1º Censo da Reciclagem de PET no Brasil1º Censo da Reciclagem de PET no Brasil2004/2005 2004/2005
Outubro, 2005Outubro, 2005
Contexto Geral
Mundo no Século XX
0
1000
2000
3000
4000
5000
6000
7000
8000
1900 1920 1925 1930 1940 1950 1955 1960 1965 1970 1975 1980 1985 1990 1995 2000
Pop Renda Per Capita
A geração de resíduos sólidos é uma conseqüência direta, e natural, do aumento de consumo das sociedades, em especial das urbanas.
EUA
- 1960: 88 milhões t (1,23 kg/hab/dia)
- 2003: 236 milhões t (2,05 kg/hab/dia) Fontes: EUA – EPA
Mil habitantesMil habitantes Kg/hab/diaKg/hab/dia
< 10 < 10 0,481 0,481
10-5010-50 0,595 0,595
100-200100-200 0,770 0,770
500-1.000500-1.000 1,050 1,050
>1.000>1.000 1,631 1,631
Fonte: IBGE– Plano Nacional de Saneamento Básico - 2000Fonte: IBGE– Plano Nacional de Saneamento Básico - 2000
RAZÕESRAZÕES
Crescimento Crescimento populacional populacional e e urbanizaçãourbanização.. Estilo de vida Estilo de vida
e e industrializaçãindustrializaçãoo..Crescimento da Crescimento da
geração de excedentes geração de excedentes de renda e, por de renda e, por conseqüência, de conseqüência, de consumo.consumo.
Mudanças na Geração de Resíduos Sólidos - Cidade de Nova York
0100200300400500600700800
Inorgânicos(cinzas eoutros)
Orgânicos Produtos Total
kg/h
ab/a
no
1905 2001
Caracterização dos resíduos sólidos domiciliares do município de São Paulo
Fonte: Limpurb: 2004
4,19,21,52,63,32,32,40,1-Outros
3,54,03,05,74,42,93,82,71,5Trapos, panos, couro e borracha
1,21,31,52,31,71,72,61,40,9Vidro
0,60,70,90,70,70,1---Alumínio
1,22,62,02,14,42,93,82,21,7Metais ferrosos
14,816,822,914,311,55,01,9--Plásticos (mole, duro, e isopor)
1,10,9-------Embalagem Longa vida
9,416,418,816,613,921,429,216,713,4Papel, papelão e jornal
61,048,249,555,760,662,252,276,082,5Matéria orgânica
200420001998199619911976196919571927Composição (% médio em peso)
4,19,21,52,63,32,32,40,1-Outros
3,54,03,05,74,42,93,82,71,5Trapos, panos, couro e borracha
1,21,31,52,31,71,72,61,40,9Vidro
0,60,70,90,70,70,1---Alumínio
1,22,62,02,14,42,93,82,21,7Metais ferrosos
14,816,822,914,311,55,01,9--Plásticos (mole, duro, e isopor)
1,10,9-------Embalagem Longa vida
9,416,418,816,613,921,429,216,713,4Papel, papelão e jornal
61,048,249,555,760,662,252,276,082,5Matéria orgânica
200420001998199619911976196919571927Composição (% médio em peso)
Resíduos sólidos domiciliares do município de São Paulo
Fonte: Limpurb: 2004
Em peso, o PET representou
4,1% em 2003 e 3,5% em 2004.
Os Catadores
Os Catadores
Há de se reconhecer o inegável trabalho realizado hoje no Brasil pelos catadores de materiais recicláveis.
Apesar do pequeno número de prefeituras que declaram que têm programas de coleta seletiva de lixo (menos de 100), os catadores estão presentes em pelo menos 1900 municípios.
Este grupo de trabalhadores informais é dotado de muitos conhecimentos práticos específicos sobre a reciclagem, e desenvolve habilidade para encontrar, coletar, separar e vender os materiais recicláveis.
Reciclagem de PET no Mundo
Fonte: APME
Consumo de Energia na Produção
4
83
0
10
20
30
40
50
60
70
80
90
PET Virgem PET Reciclado
MJo
ules
/kg
Taxa de Reciclagem de PET - EUA
39,7
31,727,1
24,8 23,7 22,3 22,119,9 19,6 21,6
05
1015202530354045
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
%
Fonte: NAPCOR
Fonte: NAPCOR
Reciclagem de PET - EUA
352317 314
339 350 350379 362 382
456
050
100150200250300350400450500
1995 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
kton
s/an
o
Fonte: NAPCOR
Usos do PET Reciclado - EUA - 2004
Embalagens para Bebidas e
Alimentos14,3%
Fitas de Arquear13,2%
Plástico de Engenharia
1,4%Outros2,7%
Filmes e Chapas6,6%Embalagens
para Não-Alimentos
7,2%
Fibras54,6%
Fonte: APME
24,3 24,0
0,0
5,010,015,020,0
25,030,035,040,0
2003 2004
Taxa de Reciclagem de PET - Europa (%)
Fonte: APME
612 665
0
100
200
300
400
500
600
700
2003 2004
Reciclagem de PET - Europa (ktons/ano)
Algumas outras taxas internacionais de reciclagem de PET:
36,731,5
13,76,5
05
10152025303540
Japão(2003)
Austrália(2003)
Argentina(2004)
México(2003)
Taxas de Reciclagem de PET (%)
A taxa de reciclagem Argentina, mesmo baixa, cresceu significativamente nos últimos anos:
1,13,0 3,3
5,0 5,98,9 10,1
13,7
0,0
2,0
4,0
6,0
8,0
10,0
12,0
14,0
1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004
Taxa de Reciclagem - Argentina (%)
Reciclagem de PET no Brasil
Poverty and Wealth, obra de William Powell Frith (1819-1909)
O Reciclador de PET no BrasilPara efeito deste levantamento, foram considerados como recicladores
aqueles agentes que compram PET regularmente sob a forma de garrafas, ou sob o formato de qualquer tipo de resíduo ou rejeito industrial, e vendem flakes ou grânulos de PET.
Foram deixados de fora aqueles que lidavam com PET apenas de forma eventual ou errática (aproximadamente 40 empresas), ou que não tinham mais interesse no PET hoje (apesar de terem trabalhado com ele no passado – cerca de 50 empresas), ou ainda os que compravam volumes marginais da resina (menores que 1 tonelada mensal – cerca de 60 empresas). Este cuidado foi necessário para que os números não ficassem alterados por estimativas imprecisas ou volumes inconsistentes, e o seu eventual efeito no total apurado está dentro da margem de erro do levantamento, estatisticamente calculado em 4%.
Assim, foram realizadas 243 entrevistas com possíveis recicladores, que resultaram num total de 82 empresas que se dedicam ao ofício de reciclar PET, ainda que possam, eventualmente, se ocupar também de outros materiais, plásticos ou não.
O Reciclador de PET no Brasil
As empresas verticalizadas (que reciclam e também transformam o PET reciclado, como os alguns fabricantes de fibras, por exemplo) tiveram seus dados desmembrados nesta fase da análise. As informações aqui descritas são somente aquelas relativas à parcela do grupo dedicada ao processo de reciclagem estrito senso.
A Origem do PET Reciclado
Evolução dos Volumes de Reciclagem (apenas pós-consumo - em tons)
133.000167.000
199.000
284.000
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2003 2004 2005 (estimativa)
2005(capacidade)
Margem erro: 4%
A Origem do PET Reciclado
148.000
188.000219.000
284.000
0
50.000
100.000
150.000
200.000
250.000
300.000
2003 2004 2005(estimativa)
Capacidadeem 2005
Evolução dos Volumes de Reciclagem (em tons)
A Origem do PET Reciclado
Fonte de Matéria-Prima
Pós Consumo
89%
Pós Industrial
11%
A Origem do PET Reciclado
Fonte de Matéria-Prima
Compra no Mesmo Estado
70%
Compra em outro Estado
30%
A Origem do PET Reciclado
Forma de Compra de Matéria-Prima (% do Volume)
Solto0,4%
Solto, Fardo15,4%
Fardo81,2%
Fardo, Flake3,0%
A Origem do PET Reciclado
Estados de Origem dos Recicladores
SP35%
SC11%
RS10%
MG10%
ES6%
Outros16%
PR6%
RJ6%
(Flocos)
A Origem do PET Reciclado
Estados de Origem do Produto Reciclado
SP47%
SC13%
RJ8%
RS7%
PE5%
MG3%
Outros11%
PR6%
(Flocos)
Um mercado que amadurece
A Origem do PET Reciclado
Idade das Recicladoras de PET
Até 1 ano13% Entre 1 e 2
anos16%
Entre 2 e 3 anos9%Entre 3 a 5
anos30%
Entre 5 e 10 anos23%
Acima de 10 anos9%
Um mercado que amadurece
A Origem do PET Reciclado
Porte da Empresa (faturamento)
Micro10%
Pequena46%
Média29%
Grande15%
Faturamento (em R$)Micro Até 120.000 Pequena De 120.001 a 1.200.000Média De 1.200.001 a 12.000.000Grande Acima de 12.000.001
Um mercado que amadurece
A Origem do PET Reciclado
Porte da Empresa (no. de funcionários)
Até 10 Funcionários
11%
Entre 11 e 20 Funcionários
30%Entre 21 e 50 Funcionários
41%
Entre 51 e 100 funcionários
10%
Acima de 100 Funcionários
8%
Um mercado que amadurece
A Origem do PET Reciclado
Porte (processamento de PET - tons/mês)
Até 50 toneladas
15%
Entre 51 e 100 toneladas
25%Entre 101 e
200 toneladas26%
Entre 201 e 500 toneladas
23%
Acima de 501 toneladas
11%
Um mercado que amadurece
A Origem do PET Reciclado
Planeja Investir?
Sim61%
Não39%
23%
0
5
10
15
20
25
%
Ociosidade em 2005
O produto de plástico reciclado no Brasil tem qualidade?
Atualmente, com a ampliação dos usos e uma maior cobrança por qualidade, houve uma mudança na forma de pensar das empresas em geral, e também do reciclador. Ele hoje se preocupa em fabricar produtos com qualidade similar à do produto virgem.
A condição de qualidade é fundamental para a continuidade do próprio negócio do reciclador. Se no passado houve casos de produtos feitos com plásticos reciclados com baixa qualidade, hoje isso está praticamente superado.
Comentários dos Entrevistados:
Tecnologia e Desenvolvimento do Setor
• Existem hoje, no país, diversas pesquisas na área de reciclagem de plásticos. Há 28 universidades e centros de pesquisa que desenvolvem temas relacionados à reciclagem, reutilização de resíduos entre outros.
• Essas instituições e as organizações não-governamentais podem auxiliar no desenvolvimento de tecnologias mais baratas e um mercado diferenciado para se obter um plástico reciclado de melhor qualidade dentro da realidade de um país em desenvolvimento.
Comentários dos Entrevistados:
Para efeito desta pesquisa, os usuários do PET reciclado, ou os aplicadores, são as empresas que compram flakes ou grânulos para utilizá-los como matéria-prima em seus processos industriais.
Foram selecionadas, também aqui, as empresas que faziam uso constante, e não errático ou eventual, do PET reciclado, bem como não foram consideradas as que deixaram de usar o produto ou que consumiam volumes que podem ser qualificados como experimentais. Dos 103 entrevistados, qualificaram-se 51 usuários finais.
Também um dado relevante, aqui, as empresas que são integradas, ou seja, são ao mesmo tempo recicladoras e também aplicadoras, são consideradas em seu conjunto, não de forma separada em cada uma destas atividades, como no capítulo anterior. O objetivo, neste caso, é dar ênfase ao fenômeno da integração vertical para trás dos usuários de PET reciclado, uma tendência notada no mercado nos últimos anos, em especial quando esta resina é matéria-prima principal, ou item muito relevante no mix de insumos da empresa.
O Destino do PET Reciclado
PET Reciclado - Usos Finais - 2004
37,1%
12,3%8,0%6,7%
6,2%
5,7%
5,1%
3,4%
1,9%13,6%
Têxteis Cerdas Monofilamento Exportação Resinas Químicas Tubos e outrosChapas Laminadas Fita de Arquear Embalagem Flexível Embalagem Rígida Outros
O Destino do PET Reciclado
O Destino do PET Reciclado
Localização dos Usuários de PET Reciclado
SP44%
SC20%
RS14%
MG6%
Outros16%
O Destino do PET Reciclado
Destino do PET Reciclado - Volume por Estado
SP61%
SC18%
PR7%
RS6%
MG3%
Outros5%
O Destino do PET Reciclado
Forma de Compra (% de empresas)
Flake57%
Garrafa35%
Granulado8%
O Destino do PET Reciclado
Forma de Compra (tons)
Garrafa60%
Flake37%
Granulado3%
O Destino do PET Reciclado
Estado do Principal Fornecedor
SP40%
RS16%
SC14%
RJ10%
PR8%
CE2%
GO2%
MS2%
BA2%
MG4%
O Destino do PET Reciclado
Usuário de PET Reciclado - Divisão por Porte
Micro2% Pequena
18%
Média35%
Grande45%
O Destino do PET Reciclado
Quantidade de PET Reciclado (em tons/mês)
até 108% 11 a 50
20%
51 a 10024%
101 a 20018%
201 a 50018%
501 a 10008%
Acima de 10014%
O Destino do PET Reciclado
Tem Reclamações Sobre o PET Reciclado?
Sim32%
Não68%
As queixas mais freqüentes:
O Destino do PET Reciclado
Garrafas
• Sujeira
• Contaminação por outros materiais (PVC, cola do rótulo, areia, terra, alumínio, etc.)
Flakes
• Pó
• Uniformidade
• Fornecimento irregular
• Umidade
Grânulos
• Variabilidade
• Custo
Geral
• Imagem do produto com reciclado ainda não é consolidada
• Expectativa de performance muitas vezes é igual à do produto virgem
O Destino do PET Reciclado
Intenção de Uso de PET
Aumentar76%
Manter24%
Reduzir0%
Os Aspectos Positivos:
• Qualidade crescente dos produtos reciclados (flake, em especial).
• Maior confiabilidade que no passado quanto à freqüência e volume de fornecimento.
• Custo é usualmente competitivo, se comparado ao produto virgem.
• Trabalho de desenvolvimento de fornecedores tem gerado frutos.
O Destino do PET Reciclado