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Yussef Said Cahali - Dos Alimentos

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    6.a edio revista, atualizada e ampliada EDITORA ri? REVISTA DOS TRIBUNAIS

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    Dos ALIMENTOS 6.' edio revi~ta, atualizada e ampliada

    Yussu S1110 CAHAu

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    1 t'dllo. 1 tiragem: 1984: 2.'1oragem. 1985; 3 'tiragem 1986; 4 ' tiragem; 1987-

    1 ~Jo. 1.' toragem: 1993. 2.' t ir~gem: 1?94 - 3.' t'di(Jo, 1.'1iragem: outubro de 1998; 2 . urgem. r>O\-embro de 1993: J .' tor~gem: setembro de 2000. 4.' tira~~: junho de 2001 - 4.

    t'dr~ grfoc

  • :

    SUMRJO

    I. DOS ALIMENTOS EM GERAL . ... ... ............. . . .. ... . ....... .

    1 I A obn~o ohrn~nw .......... --- .. . -- -- -- .. --- -1 2 Es~ctes ............ .. , _ -- ~--- ---- - ... - -- - ..

    1 2.1 QWinto Q nawreu; alimentos naJu 1111J c cnis ............. ...... -~ ..... . 1.2.2 Qu.1nto c.ousa JUrtdtca. ~ lct, a vontade. o dcluo -------- .. I 2.3 De acordo oom a firuhdodc. pro,'\S.Io~ c ~ubro_. --- -1 2.-1 Quanto ao momento do p~t.l:lo: fi.tura ou praruruo __ , .. _ ..... 1 2.5 Qu.1nto ~ modalubdo. obnga:lo :Wmcntar prpna c tmprpna

    2. OBRICAAO LEGAL DE AliMENTOS ..... -... ... ..., ......... _ .. .......... _ 2.1 fundamcnt~ ........ ............... . .. .. ____ - __ ..... --- _ ---2.2 Car:ltc.r pubhclstiro da obng3lo alimentar- - --- - - . -- . 2.3 O pn:tcndtdo conltcr n1o p;atnmonllll da obng.~o ~IJmcn~ar .... _ .. , .. 2... funOio c contedo ... .. .. . ..... . . . ... .. ..... ....... - ......... ~ ......... .

    3. EVOLUCAO HISTORICA DO INSTITUTO E Nl:CESSID .. \ DE DE SlSTEMATlZA-CAO NO DIREITO BRASILEIRO. . - .. . . .. . ----- .

    3 I No d ireito romano .... -- .. -- - -- ........ - ....... . ) 2 No direito conOnico ...... . - ............ __ , ....... _ ........ . _ ... 3.) No d n:uo comp;a111do ... - . . .... - -. -.. ~--- .. .... .. 3.-4 O d~TCtto bra.sllruo p rt -codtOt.ldo --" . . ... 3.5 O CC/1916. a kgt

  • 8

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    ... n 4..16 H 1 us U9

    -~ 4..11 4...Jl U)

    ~ ~ mckd uuhtbdoc~ tudiaal com culp;a - - - --- .. -~------- ..

    ~.11.1 O sbl.cnu do CCI200L--- - ----- - .. - - ---!>..11..2 ~ lb p -

    5J4 SnHml dr scpan!o judlc!al c: conrdo c dimentos . . _.. .. . .. ...... . _ .... - . ..

    5JO.I !>.'o dirctto anctrior ......... ............... - .. --. .. -~ ....... ... - .. 5.30.2 Alimentos no d1'6rdo du-eto ~m bct do CC/200! ... - _ . 5.30J ~ntm(ll dt dh"6rcio di mo t con.ccs.slo de: allmc-ntos __ -- .

    5.31 Scpa~o cons

  • 10 006 1\ltMfNTOS

    5 )7 Rc:wauralO da ptns:\o susptnsa e recuptrat

  • l

    ' l ~ 14 91!> 01(\

    ~ 17

    o ll 2 F 1u~o dll pn\SilO em urc\1\'ao.. ... .. . ..... . .. ... ....... ........ ........... . o ll.l En01~ da ~ul'umbtnN ..... A ol(nttn\a t o trmto ink"'l .La f'C'IUA~rovtsionais r sua t0l'11Cta tempo-"'' Ahmtnl) pnwtSl'lO$/pi'O\~oruaiYdd\niti~ ...... .. .

    li R.t-:\lSO. E.\ONt:ltAAO E L'\TtNAO DOS ALIMENTOS .. li I 01\'lda ck ,,.lor c dausub nbtu slt llWUWou. Mulllhlicbde....... ... . .. . I U llt.aJ\ISir automauco petcrntual das rendas. ~lario mnimo: an . I 710 do

    CC/200.2 (an U ela ut do 0.'\1~10) ................................. ....... ...... .. 11 2.1 An. I i I (I do CC/200.2 .. .. .. .. ......... . .. ............ .. .. .. .

    11.} A\'lloo ITVISio nal c txOMralOna. rompettnria . .......... .. ........ .......... ........ .. li 4 Asptos pl'O('O)\Illis ...... .. ................ .. .. . .... .. .......... .... .. .. . . .. ... .. .. ... .. .. . .. .

    li 4 I 0.. ~ reVU~.oo.tl ou 1o oal ou cxonrratoi'UI ...... . .

    li 4 6 I EfiCICia trmpo111l da ~vtSOn.al e da cumpnmrnto da obngat>lO .... .... . . .... . 12.1 7 Cobntn(.l publica das pen.s6cs aiJmen~ ... . .. ............ ... . 12 1.8 btcucao de quanua cen4. Penhora em dtnhI) 2 I Oec~llllO de ofcio r iniciativa do pMldo 13.3 Alimentos provislorulis. provisnos t ddtnnivos I}. 4 Pnlo nvtl de tttcriro

  • ...

    ~ t I

    ~'14M R' R

    14

    14J 14.4

    :::::o.:-

    DOS AliMCNTOS

    Homologil(l\o da scntcn('ll estran~lra ck alimentt>$- .......... - - ............ .. .. A,-:ta d~ .h.mtntos pdo estrangeiro. Execu~ da scnteno;>t homologada

    ~ISional t tlCOMralllria ---- _, .. ...... ....... , , _ ........ _ ... ,_ .. , ........... ..... .. .

    CoM~('io tntcnmtncana sobre Obnga~ Ahmcntar ..... - ........... ... .. .. Obn~ ahmtnUI.r: cxpul-.\0 c utr~dt~o do estrangCU'O ....... .. ......... . .. 1

    Dos AuMENTOS EM GERAL SUMRIO. 1.1 A obrog.1o ~limcnt

    ~llmentos nalur.~is e crvls; 1.2 .2 Quanto~ cau~ Jurdica . a lei, J vontade. o de loto; 1.2J De acordo com J linalodadc- provisionais e regulares; 1.2.4 Qu.1nto ao mo-rrwY'Itod;~ptf:SlaO' fututaovptael!'fll.t ; I 2 5 Quanto.bmodJiodades.obrigaJo alnnent;u p

  • -16

    b A 'odic~ ~rp

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    18

    1.2 Esp.S critn,,s; assim. I -quanto

    a natu~:.t. 11 _ qlanto l'alls.l JUndll-:&. III- quanto a ftnahdadc ; IV - qu;mlo tlo momento da prestal o. \ '-qunnto i\ modalidade da pm;t:l~'llo.

    1 . .! 1 Qu,tnro J ndlureza: .llmtYito~ naturais E' civis Quando~ pretende idcnufu:ar como alinwnto!> aqUilo que t estmamcmc nc-~"'' para a m.antena d.a qdn de uma pt'S-arla). como tambm a hab1t.aio t lulbuauo). o vcstw\no (vcstiarium). os remedias Cwrporis curandi im-

    I~ Bo~ Camnrt> l>trriJMMid~Ponugal. ll. ~ 167. n. 2. p. I 79: ufayeuc, Dorcirosdc f amJfio. t i H p 2~ Estc-va.mdcAlmckb. Ountod.tfanulUJch .n . .ul~ p. }I~. Ribas , Cons le-u dornx~>cml . ll , p 155. CIOVlS. ClldogoCml, ll . p. 301: Umongo fnlntJI, M(Sdll Cosu, ,\lf'daclcu. 'IL,p. 110.

    19 fltudiosdt'

  • 20 DOS III.IM!NT06

    No plano do direito compnrndo. a dlstmo aparece de maneira expressa. As..-;im. dispondo 0 CC lt.ali:mo. em seu an. 439. que tra fratclli c sorellc gli ali-

    menti sonodovuu nclla mb"lmtdcllo~tn:uo neccssario" (amdaquccom a ressalva de que posso no comprendcrc anche 1e spcsc per l'cducazione c l'struzlone. se sltrntta di minore"),tt'VCS(' em vista apenas aquele mlnlnuam tendente a evitar a indig~ncta t' misria do indwduo. atr.wts da prestao to-s de alimento e moradia.

    O CC argentino (com modilkaoda Lei 2.393, do MatrimOnio Civil) rcssal'vaos alimentos neccssarlos como um dos efeitos do casamento putativo cm que ocorreu a boa-f reciproca (an. 87. 2 .1).

    Nosso atual C(bgo Civtl introduz expressamente em nosso direito a dtscrl-minao, quanto su11 natureza. dos ahrntnros indlspcnsdveis, agora ao lado dos alimenros nect'ssdrios.

    Assim. segundo o an. 1.694. 1.: os alimentos (entre parentes ou cOnjuges e companheiros) dc,cro ser fludos na proporo das necesstdades do reclamante c dos recursos da pessoa obrigada (para viver de modo compatfvd com a condio social do ahmrntano); mas. confom1c 2 . os abmcntos sero apenas os indi.Y pensveis subsiStncia. quando a snua~o de necessidade resultar de culpa de quero os pleiteia.

    Do mesmo modo. dispe o capul do an. L. 70i que. se um dos cnjuges separa-dos judicialmente Vlcr a necessitar de ahmcntos. ser o outro obrigado a prest-los mediante pcnso a ser fixada pelo juiz, caso no tenha sido declar:~do culpado na aio de separn~'o judiaal": mas acrescenta oo pargrafo ruco que. "se o cOnjuge

    dcclar:~do culpado viera necessnardc alimentos. c no uvcr parentes em condies de prest-los, nem aptdl\o para o trabalho. o outro cOnjuge ser obrigado a assegu r-los. fL~ando o juiz o valor indispensvel sobrcvtvencia~. 1.2.2 Quanto A causa jurdica: a lei, a vontade, o delito

    A obrigao alimcru1cia ou resulta dirctamentc da lei, ou resulta de uma ativi-dadc do homem.

    Como lrglrimos. qualilk-.1m-se osalmcntosdcvidosem virtude de uma obrigal\0 legal: no sistema do nosso diretto. so aqueles que se dc\'em por direito de sangue (ex iurr sangulnis). por um veiculo de parentesco ou relac:\o de narureza familiar. ou em decorrtncta do matrimOnio; s os alimentos lcgftimos. ass1m chamados por derivarem ex daspos!riont ium. inserem-se no Otreito de Famlha.

    Tendo a atividadc humana como causa, a obriga~'o almcoticia ou resulw de a tos voluntrios ou de atos jurfdicos.

    Volunlaros so os que se constttuem em dccorr~ncta de uma declarao de vontade. inrrr ~!vos ou mor!Ls causa; resultantes ex dlsposiuont homlnts, tambm chamados obngac10na1S, ou prometidos ou dei.~ados. prestam-se c.m razo de contrato ou de dlsposto de ultima vontade; pertencem. pelo que ,ao O ire: no das

    21

    Obrigaes ou ao Direito das Suc~s. onde se regulam os negcios jurdicos que lhes servem de fundamento.

    A aquisio do dirello resulta de ato voluntJlrio sempre que os sujeitos preten-dem a criao de uma pretenso ahmentfcia; a obrigac;ilo assim estacufda pode st-lo a benefcio do prprio sujcit.o da relaao jurdica ou a bcneffdo de terceU'O: se se pretendeu a constitul.\o de um direito de alimentos em bvorde tercem>. o negcio toma a forma de ato a titulo gr:~tuito quanto :aquele que lnstitutu o beneficio. com a outr:l pane assummdo o encargo de prestar alimentos ao tercdro necessitado. a qua.l se obrigou a socorrer. se, ao conll"rlo. mediante o ato jurfdico. o necessuado visou consmuir para si um direito alimentar, o ato jurdico. cnador da obrigaAo de prestar. assume o carter de ato jurdico oneroso.

    Asstm. a intenAo de assegurar a uma pessoa os meios de: subsiSttncia pode-r ser concretizada sob a forma jurfd1ca de const1tui1o de uma renda vitalicla. onerosa ou gratutta; de constituio de um usufruto. ou de consutua!lo de um capital vinculado. que oferecem as vantagens de uma seguran-a maior ou libe.rdade pessoal para as partes intcressadas.n

    No :lmbito dos a tos Yoluntrioscausa mortis, o Cdtgo Civil cuida cm panicular do legado cspcclftco (ans. 1 920 a 1.928).1 .

    Finalmente. o direito de alimentos pode nascer a bendlcto do necessitado. sem que ele prpno,ou terceiro. tenha buscado intenCionalmente esse resultado, podendo, porm. surgir tanto da atividadc do necessitado como da llltvidade de terceiro

    lnc luir-se-iam nessa categoria a obriga~ do do dorullno (em condaes espectais) e a obrigao resu.hantc do ato ilkito.

    Na doao,detivamc.nte, a obnga;'loalimcntar resullll mais proprinmcntl! por efcato especial da relao juridica existente entre as panes."

    Em outros termos. a obrignao alimentar do dona l no pode ser convenclonal ou eventual.

    13 Hcn:dia de Onis.,la obllgadon ~"' tkafi,..,lo; marr parimus. p. lO. 2i. Strgao Gilbtno Porto O legado de allmcnaos cnronar.t rt:SpUIJo )undko e-m nosso di~ho

    nllo no dlreho de r~mllla. mas s im no direito sucessrio. potS o an. 1.9lo do CC co~gn 1 ~lp011'$

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    22 Na obngacto convencional. desde que t licito criar. mcdtantc negcio jurtdico

    bilateral. a obrtgao de prestar ~Jiimcntos. assmala Orlando Gomes que a obriga-Ao tanto pode ser o objt to pnnctp~~l do contrato como resultar de eXJg~nda legal quanto ao comporUlmcnto su!)(n-emcntc de uma das pa.nts cm rtlll:\o ~outra; esta luma htptese configum-se no contrato de doao: o donatno. nllo sendo a doat o remuncratrut, t obngado a prestar ao doador os alimentos de que este venha a neccssttar. pois. se ru\o cumprir essa obrigao, dar motivo revogao da doa('Olo por ingrattdo, a menos que n:\o esteja em condtcs de ministr.l-los (CC/2002. an 557. IV): entende-se que. embora a \ti ru\o esta tua expressamente a obngallo do donauino de prestar ahmentos ao doador. a refertncu indirt ta pela

    tnclu.~o da recm.:1 lnju.~tiftcada entre as causas de re,oga:lo da doallo deve ser Interpretada no senudode que tal obrigaaocxiste mdepcndcnte de terstdo estipu-lada no contrato ou resulmr de vinculo familiar: tratar-se-la, em suma. de clusula

    impllch;~ de todo contrato de doallo 10 Quanto o\ obngallo alimentar conscq\lcnte da prtica de ato illcito, represenlll

    ela uma fomta de indcnlzacllo do dllno tx delicio. Tem-se pretendido que. distintas as caus;ts gerodoras do din:no de ;~limcntos,

    Igualmente o scnam as obrig:l(;cr. de distintas causas. stja na sua estruturo interna. seja na sua dsctplina Jur1dica,lmpo$Sibilitnndodcssc modo uma regulamcntallo unitria para todas. e se repchndo. asslm,a parifica("Jodos prindpiosaplic:lveis s modalidades on considel'lldas. regulando-se cada uma delas segundo nomiiiS cspeclficas.1'

    Mas. observa Pelissier. "cn rtaht, cc n'tst pas l'origme, f;~miliale ou non. d'une obligation. qui donne l l'obhgatlon un caract~rt ahmentaire, c'tst sa destinallon: sont nliment;~ires toutes les prcsmons ayant pour but d'assurer une personne bcsognc:use des moycns d'existcnce.

    Asstm, cm funt\\o dessa unlctdade. lnobstante o diverstficado das causas ge-ndoras. pennite-se afirmar que as dfvtdas alimentares obedeceriam a um regime jundico pelo menos parcctdo.

    . Giorgto Bo. preconizando a lcg1mldllde de uma definicJo unltriadaobriga!o ~hmc:nlllr dllntc dll plurahdadc de causas prcvtStas em lc1, tambm asstnala que elemento com une a tutu qucstl isututi t almcno l1l cen:a I' lia

    vtta deli' avente dmtto".N . gutsn. tnteresse a

    26 O.rtuodcjwrtllia, l968.p. 3H. 27. Cleu,CII clllmtllll , I, P 276,1)( Rugglcro.Ahmcnu, Dt p,41 s 1o .

    famillallodlmlocivl lbrcullt lro. p. 576. Vcr Yu-.!Calul Os. ,oa ~a.l.p.diH. Esdpl(nola.IA c no direitO das obno ~ .,_ 108} . I , a lmcnlos no Ire tiO c aml la

    crt""" ""P urup. 315H9 28. J.n obflg~UIOIU alimcntaiiTS, p. 2. 29 11 dirtuo dcgli alimtnli, n 6. p. 38

    Ver, rupcho elas d iStlnOcs entre OJ d 1 1 1 allmcnlos dccom:niC$ do aiO lllcilo),lu~ ~O~I~IOS (limcniOS no dirello de fmllia C atos tllcltos c 0 de no (II~Ynas dcv 1 1 ) da g dos ~n1os. AUmentos decorrentes de r- 0 ut vo apcla o. ln Vtrbts. p . 18.

    DOS Al.IMEJIITOS fM Gf RA1. 23

    E para Savatler, "toutes les fols que l'obligaon contractuclle ou testamentnire vise li une foumtture d'ahments, la crbncccorrespondante se trouvc profondtmcnt lll.nucnctc par cc carilct~re. Elle est instransmissiblc et msatStSSablc. Elle ne pcut fare l'object d'une renonc1ation" _,.

    Em realidade, atento ao prtSSuposto da unicidade de destinac:~o dos alimentos. nA o se pode pretender- apenas cm func;4o da diversidade cloptdlil Dullo.t- Orou Clvl 31. LA obligQtu:ln l(_gcd. cll p. 10. 32 STF, I r ,04 lll%9. RTJ53173't. ll.Aitmrnlos, p. 13

    I TAicCh

  • --"""'- .. - -

    24 005 AUMCNTOS

    typt m~me d'obligatlon l~ale srncro stnsu. car elle nan de la lo i en dchors de toute fautc et de tout falt du deblteur.)t

    Nada

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    I

    26 005 AliMENTOS

    1.1.3 De acordo com a fina/id,tck provisionais e regulares Dizcm-st pro"islonnis. provisnos ou ln lucm os alimentos que, precedendo

    ou concomilnntemcmc ~ aao de scp:ua:to JUdictal. de divrcio, de nulidade ou anulao do c:J.Samcnto, ou atnd1111 propna a:to de ali me mos. ~o concedidos para a manuten'.lO do suphc:ante na pendl'noa do processo. compreendendo tambm o neccssn para cobrir as despesas da hdc

    Dizem~ rrgularrs ou definitivos aqurlcs estabelecidos pelo JUiz ou medmnu: acordo das propnllS panes. com prestaes pcnodtcas.drcantter pcnnnncnte, alnd:~ que SUJeitas a c\entual rrvtS.lo. u

    1.2.4 Quanto ao mom(.'nto da prestiJo. futura ou praetenta Alimenta futu l'a so os ahmcntos que st prr~tam cm vinude de de cisa o judtclal

    ou de acordo. c a pnnirdelrs. alrmmra pra.:taita ~o os antcriorrsa qualquer desses momcntos.' 3

    A dbtinc;llo tem rrlrvllncia na dcterminac;l'.to do termo a quo a pamr do qual os alimentos st tornam e:~agvels. 7 .2.5 Quanto s mod,Jiid,tdes: obrigao altmencar prpria e imprpria

    Schnnu pe cm rvldl'nc ta 11 dlc;tino cntn: obrigao de alimentos que tem como contel)do a pn:srao daquilo que t di reta mente nccessno manutcnilo da pessoa (obngado cb decb.lo que os concede; scrllo dcvtdos a po~rttr da tnstaur:aao

  • '1

    2 OBRIGAO LEGAL OE ALIMENTOS

    SUMRIO l .l fund.-.mentos- 2.1 Cartef publidstico d.lobnjt~lo- 2.3 0pt"e-l!endodo c.ar~ ~ patromonoal d.l obfog.l.\o- 2.4 FunJo ' contNdo.

    2.1 fund.lmentos txsde o momento da concep.lo o ser humano- por sua c:strutura e natureza

    -tum w r cartntt por u cclt'nciA: aindm no colo matemo. ou J for:~ ddc.a sua mca.. ~tdlldc: mgemt.a dt: produzir os meios necessnos 1\ swa rruanutenao faz com q~ sc lhe ruonht(ll. por um pnnctplo natural jamas quc:sllonado, o superior dtn1to de ser nutrido pelos rtspon.svetS por sua gcra;lo

    Sub51stc essa rc:spon.s.tbilidade -tambm em termos incontroversos - duran~ todo o pcrfodo do: desenvolvimento fsaco c menml do scr gerado.

    lkmon.stna-o Dd Vccchlo. em p&lna cxprtsslva uma vez que a prpna gt--ncsc d11 pessoa. empiricamente consaderada. implica uma rcl;aolo lntcrsubJcliva.. medaantc tal rclacao fica j criado c determmado um vinculo de JUStia enll't os geradorts e o gerado (Jusw;a parrnta/); assim como os pno1earos.devem a1nbuu a si o nascimento do novo ente. assim ta.mbm no podem cxanur-w da obngaio de segua r a formacao do mesmo ente. aU que da SCJII compleu; 1razcr l ,,da um novo scr. pan deliberadamente abandona lo enquanto dura o processo de seu de-senvolvimento, ou wja.antesque ele akancc cm concrtto a sua auta rtla. rtvcla-se incompauvd como o respeito dc\,dO ao valor absoluto da ~ nem o rtSpCIIO podcrill ser entendido aqui cm sentido meramcnlc ncgauvo, como sucede onde falia uma rtla-.lo prtceden1c por isso que JUSUmenae do fato de gera,'to resulta a necessidade daquela :lSSISI~ncu que, por JUSU(ll, IO pode ancumbar a outros entes ~n:lo aos autores do prpno fato. du admaor-se em fa,o r d ~r gerado o rtconhccimenlo da prttcns;lo correlativa, c merct JUStamente de~ rorrtbio t que a rtla;lo possui naturtt3 Jllrfdica, c nAo apenas moral ou de bcncfk tncU. como prttcndem alguns.'

    Mas.aungindo o~r hurruano o seu desenvolvuncnto cCimplCio, o ~lo assume. cm pnnclplo, a rtSponsabilidadc por sua substSt~nclll; deve na cessar, enlllo. p;ua ck. o~ilo

  • ,.

    30 DOS All\\(NlOS

    Acontece. portm, que se o individuo assim desenvolvido deve. em regra, procurar por si a c(lnservaAo da prpria exlsttncia. buscando a ruUzaAo de seu aperfetoamcnto tSpmtual com os recursos obtidos de seu prprio esforo, sempre se reconheceu. contudo, que cenas cm:unsulncias, sejam momentaneas, seJam permanentes, como a idade a\"Jn-ada. doenas. mabililllto pam o trabalho ou mcapacidade de quRlquer outra csptcle. podem colocar o adulto di11ntc de uma tmpossibihd11de de obter os mctosde que nccessllll para Sllll subsisU!ncla; dai, ent;to, o problema dll proteco que passa a ser-lhe dc\'lda.1

    AssiStir ao prximo rua nccessidadet um dever vulgar. a candade t uma simples \'rtudc. inscnda no dever moral.

    Conforme observa Bc:ud:ant. esse dever nAo t. em principio, scnllo um dever de conscttncia. exiSte, pottm. um minlmum que t convertido por lc t cm dever civil. por CUJII exccu~o o dtreito ,ela. c isto represcnlll precisamente a obrigato ahmcntar. tem esta seu fundamento na necessidade de protco do adulto em razllo de circunsiAnctas cx~peion11is. que tmnsformam o dever moml de assisttncla em obngaclo jurldla de alimentos..

    Como J dispunha o d iretto romano, nccal'l vldctur non tantum Is, qui partum pnjocm. std tt Is. qui a/rirei r. cr qui a/lmonladmrgar. tt is. qui publicas locas rnlscricorrllac causa cxponu. quam lpsc non habct (Dtg. Llb. XXV. TIL lll, De agnosccndls tt alendls ltbfris. vd pal'lnubus. vtl parronrs. 'tlllbcrtrs. fr. i); fmgmcnlo que se perpetuou rut regra ne Bo. 11 d~rittu ck)(lo ~lomtnll c li , n. l . p. 9 ,Jo"'"rand. Cours d.r droit CIVil poiltt/ f ranca!\ ele . I. p. ')()11 C io"~ c.ldt~l) Civtl, ll. p. 30l , luts Mana Vlllarino, Ellundamlcnco dd dt:recho dfallmf nl\b, Fttculio

  • ~--------------- ___ ... ___ ....., _____ _,.~

    .

    I ~ L ' ~ t i

    32 ~ALLMlNlOS

    membres d 'une m~mc famLllc nr peu,ent s'ignorer . leu r solidantt s'ufftrme qunnd tis \'IVCOt en commuo. rnllLS cllr ne doit pas ~c r quand la Vle lcs stpare. car tis formem toujours une communautc d11ns laqucllc onc nc saurait admcttre que certulns soicnt dpourvus de l'cssenti.cl quund d 'uutrcs sont (onunS; l'obligauon alimentaire nuunticnt un m1111111um d'uoltc et de sohdarit duns la fnmJllc. malgrt l.a d1spcrsion de ses mcmbres .10

    Assinala Cicu: t:obbhgo alimentare ex ltgt pressuppone chc susslsta tra l'ahmentando c l'obbhgato un vincolo ehc socudmente sia cons1derat.o lanto saldo da poder cssere glllsllfica=Lonc adr~uata all'impostzlonc dcll'obbl!go mcdes1mo. Tale vmcolo sUSSISte paruculnrmcnte t:ra i pio strctu membri deli a (amiglla . cui la sohdarictjl fum1llurr imponc appunto di socorrere, nc1 hmlte de lia propria possLbLiit, chi SI trova ln urglntc btSOgno. Ed ~ qumdi ncll'ambiw dcll:1 fam1gha chc l'obbhgo alimentare prinnpalmcnte ocorre. cot\S.1Cra.ndo e raffonandu ii vlncolo famLIInre" .11

    Assim Lnstitucionllli::ada a obriga~lo ali mcn1ar. diJ undrda e ampltada essa obri gaco pelo direito canOmco. acabou ela por adqulnr cm dcfintivo a caractcnsuca de uma obngao jund1ca.

    Como 1al. c desde que ena da por lei- sendo. portnnto, uma obngno legtima -. mas como tem por fim assegurar subssst~ncLn do crroor. porque ela se funda sobre o dc\'cr de candadc c solidariedade familial'l'S, submete-se a obngnAo alimentar a um regime jurtdico especial. que a dsstinguc. sob vnos IISpcctos, da obngaAo ordmaria. u

    2.2 rter publicstico da obrigao alimentar A C\'Ldtnda.. o inte~ tutc:bdo pelo direito. com a tmposillodocncargo ahmc:n-

    lar, to interesse social na vida daquele que S(: encontra premido pelas nccessidlldcs e em mdigtnda. sem condices de sobreviver pelo esforo prpno.

    Especulando cm tomo da fundamcnua:\o unitlina da obrigao legal de ali-mentos. refere Giorgto Soque, no estAgio atual da doutrina, desenvolvem-se. de um llldo.as teorias do mtcressc da sociedade na vida do cidad:\o; c, de outro.as tconas do mtercssc vida do prOprlo urular do dircuo aos alimentos. u

    Assim. para cu. "poichalla cura degla indLgenti loStato, speCJalmcntc :u giomi nostn.nonpuosottrarsi,SLaltrinonviprovvedc. rimposiZionedclJ'obbUgo:Jiimentare gtova alta socieU c aJio Stato, impcdendo cbc su ess\ gravlno numeros1 indigcnti; pcn:L, bcncht l'obbligoahmentaresl ponga sol tAnto neicooJrontidell'alimcntando c non ddlo Stato, qucsto 1ta un panicolarr m tcrcssc ai suo adcmplmento" .

    10. Druirc.vll. 1, 2", n. dna rcouncllu - lCon>-cncoon lntcramrrkuna sobtt Obloi(OllJnn Al,nouurla>, n. 22 , p. l.J)

    17 Cicu, l.JI na1ur:a gLutu.loc-a nl , Ro" OmttO(I\Ilt, 1910 p 170. Tom:nlc. lobbh)?:one ah-mtnlll~ e I c: sue ..anzlnnl CIVIIt ne1 tlonno ltah~no. lt~ DonJto M.u~ n"""''"lt 19o}, p. t91 , DoAna Anulo, Gil alomcnll, o. l . p 4

    18 8or..ari, Commcmano dr! Cdicc Cirlr 11ahano, I, p. }78, p ~ Bbncho. toN! di Cod1ct Cnilt llalrMo, V, 2 . n 279, p. 411 Goorgoo Do.. 11 dHiUc dcglo alunmu cu , n. l , p. 6. 1kni,

    -

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    34 DOS 1\lLML'ITOS

    Dessa natui'\'Zil pubhctsuca das nom\ns dl!'Ciplinndoru da obnga;to ali menti-ela. dcduz~m-sc outras cal\lctrri.~tkas fundnmentais do insu~uto: suns L"l'grns nao podem ser drrro~otadns ou modilkndns por acordo entl'\' parttcularrs: o dll'\'lto dr 111imcntos nl\o pode ser objcto de tmn.~l\o ou renncia, scndo 1'\'Strtta a vontade indwidual nas conven

  • 36 00S 1\liM(Nl()S

    Asstm, embonllocaliU~da no dtrcito privado como uma das mamfcstaes do dncito vtda, sendo por ISSO mesmo, pef'S()naliSStma, nem por isso a obnga(o ahmcnrlcia deixa de ter represental\o material, quer ducr. patrimonial, uma ''t% que 1u1 unta pres tao econOmca cxtp.ivd a uma pessoa cm favor de oull'a; h4 um credor c um dcvt'dor caT11Cttruando unta relao obrigactonal.1'

    Em verdade ,aaf\rmauva de que um dtrelto relativo como este tem um C'llr~ter patrimomal ou um cartcr pessoal, qualquer que seja o fundamento para justificar a 0~0 nAo tqUivalc ao seu confinamento no contexto de uma determinada cate-goria, pois faltanam outrOS requisitos para a sua exata slstemalizallo.

    Reconhecida. por mevitvcl.a presena concomitante dos dois elementos -o pes.so:al e o patnmonial - na Integrao da obrigao ahmentda, a espectahd~dt que apresenta o encargo no mbito do direito pnvado induz o reconhecimento dJ

    preval~ncu do pnmeiro dcmcnto;1) sem embargo da opmio diversa de Tcdes

  • I

    38

    Ora, o Projeto de Cdigo CIVil aprovado pela lmara dos Deputados dispunha em seu art l . 7 22. que "podem os parentes ou os cnjuges pedir uns aos outros ' ahmcmos de que necessitam para viver de modo compatvel com a sua condia~ social inclustve para atender ~ nccc:ssidndcs de sua educ.allo, qunndo 0 bcnefi. c .. no for menor .

    NoSen:1do Frder.,rontudo.a Emenda. n 321 deuaocitadodispositivoascgumte rtdllto. Podem os parentrs ou os cnJuges pedir uns aos outros os ahmemos de que nrSSIIam para \'lWrde modocompauvd com asWI condJAosocial mtiUSl\'t para lltendrr S nttCSSt

  • 3 EvOLUO H ISTRICA DO INSTITUTO

    E NECESSIDADE DE SISTEMATIZAO NO DIREITO BRASILEIRO

    SUMRIO: 3 1 No direito romano- ).2 No doreoto c.1nnoco- ) .3 No d ireito compan~do-3.4 OdirctobrMil('lroprt

  • 42

    patnmonlal. com a natural n-c!p~ d:~ lnexigib1lidade de a.limcntos pelo pare r em relaAo aos membros da famtha sob seu poder, l evidncia de ni\o disporem fSScs de patnmOmo prprio.'

    Du,ntr des..o;c quadro. Ciccuglione cstabdrcc proveitoso sfmile com o dlrtito succssn o: E per vcro. come nrl pnml'rd1nlc s tato romano, cos\ nclla fnmlgha la propnct1 rra com une e no n ndlvidualc. c runo d chc si acquiStava dai compo-ncnu d1 rssa n cadeva nd dmrumocom\mc c qumdi dei patrrfamthas, alta cu1 monc quelb sob chc tro'~'1li'ISi nel scnl)dclla famiglincivilc acqul~tavano l 'cred1t peru~ dmtto propno. ondt che cssi disstro hcrtdcs sul t ntccsscrrh: nt 11 pnnc1pio chc 11 patrrfamilias potcs.o;c col testamento d1sporre di tutu i bem famlia li. dlscrcdando anchc 1 suoi fi~tli.. csdude questa spcctc di comuruone, poich tnl potcrc vcniva ai padre dall.a l>Wl autorit, cd cgh. chc ave'~ lacolta di vendere c fmanco d1 uccidcrt i lrbni. pote\'3 tllnto piu d~.S!>, mas o man o nllo t controvertida) qu . . direito da mulher de ser .ahmenuda pelo

    Matcna controvcmda, o propn o d Pcroul " embora admllidn por mando cm cllSO dr ncccssldnldcd~ :nlres~~ inr'rodu:::ld~ pela pnlu.:oa) : GlorgJO Wmdschcid (nl\o como resu ta o Cl,

    C ~ . Sou c Alex:andrc omUJ.

    7. Alimcnaa, Nuovo Digtsro lrallano. I. p. 327 8. Gir.anl. Manuel tlt mrnralrr de ~roll rom;"" '\ tl8~28 l'onle< de MiF~n

  • ..

    00S AliMlNTOS

    A obrigllAo de assJSttncia e socorro aparect no mbito da famflia como ex-prcssAo JUndica de orquuas (. .. t1 quum tx arqultate haa res dcsunda1 carllaltqut songutnts. sfngulorvm dcstdrna ptrdrndtrr ludl((m oporttl, D. Llv. XXV. Tlt 111. Dt agnoscrntlis cl alcndls libtris. ,.ti parrnubu.~. vrl palroms. vtllibrrtis. 5, 2); da prllas (A mtllrt quoqur .fi h o, qui ln Jaculrarlhus ~li, cxhibrndos parentes rssr, plctmls CA1sllmar rcuio. id. ib., 15): da nmuralis rauo (Parrns quamvls ali a filio ratlonc natura h dt'btat. tamt'n acs cdknum eiu.~ non t ssccogcdum cxsolvcre flhlnt, rcscrfpum cst. ld. lb .. 16).

    E aquilo que cru stmplcsmcnte dever moral. nrnbou se transformando. sob a inOut nclll de fatores \\rios. em obrlga~o jurfdlca.

    A disciplina justimanla da obnga:lo ahmcnuu representa o po nto de panada da sucessiva c ampla rcdabomeilo do msututo, compilada pelos glosadorcs c co-mentadores. de que resulta clar.1mcntc :a determinao do circulo da obngnl\o no mbuo fam11iar. compreendendo oscnjugcs, ascendentes e descendentes, 1rmaos c trmls "

    3.2 No direito cannico

    Odin:lto canOmco. em seus primeiros tempos. dilnrgou substancialmente o ftm blto das obrigaOcs alimentares, inclusive na esfera de relaes extrafamiliares.

    . Da ~inu~.cmc an:ilise do insututo na disctphna da Igreja, a que se propos Clccaghone. em sintesc rena por Orestano,'9 cxtra1-se os seguintes aspectos funda mentais: no plano das rdaOes determmndas pelo \inculo de sangue, um texto. que em realidade se referia aos llbcrt nclluralcs do direito JUSitnlaneu. mc-xnumcnte Interpretado. tcr.l s1do o ponto de parudn para o reconhecimento do dtrelto de alimcnros tambm aos rilhos cspun os cm rclao ao companheiro da m:\e dumntc o pcriodo de gm\~d - d

    . . cz, sem que se pu esse tnvocar, para exclu-lo. a cxuptto plunum concumbcnuum a ob ,... t pod

    . nga,~o a 1mcntar ena origmar-sc para alm dovfnculo desangue d - '

    . c outras rcwOcs quase rcligtosas. como o cleric:uo. o monaMt n o c o natronato a lgrj b

    r- , a tena o ngaao de dar aJimcntos ao asilado, quesuonava-se entre os canonts-- h

    se avcna uma obngaao alimentar entre uo c sobnnho. ou entre o padrinh nrh d .... o c o li 1 li o. em ra.zo do vinculo espiritual pelo wrelto canOnico.dcnnindo-seoc S ' f asamcnto como acramenlum novat legls a Chnslo nstllutum quo vtro ti muherifid 1 b ibl .._ c ' us ... s mutuo lcgttlme pu verba de pracuntl utsponStJtls ad pcrpt'tuam habtnda 1 . 0.~ d 1 d d' . m v lat consucrudmcm ti ad aha malrrmomalla_ :viCIO a tmp tn a 1vmagratia c o ,{ d d .

    n,ertur. c uztu-se a obrigal\o ahmcntar recr-proc;a cnt.re os cOnJuges.

    11 P(rt( Vldan, Rlcrrcho ul di riu o qgli a11,.....11 74 18 AllmmU. E~~eluptdl4 Gturldoca lroltlllla,l. i~. n .. 76-90 I 260-IQ. Altln(nt&. Nuo-o DogCSio lrallano, l. p 328 ' p. !.2M

    (V()l.UO HISTIU" 00 ~"'STlTVTO 45

    ~n o Codcx luris Cononici mao-Sem disclphnar de maneira cspccUlca o tnsututo. 1 tm. em lmha.s gerais, a tradll\o cclcsllsllca. trazendo cm ~ contexto a gumas d1Spos1Ocs que dizem respeito l obngalo aUmentar.

    3.3 No direito comparado As lcglslaoes dos pal.scs cJVihzados cuidam da obng;u;o por alim~ntoss:~

    cxtensocs vamveis. seJa quanto sua natunza (cOngruos ou ncccssnos). J quanto M pessoas que a ela estanam vinculudas.

    Disciplinando cada sistema jurdico, o lflStituto alimentar, ~gundo regras mais condiZentes com ~suas tradOcs e costumes. e cm nul\o de valores prprios que entende por bem tutcla.r, 1\Ao h mtcrcssc: aqui na reproduo d.o d1rc1to acnfgc-na sep cm sua rase 11tunl. seja cm ~us precedentes h JStn cos: a cola.ito de ~r fel~ apenas na medida do necessrio l anallsc ou melhor compreenso do dJrc1to p:itrlo.

    Merece, por~m. anotar a viso moderna da obrigao alimc~tar cxtra.lda de SavUicr: "L:me1dencc ct l'aspcct de la dcttc ahmcnta1re oot sub1 pro fondcmcnt l'inOucncc de uois pousstcs. 1-cclle qui, tnOcchLSSa.nt te droit pnvt vcrs lc drou public, muhlplle, entre l'un ct I' nutre. les intcrrercnccs; 2- cellc qu1, modtfwnt lcs donos soclales de la vlc clvtle. y consacrc la. decadence de la fortunc a.cqu~ ct la promouon du trava.ll; 3- cdlc enin qut , [aisant surg,~r sous lcs constructions Jurid1ques ta mauerc brute qu'ellcs trll\'lliUcnt, tend i!Ctucllcment a fa1re prtvalolr tes structures de fait surtes structurcs de drou I!J

    3.4 O direito brasileiro pr--codificado Nas Ordenaes Flhpinas, o texto maiS cxpress1vo a respc.tto da obnga:lo ali

    mentar (pelo menos o ma.iscttado nadoutn.na) cncontna~ no Llv. 1. T1L LX.'\XVlU. 15. oa mcdldu cm que, embora provendo sobre ll prote'llo orf.anolgJC.a, tr.u a m-dK-al\o dos elementos que comporiam a obngao se lll~uns orfos forem rtlbos de tais pessoas, que no dcvan1 se.r dados por soldadas, o j uiz lhes ordena ri o que lhes neccSSI\no for para seu mantimento, vcsudo c calado. c tudo maiS cm c11da um ano. E mnndur.l escrever no invenlllrto. para se levar cm conta a seu Tutor, ou Curador. E mandan\cnsmnra ler c cscn:verllquclcs.quc forem para ISSO. at~ a twu.lc de 12anos E dai cm d tll ntc lhes ordcnar sua v1da e cnstno, segundo a quahd.adc de suas pessoas c fazenda .

    Outros dlSposttlvos cuidam particularmente da .&SSI!tt~nCla dc''l

  • 46

    esmbcltmlalgutnasex~quclrprinctpioemct'nosososdedescendentcslrgftimos e ilrgltlmos.ascrndrntcs. tNnsvt'rs:aiS. umilos legtimos r lflllAos Ilegtimos. primos e out~ rons:mgOinros leglumos. primos e outros consangul.nros ilegtimos.

    Rdc rido Assento. que rect'bru fora r autondndr de lti atravts do Alvar dr 29.08.1776. revelava-sr mlm1ctoso r detalhista, rrstando hoje apenas como docu-mento htstrico.

    Com mats ttcntca, amda que sem ter proposto uma disclplin.a urutdrut dos ahmcntos. Trbcrtr.l dr Frenas. na Consolidacdo 1las Leis Ctvi.s , an1cula cm Vrios dtspostti ... oso dever dr sustento dos filhos. os dtrcitos recprocos de alimentos entre pais e filhos, e entre parentes.

    Em lmhas gerais. sAo reproduzidos os prrccitos que se conunham no Assento de.l772.

    3.5 O CC/1916, a legisla{o posterior e a necessidade de sislematizil{o. A frustrante reforma do CC/2002

    O CC/1916 cuidou da obriga:\o alimentar famtlar como deito jurdico do casamento. Inserindo-a entre os deveres dos cnjuges sob a forma de mcuua a.s-stst~ncla" (art. 231,111). ou de sustento, guarda c educao dos filhos (art 231, IV): ou fazendo comp

  • --..

    4 CARACTERSTICAS DA OBRIGAO

    lEGAL OE ALIMENTOS

    SUMRIO: -4.1 Allm

  • 50 00S AIIMIX TOS

    "ol>nga~'llo pcrsonahssima. dr,ida pelo :alimcntantr em funci\o do parentesco que o hga ao .-.lmll'ntllrio" '

    Vis:and\l preservar a ,id~t du lndvtduo. considrra-st direito pessoal no srnlldo de: qur a sua tuuland.adl' nl\o paSS

  • 52 OOS AliMENTOS

    . d qtt m principio 0s herdcros sucedessem nos dreltos do Ponanto. am a ~. '" ' d b

    .. Allml!ntar se cxungula com a mone do cre or de ahmentos tk (ujus . a o nga .. o- .

    pod d S h~rderos ni!SS3 quanudadc, dcm.mdar do pnmulvo devedor a na.o en o seu ~ . r . continuidade da prcstal\oalimentar. se os herdcrosdo fall!ctdo .osscm 1gualmcnte

    d pod(~Am reclamar ahmcntos apenas como parentes da pessoa que ncetSSita 05, - . r o~ obngada. mvocllndo um dm: lto prpno. origtnno. se o uvesscm. e rulo como suc(SS()rcs daqutle .10

    A qucslllo. portm. mostrava-se mal colocada. eis que no tem pertin!ncla com a transmtSSibilidade succssna da obrigai\o alimentar. as dlvuias contra Idas pelo alimcntdo par3 seu sustento podcnam ter sido assumidas perante terceiros, sem serem herdeiros.

    Assim. a qucsu\o envolvia. mais adl."quadamcntt' , a eventual ccd1bilidadc ou sub-roga:\o do crdito alimenuu pelo prestante de modo a lcgnimar o terc~:iro em acao contnl o obrigado, ainda ~:m vida ou depois da mont do alimentrlo.

    Mas, se o crdito por alimentos atrasados j se havia constituldo cm soma detcr-mmada. f11riao mesmo pane a uva. como qualquer outro do patrimnio hereditno I! passaria aos herdciros:1' pois. se era certo que o direito aos nhmentos, afetados a uma necess1dade da pessoa. dcsaparccla com a monc do credor, ressalvavam-se contudo os ntr:lSIIdos venCidos c n!\o pagos:22 ponanto, o~ alimentos, que em vida do necessitado se v~:nctram I! no lhe foram pagos, os seus herdeiros os poderiam reclamar. clS que se trotava de direito dcfiniuvamcntc adquindo pelo alimcnutrio, J:i integrado cm SI!U patnmOnlo, I! como tal , pcrfeitamcnLe transmisslvel/1 pois a pcnSilo dl!vlda att o momento l!m que se verificou a mone do credor.1'

    A propOslto,culdandodaexlln;\oda pretensoahmcntkia, dispol! o 1 615. U, do BGB. que "im Fali e dcs Todes des Btrtchtigtcn hat der Verpfhchlctt dtc Kostcn di! r Becrchgung :u tragcn. sowcll ihre Bezahlung nicht von dcm Erben zu erlnngcn 1st". preceito que corresponde ao art. 1.342 do CC/1916 (an. 872 do CC/2002) ("Nas despesas do enterro. proporcionadas aos usos locais c condio do falecido. fetw por tercetro. podem sercobl'3dasda pessoa qui! teria a obrigao de alimentar

    :W. Piamo!, RlJXn t Rou;ut, Trautpratlqudcdrou crvlfrana~. ll. n 49. p )9: Mazroud. U COII1 ck drot1 cowll, III. P 6H : Baudry-l.acanlinenc. PtTSOnnN, 111. p. 261; Btru~benr. IA Jatnillt n. 661, p 461. Clvu,CdigoCMI, II. p. 306.

    21 Diancht , Corso di dnUocovllrlwflano. v, 2.' , n. 281. p. ido (('ti!U .antl~mcrur

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  • -

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    --

    Asslm 0 que j en de,.,do conunua a ser susccti"d de ser reclamado, pois ' 1 -t~nsAo hgada aos alimentos vencidos c ~ lnderuza~.o ,..la que nAo se vcc u1 a P~ ~ . . r

    I . .~ Ao-A no texto brasileiro, a hcrcdttancd:adc do dm:ito 11 exccutto: cxc UJU'"" .... "" Esscrntrndimentoconunuana sendo proveitoso. considrrandoqueoan. 1.997

    do CC/2002 apenas reproduz oan . 1 796. do ((11916 (v. art. 1.700, CCJ2002}. Mas se nos termos do an. 1.796 do CC/1916, a herana respondena pelo pa gamcnt~ das dvidas do falecido. t ccn o que "nllo consmucm dividas do dt cujus as que l\llo thc:rem sido l"(gulanncntc cons11tuld~, as que ~o forem c~mprova~ por documentos, m csudos de lormnlid:~dc:s lcg;ns (arugo c1tado. I . ) . ou as qut nlo uvrl"(rn sido c:xprtSSamrntr !"(Conhecidas".

    A monc: n:uuralc:qutpal'l'ISC por Ida dccla!'l1.odr monr presumida do ausrntc., scndo que a dccbl'l'l.\O de austncta tmpon:~ na libcrallo temporna da obng1clo ahmcntar. que nlo pode scr !"(Clamada conlnl ou a favor d3 pcsso:1 cuja eJUSttiiCI.I atual scja ignorada .~

    Em func:lo do cm! ter pcrsoruaiLSStmoda divida alimentar afumado no an. .;()ldo CC/1916(,.an. 1.700, CC/2002), falecendo o devedor, nllo ficarum seusherdctro:. obngados a continuar a cumpn-la; desde que o dc,cdor estivesse adst.rito ao StU cumprimento em razo de sua condi~o pessoal de cOnjuge. ascendente, desctn dente ou innlo.txtinguindo-sc aqudacondiAo pcsso:1l pela monc do pi"(Stantc,do mesmo modo a obriga:lo desap:ti"(CC, nllo sr tranSmiundo ao~ herdetros do drvedor cm condiOcs t.als, falecido o ahmentantr , nllo poderia o ahmentrio reclamar que ossupnmentos, da pordtante,lhcs fossrm frnos prlos hcrdeuos ou parrntcsdocli CIIJIIS: falrndo a ~a obngada. a prcte~o alimcncia contra seus sucessora

    aphooan.13da lt16.~1Yl977 , ~~o osans. '402 r I 796 do CC (1916: v. aru. 1.700< L997. CCI2002l~faNh).s111posslbllldadeJurfdJcadepenckcbexiSttncudrbmn (:a.. cu ,as !oras suponcm o pagamento da dtvrda. que cn do fal~cado (0 I 08. 1989, I!JT/}P l2l/2S2). 7.' C4m 0-.: . F:alrcendo o alimcntantc no C\lrso da exccuc:lo

  • ....

    r

    56 1 ~1 ,. fs..S) no mmcntodupm~ I (f.>s..-.cm pru\1., -~ . v - .~-dlrrttc>ll(l '""' nhlll - 1 _ A nxlu".lode t'f.-llll:'O\H.I'OS.!"'Ssoais ou suc('SS()Iios. .. 00 .. 00 " t.:n,kn. ll t"hh V ' . . l!>tl\lf'l ~, ' . 1.. r ,ml.a d.: nrc, til\"'l'dc 11hm\"DIOS proY\SIOIUI~ rUO

    I ntodlll ..... tttn\as...,.a' ,. oac t;anumu ... 1 1 t>O.'S!bthJadc dll~ ahmcntos provtSionat.s do ldll lU '-l:!ll!llljiU-.'J lSO~"" L'-..., _._ - ... ,lt J.JJr da 1-.l>J t!{a(tloaluncnucla J.l no era de trlnsno Ma.~ atesf u.otlllt..tlbllll""' 1 ~

    la.: ti na ,1,11unn11 t no dtrrth> rompar.ldo. . ... _ 1 --~ nn-tcndtdo ql~ no dlrcti'O antenor. o precnto do an E.mu,.,r;a O'l:S '"',..... r _ I) ~2 d.l C/1 Q 16 era ~ralmcnte ac-eno.,. o qltc era contc-sllldo por Corrta Tdlcs.

    J .~ ~ dt-ill) romano cra cxprcssamentc dcterrn.tMdo que a obn-ron"' ,. ,...S( q .... . "" " g.-\1\o uhm~nuat l"b-.;\rlll p;1ra "'> hcrJctrQS.""

    N C h I d...,..,.,ndo 0 an. 150 quc 1a obltgacln de sumullstrJr alJ. 0 t'l!>-p;Jn 0 t " mntos c-es;~ ,'\!Rl b mucnc Jd obhg.~diCrCivc !raliano, l, 380, p. ~66. ("OiadonandooSS. L. 14. Dil(. Ubi/iliuHduc. dn. A11th. litC'I Cod ~ ""'.Ut. ltb. tq SI 'I" gtnor Awll. 'fl'l"us modi> 1111.1uralo e/fie. SIIL

    l1 Dtmlwlkfu,.!IUJ. a 1)7. p. 6QS,

    ~~----.... ~, ____________ _

    08RIGII(A0 UGAl Ofi AI.IME~ 57

    Rtconheda. portm. a ace~o do an. 193 do CC ltahano de 1865. a~na em ravordos falhos adultcnnosc inc(Stu05Cl6. aosquatsseri.a vedado o rnhect~cnto. mas que ten:~m direito a almcntos. com ac;o assegurada conrra os herdem>S de seus genitorc:s (an. 952): aos filhos aduherinos ou mccs tuosos. aos quats rulo se pcrmma 0 rttnhectmcmo (an. l&>). desde que fosse constatada a fX!temtdadc ou mat

  • 58

    da obnga~o como cC~ncelluada em linhas gerais pelo legislador: a pessoaldadr do debito estaria no fato de que o obrtgndu t tnl apcn~ em razo de um V1nculo pan.icular que 0 une ao alimentando.~ sr trata dr um \'tn~ulo de sangue, o mesmo ~n mtransmisS!vd r

  • 60 oos 1\liMCNTOS

    htnuc:rs et. en cas d'ln.o;ufTLc;;mcc. par tous lcs lt'gatairrs panlcuhcrs. propon.1on-ncllcmcnt leu r molumcnt: 2. Lon;quc Mc~dc la J>(rsonne qui a t't~ condnmnte vrrscr dcs subsides un cnfant nature! sur la base dcs ani clcs 342 ct sulvant.s du CC. ta chnrgc dcs subsides se transmet la succcss1on du dbhcur sulvant lcs rtglcs de l'aniclc 207 -I (CC. an. 342-5). 3. En cas de dtvorce,lc fait que la pension altmcnuure acct>rdc lll'cpoux lnnoccnt sur la base de l'ancien anicle 301 du CC ne s'ttc1gnt pas au dtcts de l'tpou.x coupablr ct puiSSC ttrr rclamte ses hrillers tail llltlch au londemcnt lndcmnitairr de ccnc pcns1on. Cc fondcment indem-nltnre se renouve dans la lol du II juLIIct 1975 qui a consacr cctte solutlon: la mort de l'tpoux db1tcur. la chnrge de la rente passe ses htriuers. que celle-ci etr accord~ a triu de prcstauon compcn .. atoln: (CC. an. 276) . ou titrc de pcnsion ahmcnt:~lre dans lcs CllS ou Ir devoir de scccous est m:nntenu aprts lc dvorce (CC. arL 284)' .,

    4.4 A inovao do art. 23 d.l Lei do Divrcio e o art. 1.700 do CC/2002 Como fot visto. o drcno br.asileuo era uanqutlo no senudo da obn gn:lo ali-

    mentar. conforme o an. 402 do C01916, contando com geral aceitao. Dai apresentar-se como dLo;cuuvcl a inovao a que se props a Lei do Olvn: io

    em seu an. 23. A obrigao de prestar alimentos transmite-se aos herdeuos do devedor, na forma do an 1.796 do CC 11916, art . 1 .997. C02002l".

    A dtspOsJllo. que se conunh:l no projeto prim1vo. fora supnmida pelo substl tuvo da Ornara dos Deputados, retomando. porm. o projeto Casa de origem. simplesmente restaurou-a. sem delxltcs. o Senado Federal.

    A justificativa par11 a sua manuteno rsuva nas palavras do autor do projeto, naquela oponunidade: "O que se pretendeu foi contrartar uma doutrina tradicional de que os ahmentossllo mtransferiveJS, porque nesse caso pelo an . 23 asseguramos. ainda depots de mono o mando. ~ mulher, se ele deixou bens, o bastante para qur ela seja ahmentada. Ponanto, nAo um d1sposmvo desumano, na o um dtsposin,o cruel. um d isposiuvo que atende~ realidade" ...

    Com a movli\o, aproxmnmo-nos do atual dJTdto civil. especialmente d:a Frana , como tambm de Ponugal.

    Mas sem o aplauso u.nanime de nossos autores. Assim. Uvcnhagcn: "Radt~'lll e lllJUSlJcvcl foi a inovao 1raz1da. nessa pane

    (an. 23). pela lei . que extmguiu o carter de obrigao pcrsonal tssima sempre reconhecido pelo nosso dtreno:' BrancUo Uma. o legislador do an. 23 da lc:l

    4~. LAfamill~. o. 662 . p. -+61 -2. 46. DrariodoCon~:rl'uoNaclonal, n. 156,dr0i. l2. l977.~ 11 , p. 7 616. 4 7 Do l J .. drou ci vil. I, n. 526, p H9

    I l I

  • 62 DOS AliMlNTOS

    divida do esplio. x ~ entender diferentemente. contraria o principio da perso-nalidade do dtb1to ahmentar. e poder gerar situaes absurdas. que o leglslndor nA o pode querer ou estabelecer.

    Do mesmo modo. Loureno l'runes: Alguns chegaram a temer a perpctua.ao da obriga~o na pessoa dos herdeiros. Oru, Isso Sfrta absurdo. Os alimentos ttm a uva e passiVam c nu~ car~ter pessoal: a obngaAo nio ~ tmnsnute. xl'll outra coisa a prestao \'C:DC\da e no raga: o credor pode CXtgt -ln d.os herdeiros. Nilo se truta ai de pcns4oou alimentos. mas de dt\ldacomum .)4

    lgualmcntc. Toledo Pinheiro -o diSpositivo colide frontalmente com a reda-to do an. 402 do CC 11916: " an. I 700. CC/20021 . Ora. a obriga - lnadnuSSibthtbtlr A ohn(OI(to pcrsonallsslnu KUilngueptlo lo toda monr do d~r do.ahm"'tM, rnpondcnd\1 wos herdeiros pcloadlmplrmcnto de debiiOSGU;twdus. "quo. nio Ut'

  • r-~ ..

    s res:ponckm os budcuos. ada qual cm propor(io da parte que na her01na lhe ...... E . A r~bfvcl t aa'Aodc ~Jrmcntos contr.U heranca do aljmentante, att o

    COUU< ll..v. ~ d d h rd . cnccmmtntodouwcnLtno.apamrlbl rcspon cn o os c c1ros. na proporI\o da pane que lbcscoulx. mesmo porque seria absurdo ter o a h menta ndo que_ aguardar 0 dcsfrcilo do invcn1ano do limcn12ntc para. S apos. aju1ur a ao ahmcnUcla conlra os berdcuos obng;~dos. 61

    EmrnliIO>IOS, p. 20~

    I

  • ndaaque. erovrrdaul t )unsp 20ft 'H 2 Om. CIV do TJSP. Tra!Umlloo aos herdoros do drYC'dor, nO$ hmll
  • 6

    d r f

    68 DOS A/J.\4{1'1105

    Revendo nossa postolo. Inclusive para 54nar a omasso incu rsa, haviam tvoluido. portm. no S(lltldo da 2plicabilidade do eniJlo inovatno art. 23 da ~ rambtm a bcndlcao do altmcnrJno-fdho.,.

    Havia boa doutrina nCSS( stntido Assim. (5Cm J Antu.nes V..n:b. 'Redundo SWI real dtmcnso, 0 an 23 d.t

    ltt do 01\'rcto tem uma pane pcrfl,tamente razovel c comprccnsfvel, ao lado de ~a outra. llllnifestamcntc desacmada No tocante ao cnjuge, a Idia de constdcrara presiJ(:IoahmenllciJ transnuss1vtl com a herana (intra vires ltcrcd

    1

    taL~). nos tmnos do an. 1.796 do CC lllfl 1 997, CC/20021, uma forma (mlo a matS feliz) dr ~rmlir o que noutns ltgislaes se dlJima de apanagto do c0 sobmi\~,odimtodoronjuge aalimentos, seja qual for o regime de bens :~: dos.rtndtmcnros da hrrana. No concernente, porm. aos filhos, a transm~o da obnv\.kl allmcnlfna nS termos estabelecidos ""lo an. 23 . . Km gra d j r r- consmua uma anovaC'lo altura J:: usu tcalio. Esses h lhos, a quem foi garanudo o direito a ahmentos na

    para.~o dos pais, scrto os herdCJJos do cOnjugc devedor da ""rtsa ~ oscuqulllhJohtrtdnanotbcasuntc . r - o x conunua~o da prestaio a h menti~ garanur o seu sustento, riJlo havcr:i lugar puulgurn deles o hrd . d . Se o qumhAo suces.sno for tnsufletcntc

    ctro carect o ttr cniAo dJ 1 ra:.iocon.slllcrar rcuo a a Jmentos: mas por que ~casoosoutrosfdhos (11mA d 1 presw ahmcntos. 111 propor\llo dos se . os o a tmentando) obngados a com a snua.w ""lrlmo- '-' d '- us qumhoes hereditrios, c nA o de acordo

    r '""' c ca..,. um deles'" ., ParaJ . . OKSt\'11. 'lllmbtmquanrov ba I'

    os herdeiros do devedor (an. l3)'." cr a tmenUcladcvida aos filhos, respondem N*>sctgnora.poroutrolado queoan. 2Jda . ~ an. 28-t do CC fl:lncts (rc.dai'o da lt l.et do Di vncio tma ~ msptrado

    atamon dtl'~poux dtbllrur L1 eh- I 75-617,dc 11.07 1975), segundo o qual, noaptculodosdtvcresdr~ ~~~cddapcn.ston passe a ses hruers" tnseno orro emrt os o -co

    nJugcs, aps o dtvrcio; precei to 74. 2. JACI.SP, 6 C.tm . A

    talu~ opUad, ~do n. 23 Dllo pocU IV da UI co Olvo 'palas tOs CISosck altmrn t ~r 5lmplrsmc.ntc dcsprr-2d.:l r . narurtz.a. como~ :;o tntrodu:Ju norm.u aunm'::"'rr txcOnjug\'4, porquanto a x(jo ProL ~lul; ~dosllU.20~lllkvcndoK tambtm aos alimentos de qualqurr alrmcnlno-lllho' (~IDJuu a piiCJ.bihfdc do . u emc.ndtmcnao antcnor, o lcstcJ;adO dtcaplt~/ drsnnado "odilll

  • r

    d Tl r

    70

    I Ud110 sucetS.qvo a qutllo m cu i t stato pmnunciato H divonio ras.~no n un gt . oos'l t possibtlr chitdtl't una quota di pensione quandOU. su !slia cm favor d o b "- o c nJugc so revwcntc eventual direuo suceSSno. q...,JUO se tem cm conta que a 1 d d

    . ex mao esse treuo do supt1'5li te-ahmentando c que tcru tnsptrado 1 mova(io. Mas a Sttuato do jllt.J cxt .

    ista a evoiu1lo hlst d r a ma~nmon lum oferecia peculiaridades, tendo cm nca o nosso dtrt~IO sobre a tnatrta

    Sobatgdcda lci883 de 'I \O I di.ssoh1da a SOCtcdadc c~n u 949. cm sua vcrsao Origina na. apenas quando nhectmrnto de filho ha d 1 1f)J scrta permitido a qualquer dos cnjuges o reco dcclarassuOI~o(an. ~ .~ orado.~lrimOnlo c, ao ftlho, a aoo para que se lhe tambtmparaoscasosdc .pc>ssJbilidadt1111lpliadapclalci 7.250,de li 11.1984. sedtspunha.noan.i q se~todefatodocasal havida h. mais decmcoanos:c podmacionaropafcm' ~ue~d efcttoda prcsmaodc alimentos,o filho ilcgltlmo

    -&ruo cjusti d' ~-no an. I 705 do ccn002 \li ISpOsii\ocanhestramentc rcproduzuu

    . -:

    71

    Reconhcctda lnctdcntalmentc a patcmuiade do filho nasctdo fora do casamento, na allo de alimentos contra o lndtgllado genllor casado, ()(Orrendo o posterior la lectmcnto deste, a paternidade dt fato. assim rtconhcctda para dcttos de a limemos, transforma-se opc ltgts cm paternidade dt dtrtUo, para mvesr o filho extra matri montum na condit~o de herdeiro legtumo do de CU JUS (paragrafo unico do 11rt. 4 . da Lei 88311949. acrescentado pela Lei 6.515/1977)

    Quando IStO acontecia. revelando a cxpcritncta que o filho ruscldo de: rtlllt~ cxtraconjugatS normalmente pnvado pelo invcntanamc do desfrute dos bens e rendimentos dc t.'tados pelo falcctdo, no conOitava com o csptnto do art 23 da lci do DivOrcio :~ trnnsml554o da obngli~O ahmcnueta ao espOho,assim gravando indi-rctamentc os hcrdctros, pelo menos ate: o encerramento do processo de mvcnt.ario, com a atnhut 10 a c;~da um dos herdei r~ (c, ponanto, tambcm ao filho ilcgl!imo) dos respectivos qutnhcs. iJ

    Assim. tfetivamcnte. vlnh:t scndodec1dido A d1vida ahmcnucia cstendcsc ;~lm dada ta do falecimento do dtCUJUS, poiH obrigao de prestar alimentos tr;lnsmite-se ao~ herdeiros do dc\cdor: ~ o que dctermirlll o llrt 23 da Lct 6 515/1977. Com eleito. 'dispunha outrora o an. 402 do CC I v. an. I 700, CC/20011 que a obn)ta-.lo de prestar alimentos no se transmite aos hcrdeuos do d(\'tdor Mas este preceito velo a ser alterado pela Lt:i6 515/1977. a qual do: modo toralmentc dwer..o dts~ em seu art 23 Os ahmentos !>assaram asstm a ! mon<

    do 3llmcntantt- '-

  • -.:..,.

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    72 00S AUM()'{IOS

    Nestr limtr, s no caso da mone do cOnjuge-genitor j reconheCido. a auga ela conunudade do pagamento das pcnseS transfere-se para seu espho, respon-dendo por das os rendimentos dos btns por de detxados: ou. como assinala Or-lando Gomes. pela obrigallo de prestar ahmcntos. transmnda hercdttariamentc, responde a ha.anc::a c. fcna a partilha. os herdeiros. os quais devem continuar a

    pa~-la na propor;lo dos quinhOcs. se1:1m ftlhos do CliSal ou sucessores leguimos ou testamentrios,"' assim. noesclllrecimcntodc Mass1p, "blcn entcndu.la pension sed1V1Stra p;ISSI\'tmcnt entre les hcritcrs proportionnellcmc.nt la quotcpan qu'ils rccudilenl dans la $UCCCSSIOD 10

    D:ll se ter dcc1dido.sem ncnhu1rn1 mcompaubihdadc com estes enunciados; o an. 23da lei 6.515/1977 diSpe que a obrigao de prestar alimentos transmite-se aoshcn1mosdodC'\'tdor.naformadoan.l.796doCC (an. 1 997, CC/2002l: ccno que odireuoaos~limcntos naose trJnsmltc. Aqui no se pretendeu a tra.nsmiss;lo daquele d1reuo mas. sim. a daobrigaaodc preslll-lo. Todavia. inaplicvel 0 an. 23 da Lt6.51511977. poiSo finadonaodcixouobrigao;llirnentar: logo. nada chegam a r.ransmnlr aos herdmos. com n:fcrl!ncia md1gnada obrigao"_&>

    Oucomosepreucndcuesclartcer: oan. 23da LcJ 6.515/1977 .dispe com efeito qucaobn~dcpreslllra.lmcmostransmuc-seaoshcrdcirosdodcvedor,nafor~ ~a~~l9do CC lart 1.997, CC/2002). E istosigmfica apenas que a obngao

    mos de solvu as dlvulas altmenrfcw dei." adas pelo falecido alimcntllnte

    CC/2002 I. Cloome todavta qu tal dts 1 Onorao p pos uvo v~lo S(r revog;.do pdo an 2J d:a Lei do ..,_ t.6% orW:rol~OO'J ntt.~~-OSmnilosdosauJores, na !ormadoart. .J9Sdo CC 11916

    - rtsponucm ptla ob 1 (111. I 796) ICC/l916.an. 1.997. CC/200~~ h:nt.mar. dentro das fomus cb lunonoa dos mmorn (03.02.1983. R[f]SP Sl/38) ~ subsmulndo o pul que supnll as nec~idades nun Lot..Wquedisposlodo l3da rtsllg!ando o acr" do m I 7% do(.( 1 1016, an. I Q07. CC/20021" A rcn\l.ss;lo. COIIIUOO. bnn UJ'Ilca que " lilf'T~Il(ll W' toro~ rMpon.s;t~-el., Isto~. O QC'ffVO dos bcnJ com qut flalrccu o hrt~r"d\1, akunadoso.. hNdtnV$ ~ na p ropo l\:to da pane que na htl'lln(lllhcs coubt" ( ~. pamlh. e \abldn, ck !ato. qllr potra r.f

  • I t

    74

    Refena M~n:hrsmi Junlor que. p:ara que os herdeiros n:lo se tornassem rupon. svcis prbs dMdas suJl(riOrtS; btrana. dois ca~inho~ podiam ser tomados: a) , ... nunCUI de hcl'llna: b) a a~ilaao sob bcnrflcto do mvcntno:"" parcela-nos, portm. que uis mcdtdas nAo St fui3IIl n:~essnns. ante a ltmttaao remissiva do CC tudo 0 que vier J ser prtStado para alem diiS forns da herana consubstanCJt mera libmlid.ade. nAo 'incubndo o herdeiro.

    Masuaumcntc cm fun-loda rtmi.ss1o fcilll ao an. 1.796 do antigo CC (art 1 997 doarw.l (() t que upbC':Ibthdadc do an. 23 da Lei do Dlvrcto SUjeitava-se tcondtlopnmanadaexisttnCJada hcr.tn-.t. ou espOlio "Tmumdo-se de execu(;lo dcobrigt.;($vcncidasantc:sda mortcdodevedot original. mas nl\o decorrentes de dJ,'Orcio. ou sePJr.IC~O dele. caso cm que se n:lo aplica o an 23 da Lei 6. 5 I 5/1977 senioosaru. 402d.796doCC I v. arts. I 700cl 997 do CC/20021 (Yussd Cahali' Dos Alilr.rotos. p. ~81). c dr rodo b\10 que sua possibthdade jurdica dcpend~ da oasrtnNdr herana. cujas foras suportem o pagamento da d1v1da, que era do falecido 11/Jo havendo espolio, nAu subsiste nrsponsabihdadc algu!J\3, enquanto cond~ que. n:1io menos ob\u. apro,cta a hipOtesc de dbil o proveniente de obngalks transmmdas nos termos do art. 23 da Lei do DivOrcio, em que persiSte lgualltmiU-.lo de rcsponsabthdadc (intra vlll's hcll'ditali~). segundo a textual re nussoaoan. l.796doCC{l916i. IXmodoquc seon.i ni\ d . b os rW> tinha ou cm Vida - o ctxou cns. porque h os ttna doado todos, no h:i patrimnio do defunto isto crana, ou (S)>Oiio donde J ni d ' llio h tnnsm~.Wodt.bcns p ngue~ evc, porque o devedor sr cxtanguiu c 209rp.1.83-287 6 003) o( ODltS de Mtranda, Tratado de dirr:llo pnvado, LX, P

    mesmo,'3lc ""llo d 2 d porquc.n. nunca hoU\e devd r- caso o an. J a Le1 do D1vrc10. c or, se nio havta herana- ..,

    Dai smr dccJdJdo que se txtin uill adultenno se 0 obn~1 ' g 0 processo da a4o de alimentos contr;t pai

    6""0 a Prtslllr abmcnt [ 1 sem detm b(ns". os \'ltr a a eccr no decorrer da u4o Abs, nAo bastara que o de cujus uv

    sem necCSS;lrio a t)(isttncla de rtntabili: deixado bens compondo seu cspho. qu.alquerlntcct~otmvo d filh . c, J>OISdc outro modo sena inexiglvcl 1 0 oil""lll "N

    -., mo. Ao resuh.ou comprowdo que Actolllld;) o rtu 1\t q~~.tlldadt lllantiU

  • I I

    I

    76 DOS AI.MNIOS

    l;nnuxsuM''alll crtancind'ahments. ilssont dans une si tua. ((llrsrapportsi\U r 1 'ils I A 11 qu'ils aura1cnt avcrs un creanc:ter que conque. s ava1nt tJon ana oguc ce c ~tptt b succcs&on sous btntfice d'inventalre .

    Acrescenta 0 autor. n rtsultc de I~ que sl la successon cstlnsolvable,l'poux sum\'allt na droit t ricn. sa crnce d'thmcnts nc pouvant s'exercer que sur l'actlf Dd . ...

    Efctvamcntc.dcsdc que a pcnsaoalimcntar~oscri devida scnilo sobre oauvo ltqu1do.S( nada resta paraS(rpanllh.ado.os b(rdciros naoserao compchdosa supnr 15 ncccs.sld.Jdesdosobft\'1\'Cntc:com sua prpria fonuna: t que a dvida ahment.ar real sobrt ada um dos hcrdmos ou outros sucessores do defunto. propon:ional-mcnlf aos S(US qu.anhcs hcrcdlt4nos. n

    E como herdeiros do devedor prtruorto ~o eram pessoalmente obrigados de modo a que a pc~o lhes possa S(r reclamada a qualquer tempo em que venha a ocorreu nccess1dadc do rccla~nte.squc-scquc "ledrolt ccluld nc pcut prtndre naissancc qu'autant qu'll 5( trouva1t dans )c bt-som au momem de l'ouvcnure de b suoccs.son ...

    Cuidando-5(. aqu1, de u.nu obrigat~o pccuniaria, embora ligada liqu1da~o da sue~. o quantum dtv1do devia S(ralculado sobre a massa sucessria cstinulb no dia da mone do dt cvJus, c nAo sobre os recursos pessoais dos herdeiros, nilo podendo S(r agravado mesmo 5( IS necm1dadcs do alimentando se agravassem: embora tconcamcntc pud(SS( dimmuir."

    Po~, como ISSinalava Pcllssitr. se se pretendesse conservar obrigao ah mcntlcu o S(U caratcr mOvei, era ncctss:lrio admitir que o credor de alimentos podcna sempre. cm qualquer poca. reclamar uma pcnsao dos herdeiros do dt Clljus no lunlte das foras da hc . d dt r rana: a ou vmu: anos apS a morte do devedor ~IJI(ntos.os~crdc.~os podcnam ser compelidos a pagar uma determinada fm q~t ruh qduea rvtnaS(mprc oauvohcn'dhrio; c isto Implicaria reconhecer-se os e r mos jamaiS scnam vcrd d cmsu~ . 3 ma mente proprietrios dos bens recebidos podendo a:,;,: =:~prolongada sena fonte de drsordcm JUr idica. no1oS(

    Domcsmomodo ocredor"n' suite d'un accro--- d r a aucun cspolr de V O Ir augmenter sa pension p:ar

    """'mcnt c onunc d db cst uncsucccssfondoml'ctat t . d 6 c. ses lteurs, pu15que la massc deburtcc qw ne pc:ut reccvo1r aucu a ~~~~nnlvcmcnt ftx A l'hcure de soo ouvertUn' et 0 accro._mtnt JXIr la sulte.w

    ~ Tnlllt tlmotntaort cit,l, n. 9069. p 305 S.udryLaoonunefk, l'rtcb ck droll . 1

    9!1. Pwuol. Ttoltt tllwltn . "'' ,I, n 526. p. 249. 97. Al.nd.ln 14llrch l, n. 916. p. 300.

    Oto11S lnnmwra ti d 98.1.4 ohllgoltllfiJ alllnml4trn p ooroltssvccc.ssouux. p H . 99 Pfaruot . . ~

    1rwrt tkmnu.altc cu. 1 """ 11. ""' p. lOS.

    081UC .. oA0 UGAI. ()( AUMfNTOS 77

    Tratan.clo--sc de d1vida de valor.~ atwlizacb conforme o ut. 1 71 O do CCJ200l. mas n:10 poden ser modificada a pcn5:lo na hipt~ de aumento dos recursos ~ devedor ou de altera~ das nec~1dadcs do credor, por ser maphcaveJ rsptcte oan. 1.699.

    Perdurando a prcstallo por tempo lndctermml1do. a lei - como n.o dtreto ltal.lano- rulo t clara quanto a fixar aU! quando os herdeiros cstario vmculados obrgatllo transmitida; podcra acontecer dai que a obnga.\o de: cada herdeiro * prestaAo daquele encargo possa prolong;arse a tal ponto que venha a absorver por intc:iro o qumhao recebldo.100

    A obrignc;ilo do herdeiro sob-rogado. coocudo. \'aJSC: c.xunguuxfo c.m rclao\o prole do pnmit.lvo devedor. o\ mcdtdll que os ralhos adqu1nnm a rmuondudc 0 1,1 a capacidade (no caso do invalido).

    Em relal'lo ao cnjuge sobrcvtvo. a obnga:lo se extingue no caso d rwvo ca.samc:nto do credor(an 29 d:a Ld 6.51511977. art I 708 do CC/200.2)

    Por outro lado. c como scril \isto oponunamrott. a p

  • I

    I t l

    78

    Fn.ncaGallcna propunha. ~ocaso. o rttursoS n:grasdo CC italiano sobre: alimentos, 110 p!tSSuposto da incxiSttncia de blct aplicaAo analgica: com a morte do obn~o. a obngaco cm s1 t.ambtm se extingue; mas o credor, se enten-de l'ltttSSVIO. poder~ ptd1r ao juu um aumento na quota a cargo dos obrigados

    ~cntC$.101 A solu~o !Wonos p:uccc convtnccnte. mostrando-se mnts razovel , ou dccla-rn~ atinta a obn~~ q\1( vtncubva o herdeuo; ou transferir-se a respectiva quota aos hcrdruosdestt. numa succssio sucessiva. atento natureza de dvtda comum da obngl;\0 lnlnsformlda.

    F"uulmente. uma C\'tntual prctcn..~o alimentfcia do ahment:lrio dirrtamrnrc contra o sucessor. por dlrtlto prprio e em rauo das rtlaOes de parentesco (an. 396 a scq. do CC m-ogldo: v. an. I 694 tt stq. do a tua I CC). rulo se extingu.irla pelo sO fato dt haver o acdor usado da faculdade do an. 23 da Lei do DIVOrcio. 101

    4.4.1 Oatt.l.lOOdoCC/2002

    Diantcck:sscdcsconforvclqwdrodc contr:~dlccs qut adlsdphna legal cnto ignut proporctolla\'3. tnduzindo doutrina c jurisprudtncta a opOesconuaditnas ~~de se ~rar que. na cbbo~o no CC/2002. a mattna vtcssc :1 ser cstruturad~ uc mancua clara c definitiva.

    ~istO acabou nJo aco t nd ' - d do n CDiante destll cln:unsutncia. pc-rmitesc aprovcttur co~to de quf o art 2J dll.ti do D1vn:'1o tena dnrog>~Jo o art 401 do :amigo C

  • 80 DOS Al.tMOo'IOS

    diVIda de dlrcuocomum. a ser deduzida do monte do seu b.lecUDcnto rcprcstntam pamlluvd.

    . . r do falecido devedor. pela sua Slmplcs condt1o de c) txsdc q~ o sucesso d I b

    m-n""' ,...a a ter. por monc aquc e. a o nga~o badctro lt~IUDO OU tC:SU ~ ""'- ,..........--' ,, t tranSmtuda pelo an. I . 700 do CC/2002 a_ os pan:ntt:s dt prcslliT ;wmcntoS . .,- I . d f' . .. .. -.do ~- -omcndaoS( que os textos egaJS. na e te~O Fmalmcntc, tratand~dccncargo legal arribuldocm ruilodcdrrcito-cuc~ srio, a transmsso hrrcdil.aru da obng.alo d~ prestar :~hmt"nto.s. a que 5(' rcf~n- o a". I 700 do CC/2002. somente poder ocorrer nos caso5 dr oruc~o a~naapos a entrada em vigor do novo Esututo,conform~dtSptcstc,cm St"u a..n. 1. 787. regula a sue essA o c a legnima(Ao para suceder a lca vigente ao tempo da abc:nut:~ d:Jqucl.oa (pnnclpio que se contem no an. 1.577 do CC/1916)

    Nos casos de abenut:~ cb succssto ocorrida aot.enormcnte a c.nt.r.1da fm vtgor do atual Cdigo. a soluo deve SCJ buscada atDvts do confronto do art. 14()J do anterior Cdago com o art . 23 da ~1651~1977, com tod..s assu.u dlfkulJo~des 4.5 lncedibilidad~

    O dareuo de allmentos n:lo pode serccd.ido. poas

  • 82

    b da -llndol.a preciSamente a favor dd mular oo 1 dcscro tenl ~ ' formaqutSopuc d . ~ esstodosahmcntosfuturos ',... c ISSlm falta cficicta JUr1 lca c

    ' d m critrio por pcnso ahmcntar cm atraso, este "-A..Ao se tr:tta porm. eu I nd \,(..,..._ ~dl'todcdm:uocomum.J ndo preva ece o a razao

    - d'f redtqualqucrouuocr< . b . , .. o 1 c 11 tos futuros. par:t se tmpcdtr a transmtSSt thdndc por adotada qu.lnto aos a mcn clivo crtdito. '"" cc:s.s1o. ou 1 qUlllqucr outro tulo. do rtspc .

    4.6 Aio de tl!f(eiro que tcn!u ministrado os alimentos _, do pod 1 1 sido socorrido por outrem que nilo aquele designado O ... lmcntan ~ ~

    r lei ra a prtstacao dos ahmcntos. a aAo de repcutlo por nqucle que forneceu ~ pa '~

  • ..

    &4 b;a~o da lnD.l. >) pttam rt:lf'C''" soromodaw /tiUIIfl. Mo tem aio para ahcr da lrml o que dcspcmlcu (1) l 5. IL l 7. tI ). Opadr.Nownb(mropodcl'f~ur oqucdc-spendcu coma.lltmntos uduatooduntnduc o lr:pouft~Ctopatmul, pumwaftcu (Cd. l, l9 1, 15)' .

    117 Drtoolombt, Troutdlo-~nt~ ll. n H .p 89. IIII uumu l'n'l(tpa Jt drou chll fr""truual racou JJUSt.ado qut t.ocar ao -arlo o custeio elas~ mtdaa; On. u > ahmentarcs de seu rebento, a mie nl\o o riU do mesmo modo que faria cm n:lllc;ao ao C!>tranho, do qual poderia esperar res.sarelmento. Correta a sc:n tena. ao pre!>umlr a liberalidade c aplicar o disposto no art. 1.34 2 do CC ( 19161" .' u

    ao ltlho subsad .. nam~ntt, tsto t. na (ahado pal . c n1o tcndoo RIJto bens. Punanto. St"dao alumnu {ora daquebscasos. fac:a-lhr .alvoodtnltode ~petir ~dcs~ ()\L

  • 86

    4.7 lm~nhorabilidade Traundo-sc de dutito pcrsonali5Simo. destitudo o respectivo crtduo suh-

    SlStblcu da~~ alimcnt.lda, que ~o d15pOe de ~cursos para vtver. nem Pdt provu ~suas necessidades pelo prprio trabalho. no se compreende possam as prtStaOcsalmtnucias pcnhon1das: "':'dmissfvd. as.sim, que qualquer credor: alimrnundo possa pnv~lo do que t cstnumente ncce55no .sua subslsttnc1~.

    Os autores sto un1nimcs a rcspcito.1u Nelson Came1ro, prttendcndo que o CPC niilo o declarou expressamente, bus-co~ cxlr.lir essa prol~~~o do final do an. 1 430 do CCJI916 (an. 813, panlgr.Jio W\1co. do CC/2002): mas. para Jefferson D:uben, seu fundamento legal e.staru conudo no an. 649, VIl ( atuaiiV). do C PC. Slo absoluta mente i m penhonlvc15 as pcnss. as tcn~ ou os montcplos, pcrccb1dos dos cofres pblicos, ou de ln.~tttutos de prcvidtncu. ~m como os prove mentes de liberalidade de te rce1ro, quando

    dcsu~dos ao sustento do devedor ou da sua (amfha 1 n Masadivcrgtncta mostra-se lrrdcvantc, porquanto a prpria natureza pessoal

    do crtd!to c a dcstma:\o dos ahmcntos N.surtam para o cmbasamento jurld~eo da tmpcnhor.Jblhdad(.1~

    Dt resto, o CC/2.002. cm seu an. 1. 707, t categrico, ao refenr que o crtdto alimcnw t lnsusccUvcl de penhora.

    Ado . d utnna, contu o, preconiza algumas ~lvas em que a penhora podcn.a

    ser admitida.

    Conforme assi~la Orlando Gomes, "prttcndem alguns que a protcco legal n1o se estenda totalidade do c td'

    r no, no pressuposto de que, prestados os alimentos CIVIS, h sempre u~ ""rtc qu- ~ d . .

    .- ... o corrcspon c ao ncus.sanwn vltae. Admnesc. ~=un. qucosalimcntosso impcnhoravcis no c.stado de crtdto a mpcnhora-1 f c :o acompanhana os bens cm qudoram convcnidos. Sust~n~-sc, aHnal.

    cporom u~ mcdntos ruoavc~. que a penhora pode recair sob~ a soma de abmcntos ''tmcrue.s o rtcdmncnt d ~n--- ~ . 0 eprcsuOcsatrasadas. NAo h regrasqucdl.sciplincm CSpc, otKiiiOClllc laLS SIIUICS 0 d nhor.~bll dad JUIZ cvc onemar-se pelo principiO de que a 1mp" 1

    c c uma garantJJ II$Utufda cm fun~o da finalidade do Instituto" 11' IB.PianJol Rlpcnt Ro li -~J.rdrouo,':j '~Jittltnoou.JJrc dL, II, n 59, p 47, Cohn c C:apitant, Cuun tlt

    ~la. l'rocoJOcll'll"71s. l. n 380, p 391, ~nabcnt , Lajumlllt, n. 661 , p -+61 . p,uu dtMcndona,DouJ,

    1

    872..t 199 P 197,CiviS. CodlgoCivil, V, p. 14~; M. l r>~lho 121 Ob d oe. OIS 114t prarlcadas olmgll(~s. l , n. 36'1, p. 630 12~ Ob. c loc. d ts. 126 l)SP, 6 am Clv Os ali

    5IU sobtrv~vtnda, scnd ~ntos s;jo dtv!dos porque deles necessita o alimentado, p&l2 lmpcnllo...,bl~ (A t 1 Ogico po~ ele abrir rnao da verba para soldar dtvldJ oulr,. 127 Ob.tloc.cttl. g n 181 50&.J.2611.1992).

    87

    Colin c Capl~ntlnv0C11m, a seu turno. cxccio tmpc:nhorabllldlldc cm bcncfu:lo daqueles credores que fizerem ao neccssiudo fomcclmcnu)5 alimt'ntll~ 1 4.8 lncompensabilida~

    Ainda cm razlo do canlter pcrsonahssimodo dtrt'lto de alunemos. c u:ndo c-m vista que estc.s slo concedido~ para assegurar ao alimentado os mr1os indtsprn-svtls a .sua manutc:nAo. Afirmast. como f!rl"t lf!lo gmll. que o cr~dil.llhmcnt:ar nllo pode ser compensado:1N prctendendo-st. mesmo. que mio se pcnnn;a a com pensa:\o em vl.nude de um senumento de humamdade e mtercssc pbhco:1'1l nessas condtc;Oes. se o devedor da pe~o altmentJcla st toma credo) r d:a pessoa aUmentada, ru\o pode opor-lhe, mobsta.mc. o stu crcduo. quando exigida aquela obrlgaio.

    Esta exclusilo da compcnsacAo "t, na vcnbdc. um:a cxccc:\o Cllr:lctrr1~tlca . poiS que, no fundo. elas (dlvid:a.s de alimentos) ~o sempre dJvtc.bs de dnhetro. Sua natureza especi:al, portm, exige o papmcnto efetivo, cm mAos du crcdur: ~o pnstllOts urgentes. um duclto personai1SS1mo do alimentado" JJ

    Assinala M 1. Carvalho de Mcndon(

  • .. ~ ......

    88

    dl. i , 001 rvccdtUAVam asOrdcnaces Filipinas: "Nem havcr.i Em nosso rt toan.c r nd I rv

  • 90 DOS AUM(STOS

    AssontcfcU\'3Jlltntt.conformcressaltou o l)PR: "O pedido do agravante foi de ""o ttrmoquudoutnna repugna cm mat~na de alimentos. No entanto

    comptru.a.,.. d d' I 0 pai quer. na vcnbdt. vet reconhw os os n tanlamcntos que e e tttn prestado para csuduc estudos de sua Olha na lnglllterra .. A vontade da \flag cm foi 3 rauo da m.ancsulodaprpru [ilh2.edc sua mc, com oOn~sobre o pai de suste nu r w

    ~o Pretende a mleque. al.c:m da remessa de: dtnhc1ro ao estrangctro, fe ita pelo pai. conunuc 0 mesmo a p;agar a penso aUmcncta cm juzo. alegando, mesmo. que a suponab1hd3dc: das dcsptSAS com a estadia c estudos da filha foi Oito volun. Jirio do pal . .l,rgumcnto que foge: das provas. Como a penso personallssi~ru~ . 0 pal col1(ordou com a \'i:lgcm. desde que: as impon4nctas re.mcudas para sustento cb mcs~ fosscmconstdcr.~das comopagamcnto das penses. No se vt no pedtdo do pa1 csproc de compriiSliO ~o rtpehda pela doutnna. mas. s1m , c:sptcie de adlanwncntos feHos a lilhac O pai ~o esl desvirtuando ou desviando a pen~ C\i da. pela sua desunato prpna. ctSquc sustenta a ftlha na sua esladta c estudos na lnglatcm No seria c.rtvcl admiur a remessa de dmhetro fi li lha e o pagamento da prnsao a mk q\1( aqui rcstdc. Sena. na verdade. dupla conden:u;ao sobre o pa. Quem melhor cnfltTitou o problema da compens3io na divida a.limenUclll f01 o scmprtmadojunsta Yus.sc:f Cahah, em sua obra completa Dos almt>ntos Dqxnsdc fau1 um rttrOSpcctodc todaadoutnnacomparada sobrt a mcompcnsabihdade. cm raodocaratcrprrsonallsslmododrtltodr alimentos. disse o Mestre que a.lgul'lm TeS6ll1>as.contudo. Ltmsidodlscuudas pela doutrina. tanto brasileira como estrJn

    ~1ra. partndo que o pnnclpio da no-compcnsa:lo da dJvida alimen tJJ r deve ser aphc:adopondcr~mentc. p3r.1 que ddc no resulte eventual cnnquecmentoscm causada pane do bcnd11:iano Na esptclr. 1110 houve nenhuma descaractcn~ da P~tajo~cnw Oobjctot a prest01to pccunina. o sujeito o mesmo c a finaltdadr t llclti c conforme aos ditames das nc admne acom.vnsao\o dosalimcnlos com ou1nu dJvid.a>. c omontanlcda-Aso --' r

    I ..-- ...-strftVIsloatravtsdaaoloprpna. Mas lncg.dmcnle OS fl'lg;&D'ImiOS ti lOS ptlo...,.. ( d lidado !ara ,-.cnlC I'"PIDerllofdto filha de tratamcntodcnt:l rlu. c me- ~da a;:' m1t ;;!:: ck ltla mt Ma cmn.panhja. embora convencionado que floarta ~ ttm arA!n ai ckposatado, por rllll. cmdJnhctro, a d1fcrenca que cnlcndta dc"da - IIDmtar e cbt.rll W:r consldmdos (HC 2 O 1' 1 08 06 199 3) Entc!ldlmcno ,..,,riNdo PfLI~~~arn. C4ma " r Vt~ora. cm now lt. CIVIl. o ra. rtl Ctzar Pduso, 19 02.2002.]fJ 2611281) STJ. J . ' aJimtnUtU 1:~- . pnnclpiod.t ntocompcnsa1;4o dos valores rcfc~n1es ptll.SIIO

    UWI\1a, mJ5ltJa()n("""-'A _ ... nncnJf mtc:&50>ck fia.,.. -,_~nals, esta rtgr11dCVCKr flt XIblli ........ mO '

    o -Dle Ctlllqlltetmmto I liVC.,. 18.09 2008 "- ... ]"-'- sem causa dos ~hmrntandos (rei M~m . ""-" ~"""' 37llll7)

    9 1

    Do mes mo modo a com~n.sato dos alimentos provisionais ex-cedentes ao arbitnlmento da ~~o defini tlva tem sido tolcrnd.a pela junsprud~nda. o que de mon!>tra o acerto da ressalva feita por Aubry c Rau, antes mcnclo nad:l (nota li) ).

    Assim, decidiu~: "Nllo h duphcaSode pag;.mcnto. porqut> onli:mentos pro-visionatsou dcflnttivossao substanet;~lnu:ntc urnacotsas. E t obvio que. 5t dessao pagos a t.ltulo prov.sno. ningum os poden plo~tar outra vez como ddinmvos. c

    vicc -vc:rs:~. Se o rtu ja vem pa~ndo alimentos cm outn caU$1. pelo mesmo uculo. a compcn..'llao far-5ta no momento uecuton o oportuno" . ...,

    4.9 Nio transacionv~l Da lndiS)Xlntbihdadc:: dodireuodc alimentos, cm dul!ta conu4ocom..asua ndole

    estnlllmcntc pessoal. rtsuh11m aqueles reflexos de ordem publiC'll . que K m .. :rtm no fundam.nto c na firuthdadc do in,~tt\ltO c jusuflcam a linlltli\:IO da esfera dr II ULO nomta pnvada: da nnturez

  • 92 ~--' do ~J'uste sempre que se tenha ~rficado mud:lna r~ltcirucarcktxt d ' .1 portanto ,1loda (Do ck' ~r o utllo ~ "''""'ntos, nnllnnll pos~cnor t , aoullmt.n- rimto JCIItlllw.p 329) A5.slmumbtm J!'93

    No divisamos bice p~sual a que a t.ransa:ao hom 1"""'..1~. da . O v6"""' SCJ:I C'lCtCUtOOa

    DOS prpnos IIUIOS acllo dt alimentos, agora tm (~ tl!CCII!Ona. AH:ts. agora. com a lei 11. +41n007 nstitmndo ~ alimentos nllo estll cm cond1~C\ de m1nbu~-IO!> . 2 ' . aqutl.1 cm qlJ.e tal\ prcs.iupostos existem, miiS o dneito nflo t r~t-rcido prl.t p~ 1uc flll JU> 3.~ llli-mcncos; 3. . :aquela cm queo 11Ument.1ndo mtc-m>rnpc'O rcccbunrntPda~ ptt~t~t. deixando de tXIRir do obngado .a diVIda 11 CUJO pag.unrnto t!>lll "te .lllsmto

    I~ '$ 'T .STJ Vedada a JUib.lor;\O .:ooctl"'tru~ca~Uvb "/a~tllllun. IJVI'IUeliDp.o 0 c:supubr ~ v..lor altmc-nlll.r, pot ~.....,.,_ou por n:ww de rbtine ot. prdrrurrn

    161 O dr.quur na Juro~pnullntia~ mbunab . n. HO. p Hl. 162. l' CAm. Cw .. ll ~ IQH, RcviS~u olt Olr'tito~ 731170.

    -

  • "'-'

    ..

    9' ~ bicogitar de prcscriAo. porque o drdto

    Eacrcsccnta:Naprimtirasiti!J4iOC, bstancado pela elristtncia de todos os N uncb sim. onsu O ainda Mo cXISIC 1 St& ' uana pelo decurso do tempo. IZ-se, por

    cxudciO nioO se d d ' seus pressupostos. seu admnc-se a prescnc;ia, mas rulo o trtllo "'""'nUI'tl N tc~-cara,

    1550, qut t tmpo.- ~- lU dJis cstac;bes VCOCIII

    an s~ c sun pr d 1 m.ntos 1m,rcscnvel. no sentido daqude assun o darei tO C a I ~ r b Consackra-sc. d d tcrmanadascucunstncw, uma o ngno I ar cm presena e c podtrdc ~rsurg """"'" (cl.arcto potestatiVO).

    cm l'(]acioa lliDI ou m:~a~ r--- -- . . 1 d mcnto a aposac;o de um tempo prescnctomu Dtana Amato JUStifica ta cntcn l d . bel ccrumtcrmomicial-, dcum a o provocanauma

    -a pudadiOcukUdc dc~~ca : osenudodo pedado. e de outra pane ampcduu que csptoc de prcsslo ps!co og frustrando desse modo. a verdade and u n c; :lo do se buscasse rcsLSw a essa prtSS3o. insltiUIO ... . I

    . mostrava uniforme cm reconhecera lmprc:scnubli Adoutnru noquccntaose . 1 1 105 domcsmomodoafirmavaqucapl'tSCTiioqomqllena dadcdodarcuoaosa amcn 1 d 1 - 178 10 1 do anterior CC (rcafttmado e exp lcata o pe .J ~ aquesc:rtftnaoan. . 'dl

    5 478 de~ 07.1968-v an. 206.2 ,CCI2002)s;alcanavaa prcsuo pcn ca d~ pc~ ~limcntlcilts. faxada cm sentena ou convencionada mediante acordo. operando-se, nesse caso. com rcb-loa c;ada prcstac:ioatr:~Sada que se f~ tomando txaga1cl, 0 lnadamplcmrnto do devedor c a falta de rcclam~o do credor, d.~rantc aquele penodo. fa:aa perecer paulaunamrntc a prttcnsao aquelas parcelas.

    Tambtm neste senudo a )unsprudtncia de nossos tribunais.'"' Tenha-se cm conta. ainda, que,lralando-se de aliment:ino absoluumcntc m-

    apu. nem mesmo a prt.SCrilo qOinqOcnal podcra ocorrer, poiS a conugcm do pra:o prcscncaonal wmcntc se lnicta a partir da data em que complct.ar 16 anos (an 198. I. do CC).

    Do mesmo modo que ro com a prescri3o entre marido e mulher, no ptr1odo mqucocasaJcsu, .. samplesmcntc separ:adode fato.r No dtrcito antenor. dispondo

    163 O.rmodc j

  • 96

    fi ,_ Jcaultndll do dlrtito de alimentos. rtstaria o e-xame ~-Exdukb a 1gu12 ... da 1 uc d.a uva da ato de alimentos, e a rtspt"IIO qw a soluo nao se quesO pcrsprc tStna prtt~ dlllnte do novo estatuto cili l. Assun: apm;tnlJ coou m . .

    t.- 01Spcoan. 189que, "voladoo dndto. nasce para o titular a prctrnsao. a qual se uungue. pcb pn:scrio, nos prazos a que aludem os aru. 205 e 206

    Por suava, tSUixlecc o an. 205 que "a prc-scri:i\o ocorre em dez anos, qunndo 1 ~e~ nao (h( haja !indo pruo menor.

    Embora a ld nao rtlacione eventuais acs imprcscritiveis, os princfpios dou. trinrios formulados cm t.omododm:ito anterior pt"rrni tem a aflrrna:i\o da illllpl1. cabilidadc do cnado dsposmvo s a{)(s ou pretenses abmenrfclas: de qualquer forma. ajui!vcla qualquer tempo a ao de alimentos, o lermo inicial da pc-nsio devida somente seria a parur da cualo do devedor, em relativa homenagem ao principio tn prlllltrilum 11011 vrvtur (ver adlllnte, n. 4 .ll).

    Mas a controvcrsia diria respeito s parss almct~tfdas prtttritas. concedidas por sentena ou convencionadas.

    OCU2002naorcpcteadJSposioquesc continha no.trt. 178, I O. l.doCdJ. go anterior. que tS~.Ixlcda prescreverem em cinco anos "as presrac-s de pertSOc$ alimenucia5; aclanndo-sc postrnormente, no are 23 da lei 5.4 78, de 1968. que a prtSCnelo qinqcnal refenda no art 178, 10, I. do Cdrgo CivtJ 1191 61 so aiC211(2 as presraocs mcn$us c l1llo o dirtlto a aJ1.mcntos".

    De manrrra maiS concisa, cswbdece o Codigo que prtscreve em dois anos :a prttcn~opara ha\crprcstaes alimentaru. i1 partrr da data em qiK se- vencerem" (art 206. 2.0 ).

    s t!tm~mpltSrtduaodolapso prtscricio113l das prestaes verfica-sc- que. u oc1a ntc. ~ tcr1sldo modificado cm rrlai\o ao drrru.o.antenor po1Si15

    prc:stacsprctcnddas 1 m rr1rL d . apsao r- "" atacmquesc-vcnccram sc-roaqudasdcvrd:as Fi 11alo, convtnoonadas ou arbitradas judicialmente. lU mrnrc. tendotmconlll r ao de cmco .,.,., d . que. com 3 re orma da lei C'lvtl, ter ocorrido redu

    ..- ots anos do la Jl$0 scr1 . 1 lnodtndadarcgnd d' . pre crona . h de se- ter presc-nlt evrntual os da lci amerioros;rartnomtcncmporal insenanoan. 2.028doCC/200l "Ser.lo cnrr.J

  • 98 DOS AIIMl'NlOS

    Contestou-lhe aautcnUC'id.tdc Ponces de Mir:anda: "No lt'mos a regra juridtca. dt furr con11(71dodcsactruada. dodu-chocomum. nem a do CC alemo. 1.613. que rt'Vtb ceru conlu..~o cncrc dtrelco. prcccnsAo c ao, fazendo depender da mora 3 divida. Osallmcmos prcltrilos podem ser dtvidosscm que St' tenha posto em mora o alimcntancc N~o tmporu se o obrigado n:lo catu cm morn. nt'm St' ~o conhecia o parJdc:tro do alimentando. Dlrsc-i qut' a uig~ncia d:a morn t'Vita que o dcvt'dor de alimc:ntos. tgnorando as n('((SSiclades do ahmcntando. ou o prprio dever de ahrncntar.dwc de resumglr-no tempo prcttnto-as prpnas despesas t' nversOes. para atc~Xkr ao dt'Vcr de ahmcntar Isso t mactru de ddesa para o cOmputo JUSto do que ha de presw quamoao passado".

    E quahflcando como crrndas dtelSt'S do Tribunal de justi;~ de SAo Paulo no scndo dr que no se podem pcdtr alimcncos prcteritos ( 4. Cm .. Cfv . 16.04.194 2. R11391665.tl Cim. Ov.. l7.07 19'15. RT I 581234). pretende que "violou-se, com

    ISSO, alciEm\czdcsc~~arcmaautoresesLrangciros,devenamosJufzcsrnciocmar como te:

  • 100 . r ndrs pa.rtntSa)>ant ceuc vocaon se trouve r~ellemenr dans

    pcndracdorpsqueiSit ~te'll(llt tl 51 un autrt de ses partnts, h lua par un lieo td un (tal t ntetSS l u~ ffi ue CtUll que nousavoos dtcrits. daspo5( de ressources su tSantes pour lu i vcnir ~ awk Alors l'obltgation alimcntairt se mattnahsera par une a.adc dTective. "'

    Stdb Rsthltft Sgroi.apotando-sc na premassa de que o nascimento da pnttens.\Q aJimtllliCII t condtdonJdo raio apenas l10 dOphce rtquisllO ObJI:VO cfa DeCC$1. elide do a!unenlalldo e da posstbt!Jdadc econOmica do obrig;~do, mas aguai mente na explfota dananda da ptnsAo pelo alimen~;~ndo, apontam que a faJu de rt se a pessoa que uniu o diretto dt ptdr alimentos nAo os reclamou, n~o dcl~ou por Isso de vi ver c no se toma pob. nCC't:S'Wlo sustentb pdo tempo que j decorreu, mas sam para o futuro; a justiliam'D nioscdtvtirbusar.como fazem :alguns. numa pntsumada renncia do ahmrntando.que tcndopodidoagirattada~;~, rtnunc~ara a fazt-lo, ou numa presu-mida JIL~ncta da necrssld~de, mas sim no fim pnltlco a que o instituto se desuna ~guraraexlsttnctadaflC'S'Ol, nm t:Sttquc naturalmente respeita ao futuro e no ao passado; c dado o Om, pode--se dlur que o dbito dia a dia se exU ngue e renasce. mlnguindo-sussim quanto ao passado e rtssurgindo no tempo futuro~. ~&<

    Tambem rbonnicr refere qut, alm da pntSCnllo quinquenal do art. 2.2n do CC fr.mcts uma e:s.vci d ri .

    r c e prese ~o tnslllnlllnca a unge os atrasados da pcn so ~l!mtnw, no sentido de qut o credor que ncghgcncia de cobr-!~ nas pocas

    ~tstasdpan ptgamcnto, perde o dtrtlto de reclam-la como conscqt!ncla; a JUnspru t ncla aplica aquta ma 1 li . do cmfo x ma a mcnts ne sarrtragcnt pas": que a rr~a.\o

    r constitui uma pre:sun;!o de q I h DtcessldJdc ca do 1 uc a pensao c era inul para viver, que a usa '1ncu o ahmcntar havi m.uomdor podni ll momentaneamente desapantcldo: abstido dt agn nlo ~r cxcc~o rtcuperar o atrasado se ele prova que st lu via cimmstnoas ndtptnd uc as :;:s ntcessdadcs havum cessado, mas por outras diculdades~as po clnte:s sua von~ade (exemplos afastamento do de,edor.

    r c tpl'llpno) ~ Njo se discute se, do ponto dt visra I ~:cm si me:sma, prttXIStc a a;!o Ogtco, c como pretende Gemma, a obri

    Prtt.\1Stenre ao tuo me:smo da que se pode excreer para fazer valer como Prt:sta;!o voluntllna; ou se a aao judicial n:lo faz

    181 u fonullt, n. 6Sl , p 416 i8l.Ddk~at,p. 6)} 183 Arnoldo Wld. DittUo d; 'amll 1&4 ~R I' 14, n.l) p )l.

    U!!giCIO, /nJtilul({)o clt ' ' 18S.DIIlud 11t I n. '"I .ll,l47,p. J6.

    . . ..., .p 601

    -I >c( -o U w 0,_ ,_Q

    ;zj~ a: -_m o

    101

    surgar a obngato mas apenas maca um processo ckclaravo para seu rttOnbect-mcnto pela sentena., ..

    No caso, o que se deseJa t uma solujo eminentemente ttcnta (ou pr.auca. w se prtfenr), que rulo seja llgtca. poas. "bcncht astntt.amente J diruto :agh a.llmenti sorga con ai basogno. l'obbhgo. m concreto non ckcorrc pnma cklla domanda; in altrt parole, se f'aJunentando S1 [a VIVO sohanto m Un tempo SUCCesslVO, non pub pretendere gh anctnu 101

    Na cxausuva liao de Wa.shmgton d~ Barros Monteiro. os aJimenaos objt tivam a sausblio de ncc('SIIt.dadcs atu:u.s ou Cuturas ~ n:lo as p;usadas. Ttm eles

    finahdad~ prauca, a subsasttncta da pessoa ahmenuda. Se esta, bem ou mal. logrou viver sem recorrer ao auxilio do alsm~nt.aru~. rulo pode pretender, desck que se resolveu o ampelri-lo, se lbe concedam alim.entos relativos ao ~do. J dehnilivamentc transposto A pensao ahmenucia. em h.tpteS< ~lguma , podera ser s ubmints trada para perlodo anterior :l propositura da alio. n:lo ~ atenden-do, portanto, i\s nccesstdaJcs pass:ad;as. Alimentos Sllo de,'idos cul f wnuvm. nio ad prat tcntum Alimentos atra.sados s~ dc,idos se Cundados cm (Onvcno;~o . tcs uuncnto ou Mo 1llclto. '"'

    Em reahdade. as ressalvas doutrtm\rias , a su c;uroul.lda

    Indevidos, assim. os allmt'mos pret( ritos. que ter\Jlm ~Ido cveotulllml.ln tc necessrios antes do exerlclo da prctcn.s4o ahm~n.Uml"''.-t" t IIIUmat._,]c, p. I). 187 Tr.~bucc.bl, 1>uru:lon1 J1 dlnll" ... u,, ~ 10~. p l70 188 Dur1U>ck fiJmllw. p. 30.3 189 ) Cllm Clv, TJ P Nu qut IAn!IC .W> hmtOh prtlcnw. ra.:.ao UIJ '""' u rn.,orc rt~

    lk

  • 101 lOJ

    rio, rulo prrjud1ca o ahmenundo na utrnsAo acenada,~ que 11 prpria lei. em seu art. 4.0. dcrrmna que. ao despachar o pedido. o juiZ fLXal'li desde logo al1mentos provlsnos a ~rrm pagos pelo devedor, salvo~ o credor uprc..~mente declarar que deles ru\o necessita"; o ra , fulados desde logo os alimentos proVIsriO\S, estes lmcd1aramenrc passam a ~r de\ldos, rc:sguar-mumcnlc, ocorrem. st- lo-~o no lntncssc reciproco de credor c devedor.

    Por outro lado. ser.a dcrhamenrc cm rc:lac;l\o s prrS!JJCts v('nddas, nJo pagas opportuno ttmpc'tre~m nsr4nclll rrchlmarri.lcloabmcnrandodurantc um dJiarg~o pcnodo de re rnpo. que :a rc~ra in praeurium non v/vuur rena a sua aplcabldadc d lsc urlvcl quauro s pc-nsc~ cm a& raso Mo cx1gdas antcnormcnrc.

    Ass1m, tsef(vcm Colm c Caprtam da:~. geralmcnre. que a pcnsAo ahmcntar rulo rtvoagt, o que slgmllca que se o credo .. de ahmcnros ncghgcncta de rec !arrua-los durante muuos anos. M o pode c:le rrclarnar as prrswc;es vcncda.s; CS!ll soluco tem ~tdo contcsrada c se rrm susrtnrado que se o CSI11do de neccss1dadc unha s1do sulicltnl( p;1111 o cstabdrnmcnlo da pcnsao ahmcmu, unu vez CStllbclec1da, CS!ll sub:.b lc .a menos que o devedor prove que o credor a renunciou. controvrncnd.>-se, portm. qu.anro a s..bcr ~ o crrdor. que n:lo rrclamou os atrAS.tdos, leria contra SI a presun.;llo da crs sallo de ncccs.sJ.Judr. somcnrc pod~ndo reclamar :as p~tac~ vcnc1d.u se provar que n3o teve poss1bthdadc dr agir. ou que lt''r dr conrnir d vidas par.1 poder subslsur ...

    Para Aubryc Rau.em rrgr~ . aspc-nscsalirnrnwrcs n3o rrrroagrm_desonr ~ se o pag~tmtnlo foi su~pcnso duumr um Intervalo de rempo com ccn11 dura4o.. o credor Mo esta autora:ando a rrclarnar os arrasados ,encdos, m:lS csu solu('Ao nJlo se fund.a srn4o na prcsunio dr que, se o CT(dor mio rrdJ~mou oponumamentc o pagarncn&o. t porque teve outros rUrsos para cobnr Sua5 ncccssl

  • 104

    qu'tl n'a pas ~nonct wgcr lc patc mrnt 012is s~ trouvt dans l'impossibihtt cfagu. solt rn dcmontrant qu'il a dil contractrr dts dettts por subststcr pendant cclle pt'nOOC t

    DiltnJ Am:uoranhccc mrsmo que a.s prtStacoo vencidas c ndo pagas dura me um longo ptn'odo. quaJ'Ido rtclnmadns a postmorf, j n;lo mals exercem a funo ahmC"ntat. "'

    PltconirHc. umbm.a inaphCrva Cicu: r argu mrnta par11 tanto com uma dupla ordem dt cortstderaoes. "l e norme rd:mve aU'obbbgllzione alimcntart sono norme cogenn cd t comuncmc:nte ammtsso che le no r me cogtntt hanno cfficacla rtlroaliva. lnoh:rc. ii driuo agh ali menti non st acqulsa definiuvn.mcnte col scmplict venftcarsi. una vol!ll tanto, dt dctermmaLI prtsupposn; rrta, ~ pcrmangono lc condi:1om dc:Ua sw eslstenD, rin:&SCc a n0\'0 og.n gtomL Stecht la norma chc lo soppnme, soppnmc:. tn sa5tanza. un dJnuo non ancora acqulslto" .11"

    As chamadas lets de o rdem pubhca {atndn que de d ireito pri,ado) earacter1-zam-se. com efeito. pela sua apl lcabthdade \media !li a ~laOcs que. nascld:as sob a

    vig~nCia da lct anuga. amda n~o ~aperfeioaram. nao se consumaram_ llll Ajunspntd~ncla part1lhll de!>SC entendimento, aodmdir que. "embora finnaP. i' Cim. a~ .. 2Q Oll983 RJ '\H~ 204 Caio MAno, lrultU&i(M cit,l Cl ll, P. 142.

  • "

    106 DOS AUMENTOS

    Justl~ do TJDF. 11.11.1CM7. Rf ll91~9): pois o dev~r abmcnun constttut rnatt-ria de ordem pUblica c s nos casos legaiS pode ser afaSiada, devendo subsistir ott dcciSOO 6nal cm sentido contntno' (Ob\ctrH Cruz. Dos; alimentos. n. 81, p. 173) IS.itm. s dcpots de julgacb afllllll a causa pnncipal, e dessa data cm diante, t qu~ c(SSalll 0 seu dirdto aos alimentos (&pinola. A jamlla, p. 219); que a obngao rclam'lll pro'"-~oad/ii(Jn. tonumdosua causa no dever m~uo de assisttncia entre os esposos. deve ser mantiw att o dia da dissoluo do casamento com a pronncia do divo~eio. ou ate o dia cm que a demanda de dtvrcio te nha stdo abandonada ou dcOniuvamcntr rcJciwl.l (PirJrd. Di\on:c t!Sc.'pararion de corps, I. n. 4 28, p. 784). O stnulr do processo de nulidade do casamento pode ser aqw aproveitado (Yusscf Cahall Ocasarnrnroputalll'tl,n. 65. p. lil). Tal a tradtao do nosso darei to. Alimen-ta dl\:tmunru,r. 11(( rrnrri ad cauront'm pracsranclam, nu rr.surucnem pratdicrorum alimrnroru111. in casu lj1AO \'inwu fucrr" (lvaro Valasco. Opera Omnla. 1. 3); imo nrc adahllltlltarcrpwa rrstirurnda, urur ln appcltttlonls tns ranua non obtineat (Melo frtllt, /PU1ilutionr3 ]uris Clvilo Lusilani. ll, n. 143). w

    Assim. aincb qur nAo haja cm nosso dire ito dispos(l\o semelhante do an 2.007. n. 2. do CC ponuguts expresso no senudo de qu~ "no h-< 1 1 ... " ugar, em caso a g~m. rcsutulllo dos alimentos provisrios recebidos . considera-se pac!fk a na JUI'ISprudtnm dt nossos tribunats a irrcpctibllidadc das penses ou de parcelas pagas pelo ob:ngado.:.~

    Nioser.l. portm.dtuclutr-ieeventual repeuo de in.db. opc ltgt. da obriga--'oahmcntar adi\' no se. com a cessao to. bc:ndlcillndc..sc ibcat.amcnt~ das on::tada oculta dol~mcntc: seu novo casamen novocasmJcnto,adivornada rd pcnsoes que conunuamm sendo pagas: com o rctcbc:ndo do "'""'d pc c. automaucamcnre o direito penso que vinha

    , ,,."_ o sem ntt:css' d d d rtcrbilt , l p 1%. Aubry e Rau , c"~rs c.il. . IX. p. 171 : Ovldto Baptista da St lv~ , A o( do (OurtiiJr ln,, m,nad.J no d~r

  • 108

    PftSUpponcndoqucstorcsistcnzadiun vincolonulrimonialc ci~l~tcvaldo;ovt llmammomosaaannuhb\lc.l"obbbgopmnanchnoallapronunctadiannullamcnto, salva la npcuzionc di quanto prrstato Tale ripctizionr ptr, c.sdusa in confronto dei conlugt di buona fede ntl mammonio putalvo. poichc qutsto producc, (mo alta SC11tcnza cbc dicblara la nullita. nnu gh tffctti dd matnmomo valido nspcuo ai comugc cbc vcrsl in buona fede .1H

    Tais ressalvas, contudo.llllo se conformam com a sistcmuca do nosso chrc110 pelo menos no que dl...-u rcspctto i mulher (CC revogado. art. 224).m '

    Para Amoldo Wald. "admite-se a rtStitu1~to dos alimentos quando quem os prestou ~os devia. mas somente quando se ftztr a prova de que cabia a terceuo a obri~ahmcntar,poisoahrntl\lado utilizando.scdosaLmcntos nao teve nenhum cnnquromcnto lllclto. A norma adotada pdo nosso dirnto t destartc a segumtc: quem lomcceu os altmcntos pensando erradamente que os devia. pode ex1gir a rcsmuio do \'llor dos mesmos do terceiro que rulmcntc dtvta forncct-los _li

    Parttcnos. portm. que mesmo rcceb1dos por ('I'TO rua forma assim pretend1da. nionlxna a rcstnutl\o pelo alimcnt.rio. eiS que faltou o pressuposto do enriquc-dmcoto sem nusa;117 c quanto pretendida sub- roga~Ao do tuceiro prest.lntc em mo, no dirc110 do ahmcnlno contra o obngldo, a tese apresenta-se dls, oiO devem ser deduz1dos da m(a~~o da mulher, resulwntc dll partilha d( lxn..,, '~

    A se adnutir a rtsmuic;lo contra trrceiro, a compctt nd .l auub alo\ S Juizo que tiver esUluldo a pcnsolo: -Tra1.1-sc ck .alo cm que o p u . porque lh.: fo1 dcfemb 3 guarda do filho. ames com a mlc, quer :a 'ptllQo d( prntt\~\ alunl'O tares cm dinheuo, que esta rtcebcu mdevtJamcnte. Se e tnJt~puo,tl ~1ut as

  • 110

    ..00),ts"'nd~ ' m.~. (ku t' mtt~M~d.amar :lll JU~ . conformr ll'l l ll\'llns;lltnNS.. t ntl'i\~ fttlu 1\o ou majN \t('l\o do cncnrgo (:an. I 69Q do

    (C/l\~ll) 4. U RKiprocicbdr. Art. 1.696 du CCJ2002 (,ut. J97 do CC/1 916)

    Ol.spllnhat' m lQ7 do m '\JW l C o .hrc:uo prcstJ o;to dt ahmentos t rr-etpr