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Unidade Executora Estadual do PRODETUR DE PERNAMBUCO ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE GUADALUPE 6ª Etapa Zoneamento Documento síntese Agosto, 2011 GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE TURISMO SETUR UNIDADE EXECUTORA ESTADUAL DO PRODETUR UEE/PE

Zoneamento Documento síntese - Pernambuco SÍNTESE FINAL.pdf · Barreiros, sendo formada por uma área continental e área marítima correspondente a uma faixa de três milhas náuticas

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ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL DE GUADALUPE

6ª Etapa

Zoneamento

Documento síntese

Agosto, 2011

GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO SECRETARIA DE TURISMO – SETUR

UNIDADE EXECUTORA ESTADUAL DO PRODETUR – UEE/PE

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FICHA TÉCNICA GOVERNO DO ESTADO DE PERNAMBUCO

Governador: Eduardo Henrique Accioly Campos Vice Governador: Joao Lira Neto

SECRETARIA DE TURISMO

Secretário: Alberto Feitosa Secretário Executivo de Turismo: Marconi Muzzio Diretor Geral do PRODETUR NE: Stélio de Coura Cuentro

Superintendente de Meio Ambiente do PRODETUR: Raul Baltazar Perrelli Valença

SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E SUSTENTABILIDADE

Secretário: Sérgio Xavier Secretário Executivo de Meio Ambiente Hélvio Polito Lopes Filho

AGÊNCIA ESTADUAL DE MEIO AMBIENTE

Diretor Presidente: Hélio Gurgel Cavalcanti Diretora de Recursos Florestais e Biodiversidade: Maria Vileide Ataíde de Barros Lins Unidade de Gestão de Unidade de Conservação: Nahum Tabatchnik

Setor de Planejamento de Unidades de Conservação: Joselma Maria de Figueirôa Tassiane Novacosque

Setor de Administração de Unidades de Conservação: Samanta Della Bella Responsável pela APA de Guadalupe: João Batista de Oliveira Júnior

GEOSISTEMAS Engenharia e Planejamento Ltda

Coordenação Geral: Eng° Civil Roberto Lemos Muniz Eng° Civil Henrique Pinto Silva Arq. Elaine Fernanda de Souza

Coordenação Técnica: Engª Florestal Isabelle Meunier Coordenação de Articulação e Gestão: Arq. Telma Buarque

Resp. Técnico Quadro Ambiental-Meio Físico: Geol. Margareth Alheiros Resp. Técnico Quadro Ambiental-Meio Biológico: Biol. Andrea Pinto Silva

Resp. Técnico Quadro Ambiental-Meio Socioeconômico: Eng° Civil Bertrand Alencar Cobertura Vegetal: Engª Florestal Isabelle Meunier

Fauna/Estudos marinhos e coralinos: Biol. Andrea Pinto Silva Geologia, Geomorfologia, Hidrologia, Clima: Geol. Margareth Alheiros

Geog. Natalia Tavares Turismo e Ecoturismo: Geog. Vanice Selva

Turism. Clarisse Fraga Cartografia e Geoprocessamento: Engº Gustavo Sobral

Assessoria Jurídica: Adv. Fernanda Costa Processo Participativo e Educação Ambiental: Ass. Social Mª Socorro Cavalcanti

Psic. Janaina Gabriel Gomes

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APRESENTAÇÃO

A Geosistemas Engenharia e Planejamento apresenta o Produto relativo a 6ª Etapa – Oficina

de Planejamento, que consiste no Documento Síntese o qual tem por objetivo dar

conhecimento a todos os convidados sobre o diagnóstico e propostas de Pré-Zoneamento e,

assim, facilitar as discussões e decisões relativas ao planejamento da Unidade de

Conservação.

A Oficina de Planejamento realizada durante essa etapa tem a finalidade de obter as

contribuições sociais para adequar o diagnóstico e a proposta de zoneamento a fim de

possibilitar o planejamento estratégico e participativo. O Documento Síntese serve de

subsídio para a discussão ocorrida durante a Oficina de Planejamento, facilitando o

intercâmbio de informações e os processos de tomada de decisão pelos grupos de trabalho.

Tal documento possibilitou a visualização das etapas vivenciadas até o presente momento e

viabilizou a elaboração de propostas que possibilitem o desenvolvimento da APA de

Guadalupe.

Recife, julho de 2011

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SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO 5

1.1 Caracterização Geral da Unidade de Conservação 5

1.2 Zoneamento de Unidades de Conservação: Definições 6

1.3 Zoneamento da APA de Guadalupe: Antecedentes 7

2. DESENVOLVIMENTO 8

2.1 Métodos de Trabalho 8

2.2 Definição das zonas e subzonas da Área de Proteção Ambiental de Guadalupe

8

2.3 Usos incentivados, tolerados e proibidos nas zonas e subzonas da Área de Proteção Ambiental de Guadalupe

13

3. REFERÊNCIAS 25

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1. INTRODUÇÃO

1.1. CARACTERIZAÇÃO GERAL DA UNIDADE DE CONSERVAÇÃO

A Área de Proteção Ambiental de Guadalupe foi criada pelo Decreto Estadual Nº 19.635, de 13 de

março de 1997. A APA está situada nos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e

Barreiros, sendo formada por uma área continental e área marítima correspondente a uma faixa de

três milhas náuticas.

A criação da APA teve como objetivo “proteger e conservar os sistemas naturais essenciais à

biodiversidade, especialmente os recursos hídricos, visando a melhoria da qualidade de

vida da população local, a proteção dos ecossistemas e o desenvolvimento sustentável” (art. 2º do

Decreto Estadual Nº 19.635).

A APA de Guadalupe abriga paisagens naturais que são comandadas pelo clima tropical úmido, que

de acordo com a classificação de Köppen é do tipo As’ - tropical (chuvas de inverno antecipadas no

outono). Os meses de maio, junho e julho são os mais chuvosos e outubro, novembro e dezembro

são os mais secos. A precipitação média anual segundo dados do LAMEPE/ITEP (2009) é de 2.200mm

e a temperatura média anual é de 25ºC que, associada ao relevo e aos solos, possibilitaram o

desenvolvimento de uma vegetação potencial de floresta que vem sendo substituída pelo cultivo da

cana de açúcar e, que nas restingas que bordejam os estuários, aparece contrastando com a

vegetação de mangue. A área da APA de Guadalupe é drenada por rios perenes utilizados para

abastecimento das cidades e vilas e para a produção agropecuária. O corpo hídrico superficial de

maior representatividade dentro da APA de Guadalupe é sistema estuarino do rio Formoso formado

por ele e pelos rios Ariquindá, Lemenho e Passos. Na área marítima são encontrados recifes

paralelos à linha da costa, que são constituídos principalmente por arenitos e apresentam de 3 a 4

metros de espessura. Eles funcionam como um anteparo natural às investidas das ondas, protegendo

as praias de processos erosivos marinhos, desempenhando, importante papel, na morfologia atual da

costa (PRÓ-CITTÀ, 2000).

O arranjo espacial dos recursos naturais e agrossocioeconômicos na APA de Guadalupe

representados pelos solos, pela disponibilidade hídrica, pelo período de concentração de chuvas de

três meses, pela cobertura vegetal de mata e de mangue, associados às relações políticas,

econômicas e sociais de trabalho, retidas no espaço ao longo do tempo, serviram de suporte para o

desenvolvimento dos sistemas produtivos predominantes na região (cana de açúcar, fruteiras,

agricultura de subsistência, pesca e cata de crustáceos), além dos assentamentos urbanos.

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1.2. ZONEAMENTO DE UNIDADES DE CONSERVAÇÃO: DEFINIÇÕES

O Zoneamento Ambiental é uma estratégia de gestão que permite, a partir dos atributos

ecológicos, das características socioambientais, dos usos atuais e seus conflitos e dos

objetivos da unidade, estabelecer áreas mais homogêneas para as quais se indica um

conjunto relativamente uniforme de medidas de proteção, normas restritivas e instrumentos

de incentivo.

Realizar o zoneamento de uma unidade de conservação é “organizar espacialmente as áreas

protegidas em parcelas, denominadas zonas, que demandam distintos graus de proteção e

intervenção” (MMA, 1996).

De acordo com a Lei Nº 9.985 de 2000, que estabelece o Sistema Nacional de Unidades de

Conservação – SNUC (BRASIL, 2000), o zoneamento de uma Unidade de Conservação é a

“definição de setores ou zona em uma Unidade de Conservação com objetivos de manejo e

normas específicas, com o propósito de proporcionar os meios e as condições para que

todos os objetivos da UC possam ser alcançados de forma harmônica e eficaz”. Com esse

objetivo, destaca-se a importância da avaliação dos atributos mais relevantes da unidade e

suas dinâmicas, assim como a inclusão de elementos da dinâmica político-social, como a

participação da sociedade e a questão institucional.

De uma forma geral, pode-se concluir que o processo de zoneamento de uma Área de

Proteção Ambiental visa à conservação de seus atributos socioambientais, o uso sustentável

dos recursos naturais e a melhoria da qualidade de vida da população. O produto do

zoneamento deverá possibilitar:

- Agilidade do processo de licenciamento e a fiscalização

- Direcionamento da implantação de empreendimentos

- Orientação do público morador e usuário quanto à apropriação e uso dos atributos

naturais

- Estabelecimento de normas para uso e ocupação do solo.

De acordo com a legislação ambiental brasileira, Área de Proteção Ambiental (APA) é aquela

destinada a conservar os recursos ambientais (fauna, flora, solo e recursos hídricos). Seu

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objetivo principal é conservar a diversidade de ambientes, de espécies e de processos

naturais pela adequação das atividades humanas às características ambientais da área, seus

potenciais e limitações. Uma APA não impede o desenvolvimento de uma região, permite a

manutenção das atividades humanas existentes, e apenas orienta as atividades produtivas

de forma a coibir a depredação e a degradação dos recursos naturais. Assim, podem ser

estabelecidas normas e restrições para a utilização de uma propriedade privada localizada

em uma área de Proteção Ambiental visando nela garantir o uso sustentável, ou seja, seu

acesso, ocupação e exploração devem ser controlados para não prejudicar os ecossistemas

da área.

1.3. ZONEAMENTO DA APA DE GUADALUPE: ANTECENDENTES

O decre1to de criação da APA de Guadalupe, Decreto Estadual Nº 19.635 de 1997,

estabeleceu, em conformidade com o que já dispunha a Resolução CONAMA Nº 10 de 1988,

a necessidade de se proceder ao zoneamento ecológico-econômico da Unidade, indicando

diretrizes e normas de uso e ocupação. O Zoneamento da APA de Guadalupe foi

estabelecido por meio do Decreto Estadual Nº 21.135 de 1998, definindo cinco zonas com

suas respectivas localizações, metas ambientais e restrições de uso especificadas.

Em 1999, o Decreto Estadual Nº 21.972 estabeleceu o Zoneamento Ecológico Econômico

Costeiro (ZEEC) do Litoral Sul, posteriormente, portanto, à aprovação do zoneamento da

APA de Guadalupe. O ZEEC recepcionou o zoneamento existente, incorporou zonas, metas

ambientais e restrições, mas trouxe algumas modificações que auferiram maior coerência à

definição e delimitação das Zonas.

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2. DESENVOLVIMENTO

2.1. MÉTODOS DE TRABALHO

A proposição do novo zoneamento foi elaborada a partir dos diagnósticos técnicos

realizados por meio de visitas de campo e consultas bibliográficas, da análise dos

instrumentos de zoneamento existentes (Decretos Nº 21.135 de 1998, da APA de

Guadalupe, e Nº 21.972 de 1999, do Litoral Sul de Pernambuco), assim como das

deliberações de reuniões técnicas com analistas ambientais do órgão gestor. Foram

consideradas as contribuições das Oficinas de Diagnóstico, realizadas em 20 de abril e 9 de

setembro de 2010, em Tamandaré, e das Oficinas de Zoneamento, em 09 de dezembro de

2010 e 18 de março de 2011, em Tamandaré e Rio Formoso. Análises técnicas posteriores

ajudaram a sistematizar e sintetizar as contribuições resultando no Quadro Síntese do

Zoneamento.

2.2. DEFINIÇÃO DAS ZONAS E SUBZONAS DA APA DE GUADALUPE

Considerando a similaridade dos objetivos do Zoneamento Ecológico Econômico Costeiro

(ZEEC) do Litoral Sul com os da APA de Guadalupe e a vigência do Decreto Nº 21.972/1999

que o instituiu, com maior abrangência espacial do que o território da APA, adotaram-se as

zonas do ZEEC como zonas da APA, especificando-lhes objetivos, metas, usos e restrições em

função da natureza da Unidade de Conservação e estabelecendo novas subzonas, não só

para atender a necessidade de níveis mais rigorosos de restrições, mas também para

delimitar as áreas de Programas do Plano de Manejo.

Optou-se por manter a mesma nomenclatura adotada pelo ZEEC – Litoral Sul, não só por

avaliar que traduzem bem as principais características das áreas mas também para facilitar o

processo de licenciamento. Assim, a APA de Guadalupe é integrada pela Zona Marítima,

Zona de Turismo Veraneio e Lazer, Zona Rural Diversificada, Zona de Proteção Estuarina e

Ecossistemas Integrados e Zona de Preservação da Vida Silvestre (Quadro 1).

Para definição de normas mais específicas, definidas em função dos atributos e objetivos de

áreas específicas em cada zona, definiram-se subzonas as quais, além dos objetivos gerais

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das zonas, se atribuíram objetivos específicos e, em função desses, normas geralmente mais

restritivas. A caracterização das zonas e subzonas em relação aos aspectos ambientais,

socioeconômicos e histórico-culturais, seus conflitos, principais tensores ambientais e seus

objetivos encontram-se descritos nas seções seguintes.

Quadro 1. Zonas da APA de Guadalupe

ZONA ÁREA

CARACTERÍSTICAS GERAIS ha %

MARÍTIMA 12.409,20 28,2

É integrada pela área dos recifes areníticos e trecho da

plataforma continental, em grande parte se sobrepondo à

APA Costa dos Corais. Inclui área de proteção integral definida

como Subzona de Uso especial.

TURISMO, VERANEIO E

LAZER 3.195,99 7,3

Abrange a área de maior intensidade ocupacional da APA de

Guadalupe, incorporando o núcleo urbano de Tamandaré,

inclusive a Praia dos Carneiros, loteamentos litorâneos de

Sirinhaém e ainda parte de Rio Formoso.

RURAL DIVERSIFICADA

22.895,02 52,1

Integrada pela maior parte de zona rural da APA de Guadalupe, onde se desenvolvem atividades agropecuárias diversas juntamente ao predominante cultivo da cana-de-açúcar. Engloba também o núcleo urbano de Rio Formoso. Abriga numerosos fragmentos da floresta ombrófila e abrange todo entorno da Reserva Biológica de Saltinho.

PROTEÇÃO ESTUARINA E

ECOSSISTEMAS INTEGRADOS

4.791,35

10,9

É composta por suas subzonas, correspondentes aos dois

estuários existentes na APA de Guadalupe: do Rio Formoso,

incluindo seus afluentes no baixo curso, e dos rios Ilhetas e

Mamucabas.

PRESERVAÇÃO DA VIDA

SILVESTRE 548 1,2

Está representada pela Reserva Biológica de Saltinho, sob a

gestão do Instituto Chico Mendes de Proteção à

Biodiversidade, conforme Decreto Federal Nº 88.744/1983.

2.2.1. ZONA MARÍTIMA

A Zona Marítima da APA de Guadalupe corresponde a faixa de mar desde a linha média de

maré até 3 milhas náuticas, incluindo as áreas de recifes areníticos e as ilhas de Santo Aleixo

e do Coqueiro. Destaca-se pela diversidade de vida marinha e apresenta grande atrativo

para turismo náutico. Os principais tensores identificados nos diagnósticos para a elaboração

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do Plano de Manejo foram o tráfego desordenado de embarcações e as ameaças à

integridade e biodiversidade dos ambientes recifais.

A Zona Marítima está dividida em três subzonas, com objetivos distintos: Subzona dos

Recifes, da Plataforma Continental e de Uso Especial. A Subzona dos Recifes estende-se

entre a da linha de costa até a isóbata de 30m (CAMARGO et al., 2007) em faixa

aproximadamente paralela à costa, com largura entre 900 a 2.700m. A Subzona de Uso

Especial corresponde à área conhecida como “área fechada” da APA Marinha Costa dos

Corais, estabelecida pela instrução Normativa ICMBio Nº06/2008, em local conhecido como

Ilha da Barra. A Subzona da Plataforma Continental é a terceira subzona a integrar a Zona

Marítima, onde ocasionalmente se observam recifes submersos, mais protegidos. Estende-

se até 3 milhas da linha média da preamar e lá se localiza a Ilha de Santo Aleixo, destino

frequente de passeios náuticos.

2.2.2. ZONA DE TURISMO, VERANEIO E LAZER

A Zona de Turismo, Veraneio e Lazer é integrada pela área urbana de Tamandaré, incluindo a

Praia dos Carneiros, parte da área rural de Rio Formoso, próximo à zona estuarina e

loteamentos litorâneos das praias de Guadalupe, Gamela, Guaiamum e Barra de Sirinhaém,

em Sirinhaém.

Nessa zona desenvolvem-se atividades de turismo de veraneio e turismo de sol e mar, além

de abrigar algumas edificações que integram o patrimônio histórico-cultural de Pernambuco.

Os principais problemas identificados nessa Zona foram relativos à falta de saneamento

ambiental (coleta e destinação de resíduos, drenagem, abastecimento de água); dificuldade

de acesso e sinalização deficiente; insegurança pública e uso desordenado do território.

Três subzonas foram delimitadas nessa área, merecedoras de especial atenção e com

objetivos específicos particularizados: a Reserva Natural de Restinga de Tamandaré

(respeitando-se o nome adotado no Plano Diretor do município), os Terraços Marinhos de

Gamela e Guadalupe e a Praia dos Carneiros.

A Reserva Natural da Restinga de Tamandaré situa-se entre o rio Ariquindá e a Via

Litorânea de acesso a Praia de Carneiros, conforme delimitação do Plano Diretor de

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Tamandaré vigente na aprovação deste zoneamento, onde deverá ser incentivada a criação

de Área Verde ou Unidade de Conservação Municipal. Reúne expressiva biodiversidade

vegetal e faunística, notadamente de aves. Os Terraços Marinhos de Gamela e Guadalupe

apresentam-se em faixa de 50m a 270 m do limite do terraço marinho ao interior, com

fisionomia de restinga arbustiva estabelecida em terraços marinhos retrabalhados pelo

vento, com elevado valor paisagístico. A Praia dos Carneiros foi delimitada da linha média de

preamar até o limite da Via Litorânea (Via Contorno de Carneiros) e destaca-se pelos

coqueirais como principais elementos da paisagem cultural do litoral pernambucano. É um

destino turístico cobiçado e valorizado justamente pela baixa taxa de ocupação e aspecto

dos antigos sítios de praia. Incorpora a igreja de São Benedito como patrimônio histórico-

cultural.

2.2.3. ZONA RURAL DIVERSIFICADA

A Zona Rural Diversificada da APA de Guadalupe reúne as áreas com ocupação agrícola,

tanto do agronegócio quanto da pequena e média propriedade rural, abrangendo também

numerosos fragmentos da floresta ombrófila e todo o entorno da Reserva Biológica de

Saltinho.

Nessa Zona foi identificado como principal problema ambiental a fragmentação florestal e

perda de habitats para as espécies da flora e fauna, resultado da hegemônica monocultura

canavieira, que isola pequenos remanescentes de matas, e da prática de desmatamento

para produção de carvão vegetal e exploração da lenha, principalmente para padarias da

região. Os diagnósticos relataram ainda a ocorrência de caça de animais silvestres e

apontaram as queimadas como uma das causas da perda de biodiversidade, ameaçando as

áreas com remanescentes florestais.

Não foram apontadas subzonas para essa zona, sendo os objetivos gerais válidos para toda

ela.

2.2.4. ZONA DE PROTEÇÃO ESTUARINA E ECOSSISTEMAS INTEGRADOS

A Zona de Proteção Estuarina e Ecossistemas Integrados engloba complexos ambientais

integrados por fragmentos de floresta ombrófila de terras baixas, restingas, praias e

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manguezais, inclusive áreas de apicuns ou salgados, característicos do litoral pernambucano

e em bom estado de conservação.

Nessa zona, foram inúmeros os relatos da presença de produtos químicos nos rios

provenientes das usinas a montante e das fazendas de camarão existentes no município de

Sirinhaém e Rio Formoso.

O turismo desordenado na região tem provocado alguns problemas ambientais,

principalmente devidos ao tráfego e ancoragem de embarcações, prejudicando as práticas

de pesca tradicional pela ocupação dos espaços de pesca por marinas e barcos de veranistas

e turistas.

Os objetivos gerais reafirmam a necessidade de preservar estrutura, diversidade e extensão

dos remanescentes dos ecossistemas naturais, garantir que os usos do seu entorno sejam

compatíveis com essa preservação e buscar o desenvolvimento sustentável do turismo e do

veraneio.

A Zona de Proteção Estuarina e Ecossistemas Integrados é formada por duas subzonas. Na

Subzona Estuarina do Rio Formoso incluem-se as áreas de mangues, apicuns e faixas de

restinga em Tamandaré, Rio Formoso e Sirinhaém, às margens do rio Formoso e seus braços

e afluentes: Goicana, dos Passos, Porto das Pedras, Lemenho e Ariquindá, abrangendo ainda

a Mata de Carneiros, em Tamandaré, e o promontório do Cruzeiro do Reduto, em Rio

Formoso. Destaca-se pela diversidade de ecossistemas, riqueza em espécies da flora e fauna

e grande beleza cênica, atributos ambientais e paisagísticos que a habilitam a abrigar uma

Unidade de Conservação de Proteção Integral, incluindo trechos da bacia do estuário,

mangues e restinga, voltada à preservação de espécies marinhas.

A Subzona do Complexo Ambiental Ilhetas-Mamucabas reúne mangues, restingas e matas

do estuário dos rios Ilhetas e Mamucabas, inclusive as matas da Gia e da Pedra do Conde,

com baixa taxa de ocupação e atividades turísticas de baixo impacto ambiental. A atividade

agrícola está presente em áreas de produção familiar, em assentamentos, e em grandes

fazendas de coqueiros.

2.2.5. ZONA DE PRESERVAÇÃO DA VIDA SILVESTRE

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Localizada no antigo Engenho Saltinho, nome do riacho ali existente de onde é captada água

para o abastecimento de Tamandaré, a Reserva Biológica de Saltinho foi assim estabelecida

em 1983, pelo decreto Federal Nº 88744. Abrange 548 ha, a maior parte em Tamandaré,

com uma pequena extensão no território de Rio Formoso. Sua vegetação é de floresta

ombrófila densa de terras baixas, com expressiva cobertura florestal e elevada riqueza de

flora e fauna. Sua gestão é responsabilidade do Instituto Chico Mendes de Conservação da

Diversidade.

2.3. USOS INCENTIVADOS, TOLERADOS E PROIBIDOS NAS ZONAS E SUBZONAS DA APA DE

GUADALUPE

A consecução dos objetivos gerais e específicos enunciados para zonas e subzonas da APA de

Guadalupe depende da eficácia e da articulação de medidas de promoção e incentivo com

ações de controle e fiscalização, mediadas por ações de informação e educação ambiental.

Os usos e atividades incentivados devem ser objeto de Programas do Plano de Manejo assim

como podem integrar a pauta de projetos a serem acordados e desenvolvidos com parcerias

de órgãos e entidades governamentais e não governamentais.

Algumas das restrições apontadas são válidas para todas as zonas por serem determinadas

por leis federais ou estaduais, com vigência independente do zoneamento. É o caso, por

exemplo, da caça de espécimes da fauna, da destruição ou danos a florestas consideradas de

preservação permanente e dos danos diretos ou indiretos às Unidades de Conservação,

considerados crimes ambientais pela Lei Nº 9605/1998.

Na Zona Marítima objetiva-se impedir os danos diretos e indiretos aos recifes e coibir a

pesca predatória, além de regulamentar o uso do solo nas duas ilhas. A restrição de uso de

determinados petrechos de pesca na subzona dos recifes está fundamentada no impacto

causado, sendo dois deles (arpão, desde que não seja utilizado equipamento para

fornecimento de ar, e rede de espera) tolerados apenas para pescadores cadastrados em

suas Colônias (Quadro 2).

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Na Subzona dos Recifes prevê-se a definição de Setores especiais de proteção da vida

marinha, delimitados posteriormente à publicação do plano de manejo da APA de

Guadalupe, a partir de reuniões de seu conselho consultivo, na qual terão prioridade de voz

os conselheiros diretamente afetados pelas atividades ali desenvolvidas.

O objetivo dos setores é garantir uma adequada recuperação da vida marinha,

compatibilizando-a com o turismo contemplativo no ambiente recifal e a pesca ordenada.

Os setores deverão ser demarcados com bóias e serão de dois tipos: a) de incentivo à pesca

artesanal e b) de incentivo ao turismo contemplativo

Nos setores de incentivo ao turismo contemplativo serão proibidas as formas de pesca que

sejam incompatíveis com essa atividade, notadamente a pesca com arpão e com rede, por

promover risco de acidentes e alterar o comportamento dos peixes.

Nos setores de incentivo à pesca artesanal serão restritas as atividades turísticas que

dificultem a atividade, notadamente a circulação de embarcações a motor, de passeio ou

turismo, o mergulho e a pesca recreativa.

A implementação dos setores de proteção à vida marinha será monitorada como “projeto

piloto” e após 24 meses averiguada a efetividade da ferramenta. Deverão ser utilizadas

áreas com notável potencial turístico e que possam ter a pesca restrita sem comprometer o

meio de vida de pescadores artesanais.

Os pescadores artesanais que reconhecidamente utilizem as áreas escolhidas para compor

os setores especiais terão prioridade na capacitação para melhor utilização da área, frente as

restrições impostas.

Serão planejadas e implementadas trilhas subaquáticas com diferentes níveis de dificuldade

e paisagens, bem como elaborados estudos de capacidade de suporte de cada percurso e

definidos locais para atracar embarcações fora da área dos corais.

Na Subzona de Uso Especial, as restrições de atividades pesqueiras e turísticas são mais

severas, com vistas a avaliar, em longo prazo, o impacto de iniciativa conduzida desde abril

de 1999 (Quadro 3).

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Na Zona de Turismo, Veraneio e Lazer as restrições impostas pelo zoneamento visam

desestimular o aumento da densidade ocupacional e manter a paisagem natural, não só para

conservar a diversidade existente, mas também para resguardar os atributos que fazem essa

zona um destino turístico valorizado do litoral sul de Pernambuco. As restrições mais severas

nas subzonas propostas visam à conservação da paisagem e a valorização dos atributos

turísticos (Quadros 4 e 5).

Na Zona Rural Diversificada, as prioridades de conservação voltaram-se aos fragmentos

florestais e aos recursos hídricos, impondo-se restrições que exigem fiscalização e controle

ambiental efetivos. Há, nessa zona, a necessidade de ações efetivas de restauração

ambiental, notadamente das áreas de preservação permanente e reservas legais e é

importante que os tensores ambientais que possam comprometer a integridade e/ou

recuperação dessas áreas sejam controlados. O uso do fogo como prática agrícola é

considerado tolerável, desde que cumpridas as exigências dispostas em normas próprias

para a queima controlada, exigindo-se aceiros aos quais se deverá dar a necessária

manutenção, de forma a evitar a queima acidental das áreas de mata e de preservação

permanente em recuperação, assim como minimizar o efeito danoso da fumaça e do calor

na fauna e flora local. Espécies exóticas podem ser cultivadas com fins comerciais desde que

precedido de estudo técnico e adoção de medidas preventivas contra invasão biológica

(Quadro 6).

A Zona de Proteção Ambiental Estuarina e Ecossistemas Integrados é que reúne maior

complexidade de ambientes, conjugando muitas características das demais e recebendo

delas forte influência. As restrições do Quadro 7 buscam preservar os ecossistemas naturais,

a biodiversidade e as atividades tradicionais, possibilitar a ocupação e uso ordenados,

potencializando os atributos que possibilitam a ecoturismo, o turismo rural e o veraneio

sustentável. Especial atenção foi dada à circulação de embarcações na área estuarina do Rio

Formoso e seus afluentes, haja vista os problemas de poluição hídrica e sonora,

solapamento de margens (notável às margens do rio Ariquindá), prejuízos à pesca artesanal

e risco à segurança de banhistas (Quadro 8).

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O Quadro 9 sintetiza as atividades permitidas e proibidas na Reserva Biológica de Saltinho,

devendo ser consultado o seu Plano de Manejo (IBAMA, 2003).

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Quadro 2. Usos e atividades incentivados, tolerados e proibidos na Zona Marítima da APA de Guadalupe.

ZONA MARÍTIMA

Objetivos gerais Usos e atividades

Incentivados Tolerados Proibidos

- Conservação da

biodiversidade marinha.

- Proteção aos

ambientes recifais.

- Recuperação do

estoque pesqueiro.

- Ordenamento das

atividades turísticas e

pesqueira.

- Excelente

balneabilidade,

constantemente

monitorada.

- Educação e informação

ambiental por meio de

programas sistemáticos

e permanentes.

I. Adoção de instrumentos e meios de fiscalização adequados para o efetivo cumprimento das leis.

II. Sinalização preventiva e educativa.

III. Monitoramento ambiental e pesquisas aplicadas para avaliar a capacidade de suporte dos recifes.

IV. Ecoturismo marinho. V. Educação ambiental de

pescadores, barqueiros e turistas.

I. Pesca de arpão sem

fornecimento de ar apenas

quando realizada por

pescadores filiados às Colônias

de pescadores da APA.

II. Pesca com rede de espera

apenas quando realizada por

pescadores filiados às Colônias

de pescadores da APA.

III. Circulação de embarcações

autorizadas pelo canal de

navegação na área fechada da

ilha da Barra (Subzona de Uso

Especial)

I.Extração de corais, algas calcárias, substrato recifal, cascalho e areia.

II.Pesca com arpão ou bicheiro, com fornecimento de ar. III.Pesca submarina com arpão ou bicheiro sem fornecimento de ar,

por pessoas não cadastradas nas Colônias de Pescadores da APA. IV. Uso de explosivos ou substâncias químicas que facilitem a pesca. V. Pesca com rede de arrasto e de caceia nos recifes.

VI. Coleta, comercialização e transporte de Hippocampus spp (cavalo-marinho) assim como outros peixes e organismos de características ornamentais.

VII. Captura, comercialização e transporte do mero (Epinephelus

itajara) e tubarão-lixa (Ginglysmostoma cirratum). VIII. Preparo, comercialização e consumo de alimentos nos recifes.

IX. Comércio ambulante nos recifes. X. Ancoragem de embarcações e jet-skys nos recifes.

XI. Construção de qualquer natureza sobre os recifes. XII. Lançamento de resíduos e efluentes de qualquer natureza, sem o

tratamento adequado. XIII. Qualquer forma de ocupação do solo na Ilha do Coqueiro. XIV.Construção fixa ou equipamento

permanente na faixa de praia, medida a partir da linha máxima de preamar (33m em direção ao continente) e impermeabilização do solo em mais de 20% (vinte por centos) da área na Ilha de Santo Aleixo.

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Quadro 3. Objetivos e restrições adicionais nas subzonas da Zona Marítima da APA de Guadalupe.

Subzonas da Zona Marítima da APA de Guadalupe

Subzona Objetivos específicos Restrições adicionais e incentivos especiais

dos Recifes

- Conservação da biodiversidade marinha

- Turismo de mergulho contemplação ordenado e

implementado

- Tráfego de embarcações ordenado

Serão definidos setores especiais, onde o ordenamento da pesca artesanal e do turismo

contemplativo receberá maior incentivo e planejamento.

de Uso

Especial

- Preservação da biodiversidade marinha.

- Restauração das condições ambientais dos recifes.

Proíbe-se:

I. Pisoteio dos recifes

II. Atividade pesqueira com qualquer petrecho.

III. Turismo náutico.

IV. Circulações de barcos não autorizados pelo CEPENE.

Plataforma

Continental

- Tráfego de embarcações ordenado Será estimulada a presença sistemática de agentes de fiscalização da Marinha, em atividades

de natureza informativa e coercitiva.

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Quadro 4. Usos e atividades incentivados, tolerados e proibidos na Zona de Turismo, Veraneio e Lazer da APA de Guadalupe.

ZONA DE TURISMO, VERANEIO E LAZER

Objetivos gerais Usos e atividades

Incentivados Tolerados Proibidos

- Ocupação imobiliária ordenada, aliada à conservação ambiental. - Atividades turísticas adequadas ambientalmente. - Valorização da paisagem e do patrimônio histórico e cultural. - Controle ambiental realizado em parceria com municípios. - Educação ambiental formal e informal, em programas permanentes.

I. Recuperação e preservação das áreas de restinga.

II. Criação de áreas verdes de uso púbico. III. Apoio direto à elaboração e/ou revisão dos

Planos Diretores municipais, com vistas à melhoria dos instrumentos de ordenamento da ocupação do solo urbano.

IV. Valorização das práticas de turismo sustentável e certificação ambiental de hotéis e pousadas.

V. Campanhas de coleta seletiva e destinação adequada, em projetos de reciclagem e compostagem de resíduos orgânicos.

VI. Preservação, valorização e utilização sustentável do patrimônio histórico e cultural como o Forte Santo Ignácio de Loyola, as Igrejas de São Pedro, São José de Botas e São Benedito, em Tamandaré.

VII. -Criação de passeios e trilhas para atrativos de turismo ecológico, tendo como guia a população residente, capacitada para esse fim.

VIII. Capacitação da mão-de-obra para o turismo ecológico.

IX. Educação ambiental informal e apoio à educação ambiental formal.

I. Parcelamentos de terrenos, desde que os lotes não sejam inferiores a 1000m2.

II. Empreendimentos turísticos/ hoteleiros desde que em observância as normas deste zoneamento quanto a ocupação do terreno, com projetos arquitetônicos integrados à paisagem e devidamente licenciados, com especiais cuidados em relação ao sistema de coleta e tratamento de esgotos, reuso da água, coleta e destinação de resíduos sólidos e manutenção de área verde.

I. Edificações definitivas ou qualquer forma de ocupação do solo que impeçam ou dificultem o acesso público às praias e ao mar, que deverá ser garantido a cada 250m.

II. Aterro de maceiós e manguezais. III. Danos ou supressão da vegetação

remanescente de mangues, restinga e floresta ombrófila, em qualquer estágio sucessional, a não ser em casos de utilidade pública ou interesse social, previstos em lei.

IV. Instalação de lixões e aterro, assim como disposição de lixo em locais inadequados.

V. Lançamento, nos cursos de água, de efluentes domésticos e industriais sem tratamento adequado.

VI. Exploração comercial de areia, argila e material rochoso.

VII. Construção fixa ou equipamento permanente na faixa de praia, medida a partir da linha máxima de preamar (33m em direção ao continente).

VIII. Circulação de veículos automotores na faixa de praia, exceto os de serviço público.

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Quadro 5. Objetivos e restrições adicionais nas subzonas da Zona de Turismo, Veraneio e Lazer da APA de Guadalupe.

Subzonas da Zona de Turismo Veraneio e Lazer

Subzonas

Objetivos específicos Restrições adicionais e incentivos especiais

Reserva Natural da Restinga de

Tamandaré

- Preservação da paisagem e da

biodiversidade da restinga.

- Uso público controlado

- Ecoturismo e práticas de

educação ambiental.

I. Edificações, a não ser as necessárias à segurança, serviços e equipamentos básicos de lazer,

não excedendo 5% da extensão de definida como área verde pública.

II. Construções fixas ou equipamento permanente a menos de 100 m da margem do rio

Ariquindá.

III. Introdução de espécies vegetais não nativas para fins produtivos ou paisagísticos.

Terraços marinhos de Gamela e

Guadalupe

- Preservação e valorização da

paisagem.

- Proteção ao relevo litorâneo.

I. Construções definitivas ou temporárias em faixa de 50 a 270 m em direção ao continente,

contados a partir da borda do terraço.

II. Introdução de espécies vegetais não nativas para fins produtivos ou paisagísticos.

Praia dos Carneiros

- Conservação e valorização da

paisagem litorânea.

- Garantia de acesso à praia

aliada à prestação de serviços

públicos de limpeza, segurança

e informações ambientais.

I. Taxa de ocupação superior a 0,3, impermeabilização do lote superior a 35% e gabarito de

construção superior a 3 pavimentos ou 12m.

II. Corte de exemplares de coqueiros sem apresentação de Declaração de Corte e reposição por

igual número de árvores justificadamente abatidas.

III. Edificações de qualquer natureza, mesmo de caráter temporário, na faixa de 50m contados a

partir da preamar máxima.

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Quadro 6. Usos e atividades incentivados, tolerados e proibidos na Zona Rural Diversificada da APA de Guadalupe.

ZONA RURAL DIVERSIFICADA

Objetivos gerais Usos e atividades

Incentivados Tolerados Proibidos

- Propriedades rurais adequadas ambientalmente. - Solos e recursos hídricos conservados e livres de contaminação. - Restauração ambiental das áreas de preservação permanente. - Reservas legais averbadas, restauradas, conservadas e monitoradas. - Fragmentos florestais mapeados, estudados e monitorados. - Desenvolvimento de atividades de ecoturismo, turismo rural e turismo científico. - Estabelecimento de corredores ecológicos entre fragmentos florestais. - Controle da atividade mineradora e de práticas degradadoras do solo e do relevo. - Fiscalização e controle ambiental integrados com extensão rural e defesa sanitária. - Valorização do patrimônio histórico-cultural (material e imaterial).

I. Licenciamento ambiental das atividades agrícolas.

II. Demarcação, averbação e monitoramento do estado de conservação das reservas legais das propriedades rurais e projetos de assentamento.

III. Restauração ambiental das áreas de preservação permanente.

IV. Projetos de compensação ambiental com espécies nativas em áreas de assentamentos rurais.

V. Criação de unidades de conservação incluindo fragmentos florestais remanescentes.

VI. Estabelecimento de corredores ecológicos, melhorando a conectividade entre fragmentos.

VII. Controle biológico de pragas e doenças e cultivo com práticas de conservação do solo.

VIII. Produção agroecológica e comercialização local dos produtos agropecuários.

IX. Produção de sementes e mudas de espécies nativas.

X. Sistemas agroflorestais e silvicultura.

I. Queima da palha da cana para

colheita, desde que autorizada

como queima controlada, em

observância a legislação vigente, e

respeitado o que estabelece as

proibições V e VI deste quadro.

II. A introdução e cultivo, no território

da APA, de espécies vegetais e

animais comerciais exóticas não

invasoras mediante projeto técnico

detalhado, conforme regulamento

da CPRH.

III. Supressão de vegetação em

formações florestais da Mata

Atlântica em estágios inicial e médio

de regeneração apenas em caso de

utilidade pública e interesse social.

IV. Supressão de vegetação em

formações florestais da Mata

Atlântica em estágio avançado de

regeneração e de mangues apenas

em caso de utilidade pública.

I. Corte de árvores, supressão de vegetação e queimadas em fragmentos de Mata Atlântica.

II. Caça, captura e manutenção em cativeiro de espécies da fauna nativa.

III. Supressão da vegetação ou qualquer atividade que traga prejuízo à regeneração natural em áreas de preservação permanente e em áreas de estágio inicial de sucessão de Mata Atlântica.

IV. Cultivo em torno de áreas de vegetação natural sem faixa de proteção de 3,0m contra fogo acidental.

V. Uso do fogo para limpeza de terreno ou queima da palha da cana em locais limítrofes a área de preservação permanente e fragmentos florestais, sem aceiro de 8,0 m, que deve ser mantido limpo e não cultivado durante todo o ano.

VI. Uso do fogo para limpeza de terreno ou queima da palha da cana a menos de 50,0 m dos limites de Reserva Biológica de Saltinho, contados a partir do aceiro de 10,0 m, que deve ser mantido limpo e não cultivado durante todo o ano.

Continua ...

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Quadro 6. Usos e atividades incentivados, tolerados e proibidos na Zona Rural Diversificada da APA de Guadalupe. (Continuação)

ZONA RURAL DIVERSIFICADA

Usos e atividades

Incentivados Tolerados Proibidos

-

XI. Culturas perenes em áreas com declividade

entre 25° e 45°.

XII. Plantios de espécies nativas com fins

conservacionista, ornamental ou extrativista.

XIII. Meliponicultura. XIV. Implantação de unidades de beneficiamento

de produtos agroecológicos e tradicionais. XV. Equipamentos de lazer e turismo,

especialmente rural e ecológico; XVI. Criação de áreas de interesse especial para

valorização do patrimônio histórico e cultural XVII. Monitoramento ambiental participativo e

informação ambiental. XVIII. Capacitação da mão-de-obra para o turismo

e atividades tradicionais do núcleo urbano de Rio Formoso.

XIX. Realocação de ocupações indevidas nas áreas de mangue em Rio Formoso.

XX. Atividades de recreação e turismo fluvial no Rio Formoso.

XXI. Pesquisa em restauração ambiental e diagnósticos da biodiversidade.

V. O uso de agroquímicos

em estrita observância

à legislação vigente,

condicionado a

apresentação prévia

de plano de utilização,

elaborado por técnicos

habilitados,

detalhando princípios

ativos, quantidades

aplicadas, medidas de

segurança, destino de

embalagens e demais

informações julgadas

necessárias à

segurança ambiental,

e de relatórios

semestrais, conforme

regulamento.

VII. Ocupação, mesmo que temporária, de áreas de preservação permanente.

VIII. Utilização de agrotóxicos com Classes I e II de potencial de periculosidade ambiental (PPA), definido conforme Portaria IBAMA Nº 84/1996, nas áreas de preservação permanente e nas definidas como prioritárias para formação de corredores ecológicos. Tais produtos poderão ser excepcionalmente autorizados para o combate de espécies invasoras em áreas de proteção à biodiversidade, conforme regulamento.

IX. Utilização de agrotóxicos das Classes I, II e III de toxidade, definidas na Lei Federal 7802/89 e Decreto 98816/1990, em faixa de 1,0 km (um quilômetro) contígua à Reserva Biológica Saltinho e às áreas de preservação permanente que margeiam os cursos d’água de sua Zona de Amortecimento dessa Reserva Biológica.

X. Lançamento, nos cursos de água e mananciais, de efluentes industriais, domésticos ou de outra natureza, sem tratamento adequado.

XI. Uso de explosivos ou substâncias químicas que facilitem a pesca nos corpos de água.

XII. Culturas de ciclo curto em encostas com declividade superior a 25° (vinte e cinco graus).

XIII. Instalação de lixões bem como deposição inadequada dos resíduos. XIV. Introdução de espécies exóticas animais e vegetais para fins comerciais

sem licença ambiental, concedida após avaliação de estudo ambiental

prévio, realizado de acordo com o termo de referência expedido pela

CPRH.

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Quadro 7. Usos e atividades incentivados, tolerados e proibidos na Zona de Proteção Ambiental estuarina e ecossistemas integrados da APA de Guadalupe.

ZONA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL ESTUARINA E ECOSSISTEMAS INTEGRADOS

Objetivos gerais

Usos e atividades

Incentivados Tolerados Proibidos

- Ecossistemas naturais

preservados.

- Atividades turísticas e

pesqueiras controladas

e monitoradas.

- Ocupação imobiliária

regulada, aliada à

conservação

ambiental.

- Proteção aos corpos

hídricos, inclusive

como forma de evitar

deposição de

sedimentos sobre os

corais na Zona

Marítima.

I. Monitoramento dos recursos hídricos e biológicos estuarinos.

II. Maricultura (reprodução e engorda) com espécies nativas.

III. Meliponicultura e apicultura. IV. Uso de embarcação a vela e a

remo. V. Turismo cultural e ecológico.

VI. Criação e implantação de unidades de conservação abrangendo remanescentes de Mata Atlântica.

VII. Plantios de espécies nativas com fins conservacionista, ornamental ou extrativista.

VIII. Reflorestamento com espécies nativas, em encostas com declividade >25°, em áreas de nascentes e margens de rios.

IX. Preservação da faixa arenosa do rio Ilhetas.

X. Pesquisas científicas voltadas ao inventário da biodiversidade, aos estudos ecológicos e às estratégias de conservação e uso sustentável.

I. Extrativismo tradicional de

moluscos e crustáceos no

manguezal.

II. Atividades eventuais de baixo

impacto ambiental em áreas de

preservação permanente.

III. Cultivo de fruteiras arbóreas

tradicionais, preferencialmente

nativas, em terrenos com

inclinação entre 25 e 45°.

IV. Pesca amadora esportiva,

conforme regulamenta a

Portaria IBAMA Nº 4 de 19 de

março de 2009.

V. Coleta de material biológico,

em conformidade com o

disposto pelo SISBio,

regulamentado pela Instrução

Normativa IBAMA Nº154/2007,

sendo dada ciência à APA,

conforme regulamento.

I. Supressão de vegetação, queimadas e corte de árvores em áreas de restinga, manguezais e floresta ombrófila.

II. Caça, captura e manutenção em cativeiro de espécies da fauna nativa.

III. Aterro do manguezal, incluindo áreas de apicum e salgado. IV. Pesca de tarrafa ou pesca subaquática realizada com ou sem

o auxílio de embarcações, utilizando espingarda de mergulho ou arbalete, tridente ou petrechos similares.

V. Captura do caranguejo com redes. VI. Lançamento de produtos tóxicos no estuário.

VII. Instalação de salinas e viveiros no manguezal, apicuns e salgados.

VIII. Lançamento, no estuário, de efluentes urbanos ou industriais, sem tratamento adequado.

IX. Parcelamento para fins urbanos e ocupação com edificações em áreas permanente ou temporariamente alagadas.

X. Mineração, incluindo extração de areia. XI. Coleta, comercialização e transporte de Hippocampus spp

(cavalo-marinho) e outros peixes e organismos de características ornamentais

XII. Uso de explosivos ou substâncias químicas que facilitem a pesca nos corpos d’água.

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Quadro 8. Objetivos e restrições adicionais nas subzonas da Zona de Proteção Estuarina e Ecossistemas Integrados da APA de Guadalupe.

Subzonas da Zona de Proteção Estuarina e Ecossistemas Integrados Subzona Objetivos

específicos Restrições adicionais

Estuarina do

Rio Formoso

- Proteção integral aos

ecossistemas da bacia do

estuário, mangues e

restingas.

- Controle do tráfego de

embarcações.

- Restauração ambiental e

qualificação turística do

mirante do Reduto.

I. Edificações definitivas ou qualquer forma de ocupação do solo que impeça ou dificulte o acesso público ao rio e ao estuário, que deverá ser garantido a cada 250m.

II. Tráfego de embarcações comerciais não cadastradas. III. Tráfego de embarcações de esporte e/ou recreio e atividades correlatas não comerciais com potência superior a 450 Hp no largo do estuário, a jusante do píer de Mariassu; IV. Tráfego de embarcações de esporte e/ou recreio e atividades correlatas não comerciais com potência superior a 50 Hp a montante do píer de Mariassu. V. Velocidade de embarcações com motor, superior 30 nós no canal de navegação do Rio Formoso e de 3 nós a partir no limite de 200m da beira de praia.

Complexo

Ambiental

Ilhetas-

Mamucabas

- Baixa densidade de

ocupação.

- Desenvolvimento do

ecoturismo e turismo rural.

- Adoção de práticas

agrícolas de baixo impacto

ambiental.

I. Cultivo em torno dos fragmentos florestais sem faixa de proteção contra fogo acidental de 3,0m de largura. II. Uso do fogo para limpeza do terreno.

III. Cultivo de ciclo curto em encostas com declividade superior a 25° (vinte e cinco graus). IV. Parcelamento do solo com lotes inferiores a 1.000m

2.

V. Nas áreas edificáveis, taxa de ocupação superior a 0,2, impermeabilização do solo em mais de 30% da área do lote e gabarito superior a 2 pavimentos ou 8 metros.

VI. Construção fixa ou permanente, na faixa de restinga, de proteção da desembocadura dos rios Ilhetas e Mamucabas. Edificações definitivas ou qualquer forma de ocupação do solo que impeça ou dificulte o acesso público às praias, estabelecido a cada 250 m.

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Quadro 9. Usos e atividades incentivados, tolerados e proibidos na Zona de Preservação da Vida Silvestre – Reserva Biológica de Saltinho da APA de Guadalupe.

ZONA DE PRESERVAÇÃO DA VIDA SILVESTRE DA APA DE GUADALUPE – RESERVA BIOLÓGICA DE SALTINHO

Objetivos gerais Usos e Atividades

Incentivados Tolerados Proibidos - Contribuir para a conservação dos

recifes costeiros da foz do rio

Mamucabas, por meio da conservação

dos recursos hídricos.

- Proteger espécies raras, endêmicas e

ameaçadas de extinção da flora e fauna

nativas.

- Contribuir para a preservação e a

restauração da diversidade da Mata

Atlântica nordestina, ocorrente no

Litoral Sul de Pernambuco.

- Propiciar o desenvolvimento de

pesquisas científicas, estudos e

monitoramento ambiental dos recursos

naturais na Unidade de Conservação.

I. Pesquisa científica,

preferencialmente observacional,

de acordo com normas do ICMBio.

II. Diagnósticos de biodiversidade.

III. Educação ambiental e

interpretação da natureza.

Em conformidade com o estabelecido

pela gestão da unidade.

De acordo com o que estabelece a Lei

Nº 9985/200 e Decreto Nº 4340/2002 e

o Plano de Manejo da Unidade, são

proibidos usos diretos que envolvam

coleta, corte e consumo dos recursos,

bem como qualquer forma de

intervenção que se contraponha aos

objetivos da Unidade de Conservação,

cabendo ao Instituto Chico Mendes de

Conservação da Biodiversidade

autorizar o desenvolvimento das

atividades permitidas.

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Unidade Executora

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3. REFERÊNCIAS

BRASIL. Lei n.º 9605, de 12 de fevereiro de 1998. Estabelece crimes ambientais e punições e

dá outras providências. Diário Oficial da República Federativa do Brasil, Brasília, 28 fev.1998.

BRASIL. Lei no 9.985, de 18 de julho de 2000. Regulamenta o art. 225, § 1o, incisos I, II, III e VII da

Constituição Federal, institui o Sistema Nacional de Unidades de Conservação da Natureza e dá

outras providências. Brasília: Ministério do Meio Ambiente, 2000.

BRASIL. Diretrizes para Visitação em Unidades de Conservação / Ministério do Meio

Ambiente. Secretaria de Biodiversidade e Florestas. Diretoria de Áreas Protegidas. Brasília:

Ministério do Meio Ambiente, 2006.

CAMARGO, J.M.R.; ARAÚJO, T.C.M.; MAIDA, M.; USHIZIMA. T.M. Morfologia da Plataforma

continental Interna Adjacente ao Município de Tamandaré, Sul de Pernambuco – Brasil.

Revista Brasileira de Geofísica, São Paulo, v. 25, supl. 1, p. 79-89, 2007.

PERNAMBUCO. Decreto 19.635, de 13 de março de 1997. Declara como Área de Proteção

Ambiental a região situada nos municípios de Sirinhaém, Rio Formoso, Tamandaré e

Barreiros, e dá outras providências.

PERNAMBUCO. Decreto 21.135, de 16 de dezembro de 1998. Aprova o zoneamento

ecológico-econômico e cria o Conselho Gestor da Área de Proteção Ambiental - APA de

Guadalupe, estabelece mecanismos de gestão ambiental e, das outras providências.

PERNAMBUCO. Decreto 21.972, de 29 de dezembro de 1999. Aprova o Zoneamento

Ecológico Econômico Costeiro _ ZEEC do litoral sul de Pernambuco.

PRÓ-CITTÀ. Plano diretor de Sirinhaém Dimensão Geoambeintal. Vol. III. 71p. 2000.

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Fone/Fax: (81) 3445-7033 – CNPJ: 70.073.275/0001-30 – E-mail: geosistemas@ geosistemas.com.br

__________. Plano diretor de Tamandaré Dimensão Geoambeintal. Vol. III. 93p. 2000.

__________. Plano diretor de Rio Formoso Dimensão Geoambeintal. Vol. III. 98p. 2000.