66
XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC Direito Civil FAMÍLIA e SUCESSÕES Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos

XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Embed Size (px)

Citation preview

Page 1: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

XXII Exame de Ordem

REVISÃO TURBO – CEISCDireito Civil – FAMÍLIA e SUCESSÕES

Profa. Dra. Maitê Damé Teixeira Lemos

Page 2: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

DIREITO MATRIMONIAL

Page 3: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Esponsais

Comprova o compromisso assumido entre os nubentes, que demonstre a intenção de casar.

Promessa de casamento.

Noivado; confecção dos convites; habilitação.

Acarreta responsabilidade extracontratual, podendo haver direito a indenização no caso

de ruptura injustificada – art. 186, CC.

Dano moral: discutível. Meros dissabores x humilhação pública.

Dano material: comprovação de despesas efetivamente feitas com o casamento

(pagamento dos convites, do buffet, do salão de festas, multas em razão da quebra

contratual, etc.).

Casamento civil e religioso com efeitos civis – diferenças e semelhanças

Civil: realizado perante o oficial do Cartório do Registro Civil. Art. 1.512, CC.

Religioso com efeitos civis: arts. 1.515 e 1.516, CC. Não é necessária a

celebração do ato civil, basta que o matrimônio realizado pelo ministro de

Deus (de qualquer religião, não só o casamento católico) e seja registrado no

Cartório de Registro Civil. APENAS A CELEBRAÇÃO É DIFERENTE.

Page 4: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Capacidade para o casamento 16 a 18 anos – necessidade de autorização dos pais.

Consentimento: se um dos pais permitir e o outro não, a solução é pedir autorização

judicial. Não deve casar. Pode ser retirado até a celebração.

Indivíduo emancipado não precisa da autorização dos genitores.

Possibilidade de casamento de menor de 16 anos: em razão da gravidez da mulher.

Deve haver permissão judicial (art. 1.520, CC). Regime de separação obrigatória de

bens (art. 1.641, III)

Habilitação Corre perante o Registro Civil

Momento de averiguar a capacidade e eventual impedimento.

Definir o regime de bens.

Celebração No Cartório = 2 testemunhas

Fora = 4 testemunhas + portas abertas

Casamento civil – celebração por juiz de paz

Page 5: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Impedimentos Art. 1.521, CC = não PODE casar

MATRIMÔNIO REALIZADO COM INOBSERVÂNCIA DE IMPEDIMENTO = nulo (art. 1.548, II,

CC) – interessados ou o MP poderão, a qualquer tempo, buscar a nulidade (art. 1.549,

CC).

Causa suspensiva

Art. 1.523, CC = não DEVE casar

MATRIMÔNIO REALIZADO COM INOBSERVÂNCIA DE CAUSA SUSPENSIVA = imposição do

regime de separação obrigatória (art. 1.641, I, CC).

Casamento nulo e anulável

NULO = celebrado com inobservância à impedimentos. Não prescreve.

ANULÁVEL = situações do art. 1.550, CC. Prazos prescricionais exíguos.

Enquanto estiver em vigência, produz efeitos.

Depois da sentença = efeito retroativo (art. 1.563, CC) - dissolução do vínculo, como se

nunca tivesse ocorrido (volta a ser solteiro).

Page 6: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

VI EXAME - Rejane, solteira, com 16 anos de idade, órfã de mãe

e devidamente autorizada por seu pai, casa-se com Jarbas, filho

de sua tia materna, sendo ele solteiro e capaz, com 23 anos de

idade. A respeito do casamento realizado, é correto afirmar que

é

(A) nulo, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane e

Jarbas.

(B) é anulável, tendo em vista que, por ser órfã de mãe, Rejane

deveria obter autorização judicial a fim de suprir o

consentimento materno.

(C) válido.

(D) anulável, tendo em vista o parentesco existente entre Rejane

e Jarbas.

(C) válido.

Page 7: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

REGIME DE BENS

Page 8: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Mutabilidade do regime de bens Pedido motivado ao juiz, feito por ambos os cônjuges e com a garantia do direito de

terceiros – art.1.639, § 2.º, CC.

Pacto antenupcial Escritura pública; antes da habilitação (encaminha junto com a habilitação); dispor de

regras patrimoniais (art. 1.653, CC).

Não havendo convenção, ou sendo esta nula ou ineficaz (pelo estabelecimento de

cláusulas que não sejam possíveis) regime da CPB (art. 1.640, CC).

Sem o pacto antenupcial o regime que deve constar no casamento é o regime legal

(comunhão parcial de bens).

Outorga conjugal

Regra = necessidade de autorização conjugal. Arts. 1.647 a 1.650 do CC.

Exceção:

No regime da separação convencional de bens.

Na separação obrigatória a súmula 377, STF é aplicada.

No regime da participação final nos aquestos, quando o casal convencionar a livre

disposição dos bens.

Page 9: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

BENS INCOMUNICÁVEIS: constituem o patrimônio pessoal dos consortes (arts. 1.659 e 1.661).

Art. 1.659. Excluem-se da comunhão:

I - os bens que cada cônjuge possuir ao casar, e os que lhe sobrevierem, na constância do casamento,

por doação ou sucessão, e os sub-rogados em seu lugar;

II - os bens adquiridos com valores exclusivamente pertencentes a um dos cônjuges em sub-rogação dos

bens particulares;

III - as obrigações anteriores ao casamento;

IV - as obrigações provenientes de atos ilícitos, salvo reversão em proveito do casal;

V - os bens de uso pessoal, os livros e instrumentos de profissão;

VI - os proventos do trabalho pessoal de cada cônjuge;

VII - as pensões, meios-soldos, montepios e outras rendas semelhantes.

Art. 1.661. São incomunicáveis os bens cuja aquisição tiver por título uma causa anterior ao casamento.

BENS COMUNICÁVEIS: integram o patrimônio comum (art. 1.660).

Art. 1.660. Entram na comunhão:

I - os bens adquiridos na constância do casamento por título oneroso, ainda que só em nome de um dos

cônjuges;

II - os bens adquiridos por fato eventual, com ou sem o concurso de trabalho ou despesa anterior;

III - os bens adquiridos por doação, herança ou legado, em favor de ambos os cônjuges;

IV - as benfeitorias em bens particulares de cada cônjuge;

V - os frutos dos bens comuns, ou dos particulares de cada cônjuge, percebidos na constância do

casamento, ou pendentes ao tempo de cessar a comunhão.

Comunhão parcial de bens

Page 10: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

BENS INCOMUNICÁVEIS: arts. 1.668.

Art. 1.668. São excluídos da comunhão:

I - os bens doados ou herdados com a cláusula de incomunicabilidade e os sub-rogados

em seu lugar;

II - os bens gravados de fideicomisso e o direito do herdeiro fideicomissário, antes de

realizada a condição suspensiva;

III - as dívidas anteriores ao casamento, salvo se provierem de despesas com seus

aprestos, ou reverterem em proveito comum;

IV - as doações antenupciais feitas por um dos cônjuges ao outro com a cláusula de

incomunicabilidade;

V - Os bens referidos nos incisos V a VII do art. 1.659.

Os cônjuges, casados sob esse regime, não podem constituir sociedade entre si (art. 977,

CC).

Comunhão universal de bens

Page 11: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Existem cinco universalidades de patrimônios: 1. Os bens particulares que cada um

possuía antes de casar; 2. Os bens que o outro já possuía; 3. O patrimônio adquirido

por um dos cônjuges, em nome próprio, após o matrimônio; 4. Os adquiridos pelo

outro, em seu nome, após o casamento; 5. Os bens comuns, adquiridos pelo casal.

A participação ocorrerá sobre o patrimônio adquirido, de forma onerosa, pelo outro,

mas através de um crédito e não pela constituição de condomínio sobre o patrimônio.

Significa dizer que o direito não é sobre o patrimônio, mas sim sobre eventual saldo

após as compensações dos acréscimos de cada um.

Há uma expectativa de crédito (que só configura-se ao final). Não se trata de

meação, mas de crédito a receber.

Participação final nos aquestos

Page 12: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Separação de bens

Cada um possui o seu patrimônio (bens e dívidas anteriores e

posteriores ao matrimônio).

Existem dois patrimônios bem separados: o do marido e o da

mulher.

Não há qualquer comunicação de bens.

Qualquer dos cônjuges pode alienar ou gravar seus bens sem

anuência do outro cônjuge.

Separação obrigatória – incidência da súmula 377, STF.

Page 13: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME X - Amélia e Alberto são casados pelo regime de

comunhão parcial de bens. Alfredo, amigo de Alberto, pede

que ele seja seu fiador na compra de um imóvel.

Diante da situação apresentada, assinale a afirmativa

correta.

A) A garantia acessória poderá ser prestada exclusivamente

por Alberto.

B) A outorga de Amélia se fará indispensável, independente

do regime de bens.

C) A fiança, se prestada por Alberto sem o consentimento

de Amélia, será anulável.

D) A anulação do aval somente poderá ser pleiteada por

Amélia durante o período em que estiver casada.

C) A fiança, se prestada por Alberto sem o consentimento de Amélia,

será anulável. Art. 1.647, III, CC.

Page 14: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XI - A escritura pública, lavrada em notas de tabelião, é documento

dotado de fé pública, notadamente no que tange ao fato de o ato de

declaração ter sido praticado na presença do tabelião e ter sido feita sua

regular anotação em assentos próprios, o que não importa na veracidade

quanto ao conteúdo declarado.

A respeito desse tema, assinale a afirmativa correta.

A) Aos cônjuges ou à entidade familiar é vedado destinar parte do seu

patrimônio para instituir bem de família por escritura pública, cuja forma

legal exige testamento.

B) A escritura pública é essencial para a validade do pacto antenupcial,

devendo ser declarado nulo se não atender à forma exigida por lei.

C) A partilha amigável entre herdeiros capazes será feita por termo nos

autos do inventário ou por escritura pública, não se admitindo escrito

particular, ainda que homologado pelo Juiz.

D) A doação será realizada por meio de escritura pública ou instrumento

particular, não tendo validade a doação verbal, tendo em vista ser

expressamente vedada pela norma.

B) A escritura pública é essencial para a validade do pacto antenupcial, devendo ser

declarado nulo se não atender à forma exigida por lei.

Page 15: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XVIII - Roberto e Ana casaram-se, em 2005, pelo regime da

comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os

recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes. Em

2014, Roberto foi agraciado com uma casa em Santa Teresa, fruto da

herança de sua tia. Em 2015, Roberto e Ana se separaram. Tendo em vista

o regime de bens do casamento, assinale a afirmativa correta.

A) Os imóveis situados no Recreio dos Bandeirantes e em Santa Teresa são

bens comuns e, por isso, deverão ser partilhados em virtude da separação

do casal.

B) Apenas o imóvel situado no Recreio dos Bandeirantes deve ser

partilhado, sendo o imóvel situado em Santa Teresa bem particular de

Roberto.

C) Apenas o imóvel situado em Santa Teresa deve ser partilhado, sendo o

imóvel situado no Recreio dos Bandeirantes excluído da comunhão, por ter

sido adquirido com o produto de bem advindo de fato eventual.

D) Nenhum dos dois imóveis deverá ser partilhado, tendo em vista que

ambos são bens particulares de Roberto.

B) Apenas o imóvel situado no Recreio dos Bandeirantes deve ser partilhado,

sendo o imóvel situado em Santa Teresa bem particular de Roberto.

Page 16: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

UNIÃO ESTÁVEL

Page 17: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

União estável = ato-fato jurídico = independe de vontade para

que se configure. União pública, contínua e duradoura, com a

intenção PRESENTE de formar família.

Aplicabilidade das regras de impedimentos (art. 1.723, § 1.º,

CC).

Não reconhecimento de uniões estáveis paralelas.

Regime de comunhão parcial de bens.

Concubinato = 1.727, CC – impedimento matrimonial.

Page 18: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

DISSOLUÇÃO DO VÍNCULO

CONJUGAL

Page 19: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

DIS

SO

LU

ÇÃO

CC - Separação + Divórcio

SEPARAÇÃO

Separação fática por 2

anosdivórcio direto

1 ano de casamento + Separação judicial + 1 ano de trânsito

em julgado

divórcio por conversão

Constituição Federal

Independentemente do tempo de casamento; independentemente do tempo de separação

cabe divórcio para romper vínculo (EC 66/2010).

Page 20: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

A possibilidade de julgamentos parciais no divórcio – art.

356, CPC/2015

Possibilidade de divórcio sem prévia partilha de bens

Divórcio extrajudicial:

Consenso;

Inexistência de filhos incapazes ou nascituros (novo CPC)

– cabe, neste caso, emancipar os filhos menores de

idade para a realização do divórcio extrajudicial – o

CPC/2015 retirou o termo menores, deixando os

incapazes e incluindo os nascituros;

Assistência de advogado.

Page 21: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

PARENTESCO

Page 22: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Pare

nte

sco

NATURAL Biológico

CIVIL

Adoção Parentesco biológico permanece apenas para fins de impedimento matrimonial

Afinidade

Se estabelece entre o cônjuge e os parentes do outro (em razão do matrimônio).

Permanente na linha reta (sogro e enteado). Extingue-se na linha colateral (limita-se ao

segundo grau – cunhado)

Afetividade

Para sua configuração depende de laudo pericial. Pode prevalecer em detrimento do parentesco biológico

(questões de reconhecimento de paternidade).

Page 23: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Pare

nte

sco

Linhas

Reta – relação de ascendência e descendência –INFINITO

Colateral ou transversal – os parentes se relacionam por existir um parente ancestral

comum – LIMITA-SE ao 4.º grau (sucessões); 3.º grau (casamento); 2.º grau (obrigação alimentar)

Graus É a unidade de parentesco em cada linha, contada

a partir de uma pessoa e seu parente imediatamente próximo

Page 24: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

FILIAÇÃO E RECONHECIMENTO DOS

FILHOS

Page 25: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Presunção legal de filiação:

Art. 1.597. Presumem-se concebidos na constância do casamento os filhos:

I - nascidos cento e oitenta dias, pelo menos, depois de estabelecida a convivência conjugal;

II - nascidos nos trezentos dias subsequentes à dissolução da sociedade conjugal, por morte, separação judicial, nulidade e anulação do casamento;

III - havidos por fecundação artificial homóloga, mesmo que falecido o marido;

IV - havidos, a qualquer tempo, quando se tratar de embriões excedentários, decorrentes de concepção artificial homóloga;

V - havidos por inseminação artificial heteróloga, desde que tenha prévia autorização do marido.

Page 26: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Reconhecimento de filho:

Voluntário: livre manifestação dos pais – art. 1.607.

Filho falecido: apenas se tiver deixado herdeiros – art. 1.609, § único.

Ato irrevogável e irretratável (mesmo que em testamento declarado nulo) – art. 1.610.

Formas de reconhecimento: art. 1.609.

Judicial: sentença em ação de investigação.

Sentença proferida em ação que busca o reconhecimento do filho – investigação de

paternidade ou maternidade.

Qualquer pessoa que tenha interesse pode contestar a ação (art. 1.615).

Investigação de paternidade = ação imprescritível

Oficioso: art. 2.º, Lei 8.560/92

Quando a mãe indica o nome do pai no Cartório. Pai é intimado para se manifestar no

prazo de 30 dias. Se não o fizer, JUIZ encaminha o procedimento ao MP para ajuizar

ação de investigação de paternidade.

Ações de filiação

Ação negatória = presunção

Ação anulatória = reconhecimento voluntário

Page 27: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME VII - A respeito da perfilhação é correto

dizer que

A) constitui ato formal, de livre vontade,

irretratável, incondicional e personalíssimo.

B) se torna perfeita exclusivamente por escritura

pública ou instrumento particular.

C) não admite o reconhecimento de filhos já

falecidos, quando estes hajam deixado

descendentes.

D) em se tratando de filhos maiores, dispensa‐se

o consentimento destes.

A) constitui ato formal, de livre vontade, irretratável,

incondicional e personalíssimo.

Page 28: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XIX - Júlio, casado com Isabela durante 23 anos, com

quem teve 3 filhos, durante audiência realizada em ação de

divórcio cumulada com partilha de bens proposta por Isabela,

reconhece, perante o Juízo de família, um filho havido de

relacionamento extraconjugal. Posteriormente, arrependido,

Júlio deseja revogar tal reconhecimento. Sobre os fatos

narrados, assinale a afirmativa correta.

A) O reconhecimento de filho só é válido se for realizado por

escritura pública ou testamento.

B) O reconhecimento de filho realizado por Júlio perante o Juízo

de Família é ato irrevogável.

C) O reconhecimento de filho em Juízo só tem validade em ação

própria com essa finalidade.

D) Júlio só poderia revogar o ato se este tivesse sido realizado

por testamento.

B) O reconhecimento de filho realizado por Júlio perante o

Juízo de Família é ato irrevogável.

Page 29: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Alimentos

Page 30: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Direito aosalimentos

Prestação

alimentíciajá fixada

Prestação alimentícia

já fixada em favor deabsolutamente incapaz

Prestação alimentícia devidapelos pais aos filhos

Prazos Não há

prazos parase pleitear

Cobrança =

prescreve em2 anos

Cobrança = prescreveem 2 anos

Cobrança = prescreve em 2anos

Início do prazoprescricional

------------- Vencimento contra absolutamente

incapaz (art. 198, I, do

CC). Só se iniciará

quando o menorcompletar 16 anos.

Prescrição não corre entre

ascendentes e descendentes

durante o poder familiar (art.

197, II, do CC). Só se iniciará

quando o menor completar 18

anos ou ocorrer aemancipação.

Imprescritibilidade

Page 31: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

É irrenunciável – discussão renúncia x dispensa.

Obrigação avoenga – caráter exclusivo, sucessivo, complementar e não-solidário.

Ordem: pai/mãe na falta destes avós na falta destes bisavós na ausência

de ascendentes descendentes na ausência destes colaterais em 2.º grau

(irmãos).

Reciprocidade

Fixação necessidade x possibilidade incidência da proporcionalidade

Modificação a qualquer tempo, desde que haja alteração da necessidade ou

possibilidade.

ALIMENTOS GRAVÍDICOS: fixados em benefício da mulher grávida, para que possa

atender as necessidades especiais da gestação. Lei 11.804/2008 – depois do

nascimento, convertem-se automaticamente em alimentos para a criança até que seja

pedida revisão.

Page 32: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Execução da obrigação alimentar:

Atualmente, em razão das previsões do CPC/2015, a prestação alimentar pode ser

cobrada judicialmente através de quatro maneiras:

Título executivo extrajudicial – ação de execução – rito da prisão (art. 911,

CPC/2015);

Título executivo extrajudicial – ação de execução – rito da expropriação (art. 913,

CPC/2015);

Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória (nos mesmos autos) – rito da

prisão (art. 528, CPC/2015);

Cumprimento de sentença ou decisão interlocutória (nos mesmos autos) – rito da

expropriação (art. 530, CPC/2015);

Pena de prisão: até 3 prestações vencidas + vencíveis durante o processo. Intimação

para pagamento em 3 dias ou justificativa ou prova do pagamento. Se não pagar –

protesto da decisão. Determinação de prisão civil por até 90 dias – regime fechado.

Constrição de bens. Juiz intima para pagamento em 15 dias, acrescido de custas. Se

não pagar, multa de 10% + honorários de 10%. Se pagar parcial, multa e honorários

incidem sobre o que falta. Não havendo pagamento, expedição de mandado de

penhora.

Page 33: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME IX - Henrique e Natália, casados sob o regime de comunhão parcial de bens, decidiram se

divorciar após 10 anos de união conjugal. Do relacionamento nasceram Gabriela e Bruno, hoje,

com 8 e 6 anos, respectivamente. Enquanto esteve casada, Natália, apesar de ter curso superior

completo, ser pessoa jovem e capaz para o trabalho, não exerceu atividade profissional para se

dedicar integralmente aos cuidados da casa e dos filhos. Considerando a hipótese acima e as

regras atinentes à prestação de alimentos, assinale a afirmativa correta.

A) Uma vez homologado judicialmente o valor da prestação alimentícia devida por Henrique em

favor de seus filhos Gabriela e Bruno, no percentual de um salário mínimo para cada um,

ocorrendo a constituição de nova família por parte de Henrique, automaticamente será

minorado o valor dos alimentos devido aos filhos do primeiro casamento.

B) Henrique poderá opor a impenhorabillidade de sua única casa, por ser bem de família, na

hipótese de ser acionado judicialmente para pagar débito alimentar atual aos seus filhos

Gabriela e Bruno.

C) Natália poderá pleitear alimentos transitórios e por prazo razoável, se demonstrar sua

dificuldade em ingressar no mercado de trabalho em razão do longo período que permaneceu

afastada do desempenho de suas atividades profissionais para se dedicar integralmente aos

cuidados do lar.

D) Caso Natália descubra, após dois meses de separação de fato, que espera um filho de

Henrique, serão devidos alimentos gravídicos até o nascimento da criança, pois após este fato a

obrigação alimentar somente será exigida.

C) Natália poderá pleitear alimentos transitórios e por prazo razoável, se demonstrar sua

dificuldade em ingressar no mercado de trabalho em razão do longo período que permaneceu

afastada do desempenho de suas atividades profissionais para se dedicar integralmente aos

cuidados do lar.

Page 34: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XI - Fernanda, mãe da menor Joana, celebrou um acordo na presença do Juiz de

Direito para que Arnaldo, pai de Joana, pague, mensalmente, 20% (vinte por cento) de 01

(um) salário mínimo a título de alimentos para a menor. O Juiz homologou por sentença tal

acordo, apesar de a necessidade de Joana ser maior do que a verba fixada, pois não existiam

condições materiais para a majoração da pensão em face das possibilidades do devedor. Após

um mês, Fernanda tomou conhecimento que Arnaldo trocou seu emprego por outro com

salário maior e procurou seu advogado para saber da possibilidade de rever o valor dos

alimentos fixados em sentença transitada em julgado.

Analisando o caso concreto, assinale a afirmativa correta.

A) Não é possível rever o valor dos alimentos fixados, pois omesmo já foi decidido em

sentença com trânsito em julgado formal.

B) Não é possível rever o valor dos alimentos fixados, pois o mesmo é fruto de acordo

celebrado entre as partes e homologado por juiz de direito.

C) É possível rever o valor dos alimentos, pois no caso concreto houve mudança do binômio

“necessidade x possibilidade”.

D) É possível rever o valor dos alimentos, pois o acordo celebrado entre as partes e

homologado pelo juiz de direito está abaixo do limite mínimo de 30% (trinta por cento) de 01

(um) salário mínimo, fixado em lei, como mínimo indispensável que uma pessoa deve receber

de alimentos.

C) É possível rever o valor dos alimentos, pois no caso concreto houve mudança do binômio

“necessidade x possibilidade”.

Page 35: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XV - Augusto, viúvo, pai de Gustavo e Fernanda, conheceu Rita e com ela manteve,

por dez anos, um relacionamento amoroso contínuo, público, duradouro e com objetivo de

constituir família. Nesse período, Augusto não se preocupou em fazer o inventário dos bens

adquiridos quando casado e em realizar a partilha entre os herdeiros Gustavo e Fernanda.

Em meados de setembro do corrente ano, Augusto resolveu romper o relacionamento com

Rita.

Face aos fatos narrados e considerando as regras de Direito Civil, assinale a opção correta.

A) A ausência de partilha dos bens de Augusto com seus herdeiros Gustavo e Fernanda

caracteriza causa suspensiva do casamento, o que obsta o reconhecimento da união estável

entre Rita e Augusto.

B) Sendo reconhecida a união estável entre Augusto e Rita, aplicar-se-ão à relação

patrimonial as regras do regime de comunhão universal de bens, salvo se houver contrato

dispondo de forma diversa.

C) Em razão do fim do relacionamento amoroso, Rita poderá pleitear alimentos em

desfavor de Augusto, devendo, para tanto, comprovar o binômio necessidade

D) As dívidas contraídas por Augusto, na constância do relacionamento com Rita, em

proveito da entidade familiar, serão suportadas por Rita de forma subsidiária.

C) Em razão do fim do relacionamento amoroso, Rita poderá pleitear alimentos em

desfavor de Augusto, devendo, para tanto, comprovar o binômio necessidade

Page 36: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XVII – Maria, solteira, após a morte de seus pais em acidente

automobilístico, propõe demanda por alimentos em face de Pedro,

seu parente colateral de segundo grau. Diante dos fatos narrados e

considerando as normas de Direito Civil, assinale a opção correta.

A) Como Pedro é parente colateral de Maria, não tem obrigação de

prestar alimentos a esta, ainda que haja necessidade por parte

dela.

B) Pedro só será obrigado a prestar alimentos caso Maria não possua

ascendentes nem descendentes, ou, se os possuir, estes não tiverem

condições de prestá-los ou complementá-los.

C) A obrigação de prestar alimentos é solidária entre ascendentes,

descendentes e colaterais, em havendo necessidade do alimentando

e possibilidade do alimentante.

D) Pedro não tem obrigação de prestar alimentos, pois não é irmão

de Maria.

B) Pedro só será obrigado a prestar alimentos caso Maria não possua

ascendentes nem descendentes, ou, se os possuir, estes não tiverem

condições de prestá-los ou complementá-los.

Page 37: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

SUCESSÕES

Page 38: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Ausente = art. 22 = aquele que desaparece de seu domicílio sem dar notícias, sem deixar

representante ou procurador para administrar-lhe o patrimônio.

A lei prevê três fases: curadoria dos bens do ausente, sucessão provisória e sucessão

definitiva. Art. 744 e ss. CPC/2015

Bens são arrecadados pelo curador (qualquer sucessor) publicação de edital na internet,

no site do Tribunal de Justiça e na plataforma de editais do CNJ, onde deverá permanecer

por 1 ano. Não havendo site, a publicação deve ocorrer, de dois em dois meses, no órgão

oficial e na imprensa da Comarca após o prazo previsto no edital, contado da

arrecadação dos bens do ausente e da nomeação do curador ( será de 3 anos este prazo se o

ausente tiver deixado representante) abertura da sucessão provisória (sentença de

abertura da sucessão provisória só produz efeitos após 180 dias da sua publicação na

imprensa) possível a abertura de eventual testamento e do inventário para partilha dos

bens herdeiros devem prestar garantia para ingressarem na posse dos bens após 10

anos da abertura da sucessão provisória sucessão definitiva (A sucessão definitiva

também pode ser requerida se restar comprovado que o ausente conta com mais de 80 anos

e que não há notícias dele há mais de 5 anos) partilha dos bens.

Se o ausente reaparecer durante a sucessão provisória, o patrimônio lhe é devolvido.

Se o ausente retornar nos 10 anos seguintes à abertura da sucessão definitiva, terá direito

aos bens no estado em que se encontram, os sub-rogados em seu lugar ou o preço que os

herdeiros tiverem recebido pelos bens alienados.

Ausência

Page 39: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME IV - Rodolfo, brasileiro, engenheiro, solteiro, sem ascendentes ou descendentes,

desapareceu de seu domicílio há 11 (onze) meses e até então não houve qualquer notícia sobre

seu paradeiro. Embora tenha desaparecido, deixou Lisa, uma amiga, como mandatária para a

finalidade de administrar-lhe os bens. Todavia, por motivos de ordem pessoal, Lisa não quis

exercer os poderes outorgados por Rodolfo em seu favor, renunciando expressamente ao

mandato.

De acordo com os dispositivos que regem o instituto da ausência, assinale a alternativa correta.

(A) O juiz não poderá declarar a ausência e nomear curador para Rodolfo, pois Lisa não poderia

ter renunciado o mandato outorgado em seu favor, já que só estaria autorizada a fazê-lo em caso

de justificada impossibilidade ou de constatada insuficiência de poderes.

(B) A renúncia ao mandato, por parte de Lisa, era possível e, neste caso, o juiz determinará ao

Ministério Público que nomeie um curador encarregado de gerir os bens do ausente, observando,

no que for aplicável, o disposto a respeito dos tutores e curadores.

(C) Os credores de obrigações vencidas e não pagas de Rodolfo, decorrido 1 (um) ano da

arrecadação dos bens do ausente, poderão requerer que se determine a abertura de sua sucessão

provisória.

(D)Poderá ser declarada a sucessão definitiva de Rodolfo 10 (dez) anos depois de passada em

julgado a sentença que concedeu a sucessão provisória, mas, se nenhum interessado promover a

sucessão definitiva, nesse prazo, os bens porventura arrecadados deverão ser doados a entidades

filantrópicas localizadas no município do último domicílio de Rodolfo.

(C) Os credores de obrigações vencidas e não pagas de Rodolfo, decorrido 1 (um) ano da

arrecadação dos bens do ausente, poderão requerer que se determine a abertura de sua sucessão

provisória.

Page 40: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XIV - Raul, cidadão brasileiro, no meio de uma semana comum, desaparece sem

deixar qualquer notícia para sua ex-esposa e filhos, sem deixar cartas ou qualquer

indicação sobre seu paradeiro. Raul, que sempre fora um trabalhador exemplar,

acumulara em seus anos de labor um patrimônio relevante. Como Raul morava

sozinho, já que seus filhos tinham suas próprias famílias e ele havia se separado de sua

esposa 4 (quatro) anos antes, somente após uma semana seus parentes e amigos

deram por sua falta e passaram a se preocupar com o seu desaparecimento.

Sobre a situação apresentada, assinale a opção correta.

A) Para ser decretada a ausência, é necessário que a pessoa tenha desaparecido há

mais de 10 (dez) dias. Como faz apenas uma semana que Raul desapareceu, não pode

ser declarada sua ausência, com a consequente nomeação de curador.

B) Em sendo declarada a ausência, o curador a ser nomeado será a ex-esposa de Raul.

C) A abertura da sucessão provisória somente se dará ultrapassados três anos da

arrecadação dos bens de Raul.

D) Se Raul contasse com 85 (oitenta e cinco) anos e os parentes e amigos já não

soubessem dele há 8 (oito) anos, poderia ser feita de forma direta a abertura da

sucessão definitiva.

D) Se Raul contasse com 85 (oitenta e cinco) anos e os parentes e amigos já não soubessem

dele há 8 (oito) anos, poderia ser feita de forma direta a abertura da sucessão definitiva.

Page 41: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Abertura da sucessão

Momento da morte.

Transmissão da herança como um todo unitário e indivisível.

Não sendo possível a prova de quem morreu primeiro, um não herda do outro.

Comoriência

Lugar em que se abre a sucessão

Page 42: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Espécies de sucessão

SUCESSÃO LEGÍTIMA:

Em virtude de lei ou nos casos do art. 1.788 – bens não contemplados no testamento ou

testamento caducar.

Sempre a título universal – herdeiros recebem fração ideal (não localizada) do

patrimônio.

SUCESSÃO TESTAMENTÁRIA:

Em virtude de disposição de última vontade – testamento.

Havendo herdeiros necessários, apenas dentro da quota disponível – metade da herança

– art. 1.789.

A título universal (quota parte) ou singular (bem definido).

SUCESSÃO SIMULTÂNEA:

Quando houver herdeiros necessários e, também, testamento.

Page 43: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Liberdade de testar - art. 1.789

Princípio da liberdade limitada de testar – existe um percentual que não está sujeito à

vontade do testador, quando existirem herdeiros necessários.

Havendo herdeiros necessários – art. 1.789 – dispõe da metade da herança.

Herdeiros necessários: art. 1.845 – descendentes, ascendentes e cônjuge.

Deve ser respeitada a metade disponível aos herdeiros necessários - art. 1846, CC (herança ≠

legítima).

Valor da parte disponível definido pela avaliação – art. 1.847. Havendo excesso, redução das

disposições, nos termos dos arts. 1.966 a 1.968.

Herança ≠ meação.

Art. 1.850 – será plena a liberdade de testar se não houverem herdeiros necessários.

Herança como um todo unitário e indivisível

Art. 80, CC – direito à sucessão aberta bem imóvel

Art. 1.793, CC – transmissão por escritura pública

Cessão de direitos hereditários

Responsabilidade dos herdeiros

Responsabilidade até as forças da herança. Até a partilha espólio responde. Após a

partilha cada herdeiro, no limite de seu quinhão

Page 44: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Abertura do Inventário

O art. 1.796 prevê que 30 dias após a abertura da sucessão deve-se instaurar o inventário.

O CPC/2015 prescreve no art. 611 o prazo de dois meses a contar do óbito (abertura da

sucessão) para a instauração do inventário.

Vocação hereditária. Art. 1.787.

Pessoas naturais ou jurídicas

Capacidade do nascituro de herdar

Na sucessão testamentária, a regra é um pouco diferente:

Art. 1.799. Na sucessão testamentária podem ainda ser chamados a suceder:

I - os filhos, ainda não concebidos, de pessoas indicadas pelo testador, desde que vivas

estas ao abrir-se a sucessão;

II - as pessoas jurídicas;

III - as pessoas jurídicas, cuja organização for determinada pelo testador sob a forma

de fundação.

Pessoas que não podem ser nomeados herdeiros testamentários, nem legatários (art.

1.801)

Page 45: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Aceitação da herança

a) Expressa. b) Tácita - ato que demonstre a intenção de aceitar a herança

c) Presumida - É o que ocorre no caso do art. 1807, CC, quando algum

interessado em saber se o herdeiro aceita ou não a herança faz requerimento ao

juiz, após passados 20 dias da abertura da sucessão, para que lhe intime a dizer,

em prazo não superior a 30 dias, se aceita ou não a herança. Forma que a pessoa manifesta a aceitação: a) Direta: oriunda do próprio herdeiro b) Indireta: quando alguém faz pelo herdeiro.

oriunda de sucessores (art. 1809, CC) – se o herdeiro falecer antes de aceitar a herança, seus sucessores é que deverão aceitar ou renunciar.

Ex.: A falece e deixa dois sucessores: B e C. Antes que houvesse a aceitação da herança por estes, B falece e deixa os herdeiros X e Y. Neste caso, X e Y:

Podem recusar a herança do avô e aceitar a do pai; Podem recusar a do pai (e, neste caso, recusar a do avô); Não podem recusar a do pai e aceitar a do avô – seria, de certa forma, um aceite

“parcial” da herança!

Page 46: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Renúncia

Através dela o herdeiro abre mão da herança, não criando, para ele, qualquer direito de

herdeiro. Trata-se de um ato unilateral (só depende da vontade do herdeiro) e, a partir

da realização da renúncia, o herdeiro é considerado como se nunca tivesse sido herdeiro.

NÃO ADMITE CONDIÇÃO OU TERMO - art. 1808

Não beneficia ninguém – em favor do monte.

Herdeiro renunciante é excluído da sucessão. Seus filhos não herdam por

representação. RENÚNCIA e REPRESENTAÇÃO são INCOMPATÍVEIS. Os descendentes do

renunciante não podem representá-lo porque ele nada recebeu.

Se todos os herdeiros da mesma classe renunciarem, os da classe subsequente serão

chamados a suceder por direito próprio.

ART. 1812 – São irrevogáveis os atos de aceitação ou de renúncia da herança, a não ser

que se comprove que o renunciante obrou por um vício que aderiu a sua vontade.

Page 47: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME V - Heitor, solteiro e pai de dois filhos também solteiros (Roberto,

com trinta anos de idade, e Leonardo, com vinte e oito anos de idade), vem

a falecer, sem deixar testamento. Roberto, não tendo interesse em receber a

herança deixada pelo pai, a ela renuncia formalmente por meio de

instrumento público. Leonardo, por sua vez, manifesta inequivocamente o

seu interesse em receber a herança que lhe caiba. Sabendo-se que

Margarida, mãe de Heitor, ainda é viva e que Roberto possui um filho, João,

de dois anos de idade, assinale a alternativa correta.

(A) Roberto não pode renunciar à herança, pois acarretará prejuízos a seu

filho, João, menor de idade.

(B) Roberto pode renunciar à herança, o que ocasionará a transferência de

seu quinhão para João, seu filho.

(C) Roberto pode renunciar à herança, e, com isso, o seu quinhão será

acrescido à parte da herança a ser recebida por Leonardo, seu irmão.

(D) Roberto pode renunciar à herança, ocasionando a transferência de seu

quinhão para Margarida, sua avó, desde que ela aceite receber a herança.

(C) Roberto pode renunciar à herança, e, com isso, o seu quinhão será acrescido à parte da

herança a ser recebida por Leonardo, seu irmão.

Page 48: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XIV - Segundo o Código Civil de 2002, acerca do direito

de representação, instituto do Direito das Sucessões, assinale

a opção correta.

A) É possível que o filho renuncie à herança do pai e, depois,

represente-o na sucessão do avô.

B) Na linha transversal, é permitido o direito de representação

em favor dos sobrinhos, quando concorrerem com sobrinhos-

netos.

C) Em não havendo filhos para exercer o direito de

representação, este será exercido pelos pais do representado.

D) O direito de representação consiste no chamamento de

determinados parentes do de cujus a suceder em todos os

direitos a ele transmitidos, sendo permitido tanto na sucessão

legítima quanto na testamentária.

A) É possível que o filho renuncie à herança do pai e, depois, represente-o

na sucessão do avô. CUIDAR A DIFERENÇA DA ACEITAÇÃO PARCIAL – QUE

SERVE PARA SITUAÇÕES EM QUE O REPRESENTADO NÃO CHEGOU A ACEITAR

A HERANÇA!!!!!

Page 49: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXCLUÍDOS DA SUCESSÃO

Indignidade - Art. 1.814.

a) atentados contra a vida (dolo); (I)

b) atentados contra a honra (II)

c) atentados contra a liberdade do de cujus. (III)

A enumeração é taxativa.

O reconhecimento da indignidade pressupõe uma declaração judicial (art. 1.815).

Prazo – 4 anos da abertura da sucessão.

REABILITAÇÃO DO INDIGNO: Possibilidade de reabilitação do herdeiro pelo autor da

herança, em testamento. Mesmo que o testamento seja anulado, a cláusula que

reabilita o indigno permanece válida.

Pena personalíssima

Deserdação - art. 1.814, art. 1.962 e art. 1.963, CC

É declarada por testamento, devendo mencionar a causa.

RESTRITA aos herdeiros necessários (descendentes e ascendentes, e, desde 2002,

ao cônjuge), que ficam privados de sua legítima.

Testamento que é invalidado torna ineficaz a cláusula de deserdação;

AÇÃO DE DESERDAÇÃO – art. 1.965 – necessidade de comprovar o motivo mencionado

pelo testador.

Page 50: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Ordem da vocação hereditária

Há uma relação preferencial, quando uns excluem os outros de classe subsequente – art.

1.833, CC

Ordem do art. 1.829, CC: descendente, ascendente, cônjuge, colaterais (até 4.º grau) +

1.790, CC (companheiro).

Os parentes mais próximos excluem os mais remotos, salvo direito de representação.

Direito de representação – quando houver diversidade de graus, ou seja, a lei chama a

suceder certos parentes do falecido em todos os direitos que ele sucederia se vivo fosse –

art. 1.851.

“A” (falecido)

“B” – premorto (morreu antes de “A”)

“D” – neto vivo – recebe 25% –direito de representação

“E” – neto vivo – recebe 25% –direito de representação

“C” – Filho vivo (descendente) – recebe 50% da herança

Page 51: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Sucessão dos descendentes – concorrência com o cônjuge

sobrevivente

Cônjuge sobrevivente concorre com descendentes condicionado ao regime.

CUB – não há concorrência – cônjuge recebe meação. Descendentes herdam.

SOB - não há concorrência – SÚMULA 377, STF - cônjuge recebe meação dos bens

adquiridos onerosamente. Descendentes herdam bens particulares e o restante do

comuns.

CPB, SEM BENS PARTICULARES - não há concorrência –cônjuge recebe meação dos bens

comuns. Descendentes herdam o restante do comuns.

SCB – há concorrência – cônjuge herda, em concorrência com descendentes, sobre bens

particulares.

CPB, COM BENS PARTICULARES – há concorrência - cônjuge recebe meação sobre os bens

comuns + concorrência sobre bens particulares.

PFA – há concorrência –

havendo bens particulares e aquestos = participação (espécie de meação) sobre os

aquestos e concorrência sobre os particulares.

havendo bens particulares e não havendo aquestos = concorrência sobre os

particulares, sem participação.

havendo apenas aquestos = apenas participação, sem concorrência.

Page 52: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Quinhão do cônjuge que concorre com descendentes

Art. 1.832, CC.

FILHOS COMUNS = herdará em partes iguais (até 3 filhos) ou, se tiver mais de

3 filhos (4, por exemplo), o cônjuge sobrevivente herdará, no mínimo, ¼ da

herança.

FILHOS EXCLUSIVOS DO AUTOR DA HERANÇA = o cônjuge sobrevivente herda

em partes iguais (independentemente do número de filhos).

FILHOS COMUNS E EXCLUSIVOS DO AUTOR DA HERANÇA = FILIAÇÃO HÍBRIDA

= o cônjuge sobrevivente herda em partes iguais (independentemente do

número de filhos). Neste caso, mesmo havendo filhos comuns, não lhe é

reservada a quarta parte da herança.

SE O FALECIDO NÃO TIVER CÔNJUGE DESCENDENTES HERDAM A

TOTALIDADE.

Page 53: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Sucessão dos ascendentes - concorrência do cônjuge

sobrevivente

Art. 1.837, CC.

Cônjuge recebe 1/3, em concorrência com os ascendentes ou, se for apenas

um genitor vivo ou maior grau (avós ou bisavós), tocará ao cônjuge ½ da

herança.

Não importa o regime de bens!

Pai e Mãe vivos meação + concorrência sobre a totalidade da herança (1/3)

Apenas 1 genitor vivo meação + concorrência sobre a totalidade da herança

(1/2)

Maior o grau de parentesco (avós ou bisavós) meação + concorrência sobre a

totalidade da herança (1/2)

NÃO EXISTE REPRESENTAÇÃO NA LINHA ASCENDENTE.

NÃO HAVENDO CÔNJUGE ASCENDENTES HERDAM A TOTALIDADE.

NÃO HAVENDO ASCENDENTES CÔNJUGE HERDA A TOTALIDADE – não pode

estar separado de fato há mais de 2 anos ou divorciado.

CÔNJUGE tem direito real de habitação.

Page 54: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Sucessão do companheiro

Art. 1.790. A companheira ou o companheiro participará da sucessão do outro, quanto aos bens

adquiridos onerosamente na vigência da união estável, nas condições seguintes:

I - se concorrer com filhos comuns, terá direito a uma quota equivalente à que por lei for

atribuída ao filho;

II - se concorrer com descendentes só do autor da herança, tocar-lhe-á a metade do que

couber a cada um daqueles;

III - se concorrer com outros parentes sucessíveis, terá direito a um terço da herança;

IV - não havendo parentes sucessíveis, terá direito à totalidade da herança.

CONCORRÊNCIA:

FILHOS COMUNS: ½ - meação + divisão da herança em partes iguais (inclusive com o

convivente).

FILHOS UNILATERAIS DO AUTOR DA HERANÇA: ½ - meação + atribuição de peso 1 ao

convivente e peso 2 ao filho do falecido.

FILHOS COMUNS E UNILATERAIS DO AUTOR DA HERANÇA: ½ - meação + divisão

proporcional.

COLATERAIS: ½ - meação + 1/3 da herança.

Bens adquiridos onerosamente após a união.

O inciso IV do artigo 1.790 proclama que “não havendo parentes sucessíveis, terá direito à

totalidade da herança”.

Page 55: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Sucessão dos colaterais

Art. 1.839 CC e Art. 1.840

Refere-se à família nuclear em substituição à patriarcal = limitação 4º grau.

Ordem:

1º) os irmãos (parentes em 2º grau);

2º) tios e sobrinhos (parentes em 3º grau);

3º) primos e tios avós e sobrinhos-netos (parentes colaterais em 4º grau).

Irmão bilaterais e unilaterais:

Art. 1.841.(CC/02) Concorrendo à herança do falecido irmãos bilaterais com

irmãos unilaterais, cada um destes herdará metade do que cada um daqueles

herdar.

Representação na linha colateral – filhos de irmãos (sobrinhos), quando com irmãos

concorrerem.Pai de A

(falecido)

B – bilateral (premorto)

E – sobrinho – 1/5 da herança

F – sobrinho – 1/5 da herança

A (falecido)C – bilateral

– 2/5 da herança

D –unilateral (premorto)

G – 1/5 da herança

Page 56: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME VI - José, solteiro, possui três irmãos: Raul, Ralph e Randolph. Raul era

pai de Mauro e Mário. Mário era pai de Augusto e Alberto. Faleceram, em

virtude de acidente automobilístico, Raul e Mário, na data de 15/4/2005.

Posteriormente, José veio a falecer em 1º/5/2006. Sabendo-se que a herança

de José é de R$ 90.000,00, como ficará a partilha de seus bens?

(A) Como José não possui descendente, a partilha deverá ser feita entre os

irmãos. E, como não há direito de representação entre os filhos de irmão,

Ralph e Randolph receberão cada um R$ 45.000,00.

(B) Ralph e Randolph devem receber R$ 30.000,00 cada. A parte que caberá a

Raul deve ser repartida entre Mauro e Mário. Sendo Mário pré-morto, seus

filhos Alberto e Augusto devem receber a quantia que lhe caberia. Assim,

Mauro deve receber R$ 15.0000,00, e Alberto e Augusto devem receber R$

7.500,00 cada um.

(C) Ralph e Randolph receberão R$ 30.000,00 cada um. O restante (R$

30.000,00) será entregue a Mauro, por direito de representação de seu pai

pré-morto.

(D) Ralph e Randolph receberão R$ 30.000,00 cada um. O restante, na falta de

outro colateral vivo, será entregue ao Município, Distrito Federal ou União.

(C) Ralph e Randolph receberão R$ 30.000,00 cada um. O restante (R$ 30.000,00) será

entregue a Mauro, por direito de representação de seu pai pré-morto.

Page 57: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME VII - Edgar, solteiro, maior e capaz, faleceu deixando bens, mas sem

deixar testamento e contando com dois filhos maiores, capazes e também

solteiros, Lúcio e Arthur. Lúcio foi regularmente excluído da sucessão de Edgar,

por tê‐lo acusado caluniosamente em juízo, conforme apurado na esfera

criminal. Sabendo‐se que Lúcio possui um filho menor, chamado Miguel,

assinale a alternativa correta.

A) O quinhão de Lúcio será acrescido à parte da herança a ser recebida por seu

irmão, Arthur, tendo em vista que Lúcio é considerado como se morto fosse

antes da abertura da sucessão.

B) O quinhão de Lúcio será herdado por Miguel, seu filho, por representação,

tendo em vista que Lúcio é considerado como se morto fosse antes da abertura

da sucessão.

C) O quinhão de Lúcio será acrescido à parte da herança a ser recebida por seu

irmão, Arthur, tendo em vista que a exclusão do herdeiro produz os mesmos

efeitos da renúncia à herança.

D) O quinhão de Lúcio se equipara, para todos os efeitos legais, à herança

jacente, ficando sob a guarda e administração de um curador, até a sua

entrega ao sucessor devidamente habilitado ou à declaração de sua vacância.

B) O quinhão de Lúcio será herdado por Miguel, seu filho, por representação, tendo em vista

que Lúcio é considerado como se morto fosse antes da abertura da sucessão.

Page 58: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME VIII - Com relação ao direito sucessório, assinale a

afirmativa correta.

A) O cônjuge sobrevivente, mesmo se constituir nova

família, continuará a ter direito real de habitação sobre o

imóvel em que residiu com seu finado cônjuge.

B) A exclusão por indignidade pode ocorrer a partir da

necessidade de que o herdeiro tenha agido sempre com

dolo e por uma conduta comissiva.

C) A deserdação é forma de afastar do processo sucessório

tanto o herdeiro legítimo quanto o legatário.

D) Os efeitos da indignidade não retroagem à data da

abertura da sucessão, tendo, portanto, efeito ex nunc.

A) O cônjuge sobrevivente, mesmo se constituir nova família,

continuará a ter direito real de habitação sobre o imóvel em que

residiu com seu finado cônjuge.

Page 59: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME IX - José, viúvo, é pai de Mauro e Mário, possuindo um

patrimônio de R$ 300.000,00. Casou-se com Roberta, que tinha um

patrimônio de R$ 200.000,00, pelo regime da comunhão universal

de bens. José e Roberta tiveram dois filhos, Bruno e Breno.

Falecendo Roberta, a divisão do monte seria a seguinte:

A) José recebe R$ 250.000,00 e Mauro, Mário, Bruno e Breno

recebem cada um R$ 62.500,00.

B) O monte, no valor total de R$ 500.000,00, deve ser dividido em

cinco partes, ou seja, José, Mauro, Mário, Breno e Bruno recebem,

cada um, R$ 100.000,00.

C) José recebe R$ 250.000,00 e Bruno e Breno recebem, cada um,

a importância de R$ 125.000,00.

D) A herança deve ser dividida em três partes, cabendo a José,

Bruno e Breno 1/3 do monte, ou seja, R$ 166.666,66 para cada

um.

C) José recebe R$ 250.000,00 e Bruno e Breno recebem, cada um,

a importância de R$ 125.000,00.

Page 60: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Sucessão testamentária

Cláusulas patrimoniais ou pessoais:

Reconhecimento de filhos fora do casamento (art. 1.609, III)

Nomeação de tutor para filho menor (art. 1.729, § único)

Reabilitação do indigno (art. 1.818)

Instituição de fundação (art. 62)

Imposição de cláusulas restritivas se houver justa causa (art. 1.848).

Ato personalíssimo;

Ato revogável. Pode o testador, modificar o testamento a qualquer momento e quantas

vezes quiser (art. 1.858). Exceção: o testamento é irrevogável com relação a cláusula na

qual eventualmente o testador tenha reconhecido filho fora do matrimônio (art. 1.609, III).

Capacidade

Exigida no momento de testar (capacidade superveniente).

Incapacidade – incapazes e os que não tiverem discernimento (alcóolatras, p. ex.). Podem

testar: cegos e analfabetos (1.866, 1.867, CC), deficiente mental – Estatuto da Pessoa com

Deficiência.

Page 61: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Testamento público

Escrito público – tabelião ou substituto legal.

2 testemunhas

Podem testar na forma pública: surdos, alfabetizados, analfabetos (1865) e cegos (1867). Não

podem testar na forma pública: mudos e surdos mudos por não poderem fazer declarações

orais ao tabelião (1864, I).

Testamento cerrado

Redigida manualmente ou mecanicamente e submetida a termo de aprovação do tabelião,

presentes ao testador e a duas testemunhas, seguindo-se o fechamento e costura do instrumento.

O testador deverá saber ler, pois não há a leitura do testamento pelo tabelião.

Art. 1.873 – O surdo-mudo pode fazer testamento cerrado, desde que escreva e assine.

Testamento particular

Art. 1.876 – escrito pelo testador de próprio punho ou por processo eletrônico.

Leitura e assinatura de 3 testemunhas

Art. 1.879. Em circunstâncias excepcionais declaradas na cédula, o testamento particular de

próprio punho e assinado pelo testador, sem testemunhas, poderá ser confirmado, a critério do

juiz. (ex.: pessoa perdida na mata)

Page 62: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Testemunhas instrumentárias

Qualquer pessoa, desde que não esteja na relação do art. 228, CC: menor de 16 anos,

interessado, cônjuge, ascendente, descendente, colateral até o 3.º grau. A pessoa com

deficiência poderá testemunhar em igualdade de condições com as demais pessoas, sendo-lhe

assegurados todos os recursos de tecnologia assistida.

Rompimento do testamento

Ruptura = perde validade.

Superveniência de descendente sucessível (art. 1.973) – aparece após a elaboração do testamento.

Subsistência do testamento se conhecida a existência de herdeiros necessários (1.975)

Se o testador dispõe somente de sua metade disponível, a exclusão dos herdeiros necessários

não implica na ruptura do testamento.

Se o testador avançou na legítima do herdeiro necessário de que tinha conhecimento, o

testamento não se rompe, mas reduz-se a liberalidade, para o efeito de restaurar por inteiro a

quota legalmente reservada.

Reduções testamentárias

Em se verificando excederem as disposições testamentárias a porção disponível, será

proporcionalmente reduzidas as quotas do herdeiro ou herdeiros instituídos, até onde bastem.

Page 63: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

Revogação do testamento

Revogar = modificar ou desconstituir, através de novo ato de vontade.

Pode revogar quantas vezes quiser.

Testamento novo revoga anterior (se dispuser de forma diferente ou se disser

expressamente)

Caducar = o ato perde a validade por uma causa que o esvazia, ou em razão de um fato

que lhe retira o objeto.

Nulidade = onde há um vício, embora as consequências sejam idênticas: deixa de existir a

disposição testamentária. Depende de declaração judicial, enquanto a revogação é ato

unilateral.

Direito de acrescer

Se o testador beneficiar 3 herdeiros e se um deles falecer antes do testador, a sua parte

será acrescida à dos demais.

Quando o testador não dispõe do percentual de cada co-herdeiro, presume-se que ele

desejava que se um faltasse, os demais ficassem com a herança.

Page 64: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME X - Rogério, solteiro, maior e capaz, estando acometido por grave enfermidade,

descobre que é pai biológico de Mateus, de dez anos de idade, embora não conste a

filiação paterna no registro de nascimento. Diante disso, Rogério decide lavrar

testamento público, em que reconhece ser pai de Mateus e deixa para este a totalidade

de seus bens. Sobrevindo a morte de Rogério, Renato, maior e capaz, até então o único

filho reconhecido por Rogério, é surpreendido com as disposições testamentárias e resolve

consultar um advogado a respeito da questão.

A partir do fato narrado, assinale a afirmativa correta.

A) Todas as disposições testamentárias são inválidas, tendo em vista que, em seu

testamento, Rogério deixou de observar a parte legítima legalmente reconhecida a

Renato, o que inquina todo o testamento público, por ser este um ato único.

B) A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, devendo

ser incluída a filiação paterna no registro de nascimento; a disposição testamentária

relativa aos bens deverá ser reduzida ao limite da parte disponível, razão pela qual

Mateus receberá o quinhão equivalente a 75% da herança e Renato o quinhão equivalente

a 25% da herança.

C) Todas as disposições testamentárias são inválidas, uma vez que Rogério não poderia

reconhecer a paternidade de Mateus em testamento e, ainda, foi desconsiderada a parte

legítima de seu filho Renato.

D) A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, devendo

ser incluída a filiação paterna no registro de nascimento; é, contudo, inválida a

disposição testamentária relativa aos bens, razão pela qual caberá a cada filho herdar

metade da herança de Rogério.

B) A disposição testamentária que reconhece a paternidade de Mateus é válida, devendo ser

incluída a filiação paterna no registro de nascimento; a disposição testamentária relativa

aos bens deverá ser reduzida ao limite da parte disponível, razão pela qual Mateus

receberá o quinhão equivalente a 75% da herança e Renato o quinhão equivalente a 25% da

herança.

Page 65: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

EXAME XV - Mateus não tinha mais parentes, nunca tivera descendentes e

jamais havia vivido em união estável ou em matrimônio. Há alguns anos,

ele decidiu fazer um testamento e deixar todo o seu patrimônio para seus

amigos da vida toda, Marcos e Lucas. Seis meses depois da lavratura do

testamento, por força de um exame de DNA, Mateus descobriu que tinha

um filho, Alberto, 29 anos, que não conhecia, fruto de um relacionamento

fugaz ocorrido no início de sua faculdade. Mateus reconheceu a

paternidade de Alberto no Registro Civil e passou a conviver

periodicamente com o filho. No mês passado, Mateus faleceu.

Sobre sua sucessão, assinale a afirmativa correta.

A) Todo o patrimônio de Mateus caberá a Alberto.

B) Todo o patrimônio de Mateus caberá a Marcos e Lucas, por força do

testamento.

C) Alberto terá direito à legítima, cabendo a Marcos e Lucas a divisão da

quota disponível.

D) A herança de Mateus caberá igualmente aos herdeiros.

A) Todo o patrimônio de Mateus caberá a Alberto.

Page 66: XXII Exame de Ordem REVISÃO TURBO CEISC · comunhão parcial de bens. Em 2008, Roberto ganhou na loteria e, com os recursos auferidos, adquiriu um imóvel no Recreio dos Bandeirantes

RITOS/ESPÉCIES DE INVENTÁRIOS

RIT

OS

Inventário judicial pelo rito tradicional – arts. 610 a 658, CPC/2015;

Inventário judicial pelo rito do arrolamento sumário – art. 659, CPC/2015 - herdeiros são maiores, capazes e a partilha é amigável.

Inventário judicial pelo procedimento do arrolamento comum – art. 664, CPC/2015 - valor dos bens do espólio for inferior a 1.000 salários

mínimos

Inventário extrajudicial – Lei 11.441/2007 + art. 610, § 1.º, CPC/2015 - Todos capazes (capacidade de todos os interessados) e de acordo

(ausência de litigiosidade) – sem testamento.