RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Senhores Acionistas,
Submetemos à apreciação de V.Sas. o relatório da administração e as demonstrações financeiras relativas aos
semestres findos em 30 de junho de 2014 e de 2013, acompanhadas do relatório dos auditores independentes.
Prêmios emitidos
Os prêmios emitidos da Companhia totalizaram no primeiro semestre de 2014 R$ 3.066,7 milhões, aumento de
R$ 408,5 milhões ou 15,4% em relação aos R$ 2.658,2 milhões no primeiro semestre de 2013.
Investimentos
A Companhia fez investimentos, no montante de R$ 155,5 milhões em 2014. Do total investido, R$ 57,5 milhões
foram destinados a terrenos, obras e edificações; R$ 98,0 milhões foram destinados a equipamentos e sistemas
de informática, rastreadores, móveis, veículos e outros investimentos.
Despesas administrativas e com tributos
Em 2014, o índice de despesas administrativas e com tributos sobre os prêmios ganhos foi de 18,8% e em 2013 foi de 20,9%, com redução de 2,1 pontos percentuais. O modelo adotado pela empresa para gestão de custos e os investimentos realizados para otimização de processos e sistemas estão contribuindo para ganhos de eficiência operacional. Isso faz parte da nossa estratégia, que visa obter ganhos contínuos de produtividade, sem impactar negativamente o nível de serviço para clientes e corretores.
Resultado financeiro
As receitas financeiras totalizaram em 2014 R$ 203,6 milhões, com um aumento de R$ 66,3 milhões, ou 48,3% em relação aos R$ 137,3 milhões em 2013 devido a: (i) as receitas com aplicações financeiras totalizaram em 2014 R$ 114,1 milhões, com um aumento de R$ 46,1 milhões, ou 67,8% em relação aos R$ 68,0 milhões em 2013, que decorre do aumento da taxa efetiva para 5,60% em 2014 em relação aos 2,92% em 2013, compensada pela redução de 12,5% nas aplicações financeiras médias para R$ 2.037,5 milhões em 2014, em relação aos R$ 2.328,8 milhões em 2013 e (ii) as outras receitas financeiras totalizaram R$ 89,5 milhões em 2014, com aumento de R$ 20,2 milhões, ou 29,1% em relação aos R$ 69,3 milhões em 2013. As despesas financeiras totalizaram em 2014 R$ 30,9 milhões, com uma redução de R$ 20,7 milhões, ou 40,1% em relação aos R$ 51,6 milhões em 2013.
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Índice combinado
O índice combinado (total de gastos com sinistros retidos, despesas de comercialização, despesas
administrativas e despesas com tributos, sobre prêmios ganhos), em 2014 foi de 91,3%, aumento de 1,1 ponto
percentual em relação aos 90,2% do ano anterior. Esta variação decorre, principalmente, do aumento de 3,1
pontos percentuais no índice de sinistralidade para 50,6% em 2014, em relação aos 47,5% do ano anterior, do
aumento de 0,1 ponto percentual no índice de despesas de comissionamento, para 21,9% em 2014, em relação
aos 21,8% do ano anterior, compensado pela redução de 2,1 pontos percentuais no índice de despesas
administrativas e com tributos, para 18,8% em 2014, em relação aos 20,9% do ano anterior.
O índice combinado ampliado, que inclui o resultado financeiro, em 2014 foi de 86,3%, redução de 1,0 ponto
percentual em relação aos 87,3% do ano anterior.
Lucro líquido do semestre
O lucro líquido totalizou em 2014 R$ 168,8 milhões, registrando um aumento de 34,8% sobre os R$ 125,2
milhões obtidos em 2013.
O lucro por ação foi de R$ 0,38 em 2014 comparado com R$ 0,28 do ano anterior.
Distribuição de dividendos
De acordo com o estatuto são assegurados aos acionistas dividendos mínimos obrigatórios de 25%, calculados
sobre o lucro líquido ajustado, os quais são determinados por ocasião do encerramento do exercício.
RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL
Os conceitos e atributos da Responsabilidade Social e Ambiental sempre estiveram, de alguma maneira, em
pauta nas estratégias corporativas e de negócios da Porto Seguro.
Ao longo dos últimos anos, as iniciativas socioambientais da Companhia têm crescido de forma consistente, um
exemplo disso foi a inclusão deste posicionamento na missão da empresa. Essa conquista e visibilidade fizeram
com que funcionários e demais públicos da Porto Seguro passassem a olhar as atividades e o próprio negócio
com o viés da Sustentabilidade. Seguindo esse novo modelo de atuação, a Sustentabilidade tornou‐se integrada
e sistêmica, voltada a cada um dos inúmeros produtos e serviços, potencializando assim, a leveza e a gentileza
com que a empresa busca atender seus públicos de interesse.
Percebendo a importância do tema, o mercado segurador também se movimentou para consolidar a cultura da
Sustentabilidade. Em junho de 2012 foi lançado o PSI – Princípios para Sustentabilidade em Seguros, uma
iniciativa do Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente/Iniciativa Financeira – UNEP/FI em parceria
com a CNseg (Confederação Nacional das Empresas de Seguros Gerais, Previdência Privada e Vida, Saúde
Suplementar e Capitalização).
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Acreditando que o movimento contribuiria para a formação de uma nova consciência entre as empresas do
setor, ainda em 2012, a Porto Seguro aderiu ao PSI e adotou ações em sinergia com o programa. São elas:
‐ diretriz de Responsabilidade Social e Ambiental que orienta na toma da de decisões;
‐ inserção de cláusula socioambiental em contratos de prestadores;
‐ capacitação e diálogos com funcionários e prestadores sobre questões ambientais, sociais e de governança;
‐ integração dessas questões ao processo de concorrência e seleção de parte da cadeia de fornecedores.
PROJETOS SOCIAIS
Os projetos sociais da Porto Seguro estão fundamentados, principalmente, na educação e capacitação
profissional para contribuir com o desenvolvimento de uma sociedade igualitária e cidadã. Em 2014, destacam‐
se os seguintes projetos:
Programa de voluntariado
Propicia aos funcionários, prestadores e Corretores a oportunidade de praticarem o voluntariado. Acredita‐se
que é preciso estimular, sensibilizar e oferecer ambiente favorável para que as pessoas encontrem sua melhor
maneira de ser voluntário. A estratégia é promover diversas formas de atuação voluntária, sejam individuais ou
coletivas, dentro ou fora do horário de expediente, com crianças, adultos ou idosos.
Neste ano, foram aproximadamente 500 participações voluntárias que atenderam, por meio de ações pontuais
como oficinas socioeducativas, palestras educacionais, atividades de lazer e qualidade de vida, cerca de 1490
pessoas em organizações sociais de todo o Brasil.
Campanhas de arrecadações
Ao longo do ano, são realizadas campanhas de arrecadação por todo o Brasil. No primeiro semestre de 2014,
foram 24866 itens arrecadados entre roupas, sapatos, brinquedos, material escolar, produtos de higiene pessoal
e alimentos. No total foram 20965 pessoas beneficiadas de 106 instituições credenciadas pela Porto Seguro pelo
Brasil.
Instituto Porto Seguro
Inaugurada em 2005, a Casa Campos Elísios Melhor tem o objetivo de promover a educação, a capacitação
profissional e a geração de trabalho e renda exclusivamente para a comunidade de baixa renda.
Em 2014, a Casa Campos Elísios Melhor tornou‐se o Instituto Porto Seguro. A mudança deu‐se com o objetivo de
potencializar o desenvolvimento de projetos socioambientais e culturais da região.
O Instituto tem como foco a atuação em projetos que possam inspirar e envolver os públicos com as quais a
Porto Seguro se relaciona, como funcionários, prestadores, Corretores, acionistas, fornecedores, empresas e
comunidade.
A estrutura é composta por duas frentes: cultural, sob responsabilidade de Ronaldo Celestino, e socioambiental,
sob responsabilidade de Mirian Mesquita.
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A primeira contempla ações de patrocínios culturais, que envolvem espetáculos, exposições, o Prêmio Brasil de
Fotografia, o Teatro e o Espaço Cultural Porto Seguro.
Destacam‐se na segunda, a ampliação das ações de desenvolvimento socioambiental, como: cursos
profissionalizantes, oficinas de geração de renda e meio ambiente, projetos educacionais por meio de leis de
incentivo e atuação voluntária.
Cursos de Capacitação Profissional
Os cursos de capacitação profissional têm por objetivo proporcionar uma melhor condição socioeconômica, por
meio do acesso ao emprego e da valorização individual.
O público atendido é composto de pessoas, entre 16 e 60 anos, em situação de risco e vulnerabilidade social.
Após a conclusão do curso, a Porto Seguro encaminha os alunos que têm aproveitamento satisfatório para o
mercado de trabalho.
No primeiro semestre de 2014 foram capacitadas aproximadamente 290 pessoas nos seguintes cursos: Técnico
Administrativo Básico em Seguros, Auxiliar de Mecânica, Funilaria e Pintura, Orçamentista de Auto, Auxiliar de
Instrumentos de Alarmes Monitorados, Elétrica e Hidráulica, Formação em Portaria, Formação em Recepção e
Socorrista de Auto.
Geração de Renda e Formação Inicial
Os cursos de geração de trabalho e renda estão diretamente ligados aos aspectos qualitativos, de
empregabilidade informal, autônoma e empreendedora. Já a Formação Inicial não está direcionada a
empregabilidade, mas complementa a formação do aluno.
No primeiro semestre de 2014, 576 pessoas participaram dos cursos de Auxiliar de Cabeleireiro, Cabeleireiro
Profissional, Manicure, Montagem e Manutenção de Micros, Informática, Auxiliar de Escritório e Artesanato
(Patchwrok, Pintura em Tecido, Revestimento de Caixas/Decoupage e Biscuit).
O índice de geração de renda, ou seja, o percentual de alunos que conseguem gerar renda em decorrência do
curso realizado, gira em torno de 81%.
Ação Educa ‐ Crianças
O projeto Ação Educa visa o complemento das atividades do ensino formal, por meio de oficinas pedagógicas
pautadas em temas transversais. A ideia é tornar a aprendizagem mais atrativa com a prática de atividades
esportivas e socioculturais despertando assim mais interesse nos conceitos básicos de cooperação e cidadania.
O projeto é destinado a crianças e adolescentes, entre 6 e 15 anos que residem nas imediações do bairro
Campos Elísios, e está dividido em turmas de acordo com a faixa etária. A programação é composta por oficinas
simultâneas como: Esporte Cooperativo, Capoeira, Dança, Música, Incentivo à Leitura e Escrita, Artesanato,
Informática e Futsal. No primeiro semestre de 2014, o projeto atendeu 97 crianças.
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A Casa é Nossa
A Casa é Nossa é um programa de relacionamento do Instituto Porto Seguro que propicia integração entre
alunos e educadores, bem como aproximação com os moradores e organizações sociais da região.
A Casa é Nossa é composta por programação com foco em cultura, cidadania, prevenção à saúde e meio
ambiente.
No primeiro semestre de 2014 foram registradas 728 participações, em atividades como: Capoeira, Futsal e
Dança de Salão.
Associação Crescer Sempre
A Associação Crescer Sempre foi criada em 1998, baseada na observação realizada pelo projeto Parceria
Empresa Escola, mantido pela Porto Seguro. O projeto, que atua nas Escolas Públicas Estaduais de Paraisópolis
desde 1991, identificou que os alunos entravam na 1ª série totalmente despreparados pois o local não possuía
nenhuma escola de educação infantil. Tendo em vista esta real necessidade, foi implantada por esta instituição,
uma escola de educação infantil que atendesse a região.
Durante este processo aconteceram momentos de reflexão, pois a criança não poderia ser vista como membro
isolado e sim como parte integrante da família, que apresentava dificuldades socioeconômicas e culturais.
Concluiu‐se que não bastava atender somente a criança, era importante criar alternativas para o fortalecimento
da família, então foram criados cursos profissionalizantes e de Ensino Médio. No primeiro semestre de 2014,
foram atendidas 460 crianças na Educação Infantil e 95 jovens no Ensino Médio.
Em 2014, o projeto Educação em Parceria atendeu três escolas da rede pública, totalizando:
‐ 2450 alunos no Projeto Informática Educativa;
‐ 95 atendimentos psicológicos e psicopedagógicos;
‐ 42 participações em oficinas de leitura e escrita;
‐118 participações de alunos no Projeto Apoio ao 8º e 9º ano;
‐ 74 professores na formação continuada em Língua Portuguesa e Matemática;
‐ participação de 145 professores em oficinas de desenvolvimento humano;
‐ 120 pessoas formadas nos cursos profissionalizantes em Técnicas Administrativas, Portaria, Recepção,
Informática e Manicure.
PROJETOS AMBIENTAIS
O segmento ambiental da área de Responsabilidade Social e Ambiental da Porto Seguro tem dois eixos de
atuação que são correlacionados: Educação Ambiental e Sistema de Gestão Ambiental.
O objetivo da Educação Ambiental é sensibilizar todos os públicos de interesse (funcionários, Corretores,
prestadores, fornecedores, clientes e comunidade) para a importância das questões socioambientais e engajá‐
los em uma mudança de atitude no dia a dia de suas ações.
O Sistema de Gestão Ambiental (SGA) Porto Seguro tem o objetivo de eliminar riscos ambientais, atender a
legislação aplicável e melhorar o desempenho ambiental da organização e de seus parceiros, além de minimizar
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custos. Desenvolve e implementa ações preventivas e corretivas na empresa e recomendações para parceiros
por meio do estabelecimento de procedimentos, condutas, normas e técnicas que gerenciam os aspectos e
impactos ambientais provenientes de suas atividades.
Projetos de Educação Ambiental
Projeto Abrigo Dom Bosco
A Porto Seguro apoia o ABRIGO DOM BOSCO, mantido pela rede SALESIANOS – Liceu Coração de Jesus. Local de
moradia de catadores que buscam reintegração social por meio da coleta de materiais recicláveis gerados no
centro de São Paulo.
Busca‐se desse modo, equilibrar as ações de preservação ambiental (ao propiciar que materiais voltem para o
ciclo produtivo por meio da reciclagem), inclusão social (ao estimular a participação de cidadãos e combate a
exclusão dos benefícios da vida em sociedade) e geração de renda (ao possibilitar que o grupo tenha retornos
financeiros com a coleta seletiva).
Em 2014, foram desenvolvidos oito encontros com um grupo de dez abrigados que buscou a formação de uma
Cooperativa para potencializar ainda mais a coleta dos materiais. Além disso, promoveu o estímulo à
comunicação entre o grupo, o senso de cooperativismo e organização e a gestão dos resíduos recolhidos. O
projeto também incluiu parcerias com estabelecimentos no centro de São Paulo para ampliar a rede de locais
que disponibilizam materiais ao grupo.
Hora da Terra
Desde 2008, os prédios da Porto Seguro apagam parte de suas luzes, entre 11h30 e 13h30, em prol da
conscientização para o consumo consciente de energia elétrica. A ideia é contribuir com o planeta e usar menos
energia, ajudando a poupar recursos da Terra.
Em 2014, foram economizados 81341,41MWh, equivalente R$ 26.019,65. Esse valor corresponde ao consumo
médio de 452 famílias paulistanas em um mês e ainda representa grande redução de despesa para a Companhia.
Campanhas de Reciclagem de Óleo de Cozinha
A Porto Seguro iniciou a campanha de Coleta e Reciclagem do Óleo de Cozinha, em 2008, com o objetivo
principal de alertar a população sobre as consequências do descarte incorreto de resíduos e mostrar que o
material também pode ser reaproveitado para a reciclagem. Inclusive, o óleo reciclado serve para a produção de
Biodiesel, um combustível renovável, mais limpo do que o diesel comum e que é utilizado de forma indireta em
nossos guinchos de atendimento.
Em 2014, foram coletados 738 litros de óleo de cozinha.
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Campanhas de Reciclagem de Cartões, Pilhas e Baterias
Quando jogados no lixo comum, cartões plásticos ou magnéticos, pilhas e baterias vão parar em aterros
sanitários ou lixões a céu aberto, onde começam a se decompor, contaminando o meio ambiente. Os cartões são
nocivos porque contêm substâncias não biodegradáveis, como chips, tintas e tarjas magnéticas. Já as pilhas e
baterias contêm metais pesados como mercúrio, chumbo, cádmio, níquel, entre outros. Esses elementos são
altamente tóxicos e causam danos ao solo, água, fauna e flora. O objetivo dessa campanha é oferecer aos
clientes e não‐clientes a logística reversa dos materiais, atendendo assim, a Política Nacional de Resíduos
Sólidos. Em 2014, foram coletados 1200 kg de resíduos eletroeletrônicos entre pilhas, baterias e cartões
plásticos.
Sistema de Gestão Ambiental
Programa de Gerenciamento de Resíduos Automotivos
A Porto Seguro está sempre em busca de alternativas para diminuir o impacto de suas atividades no meio
ambiente. Por isso, começou o trabalho dentro da própria casa, ao adotar a coleta seletiva e promover
campanhas para incentivá‐la em suas unidades.
Um segundo passo foi encontrar uma maneira de ajudar nossos parceiros a deixarem seus negócios mais
sustentáveis. Com isso, nasceu o Programa de Gerenciamento de Resíduos Automotivos, que é o descarte
correto da sucata automotiva ‐ isenta de óleo, tintas, graxas e solventes‐ proveniente dos Centros Automotivos
da Porto Seguro e de algumas oficinas referenciadas.
Em 2014, foram recicladas cinco toneladas de papelão, sete toneladas de plásticos, uma tonelada de alumínio e
144 toneladas de ferro e aço provenientes das oficinas referenciadas e Centros Automotivos Porto Seguro.
Programa de Coleta Seletiva
O objetivo é destinar os materiais recicláveis gerados na Porto Seguro para reciclagem, por meio de projetos
sociais e cooperativas que realizem a venda dos materiais direto para a indústria, visando a geração de trabalho
e renda, além de possibilitar a inclusão e transformação social.
No Complexo Matriz e Sucursais da Grande São Paulo os materiais recicláveis e orgânicos são retirados por uma
empresa transportadora de resíduos. Àqueles orgânicos são destinados para aterros sanitários e os recicláveis
são encaminhados para uma cooperativa que separa o material e vende para indústrias recicladoras.
Nas demais sucursais e regionais são realizadas parcerias locais com cooperativas, prefeituras e empresas
especializadas em gerenciamento de resíduos a fim de se implantar o processo completo da coleta seletiva.
Em 2014, 399 toneladas de resíduos foram destinadas adequadamente, sendo 106 toneladas destinadas à
reciclagem por meio de cooperativas.
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Perspectivas
No cenário internacional, o início do primeiro semestre de 2014 registrou uma certa frustração com o ritmo de
crescimento da economia mundial, em particular com os Estados Unidos afetados por um inverno rigoroso,
enquanto as medidas restritivas de crédito na China ameaçaram gerar uma nova desaceleração da economia
asiática. Indicadores mais recentes dão conta que os fundamentos dessas economias seguem consistentes com
um quadro de crescimento mais vigoroso para o restante deste ano.
Na Europa, embora o temor de que a inflação muito baixa reflita uma fraqueza econômica da região, o processo
de recuperação seguirá em curso, ainda que de forma irregular e volátil. Os conflitos geopolíticos na região
afetam negativamente o ambiente de negócios, mas não deverão ser duradouros e, consequentemente, se
mostrarão limitados sobre o desempenho da região.
No Brasil, a atividade continuou frustrando e a inflação segue próximo no teto da meta. Para a segunda metade
do ano, a expectativa é que a atividade siga desacelerando e registre crescimento, medido pelo PIB, inferior ao
de 2013.
A inflação seguirá persistentemente elevada e deverá registrar variação próxima a 6,5% no final deste ano e
superará a alta de 5,9% registrada em 2013.
Diante do quadro de desaceleração adicional da atividade e inflação elevada, o Banco Central deverá manter a
Selic no patamar de 11% nos próximos meses. O modelo adotado pela empresa para gestão de custos e os investimentos realizados para otimização de
processos e sistemas estão contribuindo para ganhos de eficiência operacional. Isso faz parte da nossa
estratégia, que visa obter ganhos contínuos de produtividade, sem impactar negativamente o nível de serviço
para clientes e corretores.
Portanto, a Companhia dará continuidade à busca de crescimento com lucratividade, mantendo subscrições
conservadoras por meio de linhas produtos lucrativas em áreas geográficas favoráveis, mantendo os
investimentos e a qualificação dos processos de atendimentos a corretores e clientes e a gestão de custos
administrativos.
Agradecimentos
Registramos nossos agradecimentos aos corretores e segurados pelo apoio e pela confiança demonstrados, e
aos funcionários e colaboradores pela contínua dedicação. Aproveitamos também para agradecer às autoridades
ligadas às nossas atividades, em especial aos representantes da SUSEP.
São Paulo, 14 de agosto de 2014.
A Administração
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Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Balanços patrimoniais em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013
(em milhares de reais)
ATIVONota
explicativa
Junho
de 2014
Dezembro de
2013PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Nota
explicativa
Junho de
2014
Dezembro de
2013
Circulante 3.519.899 4.382.127 Circulante 4.287.650 4.458.057
Disponível 24.112 30.929 Contas a pagar 323.702 662.026
Caixa e bancos 24.112 30.929 Obrigações a pagar 17.1 117.870 481.268
Equivalentes de caixa 5 26.429 130.875 Impostos e encargos sociais a recolher 17.2 110.040 113.046
Aplicações 6.1.1 819.080 1.491.626 Encargos trabalhistas 17.3 60.599 55.670
Créditos das operações com seguros e resseguros 1.406.701 1.494.374 Impostos e contribuições 9.3 23.707 276
Prêmios a receber 7.1 1.396.290 1.486.123 Outras contas a pagar 17.4 11.486 11.766
Operações com seguradoras 161 161 Débitos de operações com seguros e resseguros 421.740 426.873
Operações com resseguradoras 10.250 8.090 Prêmios a restituir 763 915
Outros créditos operacionais 7.2 388.955 349.993 Operações com seguradoras 300 300
Ativos de resseguro ‐ provisões técnicas 65.941 72.175 Operações com resseguradoras 41.819 43.000
Títulos e créditos a receber 117.083 183.433 Corretores de seguros e resseguros 18 373.599 376.231
Títulos e créditos a receber 8 35.476 32.352 Outros débitos operacionais 5.259 6.427
Créditos tributários e previdenciários 9.1 16.528 89.379 Depósitos de terceiros 19 58.022 63.072
Outros créditos 11 65.079 61.702 Provisões técnicas ‐ seguros 20 3.484.186 3.306.086
Outros valores e bens 12 73.982 44.995 Danos 20.1 3.243.653 3.068.184
Bens a venda 52.930 30.391 Pessoas 20.2 149.459 153.327
Outros valores 21.052 14.604 Vida individual 20.3 91.074 84.575
Despesas antecipadas 17.791 6.436
Custos de aquisição diferidos 13 579.825 577.291 Passivo não circulante 974.867 931.862
Seguros 579.825 577.291
Contas a pagar 87.989 81.972
Ativo não circulante 4.226.156 3.498.829 Obrigações a pagar 17.1 18.155 16.998
Tributos diferidos 9.2.2 69.834 64.974
Realizável a longo prazo 2.446.534 1.777.677 Provisões técnicas ‐ seguros 20 19.951 19.933
Aplicações 6.1.1 e 6.1.2 1.150.447 534.660 Danos 20.1 18.456 18.454
Ativos de resseguro ‐ provisões técnicas 732 823 Pessoas 20.2 620 615
Títulos e créditos a receber 1.291.070 1.237.914 Vida individual 20.3 875 864
Títulos e créditos a receber 8 1.554 3.677 Outros débitos 866.927 829.957
Créditos tributários e previdenciários 9.1 193.295 177.237 Provisões judiciais 21 866.927 829.957
Depósitos judiciais e fiscais 10 1.090.714 1.051.959
Outros créditos operacionais 11 5.507 5.041 Patrimônio líquido 22 2.483.538 2.491.037
Despesas antecipadas 30 30 Capital social 830.000 830.000
Custos de aquisição diferidos 13 4.255 4.250 Aumento de capital (em aprovação) 280.000 ‐
Seguros 4.255 4.250 Reservas de reavaliação 92.521 93.183
Reservas de lucros 1.094.076 1.554.076
Investimentos 339.434 377.716 Ajustes de avaliação patrimonial 17.465 13.778
Participações societárias 14 339.434 377.716 Lucros acumulados 169.476 ‐
Imobilizado 15 1.144.122 1.091.736
Imóveis de uso próprio 838.385 825.222
Bens móveis 187.557 184.262
Outras imobilizações 118.180 82.252
Intangível 16 296.066 251.700
Outros intangíveis 296.066 251.700
TOTAL ATIVO 7.746.055 7.880.956 TOTAL DO PASSIVO E PATRIMÔNIO LÍQUIDO 7.746.055 7.880.956
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras. 11
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações dos resultados para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013
(em milhares de reais, exceto para informações sobre lucro por ação)
Nota
explicativa 2014 2013
Prêmios emitidos 3.066.698 2.658.151
Variações das provisões técnicas de prêmios 23 (136.938) (60.146)
Prêmios ganhos 24 2.929.760 2.598.005
Receitas com emissão de apólices 6.673 4.249
Sinistros ocorridos 25 (1.483.553) (1.234.612)
Custos de aquisição 26 (642.955) (566.626)
Outras receitas e despesas operacionais 27 (156.657) (133.518)
Resultado com resseguro (11.359) (2.324)
Receitas com resseguro 19.061 23.730
Despesas com resseguro (30.420) (26.054)
Despesas administrativas 28 (535.713) (472.478)
Despesas com tributos 29 (13.866) (69.584)
Resultado financeiro 30 172.728 85.651
Resultado patrimonial 31 27.965 17.879
Resultado operacional 293.023 226.642
Ganhos ou perdas com ativos não correntes 799 (145)
Resultado antes dos impostos e participações 293.822 226.497
Imposto de renda 9.4 (50.582) (45.788)
Contribuição social 9.4 (34.870) (27.892)
Participações sobre o lucro (39.556) (27.600)
Lucro líquido do semestre 168.814 125.217
Quantidade de ações (mil) 440.165 440.165
Lucro líquido por ação ‐ R$ 0,38 0,28
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações dos resultados abrangentes para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013
(em milhares de reais)
2014 2013
Lucro líquido do semestre 168.814 125.217
Outros resultados abrangentes 3.687 (212)
Ajustes de títulos e valores mobiliários (*) 18.290 (4.137)
Efeitos tributários sobre ajustes de títulos e valores mobiliários (40%) (7.316) 1.655
Ajustes acumulados de conversão (7.287) 2.270
Total dos resultados abrangentes para o semestre, líquido dos efeitos tributários 172.501 125.005
Atribuível a
Acionistas da Companhia 172.501 125.005
(*) Referem‐se aos ganhos não realizados da Companhia no valor de R$ 16.068 e de sua controlada Porto Vida no valor de R$ 2.222.
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
13
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações das mutações do patrimônio líquido para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013
(em milhares de reais, exceto para informação sobre dividendos por ação)
Capital Lucros
social Capital Reavaliação Lucros acumulados Total
Saldos em 31 de dezembro de 2012 750.000 50.000 10.631 94.507 912.231 12.843 ‐ 1.830.212
Pagamento dividendos adicionais ‐ ano anterior (R$ 0,30 por ação) ‐ ‐ ‐ ‐ (134.117) ‐ ‐ (134.117) Aumento de capital: AGO/E de 28/03/2013 22 a ‐ 30.000 (10.631) ‐ (19.369) ‐ ‐ ‐ Portaria SUSEP nº 5.152 de 15/02/2013 22 a 50.000 (50.000) ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ Reserva de reavaliação Realização 22 b ‐ ‐ ‐ (662) ‐ ‐ 662 ‐ Ajustes de avaliação patrimonial 22 d ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ (212) ‐ (212) Lucro líquido do semestre ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 125.217 125.217
Saldos em 30 de junho de 2013 800.000 30.000 ‐ 93.845 758.745 12.631 125.879 1.821.100
Saldos em 31 de dezembro de 2013 830.000 ‐ ‐ 93.183 1.554.076 13.778 ‐ 2.491.037
Pagamento dividendos adicionais ‐ ano anterior (R$ 0,41 por ação) 22 e ‐ ‐ ‐ ‐ (180.000) ‐ ‐ (180.000) Aumento de capital: AGO/E de 31/03/2014 22 a ‐ 280.000 ‐ ‐ (280.000) ‐ ‐ ‐ Reserva de reavaliação
Realização 22 b ‐ ‐ ‐ (662) ‐ ‐ 662 ‐ Ajustes de avaliação patrimonial 22 d ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 3.687 ‐ 3.687 Lucro líquido do semestre ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ 168.814 168.814
Saldos em 30 de junho de 2014 830.000 280.000 ‐ 92.521 1.094.076 17.465 169.476 2.483.538
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Reservas deNota
explicativa
Aumento de capital
(em aprovação)Ajustes de avaliação
patrimonial
14
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Demonstrações dos fluxos de caixa para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013
(em milhares de reais)
2014 2013
Atividades operacionais
Lucro líquido do semestre 168.814 125.217
Ajustes para:
Depreciações e amortizações 56.544 44.679
Perda (Reversão de perdas) por redução ao valor recuperável dos ativos 4.049 256
Perda (Ganho) na alienação de imobilizado e intangível 800 (1.751)
Resultado de equivalência patrimonial (24.270) (14.383)
Variação nas contas patrimoniais:
Ativos financeiros ‐ aplicações 56.759 (8.244)
Créditos das operações de seguros e resseguros 83.624 96.847
Ativos de resseguro 6.325 (8.711)
Créditos fiscais e previdenciários 71.892 5.681
Ativo fiscal diferido (15.099) (31.850)
Depósitos judiciais e fiscais (38.755) (59.635)
Despesas antecipadas (11.355) (11.314)
Custos de aquisição diferidos (2.539) (1.892)
Outros ativos (72.794) (77.772)
Impostos e contribuições 98.169 80.301
Outras contas a pagar (355.738) (50.055)
Débitos de operações com seguros e resseguros (5.133) 39.722
Depósitos de terceiros (5.050) 11.704
Provisões técnicas ‐ seguros e resseguros 178.118 (1.682)
Provisões judiciais 36.970 65.912
Outros passivos 9.641 13
Caixa gerado/(consumido) pelas operações
Recebimento de dividendos 56.599 134.087
Imposto sobre o lucro pagos (74.738) (75.978)
Caixa líquido gerado nas atividades operacionais 222.833 261.152
Atividades de investimento
Recebimento pela venda:
Imobilizado 1.408 3.649
Pagamento pela compra:
Imobilizado (89.790) (113.076)
Intangível (65.714) (44.144)
Caixa líquido consumido nas atividades de investimento (154.096) (153.571)
Atividades de financiamento
Distribuição de dividendos e juros sobre o capital próprio (180.000) (134.117)
Caixa líquido consumido nas atividades de financiamento (180.000) (134.117)
Redução líquida de caixa e equivalentes de caixa (111.263) (26.536)
Caixa e equivalentes de caixa no início do semestre 161.804 180.852
Caixa e equivalentes de caixa no final do semestre 50.541 154.316
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
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Demonstrações do valor adicionado para os semestres findos em 30 de junho de 2014 e 2013
(em milhares de reais)
2014 2013
Receitas 3.077.564 2.658.177
Receitas com operações de seguros 3.066.698 2.658.151
Outras 8.659 1.515
Redução ao valor recuperável 2.207 (1.489)
Variações das provisões técnicas (146.341) (73.357)
Operações de seguros (*) (146.341) (73.357)
Receita líquida operacional 2.931.223 2.584.820
Benefícios e sinistros (1.467.740) (1.210.915)
Sinistros (*) (1.467.740) (1.210.915)
Insumos adquiridos de terceiros (893.639) (774.244)
Materiais, energia e outros (118.999) (107.297)
Serviços de terceiros, comissões líquidas (*) (781.284) (684.097)
Variação das despesas de comercialização diferidas 5.845 18.810
Perda de valores ativos 799 (1.660)
Valor adicionado bruto 569.844 599.661
Depreciação e amortização (56.544) (44.679)
Valor adicionado líquido produzido pela entidade 513.300 554.982
Valor adicionado recebido/cedido em transferência 219.678 142.254
Receitas financeiras 207.298 140.637
Resultado de equivalência patrimonial 24.270 14.383
Outras (11.890) (12.766)
Valor adicionado total a distribuir 732.978 697.236
Distribuição do valor adicionado 732.978 697.236
Pessoal 372.084 320.029
Remuneração direta 229.361 200.057
Benefícios 125.464 105.157
F.G.T.S 17.259 14.815
Impostos, taxas e contribuições 158.818 199.158
Federais 158.757 195.570
Municipais 61 3.588
Remuneração de capitais de terceiros 33.262 52.832
Juros 18.985 38.724
Aluguéis 14.277 14.108
Remuneração de capitais próprios 168.814 125.217
Lucros retidos do semestre 168.814 125.217
(*) Os valores apresentados estão líquidos de resseguro.
As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras.
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
16
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais Notas explicativas da Administração às demonstrações financeiras em 30 de junho de 2014 (em milhares de reais, exceto quando indicado de outra forma)
1. Contexto operacional
A Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais (“Companhia”) é uma sociedade por ações de
capital fechado constituída em 06 de setembro de 1945, autorizada a operar pelo Decreto nº
20.138 de 06 de dezembro de 1945, localizada na Av. Rio Branco, 1.489 em São Paulo (SP) ‐
Brasil. Tem por objeto social a exploração de seguros de danos, pessoas e vida individual em
qualquer das suas modalidades ou formas conforme definido na legislação vigente, operando
por meio de sucursais em todo território nacional. A Companhia é uma controlada direta da
Porto Seguro S.A. a qual possui ações negociadas no Novo Mercado da BM&FBOVESPA, sob a
sigla PSSA3.
2. Resumo das principais políticas contábeis
As principais políticas contábeis utilizadas na preparação das demonstrações financeiras
intermediárias estão demonstradas a seguir. Essas políticas foram aplicadas consistentemente
para todos os períodos comparativos apresentados, exceto quando indicado o contrário.
2.1 Base de preparação
A elaboração das demonstrações financeiras intermediárias requer que a Administração use
julgamento na determinação e no registro de estimativas contábeis. Os ativos e passivos
significativos sujeitos a essas estimativas e premissas envolvem, entre outros, a determinação:
(i) do valor justo de ativos financeiros, (ii) dos valores das provisões técnicas (iii) da provisão
para redução ao valor recuperável de créditos (“impairment”), (iv) da realização do imposto de
renda e contribuição social diferidos, e (v) das provisões para processos judiciais. A liquidação
das transações que envolvem essas estimativas poderá ser efetuada por valores diferentes dos
estimados em razão de imprecisões inerentes ao processo de sua determinação.
A Companhia revisa essas estimativas e premissas periodicamente (vide nota explicativa nº 3).
As demonstrações financeiras intermediárias foram preparadas segundo a premissa de
continuação dos negócios da Companhia em curso normal.
A emissão destas demonstrações financeiras intermediárias foi autorizada pela Administração
em 14 de agosto de 2014.
17
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.1.1 Demonstrações financeiras intermediárias
As demonstrações financeiras intermediárias da Companhia foram elaboradas e estão sendo
apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, aplicáveis às entidades
supervisionadas pela Superintendência de Seguros Privados ‐ SUSEP, com base nas disposições
contidas na Lei das Sociedades por Ações, e normas expedidas pelo Conselho Nacional de
Seguros Privados ‐CNSP e pela SUSEP , segundo critérios estabelecidos pelo plano de contas
instituído pela Circular SUSEP nº 483/14, e de acordo também com as práticas contábeis
expedidas pelo Comitê de Pronunciamentos Contábeis ‐ CPC, aprovadas pela SUSEP, no que
não contrariam as disposições contidas nesta circular. Essas demonstrações financeiras
seguem os princípios de “demonstrações intermediárias”, de acordo com o CPC 21 (R1).
As demonstrações financeiras consolidadas da Companhia e suas controladas não estão sendo
apresentadas para a data base 30 de junho de 2014, conforme facultado pela SUSEP. Contudo,
as demonstrações financeiras consolidadas do grupo Porto Seguro foram apresentadas pela
sua controladora Porto Seguro S.A., conforme CPC 36 (R3) ‐ Demonstrações Consolidadas.
Conforme previsto na Circular SUSEP nº 483/14, em 30 de junho de 2014 a Companhia optou por apresentar a Demonstração de Fluxo de Caixa pelo método indireto. Dessa forma, essa demonstração do semestre findo em 30 de junho de 2013, previamente apresentada pelo método direto, está sendo reapresentada.
2.2 Moeda funcional e de apresentação
As demonstrações financeiras da Companhia são apresentadas em reais (R$), que é sua moeda
funcional e de apresentação. Para determinação da moeda funcional é observada a moeda do
principal ambiente econômico em que a Companhia opera.
(a) Transações e saldos em moeda estrangeira
As transações denominadas em moeda estrangeira são convertidas para a moeda funcional da
Companhia utilizando‐se as taxas de câmbio da data das transações. Ganhos ou perdas de
conversão de saldos resultantes da liquidação de tais transações são reconhecidos no
resultado do exercício, exceto quando reconhecidos no patrimônio como resultado de itens de
operação no exterior caracterizada como investimento no exterior.
O resultado e o balanço patrimonial da controlada Porto Uruguai (cuja moeda funcional é o
Peso uruguaio) são convertidos para a moeda de apresentação da Companhia da seguinte
forma: (i) ativos e passivos são convertidos pela taxa de câmbio de fechamento da data de
encerramento do balanço; (ii) receitas e despesas são convertidas pela taxa de câmbio média
do exercício (exceto se a média dessa taxa não corresponder a uma aproximação razoável para
tal propósito); e (iii) todas as diferenças de conversão de balanço dessas controladas são
referidas como um componente separado do patrimônio líquido.
18
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.3 Caixa e equivalentes de caixa
Incluem os depósitos bancários e outros investimentos de curto prazo de alta liquidez, com
vencimentos originais de até três meses, e com risco insignificante de mudança de valor.
2.4 Ativos financeiros
(a) Classificação e mensuração
A Administração da Companhia determina a classificação de seus ativos financeiros no seu
reconhecimento inicial. A classificação depende da finalidade para a qual os ativos financeiros
foram adquiridos/constituídos, os quais são classificados nas seguintes categorias:
(i) Ativos financeiros mensurados ao valor justo por meio do resultado ‐ Títulos para
negociação
A Companhia classifica nesta categoria os ativos financeiros cuja finalidade e estratégia de
investimento são manter negociações ativas e frequentes. Os ganhos ou as perdas decorrentes
de variações do valor justo são registrados imediatamente e apresentados na demonstração
do resultado em “Resultado financeiro” no momento em que ocorrem.
(ii) Títulos disponíveis para venda
São instrumentos financeiros não derivativos reconhecidos pelo seu valor justo. Os juros
destes títulos, calculados com o uso do método da taxa efetiva de juros, são reconhecidos na
demonstração do resultado em “Resultado financeiro”. A variação no valor justo (ganhos ou
perdas não realizados) é lançada contra o patrimônio líquido, na conta “Ajustes de avaliação
patrimonial”, sendo realizada contra o resultado por ocasião da sua efetiva liquidação ou por
perda considerada permanente (“impairment”).
(iii) Empréstimos e recebíveis
Incluem‐se nesta categoria os recebíveis (prêmios a receber de segurados e recebíveis de
resseguro) que são ativos financeiros não derivativos com pagamentos fixos ou determináveis,
não cotados em um mercado ativo. Esses recebíveis são contabilizados pelo custo amortizado,
usando o método da taxa efetiva de juros, e são avaliados por “impairment” a cada data de
balanço (vide nota explicativa nº 2.6.1).
(b) Determinação de valor justo de ativos financeiros
Os valores justos dos investimentos com cotação pública são registrados com base em preços
de negociação. Para os ativos financeiros sem mercado ativo ou cotação pública, a Companhia
estabelece o valor justo por meio de técnicas de avaliação. Essas técnicas incluem o uso de
operações recentes contratadas com terceiros; a referência a outros instrumentos que são
substancialmente similares, fazendo o maior uso possível de informações geradas pelo
19
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
mercado e o mínimo possível de informações geradas pela Administração. O valor justo dos
ativos classificados como “Títulos para negociação” e “Títulos disponíveis para venda” baseia‐
se na seguinte hierarquia:
Nível 1: preços cotados e não ajustados, em mercados ativos para ativos idênticos.
Nível 2: classificado quando se utiliza uma metodologia de fluxo de caixa descontado
ou outra metodologia para precificação do ativo com base em dados de mercado e
quando todos esses dados são observáveis no mercado aberto.
Nível 3: ativo que não seja com base em dados observáveis do mercado, quando a
Companhia utiliza premissas internas para a determinação de sua metodologia e
classificação.
2.5 Ativos de resseguro
Os ativos de resseguro são os valores a receber de resseguradores e os valores das provisões
técnicas de resseguro (ativo), avaliados consistentemente com os saldos associados aos
passivos de seguro que foram objeto de resseguro. Os valores a serem pagos a resseguradores
são compostos substancialmente por prêmios pagáveis em contratos de cessão de resseguro.
Quaisquer ganhos ou perdas originados na contratação inicial de resseguro são amortizados
durante o período de vigência do risco dos contratos.
As perdas por “impairment”, quando aplicáveis, são avaliadas utilizando‐se metodologia
similar àquela aplicada para ativos financeiros (vide nota explicativa nº 2.6). Essa metodologia
também leva em consideração disputas e casos específicos que são analisados pela
Administração quanto à documentação e ao trâmite do processo de recuperação com os
resseguradores.
2.6 Análise de recuperação de ativos (“impairment”)
2.6.1 Ativos financeiros avaliados ao custo amortizado (prêmios a receber de segurados)
A Companhia avalia constantemente se há evidência de que um determinado ativo classificado
na categoria de empréstimos e recebíveis (ou grupo de ativos) esteja deteriorado (“impaired”).
Caso um ativo financeiro seja considerado deteriorado, a Companhia somente registra a perda
no resultado do exercício se houver evidência objetiva de perda como resultado de um ou
mais eventos que ocorram após a data inicial de reconhecimento do ativo financeiro e se o
valor da perda puder ser mensurado com confiabilidade pela Administração. As perdas são
registradas e controladas em uma conta retificadora do ativo. Para a análise de “impairment”,
a Companhia utiliza diversos fatores observáveis que incluem:
20
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Base histórica de perdas e inadimplência.
Quebra de contratos, como inadimplência ou atraso nos pagamentos.
Para avaliação de “impairment” de ativos financeiros classificados nesta categoria a
Companhia utiliza a metodologia de perda incorrida, que considera a existência de evidência
objetiva de “impairment” para ativos individualmente significativos. Se for considerado que
não existe tal evidência, a Companhia os inclui em um grupo de ativos com características de
risco de crédito similares (tipos de contrato de seguro) e os testa em uma base agrupada. Para
o teste agrupado a Companhia utiliza a metodologia conhecida como “modelo de rolagem”. Os
ativos individualmente significativos que são avaliados por “impairment” em uma base
individual não são incluídos na base de cálculo de “impairment” agrupado.
2.6.2 Ativos financeiros disponíveis para a venda
A Companhia avalia a cada data de balanço se há evidência objetiva de que um ativo
classificado como disponível para a venda está individualmente deteriorado. Caso tal evidência
exista, a perda acumulada (avaliada como a diferença entre o custo de aquisição e o valor de
mercado atual do ativo, menos quaisquer perdas por “impairment” registradas previamente) é
removida do patrimônio líquido e reconhecida imediatamente no resultado. Perdas por
“impairment” em instrumentos de capital que são registradas no resultado do exercício não
são revertidas em exercícios subsequentes.
2.6.3 Ativos não financeiros
Os ativos que estão sujeitos à depreciação e amortização, tais como intangíveis com vida útil
definida e imobilizados são revisados para a verificação de “impairment” sempre que eventos
ou mudanças nas circunstâncias indicarem que o valor contábil pode não ser recuperável. Uma
perda é reconhecida no valor pelo qual o valor contábil do ativo excede seu valor recuperável.
Este último é o valor mais alto entre o valor justo de um ativo menos os custos de venda e o
seu valor em uso.
Para fins de avaliação do “impairment” os ativos são agrupados nos níveis mais baixos para os
quais existam fluxos de caixa identificáveis separadamente, chamadas de Unidades Geradoras
de Caixa ‐ UGCs. As UGCs são determinadas e agrupadas pela Administração com base na
distribuição geográfica dos seus negócios e com base nos serviços e produtos oferecidos, nos
quais são identificados fluxos de caixa específicos. Os ativos não financeiros que tenham
sofrido “impairment” são revisados subsequentemente para a análise de uma possível
reversão do “impairment”.
2.7 Bens à venda
A Companhia detém certos ativos circulantes que são mantidos para a venda como estoques
de bens salvados recuperados após o pagamento de sinistros aos segurados. Esses ativos são
21
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
avaliados ao valor realizável, líquido das despesas que são de responsabilidade do comprador,
como despesas de leilão do bem.
2.8 Direito de comercialização
A Companhia adquiriu certos direitos de comercialização de seus produtos em diversos canais
de vendas nas atividades comerciais de varejo. O valor pago por esses direitos, acrescido dos
custos diretos incrementais da transação, são amortizados pelo prazo contratual.
2.9 Custo de aquisição diferido (DAC)
As comissões sobre prêmios emitidos e os custos diretos de angariação são diferidos e
amortizados de acordo com o prazo de vigência das apólices e são registrados na conta
“Custos de aquisição diferidos”. A Companhia não difere custos indiretos de comercialização.
2.10 Participações societárias
A Companhia possui investimentos em sociedades controladas, avaliadas pelo método de
equivalência patrimonial. Considera‐se controlada a sociedade na qual a Companhia,
diretamente ou através de outras controladas, é titular de direitos de sócio ou acionistas que
lhe assegurem o poder e a capacidade de dirigir as atividades relevantes das sociedades,
afetando, inclusive, seus retornos sobre estas, e quando houver o direito sobre os retornos
variáveis das sociedades.
2.11 Ativo intangível
Compreende “softwares” e sistemas de computadores adquiridos que são reconhecidos e
amortizados conforme sua vida útil. Os gastos com aquisição e implantação de “softwares” e
sistemas são reconhecidos como ativo quando há evidências de geração de benefícios
econômicos futuros, considerando sua viabilidade econômica. As despesas relacionadas à
manutenção de “software” são reconhecidas no resultado do exercício quando incorridas.
A amortização do ativo intangível com vida útil definida é efetuada segundo o método linear e
conforme o período de vida útil estimada dos ativos. As taxas de amortização utilizadas pela
Companhia estão divulgadas na nota explicativa nº 16.
2.12 Ativo imobilizado de uso próprio
Compreende imóveis de uso próprio, equipamentos, móveis, máquinas e utensílios e veículos
utilizados na condução dos negócios da Companhia. O imobilizado de uso é demonstrado ao
custo histórico, reduzido por depreciação acumulada do ativo (exceto para terrenos que não
são depreciados) até a data das demonstrações financeiras. O custo histórico desse ativo
compreende gastos diretamente atribuíveis para a aquisição dos itens capitalizáveis a fim de
que o ativo esteja em condições de uso.
22
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Gastos subsequentes são capitalizados ao valor contábil do ativo imobilizado ou reconhecidos
como um componente separado do ativo imobilizado somente quando é provável que
benefícios futuros econômicos associados com o item do ativo fluirão para a Companhia e esse
gasto possa ser avaliado com confiabilidade. Todos os outros gastos de reparo ou manutenção
são registrados no resultado conforme incorridos.
A depreciação do ativo imobilizado é efetuada segundo o método linear e conforme o período
de vida útil estimada dos ativos. As taxas de depreciação utilizadas pela Companhia estão
divulgadas na nota explicativa nº 15.
O valor residual e a vida útil dos ativos são revisados e ajustados, se necessário, a cada data de
balanço. O valor contábil de um item do ativo imobilizado é baixado imediatamente se o valor
recuperável do ativo for inferior ao valor contábil do ativo.
2.13 Contratos de arrendamento mercantil (“leasing”)
Os arrendamentos nos quais uma parcela significativa dos riscos e benefícios da propriedade é
retida pelo arrendador são classificados como arrendamentos operacionais. Os pagamentos
efetuados para arrendamentos operacionais são registrados como despesa do exercício pelo
método linear durante o período do arrendamento. Os arrendamentos nos quais a Companhia
detém, substancialmente, todos os riscos e as recompensas da propriedade são classificados
como arrendamentos financeiros e capitalizados no início do contrato pelo menor valor entre
o valor justo do bem arrendado e o valor presente dos pagamentos do arrendamento.
2.14 Contratos de seguro e contratos de investimento ‐ classificação
A Companhia emite diversos tipos de contratos de seguros gerais que transferem riscos
significativos de seguro e financeiro ou ambos. Como guia geral, a Companhia define risco
significativo de seguro como a possibilidade de pagar benefícios significativos aos segurados na
ocorrência de um evento de seguro (com substância comercial). Os contratos de resseguro
também são classificados segundo os princípios de transferência de risco de seguro do CPC 11.
Os contratos de assistência a segurados, como serviços a residências e automóveis, entre
outros, também são avaliados para fins de classificação de contratos e são classificados como
contratos de seguro quando há transferência significativa de risco de seguro entre as
contrapartes no contrato.
Na data de balanço, a Companhia não identificou contratos classificados como contratos de
investimentos.
23
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.15 Passivos de contratos de seguros
2.15.1 Avaliação de passivos originados de contratos de seguro
A Companhia utilizou as diretrizes do CPC 11 para avaliação dos contratos de seguro e aplicou
as regras de procedimentos mínimos para avaliação de contratos de seguro, como: teste de
adequação de passivos ‐ TAP; avaliação de nível de prudência utilizado na avaliação de
contratos de seguro; entre outras políticas aplicáveis.
A Companhia não aplicou os princípios de “Shadow Accounting” (contabilidade reflexa), já que
não dispõe de contratos cuja avaliação dos passivos ou benefícios aos segurados seja
impactada por ganhos ou perdas não realizados de títulos classificados como disponíveis para
a venda.
As provisões técnicas são constituídas de acordo com as orientações do CNSP e da SUSEP,
cujos critérios, parâmetros e fórmulas são documentados em Notas Técnicas Atuariais ‐ NTAs,
descritas resumidamente a seguir:
Seguros de danos (automóvel, transportes, patrimonial, etc.) e vida sem cobertura por
sobrevivência
(a) A Provisão de Prêmios Não Ganhos ‐ PPNG é calculada “pro rata” dia, para os seguros
de danos e seguros de pessoas, com base nos prêmios emitidos, calculada líquida da
parcela do prêmio definida como receita destinada à recuperação dos custos iniciais
de contratação e tem por objetivo provisionar a parcela destes, correspondente ao
período de risco a decorrer contado a partir da data‐base de cálculo.
(b) A Provisão de Prêmios Não Ganhos de Riscos Vigentes mas Não Emitidos ‐ PPNG‐RVNE
é calculada, para os seguros de danos e seguros de pessoas, de acordo com
metodologia específica descrita em NTA e tem como objetivo estimar a parcela de
prêmios não ganhos, referentes aos riscos assumidos pela seguradora, cujas vigências
já se iniciaram e que estão em processo de emissão.
(c) A Provisão de Sinistros a Liquidar ‐ PSL (administrativa e judicial) é constituída com
base na estimativa dos valores a indenizar efetuada por ocasião do recebimento do
aviso de sinistrou notificação do processo judicial, bruta dos ajustes de resseguro e
líquida de cosseguro. É constituída provisão adicional para sinistros a liquidar (IBNeR)
com o objetivo de estimar os valores dos ajustes que os sinistros avisados sofrerão ao
longo dos respectivos processos de análise até sua liquidação. Essa provisão é
calculada através de técnicas estatísticas e atuariais descritas em NTA com base no
desenvolvimento histórico de sinistros, para os seguros de danos e seguros de
pessoas.
(d) A Provisão de Sinistros Ocorridos mas não Avisados (IBNR) é constituída para
pagamento dos sinistros que já ocorreram, mas que ainda não foram avisados à
24
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
seguradora até data base de apuração, e é calculada através de técnicas estatísticas e
atuariais descritas em NTA com base no comportamento histórico observado entre a
data da ocorrência do sinistro e a data do seu registro na seguradora, para os seguros
de danos e de pessoas. A provisão de sinistros ocorridos mas não avisados do ramo
DPVAT (seguro obrigatório) é constituída conforme determina a Resolução do CNSP.
(e) A Provisão de Despesas Relacionadas – PDR é constituída com o objetivo de garantir a
cobertura dos valores esperados relativos a despesas relacionadas com sinistros. A
provisão deve abranger as despesas alocáveis e não alocáveis, relacionadas à
liquidação de indenizações ou benefícios.
(f) As Outras Provisões Técnicas – OPT representam todas as provisões constituídas, que
não se enquadram no rol de provisões destacadas na Resolução CNSP nº 281/2013,
com autorização concedida pela SUSEP. São calculadas com base em metodologia
própria, prevista em NTA.
2.15.2 Teste de adequação dos passivos (TAP)
Conforme requerido pelo CPC 11 e pelos requerimentos adicionais da SUSEP, em cada data de
balanço a Companhia elabora o TAP (ou “Liability Adequacy Test” ‐ LAT) para todos os
contratos vigentes na data de execução do teste, exceto DPVAT. Esse teste é elaborado
considerando‐se como valor contábil líquido de todos os passivos de contratos de seguro,
deduzidos dos custos de aquisição diferidos (ativo). Para o teste, a Companhia elaborou uma
metodologia que considera a sua melhor estimativa de todos os fluxos de caixa futuros, que
também incluem as despesas incrementais e de liquidação de sinistros, utilizando‐se premissas
correntes. Para determinação das estimativas dos fluxos de caixa futuros, os contratos são
agrupados por características de risco. Os fluxos de caixa são trazidos a valor presente a partir
de premissas de taxas de juros livres de risco.
Caso seja identificada qualquer insuficiência no TAP, a Companhia registra a perda imediatamente como uma despesa no resultado, constituindo provisões adicionais aos passivos de seguro já registrados na data do teste. Alguns contratos permitem que a Companhia adquira a titularidade sobre o ativo ou o direito
de venda do ativo danificado que tenha sido recuperado (salvados). A Companhia também tem
o direito contratual de buscar ou cobrar ressarcimentos de terceiros, como
sub‐rogação de direitos para pagamentos de danos parciais ou totais cobertos em um contrato
de seguro. Consequentemente, estimativas de recuperação de salvados e ressarcimentos são
incluídas como redutoras na avaliação e, consequentemente, na execução do TAP.
Como conclusão dos testes realizados não foram encontradas insuficiências em nenhum dos
agrupamentos analisados, para os períodos apresentados.
25
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.16 Demais passivos
Fornecedores e outras contas a pagar são mensurados pelo valor de custo e acrescidos de
encargos incorridos até a data de balanço, quando aplicável.
2.17 Benefícios a empregados
A Companhia patrocina o plano Portoprev, que é classificado como um plano de contribuição
definida. Adicionalmente, a Companhia oferece benefícios pós‐emprego de seguro‐saúde,
seguro de vida e benefícios calculados com base em uma política que atribui uma pontuação
para seus funcionários conforme o período de prestação de serviços e a idade. O passivo para
tais obrigações foi calculado por meio de metodologia atuarial específica que leva em
consideração taxas de rotatividade de funcionários, taxas de juros para a determinação do
custo de serviço corrente e custo de juros. Outros benefícios demissionais, como multa ou
provisões ao Fundo de Garantia do Tempo de Serviço ‐ FGTS, também foram calculados
segundo essa metodologia para os funcionários já aposentados, para os quais esse direito já
tenha sido estabelecido.
As demais provisões trabalhistas são calculadas segundo normas e leis trabalhistas em vigor na
data de preparação das demonstrações financeiras e são registradas segundo o regime de
competência e conforme os serviços são prestados pelos funcionários.
2.18 Provisões judiciais, ativos e passivos contingentes
A Companhia reconhece uma provisão somente quando existe uma obrigação presente (legal
ou de responsabilidade social) como resultado de um evento passado, quando é provável que
o pagamento de recursos será requerido para liquidar a obrigação e quando a estimativa pode
ser feita de forma confiável para a provisão. Quando alguma dessas características não é
atendida, não é reconhecida uma provisão.
As provisões são constituídas para fazer face a desembolsos futuros que possam decorrer de
ações judiciais em curso, de natureza cível, fiscal e trabalhista. As constituições baseiam‐se em
uma análise individualizada, efetuada pelos assessores jurídicos da Companhia, dos processos
judiciais em curso e das perspectivas de resultado desfavorável implicando um desembolso
futuro. Os tributos, cuja exigibilidade está sendo questionada na esfera judicial, são registrados
levando‐se em consideração o conceito de “obrigação legal”.
As obrigações legais (fiscais e previdenciárias) decorrem de processos judiciais relacionados a
obrigações tributárias, cujo objeto de contestação é sua legalidade ou constitucionalidade,
que, independentemente da avaliação acerca da probabilidade de êxito, têm seus montantes
reconhecidos integralmente e são atualizadas monetariamente pela taxa SELIC. Os depósitos
judiciais também são atualizados monetariamente.
26
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2.19 Capital social
O capital social da Companhia é formado por ações ordinárias.
2.20 Reconhecimento de receitas
2.20.1 Prêmio de seguro e resseguro
As receitas de prêmio dos contratos de seguro são reconhecidas quando da emissão da apólice
ou quando da vigência do risco, o que ocorrer primeiro, proporcionalmente e ao longo do
período de cobertura do risco das respectivas apólices, por meio da constituição/reversão da
PPNG (vide nota explicativa nº 2.15.1 (a)). O Imposto sobre Operações Financeiras ‐ IOF a
recolher, incidente sobre os prêmios a receber, é registrado no passivo da Companhia e é
retido e recolhido simultaneamente no recebimento do prêmio.
As despesas de resseguro cedido são reconhecidas de acordo com o reconhecimento do
respectivo prêmio de seguro (resseguro proporcional) e/ou de acordo com o contrato de
resseguro (resseguro não proporcional).
2.20.2 Receita de juros e dividendos recebidos
As receitas de juros de instrumentos financeiros são reconhecidas no resultado do exercício, segundo o método do custo amortizado e pela taxa efetiva de retorno. As receitas de dividendos de investimentos em ativos financeiros representados por instrumentos de capital (ações) são reconhecidas no resultado quando o direito a receber o pagamento do dividendo é estabelecido. Os juros cobrados sobre o parcelamento de prêmios de seguros são diferidos para apropriação no resultado no mesmo prazo do parcelamento dos correspondentes prêmios de seguros. 2.20.3 Programas de fidelidade
A Companhia avalia situações em que os contratos de seguro vendidos apresentem
componentes de valor financeiro significativo nos quais uma porção da receita ou o prêmio
tenham sido majorados em sua precificação para cobrir diversos benefícios que podem ser
utilizados pelos clientes em estabelecimentos de terceiros, ao longo da vigência dos contratos.
A Companhia avalia a materialidade desses componentes e se o padrão de reconhecimento de
receita (por exemplo, o padrão de utilização desses benefícios) divergiria significativamente do
padrão de reconhecimento do prêmio de seguro emitido.
2.21 Distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio
A distribuição de dividendos e juros sobre capital próprio para os acionistas é reconhecida
como um passivo, com base no estatuto social da Companhia. Qualquer valor acima do
mínimo obrigatório (25%) somente é provisionado na data em que é aprovado pelos
acionistas.
27
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
O benefício fiscal dos juros sobre o capital próprio é reconhecido na demonstração do
resultado. A taxa utilizada no cálculo dos juros sobre o capital próprio é a Taxa de Juros de
Longo Prazo ‐ TJLP durante o período aplicável, conforme a legislação vigente.
2.22 Imposto de renda e contribuição social
A despesa de imposto de renda e contribuição social inclui as despesas de impostos correntes
e os efeitos dos tributos diferidos. A Companhia reconhece no resultado do exercício os efeitos
de imposto de renda e contribuição social, exceto para os efeitos tributários sobre itens que
foram diretamente reconhecidos no patrimônio líquido; nesses casos, os efeitos tributários
também são reconhecidos no patrimônio líquido.
Os impostos correntes são calculados com base em leis e regras tributárias vigentes na data de
preparação do balanço patrimonial. No Brasil, o imposto de renda corrente é calculado à
alíquota‐base de 15% mais adicional de 10% sobre o lucro real tributável acima de R$ 240
anuais. A provisão para contribuição social para as sociedades seguradoras é constituída à
alíquotas de 15%.
Os impostos diferidos são reconhecidos utilizando‐se o método dos ativos e passivos sobre
diferenças temporárias originadas entre as bases tributárias de ativos e passivos e os valores
contábeis respectivos desses ativos e passivos. Impostos diferidos ativos são reconhecidos no
limite de que seja provável que lucros futuros tributáveis estejam disponíveis.
3. Estimativas e julgamentos contábeis
As estimativas e os julgamentos contábeis são continuamente avaliados e baseiam‐se na
experiência histórica e em outros fatores, incluindo expectativas de eventos futuros,
considerados razoáveis para as circunstâncias. Os principais itens sujeitos a estimativas e
julgamentos são:
3.1 Avaliação de passivos de seguros
O componente em que a Administração mais exerce o julgamento e utiliza estimativas é na
constituição dos passivos de seguros. Existem diversas fontes de incertezas que precisam ser
consideradas na estimativa dos passivos que a Companhia irá liquidar em última instância. São
utilizadas todas as fontes de informação internas e externas disponíveis sobre experiência
passada e indicadores que possam influenciar as tomadas de decisões da Administração e dos
atuários para a definição de premissas atuariais e da melhor estimativa do valor de liquidação
de sinistros para contratos cujo evento segurado já tenha ocorrido.
Consequentemente, os valores provisionados podem diferir dos valores liquidados
efetivamente em datas futuras para tais obrigações. As provisões que são mais impactadas por
uso de julgamento e incertezas são aquelas relacionadas aos ramos de contratos de seguro de
28
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
grandes riscos (como riscos especiais) e contratos de seguro com cobertura de vida (vide nota
explicativa nº 4).
3.2 Avaliação das provisões de processos judiciais fiscais, cíveis e trabalhistas
A Companhia dispõe de um grande número de processos judiciais em aberto na data de
preparação das demonstrações financeiras. O processo utilizado pela Administração para a
construção das estimativas contábeis leva em consideração a assessoria jurídica de
especialistas na área, a evolução dos processos, a situação e a instância de julgamento de cada
caso específico. Adicionalmente, a Companhia utiliza seu melhor julgamento sobre esses casos
e informações históricas de perdas em que existe alto grau de julgamento aplicado para a
constituição dessas provisões, seguindo os princípios do CPC 25 – Provisões, Passivos
Contingentes e Ativos Contingentes.
3.3 Cálculo de valor justo e “impairment” de ativos financeiros
A Companhia aplica regras de análise de “impairment” para créditos individualmente
significativos, bem como premissas para avaliação de “impairment” para grupos de ativos de
riscos similares em uma base agrupada. Nessa área é aplicado alto grau de julgamento para
determinar o nível de incerteza, associado com a realização dos fluxos contratuais estimados
dos ativos financeiros, incluindo os prêmios a receber de segurados. Nesse julgamento estão
incluídos o tipo de contrato, segmento econômico, histórico de vencimento e outros fatores
relevantes que possam afetar a constituição das perdas para “impairment”.
O valor justo de instrumentos financeiros que não são negociados em mercados ativos (por
exemplo, cotas de empresas de capital fechado) é determinado mediante o uso de técnicas de
avaliação. A Companhia usa seu julgamento para escolher diversos métodos e definir
premissas que se baseiam principalmente nas condições de mercado existentes na data do
balanço.
3.4 Cálculo de créditos tributários
Impostos diferidos ativos são reconhecidos no limite de que seja provável que lucros futuros
tributáveis estejam disponíveis. Essa é uma área que requer a utilização de alto grau de
julgamento da Administração da Companhia na determinação das estimativas futuras quanto à
capacidade de geração de lucros futuros tributáveis.
4. Gestão de riscos
A Companhia está exposta a um conjunto de riscos inerentes às suas atividades e, para gerir
estes riscos, possui uma série de princípios, diretrizes, ações, papéis e responsabilidades
necessários a identificação, avaliação, tratamento e controle dos riscos.
A gestão de riscos compreende as seguintes categorias:
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Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Riscos Financeiros
(a) Risco de Crédito: definido como possibilidade de perdas associadas ao não
cumprimento pelo tomador ou contraparte de suas respectivas obrigações
financeiras nos termos pactuados (ver item 4.1).
(b) Risco de Liquidez: definido como eventual indisponibilidade de recursos de caixa para
fazer frente a obrigações futuras (ver item 4.2).
(c) Risco de Mercado: aquele associado à possibilidade de ocorrência de perdas devidas
a oscilações nos preços de mercado das posições mantidas em carteira (ver item 4.3).
Riscos de Seguro
(d) Risco de Subscrição: definido como a possibilidade de ocorrência de eventos que
contrariem as suas expectativas e que possam comprometer o resultado das
operações e o patrimônio da Companhia, incluindo falhas na precificação ou
estimativas de provisionamento (ver item 4.4).
Riscos Não Financeiros
(e) Risco Operacional: definido como a possibilidade de ocorrência de perdas resultantes
de falha, deficiência ou inadequação de processos internos, pessoas e sistemas, ou
de eventos externos. Essa definição inclui o risco legal, mas exclui o estratégico e o
de imagem (ver item 4.5).
(f) Outros: incluem os riscos de estratégia, legal/“compliance”, regulatório e
socioambiental.
A governança de gerenciamento de riscos conta com a participação de todas áreas, tendo por
finalidade proteger o resultado da Companhia e os acionistas, contribuir para sua
sustentabilidade e valor, envolvendo aspectos relacionados à transparência e prestação de
contas.
Nesse contexto, a Companhia exerce o gerenciamento dos riscos de modo integrado e de
maneira independente, preservando e valorizando o ambiente de decisões colegiadas. As
decisões são pautadas em fatores que combinam o retorno sobre o risco mensurado,
permitindo seu alinhamento na definição dos objetivos comerciais, e promovem o
aculturamento dos colaboradores em todos os níveis hierárquicos, desde as áreas de negócios
até o Conselho de Administração (CAdm).
30
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Todas estas iniciativas proporcionam a ampliação da eficiência operacional da Companhia e
consequente redução do nível de perdas, além de otimizar a utilização do capital disponível.
Refletindo o compromisso da Companhia com a gestão de riscos, destaca‐se a existência da
área de Gestão Corporativa de Riscos, que atua como segunda linha de defesa e cuja missão é
garantir que os riscos sejam efetivamente identificados, mensurados, mitigados,
acompanhados e reportados de forma independente e integrada à Alta Administração.
Com o intuito de obter sinergias ao longo do processo de gerenciamento de riscos há,
permanentemente, um fórum de alto nível na Companhia, denominado Comitê de Risco
Integrado ‐ CRI. Este tem por atribuição assessorar o CAdm na aprovação de políticas
institucionais e limites de exposição a riscos, analisar em base bimestral os riscos relevantes
que lhe forem submetidos, assim como validar as ações de mitigação e estratégias para
desenvolvimento continuo dos processos de gestão de risco.
O relatório completo descrevendo a estrutura de gerenciamento de riscos está disponível no
“site” da Companhia (www.portoseguro.com.br), em “Relatório de Gerenciamento de Risco”.
4.1 Risco de crédito
De acordo com as características do negócio e operações vigentes na Companhia, o risco de
crédito contempla as seguintes categorias:
(a) Risco de Contraparte: definido como a possibilidade de não cumprimento por
determinada contraparte de obrigações relativas à liquidação de operações que envolvam
ativos financeiros. Este risco é composto por:
(i) Portfólio de Investimentos: o gerenciamento do risco de crédito do portfólio de
investimentos é de responsabilidade primária da Diretoria de Investimentos, a qual possui
política e processos de monitoramento mensal para garantir que limites, ou determinadas
exposições ao risco de crédito, não sejam excedidos. Para determinação dos limites são
avaliados critérios que contemplam a capacidade financeira, assim como rating mínimo de
grau de investimento (“rating” A) da contraparte divulgados por agências externas (S&P,
Moodys and Fitch). Na ausência de ratings externos, a Administração utiliza o conhecimento e
a experiência de mercado para classificar essas contrapartes em sua grade de riscos (“ratings”
internos), suportados por um processo de governança para devida avaliação e aprovação
destas operações.
(ii) Cessão de Risco: o gerenciamento do risco de crédito da cessão de risco (resseguro) é
de responsabilidade primária da Diretoria Técnica. A Companhia possui política específica para
a gestão de cessão de risco, que conta com limites de contraparte fundamentados em
“ratings” de agências externas, considerando o “rating” A como mínimo para cessão do risco.
(b) Inadimplência nos prêmios a receber: definida como a possibilidade de perda devido
ao não cumprimento de obrigações financeiras nos termos pactuados nas operações de
31
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
seguro. O gerenciamento deste risco de crédito é de responsabilidade primária das Diretorias
de Produtos. Para mitigação deste riscos estão estabelecidas regras de aceitação que incluem
análise do risco de crédito dos segurados, fundamentadas em informações de agências de
mercado e de comportamento histórico junto ao grupo Porto Seguro. Além disso, caso os
pagamentos dos prêmios não sejam efetuados nas datas de vencimentos, as coberturas de
sinistros podem ser canceladas, conforme a regulamentação vigênte.
A tabela a seguir apresenta os ativos financeiros expostos ao risco de crédito detidos pela
Companhia:
Tesouro
nacional
brasileiro AA
Outros
"ratings" Saldo contábil
Caixa e equivalentes de caixa 26.429 ‐ 24.112 50.541
Total de aplicações financeiras (i) 1.708.351 248.758 12.418 1.969.527
‐ Empréstimos e recebíveis
Prêmios a receber de segurados (ii) ‐ ‐ 1.396.290 1.396.290
Recebíveis de resseguro (iii) ‐ ‐ 10.250 10.250
Exposição máxima ao risco de crédito em 30
de junho de 2014 1.734.780 248.758 1.443.070 3.426.608
Exposição máxima ao risco de crédito em 31
de dezembro de 2013 1.728.518 416.900 1.536.885 3.682.303
(i) As aplicações classificadas como “AA” referem‐se a títulos privados pós‐fixados. (ii) Os prêmios a receber de segurado da Companhia, em geral, não possuem concentração de riscos (por setor econômico, por exemplo), uma vez que são recebíveis, principalmente, de pessoas físicas, classificadas conforme “rating” interno. (iii) Referem‐se a sinistros a receber de resseguradoras.
A tabela a seguir demonstra os ativos de resseguro detidos pela Companhia, segregados pela
categoria de risco e classe das resseguradoras contrapartes. O “rating” foi atribuído pela
agência de classificação de risco Fitch:
32
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Classe Categoria de risco
Local A 25.793 23.560
AA‐ 27.550 30.478
A+ 373 ‐
Admitida A 3.693 19.296
A+ 13.380 7.754
AA‐ 6.134 ‐
Total de ativos de resseguro (*) 76.923 81.088
(*) O total de ativos de resseguro é composto pelas contas “Operações com resseguradoras” e “Ativos de resseguro – provisões técnicas”.
4.2 Risco de liquidez
O gerenciamento do risco de liquidez é de responsabilidade da Diretoria Financeira, a qual
possui controles com o objetivo de manter seus níveis de liquidez em patamares adequados,
alinhados aos requisitos regulatórios assim como equilibrar a relação entre as taxas, risco,
retorno e necessidades de liquidez imediata da Companhia. Neste contexto, estão
estabelecidas regras de prazo máximo de vencimento das operações e “rating” da contraparte.
Adicionalmente, a Companhia conta com um definição de caixa mínimo em relação as
projeções dos fluxos de caixa.
Os principais itens abordados na gestão do risco de liquidez são: (i) limites de risco de liquidez,
incluindo caixa mínimo e de ativos de alta liquidez; (ii) simulações de cenários (teste de
“stress”); e (iii) medidas potenciais para contingenciamento.
Os limites de gestão do risco de liquidez, definidos em política específica, são monitorados
diariamente e reportados à Alta Administração, incluindo avaliação dos descasamentos das
operações ativas e passivas. Neste contexto, estão definidas medidas de contingência de
liquidez para eventuais casos de “stress” e cenários adversos.
A tabela a seguir apresenta o risco de liquidez a que a Companhia está exposta:
33
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Sem
vencimento 0 a 30 dias 1 a 6 meses 7 a 12 meses Acima de 1 ano Total Saldo contábil
Caixa e equivalentes de
caixa 24.112 26.429 ‐ ‐ ‐ 50.541 50.541
‐ Títulos para negociação
Pós‐fixados ‐ públicos ‐ 261.827 ‐ 1.214 308.106 571.147 485.927
Pós‐fixados ‐ privados ‐ ‐ ‐ 214.539 86.779 301.318 248.758
Prefixados ‐ públicos ‐ ‐ ‐ ‐ 75.669 75.669 75.669
Índices de inflação ‐ ‐ 238 232 7.966 8.436 8.436
Outros 1.562 ‐ ‐ ‐ ‐ 1.562 1.562
‐ Títulos disponíveis para a
venda
Índices de inflação ‐ ‐ 15.903 15.478 530.622 562.003 562.003
Prefixados ‐ públicos ‐ ‐ ‐ ‐ 493.962 493.962 493.962
Pós‐fixados ‐ privados ‐ ‐ ‐ ‐ 110.030 110.030 80.792
Ações 12.418 ‐ ‐ ‐ ‐ 12.418 12.418
Total de aplicações
financeiras 13.980 261.827 16.141 231.463 1.613.134 2.136.545 1.969.527
‐ Empréstimos e recebíveis
Prêmios a receber de
segurados ‐ 509.579 726.463 98.214 711 1.334.967 1.396.290
Recebíveis de resseguro 10.250 ‐ ‐ ‐ ‐ 10.250 10.250
Total de ativos financeiros
em 30 junho de 2014 48.342 797.835 742.604 329.677 1.613.845 3.532.303 3.426.608
Total de ativos financeiros
em 31 de dezembro de
2013 170.149 662.680 825.004 120.858 2.091.251 3.869.942 3.682.303
Passivo de contratos de
seguro ‐ 1.678.044 530.109 350.239 51.657 2.610.049 3.504.137
Débitos de operações de
seguro e resseguro 28.689 131.111 188.174 25.440 184 373.598 421.740
Total de passivos de
contratos de seguro em 30
de junho de 2014 28.689 1.809.155 718.283 375.679 51.841 2.983.647 3.925.877
Total de passivos de
contratos de seguro em 31
de dezembro de 2013 25.864 1.298.935 732.007 429.306 99.279 2.585.391 3.752.892
Fluxo de caixa não descontado (*)
(*) Fluxos de caixa estimados com base em julgamento da Administração, expiração do risco dos contratos de
seguros e melhor expectativa quanto à data de liquidação de sinistros estimados. Esses fluxos foram estimados até
a expectativa de pagamento e/ou recebimento e não consideram os valores a receber vencidos. Os ativos e passivos
financeiros pós‐fixados foram distribuídos com base nos fluxos de caixa contratuais, e os saldos foram projetados
utilizando‐se curva de juros, taxas previstas do Certificado de Depósito Interbancário ‐ CDI e taxas de câmbio
divulgadas para períodos futuros em datas próximas ou equivalentes.
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Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
4.3 Risco de mercado
A Companhia esta exposta ao risco de mercado e possui como principal fator de risco a taxa de
juros. Seu gerenciamento é de responsabilidade primária da Diretoria de Investimentos e
conta para isso com políticas que estabelecem limites, processos e ferramentas para efetiva
gestão do risco de mercado.
Entre os métodos utilizados na gestão, utiliza‐se a técnica de valor em risco (“Value at Risk” ‐
VaR) paramétrico, com intervalo de confiaça de 95% em horizonte de 1 dia. Adicionalmente,
são realizados acompanhamentos complementares, como análises de sensibilidade, testes de
“stress” e as ferramentas de “tracking error” e ‘Benchmark‐VaR”.
Os resultados obtidos são utilizados para mitigação de riscos e entendimento do impacto
sobre os resultados e o patrimônio líquido, em condições normais e de “stress”. Esses testes
levam em consideração cenários históricos e de condições futuras de mercado, sendo seus
resultados utilizados no processo de planejamento e decisão, bem como na identificação de
riscos específicos originados nos ativos e passivos financeiros detidos pela Companhia.
A seguir é demonstrada a análise de sensibilidade dos instrumentos financeiros aos fatores de
risco e seus impactos no resultado e no patrimônio líquido da Companhia, em 30 de junho de
2014, nos termos da Instrução CVM nº 475/08. Para a análise de sensibilidade foram utilizados
os seguintes cenários: (I) aplicação do cenário provável de “stress” para cada fator de risco,
dentre aqueles disponibilizados no “site” da BM&FBOVESPA; (II) deterioração de 25% em cada
variável de risco utilizada no cenário “I”; e (III): deterioração de 50% em cada variável de risco
utilizada no cenário “I”.
Operação Risco Cenário I Cenário II Cenário III
InflaçãoTaxa de cupons de
índices de preços (591) (1.267) (1.868)
Pós‐fixadosTaxa de juros pós‐
fixados em reais (445) (556) (667)
Cenários de "stress" BM&F
Resalta‐se que, visto a capacidade dinâmica de reação da Companhia, os impactos acima
apresentados podem ser minimizados.
4.4 Risco de subscrição
A Companhia define o risco de subscrição como sendo o risco de ocorrência de eventos que
contrariem as suas expectativas e que possam comprometer significativamente o resultado
das operações e o seu patrimônio, assim como o segmenta nas seguintes categorias de risco:
35
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(a) Risco de Prêmio: gerado a partir de uma possível insuficiência dos prêmios cobrados
para fazer frente aos dispêndios financeiros com o pagamento das obrigações assumidas com
os segurados.
(b) Risco de Provisão: gerado a partir de uma possível insuficiência dos saldos das
provisões constituídas para fazer frente ao dispêndio financeiro com o pagamento das
obrigações perante os segurados;
(c) Risco de Retenção: gerado a partir da exposição a riscos individuais com valor em risco
(valor em risco, limite máximo de garantia, etc.) elevado, concentração de riscos ou ocorrência
de eventos catastróficos;
(d) Risco de Práticas de aceitação: gerado a partir das regras e procedimentos
inadequados para a aceitação de riscos; e
(e) Risco de Práticas de sinistros: gerado a partir de regras e procedimentos inadequados
para a regulação e liquidação de sinistros.
O gerenciamento do risco de subscrição é de responsabilidade da Diretoria Técnica ‐ DT, a qual
determina as premissas atuariais a serem consideradas, tais como identificação do risco e
objeto segurável, valor máximo em risco e disponibilidade de dados para tarifação e
subscrição.
No âmbito de gestão, com foco na mitigação dos riscos de prêmio, a Companhia investe em
técnicas de análise e precificação do risco, utilizando‐se de modelos estatísticos distintos para
renovações e novos seguros, permitindo avaliar antecipadamente os resultados gerados em
diversos cenários, que combinam níveis de preços, conversão de cotações e resultados, sendo
as decisões tomadas considerando o cenário que gera as melhores margens para os produtos.
Por sua vez, devido às incertezas em relação ao valor final para liquidação dos sinistros no
futuro, as ações de mitigação do risco de provisão incluem dimensionamento das provisões
fundamentadas no histórico do valor dos sinistros desde a sua ocorrência até a sua liquidação
definitiva. Para avaliação da aderência das premissas e metodologias utilizadas para
dimensionamento das provisões técnicas, são realizados testes de aderência em diferentes
datas‐bases, que verificam a suficiência histórica das provisões constituídas.
Dada à relevância do risco de retenção, as exposições a eventos catastróficos e a concentração
de riscos são monitoradas periodicamente por meio de processos e modelos adequado, sendo
contratadas proteções de resseguro de acordo com os limites legais como, por exemplo, limite
de retenção por risco aprovado pela SUSEP, assim como limites gerenciais, refletidos em
política corporativa de cessão de riscos (vide item 4.1 (a) (ii)).
Adicionalmente, cada diretoria de produto deve estabelecer, monitorar e documentar as
regras e práticas de aceitação de riscos e práticas de sinistros em consonância com as
36
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
diretrizes da Companhia, que incluem, por exemplo, parecer prévio da DT para
comercialização de cada produto.
Os resultados obtidos nos processos de gestão e monitoramento do risco de subscrição são
formalizados e reportados mensalmente à Alta Administração, permitindo que eventuais
desvios em relação às projeções sejam corrigidos no menor espaço de tempo possível.
Após a etapa descrita acima, a Administração determina as premissas atuariais relevantes ao
risco que se pretende segurar e à origem e referência dos dados que serão utilizados para fins
de subscrição. As análises de sensibilidade para o risco de seguro, bem como o teste de
adequação dos passivos são efetuadas utilizando‐se, no mínimo, as seguintes premissas:
Utilização, como premissas de sinistralidade, das expectativas de prêmio de risco
calculadas na data‐base do estudo, baseadas em histórico de observações de
frequência e severidade para cada ramo e/ou agrupamento de ramos.
Utilização de expectativas de cessão de prêmios e recuperação de sinistros calculadas
na data‐base do estudo, baseadas em histórico de observações para cada ramo e/ou
agrupamento de ramos. Para as projeções, respeitaram‐se as cláusulas contratuais
vigentes na data‐base do estudo dos contratos celebrados com os resseguradores.
Taxas de juros de referência da SUSEP informadas pelo mercado para ativos e passivos.
O indexador utilizado foi o Índice de Preços ao Consumidor Amplo ‐ IPCA, que é
predominante nos contratos padronizados da Companhia.
Taxa de juros esperada para os ativos, equivalente à taxa SELIC, que é condizente com
a rentabilidade obtida pela área de investimentos no exercício vigente.
Premissas atuariais específicas em cada produto em consequência do impacto destas
na precificação do risco segurável.
Os segmentos de atuação incluem: automóveis (ver item 4.1.1); vida (ver item 4.1.2); seguros
de danos (exceto automóvel) e riscos financeiros (ver item 4.1.3). Informações sobre os riscos
de crédito e liquidez das operações de seguros estão demonstradas nas notas explicativas 4.1
e 4.2, respectivamente.
4.4.1 Automóveis
A Companhia opera em todo o território nacional, comercializando apólices de seguro de
automóvel para pessoas físicas e jurídicas, através de contratação individual, ou coletiva
(frotas). O risco de subscrição proveniente da operação de seguros de automóvel é dividido
em dois tipos de riscos: (a) risco de prêmios e (b) risco de provisão
Como medida de mitigação de risco, são utilizados dispositivos rastreadores, localizadores de
veículos e gravação da numeração de chassis em diversas partes da carroceria do veículo.
37
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Exposição ao risco de seguro A tabela a seguir apresenta a concentração de risco de seguro por região:
LocalidadeJunho
de 2014
Dezembro
de 2013
São Paulo 61,3% 62,7%
Rio de Janeiro 9,0% 9,0%
Região Sul 7,2% 6,8%
Outras regiões 22,5% 21,5%
100,0% 100,0%
Testes de sensibilidade
A tabela a seguir apresenta a sensibilidade da carteira às premissas atuariais, líquidos de efeitos tributários.
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Aumento de 5% na frequência de
sinistros (261.285) (261.260) (220.339) (220.339)
Aumento de 15% das despesas
administrativas (2.166) (2.165) (1.809) (1.809)
Aumento de 15% das despesas com
sinistros (1.648) (1.648) (1.714) (1.714)
Aumento de 10% do percentual de
recuperação de salvados 16.718 16.717 14.535 14.535
Redução de 5% do percentual de
recuperação de salvados e
ressarcimentos (9.372) (9.371) (8.056) (8.056)
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2014 Dezembro de 2013
4.4.2 Vida
Nesses segmentos são comercializados seguro vida tradicional, com contratação individual e
coletiva, que abrangem produtos com cobertura por morte, invalidez ou renda devido à
incapacidade temporária. O risco mais relevante para este produto é o biométrico, no qual
pode ocorrer aumento nas indenizações causado pela ocorrência de eventos extraordinários,
tais como pandemias ou aumento constante da ocorrência de invalidez. Adicionalmente, para
a contratação coletiva existe o risco de antisseleção, em que o grupo segurado é diferente do
grupo da cotação, e de catástrofes, atingindo várias vidas seguradas no mesmo evento.
Para os seguros de vida com contratação individual, são estabelecidos limites de contratação e
de idade a partir dos quais é necessária apresentação de documentações específicas para
38
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
análise do risco individual. Para os seguros coletivos, destaca‐se a subscrição centralizada com
análise prévia dos grupos seguráveis para determinação dos prêmios.
Testes de sensibilidade
A tabela a seguir apresenta a sensibilidade da carteira às premissas atuariais, líquidos de efeitos tributários.
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Agravo de 5% no risco da Carteira (3.673) (3.027) (2.881) (2.942)
Agravo de 5% no risco da cobertura
de morte (2.119) (1.747) (1.689) (1.725)
Agravo de 5% no risco das demais
coberturas (1.554) (1.280) (1.192) (1.217)
Agravo de 5% nas despesas com
sinistros (56) (47) (167) (170)
Agravo de 5% na importância
segurada 2.084 2.030 2.384 2.325
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2014 Dezembro de 2013
4.4.3 Danos (exceto automóvel) e riscos financeiros
No segmento de danos (exceto automóveis) são comercializados seguros para residências,
empresas, condomínios, obras de engenharia, rurais, responsabilidades, equipamentos e
transportes. Já no segmento de riscos financeiros, a Companhia comercializa seguros de
garantia de obrigações contratuais e seguro fiança locatícia.
As principais medidas de mitigação de riscos incluem além da contratação de resseguro, a
inspeção prévia dos locais segurados.
A tabela a seguir apresenta a concentração de risco de seguro por região:
São Paulo Rio de Janeiro Região Sul
Outras
regiões
Transportes 33,3% 15,2% 45,8% 34,7%
Seguro empresarial 24,1% 26,9% 15,5% 28,1%
Seguro residencial 24,1% 25,8% 18,9% 13,4%
Seguro condomínio 15,4% 26,8% 16,4% 21,1%
Seguro de fiança locatícia 1,7% 4,3% 2,0% 0,7%
Outros riscos 1,4% 1,0% 1,4% 2,0%
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Junho de 2014
39
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
São Paulo Rio de Janeiro Região Sul
Outras
regiões
Transportes 33,8% 15,5% 46,7% 36,9%
Seguro empresarial 24,2% 26,4% 15,6% 27,5%
Seguro residencial 24,7% 29,8% 20,1% 15,4%
Seguro condomínio 14,2% 23,4% 14,6% 17,8%
Seguro de fiança locatícia 1,6% 4,0% 1,9% 0,7%
Outros riscos 1,5% 0,9% 1,1% 1,7%
100,0% 100,0% 100,0% 100,0%
Dezembro de 2013
Testes de sensibilidade
A tabela a seguir apresenta a sensibilidade da carteira às premissas atuariais, líquidos de efeitos tributários.
Seguros patrimoniais, fiança locatícia e garantia de obrigações contratuais.
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Aumento de severidade dos sinistros
de fiança locatícia em 5% (5.971) (5.819) (5.207) (5.093)
Redução de despesas de l iquidação
e/ou regulação de sinistros em riscos
patrimoniais em 10% 949 908 1.123 1.071
Redução do risco em riscos
patrimoniais em 5% 16.984 16.257 15.283 14.567
Redução de despesas de l iquidação
de sinistros em riscos de
responsabilidade em 10% 37 24 45 34
Redução do risco em riscos de
responsabilidade em 5% 148 95 177 135
Redução de despesas de l iquidação
de sinistros em Riscos Rurais em 10% 13 10 27 21
Diminuição do risco em riscos rurais
em 5% 168 135 203 162
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2014 Dezembro de 2013
40
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Transportes
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Aumento de 10% no risco da carteira (12.600) (12.363) (11.799) (11.676)
Aumento de 8% das despesas com
sinistros (301) (295) (379) (375)
Aumento de 12% das despesas com
sinistros (452) (443) (568) (562)
Redução de 15% na recuperação de
salvados (9) (8) (214) (212)
Redução de 9% nas receitas de
ressarcimentos (29) (29) 3 3
Impacto no resultado e no patrimônio líquido
Premissas atuariais
Junho de 2014 Dezembro de 2013
4.5 Risco operacional
A atividade de monitoramento e gerenciamento de risco operacional é executada de forma
corporativa e centralizada pela área de Gestão Corporativa de Riscos, utilizando para isso
processo formal para identificar os riscos e as oportunidades, estimar o impacto potencial
desses eventos e fornecer um método para tratar esses impactos, para reduzir as ameaças até
um nível aceitável ou para alcançar as oportunidades.
Isto inclui esforços para a construção de um banco de dados de perdas internas de risco
operacional com informações abrangentes e detalhadas para a identificação da real dimensão
de seu impacto sobre a Companhia, bem como para melhorar a confiabilidade nos
mecanismos de gestão, controle e supervisão de solvência desse mercado. As informações são
consolidadas e analisadas mensalmente, reportadas à áreas gestoras e a Alta Administração.
4.6 Gestão de capital
A estratégia de gestão de risco de capital conta com política específica e se inicia com o
Planejamento Estratégico, que provê a visão de negócios para horizontes de médio e longo
prazo, incluindo premissas de crescimento de negócios, lucratividade, entre outros
indicadores‐chave. Levando em consideração as metas e projeções, desenvolve‐se o Plano de
Capital da Companhia.
Mensalmente, a Companhia executa suas atividades de gestão de risco de capital, por meio de
um modelo consolidado e centralizado, de responsabilidade primária da Diretoria Financeira,
com o objetivo de atender aos requerimentos de capital mínimo regulatório emitidos pelos
órgãos reguladores.
Como parte do Plano de Capital, a gestão de capital tem como objetivo a contínua
maximização do valor do capital da Companhia, por meio da otimização do nível e da
41
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
diversificação das fontes de capital disponíveis. As decisões sobre a alocação dos recursos de
capital são conduzidas como parte da revisão do planejamento estratégico periódico da
Companhia.
As parcelas de necessidades de capital, bem como a suficiência existente estão demonstrada
na nota explicativa nº 22 (f).
5. Equivalentes de caixa
Equivalentes de caixa incluem operações compromissadas lastreadas em Notas do Tesouro
Nacional ‐ NTNs e Letras do Tesouro Nacional ‐ LTNs.
6. Aplicações
As exposições máximas ao risco de crédito, bem como os riscos de mercado e de liquidez a que os ativos financeiros da Companhia estão expostos são demonstradas na notas explicativas nº 4.1, 4.2 e 4.3. Do total das aplicações financeiras da Companhia, em 30 de junho de 2014, 42% são classificadas como “Títulos para negociação” (74% em dezembro de 2013) e 58% são classificadas como “Disponíveis para venda” (26% em dezembro de 2013). As composições dos ativos financeiros detidos pela Companhia estão demonstradas nas notas a seguir.
6.1 Estimativa de valor justo
Dadas as características de curto prazo e as constantes avaliações de recuperabilidade que a Administração efetua, estima‐se que os saldos contábeis das contas a receber de clientes e das contas a pagar aos fornecedores, menos a perda (“impairment”), estejam próximos de seus valores justos.
42
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
6.1.1 Ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado ‐ Títulos para negociação
Nível 1 Nível 2 Total Nível 1 Nível 2 Total
Fundos abertos
Cotas de fundos de investimentos 258.647 ‐ 258.647 115.838 ‐ 115.838
Fundos retidos – IRB 290 ‐ 290 290 ‐ 290
Outras aplicações 1.272 ‐ 1.272 1.940 ‐ 1.940
260.209 ‐ 260.209 118.068 ‐ 118.068
Fundos exclusivos
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) 227.280 ‐ 227.280 233.696 ‐ 233.696
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 75.669 ‐ 75.669 681.827 ‐ 681.827
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
Série C 8.436 ‐ 8.436 34.971 ‐ 34.971
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
Série B ‐ ‐ ‐ 8.103 ‐ 8.103
Debêntures ‐ ‐ ‐ ‐ 97.802 97.802
Letras Financeiras ‐ privadas ‐ ‐ ‐ ‐ 23.840 23.840
Depósitos a prazo com Garantia
Especial (DPGE) ‐ ‐ ‐ ‐ 5.973 5.973
Certificados de Depósitos Bancários
(CDB) ‐ ‐ ‐ ‐ 3.131 3.131
311.385 ‐ 311.385 958.597 130.746 1.089.343
Carteira própria
Letras Financeiras ‐ privadas ‐ 233.216 233.216 ‐ 271.458 271.458
Depósitos a Prazo com Garantial
Especial (DPGE) ‐ 15.542 15.542 ‐ 14.697 14.697
‐ 248.758 248.758 ‐ 286.155 286.155
Total 571.594 248.758 820.352 1.076.665 416.901 1.493.566
Circulante 819.080 1.491.626
Não circulante 1.272 1.940
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
O valor de mercado dos títulos públicos foi embasado no preço unitário de mercado informado
pela Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais ‐ ANBIMA. As
cotas de fundos de investimentos foram valorizadas com base no valor da cota divulgada pelo
administrador do fundo. Os títulos privados são valorizados a mercado por meio da mesma
metodologia de precificação adotada pelo administrador dos fundos de investimentos.
43
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
6.1.2 Títulos disponíveis para venda
Nível 1 Nível 2 Total Nível 1 Nível 2 Total
Carteira própria
Notas do Tesouro Nacional (NTN)
Série B 562.003 ‐ 562.003 520.977 ‐ 520.977
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 493.962 ‐ 493.962 ‐ ‐ ‐
Debêntures ‐ 80.792 80.792 ‐ ‐ ‐
Total (i) 1.055.965 80.792 1.136.757 520.977 ‐ 520.977
Não circulante (ii) 1.136.757 520.977
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
(i) O valor de curva dos papéis, em 30 de junho de 2014, era de R$ 1.120.689 (R$ 524.872 em 31 de dezembro de
2013), gerando um ganho/perda não realizado em Outros Resultados Abrangentes de R$ 16.068 (R$ ‐3.895 em 31
de dezembro de 2013), bruto dos efeitos tributários.
(ii) A diferença para o total das aplicações refere‐se aos investimentos avaliados ao custo de aquisição, uma vez que
não existem mercados ativos para essas ações, no montante de R$ 12.418 em 30 de junho de 2014 (R$ 11.743 em
31 de dezembro de 2013).
6.1.3 Taxas de juros contratadas
As taxas de juros média contratadas das aplicações financeiras em 30 de junho de 2014 estão
apresentadas a seguir:
contratadas ‐ % (a.a.)
Equivalentes de caixa (i) 10,89
Fundos exclusivos
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 12,27
Notas do Tesouro Nacional (NTN) Série C ‐ IGPM 6,00
Letras Financeiras do Tesouro (LFT) ‐ SELIC + deságio (0,02)
Carteira própria
Notas do Tesouro Nacional (NTN) Série B ‐ IPCA 5,45
Letras do Tesouro Nacional (LTN) 12,41
Debêntures (IPCA) 8,00
Depós i tos a Prazo com Garantia l Especia l (DPGE) %CDI 111,50
Letras Financeiras ‐ privadas ‐ %CDI 108,76
Taxas de juros
(i) Vide nota 5.
44
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
6.2 Movimentação das aplicações financeiras (*)
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Saldo inicial 2.157.161 2.308.196
Aplicações 1.384.804 1.957.307
Resgates (1.676.209) (2.265.962)
Rendimento 114.132 161.515
Ajuste a valor de mercado 16.068 (3.895)
Saldo final 1.995.956 2.157.161 (*) A movimentação das aplicações financeiras inclui os ativos financeiros ao valor justo por meio do resultado,
títulos disponíveis para venda e os ativos classificados como equivalentes de caixa.
7. Créditos das operações com seguros
7.1 Prêmios a receber
Prêmios a
receber de
segurados
Redução ao
valor
recuperável
Prêmios a
receber‐
líquido
Prêmios a
receber de
segurados
Redução ao
valor
recuperável
Prêmios a
receber‐
líquido
Automóvel 1.008.300 (417) 1.007.883 1.132.485 (2.737) 1.129.748
Pessoas 159.489 (895) 158.594 148.287 (852) 147.435
Patrimonial 112.448 (358) 112.090 85.071 (149) 84.922
Riscos Financeiros 83.694 (514) 83.180 82.185 (236) 81.949
Transportes 22.577 (74) 22.503 21.102 (130) 20.972
Animal / Rural 11.146 (619) 10.527 22.124 (2.821) 19.303
Responsabilidade 1.514 (1) 1.513 1.782 (1) 1.781
Outros ‐ ‐ ‐ 14 (1) 13
1.399.168 (2.878) 1.396.290 1.493.050 (6.927) 1.486.123
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
45
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
7.1.1 Composição quanto ao prazo de vencimento
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
A vencer 1.290.163 1.388.368
Vencidos de 1 a 30 dias 93.800 85.507
Vencidos 31 a 60 dias 7.697 6.813
Vencidos 61 a 120 dias 4.157 3.452
Acima de 121 dias 3.351 8.910
1.399.168 1.493.050
Redução ao valor recuperável (2.878) (6.927)
1.396.290 1.486.123
Do total de apólices emitidas em 2014, 86,4% foram parceladas em até 4 meses (84,4% em dezembro de 2013). 7.1.2 Movimentação
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Saldo inicial 1.486.123 1.285.918
Emissões 3.272.564 5.879.445
Recebimentos (3.171.628) (5.342.293)
Cancelamentos (190.769) (336.947)
Saldo final 1.396.290 1.486.123
7.1.3 Redução ao valor recuperável
A movimentação da provisão para redução ao valor recuperável de prêmios a receber é demonstrada na tabela a seguir:
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Saldo inicial 6.927 4.335
Provisões constituídas 641 3.297
Reversão (4.690) (705)
Saldo final 2.878 6.927
As despesas/reversões de provisões para crédito de liquidação duvidosa foram registradas na conta “Outras despesas operacionais” na Demonstração do Resultado (ver nota explicativa nº 27). Valores que são provisionados como perda são geralmente baixados (“write‐off”) quando não há mais expectativa da Administração para recuperação do ativo financeiro.
46
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
7.2 Outros créditos operacionais
São representados, principalmente, por pagamentos de comissões a corretores sobre apólices
em processo de emissão e apólices emitidas e parceladas.
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Corretores 382.937 345.141
Consórcio DPVAT 2.159 2.409
Outros créditos 3.859 2.443
388.955 349.993
8. Títulos e créditos a receber
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Cheques a regularizar / depositar 21.946 16.877
Adiantamentos a despachantes 294 348
Adiantamentos a fornecedores 8.191 8.318
Dividendos a receber ‐ 3.236
Outros 6.599 7.250
37.030 36.029
Circulante 35.476 32.352
Não circulante 1.554 3.677
47
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
9. Tributos
9.1 Créditos tributários e previdenciários
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Circulante
Imposto de renda 16.033 37.261
Contribuição social 187 50.438
IRRF – juros sobre o capital próprio ‐ 1.372
Outros 308 308
16.528 89.379
Não circulante
Imposto de renda e contribuição social
diferidos (vide nota 9.2.1) 183.660 167.003
PIS diferido sobre sinistros a l iquidar e IBNR 4.823 3.863
Fundo de Investimento Social ‐ FINSOCIAL (i) 2.561 2.561
Imposto de Renda e Contribuição Social sobre
provisão para desvalorização de títulos ‐ 1.559
Outros 2.251 2.251
193.295 177.237
(i) A Companhia ingressou com Ação de Repetição de Indébito dos valores recolhidos à União Federal a título de
FINSOCIAL. A ação foi julgada procedente, com trânsito em julgado, condenando a União Federal a restituir o
indébito em dez parcelas, por meio de precatório.
9.2 Tributos diferidos
9.2.1 Ativo
Impostos diferidos ativos são reconhecidos na extensão em que seja provável que o lucro
futuro tributável esteja disponível para ser utilizado na compensação das diferenças
temporárias, com base em projeções de resultados futuros elaboradas e fundamentadas em
premissas internas e em cenários econômicos futuros que podem, portanto, sofrer alterações.
48
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Dezembro
de 2013
Constitui‐
ção Reversão
Junho
de 2014
Diferenças temporárias (*)
Provisão para obrigações legais
– PIS e INSS (i) 126.952 7.414 (8.219) 126.147
Provisão fiscal – outras (i) 7.985 6.872 (648) 14.209
Benefícios a empregados (iv) 10.726 463 ‐ 11.189
Provisão para riscos sobre créditos (ii) 6.680 906 (1.251) 6.335
Provisão para processos judiciais cíveis (ii i) 5.247 452 ‐ 5.699
Outras (ii i) 9.413 10.668 ‐ 20.081
167.003 26.775 (10.118) 183.660
(*) Os créditos tributários são mantidos no ativo e foram constituídos nos termos da legislação em vigor. A
Administração, utilizando estudos técnicos baseados em suas projeções futuras de resultados tributários e em
outros fatores, estima as seguintes capacidades de realização:
(i) Provisão para obrigações legais: vide nota n° 9.2.1.1. (ii) Provisão para créditos de liquidação duvidosa: realização condicionada aos prazos legais para dedutibilidade,
conforme a Lei nº 9.430/96, depois de esgotados os recursos legais de cobrança. Possíveis recuperações ou redução
da perda implicam redução da provisão, gerando valores a serem excluídos da base tributável.
(iii) Provisão para processos judiciais: efetuada sobre processos envolvendo, principalmente, questões trabalhistas e
cíveis, cuja estimativa de realização depende do trâmite do processo.
(iv) Benefícios a empregados: referem‐se à constituição de créditos tributários sobre a provisão de benefício pós‐
emprego, realizáveis em até quarenta e sete anos.
9.2.1.1 Estimativa de realização ‐ provisão para obrigações legais
Os créditos tributários de diferenças temporárias sobre provisões para obrigações legais são efetuadas sobre processos envolvendo, questões tributárias, cuja estimativa de realização depende do desfecho da ação. Caso houvesse o desfecho de todas as ações tributárias classificadas como “obrigações legais”, de forma favorável para a Companhia, os créditos tributários, em 30 de junho de 2014, realizar‐se‐iam no exercício corrente. Caso o desfecho fosse desfavorável de tais ações, os créditos realizar‐se‐iam nos seguintes prazos:
Valor
2014 140.356
Total 140.356
Valor presente (*) 131.740
(*) Para o ajuste a valor presente foi considerada a taxa SELIC do último dia do exercício, líquida dos efeitos
tributários.
49
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
9.2.2 Passivo
Dezembro
de 2013
Constitui‐
ção ReversãoJunho
de 2014
Natureza
Imposto de renda e contribuição
social reaval iação de imóveis 59.502 ‐ (392) 59.110
IR e CS sobre ajustes de instrumentos
financeiros ‐ 4.869 ‐ 4.869
IR e CS sobre Benefício a empregados 3.926 383 ‐ 4.309
IR e CS diferidos sobre PIS 1.546 ‐ ‐ 1.546
64.974 5.252 (392) 69.834
9.3 Impostos e contribuições (a pagar) (*)
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Imposto de renda ‐ IRPJ 11.623 ‐
Contribuição social ‐ CSLL 11.812 ‐
Outros 272 276
23.707 276
(*) Os saldos a pagar apresentados estão líquidos das antecipações já efetuadas.
50
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
9.4 Reconciliação da despesa de imposto de renda e da contribuição social sobre o lucro
2014 2013
Resultado antes dos impostos e participações 293.822 226.497
Alíquota vigente 40% 40%
Encargos (Imposto de renda e Contribuição social) a
taxa nominal (117.529) (90.599)
Acréscimos aos encargos de Imposto de renda e
Contribuição social decorrentes de:
Exclusões permanentes
Participações nos resultados 13.122 8.391
Equivalência patrimonial 9.708 5.753
Incentivos fiscais 4.340 1.744
Despesas indedutíveis l íquidas de receitas não
tributáveis 534 395
Outros 4.373 636
(Adições)/exclusões temporárias
PIS e INSS 805 (3.826)
COFINS ‐ (35.058)
Outras (17.462) 7.034
Despesa com Imposto de renda e Contribuição social ‐
corrente (102.109) (105.530)
Receita com Imposto de renda e Contribuição social ‐
diferido 16.657 31.850
Total de Imposto de renda e Contribuição social (85.452) (73.680)
Taxa efetiva 29,1% 32,5%
1º Semestre
51
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
10. Depósitos judiciais e fiscais
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Programa de integração social – PIS 465.655 442.366
Imposto de renda e Contribuição social (i) 293.657 286.546
INSS – autônomos 189.217 190.837
Sinistros 79.435 71.665
CSLL (dedutibilidade da base de cálculo do IRPJ) 50.771 48.468
Trabalhistas 3.006 3.033
Outros 8.973 9.044
1.090.714 1.051.959
(i) Dedutibilidade de tributos e contribuições na base de cálculo de IRPJ e CSLL.
11. Outros créditos
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Transações com partes relacionadas
(vide nota 32) 41.195 44.354
Adiantamentos administrativos 23.431 12.264
Adiantamentos a funcionários 453 5.084
Outros 5.507 5.041
70.586 66.743
Circulante 65.079 61.702
Não circulante 5.507 5.041
12. Outros valores e bens
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Bens a venda ‐ salvados (12.1) 64.159 41.260
Outros valores ‐ almoxarifado 21.052 14.604
(‐) Provisão para redução ao valor
recuperável (11.229) (10.869)
73.982 44.995
52
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
12.1 Bens à venda ‐ salvados Composição quanto aos prazos de permanência:
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Permanência até 30 dias 3.060 1.773
Permanência de 31 a 60 dias 13.865 9.891
Permanência de 61 a 120 dias 24.396 8.409
Permanência de 121 a 365 dias 8.753 10.477
Permanência a mais de 365 dias 14.085 10.710
64.159 41.260
(‐) Redução ao valor recuperável (11.229) (10.869)
52.930 30.391
Os salvados da Companhia são originados dos ramos de automóveis.
13. Custo de aquisição diferido (DAC)
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Automóvel 416.672 413.481
Patrimonial 78.028 75.454
Riscos Financeiros 54.194 52.863
Pessoas 32.938 34.854
Responsabil idade 637 1.145
Transportes 1.119 1.189
Animal / Rural 492 2.553
Outros ‐ 2
584.080 581.541
Circulante 579.825 577.291
Não circulante 4.255 4.250
O prazo médio de diferimento dos custos de aquisição diferidos é de 12 meses.
53
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
13.1 Movimentação
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Saldo inicial 581.541 499.991
Adições 585.356 1.149.263
Baixas (582.817) (1.067.713)
Saldo final 584.080 581.541
14. Participações societárias
Participação
(%)
Saldos em
Dezembro
de 2013
Resultado
equivalência
patrimonial Dividendos
Ajuste TVM
controladas
Ajustes
acumulados
de conversão
Saldos em
Junho de
2014
Porto Vida 99,97 168.316 266 (54.799) 1.334 ‐ 115.117
Porto Saúde 99,98 136.130 17.951 (1.800) ‐ ‐ 152.281
Porto Capita l ização 99,99 12.832 1.833 ‐ ‐ ‐ 14.665
Porto Uruguai 100,00 60.438 4.220 ‐ ‐ (7.287) 57.371
377.716 24.270 (56.599) 1.334 (7.287) 339.434
15. Imobilizado
Saldo residual
em Dezembro
de 2013 Aquisições Baixas
Despesas de
depreciação
Outros /
transferência Custo
Depreciação
acumulada Valor Líquido
Taxas anuais de
depreciação
(%)
Terrenos 280.394 17.222 ‐ ‐ ‐ 297.616 ‐ 297.616
Edificações (*) 544.828 330 ‐ (4.389) ‐ 583.686 (42.917) 540.769 2,5
Imóveis de uso 825.222 17.552 ‐ (4.389) ‐ 881.302 (42.917) 838.385
Informática 76.783 7.446 (160) (13.870) 4.475 219.439 (144.765) 74.674 12,5 a 25
Equipamentos 41.874 3.618 (1.481) (4.468) (3.915) 72.869 (37.241) 35.628 10 a 14,3
Móveis, máq. e utensíl ios 44.181 5.819 (59) (3.279) 536 85.806 (38.608) 47.198 10,0
Veículos 9.440 336 (237) (1.972) 2 22.286 (14.717) 7.569 20,0
Rastreadores 11.984 15.027 (271) (4.359) 107 167.979 (145.491) 22.488 25 a 33,3
Bens móveis de uso 184.262 32.246 (2.208) (27.948) 1.205 568.379 (380.822) 187.557
Obras em andamentos 62.789 32.234 ‐ ‐ ‐ 95.023 ‐ 95.023 ‐
Outras imobil izações 19.463 7.758 ‐ (4.063) (1) 43.126 (19.969) 23.157 20 a 50
Outras imobilizações 82.252 39.992 ‐ (4.063) (1) 138.149 (19.969) 118.180
1.091.736 89.790 (2.208) (36.400) 1.204 1.587.830 (443.708) 1.144.122
Movimentações Junho de 2014
(*) Para este item foi utilizada taxa média ponderada.
A Companhia não observou evidências objetivas de “impairment” para os ativos imobilizados e para os ativos intangíveis em 2014 e não houve reconhecimento de perdas. Em junho de 2014, a Companhia detinha o total de R$ 115.894 (R$ 113.899 em dezembro de
2013) em imóveis vinculados como garantias das provisões técnicas de seguros na SUSEP.
Adicionalmente, a Companhia loca diversos ativos (substancialmente imóveis de terceiros em contratos de “leasing” operacionais) para condução de seus negócios em diversas localidades
54
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
do País. Os contratos de aluguéis não têm opções de compra do ativo e a maioria destes tem opção de renovação por seis anos. 16. Intangível
Saldo residual
em Dezembro
de 2013 Aquisições
Despesas de
Amortização
Outros /
transferência Custo
Amortização
acumulada
Valor
Líquido
Taxas anuais
amortização
(%)
Softwares 250.684 65.673 (19.950) (1.179) 415.674 (120.446) 295.228 20
Outros intangíveis 1.016 41 (194) (25) 2.540 (1.702) 838 10
251.700 65.714 (20.144) (1.204) 418.214 (122.148) 296.066
Movimentações Junho de 2014
17. Contas a pagar
17.1 Obrigações a pagar
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Fornecedores 74.892 68.200
Participação nos lucros a pagar 32.540 217.172
Provisão Benefícios a empregados 18.155 16.998
Transações com partes relacionadas
(vide nota 32) 45 518
Dividendos a pagar ‐ 182.843
Outras 10.393 12.535
136.025 498.266
Circulante 117.870 481.268
Não circulante 18.155 16.998
17.2 Impostos e encargos sociais a recolher
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Imposto sobre operações financeiras ‐ IOF 81.146 86.530
Contribuições previdenciárias e contribuições
para o FGTS 15.698 14.951
Imposto de renda retido na fonte ‐ IRRF 9.155 10.214
Outros impostos e encargos sociais 4.041 1.351
110.040 113.046
17.3 Encargos trabalhistas Correspondem à provisão de férias, aos respectivos encargos sociais e 13º salário.
55
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
17.4 Outras contas a pagar Referem‐se, principalmente, a cheques emitidos ainda não compensados. 18. Débitos de operações com seguros e resseguros ‐ Corretores de seguros e
resseguros
Referem‐se a comissões a pagar aos corretores por ocasião da cobrança de títulos e as
recuperações relativas aos prêmios restituídos.
19. Depósitos de terceiros
Referem‐se, principalmente, a valores recebidos de segurados para quitação de apólices em
processo de emissão e de recebimentos de prêmios de seguros fracionados em
processamento. A tabela a seguir demonstra a abertura por prazos:
De 1 a
30 dias
De 1 a
6 meses
De 7 a
12 meses
Acima de
12 meses Total
Cobrança antecipada de
prêmios 618 ‐ ‐ ‐ 618
Prêmios e emolumentos
recebidos 4.163 ‐ ‐ ‐ 4.163
Outros depósitos 42.482 8.983 1.776 ‐ 53.241
Total 30 de junho de
2014 47.263 8.983 1.776 ‐ 58.022
Total 31 de dezembro de
2013 46.575 11.799 3.324 1.374 63.072
Junho de 2014
56
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20. Provisões técnicas – seguros
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Danos (20.1) 3.262.109 3.211.389 3.086.638 3.028.886
Pessoas (20.2) 150.079 144.635 153.942 148.856
Vida individual (20.3) 91.949 81.440 85.439 75.279
Total 3.504.137 3.437.464 3.326.019 3.253.021
Circulante 3.484.186 3.306.086
Não circulante 19.951 19.933
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
20.1 Danos
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos 2.532.118 2.519.199 2.531.057 2.508.879
Sinistros e benefícios a l iquidar 495.600 457.830 424.158 388.608
Provisão de sinistros ocorridos mas
não avisados 202.189 202.158 100.820 100.796
Outras Provisões 32.202 32.202 30.603 30.603
Total 3.262.109 3.211.389 3.086.638 3.028.886
Circulante 3.243.653 3.068.184
Não circulante 18.456 18.454
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
57
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.2 Pessoas
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos 64.600 64.580 67.945 67.882
Sinistros e benefícios a l iquidar 56.958 51.560 56.893 51.895
Provisão de sinistros ocorridos mas
não avisados 26.118 26.092 26.728 26.703
Provisão complementar de cobertura 156 156 156 156
Outras Provisões 2.247 2.247 2.220 2.220
Total 150.079 144.635 153.942 148.856
Circulante 149.459 153.327
Não circulante 620 615
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
20.3 Vida individual
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos 71.319 71.319 64.734 64.734
Sinistros e benefícios a l iquidar 9.870 813 10.266 1.505
Provisão de sinistros ocorridos mas
não avisados 6.386 4.934 6.076 4.677
Outras provisões 4.374 4.374 4.363 4.363
Total 91.949 81.440 85.439 75.279
Circulante 91.074 84.575
Não circulante 875 864
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
58
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.4 Garantia das provisões técnicas
De acordo com as normas vigentes, foram vinculados à SUSEP os seguintes ativos:
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Danos 3.262.109 3.086.638
Pessoas 150.079 153.942
Vida individual 91.949 85.439
Total das provisões técnicas 3.504.137 3.326.019
(‐) Operações com resseguradoras (66.673) (72.998)
(‐) Custos de aquisição diferidos (*) (339.257) (312.696)
(‐) Fundos e reservas retidos pelo IRB (290) (290)
(‐) Direitos creditórios (**) (1.149.084) (1.231.664)
(‐) Depósitos Judicias (7.144) (6.044)
Montante a ser garantido 1.941.689 1.702.327
Títulos de renda fixa ‐ públicos 1.055.965 517.357
Títulos de renda fixa ‐ privados 328.696 285.110
Quotas de fundos de investimento 541.500 963.609
Imóveis 115.894 113.899
Garantias das provisões técnicas 2.042.055 1.879.975
Excedente 100.366 177.648
(*) A Circular SUSEP nº 461/13 possibilitou a dedução dos custos de aquisição diferidos liquidados, da necessidade de cobertura das provisões técnicas por ativos garantidores. (**) Montante correspondente às parcelas a vencer componentes dos prêmios a receber e de apólices de riscos a decorrer.
59
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.5 Movimentação do passivo de contratos de seguro e ativo de resseguro
Passivo de
Contratos
de Seguros
Ativos de
Contratos
Resseguros
Saldo em 31 de dezembro de 2012 3.009.313 49.902
Novos contratos emitidos e sinistros avisados 8.339.487 115.957
Riscos expirados (*) (5.695.330) (41.851)
Pagamentos e recebimentos (2.327.451) (49.064)
"Impairment" de ativos resseguro ‐ (1.946)
Saldo em 31 de dezembro de 2013 3.326.019 72.998
Novos contratos emitidos e sinistros avisados 4.541.624 44.239
Riscos expirados (*) (3.049.448) (25.104)
Pagamentos e recebimentos (1.314.058) (23.551)
"Impairment" de ativos resseguro ‐ (1.909)
Saldo em 30 de junho de 2014 3.504.137 66.673
(*) Referem‐se, substancialmente, a amortização da PPNG e aos sinistros encerrados sem indenização.
20.6 Desenvolvimento de provisões
A tabela abaixo mostra a movimentação das provisões para sinistros da Companhia (em
milhões), denominada de tábua de desenvolvimento de sinistros (*):
Junho
2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Provisões para sinistros no
fim do exercício anterior 361,9 364,4 311,0 335,8 431,7 482,7 484,6 527,5
Sinistros avisados 1.333,3 1.605,0 1.777,2 1.978,5 2.338,4 2.397,1 2.557,2 1.456,8
Exercício atua l 1.265,3 1.523,0 1.618,8 1.809,6 2.235,7 2.233,7 2.395,9 1.307,5
Exercícios anteriores 68,0 82,0 158,4 168,9 102,7 163,4 161,3 149,3
Pagamentos (1.330,8) (1.658,4) (1.752,4) (1.882,6) (2.287,4) (2.395,2) (2.514,3) (1.423,7)
Exercício atua l (1.151,1) (1.482,8) (1.515,2) (1.650,4) (2.022,5) (2.036,3) (2.200,1) (1.099,4)
Exercícios anteriores (179,7) (175,6) (237,2) (232,2) (264,9) (358,9) (314,2) (324,3)
Provisões para sinistros no
fim do período ‐ bruto de
resseguro 364,4 311,0 335,8 431,7 482,7 484,6 527,5 560,6
Provisões para sinistros no
fim do período ‐ líquido de
resseguro 346,7 298,2 315,2 411,1 455,5 456,9 478,5 509,0
Dezembro
(*) Não incluem DPVAT e retrocessão. A inclusão dessas provisões pode distorcer as informações apresentadas
nesta tabela, tendo em vista que tais provisões não são materiais (retrocessão) ou são calculadas com base em
diferentes metodologias (DPVAT). O critério de apresentação das provisões para sinistro é sua data de ocorrência.
60
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
A tabela a seguir mostra o desenvolvimento de pagamentos de sinistros (em milhões). A linha
“sobra (falta) cumulativa” reflete a diferença entre o último valor da provisão reestimada e o
valor da provisão estabelecida originalmente. O objetivo dessa tabela é demonstrar a
consistência da política de provisionamento de sinistros da Companhia:
Junho
2006 2007 2008 2009 2010 2011 2012 2013 2014
Provisões para sinistros 361,9 364,4 311,0 335,8 431,7 482,7 484,6 527,5 560,6
Valor cumulativo e pago até
Um ano mais tarde 179,8 175,6 237,3 232,2 264,9 358,9 314,2 324,3 ‐
Dois anos mais tarde 212,3 213,5 258,9 251,4 330,6 386,9 331,4 ‐ ‐
Três anos mais tarde 237,6 227,4 274,1 303,7 352,9 398,9 ‐ ‐ ‐
Quatro anos mais tarde 250,1 240,4 320,0 323,8 363,4 ‐ ‐ ‐ ‐
Cinco anos mais tarde 262,5 281,9 338,0 332,4 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Seis anos mais tarde 300,1 296,5 345,3 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Sete anos mais tarde 313,5 302,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Oito anos mais tarde 317,6 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Provisões reestimadas
Um ano mais tarde 124,7 111,3 126,6 160,2 124,8 158,0 175,9 230,8 ‐
Dois anos mais tarde 94,9 104,0 134,8 106,7 130,8 154,0 181,8 ‐ ‐
Três anos mais tarde 89,5 111,0 87,6 112,2 130,8 162,1 ‐ ‐ ‐
Quatro anos mais tarde 93,8 75,2 91,8 111,0 138,4 ‐ ‐ ‐ ‐
Cinco anos mais tarde 64,5 76,5 89,8 119,7 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Seis anos mais tarde 64,9 75,3 97,9 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Sete anos mais tarde 64,6 84,0 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Oito anos mais tarde 72,7 ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐ ‐
Sobra (falta) cumulativa ‐
bruta de resseguro (28,4) (21,5) (132,2) (116,3) (70,1) (78,4) (28,7) (27,7) 560,6
Sobra (falta) cumulativa ‐
líquida de resseguro (23,7) (15,7) (116,2) (100,6) (62,0) (79,2) (39,7) (64,0) 509,0
20.7 Provisão de sinistros a liquidar – judicial
A tabela a seguir demonstra a movimentação dos sinistros judiciais:
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Saldo inicial 169.608 159.941 154.066 144.652
Total pago no período (17.576) (17.541) (37.556) (37.515)
Novas constituições no período 26.838 25.905 44.896 41.611
Baixas da provisão por êxito (16.721) (16.598) (19.321) (16.984)
Baixa da provisão por alteração de
estimativas ou probabi l idades (30.897) (29.222) (51.523) (45.082)
Alteração da provisão por reestimativa,
atual ização monetária e juros (i ) 45.365 41.899 79.046 73.259
Saldo final (ii) 176.617 164.384 169.608 159.941
Quantidade de processos 8.821 8.821 8.126 8.126
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
(i) Atualização monetária de acordo com a taxa de atualização monetária dos débitos judiciais do Tribunal de Justiça de São Paulo. (ii) Não incluem saldos de DPVAT.
61
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
20.7.1 Prazo médio pendente de pagamento
A tabela a seguir demonstra o prazo médio de pagamento dos processos judiciais decorrentes
de sinistros:
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Até 30 dias 856 359
De 31 a 60 dias 615 31
De 61 a 120 dias 1.009 1.165
De 121 a 180 dias 904 2.115
De 181 a 365 dias 4.934 5.245
Acima de 365 dias 168.299 160.693
176.617 169.608
21. Outros débitos – provisões judiciais A Companhia é parte envolvida em processos judiciais, de naturezas tributária, trabalhista e
cível. As provisões decorrentes desses processos são estimadas e atualizadas pela
Administração, amparada pela opinião do departamento jurídico da Companhia e de seus
consultores externos, contudo existem incertezas na determinação da probabilidade de perda
das ações, no valor esperado de saída de caixa e no prazo final destas saídas. Os saldos e as
movimentações das provisões para processos estão demonstrados a seguir:
Dezembro
de 2013
Fiscais Trabalhistas Cíveis Total Total
Saldo inicial 806.818 10.023 13.116 829.957 2.095.740
Constituições 11.097 367 1.226 12.690 164.367
Reversões/pagamentos ‐ (523) (539) (1.062) (1.641.748)
Atualização monetária 24.327 568 447 25.342 211.598
Saldo final 842.242 10.435 14.250 866.927 829.957
Quantidade de processos
(unidades) 10 453 350 813 848
Junho
de 2014
(a) Provisão para processos fiscais
As ações judiciais de natureza fiscal (tributária), quando classificadas como obrigações legais, são objeto de constituição de provisão independentemente de sua probabilidade de perda. As obrigações legais da Companhia estão classificadas como probabilidade de perda possível. As demais ações judiciais fiscais são provisionadas, desde que a classificação de risco de perda seja provável. Segue a composição destes processos por natureza:
62
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
PIS 441.387 417.218
Imposto de renda 208.425 203.833
INSS ‐ autônomos 137.820 135.081
Contribuição social ‐ dedutibi l idade base
imposto 35.403 36.133
Programa de alimentação ao trabalhador ‐ PAT 8.301 7.150
Outras 10.906 7.403
842.242 806.818
O descritivo dos principais processos judiciais fiscais encontra‐se nas Demonstrações Financeiras de 31 de dezembro de 2013. Não houve alteração relevante nos posicionamentos desses processos.
(b) Contingências fiscais e previdenciárias
A Companhia é parte em outras ações de natureza fiscal e previdenciária que não são
classificadas como obrigações legais e não são reconhecidas contabilmente, quando
classificadas como perda possível ou remota. Os valores envolvidos em ações fiscais e
previdenciárias de perda possível tem seu risco total estimado em R$ 186.845 (R$ 177.910 em
dezembro de 2013). A principal refere‐se à discussão do INSS sobre participação nos lucros e
resultados da Companhia.
(c) Provisão para processos e contingências trabalhistas
A Companhia é parte em ações de natureza trabalhista. Os pedidos mais frequentes referem‐
se a horas extras, reflexo das horas extras, descanso semanal remunerado, verbas rescisórias,
equiparação salarial e descontos indevidos. A probabilidade desses processos judiciais está
classificada como perda provável. O prazo médio para os desfecho das ações trabalhistas na
Companhia é de 30 meses.
Adicionalmente às provisões registradas existem outros passivos contingentes no montante de
R$ 6.465 (R$ 6.916 em dezembro de 2013) para os quais, com base na avaliação dos
advogados da Companhia (perda possível), não há constituição de provisão. Apesar das
incertezas envolvidas na determinação dessas obrigações, a Administração não espera que
haja efeitos significativos no resultado da Companhia pelo desfecho destas ações.
(d) Provisão para processos e contingências cíveis
A Companhia é parte integrante em processos de natureza cível. Os pedidos mais frequentes
referem‐se a danos morais, materiais, corporais e sucumbência. A probabilidade desses
processos judiciais está classificada como perda provável. O prazo médio para os desfecho das
ações cíveis na Companhia é de 24 meses.
63
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Adicionalmente às provisões registradas existem outros passivos contingentes, não registrados
contabilmente, no montante em riscos de R$ 51.936 (R$ 45.849 em dezembro de 2013), para
os quais, com base na avaliação dos advogados da Companhia, as perdas são consideradas
possíveis, não havendo constituição de provisão para esses processos. Apesar das incertezas
envolvidas na determinação dessas obrigações, a Administração não espera que haja efeitos
significativos no resultado da Companhia pelo desfecho destas ações.
22. Patrimônio líquido
(a) Capital social
Em 30 de junho de 2014 e 31 de dezembro de 2013, o capital social autorizado, subscrito e
integralizado era de R$ 830.000, dividido em 440.164.637 (unidades) ações ordinárias
nominativas escriturais e sem valor nominal. Em 15 de fevereiro e 23 de julho de 2013 foram
aprovados pela SUSEP aumentos de capital no montante de R$ 50.000 e R$ 30.000,
respectivamente. Adicionalmente, existe o montante de R$ 280.000 de aumento de capital
aprovado pela AGO/E de 31 de março de 2014 e pela SUSEP em 17 de julho de 2014.
(b) Reserva de reavaliação
Constituída em exercícios anteriores em decorrência das reavaliações de bens do ativo
imobilizado com base em laudos de avaliação, emitidos por peritos especializados.
A realização dessa reserva, proporcional à depreciação dos bens reavaliados, foi transferida
para lucros acumulados no período no montante de R$ 662 em 30 de junho de 2014 (R$ 1.324
em 31 de dezembro de 2013). Esse valor será considerado para cálculo de dividendos mínimos
obrigatórios. A Administração decidiu pela manutenção dos saldos existentes da reserva de
reavaliação até a efetiva realização, conforme previsto na Lei nº 11.638/07.
(c) Reservas de lucros
(i) Reserva Legal
A reserva legal, constituída mediante a apropriação de 5% do lucro líquido do exercício, tem
por finalidade assegurar a integridade do capital social, em conformidade com o artigo 193 da
Lei nº 6.404/76. Em 30 de junho de 2014, seu saldo era de R$ 113.079 (R$ 213.079 em 31 de
dezembro de 2013).
(ii) Reserva Estatutária
A reserva para manutenção de participações societárias tem como finalidade preservar a integridade do patrimônio social e a participação da Companhia em suas controladas e coligadas, evitando a descapitalização resultante da distribuição de lucros não realizados. Serão destinados a essa reserva, em cada exercício, os lucros líquidos não realizados que ultrapassarem o valor destinado à reserva de lucros a realizar prevista no artigo 197 da Lei nº 6.404/76. Em 30 de junho de 2014, seu saldo era de R$ 980.998 (R$ 1.002.998 em 31 de
64
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
dezembro de 2013). O limite dessa reserva será o valor total dos lucros não realizados da Companhia, observado ainda que o saldo das reservas de lucros não deve ultrapassar o saldo do capital social.
(d) Ajustes de avaliação patrimonial
Os ajustes de avaliação patrimonial da Companhia referem‐se, principalmente, a variação do valor justo dos ativos financeiros disponíveis para venda, líquidos dos efeitos tributários (ver nota explicativa nº 6.1.2).
(e) Dividendos e juros sobre o capital próprio
De acordo com o estatuto social, são assegurados aos acionistas dividendos mínimos
obrigatórios de 25%, calculados sobre o lucro líquido do exercício ajustado. O pagamento dos
dividendos obrigatórios poderá ser limitado ao montante do lucro líquido que tiver sido
realizado nos termos da lei. O pagamento de Juros sobre o Capital Próprio ‐ JCP (líquido dos
efeitos tributários) é imputado aos dividendos mínimos obrigatórios. A provisão relacionada a
qualquer valor acima do mínimo obrigatório será constituída na data em que for aprovada,
antes disso será mantida no patrimônio líquido, conforme apresentado na demonstração das
mutações do patrimônio líquido.
A AGO/E de 31 de março de 2014 aprovou a distribuição de dividendos adicionais no valor de
R$ 180.000, referente ao exercício de 2013. Adicionalmente, foi referendada a distribuição de
JCP referente ao exercício de 2013 no montante de R$ 68.680, líquido de imposto de renda.
65
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(f) Demonstração do patrimônio líquido ajustado – PLA e Margem de Solvência
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Patrimônio l íquido 2.483.538 2.491.037
(‐) Participação em sociedades financeiras e não
financeiras (339.434) (377.716)
(‐) Despesas antecipadas (17.821) (6.466)
(‐) Ativos intangíveis (296.066) (251.700)
Patrimônio líquido ajustado (PLA) 1.830.217 1.855.155
Margem de solvência (I) (i) ‐ 1.095.971
Capital base (II) 15.000 15.000
Capital de risco de subscrição 1.132.929 1.052.992
Capital de risco de crédito 146.722 142.554
Capital de risco operacional 42.360 33.803
Efeito da correlação entre os capitais de risco (66.687) (64.519)
Total de capital de risco (III) 1.255.324 1.164.830
Capital Mínimo Requerido (maior entre I, II e II) 1.255.324 1.164.830
Suficiência de capital 574.893 690.325
(i) A Resolução CNSP nº 302/2013 extinguiu a partir de 1º de janeiro de 2014 a margem de solvência como componente do capital mínimo requerido.
23. Variações das provisões técnicas de prêmios
As despesas com provisões técnicas apresentaram a seguinte variação:
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Bruto de
resseguro
Líquido de
resseguro
Provisão de prêmios não ganhos (128.176) (140.823) (46.315) (59.526)
Provisão de riscos não expirados (7.678) (7.678) (14.923) (14.923)
Outras provisões (1.084) (1.084) 1.092 1.092
(136.938) (149.585) (60.146) (73.357)
1º Semestre
2014 2013
66
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
24. Prêmios ganhos
Prêmios
ganhos
Prêmios
cedidos
(resseguro)
%
Ressegurado
Prêmios
ganhos
Prêmios
cedidos
(resseguro)
%
Ressegurado
Automóveis 1.547.607 ‐ ‐ 1.378.977 ‐ ‐
Resp. Civi l Facultativa
Veículos 394.964 ‐ ‐ 351.465 ‐ ‐
Fiança Locatícia 161.856 ‐ ‐ 142.286 ‐ ‐
Compreensivo Empresarial 144.361 (12.375) 8,6 127.256 (5.709) 4,5
DPVAT 113.989 ‐ ‐ 70.525 ‐ ‐ Assistência e Outras
Coberturas ‐ Auto 97.679 ‐ ‐ 89.592 ‐ ‐
Compreensivo Residencial 78.756 (550) 0,7 59.703 (734) 1,2
Vida Individual 55.339 (3.622) 6,5 49.982 (2.712) 5,4
Vida em grupo 53.924 (633) 1,2 56.962 (571) 1,0
Eventos Aleatórios 38.309 (32) 0,1 34.934 (21) 0,1
Acidentes Pessoais de
Passageiros 28.672 (5) ‐ 25.247 (2) ‐
Acidentes Pessoais Coletivos 27.224 (231) 0,8 26.034 (366) 1,4
Resp. Civi l. Rodov. ‐ Carga 24.883 (83) 0,3 28.211 (41) 0,1
Riscos Diversos 20.701 (61) 0,3 16.697 (17) 0,1
Acidentes Pessoais
Individuais 19.567 (1.476) 7,5 18.371 (1.294) 7,0
Prestamista 18.604 (31) 0,2 16.054 ‐ ‐
Agrícola sem Cobertura do
FESR 17.158 (12.009) 70,0 20.247 (14.473) 71,5
Resp. Civi l do Transportador
Desvio de Carga 16.330 (53) 0,3 11.947 (32) 0,3
Transporte Nacional 14.730 (41) 0,3 13.137 44 (0,3)
Compreensivo Condomínio 11.987 (3.993) 33,3 9.781 (1.771) 18,1
Demais Ramos 43.120 (3.718) 8,6 50.597 (5.971) 11,8
2.929.760 (38.913) 1,3 2.598.005 (33.670) 1,3
1º Semestre
20132014
67
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
25. Sinistros ocorridos
Sinistros
ocorridos
Índice de
sinistrali‐
dade (%)
Sinistros
ocorridos
Índice de
sinistrali‐
dade (%)
Automóveis (889.096) 61,5 (710.351) 51,5
Resp. Civil Facultativa Veículos (193.549) 49,0 (167.086) 47,5
Fiança Locatícia (40.283) 24,9 (33.672) 23,7
Compreensivo Empresarial (49.037) 34,0 (62.512) 49,1
DPVAT (100.545) 88,2 (62.422) 88,5
Assistência e Outras Coberturas ‐ Auto (69.802) 7,0 (65.263) 72,8
Compreensivo Residencial (25.901) 32,9 (21.072) 35,3
Vida Individual (14.814) 26,8 (16.667) 33,3
Vida em grupo (25.549) 47,4 (27.026) 47,4
Eventos Aleatórios (9.219) 24,1 (7.847) 22,5
Acidentes Pessoais de Passageiros (1.762) 6,1 (353) 1,4
Acidentes Pessoais Coletivos (5.017) 18,4 (5.267) 20,2
Resp. Civil. Rodov. ‐ Carga (5.857) 23,5 (15.737) 55,8
Riscos Diversos (4.775) 23,1 (4.093) 24,5
Acidentes Pessoais Individuais (3.016) 15,4 (6.790) 37,0
Prestamista (2.822) 15,2 (3.473) 21,6
Agrícola sem Cobertura do FESR (9.161) 53,4 (3.372) 16,7
Resp. Civil do Transportador Desvio de Carga (15.439) 94,5 (2.398) 20,1
Transporte Nacional (4.205) 28,5 (4.118) 31,3
Compreensivo Condomínio (5.581) 46,6 (5.447) 55,7
Demais Ramos (8.123) 18,8 (9.646) 19,1
(1.483.553) 50,6 (1.234.612) 47,5
1º Semestre
20132014
68
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
26. Custos de aquisição
Custos de
aquisição
Índice de
comissiona‐
mento (%)
Custos de
aquisição
Índice de
comissiona‐
mento (%)
Automóveis (335.869) 21,7 (293.299) 21,3
Resp. Civi l Facultativa Veículos (81.761) 20,7 (70.309) 20,0 Fiança Locatícia (47.727) 29,5 (39.537) 27,8
Compreensivo Empresarial (39.598) 27,4 (33.551) 26,4
DPVAT (1.668) 1,5 (1.025) 1,5
Assistência e Outras Coberturas ‐ Auto (20.895) 21,4 (21.769) 24,3
Compreensivo Residencial (24.909) 31,6 (18.110) 30,3
Vida Individual (15.046) 27,2 (15.843) 31,7
Vida em grupo (13.906) 25,8 (15.849) 27,8
Eventos Aleatórios (10.709) 28,0 (7.720) 22,1
Acidentes Pessoais de Passageiros (5.983) 20,9 (5.174) 20,5
Acidentes Pessoais Coletivos (7.615) 28,0 (7.554) 29,0
Resp. Civi l . Rodov. ‐ Carga (5.312) 21,3 (6.968) 24,7
Riscos Diversos (3.754) 18,1 (3.375) 20,2
Acidentes Pessoais Individuais (3.501) 17,9 (1.982) 10,8
Prestamista (4.459) 24,0 (3.221) 20,1
Agrícola sem Cobertura do FESR (2.385) 13,9 (2.777) 13,7 Resp. Civi l do Transportador Desvio de Carga (2.010) 12,3 (1.370) 11,5
Transporte Nacional (3.687) 25,0 (3.410) 26,0
Compreensivo Condomínio (3.126) 26,1 (2.650) 27,1
Demais Ramos (9.035) 21,0 (11.133) 22,0
(642.955) 21,9 (566.626) 21,8
1º Semestre
2014 2013
26.1 Custos de aquisição ‐ por tipo de despesa
2014 2013
Comissões sobre prêmios retidos (644.577) (581.844)
Outras despesas de comercialização (916) (405)
Variação das despesas de comercialização diferidas 2.538 15.623
(642.955) (566.626)
1º Semestre
69
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
27. Outras receitas e despesas operacionais
2014 2013
Receitas com operações de seguros 448 323
Receitas com operações de seguros ‐ DPVAT 1.538 1.617
Total de outras receitas 1.986 1.940
Despesas com porto socorro (29.814) (29.463)
Despesas com dispositivo anti‐furto (22.788) (19.119)
Despesas com cobrança (20.333) (16.805)
Despesas com inspeção de riscos (17.250) (14.678)
Despesas com encargos sociais (13.334) (11.841)
Despesas com adm. de apólices e contratos (10.039) (12.939)
Lucros atribuídos (224) (159)
Provisão para devedores duvidosos 2.207 (1.489)
Outras (47.068) (28.965)
Total de outras despesas (158.643) (135.458)
Outras receitas e despesas operacionais (156.657) (133.518)
1º Semestre
28. Despesas administrativas
2014 2013
Pessoal e benefícios pós‐emprego (392.027) (344.734)
Serviços de terceiros (140.980) (106.277)
Localização e funcionamento (178.316) (159.776)
Despesas recuperadas (*) 237.624 175.820
Publicidade e publicações legais (46.701) (24.213)
Donativos e contribuições (8.732) (5.706)
Convênio DPVAT (3.263) (2.034)
Outras (3.318) (5.558)
(535.713) (472.478)
1º Semestre
(*) Referem‐se, principalmente, a rateio de gastos com recursos de uso comum pelas empresas do grupo Porto
Seguro.
70
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
29. Despesas com tributos
2014 2013
PIS (9.317) (9.406)
COFINS (*) ‐ (57.883)
Outras (4.549) (2.295)
(13.866) (69.584)
1º Semestre
(*) Durante o exercício de 2014 não há despesas de Cofins, devido ao êxito da ação em 12 de dezembro de 2013,
movida pela Companhia que discutia essa tributação, bem como a base de cálculo fixada pela Lei nº 9.718/98.
30. Resultado financeiro
2014 2013
Ganhos l íquidos de variação no valor justo e
receita de juros de ativos financeiros ao valor
justo por meio do resultado 55.153 68.018
Receita de juros de:
‐ Ativos financeiros disponíveis para a venda 58.979 ‐
‐ Fracionamento de prêmios de operações de
seguros 57.226 57.044
Variação monetárias dos depósitos judiciais 19.153 7.495
Outras 13.092 4.699
Total de receitas financeiras 203.603 137.256
Variações monetárias de encargos sobre tributos
a longo prazo (18.985) (38.723)
Operações de seguro (10.722) (12.882)
Outras (1.168) ‐
Total de despesas financeiras (30.875) (51.605)
Resultado financeiro 172.728 85.651
1º Semestre
31. Resultado patrimonial
2014 2013
Resultado de equivalência patrimonial (*) 24.270 14.383
Resultado com imobilizado de renda 3.695 3.496
27.965 17.879
1º Semestre
(*) Ver nota explicativa nº 14.
71
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
32. Transações com partes relacionadas
As operações realizadas entre partes relacionadas são efetuadas a valores, prazos e taxas
médias compatíveis às praticadas com terceiros, vigentes nas respectivas datas. As principais
transações são:
(i) Despesas administrativas repassadas pela utilização da estrutura física e de pessoal;
(ii) Aluguéis dos prédios cobrados pela controlada Porto Vida;
(iii) Prestação de serviços do seguro saúde contratados da controlada Porto Saúde;
(iv) Prestação de serviços de monitoramento efetuado pela ligada Proteção e
Monitoramento;
(v) Prestação de serviços de administração de carteiras contratados da ligada Portopar;
(vi) Convênio de utilização do meio de pagamento cartão de crédito entre a Companhia e
a ligada Portoseg para pagamento de apólices de seguros;
(vii) Prestação de serviços de “Call Center” contratados da Porto Atendimento;
(viii) Subscrição de títulos de capitalização entre a Porto Capitalização e a Porto Cia.
(a) Os saldos a receber e a pagar por transações com partes relacionadas estão demonstrados
a seguir:
72
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Junho
de 2014
Dezembro
de 2013
Ativo (NE 11)
‐ Controladas
Porto Saúde 5.625 4.925
Porto Vida 1.528 1.150
‐ Ligadas
Itaú Auto e Residência 11.338 9.433
Azul Seguros 10.871 21.040
Portoseg 2.990 1.409
Porto Atendimento 2.245 2.066
Porto Consórcio 1.690 1.418
Porto Serviços 1.629 915
Proteção e Monitoramento 1.446 821
Serviços Médicos 603 559
Portopar 429 254
Bioqualynet 172 ‐
Porto Telecomunicações 162 ‐
Porto Capitalização 154 83
Portomed S.A. 134 88
Crediporto 95 48
Porto Renova 72 119
Bioqualynet Sul 6 18
Conecta Serviços 6 5
Porto Investimentos ‐ 3
41.195 44.354
Passivo (NE 17.1)
‐ Controladora
Porto Seguro S.A. 22 27
‐ Ligadas
Porto Investimentos 23 ‐
Bioqualynet ‐ 305
Porto Odonto ‐ 172
Porto Telecomunicações ‐ 14
45 518
73
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
2014 2013 2014 2013
Demonstração do resultado
‐ Controladora
Porto Seguro S.A. 5 35 ‐ ‐
‐ Controladas diretas
Porto Vida 9.588 8.069 (2.201) (2.134)
Porto Saúde 34.053 31.653 (19.357) (18.063)
Porto Capitalização 1.116 419 (3.038) (2.480)
‐ ‐
‐ Ligadas ‐ ‐
Azul Seguros 68.314 56.032 ‐ ‐
Itaú Auto e Residência 55.412 41.231 ‐ ‐
Portoseg 19.310 13.820 (5.486) (5.471)
Porto Seguro Atendimento 12.571 9.287 (28.115) (25.851)
Proteção e Monitoramento 9.547 10.164 (6.357) (5.076)
Porto Consórcio 10.131 8.071 ‐ ‐
Serviços Médicos 2.474 2.605 (68) (61)
Portopar 2.325 1.640 (459) (544)
Porto Seguro Serviços 672 937 (961) (755)
Porto Telecomunicações 519 525 (3.625) ‐
Portomed S.A. 732 297 ‐ ‐
Crediporto 516 345 ‐ ‐
Porto Renova 507 214 ‐ ‐
Bioqualynet 783 ‐ ‐ ‐
Conecta Serviços 34 21 (1.584) ‐
Bioqualynet Sul 2 ‐ ‐ ‐
228.611 185.365 (71.251) (60.435)
Receitas Despesas
1º Semestre 1º Semestre
(b) Transações com pessoal‐chave da administração, remuneração paga ou a pagar por
serviços está demonstrada a seguir:
2014 2013
Participação nos lucros – administradores 12.519 10.596
Honorários de diretoria e encargos 5.951 5.029
18.470 15.625
1º Semestre
33. Outras informações
(a) Comitê de Auditoria
O Relatório do Comitê de Auditoria foi publicado em conjunto com as demonstrações
financeiras de 30 de junho de 2014 da Porto Seguro S.A.. A atuação do Comitê de Auditoria da
Companhia abrange todas as sociedades do grupo Porto Seguro, sendo exercida a partir da
Porto Seguro S.A., companhia aberta, detentora do controle das sociedades que integram o
grupo.
74
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(b) Lei nº 12.973/14
A Lei 12.973 de 13 de maio de 2014, conversão da Medida Provisória nº 627/2013, promoveu
alterações no IRPJ, CSLL, PIS e COFINS, com vigência para 2015, permitindo ao contribuinte
adesão às novas regras já em 2014, de forma irretratável. A referida medida provisória dentre
outros assuntos, tratou especialmente em harmonizar a legislação tributaria com os critérios e
procedimentos contábeis introduzidos pelas Leis 11.638/2007 e 11.941/2009, bem como a
extinção do RTT (Regime Tributário de Transição) e novas regras de tributação da pessoa
jurídica domiciliada no Brasil com relação aos lucros auferidos no exterior por controladas e
coligadas e, alterações na forma de utilização do ágio. A Companhia não aderiu os efeitos
trazidos pela Lei 12.973 para o ano de 2014. Com base no texto vigente entende‐se que para o
ano de 2015 não haverá impactos relevantes nas demonstrações contábeis desta Companhia.
A Companhia, com o ganho da ação da COFINS deixará de recolher essa contribuição no ano‐
calendário de 2014 e passará a recolher tal contribuição no ano de 2015, de acordo com a
nova base de cálculo imposta pela Lei 12.973/2014.
(c) Medida Provisória nº 651
A Medida Provisória nº 651 de, 10 de julho de 2014, promoveu alterações nas regras do
Parcelamento Especial instituído pela Lei nº 12.996, de 20 de junho de 2014, e a possibilidade
de liquidação de saldo de parcelamento com a utilização de créditos de prejuízo fiscal e de
base de cálculo negativa da CSLL. Tendo em vista que até a publicação deste balanço, a medida
provisória não tenha sido convertida em lei, é possível que haja mais alterações, inclusões
e/ou exclusões ao texto originariamente proposto. A Companhia está avaliando os possíveis
benefícios e impactos da referida medida provisória.
(d) Evento subsequente
A SUSEP aprovou por meio da portaria nº 5.945 de 17 de julho de 2014, o aumento de capital
da Companhia no montante de R$ 280.000, efetuado por meio da integralização de reservas
de lucros.
75
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
(e) Composição acionária
Porto Seguro Cia de Seguros Gerais Quant. Ações %
Porto Seguro S.A 440.164.637 100,00%
440.164.637 100,00%
Porto Seguro S.A. Quant. Ações %
Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. 228.941.889 70,82%
Outros 94.351.141 29,18%
323.293.030 100,00%
Porto Seguro Itaú Unibanco Participações S.A. Quant. Ações %
Pares Empreendimentos e Participações S.A. 94.021.035 41,07%
Itauseg Participações S.A. 52.808.249 23,07%
Itaú Unibanco S.A. 43.651.038 19,07%
Rosag Empreendimentos e Participações S.A. 36.169.533 15,80%
Jayme Brasi l Garfinkel 458.802 0,20%
Outros 1.833.232 0,79%
228.941.889 100,00%
Pares Empreendimentos e Participações S.A. Quant. Ações %
Jayme Brasi l Garfinkel 18.285.878 32,86%
Cleusa Campos Garfinkel 16.986.763 30,52%
Ana Luiza Campos Garfinkel 10.192.058 18,31%
Bruno Campos Garfinkel 10.192.058 18,31%
Ações ON 55.656.757 100,00%
Ana Luiza Campos Garfinkel 6.794.705 50,00%
Bruno Campos Garfinkel 6.794.705 50,00%
Ações PN 13.589.410 100,00%
Rosag Empreendimentos e Participações S.A. Quant. Ações %
Jayme Brasi l Garfinkel 2.975.014 100,00%
2.975.014 100,00%
Itauseg Participações S.A. Quant. Ações %
Banco Itaucard S.A. 1.582.676.639 31,21%
Itaú Unibanco S.A. 2.933.672.311 57,85%
Banco Itaú BBA S.A. 554.902.067 10,94%
5.071.251.017 100,00%
Itaú Unibanco S.A. Quant. Ações %
Itaú Unibanco Holding S.A. 2.124.156.731 100,00%
Ações ON 2.124.156.731 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. 2.057.245.497 100,00%
Ações PN 2.057.245.497 100,00%
Banco Itaucard S.A. Quant. Ações %
Itaú Unibanco S.A. 233.014.359.491 97,92%
Outros 4.948.280.291 2,08%
Ações ON 237.962.639.782 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. 1.277.933.118 100,00%
Ações PN 1.277.933.118 100,00%
76
Porto Seguro Companhia de Seguros Gerais
Banco Itaú BBA S.A. Quant. Ações %
Itaú Unibanco Holding S.A. 4.474.437 100,00%
Ações ON 4.474.437 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. 4.474.436 100,00%
Ações PN 4.474.436 100,00%
Itaú Unibanco Holding S.A. Quant. Ações %
IUPAR ‐ Itaú Unibanco Participações S.A. 1.412.718.681 51,00%
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. 1.071.022.909 38,66%
Outros 286.294.954 10,34%
Ações ON 2.770.036.544 100,00%
Outros 2.760.796.137 100,00%
Ações PN 2.760.796.137 100,00%
IUPAR ‐ Itaú Unibanco Participações S.A. Quant. Ações %
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. (ações classe A) 355.227.092 50,00%
Companhia E. Johnston de Participações (ações classe B) 355.227.092 50,00%
Ações ON 710.454.184 100,00%
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. 350.942.273 100,00%
Ações PN 350.942.273 100,00%
Itaúsa ‐ Investimentos Itaú S.A. Quant. Ações %
Fundação Petrobrás de Seguridade Social ‐ PETROS 352.863.556 15,00%
Alfredo Egydio Arruda Vil lela Fi lho 278.822.933 11,85%
Ana Lucia de Mattos Barretto Vil lela 278.822.933 11,85%
Fundação Itaú Social 265.756.199 11,30%
Rudric ITH S.A. 182.066.061 7,74%
Outros 994.092.025 42,26%
Ações ON 2.352.423.707 100,00%
Alfredo Egydio Arruda Vil lela Fi lho 153.189.146 4,08%
Ana Lucia de Mattos Barretto Vil lela 142.814.249 3,80%
Rudric ITH S.A. 118.643.826 3,16%
Outros 3.343.063.058 88,96%
Ações PN 3.757.710.279 100,00%
Companhia E. Johnston de Participações Quant. Ações %
Fernando Roberto Moreira Salles 490 25,00%
João Moreira Salles 490 25,00%
Pedro Moreira Salles 490 25,00%
Walther Moreira Salles 490 25,00%
Ações ON 1.960 100,00%
Fernando Roberto Moreira Salles 980 25,00%
João Moreira Salles 980 25,00%
Pedro Moreira Salles 980 25,00%
Walther Moreira Salles 980 25,00%
Ações PN 3.920 100,00%
Rudric ITH S.A. Quant. Ações %
Maria de Lourdes Egydio Vil lela 859.593.258 100,00%
859.593.258 100,00% ***
77
Rosa Garfinkel Presidente de Honra
Fábio Luchetti Diretor Presidente
Luiz Alberto Pomarole Diretor Geral
Fábio Ohara Morita Diretor Técnico
Marcelo Barroso Picanço Diretor Financeiro e Diretor de Produto ‐ Seguro de Pessoas
Lauriberto Tadeu Tavares Diretor Operacional
Marcelo Sebastião da Silva Diretor de Produto ‐ Automóvel
Edson Frizzarim Diretor de Produto ‐ Ramos Elementares
José Luís Schneedorf Ferreira da Silva Diretor de Negócios
José Roberto Ferreira da Silva Montoro Diretor de Produção
José Rivaldo Leite da Silva Diretor de Produção
Lene Araújo de Lima Diretor Jurídico
Celso Damadi Diretor de Controladoria
Ítalo Gennaro Flammia Diretor de Tecnologia da Informação
Sonia Aparecida Belezi Rica Diretora de Atendimento
Bruno Campos Garfinkel Diretor de Sinistros
Newton José Eugênio Pizzotti Diretor
Ney Ferraz Dias Diretor
Marcos Roberto Loução Diretor
Roberto de Souza Santos Diretor
Celso Damadi Joel Garcia
Contador ‐ CRC 1SP197919/O‐2 Atuário ‐ MIBA nº 1131
DIRETORIA
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