marcantes da história da instituição.
Um dos exemplos disso: o esquecimento de que foi nas dependências da Escola que faleceu, em
1974, o matemático, pedagogo e escrito de fama mundial, Júlio César de Mello e Souza (1895 –
1974), mais conhecido pelo pseudônimo de Malba Tahan, que esteve ministrando dois de seus
cursos, o de “Jogos e Recreações” e o “A Arte de Contar Histórias”. Sendo assim, surgiu a ideia
do projeto " Identidade e Pertencimento: Um Caminho Para Consciência Crítica".
Objetivos
O objetivo central almeja o resgate da memória institucional da Escola, para a
construção/reconstrução de sua identidade, e reforço da autoestima de professores, alunos e
funcionários, propondo, com esse fim, a recuperação de arquivos, a preservação do ambiente e a
criação de um sentimento de pertencimento por parte da comunidade escolar.
Referencial Teórico
Como já citamos acima, nossa missão com o trabalho "Identidade e Pertencimento: Um Caminho
Para Consciência Crítica" é a afirmação do sentimento de pertencimento a instituição de ensino
através da legitimação das memórias. Para Le Goff em seu livro História e Memória “A memória
onde cresce a história, que por sua vez a alimenta, procura salvar o passado para servir o presente
e futuro. Devemos trabalhar de forma a que a memória coletiva sirva para a libertação e não para
a servidão dos homens” (LE GOFF, 1988, p. 477). Pierre Bourdieu em A Economia das Trocas
Simbólicas " todo ato de produção cultural implica na afirmação de pretensão a legitimidade
cultural" (BOURDIEU, 2007, p.108).
Metodologia
No início do mês de junho, começamos a buscar uma sala que pudesse abrigar o memorial da
escola. A sala de humanas foi à escolhida nesse processo por ser ela designada a essas disciplinas.
Após a volta às aulas começou a ser organizado um ciclo de palestras com ex-alunos da instituição
que hoje já estão inseridos no mercado de trabalho para falar de suas experiências na escola e a
importância que a mesma teve em sua formação, pessoal e educacional. No mês de outubro
começou a organização do espaço. Primeiro precisamos desocupar a sala dos objetos estranhos
ao projeto, após esse processo a sala foi higienizada. Alocamos estantes e livros das áreas a fins.
O segundo passo foi a ambientação do recinto e acomodação dos documentos. Precisamos
ressaltar que esse projeto é em longo prazo. O resgate histórico envolve várias etapas.
Considerações finais
O trabalho foi muito importante para a dinamização das aulas havendo intensa participação da
comunidade escolar que se mostrou interessada em reunir a documentação que estava arquivada
na escola. Esse processo durou em torno de um mês devido às burocracias internas para conseguir
acessar os documentos, analisá-los e catalogá-los. Nesse processo os educandos participaram
ativamente, sendo eles os responsáveis, com a orientação do professor e dos pibidianos, por reunir
o material.
REFERÊNCIAS
BOURDIEU, Pierre. A economia das trocas simbólicas. São Paulo: Perspectiva, 2007.
LE GOFF, Jacques. História e Memória. Campinas: Editora da Unicamp, 1988.
O JOGO LÚDICO DO MANCALA
Vicente Francisco de Sousa Neto¹ , Maria Guadelupe Dourado Rabello² , Isabel Maria Leite³, José
Wildemar dos Anjos³, Maria Vitória Carvalho Gomes³.
SUBPROJETO MATEMATICA
Universidade Católica de Pernambuco
Escola Governador Barbosa Lima
Emails:[email protected], [email protected], [email protected],
INTRODUÇÃO
O presente trabalho objetiva apresentar o jogo do Mancala como estratégia de ensino e
aprendizagem aos estudantes de uma escola pública da rede estadual de ensino vinculado ao
PIBID. A metodologia pedagógica envolveu jovens que comumente apresentavam pouco interesse
pelo estudo da matemática, em particular o trabalho foi dirigido principalmente aos estudantes
portadores de deficiência auditiva. Promovendo e favorecendo assim, numa buscar por uma
melhor didática de aprendizagem. De maneira geral, sabe-se que os jogos lúdicos, contribuem
sobremaneira como uma ferramenta auxiliar ao desenvolvimento cognitivo de trabalho.
De maneira geral, jogo é uma atividade livre, exercida em limites de tempo e de espaço, segundo
regras livremente consentidas e absolutamente obrigatórias, com sentimentos de tensão e
diferente da vida cotidiana. O jogo ultrapassa os limites físicos e biológicos, estando presente em
tudo o que acontece no mundo (HUIZINGA, 2010).
FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
O método de como as disciplinas são ministradas impacta na forma de como o aluno aprende e
no que se refere ao processo de ensino-aprendizagem é possível ver na literatura que os indivíduos
aprendem de diferentes formas (MORETTO, 2010; TRAVELIN, 2011).
Em nosso caso específico o jogo do Mancala na educação matemática, tem como objetivo geral
verificar como são apropriados os conceitos matemáticos, e funciona como desafios de
aprendizagem escolar. Estes, são basicamente fundamentados nas contribuições metodológicas
dos teóricos Piaget, Kishimoto e Vygostsky.
O jogo desempenha um papel importantíssimo na Educação Matemática. "Ao permitir a
manifestação do imaginário infantil, por meio de objetos simbólicos dispostos intencionalmente,
a função pedagógica subsidia o desenvolvimento integral da criança" (Kishimoto, 1994, p. 22).
METODOLOGIA E RESULTADOS
Mancala é um jogo de estratégia relacionado à semeadura. Tem origem na palavra árabe nagaala
que significa “mover”. Simula o ato de semear, a germinação das sementes na terra, o
desenvolvimento e a colheita. O movimento das sementes pelo tabuleiro era associado ao
movimento celeste das estrelas, e o próprio tabuleiro simbolizava o Arco Sagrado.
Os objetivos do Mancala são indispensáveis para o aprendizado; estes podem ser descritos da
seguinte forma:
• Número de participantes: 02
• Objetivo do jogo: o qual é capturar o maior número de sementes.
• Preparação do Jogo: distribuir 4 ou 5 sementes em cada casa e sortear quem iniciará a
partida.
• Cada jogador fica com uma fileira de 6 casas, que será considerada seu “campo” e um
oásis a sua direita, onde deposita as sementes capturadas.
• Movimentação do jogo: os jogadores se alternam fazendo um lance cada vez. Em cada
jogada ele deve escolher uma casa de seu campo e pegar todas as sementes desta casa,
semeando-as pelas casas seguintes, uma semente em cada casa de seu campo e/ou do
campo do seu adversário. As 12 casas do tabuleiro são consideradas como se fosse um
circuito que deve ser percorrido no sentido anti-horário. Se o número de sementes a ser
semeado for maior que onze, dá-se uma volta completa pelo tabuleiro sem deixar no oásis
do adversário nenhuma semente e prossegue-se repartindo as restantes pelas casas
seguintes.
O Mancala foi levado pra dentro da sala de aula, pois nas pesquisas dos pibidianos, constatou que
o jogo tem uma grande importância pedagógica, ricas histórias e estratégias capazes de ultrapassar
o xadrez. O Mancala foi desenvolvido para os alunos dos 9° anos do ensino fundamental da Escola
Governador Barbosa Lima.
O material utilizado para a fabricação do jogo foram bandejas de ovos, copos descartáveis e
sementes (milhos, feijões, etc). Este fato, como o intuito de ter a consciência de reciclar matérias
descartáveis.
Os objetivos dos jogos matemáticos são para fazer junção da teoria com a prática. Os jogos lúdicos
favorecem ao crescimento intelectual tendo um olhar diferente para o ensino.
CONSIDERAÇÕES FINAIS
No Mancala os alunos do Barbosa Lima, puderam ver que um simples jogo de estratégia,
despertava paciência e habilidades. Ao aplicar o jogo, os pibidianos introduziram a parte
histórica, suas regras, o funcionamento, e os objetivos do jogo. Depois dessa etapa dividimos as
matérias e formamos duplas. A professora supervisora, junto com os pibidianos sugeriram que se
fizesse um campeonato onde o vencedor era considerado o rei do Mancala. Ao longo da semana
tivemos os campeonatos e cada uma das sala dos 9° anos tiveram seu rei do Mancala.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
[1] HUIZINGA, J. Homo ludens: o jogo como elemento da cultura. 5 ed. São Paulo: Perspectiva,
2010.
[2] TREVELIN, Ana Teresa Colenci. Estilos de aprendizagem de Kolb: Estratégias para a
melhoria do ensino-aprendizagem. Journal of Learning Styles, v. 4, n. 7, 2011.
[3] VYGOTSKI, L.S. A formação social da mente. São Paulo: Martins Fontes,
1998.
[4] KISHIMOTO, T.M. Jogos infantis. Petrópolis: Vozes, 1999.