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Wladimir Taborda Doutor em Medicina UNIFESP Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia Hospital Albert Einstein, São Paulo 2006 Prevenção do Parto Pré Termo

Wladimir Taborda Doutor em Medicina UNIFESP Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia Hospital Albert Einstein, São Paulo 2006 Prevenção do Parto Pré Termo

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Wladimir TabordaDoutor em Medicina UNIFESP

Coordenador de Ginecologia e Obstetrícia Hospital Albert Einstein, São Paulo 2006

Prevenção do Parto Pré Termo

13 milhões de partos pré-termo por ano em todo o mundo

75 a 90% de todos os óbitos neonatais não devidos a malformaçoes

RPM e TPP são responsáveis por 70% dos partos pré-termo

ingresso em UTI neonatal com altos custos hospitalares

Prematuridade

7,8

10,2 9,8

5,8 5,8

10,6

0

2

4

6

8

10

12

Brasil eAméricaLatina

África Ásia América doNorte

Europa Oceania

Villar et al, 1994

Sócio-Econômico

Desnutrição

Baixo nível educacional

Extremos de idade

Pré-natal precário

Hábitos

Trabalho braçal

Tabagismo

Ansiedade

Drogas

Antecedentes Médicos

Pré-termo anterior

Abortos

Anomalias uterinas

Doença renal

Complicações

Amniorrexe prematura

Trabalho de parto prematuro

Gestação múltipla

Hipertensão arterial

Infecções genitais

40

35

17

16

153

RPM

TPP

HAS

GEMELAR

L Amn

OUTROSMarino WT, 2001

Patologia Materna associada à RN < 1500g

Causas de prematuridade

Gestação Múltipla

Kaprio J, Martilla R – Demographic trends in Nordic Countries, 2005

4,33,93,8 4,5

01234

56789

2002 2003 2004 2005

Taxas de Parto Múltiplo

Ocorrência espontâneadois RN 1:80 partostrês RN 1: 6.400quatro RN 1: 512.000

%

Fonte: 2004 Depto Perinatologia – Hospital Albert Einstein

S Luiz Pró Matre Sta. Catarina Einstein

Única 8.455 [95] 6.398 [95] 5.344 [97] 3.587 [91]

Gêmeo 362 [4.0] 224 [3.3] 152 [2.7] 259 [6.6]

Trigêmeo ou + 44 [ 0.4] 54 [0.8] 09 [0.1] 71 [1.8]

Total NV 8.862 6.676 5.506 3.917

4.4% 4.1% 3.8 % 8.4%Taxa RN

Gemelar

Nº e porcentagens de RN únicos e múltiplos em hospitais

privados de São Paulo – nascidos vivos jan 2004 a jun 2005

Fonte : SINASC/SMS, junho de 2005

22% dos partos em mulheres com > 35 anosMaternidade Einstein, estatística 2004

Prematuridade e Gestação Múltipla

Carreira profissional

Reprodução Assistida

Gêmeo Trigêmeo Quadrigêmeo

IG [m±DP] 35.5 [±3.3] 31.8 [±3.4] 30.1 [±3.5]

Peso [m±DP] 2304 [±537] 1616 [±545] 1340 [±510]

< 2500g 55% 93% 100%

< 1500g * 40% 75%

651 RN de gestações múltiplas, jan 2001 a dez 2003

520 gêmeos, 111 trigêmeos, 20 quadrigêmeosR Brock & AD Deutsch, 2004

Prevenção Primária

Limitação nº embrioes

Prevenção Secundária

Anamnese

Medida do colo

Fibronectina

Progesterona

Antibióticos

Cerclagem

Prematuridade – Níveis de Prevenção

Prevenção Terciária

Uterolíticos

Corticosteróides

Parto prematuro prévio

2 ou mais partos prematuros prévios

Gestação gemelar

Gestação tripla, quádrupla

Mioma uterino, hidrâmnio

Útero septado, DES com lesão

Incompetência da cérvix

Irritabilidade uterina

2 ou mais abortos do segundo trimestre

TPP na gravidez atual (após tocólise)

Dilatação cervical sem TPP (> 1cm)

Parto prematuro prévio

2 ou mais partos prematuros prévios

Gestação gemelar

Gestação tripla, quádrupla

Mioma uterino, hidrâmnio

Útero septado, DES com lesão

Incompetência da cérvix

Irritabilidade uterina

2 ou mais abortos do segundo trimestre

TPP na gravidez atual (após tocólise)

Dilatação cervical sem TPP (> 1cm)

30

> 70

50

75 - 100

15 - 25

20 - 30

25

25

20

70

20

30

> 70

50

75 - 100

15 - 25

20 - 30

25

25

20

70

20

Fatores de risco associados ao Parto PrematuroFatores de risco associados ao Parto Prematuro

Morrison, 1990Morrison, 1990

Probabilidade (%)

Risco de Recorrência do Parto PrematuroRisco de Recorrência do Parto Prematuro

1o parto

Termo

Prematuro

Termo

Prematuro

Termo

Prematuro

1o parto

Termo

Prematuro

Termo

Prematuro

Termo

Prematuro

2o parto

-

-

Termo

termo

Prematuro

Prematuro

2o parto

-

-

Termo

termo

Prematuro

Prematuro

Risco Relativo para parto prematuro

subseqüente

1,0

3,9

0,6

1,3

2,5

6,5

Risco Relativo para parto prematuro

subseqüente

1,0

3,9

0,6

1,3

2,5

6,5

Bakketeig e Hoffman, 1981Bakketeig e Hoffman, 1981

Marcador 

Sensibilidade Especificidade VPP   VPN  

 Escores de

indicadores de risco

 Fatores de risco

 88 a 92

 23 a 30

 41 a 76

 94 a 98

 

Comprimento cervical

  

Exame manual

  

8 a 64

  

68 a 96

  

7 a 32

  

89 a 94

   Ultra-som

transvaginal

  

76 a 100

  

55 a 59

  

55 a 75 

93 a100

 Monitoramento

da atividade uterina

 Autopalpação

 NS

 NS

 NS

 NS

   Eletrônica

 18 a 58

 45 a 94

 7 a 20

 82 a 94

Predição do parto prematuro através de marcadores clínicos Predição do parto prematuro através de marcadores clínicos

Holbrook RH Jr, Laros RK Jr, Creasy RK (1989); Creasy RK, Gummer BA, Liggins GC. 1980; Copper RL et al. 1995 Peaceman et al. (1997); McCormick (1985);Andersen et al. (1990); Iams et al. (1994); Copper et al. (1990) Holbrook RH Jr, Laros RK Jr, Creasy RK (1989); Creasy RK, Gummer BA, Liggins GC. 1980; Copper RL et al. 1995 Peaceman et al. (1997); McCormick (1985);Andersen et al. (1990); Iams et al. (1994); Copper et al. (1990)

Predição do parto prematuro através dos marcadores bioquímicos

Marcadores Marcadores    

  

Especificidade  

Especificidade  

VPP   VPP   VPN  VPN 

 Fibronectina

 Fibronectina

 Cervical ou

vaginal

 Cervical ou

vaginal69 a 9369 a 93

 72 a 86

 72 a 86

 13 a 83

 13 a 83

 81 a 99

 81 a 99

Citocinas Interleucina 6

Citocinas Interleucina 6

 Plasma

 Plasma

 50 

50 

73 a 85 

73 a 85 

47 a 57 

47 a 57 

67 a 86 

67 a 86

   Líquido AmnioticoLíquido

Amniotico 

52 

52 

100 

100 

100 

100 

79 

79

Estradiol-17ßEstradiol-17ß 

Plasma 

Plasma 

12 

12 

71 a 76 

71 a 76 

12 a 14 

12 a 14 -- --

 Estriol

 Estriol

 Salivar

 Salivar

 71 

71 

77 

77 

27 

27 

77 

77

ProgesteronaProgesterona 

Plasma 

Plasma 

6 a 35 

6 a 35 

67 a 69 

67 a 69 

7 a 32 

7 a 32 -- --

Loockwood et al. (1991); Iams et al. (1995); Morrison et al. (1993); Peaceman et al. (1997); Inglis et al. (1994); Block , Liggins and Creasy (1984); McGregor et al. (1995).

Loockwood et al. (1991); Iams et al. (1995); Morrison et al. (1993); Peaceman et al. (1997); Inglis et al. (1994); Block , Liggins and Creasy (1984); McGregor et al. (1995).

Sensibilidade

50ng50ng

2222 3737

Adesa Biomedical, 1993Adesa Biomedical, 1993

Fibronectina FetalFibronectina Fetal

Fibronectina em Gestações de Alto RiscoFibronectina em Gestações de Alto Risco

Autor

Lockwood et al. (1991)

Nageotte et al. (1994)

Roucourt et al. (1994)

Bittar et al. (1996)

Leeson et al. (1996)

Morrison et. Al. (1996)

Autor

Lockwood et al. (1991)

Nageotte et al. (1994)

Roucourt et al. (1994)

Bittar et al. (1996)

Leeson et al. (1996)

Morrison et. Al. (1996)

Sens %

82

93

83

79

54

43

Sens %

82

93

83

79

54

43

Esp %

83

60

83

86

85

89

Esp %

83

60

83

86

85

89

VPP %

83

29

-

77

64

43

VPP %

83

29

-

77

64

43

VPN %

81

98

-

87

79

89

VPN %

81

98

-

87

79

89

Níveis de Prevenção – medida do comprimento cervical

25mm

30mm

22 a 24 semanas

5 - 8.5 MHz

Medida do colo uterino pela UST na 24a semana para a previsão de parto prematuro antes de 34 semanas.Medida do colo uterino pela UST na 24a semana para a previsão de parto prematuro antes de 34 semanas.

4540

35

30

25

20

1510

0

0,1

0,2

0,3

0,4

0,5

0,6

0,7

0,8

0,9

1

-0,100,10,20,30,40,50,60,70,80,91

1 - Especificidade

Se

ns

ibilid

ad

e

Avaliação do risco de parto prematuro através do teste da Fibronectina Fetal e da medida do colo uterino pela USTV Doutorado UNIFESP - TENILSON AMARAL OLIVEIRA, 1999

Ultrasound Obstet Gynecol 2003; 21: 135–139

Parto no Termo

Parto Pré-termo

Cervical length at 11–14 weeks’ and 22–24 weeks’ gestation evaluated by transvaginal sonography, and gestational age at delivery

Estudo prospectivo 529 gestantes

Carvalho, Bittar, Brizot, Maganha, Borges da Fonseca, Zugaib

Idade Gestacional31 semanas

Idade Gestacional32 semanas

Cerclagem

Ultrasound assessment of cervical length in threatened preterm laborUltrasound assessment of cervical length in threatened preterm labor

E. Tsoi*, S. Akmal*, S. Rane*, C. Otigbah† and KN Nicolaides*

To et al, 2000

Cervical length in multiple pregnanciesCervical length in multiple pregnancies

Reference range for cervical length in twin pregnanciesReference range for cervical length in twin pregnancies

M Fujita, M Brizot, A. Liao, L Cury, J Banduki M Zugaib

47 mm (29mm) - 13 sem47 mm (29mm) - 13 sem

32 mm (15mm) - 32 sem32 mm (15mm) - 32 sem

Sonographic measurement of cervical length in twin pregnancies in threatened Sonographic measurement of cervical length in twin pregnancies in threatened preterm laborpreterm labor

I. Fuchs*, e. Tsoi*, W. Henrich*, J. W. Dudenhausen* and K. H. Nicolaides†

Ultrasound Obstet Gynecol 2004; 23: 42–45

Gemelar

Gestação única

20% partos em 7 dias20% partos em 7 dias

10% partos em 7 dias10% partos em 7 dias

Supino

Em pé

1 min após

Em pé

2 min após

Posição da paciente

Arabin B, Ross C, Kollen B , Van Eyck JUltrasound Obstet Gynecol, 2006

Second -Trimester cervical sonography: Features other than cervical length to Second -Trimester cervical sonography: Features other than cervical length to predict spontaneous Preterm Birthpredict spontaneous Preterm Birth

N Yost, J Owen, V Berghella, C MacPherson, M Swain, G. Dildy III, M Miodovnik, O Langer,B Sibai,

RBGO 26 (3): 193-200, 2004

Pires, C R RBGO ©

Ausência do Eco Glandular Endocervical para Predição do Parto Pré-Termo

CR Pires, AF Moron, R Mattar, L Kulay Júnior - UNIFESP

361 gestantes da

população geral

USG 21 e 24 sem.

20 – 24 semanas

Após uterolíticos

Com freqüência em gestações múltiplas

Após cerclagem

Previamente à indução

Nivel de evidência científica ainda é baixo

Avaliação do colo - recomendações atuais

A sobrevida infantil [1 ano] aumenta 3% por dia de permanência in útero entre 23 e 26 semanas !

Taxa de sobrevivência de 1 ano RN Pré-Termo Extremo

Prevenção terciária - Uterolíticos

Betamiméticos são fármacos de primeira escolhaEficácia comprovada em prolongar a gestação por 24h, 48 h e 7 dias

Nenhum benefício perinatal adicional demonstrável evidência IA / GRAU DE RECOMENDAÇÃO A

Gyetvai et al. Tocolytics for preterm labor: a sistematyc review.

Obstet & Gynecol, 1999;94:869-877.

Permitir a corticoterapia e transferência Não há indicação para uso via oral

Efeitos dos corticosteróides sobre o parto pré-termo

SDR, geral

SDR, tratamento ótimo

SDR, parto < 24h

SDR, parto > 7 dias

Hemorragia intra-craniana

Enterocolite necrosante

Óbito neonatal

Infecção neonatal

Infecção neonatal / RPPM

Infecção materna

10.1

Melhora Piora

Odds Ratio (95% CI)

0.3 0.5 2P Crowley, 1994Cochrane Database

Guinn DA et al, JAMA 2001;286:1581Single vs weekly courses of antenatal corticosteroids for women at

risk of preterm delivery: randomized controlled trial

“Ciclos semanais repetidos não devem ser empregados de rotina, apenas em clinical

trials em andamento”

Trial of the Effects of Antenatal Multiple Courses of Steroids vs a single course

[ TEAMS]

[email protected]

Recomendações sobre ciclos semanais repetidos

0

10

20

30

40

50

60

70

80

90

100

500-749 750-999 1000-1499 1500-2499 >2500

9996

100

86

66

Berçário de Normais e UTI Neonatal 6.283 nascidos vivos e 16 Óbitos neonatais

Sobrevida Neonatal por faixa de peso 2004 e 2005

Janeiro de 2004 a dezembro de 2005 – Fonte Estatísticas da Maternidade- HIAE

2,5

1,7

0

1

2

3

4

5

2002-2003 2004-2005

Taxa de Mortalidade Neonatal Precoce

Meta – Manter Taxa Mortalidade Neonatal Precoce < 5 por 1000 NV.

Por

100

0 N

V

Guidelines for Perinatal Care 1997 – Am Acad Pediatrics / ACOG, EUA

2004-20056.283 nascidos vivos 16 óbitos neonatais<

7d

2002 - 20035642 nascidos vivos 10 óbitos neonatais <

7d

CIHI – 2004, Canadian Institute for Health Information, Canadá

[email protected]

Obrigado,

bom final de semana!