2
- Relatório da Administração Societário ................................. 03
- Balanço Patrimonial Societário ............................................. 29
- Demonst. do Resultado do Exercício Societário ................. 31
- Demonst. das Mutações do Patrimônio Liq. Societário ...... 32
- Demonstração do Fluxo de Caixa Societário ....................... 33
- Demonstração do Valor Adicionado ..................................... 34
- Notas Explicativas das Demonst. Contábeis Societárias.... 36
- Parecer do Conselho Fiscal .................................................. 60
- Parecer dos Auditores Independentes sobre as Dem.
Contábeis Societárias .......................................................................... 61
- Relatório da Administração Regulatório:
a) Balanço Patrimonial;
b) Demonstração do Resultado do Exercício;
c) Demonstração das Mutações do Patrimônio Líquido e
d) Demonstração do Fluxo de Caixa ................................................. 65
- Notas Explicativas das Dem. Contábeis Regulatórias ........ 92
- Parecer dos Auditores Independentes sobre as Dem.
Contábeis Regulatórias ............................................................ 121
ÍNDICE
3
RELATÓRIO ANUAL DA ADMINISTRAÇÃO DA COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI
Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi:
Associado, você é a razão da nossa energia.
A CERGAL foi fundada em 10 de outubro de 1963 com o intuito de distribuir
energia elétrica nas áreas rurais do município de Tubarão.
A missão da CERGAL é atuar no setor de energia elétrica oferecendo produtos
(bens e serviços) com qualidade, confiabilidade e continuidade dos associados e
consumidores, resguardando o espírito cooperativista.
Temos ainda como visão ser referência como cooperativa em tecnologia,
serviços, comercialização, distribuição e autonomia maximizando seu nível de energia,
visando maior competitividade no setor de energia elétrica.
Nossos valores são: segurança e qualidade de vida no trabalho; fortalecer o
cooperativismo a participação e a solidariedade; valorização: pessoal e profissional do
colaborador e integração com a família; responsabilidade social e respeito ao meio
ambiente; ética e transparência.
Relatório da Administração Societário
4
RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO
Senhoras e Senhores Associados,
A seguir, apresentamos o relatório das principais atividades
desenvolvidas no decorrer do exercício de 2016.
Tais especificidades primam para uma melhor apresentação dos
resultados aos sócios, autoridades e consumidores.
Em anexo estão as demonstrações contábeis, elaboradas em
concordância com a Legislação Societária vigente, acrescidas da Demonstração do
Valor Adicionado-DVA e Demonstração do Fluxo de Caixa, ferramentas de relevância
para a divulgação do desempenho da Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi
perante a sociedade, parceiros, investidores, órgão regulador e associados.
Cumprimos as determinações específicas de Demonstração de
Resultado, conforme Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, as quais são
compatíveis com os princípios fundamentais de contabilidade e determinados a todas
as Empresas Concessionárias e Permissionárias do Serviço Público de Energia
Elétrica, apesar de sermos uma Sociedade Cooperativa.
5
CARTA DO PRESIDENTE
Pessoas ligadas às comunidades de Passo do Gado, Madre e
Congonhas, de Tubarão, fundaram, em 10 de outubro de 1963, a CERGAL –
Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi, que iniciou suas atividades em 06 de
fevereiro de 1964. A CERGAL surgiu tendo como objetivo levar energia elétrica para
tais localidades, já que elas se encontravam isoladas da área urbana da cidade.
De 1967 até hoje, com a construção de novas redes, a Cooperativa
cresceu muito, passando a atender mais localidades. Atualmente a CERGAL atende
em todo o seu sistema 17.160 associados.
As melhorias da CERGAL são constantes. A Cooperativa investe
continuamente, visando sempre a continuidade e a qualidade da energia consumida
pelos associados/consumidores. A história revela que a atuação da CERGAL foi de
fundamental importância para o desenvolvimento de várias comunidades de Tubarão
onde foram construídas suas redes de energia elétrica. Assim, a CERGAL faz parte da
história da cidade onde contribuiu significativamente para o seu crescimento.
Presidente da CERGAL
Gelson José Bento
6
CENÁRIO
A Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi é uma distribuidora de energia elétrica que fornece energia nas cidades de Tubarão, Gravatal, Laguna e Jaguaruna, seguindo as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Procuramos prestar os melhores serviços há mais de 50 anos, sempre visando a qualidade e o bem estar do associado/consumidor.
O destaque de 2016 foi à classe de consumo residencial com o incremento de
3,55% comparado a 2015 seguida da classe Industrial que obteve crescimento de
0,17%.
Acreditamos na valorização e qualificação de nossos colaboradores
proporcionando-lhes constantemente participações em seminários, palestras e cursos
voltados para o aperfeiçoamento dos mesmos nas mais diversas áreas, tais como:
Custeio de Ensino Fundamental, Médio, Cursos Técnicos, Graduações e Pós
Graduações (na área de atuação na empresa), Gestão de Cooperativas e
Cooperativismo, bem como também em treinamentos e cursos específicos como:
Segurança no trabalho, Reciclagem das Normas NR10, NR33 e NR35; Treinamento
em Altura com linha viva, Cursos na área de Planejamento Estratégico; Curso de
Formação de Auditores Internos; Organização Anual da CIPA e da SIPAT,
Treinamento sobre o Programa Cooperjovem; Nivelamento nos Aspectos Regulatórios
Projeto P&D; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 1; Treinamento
do Manual de Contabilidade do setor Elétrico MCE; Curso Prático sobre Sped Contábil
e ECF Escrituração Contábil Fiscal; Curso sobre Qualidade de Energia Elétrica -
Distorções harmônicas Filtro Passivo; Curso sobre a Resolução 414 - Curso para
Atendimento das Cooperativas Permissionárias; Treinamento sobre Medidores
Eletrônicos Multifunção; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 2
SINAP GRID; Treinamento para Simulações PRORET's 8.1 e 8.4; Worshop Plano de
Melhorias do PDGC; Programa de Treinamento das Normas Técnicas do Sistema
Fecoerusc- Procedimentos Operacionais para 2017; entre outros.
A busca pela qualidade dos serviços e o bom atendimento aos associados será
sempre o maior objetivo da CERGAL. A CERGAL foi recertificada em 2016 conforme Norma NBR ISO 9001.2008,
referente coleta de dados e apuração de indicadores de continuidade individuais e coletivos, na área de Distribuição de Energia Elétrica, em atendimento à Resolução da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL n° 395/2009. O referido certificado foi emitido pela BRTUV Avaliações da Qualidade Ltda.
Sendo assim, seguimos nossa política de qualidade, que busca a melhoria
contínua através da capacitação e treinamento dos nossos colaboradores, para
atender os requisitos regulamentares do cliente e expectativas dos associados/
consumidores, bem como, as demais partes interessadas na área de Distribuição de
Energia Elétrica.
7
DISTRIBUIÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO DE ENERGIA ELÉTRICA
A CERGAL distribui energia elétrica nos municípios de Tubarão, Gravatal, Laguna e Jaguaruna. Atualmente possui 17.160 associados sendo que 15.769 são da classe residencial, 677 da classe comercial, e o restante, ou seja, 714, das demais classes. Atualmente não atendemos nenhum Consumidor que já detenha o Status de
“Consumidor Livre”.
Ligações de Consumidores - foram realizadas, no ano de 2016, 972 novas ligações,
sendo 876 Residenciais, 46 Comerciais, 18 Industriais, 27 Rurais, e 05 Serviço
Público, totalizando 17.160 consumidores atendidos pela Permissionária, base
dezembro de 2016, representando 3,40 % superior ao mesmo período do ano anterior,
como se pode observar no quadro a seguir.
NÚMERO DE CONSUMIDORES
Consumidores 2016 2015 2014 2013 2012
Residencial 15.769 15.263 14.838 14.397 13.723
Comercial 677 660 757 736 699
Industrial 177 172 135 137 137
Rural 482 440 434 399 353
Poderes Públicos 42 43 46 46 44
Iluminação Pública 4 4 4 4 4
Serviço Público 9 9 7 8 8
Total 17.160 16.591 16.227 15.733 14.974
Variação 3,40% -3,29% -2,22% -3,04% -4,82%
8
Comportamento do Mercado – A distribuição de energia da CERGAL no período de
janeiro a dezembro de 2016 foi de 63,50 GWh.
Mercado Atendido - GWh 2016 2015 2014 2013 2012
Energia Faturada 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Residencial 31,51 30,43 30,09 27,47 26,05
Comercial 7,34 7,58 7,78 6,81 6,37
Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,50
Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89
Poderes Públicos 0,82 0,70 0,77 0,75 0,73
Iluminação Pública 3,28 3,22 3,13 3,03 2,97
Serviço Público 0,37 0,33 0,36 0,36 0,40
Suprimento p/ agentes de distribuição - - - - -
Uso da Rede de Distribuição - - - - -
Consumidores Livres/Dist./Ger.
Total 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Variação 1,15% -1,14% -1,19% -6,04% -5,79%
A CERGAL vem investindo constantemente em ações que resultem na redução
do índice de perdas da empresa, sendo assim tem investido na repotenciação dos
condutores e transformadores, intensificação na fiscalização das medições nas
unidades consumidoras, bem como na substituição de medidores eletromecânicos por
eletrônicos.
9
BALANÇO ENERGÉTICO
Energia Requerida 2016 2015 2014 2013 2012
Venda de Energia 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71
Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Suprimento p/ agentes de distribuição 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Consumidores Livres/Dist./Ger. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Consumidores Rede Básica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mercado Atendido 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Pernas na Distribuição - - - - -
Perdas Técnicas - - - - -
Perdas não Técnicas - PNT - - - - -
PNT / Energia Requerida % 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Perdas Totais - PT 5,45 6,04 5,77 6,65 7,80
PT / Energia Requerida % 7,90% 8,78% 8,51% 10,24% 12,44%
Total 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71
2016 2015 2014 2013 2012
7,90% 8,78% 8,51%
10,24%
12,44%
Perdas não tecnicas Perdas Totais
10
OBS: Visando diminuir o elevado índice de perda de 2016, realizamos em 2016
significativos investimentos a fim de propiciar a redução dos índices para níveis
aceitáveis.
Distribuição Direta por Classe de Consumo – A CERGAL não distribuiu energia de
forma direta no exercício 2016, caracterizando seu mercado, 100% de Consumidores
Cativos.
Com relação a este mercado cativo, tivemos um decréscimo de 1,15%
comparando-se com o desempenho do exercício anterior. A classe que teve maior
crescimento foi a residencial, com acréscimo de 49,62% em relação ao exercício
anterior.
A seguir são apresentados resultados sobre o consumo e sua variação no
período:
Classe 2016 2015 2014 2013 2012
Residencial 31,51 30,43 30,09 27,46 26,05
Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,5
Comercial 7,34 7,66 7,78 6,81 6,37
Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89
Outros 4,47 4,25 4,26 4,14 4,10
Total 63,50 62,78 62,03 58,29 54,91
Variação 1,15 1,21 6,42 6,16 5,81
Consumo por classe de consumidores - em GWh
49,62%
27,80%
11,56%
3,98%7,04%
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Outros
11
Receita - A receita decorrente do fornecimento de energia elétrica no exercício ,
líquida do ICMS, PIS e COFINS, importou em R$ 32.399,54 mil, conforme quadro a
seguir:
2016 2015 %
16.204,79 13.272,57 22,09
9.311,92 8.460,35 10,07
4.140,27 3.664,34 12,99
907,68 863,31 5,14
1.734,88 1.388,26 24,97
32.299,54 27.648,83 16,82
Receita líquida em R$ mil
Classe
Residencial
Total
Industrial
Comercial
Rural
Outros
50,17%
28,83%
12,82%
2,81%
5,37%
Residencial Industrial
Comercial Rural
Outros
TARIFAS
A tarifa de energia elétrica é o preço regulado pela ANEEL que deve ser pago
pelos consumidores finais como contrapartida pelo acesso à energia elétrica fornecida
pela distribuidora.
Em 22 de Julho de 2016 a CERGAL assinou o terceiro termo aditivo ao
contrato de permissão, o que possibilitou que a CERGAL pleiteasse para a 2ª. Revisão
Tarifária a receita requerida para sustentação dos custos gerenciáveis associados
diretamente ao segmento de distribuição (Parcela B), conforme estabelecido no
submódulo 8.4 do Proret, aprovado pela Resolução Normativa nº 704, de 28 de março
de 2016.
12
Tarifas Médias
A tarifa média de fornecimento de energia elétrica considerando os impostos
incidentes, em dezembro de 2016, atingiu R$ 389,61/MWh com um aumento de
23,33% com relação a dezembro de 2015.
OBS: Os valores abaixo demonstrados estão expressos em (Reais/mil)
Tarifa média de
Fornecimento em R$/MW/h
Classe
Exercício
2015 2016
Residencial 343,31 413,71
Comercial 337,02 410,23
Industrial 342,42 383,91
Rural 224,23 277,47
Outros 218,27 271,06
Média Geral 446,53 389,61
0-30 31-100 101-220 >220
Tarifa Por faixa de Consumo KWh KWh KWh KWh
Tarifas Brutas 147,10 252,17 278,25 420,28
13
Composição da Tarifa Residencial Comercial Industrial Rural Poder Público
Outros
Tarifa aplicada 16.471,81 4.203,50 9.465,00 929,00 450,65 1.323,63
Impostos 3.287,06 778,37 1.884,42 262,33 86,99 398,06
PIS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
COFINS 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ISSQN 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
ICMS 3.287,06 778,37 1.884,42 262,33 86,99 398,06
Taxas 2.191,64 518,98 1.256,43 174,91 58,00 265,40
Fiscalização 26,39 6,25 15,13 2,11 0,70 3,20
CCC 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
RGR 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
P&D 35,29 8,36 20,23 2,82 0,93 4,27
PEE 31,91 7,56 18,29 2,55 0,84 3,86
CDE 1.493,81 353,73 856,37 119,22 39,53 180,90
PROINFA 205,59 48,68 117,86 16,41 5,44 24,90
Bandeira Tarifária 398,65 94,40 228,54 31,82 10,55 48,28
Custo da energia comprada
p/revenda
5.135,36 1.216,05 2.944,02 409,84 135,90 621,88
Encargos de uso da rede
elétrica
0,00 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Despesas de pessoal 2191,26 518,89 1256,21 174,88 57,99 265,36
Outras despesas
operacionais
3.201,77 758,18 1.835,52 255,53 84,73 387,73
Tarifa bruta da
permissionária (*) 10.993,11 2.906,15 6.324,15 491,75 305,66 660,17
Resultado 464,71 413,03 288,41 -348,50 27,03 -614,79
14
COMPOSIÇÃO DA TARIFA
Qualidade do Fornecimento - Os dois principais indicadores da qualidade do
fornecimento de energia elétrica são o DEC (duração equivalente de interrupções por
consumidor) e o FEC (freqüência equivalente de interrupções por consumidor).
A evolução desses indicadores é apresentada no quadro a seguir:
Atendimento ao Consumidor – A CERGAL não participa do Programa Luz para
todos, já que todos os domicílios dos Municípios que a CERGAL distribui energia
elétrica encontram-se atendidos.
Além da sede administrativa, a CERGAL conta com mais 02 (dois) postos de
atendimento, oferecendo atendimento personalizado por profissionais capacitados e
qualificados com o objetivo de melhor atender seus associados/consumidores.
Em 2016 a CERGAL através do setor de controle de qualidade realizou vários
monitoramentos e análises da qualidade de tensão que é fornecida aos
consumidores/associados. Neste ano, foram realizadas 168 medições de tensão
amostrais da ANEEL e 31 medições de tensão solicitadas pelos
consumidores/associados.
Tecnologia da Informação
Mais um ano se passou e a ideia da melhoria contínua permanece como
fundamento da qualidade e do bom funcionamento para atendimento ao cliente interno
e externo, visando uma infraestrutura comprometida com a visão e missão da
organização.
Agora com o ambiente de servidores virtualizados o controle e coleta de
informação tem evoluído a cada dia, permitindo concentrar o coração da empresa em
Ano
DEC
(Horas)
FEC
(Interrupções)
Tempo de Espera
(horas)
2012 9,07 4,87 0,91
2013 10,76 6,50 0,95
2014 5,95 5,73 0,85
2015 4,90 5,53 0,76
2016 6,24 3,84 0,85
15
um robusto hardware atendendo os objetivos da empresa com um sistema de gestão
alinhado a estrutura eficiente, contribuindo para um serviço eficaz.
Os departamentos estão interligados através de pastas no servidor, onde a
intranet é controlada pelos usuários de domínio, visa segurança das informações
obtendo back-up diário.
Uma estrutura assim permite um comprometimento com a necessidade de
cumprir fidedignamente com as informações encaminhadas a agência ANEEL, com
garantia assegurada através dos back-ups personalizados, os quais sempre que
solicitados cumpriram com sua missão.
Na atualidade a rede da Cooperativa encontra-se conectada através de dois
switchs que trabalham de forma inteligente para melhor desempenho de comunicação,
um aparelho wireless localizado em um ponto estratégico que possibilita o acesso via
rede sem fio.
Com a preocupação da segurança das informações, a empresa investiu no ano
de 2016 na aquisição de um novo antivírus que faz o acompanhamento via rede da
situação de cada estação de trabalho, além da utilização de um firewall com regras de
segurança para toda rede interna.
Nossa empresa busca sempre incentivar a sustentabilidade optando por
adquirir equipamentos modernos, menos nocivos à saúde e que obedeçam as normas
aprovadas por órgãos ambientais contribuindo para o melhor desenvolvimento do meio
ambiente. Vale ressaltar que foi aprimorado, a conexão entre os religadores com o
software de automatização, e que está conectado 24 horas por dia com o Centro de
Operações, podendo ser manobrado remotamente, diminuindo assim o tempo de
atendimento a ocorrências e a falta de energia.
Para agilizar o atendimento ao associado/consumidor, contendo todas as
informações com segurança, obtemos parceiros de trabalho, assim permitindo que o
associado/consumidor disponha de informações 24 horas nos 7 dias da semana.
A CERGAL possui um site no endereço eletrônico www.cergal.com.br, que
possibilita aos seus associados/consumidores serviços em tempo real, tais como:
emissão de segundas vias, e solicitações de serviços.
16
Desempenho Econômico-Financeiro
Em 2016, as sobras foram de R$ 229,88 (Reais/mil), contra uma sobra Líquida de R$ 202,93 (Reais/mil) em 2015, ocasionando um aumento nas Sobras na Ordem de (13,28)%. A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 24.607,89 (Reais/mil), superior em (16,27)% em relação a 2015, que foi de R$ 21.165,33 (Reais/mil).
As Despesas Operacionais totalizaram em 2016 R$ 24.764,76 (Reais/mil),
(16,33) % superior em relação a 2015 que foi de R$ 21.288,91 (reais/mil). O aumento
do Patrimônio Líquido do exercício foi de 0,50% em relação a 2015.
O EBITDA ou LAJIDA, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e
amortização foi de R$ 1.159,02 (Reais/mil), superior 4,61% a 2015, que foi de
R$ 1.107,99 (Reais/mil), conforme variação abaixo:
Investimentos: Em 2016, os investimentos da Companhia, importaram em R$
1.779,00 mil, 18,84% superiores em relação à 2015, dos quais R$ 1.295,00 R$/mil
foram realizados em Máquinas e Equipamentos da Atividade de Distribuição. Para
esta mesma rubrica nos próximos 5 (cinco) anos, a Permissionária estima um
investimento total de R$/mil 6.021,70.
3.749,51
2.222,38
1.008,74 1.107,99 1.159,02
2012 2013 2014 2015 2016
EBITIDA ou LAJIDA SOCIETÁRIO
17
Comparativo dos Investimentos em Máquinas e Equipamentos da Distribuição
Evolução e Projeção dos Investimentos
Distribuição - Máquinas e Equipamentos - R$ Mil 2014R 2015R 2016R 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P
AIS Bruto ¹ 3.042,19 1.459,00 1.779,00 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00
Transformador de Distribuição 598,75 248,60 269,00 82,00 75,00 95,00 95,00 85,00
Medidor 119,49 142,55 215,00 285,00 290,85 285,00 254,00 240,00
Redes Baixa Tensão ( < 2,3 kV) - 200,00 200,00 205,00 205,00 180,00
Redes Média Tensão (2,3 kV a 44 kV) - 781,85 520,00 475,00 390,00 375,00
Redes Alta Tensão (69 kV) - - - - - - - -
Redes Alta Tensão (88 kV a 138 kV) - - - - - - - -
Redes Alta Tensão ( >= 230 kV) - - - - - - - -
Subestações Média Tensão (primário 30 kV a 44 kV) - - - - - - - -
Subestações Alta Tensão (primário de 69 kV) - - - - - - - -
Subestações Alta Tensão (primário 88 kV a 138 kV) - - - - - - - -
Subestações Alta Tensão (primário >= a 230 kV) - - - - - - - -
Demais Máquinas e Equipamentos 2.323,95 1.067,85 1.295,00 220,50 152,50 145,00 90,00 95,00
Obrigações Especiais do AIS Bruto 154,00 78,61 215,82
Participações, Doações, Subvenções, PEE, P&D, Universalização 154,00 78,61 215,82
Outros 25,09 45,55 53,36
Originadas da Receita
Ultrapassagem de demanda 7,18 13,94 25,58
Excedente de reativos 17,91 31,61 27,78
Diferença das perdas regulatórias
Outros
Outros
¹ Para o cadastro de subestações, considerar o maior nível de tensão do(s) transformador(es) da subestação.
R$ Mil Nominais R$ Mil em moeda constante de 31/12/2016
2016R 2017P 2018P 2019P 20120P 2021P
Plano de Investimentos 2016 1.324,06 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00
2016P 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P
Plano de Investimentos 2015 1.285,78 1.081,97 961,26 822,89 947,87
Diferença 2,98% 45,05% 28,83% 46,44% 9,09%
os principais motivos das diferenças no plano de investimentos são:
2019 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.
2020 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.
JUSTIFICATICAS
2016- REFERENTE A NOVAS INTENÇÕES DE INVESTIMENTOS
2017 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.
2018 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.
18
Captações de Recursos: Os investimentos de 2016 foram realizados somente com
recursos próprios.
Valor Adicionado: Em 2016 o valor adicionado líquido gerado como riqueza pela
CERGAL foi de R$ 19.132,00 (Reais/mil), representando 54,43% da Receita
Operacional Bruta, com a seguinte distribuição:
Composição Acionária: O capital social em 31 de dezembro de 2016 representa R$
6.186,57 (Reais/mil), sendo composto por 26.072 quotas de R$ 1,00 cada, com a
seguinte composição:
CONSELHO ADMINISTRATIVO 2016
NOME Nº DE QUOTAS Percentual S/Capital
Percentual
s/Capital
Gelson José Bento 1,00 0,0088%
Thiago Nunes Goulart 1,00 0,0088%
Itamar de Souza 1,00 0,0088%
Celso João de Medeiros 1,00 0,0088%
Angelo Orlando Mendes 1,00 0,0088%
José Moacir de Almeida 1,00 0,0088%
Jorge Luiz Costa 1,00 0,0088%
36,97%
61,95%
0,00%1,08%
Dezembro de 2016- Legislação Societária
Pessoal
Governo
Financiadores
Acionista
19
Arlindo Francisco Martins 1,00 0,0088%
Osni Mendes 1,00 0,0088%
Joel Nunes Teodoro 1,00 0,0088%
Arterino José Passarela 1,00 0,0088%
Sub total 11,00 0,0968%
CONSELHO FISCAL 2016
Nazareno Braz Linhares 1,00 0,0088%
Adriano Cardoso Martins 1,00 0,0088%
Jeferson Marcelino Elias 1,00 0,0088%
Olíbio de Souza Porto 1,00 0,0088%
Nilton Domingos Machado 1,00 0,0088%
Luiz Cesar Guimarães Marçal 1,00 0,0088%
Sub Total 6,00 0,0528%
Demais Cooperados Totalizando 26.055,00 99,88%
Total Geral 26.072,00 100,000%
Relações com o Mercado: A CERGAL participa de eventos, compõe as associações
do Setor: FECOERUSC, OCESC, SESCOOP, bem como, mantém contato com outras
Permissionárias e concessionárias buscando sempre estar atualizada com relação às
modificações do Setor Elétrico.
A CERGAL objetiva manter seus funcionários sempre atualizados, incentivando na
participação de seminários, cursos técnicos, jurídicos, administrativos entre outros,
fazendo com que haja aprimoramento referente aos assuntos do Setor Elétrico.
Sempre valorizando:
- A segurança e qualidade de vida no trabalho;
- O fortalecimento do cooperativismo, a participação e a solidariedade;
- A valorização: pessoal e profissional do colaborador e integração com a família;
- A responsabilidade social e respeito ao meio ambiente;
- A ética;
- A transparência;
20
- O orgulho em fazer parte do quadro funcional da cooperativa.
GESTÃO
Planejamento Empresarial: A CERGAL vem obtendo êxito em seu processo
de adaptação às mudanças constantes ocorridas no setor elétrico devido à qualidade
de seu planejamento empresarial.
Essa nova concepção de planejamento proporcionou o desenvolvimento do
pensamento estratégico no âmbito gerencial das unidades e, ao mesmo tempo, criou
um conjunto de estratégias adequadas aos diferentes cenários, possibilitando
antecipar ações e reação às mudanças ambientais.
As tendências identificadas, juntamente com os resultados dos cenários empresariais, serviram de base para a definição das recomendações, metas e ações estratégicas das Unidades de Negócios para os horizontes de curto e médio prazos.
Gestão pela qualidade total: Em 2016 a CERGAL manteve o
certificado ISO 9001:2008. O sistema de gestão da qualidade auxilia
consideravelmente o gerenciamento da empresa como um todo, envolvendo os
colaboradores e setores tornando a gestão mais participativa, incentivando o
surgimento, a cada dia, de novas ideias e sugestões de melhoria contínua, com
isso, ganha a empresa com qualidade, refletindo sensivelmente em nossa
razão de existir que são os nossos Associados/Consumidores.
21
A CERGAL em Números
Atendimento 2016 2015 %
Número de consumidores 17.160 16.596 3,40
Número de empregados 78 80 (2,50)
Número de consumidores por empregado 220,00 207,45 6,05
Número de localidades atendidas 4 4 0,00
Número de agências 0 0 0,00
Número de postos de atendimento 3 3 0,00
Número de postos de arrecadação 0 0 0,00
Mercado
Área de permissão (Km2) 199,4 199,4 0
Geração própria (GWh) 0 0 0
Demanda máxima (MWh/h) 6.330 6.176 2,49
Distribuição direta (GWh) 63,5 62,78 0
Consumo residencial médio (kWh/ano) 1.998,47 1.993,75 0,24
Tarifas médias de fornecimento (R$ por MWh) 389,61 446,53 (12,75)
Total
Residencial 413,71 343,31 20,51
Comercial 410,23 344,22 19,18
Industrial 383,91 332,92 15,32
Rural 277,47 224,23 23,74
Suprimento 0 0 0
DEC (horas) 6,24 4,90 27,35
População antecipada - Urbana Atendida (em milhares de
habitantes) 27,47 26,95 1,93
População atendida - Rural (em milhares de
habitantes) 9,17 9,09 0,88
FEC (número de interrupções) 3,84 5,53 (30,56)
Número de reclamações por 1.000 consumidores 0,96 0,90 6,67
22
Operacionais 2016 2015 %
Número de usinas em operação 0 0 0
Número de subestações 0 0 0
Linhas de transmissão (Km) 0 0 0
Linhas de distribuição (Km) 529,98 524,36 1,07
Capacidade instalada (MW) 52,35 51,80 1,06
Financeiros
Receita operacional bruta (R$ mil) 35.356,00 29.502,00 19,84
Receita operacional líquida (R$ mil) 24.607,00 21.166,00 16,26
Margem operacional do serviço líquida (%) 43,68% 39,38% 10,92
EBITDA OU LAJIDA 1.159,02 1.107,99 4,61
Lucro líquido (R$ mil) 206,00 203,00 1,48
Lucro líquido por mil cotas 206,00 203,00 1,48
Patrimônio líquido (R$ mil) 20.270,00 20.169,00 0,50
Valor patrimonial por cota R$ 1,00 1,00 0
Rentabilidade do patrimônio líquido (%) 98,40 99,35 (0,96)
Endividamento do patrimônio líquido (%) 29,52% 22,62% 30,48
Em moeda nacional (%) 29,52% 22,62% 30,48
Em moeda estrangeira (%) 0,00% 0,00% 0,00
Indicadores de Performance
2016 2015
Salário Médio dos Funcionários (Reais/mil) 3,49 2,76
Energia Gerada / Comprada por Funcionário (MWh) 882,35 860,29
Energia Gerada / Comprada por Consumidor (MWh) 4,01 4,15
Retorno de Ativos por Unidade: 0,89 0,86
23
BALANÇO SOCIAL
Recursos Humanos
A área de Recursos Humanos da CERGAL é responsável por melhorar o
resultado da empresa, através do recurso “pessoas”. Assim ela procura fazer com que
seus associados tenham suas necessidades atendidas, através do conhecimento do
trabalho e da atitude dos colaboradores da CERGAL.
Para conseguir tal resultado em 2016, a CERGAL proporcionou ao seu quadro
funcional treinamentos, palestras reciclagens, ensino médio, curso técnico e ensino
superior nas áreas específicas. Sempre pensando no melhor para seus colaboradores,
no aprendizado contínuo e no melhor desempenho dos mesmos em sua função.
A CERGAL proporciona para todos os seus colaboradores: plano de saúde,
plano odontológico, vale alimentação, vale transporte e seguro de vida. Ainda para
lazer dos funcionários, possui uma sede social com campo de futebol, parque infantil e
ampla área arborizada que é utilizada pelos colaboradores para realização de eventos
tais como campeonatos de futebol, jantares, e outros.
Como forma de reconhecimento foi realizada a festa de confraternização de
final do ano para comemoração do Natal. Ainda foram distribuídos cartões Alelo de
natal no valor de cento e vinte reais, como vale compras, bem como ovos de Páscoa
para todos os trabalhadores.
Responsabilidade Social
Responsabilidade social para a permissionária é comprometer-se com um
conjunto de políticas, programas e práticas que ultrapassem as exigências éticas e
legais no que tange à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento econômico,
social e cultural da comunidade onde opera e da sociedade como um todo.
A CERGAL sempre busca colaborar com a comunidade, através de patrocínios
às escolas e associações comunitárias. No ano de 2016, a CERGAL solicitou para
ingressar no Programa CooperJovem em parceria com o SESCOOP de Santa
Catarina. Programa este desenvolvido em cooperativas educacionais e escolas de
todo o Brasil, por meio de atividades educativas baseadas nos príncípios, valores e
virtudes cooperativistas. O programa reforça o 5º e o 7º princípio do cooperativismo
adotado em todo o mundo, respectivamente: Educação, Formação e Informação e o
Interesse pela Comunidade, viabilizando a transformação e o aprimoramento da
prática educativa a partir da cultura da cooperação. O Programa CooperJovem foi
implantado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Noé Abati, com
alunos de 1º ao 9º ano.
24
CIPA CERGAL: Os membros da CIPA na CERGAL abordam temas relacionados à
prevenção de acidentes, saúde, primeiros socorros, dentre outros pertinentes a área.
Fazem-se reuniões mensais, realizadas no escritório da CERGAL e os membros da
CIPA bem como a técnica em segurança do trabalho, fiscalizam seus empregados,
verificando a utilização dos equipamentos disponibilizados pela Empresa e dentro dos
padrões de segurança.
25
a) Demonstração do Balanço Social 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais).
2016
2015
R$ mil
R$ mil
1 - Base de cálculo
Receita Líquida (RL)
24.607,89
21.165,33
Lucro Operacional (LO)
229,88
207,31
Folha de Pagamento Bruta (FPB)
7.490,24
6.839,61
% sobre
% sobre
2 - Indicadores sociais internos R$ mil
FPB
RL
R$ mil
FPB
RL
Alimentação - Auxílio alimentação e
outros 538,66
7,19%
2,19%
501,85
7,34%
2,37%
Encargos sociais compulsórios
1.682,94
22,47%
6,84%
1.569,95
22,95%
7,42%
Entidade de previdência privada 0,00
0,00%
0,00%
0,00
0,00%
0,00%
Saúde - Convênio assistencial e outros
benefícios 270,02
3,60%
1,10%
241,47
3,53%
1,14%
Segurança no trabalho - CIPA e exames
periódicos 96,62
1,29%
0,39%
56,23
0,82%
0,27%
Educação - Auxílio educação 40,74
0,54%
0,17%
36,92
0,54%
0,17%
Capacitação e desenvolvimento
profissional 17,80
0,24%
0,07%
7,32
0,11%
0,03%
Participação nos resultados 0,00
0,00%
0,00%
0,00
0,00%
0,00%
Vale-transporte - excedente 4,47
0,06%
0,02%
4,85
0,07%
0,02%
Outros Benifícios 85,32
1,14%
0,35%
84,10
1,23%
0,40%
Total
2.736,57
36,54%
11,12%
2.502,69
36,59%
11,82%
% sobre
% sobre
26
3 - Indicadores sociais externos R$ mil
LO
RL
R$ mil
LO
RL
Cultura 0,00
0,00%
0,00%
0,00
0,00%
0,00%
Saúde e Saneamento - Apoio social aos
municípios 0,00
0,00%
0,00%
0,00
0,00%
0,00%
Esporte e lazer 0,00
0,00%
0,00%
0,00
0,00%
0,00%
Doações e contribuições 10,42
4,53%
0,04%
5,60
2,70%
0,03%
Total de contribuições para a sociedade
10,42
4,53%
0,04%
5,60
2,70%
0,03%
Tributos - excluídos encargos sociais
6.755,88
29,39%
27,45%
5.808,33
25,27%
23,60%
Total
6.766,30
29,43%
27,50%
5.813,93
28,04%
27,47%
%
sobr
e
% sobre
4 - Indicadores ambientais R$ mil
LO
RL
R$ m
il
LO
RL
Desapropriações de terras 0,00
0,00%
0,00
%
0,00
0,00%
0,00%
Estação ecológica - Fauna / Flora 0,00
0,00%
0,00
%
0,00
0,00%
0,00%
Relacionamento com a operação da empresa
Programa Social de Eletricidade Rural 0,00
0,00%
0,00
%
0,00
0,00%
0,00%
Programa de Eletrificação para População
Carente 0,00
0,00%
0,00
%
0,00
0,00%
0,00%
Programa de Desenvolvimento Tecnológico e
Industrial 30,81
13,40%
0,13
%
40,31
19,44%
0,19%
Programas especiais / Projetos externos 0,00
0,00%
0,00
%
1,67
0,81%
0,01%
Total 30,81
13,40%
0,13
%
41,98
20,25%
0,20%
27
2016
2015
5 - Indicadores do corpo funcional
em
unidades
em
unidades
Empregados no final do período
78
80
Escolaridade dos empregados
Superior e extensão universitária
18
14
Ensino médio
45
45
Ensino fundamental
15
21
Faixa etária dos empregados
Abaixo de 30 anos
5
8
De 30 até 45 anos (exclusive)
42
42
Acima de 45 anos
31
30
Admissões durante o período
0
2
Mulheres que trabalham na empresa
23,08
25,00
% de cargos gerenciais ocupados por mulheres em relação ao no total de
mulheres
0,00%
0,00%
% de cargos gerenciais ocupados por mulheres em relação ao no total de
gerentes
0,00%
0,00%
Negros que trabalham na empresa
2,5
2,5
% de cargos gerenciais ocupados por negros em relação ao no total de
negros
0
% de cargos gerenciais ocupados por negros em relação ao no total de
gerentes
0
Portadores de deficiência física
0
0
Dependentes
149
144
Estagiários
0
0
28
6 - Informações relevantes quanto ao exercício da cidadania
empresarial
Relação entre a maior e a menor remuneração na empresa
21,91
22,36
Maior remuneração
9,64
8,72
Menor remuneração
0,44
0,39
Acidentes de trabalho
0
0
29
Balanço Patrimonial
Societário
NOTA 2016 2015
CIRCULANTE 8.943 7.871
Caixa e bancos 213 795
Aplicações financeiras 05 1.746 710
Consumidores de energia a receber 06 5.844 5.654
(-) Provisão para crédito de liquidação duvidosa 06 (322) (213)
Impostos a recuperar 07 308 261
Estoques 138 122
Serviços em curso 08 275 268
Ativos Regulatorios 09 496 -
Despesas de exercícios seguintes 44 33
Outros créditos 10 201 241
NÃO CIRCULANTE 18.591 16.861
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 6.460 5.639
Impostos a recuperar 07 117 116
Serviços em curso 08 151 76
Ativo indenizado (Permissão) 11 5.786 5.041
Outros créditos 10 406 406
IMOBILIZADO 11 1.802 1.874
INTANGIVEL 11 10.329 9.348
TOTAL DO ATIVO 27.534 24.732
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de Reais)
ATIVO
30
NOTA 2016 2015
CIRCULANTE 5.532 3.695
Fornecedores 12 834 656
Salários e ordenados a pagar 68 77
Impostos, taxas e contribuições 13 728 690
Passivos regulatórios 09 1.527 -
Obrigações estimadas 14 652 568
Encargos setoriais 15 254 740
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 16 693 607
Repasses a realizar 17 570 -
Provisão para litígios 18 10 5
Outros débitos 19 196 352
NÃO CIRCULANTE 1.732 868
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.732 868
Fornecedores 12 - 116
Provisões para contigências 18 119 -
Contigências fiscais 20 752 752
Passivos regulatórios 09 10 -
Obrigacoes vinculadas ao serviço publico 04/O 851 -
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 22 20.270 20.169
Capital social 6.187 6.126
Reserva legal 2.731 2.720
Fates 960 1.016
Fundo de manutenção 10.284 10.208
Sobras a disposição da AGO 21 108 99
TOTAL DO PASSIVO 27.534 24.732
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de Reais)
PASSIVO
31
Demonstração do Resultado
Do Exercício Societário
01/jan/16 01/jan/15
a a
NO TA 31/dez/16 31/dez/15
INGRESSO S O PERACIO NAIS 35.356 29.502
Fornecimento de energia 23 14.376 12.286
Uso do sistema de distribuição 23 19.289 16.189
Serviços 99 103
Outras receitas operacionais 1.592 924
DEDUÇÕ ES DO S INGRESSO S (10.749) (8.336)
Tributos e contribuições sobre a receita 24 (6.756) (5.808)
Encargos do consumidor 25 (3.993) (2.528)
INGRESSO S LÍQ UIDO S 24.607 21.166
CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (22.856) (19.855)
Dispêndio com energia elétrica adquirida 26 (10.813) (10.042)
Custo com energia elétrica (54) (50)
Custo de operação
Pessoal (inclui remuneração a administradores) 27 (6.426) (6.413)
Material (303) (200)
Serviços de terceiros (1.589) (1.192)
Depreciação e amortização (927) (896)
Provisões (Reversão) (124) (7)
Outros (2.620) (1.055)
SO BRA BRUTA 1.751 1.311
O UTRAS DESPESAS E RECEITAS O PERACIO NAIS (1.908) (1.434)
Despesas com vendas (207) (66)
Despesas gerais e administrativas (1.332) (1.192)
Outras despesas operacionais (369) (176)
INGRESSO S (DISPÊNDIO S) FINANCEIRO S 387 331
Dispêndios financeiros 28 (233) (191)
Ingressos financeiros 28 620 522
SO BRAS ANTES DA CO NTR. SO CIAL E IR 230 208
IMPO STO S SO BRE ATO NÃO CO O PERATIVO 29 (24) (5)
Contribuição social (9) (2)
Imposto de renda (15) (3)
SO BRAS LÍQ UIDAS DO EXERCÍCIO 206 203
CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
DEMO NSTRAÇÃO DAS SO BRAS DO EXERCÍCIO
(Valores expressos em milhares de Reais)
PERÍO DO S
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
32
01/jan/16 01/jan/15
a a
NO TA 31/dez/16 31/dez/15
INGRESSO S O PERACIO NAIS 35.356 29.502
Fornecimento de energia 23 14.376 12.286
Uso do sistema de distribuição 23 19.289 16.189
Serviços 99 103
Outras receitas operacionais 1.592 924
DEDUÇÕ ES DO S INGRESSO S (10.749) (8.336)
Tributos e contribuições sobre a receita 24 (6.756) (5.808)
Encargos do consumidor 25 (3.993) (2.528)
INGRESSO S LÍQ UIDO S 24.607 21.166
CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (22.856) (19.855)
Dispêndio com energia elétrica adquirida 26 (10.813) (10.042)
Custo com energia elétrica (54) (50)
Custo de operação
Pessoal (inclui remuneração a administradores) 27 (6.426) (6.413)
Material (303) (200)
Serviços de terceiros (1.589) (1.192)
Depreciação e amortização (927) (896)
Provisões (Reversão) (124) (7)
Outros (2.620) (1.055)
SO BRA BRUTA 1.751 1.311
O UTRAS DESPESAS E RECEITAS O PERACIO NAIS (1.908) (1.434)
Despesas com vendas (207) (66)
Despesas gerais e administrativas (1.332) (1.192)
Outras despesas operacionais (369) (176)
INGRESSO S (DISPÊNDIO S) FINANCEIRO S 387 331
Dispêndios financeiros 28 (233) (191)
Ingressos financeiros 28 620 522
SO BRAS ANTES DA CO NTR. SO CIAL E IR 230 208
IMPO STO S SO BRE ATO NÃO CO O PERATIVO 29 (24) (5)
Contribuição social (9) (2)
Imposto de renda (15) (3)
SO BRAS LÍQ UIDAS DO EXERCÍCIO 206 203
CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
DEMO NSTRAÇÃO DAS SO BRAS DO EXERCÍCIO
(Valores expressos em milhares de Reais)
PERÍO DO S
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
SALDOS 31/DEZ./14 6.060 2.700 1.090 10.139 13.929 64 20.053
1 - AUMENTO DE CAPITAL - -
- Integralização/devolução de quotas 2 - - - 2
2 - AUMENTO DE RESERVAS - -
- Destinações estatutárias e legais 20 15 69 104 (104) -
- Destinações AGO 64 - - (64) -
3 - DIMINUIÇÃO DE RESERVAS - -
- Realização da Fates (89) (89) (89)
- Destinaçào Sobras para Investimento em Geração - -
4 - SOBRAS APURADAS NO EXERCÍCIO - 203 203
SALDOS 31/DEZ./15 6.126 2.720 1.016 10.208 13.944 99 20.169
1 - AUMENTO DE CAPITAL - -
- Integralização/devolução de quotas 2 - - 2
2 - AUMENTO DE RESERVAS - -
- Destinações estatutárias e legais 11 11 76 98 (98) -
- Destinações AGO 59 40 - 40 (99) -
3 - DIMINUIÇÃO DE RESERVAS - -
- Realização da Fates (107) (107) - (107)
- Destinaçào Sobras para Investimento em Geração - - -
4 - SOBRAS APURADAS NO EXERCÍCIO - 206 206
SALDOS 31/DEZ./16 6.187 2.731 960 10.284 13.975 108 20.270
MUTAÇÕES DO PERIODO 61 11 (56) 76 31 9 101
FATESFUNDO DE
MANUTENÇÃOTOTAIS
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO
(Valores expressos em milhares de Reais)
EVENTOS CAPITAL SOCIAL
RESERVAS ESTATUTÁRIASSOBRAS (PERDAS)
A DISPOSIÇÃO DA
AGO
TOTAISFUNDO DE RESERVA
LEGAL
Demonstração das Mutações
Do Patrimônio Líquido Societário
33
01/jan/16 01/jan/15
a a
31/dez/16 31/dez/15
Fluxos de Caixa das Atividades O peracionais
Recebimentos de Consumidores 34.235 27.759
Pagamentos a Fornecedores (3.675) (3.460)
Fornecedores Energia Elétrica Comprada (10.594) (9.744)
Salários e Encargos Sociais (5.891) (6.539)
Caixa Gerada pelas O perações 14.075 8.016
Encargos Setoriais (3.697) (1.327)
T ributos Federais (IRPJ, CSLL, IRRF, PIS, COFINS) (469) (123)
T ributos Estaduais (ICMS) (6.265) (5.266)
T ributos Municipais (COSIP, ISSQN) (43) (37)
Fluxo de Caixa Antes dos Itens Extraordinários 3.601 1.263
Indenizações (88) (38)
Associações e Convênios (1.415) (304)
Viagens (25) (10)
Outras Receitas e Despesas 79 336
Caixa Líquida Provenientes das Atividades O peracionais 2.152 1.247
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos
Compra de Ativo Imobilizado (1.651) (1.312)
Recebido pela Venda de Imobilizado 15 24
Juros Recebidos - (4)
Investimentos em Geração (10) (3)
Caixa Líquida usada nas Atividades de Investimentos (1.646) (1.295)
Fluxos de Caixa das Atividades Financeiras
Devolução (Adiantamento) Funcionários - -
Devolução (Adiantamento) a Fornecedor - -
Receitas de Aplicações Financeiras 188 103
Despesas Bancárias (240) (7)
Outras Devoluções - (1)
Caixa Líquida usada nas Atividades Financeiras (52) 95
Aumento (Redução) Líquido no Caixa e Equivalentes à Caixa 454 47
Caixa e Equivalentes à Caixa no Começo do Período 1.505 1.458
Caixa e Equivalentes à Caixa no Fim do Período 1.959 1.505
Variação pelo Caixa 454 47
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
DEMO NSTRAÇÃO DO S FLUXO S DE CAIXA
(Valores expressos em milhares de Reais)
(Método Direto)
PERÍO DO S
Demonstração do Fluxo
de Caixa Societário
34
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
Demonstração do Valor Adicionado
01/jan/16 01/jan/15
a a
31/dez/16 31/dez/15
GERAÇÃO DO VALO R ADICIO NADO
RECEITA BRUTA 35.149 29.437
Venda de energia e serviços 35.356 29.502
Provisão para créditos de liquidação duvidosa (207) (65)
(-) INSUMO S ADQ U. DE TERCEIRO S (15.476) (13.311)
Outros insumos adquiridos (2.645) (898)
Material e serviços de terceiros (12.831) (12.413)
(=) VALO R ADICIO NADO BRUTO 19.673 16.126
(-) RETENÇÕ ES (927) (896)
Depreciação do período (927) (896)
(=) VALO R ADICIO NADO LÍQ UIDO 18.746 15.230
(+) VALO RES REC. DE TERCEIRO S 386 331
Receitas (Despesas) financeiras 386 331
(+) VALO R ADICIO NADO A DISTRIBUIR 19.132 15.561
(=) DISTRIB. DO VALO R ADICIO NADO 19.132 15.561
Pessoal 7.074 5.915
Remunerações 4.796 4.375
Encargos sociais (exceto INSS) 439 344
Auxílio alimentação 399 517
Convênio assistencial e outros benefícios 1.092 490
Custos imobilizados 210 156
Provisão trabalhista 138 33
Governo 11.852 9.443
INSS (sobre folha de pagamento) 1.068 1.089
ICMS 6.697 5.760
Imposto de renda e contribuição social 24 4
Outros (PIS/ COFINS/ enc.setoriais, outros) 4.063 2.590
Financiadores - -
Juros e variações cambiais - -
Aluguéis - -
Cooperados 206 203
Remuneração do capital próprio - -
Sobras retidas 206 203
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
DEMO NSTRAÇÃO DO VALO R ADICIO NADO
(Valores expressos em milhares de Reais)
PERÍO DO S
35
Agradecimentos
Ao fim do exercício social de 2016, queremos agradecer a DEUS, aos
membros do Conselho de Administração, e, estender esse agradecimento a todos os
consultores, fornecedores, parceiros e demais envolvidos direta ou indiretamente em
nosso principal objetivo que é a distribuição de energia elétrica com qualidade.
Agradecemos também aos membros do Conselho Fiscal que se mantiveram
atuantes e concisos no debate de questões de maior interesse para CERGAL.
Demonstramos ainda, nosso sincero reconhecimento à dedicação e empenho
do quadro funcional, extensivamente aos associados e consumidores, bem como a
todos os demais, que contribuíram para o cumprimento da missão desta
permissionária.
Tubarão, 31 de Dezembro de 2016.
A Administração.
36
COOPERATIVA DE ELETRIFICACÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS DO
EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE 2016
(Valores expressos em milhares de Reais)
NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL
A Cooperativa é uma sociedade de pessoas, de natureza civil, com sede na
cidade de Tubarão, estado de Santa Catarina e tem como principal objetivo promover
o desenvolvimento socioeconômico da sua área de atuação, por meio da distribuição e
comercialização de energia elétrica. A entidade é regida pela Lei nº 5.764, de 16 de
dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista no país, atuando no
ramo de infraestrutura, no setor de distribuição de energia elétrica, sendo tal atividade
regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, vinculada ao
Ministério de Minas e Energia. A permissão para atuar no setor de distribuição de
energia elétrica tem prazo único de 20 (vinte anos), contados a partir de 30 de outubro
de 2008.
NOTA 02 - DA PERMISSÃO
As áreas de permissão estão situadas nos municípios de Tubarão, Jaguaruna,
Laguna e Gravatal, todos no Estado de Santa Catarina, e são aquelas delimitadas
durante a instrução do processo administrativo nº 48500.001491/2000-84 de
regularização da COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI –
CERGAL, especificadas na resolução homologatória nº 526, de 31 de julho de 2007 e
homologadas pela resolução autorizativa nº 1.566, de 23 de setembro 2008,
constantes do contrato de permissão assinado em 30/out./2008.
NOTA 03 - APRESENTAÇÃO DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS
As demonstrações contábeis estão sendo apresentadas de acordo com as
práticas contábeis adotadas no Brasil conjugadas com a legislação específica
emanada pela Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL e normas da Comissão
Notas Explicativas das
Demonstrações Contábeis Societárias
37
de Valores Mobiliários, observando as diretrizes contábeis da legislação societária (Lei
nº 6.404/76) que incluem os novos dispositivos introduzidos pela Lei nº 11.638, de 28
de dezembro de 2007 e Lei nº 11.941, de 27 de maio de 2009, assim como o CPC
PMEs. Tais dispositivos tiveram como principal objetivo atualizar a legislação
societária brasileira para possibilitar o processo de convergência das práticas
adotadas no Brasil com aquelas constantes nas normas internacionais de
contabilidade que são emitidas pelo Internacional Accouting Standard Board – IASB.
A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL promoveu a revisão das
normas e procedimentos contidos no Plano de Contas do Serviço Público de Energia
Elétrica, instituindo um documento denominado de Manual de Contabilidade do Setor
Elétrico, contendo o plano de contas, instruções contábeis e roteiro para divulgação de
informações econômicas, financeiras e socioambientais resultando em importantes
alterações nas práticas contábeis e de divulgação, até então aplicáveis, às empresas
do setor. As normas contidas no referido Manual são de aplicação compulsória a partir
de 1º de janeiro de 2015.
A) BASE DE MENSURAÇÃO
As demonstrações contábeis foram preparadas com base no custo histórico.
Administração da permissionária definiu que sua moeda funcional é o Real de
acordo com as normas descritas no CPC 02(R2) e Resolução CFC Nº 1.295/10 –
Efeitos nas Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações
Contábeis.
B) ESTIMATIVAS CONTÁBEIS
A elaboração das demonstrações contábeis de acordo com as práticas
adotadas no Brasil requer que a Administração use de julgamento na determinação e
registro de estimativas contábeis. Ativos e passivos significativos sujeitos a essas
estimativas e premissas incluem o valor do ativo indenizado, residual do ativo
intangível, estoques, provisão para créditos de liquidação duvidosa, provisão para
perdas trabalhistas e cíveis e provisões de ganho em processo civil. A liquidação das
transações envolvendo essas estimativas poderá resultar em valores diferentes dos
estimados, devido a imprecisões inerentes ao processo de sua determinação. A
Administração da Cooperativa revisa essas estimativas e premissas pelo menos
anualmente.
NOTA 04 - PROCEDIMENTOS CONTÁBEIS
Dentre os principais procedimentos adotados para a elaboração das demonstrações contábeis, emanadas das disposições da legislação societária, destacamos:
38
A) CAIXAS E EQUIVALENTES DE CAIXA
Compostos por valores em espécie e depósitos bancários disponíveis, as quais
estão demonstradas ao custo, acrescidas das remunerações contratadas,
reconhecidas proporcionalmente até a data das demonstrações contábeis.
B) APLICAÇÕES FINANCEIRAS
Investimentos financeiros de médio e longo prazo, que se concentram em
valores imobiliários de baixo risco e aplicações em instituições financeiras de primeira
linha que são substancialmente remuneradas com base em percentuais conhecidos no
mercado.
C) CONSUMIDORES DE ENERGIA A RECEBER
Engloba as contas a receber com fornecimento de energia e uso da rede,
faturado e não faturado, este por estimativa, serviços prestados, acréscimos
moratórios e outros, até a data do balanço, contabilizado com base no regime de
competência. São considerados ativos financeiros classificados como empréstimos e
recebíveis.
D) PROVISÃO PARA CRÉDITOS DE LIQUIDAÇÃO DUVIDOSA
A provisão para créditos de liquidação duvidosa - PCLD é reconhecida em
valor considerado suficiente pela administração para cobrir as prováveis perdas na
realização das contas a receber de consumidores e títulos a receber, cuja recuperação
é considerada improvável. A PCLD é constituída com base nos valores a receber dos
consumidores da classe residencial vencidos há mais de 90 dias, da classe comercial
vencidos há mais de 180 dias e das classes industrial, rural, poderes públicos,
iluminação pública e serviço s públicos vencidos há mais de 360 dias. Considera
também uma análise individual dos títulos a receber e do saldo de cada consumidor,
de forma que se obtenha um julgamento adequado dos créditos considerados de difícil
recebimento, baseando-se na experiência da Administração em relação às perdas
efetivas, na existência de garantias reais, entre outros.
E) ESTOQUE
Os materiais em estoque classificados no ativo circulante, e aqueles destinados
a investimentos (Imobilizado), estão registrados ao custo médio de aquisição.
F) ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS
Os efeitos contábeis e financeiros produzidos pelas revisões e reajustes
tarifários, e que geraram valores de ativos e passivos regulatórios, os quais são
controlados através de registros conforme determina a Agência Nacional de Energia
39
Elétrica – ANEEL, não afetam as demonstrações contábeis societárias da
permissionária, em razão destes valores serem de natureza regulatória.
Em 25 de novembro de 2014 a ANEEL decidiu aditar os contratos de
concessão e permissão, das companhias de distribuição de energia elétrica
brasileiras, com vistas a eliminar eventuais incertezas, até então existentes, quanto ao
reconhecimento e à realização das diferenças temporais, cujos valores são
repassados anualmente na tarifa de distribuição de energia elétrica – Parcela A e
outros componentes financeiros, incluídos no processo que estabelece o denominado
Índice de Reajuste Tarifário-IRT.
O Comunicado Técnico CTG 08, aprovado pelo Conselho Federal de
Contabilidade – CFC, considera que o aditamento aos Contratos de Concessão e
Permissão, representa um elemento novo que elimina, a partir da adesão (assinatura)
das Concessionárias e Permissionárias aos referidos contratos, as eventuais
incertezas quando à probabilidade de realização do ativo ou exigibilidade do passivo
desses itens originados das discussões tarifárias entre as entidades e o regulador, e
que até então eram consideradas impeditivas para o reconhecimento desses ativos e
passivos.
Conforme consta do CTG 08, a partir das alterações e aditivos aos contratos de
concessão ou permissão, referidos ativos e passivos passam a ser qualificados como
financeiros e, portanto, devendo ser registrados nas demonstrações contábeis das
distribuidoras de energia elétrica.
A cooperativa CERGAL assinou o respectivo Termo Aditivo ao Contrato de
Permissão ao final de 2015, desta forma contabilizando estes ativos e passivos
regulatórios na escrita contábil societária a partir de 2016.
G) PERMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO (ATIVO INDENIZADO)
Refere-se à parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados
até o final da permissão classificada como um ativo financeiro por ser um direito
incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder
concedente, decorrente da aplicação das Interpretações Técnicas ICPC 01 (R1) –
Contrato de concessão e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contrato de concessão.
Essa parcela de infra-estrutura classificada como ativo financeiro é remunerada
por meio do denominado WACC regulatório, que consiste na remuneração do
investimento e que é cobrada mensalmente na tarifa dos clientes.
H) IMOBILIZADO
Registrado ao custo de aquisição ou construção, deduzido de depreciação
calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos contábeis registrados
nas respectivas Unidades de Cadastro - UC, conforme determina a Resolução
Normativa 674/2015. Em função do disposto nas Instruções Contábeis do Manual de
Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, os juros, encargos financeiros e variações
40
monetárias relativos aos financiamentos obtidos de terceiros, efetivamente aplicados
no imobilizado em curso, estão registrados neste subgrupo como custo. Destaca-se
que os bens que compõem o Ativo Imobilizado da permissionária estão subdivididos,
no balanço patrimonial, entre Imobilizado, Ativo Indenizado e Intangível. Os bens
classificados como Imobilizado são aqueles relacionados a atividade administrativa da
permissionária ou bens que não estão vinculados ao serviço público de distribuição de
energia elétrica.
I) INTANGÍVEL
Compreende o direito de uso da infraestrutura, construída ou adquirida pelo
operador ou fornecida para ser utilizada pela outorgante como parte do contrato de
permissão do serviço público de energia elétrica (direito de cobrar dos usuários do
serviço público por ela prestado), em consonância com as disposições das
Deliberações CVM nº 553, de 12 de novembro de 2008, 677, de 13 de dezembro de
2011 e 654, de 28 de dezembro de 2010, que aprovam respectivamente o CPC 04
(R1) – Ativos Intangíveis, os ICPC 01 (R1) – Contrato de Concessão e ICPC 17
Contrato de Concessão: Evidenciação e o OCPC 05 – Contrato de Concessão.
É avaliado ao custo de aquisição/construção, deduzido da amortização
acumulada e das perdas por redução ao valor recuperável, quando aplicável.
J) ENCARGOS SETORIAIS - TAXAS REGULAMENTARES
a) Conta de Desenvolvimento Energético (CDE)
Tem o objetivo de promover o desenvolvimento energético dos Estados e a
competitividade da energia produzida, a partir de fontes alternativas, nas áreas
atendidas pelos sistemas interligados, permitindo a universalização do serviço de
energia elétrica. Os valores a serem pagos também são definidos pela ANEEL.
b) Programas de Eficiência Energética (PEE) – Pesquisa e Desenvolvimento
(P&D) – Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) e
Empresa de Pesquisa Energética (EPE)
São programas de reinvestimento exigidos pela ANEEL para as distribuidoras
de energia elétrica, que estão obrigadas a destinar, anualmente, 1% de sua receita
operacional líquida para aplicação nesses programas. A partir de maio de 2016, as
cooperativas permissionárias não possuem mais a obrigação de investir estes valores
em PEE e P&D, permanecendo apenas os saldos remanescentes de competências
anteriores.
c) Taxa de Fiscalização do Serviço Público de Energia Elétrica (TFSEE) Os valores da taxa de fiscalização incidentes sobre a distribuição de energia
elétrica são diferenciados e proporcionais ao porte do serviço concedido, calculados
41
anualmente pela ANEEL, considerando o valor econômico agregado pelo
concessionário e permissionário.
d) Bandeiras Tarifárias A partir de 1º de julho de 2015, as contas de energia passaram a trazer o
Sistema de Bandeiras Tarifárias. As bandeiras verde, amarela e vermelha indicam se
a energia custa mais ou menos, em função das condições de geração de eletricidade,
da seguinte forma:
• Bandeira verde: condições favoráveis de geração de energia. A tarifa não sofre
nenhum acréscimo;
• Bandeira amarela: condições de geração menos favoráveis. A tarifa sofre acréscimo
de R$ 0,025 para cada quilowatt-hora (kWh) consumidos;
• Bandeira vermelha: condições mais custosas de geração. A tarifa sobre acréscimo
de R$ 0,045 para cada quilowatt-hora kWh consumido.
Os valores arrecadados dos consumidores são repassados ao Agente
controlados/regulador para subsidiar o aumento dos custos de geração de energia
elétrica do País.
L) RECONHECIMENTO DE RECEITA A receita é reconhecida na extensão em que for provável que benefícios
econômicos serão gerados para a Permissionária e quando possa ser mensurada de
forma confiável. A receita líquida é mensurada com base no valor justo da
contraprestação recebida, excluindo descontos, abatimentos e encargos sobre
vendas.
a) Receita Não Faturada Corresponde à receita de fornecimento de energia elétrica, entregue e não
faturada ao consumidor, e à receita de utilização da rede de distribuição não faturada,
calculada em base estimada, referente ao período após a medição mensal e até o
último dia do mês.
M) SALÁRIOS E ORDENADOS PAGAR
Estão demonstrados pelos valores das obrigações com salários de funcionários
e com honorários de dirigentes, devidos até a data do balanço.
N) PROVISÃO DE FÉRIAS
Foi constituída para cobertura de 1/3 das férias vencidas e proporcionais,
acrescidas dos respectivos encargos sociais até a data do balanço.
42
O) OBRIGAÇÕES VINCULADAS A PERMISSÃO
Representa um passivo financeiro, constituído por valores e/ou bens recebidos
de Municípios, de Estados, da União Federal e de consumidores em geral, relativos a
doações e participação em investimentos realizados em parceria com a Outorgada,
não sendo admitida nenhuma baixa, a qualquer título, neste Subgrupo, sem a prévia
anuência do Órgão Regulador. Inclui também neste subgrupo os recursos de Pesquisa
e Desenvolvimento - P&D e Pesquisa de Eficiência Energética - PEE aplicados no
Ativo Imobilizado.
P) OUTROS DIREITOS E OBRIGAÇÕES
Demais ativos e passivos circulantes e de longo prazo estão atualizados até a
data do balanço, quando legal ou contratualmente exigidos.
Q) APURAÇÃO DAS SOBRAS
As sobras são apuradas pelo regime de competência.
NOTA 05 – APLICAÇÕES NO MERCADO ABERTO E TÍTULOS DE VALORES
MOBILIÁRIOS
Instituição financeira Tipo de aplicação Vencimento Remuneração 2016 2015
Banrisul CDB Indeterminado CDI 146 212
Banco do Brasil CDB Indeterminado CDI 308 -
Bradesco Hiper fundo Indeterminado 0,55% a.m 287 266
CEF CBD Indeterminado CDI 566 232
Bradesco CBD Indeterminado CDI 439 -
TOTAL 1.746 710
NOTA 06 – CONSUMIDORES DE ENERGIA A RECEBER
A) COMPOSIÇÃO DAS CONTAS A RECEBER
Legislação Societária
2016 2015
Residencial 2.064 1.963
Comercial 555 544
Industrial 696 459
Rural 112 146
Poder público 23 23
43
Serviço público 32 14
Iluminação pública 0 103
Renda não faturada 2.043 1.574
Outros serviços a receber 49 635
Cosip 270 193
Total 5.844 5.654
A provisão para créditos de liquidação duvidosa foi constituída em
conformidade com o que determina o Manual de Contabilidade do Setor Elétrico,
enquadrados nas seguintes situações:
1) Consumidores residenciais vencidos há mais de 90 dias;
2) Consumidores comerciais vencidos a mais de 180 dias;
3) Consumidores industriais, rurais, poderes públicos, iluminação pública e
serviços públicos vencidos há mais de 360 dias.
Em 2014 houveram baixas das faturas consideradas não recebíveis pela
permissionária, nas contas de “Provisão para crédito de liquidação duvidosa” e
“Consumidores de energia a receber”, de acordo com critérios conhecidos pela
administração e respectivos dados históricos da permissionária.
NOTA 07 – IMPOSTOS A RECUPERAR
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
ICMS s/ Ativo Imobilizado 92 102
IR s/ Aplicação Financeira 166 134
IR s/ Aluguel de Postes 18 -
CSLL Retidos 32 25
Total 308 261
LONGO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
ICMS sobre ativo imobilizado 117 116
Total 117 116
44
Valores de impostos e contribuições a serem compensados ou ressarcidos a
curto e longo prazo.
NOTA 08 – SERVIÇOS EM CURSO
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Projetos de PEE e P&D 270 265
Serviços Próprios 2 3
Reformas e Benfeitorias Administrativas Central 3 -
Total 275 268
LONGO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Projetos de PEE e P&D 151 76
Total 151 76
Valores referentes a serviços ainda não concluídos dos quais produzirão
aumento do ativo imobilizado ou despesa, dependendo da característica e origem do
serviço.
NOTA 09 – ATIVOS E PASSIVOS REGULATÓRIOS
ATIVOS
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Neutralidade da Parcela A – Proinfa, CDE, Tx de fiscalização
195 -
Cusd Energia – PIS/COFINS 301 -
Total 496 -
45
PASSIVOS
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Neutralidade da Parcela A – Proinfa, CDE, Tx de fiscalização
211 -
Cusd Energia – DIC/FIC Supridora 36 -
Bandeiras tarifárias credoras / a devolver 1.280 -
Total Curto Prazo 1.527
LONGO PRAZO
Receita ultrapassagem de demanda 6
Receita consumo reativo 4 -
Total Longo Prazo 10 -
NOTA 10 – OUTROS CRÉDITOS
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Adiantamento de salário/férias/outros 65 81
Taxas regulamentares antecipadas - 77
Parcelamento e outros valores a receber 9 42
Aluguel de infra-estrutura 32 14
Subsídios e subvenções 52 56
Outros 90 19
Desativações/alienações em curso (47) (48)
Total 201 241
LONGO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Processo ajuizado (W1) 406 406
Total 406 406
46
W1 – Processo civil ajuizado contra funcionário, no qual o parecer da decisão é
favorável à permissionária, onde a mesma possui bens bloqueados a seu favor.
NOTA 11 – ATIVO IMOBILIZADO
Com base nas características estabelecidas no contrato de permissão de
distribuição de energia elétrica da cooperativa, a Administração entende que estão
atendidas as condições para a aplicação da Interpretação Técnica ICPC 01 (R1) –
Contrato de Concessão, a qual fornece orientações sobre a contabilização de
permissões de serviços públicos a operadores privados, de forma a refletir o negócio
de distribuição elétrica, abrangendo:
(a) Parcela estimada dos investimentos realizados e não amortizados ou depreciados
até o final da permissão classificada como um ativo financeiro indenizável por ser um
direito incondicional de receber caixa ou outro ativo financeiro diretamente do poder
concedente; e
(b) Parcela remanescente à determinação do ativo financeiro (valor residual)
classificada como um ativo intangível em virtude de a sua recuperação estar
condicionada à utilização do serviço público, neste caso, do consumo de energia pelos
consumidores.
Com base na aplicação das Interpretações Técnicas ICPC 01 (R1) – Contrato
de concessão e da Orientação Técnica OCPC 05 – Contrato de concessão, o Ativo
Imobilizado está demonstrado nas demonstrações contábeis pelos seguintes itens:
ATIVO INDENIZÁVEL (PERMISSÃO)
A indenização será efetuada com base nas parcelas dos investimentos
vinculados a bens reversíveis, ainda não amortizados ou depreciados, que tenham
sido realizados com o objetivo de garantir a continuidade e atualidade do serviço
concedido.
A permissão não é onerosa, desta forma, não há obrigações financeiras fixas e
pagamentos a serem realizados ao Poder Concedente. O contrato de permissão prevê
R$ (Mil)
2016 2015
Ativo Indenizável (Permissão) 5.786 5.041
Intangível 10.329 9.348
Imobilizado 1.802 1.874
Total 17.917 16.263
47
a possibilidade de prorrogação da vigência a critério exclusivo do Poder Concedente,
mediante requerimento da permissionária.
A agência reguladora (ANEEL) é responsável por estabelecer a vida útil-
econômica estimada de cada bem integrante da infra-estrutura de distribuição, para
efeitos de determinação da tarifa, bem como para apuração do valor da indenização
dos bens reversíveis no vencimento do prazo da permissão. Essa estimativa é
revisada periodicamente e aceita pelo mercado como uma estimativa
razoável/adequada para efeitos contábeis e regulatórios e que representa a melhor
estimativa de vida útil dos bens.
INTAGIVEL
A Administração da permissão entende que a amortização do ativo intangível
deve respeitar a vida útil estimada de cada bem integrante do conjunto de bens
tangíveis contidos na infra-estrutura de distribuição. Assim sendo, esses bens devem
ser amortizados individualmente, respeitando a vida útil de cada um deles, limitada ao
prazo de vencimento da permissão. Como resultado da utilização desse critério de
amortização, o total do ativo intangível será sempre amortizado de forma não linear.
O valor residual de cada bem que ultrapassa o prazo do vencimento da
permissão está alocado como Permissão do Serviço Público (Ativo Financeiro).
IMOBILIZADO
Bens pertencentes a permissionária que não estão vinculados ao serviço
público de energia elétrica e não fazem base para mensuração dos custos do serviço
e assim não terá indenização através das tarifas de energia.
NOTA 12 - FORNECEDORES
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Celesc 469 484
Materiais e serviços 365 172
Total 834 656
LONGO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Celesc – Parcelado - 116
Total - 116
48
NOTA 13 – IMPOSTOS, TAXAS E CONTRIBUIÇÕES
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
INSS – Folha de pagamento 104 98
FGTS – Folha de pagamento 27 25
ICMS a recolher 540 539
INSS s/ Terceiros 1 1
PIS – Folha de pagamento 3 3
ISS s/ Terceiros 4 2
CSLL – Contribuição Social s/ Lucro Líquido 12 8
PIS / COFINS a recolher 9 5
IRPJ a Recolher 22 -
Outros tributos a recolher 6 9
Total 728 690
NOTA 14 – OBRIGAÇÕES ESTIMADAS
Legislação Societária
2016 2015
Provisão de INSS férias 140 124
Provisão de FGTS férias 38 33
Férias 474 411
Total 652 568
49
NOTA 15 – ENCARGOS SETORIAIS
Legislação Societária
2016 2015
Quota da conta de desenvolvimento energético - CDE 171 281
Encargos ex-isolados - -
Taxa de Fiscalização 5 4
Bandeiras tarifárias do período 78 455
Total 254 740
NOTA 16 – PESQUISA E DESENVOLVIMENTO E EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Saldos
FNDCT MME P&D PEE Total
Em 2014
8 4 177 369 557
Constituições
40 20 40 101 202
Juros Selic
- - 7 27 34
Estorno cálculo a maior
- - - - -
Estorno correção a maior
- - - - -
Utilizado em Projeto
- - (125)
(125)
Recolhimentos
(41) (20)
(61)
Em 2015
7 4 99 497 607
Constituições
31 15 31 79 156
Juros Selic
- - 2 49 50
Estorno cálculo a maior
(9) (5) (10) (44) (69)
Estorno correção a maior
- - (1) (4) (5)
Utilizado em Projeto
- - (3)
(3)
Recolhimentos
(29) (14)
(43)
Em 2016
- - 117 576 693
50
NOTA 17 – REPASSES A REALIZAR
Referem-se a valores de iluminação pública cobrados dos consumidores,
recebidos ou a receber, que serão utilizados para quitar as faturas de energia elétrica
dos poderes públicos. Após a quitação destas faturas, o valor restante será repassado
aos mesmos.
NOTA 18 – PROVISÃO PARA LITIGIOS – CIVEIS E TRABALHISTAS
Com base nas análises efetuadas pela assessoria jurídica da entidade, os riscos
de perda dessas causas foram classificados como “Remotos” ou “Possíveis”,
dispensando o registro contábil dessas contingências, conforme disposto na
Resolução CFC Nº 1.180/09 (NBC TG 25).
Não houve causas classificadas como “Prováveis”, no entanto, por prudência a
permissionária mantem alguns valores provisionados em curto e longo prazo,
conforme demonstrado abaixo:
PROVISÃO PARA LITIGIOS Legislação Societária
2016 2015
CURTO PRAZO
Causas trabalhistas 5 5
Causas cíveis 5 -
Total curto prazo 10 5
LONGO PRAZO
Causas cíveis 119 -
Total longo prazo 119 -
NOTA 19 – OUTROS DÉBITOS
CURTO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Convênios - repasses consig./contrib.sind./plan.saúde 149 111
Investimentos a pagar (quotas PCH) 47 48
COSIP- Faturamento / Repasse - 193
Total 196 352
51
NOTA 20 - CONTINGÊNCIAS FISCAIS
LONGO PRAZO Legislação Societária
2016 2015
Processo PIS e COFINS 752 752
Total 752 752
Processo administrativo fiscal na Receita Federal do Brasil de períodos
anteriores, referente ao PIS e COFINS sobre o faturamento, pendente de decisão na
10ª Turma de Recursos (SP). Com base no parecer da assessoria jurídica e matérias
atreladas ao assunto, estima-se o pagamento de R$ 752 mil a longo prazo.
NOTA 21 - DESTINAÇÕES ESTATUTÁRIAS
As destinações estatutárias foram calculadas de acordo com o estatuto social,
conforme quadro a seguir:
Demonstrativo da Base de Cálculo 2016 2015
Resultado do Exercício 230 207
(-) CSLL 9 1
(-) IRPJ 15 3
(=) Sobras líquidas do exercício 206 203
(D) Sobras com associados 216 197
(E) Resultado com terceiros (10) 6
Resultado do exercício 206 203
Demonstrativo das Destinações Estatutárias e Legais
F) Reserva Legal = 10% sobre sobras – resultado negativo
com terceiros 11 20
G) Fundo de Assistência Técnica Educacional Social
(FATES) = (5%) + (Resultado com terceiros) 11 15
52
H) Reserva de Manutenção, Ampliações e Melhorias -
35% 76 69
I) Total das destinações 98 104
J) Sobras à disposição da AGO 108 99
NOTA 22 - PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social
O capital social em 31 de dezembro de 2016, que representa R$ 6.187 mil, é
constituído de quotas-parte conforme artigo 12º e seus parágrafos do Estatuto Social:
“O Capital da Cooperativa, representado por quotas-parte, não terá limite quanto ao
máximo, variará conforme o número de quotas subscritas, mas não poderá ser inferior
a R$ 200,00 (duzentos reais).
Reservas de Sobras
Legislação Societária
Reserva das Sobras 2016 2015
Reserva legal 2.731 2.720
Fundo de assistência técnica educacional – FATES 960 1.016
Fundo de expansão e manutenção sistema distribuição 10.284 10.208
Sobras à disposição da AGO 108 99
Total 14.083 14.043
São constituídas conforme artigo 45 do Estatuto Social: “Das sobras verificadas em
cada setor de atividade serão deduzidas os seguintes percentuais: a) 10% para o
Fundo de Reserva; b) 5% para o FATES e c) 35% para o Fundo de Manutenção
Aplicações e Melhorias”.
Reserva Legal: de caráter indivisível para distribuição entre os associados, é de
constituição obrigatória (Fundo de Reserva) nos termos da Lei nº 5.764/71. Tem como
53
base a destinação de 10% das sobras do exercício social, de eventuais destinações a
critério da Assembleia Geral e se destina a cobertura de perdas decorrentes dos atos
cooperativos e não cooperativos.
Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social: de caráter indivisível para
distribuição entre associados, é de constituição obrigatória nos termos da Lei nº
5.764/71. Tem como base a destinação de 5% das sobras líquidas do exercício social
e pelo resultado das operações com terceiros, destinando-se a cobertura de gastos
com assistência técnica, educacional e social dos associados e seus dependentes,
assim como de seus colaboradores.
Reserva de Ampliação, Manutenção e Melhoria: é constituído estatutariamente por
35% das sobras líquidas do exercício social, de eventuais destinações da Assembleia
Geral e se destina a cobrir investimentos e/ou despesas de manutenção e ampliação
das redes de distribuição.
Sobras a Disposição da Assembleia Geral Ordinária: são as sobras liquidas das
destinações das reservas acrescidas as suas reversões. Ficam à disposição da
Assembleia Geral Ordinária para deliberação quanto a sua destinação.
NOTA 23 – FORNECIMENTO DE ENERGIA
Legislação Societária
2016 2015
Residencial 16.205 13.273
Industrial 9.312 8.460
Comercial 4.140 3.664
Rural 908 863
Poder publico 444 326
Iluminação pública 1.108 923
Serviço público 183 139
Renda não faturada 1.552 1.574
(-) Renda não faturada - exercício anterior (1.574) (1.450)
Transferência Tusd de consumidores cativos (19.289) (16.189)
(-) Ultrapassagem de demanda (32) (38)
(-) Excedente de reativo (31) (71)
54
Transferência Receita Tusd 19.289 16.189
Neutralidade parcela "A" - Formação e
Realização (29) 98
Impacto revisão tarifária 2012
postergada/realização 314 714
Impacto bandeiras tarifárias credoras –
Realização 640 -
Impacto revisão tarifária 2012 postergada –
Ajuste 525 -
Total 33.665 28.475
NOTA 24 – TRIBUTOS E CONTRIBUIÇÕES SOBRE RECEITA
Legislação Societária
2016 2015
Pis / Pasep 11 9
Cofins 48 40
Icms sobre o faturamento 6.697 5.759
Total 6.756 5.808
NOTA 25 – ENCARGOS DO CONSUMIDOR
Legislação Societária
2016 2015
Pesquisa e desenvolvimento - P&D 28 40
FNDCT 29 40
MME 15 20
Programa de eficiência energética - PEE 65 101
Conta de desenvolvimento energético - CDE 3.044 1.063
Bandeiras tarifárias 812 1.264
Total 3.993 2.528
55
NOTA 26 – DISPENDIO COM ENERGIA ELÉTRICA
Legislação Societária
2016 2015
Energia comprada p/ revenda 10.463 9.227
Celesc ultrapassagem - montante kwh-2014 - 410
IF cusd energia (pis/cofins) – ajuste (451) (300)
IF cusd energia (pis/cofins) – realização 350 297
Proinfa 419 404
IF cusd energia (dic/fic supridora) - realização 32 4
Total 10.813 10.042
NOTA 27 – DESPESAS DE PESSOAL
Legislação Societária
2016 2015
Remunerações 1 3.473 3.422
Encargos sociais e FGTS 2 1.684 1.644
Auxilio alimentação 3 559 535
Convênio assistencial e outros benefícios 4 625 618
Roupas profissionais 5 94 72
Seguros 6 72 68
Auxílio transporte 7 20 15
Capacitação e treinamento 8 24 22
Outros 13 165
(-) Transferência para ordens em curso 9 (138) (148)
Total 6.426 6.413
NOTA 28 – RESULTADO FINANCEIRO
Os encargos financeiros e os ingressos e variações monetárias estão
distribuídos por macro atividade e apropriados no resultado.
Despesas financeiras Legislação societária
2016 2015
Outras despesas 3 6
Atualização Monetária Ultrapassagem CELESC - 51
Despesas Selic – P&D e PEE 45 33
Variações monetárias – Passivos Regulatórios 185 101
TOTAL 233 191
56
Receitas financeiras Legislação societária
2016 2015
Receitas de aplicações financeiras 188 97
Rendas
Encargos financeiros sobre energia 231 229
Outras – Receitas financeiras – Deságil s/crédito icms 195 189
Variações monetárias – Ativos Regulatórios 6 7
TOTAL 620 522
NOTA 29 – PROVISÕES PARA O IMPOSTO DE RENDA E CONTRIBUIÇÃO SOCIAL
O cálculo das provisões para o imposto de renda e a contribuição social, foi
efetuado obedecendo ao disposto na legislação fiscal e a Lei nº 5.764/7l, (Sociedades
Cooperativas), que define operações com associados e com terceiros.
A Lei nº 5.764/7l define como isenta as operações com associados, portanto o
imposto de renda foi calculado somente sobre as operações com terceiros na forma da
legislação vigente ou à alíquota de 15% sobre a base de cálculo, acrescido de
adicional de 10% sobre o que exceder o limite de R$ 20.000,00 mensais.
Contribuição Social – foi calculada a alíquota de 9% da base de cálculo sobre a
receita com terceiros (não associados). No exercício de 2015, a Cooperativa apurou
resultado negativo nas operações com não associados (ato não cooperativo).
NOTA 30. RECLASSIFICAÇÃO DE CONTAS - COMPARABILIDADE
Para efeito de comparabilidade foram realizadas alterações nas seguintes
rubricas nas demonstrações contábeis de 2016 em relação com o período de 2015,
conforme segue:
57
W1 - As obrigações vinculadas a permissão (passivo) que vinham sendo
reclassificadas (redutora) para o Intangível/Imobilizado, com a vigência do novo
manual de contabilidade das empresas de energia elétrica, esta classificação não é
mais exigida.
W2 – Com o aumento dos valores dos repasses aos órgão públicos, para a
demonstração de 2016 foi criado rubrica distinta para melhor apresentação destes
valores.
NOTA 31. Informações por Segmento e Atividades de Negócios
31.1. Distribuição de Energia: é composta de linhas, redes, subestações e demais
equipamentos associados e tem por finalidade: a) distribuir energia elétrica e garantir o
livre acesso ao sistema para os fornecedores e consumidores; b) permitir o
fornecimento de energia elétrica a consumidores e; quando for o caso, c) garantir o
suprimento de energia elétrica a outras concessionárias e permissionárias.
31.2. Áreas Geográficas - Os segmentos e atividades de negócios de distribuição e
comercialização de energia elétrica são desenvolvidos nos municípios de Tubarão,
Gravatal, Jaguaruna e Laguna, todos localizados no Estado de Santa Catarina.
NOTA 32. Plano de saúde e Outros benefícios aos colaboradores
A permissionária oferece para seus colaboradores:
- Plano de saúde Unimed
- Plano odontológico;
- Cartão alimentação;
- Seguro de vida;
- Mantém também bolsa de estudos aos colaboradores, custeando50% da
mensalidade englobando cursos regulares e de extensão, nível superior e
profissionalizante dentro da área profissional e 100% da mensalidade do curso técnico
em eletrotécnica.
- Convênio para saúde ocupacional e segurança no trabalho firmado com a empresa
Macroseg;
- Disponibilização de uniformes;
- Vacina gratuita da Gripe H1N1.
58
NOTA 33. Transações com Partes Relacionadas
Não houve transação com partes relacionadas nos exercícios de 2016 e 2015.
A título de remuneração da diretoria “chaves – administrativa” do pessoal da
administração, foram pagos durante o exercício:
Legislação Societária
2016 2015
Remuneração Diretoria
268,20 277,40
INSS
34,92 35,00
Total
303,12 332,88
NOTA 34. Seguros Os seguros são considerados suficientes para cobertura dos riscos
envolvidos, a especificação por modalidade de risco e data de vigência dos principais
seguros está demonstrada a seguir:
Data da Importância
Riscos vigência segurada Prêmio
Veículos 23/03/2016 a 23/03/2017 1.440,00 33,29
Edificações 27/02/2016 a 27/02/2017 2.500,00 12,07
Equipamentos nomeados - Na apólice contratada da HDI Seguros, foram segurados
os veículos abaixo relacionados:
01 Saveiro 1.6 Mi City TOTAL Flex 8V; ANO/MODELO 2004/2004 - MCG 8375;
01 Gol 1.6 MI Total Flex 8V 4 P; ANO/MODELO 2013/2014 – MKZ 1883;
01 Saveiro 1.6 Mi TOTAL Flex 8V; ANO/MODELO 2012/2013 - MJQ 1543;
01 GOL CITY (TREND) 1.0 Mi 4P; ANO/MODELO 2012/2013 - MJQ 1663;
01 Caminhão Volkswagen 13.180 Turbo ANO/MODELO 2002/2002 - MDC 6892;
01 Caminhão MB L 1418; ANO/MODELO 1995/1996 - GTK 4869;
01 Toyota Corolla GLI 1.8 FLEX, 16V. MEC. ANO/MODELO 2013/2014 - MLE 9650;
01 Saveiro 1.6 Mi City TotalFlex 8V ANO/MODELO - MFB 7416;
59
01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 2.5 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2009/2010 -
MHP 0311;
01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 2.5 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2010/2010 -
MID 3576;
01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 2.5 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2011/2011 -
MIT 3996;
01 Toyota Hilux CS D4-D 4x4 3.0 16V 102cv TB Diesel ANO/MODELO 2012/2013 -
MLF 5697;
01 Fiat UNO Furgão Fiorino 1.3 Fire Flex ANO/MODELO 2012/2013 - MJR 7603;
Todos segurados contra Danos Materiais, Danos Corporais, APP por Morte e
Invalidez.
65
Relatório Anual da Administração
da Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi
Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi: Associado, você é a razão da nossa
energia.
A CERGAL foi fundada em 10 de outubro de 1963 com o intuito de distribuir
energia elétrica nas áreas rurais do município de Tubarão.
A missão da CERGAL é atuar no setor de energia elétrica oferecendo produtos
(bens e serviços) com qualidade, confiabilidade e continuidade dos associados e
consumidores, resguardando o espírito cooperativista.
Temos ainda como visão ser referência como cooperativa em tecnologia,
serviços, comercialização, distribuição e autonomia maximizando seu nível de energia,
visando maior competitividade no setor de energia elétrica.
Nossos valores são: segurança e qualidade de vida no trabalho; fortalecer o
cooperativismo a participação e a solidariedade; valorização: pessoal e profissional do
colaborador e integração com a família; responsabilidade social e respeito ao meio
ambiente; ética e transparência.
Relatório da Administração Regulatório
66
Relatório da Administração
Senhoras e Senhores Associados,
A seguir, apresentamos o relatório das principais atividades
desenvolvidas no decorrer do exercício de 2016.
Tais especificidades primam para uma melhor apresentação dos
resultados aos sócios, autoridades e consumidores.
Em anexo estão as demonstrações contábeis, elaboradas em
concordância com a Legislação Societária vigente, acrescidas da Demonstração do
Valor Adicionado-DVA e Demonstração do Fluxo de Caixa, ferramentas de relevância
para a divulgação do desempenho da Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi
perante a sociedade, parceiros, investidores, órgão regulador e associados.
Cumprimos as determinações específicas de Demonstração de
Resultado, conforme Manual de Contabilidade do Setor Elétrico - MCSE, as quais são
compatíveis com os princípios fundamentais de contabilidade e determinados a todas
as Empresas Concessionárias e Permissionárias do Serviço Público de Energia
Elétrica, apesar de sermos uma Sociedade Cooperativa.
67
Carta do Presidente
Pessoas ligadas às comunidades de Passo do Gado, Madre e
Congonhas, de Tubarão, fundaram, em 10 de outubro de 1963, a CERGAL –
Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi, que iniciou suas atividades em 06 de
fevereiro de 1964. A CERGAL surgiu tendo como objetivo levar energia elétrica para
tais localidades, já que elas se encontravam isoladas da área urbana da cidade.
De 1967 até hoje, com a construção de novas redes, a Cooperativa
cresceu muito, passando a atender mais localidades. Atualmente a CERGAL atende
em todo o seu sistema 17.160 associados.
As melhorias da CERGAL são constantes. A Cooperativa investe
continuamente, visando sempre a continuidade e a qualidade da energia consumida
pelos associados/consumidores. A história revela que a atuação da CERGAL foi de
fundamental importância para o desenvolvimento de várias comunidades de Tubarão
onde foram construídas suas redes de energia elétrica. Assim, a CERGAL faz parte da
história da cidade onde contribuiu significativamente para o seu crescimento.
Presidente da CERGAL
Gelson José Bento
68
Cenário
A Cooperativa de Eletrificação Anita Garibaldi é uma distribuidora de energia
elétrica que fornece energia nas cidades de Tubarão, Gravatal, Laguna e Jaguaruna,
seguindo as normas da Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL. Procuramos
prestar os melhores serviços há mais de 50 anos, sempre visando a qualidade e o
bem estar do associado/consumidor.
O destaque de 2016 foi à classe de consumo residencial com o incremento de
3,55% comparado a 2015 seguida da classe Industrial que obteve crescimento de
0,17%.
Acreditamos na valorização e qualificação de nossos colaboradores
proporcionando-lhes constantemente participações em seminários, palestras e cursos
voltados para o aperfeiçoamento dos mesmos nas mais diversas áreas, tais como:
Custeio de Ensino Fundamental, Médio, Cursos Técnicos, Graduações e Pós
Graduações (na área de atuação na empresa), Gestão de Cooperativas e
Cooperativismo, bem como também em treinamentos e cursos específicos como:
Segurança no trabalho, Reciclagem das Normas NR10, NR33 e NR35; Treinamento
em Altura com linha viva, Cursos na área de Planejamento Estratégico; Curso de
Formação de Auditores Internos; Organização Anual da CIPA e da SIPAT,
Treinamento sobre o Programa Cooperjovem; Nivelamento nos Aspectos Regulatórios
Projeto P&D; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 1; Treinamento
do Manual de Contabilidade do setor Elétrico MCE; Curso Prático sobre Sped Contábil
e ECF Escrituração Contábil Fiscal; Curso sobre Qualidade de Energia Elétrica -
Distorções harmônicas Filtro Passivo; Curso sobre a Resolução 414 - Curso para
Atendimento das Cooperativas Permissionárias; Treinamento sobre Medidores
Eletrônicos Multifunção; Treinamento sobre ferramentas desenvolvidas P&D Ciclo 2
SINAP GRID; Treinamento para Simulações PRORET's 8.1 e 8.4; Worshop Plano de
Melhorias do PDGC; Programa de Treinamento das Normas Técnicas do Sistema
Fecoerusc- Procedimentos Operacionais para 2017; entre outros.
A busca pela qualidade dos serviços e o bom atendimento aos associados será
sempre o maior objetivo da CERGAL.
A CERGAL foi recertificada em 2016 conforme Norma NBR ISO 9001.2008,
referente coleta de dados e apuração de indicadores de continuidade individuais e
coletivos, na área de Distribuição de Energia Elétrica, em atendimento à Resolução da
Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL n° 395/2009. O referido certificado foi
emitido pela BRTUV Avaliações da Qualidade Ltda.
Sendo assim, seguimos nossa política de qualidade, que busca a melhoria
contínua através da capacitação e treinamento dos nossos colaboradores, para
atender os requisitos regulamentares do cliente e expectativas dos associados/
consumidores, bem como, as demais partes interessadas na área de Distribuição de
Energia Elétrica.
69
Distribuição e Comercialização de Energia Elétrica
A CERGAL distribui energia elétrica nos municípios de Tubarão, Gravatal,
Laguna e Jaguaruna. Atualmente possui 17.160 associados sendo que 15.769 são da
classe residencial, 677 da classe comercial, e o restante, ou seja, 714, das demais
classes.
Atualmente não atendemos nenhum Consumidor que já detenha o Status
de “Consumidor Livre”.
Ligação de Consumidores - foram realizadas, no ano de 2016, 972 novas ligações,
sendo 876 Residenciais, 46 Comerciais, 18 Industriais, 27 Rurais, e 05 Serviço
Público, totalizando 17.160 consumidores atendidos pela Permissionária, base
dezembro de 2016, representando 3,40 % superior ao mesmo período do ano anterior,
como se pode observar no quadro a seguir.
Número de Consumidores
Comportamento do Mercado – A distribuição de energia da CERGAL no período de
janeiro a dezembro de 2016 foi de 63,50 GWh.
Consumidores 2016 2015 2014 2013 2012
Residencial 15.769 15.263 14.838 14.397 13.723
Comercial 677 660 757 736 699
Industrial 177 172 135 137 137
Rural 482 440 434 399 353
Poderes Públicos 42 43 46 46 44
Iluminação Pública 4 4 4 4 4
Serviço Público 9 9 7 8 8
Total 17.160 16.591 16.227 15.733 14.974
Variação 3,40% -3,29% -2,22% -3,04% -4,82%
70
A CERGAL vem investindo constantemente em ações que resultem na
redução do índice de perdas da empresa, sendo assim tem investido na repotenciação
dos condutores e transformadores, intensificação na fiscalização das medições nas
unidades consumidoras, bem como na substituição de medidores eletromecânicos por
eletrônicos.
Balanço Energético
Energia Requerida 2016 2015 2014 2013 2012
Venda de Energia 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71
Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Suprimento p/ agentes de distribuição 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Consumidores Livres/Dist./Ger. 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mercado Atendido - GWh 2016 2015 2014 2013 2012
Energia Faturada 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Fornecimento 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Residencial 31,51 30,43 30,09 27,47 26,05
Comercial 7,34 7,58 7,78 6,81 6,37
Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,50
Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89
Poderes Públicos 0,82 0,70 0,77 0,75 0,73
Iluminação Pública 3,28 3,22 3,13 3,03 2,97
Serviço Público 0,37 0,33 0,36 0,36 0,40
Suprimento p/ agentes de distribuição - - - - -
Uso da Rede de Distribuição - - - - -
Consumidores Livres/Dist./Ger.
Total 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Variação 1,15% -1,14% -1,19% -6,04% -5,79%
71
Consumidores Rede Básica 0,00 0,00 0,00 0,00 0,00
Mercado Atendido 63,50 62,78 62,03 58,30 54,91
Pernas na Distribuição - - - - -
Perdas Técnicas - - - - -
Perdas não Técnicas - PNT - - - - -
PNT / Energia Requerida % 0,00% 0,00% 0,00% 0,00% 0,00%
Perdas Totais - PT 5,45 6,04 5,77 6,65 7,80
PT / Energia Requerida % 7,90% 8,78% 8,51% 10,24% 12,44%
Total 68,95 68,82 67,80 64,95 62,71
OBS: Visando diminuir o elevado índice de perda de 2016, realizamos em 2016
significativos investimentos a fim de propiciar a redução dos índices para níveis
aceitáveis.
Distribuição Direta por Classe de Consumo – A CERGAL não distribuiu energia de
forma direta no exercício 2016, caracterizando seu mercado, 100% de Consumidores
Cativos.
Com relação a este mercado cativo, tivemos um decréscimo de 1,15%
comparando-se com o desempenho do exercício anterior. A classe que teve maior
crescimento foi a residencial, com acréscimo de 49,62% em relação ao exercício
anterior.
A seguir são apresentados resultados sobre o consumo e sua variação no
período:
2016 2015 2014 2013 2012
7,90% 8,78% 8,51%
10,24%
12,44%
Perdas não tecnicas Perdas Totais
72
Classe 2016 2015 2014 2013 2012
Residencial 31,51 30,43 30,09 27,46 26,05
Industrial 17,65 17,62 17,65 17,66 16,5
Comercial 7,34 7,66 7,78 6,81 6,37
Rural 2,53 2,82 2,25 2,22 1,89
Outros 4,47 4,25 4,26 4,14 4,10
Total 63,50 62,78 62,03 58,29 54,91
Variação 1,15 1,21 6,42 6,16 5,81
Consumo por classe de consumidores - em GWh
49,62%
27,80%
11,56%
3,98%7,04%
Residencial
Industrial
Comercial
Rural
Outros
Receita - A receita decorrente do fornecimento de energia elétrica no exercício ,
líquida do ICMS, PIS e COFINS, importou em R$ 32.399,54 mil, conforme quadro a
seguir:
73
2016 2015 %
16.204,79 13.272,57 22,09
9.311,92 8.460,35 10,07
4.140,27 3.664,34 12,99
907,68 863,31 5,14
1.734,88 1.388,26 24,97
32.299,54 27.648,83 16,82
Receita líquida em R$ mil
Classe
Residencial
Total
Industrial
Comercial
Rural
Outros
50,17%
28,83%
12,82%
2,81%
5,37%
Residencial Industrial
Comercial Rural
Outros
TARIFAS
A tarifa de energia elétrica é o preço regulado pela ANEEL que deve ser pago
pelos consumidores finais como contrapartida pelo acesso à energia elétrica fornecida
pela distribuidora.
Em 22 de Julho de 2016 a CERGAL assinou o terceiro termo aditivo ao
contrato de permissão, o que possibilitou que a CERGAL pleiteasse para a 2ª. Revisão
Tarifária a receita requerida para sustentação dos custos gerenciáveis associados
diretamente ao segmento de distribuição (Parcela B), conforme estabelecido no
submódulo 8.4 do Proret, aprovado pela Resolução Normativa nº 704, de 28 de março
de 2016.
Tarifas Médias
A tarifa média de fornecimento de energia elétrica considerando os impostos
incidentes, em dezembro de 2016, atingiu R$ 389,61/MWh com um aumento de
23,33% com relação a dezembro de 2015.
OBS:Os valores abaixo demonstrados estão expressos em (Reais/mil)
74
Tarifa média de
Fornecimento em R$/MW/h
Classe
Exercício
2015 2016
Residencial 343,31 413,71
Comercial 337,02 410,23
Industrial 342,42 383,91
Rural 224,23 277,47
Outros 218,27 271,06
Média Geral 446,53 389,61
0-30 31-100 101-220 >220
Tarifa Por faixa de Consumo KWh KWh KWh KWh
Tarifas Brutas 147,10 252,17 278,25 420,28
75
Composição da Tarifa
(*) Representa a equivalência em relação à tarifa, que gera recursos para suprir
os investimentos.
Qualidade do Fornecimento - Os dois principais indicadores da qualidade do
fornecimento de energia elétrica são o DEC (duração equivalente de interrupções por
consumidor) e o FEC (freqüência equivalente de interrupções por consumidor).
A evolução desses indicadores é apresentada no quadro a seguir:
Ano
DEC
(Horas)
FEC
(Interrupções)
Tempo de Espera
(horas)
2012 9,07 4,87 0,91
2013 10,76 6,50 0,95
2014 5,95 5,73 0,85
2015 4,90 5,53 0,76
2016 6,24 3,84 0,85
76
Atendimento ao Consumidor – A CERGAL não participa do Programa Luz para
todos, já que todos os domicílios dos Municípios que a CERGAL distribui energia
elétrica encontram-se atendidos.
Além da sede administrativa, a CERGAL conta com mais 03 (três) postos de
atendimento, oferecendo atendimento personalizado por profissionais capacitados e
qualificados com o objetivo de melhor atender seus associados/consumidores.
Em 2016 a CERGAL através do setor de controle de qualidade realizou vários
monitoramentos e análises da qualidade de tensão que é fornecida aos
consumidores/associados. Neste ano, foram realizadas 168 medições de tensão
amostrais da ANEEL e 31 medições de tensão solicitadas pelos
consumidores/associados.
Tecnologia da Informação
Mais um ano se passou e a ideia da melhoria contínua permanece como
fundamento da qualidade e do bom funcionamento para atendimento ao cliente
interno e externo, visando uma infraestrutura comprometida com a visão e missão da
organização.
Agora com o ambiente de servidores virtualizados o controle e coleta de
informação tem evoluído a cada dia, permitindo concentrar o coração da empresa em
um robusto hardware atendendo os objetivos da empresa com um sistema de gestão
alinhado a estrutura eficiente, contribuindo para um serviço eficaz.
Os departamentos estão interligados através de pastas no servidor, onde a
intranet é controlada pelos usuários de domínio, visa segurança das informações
obtendo back-up diário.
Uma estrutura assim, permite um comprometimento com a necessidade de
cumprir fidedignamente com as informações encaminhadas a agência ANEEL, com
garantia assegurada através dos back-ups personalizados, os quais sempre que
solicitados cumpriram com sua missão.
Na atualidade a rede da Cooperativa encontra-se conectada através de dois
switchs que trabalham de forma inteligente para melhor desempenho de comunicação,
um aparelho wireless localizado em um ponto estratégico que possibilita o acesso via
rede sem fio.
Com a preocupação da segurança das informações, a empresa investiu no ano
de 2016 na aquisição de um novo antivírus que faz o acompanhamento via rede da
situação de cada estação de trabalho, além da utilização de um firewall com regras de
segurança para toda rede interna.
A empresa conta também com equipamentos modernos, primando por
aquisições menos nocivos à saúde e contribuindo para o meio ambiente com
equipamentos que possuem normas aprovadas por órgãos ambientais. Também foi
77
aprimorado, a conexão entre os religadores com o software de automatização, e que
está conectado 24 horas por dia com o Centro de Operações, podendo ser manobrado
remotamente, diminuindo assim o tempo de atendimento a ocorrências e a falta de
energia.
Para agilizar o atendimento ao associado/consumidor, contendo todas as
informações com segurança, obtemos parceiros de trabalho, assim permitindo que o
associado/consumidor disponha de informações 24 horas nos 7 dias da semana.
A CERGAL possui um site no endereço eletrônico www.cergal.com.br, que
possibilita aos seus associados/consumidores serviços em tempo real, tais como:
emissão de segundas vias, e solicitações de serviços.
Desempenho Econômico-Financeiro
Em 2016, as sobras foram de R$ 1.292,53 (Reais/mil), contra uma sobra Líquida de R$ 249,38 (Reais/mil) em 2015, ocasionando um aumento nas Sobras na Ordem de (518,30)%. A Receita Operacional Líquida atingiu R$ 23.406,74 (Reais/mil), superior em (13,56)% em relação a 2015, que foi de R$ 20.611,87 (Reais/mil).
As Despesas Operacionais totalizaram em 2016 R$ 22.526,32 (Reais/mil),
(8,08) % superior em relação a 2015 que foi de R$ 20.841,87 (reais/mil). O aumento
do Patrimônio Líquido do exercício foi de 5,71% em relação a 2015.
O EBITDA ou LAJIDA, lucro antes dos juros, impostos, depreciação e
amortização foi de R$ 2.309,56 (Reais/mil), superior 90,30% a 2015, que foi de
R$ 1.213,62 (Reais/mil), conforme variação abaixo:
1.213,62
2.309,56
2015 2016
EBITIDA ou LAJIDA (Legislação Regulatória)
78
Investimentos: Em 2016, os investimentos da Companhia, importaram em R$
1.779,00 mil, 18,84% superiores em relação à 2015, dos quais R$ 1.295,00 R$/mil
foram realizados em Máquinas e Equipamentos da Atividade de Distribuição. Para
esta mesma rubrica nos próximos 5 (cinco) anos, a Permissionária estima um
investimento total de R$/mil 6.021,70.
Comparativo dos Investimentos em Máquinas e Equipamentos da Distribuição
Evolução e Projeção dos Investimentos
Distribuição - Máquinas e Equipamentos - R$ Mil 2014R 2015R 2016R 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P
AIS Bruto ¹ 3.042,19 1.459,00 1.779,00 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00
Transformador de Distribuição 598,75 248,60 269,00 82,00 75,00 95,00 95,00 85,00
Medidor 119,49 142,55 215,00 285,00 290,85 285,00 254,00 240,00
Redes Baixa Tensão ( < 2,3 kV) - 200,00 200,00 205,00 205,00 180,00
Redes Média Tensão (2,3 kV a 44 kV) - 781,85 520,00 475,00 390,00 375,00
Redes Alta Tensão (69 kV) - - - - - - - -
Redes Alta Tensão (88 kV a 138 kV) - - - - - - - -
Redes Alta Tensão ( >= 230 kV) - - - - - - - -
Subestações Média Tensão (primário 30 kV a 44 kV) - - - - - - - -
Subestações Alta Tensão (primário de 69 kV) - - - - - - - -
Subestações Alta Tensão (primário 88 kV a 138 kV) - - - - - - - -
Subestações Alta Tensão (primário >= a 230 kV) - - - - - - - -
Demais Máquinas e Equipamentos 2.323,95 1.067,85 1.295,00 220,50 152,50 145,00 90,00 95,00
Obrigações Especiais do AIS Bruto 154,00 78,61 215,82
Participações, Doações, Subvenções, PEE, P&D, Universalização 154,00 78,61 215,82
Outros 25,09 45,55 53,36
Originadas da Receita
Ultrapassagem de demanda 7,18 13,94 25,58
Excedente de reativos 17,91 31,61 27,78
Diferença das perdas regulatórias
Outros
Outros
¹ Para o cadastro de subestações, considerar o maior nível de tensão do(s) transformador(es) da subestação.
R$ Mil Nominais R$ Mil em moeda constante de 31/12/2016
2016R 2017P 2018P 2019P 20120P 2021P
Plano de Investimentos 2016 1.324,06 1.569,35 1.238,35 1.205,00 1.034,00 975,00
2016P 2017P 2018P 2019P 2020P 2021P
Plano de Investimentos 2015 1.285,78 1.081,97 961,26 822,89 947,87
Diferença 2,98% 45,05% 28,83% 46,44% 9,09%
os principais motivos das diferenças no plano de investimentos são:
2019 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.
2020 - ATUALIZAÇÃO DE ORÇAMENTOS PELOS PREÇO MÉDIOS ATUAIS.
JUSTIFICATICAS
2016- REFERENTE A NOVAS INTENÇÕES DE INVESTIMENTOS
2017 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.
2018 - PRATICAMENTE NÃO SE OBSERVA IFERENÇA.
79
Captações de Recursos: Os investimentos de 2016 foram realizados somente com
recursos próprios.
Composição Acionária: O capital social em 31 de dezembro de 2016 representa R$
6.186,57 (Reais/mil), sendo composto por 26.072 quotas de R$ 1,00 cada, com a
seguinte composição:
CONSELHO ADMINISTRATIVO 2016
Relações com o Mercado: A CERGAL participa de eventos, compõe as associações
do Setor: FECOERUSC, OCESC, SESCOOP, bem como, mantém contato com outras
Permissionárias e concessionárias buscando sempre estar atualizada com relação às
modificações do Setor Elétrico.
A CERGAL objetiva manter seus funcionários sempre atualizados, incentivando
na participação de seminários, cursos técnicos, jurídicos, administrativos entre outros,
fazendo com que haja aprimoramento referente aos assuntos do Setor Elétrico.
Sempre valorizando:
80
- A segurança e qualidade de vida no trabalho;
- O fortalecimento do cooperativismo, a participação e a solidariedade;
- A valorização: pessoal e profissional do colaborador e integração com a família;
- A responsabilidade social e respeito ao meio ambiente;
- A ética;
- A transparência;
- O orgulho em fazer parte do quadro funcional da cooperativa.
GESTÃO
Planejamento Empresarial: A CERGAL vem obtendo êxito em seu processo
de adaptação às mudanças constantes ocorridas no setor elétrico devido à qualidade
de seu planejamento empresarial.
Essa nova concepção de planejamento proporcionou o desenvolvimento do
pensamento estratégico no âmbito gerencial das unidades e, ao mesmo tempo, criou
um conjunto de estratégias adequadas aos diferentes cenários, possibilitando
antecipar ações e reação às mudanças ambientais.
As tendências identificadas, juntamente com os resultados dos cenários
empresariais, serviram de base para a definição das recomendações, metas e ações
estratégicas das Unidades de Negócios para os horizontes de curto e médio prazos.
Gestão pela qualidade total: Em 2016 a CERGAL manteve o certificado ISO
9001:2008. O sistema de gestão da qualidade auxilia consideravelmente o
gerenciamento da empresa como um todo, envolvendo os colaboradores e setores
tornando a gestão mais participativa, incentivando o surgimento, a cada dia, de novas
idéias e sugestões de melhoria contínua, com isso, ganha a empresa com qualidade,
refletindo sensivelmente em nossa razão de existir que são os nossos
Associados/Consumidores.
82
Indicadores de Performance
2016 2015
Salário Médio dos Funcionários (Reais/mil) 3,49 2,76
Energia Gerada / Comprada por Funcionário (MWh) 882,35 860,29
Energia Gerada / Comprada por Consumidor (MWh) 4,01 4,15
Retorno de Ativos por Unidade: 0,82 0,79
83
Balanço Social
Recursos Humanos
A área de Recursos Humanos da CERGAL é responsável por melhorar o
resultado da empresa, através do recurso “pessoas”. Assim ela procura fazer com que
seus associados tenham suas necessidades atendidas, através do conhecimento do
trabalho e da atitude dos colaboradores da CERGAL.
Para conseguir tal resultado em 2016, a CERGAL proporcionou ao seu quadro
funcional treinamentos, palestras reciclagens, ensino médio, curso técnico e ensino
superior nas áreas específicas. Sempre pensando no melhor para seus colaboradores,
no aprendizado contínuo e no melhor desempenho dos mesmos em sua função.
A CERGAL proporciona para todos os seus colaboradores: plano de saúde,
plano odontológico, vale alimentação, vale transporte e seguro de vida. Ainda para
lazer dos funcionários, possui uma sede social com campo de futebol, parque infantil e
ampla área arborizada que é utilizada pelos colaboradores para realização de eventos
tais como campeonatos de futebol, jantares, e outros.
Como forma de reconhecimento foi realizada a festa de confraternização de
final do ano para comemoração do Natal. Ainda foram distribuídos cartões Alelo de
natal no valor de cento e vinte reais, como vale compras, bem como ovos de Páscoa
para todos os trabalhadores.
Responsabilidade Social
Responsabilidade social para a permissionária é comprometer-se com um
conjunto de políticas, programas e práticas que ultrapassem as exigências éticas e
legais no que tange à proteção do meio ambiente e ao desenvolvimento econômico,
social e cultural da comunidade onde opera e da sociedade como um todo.
A CERGAL sempre busca colaborar com a comunidade, através de patrocínios
às escolas e associações comunitárias. No ano de 2016, a CERGAL solicitou para
ingressar no Programa CooperJovem em parceria com o SESCOOP de Santa
Catarina. Programa este desenvolvido em cooperativas educacionais e escolas de
todo o Brasil, por meio de atividades educativas baseadas nos príncípios, valores e
virtudes cooperativistas. O programa reforça o 5º e o 7º princípio do cooperativismo
adotado em todo o mundo, respectivamente: Educação, Formação e Informação e o
Interesse pela Comunidade, viabilizando a transformação e o aprimoramento da
prática educativa a partir da cultura da cooperação. O Programa CooperJovem foi
implantado na Escola Estadual de Ensino Fundamental Professor Noé Abati, com
alunos de 1º ao 9º ano.
84
CIPA CERGAL: Os membros da CIPA na CERGAL abordam temas relacionados à
prevenção de acidentes, saúde, primeiros socorros, dentre outros pertinentes a área.
Fazem-se reuniões mensais, realizadas no escritório da CERGAL e os membros da
CIPA bem como a técnica em segurança do trabalho, fiscalizam seus empregados,
verificando a utilização dos equipamentos disponibilizados pela Empresa e dentro dos
padrões de segurança.
a) Demonstração do Balanço Social 2016 e 2015 (Valores expressos em milhares de reais).
86
NOTA 2016 2015
CIRCULANTE 8.943,07 8.170,01
Caixa e bancos 212,94 795,45
Apl icações financeiras 1.746,04 709,74
Consumidores de energia a receber 5.844,22 5.653,67
Provisão para créditos de l iquidação duvidosa -321,99 -213,10
Impostos a recuperar 307,88 261,37
Estoques 138,06 122,22
Serviços em curso 274,59 267,76
Ativos Regulatorios 495,54 332,31
Despesas de exercícios seguintes 44,14 0,00
Outros créditos 201,65 240,59
NÃO CIRCULANTE 19.606,67 17.979,06
REALIZÁVEL A LONGO PRAZO 673,92 598,69
Impostos a recuperar 116,78 116,25
Serviços em curso 151,39 0,00
Ativo indenizado (Permissão) 0,00 0,00
Outros créditos 405,75 482,44
IMOBILIZADO 18.926,58 17.366,00
INTANGIVEL 6,17 14,37
TOTAL DO ATIVO 28.549,74 26.149,07
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de Reais)
ATIVO
87
NOTA 2016 2015
CIRCULANTE 5.532,59 4.659,48
Fornecedores 834,14 656,14
Salários e ordenados a pagar 542,56 469,17
Impostos , taxas e contribuições 906,00 845,82
Pass ivos regulatórios 1.526,99 963,04
Obrigações estimadas 0,00 0,00
Encargos setoria is 253,62 740,02
Pesquisa e desenvolvimento e eficiência energética 693,04 606,77
Repasses a rea l i zar 570,02 0,00
Provisão para l i tígios 9,66 26,06
Outros débitos 196,56 352,46
NÃO CIRCULANTE 1.731,91 1.354,36
EXIGÍVEL A LONGO PRAZO 1.731,91 1.354,36
Fornecedores 0,00 115,61
Provisões para contigências 119,12 0,00
Contigências fi sca is 752,00 752,00
Pass ivos regulatórios 9,69 486,75
Obrigacoes vinculadas ao serviço publ ico 851,10 0,00
PATRIMÔNIO LÍQUIDO 21.285,24 20.135,23
Capita l socia l 6.186,58 6.125,62
Reserva lega l 2.730,69 2.719,79
Reaval iação regulatório compulsória 1.016,13 1.181,47
Ajustes / Resultados regulatórios 0,00 -1.214,08
Fates 960,46 1.016,12
Fundo de manutenção 10.283,29 10.207,62
Sobras a dispos ição da AGO 21 108,09 98,69
TOTAL DO PASSIVO 28.549,74 26.149,07
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO
(Valores expressos em milhares de Reais)
PASSIVO
88
01/jan/16 01/jan/15
a a
NOTA 31/dez/16 31/dez/15
INGRESSOS OPERACIONAIS 34.209,10 28.998,15
Fornecimento de energia 23 12.926,29 11.474,71
Uso do sistema de distribuição 23 19.288,64 16.189,07
Ativos e passivos regulatórios 1.450,12 811,74
Outras receitas operacionais 544,05 522,63
DEDUÇÕES DOS INGRESSOS (10.802,36) (8.336,73)
Tributos e contribuições sobre a receita 24 (6.755,88) (5.808,33)
Encargos do consumidor 25 (4.046,48) (2.528,40)
INGRESSOS LÍQUIDOS 23.406,74 20.661,42
CUSTO DO SERVIÇO DE ENERGIA ELÉTRICA (22.500,96) (20.891,42)
Dispêndio com energia elétrica adquirida (10.463,06) (9.636,75)
Custo com energia elétrica (450,30) (405,46)
Encargo de Uso do Sistema de Transmissão e Distribuição 100,61 (49,54)
Custo de operação
Pessoal (inclui remuneração a administradores) (7.800,93) (7.127,12)
Material (303,45) (199,67)
Serviços de terceiros (1.588,59) (1.191,73)
Arrendamento e aluguéis (12,27) (14,13)
Tributos (24,59) (23,67)
Seguros (50,52) (68,94)
Doações, contribuições e subvenções (226,88) (685,34)
Provisão para Devedores Duvidosos (326,26) (67,65)
Reversão Provisão para Devedores Duvidosos - -
Depreciação e amortização (1.015,23) (959,29)
(-) Recuperação de Despesas 58,15 39,35
Outros (397,64) (501,48)
SOBRA BRUTA 905,78 (230,00)
OUTRAS DESPESAS E RECEITAS OPERACIONAIS - -
Despesas com vendas - -
Despesas gerais e administrativas - -
Outras despesas operacionais - -
INGRESSOS (DISPÊNDIOS) FINANCEIROS 386,75 479,38
Dispêndios financeiros (232,88) (367,71)
Ingressos financeiros 619,63 847,09
SOBRAS ANTES DA CONTR. SOCIAL E IR 1.292,53 249,38
IMPOSTOS SOBRE ATO NÃO COOPERATIVO (24,41) (4,38)
Contribuição social (9,15) (1,64)
Imposto de renda (15,26) (2,74)
SOBRAS LÍQUIDAS DO EXERCÍCIO 1.268,12 245,00
DEMONSTRAÇÃO DAS SOBRAS DO EXERCÍCIO
(Valores expressos em milhares de Reais)
PERÍODOS
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
89
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01/jan/16 01/jan/15
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31/dez/16 31/dez/15
Fluxos de Caixa das Atividades O peracionais
Recebimentos de Consumidores 34.235 27.759
Pagamentos a Fornecedores (3.675) (3.460)
Fornecedores Energia Elétrica Comprada (10.594) (9.744)
Salários e Encargos Sociais (5.891) (6.539)
Caixa Gerada pelas O perações 14.075 8.016
Encargos Setoriais (3.697) (1.327)
T ributos Federais (IRPJ, CSLL, IRRF, PIS, COFINS) (469) (123)
T ributos Estaduais (ICMS) (6.265) (5.266)
T ributos Municipais (COSIP, ISSQN) (43) (37)
Fluxo de Caixa Antes dos Itens Extraordinários 3.601 1.263
Indenizações (88) (38)
Associações e Convênios (1.415) (304)
Viagens (25) (10)
Outras Receitas e Despesas 79 336
Caixa Líquida Provenientes das Atividades O peracionais 2.152 1.247
Fluxos de Caixa das Atividades de Investimentos
Compra de Ativo Imobilizado (1.651) (1.312)
Recebido pela Venda de Imobilizado 15 24
Juros Recebidos - (4)
Investimentos em Geração (10) (3)
Caixa Líquida usada nas Atividades de Investimentos (1.646) (1.295)
Fluxos de Caixa das Atividades Financeiras
Devolução (Adiantamento) Funcionários - -
Devolução (Adiantamento) a Fornecedor - -
Receitas de Aplicações Financeiras 188 103
Despesas Bancárias (240) (7)
Outras Devoluções - (1)
Caixa Líquida usada nas Atividades Financeiras (52) 95
Aumento (Redução) Líquido no Caixa e Equivalentes à Caixa 454 47
Caixa e Equivalentes à Caixa no Começo do Período 1.505 1.458
Caixa e Equivalentes à Caixa no Fim do Período 1.959 1.505
Variação pelo Caixa 454 47
(As notas explicativas integram o conjunto das demonstrações contábeis)
CO O PERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI - CERGAL
Tubarão - SC
DEMO NSTRAÇÃO DO S FLUXO S DE CAIXA
(Valores expressos em milhares de Reais)
(Método Direto)
PERÍO DO S
91
Agradecimentos
Ao fim do exercício social de 2016, queremos agradecer a DEUS, aos
membros do Conselho de Administração, e, estender esse agradecimento a todos os
consultores, fornecedores, parceiros e demais envolvidos direta ou indiretamente em
nosso principal objetivo que é a distribuição de energia elétrica com qualidade.
Agradecemos também aos membros do Conselho Fiscal que se mantiveram
atuantes e concisos no debate de questões de maior interesse para CERGAL.
Demonstramos ainda, nosso sincero reconhecimento à dedicação e empenho
do quadro funcional, extensivamente aos associados e consumidores, bem como a
todos os demais, que contribuíram para o cumprimento da missão desta
permissionária.
Tubarão, 31 de Dezembro de 2016.
A Administração.
92
NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS REGULATÓRIAS DO EXERCÍCIO FINDO EM 31 DE DEZEMBRO DE
2016 E 2015. (Valores expressos em milhares de reais)
NOTA 01 - CONTEXTO OPERACIONAL
A Cooperativa é uma sociedade de pessoas, de natureza civil, com sede na
cidade de Tubarão, estado de Santa Catarina e tem como principal objetivo promover
o desenvolvimento socioeconômico da sua área de atuação, por meio da distribuição e
comercialização de energia elétrica. A entidade é regida pela Lei nº 5.764, de 16 de
dezembro de 1971, que regulamenta o sistema cooperativista no país, atuando no
ramo de infraestrutura, no setor de distribuição de energia elétrica, sendo tal atividade
regulamentada pela Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL, vinculada ao
Ministério de Minas e Energia. A permissão para atuar no setor de distribuição de
energia elétrica tem prazo único de 20 (vinte anos), contados a partir de 30 de outubro
de 2008.
NOTA 02 - DAS PERMISSÕES
As áreas de permissão estão situadas nos municípios de Tubarão, Jaguaruna,
Laguna e Gravatal, todos no Estado de Santa Catarina, e são aquelas delimitadas
durante a instrução do processo administrativo nº 48500.001491/2000-84 de
regularização da COOPERATIVA DE ELETRIFICAÇÃO ANITA GARIBALDI –
CERGAL, especificadas na resolução homologatória nº 526, de 31 de julho de 2007 e
homologadas pela resolução autorizativa nº 1.566, de 23 de setembro 2008,
constantes do contrato de permissão assinado em 30/out./2008.
NOTA 03 – SETOR ELÉTRICO NO BRASIL
O setor de energia elétrica no Brasil é regulado pelo Governo Federal, atuando
por meio do Ministério de Minas e Energia (“MME”), o qual possui autoridade exclusiva
sobre o setor elétrico. A política regulatória para o setor é implementada pela Agência
Nacional de Energia Elétrica - “ANEEL”.
Notas Explicativas das
Demonstrações Contábeis Regulatórias
93
O fornecimento de energia elétrica a varejo pela Companhia e suas controladas
e controladas em conjunto é efetuado de acordo com o previsto nas cláusulas de seus
contratos de concessão de longo prazo de venda de energia.
De acordo com os contratos de permissão de distribuição, essa Outorgada está
autorizada a cobrar de seus consumidores uma taxa pelo fornecimento de energia
consistindo em dois componentes: (1) uma parcela referente aos custos de geração,
transmissão e distribuição de energia não gerenciáveis (“Custos da Parcela A”); e (2)
uma parcela de custos operacionais (“Custos da Parcela B”). Ambas as parcelas são
estabelecidas como parte da concessão original para determinados períodos iniciais.
Subsequentemente aos períodos iniciais, e em intervalos regulares, a ANEEL tem a
autoridade de rever os custos da Companhia, a fim de determinar o ajuste da inflação
(ou outro fator de ajuste similar), caso existente, aos Custos da Parcela B (“Ajuste
Escalar”) para o período subsequente. Esta revisão poderá resultar num ajuste escalar
com valor positivo, nulo ou negativo.
Adicionalmente aos ajustes referentes aos Custos da Parcela A e Parcela B,
mencionados acima, as permissões para fornecimento de energia elétrica têm um
ajuste tarifário anual, baseado em uma série de fatores, incluindo a inflação.
Adicionalmente, como resultado das mudanças regulatórias ocorridas em dezembro
de 2001, a Outorgada pode agora requisitar reajustes tarifários resultantes de eventos
significativos que abalem o equilíbrio econômico-financeiro dos seus negócios. Outros
eventos normais ou recorrentes (como altas no custo da energia comprada, impostos
sobre a receita ou ainda a inflação local) também têm permissão para serem
absorvidos por meio de aumentos tarifários específicos. Quando a Outorgada solicita
um reajuste tarifário, se faz necessário comprovar o impacto financeiro resultante
destes eventos nas operações.
NOTA 04 – BASE DE PREPARAÇÃO E APRESENTAÇÃO DAS
DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS REGULATÓRIAS
As Demonstrações Contábeis para fins regulatórios foram preparadas de
acordo com as normas, procedimentos e diretrizes emitidos pelo Órgão Regulador e
conforme as políticas contábeis estabelecidas na declaração de práticas contábeis.
Essas demonstrações foram preparadas em consonância com as orientações
emitidas pelo Órgão Regulador para Demonstrações Contábeis. As Demonstrações
Contábeis para fins regulatórios são separadas das Demonstrações contábeis
estatutárias societárias da outorgada. Há diferenças entre as práticas contábeis
adotadas no Brasil e a base de preparação das informações previstas nas
demonstrações para fins regulatórios, uma vez que as Instruções Contábeis para fins
Regulatórios especificam um tratamento ou divulgação alternativos em certos
aspectos. Quando as Instruções Contábeis Regulatórias não tratam de uma questão
contábil de forma específica, faz-se necessário seguir as práticas contábeis adotadas
no Brasil.
94
As informações financeiras distintas das informações preparadas totalmente
em conformidade com as práticas contábeis adotadas no Brasil podem não
representar necessariamente uma visão verdadeira e adequada do desempenho
financeiro ou posição financeira e patrimonial de uma empresa apresentar diferença
de valores pela aplicação diferenciada de algumas normas contábeis societárias e
regulatórias, estas diferenças estão explicadas em notas explicativas, para melhor
entendimento do leitor, conforme apresentado nas Demonstrações contábeis
preparadas de acordo com estas práticas.
NOTA 05 - PRINCIPAIS PRATICAS CONTABEIS REGULATÓRIAS
As práticas contábeis utilizadas são as mesmas adotadas nas Demonstrações
Contábeis Societárias, exceto quanto ao que se estabelece abaixo:
Ativos e passivos financeiros setoriais: O mecanismo de determinação
das tarifas no Brasil garante a recuperação de determinados custos relacionados à
compra de energia e encargos regulatórios por meio de repasse anual. Seguindo
orientação do Órgão Regulador, a empresa contabiliza as variações destes custos
como ativos e passivos financeiros setoriais, quando existe uma expectativa provável
de que a receita futura, equivalentes aos custos incorridos, serão faturados e
cobrados, como resultado direto do repasse dos custos em uma tarifa ajustada de
acordo com a fórmula paramétrica definida no contrato de concessão. O Ativo e
Passivo Financeiro Setorial serão realizados quando a poder concedente autorizar o
repasse na base tarifária da empresa, ajustada anualmente na data de aniversário do
seu contrato de permissão.
Imobilizado em serviço: Registrado ao custo de aquisição ou construção,
deduzido a depreciação calculada pelo método linear, tomando-se por base os saldos
contábeis registrados conforme legislação vigente. As taxas anuais de depreciação
estão determinadas nas tabelas anexas à Resolução vigente emitida pelo Órgão
Regulador.
Imobilizado em curso: Os gastos de administração central capitalizáveis são
apropriados, mensalmente, às imobilizações em bases proporcionais. A alocação dos
dispêndios diretos com pessoal mais os serviços de terceiros é prevista no Manual de
Contabilidade do Setor Elétrico. Estes custos são recuperados por meio do
mecanismo de tarifas e preços.
No reconhecimento do custo do ativo imobilizado, as empresas de distribuição
de energia têm incluído parte dos custos da administração central, o qual por sua vez
é incluído no processo de revisão tarifária, ou seja, gerando benefícios econômicos
futuros.
Intangível: Registrado ao custo de aquisição ou realização. A amortização,
quando for o caso, é calculada pelo método linear. Os encargos financeiros, juros e
atualizações monetárias incorridos, relativos a financiamentos obtidos de terceiros
vinculados ao intangível em andamento, são apropriados às imobilizações intangíveis
em curso durante o período de construção do intangível.
95
Obrigações especiais vinculadas à Concessão: Estão representadas pelos
valores nominais ou bens recebidos de consumidores das concessionárias e de
consumidores não cooperados das permissionárias, para realização de
empreendimentos necessários ao atendimento de pedidos de fornecimento de energia
elétrica. Esta conta é amortizada pela taxa média de depreciação dos ativos
correspondentes a essas obrigações, conforme legislação vigente.
Reserva de reavaliação: é realizada proporcionalmente à depreciação, baixa ou
alienação dos respectivos bens reavaliados, mediante a transferência da parcela
realizada para lucros acumulados líquida dos efeitos de imposto de renda e
contribuição social.
Para fins da contabilidade societária, a Lei 11.638/2007 permitiu a manutenção
dos saldos de reservas de reavaliação existentes em 31 de dezembro de 2007 até a
sua efetiva realização. A reavaliação compulsória foi estabelecida pela ANEEL.
A reavaliação foi registrada em 30 de Setembro de 2013, com base em Laudo
de Reavaliação aprovado em Assembleia Extraordinária e está de acordo com os
montantes homologados pela ANEEL no processo de revisão tarifária da data-base de
28 de Setembro de 2013.
Reconhecimento de receita: A receita operacional do curso normal das atividades da
Outorgada é medida pelo valor justo da contraprestação recebida ou a receber. A
receita operacional é reconhecida quando existe evidência convincente de que os
riscos e benefícios mais significativos foram transferidos para o comprador, de que for
provável que os benefícios econômicos financeiros fluirão para a entidade, de que os
custos associados possam ser estimados de maneira confiável, e de que o valor da
receita operacional possa ser mensurado de maneira confiável. A receita de
distribuição de energia elétrica é reconhecida no momento em que a energia é
faturada. A receita não faturada, relativa ao ciclo de faturamento mensal, é apropriada
considerando-se como base a carga real de energia disponibilizada no mês e o índice
de perda anualizado. A receita referente à prestação de serviços é registrada no
momento em que o serviço foi efetivamente prestado, regido por contrato de prestação
de serviços entre as partes.
100
2016 2015
Taxas Anuais
médias de
depreciação
%
Bruto
Depreciação e
Amortização
Acumulada
Valor Líquido Valor Líquido
Em serviço
Transmissão - - - - -
Custo histórico - - - - -
Correção monetária especial - - - - -
Reavaliação - - - - -
Distribuição 6,18 25.215,27 9.196,37 16.018,91 15.479,10
Custo histórico 4,03 21.117,31 6.114,53 15.002,78 14.361,19
Correção monetária especial - - - - -
Reavaliação 2,15 4.097,96 3.081,83 1.016,13 1.117,91
Administração 4,33 2.058,47 620,04 1.438,43 1.468,07
Custo histórico 4,33 2.058,47 620,04 1.438,43 1.468,07
Correção monetária especial - - - - -
Reavaliação - - - - -
Comercialização - - - - -
Custo histórico - - - - -
Correção monetária especial - - - - -
Reavaliação - - - - -
Atividades não vinculadas à concessão do Serviço
Público de Energia Elétrica - - - - -
Custo histórico - - - - -
Correção monetária especial - - - - -
Reavaliação - - - - -
Em curso - 1.469,25 - 1.469,25 1.015,52
Geração - - - - -
Transmissão - - - - -
Distribuição - 1.469,25 - 1.469,25 1.015,52
Administração - - - - -
Atividades não vinculadas à concessão do Serviço Público
de Energia Elétrica - - - - -
TOTAL 10,51 28.742,99 9816,41 18.926,59 17.952,69
101
As principais taxas anuais de depreciação por macro atividade, de acordo com
a Resolução ANEEL nº 674 de 2015, são as seguintes:
Taxas Anuais de
Depreciação
Transmissão
Condutor do sistema -
Equipamento geral -
Estrutura do sistema -
Religadores -
Distribuição
Barra de capacitores 6,67
Chave de distribuição 6,67
Condutor do sistema 3,57
Estrutura do sistema 3,57
Regulador de tensão 4,35
Transformador 4,00
Administração central -
Veículos 14,29
Edificações 3,33
Equipamentos Geral 6,25
Equipamento Geral de Informática 16,67
Software 20,00
Urbanização e Benfeitorias 3,33
Comercialização -
Descrever os grupos relevantes.....) -
102
De acordo com os artigos 63 e 64 do Decreto n°. 41.019 de 26 de fevereiro de
1957, os bens e instalações utilizados na geração, transmissão, distribuição e
comercialização de energia elétrica são vinculados a estes serviços, não podendo ser
retirados, alienados, cedidos ou dados em garantia hipotecária sem a prévia e
expressa autorização do Órgão Regulador.
O ato normativo que regulamenta a desvinculação de bens das
concessões do Serviço Público de Energia Elétrica, concede autorização prévia para
desvinculação de bens inservíveis à concessão, quando destinados à alienação,
determinando que o produto das alienações seja depositado em conta bancária
vinculada para aplicação na permissão.
As dez principais adições (pelo critério de valor) ao imobilizado em serviço no
exercício foram:
CERGAL
Descrição do Bem Em R$ Mil
1- Poste Circular 10 x 300 R$ 181.823,00
2- Religador trifásico automático R$ 123.073,71
3- Medidor Eletronico Monofásico R$ 116.843,66
4- Trafo de Distribuição Trif. 75 KVA R$ 103.066,76
5- Cabo de Cobre NU 35 MM R$ 82.734,43
6- Poste Circular 10 x 600 R$ 79.767,38
7- Cabo de Alumínio Quadruplex 3#70+70MM2 R$ 69.634,71
8- Trafo de Distribuição Trif. 112,5 KVA R$ 64.636,92
9- Cabo de Cobre NU 25 MM R$ 63.013,70
10- Trafo de Distribuição Trif. 45 KVA R$ 62.121,75
103
As dez principais baixas (pelo critério de valor) do imobilizado em serviço no
exercício foram:
CERGAL
Descrição do Bem Em R$ Mil
1- Trafo de Distribuição Trif. 112,5 KVA R$ 59.511,42
2- Religador Trifásico R$ 44.243,86
3- Cabo de Cobre Isolado EPR 240 MM R$ 42.668,59
4- Trafo de Distribuição Trif. 45 KVA R$ 40.769,69
5- Trafo de Distribuição Trif. 75 KVA R$ 38.144,94
6- Cabo de Cobre Isolado PVC 10 MM R$ 34.854,27
7- Veículos R$ 34.778,01
8- Poste Circular 10 x 150 R$ 26.776,13
9- Medidor Eletromecanico Monofasico R$ 25.555,80
10- Cabo de Cobre NU 25 MM R$ 24.197,55
NOTA 08 – ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS SETORIAIS
O Acordo Geral do Setor Elétrico, assinado em 2001, e a nova regulamentação do
Setor de Energia Elétrica implicaram na constituição de diversos ativos e passivos
financeiros setoriais, bem como no diferimento dos impostos federais incidentes sobre
parte desses ativos e passivos (são quitados à medida que os ativos e passivos são
recebidos e/ou pagos).
a) Conta de compensação de variação de custos da “Parcela A”
Os itens da Parcela “A” são definidos como sendo o somatório das diferenças,
positivas ou negativas, no período de 28/09/2015 a 27/09/2016, entre os valores dos
custos não gerenciáveis apresentados na base de cálculo para a determinação do
último reajuste tarifário anual e os desembolsos efetivamente ocorridos no período. A
recuperação da Parcela “A” foi iniciada em setembro de 2015, logo após o final da
vigência do IRT.
104
Os créditos da Parcela “A” são atualizados pela variação da SELIC até o mês efetivo
da sua compensação, não havendo limite de prazo para sua realização.
À medida que os valores da Parcela “A” são recebidos na tarifa, a CERGAL transfere o
valor correspondente registrado no ativo para o resultado:
b) Demais ativos e passivos financeiros setoriais
i) Programas sociais e governamentais
A Empresa, consciente de sua atuação socialmente responsável, prioriza sua
participação em programas e ações governamentais, adotando iniciativas voltadas ao
aperfeiçoamento de políticas públicas na área social.
ii) Quota parte de energia nuclear
A CERGAL, por ter um mercado anual inferior a 500 GW, não participa da
obrigatoriedade da quota parte de energia nuclear.
iii) Neutralidade da Parcela A
Trata-se do valor referente a uma inconsistência da metodologia de cálculo do reajuste
tarifário em anos anteriores conforme contratos de concessão vigentes, que gerou em
tarifa superior à devida, uma vez que não foi assegurada a neutralidade dos itens dos
custos não gerenciáveis da Parcela A.
iv) Sobrecontratação
O Decreto n° 5.163, de 30 de julho de 2004, em seu art. 38, determina que no repasse
dos custos de aquisição de energia elétrica às tarifas dos consumidores finais, a
ANEEL deverá considerar até 103% do montante total de energia elétrica contratada
em relação à carga anual de fornecimento do agente de distribuição. Este repasse foi
regulamentado pela Resolução ANEEL n° 255, de 6 de março de 2007.
v) Diferimento ou Ressarcimento de reposição tarifária:
No presente ciclo de revisão tarifaria, a CERGAL não teve diferimento ou
ressarcimento de reposição tarifaria.
107
NOTA 09 – PROVISÕES PARA LITÍGIOS
NOTA 10 – OBRIGAÇÕES VINCULADAS À PERMISSÃO DO SERVIÇO PÚBLICO DE
ENERGIA ELÉTRICA
São obrigações vinculadas à Permissão do Serviço Público de Energia Elétrica e
representam os valores da União, dos Estados, dos Municípios e dos Consumidores,
bem como as doações não condicionadas a qualquer retorno a favor do doador e às
Subvenções destinadas a investimentos no Serviço Público de Energia Elétrica na
Atividade de Distribuição. Segue a composição dessas obrigações:
R$ Mil Trabalhistas Cíveis Fiscais Ambientais Regulatórios Outros Total
Saldos em
31/12/2015 21,20 4,86 752,00 - - - 778,06
Constituição - 119,12 - - - - 119,12
Baixas/reversão (16,40) - - - - - (16,40)
Atualização - - - - - - -
Saldos em
31/12/2016 4,80 123,98 752,00 - - - 880,78
109
As As principais adições (pelo critério de valor) de obrigações especiais no exercício
foram:
CONTROLADORA
Descrição do Bem Em R$ Mil
1 - CABO COBRE NU 25 MM 59,46
2 - POSTE CIRCULAR 10/100 41,39
3 - POSTE CIRCULAR 10/600 37,81
4 - POSTE CIRCULAR 10/300 34,53
5 -CABO COBRE NU 35 MM 31,28
6 - CABO MULT QUADRIPLEX AL 3X1X70+70MM 19,53
7 - POSTE CIRCULAR 10/300 17,10
8 - POSTE CIRCULAR 10/300 14,18
9 - POSTE CIRCULAR 10/300 10,07
10 - POSTE CIRCULAR 10/300 5,55
Não foram efetuadas baixas nas obrigações especiais no exercício de 2016.
110
NOTA 11 – PATRIMÔNIO LÍQUIDO
Capital Social: O Capital Social em 31 de dezembro de 2016 representa R$ 6.186,57
R$/mil. À quantidade de cotas varia de acordo com o ingresso ou saídas dos
associados, sendo distribuídos em 26.072 associados. Cada cota parte tem o valor de
R$ 1,00 cada conforme disposto no estatuto social. Elencamos os diretores do
conselho de Administração.
Reserva Legal: de caráter indivisível para distribuição entre os associados, é de
constituição obrigatória (Fundo de Reserva) nos termos da Lei nº 5.764/71. Tem como
base a destinação de 10% das sobras do exercício social, de eventuais destinações a
critério da Assembleia Geral e se destina a cobertura de perdas decorrentes dos atos
cooperativos e não cooperativos.
Números de ações
Preferenciais
Acionistas Ordinárias % A % B % Total %
GELSON JOSÉ BENTO 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
THIAGO NUNES GOULART 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
ITAMAR DE SOUZA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
CELSO JOAO DE MEDEIROS 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
ANGELO ORLANDO MENDES 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
JOSÉ MOACIR DE ALMEIDA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
JORGE LUIZ COSTA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
ARLINDO FRANCISCO MARTINS 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
OSNI MENDES 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
JOEL NUNES TEODORO 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
ARTERINO JOSE PASSARELA 1,00 - 0,0038 - - - 0,0038
DEMAIS ASSOCIADOS 26.061,00 - 99,9578 - - - 99,9578
Total 26.072,00 - 100,00 - - - 100,0000
111
Reserva de Assistência Técnica, Educacional e Social: de caráter indivisível para
distribuição entre associados, é de constituição obrigatória nos termos da Lei nº
5.764/71. Tem como base a destinação de 5% das sobras líquidas do exercício social
e pelo resultado das operações com terceiros, destinando-se a cobertura de gastos
com assistência técnica, educacional e social dos associados e seus dependentes,
assim como de seus colaboradores.
Reserva de Ampliação, Manutenção e Melhoria: é constituído estatutariamente por
35% das sobras líquidas do exercício social, de eventuais destinações da Assembleia
Geral e se destina a cobrir investimentos e/ou despesas de manutenção e ampliação
das redes de distribuição.
Sobras a Disposição da Assembleia Geral Ordinária: são as sobras liquidas das
destinações das reservas acrescidas as suas reversões. Ficam à disposição da
Assembleia Geral Ordinária para deliberação quanto a sua destinação, conforme
demonstrado no quadro a seguir:
Reservas de lucros:
2016 2015
Resultado do Exercício (Societárias) 205,47 202,93
Destinações
FATES 10,81 15,42
Reserva legal 10,91 19,74
Reserva de Manutenção, Ampliação e Melhoria 75,66 69,08
Total 108,09 98,69
113
NOTA 13 – PESSOAL E ADMINISTRADORES
Pessoal e Administradores 2016 2015
Pessoal 7.457,18 6.804,61
Remuneração 4.489,73 4.040,31
Encargos 1.556,02 1.559,09
Despesas rescisórias 124,80 98,99
Outros benefícios - Corrente 1.437,37 1.264,25
(-) Créditos de tributos recuperáveis - -
Outros (150,74) (158,03)
Administradores 343,75 322,51
Honorários e encargos (Diretoria e Conselho) 303,12 304,00
Benefícios dos administradores 40,63 18,51
Total 7.800,93 7.127,12
NOTA 14 – DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCICIO SEGREGADO POR ATIVIDADE
Sendo a CERGAL uma Permissionária Distribuidora de Energia Elétrica, com uma só
atividade concedida, está dispensada da publicação de Demonstrações do Resultado
do Exercício segregado por atividade.
NOTA 15 – REVISÃO E REAJUSTE TARIFÁRIO
REVISÃO TARIFÁRIA PERIÓDICA
O contrato de Permissão nº 16/2008, que regula a exploração dos serviços
públicos de distribuição de energia elétrica na área de permissão da CERGAL define a
data de 28 de setembro de 2012 como a data em que deverá ser processada a
primeira revisão tarifária periódica.
114
Contudo, pela ausência de metodologia em tempo hábil para a realização do
1CRTP, foi editada a Resolução Normativa nº 471, de 20 de dezembro de 2011, onde
foram estabelecidos os procedimentos a serem adotados nos processos de revisão
tarifária das concessionárias e permissionárias de distribuição de energia elétrica, a
título provisório, até a publicação das correspondentes metodologias.
Nesse sentido, foi emitida a Nota Técnica nº 329/2012-SER/ANEEL, de 17 de
setembro de 2012, propondo a prorrogação da vigência das tarifas de fornecimento de
energia elétrica da CERGAL, constantes da Resolução Homologatória nº 1.206/, de 20
de setembro de 2011, até o processamento definitivo da revisão tarifária periódica da
permissionária.
Com o estabelecimento da metodologia do 1CRTP das Permissionárias em 05
de março de 2013, considerados os aperfeiçoamentos metodológicos determinados na
deliberação da Diretoria da ANEEL na 21ª Reunião Ordinária realizada em 11 de junho
de 2013, é processada a 1CRTP da CERGAL com data de competência
correspondente a 28 de setembro de 2012. As tarifas determinadas serão utilizadas
como referencial para a apuração de diferenças positivas ou negativas em relação às
tarifas efetivamente praticadas desde aquela data, cabendo a aplicação de eventuais
ajustes nos processos tarifários ordinários que forem realizados futuramente.
Para a segunda Revisão Tarifária Periódica – RTP, a permissionária adotou a
metodologia estabelecida no Submódulo 8.4, revisão 1.0 e no Submódulo 8.2, revisão
2,0 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET, ambos com data de
vigência de 28/03/2016 e aprovados pela Resolução Normativa nº 704/2016.
A Agência Nacional de Energia Elétrica – ANEEL estabeleceu por meio da
Resolução Homologatória nº 2.146, de 27 de setembro de 2016, as tarifas de
fornecimento de energia elétrica e de uso dos sistemas de distribuição da CERGAL
resultantes do processo de reajuste tarifário de 2016, cujo reajuste médio foi de 1,93%
correspondente ao efeito médio a ser percebido pelos consumidores.
REAJUSTE TARIFÁRIO ANUAL
No reajuste anual, que ocorre entre as revisões tarifárias, as empresas
distribuidoras de energia elaboram os pleitos para reajuste das tarifas de energia
elétrica, com base em fórmula definida no contrato de concessão, que considera para
os custos não gerenciáveis (Parcela A), as variações incorridas no período entre
reajustes e, para os custos gerenciáveis (Parcela B), a variação do IPCA, ajustado
pela aplicação do Fator X, conforme mencionado no parágrafo anterior.
A Agência Nacional de Energia Elétrica - ANEEL estabeleceu por meio da
Resolução Homologatória nº 1966, de 24 de setembro de 2015, as tarifas de
fornecimento de energia elétrica e de uso dos sistemas de distribuição da Outorgada
resultantes do processo de reajuste tarifário de 2015, cujo reajuste médio foi de
21,83%, correspondendo a um efeito médio de 25,40% a ser percebido pelos
consumidores.
115
RESUMO DA REVISÃO TARIFÁRIA (OU REAJUSTE TARIFÁRIO)
Aplicando-se as metodologias definidas no Submódulo 8,4, revisão 1.0 e no
Submódulo 8.2, revisão 2,0 dos Procedimentos de Regulação Tarifária – PRORET,
ambos com data de vigência de 28/03/2016 e aprovados pela Resolução Normativa nº
704/2016, o reajuste tarifário da outorgada é apresentado na tabela a seguir, onde são
apresentados todos os itens da receita requerida da permissionária, outras receitas
bem como os componentes financeiros e a receita verificada.
Para composição da Parcela B foram considerados os seguintes componentes:
Parcela B
DRA DRP Part. Var.
Valor da Parcela B R$ 11.575.286,28 R$ 12.585.070,00 4,00% 8,72%
NOTA 16 – CONCILIAÇÃO ENTRE BALANÇO REGULATÓRIO E SOCIETÁRIO
Para fins estatutários, a Outorgada seguiu a regulamentação societária para a
contabilização e elaboração das Demonstrações Contábeis Societárias, sendo que
para fins regulatórios, a Outorgada seguiu a regulamentação regulatória, determinada
pelo Órgão Regulador apresentada no Manual de Contabilidade do Setor Elétrico.
Dessa forma, uma vez que há diferenças entre as práticas societárias e regulatórias,
116
faz-se necessária a apresentação da reconciliação das informações apresentadas
seguindo as práticas regulatórias com as informações apresentadas seguindo as
práticas societárias, conforme segue:
118
A seguir são detalhadas a natureza e explicações dos ajustes apresentados entre a
contabilidade societária e a regulatória:
119
[1] ATIVOS E PASSIVOS FINANCEIROS
Os ajustes de Ativos Financeiros são decorrentes da contabilização na
contabilidade regulatória das Neutralidades da Parcela A que estão em formação,
sendo que na contabilidade societária não há este reconhecimento de direito.
[2] ATIVOS FINANCEIROS DA PERMISSÃO
Os ajustes dos Ativos Financeiros da Permissão são decorrentes de
contabilização na contabilidade societária de expectativa de direito incondicional de
receber caixa (indenização). Estes lançamentos na contabilidade societária foram
realizados em atendimento ao disposto na ICPC 01 - Contratos de Concessão, mas
que para fins de contabilidade regulatória tais práticas não são adotadas e desta
forma, apresenta-se ajustes nesta conciliação de saldos contábeis societários e
regulatórios. Nas demonstrações regulatórias esse valor faz parte do ativo imobilizado.
[3] IMOBILIZADO
Os ajustes da Reavaliação Regulatória e Depreciação são decorrentes do laudo de
avaliação do 1º ciclo de revisão tarifária periódica, atualizado e depreciado, não aceito
na contabilidade societária.
[4] RECEITA E CUSTO DE CONSTRUÇÃO (RESULTADO)
Os ajustes são decorrentes da aplicação do conceito do ICPC 01 E OCPC 05,
que, por se tratar de ativo imobilizado em curso que já é vinculado à Permissão, deve
ser reconhecido pelo IFRS como RECEITA DE CONSTRUÇÃO, e, no mesmo instante,
reconhecido o CUSTO DE CONSTRUÇÃO do Ativo Intangível da Permissão.
[5] CONCILIAÇÃO DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO E SOBRAS (SOCIETÁRIA E REGULATÓRIA).
2016 2015
Saldos no início do exercício 32,61 35,00
Efeito dos ajustes entre contabilidade societária
versus regulatória (1.048,74) (2,39)
Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) 0,00 0,00
Ativos e passivos financeiros setoriais (1.214,08) (42,39)
Reavaliação regulatória compulsória 0,00 0,00
Realização reavaliação regulatória compulsória 165,34 40,00
120
Efeitos IFRS - Outras Reservas de Capital 0,00 0,00
..... 0,00 0,00
Tributos sobre as diferenças de práticas contábeis 0,00 0,00
Saldos no fim do exercício 1.016,13 32,61
Os efeitos constatados a título de Reavaliação Regulatória Compulsória,
referem-se a reversão da Reserva da Reavaliação Regulatória Compulsória, já que a
mesma não é aceita pelas normas da Contabilidade Internacional, sendo revertida
contra as contas correspondentes do Ativo Imobilizado em Serviço.
Os ativos e passivos financeiros regulatórios foram todos registrados na
contabilidade societária com a assinatura do aditivo do contrato de permissão. Com
isso, estes valores não geram diferenças entre o patrimônio líquido da societária e
regulatória.
[6] CONCILIAÇÃO DO LUCRO LÍQUIDO SOCIETÁRIO E REGULATÓRIO.
2016 2015
Lucro (prejuízo) líquido conforme contabilidade societária 205,48 202,93
Efeito dos ajustes entre contabilidade societária versus
regulatória 1.062,64 42,07
Atualização do ativo financeiro da concessão (ICPC 01) 0,00 0,00
Ativos e passivos financeiros setoriais 1.150,53 105,63
Reavaliação regulatória compulsória 0,00 0,00
Depreciação - reavaliação regulatória compulsória (87,89) (63,56
Tributos sobre as diferenças de práticas contábeis 0,00 0,00
Lucro (prejuízo) líquido regulatório 1.268,12 245,00
Depreciação - Reavaliação Regulatória Compulsória: Trata-se da reversão das
cotas de depreciação da reavaliação regulatória compulsória, realizadas no exercício
de 2016, cujos efeitos não são reconhecidos na Contabilidade Societária.
Ativos e passivos financeiros setoriais: Trata-se de valores regulatórios que
anteriormente eram registrados somente na contabilidade regulatória. Com a
assinatura do aditivo do contrato de permissão, estes valores também estão sendo
registrados na contabilidade societária. Desta forma, com os ajustes destes valores
entre regulatória e societária, houve diferença de R$ 1.150,53 mil.