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1 WHITE PAPER VERSION 0. 9 Smart-Link connecting owners, assets, and brands.

WHITE PAPER - arianee.org · e a pirataria digital de filmes, música e software, fazendo ascender o valor total dos bens contrafeitos a cerca de um bilião de dólares. Milhões

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WHITE PAPERVERSION 0.9

Smart-Link connecting owners, assets, and brands.

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Arianee White PaperResumo

Introdução 3

DECLARAÇÃO DE MISSÃON 3

ENUNCIADO DO PROBLEMA 4

Proprietários

Marcas

PLATAFORMA ARIANEE 5

O «Vault» (Cofre)

“Smart-Asset» (Recursos inteligentes)

“Smart-Link” (Ligação inteligente)

Centro de dados para marcas

Conjunto de ferramentas para comunidades/ parceiros comerciaisx

BLOCKCHAIN 6

Proof of Authority protocol

(Protocolo de comprovativo de autoridade)

Token model (Modelo de token)

Problemas com os atuais registos de produtos 7

Autenticidade e a luta contra a falsificação 7

Provar a propriedade preservando a privacidade

do proprietário 10

Autorização de terceiro 11

Dados do histórico do produto 12

Proposta de valor da Arianee 14

Para proprietários 14

Para marcas 15

Para terceiros 17

Os percursos de utilizador da Arianee 18

Proprietários 18

Percurso da marca 21

Protocolo Arianee 23

Proprietários 24

Marcas 25

Comunidade de terceiros 26

Estudos de casos 27

Arianee Luxury 7

Expansão para outros objetos valiosos 31

Outros mercados 32

Incentivos para as partes interessadas e governação 44

Incentivos para as partes interessadas 44

Governação 44

Equipa 46

Roteiro 49

Estrutura da Arianee 50

Origem do nome 50

Independência 50

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A missão da Arianee é criar o primeiro registo perpétuo, anónimo e fiável de todos os recursos globais, permitindo uma ligação

revolucionária entre marcas e proprietários.

A Arianee pretende tornar-se o mais importante protocolo universal para a criação e transferência de certificados digitais

de propriedade e autenticidade de objetos.

Todos os proprietários das gerações futuras irão gerir o percurso dos seus valiosos recursos ao longo do tempo, enquanto mantêm o contacto com os seus criadores: o

smart-link (ligação inteligente).

No futuro, a propriedade dos nossos re-cursos estará seguramente armazenada num blockchain, fazendo com que a pa-lavra «roubo» seja um conceito do passa-do e conferindo funcionalidades aumen-

tadas aos seus bens físicos.

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A Arianee permite adicionar um novo nível de segurança aos já existentes na certificação de bens (certificados em papel, RFID, hologramas, etc.) – sem pedir a uma marca que prescinda dos seus próprios processos – criando um certificado e permitindo que terceiros o concedam ao proprietário original de um produto.

A Arianee adiciona um paradigma único a esta eterna luta contra a falsificação e a pirataria: a partir de agora, a possibilidade de verificar a autenticidade e origem de um produto será amplamente distribuída a uma variedade de partes interessadas. Não há dúvida de que ter um recurso digital associado ao produto físico reforçará significativamente a confiança de um proprietário ou de um potencial comprador na autenticidade desse produto. Juntamente com o respetivo recurso físico e o seu certificado físico, existirá um recurso digital que adiciona um nível irrefutável de segurança.

Uma vez que o paradigma utiliza tecnologia de blockchain (protocolo de confiança), o recurso é publicado numa cadeia única e fica diretamente ligado a um único número de série físico. Em vez de ser unicamente detida pelas marcas, a responsabilidadede assegurar a autenticidade de um produto é agora partilhada por todos e acessível a qualquer um.

Declaração de missãoIntrodução

Protocolo de código-fonte aberto Arianee

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Enunciado do problemaIntrodução01

ProprietáriosO armazenamento da documentação relevante do seu produto é frequentemente realizado com recurso a papel físico, o qual pode ser indevidamente guardado, perdido ou destruído.

Algumas marcas oferecem registos de produtos que atestarão a sua propriedade. No entanto, o proprietário não tem qualquer controlo sobre a forma como esta informação é utilizada e o acesso é limitado pelos termos de utilização da marca. Além disso, cada marca fornece o seu próprio sistema e o proprietário deve registar a sua propriedade em diversas bases de dados proprietárias incompatíveis com diferentes interfaces de utilizador.

Os proprietários necessitam de uma solução simples que lhes permita armazenar em segurança os comprovativos de propriedade e de autenticidade e qualquer outra documentação relativa aos seus produtos, como garantias, no mesmo local. Necessitam igualmente de total controlo sobre o acesso a esta informação,nomeadamente, quem lhe pode aceder, como e quando.

MarcasAs marcas mantêm tecnologias de gestão da relação com o cliente (CRM) para registarem interações entre indivíduos e os seus colaboradores ou outros canais de comunicação. Devido à natureza fragmentada da rede de distribuição, os registos de clientes são frequentemente pouco fiáveis e, em alguns casos, mesmo inexistentes.

Muitas vezes, o contacto entre a marca e o atual proprietário de um produto é impossível, visto que os produtos podem mudar de proprietário após a compra. Isto pode levar a comunicações mal direcionadas quando um produto é, por exemplo, comprado como presente ou revendido num mercado de produtos em segunda mão.

As marcas necessitam de uma solução que lhes permita terem um canal de comunicação permanentemente aberto com o proprietário atual do produto. Embora isto possa parecer óbvio, a capacidade de manter contacto direto com os proprietários dos produtos, sem um intermediário, é um grande passo em frente para as marcas.

Em última análise, manter uma ligação permanente com os proprietários dos produtos permitirá às marcas direcionar melhor as suas atividades no mercado cinzento e proteger as redes de distribuição de intervenientes fraudulentos.

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Introduzione01

O «Vault» (Cofre)O Vault é um repositório online, de utilização simples, onde os proprietários podem registar todos os seus produtos, sem encargos. A informação inserida pelos proprietários é armazenada no blockchain da Arianee, o que assegura que não pode ser modificada por terceiros.

Embora o blockchain da Arianee seja acessível a qualquer um, toda a informação num Vault de utilizador é encriptada utilizando métodos de encriptação comprovados pelo tempo, para proteger a privacidade do proprietário. Além disso, a integridade da informação armazenada no blockchain é certificada por tecnologia de provas de conhecimento-zero (assim que estiver pronta).

“Smart-Link” (Ligação inteligente)A «Smart-Link» é um processo que dá total controlo aos proprietários sobre a forma como fornecem acesso aos seus Vaults. Estes podem selecionar que dados partilham, com quem e em que condições o fazem. O Smart-Link permite inúmeros tipos de operação, desde o simples acesso de leitura à delegação de autoridade.

A autenticidade é o cerne da proposta de valor da Arianee e, como tal, a autenticidade inteligente é a principal assinatura no protocolo Arianee. Marcas verificadas podem autenticar produtos armazenados num vault, a pedido do proprietário. Enquanto a autenticidade for válida, a marca mantém um canal de comunicação aberto com o proprietário do produto, independentemente de futuras alterações de propriedade.

Conjunto de ferramentas para comunidades/parcei-ros comerciaisEmbora a plataforma Arianee possa ser utilizada por si só, torna-se ainda mais poderosa quando utilizada em conjunto com sistemas de TI legados (ERP, CRM, etc.) ou outras plataformas de livro-razão distribuído. O conjunto de ferramentas do ecossistema facilitará a criação e distribuição

Plataforma Arianee

de soluções descentralizadas criadas por programadores (SAP, Accenture, IBM, etc.) no protocolo Arianee.IT systems (ERP, CRM, etc.) or other distributed ledger platforms. The ecosystem toolkit will facilitate the creation and distribution of decentralized solutions built by developers (SAP, Accenture, IBM, etc...) on the Arianee protocol.

“Smart-Asset” (Recursos inteligentes)Os produtos registados no blockchain da Arianee são apresentados como “Smart assets”. O recurso inteligente lista os comprovativos de propriedade e de autenticidade e outra documentação, como garantias, de todos os produtos. Cada Smart asset é único, imutável e transferível entre Vaults.

Centro de dados para marcasO data hub (centro de dados) é o centro das interações entre as marcas e a plataforma Arianee. Este disponibiliza análises da vida dos produtos em três módulos principais:

• O Registo de produtos, em que as marcas gerem objetos autenticados;

• O Centro de comunicação, onde as marcas tentam contactar os proprietários de produtos;

• O Sistema de gestão da rede de distribuição, em que as marcas interagem com as suas redes de distribuição.

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Blockchain (protocolo de confiança)Introduzione01

ambiente da .arianee

.arianee.org + Token holders

Proof of Authority protocol (Protocolo de comprovativo de autoridade)Qualquer pessoa pode executar um nódulo público que lhe permita verificar todos os dados registados no blockchain da Arianee. Embora toda a gente possa verificar o blockchain, a Arianee utiliza um Proof of Authority protocol para registar nova informação. Os nódulos de autoridade são os únicos com permissão para selar blocos no blockchain da Arianee. A Arianee será lançada com grandes nódulos de autoridade pré-aprovados. Eventuais novos nódulos de autoridade têm de ser aprovados em votação pelos nódulos de autoridade já existentes. O sistema garante que a rede não pode ser danificada por mineiros maliciosos. Isto permite que a rede Arianee seja executada mais rapidamente do que um protocolo clássico de prova de trabalho, uma vez que a capacidade computacional dos nódulos é apenas utilizada para processamento de transações.

Arianee implementerà la propria permissioned blockchain con Prova di autorità basata su Ethereum.

Token model (Modelo de token)O token ARIA é a base do protocolo Arianee. Trata-se de um token ERC20 utilizado livremente em trocas. O token é utilizado para pagar as funcionalidades não gratuitas do protocolo Arianee.

Os recentes exemplos da Bitcoin e do Ethereum demonstraram que a volatilidade de preços dos token podem levar a flutuações descontroladas dos custos de transação nas plataformas blockchain. Isso representa um obstáculo à adopção por parte dos utilizadores, já que a dificuldade de prever com um nível elevado de certeza o custode uma futura transação é inconcebível para uma empresa.

Além do nosso token, será utilizado o Gas para manter o blockchain protegido e evitar o spam e os comportamentos maliciosos. Este Gas será fornecido mediante circunstâncias determinísticas.

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Problemas com os atuais registos de produtos

– 1 “Estimating the Global Economic and Social Impacts of Counterfeiting and Piracy - World Trademark Review,” May 18, 2017. http://www.worldtrademarkreview.com/Intelligence/Anti-counterfeiting/2017/Introduction/Estimating-the-global-economic-and-social- impacts-of-counterfeiting-and-piracy.

– 2 Frontier Economics. “ICC-BASCAP-Frontier-Report-2016-,” 2016.https://cdn.iccwbo.org/content/uploads/sites/3/2017/02/ICC-BASCAP-Frontier-report-2016.pdf.

– 3 “Global Trade in Fake Goods Worth Nearly Half a Trillion Dollars a Year - OECD & EUIPO - OECD.” April,18,2016. http://www.oecd.org/industry/glo al-trade-in-fake-goods-worth-nearly-half-a-trillion-dollars-a-year. htm.

– 4 “Trade in Counterfeit and Pirated Goods | OECD READ Edition.” OECD iLibrary. 2016 edition.http://www.keepeek.com/Digital-Asset-Management/oecd/governance/trade-in-counterfeit-and-pirated-goods_9789264252653-en.

Estima-se que os impactos negativos da falsificação e da pirataria retirem

4,2 biliões de dólares da economia mu-ndial e ponham em risco 5,4 milhões

de empregos legítimos, até 2022.1

Jeff Hardy | Câmara de Comércio Internacional

Autenticidade e a luta contra a falsificaçãoA sociedade tem vindo a lutar contra a falsificação há milénios. Por vezes, é tentador assumir uma perspetiva cínica, afirmando que a comercialização de produtos contrafeitos é um comportamento humano natural. Em muitos casos, a falsificação ou pirataria de bens produzidos por marcas de qualidade pode acarretar recompensas significativas.

No entanto, assumir o crédito pelo sucesso das atividades de investigação e desenvolvimento alheias ou copiar inovações e avanços tecnológicos desenvolvidos por outros tem um impacto negativo enorme sobre a saúde e a segurança, a estrutura social, a inovação e a atividade económica.

Infelizmente, estudos da OCDE indicaram um aumento substancial da tendência para a falsificação. Entre 2008 e 2013, a falsificação aumentou de 1,9 % para 2,5 % do volume total do comércio internacional, o que representa um valor superior a 460 mil milhões de dólares. A pesquisa realizada pela Frontier Economics alargou esses valores, ao adicionar

a produção e consumo domésticos de bens contrafeitos e a pirataria digital de filmes, música e software, fazendo ascender o valor total dos bens contrafeitos a cerca de um bilião de dólares.

Milhões de postos de trabalho foram suprimidos em todo o mundo, devido aos mercados negros de produtos contrafeitos, e a rendibilidade potencial do comércio ilegal atrai cada vez mais o crime organizado, estimando-se que os custos relacionados com a atividade criminosa ascendam a 60 mil milhões de dólares. Além disso, os trabalhadores locais são explorados, tornando-se participantes involuntários de esquemas de falsificação e pirataria. Finalmente, para os governos, a falsificação significa a perda de receita fiscal, níveis mais elevados de desemprego e de despesas associadas ao cumprimento da legislação antifalsificação, bem como a necessidade de reagir perante ameaças à segurança pública e distorções do mercado de trabalho.

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Fonte | Estimativas da Frontier baseadas em dados da OCDE sobre a falsificação no comércio internacional, relativos a 2013, e em dados da ONU sobre comércio e PIB,

utilizados para realizar estimativas de produção e consumo doméstico. Os dados rela-tivos à pirataria são baseados nas mais recentes fontes do setor industrial (2015).

Problemas com os atuais registos de produtos

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ESTIMATE 2013 2022 (forecast)

Total do comércio internacional em produtos falsificados e pirateados

461 mil milhões USD 991 mil milhões USD

Total da produção e consumo internos de produtos falsificados e pirateados

249 - 456 mil milhões USD 524 - 959 mil milhões USD

Pirataria digital de filmes, música e software 213 mil milhões USD 384 - 856 mil milhões USD

- Pirataria digital de filmes) 160 mil milhões USD 289 - 644 mil milhões USD

- Pirataria digital de música 29 mil milhões USD 53 - 117 mil milhões USD

- Pirataria digital de software) 24 mil milhões USD 42 - 95 mil milhões USD

Valor total de produtos falsificados e pirateados

923 mil milhões USD1,13 biliões

1,90 - 2,81 biliões USD

custos económicos e sociais mais amplos

- Deslocalização da atividade económica legítima

470 - 597 mil milhões USD980 - 1244 mil milhões USD

- Redução estimada do IDE 11 000 mil milhões MUSD 231 000 mil milhões MUSD

- Prejuízos fiscais estimados 96 000-130 000 mil milhões MUSD 1199 000-270 000mil milhões MUSD

-Custos estimados de crime 60 000 mil milhões MUSD 125 000 mil milhões MUSD

Total dos custos económicos e sociais mais amplos

737 000-898 000 mil milhões MUSD 1,54-1,87 biliões USD

Perdas de emprego estimadas 2 - 2,6 mil milhões USD 4,2 - 5,4 mil milhões USD

Crescimento económico precedente na OCDE em 2017

3 mil milhões USD a 54 mil milhões USD

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« Temos vindo a adicionar cada vez mais camadas de confiança, desde sempre.»

a i O falhanço dos certificados físicos

Os certificados físicos foram introduzidos como uma forma de autenticar objetos sem a necessidade de uma avaliação pormenorizada por parte de um perito. No entanto, os certificados físicos exibem diversos pontos vulneráveis.

Há um longo historial de métodos de combate à falsi-ficação por recurso a provas de autenticidade. Um dos exemplos mais antigos serão os selos dos soberanos, utilizados para confirmar a autenticidade de uma men-sagem. Mais tarde, o papel moeda, as obrigações ao portador usadas como ações de sociedade e outros ins-trumentos financeiros negociáveis apresentaram marcas de água com o intuito de evitar a sua falsificação.

Com a passagem do tempo, estes métodos foram subs-tituídos por equivalentes modernos. Tecnologias como a RFID (identificação por radiofrequência), os hologramas e a NFC (comunicação de campo próximo) são, de facto,

– 5 Biggs, John. “The Attack of the SuperFakes.” TechCrunch (blog). December 3rd, 2017. http://social.techcrunch.com/2017/12/03/the-attack-of-the-superfakes/.

Problemas com os atuais registos de produtos

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ferramentas contemporâneas concebidaspara adicionar uma camada de proteção que dificulte a cópia de um produto. Todos os certificados físicos po-dem ser copiados, alguns mais facilmente que outros, pelo que são susceptíveis à falsificação. De igual modo, um certificado físico é, tal como o próprio produto, difícil de autenticar de modo incontestável. Um olhar atento ao mercado de produtos de luxo, em que a falsificação é um problema central, torna evidente que as marcas providenciam pouca ou nenhuma informação que per-mita ao consumidor saber como distinguir um produto genuíno de uma cópia. Cada marca tem a sua própria forma de criar certificados, que não torna pública. Visto serem passíveis de falsificação, os certificados físicos de autenticidade são muitas vezes associados a um número de série. Esse número de série só é útil se puder ser re-ferenciado numa base de dados. O acesso a essas bases de dados é, geralmente, restrito, tendo, por isso, pouca valia para o mercado de produtos em segunda mão.

b i Os limites da avaliação por peritos

A única forma de confirmar a autenticidade de um produto, quando é impossível encontrar a sua origem, é solicitar uma avaliação por um perito. O perito compara os pormenores, os materiais e a mestria na produção do objeto para avaliar a sua autenticidade. Este processo é dispendioso e não é mais fiável que a rede de especialistas da marca. Infelizmente, a realidade é que a maioria das marcas recorre apenas a retalhistas terceiros (por ex., Macy’s, as Galerias Lafayette, etc.), que normalmente não possuem pessoal com formação específica nas marcas. Mesmo uma visita a uma loja da própria marca ou de um seu representante revela que a maioria do pessoal não possui as competências para confirmar, inequivocamente, a autenticidade de um

certificado. Além disso, a multiplicação das chamadas «superfalsificações», cópias realizadas com elevada atenção ao pormenor e mestria de nível superior, demonstra os limites das avaliações por peritos. É cada vez mais difícil distinguir as cópias dos originais.

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Provar a propriedade pre-servando a privacidade doproprietárioA capacidade de provar a propriedade é importante para todos os clientes, visto que isso lhes permite o acesso a serviços como os seguros ou as garantias dos fabricantes. Adicionalmente, protege-os de roubos.

A necessidade de uma prova de propriedade deve ser sempre contrabalançada pela necessidade de manter a privacidade do proprietário, visto que qualquer registo de propriedade o pode identificar como potencial alvo de criminosos.

a i Prova de compraAs reivindicações de propriedade padecem, geralmente, de uma prova de compra, como uma fatura ou recibo. Estes títulos de propriedade são facilmente perdidos, guardados incorretamente ou destruídos, visto não estarem em formato digital (recibo em papel) ou, caso estejam digitalizados, não serem mantidos adequadamente (sem cópias de segurança).

Além disso, estas provas de compra podem ser facil-mente alteradas ou falsificadas. Embora um vendedor original possa verificar os seus registos, um terceiro (comprador em segunda mão, companhia de seguros, etc.) terá de assumir encargos administrativos e cus-tos operacionais elevados para verificar as informações fornecidas por um demandante junto do vendedor, de-signadamente, porque os retalhistas não possuem, em geral, meios para demonstrar a compra por parte de um cliente antigo. Os CRM recolhem dados relativos aos pro-dutos e aos compradores numa base de dados centrali-zada. Sem uma atualização que inclua o nome do novo proprietário, as bases de dados dos CRM são ineficazes.

Saliente-se que a posse de uma prova de compra válida e de um produto é uma prova de propriedade efetiva sem grande valor, visto que o recibo/fatura pode não identificar o comprador.

b i Registo de produtoOutra solução atualmente em vigor é o registo de produto, que algumas marcas já implementaram. Esta solução exige que o proprietário de um produto insira o número de série de um produto, a sua identidade e outras informações relevantes numa base de dados centralizada. Embora esta abordagem ofereça a vantagem de associar a prova de compra a uma identidade, cria problemas adicionais.

Desde logo, coloca a privacidade do cliente em risco. Para conseguir registar a propriedade do produto, o proprietário tem de inserir os seus dados pessoais na base de dados. Estas informações podem ser altamente sensíveis, visto que os burlões e ladrões têm interesse em obter informações sobre a localização de bens valiosos.

Problemas com os atuais registos de produtos

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As atuais soluções de registo de produto também criam incentivos adicionais para os criminosos. Estas bases de dados centralizadas e sem anonimato a nível da marca sãoverdadeiros potes de ouro para piratas informáticos que procuram identificar alvos de roubos/burlas com elevado potencial. Assim, fazem aumentar a probabilidade de pirataria.

Além disso, os clientes não controlam os seus dados. As marcas são, habitualmente, as únicas proprietárias destas bases de dados, e não permitem que os clientes partilhem facilmente o acesso com terceiros.

Por fim, estas soluções oferecem uma fraca portabilidade dos dados. A marca ou o retalhista são responsáveis pelo primeiro registo de um novo produto, no caso do proprietário original. Muitas vezes, é impossível transferir o registo para os proprietários subsequentes, comprometendo assim o mercado de produtos em segunda mão.

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Autorização de terceirosDe modo a assegurar a qualidade da rede de retalhistas e par-ceiros que distribuem ou oferecem serviços relacionados com um produto, as marcas têm de ser capazes de auditar esses agentes e de lhes conceder um estatuto de «autorizado». Este estatuto é um reconhecimento de que cumprem os parâmetros de qualidade, fiabilidade e excelência a que as marcas aspiram.

Embora muitas marcas possuam uma rede de revendedores e empresas de assistência autorizadas, certas empresas que não foram auditadas nem autorizadas podem reivindicar, de modo fraudulento, esse estatuto de autorização, ludibriando pro-prietários incautos. Há uma necessidade evidente de prestar às marcas uma forma universalmente acessível, eficiente em ter-mos de custos e absolutamente inviolável de fornecer os seus selos de aprovação verificados a empresas terceiras legitima-mente autorizadas.

Os vendedores não autorizados causam problemas sérios: afetam negativamente as margens de lucro das marcas e a experiência do cliente. Ao contrário das marcas ou dos retalhistas autorizados, estes revendedores não aprovados não têm os custos indiretos ou operacionais — por exemplo, com publicidade, controlo da qualidade ou serviço de apoio ao cliente — geralmente associados a um negócio legítimo. Em suma, beneficiam da reputação e do valor adquirido que as marcas e os seus representantes autorizados construíram tão cuidadosamente.

Problemas com os atuais registos de produtos

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Problemas com os atuais registos de produtos

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Quando as marcas apresentam os seus produtos, definem os parâmetros utilizados, incluindo cores, expositores, materiais de comunicação atualizados, entre outros. Todos estes se encontram entre os mais importantes pontos de contacto do momento definidor do processo de compra: a experiência em loja. Na perspetiva do cliente, a ativação da garantia tem de ser geralmente realizada por intermédio de um retalhista oficial, de modo a ser aprovada pelo departamento de apoio ao cliente de uma marca. Em casos que envolvem artigos de elevado valor, os custos de reparação associados – se necessários – terão de ser igualmente negociados entre estas duas partes.

As marcas precisam de uma forma mais eficaz de comunicar aos seus clientes o estatuto de «autorizado» de um terceiro. Os clientes só podem beneficiar de tal esforço, visto contarem-se entre as vítimas mais afetadas por terceiros sem escrúpulos.

Dados do histórico do pro-dutoA recolha de dados do histórico do produto é difícil e dispendiosa devido à quantidade de agentes envolvidos, desde revendedores a fornecedores de serviços, incluindo companhias de seguros, e autoridades locais, como as responsáveis pela aplicação da lei.

Esta situação conduz a dados do histórico do produto pouco completos, afetando negativamente a produtividade das empresas e a experiência do cliente.

a i Perda de tempo na pesquisa do histórico de produto por parte do serviço de apoio ao cliente

A falta de registos facilmente acessíveis relativos às ocor-rências pós-venda de um produto (reparações, manutenção, etc.) perturba o trabalho dos departamentos de apoio ao cliente das marcas. Os agentes de apoio ao cliente tendem a passar uma grande parte do tempo a investigar o historial de um produto e a registar factos relevantes.

Estas horas representam um encargo desnecessário para os funcionários dos serviços de apoio. Isto conduz a uma perda de produtividade que poderia ser facilmente resolvida por melhores sistemas de manutenção de registos. Tem igualmente um impacto fortemente negativo sobre a qualidade da experiência do cliente, visto que este passa mais tempo a ser «questionado» que servido.

b i Falta de uma ligação duradoura entre marca e proprietário

A ausência de uma ligação entre a marca e os seus produtos significa que aquela não está, normalmente, ao corrente de acontecimentos importantes no histórico de um proprietário ou, mais grave ainda, perde o contacto com o proprietário, na eventualidade de uma transferência de propriedade. Por

conseguinte, as marcas sentem dificuldades na identificação de acontecimentos que poderiam criar oportunidades de vendas adicionais ou cruzadas e estabelecem uma comunicação de saída com o proprietário.

Saliente-se ainda que estas informações são habitualmente registadas sem o conhecimento do consumidor e sem grande divulgação de como poderão ser utilizadas.

Existe uma necessidade de informações completas e exatas sobre o histórico dos produtos, que possam ser registadas sem grandes custos após a compra. No entanto,o proprietário deve ter a possibilidade de manter o controlo absoluto sobre o modo como essas informações são partilhadas, bem como sobre os eventuais destinatários.

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Problemas com os atuais registos de produtos

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– 6 “Fake Apple Store in China so Convincing That Even Its Staff Are Fooled | Daily Mail Online,” 22 of july 2011. http://www.dailymail.co.uk/news/article-2016885/Fake-Apple-store-China-convincing-staff-fooled.html.

– 7 “E-Commerce Fraud Rising, Report Warns.” Inside Retail Asia (blog), December 13, 2017.https://insideretail.asia/2017/12/13/e-commerce-fraud-rising-report-warns/.

embora importante, representa um desafio à capaci-dade de uma empresa se adaptar enquanto mantém o seu poder no mercado. Tendo em conta esses aconte-cimentos e a ausência de melhores práticas partilhadas pelas empresas, a União Europeia decidiu dar um passo em frente em matéria de governação de dados, execu-tando o Regulamento geral sobre a proteção de dados (RGPD), um regulamento europeu que visa reforçar e uniformizar a proteção de dados das pessoas singulares que habitam na União Europeia. Quando entrar em vigor, em maio de 2018, regulará igualmente a exportação de dados pessoais para fora da UE. O RGPD visa restituir o controlo sobre os dados pessoais aos cidadãos e resi-dentes, uniformizando a aplicação do direito a nível da UE. Tendo em conta os riscos atuais, este tipo de regula-mento tenderá a tornar-se mais recorrente e as empre-sas terão de cumprir com as suas obrigações.

c i Regulamento sobre a proteção de dados e cibercrime

A escala das violações de dados é gigantesca. Todos os dias, quase cinco milhões de conjuntos de dados são perdidos ou roubados. Isto significa que, a cada segun-do, 57 registos são afetados.

O aumento das violações de dados registado nos últimos anos fez multiplicar os debates sobre quem deve assu-mir a responsabilidade de cuidar dos dados globais. Os indivíduos ouvem todas as semanas que os seus dados pessoais foram comprometidos, ao passo que as corpo-rações e as marcas se apercebem do quão vulneráveis estão perante piratas informáticos que os desejem pre-judicar a nível financeiro e de reputação.

Os piratas informáticos mal intencionados sabem como explorar as falhas de segurança dos softwares, e, mes-mo com o apoio dos mais reputados especialistas em cibersegurança, as empresas só podem agir depois de consumadas essas quebras de segurança. A legislação,

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Proposta de valor da Arianee

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O blockchain da Arianee complementa perfeitamente as or-ganizações, processos e tecnologias, como RFID, hologramas, NFC e todos os mecanismos de identificação que já trabalham para organizar dados de produtos de forma económica e uni-

versalmente acessível e para combater a falsificação.

E nquanto estes se centram em soluções de hardware, a contribuição da Arianee irá fornecer um protocolo totalmente universal que permite a correspondência de todos os bens em todos os mercados. Os criadores de soluções de hardware não perderão qualquer valor; na verdade, as suas atividades serão complementadas. O valor primário adicionado por

um protocolo aberto como o da Arianee é a sua capacidade de dar a toda a humanidade a oportunidade de colaborar a um único nível, sem hardware específico. Note que, num mundo em que a tecnologia é centralizada, a autenticidade só pode ser assegurada pelo proprietário do sistema, uma situação que, só pela sua natureza, prejudica a confiança.

Com a Arianee, qualquer um pode verificar a autenticidade de um produto de forma simples e confiante, através de um smartphone. Isto oferece uma oportunidade única de criar confiança entre marcas, proprietários e todas as outras partes envolvidas sem remover o valor adicionado, a nenhum nível. Mas mais que isso, cria novas oportunidades no mercado existente, especialmente para as marcas, com aquilo que designamos de Smart-Link Marketing, que cria uma ligação revolucionária entre os produtores e os atuais proprietários dos bens que produzem. Existe também o benefício do valor adicionado, tanto para as marcas como para os seus clientes, quando a autenticidade de um recurso pode ser verificada de modo fiável pela Arianee.

Para proprietários

a i Proteção

• Confiança em transações

Proteger a propriedade de um proprietário começa por assegurar que o produto que este compra é autêntico e que o vendedor está autorizado a vender o bem em questão. Embora todos tenhamos provas da nossa boa fé (faturas, cartões de garantia, etc.), os usurpadores sabem como manipular documentos físicos para os fazer parecer reais. Enganam os compradores, fazendo-os pensar que estão a comprar um recurso autêntico. Mesmo os compradores mais sofisticados e precavidos podem ser enganados e acabar com recursos roubados ou falsificados em mãos. Só aceitamos a responsabilidade por nós próprios, mas navegar num oceano cheio de armadilhas adiciona stress e incerteza às nossas vidas.

O certificado Arianee vai criar uma confiança irrefutável entre proprietários e terceiros, uma vez que é suportado por um blockchain descentralizado, transparente e inalterável que o torna impossível de falsificar e fácil de ser verificado por qualquerum.

A Arianee está aqui para o ajudar a enfrentar esses desafios com confiança, através da criação do seu certificado de blockchain para cada recurso único. Além disso, o blockchain

da Arianee irá listar o histórico de serviço do produto assegurando que o proprietário atual fez a manutenção adequada do produto.

• Itens perdidos e proteção contra roubo

OS atuais sistemas de perdidos e achados são imperfeitos porque os objetos não podem ser facilmente identificados numa base de dados. Ter uma fonte de referência única que pode ser utilizada para verificar o estado legal e de propriedade de recursos valiosos irá restituir um produto roubado ao seu devido proprietário de forma mais rápida e eficiente.

Além disso, se um recurso valioso estiver registado no blockchain da Arianee, o roubo tornase infrutífero. Nesse cenário, um roubo resumir-se- ia a uma única opção: vender o item a alguém que trafique intencionalmente bens roubados. Quando a Arianee estiver a funcionar em pleno, o comprador de um produto deste tipo estará a assumir uma responsabilidade ética e moral, bem como a correr um risco legal.

Os roubos de designados dispositivos conectados já se tornaram fúteis graças à possibilidade do proprietário desativar um telemóvel ou tablet roubado, de modo a que setorne inútil para qualquer outra pessoa. Um certificado de propriedade da Arianee irá adicionar mais um nível de proteção a estes produtos «conectados», mas irá também reduziro caráter apelativo do roubo e minar significativamente o mercado de bens roubados.

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Para marcas

a i A luta contra a falsificaçãoOs certificados Arianee representam um marco digital para produtos de marcas originais. A autenticidade de produtos fí-sicos associados a certificados é verificada porque a certifica-ção é imutável e não pode ser falsificada ou comprometida. Estas verificações digitais de autenticidade estão acessíveis numa única localização comum a toda a gente, em qualquer lado, e em qualquer altura.

Ao produzir uma representação digital de um recurso, a Arianee liga a propriedade a uma rede, ligando assim o re-curso a software. O valor do recurso é transferido do objeto físicopara o seu certificado digital de autenticidade.

Um certificado Arianee oferece às empresas, marcas e insti-tuições um nível adicional de proteção, o que complementa e reforça as suas outras soluções contra falsificação, como RFID ou números de série.

As nossas marcas dizem-nos que estão a ter um insucesso dramático e

basta-nos ir aos seus Web sites para ver a pro-liferação de falsificações,

todos os dias.8

Juanita Duggan | CEO da American Apparel and Footwear Association

b i Propriedade de dadosHoje em dia, as empresas tendem a ser agnósticas no que respeita a canais. Quer estes representem uma plataforma de redes sociais, um motor de pesquisa, ou um Web site de terceiros, as empresas constroem funis de marketing que conduzem os clientes a onde estas pretendem. No processo, os clientes passam por inúmeros controladores que recolhem os seus dados pessoais. Os intermediários armazenam então o histórico de navegação e analisam o seu comportamento. Esses intermediários nunca disponibilizam provas da sua própria autenticidade ou da sua boa fé. Podem oferecer um determinado nível de know-how, mas, na verdade, não têm relações diretas com as marcas/produtores.

Está na altura de os clientes obterem novamente o

controlo dos seus dados.

A tecnologia de blockchain da Arianee irá proteger os consumidores da exposição a estes controladores ocultos não autorizados. Estes serão livres de construir as relações que pretendem com as marcas que escolhem sem ter de revelar os seus dados pessoais involuntariamente.

c i ConfortoA Arianee é uma plataforma agnóstica no que respeita a mar-cas, em que os clientes podem facilmente registar todos os seus produtos num único local. Estes podem também arma-zenar documentos relacionados com um produto registado. Cada recurso pode ser ligado a conteúdo como os termos e condições de uma venda, um contrato de garantia, instru-ções, a descrição de um produto, vídeos, fotografias, etc. A Arianee é o repositório de um proprietário para toda a infor-mação relacionada com os seus pertences de valor.

Este repositório irá reduzir custos e facilitar significativamente a partilha de informação com terceiros como, por exemplo, em caso de reivindicações de seguros. Na verdade, o adventodo certificado Arianee irá otimizar os processos nas compan-hias de seguros. A prova irrefutável de autenticidade e pro-priedade de um produto irá reduzir o trabalho burocrático e poupar tempo. Se a sua propriedade se perder ou for rou-bada, poderá receber compensação da sua companhia de seguros numa questão de minutos.

Proposta de valor da Arianee

03

– 8 “U.S. Online Fraud Attempts Increase 22 Percent during 2017 Holiday Shopping Season.” ACI Worldwide. Accessed February 20, 2018.https://www.aciworldwide.com/news-and-events/press-releases/2018/january/us-online-fraud-attempts-increase-22-percent-during-2017-holiday-shopping-season.

17

Proposta de valor da Arianee

03

Hoje, quando alguém compra um relógio, não sabemos quem são os compradores porque temos os revendedores pelo meio.9

François - Henry Bennahmias | CEO da Audemars Piguet

c i Proteção contra atividades paralelas e mercados cinzentos

A Arianee irá permitir que as marcas monitorizem os seus produtos nos sentidos ascendente e descendente na cadeia de fornecimento seja durante o processo de fabrico nas fábricas dos subcontratados ou como distribuidores.

Um dos maiores problemas que as marcas enfrentam está relacionado com as atividades paralelas dos subcontratados durante as horas fora de expediente e através da produçãoem excesso. Estas fábricas produzem produtos genuínos não autorizados e revendem-nos no mercado negro. O protocolo Arianee irá evitar estas atividades paralelas, uma vez que

d i Eficiência no apoio ao clienteOs serviços de apoio ao cliente precisam de um histórico exato de um produto de modo a solucionar eventuais problemas experienciados pelos clientes. Uma parte significativa do tempo de um agente responsável pela relação com o cliente é passado a rastrear o histórico do produto.

Com o protocolo Arianee, um cliente pode conceder acesso instantâneo a informação precisa sobre o seu produto. Isto permite ao agente de apoio ao cliente prescindir do trabalhoso questionário a que um cliente tem de ser sujeito e concentrar-se, em vez disso, na relação com o cliente.

Jean-Claude Biver | Diretor da Divisão de relógios da LVMH

No que respeita abens de luxo, quando se quebra a ilusão de prestígio, o son-ho, os preços, a confiança desaparece. Isto significa

uma morte lenta para bens de luxo.11

– 9 Gemalto. “Data Breach Statistics by Year, Industry, More.” Breach Level Index.http://breachlevelindex.com.

– 10 It is common for Chinese consumers to dodge the high price of luxury goods in their own country by buying them on so-called daigou websites: a shopper might buy a handbag in Europe, then resell it on one of these web-sites for more than the European retail price but less than the Chinese one

– 9 Gray Market Has Become a Necessary Evil for Luxury Watchmakers.” Reuters, April 13, 2017. https://www.reuters.com/article/us-swiss-watches-grey-market/grey-mar-ket-has-become-a-necessary-evil-for-luxury-watchmakers-idUSKBN17E2E8.

b i Manter a ligação com o proprietário

De modo a maximizar o seu acesso aos mercados, as marcas recorrem à venda em massa e a revendedores online. Estes intermediários criam uma barreira entre as marcas e os seusclientes. Embora os revendedores conheçam geralmente os seus clientes mais leais, regra geral, estes não partilham as suas próprias bases de dados. Isto é compreensível, mas adeterminada altura, um negociante pode querer captar a atenção de um grupo de clientes em particular para um lançamento especial ou um produto de edição limitada.

Mesmo no caso de vendas diretas, as marcas podem perder o rasto ao proprietário final. Por exemplo, intermediários informais que importam bens de luxo ilegalmente para os países com tarifas altas evitam qualquer tentativa de criar conhecimento de clientes ou interagir com eles. O fenómeno bem documentado da empresa chinesa daigous é um exemplo perfeito destes intermediários informais.

Graças ao Arianee SmartLink, as marcas terão acesso instantâneo à informação de propriedade dos seus produtos registados, como um cartão VIP. Isto permite que uma marca se dirija à base de potenciais clientes ideal para um produto raro ou incomum e desenvolva uma experiência altamente pessoal e significativa em loja, tanto para a marca como para o proprietário.

não será possível reproduzir um certificado falso.

Ao longo da cadeia de fornecimento, de modo a manter uma determinada qualidade de serviço na distribuição, as marcas concedem um estatuto de «revendedor autorizado» aos revendedores que acordam respeitar determinadas restrições. Estes revendedores recebem frequentemente uma entrega antecipada de modelos especiais ou mesmo distribuição exclusiva. Alguns destes comerciantes revendem de forma fraudulenta a revendedores não autorizados no mercado cinzento, que não respeitam a qualidade do serviço e as restrições de preços impostas pela marca. Graças à rastreabilidade dos produtos, a Arianee irá permitir identificar a origem destes produtos de mercado cinzento e restringir fornecimentos.

18

Proposta de valor da Arianee

03

Para terceiros

a i RevendedoresA reputação é um fator importante para os revendedores e prestadores de serviços, uma vez que comprova a qualidade dos seus serviços e a integridade da sua mão-de- obra. No entanto, as reputações são hoje influenciadas pelas críticas publicadas numa variedade de plataformas. Nestas, existe uma grande probablidade de existirem críticas tendenciosas que não são verificadas e, como tal, não podem ser evitadas de modo eficiente.

A Arianee irá permitir que prestadores de serviços externos recolham críticas de clientes que provem que utilizaram efetivamente os serviços prestados por estes.

Além disso, os revendedores poderão facilmente contactar clientes antigos graças aos canais de comunicação abertos pela plataforma Arianee. Isto irá permitir-lhes enviar men-sagens ou responder a pedidos de informação de antigos ou potenciais clientes.

b i PeritoOs peritos externos podem fornecer certificação de auten-ticidade e uma apreciação do valor de um produto. Estes serviços podem ser publicitados aos proprietários e marcas diretamente na plataforma Arianee.

Além disso, as suas avaliações de peritos armazenadas no blockchain da Arianee beneficiam da mesma rastreabilidade e garantia de origem de todos os recursos no blockchain Arianee. Estas são também protegidas pelo mesmo nível de segurança que todos os certificados recebem no blockchain Arianee.

c i Terceiros enriquecedores

• Fornecedores de soluções de tecnologias de informação

Os fornecedores de soluções de tecnologias de informação (TI) serão a ponte necessária entre os sistemas legados de TI e o blockchain da Arianee. Estes irão criar a interface paraque as marcas e outros envolvidos possam interagir com o blockchain Arianee.

Graças ao protocolo Arianee, os fornecedores de soluções de TI serão capazes de oferecer às marcas um novo serviço de «Gestão de relação com o proprietário». Este novo servi-ço irá oferecer painéis de análise e outras ferramentas para gerir a relação de uma marca com os proprietários dos seus produtos.

• Seguro

Enquanto muitos envolvidos possam beneficiar da utilização da plataforma Arianee, o setor dos seguros é provavelmente o po-tencial beneficiário mais óbvio.

As companhias de seguros irão, por exemplo, ser capazes de processar as reivindicações dos seus clientes de forma muito mais eficiente. O blockchain da Arianee irá permitir-lhes com-provar a autenticidade e propriedade de um sinistrado e verificar os custos exatos de reparação ou de substituição conforme in-dicado por um revendedor externo ou da marca.

A informação armazenada no blockchain da Arianee pode tam-bém permitir às seguradoras ou a outras organizações de pre-venção de fraudes monitorizar possíveis fraudes de seguros. O rastreamento do histórico de um recurso irá permitir-lhes iden-tificar casos de fraude, antes e depois de uma reivindicação ter sido processada.

19

Os percursos deutilizador da Arianee

04

A plataforma Arianee serve três tipos de utilizadores: os proprietários, as marcas e um conjunto diversificado de terceiros. Nesta secção, iremos explorar os percursos dos dois principais grupos de utilizadores: os proprietários e as marcas. Estes percursos de utilizador devem ser entendidos como exemplos simplificados e não como descrições de toda a

complexidade da plataforma Arianee.

Proprietário a i Criar um Vault

A primeira ação de um proprietário na plataforma Arianee será criar um Vault. O Vault é um repositório seguro e adequado para todos os produtos do proprietário. O proprietário será convidado a criar uma chave privada, que garantirá o acesso seguro ao Vault. Durante a criação, será gerada uma chave pública do Vault, que é o seu endereço.

Ação-chave:

• ●Criar um Vault, gerando uma chave pública e criar uma chave privada para efeitos de segurança.

Proposta de valor-chave:

O Vault é um repositório adequado para todos os produtos do proprietário.

20

b i Adicionar um Smart-Asset (Recurso inteligente)

O segundo passo do proprietário será criar um smart asset, registando um produto e adicionando-o ao Vault. A criação de um smart asset dará igualmente origem ao primeiro certificado no histórico de recursos inteligentes: um certificado de propriedade. Este certificado de propriedade é uma prova única e não falsificável do direito à propriedade do produto.

Em alternativa, o proprietário pode receber o smart asset diretamente do retalhista ou da marca à qual efetuou a compra do produto. O produto pode vir acompanhado de algum histórico adicional de factos, associados ao mesmo antes da compra.

Ações-chave:

• Registar um produto, criando um smart asset e adicionando-o ao vault.

• A criação de um smart asset dá origem a um certificado de propriedade, prova de propriedade legítima do produto.

Proposta de valor-chave:O smart asset é uma prova de propriedade não falsificável.

c i Autenticação de objetos junto da marca

Os percursos deutilizador da Arianee

04

O proprietário pode solicitar uma certificação de autenticidade junto da marca. Assim que a marca confirmar que o produto associado é autêntico, será adicionado um certificado de autenticidade ao smart asset e a marca poderá anexar automaticamente toda a documentação relevante.

O certificado de autenticidade é associado à marca por intermédio de um smart link, que permite à marca comunicar com o proprietário enquanto o certificado de autenticidade for válido. O proprietário pode optar por partilhar atualizações do histórico do smart asset com a marca.

Ações-chave:

• Partilhar a identificação de um smart asset com a marca fabricante.

• Receber um certificado de autenticidade.

Proposta de valor-chave:

Um smart asset certifica a autenticidade de um produto.

d i Contratar um seguro para os smart assets

O proprietário pode escolher contratar serviços a terceiros. Examinaremos, aqui, o exemplo dos seguros.

Para contratar um seguro, o proprietário começará por conceder à companhia de seguros o «acesso de leitura» de todo o Vault ou de smart assets específicos. O segurador utilizará o certificado de propriedade e o certificado de autenticidade para estimar o valor dos produtos a assegurar e calcular o respetivo prémio.

Ações-chave:

• Conceder o «acesso de leitura» a um terceiro.

• Autorizar o terceiro a adicionar um acontecimento de histórico de produto ao smart asset.

Proposta de valor-chave:

Facilita a partilha de informações sobre o produto com um prestador de serviços externo.

21

Os percursos deutilizador da Arianee

04

e i Obter uma apreciação do smart asset

O proprietário está a ponderar vender o produto e decide obter uma apreciação do mesmo por parte de um perito, para ter uma estimativa mais aproximada do preço de venda. Procura um perito externo que tenha realizado o processo de validação Arianee ou que tenha recebido uma delegação por parte de uma marca verificada.

O proprietário partilha o acesso ao smart asset com o perito, a quem é, então, concedido o direito de adicionar um carimbo de apreciação ao recurso. Assim que a apreciação estiver concluída, o proprietário pode escolher partilhar a informação com a companhia de seguros, de modo a atualizar o valor do prémio.

Ações-chave:

• Encontrar um perito na comunidade Arianee.

• Verificar a reputação do perito junto dos seus clientes.

• Conceder o «acesso de escrita» ao perito externo, que pode adicionar um certificado de apreciação ao smart asset.

• Partilhar informações automaticamente entre terceiros.

Proposta de valor-chave:

• A comunidade Arianee de terceiros potencia o blockchain para fornecer serviços melhorados aos proprietários.

• Transferência automática de informações entre terceiros.

f i Manutenção para o produtoO proprietário deseja realizar a manutenção do produto antes de o vender, de modo a aumentar a probabilidade de venda. A fim de manter a garantia, a manutenção deve ser realizada por um revendedor autorizado pela marca. O relojoeiro local do proprietário alega estar autorizado pela marca. O proprietário verifica o estatuto de autorizado do relojoeiro no blockchain da Arianee e concede-lhe o «acesso de escrita» para que adicione um evento de manutenção ao smart asset.

Ação-chave:

• Verificar o estatuto de autorizado.

• Conceder acesso de escrita.

Proposta de valor-chave:

• As provas imediatas e não falsificáveis de estatuto de autorizado protegem o proprietário de retalhistas sem escrúpulos.

• ●Provas da manutenção efetuada.

g i Receber mensagens da marca

Visto que o revendedor autorizado partilha informações com a marca fabricante, esta utiliza o seu smart link associado ao certificado de autenticidade para enviar uma mensagem ao proprietário. Essa mensagem informa o proprietário da disponibilidade da nova coleção de acessórios para o produto.

Ações-chave:

• Partilhar informações entre terceiros e marcas.

• ●Criação de um canal de comunicação ligado diretamente ao proprietário.

Proposta de valor-chave:

• Abertura de um canal de comunicação com o proprietário graças ao certificado de autenticidade.

• A marca recebe informações sobre o percurso do proprietário.

22

Os percursos deutilizador da Arianee

04

h i Vender o produto a outra pessoa

O proprietário encontrou um comprador. Para transferir a propriedade do produto, o proprietário apenas necessita do endereço público do Vault do comprador. No entanto, para evitar fraudes, as duas partes criarão um smart contract (contrato inteligente), que transferirá o certificado de propriedade apenas após a receção do pagamento. Até esse momento, o certificado de propriedade manter-se-á bloqueado. Assim que o smart asset tiver sido efetivamente transferido, o novo proprietário continuará a poder consultar acontecimentos passados, mas os dados sensíveis são encriptados para proteger a privacidade do antigo proprietário.

Ações-chave:

• Transferir o certificado de propriedade de um Vault para

outro.

• Criar um smart contract que condiciona a transferência do certificado de propriedade à receção do pagamento.

Proposta de valor-chave:

• Confiança nas transações.

• Prevenção de frades.

Percurso da marca a i Registar-se como marca verificadaA primeira ação de uma marca será realizar o processo de verificação de marcas da Arianee, para se registar como marca verificada. Embora qualquer pessoa possa conceder um carimbo de perito que comprove a autenticidade de um smart asset, os certificados smart authenticity (autenticidade inteligente) apenas podem ser fornecidos pela marca fabricante. Os certificados smart authenticity concedem à marca verificada um acesso especial ao proprietário, e aquela pode receber alertas relacionados com determinados tipos de acontecimentos do smart asset.

Ações-chave:

• Registar-se como marca verificada, realizando o processo de verificação de marcas da Arianee.

Proposta de valor-chave:

• Processo de verificação para assegurar que os certificados

de autenticidade emitidos são genuínos.

b i Iniciar o data hub da marcaAssim que a marca receber o estatuto de verificada, pode iniciar o seu data hub. O data hub é o centro das interações da marca com a plataforma Arianee. O data hub é composto por três módulos principais:

• O Registo de produtos, onde a marca mantêm o registo de todos os objetos para os quais forneceu certificados de autenticidade;

• O Centro de comunicação, através do qual a marca pode comunicar com os proprietários dos produtos aos quais concedeu certificados de autenticidade;

• O Sistema de gestão de retalhistas autorizados, pelo qual a marca pode interagir com a sua rede de retalhistas autorizados.

Ações-chave:

• Ligar-se ao data hub.

Proposta de valor-chave:

• Centro de dados para os produtos da marca e a comunicação com os proprietários e a rede de retalhistas.

23

Os percursos deutilizador da Arianee

04

c i Fornecer um certificado de autenticidade

Mediante pedido do proprietário de um produto, a marca pode fornecer um certificado de autenticidade. O certificado não falsificável abre uma ligação direta entre a marca e o proprietário do produto. O produto passa a estar incluído no registo de produtos da marca.

Ações-chave:

• Fornecer um certificado de autenticidade para um produto.

Proposta de valor-chave:

• Prevenção da falsificação.

• Criação de uma ligação direta entre a marca e o proprietário do produto.

d i Conceder o estatuto de autorizado a um retalhista

Uma marca verificada pode conceder um estatuto de auto-rizado a um retalhista. Isso fornece um selo de legitimidade ao retalhista. Os proprietários podem verificar o estatuto de autorizado de um retalhista no blockchain antes de uma compra ou da prestação de outro serviço. O retalhista auto-rizado é incluído na lista do sistema de gestão de retalhistas autorizados.

Ações-chave:

• Conceder o estatuto de autorizado a retalhistas.

Proposta de valor-chave:

• Gestão da rede de retalhistas autorizados da marca.

e i Comunicar com um proprietárioA marca envia uma mensagem a todos os proprietários dos seus produtos, convidando-os para uma venda privada ex-clusiva.

Ações-chave:

• Enviar uma mensagem aos proprietários de produtos constantes do registo da marca.

Proposta de valor-chave:

• Manutenção de um canal de comunicação com os proprietários dos produtos, independentemente de futuras alterações de propriedade.

f i Analisar o registo de produtosA marca deseja enviar uma mensagem sobre os acessórios que irá lançar brevemente a um subconjunto de proprietários. A marca consulta o seu registo de produtos para identificar todos os proprietários registados que compraram um determinado modelo há mais de um ano e envia-lhes uma mensagem.

Ações-chave:

• Analisar o histórico completo de um produto

Proposta de valor-chave:

• Identificação de acontecimentos chave para oportunidades de vendas adicionais ou cruzadas.

• Identificação de macrotendências no histórico de um produto.

g i Controlar a rede de retalhistas autorizados

A brand has been made aware that some of their products are on sale on the grey market. They investigate where these products comes from. They find the smart-asset of one or several products on sale in this marketplace and search for them in their product registry to identify which retailer sold these products to the grey market.

Ações-chave:

• Analisar dados sobre retalhistas autorizados para identificar eventuais abusos.

Proposta de valor-chave:

• Prevenção de vendas no mercado cinzento.

• Manutenção de uma experiência de cliente uniforme em toda a rede de retalhistas da marca.

24

Protocolo Arianee

05

O ecossistema Arianee

T odas as interações entre utilizadores são realizadas por intermédio de smart links. Todos os smart links são registados no blockchain da Arianee; no entanto, a privacidade do utilizador é respeitada, graças à chamada tecnologia de provas de conhecimento-zero. Basicamente, uma prova de conhecimento-zero é um processo que

permite demonstrar a veracidade de uma determinada declaração, sem revelar quaisquer informações além das que se pretende comprovar.

O protocolo Arianee completo é construído para três gru-pos de utilizadores:

• Proprietários de produtos, • Marcas,

• Terceiros.

Cada tipo de utilizador interage com a plataforma Arianee utilizando uma API dedicada:

• O vault, para os proprietários de produtos,

• O data hub, para as marcas,

• O conjunto de ferramentas da comunidade, para os terceiros.

25

Protocolo Arianee

05

Proprietários Os proprietários são os principais utilizadores da plataforma Arianee. Registam os seus produtos como smart assets nos respetivos vaults, seja efetuando por si mesmos o registo do produto, seja tomando posse do smart asset de outro proprietário, de uma marca ou de um retalhista. Os proprietários podem enriquecer os smart assets com certificados e carimbos fornecidos pelas marcas ou peritos externos. Alguns exemplos são os certificados de autenticidade fornecidos pelas marcas, os carimbos do histórico de manutenção fornecidos por peritos externos, etc.

a i Criar o Vault do proprietárioO vault é um repositório online, de utilização simples, onde os proprietários podem registar todos os seus produtos e documentação conexa, sem encargos. Trata-se, na verdade, do portefólio de produtos de um proprietário. O Vault recorre a pseudónimos, o que permite uma maior segurança, visto que os proprietários podem escolher não fornecer a sua verdadeira identidade.

Os proprietários podem criar facilmente um vault, gerando uma chave pública (o endereço do Vault) no blockchain e uma chave privada (a chave de desencriptação secreta do Vault).

As informações introduzidas pelos proprietários são armazenadas no blockchain da Arianee, assegurando que não podem alteradas por ninguém. O blockchain da Arianee é privado, por definição. Todos os dados são encriptados para proteger a privacidade do proprietário e a integridade da informação armazenada no blockchain é certificada pelo protocolo de provas de conhecimento-zero.

O Vault do proprietário é concebido para respeitar os mais recentes requisitos legais em matéria de privacidade, como o Regulamento Geral sobre a Proteção de Dados (RGPD). O RGPD foi adotado pela União Europeia com o intuito de melhorar e uniformizar a proteção dos dados dos cidadãos dos seus Estados-Membros. Abrange igualmente a exportação de dados pessoais para fora da UE e pretende dar aos residentes na União o controlo sobre os seus dados, simplificando, simultaneamente, o quadro regulamentar para os negócios internacionais. O regulamento foi adotado em abril de 2016 e entrará em vigor em 25 de maio de 2018. O protocolo Arianee é, desde a conceção, conforme com o RGPD: os utilizadores são anónimos, nunca são registados dados pessoais no blockchain e os utilizadores (quer os proprietários quer as marcas) controlam o acesso a todos os seus dados.

b i Criar Smart Assets“Os Smart assets podem ser descritos como os principais objetos no protocolo Arianee. São uma representação única do produto de um utilizador no blockchain. Um smart asset tem, pelo menos, um número de série, uma chave pública da marca, uma data de emissão, um proprietário e um estado de propriedade (detido, perdido, roubado, destruído, expirado). Os proprietários podem registar os seus produtos no blockchain da Arianee e armazená-los em segurança nos seus Vaults. Cada

recurso está associado a uma identificação única e imutável. Embora o blockchain da Arianee seja acessível a qualquer um, toda a informação, incluindo smart assets, é encriptada utilizando métodos de encriptação comprovados pelo tempo, para proteger a privacidade do proprietário.

Cada smart asset da Arianee contém um registo que enumera todos os acontecimentos relacionados. Os acontecimentos consistem em dados estruturados, incluindo uma data, um tipo, um emissor e metadados.

Há três tipos de acontecimentos relacionados:

• Certificados de propriedade, que apenas podem ser concedidos mediante uma alteração da propriedade,

• Certificados de autenticidade concedidos por marcas e peritos externos verificados,

• Tags (etiquetas), que refletem outros eventos no histórico do smart asset. Estas podem ser registadas por qualquer utilizador com acesso ao vault.

c i Transferir a propriedade de um smart assetQuando um recurso da Arianee é criado, o respetivo proprietário detêm-no em exclusivo. Graças ao blockchain, apenas o proprietário pode ativar funcionalidades principais, como, por exemplo, as transferências. Um recurso transferido é bloqueado para sempre, e o antigo proprietário não pode recuperar o direito ao mesmo. Nem o emissor, nem o antigo proprietário, nem mesmo a equipa Arianee podem alterar este estado, garantindo, assim, a confiança em todo o ecossistema.

d i Smart link: acesso de leituraOs proprietários podem conceder o acesso à leitura dos dados associados aos recursos nos seus Vaults a terceiros ou a marcas. Esta operação permite aos proprietários partilhar determinadas informações sobre recursos selecionados ou sobre todos os recursos armazenados nos seus Vaults.

e i Smart link: empréstimo de smart assetsAlgumas utilizações exigem, em vez de uma transferência definitiva, uma forma de emprestar recursos (mercado, assistência pós-venda, etc.) durante um determinado período. Um proprietário terá a possibilidade de emprestar um artigo com diferentes critérios (duração total, duração mínima, etc.) e manter a propriedade efetiva. Tal ajudará a definir novas utilizações e construir um ecossistema global com outras partes.

f i Smart link: delegaçãoOs proprietários podem delegar a sua autoridade numa marca ou terceiro e permitir que realizem operações. Esta ação é a funcionalidade que permite a criação de smart contracts e aplicações descentralizadas no blockchain da Arianee.

26

Protocolo Arianee

05

MarcaAs marcas têm de passar pelo processo de verificação para que lhes sejam concedidos poderes reservados a marcas verificadas. As marcas emitem certificados smart authenticity (autenticidade inteligente), o que lhes permite manter contacto com o proprietário atual de um produto certificado. As marcas podem enviar mensagens ao proprietário por intermédio do certificado smart authenticity. Podem também delegar a certificação a outras partes relevantes, incluindo peritos, retalhistas e qualquer terceiro que possa enriquecer o estatuto da marca.

a i Iniciar o data hub da marcaApenas as marcas verificadas podem emitir certificados smart authenticity. Estas marcas passam por um processo de verificação para garantir que detêm os direitos legais de representação da marca.

O data hub é o centro das interações entre as marcas e a plataforma Arianee. Este disponibiliza análises da vida dos produtos em três módulos principais:

• O Registo de produtos, em que as marcas gerem objetos autenticados;

• O Centro de comunicação, onde as marcas tentam contactar os proprietários de produtos;

• O Sistema de gestão da rede de distribuição, em que as marcas interagem com as suas redes de distribuição.

b i Smart link: Smart authenticityA Smart Authenticity tem um papel especial no protocolo Arianee. A autenticidade é o cerne da proposta de valor da Arianee. As marcas verificadas podem conceder certificados de autenticidade a produtos armazenados num vault, a pedido do proprietário. Enquanto a autenticidade for válida, a marca mantém um canal de comunicação aberto com o proprietário do produto, independentemente de futuras alterações de propriedade.

As marcas verificadas são os responsáveis finais pela verificação da autenticidade dos objetos que produzem. Por conseguinte, as marcas devem ter uma relação especial com os proprietários. As marcas podem emitir certificados de autenticidade dos objetos dos proprietários, seja no momento da venda ou mediante pedido posterior do proprietário. Apenas a marca autorizada pode confirmar que a chave pública de um certificado pertence, de facto, à marca.

c i Smart link: comunicação da marcaAs marcas que emitem certificados smart authenticity têm a possibilidade única de comunicar com o certificado e, por associação, com o proprietário de um artigo. Devido às características da Arianee, o emissor poderá enviar mensagens ao atual proprietário de um certificado, mesmo que este não seja o comprador inicial.

Esta possibilidade de comunicação permite às marcas manter uma ligação com os proprietários dos produtos ao longo da vida útil destes, algo que é atualmente quase impossível. Pela primeira vez na história, proprietários e marcas poderão estabelecer uma ligação, mesmo que não se conheçam mutuamente. Devido ao estado assíncrono do blockchain, os proprietários terão a possibilidade de escolher os tipos de mensagens que desejam receber. Tal evitará o spam, reforçará a confiança e criará um ambiente justo.

d i Smart link: acesso de leituraAs marcas podem conceder o acesso à leitura dos dados nos seus data hubs a terceiros. Esta operação permite aos proprietários partilhar determinadas informações sobre recursos selecionados ou sobre todos os recursos registados nos seus data hubs, bem como mensagens enviadas e retalhistas autorizados.

e i Smart link: delegação de marcaAs marcas podem delegar a sua autoridade num terceiro e permitir que este realize operações que as próprias marcas estão autorizadas a realizar. Esta ação é a funcionalidade que permite a criação de smart contracts e aplicações descentralizadas no blockchain da Arianee.

f i Smart link: fornecer um certificado de retalhista autorizado

As marcas podem fornecer um certificado de retalhista autorizado a um terceiro. Este certificado pode ser consultado por proprietários, para que estes confirmem o estatuto de autorizado do terceiro.

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Protocolo Arianee

05

Comunidade de terceiros

a i PeritosEmbora as marcas sejam as entidades mais legitimadas para fornecer certificados de autenticidade para produtos que fabricam, podem ser também necessárias apreciações de peritos. Seja no caso de antiguidades ou de obras de arte, os peritos podem ser, em alguns casos, as entidades mais qualificadas para fornecer um certificado de autenticidade. Os peritos devem, pois, receber o direito a fornecer certificados de autenticidade cujo valor será reforçado pela sua reputação. Os peritos devem ser verificados por intermédio do processo de verificação da Arianee ou receber uma autorização por parte de uma marca verificada.

b i RetalhistasEm muitos setores, as marcas vendem apenas uma percentagem limitada dos seus produtos diretamente aos clientes. Os retalhistas representam uma parte substancial da experiência do cliente. As marcas podem delegar alguns dos seus poderes nestes retalhistas. Além disso, os retalhistas necessitam do acesso a mecanismos que estabeleçam a sua reputação e, em simultâneo, os protejam de fraudes.

c i Terceiros enriquecedores

Os terceiros enriquecedores desenvolverão aplicações descentralizadas que impulsionarão o blockchain da Arianee. Fornecerão serviços a proprietários, marcas e outros terceiros, por intermédio do processo de partilha de dados do blockchain.

28

Estudosde caso

06

T al como explicado anteriormente, o papel da Arianee é dedicar-se à espinha dorsal do protocolo e desenvolver e permitir diversas aplicações baseadas no nosso

protocolo. No entanto, para iniciar e impulsionar o ecossistema, planeámos o desenvolvimento da primeira aplicação baseada no protocolo Arianee.

Arianee LuxuryEm 2017, o mercado de produtos de luxo para uso pessoal representou um total de 262 mil milhões de euros (+5 % que no ano anterior), o valor mais elevado da história. A falsificação tem um efeito deveras negativo sobre as vendas e lucros das marcas de luxo, as quais, devido ao seu prestígio e aos elevados preços dos seus produtos, são particularmente sensíveis a esse tipo de comportamentos fraudulentos. A falsificação e o crescente mercado de bens contrafeitos podem minar a confiança entre uma marca e os seus clientes e danificar a preciosa reputação de uma empresa.

Embora algumas marcas de luxo tenham reforçado as suas campanhas contra os falsificadores, o impasse legal resultante da complexidade dos processos legais contra falsificadores ou distribuidores de bens contrafeitos cria o espaço ideal para a Arianee. De acordo com a maioria das previsões, as vendas de produtos de luxo continuarão a ser maioritariamente realizadas em estabelecimentos tradicionais. No entanto, se 75 % das vendas continuarem a ser realizadas em lojas físicas, a ascensão das vendas pela Internet (25 %) representará sem dúvidas um desafio que as marcas precisam de enfrentar, de modo a manterem a sua imagem e a confiança dos seus compradores online.

a i Entrada no mercado: três correntes de adoção

• Centrada no utilizador e de utilização gratuita para indivíduosA ICO (oferta inicial de moeda) será a oportunidade para construir uma comunidade dedicada. Para reforçar a utilização da Arianee, uma parte dos tokens será atribuída a utilizadores pioneiros que introduzam artigos que necessitam de certificação.

• Terceiros: Peritos e empresas de manutençãoAs autoridades peritas na autenticação de produtos em segunda mão (Sotheby’s, Christie’s, Vestiaire Collective, peritos de seguros, etc.) poderão atribuir carimbos a artigos, injetando confiança e recebendo o reconhecimento da marca, além de estabelecerem um Smart link com os proprietários do produto. As empresas de TI trabalharão para adaptar ferramentas informáticas para marcas ou peritos e criarão novas funcionalidades (garantias, livros de manutenção, funcionalidades com redes sociais, serviço de perdidos e achados; ou simplesmente criarão novos modelos de negócio suscitados pelo protocolo Arianee).

– 12 “Luxury Goods Worldwide Market Study, Fall–Winter 2017.” Bain Company. http://www.bain.com/publications/articles/luxury-goods-worldwide-market-study-fall-winter-2017.aspx.

– 13 “Luxury Goods Worldwide Market Study, Fall–Winter 2017.” Bain Company.http://www.bain.com/publications/articles/luxury-goods-worldwide-market-study-fall-winter-2017.aspx.

• MarcasAs marcas serão envolvidas na formulação e governação do protocolo. A pressão ativa será utilizada para comunicar as vantagens da Arianee. Será disponibilizada tecnologia que inclui, sem descontinuidades, a Arianee na atual experiência de cliente, sem demasiado esforço. Terá lugar uma fase de arranque com um conjunto limitado de marcas pioneiras.

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Estudosde caso

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Personal luxury goods(market value in billion dollars)

Fonte: relatório da OCDEhttps://www.businessoffashion.com/articles/news-analysis/fake-fashion-fuels-vast-illicit-profits-sea-of-human-misery

A Arianee é uma excelente solução para o mercado de luxo; além disso, escolhemos criar as nossas primeiras aplicações MVP para a indústria do luxo, visto este apresentar várias vantagens que facilitarão a adoção da Arianee:

• ●A indústria do luxo é global e encontra-se distribuída por todo o mundo. O mercado de produtos de luxo engloba todos os segmentos e cresceu 5 %, para um valor global estimado de 1200 milhões de euros, em 2017. A nível mundial, o mercado de produtos de luxo para uso pessoal registou um crescimento em todas as regiões, impulsionado pelo consumo local mais acentuado (crescimento de 4 %) e

pelas compras de turistas (crescimento de 6 %).

• ●É habitual que os produtos tenham número de série. Muitos produtos de luxo têm um identificador de autenticação único. As marcas recorrem sobretudo a números de série, etiquetas holográficas, NFC (comunicação de campo próximo) e RFID (identificação por radiofrequência).

• ●O mercado global de produtos de luxo para uso pessoal está altamente fragmentado, com a presença de fornecedores globais e de intervenientes locais.

• ●Com a crescente competição, os fabricantes estão a lançar novos produtos inovadores para satisfazerem as exigências dos clientes, que variam consoante as últimas modas e tendências de estilo de vida.

• ●Na indústria do luxo, as tecnologias da informação (TI) não são desenvolvidas internamente; as marcas recorrem normalmente a empresas externas de tecnologia para suprirem as suas necessidades.

• ●Visto que um grande número de marcas de luxo globais se encontra sediado em França, esta é uma indústria com a qual a Arianee tem ligações bem estabelecidas.

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Estudosde caso

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b i Owner’s App

A Owner’s App (aplicação do proprietário) é uma aplicação móvel que é a principal experiência de utilizador para os proprietários de produtos de luxo valiosos. É através desta aplicação que os proprietários podem aceder aos smart assets armazenados nos seus vaults. Podem também interagir facilmente com o blockchain da Arianee para realizar todas as ações básicas de proprietário, tais como conceder acesso de leitura, adicionar um novo recurso, emprestar ou transferir um recurso.

Ao mesmo tempo que permite aos proprietários aceder e escrever no blockchain, a Owner’s App armazena localmente algumas informações, como mensagens instantâneas, que não destinam a ser armazenadas no blockchain. A Owner’s App permite inúmeras experiências integradas,

disponibilizadas pelo blockchain da Arianee. Seguem-se abaixo alguns exemplos.

Relações de apoio ao cliente:

A utilização da Owner’s App facilita em grande medida o apoio ao cliente. Um cliente pode conceder acesso imediato ao histórico de um produto a um agente de apoio ao cliente. Se o produto tiver de ser enviado para reparação, o proprietário pode «emprestar» o smart asset à marca durante um período limitado. Esta ação abre um canal de comunicação com o departamento de assistência ao cliente, permitindo ao proprietário controlar o estado da reparação diretamente através da aplicação. Os agentes de assistência ao cliente ou os proprietários podem também iniciar canais

de conversação instantânea para enviarem questões. Após a devolução do produto ao proprietário, é possível continuar a consultar os pormenores da relação de assistência ao cliente no smart asset.

Identificação VIP:

A experiência em loja pode variar de acordo com o perfil do cliente. Quando estão numa loja, os proprietários podem optar por verificar os seus smartphones. Dependendo dos indicadores selecionados - que podem incluir o tipo ou número de produtos detidos, a data da última aquisição, ou qualquer outra informação que o proprietário deseje partilhar - o retalhista personalizará a experiência em loja de cada cliente para a adequar ao seu perfil.

Gestão de seguros com um toque:

A funcionalidade de partilha de informações da Owner’s App permite aos proprietários simplificar o processo administrativo no trato com as companhias de seguros. Com um simples toque, podem partilhar informações com a empresa de seguros sobre todos os produtos, ou apenas alguns, nos seus vaults, a fim de solicitar um orçamento ou apresentar um pedido de indemnização.

Declarar o roubo ou perda de um objeto

A Owner’s App permite igualmente ao utilizador declarar que um produto foi perdido ou roubado. O proprietário só tem de selecionar o smart asset no Vault e anexar um certificado temporário de roubo ou perda, que é armazenado no blockchain. Este token fica publicamente visível no blockchain, para desencorajar a revenda do produto.

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Estudosde caso

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c i Terminal de marcaO terminal de marca é uma interface Web. Trata-se da principal interface de utilizador para as diversas equipas operativas da empresa. Permite interações básicas com o blockchain e serviços adicionais que podem ser ligados a sistemas de TI com integração de terceiros já existentes.

Apoio ao cliente:

O centro de apoio ao cliente é um módulo que permite interagir sem descontinuidades com os proprietários enquanto satisfazem as necessidades destes. Quando contactados por um proprietário, os agentes de apoio ao cliente podem iniciar uma conversa e solicitar o acesso ao histórico do produto em causa, de modo a resolver de imediato qualquer problema. Se o produto tiver de ser enviado para manutenção, o agente responsável registará a assistência prestada no blockchain da Arianee e manterá o proprietário informado sobre a evolução dos trabalhos realizados.

Comunicação com o proprietário :

As marcas podem comunicar com os proprietários que receberam certificados de autenticidade para os produtos por si fabricados. Essa mensagem pode ser personalizada consoante o perfil do vault e indicadores relevantes, como a data de compra de um modelo específico. Por exemplo, uma marca poderia enviar um alerta de manutenção programada para dois anos após a compra, ou um convite para uma venda privada.

Retalhistas autorizados:

As marcas podem ligar-se ao seu data hub e entrar no sistema de gestão de retalhistas autorizados. Uma vez aí, podem pesquisar por um retalhista autorizado na Arianee e conceder-lhe um certificado de autorização. Este certificado é publicamente visível e verificável por qualquer utilizador da Arianee. O estatuto de autorizado permite à marca delegar alguns dos seus privilégios de autenticação.

Rastreamento de produtos no mercado cinzento:

Depois de identificar o número de série de um recurso vendido no mercado cinzento, uma marca pode consultar o seu registo de produtos on blockchain da Arianee e seguir o rasto digital até ao revendedor original do produto. Estas transações classificadas podem, então, ser usadas em análises de reconhecimento de padrões, com o objetivo de revelar macrocenários de evolução dos mercados cinzentos.

Análise de produtos:

O terminal de marca permite aceder a um conjunto de ferramentas de análise. As marcas poderão aceder a uma vasta gama de análises globais dos produtos registados, como o volume de recursos transferidos ou o período médio de retenção de determinados modelos.

Compra de tokens ARIA:

As funcionalidades pagas, como o envio de mensagens e a certificação, exigem um certo número de tokens ARIA destinados a remunerar os facilitadores que mantêm o ecossistema. As marcas podem comprar tokens ARIA no mercado aberto, ou podem simplesmente usar moedas fiduciárias (dólares, euros, etc.) no terminal. Essas moedas serão automaticamente trocadas por tokens ARIA sempre que um registo tiver de ser certificado no blockchain.

d i Exemplos de aplicações de terceirosOs terceiros podem aceder a dados no blockchain da Arianee. Isto propiciará um ecossistema de fornecedores de serviços, que desenvolverão aplicações recorrendo ao protocolo Arianee gratuito e de fonte aberta.

Seguem-se alguns exemplos de aplicações que poderão ser desenvolvidas por fornecedores de serviços externos.

Seguro:

Os atuais processos de contratação e de pedido de indemnização de seguro são complexos em termos administrativos. Tal resulta dos elevados riscos de fraude e da necessidade de provar o estado atual de um produto segurado (detido, roubado, perdido, etc.).

A Arianee pode eliminar a necessidade desses processos manuais, fornecendo uma prova do estado de um objeto sem a obrigação de uma entidade de confiança externa. Se um proprietário declarar um artigo como roubado ou perdido, o smart asset pode ser congelado de imediato e apenas o segurador será capaz de gerir/atualizar o seu estado. O utilizador será incapaz de transferir o artigo roubado.

Graças às informações acessíveis por intermédio do smart asset, é possível consultar de imediato um pedido de reembolso ou um orçamento de prémio de seguro.

Alfândegas

O transporte de bens comerciais além-fronteiras exige o preenchimento de formulários alfandegários e aduaneiros significativos, normalmente um livrete ATA. Tal pode tornar-se uma tarefa inutilmente redundante para amostras comerciais já registadas no blockchain da Arianee. O blockchain da Arianee já oferece uma prova da identidade de um produto e do estatuto enquanto amostra comercial, sem a obrigação de uma entidade de confiança externa. Uma simples etiqueta no blockchain da Arianee pode evitar a venda do produto e, por conseguinte, oferecer garantias suficientes às autoridades aduaneiras.

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Perdidos e achados:

Com o protocolo Arianee, um proprietário pode declarar um artigo como perdido ou roubado, no momento em que se aperceber da sua falta. Assim, com base no protocolo, podemos criar o primeiro serviço global de perdidos e achados da história. A aplicação ou o website apresentariam uma lista de todos os artigos perdidos ou roubados dos membros da comunidade.

Este serviço poderá igualmente incluir um sistema de recompensas para as pessoas que entregarem um objeto perdido. Assim que um utilizador encontrar um artigo, poderá recorrer ao serviço e, graças ao protocolo Arianee, ter a certeza absoluta de quem o perdeu. Seria enviada uma mensagem ao atual proprietário, através da aplicação Arianee, para lhe comunicar que o artigo perdido foi encontrado. A plataforma pode, então, servir como intermediário entre as duas partes para gerir as transações e o envio ou o encontro, incluindo a entrega do item ao seu legítimo proprietário e, potencialmente, de uma recompensa à pessoa que o encontrou.

Mercados descentralizados:

Um desenvolvimento interessante com os protocolos blockchain é o surgimento de mercados descentralizados. Estes mercados sem intermediários de confiança são possibilitados pela segurança transmitida por aqueles protocolos, que dispensam uma entidade de confiança externa.

Num mercado descentralizado, um proprietário pode pôr um smart asset à venda na Internet e solicitar ofertas de potenciais compradores. O vendedor pode retirar a publicação do smart asset assim que a venda for concluída e transferir automaticamente o smart asset para o comprador (que é, obviamente, o novo proprietário). Esta transação pode ser feita totalmente sob pseudónimo e em absoluta segurança. A transmissão de propriedade por via de herança será igualmente facilitada. Tomemos o exemplo de uma

viatura clássica que se encontra na posse de uma família e cujo antigo proprietário, 20 anos passados da venda, deseja - por algum motivo - entrar em contacto com o atual proprietário. Se o antigo proprietário tiver a chave pública do smart asset, não teria problema em enviar uma mensagem ao atual proprietário.

d i Expansão para outros objetos valiososEmbora os produtos de luxo sejam o principal foco do desenvolvimento inicial da Arianee, haverá uma expansão natural e orgânica da nossa solução para outros objetos de valor, incluindo, por exemplo, obras de arte, instrumentos musicais, vinhos e antiguidades. Apresentamos abaixo uma perspetiva geral de cada mercado e do potencial de utilização da Arianee.

Instrumentos musicais:

O mercado global de instrumentos musicais e equipamento áudio é enorme, valendo cerca de 17 mil milhões de dólares, de acordo com a revista The Music Trades. Apesar de haver alguns instrumentos contrafeitos no mercado, o maior desafio - e o domínio em que a Arianee seria verdadeiramente útil - é o comércio de instrumentos roubados. Os instrumentos de qualidade têm geralmente números de série únicos e o grau de proteção adicional conferido pela Arianee fará com que os ladrões tenham mais dificuldades para vender bens roubados e ajudará os clientes honestos a certificarem-se de que o vendedor do instrumento tem, de facto, o direito a vendê-lo.

Obras de arte:

O mercado online de arte está a crescer substancialmente. De facto, de acordo com a Bloomberg , está a crescer a uma taxa anual de cerca de 24 %. Estima-se que, até 2020, a sua capitalização anual exceda os 9500 milhões de dólares. Em 2016, os compradores online gastaram 155 milhões de dólares

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Estudosde caso

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– 16 “Fine Arts Experts Institute: Lab Sleuths in Geneva Help Art World Uncover Fakes.” September 19, 2014. http://artdaily.com/index.asp?int_sec=11&int_new=73562#.WqTx9pPFKuW. – 17 “Everledger Secures the First Bottle of Wine on the Blockchain.” Fintech Finance (blog), December 9, 2016. http://www.fintech.finance/01-news/everledger-secures-the-first-bottle-of-wine-on-the-blockchain/

– 18 “How To Avoid Buying Fake Wine.” Accessed March 13, 2018. https://www.forbes.com/sites/jeanniecholee/2017/01/22/how-to-avoid-buying-fake-wine/#729690149daa.

na casa de leilões Sotheby’s, mais 20 % que no ano anterior. A sua concorrente, Christie’s, verificou uma duplicação das receitas de vendas online, em 2017.

Embora o crescimento e o potencial das vendas online sejam impressionantes, acarretaram vários desafios crónicos para o mercado global de arte. O mais óbvio é o da falsificação e da fraude.

De facto, Yan Walther, CEO do FAEI, sedeado em Genebra, afirma que a recorrente alegação de que metade da arte que circula no mercado é falsa, ou tem uma autoria incorretamente atribuída, será provavelmente uma estimativa conservadora.

A associação de uma obra de arte a um certificado Arianee permitirá a um comprador confirmar a proveniência, garantindo simultaneamente a validade da transação. Depois, à medida que a peça mudasse de mãos, a tecnologia de blockchain confirmaria - para sempre - a identidade do artista e dos sucessivos proprietários.

Vinhos:

Na indústria dos vinhos de qualidade superior, estima-se que o mercado da contrafação represente 20 % das vendas internacionais, se forem considerados todos os tipos de falsificações de vinho. Problemas com a adulteração de documentos e outras atividades fraudulentas continuam a afetar toda a cadeia de abastecimento — das vinhas até ao copo e em todas as etapas intermédias.

Atualmente, os responsáveis pela autenticação são capazes de identificar uma determinada garrafa como falsificada; no entanto, não encontraram uma forma de certificar a autenticidade de uma garrafa, devido à vulnerabilidade dos documentos à adulteração e à incapacidade de garantir que um certificado permaneça junto a uma garrafa de vinho se esta mudar de proprietário e de localização.

Um certificado Arianee permaneceria digitalmente associado à garrafa de vinho com a qual fosse inicialmente ligado, garantido a proveniência da mesma e reduzindo as possibilidades de falsificação e de outras atividades fraudulentas que têm assolado a

Antiguidades:

Durante séculos, as pessoas interessaram-se por arte, mobiliário e outros artigos colecionáveis. Obviamente, este interesse gera valor e este conduziu a uma proliferação de falsas antiguidades e falsificações. Não só um certificado digital de autenticidade associado a uma antiguidade elimina a incerteza do comprador no momento da aquisição, como também permite manter um registo ao longo do tempo.

Tal como sucede com qualquer artigo de valor, um comprador que adquire uma antiguidade online corre o risco de comprar um produto falso ou incorretamente descrito, ou de ser vítima de um comportamento fraudulento.

A associação de uma antiguidade a um certificado Arianee permitirá a um comprador confirmar a proveniência, garantindo simultaneamente a validade da transação. Em posteriores transferências de propriedade da antiguidade, a tecnologia de blockchain verificaria a autenticidade do artigo e acrescentaria um grau de confiança à transação.

Outros mercadosO protocolo Arianee tem potencial para ser uma mais-valia em muitos domínios, e aumentaria a confiança e geraria oportunidades a diversos níveis. Os medicamentos, as armas, os animais domésticos e os produtos alimentares, por exemplo, revelam necessidades similares, em termos de rastreabilidade e autenticidade. Embora os processos industriais e comerciais signifiquem que a arquitetura de negócio e a interface de utilizador tenham de ser especificamente elaborados, o blockchain da Arianee pode ser o alicerce sobre o qual são construídas soluções para esses setores.

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Por favor, consulte a versão em inglês para detalhes

Technical implementation and architecture

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Incentivos para as partes interessadas e governação

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Incentivos para as partes interessadas Grátis para o proprietário:

A utilização da plataforma Arianee é completamente gratuita para os proprietários. O Vault da Arianee é a solução mais conveniente para digitalizar e partilhar o histórico dos produtos de um proprietário. Os proprietários podem registar gratuitamente os seus produtos num smart asset, através da sua aplicação. Assim que o smart asset estiver registado no blockchain da Arianee, pode ser transferido livremente entre proprietários. Todas essas transações são registadas no blockchain e os custos de Gas são cobertos por deduções da Faucet Wallet (carteira de pagamentos) da Arianee.

Tal como qualquer outro utilizador, os proprietários, registados ou não, podem executar um nódulo de validação para verificar a integridade do blockchain.

Marcas:

As marcas verificadas usam funcionalidades gratuitas e pagas na rede Arianee. As funcionalidades pagas oferecem um serviço verdadeiramente inovador, que permite às marcas combater a falsificação com muito maior eficácia e manter uma ligação aberta com o atual proprietário de um produto. As funcionalidades pagas exigem tokens ARIA. Quando utilizados, os tokens utilitários são divididos entre a Arianee, o facilitador e os nódulos de autoridade. O modelo de redistribuição garante que todas as partes interessadas da plataforma Arianee são incentivadas a contribuir. As marcas verificadas têm um papel especial na plataforma Arianee e podem igualmente agir como facilitadores, se tiverem a capacidade de desenvolver software que potencie a rede Arianee.

Peritos externos:

Em certos setores, como o das belas-artes, é necessário recorrer a peritos externos, visto que não há marcas capazes de certificar a autenticidade dos objetos. Além disso, em determinadas condições, as marcas não desejam assumir a responsabilidade pela certificação da autenticidade dos seus produtos após a compra. Nesses casos, os peritos externos podem ser os únicos capazes de certificar a autenticidade de um produto. É por isso que os peritos externos verificados são necessários para a rede Arianee e têm acesso a funcionalidades especiais de autenticação, certificação e comunicação inteligente semelhantes às das marcas, pagas com tokens ARIA.

Os peritos externos são incentivados a participar na plataforma Arianee visto esta se tratar de um ponto de encontro de clientes em busca de certificações de autenticidade. Além disso, os peritos externos podem rendibilizar as suas relações com os proprietários de produtos.

Ecossistema de terceiros enriquecedores:

O potencial da Arianee só pode ser totalmente atingido se

um ecossistema dedicado e diversificado de programadores e parceiros for incentivado a construir na plataforma. A Arianee apostará na disponibilização do seu protocolo principal de fonte aberta de uma forma que fomente oportunidades de negócio e de atividades não lucrativas para trabalhadores independentes, empresas e ONG. A Arianee disponibilizará orientações técnicas, API, e ferramentas de software intermédio para a criação de smart contracts com vista à melhoria do protocolo Arianee ou ao desenvolvimento de software e interfaces com o recurso ao protocolo principal da Arianee. Os terceiros enriquecedores terão sempre a liberdade de desenvolver, implementar e oferecer ou vender as suas aplicações a utilizadores e marcas que usem funcionalidades gratuitas e pagas na plataforma Arianee.

Os participantes do ecossistema de terceiros enriquecedores são remunerados graças ao smart contract de valor partilhado. Cada token ARIA recolhido é distribuído entre os mineiros, os terceiros envolvidos na facilitação da transação e o Fundo Arianee.

O fundo Arianee financiará projetos inovadores que potenciem o blockchain da Arianee ou o atualizem. A escolha dos projetos que receberão apoio financeiro será da responsabilidade do Conselho de Administração.

Desta forma, acreditamos que incentivaremos o aparecimento de um ecossistema verdadeiramente resistente.

ArianeeBlockchain

ProxyServers

Third PartyApps

End-Users,Companies

Governação A governação do blockchain é um fator consequente que pode determinar se um blockchain é ou não benéfico para o interesse público. A governação é um processo. Envolve intervenientes que participam nesse processo para tomarem decisões que afetam os recursos administrados.

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Incentivos para as partes interessadas e governação

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Estas decisões podem ter um impacto duradouro sobre muitas partes interessadas.

Uma das principais propostas de valor do Ethereum e da Bitcoin é que são «incontroláveis» por governos e reguladores. Isso desempenhou um papel fundamental no crescimento do mundo da criptografia nos últimos anos. Para atingir esse objetivo, é necessário o conceito de rede completamente descentralizada, o qual conduz a um elevado nível de complexidade e riscos em termos de governação. Posto isto, pela sua natureza e tendo em conta as suas funcionalidades, a Arianee não sofre das mesmas limitações.

Princípios de governação:

A tecnologia de blockchain é aclamada como um sistema de autogovernação distribuído e que dispensa uma entidade de confiança externa. No entanto, embora o elevado grau de descentralização de projetos sem necessidade de permissões, como o Bitcoin ou o Ethereum, seja bastante equitativo, gera igualmente ineficiências graves. Por conseguinte, a fim de melhorar a eficiência do projeto, a Arianee deseja incorporar alguns conceitos de governação centralizada.

O blockchain sem necessidade de permissões permite a descentralização e, assim sendo, a resistência à censura. No entanto, esta descentralização tem lugar à custa da eficiência e pode conduzir à estagnação do desenvolvimento da rede, quando a comunidade não conseguir decidir sobre o caminho a seguir. A recente divisão na equipa central da Bitcoin sobre a questão da dimensão dos blocos, que conduziu ao projeto bifurcado, Bitcoin Cash (BCH) é um exemplo perfeito desses problemas. Por outro lado, as organizações centralizadas oferecem sistemas de tomada de decisão mais claros à custa da descentralização e da resistência à censura, o que as torna menos atrativas para projetos de blockchain. A governação da Arianee pretende encontrar um equilíbrio entre os interesses dos proprietários individuais, das marcas e da comunidade de terceiros. Estamos convictos de que podemos encontrar um modelo de governação que satisfaça a estabilidade e a previsibilidade que as grandes empresas procuram e as proteções que os indivíduos e a comunidade de terceiros exigem.

Embora, hoje em dia, a governação assente no voto ou participação diretos seja popular, concluímos que o falhanço dos DAO (objetos de acesso a dados) ou as recentes controvérsias em torno das DPoS (provas de participação delegadas) demonstram os limites desses sistemas. Acreditamos, por isso, que uma estrutura deliberativa permitirá um sistema de governação mais sólido.

Tendo em conta as nossas experiências anteriores em projetos de blockchain, visamos alcançar um equilíbrio entre representatividade e eficiência. Acreditamos que esse equilíbrio pode ser atingido mais facilmente por intermédio de uma governação conduzida por conselhos e de processos simples e claros para fazer parte dos mesmos.

Estrutura de governação :

Enquanto o protocolo de comprovativo de autoridade deve ser visto como o mecanismo de consenso baseado na máquina que certifica a integridade do blockchain, a estrutura de governação deve ser vista como o mecanismo de consenso social.

A estrutura de governação da Arianee deve, por isso, funcionar segundo os mesmos princípios de transparência e clareza subjacentes ao protocolo de comprovativo de autoridade.

• Conselho de Administração

O Conselho de Administração gere os recursos da estrutura da Arianee. Cabe-lhe atribuir fundos ICO e selecionar os indivíduos, as equipas ou as organizações mais qualificadas para desenvolver e manter a plataforma Arianee. O Conselho de Administração é igualmente responsável pela gestão do fundo Arianee. Este fundo distribui subvenções a projetos promissores desenvolvidos pelo ecossistema de terceiros e a indivíduos ou equipas que contribuam para o desenvolvimento e manutenção da plataforma Arianee.

O Conselho de Administração é composto por três representantes da equipa Arianee, por três conselheiros e pelo presidente do Conselho do Protocolo, que representará a opinião das partes interessadas da Arianee.

• Conselho do Protocolo

O Conselho do Protocolo define políticas e promulga decisões relativas ao desenvolvimento e manutenção do protocolo Arianee. O Conselho está mandatado para assegurar a independência da rede e deve preservar o equilíbrio de poder entre os nódulos de autoridade. O Conselho do Protocolo é composto pelo presidente de cada Comité de Empresas, por três membros do Conselho de Administração e por um representante eleito do Círculo de Integração na Rede.

• Comités de Empresas

Os Comités de Empresas são a voz das empresas que utilizam o protocolo Arianee. Cada comité representará um setor específico de negócio envolvido no ecossistema Arianee. Cada Comité de Empresas atenderá às necessidades dos seus utilizadores específicos, quer internos quer externos. Cada comité elegerá um representante que participará nas reuniões do Conselho do Protocolo.

• Círculo de Integração na Rede

O Círculo de Integração na Rede é responsável por auxiliar marcas, peritos e terceiros independentes que desejem gerir um nódulo de autoridade e que tenham cumprido o processo de verificação com sucesso. O Círculo de Integração na Rede é composto pelo líder técnico da Arianee, por um conselheiro técnico e por três nódulos de autoridade independentes. Estes elegem o representante do círculo que participará nas reuniões do Conselho do Protocolo.

• Processo de verificação:

Trata-se de um processo de conhecimento prévio (KYB, ou Know Your Business) pelo qual todas as marcas, peritos e entidades independentes que operem um nódulo de autoridade têm de passar. As empresas verificadas têm acesso a funcionalidades pagas e são elegíveis para gerirem um nódulo de autoridade, se assim o desejarem. O processo de verificação é concebido pelo Círculo de Integração na Rede e aprovado pelo Conselho do Protocolo.

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ArianeeEquipa

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A equipa é composta por empreendedores, investidores e engenheiros de software que já trabalharam, fundaram e venderam empresas em conjunto no passado.

Julien RomanettoProduto

Julien é, há vinte anos, um empreendedor bem-sucedido e um investidor com visão para os aspetos técnicos. Com Frédéric Montagnon, cofundou e vendeu a Secret Media, a OverBlog, a Teads e a Nomao, por um valor total superior a 400 milhões de dólares. Nos últimos três anos, Julien esteve envolvido em criptomoedas, mineração e outras utilizações de tecnologia de blockchain.

Christian Jorge Operações

Christian fundou a sua primeira start-up, a Néocité, um guia urbano, em 1998, enquanto frequentava a faculdade de economia. Posteriormente, fundou uma agência Web de marketing digital, a IDEO Concept, que fundiu com a empresa de Alexandre Cognard em 2003. Antes de cofundar a Vestiaire Collective em 2009, participou na criação de algumas empresas de comércio eletrónico como parceiro operacional. Além de copresidente da Vestiaire Collective, Christian trabalhou como CPO durante quatro anos e foi Vice-Presidente para as Operações durante outros quatro anos. É agora um «business angel», conselheiro e mentor no ecossistema tecnológico francês (Numa, Ashoka).

Alexandre CognardAspetos técnicos

Alexandre aprendeu a programar por si mesmo na década de 1990. Posteriormente, conclui um mestrado em engenharia na ESIEA e completou a sua formação com um MBA. Um empreendedor imparável, começou a fundar empresas quando tinha 18 anos, graças ao seu poderoso ambiente EZBO. A sua primeira empresa, a FDM, ainda é a líder na comunicação SAS para acionistas de empresas públicas. No seguimento de duas grandes empresas de serviços especializadas em comércio eletrónico personalizado, cofundou a Vestiaire Collective, onde trabalhou como CTO (diretor técnico) durante oito anos. A Vestiaire Collective é um dos líderes mundiais do mercado de produtos de luxo em segunda mão, com um capital social de 118 milhões de euros, um volume de negócios de quase 200 milhões de euros, e presenças em Paris, Nova Iorque, Londres, Berlim, Milão e Hong Kong.

Emmanuelle ColletMarketing

Emmanuelle é uma profissional de marketing e comunicação com mais de 10 anos de experiência. Mais recentemente, foi responsável pela estratégia de comunicação global da marca de relógios suíça, Omega. Conclui o seu MBA na Sorbonne, Paris.

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ArianeeEquipa

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Luc JodetArquitetura de negócio

Luc iniciou a sua carreira como analista de negócios numa empresa da lista Fortune 500. Posteriormente, cofundou o BUYECO, um mercado de energias renováveis sediado na Suíça que fornece eletricidade a grandes clientes corporativos. Foi aí que descobriu a tecnologia de blockchain, enquanto trabalhava em soluções de rastreabilidade energética.

Frederic MontagnonMembro do Conselho de Administração

Empreendedor e investidor bem-sucedido, com 20 anos de experiência, Frédéric fundou e vendeu quatro empresas, num valor total superior a 400 milhões de dólares. Considerado o sétimo maior investidor em empresas em fase arranque, na França, está envolvido no domínio das criptomoedas, como investidor, desde 2013. É um reputado influenciador da tecnologia de blockchain e os seus comentários foram publicados diversas vezes.

Jean-Marc BellaicheDesenvolvimento de Negócios

Jean-Marc foi anteriormente vice-presidente sénior de Estratégia e Desenvolvimento de Negócios na Tiffany & Co. Começou a trabalhar na Tiffany & Co. em 2014 e tem mais de 20 anos de experiência no setor do luxo. Antes de exercer estas funções, foi parceiro sénior no Boston Consulting Group, onde liderou a atividade global de Grandes Armazéns, Luxo, Moda e Beleza e implementou estratégias comerciais competitivas para clientes globais nestes setores. Jean-Marc é licenciado em Engenharia de Econometria pela École Centrale Paris e tem um MBA da escola de negócios global, INSEAD.

Gregory PouyDivulgador da marca

Grégory é globalmente reconhecido como um orador e consultor de marketing, especializado nas indústrias da beleza, da moda e dos produtos de luxo.É também professor de marketing digital em grandes escolas de gestão europeias, como a HEC, a Essec ou a Dauphine.

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ArianeeEquipa

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Kurban AtabinenLíder para a tecnologia de front-end

Programadores com competências múltiplas. Anos de experiência no desenvolvimento de aplicações móveis e para a Web. Criador de uma plataforma de desenvolvi-mento de back-end.

Fabrice EzzineLíder para a tecnologia de back-end

Apaixonado pela Internet, Fabrice conseguiu aprofundar os seus conhecimentos de programação em todos os níveis durante os doze anos de experiência como programador principal na Cairn e, depois, como «scrum master» na Vestiaire Collective. Durante esse tempo, geriu equipas de programação e ensinou-lhes novas formas de trabalhar, mais especificamente, mudando para o método ágil. Tornou-se, depois, «freelancer» e consultor especializado em arquitetura de sistemas e métodos de pagamento.

Julien SechaudLíder para a tecnologia móvel

Julien começou a sua carreira como gestor de projetos em grandes empresas de telecomunicações. O seu gosto pelo design e pelas TI fez com que se tornasse rapidamente um entusiasta das tecnologias móveis. Fã de empresas em fase de arranque ou inicial, oferece os seus conhecimentos especializados a negócios centrados nas tecnologias móveis, para a resolução de desafios tecnológicos e a nível do produto. Descobriu a tecnologia de blockchain por intermédio de uma organização autónoma democrática.

Julien AbrielGestor de produto

Conta com dez anos de experiência em gestão de projetos de grande dimensão e na animação de equipas técnicas de empresas em fase de arranque (Vestiaire Collective, Better Collective, Onepark), de grandes empresas (Le Monde, AFPA) e de instituições públicas (Parlamento Europeu, Centro Pompidou).Rigoroso e diplomata, apaixonado pela inovação, com uma visão estratégica transversal das organizações, orientado para o desempenho e os resultados na aplicação do método ágil.

Stephen FerronEditor

Stephen é um redator premiado. Cresceu no Colorado mas vive atualmente na Suíça, onde cria e edita textos para clientes globais de várias indústrias. Stephen tem um mestrado em Comunicação Social (Leicester) e Estudos de Música Mundial (Sheffield) e um Mestrado em Estudos de Escrita Criativa (Cambridge).

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Arianeeroadmap

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2016Ideia

2017Q4AlphaNet, POC

2018 Q2Promoção

2017Q3Equipa fundadora

2018 Q1Expansão da equipa

2018 Q3Geração de tokens

2019 Q1Fase Beta do Protocolo Arianee

2021em dianteIntegração de outros mercados

End 2019Lançamento oficial da versão 1 do Pacote Arianee, Protocolo Arianee, Lançamento da Rede de Peritos

2018 Q4Lançamento da Arianee TestNet, seminários da marca

2019 Q2Lançamento da Arianee MainNet + Pacote Beta da Arianee

2020em dianteExpansão do ecossistema

2016Ideia

2017Q4AlphaNet, POC

2018 Q2Promoção

2017Q3Equipa fundadora

2018 Q1Expansão da equipa

2018 Q3Geração de tokens

2019 Q1Fase Beta do Protocolo Arianee

2021em dianteIntegração de outros mercados

End 2019Lançamento oficial da versão 1 do Pacote Arianee, Protocolo Arianee, Lançamento da Rede de Peritos

2018 Q4Lançamento da Arianee TestNet, seminários da marca

2019 Q2Lançamento da Arianee MainNet + Pacote Beta da Arianee

2020em dianteExpansão do ecossistema

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Estruturada Arianee

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Origem do nome

A lenda de Arianee – Ariadne ou Ariadna em português – conta com inúmeras interpretações desde a primeira vez que foi registada, há mais de 2000 anos. Embora os pormenores da história variem consoante o narrador, há uma parte que permanece constante: com o auxílio de um fio de joias brilhantes, Ariadne ajudou o herói ateniense, Teseu, a escapar do labirinto depois de matar o Minotauro.

O poeta clássico, Ovídio, escreveu nas suas Metamorfoses: «A porta [do labirinto], tão difícil, que nenhum antes pudera novamente achar, pela ajuda de Ariadne foi descoberta e o fio que o caminho marcava, enrolado.»

É apropriado que o nome da heroína sobreviva na expressão «Fio de Ariadne», que descreve a resolução de um problema por intermédio da aplicação exaustiva da lógica a todas as opções possíveis.

Não haveria melhor nome que Arianee para uma estrutura empenhada em ajudar empresas e indivíduos a negociar na Internet, um labirinto cujos desafios excedem em larga medida os enfrentados por Teseu. E não poderia haver maior privilégio que servirmos de fio condutor através deste labirinto.

Independência

A Arianee sustenta, mantém e apoia o protocolo de referência para cada parte: a criação e gestão da propriedade digital, para os utilizadores finais, e a emissão de certificados de autenticidade, para a propriedade.

A tecnologia da Arianee baseia-se num blockchain, o que, por natureza, garante a transparência, a segurança e a integridade dos dados. Ao contrário do que sucede nas plataformas centralizadas, os utilizadores da Arianee, sejam eles indivíduos, marcas, terceiros ou revendedores, retêm a propriedade dos seus dados. São eles os únicos a controlar esses dados e que a decidir como estes são podem ser usados.

A Arianee é uma empresa que serve os seus utilizadores e é por eles governada. A sua estrutura garante a sua independência e a sua durabilidade.

A Arianee visa criar um ecossistema em torno do seu protocolo fornecendo uma ferramenta gratuita e apoiando financeiramente os que contribuírem com novos clientes e inovações.

O poeta clássico, Ovídio, escreveu nas suas Metamorfoses: «A porta [do labirinto], tão difícil, que nenhum antes pu-dera novamente achar, pela ajuda de Ariadne foi desco-

berta e o fio que o caminho marcava, enrolado.»

http://arianee.org - [email protected] - https://t.me/arianeeproject

O presente documento foi traduzido por profissionais a partir da sua versão original em inglês