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WR •Nov. /Dez. • 2006 - static.weg.net · 4 Dinamismo em alto mar 7 WISE: um sistema confiável 8 Os 70 anos da Abimaq em livro 9 Abimaq espera aceleração 10 O homem e as máquinas

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INOVAR - a única saída,pois a História se repete...

“ ”O segredo da sobrevivência estána velocidade da capacidade de INOVAR.

Umberto GobbatoDiretor superintendenteda WEG Automação/Acionamentos

Desde os primórdios da História, a lógica econômica temse repetido: buscamos mercados, exploramo-los e novamentebuscamos novos mercados. Se quisermos chamar isto de“globalização”, termo mais contemporâneo... chamemos.Mas o objetivo principal, no passado e agora, tem sido sem-pre o mesmo: conquista de novos mercados. O processo serepete desde a época dos gregos com a sua globalizaçãocultural no século 5 a.C., seguido pelos romanos e, nos sé-culos XV e XVI, com as grandes descobertas - como a daAmérica - e a mercantilização geográfica praticada pelasCompanhias das Índias Ocidentais e Orientais. Mais recen-temente, tivemos as duas Guerras Mundiais e a geopolíticada “Guerra Fria”. Hoje, vivemos numa “Paz Fria” geoeconô-mica, mas a motivação tem sido sempre a mesma: o domí-nio mercadológico.

No rastro desses acontecimentos surgiram os tigres asi-áticos, depois os NICs (“newly industrialized countries”) e osemergentes. Agora a moda é o grupo do BRIC (Brasil, Rús-sia, Índia e China), no qual estamos diretamente inseridos e,por sua vez, a China se apresentando, simultaneamente,como uma ameaça e uma oportunidade.

Em todas essas mutações, observa-se o mesmo proces-so. No início o mercado é novo e promissor, oferece mão deobra barata e abundante, investe-se em capacidade fabril eabsorve-se a mão de obra disponível. Depois, com a ocupa-ção, começa haver escassez de mão de obra e o conseqüen-

te aumento do custo de produção. Por final, o mercado ouse estabiliza ou se satura. Qual o próximo passo? Buscarnovos mercados...

Quanto aos produtos, o processo é semelhante: no iní-cio saciam o interesse dos clientes por novidades, geramboas margens de lucro, atingem a maturidade, sofrem umprocesso de obsoletização, perdem margens, alguns mor-rem ou tornam-se commodities, passíveis de serem copia-dos.

O segredo da sobrevivência nessa “roda-viva” está navelocidade da capacidade de INOVAR, criando coisas novasmais rapidamente do que o inevitável processo da “commo-ditização”. Não se pode esquecer que INOVAR não é apenasgerar ou desenvolver novos produtos ou novas demandaspor parte de nossos clientes. É muito mais do que isso. INO-VAR significa também comprar bem, aproveitando a globa-lização das matérias primas e oferecer a melhor logística deabastecimento dos clientes. INOVAR significa ter o processoprodutivo mais eficiente, mesmo que com pequeno grau deautomação, para ser o mais produtivo. INOVAR é sinônimode respeitar o meio-ambiente e melhorar as condições labo-rais dos colaboradores. INOVAR é vender melhor e maximi-zar margens, bem como prestar os melhores serviços aosclientes.

Logo, INOVAR sempre tem sido a única saída, pois a his-tória se repete...

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4 Dinamismo em alto mar

7 WISE: um sistema confiável

8 Os 70 anos da Abimaq em livro

9 Abimaq espera aceleração

10 O homem e as máquinas

12 WEG: nova estrutura em 2007

19 Eu e as máquinas

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www.weg.net

Os 45 anos de sucesso da WEG são reflexo do talento,empreendedorismo, visão empresarial e muito trabalho.Poder festejar esta data é motivo de orgulho para o cidadãojaraguaense. Parabéns a todos os colaboradores do grupo.Wandér Weege, presidente da Malwee Malhas - Jaraguá doSul/SC

Nossa admiração pelos 45 anos de realização, supera-ção e dinamismo que são exemplos para nosso país. Pelocompromisso de gerar energia, trabalho e desenvolvimen-to social e econômico sustentável de toda a nossa Jaraguádo Sul.Moacir Antônio Bertoldi, prefeito - Jaraguá do Sul/SC

WEG em Revista é uma publicação da WEG. Av. Prefeito Waldemar Grubba, 3300, (47) 3372-4000, CEP 89 256-900,Jaraguá do Sul, SC. www.weg.net, [email protected]. Conselho Editorial: Jaime Richter (diretor de Marketing e RH), Paulo Donize-ti (gerente de Marketing), Edson Ewald (chefe de Marketing), Cristina Teresa Santos (jornalista responsável) e Caio Mandolesi(analista de Marketing). Edição: EDM Logos Comunicação (47) 3433-0666. Textos: Roberto Szabunia e Dalires Somavilla.

As matérias da WEG em Revista podem ser reproduzidas à vontade, citando a fonte e o autor.

Parabenizo a WEG pela passagem dos 45 anos de ativi-dades e externo meus votos de sucesso, progresso e vitóriasainda maiores no município, estado, país e exterior.Sadi Terres da Silva - Jaraguá do Sul/SC

Cumprimentamos a equipe e profissionais pela experi-ência apurada e elevado padrão de capacitação gerencial etécnica, na luta pela organização, representação e defesados interesses e de seus clientes, parceiros e colaboradores.Ênio Gomes da Silva - Florianópolis/SC

Quem sempre esteve em destaque sabe o quanto é im-portante ter competência para realizar metas e objetivos.Anderson Trapp, Maxiplan Investimentos - Joinville/SC

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:: PRÊMIO AMBIENTAL

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A WEG forneceu equipamentos para propulsão e gera-ção de energia para barcos de apoio marítimo construí-dos no estaleiro Navship, em Navegantes/SC. Geradores emotores de média tensão, painéis de comando e proteçãode motores, além de 30 transformadores entre 150 e 500kVA - todos de classe 25 kV - fazem parte do pacote forne-cido para o Navship, estaleiro do grupo norte-americanoEdison Chouest Offshore (ECO), localizado numa área de220 mil metros quadrados às margens do rio Itajaí-Açu.Especializado na construção de barcos de apoio a plata-formas de produção de óleo e gás, o Estaleiro Navship é aprimeira filial do grupo fora dos Estados Unidos, onde temquatro unidades.

A solução WEG, orçada em cerca de R$ 15 milhões, édestinada à propulsão e geração de energia das embarca-ções de apoio marítimo do tipo PSV-4.500 (Plataform Sup-ply Vessel) que estão sendo construídas no estaleiro. Du-rante a fase de construção das cinco embarcações, serãogerados mais de 300 empregos diretos. Outros empregosfixos serão criados posteriormente, quando os navios esti-verem atuando no apoio à indústria petrolífera.

A ECO

A Edison Chouest Offshore tem barcos, estaleiros e umporto de otimização das atividades no golfo do México. Oobjetivo da companhia é criar a mesma estrutura de servi-ços integrados no Brasil. Sediado na Louisiana, nos EstadosUnidos, o grupo atua há mais de 45 anos em três divisões

Propulsão edinamismo

em alto mar

O estaleiro Navship foi a única empresa da região areceber o Prêmio Fritz Müller 2006, oferecido pela Fun-dação do Meio Ambiente de Santa Catarina. O Navshipfoi laureado na categoria “gestão ambiental”. O estalei-ro adotou várias medidas para preservar o meio ambien-

de negócios: serviços de apoio marítimo, serviços de apoioterrestre e construção e reparo navais. Presta serviços aogoverno americano e às principais empresas de exploraçãoe produção de petróleo, principalmente no golfo do Méxi-co, onde atende Shell, British Petroleum, Chevron, BHP eoutros.

O grupo iniciou atividades no Brasil no final de 1991,com a criação da Alfanave Transportes Marítimos, constitu-ída sob a denominação de Chouest Serviços Marítimos Ltda.Hoje existem oito subsidiárias no Brasil, incluindo o estalei-ro Navship, que iniciou as atividades em Navegantes em2006.

Atualmente, a Alfanave tem dois barcos construídos noBrasil em operação para a Petrobras. Também operam ou-tros três de bandeira norte-americana, um para a Hallibur-ton, outro para a BJ Services, e mais um para a Petrobras.

te, como a conservação de um cinturão verde em tornoda empresa, a criação de uma estação de tratamento deesgoto, a utilização de bóias de contenção na margemdo rio Itajaí-Açu para evitar o derrame de combustíveis eo monitoramento semanal da poluição do ar e ruídos.

Sede da Edison Chouest Offshore, em Louisiana, nos EstadosUnidos

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O estaleiro do Grupo Wilson, Sons, localizado no Gua-rujá, litoral Sul paulista, é o primeiro no Brasil a construirum PSV (Platform Supply Vessel) com elevado grau de naci-onalização. As embarcações desse tipo, em geral, contamcom um índice de 40% a 45%. Já no PSV 3000 Graneleiro,em construção pela companhia, o percentual será de pelomenos 60%. Um diferencial conquistado devido à mudan-ça no sistema de propulsão, passando de mecânico para odiesel-elétrico, fabricado pela WEG.

Carlos Roberto Medeiros, gerente de setor naval da WEG,diz que a tendência desse mercado é substituir cada vezmais o sistema mecânico pelo diesel-elétrico, por inúmerasvantagens. Entre elas, o equipamento elétrico reduz o tem-po de docagem (período que a embarcação pára para rea-lizar a manutenção). Cada dia parado gera um custo emtorno de US$ 15 mil. Além disso, há uma diminuição signi-ficativa no consumo do combustível, uma vez que ele é uti-lizado para gerar energia que movimenta todo o barco.“Com isso, podemos preservar o meio ambiente de possí-veis riscos de acidentes, porque a quantidade de dieselembarcada é bem menor”, acrescenta.

A WEG fabrica todo o sistema de acionamento dos moto-res e faz a automação nesse complexo pacote elétrico paraesse tipo de navio. “Portanto, é uma tecnologia 100% nacio-nal. Todos os nossos produtos são desenvolvidos no Brasil”,afirma Medeiros. Além do sistema de propulsão, a empresa

fornece ainda grandes componentes como motores, gerado-res, quadros elétricos e painéis.

Para Adalberto Luiz Renaux Souza, diretor da Wilson,Sons Estaleiros, uma grande vantagem desse processo é queo BNDES estimula a indústria nacional com a redução detaxas de juros das linhas e créditos para os projetos feitosno Brasil.

Projeto inovador

O PSV 3000 Graneleiro, que será afretado à Petrobras,conta com outras parcerias, tornando-o um projeto inova-dor. A HRM desenvolveu os silos de pressão que, atualmen-te, todos os estaleiros importam. Além disso, o sistema decarga merece destaque, pois pela primeira vez serão forne-cidos à Petrobras silos com sistema de células de carga adi-cionada ao sistema de medição de volume. “Este sistema éinédito e desenvolvido pela empresa brasileira Symetry”,afirma o diretor do estaleiro.

O cenário positivo, para Medeiros, deve levar a uma par-ceria de longa data. “Estamos investindo muito nesse setore acreditamos que há um grande espaço para crescer.” Umaavaliação que amadurece a cada dia e já está em estudopela WEG é a possibilidade de um projeto no setor navalque elevará ainda mais o índice de nacionalização das em-barcações construídas no Brasil.

PSV Fragata tem 60% decomponentes nacionaisGrupo Wilson, Sons é o primeiro estaleiro do país a

construir um PSV com mais de 60% de componentes nacionais

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Batizado de Saveiros Fragata, o novoPSV faz parte da estratégia da Wilson, Sonsem aumentar a participação no mercadooffshore, que já conta com a operação deoutras duas embarcações que foram afre-tadas para a Petrobras por um período deseis anos e com extensão de até oito anos.A previsão é concluir as obras dessa novaembarcação no primeiro semestre de 2007.A Saveiros Camuyrano, empresa do Gru-po Wilson, Sons, também está classificadaem primeiro lugar nas propostas apresen-tadas à Petrobras nas licitações para a cons-trução de quatro PSVs para carga geral,com capacidade para o transporte de 2 mil,3 mil e 4,5 mil toneladas.

Texto: Canal de ComunicaçãoFoto: Carlos Nogueira

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Desde sua fundação, há 19 anos, a Multi-União equipamáquinas do segmento plástico com drives, motores ecomponentes WEG. Em agosto a empresa adquiriu a IHMgráfica touch screen colorida modelo PWS 6600C-P paraagregar tecnologia ao controle da máquina extrusora, oti-mizando a sua performance, com a monitoração das vari-áveis e eliminação de problemas de sincronismo.

“A WEG está atenta às novas tecnologias e sempre apre-senta soluções que podem melhorar nossos produtos”, ga-rante Luiz Carlos Pires de Camargo, diretor geral da Multi-União.

Com esse negócio, a WEG homologa o fornecimentode automação para máquinas extrusoras no ramo de plás-tico, agregando mais produtos, já que é tradicional for-necedora de drives, motores e componentes neste seg-mento.

O diretor comercial da Multi-União acredita que o su-cesso das atividades da empresa está baseado no princí-pio de parceria com fornecedores e clientes. “Este inter-câmbio tem produzido bons frutos, aumentando a com-petitividade e melhorando a qualidade dos produtos e dosserviços prestados”, garante.

Extrusão comalta tecnologia

Masterpaint aplicaWEG há dez anos

A Masterpaint fabrica máquinas para pintura e aca-bamento para a indústria moveleira e máquinas e equi-pamentos para os segmentos de calçados, couro, me-tal-mecânico, vidros e plásticos. Localizada em Caxiasdo Sul/RS, há 10 anos a empresa utiliza toda a linha demotores, inversores de freqüência, comando e sinali-zação da WEG para a produção de suas máquinas eequipamentos.

De acordo com o diretor Ronaldo Obrusnik, o su-cesso da parceria se deve ao trabalho realizado pelaárea comercial e técnica da WEG. “Temos um canal di-reto com a WEG que proporciona atendimento imedi-ato e com produtos de excelente qualidade. Os nossosclientes valorizam os produtos WEG. Além disso, a em-presa dispõe de assistência técnica em todo o Brasil etambém no exterior.”

Outro diferencial destacado por Obrusnik é a parti-cipação da WEG em projetos e produtos novos.

No plano de expansão para 2007, a Masterpaintprevê uma nova linha de máquinas com a inclusão deprodutos da linha de automação da WEG.

Máquina daMasterpaint

equipada comWEG; nodestalhe,

inversores ecomponentes

paracomando e

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:: O FORNECIMENTO

• IHM gráfica touch screen colorida modelo PWS 6600C-P• 3 inversores CFW08 com interface para Rede CANopen• 1 inversor CFW09 com placa PLC2 como Mestre da Rede

CANopen• Componentes para comando e proteção

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Máquina extrusora parafabricar canudinhos; nodetalhe, IHM PWS 6600C-P

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www.weg.netDurabilidade e confiabilidade

Sistema WISE maximizaoperação e vida útil dos

motores elétricos

• O aperfeiçoamento do fio de cobre, produzido através de processo de fabricação inovador e com grau depureza superior a 99,9%.

• A esmaltação do fio de cobre realizada com vernizes desenvolvidos especificamente para a aplicação em moto-res elétricos (Linha Lacktherm), conferindo excelentes propriedades de isolamento elétrico, alto poder de com-pactação, resistência superior à abrasão e, sobretudo, altíssima confiabilidade.

• O processo de impregnação do estator feito com resinas de alto teor de sólidos e vernizes à base de água(hidrossolúveis), ecologicamente corretos, livres de solventes nocivos à saúde (de acordo com as diretrizes ISO14000), responsável pela efetiva proteção do elemento isolante do motor, garantindo elevada rigidez mecânicaao conjunto, evitando possíveis vibrações e proporcionando maior resistência elétrica, mecânica e química.

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Cresce cada vez mais a utilização deinversores de freqüência na adequaçãodos processos produtivos industriais.Com isso, há uma necessidade de evo-lução dos motores, tornando-os aptosa operar em condições mais críticas,impostas pelo inversor ao sistema deisolamento do motor.

A WEG, fabricante de motores etambém de inversores de freqüência,vem aprimorando o sistema de isola-mento dos motores e a performance doconjunto. “Estes avanços são resultadodo contínuo investimento em P&D”, dizo engenheiro Alexandre Felipe Rodri-gues, analista de vendas do departa-mento de Vendas Técnicas da WEG.

Na busca de um processo para maxi-mizar a durabilidade e a confiabilidadedos motores, a WEG desenvolveu o ex-clusivo sistema WISE (WEG InsulationSystem Evolution), resultado do aprimo-ramento dos materiais em todas as eta-pas produtivas relacionadas ao sistemade isolamento do motor, tais como o fio,os filmes isolantes, o sistema de impreg-nação, o material impregnante e os ca-bos.

“O sistema WISE inovou o isola-mento dos motores, e esta inovaçãofoi padronizada para todos os moto-res trifásicos industriais WEG, incorpo-rando melhorias e prolongando a vidaútil dos motores”, conclui Alexandre.

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A Associação Brasileira da Indústria de Má-quinas e Equipamentos (Abimaq) vai lançar olivro A História das Máquinas, em comemora-ção aos 70 anos da entidade. A obra, com pa-trocínio da WEG, resume os vários estágios daevolução da indústria de máquinas, do inícioaté a nanotecnologia, bem como toda a histó-ria da associação.

“A história da WEG se confunde com a his-tória das máquinas no Brasil e no mundo. Todae qualquer máquina funciona com movimento.E movimento quer dizer motores, inversores eoutros produtos com a marca WEG. Com tama-nha relação de proximidade, a WEG construiusua história no segmento de máquinas basea-da na sinergia de produção e de desenvolvimen-to em conjunto”, diz Décio, justificando a par-ticipação da WEG no projeto do livro.

Simbiose

As indústrias criam e compram máquinas,que fabricam outras máquinas que atuam numprocesso que, por sua vez, vai de alguma formafacilitar a vida de cada ser humano. “E esse éum dos motivos pelos quais a WEG se orgulhade fazer parte dessa história. Como fornecedo-ra e um usuária de máquinas e equipamentos,a empresa tem uma relação de simbiose comos fabricantes e atua no dia-a-dia de todo o pla-neta, mesmo que muita gente nem perceba”,acrescenta o presidente executivo da WEG.

“Sempre antenada com o setor, sempre emlinha com as necessidades dos clientes, a WEGhoje pode se considerar, sem sombra de dúvidae sem falsa modéstia, uma profunda conhece-dora do mercado”, conclui Décio da Silva.

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No ano passado, a Abimaq observa-va sinal vermelho para o setor de má-quinas. E agora, como está o merca-do?

A queda no consumo aparente demáquinas, que passou de R$ 36,8bilhões para R$ 35,9 bilhões de ja-neiro a agosto de 2005, ante igualperíodo de 2006, comprova a pre-visão que fizemos há mais de umano de desaceleração do desempe-nho do setor. A apreciação cambialpromove a desindustrialização, acrise agrícola, o desemprego e a es-tagnação econômica. Nossa expec-tativa é que a tendência se mante-nha, caso nada seja feito no senti-do de reverter essa situação de su-pervalorização do real que, soma-do à carga tributária elevada e ju-ros escorchantes, desestimula osinvestimentos produtivos e, em úl-tima análise, o crescimento econô-mico, já que esse, como se sabe, éimpulsionado pela taxa de investi-mentos.

A Abimaq inaugurou, em junho, umescritório na China. Como a entida-de avalia este mercado?

Ao mesmo tempo como uma ame-aça e uma oportunidade. Foi comesse pensamento que a Associaçãosaiu na frente das demais entida-des empresariais do país e abriu um

escritório em Beijing, para apoiar,orientar e assessorar os fabrican-tes de máquinas e equipamentosem relação ao mercado chinês.Com o primeiro escritório interna-cional da entidade, que mantémnove regionais espalhada pelo país,a Abimaq pretende transformar adifícil concorrência chinesa emoportunidade, procurando abrirportas e atuar nesse imenso mer-cado, para o qual não podemos fi-car indiferentes.

Qual o papel da Agência de Promo-ção de Exportações e Investimento(Apex-Brasil) no processo de retoma-da do crescimento?

Os projetos da Apex-Brasil contri-buem para o aumento das expor-tações e a inclusão de novas em-presas no mercado internacional.Os sucessivos recordes das expor-tações brasileiras, verificados des-de 2003, se devem à contribuiçãoda ações empreendidas pela Agên-cia, em parceria com o setor priva-do, rumo à qualificação, à promo-ção comercial e à expansão de mer-cados, gerando massa crítica decultura exportadora como nuncaantes o país experimentou.

A Abimaq comemora 70 anos em ja-neiro de 2007. Com que saúde a en-

Os ciclosdas sete vacas

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tidade chega a essa idade?Colhendo frutos das gestões bri-lhantes que seus presidentes impri-miram, com destaque para a con-quista de fontes alternativas de re-ceitas, independente de contribui-ções associativas. A exemplo de re-sultados de exposições próprias, defeiras apoiadas, eventos, locação desalas e auditórios. Ao transformara Associação em uma empresa denegócios, com receita própria, con-seguimos viabilizar a redução dacontribuição associativa. Nessassete décadas de existência, a enti-dade extrapolou suas funções ori-ginais, da sua casa mater, que é oSindimaq, e adquiriu âmbito nacio-nal e até internacional. É funda-mental que a entidade mantenhaessa pujança e independência fi-nanceira, porque o setor de máqui-nas no país enfrenta oscilaçõesmuito fortes de mercado. Comodisse José do Egito, no Sonho doFaraó, as setes vacas gordas e assetes vacas magras representam ci-clos econômicos, e a Abimaq temque ser a moduladora desses ciclospara os seus associados, devendoestar preparada para defender osinteresses dos fabricantes em todasas esferas de atuação. Esperamoscontinuar assim, em ritmo acelera-do, por muitas décadas!

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A indústria de máquinas e equipamentos brasileira, 10ª noranking dos principais produtores mundiais de bens de capital,vem enfrentando turbulências, segundo Newton de Mello,presidente da Abimaq (Associação Brasileira da Indústria deMáquinas e Equipamentos). É o chamado “ciclo das sete vacasmagras”. Nesta entrevista exclusiva à WR, Mello analisa omercado e as perspectivas.

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A simbiose homem-máquina pode tercomeçado quando o ser humano inven-tou a roda. Esta talvez tenha sido a pri-meira máquina da história. Acredita-seque roda foi inventada há mais ou menos6 mil anos, na Ásia, mais precisamentena Mesopotâmia. Ela era de madeira ma-ciça e foi evoluindo com o tempo. Hoje,além de equipar meios de transporte - suafunção original -, a roda se presta aos maisvariados fins, na forma de engrenagens,discos, polias, volantes e tantas outras.

Seis mil anos depois, o homem viverodeado de máquinas. Constrói mecanis-mos que são utilizados para construir ou-tras máquinas, para facilitar o trabalho deconstrução de mais máquinas. Por exem-plo: o homem faz um robô, que é usadona fábrica de computadores, que ajuda ohomem a fazer uma máquina, que vai

construir um carro, e assim por diante...Tudo isso para quê? Para facilitar a vida

da mais bem elaborada máquina, que é opróprio ser humano. Uma máquina que,no lugar de engrenagens, parafusos,chips, motores e graxa, tem pele, ossos,coração, cérebro e o principal: emoções.

“Seremos todos cyborgs”

A afirmação acima foi feita pelo cien-tista norte-americano Raymond Kurzweil,nas páginas amarelas da Veja que circu-lou na semana de 15 de novembro. Entu-siasta da inteligência artificial (apesar deter achado “ridículo” o filme “AI”), Kur-zweil vê uma evolução cada vez maior datecnologia. “Os primeiros computadores- diz na entrevista - levaram anos para sercriados porque foram feitos a partir depapel, caneta, fios e chave de fenda. Ago-ra utilizamos computadores para criar aspróximas gerações em questão de horas.Estamos sempre empregando a últimatecnologia para desenvolver a próxima, eela vai ficando mais e mais poderosa.”

A se confirmarem as previsões de Ray-mond Kurzweil, uma antiga polêmica vol-tará à tona: será que as máquinas não vi-rarão o jogo? Não haverá uma “revolu-ção das máquinas” e a escravização dohomem? A ficção é pródiga em prever essavirada. Lembra da trilogia “O Extermina-

dor do Futuro”? O terceiro filme tem comosubtítulo “A Rebelião das Máquinas”. Umandróide é enviado do futuro para garan-tir que a rebelião efetivamente aconteça.E aí, Schwarzenegger é convocado parasalvar a humanidade mais uma vez.

Para o cientista Kurzweil, porém, o ris-co de uma revolução não existe: “As má-quinas inteligentes serão parte da nossacivilização. Vamos ficar cada vez mais pró-ximos delas. Vamos carregá-las no bolso,elas estarão na nossa roupa - até no nos-so corpo, expandindo a nossa própria in-teligência”. Quer mais? Raymond Kurzweiltem certeza que estará vivo para ver suasprevisões se confirmando, algumas delaspara daqui a mais de 30 anos. Detalhe:ele está com 58. Sua certeza se baseia naevolução da tecnologia.

O dia-a-dia

É provável que a humanidade, de fato,chegue a um nível tecnológico tão evolu-ído que possa construir máquinas inteli-gentes. Na verdade, é tudo uma questãode programação. No livro Para Além dasMáquinas, o filósofo tcheco-brasileiro Vi-lém Flusser diz: “O otimismo e a fé no pro-gresso imaginam que a máquina comouma escrava do homem o liberará para aatividade criativa. Ora, ´criação´ é umconceito quantificável pela informática,

“Que mais poderia fazer, se fosselivre? Talvez nada mais do que jáfaço, mas com maior alegria.Afirmaram que só o ser humanopode ser livre. A mim parece quesó alguém que quisesse aliberdade deveria ser livre.”Andrew, o robô “humanizado” deO Homem Bicentenário (Isaac Asimov)

DE HOMENS

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graças a alguns aparatos cibernéticos;pode-se demonstrar que a máquina podeser muito mais criativa do que qualquerhomem, quando um homem ou algumaoutra máquina a programam de formaadequada”.

De qualquer forma, temos milhares demáquinas que ajudam a tornar o cotidia-no mais confortável - algumas mais cria-tivas, outras apenas práticas. Pode ser quevocê esteja lendo esta matéria numa fo-lha de papel (impressa numa rotativa);mas também é possível que esteja em fren-te a um monitor, lendo a versão virtual.Desde que o gráfico alemão JohannesGutenberg inventou sua prensa com tiposmóveis, em 1450, as atividades de escritae leitura foram sendo facilitadas. Semprecom máquinas melhores e mais evoluídas.

Em nossa volta temos máquinas paratodos os gostos e aplicações. Você já co-meça o dia com o rádio-relógio te avisan-do, a cada 9 minutos, que é hora de le-vantar. No banheiro, aciona a descarga,liga o chuveiro. Na cozinha a cafeteira jáestá providenciando o café fresco. Vocêliga o carro ou pega o ônibus para ir aotrabalho. Chega de elevador ao seu an-dar, liga o computador, atende o telefo-ne, grampeia algum anexo a um docu-mento (sim, o grampeador também é umamáquina, o que mostra que não é precisoser um computador ou robô para desfru-

tar de tal status).Veja a definição do dicionário Auré-

lio:máquina. [Do grego dórico machané,

pelo latim machina] S. f. 1. Aparelho ouinstrumento próprio para comunicar mo-vimento ou para aproveitar, pôr em açãoou transformar uma energia ou um agen-te natural; motor: máquina a vapor, má-quina elétrica. 2. O conjunto orgânico daspeças dum instrumento; maquinismo,mecanismo.

E por aí vai o verbete, ocupando umacoluna inteira de alto a baixo, além de maisuma coluna com os termos correlatos.

E não dá para escrever sobre máqui-nas sem citar a Revolução Industrial. Seugrande objetivo, afinal, foi a substituiçãodas ferramentas pelas máquinas, da ener-gia humana pela energia motriz e domodo de produção doméstico pelo siste-ma fabril. A mecanização da indústria éum dos grandes marcos do período, juns-tamente com a construção de estradas deferro, locomotivas, vagões, navios e ou-tros equipamentos.

Foi na Revolução Industrial que se des-tacaram nomes importantes no desenvol-vimento das máquinas, como ThomasNewcomen (inventor de uma máquina paradrenar a água acumulada nas minas decarvão; patenteada em 1705, foi a primei-ra máquina movida a vapor), James Watt,

:: PARA SABER MAISLITERATURAEu, Robô e O Homem Bicentenário, de Isa-

ac AsimovTrem Fantasma: a Modernidade na Selva,

de Francisco Foot Hartmann (a obranarra a saga da ferrovia Madeira-Ma-moré, levando as máquinas para o in-terior da selva amazônica)

CINEMAEu, Robô (Alex Proyas, 2004)Tempos Modernos (C. Chaplin, 1936)

George Stephenson, Matthew Boulton,Alessandro Volta e Thomas Edison. Da In-glaterra, onde começou por volta de 1760,o movimento espalhou-se pela Europa apartir de 1850, estendendo-se até o iníciodo século XX, quando surgem os conglo-merados industriais e multinacionais.

E as máquinas, cada vez mais, são uti-lizadas para construir outras máquinas. Oséculo passado marcou a automatização,a produção em série e a explosão do con-sumo de massas. Avançaram os meios decomunicação, a indústria química e eletrô-nica, a engenharia genética, a robótica...

E, no centro de tudo, o homem, a maisperfeita máquina já desenvolvida.

ROBERTO SZABUNIA

E MÁQUINAS

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Em constante reinvenção

A partir de janeiro de 2007 o orga-nograma da WEG terá mudanças,adaptando-se às necessidades do mer-cado globalizado e mantendo uma vo-cação de se reinventar constantemen-te. “Para crescer no mundo em perma-nente evolução, uma empresa precisafazer muito mais do que simples mu-danças: precisa se reinventar. A WEGfaz isso desde sua fundação, há 45anos: passou de fabricante de produ-tos para fornecedora de soluções; deempresa nacional para multinacional”,diz o presidente executivo do grupo,Décio da Silva.

WEG completa mais um ciclo de evolução, com mudanças estruturais

No início do ano que vem, as em-presas que formam o Grupo WEG pas-sam a ser organizadas em quatro gran-des negócios: Energia, Automação,Motores e Tintas. A mudança reflete aintegração de cada negócio ao forne-cimento de soluções completas, ummercado onde a WEG tem atuado cadavez mais.

No exterior foram criadas UnidadesRegionais, ligadas à nova Diretoria Cor-porativa Internacional. As diretorias decada mercado passam a ter sede forado Brasil: a diretoria da América do Nor-te ficará nos Estados Unidos; a da Eu-

ropa em Portugal e a da Ásia na China.“Todo esse esforço - acrescenta Dé-

cio da Silva - tem um objetivo primor-dial: continuar atendendo nossos cli-entes de forma mais próxima, desen-volvendo soluções em conjunto e co-nhecendo a fundo cada segmento demercado.”

Com nova estrutura e novas dire-torias, a A WEG muda para continuarsendo uma empresa pró-ativa, foca-da nos clientes e nas pessoas. Sempreinovando, crescendo e criando opor-tunidades de desenvolvimento.

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Rapidez e precisão comservoacionamentos WEG

ENG. ANGELO LUIS PAGLIOSA MSCENG. JONATAS ALEX RIBEIRO

APLICAÇÃO E VENDAS DE DRIVES E AUTOMAÇÃO

O servoconversor é constituído de malhas de controleem cascata, como apresentado na figura 1.2, que contro-lam variáveis de dinâmica rápida. A estrutura de controleapresenta algumas vantagens sobre esquemas diretos, comoprocedimentos para diagnóstico de falhas, proteção e faci-lidade no projeto dos controladores de torque, velocidadee posição.

(FIGURA 1.1 - RESOLVER)

Quando apenas a malha de controle de corrente estáem operação, o servoconversor controla o torque do servo-motor, pois o torque é proporcional à corrente. Neste modode operação, a velocidade varia em função da carga. Já noModo de Controle de Velocidade, o servoconversor contro-la a velocidade do servomotor e o torque varia em funçãoda carga. Este modo de operação é semelhante ao funcio-namento de um inversor de freqüência, porém com dinâ-mica superior. Finalmente, o Modo de Controle de Posiçãotem o objetivo de realizar um deslocamento preciso comelevada dinâmica.

(FIGURA 1.2 - ESQUEMA DE CONTROLE)

As aplicações de servoacionamentos crescem a cada dia,impulsionadas pelo aumento de produtividade e qualida-de, em conseqüência da busca de máquinas mais rápidas eprecisas. Quando comparadas às soluções com inversoresde freqüência e motores de indução, as principais vanta-gens do servoacionamento são: rápida aceleração, grandeprecisão de velocidade, maior controle de torque, aliado àpossibilidade de controle de posição.

O servoacionamento é um conjunto formado por umservomotor (Motor Síncrono de Ímãs Permanentes - MSIP)e um servoconversor capaz de seguir fielmente uma refe-rência de torque, velocidade ou posição. Quando o servoa-cionamento segue uma referência de velocidade, não sig-nifica seguir apenas no menor erro possível, mas tambémacompanhar as variações abruptas. Por exemplo: de zero àmáxima em frações de segundo, possibilitando implemen-tar um grande número de operações por ciclo de trabalho.

A técnica de controle vetorial é usada no modelamentodos servoacionamentos. O objetivo é separar a componen-te de torque da corrente da componente de fluxo, com avantagem de que esse controle não provoca oscilações detorque.

1. Características construtivasdo servoacionamento

Com a disponibilidade de ímãs com elevado magnetis-mo remanente e altas forças coercitivas, como o Nd-Fe-B (ne-odímio-ferro-boro), os MSIP se tornaram uma opção atrati-va para servomotores de potência até 10 kW. Estes materiaisrequerem menos volume para a construção dos servomoto-res e praticamente não podem ser desmagnetizados aciden-talmente por elevadas correntes de curto. O MSIP é constitu-ído por um estator com enrolamentos de fases distribuídasde forma semelhante aos dos motores assíncronos. O nú-cleo magnético do estator é constituído de aço laminadocom ranhuras para alojar os condutores dos enrolamentos.Já o rotor é constituído de pares de ímãs permanentes distri-buídos ao longo da sua superfície.

Os servoconversores necessitam de informações de po-sição e/ou velocidade para o controle dos servomotores.Estas informações são medidas por meio de sensores.

O tipo de sensor utilizado nos servomotores WEG é o“Resolver”, um transformador rotativo de alta freqüência(10 kHz). O primário está situado no rotor e existem doissecundários em quadratura no estator, conforme figura 1.1.

As amplitudes e fases das tensões induzidas nos secundári-os são em função da posição do rotor. Um circuito condici-onador processa as tensões induzidas nos secundários for-necendo uma tensão proporcional à posição.

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2. DimensionamentoO dimensionamento do servoacionamento para uma de-

terminada aplicação requer conhecimento dos parâmetrosde operação da carga a ser movimentada. O desenvolvi-mento de uma máquina acionada por servo depende espe-cificamente das áreas de elementos de máquinas (mecâni-ca) e eletroeletrônica. Diversos critérios de otimização po-dem ser empregados para nortear o projeto de um equipa-mento. Apenas para citar alguns critérios, tem-se: menorconsumo de potência mecânica, menor tempo gasto paraa realização da tarefa, movimento mais suave, melhor rela-ção entre carga movida e rigidez da transmissão etc. Por-tanto, convém ao projetista de máquina que sejam bemdefinidas as aplicações do equipamento, bem como os seusparâmetros de operação, para que se obtenha o melhordesempenho possível do conjunto acionamento e cargamovida.

3. AplicaçõesOs servoacionamentos WEG são utilizados nas mais di-

versas aplicações industriais, nas quais elevada dinâmica,controle de torque, precisão de velocidade e posicionamentosão fatores decisivos para a produtividade. Todas estas ca-racterísticas estão aliadas a um baixo custo, elevada perfor-mance e robustez. Seguem alguns exemplos das principaisaplicações de servoacionamentos.

3.1 Sistemas de posicionamentoFazem parte desta aplicação: esteiras com paradas pro-

gramadas, mesas giratórias, alimentadores de prensas,máquinas de corte e solda, máquinas gráficas e outras. Aprogramação do servoconversor é variada, dependendo dotipo da aplicação. No modo velocidade, o servoconversormantém a velocidade constante no valor determinado pelareferência. Já o modo de posição é baseado no sentido de

giro e passo de deslocamento, mantendo a posição do ser-vomotor no valor determinado pela referência de posição.

3.2 Máquinas-ferramentaNeste tipo de máquina, geralmente utiliza-se um Co-

mando Numérico Computadorizado (CNC) para comandaro movimento entre a peça e a ferramenta de corte. O CNCenvia ao servoconversor um sinal de referência de velocida-de (analógico ou digital), a partir de uma instrução de co-mando de posição, e recebe como realimentação os sinaisde sistema de medição de posição, que podem ser: umasaída de simulador de encoder do servoconversor, um en-coder ou uma régua ótica acoplada diretamente na máqui-na. Na usinagem de materiais, geralmente, é feita pela com-binação de dois movimentos, um da peça (eixo-árvore) eoutro da ferramenta (servoacionamento), sendo que os doisdevem ser executados em sincronismo.

3.3 Sistemas de dosagemEsta aplicação utiliza servoacionamento devido à neces-

sidade de se obter um controle preciso de quantidade, vo-lume ou vazão. O controle do servoacionamento pode serfeito através da velocidade ou posição, variando de máqui-na para máquina. O parâmetro de dosagem pode ser deter-minado em função do processo, como corrente, pressão,vazão, temperatura etc.

Os servoconversores podem ser acoplados a controlesde movimento externos, como CNCs, CLPs e outros disposi-tivos, formando um sistema de automação.

(FIGURA 1.3 - SERVOMOTORES)

(FIGURA 1.4 - FAMÍLIA

DE SERVOCONVERSORES)

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A utilização de CLP emmáquinas industriais

ENG. MARCELO DA SILVA CARACA - APLICAÇÃO E VENDAS DE DRIVES E AUTOMAÇÃO

Desde seu surgimento, em meados dos anos 60, o con-trolador lógico programável é elemento fundamental nacomposição de uma máquina industrial. No princípio suautilização era restrita ao segmento automotivo, mas empoucos anos já era utilizado em vários segmentos da indús-tria: alimentícia, de embalagens, têxtil, farmacêutica, plás-ticos etc.

Inicialmente projetado para controlar lógicas de intertra-vamentos, substituindo os comandos a relés, teve seu foco

mudado ao longo dos anos. Atualmente sua responsabilida-de é bem maior, não se resumindo ao nível de chão de fábri-ca, mas atingindo níveis corporativos, abastecendo-os de in-formações essenciais para o controle de uma fábrica.

Os tipos de sinais provenientes de uma máquina indus-trial geralmente são divididos entre analógicos e digitais.As quantidades destes sinais, juntamente com a maneiracomo eles devem ser tratados, serão decisivas para a defini-ção do porte do CLP e da configuração a ser utilizada.

Considerando esta divisão, e ainda separando estes si-nais entre entradas e saídas, temos os seguintes exemplos:

Os inversores de freqüência fazem parte do dia-a-diahá muito tempo. Muitas vezes, sem perceber, as pessoasusufruem os benefícios que eles oferecem. São equipa-mentos a serviço da criatividade dos fabricantes de má-quinas, que algumas vezes, para definir sua satisfação,comentam: “Os inversores de freqüência nasceram paraminha aplicação”. De uma máquina de sorvete ou de mis-tura de massa a esteiras ergométricas, operadores de por-tas de elevadores, centrífugas, bobinadores, pontes-rolan-tes, elevadores residenciais, sistemas de ar condicionado,tornos, compressores, sistemas de bombeamento, injeto-ras... Enfim, em todos os segmentos residenciais e, princi-palmente, industriais, existem máquinas que utilizam estetipo de equipamento.

Os benefícios são muitos: economia de energia, redu-ção de desgaste mecânico, flexibilidade de operação. Alémdisto, os inversores dispõem de inúmeros recursos que fa-cilitam sua instalação e operação. Os principais:

- Possibilidade de comunicação via redes Fieldbus, quereduz a quantidade de cabos de comando na instalação,

oferecendo aumento da confiabilidade e padronização deprotocolos, que possibilita integração de equipamentos,inclusive de outros fabricantes.

- Placa PLC, opcional que possibilita utilizar, além dasentradas e saídas disponíveis na placa PLC, também as en-tradas e saídas analógicas e digitais, já disponíveis no in-versor, tornando-as programáveis e possibilitando utilizá-las em comandos onde antes era necessária a utilizaçãode um PLC externo.

- Regulador PID, que possibilita o controle de grande-zas de processos, tais como pressão ou vazão em sistemasde bombeamento, temperatura em sistemas de ar condi-cionado, pressão em sistemas pneumáticos e corrente detrabalho (A) de grandes motores aplicados em moinhos,através do controle do alimentador do moinho.

- Controle escalar, vetorial sensorless e vetorial com en-coder, possibilitando utilização em todas as aplicações, dasmais simples às mais complexas, onde muitas vezes dinâ-mica, precisão de velocidade e controle de torque são exi-gidos.

- Interface homem-máquina com display de fácil visu-alização, permitindo a leitura das grandezas do motor oudo processo.

Inversores de freqüênciaa serviço da criatividade

ENG. CLAUS KIRSTEN - APLICAÇÃO E VENDAS DE DRIVES E AUTOMAÇÃO

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awww.weg.netENTRADAS DIGITAIS: botões liga/desliga, chaves de emer-

gência, chaves seletoras, sensores de presença, fins de curso etc.SAÍDAS DIGITAIS: válvulas solenóides, acionamento de

motores (sinais para contatores, soft-starters e inversoresde freqüência), sinalização (defeito, ligado, desligado) etc.

ENTRADAS ANALÓGICAS: sensores de pressão, tempe-ratura, vazão, velocidade, réguas analógicas de posição etc.

SAÍDAS ANALÓGICAS: controle de velocidade de motoresatravés de inversores, servomotores, válvulas proporcionais etc.

Por meio destes sinais, uma máquina pode ser totalmentecontrolada e supervisionada, porém, em grande parte doscasos, será necessário um dispositivo que faça a interfaceentre o homem e a máquina, mais conhecido no mercadocomo IHM, permitindo que seja informada a ação que oCLP deve executar e também valores que devam ser consi-derados nos controles onde ele é o responsável.

Este equipamento é especificado levando em considera-ção o número de informações que deve ser trocado entre oCLP e o operador e também a maneira como deverão serapresentadas estas informações.

Linha de IHMsPara complementar a linha de CLPs, a WEG oferece in-

terfaces homem-máquina gráficas, com opções touch-scre-en ou com teclado de função. Estas IHMs podem se comu-nicar com a linha de CLP TP02 por um protocolo direto oucom a linha de inversores de freqüência CFW-09 e CFW-08 ede servoacionamentos SCA05 através do protocolo Mod-bus. Com exceção do modelo PWS6300S-S, as IHMs podemoperar em dois protocolos simultâneos, comunicando-secom um TP02 através de uma porta serial denominada COM1pelo protocolo direto do TP02 e também com uma série deinversores através da porta COM2 pelo protocolo Modbus.(Abaixo, um resumo destas IHMs.)

Linha de CLPs WEG

A WEG oferece opções para automação de máquinasde pequeno e médio portes, com as linhas de CLPs CLIC 02e TP-02.

Toda a tecnologia utilizada na automação e con-trole de máquinas tem como principal objetivo aumen-tar a produtividade e a segurança dos operadores ereduzir o tempo de máquina parada, provocado pordefeitos em qualquer local da máquina. Somente esteaumento de custo-benefício poderia permitir os altosinvestimentos feitos na construção destas máquinas.

Com o avanço contínuo da tecnologia, tanto na

Display

LCDCPU

MemóriaPorta serial

Alimentação/potênciaTeclado de funçõesDimensões externas

(mm) AxLxP

PWS 6300S-S3”

160x80Monocromático STN

16 tons de cinzaRISC 32 bits

4MB Flash ROMCOM2

(RS232/422/485)24 Vcc (8 W)

16 teclas173,00 x 105,50 x 51,79

PWS 6500S-S4,7” (TOUCH)

240x128Monocromático STN

4 tons de azulRISC 32 bits

4MB Flash ROMCOM1 e 2

(RS232/422/485)24 Vcc (12 W)

Não168,00 x 100,00 x 51,00

PWS 6600C-P5,7” (TOUCH)

320x240Colorido STN

256 coresRISC 32 bits

4MB Flash ROMCOM1 (RS232/485) e

COM2 (RS232/422/485)24 Vcc (20 W)

5 teclas + 1 menu195,00 x 145,00 x 59,10

PWS 3261 TFT10,4” (TOUCH)

640x480Colorido TFT

256 coresRISC 32 bits

4MB Flash ROMCOM 1 e 2

(RS232/422/485)24 Vcc (20 W)

Não309,00 x 235,00 x 82,50

CO

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LUSÃ

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área industrial como nos outros setores, atualmente exis-tem redes industriais com o objetivo de tornar mais sim-ples e confiáveis os sinais coletados no campo.

As redes, como dito no início, permitem trocar in-formações com níveis corporativos das empresas, pos-sibilitando uma completa integração entre o que estáse vendendo e o que está sendo produzido.

:: CLIC 02

• Unidades básicas de 10,12 e 20 pontos• Módulos de expansão de 4 entradas e 4 saídas• Saídas a relé e a transistor• Configuração máxima de 44 pontos• Alimentação das entradas digitais e das unidades bási-

cas em 12 Vcc, 24 Vcc e 110/220 Vca (50/60 Hz)• Relógio de tempo real• Entradas analógicas• Display LCD 4 linhas e 12 caracteres• Função de IHM no display• Comunicação RS485 no protocolo Modbus (somente

nos modelos 20VR-D e 20VT-D)

:: TP-02

• Unidades básicas de 20, 28, 40 e 60 pontos• Módulos de expansão de 16 e 32 pontos• Saídas a relé e transistor• Configuração máxima de 124 pontos digitais e 10 pon-

tos analógicos• Alimentação das unidades básicas em 24 Vcc (40 e 60

pontos) e 110/220 Vca (50/60 Hz)• Relógio de tempo real (modelos 40 e 60)• Entradas e saídas analógicas• Contadores rápidos de até 10 kHz

A íntegra das matérias desta página você lê no site www.weg.netW

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Confira os vencedores da sexta edi-ção do Concurso WEG de Conservaçãode Energia, que movimentou 2.542 alu-nos de 95 escolas de todo o Brasil.

WEG na Fenasucro

O Instituto Rã-Bugio para Con-servação da Biodiversidade distri-buiu, em parceria com a WEG, umacartilha ambiental sobre o rio Ita-pocu, o principal da região de Ja-raguá do Sul, abordando proble-mas de degradação que afetam aprodução e qualidade da água. Dis-tribuída entre alunos do ensinofundamental de Jaraguá do Sul edemais municípios do Vale do Ita-pocu, a cartilha foi produzida peloInstituto Rã-Bugio, uma das princi-pais ONGs ambientalistas do Sul.(05/10/06)

A WEG forneceu quatro transforma-dores em 230kV de alta complexidadede tensão para a Eletronorte, visandoaumentar a capacidade do sistema iso-lado da transmissora. É o maior forne-cimento de transformadores WEG paraa empresa. As peças pesam cerca de 100toneladas cada. (10/10/06)

Inscrições abertas

Estão abertas as inscrições para es-tagiários e trainees WEG. O Progra-ma de Estágios é direcionado a estu-dantes de cursos técnicos e gradua-ção que necessitam do estágio para aconclusão do curso. O Programa deTrainees é direcionado a recém-forma-dos em curso superior. Mais informa-ções no site www.weg.net. (23/10/06)

CTEEP amplia subestação

A unidade de transformadores da WEG e a CTEEP - Cia. de Transmissão de EnergiaElétrica Paulista - celebram contrato que resultará no fornecimento da ampliação daSubestação Embu-Guaçu de 440 kV (foto acima), localizada na cidade de mesmonome, na Grande São Paulo. É um dos maiores pacotes do gênero. (16/10/06)

CURSO TÉCNICOFundação Escola Técnica Liberato Salza-no Vieira da Cunha - Novo Hamburgo -RS • Centro Federal de Educação Tecno-lógica do Espírito Santo - Vitória - ES •Escola Técnica de Americana - America-na - SP

CURSO SUPERIORUniversidade Federal do Rio Grande doSul - Porto Alegre - RS • UniversidadeFederal do Espírito Santo - Vitória - ES •Universidade Federal de São João del Rei- São João Del Rei - MG

(13/10/06)

Os vencedoresdo 6º Concurso

O maior pacotepara a Eletronorte

Maior evento sucroalcooleiro domundo, a 15ª Fenasucro - Feira Interna-cional da Indústria Sucroalcooleira - e a4ª Agrocana - Feira de Negócios e Tec-nologia da Agricultura da Cana-de-Açú-car - deve gerar mais de R$ 1,5 bilhãoem negócios. O estande da WEG rece-beu a visita do vice-presidente da Repú-blica, José Alencar. (28/09/06)

Cartilha ambientalnas escolas

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Máquina sinistra

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Nasci na era das máqui-nas. Quem lê vai achar quesou moderno, mas é demáquina de escrever queestou falando. Pertenço auma geração que só con-seguia emprego decente sesoubesse datilografar. Depreferência usando os dezdedos e sem olhar. O sujei-to podia até ser analfabe-to, mas se tivesse datilo-grafia era contratado.

A máquina de escreverreinava absoluta nos escri-tórios, e sua batucada sóeventualmente era des-compassada pelo girar damanivela de alguma má-quina de calcular. Sim, asmáquinas de calcular ti-nham manivela, como noscarros antigos. Acho queservia para dar partida emseu cérebro mecânico.

Eu era adolescente quando apren-di datilografia em um colégio norte-americano. Era estudante de intercâm-bio e aprendi a datilografar só em in-glês. Por isso até hoje preciso olhar paraas teclas na hora dos acentos. Tambémfaltei na aula dos números, daí minhamaior familiaridade com as letras.

Já crescido, fiz vários trabalhos detradução usando uma levíssima máqui-na de escrever portátil, o equivalentedos atuais laptops. Se era rápida? Mui-to. Não parava quieta na escrivaninha.Deslizava de um lado para o outro en-quanto meus dedos trotavam perse-guindo suas teclas.

Como não existia a tecla do arre-pendimento, às vezes eu tinha de dati-lografar o documento inteiro de novosó para entregá-lo sem rasuras. Tam-bém era comum eu achar que o textoestava bom do jeito medíocre que saiu

na primeira tentativa, só para evitarescrever tudo de novo e tropeçar naúltima palavra. Muitos dos grandes ro-mances daquela época teriam outrodesfecho se fossem escritos em um pro-cessador de textos.

A geração mais nova pode acharque no tempo da máquina de escrevera vida era complicada. Não era. Com-plicada mesmo ficou depois, quandoapareceu aquele objeto estranho nasmesas de algumas empresas: o com-putador pessoal. Quando dizem que oscomputadores causaram uma revolu-ção, eu concordo. Éramos nós contraeles.

Qualquer pessoa da minha idadesabe o que é sentir pavor diante danovidade. Minha geração só descobriuque a convivência seria possível quan-do começou a tratar o computadorcomo se fosse mulher. Era só não ten-tar entender como funcionava que

tudo dava certo, com avantagem de ainda ter umbotão para ligar e desli-gar.

A chegada do compu-tador na empresa erasempre cercada de des-crédito, piadas e risadasnervosas, como as pesso-as costumam fazer emvelórios e momentos deprofundo estresse emedo. Em alguns casosocorriam manifestações,revoltas ou bolsões de re-sistência.

Sim, porque o que nãofaltavam eram teoriasconspiratórias. Uma eraque os jogos que vinhamde brinde serviam paradistrair os usuários en-quanto os computadorestomavam seus empregos.

Seriam a versão moderna dos espelhi-nhos que os colonizadores davam aosíndios para distraí-los e tomar suas ter-ras.

Como se não bastasse a dificulda-de por ser tudo em inglês, os compu-tadores despertavam também suspei-tas mais sinistras. Alguns acreditavamexistir um poder oculto por detrás docursor, prova inequívoca de um bati-mento cardíaco, e dos trabalhos quedesapareciam misteriosamente quan-do faltava luz.

Tudo isso preocupou um amigo,quando comprou um dos primeiroscomputadores que desembarcaramaqui. Examinou com cuidado o que vi-nha na caixa e ligou apavorado:

— Não estou gostando nada dis-so... tem um disquete aqui que nãoparece ser coisa boa...

— O que diz a etiqueta?— Demo!

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