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COKRIGAGEM
Procedimento geoestatístico segundo o qual diversas variáveis regionalizadas podem ser estimadas em conjunto, com base na correlação espacial entre si.
É uma extensão multivariada do método da krigagem quando para cada local amostrado obtém-se um vetor de valores em lugar de um único valor.
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Aplicação da cokrigagem
Quando duas ou mais variáveis são amostradas aproximadamente nos mesmos locais dentro de um mesmo domínio espacial e apresentam significativo grau de correlação.
O método pode ser usado quando a variável de interesse apresenta-se sub-amostrada em relação às demais. Essa variável é conhecida como “primária” e as demais como “secundárias”.
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O objetivo é melhorar a estimativa da variável primária utilizando aquelas mais densamente amostradas.
Ou quando a variável primária também exibe uma baixa autocorrelação espacial e as variáveis secundárias apresentam uma alta continuidade.
Normalmente é usada uma variável primária e apenas uma secundária.
Se o numero total de variável primária e secundárias for igual a n, serão necessários (Nv +1)2/2 variogramas e covariogramas cruzados.
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Fundamental na utilização da cokrigagem é a verificação prévia da correlação existente entre as variáveis, a qual deve ser alta para que as estimativas sejam consistentes.
Também deve ser notado que a melhoria de interpretação somente é significativa quando uma das variáveis tem um número extremamente reduzido de casos em relação à outra.
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Se Z1(x) e Z2(x) são funções aleatórias estacionárias
ou intrínsecas, o seu variograma cruzado, define-se como :
))]Z-)(())(-)([(2
1)( 221121
hxxZhxZxZEhZZ (
ZS
O estimador Z(x0) num ponto não amostrado x0 pode ser descrito pela combinação linear dos valores vizinhos de ambas as variáveis
Variograma cruzado experimental:
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Cokrigagem Ordinária: solução por cálculo matricial
[A] [B] [X]
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αi = 1,...ni representam os ni pontos para a variável Zi e α’i = 1, ...ni representam os ni pontos com deslocamento h para a variável Zi i é o identificador da variável primária Z1 ou secundária Z2
Matriz [A] composta: pela sub-matriz , que descreve a distribuição espacial
da primeira variável Z1; pela sub-matriz , que descreve a distribuição espacial
da segunda variável Z2; pela sub-matrizes, que descrevem a variabilidade
cruzada das variáveis Z1 e Z2 consideradas em conjunto; os termos restantes 0 e 1 correspondem à condição de
não viés para ambas as variáveis.
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Vetor [B]: a matriz [A] não contém nenhuma informação sobre o ponto X0 , objeto da estimativa.
Toda a informação necessária está contida no segundo membro do sistema, o vetor [B], o qual é composto por 2 subvetores: o que depende da configuração geométrica
relativa ao ponto X0 em relação aos pontos x1 , onde Z1 é observada;
o que depende da configuração geométrica relativa ao ponto X0 em relação aos pontos y2, onde Z2 é observada;
os termos restantes 0 e 1 correspondem à condição de não viés.
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Vetor [X]: a solução do sistema, ou seja, o cálculo dos coeficientes ’s, ’s e dos multiplicadores de Lagrange μ1 e μ2, expressos pelo vetor [X] para diferentes pontos X0 é obtida pela inversão de [A] e subseqüente multiplicação por [B].
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As equações da cokrigagem são formuladas na suposição que as variáveis primária e secundária apresentam covariâncias, com matriz positiva definitiva, para ser considerada uma matriz de covariâncias-cruzada válida.
Uma maneira simples para a obtenção dessa matriz é utilizar o “modelo linear de corregionalização”.
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Modelo linear de corregionalização
Ajusta os variogramas e covariogramas cruzados entre duas variáveis, ou mais, de tal maneira que a variância de qualquer combinação linear possível dessas variáveis seja sempre positiva. Tal combinação usa a mesmas estruturas dos variogramas e dos covariogramas cruzados, mantendo o mesmo valor para o alcance.
Ambos os determinantes das matrizes referentes aos valores do efeito pepita (Co) e soleira (C), devem ser positivos:
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Cokriging
Com dados totalmente coincidentes (isotopia):
Conveniente, apenas, para estimar de maneira consistente o topo e a base de um jazimento.
Topo
Base
Não se obtem uma melhoria substancial quando se aplica a cokrigagem, em relação à krigagem ordinária.
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Cokriging
Impossível estimar covariancias cruzadas com todos os dados não coincidentes (heterotopia).
Variável secundária (impedância acústica)
Variável principal (porosidade)
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Cokriging Resultados satisfatórios quando os dados são parcialmente coincidentes (heterotopia parcial)
Apenas variável secundária (impedancia acústica)
Apenas variável principal (porosidade)
Variável principal e variável secundária
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A cokrigagem ordinária é um procedimento que requer o cálculo e modelagem de variogramas experimentais diretos e cruzados. A modelagem desses variogramas não pode ser feita individualmente, mas sim em conjunto de tal forma que devem satisfazer o modelo linear de corregionalização. Tal procedimento pode se tornar muito trabalhoso à medida que aumenta o número de variáveis secundárias. Além disso, dependendo do número de variáveis envolvido, há o problema de estimativas discrepantes com a distribuição inicial da variável primária. Isso acontece devido às condições de restrição do sistema de equações de cokrigagem ordinária em que os pesos da variável primária somam a um, enquanto os pesos da variável secundária somam zero.
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A cokrigagem colocalizada é uma técnica que simplifica o procedimento da co-estimativa, pois não requer o cálculo do variograma cruzado, o qual é deduzido com base no chamado Modelo de Markov 1 ou 2, dependendo do suporte amostral da variável primária em relação à variável secundária. Trata-se de uma técnica que faz a estimativa usando a informação secundária em caso de alta correlação ou a informação primária em caso de baixa correlação. Em situações de correlações médias, a cokrigagem colocalizada faz uso tanto da informação primária como da secundária, por meio dos pesos da variável primária e peso da secundária.
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A krigagem com deriva externa é também uma alternativa interessante em situações onde a variável secundária é fartamente amostrada. Nesse procedimento, há uma condição de restrição que força os pesos da variável primária seguirem a geometria da variável secundária. A maior dificuldade da krigagem com deriva externa está no cálculo da covariância residual a partir do variograma residual. Foi desenvolvido um procedimento que permite calcular a componente de tendência sobre a malha regular contendo a informação secundária e a partir daí derivar o seu variograma, que subtraído do variograma da variável primária resulta no vaiograma residual.
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Yamamoto e Landim, 2013 20
A cokrigagem ordinária trabalha com uma base de dados, preferencialmente com heterotopia parcial, da qual são calculados os variogramas diretos e cruzado. A cokrigagem colocalizada e a krigagem com deriva externa usam duas bases de dados: a primeira com amostragens das variáveis primária e secundária nos mesmos pontos, ou seja, a base é isotópica e outra base com dados secundários sobre os pontos que se deseja estimar a variável primária. No caso da cokrigagem colocalizada, parte-se do covariograma da variável primária para estimar o covariograma cruzado. A krigagem com deriva externa precisa do variograma residual .
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Exemplo: Distribuição dos poços que atingiram o lençol freático/Bauru,SP (Sturaro, 1994)
563.25
514.46
543.98
520.01
506.17
576.60
504.35
541.45
537.46
546.28
556.50
502.17
496.77
501.15 518.00
499.56502.88513.60
504.98
534.50
518.00530.13521.80
547.45
535.00
526.70
558.50
499.27495.78
522.48
510.95
527.00
508.80518.00
501.28502.22
500.75
512.85511.56
511.69
504.24
554.87
551.25
555.35
559.80559.15
549.40
543.53
535.30530.60538.90
541.15
538.10510.00
512.18
508.43
534.00
542.38
503.23
552.00
530.00
511.40
501.80
535.63
541.40
505.15
514.90
510.00
494.77
537.16
519.00523.30
548.48
556.58
564.73
495.63
528.33
562.73
528.30
554.08
539.70
526.10
502.10
534.02
577.87
504.68
542.00
525.00
568.84
549.00
516.74516.56
696000 697000 698000 699000 700000 701000 702000 703000 704000
7526000
7527000
7528000
7529000
7530000
7531000
7532000
7533000
7534000
21 22
Topografia e lençol freático
Correlação entre cota topográfica e topo do lençól freático
23 24
7
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Variogramas
694000 696000 698000 700000 702000 704000 706000
(UTM) - LESTE
7524000
7526000
7528000
7530000
7532000
7534000
7536000
7538000
(U
TM
) -
NO
RT
E
450
460
470
480
490
500
510
520
530
540
550
560
570
580
590
600
COKRIGAGEM DO TOPO DO LENÇOL FREÁTICO
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Cokrigagem do topo do lençol freático
694000 696000 698000 700000 702000 704000 706000
UTM - LESTE
7524000
7526000
7528000
7530000
7532000
7534000
7536000
7538000
UT
M -
NO
RT
E
6.0
7.5
9.0
10.5
12.0
13.5
15.0
16.5
18.0
19.5
MAPA DOS DESVIOS PADRÃO DA COKRIGAGEM TOPO DO LENÇOL FREÁTICO
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Mapa dos desvios padrão da cokrigagem
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EXERCÍCIO 05. Krigagem indicativa Aplicar o algoritmo “Kriging” aos 359 dados do exercício 01, após transformação para valores binários 0-1. Os níveis de corte, necessários para a transformação binária 0-1, são 0.8 para cádmio, 50 para cobre e 50 para chumbo. Esses valores são definidos como sendo o máximo tolerável para um solo ser considerado como não poluído. Para a transformação binária: Planilha de dados/Data Transform
Transform with: Column variables Transform equation: Para cádmio: G=IF(D>0.80,1,0) Para cobre: H=IF(E>50,1,0) Para chumbo I=IF(F>50;1,0)
Calcular mapas com valores de probabilidade de ocorrência para os metais cádmio, cobre e chumbo. Os mapas resultantes deverão obedecer à área irregular abrangida pelos pontos de amostragem.