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FREE CASO BFA: O QUE Feijão de lata com Paraísos gregos Roupas de verão no ACONTECEU? Gosto de Brasil para você visitar inverno, com estilo Marca brasileira nas ruas Fabio Teberga AGOSTO 2013 A revista do estudante brasileiro na Irlanda www.yeahbrasil.com

Yeah!Brasil - Outubro/2013

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Yeah!Brasil Magazine in Ireland

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FREE

CASO BFA: O QUE

Feijão de lata com

Paraísos gregos

Roupas de verão no

ACONTECEU?

Gosto de Brasil

para você visitar

inverno, com estilo

Marca brasileira

nas ruasFabio Teberga

AGOSTO 2013

A revista do estudante brasileiro na Irlanda

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A revista do estudante brasileiro na Irlanda

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Page 3: Yeah!Brasil - Outubro/2013

10 ARTE

26 Turismo

34 História

16 ENTREVISTA

4 Palavra do editor

Conteúdo

5 Panoramas

6 Intercâmbio

14 intercâmbio legal

12 Artigo

15 ESPORTE

22 Música

24 Entretenimento

23 Do lado de cá

30 Do lado de cá

32 Imprensa

33 Do lado de cá

36 Do lado de cá

31 Culinária

19 Moda

38 ACONTECE

18 Comportamento

A revista do estudante brasileiro na Irlanda

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Page 4: Yeah!Brasil - Outubro/2013

ComercialRaffael [email protected]

EdiçãoAldy Coelho

DiretorFabio Teberga

Arte e designGelson Pereira

Equipe Outubro 2013

Palavra do editor

Cintia TannoJornalista

Ivan VenturaJornalista

Karla PasseriJornalista

Mayra RaiziJornalista

Tuca VeigaJornalista

Sofia SundenArticulista

Silvana Sapyras ByrnePsicóloga

ColaboradoresEquipe

Aldy Coelho

- Miren Maialen

- Sandro Rezende

Contribuições

A revista do estudante brasileiro na Irlanda

www.yeahbrasil.com

Brasil e Irlanda: culturas que se unemA edição de outubro da Revista Yeah!Brasil está absolutamente cultural. Claro, não poderia ser diferente em um país que tem raízes culturais muito fortes como a Irlanda. E o mais interessante disso, são os brasileiros também estarem contribuindo de alguma forma com as manifestações artísticas e culturais da Ilha Esmeralda e deixando sua marca em terras estrangeiras.

É o que você vai encontrar nesta edição na matéria sobre o grafiteiro Alemão, que colore as ruas de Dublin com sua arte, e que estará com exposições na França e Alemanha, e já tem suas obras vendidas até na Itália.

Você verá também uma matéria sobre o músico Joel Rodrigues, contando sua experiência durante o mês em que esteve em Dublin para divulgar suas músicas e seu CD, foi convidado para apresentar-se em diversos pubs,

e tocou também na Grafton Street, famosa rua por suas lojas e pelos artistas que se apresentam nela diariamente.

E por falar em pubs, você pode conferir também uma matéria sobre os pubs irlandeses e suas intensas programações de música e dança, pois não é apenas de cerveja que estes lugares são regados, afinal eles funcionam de segunda a segunda e vão além de simples locais para encontrar os amigos.

Curta também um pouco da história da Irlanda na entrevista com Dr. Patrick Wallace, maior arqueólogo Viking irlandês; algumas dicas para as meninas, de como aproveitar suas roupas de verão para inverno em nossa coluna da moda; e para os meninos, uma matéria sobre os esportes preferidos dos irlandeses, o Hurling e o Futebol Gaélico.

Mas como a nossa vida não é feita apenas de alegria, abrimos esta edição com uma matéria falando sobre o caso da agência de intercâmbio BFA, que prejudicou centena de intercambistas com seu fechamento repentino. Em entrevista, os ex-funcionários da empresa abordam as causas e a repercussão do caso, enquanto alguns dos prejudicados falam de seus prejuízos e das medidas judiciais tomadas para tentar reaver algum valor.

Acesse também a Yeah!Brasil na internet pelo site www.yeahbrasil.com, e siga nossa página no facebook, www.facebook.com/YeahBrazilMagazine, espaço aberto para você deixar seu recado, suas opiniões e sugestões serão sempre bem vindas!

Boa leitura!

Revista Yeah!Brasil é uma publicação da DMP - Dreams Media ProducersEndereço: 7, Segundo andar, Gardi-ner Row, Dublin 1,Telefone: 018726597Dublin, Ireland. www.yeahbrasil.com Email: [email protected]@gmail.com Todos os conteúdos da Revista Yeah!Brasil são apenas para infor-

mação geral e / ou utilização. Tais conteúdos não constituem aconse-lhamento e não devem ser usados na tomada (ou deixar de fazer) qualquer decisão. Algum conselho específico ou respostas a consultas em qual-quer parte da revista é / são a opi-nião pessoal de tais peritos / consul-tores / pessoas e não são subscritas pela Revista Yeah!Brasil.

Page 5: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Em junho a Alemanha se opôs a uma nova rodada de diálo-go relacionada à entrada da

Turquia na União Europeia (UE). A oposição se deu por conta da onda de protestos anti-governo neste ano n o país. A expectativa agora é de que a Alemanha retire essa oposição. No relatório anual sobre novos possí-veis integrantes do bloco, divulgado na primeira quinzena de outubro, a Comissão Europeia recomendou a re-tomada do diálogo e criticou a força excessiva do governo turco.

O jornal francês Le Monde divulgou em outubro que os Estados Unidos inter-

ceptaram 70,3 milhões de emails e telefonemas da França. A espiona-gem aconteceu em um período de 30 dias, entre o final de 2012 e início de 2013. O governo francês tratou a notícia como “revelações chocantes” e pediu explicações. O foco era vigiar suspeitos de ter ligações com ativida-des terroristas, mas também houve escutas de pessoas ligadas ao mundo empresarial e à economia.

Segundo o secretário da Junta Nacional de Drogas do Uru-guai, Julio Calzada, o grama

da maconha deverá ser vendido pelo governo por 1 dólar. Os usuários de-verão se registrar em um banco de dados público e poderão comprar até 40 gramas por mês.

Ainda de acordo com o secretário, a venda pública deve iniciar no se-gundo semestre de 2014. A definição do valor levou em conta a competição com o preço que a droga é comercia-lizada pelos traficantes. Além do pre-ço, a estratégia do governo é oferecer um produto seguro e de qualidade para vencer a disputa com o tráfico.

Um acordo entre o Reino Uni-do e a empresa francesa EDF deve construir a primeira

usina nuclear da Europa desde o de-sastre de Fukushima, no Japão. O investimento deve girar em torno de 23 bilhões de dólares.

Os franceses liderariam um con-sórcio, que inclui ainda um grupo chinês, para construir dois reatores de água pressurizada desenhados pela também francesa Areva. Os dois reatores, cada um com a capacidade de 1,6 gigawatt, produziriam juntos quase cinco por cento da capacidade de geração britânica e aumentariam a segurança energética do país, que precisa substituir 20 por cento das suas usinas antigas e poluidoras nos próximos anos.

O secretário do Tesouro norte--americano, Jack Lew, admitiu que aeconomia dos Estados Unidos tem sido prejudicada pelo recente im-passe em Washington sobre o orça-mento. Lew, no entanto, se mostrou confiante e disse que acredita na re-cuperação da paralisia parcial por 16 dias vivida pelo governo federal. Se-gundo ele, a crise é mais política do que econômica. “Nós sabemos que desde a paralisação houve uma perda

da atividade econômica”, disse Lew, sem mostrar números. “Temos que garantir que o governo não passe por outra rodada de política de alto ris-co”, completou.

No final de outubro, um acordo de última hora no Congresso norte--americando livrou os Estados Uni-dos. O acordo restaurou o finan-ciamento para o país até janeiro de 2015 e estendeu sua capacidade de endividamento até 7 de fevereiro.

União Europeia acena para a entrada da Turquia no bloco

EUA espionou 70,3 milhões de ligaçõe e emails da França

Reino Unido deve produzir uma usina nuclear

Uruguai venderá maconha a US$ 1

Secretário do Tesouro diz que EUA foi prejudicado por briga

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Page 6: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Agência de Intercâmbio do grupo Brasil For All, de modo súbito, encerra suas atividades

Por Aldy Coelho

Há dez anos no mer-cado e considerada uma das mais in-

fluentes no segmento, a empresa que contava

com sedes em Du-blin, São Pau-

lo, Espírito Santo e Curitiba,

d e s d e

julho apresentava dificuldades financeiras até culminar com o fechamento total da matriz na Ir-landa, responsável por receber e acomodar temporariamente seus clientes.

Segundo informações de seus antigos funcionários, a instabi-lidade do câmbio (com aumento do euro e do dólar) foi fator prin-cipal para o fechamento, além da

queda de 70% das vendas, da alta inadimplência e

cancelamentos de contratos. Um

comunicado dos ex-

-funcionários foi publicado no site oficial da empresa justificando que também foram surpreendidos com a situação tanto quanto seus clientes, “nenhum de nós podia imaginar que poderíamos ver tudo ruir em questão de segundos”.

Rapidamente foi criado no Facebook um grupo denominado “Prejudicados – BFA Intercâm-bios” que até o momento conta com mais de 800 membros, onde os prejudicados pela empresa compartilham seus prejuízos e as dúvidas de como devem agir. Há integrantes que revelam prejuízos de até R$ 13 mil.

Sócio foragido

Com a queda da agência, muito se esperou um conta-to de Márcio Chaves, dono

da empresa, que estava na Espanha quando tomou a decisão do fecha-mento da matriz e filiais da BFA.

Em uma nota publicada na pági-na da agência na rede social, Márcio assume a responsabilidade das ope-rações da empresa na Irlanda e no Brasil, coloca a culpa na flutuação do câmbio, alega que todo o lucro era reinvestido na capacitação de pessoal, que não tinha reservas em seu caixa e que o Banco Itaú negou os empréstimos quando solicitado. Ainda revela que a empresa não ti-

nha dívidas e que o único débito em aberto seria o salário dos funcioná-rios na Irlanda.

Esclarece também que não está foragido como foi divulgado, que possui residência fixa na Espanha, e que sua mudança para o país era parte da estratégia de ampliação da empresa. Márcio afirma que acom-panhou todas as tentativas para re-verter a situação da empresa através de demissões e redução de custos, mas sem sucesso, “estou pronto a ser julgado pela minha incompe-tência, de não conseguir gerir e so-lucionar nossos problemas”. Ainda dramatiza a situação revelando dor

p e l a p e r d a do filho no início do ano, ví-tima de sui-cídio, sua difícil situação financeira e psicológica, e termi-na pedindo desculpas aos prejudicados, “peço des-culpas a todos os prejudicados de forma financeira e ou de outras formas, e, como já disse, estou as-sumindo todos os erros e respon-sabilidades pelos danos causados a todos”, finaliza.

Má administração ou Má fé?Caso BFA:

6 Outubro 2013

Intercâmbio

Page 7: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Esclarecimentos e ações tomadas

Em entrevista para a Revista Yeah!Brasil, os ex-funcioná-rios Danniel Oliveira e André

Berçam, diretor e gerente comercial respectivamente, que atualmente es-tão intermediando voluntariamente os contatos dos clientes afetados pelo fechamento da agência diretamente com escolas, afirmam que apesar de estarem ligados à área comercial, não tinham nenhum conhecimento ante-rior da saúde financeira da empresa.

Quanto aos contratos sociais emi-tidos pela empresa em nome de ter-ceiros, André esclarece que nominal-mente, o sócio fundador da empresa é Márcio Chaves, e que para efetuar as transações financeiras do Brasil, através de empresa constituída com CNPJ (Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas), Valdeci Alves Ilário, con-tador da empresa, tornou-se um dos sócios para poder assinar os contra-tos na ausência de Márcio. Luciana Paiva Tostes Chaves, irmã de Márcio, apesar de ser uma das sócias, não tinha nenhuma ligação de fato com as atividades da empresa, os conta-tos eram diretamente reportados ao Márcio Chaves, mesmo quando ele estava na Espanha.

Danniel também afirma que esta não foi a primeira má fase enfren-tada pela empresa, e como nas si-tuações anteriores a solução foi in-tensificar as vendas para gerar mais dinheiro e resolver esse problema, o que não aconteceu. “Na semana do fechamento eu estive em contato com um dos gestores do Departa-mento Financeiro que nos informou que, se não entrasse um dinheiro que a empresa esperava do Brasil, haveria a possibilidade dela não funcionar mais. Mas, mesmo que esse dinhei-ro entrasse, não seria suficiente para pagar nem mesmo o salário atrasado dos funcionários”.

Com relação aos pagamentos re-cebidos, Danniel foi enfático ao dizer que correram contra o tempo para cancelar os pagamentos que seriam efetuados no dia do fechamento da empresa. “Como estamos 4 horas a

frente do Brasil, conseguimos contatar os clientes a tempo e orientamos a não fazer os pa-gamentos”.

Com a intensa procura dos clientes prejudicados em busca de soluções, mesmo não tendo mais vínculos com a empresa, ambos resolveram organizar as ações para minimizar prejuízos. “Nós somos as únicas pessoas que temos as informações de todos os clientes, contatamos as escolas, estamos fazendo reuniões e vamos passar uma solução para pelo me-nos 70% dos alunos prejudicados”.

Grande parte dos prejudicados alega ter quitado todo o valor do intercâmbio, porém suas matrículas com a escola não tinham sido efeti-vadas até o fechamento da empre-sa. “Este era um sistema de negócio chamado sistema de alavancagem. A BFA dava um ano para o cliente de-cidir quando ele queria vir, e o pré--booking com as escolas eram feitos um mês antes. Assim, os clientes que finalizavam o pagamento finan-ciavam aqueles que estavam vindo, e nem sempre era a própria pessoa. Este é um sistema de negócio usa-do por muitas agências e não tem nada de errado nisso”, justifica André.

De acordo com Danniel, como no Brasil a empresa não pos-suía débitos, a expectativa para que a empresa declare falência seria unicamente para minimi-zar os prejuízos daqueles que tem financiamentos via boletos bancários e cartões de crédito. E para aqueles que desistiram de suas viagens, ele também in-forma, “as escolas terão acesso a todas as informações dos clientes e será passado a cada um deles uma opção para que ele venha para cá, cabe ao cliente definir se quer ou não continuar com o plano; se o cliente não quiser vir e reaver seu dinheiro, ele terá que procurar a justiça no Brasil e tomar as medi-das cabíveis”.

Fotos: Divulgação/YB

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Page 8: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Informações desencontradas

Após a divulgação do vídeo desta entrevista em redes sociais, diversas críticas e

histórias surgiram. Uma das preju-dicadas que não quis se identificar postou mensagem alegando que, diferente do que foi falado na entre-vista, não foi informada nem sobre o fechamento da empresa e nem sobre

a suspensão do seu pagamento que vencia em 05/09, data de fechamen-to da BFA na Irlanda, tendo como prejuízo cerca de R$3 mil.

Ricardo Amorim, vendedor pau-lista de 21 anos, também foi lesado pela empresa em R$ 2 mil, e garan-te que não confia mais em nenhu-ma outra empresa de intercâmbio,

“fechei um pacote para Malta e não estou tendo nenhum suporte como foi falado no vídeo. Até hoje não recebi nenhuma ligação ou email sequer”. A frustração de ter um so-nho planejado desde os 15 anos ser interrompido foi o impulso principal para buscar seus direitos na justiça, “já entrei com processo contra a em-presa e já tenho audiência marcada, não acredito em nenhuma palavra do que eles disseram, minha irmã pediu cancelamento do intercâmbio dela 2 semanas antes do fechamento da empresa, e você acha que eles devol-veram alguma coisa? Nenhum centa-vo!” afirma Ricardo.

O caso de Lívia Machado Silva, 26 anos, moradora de Macaé-RJ, é se-melhante. Com prejuízo de R$ 5 mil, após o susto, resolveu tomar me-didas judiciais, “primeiro passo foi juntar as provas que eu tinha como boletos pagos, contrato impresso, notas deixadas pelo Facebook refe-rente ao caso, depois disso fui a De-legacia da minha cidade e com muita dificuldade eu consegui fazer o Bole-tim de Ocorrência enquadrado no ar-tigo 171. Depois de estar com o BO, eu fui para o fórum com o auxílio de um advogado e dei entrada contra o Sr. Valdeci, pois o contrato esta em nome do mesmo. Meu advogado deu entrada e a audiência foi marcada para o dia 12/11/2013”.

Ponto de vista jurídico

O advogado Dr. Fábio Teberga Cardoso, especialista em Di-reito Empresarial, esclarece

alguns pontos importantes aborda-dos durante a entrevista com relação ao fechamento da empresa, “toda falência deve ser precedida de um devido processo legal, bem como ser decretada por juiz de direito, assim é possível afirmar que em momento algum a BFA sofreu falência e sim uma manobra empresarial para que suas dividas não aumentassem e seus sócio não sofressem quaisquer prejuízos”.

Outro ponto é a questão do con-tador ser o sócio-administrador da

empresa, “na legislação brasileira não há nenhum impedimento quan-to a esse ato, uma vez que o contador tem formação acadêmica para gerir uma empresa, porém, sendo sócio e contador da empresa, ele terá sua responsabilidade duplicada”, afirma.

Quanto a regularidade do pro-cedimento operacional da empresa, que utilizava dinheiro de um estu-dante para pagar o curso de outro, o advogado confirma que na legislação não há impedimento para esta prá-tica, desde que a empresa cumpra seus compromissos, mas alerta “tal prática pode ser equiparada ao da pi-râmide financeira, em que a empresa

sempre dependerá da venda de mais cursos, de maneira exponencial, para que possa quitar suas dividas, entretanto, se não conseguir atingir as metas de vendas, a quebra é cer-ta”.

Ainda em análise ao caso o ad-vogado define, “percebe-se que os administradores não souberam con-duzir os negócios da empresa e reti-raram todo o dinheiro de caixa sem manter um fundo de reserva, bem como não souberam prever a possi-bilidade da alta do câmbio e a queda das vendas decorrente dessa alta, optando em fechar as portas e preju-dicar centenas de pessoas”.

Arquivo Pessoal/YB

8 Outubro 2013

Page 9: Yeah!Brasil - Outubro/2013

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Page 10: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Por Ivan Ventura

Imagine o difícil dilema de um pai que ao chegar em casa, após um exaustivo dia no trabalho, depara-se com as pa-

redes no interior da própria casa cheias de rabiscos e desenhos feitos pelo filho. O que fazer neste momento? Ignorar e não cercear a criatividade do seu reben-to, dar um bom sermão ou aplicar uma medida educativa mais severa?

Há uns 20 anos, a pequena cidade de Assis, no interior de São Paulo, vi-veu um dilema parecido com um dos seus pródigos filhos, o artista plástico e grafiteiro, Anderson Ferreira Lemes, o Alemão. De menino travesso que adorava colorir os muros da cidade e que já foi fichado pela polícia cinco vezes, Alemão se transformou em

um proeminente artista plástico reco-

nhecido em sua cidade natal e no próximo mês irá expor al-gumas de suas obras no Olimpo das artes plásticas: o Museu do Louvre, na França, entre ou-tras galerias.

Um salto inesperado na vida do artista, que, curiosamente, só ocorreu por meio de um professor que o incentivou a pintar o muro da escola

como forma de tratamento de um de dislexia (distúr-bio que dificulta a leitu-ra e a escrita), a mesma doença que já acometeu

das ruas, meu irmão!É arte brasileira

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10 Outubro 2013

Arte

Page 11: Yeah!Brasil - Outubro/2013

célebres artistas na história como Pi-casso ou mesmo Leonardo da Vinci.

No caso do jovem artista, a sua história começou há uns 20 anos. “Comecei a fazer por conta de uma advertência. Ia ser expulso da escola, quando me deram a oportunidade de fazer arte. Um professor comprou as tintas e falou com a diretora”, disse.

O primeiro desenho era um rapaz com uma prancha de surfe. Com um pouco de imaginação, não é difícil encontrar paralelos entre Alemão e o jovem reproduzido no muro da es-cola. Afinal, ambos estavam prontos para surfar uma onda, no caso do ar-tista uma onda que levaria o jovem artista a ser conhecido na região: o

grafite. “Eu fui o primeiro a grafitar na minha cidade. Ninguém fazia até então”.

A onda, de tão nova na cidade, surpreendeu os moradores de Assis. Os muros ganharam um colorido diferente, algo que não fora compre-endido como arte, pelo menos num primeiro momento. Irritados, alguns moradores reclamaram à polícia, o que resultou nas cinco “visitinhas” à delegacia da cidade, um recorde en-tre os seus amigos. “Sou o que tenho a maior quantidade de passagens pela delegacia”, gaba-se o jovem ar-tista.

A mesma arte transgressora, que incomodava os seus conterrâneos, anos depois, fez com que o jovem artista passasse a trilhar o caminho acadêmico das artes. Ele ingressou na universidade, onde cursou o cur-so artes plásticas. Nas fileiras da aca-demia, o primeiro dilema do jovem

acostumado com o estilo livre do gra-fite: aprender a fazer arte a partir de um estilo pré-definido.

A academia não domou o seu gênio impulsivo acostumado com os modos do grafite das ruas. O jo-vem Alemão não foi exceção. Embo-ra reconheça e idolatre os notórios talentos da arte, ele diz não seguir nenhum estilo reconhecido, pois os considera limitador da criatividade, sejam eles pelo uso de cores ou uso de alguma técnica conhecida na pin-tura.

Hoje aos 31 anos, após algu-mas caras feias para quadros e telas, ele se rendeu as artes

plásticas, mas sem perder a joviali-dade que formou o seu caráter artís-ticos lapidado nas ruas. Hoje, a arte consome quase todo o seu cotidia-no. Durante o dia, ele estuda inglês como forma de expandir a divulga-ção do seu trabalho e, após a aula, ele sai à caça de algum micro espaço nas ruas de Dublin. À noite, os quadros representam algo mais introspecti-vo, próximo da personalidade.

São essas mesmas obras que hoje povoam ou já povoaram galerias no Brasil e fora dele. Na Europa, ele já expôs o seu trabalho em Barcelona e vendeu alguns quadros para im-portantes marchands na Itália. No país da bota, o seu nome foi citado por importantes jornais, caso do La Stampa.

O próximo destino será Paris, no Louvre para ser mais exato. A expo-sição que reunirá três de suas obras e outras tantas de artistas franceses e brasileiros será exibida com grande destaque por meio de uma parceria

entre os c o r p o s c o n s u -lares dos dois países.

Em segui-da, ele seguirá para Munique, na Alemanha e no próximo ano retorna ao Brasil para uma exposição totalmente dedicada as suas obras na cidade de As-sis. “A arte das ruas ainda é visto como algo ruim, que agride e não colore. Muitos policiais não sabem a diferença entre arte e pichação, o fato de estar na rua pintando já é confundido por vagabundo. Isso tem que mudar!”.

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Page 12: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Por Sofia Suden

Uma série de artigos foram publicados desde março des-te ano em que discutimos

o conceito de legado e os impactos

socio-econômicos com relação aos eventos desportivos a serem realiza-dos no Brasil. Agora finalizamos esta série com a conclusão destes legados,

analisando se podem ser positivos ou negativos os possíveis impactos de longo prazo e suas influências na sociedade brasileira.

O que o Brasil tem a ganhar com dois mega eventos de esporte?

As autoridades bra-sileiras e os organi-zadores do evento

salientam publicamente os legados e os impac-

tos positivos que es-tes eventos poderão trazer para o Brasil. Porém, para ver es-tes resultados tere-mos que esperar até

lá. A oportunidade de sediar a Copa do

Mundo de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016 podem con-

tribuir bastante para melhorar a imagem do

Brasil no exterior se esses eventos forem bem sucedi-

dos. Dentre os legados inclui o

aumento no turismo e a pers-pectiva de investimentos estran-

geiros, a modernização da infra--estrutura e melhorias em questão de segurança. No entanto, olhando para os resultados dos eventos es-portivos realizados anteriormente

em outros países, demonstra que estes impactos são raramente

tão significativos como o pre-visto. Um problema re-

petidamente comum no que diz respeito à hospedagem de mega

eventos de esporte são as previsões feitas antes da realização, o que ra-ramente coincide com os resultados reais.

É naturalmente muito cedo para dizer se este será o caso do Brasil, no entanto, o risco existe. O orçamento das arenas já aumentou bastante e o atraso de alguns projetos podem levar a um custo ainda maior. No entanto, vale a pena considerar que, mesmo que os ganhos econômicos não sejam grandes, o ganho na re-putação com a hospedagem destes eventos podem ultrapassar o ganho financeiro, e uma imagem reforçada traria outros benefícios econômicos para o Brasil.

Além do orgulho nacional que este tipo de evento pode criar en-tre os brasileiros, um exemplo mais concreto de legado social são as 40 favelas pacificada pela ação da Polícia Militar no Rio de Janeiro. As favelas onde as Unidades de Polícia Pacifica-dora (UPP) foram instaladas tiveram vários resultados, tais como redução na criminalidade. Apesar disso, exis-te uma grande insegurança entre os cidadãos que vivem nessas favelas, pois é incerto se o programa UPP vai continuar para além de 2016. O medo entre muitos cidadãos é de que a situação volte ao estado anterior, com a dominação dos morros pelos traficantes de drogas.

Copa do Mundo no BrasilJogos Olímpicos e a

Legados, impactos econômicos e sociais

12 Outubro 2013

Artigo

Page 13: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Mudanças culturais

O que podemos testemunhar no Brasil, em particular no Rio de Janeiro neste mo-

mento, seria um efeito de “mudança cultural” através da qual as autorida-des tentam melhorar a reputação da cidade, como uma cidade segura e al-tamente desenvolvida. Assim como Barcelona, quando hospedou os Jo-gos Olímpicos de 1992, mostrando-

-se ao mundo como uma cidade transformada, subitamente famosa por seu design inovador. Ao hospe-dar os Jogos Olímpicos, Barcelona conseguiu se tornar uma cidade de renome e transformou sua reputação em todo o mundo.

Da mesma forma, o que as autori-dades brasileiras e os organizadores estão pretendendo fazer é mostrar o

Rio de Janeiro como uma cidade se-gura e desenvolvida, e transformar a reputação do Rio de Janeiro, extin-guindo a imagem de uma cidade vio-lenta controlada por traficantes. No entanto, tal como na China e África do Sul, parte do plano de desenvol-vimento envolveu demolição das co-munidades (favelas), que não encai-xavam em seus novos planos.

Conflito de interesses

Parece haver uma contradição entre o espírito esportivo e a ideia de celebração com pes-

soas de todo o mundo, com o inte-resse das autoridades com o despejo de pessoas. Fazemos uma pergunta sobre os reais motivos para a orga-nização: O espírito do esporte parece ser menos importante do que a opor-tunidade de fazer algumas mudanças fundamentais para o espaço urbano do Rio de Janeiro? Não admira que

muitos cidadãos estejam irritados e decepcionados com a possibilidade de serem deslocados de suas casas em nome de eventos esportivos, que tem como fundamento a diversidade de celebração e unidade entre as pes-soas.

O choque parece ser ainda mais aprofun-dado pelo que poderia ser visto como

uma separação entre os cidadãos no Brasil. Ainda existe uma ‘separação mental’ entre os cidadãos que vivem em favelas e aqueles que não. En-tretanto, muitos cidadãos estão na luta pelo seu direito legal de residir honestamente nas comunidades, enquanto outros cidadãos apoiam a

remoção das favelas, já que existe um preconceito que as comunida-des são dominadas por bandidos

e traficantes.

Observações finais

Enquanto políticos e organi-zadores usarem a noção de legado como uma ação posi-

tiva para opinião pública, este mes-mo legado também pode fornecer um resultado negativo na mesma proporção. Economicamente, se as Olimpíadas geram perdas, o custo será pago pelos contribuintes bra-sileiros. Socialmente, despejos já começaram com a remoção das resi-dências para aumentar o espaço ao redor do estádio do Maracanã. Tudo em consonância com a ideia de me-lhor infra-estrutura. Sem dúvida, o Brasil em geral, e o Rio de Janeiro em particular, serão transformados por esses mega eventos esportivos, e haverá longa duração desses legados. Minha esperança é que os legados se-jam totalmente positivos e que inclu-am todos os cidadãos. O receio é de esses legados sejam somente para o benefício de alguns.

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Page 14: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Intercâmbio legal

Dr. Fábio Teberga (advogado brasileiro desde 2008, pós-graduado em Direito Empresarial e Trabalhista). Se você tem alguma dúvida ou sugestão, entre em contato pelo nosso e-mail [email protected] . Será um prazer esclarecer a sua dúvida!

Por Fábio Teberga

Mais uma vez estamos aqui para apresentar nossas dicas de como fazer seu intercâmbio de uma ma-neira legal e evitar problemas na

realização de seu sonho. Nós já falamos, em outras edições, dos processos de retirada de passapor-te, como pesquisar e escolher sua escola, se você deve escolher estudar a língua inglesa ou fazer um curso de especialização, se você deve comprar pa-cote com agências ou diretamente com as escolas e como planejar seu intercâmbio – essas matérias você pode rever em nosso site pelo link http://revistanewsbrazil.com/index.php/category/inter-cambiolegal/.

Entretanto mesmo após todos os alertas esse ano nos deparamos com uma manobra comercial que deixou vários estudantes e futuros intercam-bistas sem suporte técnico e com um prejuízo mo-ral e material imensurável, ou seja, o fechamento da agência de Intercâmbios BFA de uma forma abrupta, sem qualquer prévio aviso ou mesmo se-gurança aos seus clientes. Portanto para não cair em golpes como o que ocorreu assistam, leiam nos-sos tutoriais e nos mandem perguntas.

Dito isso, vamos seguindo com o nosso plano de intercâmbio. A dica dessa edição será sobre do-cumentação para imigração Irlandesa e o que carre-gar na mala. Concernente ao primeiro item, a imi-gração Irlandesa requer, no ato de sua chegada ao país, a apresentação de alguns documentos: a) Pas-saporte válido; b) carta de matricula enviada a você pela escola que você contratou; c)comprovante de moradia, mesmo que temporária; d)comprovante de que você possui os 3 mil euros em extrato ou cartão de viagem (embora há alguns agentes que não requerem a comprovação imediata dos valores, não é recomendável arriscar viajar sem dinheiro); e) Carta de Pagamento do Seguro Governamental.

O mais importante é que você, antes de viajar, separe algum tempo para verificar todos os docu-

mentos, se estão preenchidos com seus dados cor-retamente, não há rasura etc. Separe todos juntos em uma pasta e carregue sempre contigo, na mala de mão e fique sempre atento para não perder esses documentos, pois você necessita deles para entrar na Irlanda, lembrando que o “jeitinho brasileiro” não funciona na Europa.

Feito isso comece a organizar suas malas. Em viagens internacionais com passagem comprada no Brasil, ida e volta, o comum que as companhias aéreas liberem duas bagagens de até 32 quilos cada, mais uma bagagem de mão. É importante frisar que muitos grupos de internet e páginas sociais es-timulam os intercambistas trazerem cigarros, be-bidas e remédios como forma de ganhar dinheiro, mas fiquem desde já sabendo que todas essas dicas dadas por leigos e aventureiros são ilegais e podem te colocar em risco, pois uma vez que a imigração te aborde e constate irregularidades em sua bagagem, ela poderá impedir sua entrada no país e ninguém poderá lhe ajudar naquele momento.

Portanto traga em suas bagagens itens que você realmente precise e que vá utilizar. Pesquise sobre o clima e costumes do país e se realmente você vai utilizar das coisas que você levar. Enfim o in-tercâmbio é uma experiência para ser aproveitada como conhecimento e aprendizado e não como um trampolim para ganhar dinheiro em outro país. Se você pretende ser intercambista somente pelo em-prego, então mude seus planos, pois a vida poderá ser desagradável para você, mas se sua pretensão é de obter conhecimento para uma melhor posição profissional no futuro você está no caminho cer-to. Não deixe o “jeitinho brasileiro” te contaminar, organize seus documentos e monte uma mala de acordo com as normas internacionais que você não terá problema. Feito isso, lhe desejamos boas vin-das e na próxima edição iremos falar sobre o pro-cedimento de regularização em território Irlandês, abraços até a próxima.

Page 15: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Esportes gaélicos

Por Tuca Veiga

Bandeiras tremulam nas janelas das casas e dos carros. Quadri-culadas, colorem a cidade no

intuito de mostrar a quem passa na rua quais são as cores que correm na veia de seu morador ou motorista. Estampam a paixão de quem lá vive por seu time.

Desavisados, é normal os brasilei-ros que caminham pelas ruas de Du-blin logo imaginarem que elas digam respeito ao esporte que mexe com

a nossa paixão, o futebol. Mas não, estas bandeiras que estão nas janelas nestes últimos meses – de julho a se-tembro –, não têm nada a ver com o esporte criado na vizinha Inglaterra.

“Ah, então são de Rúgbi”, con-cluem rapidamente os viajantes de nosso país. Embora a Irlanda tenha imensa tradição no esporte e eles vi-vam o Rúgbi no dia-a-dia semelhan-temente à maneira que nós vivemos o futebol, o esporte que está em alta

agora é outro. Ou melhor, são outros.Portanto, se você vive em Dublin

7 – para os lados da North Circular Road – ou Dublin 1 e não entendia o que era essa enxurrada de torcedores uniformizados aos finais de semana, aí está a resposta. Pois bem, os es-portes que os irlandeses tanto amam são conhecidos por esportes gaélicos, criados, difundidos e amados por aqui. São eles o Futebol Gaélico e o Hurling.

Mas, afinal, como são estes esportes?

Organizados pela Associação Atlética Gaélica, a GAA, tan-to o Futebol Gaélico – tam-

bém conhecido como Futebol Irlan-dês – quanto o Hurling são esportes amadores. Ou seja, mesmo os times sendo oficiais, os atletas que dispu-tam os campeonatos têm outras pro-fissões. A GAA é uma organização voluntária que surgiu em 1884 justa-mente com o intuito de preservar a cultura esportiva irlandesa. As seme-lhanças entre os esportes não param por aí.

Cada equipe é composta por 15 jogadores, que pontuam num gol em forma de H. É uma mistura do gol de

futebol com o gol de rugby. As duas modalidades também contam com a mesma forma de pontuação. Quan-do a bola entra na baliza por cima, é somado um ponto. Mas quando ela ultrapassa o goleiro e entra por bai-xo, a equipe conquista três pontos. A regra que define a condução da bola também é a mesma. O jogador pode dar apenas quatro passos com ela na mão. Mas fora os empurrões o exces-so de trombadas, os esportes têm ca-racterísticas distintas.

O Futebol Gaélico, ou Irlandês, é realmente uma mistura de futebol com Rúgbi. A bola é semelhante à de vôlei, um pouco menor que a de fu-

tebol, porém mais pesada. Ela pode ser passada ou chutada. O jogador pode carregar ela como no futebol ou dando soquinhos como se fizessem embaixadinha.

Já o Hurling, disputado a mais de 2000 anos e considerado, ao menos pelos irlandeses o esporte de campo mais antigo do mundo, parece mes-mo com o Hóquei de grama. Joga-dos com tacos e com uma bolinha chamada de Sliothar, encantam pela agilidade do jogo. Perguntado sobre a paixão pelos esportes, o professor Comarc O’Boyle, 36, não titubeou: “Prefiro o Hurling, pois é mais rápido e perigoso”.

colorem as ruas da IrlandaFotos: Tuca Veiga

15 Outubro 2013

Esporte

Page 16: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Por Karla Passeri

Dr. Patrick Wallace, maior ar-queólogo Viking irlandês, deu palestra na primeira

edição da Archaeofest – evento em Dublin que encerrou a Semana do Patrimônio Nacional da Irlanda, no último fim de semana de agosto. A intenção era envolver o público com a arqueologia e o plano deu certo: crianças brincavam e apren-diam sobre o assunto numa escava-

ção simulada, enquanto tendas com arqueologia experimental e especialistas no assunto eram o entretenimento de adultos.

QUe envolveARQUEOLOGIA

Fotos: Sandro Rezende

16 Outubro 2013

Entrevista

Page 17: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Dr. Pat, como é chamado, foi o con-vidado de honra do evento: ele foi o responsável por uma das maiores

escavações urbanas da Europa, na Wood Quay, durante a década de 1970, quando revelou o assentamento viking original de Dublin, capital irlandesa. Pat Wallace tam-bém atuou como diretor do Museu Nacional da Irlanda e, no Archaeofest, contou sobre sua experiência. “Comecei com as obras em maio de 1974 e, com profundas pesquisas sobre solo e clima, consegui finalizá-las em 1981. Foram sete anos de intensas explora-ções, análises e, claro, descobertas”, disse Pat, explicando o início do trabalho de suas escavações.

A atividade foi feita com total suporte do governo da Irlanda, ao que Wallace relata: “Recebi total apoio do governo irlandês. O projeto teve orçamento em torno de 3 mi-lhões de libras esterlinas, na época; se esse valor já é alto atualmente, imagina há quase 40 anos”. E o arqueólogo continua: “Mas o

governo sabia do meu interesse e da minha seriedade no trabalho, tanto que este se tor-nou um dos maiores na Europa”.

Depois da grande escavação, Dr. Pat Wallace conta sobre sua direção no Mu-seu Nacional da Irlanda, onde até hoje é bem lembrado por sua boa administra-ção: “Durante 23 anos fui diretor des-te Museu. Em minhas escavações, quando eu tinha por volta de 25 anos, tive um quadro de funcioná-rios composto por uma centena de pessoas, que me ajudaram dia após dia. Depois, já por volta de meus 40 anos, no museu, esse número subiu para mais de 200 pessoas, que também me ajudaram muito. Mantive uma ges-tão bem centrada, sempre atento ao que se passava por lá, porque gostava do que fazia”, assim Dr. Pat define este período.

Novos planos

Atualmente aposentado, Dr. Wallace tem novas perspectivas e, em breve, pretende lançar um livro contando

sobre suas atividades arqueológicas. “Estou dando atenção às minhas escritas. Sou con-vidado a escrever em revistas especializadas em Arqueologia e gosto disso, mas nos úl-timos dias dedico meu tempo ao meu livro sobre Vikings em Dublin. Espero publicá-lo no fim do ano que vem”.

Sobre o nome da obra, nada está de-finido: “Estou lutando pela escolha do título... ‘Dublin’s World Key on the Ar-cheology Viking’ (‘A Chave do Mundo de Dublin na Arqueologia Viking’, em tradução literal) foi uma primeira opção, mas muitos que estão trabalhando comigo neste projeto disseram que esse nome pode ser melhor. Fico receoso que as pessoas não entendam do que se trata; o título é bem importante, em poucas palavras, diz muito sobre o livro”.

Em busca do sucesso no novo empreen-dimento e com grande reconhecimento em seus feitos, o Dr. Pat Wallace é referência para alunos da University College Dublin (universidade na qual há um notável depar-tamento de arqueologia), que apoiaram o evento e, com o êxito desta, já planejam a edição do próximo ano.

convidado de honra

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Page 18: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Retomando o assunto a b o r d a -

do na última edição, o choque cultural é resulta-

do do estresse e sobrecarga, causado por vários incidentes.

Muitos são tão sutis que dificil-mente notamos e muitos são tão

significativos que nos sentimen-

tos seriamente ameaçados. Mas, como podemos lidar com isso? É importante conhecer as fases e se adaptar pouco a pouco com a nova realidade, para que o desconforto inicial não se torne tão desagradável a ponto de estragar uma viagem tão sonhada.

Quais são as fases do choque cultural? O choque cultural ocor-

re aos poucos, é um acumulo de eventos, desde peque-nos até grande conflitos culturais, que segundo espe-cialistas no assunto podemos descrever como “um ciclo de reajustes a nova experiência de uma nova cultura”, que podemos dividir em quatro fases:

Silvana Sapyras Byrne é Psicóloga Intercultural, Membro da Sociedade de Psicologia da Irlanda, M6280R e Conselho Regional de Psicologia do Brasil. CRP: 60529. Atendimento psicoterapeutico presencial em Dublin e por Skype para clientes residentes em outras localidades. E-mail: [email protected]: 0863429003

Choque culturalFases e preparo mental

- Encontre um amigo que conheça bem a cultural local e que seja seu guia- Aprenda sobre as pessoas e o ambiente local

- Evite pessoas que se queixam ou são negativas - Não critique as pessoas ou cultural local

- Contato com pessoas nativas e com atividades culturais locais- Mantenha seu senso de humor!

Se você não desiste da viagem e volta para casa durante a fase 2, eventualmente começa a se adap-tar e aprender com a mudança.

Neste período, você começa a aceitar as peculiaridades locais, ou aceita seus sentimentos negativos e encontra no-vas formas de lidar melhor com a si-tuação. A auto-confiança retorna; você se sente menos isolado e mais confor-tável.

Por fim você começa a se sentir em casa e aproveitará o que país tem para oferecer e a cultura local. O seu senso

de humor volta, você faz novas amiza-des, tornando-se mais experiente, co-nhece bem o local e pode dar conselhos ou dicas para os novatos. Felizmente, o choque cultural é previsível e passa-geiro. Se você estiver preparado, você pode controlar a situação.

Por Silvana Sapyras Byrne

Após a experiência de viver no exterior as pessoas se sentem-se mais enriquecidas culturalmente e com horizontes expandidos. Entretanto, mudanças são sempre difíceis e há sempre o sentimento de perda. Desta forma, um preparo mental anterior e atitudes positivas são essenciais.

Preparo anteriorAlgumas atitudes podem ajudá-lo a

lidar melhor com o choque cultural:

No início você experi-menta um sentimento de euforia, “a fase do turis-ta”: quando você tira vá-

rias fotos e está muito feliz com a mudança. Você nota algumas

surpreendentes similarida-des com seu país e as

diferenças se tor-nam interes-

santes.

As poucos elementos da nova cultura começam a se tornar incômodos e já não são tão encantadores. Sua curiosida-de vira irritação, impaciência, frustração, raiva e tristeza. Pequenos aborrecimento se tornam grandes frustra-

ções. Você se sente emocionalmente e fisicamente esgotado. As diferenças ganham maiores proporções e assim como os julgamentos rigorosos e negativos da cultura local. Algumas pessoas desenvolvem obsessão por lim-peza, comer e dormir em excesso, receio de falar com alguém que seja de outra nacionalidade ou se tornam hostis e agressivos.

18 Outubro 2013

Comportamento

Page 19: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Prestar atenção em detalhes e investir em acessórios mais quentes são dicas que ajudam a criar camadas sazonais, transformando peças de roupas que antes poderiam ser usadas somente durante o verão, para as frias temperaturas do inverno.

Por Cintia Tanno

Com as baixas temperaturas chegando e o alto custo das roupas de inverno, tanto

por causa de novas tendências ou até mesmo por causa dos materiais mais nobres, fica mais difícil inves-tir em muitas peças de roupas. Para quem pretende ficar apenas um ano na Europa, e quer evitar maio-res gastos, a melhor maneira de se adequar ao clima frio é estender a temporada das roupas de verão e levá-las para o inverno.

Um casaco de inverno não pode ser usado durante todas as estações do ano, mas vestidos, saias e shorts

podem permanecer no guarda-rou-pa o ano todo. O segredo para eco-nomizar e montar um guarda-roupa funcional é investir em acessórios. Muito mais baratos, eles oferecem uma grande economia e as mais va-riadas opções de se vestir durante o ano inteiro.

Como no inverno a maior preo-cupação é se proteger do frio, traba-lhar com camadas é a solução para ainda utilizar as roupas de verão. Quanto mais camadas, embaixo e em cima das roupas de verão, vá-rios estilos podem ser criados, mas tudo deve ser feito com moderação.

Peças básicas devem ser adicio-nadas, já que muitas vezes roupas de verão são estampadas ou muito coloridas. Blusas de gola alta nem sempre são fáceis para trabalhar em camadas, melhor evitá-las. Co-res pastéis também podem ser pe-rigosas na hora de combinar com os tons sóbrios de inverno, é preci-so saber achar um equilíbrio entre eles.

Mantenha seus vestidos e saias de verão onde possa sempre vê-los e aproveite as dicas abaixo para economizar e criar diferentes looks para usar durante o inverno.

durante o inverno

Dez dicasfundamentais para usar

as roupas de verão

Fotos: Divulgação/YB

19 Outubro 2013

Moda

Page 20: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Gorros e chapéus. Usa-dos durante todo o inver-no, eles dão um charme a mais na hora de produzir

um look. Assim como as meias calças e cachecóis, são acessórios mais bara-tos e podem ser o ponto de cor mais vibrante nas produções mais sóbrias.

Cachecóis. O tempo frio é perfeito para vestir um cachecol e ótima so-lução para a transição das

roupas de verão. Depois de fazer ca-madas com vestido, cardigan, bota e casaco, nada melhor do que um bom cachecol para proteger o colo, no caso dos vestidos mais decotados.

Jaquetas de couro e ca-sacos. Uma boa jaqueta de couro, ou até mesmo as de couro sintéticos, são óti-

mas opções para quebrar o roman-tismo de muitos vestidos de verão, principalmente para quem só possui vestidos de tons mais claros e florais em tons pastéis. Para os dias mais frios, o casaco mais longo pode ser mais uma camada de calor em cima da jaqueta.

Florais mais escuros. A estampa floral não precisa ficar de fora durante o in-verno, mas os florais mais

escuros se misturam mais facilmente com outros acessórios de inverno e com as peças de couro que geralmen-te são mais sóbrias. Evitar os vesti-dos muito leves, como os de algodão e os de linho.

Para as mais ousadas, vale a pena experimentar vestidos com calça jeans super skinny ou jeggins.

Vestidos não muito rodados podem criar um look original se usados com a calça e sapato de salto.

Camisetas e calças térmicas. As camisetas tér-micas são ótimas

para usar embaixo de vestidos e sué-teres que não sejam muito decotados,

para não ficarem visíveis. Já as cal-ças térmicas são ótimas opções para quem quer usar vestidos ou saias lon-gas durante o inverno. Como podem aquecer mais do que as meias calças, ficam escondidas embaixo do longo

comprimento das saias, protegendo do frio e ainda assim fazendo parte de uma produção estilosa de inverno. As jaquetas mais estruturadas e car-digans de lã são ótimas combinações para os vestidos longos.

Botas e sapatos fecha-dos. Chegou a hora de abandonar as sandálias e as sapatilhas de solado

muito fino. Nos dias mais rigorosos de inverno, pode ser muito descon-fortável andar por aí com a sola do pé congelando. Investir em uma boa bota de couro, preta ou marrom, é uma ótima ideia para aquelas que sentem mais frio nas pernas, mas ainda assim não querem dispensar as saias e vestidos durante o inver-no. Ankle boots, que são as botas de cano mais baixo, ficam lindas com o comprimento mais curto das saias e se usadas com meia calça da mesma cor, alongam a silhueta.

Meia calça. Item indis-pensável para o outono e inverno, é um dos acessó-rios mais baratos e ajudam

muito na hora da transição das rou-pas de verão para o inverno. Preto, azul marinho e burgundy são ótimas cores para começar a criar novos es-tilos. Aliada das saias mais curtas, as meias de fio 40 ou até as mais gros-sas, como as de fio 200 deixam a pro-dução feminina e elegante.

Cintos médios ou fi-nos. Trabalhar com cama-das e criar novas combi-nações de roupas podem

trazer looks incríveis para o dia-a-dia, mas muitas vezes uma sobreposição pode aumentar a silhueta da mulher, e um cinto pode resolver o problema. Ao marcar a cintura, o cinto deixa a produção delicada e feminina. Invis-ta nos de cores mais escuras.

Como fazer a transição das roupas de

verão para oinverno

Investir em cardigans e suéteres. Eles podem ser usados por cima do vestido, criando a ilusão

de que você tem uma saia nova, ou combinados com camisas e saias que poderiam apenas ser usadas durante o verão. Ficam lindos com shorts e meia calça.

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Page 21: Yeah!Brasil - Outubro/2013

O segredo para trazer as roupas do verão para o inverno é treinar

e brincar sempre com as ca-madas. Experimentar novas combinações nunca é demais, e economizando muito, é pos-sível criar um guarda-roupa in-teligente para criar transições bem sucedidas. Nunca se es-quecer de escolher sabiamente as cores e nunca misturar tudo sem muito discernimento. Tons vibrantes criam um bo-nito contraste nas produções de inverno, ao contrário das roupas em tom pastel. Na dúvi-da, melhor optar para o uso de poucas cores no começo, e dei-xar padrões mais complexos de tecidos e estampas para quan-do estiver mais segura sobre o que combinar com o que.

Saber criar combinações funcionais é a chave para usar as mesmas peças do guarda--roupa o ano inteiro.

Muito treino

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Page 22: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Gaúcho de Bento Gonçalves, o guitarrista Joel Rodrigues veio passar um mês em Du-

blin e vivenciar de perto a pluralida-de da música de rua e das noites nos pubs da capital irlandesa. O endere-ço onde mais se sentiu à vontade e vai levar na memória é bem comum aos brasileiros que vivem na cidade, a Grafton Street, famosa pelos mú-

sicos de rua e artistas diversos.Apresentando-se com

sua guitarra de dois braços e aplicando uma técnica

distinta que ganhou o mundo com o ameri-cano Stanley Jordan e o holandês Eddie Van

Halen, chamada Tap-ping, Joel fez contatos e

ampliou sua agenda já pro-gramada quando saiu do Bra-

sil. E não faltaram situações

inusitadas na passagem do mú-sico por Dublin: “Um dia eu esta-va tocando quando um irlandês se aproximou e me ofereceu um café com chocolate”, lembrou Ro-drigues. A maneira inusitada de abordar o guitarrista terminou na proposta por dois shows no pub do tal irlandês.

Sem saber muito bem a lín-gua inglesa, contava sempre com a ajuda de alguns ami-gos. “Um produtor de festi-vais, americano, me assistiu e comprou meu material para levar para lá. Se esti-vesse sozinho, não teria entendido que se tratava de um convite”, contou.

Engana-se quem imagi-na, ao ver Joel empunhando

sua guitarra, que de sua fiel compa-nheira saia o tradicional rock n’ roll. O gaúcho toca mesmo música brasi-leira, de preferência a Bossa Nova, e um pouquinho de jazz, também. No entanto, não vê tanto espaço para o estilo em sua terra natal: “No Bra-sil, a música instrumental e a Bossa Nova estão com pouquíssimo reco-nhecimento, na mídia e no público, e aqui pude tocar o gênero que eu gosto e o pessoal parou para prestar atenção e admirar”.

E foi justamente a maneira como o público de Dublin lida com o artista de rua que mais encantou Rodrigues. Afinal, a plateia nada mais é do que pessoas de todos os jeitos, dando um tempo na rotina para curtir um mo-mento de paz. “A música de rua e a arte não são tão valorizadas no Bra-sil como notamos que são aqui, onde o artista pode tirar o instrumento, mostrar seu trabalho e as pessoas param para assistir e reconhecem como arte o que você está fazendo”, concluiu o gaúcho.

Outra diferença apontada pelo músico brasileiro está no jeito como os irishs consomem a música. “Por incrível que pareça, aqui eles com-pram bastante CDs”, disse Joel, que trouxe 30 discos para a Irlanda e que, no final das contas, acabou sendo pouco. O principal material de tra-balho dele é o DVD, ambientado em belas paisagens da serra gaúcha, e que é mais vendido no Brasil. “Como toco esta guitarra de dois braços, o pessoal lá compra mesmo o DVD, por causa do aspecto visual”, explicou o guitarrista, que espera que os bons fluídos desta viagem e a boa recepção por aqui gerem mais prestígio em seu país.

Como um mês corre, principal-mente quando vivemos fases in-tensas, Joel já falou com saudade à reportagem da Yeah! Brasil, mas revelou que planeja voltar o quanto antes. Ele quer tirar a nacionalidade europeia para trazer também a famí-lia e oferecer para a mulher e os dois filhos a oportunidade de conhecerem outra cultura, outra língua e assis-tirem de perto ao pai tocando pelas ruas e pubs de Dublin.

Por Tuca Veiga

Fabio Teberga

Encantadopelo público

22 Outubro 2013

Música

Page 23: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Desde 2000 o catarinense Ni-cholas Marafiga Andrade e sua família trabalhavam com

intercâmbio, “primeiro começamos com o Rotary, e depois passamos a trabalhar para empresas japonesas e universidades dos Estados Unidos”.

Não demorou muito para que a vontade de realizar um intercâmbio surgisse e Nicholas passasse agora para o outro lado. “Quando tive a ideia de sair do Brasil, surgiu a opor-tunidade de ir para qualquer lugar do mundo. No entanto, a meta principal era aprimorar o inglês. Então desco-bri que um dos melhores países para ir, por questões financeiras, eram o Canadá e a Irlanda, mas preferi o país europeu, pois queria ter um maior impacto cultural”, conta.

O que mais impressionou o estu-dante de engenharia civil, claro, foi o planejamento urbano, e a velocidade com que são feitas as obras públicas. Mas como qualquer outra cidade, al-

guns problemas são também são fre-quentes, assim como no Brasil, “um mês depois comecei a perceber que Dublin acaba tendo os mesmo pro-blemas de grandes cidades do Brasil, como por exemplo, a poluição urba-na”, enfatiza.

Para Nicholas, uma das vanta-gens do intercâmbio é de estudar inglês com professores nativos e que o sistema de ensino não fica viciado em apostilas e livros de gramática,

“as aulas costumam acontecer com base na conversação, o que a torna mais interessante o aprendizado”.

Aluno da IBS (http://irishbusi-nessschooldublin.com) há dois me-ses, Nicholas confirma a simpatia dos professores, “durante esse perío-do tive dois professores e certamen-te foram os melhores professores de inglês que já tive, são dedicados e muito carismáticos”, finaliza o cata-rinense.

Agora é a minha vez!Nicholas Marafiga Andrade

Para Lucas Mazzoli, de 18 anos, morador de Cachoeira do Ita-pemirim, seu principal apren-

dizado em terras irlandesas não tem sido apenas o inglês, mas também a independência em tarefas do dia-a--dia, “aqui você não aprende só um novo idioma, aprende também a se virar sozinho, lavar, passar, cozinhar, tudo é difícil no começo, mas assim como a nova língua, logo a gente se acostuma”.

Uma curiosidade observada por Lucas tem sido a linguagem usada na rua por boa parte dos cidadãos irlan-deses, “uma coisa que percebi é que, mesmo quando é você quem esbarra em alguém, a pessoa também vai te responder I’m sorry”, conta.

A nova vida durante este inter-câmbio cultural tem impressionado

Lucas, principalmente as belezas e facilidades da cidade, “eu fiquei real-mente impressionado como as coisas funcionam aqui, o transporte, a se-gurança, a educação das pessoas, os lugares bonitos para conhecer, tudo tem superado minhas expectativas”, comenta.

E não foram apenas os encantos de Dublin que surpreendeu o progra-mador, o sistema de ensino da Aca-demic Bridge (http://www.abcollege.ie/), escola que escolheu para estudar inglês, também tem sido um dos des-taques apontados, “a escola tem me impressionado pela assistência aos alunos, a metodologia e padrão de ensino com atividades dinâmicas, passeios, aulas de conversação, nos deixando sempre em contato com a língua e a cultura”, esclarece.

E deixa um recado para quem de-seja desembarcar na famosa ilha es-meralda, “se prepare para aprender não só inglês, venha disposto e moti-vado, com a cabeça aberta e livre para o novo”, conclui Lucas.

Livre para novas experiênciasLucas Mazzoli

Divulgação/YB

Divulgação/YB

Do lado de cá

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Page 24: Yeah!Brasil - Outubro/2013

PUBS EM DUBLIN:

Por Karla Passeri

Pub, palavra que deriva do in-glês “public house”, é o am-biente mais típico de Dublin:

para onde quer que seu olhar se di-recione, encontra-se um. Seja para comemorar aniversários, casamen-

tos, despedidas de solteiro ou apenas para admirar a própria cultura, os irlandeses não perdem a oportuni-dade de tomar uma pint (copo com a medida de 568 ml, no Reino Unido) em um pub.

Guinness Book

A região conhecida como Tem-ple Bar tem a maior concen-tração de pubs em Dublin –

uma enorme quantidade de turistas passa por lá diariamente. O pub mais tradicional da região leva o mesmo nome, The Temple Bar, e sua pro-gramação é intensa durante toda a semana. O lugar tem como princi-pal atração o músico Dave Browne, aos fins de semana. Foi lá que Dave se tornou o recordista do Guinness Book: entre os dias 12 e 17 de junho de 2011, tocou seu violão por 114

horas sem parar. A relação de Browne com a região

vem de berço: “Nasci há quatro mi-nutos deste pub e tenho 50 anos de vida acumulados em Dublin. Minha história é aqui”, diz o músico que toca no The Temple Bar há sete anos.

Sobre sua preparação para bater o recorde e entrar para o Guinnes Book, Dave Browne declara, bem--humorado: “Tive que parar de beber, para me manter fisicamente bem. Você sabe, sou da Irlanda... Fatal-mente, foi a parte mais difícil desta

conquista”. Apaixonado pela música, Dave

roda o mundo em busca de novida-des, mas admite sua veneração por seus conterrâneos: “Viajei o mundo todo e vi ótimos músicos, mas eles não tocam como os daqui. Sou sus-peito para falar, mas os irlandeses são os mais fantásticos”, diz. E, para a felicidade dos brasileiros, Dave anuncia: “Definitivamente, o Brasil está na lista das próximas visitas. Estarei lá no início do próximo ano e vou tocar no Rio e em São Paulo”.

A TRADUÇÃO DA TRADIÇÃOFotos: Sandro Rezende

24 Outubro 2013

Entretenimento

Page 25: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Do mais famoso ao mais anti-go, o The Brazen Head – pub que foi inaugurado em 1198.

Pense que o Brasil ainda não havia sido descoberto pelos portugueses, a Irlanda não era um país indepen-dente e o pub está perto de comple-tar um milênio! “É um dos pubs mais charmosos de Dublin, que atende a todos os públicos com tudo que a Ir-landa representa. É tradicional, ale-gre e acolhedor”, resume a advogada brasileira Aline Rodrigues.

Localizado na Bridge Street Lo-wer, em Dublin 8, o Brazen Head exala história por suas paredes gas-tas e consegue manter característi-cas do passado com muito charme. Além de sua programação semanal recheada de hábitos irlandeses, o pub comemora vigorosamente datas especiais no país. A próxima é no dia 26 de setembro, quando a festa é em torno do Arthur’s Day – evento em homenagem a Arthur Guinness, que criou a cerveja mais famosa da Irlan-da, consumida mundo afora. Todos

brindam com Guinness, claro, pelos 250 anos da bebida. Vale lembrar que toda a cidade estará em comemora-

ção durante os dias 26 e 27, quando recebe artistas como Janelle Monáe, Bobby Womack e Emeli Sandé.

Por fim, para quem gosta de dança, uma ótima opção, de volta à região do Temple Bar, é

o pub Oliver St. John Gogarty’s, tam-bém conhecido como The Oliver. Lá, os dançarinos Tom Conroy e Gillian Whelan, por exemplo, encenam um número de Irish Dance (a dança irlan-desa) muitíssimo tradicional, durante os fins de semana. “Além de clássica, a dança irish é hereditária. Aprendi a dançar aos três anos, com minha mãe, que também se apresentava aqui em Dublin. De geração em geração, mantemos nossos costumes”, explica Gillian, hoje aos 28 anos.

Além do espetáculo de dança, o The Oliver tem música irlandesa dia-riamente, com músicos divertidos e talentosos, sempre em contato com o público para animar ainda mais o espaço.

Outros pubs tradicionais e bem re-comendados, com programações diá-

rias que circulam pela cultura irlande-sa são: The Quay’s, The Porterhouse, Fitzsimons e The Auld Dubliner. Neles, de apresentações irlandesas à nightclub, de restaurante à estadia,

pode-se encontrar programas para todos os gostos – não à toa, Dublin abriga pessoas de inúmeras nacionali-dades, que têm um grande apreço pela cidade dos vikings.

pub mais antigo

dança irish

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Page 26: Yeah!Brasil - Outubro/2013

Paraísos gregosDepois de visitar a capital da Grécia, o sonho de quem quer conhecer as ilhas gregas começa a se realizar no porto Piraeus em Atenas, onde o mar incrivelmente azul começa a exibir uma das principais belezas dos paraísos gregos

Por Cintia Tanno

Após conhecer boa parte da história grega e ter desven-dado cada viela de Atenas,

publicada na edição de junho, alguns dias viajando pelas ilhas gregas po-dem trazer experiências e memórias únicas. Santorini e Mykonos, ilhas extremamente populares, fazem

parte das Ilhas Cíclades, e oferecem paisagens que tiram o fôlego de qual-quer turista. As diferenças entre as duas ilhas complementam a viagem de quem escolheu os dois destinos e mostram dois paraísos distintos e encantadores dentro do mesmo país.

Santorini

Uma ilha vulcânica, mágica, acolhedora e com vilas ex-traordinariamente lindas

para se conhecer, Santorini é um dos roteiros preferidos e inevitáveis de todos os turistas que vão para a Gré-cia. As casas brancas e as igrejas de telhado azuis são uma das maiores atrações de Santorini, assim como o pôr-do-Sol mais famoso do mundo na vila de Oia, que deve ser visto a partir das ruínas do Castelo.

Santorini faz parte das Ilhas Cí-clades, arquipélago no mar Egeu que reúne as mais famosas ilhas gregas. Junto com este paraíso, estão Myko-nos, Ios, Naxos e Paros. Uma viagem para qualquer um desses destinos vai ser inesquecível, mas o pôr-do-Sol de

Oia é de uma beleza inexplicável.“Santa Irini” é o nome pelo qual

os venezianos chamavam Santorini, mas o nome oficial da ilha é Thira e tem como capital a vila de Fira. Thi-ra na verdade é o grupo de ilhas que se formaram depois da erupção que aconteceu há mais de 3.000 anos e destruiu quase todo seu território. Por causa dessa erupção é que Santo-rini possui um formato quase que cir-cular formado pelas suas ilhas. Tam-bém depois da erupção, duas ilhas menores foram formadas no centro da Caldera, a Palea e Nea Kameni. Vários passeios são organizados até essas ilhas, levando os turistas para subir até o topo da Nea Kame-ni (Volcano) para passear pela lava

vulcânica e terminar o passeio com um mergulho nas águas termais, Hot Springs, entre as duas ilhas.

É na capital Fira onde o comércio e uma grande parte dos hotéis estão localizados. Supermercados, ônibus para outras vilas da ilha, agências de viagens e serviços de aluguel de car-ros e motos são encontrados com fa-cilidade na capital de Santorini.

Não é a parte mais bonita da ilha, mas possui uma vista exuberante da Caldera, e não é difícil ficar hipnoti-zado com todas as vitrines de joalhe-rias e souvenirs. É por ali que todo passeio começa e merece um pouco do seu tempo para tirar fotos, almo-çar com um preço mais em conta ou só uma caminhada despretensiosa

No seu itinerário

Cintia Tanno

26 Outubro 2013

Turismo

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pelas vielas e escadarias que cercam o lugar.

As praias não são as mais boni-tas da Grécia, mas são exóticas por causa da típica areia e pedras vulcâ-nicas, bem diferente da areia branca de Mykonos. As praias mais famosas são Kamari, Perissa e Red Beach, a última conhecida por seus cliffs, tor-nando a paisagem ainda mais inigua-lável.

Toda a ilha pode ser explorada de ônibus ou se preferir não se preocu-par com horários, alugar uma moto ou carro é uma boa idéia. Uma moto pode ser alugada por €10,00 o dia.

Não deixe de saborear a comida do lugar e experimentar o Vinsanto, vinho licoroso de Santorini. Os in-gredientes mais típicos usados nos pratos gregos são tomate cereja, abo-brinha, berinjela e o famoso iogurte com mel. Além da diversidade de fru-tos do mar que a ilha oferece.

Viajar fora da alta temporada é uma boa maneira de economizar dinheiro e aproveitar as ilhas com muito menos gente do que no auge do verão. Maio, começo de Junho e fim de Agosto são ótimas datas para fugir da inundação de turistas e dos preços altos da ilha. A temperatura

média fica entre os 30°C durante o dia, podendo ou não esfriar um pou-co durante a noite.

Villa Manos é sem dúvida uma ótima opção de hospedagem em San-torini. Localizado na praia de Kar-terados, recém reformado e com ex-celente serviço, é uma segura opção para grupos de amigos ou famílias que vão para Santorini. Com servi-ço de transfer do porto até o hostel, internet em todos os quartos e uma piscina incrível, Villa Manos vai ofe-recer uma hospedagem inesquecível. As diárias são a partir de € 12,00 por pessoa em quarto duplo.

Cintia Tanno

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Mykonos

Mykonos é a ilha do prazer efu-sivo. Além de ter umas das mais belas praias das Ilhas

Cíclades, é a ilha da agitada vida no-turna, do nudismo e da atmosfera cosmopolita. O romantismo pode ser deixado para Santorini e diversão se-parada para Mykonos.

Com praias localizadas uma perto das outras, podem ser exploradas a pé, de ônibus, moto ou de barco, com horários fixos de saída diariamente a partir da praia Platys Gialos. Com a areia branca contrastando com o mar azul, Platys Gialos é a que oferece mais opções de restaurantes, mercados, hostels e hotéis a apenas metros de distância do mar. É a mais barata para alimentação ou para quem quer des-frutar do sol em Mykonos alugando uma confortável cadeira de praia.

Além da Platys Gialos, outras praias muito disputadas são Paradise Beach

e Super Paradise. A primeira além de ter uma das paisagens mais bonitas da ilha, também é conhecida pelo nudis-mo. Se a vergonha falar mais alto, não há problemas em frequentar a praia usando roupas ou biquinis. O respeito é grande e todos os turistas convivem muito bem. Super Paradise oferece uma das melhores festas, incluindo a famosa Full Moon Party.

Mykonos é o destino perfeito para quem quer se divertir e ao mesmo tempo aproveitar o que a natureza tem a oferecer de melhor. Além das praias, Chora, a capital da ilha, é um ótimo destino para um passeio de fim de tarde, antes de encarar uma das ba-ladas da ilha.

Em Chora fica a Pequena Vene-za, com casas coloridas, restaurantes contornando a orla, pequenos barcos e uma vista linda para os famosos moinhos de vento de Mykonos. É um

ótimo começo para se perder entre as vielas da ilha, que oferecem inúmeras lojas, agências de viagens, bares, hos-tel, restaurantes, e as famosas igrejas de telhado vermelho. No bairro de Kastro, fica o Museu Folclórico, com o famoso moinho de vento do Século 16.

Mykonos é a ilha dos contrates e sem dúvida a que oferece a maior va-riedade de opções de férias para todos os bolsos e idades.

Um ótimo lugar para se hospedar é no Artemoula’s. Uma pousada in-crivelmente decorada, gerenciada por uma família grega extremamente simpática, que já viajou inúmeras ve-zes para o Brasil e oferece um ótimo atendimento para os brasileiros. Loca-lizada à 10 minutos andando da praia de Platys Gialos, tem diárias a partir de €12,00 por pessoa na baixa tempo-rada.

Cintia Tanno

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Viajando de ferry pela Grécia

Viajar pela Grécia é uma das viagens mais prazerosas que existe, não só pela beleza do

lugar, mas pela facilidade. Planejar uma viagem pelas ilhas a

partir de Atenas é muito fácil, e de-pendendo da época, tudo que você precisa fazer de casa é a reserva dos hostels, pois as passagens de ferry para qualquer ilha que queira conhe-cer pode ser feita ainda no aeroporto ou em qualquer agência de viagens em Atenas.

É importante ficar atento aos gol-pes aplicados pelas compras de pas-sagens pela internet. Muitos sites disponibilizam a venda das passa-gens online, mas não é possível im-primir o bilhete logo depois da com-pra. As instruções são para o turista ir buscar a passagem em uma deter-minada agência em Atenas, mas mui-tas vezes as agências não existem, e consequentemente a sua passagem também não.

Há duas agências no aeroporto onde você pode comprar suas passa-gens, no mesmo andar do desembar-

que. A Pacific Travel Services oferece diferentes opções e ótimos preços para as viagens de ferry. Viaje com o roteiro já programado e compre as passagens assim que desembarcar no aeroporto de Atenas.

Todos os ferries saem do porto Piraeus em Atenas. As melhores op-ções são os que saem às 7 da manhã, chegando assim mais cedo nas ilhas e deixando mais tempo para aprovei-tar as belas praias gregas.

Há dois tipos de ferry, os maio-res, que levam mais tempo para

chegar nos destinos e que também transportam carros e motos e os de velocidade rápida, menores e que ba-lançam muito mais, não sendo uma boa opção para quem tem medo de passar mal em alto mar. Para quem quer ter a sensação de estar em um cruzeiro, deve optar pelos de baixa velocidade. Além de serem mais ba-ratos, são abertos e oferecem uma linda vista do mar azul assim que deixam o porto de Piraeus. As passa-gens custam a partir de €35,00 para Mykonos ou Santorini.

Cintia Tanno

Fotos: Cintia Tanno

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Para a mineira Dorisléia Gonçal-ves, de 31 anos, a oportunida-de de realizar um intercâmbio

foi um divisor de águas. Da pequena cidade de Santo Antônio do Amparo para Dublin, os milhares de quilôme-tros de distância a fizeram descobrir que o mundo estava à sua disposição, “Minha mente não era tão abran-gente para ver as possibilidades que o mundo pode nos oferecer. Depois desse intercâmbio sei que posso ir muito mais além”.

Amante de história, cultura e da natureza, o destino escolhido foi certeiro. “Pesquisei muito antes de chegar aqui, e tenho a mente muito aberta para aceitar novas experiên-cias, lógico que pessoalmente tem um impacto maior, mais foi bem dentro do que eu esperava”, releva Dóris.

Aluna da Eden College (http://www.edencollege.ie), a experiência de estar praticando um novo idioma tem sido um dos seus grandes de-safios, mas Dóris afirma que com a ajuda dos profissionais da escola este desafio será superado bem rápido, “os professores são bem capacitados, e o método de ensino faz com que o aluno se interesse pela língua, e com os passeios culturais oferecidos pela escola temos a possibilidade de aprender muito mais além da lín-gua”.

Para a estudante, o período de adaptação no início do intercâmbio é a fase mais difícil, “cheguei em feve-reiro, quando o frio ainda é bem in-tenso, essa primeira experiência foi bem desconfortável, mas depois seu corpo se adapta ao clima” confessa.

Apesar da saudade da família nes-tes sete meses de intercâmbio, Dóris ainda tem muito que conquistar por essas bandas, “me surpreendi quan-do eu consegui me comunicar sem precisar de tradutor, e com os diver-sos lugares que tive possibilidade de visitar”, e ainda indica aos demais in-teressados em passar pela mesma ex-

periência “venha com a cabeça aberta para aceitar as diferenças, manter-se humilde sempre acima de tudo, e

para aqueles que vierem aprender a língua, tente se envolver ao máximo com o inglês”, aconselha.

Mente aberta para um mundo novoDorisléia Gonçalves

Divulgação/YB

Do lado de cá

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Dentre todas as coisas que podem deixar um intercam-bista nostálgico durante sua

estadia longe de casa, o gostinho da comida brasileira é, sem dúvidas, uma das principais. Se adaptar a uma alimentação totalmente diferente nem sempre é uma tarefa fácil – es-pecialmente quando temos de prepa-rar a nossa própria refeição.

Ainda que a ideia de viver em ou-tro país e aprender mais sobre uma nova cultura também esteja relacio-nada a conhecer a comida local, cedo ou tarde o viajante vai sentir falta do bom e velho arroz com feijão. Para driblar a saudade dos sabores de nos-sa terra, temos de nos virar desde o café dá manhã até o jantar. E é neste momento que o “jeitinho brasileiro” entra em cena.

Ao caminhar pelos corredores dos mercados irlandeses, não é difí-cil se deparar com diversos produtos semelhantes aos que consumimos no Brasil. Mas, enquanto alguns se aproximam bastante do sabor e a aparência com os quais estamos acostumados, outros estão bem lon-ge disso. Como é o caso do feijão.

A primeira diferença que se nota ao encontrá-lo é a embalagem, já que aqui o feijão é vendido em lata. A segunda é que, como especifica-do no rótulo, muitas vezes ele vem acompanhando de molho de tomate. À primeira vista, não parece muito apetitoso, mas o veredicto final só pode ser dado mesmo após uma pro-va. Levar uma dessas latas para casa é uma experiência um tanto quanto interessante.

Gostando ou não do feijão irlan-dês, você pode usá-lo como uma saí-da para aqueles dias em que a sauda-de da comida de casa bate mais forte. Quer saber como? Confira a receita a seguir:

Separe e pique os temperos que mais lhe agradam, como cebola, alho e pimenta. Depois, abra uma lata do

feijão e despeje seu conteúdo em um recipiente. O objetivo é retirar todo o molho que o envolve, deixando somente os caroços, então, o ideal é fazer isso em um escorredor ou uma peneira.

Para deixar seu feijão ainda mais saboroso, você também pode usar alguns pedaços de bacon ou lingui-ça calabresa – vendida em mercados como o Polonez. Coloque um pouco

de óleo na panela e deixe aquecer, depois frite o bacon e/ou a linguiça um pouco. Acrescente os outros tem-peros e, logo em seguida, o feijão, refogando-o bem.

Por último, coloque água e um pouco de sal. Então, deixe-o ferver até o caldo ficar um pouco mais gros-so, com uma consistência quase que igual ao feijão típico do Brasil. E já está pronto para comer!

Por Mayra Raizi

Um pouco de históriaComo você já deve ter percebido, o feijão não é um ingrediente muito presente nos paratos irlandeses. Atualmente, a tradicional culinária irish é, basicamente, composta por batatas, carnes, verduras e legumes, mas nem sempre foi assim. Na Idade Média, a carne era uma exclusividade dos mais ricos, enquanto as famílias menos favorecidas se alimentavam de derivados de leite, vísceras e aveia. Após a chegada da batata ao país, no século XVII, ela se tornou uma das principais fontes de nutrição da população, e assim permanece até os dias de hoje.

gosto bem brasileiroFeijão enlatado com um

Tuca Veiga

31 Outubro 2013

Culinária

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em site brasileiroA revista Yeah!Brasil foi

mencionada no Portal Imprensa - web site

brasileiro do grupo UOL, que aborda principalmente os ve-ículos de comunicação - como uma das principais “publica-ções brasileiras que reforçam a imagem do Brasil no exterior”.

A matéria da jornalista Ga-briela Ferigato, publicada em 22 de agosto, destaca que a Revista Yeah!Brasil, apesar de recente em comparação com os outros veículos de imprensa mencionados, tem grande vi-sibilidade entre a comunidade brasileira na Irlanda e seu foco principal, os estudantes.

De acordo com a notícia, uma pesquisa conduzida pela GlobeScan/PIPA para a BBC, baseada na opinião de cidadãos de 21 nações, o Brasil aparece em sétimo lugar no ranking de países com maior influência positiva no mundo — 46% dos estrangeiros compartilham dessa opinião. E é dentro des-te contexto que as publicações brasileiras sediadas no exterior contribuem para a construção dessa imagem, tanto positiva quanto negativa, e despertam curiosidade sobre o país.

Entre as publicações citadas na matéria estão o Brazilian Times, o jornal brasileiro mais antigo em circulação nos Esta-dos Unidos, a BrazilTV.com na Califórnia, a revista Brazil com Z da Espanha, e a IPC World, canal de TV sediado no Japão. A Revista Yeah!Brasil é a única publicação destacada de toda a Irlanda e Reino Unido.

Yeah!Brasil é destaque

32 Outubro 2013

Imprensa

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Depois do falecimento de sua mãe, Paulo Rafael Cerqueira, hoje com 26 anos, sentiu que

nada mais o prendia em Salvador, sua cidade natal. Formado em Hotelaria, deixou o emprego de recepcionista de hotel e embarcou em um navio de cru-zeiro internacional.

Neste cruzeiro, Rafael teve a pos-sibilidade de conhecer inúmeros paí-ses, “passei por Portugal, Itália, Mal-ta, mas o local que mais me chamou a atenção foi Cabo Verde, na África, pelo contraste com todas as outras cidades já visitadas e também por ser muito parecida com o Brasil, princi-palmente com a Bahia”, relata o jovem baiano.

Mas antes de embarcar Rafael já visualizava seu objetivo, que era fa-zer um intercâmbio, e seu o intuito era juntar dinheiro para realizar seu sonho, o que morando na Bahia se-ria um pouco mais difícil. Durante o cruzeiro, Rafael realmente percebeu a necessidade do inglês para sua pro-fissão. “Já tinha feito cursos no Brasil, mas não é o suficiente para adquirir fluência necessária para um ambien-te de trabalho. Neste ponto, o traba-lho como staff no cruzeiro me ajudou muito, pois praticava o inglês o dia todo”, enfatiza.

Porém, somente a prática ainda era pouco para este ambicioso baiano, e o sonho de morar em outro país con-tinuava em sua mente, “enquanto es-tava a bordo, pesquisei muitos países e dez meses depois desembarquei no porto de Amsterdã e peguei um avião para a Irlanda, onde estou há dois anos”, conta.

Atualmente, Rafael é aluno da Grafton College (www.graftoncollege.com), escola que escolheu para reno-vação do seu visto na Irlanda e para desenvolver ainda mais o seu inglês, “após diversas pesquisas analisando o melhor custo-benefício entre as es-

colas resolvi estudar na Grafton, que me surpreendeu na agilidade em me fornecer a documentação necessária para eu renovar meu visto, em 24 horas eu já estava matriculado e com meu novo GNIB em mãos”, explica o

jovem.Seus planos para o futuro já estão

certos, “pretendo ficar mais três anos em Dublin para fazer a faculdade de Business, que vai ajudar ainda mais na minha carreira”.

Descobridor dos sete maresPaulo Rafael Cerqueira

Divulgação/YB

Do lado de cá

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lenda e misticismoImpossível manter-se cético ao visitar um lugar como este e não sentir-se numa ligação direta com o Universo

Por Aldy Coelho

Aproximadamente 60 km de distância do centro de Du-blin, no Condado de Meath,

você pode conhecer o mais impor-tante tesouro arqueológico da Irlan-da - Patrimônio Histórico e Mundial reconhecido pela UNESCO desde 1993 e que atrai anualmente cerca de 200 mil visitantes. Mais antigo do que a pirâmide de Quéops no Egito, Newgrange foi construído há 5.000 anos - cerca de 3.200 anos an-tes de Cristo - durante o período Ne-olítico, por uma comunidade agríco-la que prosperou nas ricas terras do Vale do Rio Boyne.

Newgrange é um grande cons-trução pré-histórica que foi utiliza-da como túmulo de antigos líderes tribais, ainda hoje desconhecidos, e que mantém em sua base pedras engenhosamente empilhadas, algu-

mas das quais são ricamente deco-radas com arte megalítica. Uma es-treita e tortuosa passagem interna leva a uma câmara em formato de cruz, com três nichos laterais para enterros, totalmente escura, e que é iluminada somente uma única vez ao ano, durante o solstício de inver-no. O espaço interno é construído de pedras em camadas, formando um telhado que ocupou o peso do monte acima, sem argamassa e sem vazamento de água para mais de 5.000 anos. Os nichos laterais com bacias de pedra misteriosas supõe--se ter sido usada para lavar corpos, receber oferendas funerárias, depo-sitar as cinzas de restos cremados, ou para rituais sacerdotais.

Eis aí a parte fantástica e rechea-da de mistério acerca deste túmulo. Acima da entrada para a passagem

de Newgrange existe uma abertu-ra, semelhante a uma claraboia. Sua finalidade é permitir que a luz solar penetre na câmara sobre os dias mais curtos do ano, em 21 de dezembro, o solstício de inverno. Com sua arquitetura inclinada pro-positalmente, um feixe estreito de luz penetra pela abertura e atinge o chão da câmara, que se estende gra-dualmente para a sua parte traseira. À medida que o sol sobe, o feixe se alarga dentro da câmara de modo que toda a sala se ilumine. Este evento tem a duração somente de 17 minutos. O raio de sol toca uma bacia de pedra ao fundo da câmara e acende uma série de entalhes em es-piral cujo significado é desconheci-do. A visita guiada ao túmulo inclui uma reconstituição impressionante deste efeito.

Newgrange: história,

Fotos: Aldy Coelho

34 Outubro 2013

História

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Mitos e Teorias

São muitos os mistérios que envolvem o monumento: Quem construiu? Quais eram

seus objetivos? O que significam os desenhos em espirais? Tantos ques-tionamentos levaram a uma série de teorias sobre sua verdadeira origem e finalidade.

Desde a sua descoberta, arqueó-logos classificam Newgrange como um túmulo passagem, no entanto o local pode representar muito mais do que um túmulo. Templo ances-tral talvez seja a classificação mais adequada, ou um lugar de relevância astrológica, espiritual, religioso e ce-rimonial.

A lenda diz que o túmulo foi de-dicado a Dagha, o deus do sol em um período pré-cristão, e mais tar-de tornou-se a sepulturas dos reis pagãos de Tara. A veneração do sol é certamente sugerida pelas muitas esculturas de símbolos sol em suas pedras.

Há diversas teorias sobre o signi-

ficado desses símbolos. As espirais podem ser interpretadas como sím-bolos de uma viagem para o outro mundo, e o túmulo pensado para ser um templo solar de uma raça pré--histórica de pessoas sobrenaturais. Com base na sua forma, também tem sido sugerido que Newgrange pode ser um modelo de um disco voador.

Outras definições para os símbo-los desenhados envolvem o curso do Rio Boyne, a representação das tum-bas de Newgrange, Knowth e Dowth (outros dois túmulos históricos e im-portantes na mesma região), e ainda o próprio ciclo da vida. Newgrange é especialmente reverenciado pelos aderentes da Nova Era que acredi-tam que ele seja um lugar de grande energia e poder místico.

A história desse povo é desco-nhecida, mas o que se pode afirmar é que esse monumento é uma prova eloquente da engenhosidade e inte-ligência de seus antigos arquitetos e construtores.

SAIBA Como conhecer o monumentoÉ possível ir de ônibus pela empresa Bus Eireann serviço 163, de Dublin até Drogheda, e de lá direto ao Centro de Visitação. Mais informações pelo site www.buseireann.ie.Ou ainda o passeio de um dia com serviço Mary Gibbons Tours, onde é possível fazer reservas online e conhecer outros pontos turísticos interessantes. Informações pelo site www.newgrangetours.com.Brú na Bóinne - Visitor Centre Newgrange and KnowthTelephone No: +353 41 988 0300Fax No: +353 41 982 3071Email: [email protected]: Donore, Co. Meath.

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Taís Ribeiro, de 22 anos, sem-pre gostou de estudar línguas e por esta razão decidiu dar os

primeiros passos para alavancar sua carreira. Um deles foi investir em um intercâmbio cultural, “eu trabalha-va como revisora de textos em uma empresa de tradução, gosto muito de idiomas e estudava sempre que po-dia, desde inglês até outros idiomas mais exóticos”.

A paulista escolheu estudar inglês em Dublin por ser um país rico cul-turalmente e por recepcionar muito bem os brasileiros que aqui chegam, “o país é muito bonito e com uma cultura muito interessante, aqui pe-las ruas de Dublin você percebe os traços da cultura irlandesa e encon-tra música por todos os lugares”.

A mudança para um novo país, ao contrário do que muitos podem pen-sar, teve mais aspectos positivos do que negativos, “está sendo melhor do que eu esperava, passei muitos anos

planejando, pesquisei, li muito sobre várias coisas e fiquei impressiona-da com a boa educação das pessoas quando estava perdida e precisava de alguma informação, é um país que vale muito a pena explorar”, elogia.

Aluna da Infinity Business Colle-ge (http://www.ibcollege.com), ela pontua importantes aspectos para se escolher uma boa escola de inglês, “o sistema de ensino da escola é bom e têm professores bem qualificados”, e também cita sua evolução durante o curso, “no começo eu estava em um nível que não me deixou confortá-vel, tinha a sensação de que não es-tava aprendendo muita coisa, mas a escola ajudou me trocando para um nível mais avançado e agora estou sa-tisfeita”. Taís ainda conta que o ensi-no não vem apenas dos professores, “estou aprendendo muito mais, os colegas de classe também me ajudam e estão sendo importantes nesse pro-cesso”, define.

Investindo no futuroTaís Ribeiro

Já era um sonho antigo de Hermógenes Vieira de Abreu conhecer os países do “Ve-

lho Mundo”. Melhor ainda quando se consegue aliar um sonho com a necessidade do aprendizado de uma nova língua. Dentre estas e outras facilidades, Hermógenes escolheu a cidade de Dublin para realizar seu intercâmbio, “o país permite aos bra-sileiros poder trabalhar desde o mo-mento em que chegam, em outros é preciso esperar concluir os estudos para ter o direito de trabalhar”, afir-ma.

O massoterapeuta também elogia a escola que escolheu para estudar, Eden College (http://www.edencol-lege.ie), que tem proporcionado aos alunos várias atividades extracurri-culares, “a escola disponibiliza aulas extras de conversação em certos dias

da semana, além de promover pas-seios culturais e recreativos, como caminhadas em montanhas próxi-mas”.

Reforça ainda a interação com os colegas de sala e a diversidade cultu-ral em um só ambiente, “os colegas de classe são muito divertidos, é muito bom poder estar em meio a brasilei-ros, venezuelanos, sul-coreanos, sau-ditas, através deles tenho aprendido um pouco mais sobre o estilo de vida dos estrangeiros e suas curiosas cul-turas”.

Um dos desafios superados por este goiano foi a dificuldade de com-preensão da língua, além das situa-ções engraçadas por quais já passou tentando se comunicar, “em uma aula de conversação, a professora irlandesa nos passou uma lista de perguntas que deveríamos fazer aos

nossos colegas, sem hesitar e em alta voz perguntei para minha colega sul--coreana: Do you usually cheat in exams? A professora imediatamente começa a rir sem parar. Pois a mi-nha pronúncia para ‘cheat’ não foi ‘tcheat’, mas ‘shit’! Pode imaginar a confusão de risadas durante a aula”, diverte-se Hermógenes.

Compartilhando diferentes culturasHermógenes Vieira de Abreu

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Luis Fellype Aquiles, de 18 anos, está há dois meses em Dublin e já consegue sentir a diferença

entre sua cidade natal, São Paulo, e a capital da Irlanda, “na minha cidade não se tem muita qualidade de vida, a rotina é sempre cansativa, diferen-te daqui, onde tudo é mais organiza-do e tranquilo”.

Nos planos do estudante está a possibilidade de conhecer os países vizinhos para agregar ainda mais co-nhecimento, “eu tenho a chance de conhecer outras culturas, outros pa-íses europeus, assim eu posso voltar para casa com uma bagagem cultural ainda maior”.

A necessidade de aprender inglês para o futuro é uma realidade que Luis Fellype encara desde já. Aliás, desde a sua saída do Brasil quando embarcou no avião, “logo no avião você já precisa se comunicar um in-glês com os comissários, para esco-lher as refeições ou pedir alguma in-

formação, e a partir de agora o inglês não será apenas uma necessidade e sim uma prioridade na minha vida”, diz.

Para auxiliá-lo neste aprendiza-do, Luis Fellype escolheu a Academic Bridge (http://www.abcollege.ie/), onde tem se dedicado inteiramente às aulas e atividades extracurricula-res oferecidas pela escola, o que tem

proporcionado ao paulista um conta-to não só com a língua inglesa, mas também uma interação com outras nacionalidades. “Na minha sala tem alunos mexicanos, italianos e espa-nhóis, que te deixam em contato com hábitos e culturas totalmente dife-rente da sua e é muito interessante este intercâmbio de ideias” finaliza Luis Fellype.

Bagagem culturalLuis Fellype Aquiles

Para a baiana Luciene Vieira da Paixão, de 47 anos, não foi difícil deixar uma vida prati-

camente estabilizada no Brasil para se aventurar em terras irlandesas. A professora concursada em Salvador

chegou em setembro e pretende ficar pelo menos seis meses.

“Apesar de ser professora de lín-gua portuguesa, eu tinha muita von-tade em falar inglês fluentemente, compreender melhor a língua e en-tender as letras das minhas músicas preferidas. Já fiz vários cursos de idiomas no Brasil, mas para mim ain-da não era o suficiente, foi quando aproveitei uma licença do meu traba-lho para investir em mim”, conta.

O objetivo estava traçado, mas faltava definir o destino de seu inter-câmbio. Para tal, Luciene procurou uma agência de sua confiança que lhe mostrou os benefícios e custos de cada local, “entre Estados Unidos, Canadá e Irlanda, optei pela última devido as inúmeras facilidades que este país oferece e porque era exata-mente o que se encaixava para o meu

perfil, pois aqui eu posso estudar, trabalhar e estou perto de diversos países europeus para onde posso via-jar”.

Além de indicar o país, sua agente também lhe indicou a Grafton Colle-ge (http://www.graftoncollege.com) como a escola ideal para seu perfil de estudante, e em pouco tempo de estudo, Luciene já consegue avaliar o desempenho da escola, “a escola é muito bem localizada, próxima das duas principais e mais conhecidas avenidas de Dublin, a equipe é muito atenciosa, paciente e te deixa à von-tade para escolher o que é melhor para você”.

Quando regressar ao Brasil, Lu-ciene já tem em mente seus planos para o futuro, “quero lecionar em cursinhos de inglês e trabalhar na Copa do Mundo”, confessa.

Vontade de aprender fala mais altoLuciene Vieira da Paixão

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No último dia 20 de setembro aconteceu a 8ª edição do Culture Night 2013, uma noite única no calendário irlandês onde você pode visitar gratuitamente diversos espaços culturais como museus, teatros, prédios históricos entre outros pontos turísticos de Dublin. Fotos Miren Maialen.

No mês de setembro, a Embaixada Brasileira em Dublin reuniu a imprensa, empresários brasileiros e convidados para uma comemoração em homenagem à Independência do Brasil. A Revista Yeah!Brasil esteve presente e registou alguns momentos. Fotos: Divulgação/YB

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