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CORPO Hebreus 9: 28; vers 12, 26; 7: 27; Mateus 16: 27; I Pedro 2: 24; Hebreus 5: 9; I Coríntios. 1:5 - 7.

Hebreus 10:5; Hebreus 1: 5-6; 2:14, 17; I Pedro 2:24.

Ao contemplar a Cristo em seu poder, Paulo irrompeu em exclamações de admiração e espanto: “E, sem duvida alguma, grande é o mistério da piedade: Aquele que se manifestou em carne foi justificado em espírito, visto dos anjos, pregado aos gentios, crido no mundo e recebido acima, na gloria. “I Timóteo 3: 16.” Porque nele foram criadas todas as coisas que há no céu e na Terra, visíveis e as invisíveis, sejam tronos, sejam dominações, sejam principados, sejam potestades; todo foi criado por ele e para ele. E ele é antes de todas as coisas, e todas as coisas subsistem por ele.” Colossenses 1: 16 e 17. Signs of the Times, 4 de Abril.

[I Timóteo 3: 16: “Não há duvida de que é grande o ministério da piedade: Deus foi manifestado em corpo, justificado no Espírito, visto pelos os anjos, pregado entre as nações, crido no mundo, recebido na gloria.”]

Cerca de dois mil anos atrás, ouviu-se no Céu uma voz de misteriosa significação, saída do trono de Deus: "Eis aqui venho." "Sacrifício e oferta não quiseste, mas corpo Me preparaste. ... Eis aqui venho (no rolo do livro está escrito de Mim), para fazer, ó Deus, a Tua vontade." Hebreus 10:5-7. Nestas palavras anuncia-se o cumprimento do desígnio que estivera oculto desde tempos eternos. Cristo estava prestes a visitar nosso mundo, e a encarnar. Diz Ele: "Corpo Me preparaste." Houvesse aparecido com a glória que possuía com o Pai antes que o mundo existisse, e não teríamos podido resistir à luz de Sua presença. Para que a pudéssemos contemplar e não ser destruídos, a manifestação de Sua glória foi velada. Sua divindade ocultou-se na humanidade - a glória invisível na visível forma humana. (DTN, 23)

Deus e Cristo sabiam, desde o princípio, da apostasia de Satanás e da queda de Adão mediante o poder enganador do apóstata. O plano da salvação foi elaborado para remir a raça caída, para dar-lhe outra oportunidade. Cristo foi designado para o cargo de Mediador da criação de Deus, destinado desde a eternidade a ser nosso substituto e penhor. Antes que o mundo fosse feito, estava combinado que a divindade de Cristo fosse envolta na humanidade. "Corpo Me preparaste", diz Cristo. Hebreus 10:5. Mas Ele não veio em forma humana antes que tivesse chegado a plenitude do tempo. Então veio ao nosso mundo, como Bebê em Belém. (I ME, 250)

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Ele, a Majestade do Céu - o Rei da glória - pode contemplar o homem finito, sujeito às tentações de Satanás, sabendo que Ele sentiu o poder dos ardis de Satanás. "Pelo que convinha que, em tudo, fosse semelhante aos irmãos, [revestindo Sua divindade com a humanidade], para ser misericordioso e fiel sumo sacerdote naquilo que é de Deus, para expiar os pecados do povo. Porque, naquilo que Ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados." Hebreus 2:17 e 18. (FEC, 275)

Cristo era sem mácula de pecado, mas, tendo assumido a natureza humana, tornou-Se exposto aos mais ferozes assaltos do inimigo, a suas mais incisivas tentações, à mais aflitiva das tristezas. Sofreu a tentação. Foi feito semelhante a Seus irmãos, para que pudesse mostrar que, pela graça concedida, a humanidade poderia vencer as tentações do inimigo. ... Ouvi Suas palavras: "Eis aqui venho; no rolo do Livro está escrito de Mim: Deleito-Me em fazer a Tua vontade, ó Deus Meu; sim, a Tua lei está dentro do Meu coração." Salmos 40:7 e 8. Quem é que assim anuncia Seu propósito de vir à Terra? Isaías no-lo diz: "Um Menino nos nasceu, um Filho se nos deu; e o principado está sobre os Seus ombros; e o Seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz." Isaías 9:6. (MM, Lugares Celestiais, 41)

"Quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40.

Naquele dia, Cristo não apresentará aos homens a grande obra que Ele fez em seu benefício, ao dar a própria vida pela redenção deles. Apresenta a fiel obra que fizeram por Ele. Aos que põe à Sua direita, dirá: "Vinde, benditos de Meu Pai, possuí por herança o reino que vos está preparado desde a fundação do mundo; porque tive fome, e destes-Me de comer; tive sede, e destes-Me de beber; era estrangeiro, e hospedastes-Me; estava nu, e vestistes-Me; adoeci, e visitastes-Me; estive na prisão, e fostes ver-Me." Mateus 25:34-36. Mas aqueles a quem Cristo louva, não sabem que O tinham servido a Ele. À sua perplexa interrogação, responde: "Em verdade vos digo que, quando o fizestes a um destes Meus pequeninos irmãos, a Mim o fizestes." Mateus 25:40. (DTN, 637)

Nicodemos foi ter com o Senhor, pensando entrar em longa discussão relativamente a pontos sem importância, mas Jesus descobriu-lhe os princípios básicos da verdade, mostrando-lhe que sua primeira necessidade era a de humildade, de espírito suscetível de ensino, de um novo coração; precisava, enfim, nascer de novo, se quisesse entrar no reino de Deus. Acaso não há, em nossas Escolas Sabatinas, os que exercem cargos de responsabilidade e que ficariam irritados e aborrecidos se eu lhes testificasse que também necessitam

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nascer de novo, embora sejam mestres em Israel? Nicodemos se maravilhou de que Cristo lhe falasse da maneira em que o fez, sem respeitar-lhe a posição de mestre em Israel. Não estando preparado para receber a verdade, respondeu-Lhe em palavras cheias de ironia. "Disse-Lhe Nicodemos: Como pode um homem nascer, sendo velho? Porventura, pode tornar a entrar no ventre de sua mãe e nascer?" João 3:4. Como muitos fazem, revelou ele o fato de que, ao ser levada à consciência a penetrante verdade, o homem natural não apreende as coisas que são do Espírito de Deus. Não há, neles, nada que corresponda às coisas espirituais, que se discernem espiritualmente. (CSES, 65)

Jesus não Se impacientou nem desanimou. Procurou tornar mais clara Sua exposição da verdade. Com calma e solene dignidade, repetiu Suas palavras, de maneira a convencer Nicodemos de sua divina veracidade: "Na verdade, na verdade te digo que aquele que não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito. Não te maravilhes de te ter dito: Necessário vos é nascer de novo." João 3:5-7. (Idem, 66)

Judas tinha qualidades de valor, mas havia, em seu caráter, alguns traços que precisavam ser podados antes de ele poder salvar-se. Devia nascer de novo, não da semente corruptível, mas da incorruptível. Sua grande tendência hereditária e cultivada para o mal era a cobiça. E, pela prática, tornou-se ela um hábito que ele introduziu em todos os seus negócios. (CEM, 219)

Todo soldado envolvido no conflito espiritual deve ser corajoso em Deus. Aqueles que travam as batalhas do Príncipe da vida devem apontar para fora as armas de sua guerra, e não formar um quadrado oco e apontar seus projéteis de destruição para os que servem sob a bandeira do Príncipe Emanuel. Não temos tempo para ferir e derribar uns aos outros. Quantos há que precisam atentar para as palavras que Cristo disse a Nicodemos: "Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus." João 3:5. ...(MM, CT, 234)

O Filho de Deus Se rebaixou para levantar os caídos. Para isto deixou Ele os mundos sem pecado de cima, as noventa e nove que O amavam, e veio à Terra para ser "ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades". Isa. 53:5. Em tudo foi feito semelhante aos irmãos. Tornou-Se carne, exatamente como nós somos. Ele soube o que significa ter fome, sede e cansaço. Foi sustentado pelo alimento e restaurado pelo sono. Foi estrangeiro e peregrino na Terra - estava no mundo mas não era do mundo; foi tentado e provado como o são os homens e mulheres de hoje, vivendo contudo uma vida sem pecado. Compassivo, compreensivo e terno, sempre gentil para com os outros, Ele representava o caráter de Deus. "O Verbo Se fez carne, e

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habitou entre nós... cheio de graça e de verdade." João 1:14.

O Soberano do Universo não estava só em Sua obra de beneficência. Tinha um companheiro - um cooperador que poderia apreciar Seus propósitos, e participar de Sua alegria ao dar felicidade aos seres criados. "No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus." João 1:1 e 2. Cristo, o Verbo, o Unigênito de Deus, era um com o eterno Pai - um em natureza, caráter, propósito - o único ser que poderia penetrar em todos os conselhos e propósitos de Deus. ... (MM, CT, 7)

"E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai." João 1:14. Louvai a Deus por essa maravilhosa declaração. As possibilidades apresentadas por ela quase se afiguram demasiado grandes para serem compreendidas por nós, e envergonham nossa debilidade e nossa descrença. Louvo a Deus porque posso, pela fé, ver meu Salvador. Meu coração se apodera da grande dádiva. Nossa única esperança nesta vida é estender a mão da fé e agarrar a mão estendida para salvar. "Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo!" João 1:29. Se desviássemos o olhar do próprio eu para Jesus, fazendo dEle o nosso Guia, o mundo veria em nossas igrejas um poder que ele não vê agora. Manuscrito 166, 1905. (MM, Cuidado de Deus, 287)

Deus ordenou a Moisés acerca de Israel: "E Me farão um santuário, e habitarei no meio deles" (Êxodo 25:8), e habitou no santuário, no meio de Seu povo. Durante toda a fatigante peregrinação deles no deserto, o símbolo de Sua presença os acompanhou. Assim Cristo estabeleceu Seu tabernáculo no meio de nosso acampamento humano. Estendeu Sua tenda ao lado da dos homens, para que pudesse viver entre nós, e tornar-nos familiares com Seu caráter e vida divinos. "O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade." João 1:14. (DTN, 23 e 24)

Não foi senão depois da ascensão de Cristo para Seu Pai, e do derramamento do Espírito Santo sobre os crentes, que os discípulos apreciaram plenamente o caráter e a missão do Salvador. Depois de receberem o batismo do Espírito, começaram a compreender haver estado na presença do próprio Senhor da glória. À medida que as declarações de Cristo lhes eram trazidas à memória, seu espírito abria-se para compreender as profecias e entender os milagres que operara. As maravilhas de Sua vida passavam por diante deles, e eram como que despertados de um sonho. Percebiam que "o Verbo Se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a Sua glória, como a glória do Unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade". João 1:14. Cristo viera realmente de Deus a um

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mundo pecaminoso para salvar os caídos filhos e filhas de Adão. Os discípulos eram então, aos seus próprios olhos, de muito menos importância do que antes de haverem reconhecido isso. Nunca se cansavam de repetir Suas palavras e obras. Suas lições, as quais não haviam compreendido senão imperfeitamente, acudiam-lhes agora como nova revelação. As Escrituras afiguravam-se-lhes um novo livro. (DTN, 607)

Que aqueles que falam de princípio, como se não se desviassem dele sob hipótese alguma, compreendam os princípios estabelecidos na Palavra de Deus para nossa direção. Há alguns que seguem falsos princípios. Sua idéia de princípio é desorientadora. Seguir princípios corretos significa fazer fielmente o que mandam os quatro primeiros e os últimos seis mandamentos. Em obediência a essas divinas ordens comemos a carne e bebemos o sangue de Cristo, apropriando-nos de tudo que está envolvido na expiação feita no Calvário. Cristo permanecerá ao lado de todos quantos O recebam como seu Salvador. A estes Ele dará poder para se tornarem filhos de Deus. "E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai." João 1:14. (MM, Cuidado de Deus, 305)

A necessidade do homem quanto a um mestre divino, era reconhecida no Céu. A piedade e terna compaixão de Deus foi despertada para com os seres humanos, caídos e presos ao carro de Satanás; e, ao chegar a plenitude dos tempos, enviou Deus Seu Filho. Aquele que fora designado no conselho celeste veio à Terra como instrutor do homem. Pela grande generosidade de Deus foi Ele dado ao mundo; e, a fim de satisfazer às necessidades da natureza humana, tomou Ele sobre Si a humanidade. Para assombro dos seres celestes, veio o Verbo eterno a este mundo como impotente nenê. Plenamente preparado, deixou as cortes reais, aliando-Se misteriosamente com os caídos seres humanos. "O Verbo Se fez carne e habitou entre nós." João 1:14 (CPPE, 259)

Lucas 8: 11

A Abraão fora feita a promessa que de sua linhagem haveria de nascer o Salvador do mundo. "E em tua semente serão benditas todas as nações da Terra." Gênesis 22:18. "Não diz: E às posteridades, como falando de muitas, mas como de uma só: e à tua posteridade, que é Cristo." Gálatas 3:16 (AA, 222)

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Profecias claras e específicas haviam sido feitas relativamente ao aparecimento do Prometido. A Adão fora dada a certeza da vinda do Redentor. A sentença proferida contra Satanás: "E porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua semente e a sua semente; esta te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar", foi para nossos primeiros pais uma promessa da redenção que seria efetuada por meio de Cristo. Gên. 3:15. (Idem)

Cristo foi o revelador da verdade ao mundo. Por Ele a incorruptível semente - a Palavra de Deus - foi semeada no coração humano. Muitas, porém, das mais preciosas lições do grande Ensinador foram ditas aos que então não as entenderam. Quando, depois de Sua ascensão, o Espírito Santo levou Seus ensinos à lembrança dos discípulos, seus dormentes sentidos despertaram. O significado dessas verdades brilhou-lhes no espírito como nova revelação, e a verdade, inalterada e pura, encontrou lugar para si. Então a maravilhosa experiência da vida do Salvador tornou-se deles. A Palavra testificou por intermédio deles, homens por Ele escolhidos, e eles proclamaram a poderosa verdade: “O Verbo Se fez carne, e habitou entre nós.” (AA, 520)

Diz-lhes que permaneçam nEle. "Se vós estiverdes em Mim", diz, "e as Minhas palavras estiverem em vós, pedireis tudo o que quiserdes, e vos será feito." João 15:7. É por meio da Palavra que Cristo habita em Seus seguidores. Esta é a mesma vital união representada por comer Sua carne e beber Seu sangue. As palavras de Cristo são espírito e vida. Recebendo-as, recebeis a vida da Videira. Viveis "de toda a palavra que sai da boca de Deus". Mateus 4:4. A vida de Cristo em vós produz os mesmos frutos que nEle. Vivendo em Cristo, aderindo a Ele, por Ele sustentados, e dEle tirando a nutrição, dareis frutos segundo a Sua semelhança. (DTN, 677)

É nosso privilégio pregar a Palavra na demonstração do Espírito. É o privilégio de toda pessoa ter fé em nosso Senhor Jesus Cristo. Mas a pura vida espiritual só advém quando a pessoa se submete à vontade de Deus por meio de Cristo, o Salvador reconciliador. É nosso privilégio ser moldados pelo Espírito Santo. Mediante o uso da fé somos postos em comunhão com Cristo Jesus, pois Cristo habita no coração de todos os que são mansos e humildes. Sua fé é uma fé que opera pelo amor e purifica a alma, uma fé que traz paz ao coração e conduz no caminho da abnegação e do sacrifício pessoal. ... (MM, Cuidado de Deus, 357)

O Consolador é chamado "o Espírito de verdade". Sua obra é definir e manter a verdade. Ele primeiro habita o coração como o Espírito de verdade, e torna-Se assim o Consolador. Há conforto e paz na verdade, mas nenhuma paz ou conforto real se pode achar na falsidade. É por meio de falsas teorias e tradições

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que Satanás adquire seu domínio sobre a mente. Encaminhando os homens para falsas normas, deforma o caráter. Por intermédio das Escrituras o Espírito Santo fala à mente, e grava a verdade no coração. Assim expõe o erro, expelindo-o da alma. É pelo Espírito de verdade, operando pela Palavra de Deus, que Cristo submete a Si Seu povo escolhido. O Desejado de Todas as Nações, págs. 668-671.

"Venha o Teu reino, faça-se a Tua vontade, assim na Terra como no Céu." Mateus 6:10. Toda a vida de Cristo sobre a Terra foi vivida com a finalidade de manifestar a vontade de Deus na Terra como é no Céu. Cristo disse: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus. ... Quem não nascer da água e do Espírito não pode entrar no reino de Deus. O que é nascido da carne é carne; e o que é nascido do Espírito é espírito." João 3:3-6. (MM, RP, 40)

II Coríntios 7:1; “Carne” diz-se que se refere a todas as classes de pecado que se comete mediante as faculdades corporais. Quando se aplica ao espírito, se refere aos pecados da mente, como os maus pensamentos, o orgulho, e a ambição. Mateus 7:15 e 23; II Coríntios 10: 4-5; Gálatas 5: 13-26; 6: 1-10; Romanos 8: 9; Oséias 4: 10-11; Atos 21: 25.

A faculdade do raciocínio da pessoa, sua capacidade para discernir entre o correto e o incorreto, estão sob o domínio de impulsos carnais antes da conversão. Descreve-se a mente como "mente carnal" (Colossenses 2: 18). Mas quando ocorre a conversão, a mente fica sujeita à influência do Espírito de Deus. O resultado é que "nós temos a mente de Cristo" (I Coríntios 2: 13-16). “As palavras ‘dar-lhes-ei coração novo’ significam ‘dar-lhes-ei uma mente” nova"' (EGW RH 18-12-1913). A morte da vida antiga na carne e o começo da vida nova no Espírito (Romanos 6: 3-13) descrevem-se como "o Lavamento da regeneração e da renovação no Espírito Santo" (Tito 3: 5). Esta mudança renovadora, que começa quando o crente se converte e nasce de novo, é uma transformação progressiva e contínua, pois "nosso homem... interior... renova-se de dia em dia" (II Coríntios 4: 16) "até o conhecimento pleno" (Colossenses 3: 10). E à medida que o homem interior se vai transformando pelo poder do Espírito Santo, a vida exterior também vai trocando progressivamente. A santificação da mente se revelará em uma maneira mais Santa de viver, à medida que o caráter de Cristo se reproduza mais e melhor no crente. (ver PVGM 69).

A batalha que temos a ferir - a maior de quantas já foram travadas pelo homem - é a entrega do próprio eu à vontade de Deus, a sujeição do coração à soberania do amor. A velha natureza, nascida do sangue e da vontade da carne,

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não pode herdar o reino de Deus. As tendências hereditárias, os hábitos antigos, devem ser renunciadas. (MDC, 141)

Terrível é a luta que se trava entre as forças do bem e do mal em centros importantes onde os mensageiros da verdade são chamados ao trabalho. "Porque não temos que lutar contra a carne e o sangue", declara Paulo, "mas sim contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século." Efésios 6: 12. Até o fim do tempo haverá conflito entre a igreja de Deus e os que estão sob o controle dos anjos maus. (AA, 219)

Desde a queda de Adão, Cristo estivera sempre a confiar a semente da Palavra a Seus escolhidos servos, para ser semeada nos corações humanos. E uma invisível influência, sim, uma força onipotente, operava silenciosa, mas eficazmente para produzir a colheita. O orvalho, a chuva e o Sol da graça de Deus haviam sido dados para refrescar e nutrir a semente da verdade. (DTN, 192)

Desde que foi pregado o primeiro sermão evangélico, quando no Éden se declarou que a semente da mulher havia de esmagar a cabeça da serpente, Cristo fora exaltado como o caminho, a verdade e a vida. Ele era o caminho ao tempo em que Adão vivia, quando Abel apresentava a Deus o sangue do cordeiro morto, representando o sangue do Redentor. Cristo foi o caminho pelo qual se salvaram patriarcas e profetas. Ele é o único caminho pelo qual podemos ter acesso a Deus. (DTN 663)

Glória a Deus e ao Cordeiro. Cristo não Se manifestará enquanto a vitória não for completa, e Ele vir "o trabalho de Sua alma". Isa. 53:11. Todas as nações da Terra ouvirão o evangelho de Sua graça. Nem todos a receberão; mas "uma semente O servirá; falará do Senhor de geração em geração". Salmos 22: 30. "E o reino, e o domínio, e a majestade dos reinos debaixo de todo o Céu serão dados ao povo dos santos do Altíssimo" (Daniel 7:27), e "a Terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas cobrem o mar". Isaías 11:9. "Então temerão o nome do Senhor desde o poente, e a Sua glória desde o nascente do Sol." Isaías 59: 19. (DTN, 828)

Cristo aguarda com fremente desejo a manifestação de Si mesmo em Sua igreja. Quando o caráter e Cristo se reproduzir perfeitamente em Seu povo, então virá para reclamá-los como Seus. (Eventos Finais 35)

O homem cuja mente é iluminada pela Palavra de Deus, há de sentir, mais que qualquer outra pessoa na Terra, que deve ser mais diligente no exame da Bíblia, no estudo das ciências; pois sua esperança e vocação são maiores

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que qualquer outra. Quanto mais intimamente um homem se achar ligado com a Fonte de todo o conhecimento e sabedoria, tanto mais ele pode ser auxiliado intelectual e espiritualmente. O conhecimento de Deus é a educação essencial; todo verdadeiro obreiro dedicará seu constante estudo para obtenção desse conhecimento. Conselhos aos Professores, Pais e Estudantes, pág. 510.

Uma nova norma de caráter é proposta - a vida de Cristo. A mente é mudada; as faculdades são estimuladas à ação em novas esferas. O homem não é dotado de faculdades novas, mas as faculdades que possui são santificadas. A consciência é despertada. Somos dotados de traços de caráter que nos habilitam a prestar serviço a Deus. Parábolas de Jesus, pág. 99

Freqüentemente surge a questão: Por que, pois, há tantos pretensos crentes na Palavra de Deus, nos quais não se vê uma reforma na linguagem, no espírito e no caráter? Por que há tantos que não podem sofrer oposição a seus propósitos e planos, que manifestam temperamento não santificado, e cujas palavras são rudes, insultuosas e apaixonadas? Vê-se em sua vida o mesmo amor-próprio, a mesma condescendência egoísta, a mesma índole e linguagem precipitada, vistos na vida do mundano. Há o mesmo orgulho sensitivo, a mesma entrega ao pendor natural, a mesma perversidade de caráter, como se a verdade lhes fosse inteiramente desconhecida. A razão é que não são convertidos. Não esconderam no coração o fermento da verdade. Não teve ele oportunidade de realizar sua obra. Suas tendências naturais e cultivadas para o mal não foram subjugadas a seu poder transformador. A vida dessas pessoas revela a ausência da graça de Cristo, uma descrença em Seu poder de regenerar o caráter. (Parábolas de Jesus, pág. 99)

De serem feitos filhos de Deus; a saber: aos que crêem no Seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus. E o Verbo Se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a Sua glória, glória como do unigênito do Pai. ... Porque todos nós temos recebido da Sua plenitude e graça sobre graça." João 1:12-16. (III, ME, 135), João 1: 1; 1: 13 e 14; Apocalipse 1: 15 e 16; Tiago 3: 2; [Romanos 8: 29; Hebreus 2: 17; Filemom 16]

Cristo foi as primícias dos que dormem. Foi para glória de Deus que o Príncipe da vida fosse as primícias, o antítipo do molho movido. "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o Primogênito entre muitos irmãos." Romanos 8:29. Esta mesma cena, a ressurreição de Cristo dentre os mortos, fora pelos judeus celebrada em tipo. Quando amadureciam as primeiras espigas do cereal no campo, eram elas colhidas cuidadosamente; e quando o povo subia a

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Jerusalém, eram apresentadas ao Senhor como oferta de gratidão. O povo movia perante Deus o molho maduro, reconhecendo-O como o Senhor da seara. Depois desta cerimônia podia ser lançada a foice ao trigo, e juntada a colheita. (I ME, 305)

Sua fé é apenas o assentimento da mente e do juízo à verdade; mas esta não é introduzida no coração, para santificar a alma e transformar o caráter. "Porque os que dantes conheceu também os predestinou para serem conformes à imagem de Seu Filho, a fim de que Ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que predestinou a estes também chamou; e aos que chamou a estes também justificou; e aos que justificou a estes também glorificou." Romanos 8:29 e 30. O chamado e a justificação não são a mesma coisa. O chamado é o atrair do pecador para Cristo e é a operação do Espírito Santo no coração, convencendo do pecado e convidando ao arrependimento. (I ME, 390)

É a Palavra de Deus que é essencial para o nosso crescimento espiritual. "O Espírito é o que vivifica, a carne para nada aproveita; as palavras que Eu vos disse, são espírito e vida." João 6:63. Os que praticam as palavras de Cristo introduzirão o Céu em sua vida. (MM, Exaltai-o, 129)

Jesus continuou: "O que é nascido da carne é carne, e o que é nascido do Espírito é espírito". João 3:6 (DTN, 172)

"Eu o ressuscitarei no último dia." Cristo tornou-Se uma mesma carne conosco, a fim de nos podermos tornar um espírito com Ele. É em virtude dessa união que havemos de ressurgir do sepulcro - não somente como manifestação do poder de Cristo, mas porque, mediante a fé, Sua vida se tornou nossa. Os que vêem a Cristo em Seu verdadeiro caráter, e O recebem no coração, têm vida eterna. É por meio do Espírito que Cristo habita em nós; e o Espírito de Deus, recebido no coração pela fé, é o princípio da vida eterna. O Desejado de Todas as Nações, pág. 388. (Mateus 19: 28 e 29)

"Porque não temos que lutar contra a carne e sangue, mas, sim, contra os principados, contra as potestades, contra os príncipes das trevas deste século." Efésios 6: 12 (O Colportor Evangelista, 115)

A velha natureza, nascida do sangue e da vontade da carne, não pode herdar o reino de Deus. Os velhos caminhos, as tendências hereditárias, os hábitos antigos precisam ser abandonados; pois a graça não é herdada. O novo nascimento consiste em ter novos intuitos, novos gostos, novas tendências. Os que, pelo Espírito Santo, são gerados para uma nova vida, tornaram-se participantes da natureza divina, e em todos os seus hábitos e práticas

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evidenciarão sua relação com Cristo. Quando homens que alegam ser cristãos retêm todos os seus defeitos naturais de caráter e disposição, em que a sua posição difere da dos mundanos? Eles não apreciam a verdade como elemento santificador e refinador. Não nasceram de novo. ...(MM, O Senhor Logo Vem, 235)

Estas palavras apresentam perante o obreiro de Cristo um elevado objetivo, que entretanto, pode ser alcançado por todos os que, colocando-se sob o controle do grande Professor, aprendem diariamente na escola. (AA, 368)

A PALAVRA

Deuteronômio 11: 18; 18: 18; 30: 14; 32: 2; Hebreus 4: 12; João 29: 22; Salmos 12: 6; 119: 105; Provérbios 17: 27; Lucas 8: 11; João 15: 3; Atos 12: 24; Romanos 8: 10; Colossenses. 3: 16; II Pedro 3: 5; Hebreus 11: 3; I João 2: 14.

Os líderes judeus imaginavam-se demasiado sábios para necessitar de instrução, demasiado justos para necessitar de salvação e demasiado honrados para necessitar da honra que vem de Cristo. O Salvador afastou-Se deles para outorgar a outros os privilégios de que tinham abusado e a obra que haviam negligenciado. A glória de Deus tinha de ser revelada e Sua Palavra confirmada. O reino de Cristo tinha de ser estabelecido no mundo. A salvação de Deus tinha que se tornar conhecida nas cidades do deserto; e os discípulos foram chamados para fazer a obra que os líderes judaicos deixaram de fazer. (AA, 16)

Considerai a tocante cena. Vede a Majestade do Céu tendo em torno os doze por Ele escolhidos. Logo os separará para a obra que lhes destinou. Por meio desses débeis instrumentos, mediante Sua Palavra e Espírito, Ele Se propõe colocar a salvação ao alcance de todos (AA, 18)

Cristo havia terminado a obra que Lhe fora dada para fazer. Tinha reunido os que deviam continuar Sua obra entre os homens. E disse: "E nisso sou glorificado. E Eu já não estou mais no mundo; mas eles estão no mundo, e Eu vou para Ti. Pai santo, guarda em Teu nome aqueles que Me deste, para que sejam um, assim como Nós." "Eu não rogo somente por estes, mas também por aqueles que pela Sua palavra hão de crer em Mim; para que todos sejam um." "Eu neles, e Tu em Mim, para que eles sejam perfeitos em unidade, e para que o mundo conheça que Tu Me enviaste a Mim, e que os tens amado a eles como Me tens amado a Mim." João 17:10-11, 20-21 e 23. (AA, 24)

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Não é prova conclusiva de que um homem é cristão o manifestar ele êxtases espirituais sob circunstâncias extraordinárias. Santidade não é arrebatamento: é inteira entrega da vontade a Deus; é viver por toda a palavra que sai da boca de Deus; é fazer a vontade de nosso Pai celestial; é confiar em Deus na provação, tanto nas trevas como na luz; é andar pela fé e não pela vista; é apoiar-se em Deus com indiscutível confiança, descansando em Seu amor. (AA, 51)

Precisamos agora recomeçar novamente. Reformas são necessárias na alma, no coração e na vontade. Os erros podem estar arraigados pela idade; esta, porém, não torna o erro verdade, nem a verdade erro. Tempo demasiado têm os velhos costumes e hábitos sido seguidos. O Senhor quer que toda idéia falsa seja afastada de professores e alunos. Não estamos na liberdade de ensinar o que se armoniza com as normas do mundo ou da igreja, simplesmente por ser costume assim fazer. As lições ensinadas por Cristo devem servir de norma. O que o Senhor ensinou relativamente à instrução a ser ministrada nas nossas escolas, deve ser rigorosamente observado... (CSE, 128)

"Na verdade, na verdade vos digo que aquele que crê em Mim também fará as obras que Eu faço, e as fará maiores do que estas; porque Eu vou para Meu Pai." João 14:12. Não queria Cristo dizer com isto que os discípulos fariam maiores esforços do que os que Ele havia feito, mas que sua obra teria maior amplitude. Ele não Se referiu meramente à operação de milagres, mas a tudo quanto iria acontecer sob a influência do Espírito Santo. "Mas, quando vier o Consolador", disse Ele, "que Eu da parte do Pai vos hei de enviar, aquele Espírito de verdade que procede do Pai, Ele testificará de Mim. E vós também testificareis, pois estivestes comigo desde o princípio." João 15: 26 e 27. (AA, 22)

A visível presença de Cristo estava prestes a ser retirada dos discípulos, mas uma nova dotação de poder lhes pertenceria. O Espírito Santo ser-lhes-ia dado em Sua plenitude, selando-os para a sua obra. Disse o Salvador: "Eis que sobre vós envio a promessa de Meu Pai; ficai, porém, na cidade de Jerusalém, até que do alto sejais revestidos de poder." Luc. 24: 49. "Porque, na verdade, João batizou com água, mas vós sereis batizados com o Espírito Santo. (AA, 30)

É desígnio de Deus que, mesmo nesta vida, as verdades de Sua Palavra se vão sempre desdobrando perante Seu povo. Só há um meio de obter esse conhecimento. Só nos é possível chegar a compreender a Palavra de Deus mediante a iluminação do Espírito pelo qual ela foi dada. "Ninguém sabe as coisas de Deus, senão o Espírito de Deus. Porque o Espírito penetra todas as

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coisas, ainda as profundezas de Deus." I Coríntios 2: 11 e 10. E a promessa do Salvador a Seus seguidores foi: "Quando vier aquele Espírito da verdade, Ele vos guiará em toda a verdade... porque há de receber do que é Meu, e vo-lo há de anunciar." João 16: 13 e 14. (CC, 109)

Da Palavra de Deus há de brilhar preciosa luz, e ninguém apague o Espírito, presumindo prescrever o que será ou o que não será apresentado ao povo nas mensagens que Ele há de enviar. Qualquer que seja sua posição de autoridade, ninguém tem direito de impedir que o povo receba a luz. Quando uma mensagem vem ao povo, em nome do Senhor, ninguém pode desculpar-se de não lhe pesquisar as declarações. Ninguém pode permanecer em atitude de indiferença e confiança própria, dizendo: "Sei o que é a verdade. Estou satisfeito com minha situação. Firmei minhas estacas e, venha o que vier, não deixarei minha posição. Não ouvirei a mensagem desse mensageiro, pois sei que não pode ser verdadeira." Por terem seguido esse caminho é que as igrejas populares não foram alcançadas pelas mensagens celestiais, sendo deixadas em escuridão parcial. Conselho Sobre Escola Sabatina, pág. 28.

Quando, porém, vier o Consolador, que Eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dEle procede, esse dará testemunho de Mim. João 15: 26. (CSES, 28)

Justamente antes de Sua crucifixão, disse o Salvador aos discípulos: "Não vos deixarei órfãos." "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre." João 14:18 e 16. "Quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir." João 16:13. "O Espírito Santo...vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito." João 14:26. (III, TS, 208/ 09)

O Salvador sabia que nenhum argumento, embora lógico, enterneceria corações endurecidos ou atravessaria a crosta da mundanidade e do egoísmo. Sabia que os discípulos precisavam receber o dom celestial; que o evangelho só seria eficaz se proclamado por corações aquecidos e lábios tornados eloqüentes pelo vivo conhecimento dAquele que é o caminho, a verdade e a vida. A obra comissionada aos discípulos iria requerer grande eficiência, porque a onda do mal corria profunda e forte contra eles. Um vigilante e determinado líder estava no comando das forças das trevas, e os seguidores de Cristo somente poderiam batalhar pelo direito com o auxílio que Deus, pelo Seu Espírito, lhes daria. (AA, 31)

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Disse Cristo a Seus discípulos: "Digo-vos a verdade, que vos convém que Eu vá; porque, se Eu não for, o Consolador não virá a vós; mas, se Eu for, enviar-vo-Lo-ei." "Mas, quando vier aquele Espírito de verdade, Ele vos guiará em toda a verdade; porque não falará de Si mesmo, mas dirá tudo o que tiver ouvido, e vos anunciará o que há de vir." João 16:7 e 13. (AA, 38)

Quando Cristo fez a Seus discípulos a promessa do Espírito, estava Ele Se aproximando do fim de Seu ministério terrestre. Estava à sombra da cruz, com plena consciência do peso da culpa que havia de repousar sobre Ele como o portador do pecado. Antes de Se oferecer como a vítima sacrifical, instruiu Seus discípulos com respeito a um dom muito essencial e completo que ia conceder a Seus seguidores - o dom que haveria de pôr-lhes ao alcance os ilimitados recursos de Sua graça. "Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará outro Consolador, para que fique convosco para sempre; o Espírito de verdade, que o mundo não pode receber, porque não O vê, nem O conhece: mas vós O conheceis, porque habita convosco, e estará em vós." João 14:16 e 17. O Salvador estava apontando para o futuro, ao tempo em que o Espírito Santo deveria vir para fazer uma poderosa obra como Seu representante. O mal que se (AA, 47)

A promessa do Espírito Santo não é limitada a algum século ou raça. Cristo declarou que a divina influência do Espírito deveria estar com Seus seguidores até o fim. Desde o dia do Pentecoste até ao presente, o Confortador tem sido enviado a todos os que se rendem inteiramente ao Senhor e a Seu serviço. A todos os que aceitam a Cristo como um Salvador pessoal, o Espírito Santo vem como consolador, santificador, guia e testemunha. Quanto mais intimamente os crentes andam com Deus, tanto mais clara e poderosamente testificam do amor do Redentor e da Sua graça salvadora. Os homens e mulheres que através dos longos séculos de perseguição e prova desfrutaram, em larga escala, a presença do Espírito em sua vida, permaneceram como sinais e maravilhas no mundo. Revelaram, diante dos anjos e dos homens, o transformador poder do amor que redime. (AA, 49)

“Deus” Escreveu o apóstolo Paulo, vos elegeu "desde o princípio para a salvação, em santificação do Espírito e fé da verdade." II Tess. 2:13. Nesse texto revelam-se os dois agentes na obra da salvação - a influência divina e a fé forte e viva, dos que seguem a Cristo. É mediante a santificação do Espírito e a crença da verdade que nos tornamos coobreiros de Deus. Cristo aguarda a cooperação de Sua igreja. Não é desígnio Seu acrescentar novo elemento de eficiência à Sua Palavra; Ele fez Sua grande obra em comunicar a própria inspiração à Palavra. O sangue de Jesus Cristo, o Espírito

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Santo e a Palavra Divina pertencem-nos. O objeto de todas essas providências celestes acha-se perante nós - a salvação das almas por quem Cristo morreu; e de nós depende apoderar-nos das promessas dadas por Deus, tornando-nos Seus colaboradores. Agentes divinos e humanos devem cooperar na obra. (CPPE, 22)

Espírito de Deus ali fizesse Sua obra de graça e o libertasse do poder do pecado. A oração jactanciosa e plena de justiça própria do fariseu, revelou que tinha o coração fechado à influência do Santo Espírito. Pela distância em que se achava de Deus, não percebia sua própria corrupção, em contraste com a perfeição da santidade divina. Não sentia necessidade de coisa alguma, e coisa alguma recebeu. (CC, 31)

A fala é um talento. De todos os dons concedidos à família humana, nenhum outro deve ser mais apreciado que o dom de falar. Deve ser usado para declarar a sabedoria e o maravilhoso amor de Deus. Assim devem os tesouros da Sua sabedoria e da Sua graça ser comunicados. (CSM, 115)

A grande responsabilidade que envolve o dom da fala é plenamente revelada na Palavra de Deus. "Por tuas palavras serás justificado e por tuas palavras serás condenado" (Mateus 12: 37), declarou Cristo. E o salmista pergunta: "Senhor, quem habitará no Teu tabernáculo? quem morará no Teu santo monte? Aquele que anda em sinceridade, e pratica a justiça, e fala verazmente segundo o seu coração; aquele que não difama com a sua língua, nem faz mal ao seu próximo, nem aceita nenhuma afronta contra o seu próximo." Sal. 15:1-3. Review and Herald, 12 de maio de 1910. (MM, Nos Lugares Celestiais, 175)

O apóstolo, vendo a tendência que havia, de abusar do dom da fala, dá instruções quanto ao seu uso. "Não saia da vossa boca nenhuma palavra torpe", diz ele, "mas só a que for boa para promover a edificação." Palavra "torpe" aqui quer dizer qualquer palavra que dê impressão deprimente aos princípios santos e à religião pura, qualquer comunicação que ofusque a doutrina de Cristo, e apague da mente a verdadeira simpatia e amor. Inclui sugestões impuras, que, a menos que se lhes resista instantaneamente, levam a grave pecado. Sobre cada um se impõe o dever de impedir o caminho às comunicações corruptas. (Idem)

O tentador assegurou a Eva que tão logo comesse o fruto, ela receberia um novo e superior conhecimento que a faria igual a Deus. Chamou sua atenção para si mesmo. Ele comera livremente da árvore e a achara não apenas perfeitamente inofensiva mas deliciosa e estimulante, e disse que era por causa de suas maravilhosas propriedades de comunicar a sabedoria e o poder que

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Deus lhes tinha proibido experimentá-la ou mesmo tocá-la, pois Ele conhecia estas maravilhosas qualidades. Declarou que ter comido o fruto da árvore proibida era a razão de ter obtido o dom da fala. Insinuou que Deus não levaria a cabo Sua advertência. Isto era meramente uma ameaça para intimidá-los e privá-los do grande bem. (HR, 34 e 35)

Quando o povo de Deus colocar o dom da fala sob a influência e controle do Espírito Santo, milhares ouvirão a mensagem de que Deus é amor; de que Ele "amou ao mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle crê não pereça, mas tenha a vida eterna". João 3:16. Seu coração de amor infinito abarca todo ser humano. Seu amor é uma inexaurível fonte de alegria e paz. É tão duradouro quanto a eternidade. É a fonte aberta para Judá e Jerusalém. Toda pessoa pode satisfazer-se de Seu infalível suprimento. Este amor é a vida de Deus, operando com poder transformador na alma, aperfeiçoando o caráter cristão, fazendo dos seres humanos participantes da natureza divina. Mediante Cristo essa viva corrente de amor e vida flui para o mundo. ... (MM, Olhando para o Alto, 123)

Deus criou o homem um ser superior; unicamente ele foi formado à imagem de Deus, e é capaz de participar da natureza divina, de cooperar com seu Criador e executar-Lhe os plano. Review and Herald, 21 de abril de 1885. (MM, Filhos e Filhas de Deus, 7)


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