Sociedade Industrial de Metalurgia da Guarda 2009/10
Discente: Vasco Daniel dos Santos Roque
Número de Aluno: 8596 Curso: Gestão
Orientador de Estágio: Professor Vítor Gabriel Estabelecimento de Ensino: Escola Superior de Tecnologia e Gestão, do
Instituto Politécnico da Guarda Empresa: Sodecia Guarda – Sociedade Industrial de
Metalurgia da Guarda, S.A. Parque Industrial da Guarda
6300 Guarda Orientador na Empresa: Dr. Aloísio Monteiro
Duração do Estágio: 400 Horas
Início do Estágio: 21 de Setembro de 2010
Conclusão do Estágio: 10 de Dezembro de 2010
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DEDICATÓRIA
Principalmente aos meus Pais e Irmão, que apesar de muito sacrifício, força e
compreensão, me proporcionaram, com todo o seu carinho e amor, tirar esta
licenciatura.
A todos eles uma enorme palavra de apreço e gratidão para o resto da vida.
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AGRADECIMENTOS
Desde já quero apresentar os meus maiores agradecimentos a todas as pessoas
que me ajudaram ao longo deste percurso académico que termina.
De forma especial, aos meus Pais, Irmão e à minha Namorada pela força que
me deram e estarem sempre do meu lado não só nos melhores momentos, mas
também naqueles que não foram tão favoráveis.
Ao Professor Vítor Gabriel, meu Orientador de Estágio, pelo acompanhamento
que me prestou, disponibilidade, simplicidade, compreensão e paciência que teve para
comigo na elaboração deste relatório.
Igualmente agradeço ao Doutor Aloísio Monteiro, Eng. António Azevedo e em
particular ao Eng. Rui Mateus (responsável pelas tarefas que desempenhei), ambos
colaboradores da Sodecia Guarda, pelos óptimos tempos que passei e pelos
conhecimentos que me permitiram adquirir.
À Escola Superior de Tecnologia e Gestão do Instituto Politécnico da Guarda
pela forma que me acolheram e também a todos os seus funcionários, em especial aos
docentes, que me permitiram adquirir conhecimentos que os utilizarei com o maior
gosto na minha vida futura.
E finalmente, a todos os meus amigos de curso, Mickael, Tony, Luís, Ana e
Pedro, pelas horas de estudo que passámos, e ainda a Marco Loureiro, presidente da
Associação de Estudantes da Guarda, pelo enorme espírito de associativismo que
incutiu em mim.
A todos eles, um enorme Bem-haja.
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ÍNDICE
Índice ...................................................................................................................................... IV
Índice de Figuras ..................................................................................................................... VI
Glossário de Siglas ................................................................................................................. VII
Introdução ................................................................................................................................ 1
Capítulo I .............................................................................................................................. 2
1.1.– A Sodecia Group ........................................................................................................... 3
1.1.1. – Historial ................................................................................................................ 3
1.1.2. – Política de Qualidade ............................................................................................ 8
1.2. – A Sodecia da Guarda .................................................................................................. 10
1.2.1. – Sua História......................................................................................................... 10
1.2.2. – Caracterização da Sodecia da Guarda .................................................................. 11
1.2.2.1. – Localização e instalações .................................................................................. 11
1.2.2.2. – Estrutura Organizacional .................................................................................. 12
1.2.2.3. – Produtos .......................................................................................................... 14
1.2.2.4. – Recursos .......................................................................................................... 14
1.2.2.5. – Politica/sistema de gestão ............................................................................... 16
1.2.2.6. – Política de qualidade ........................................................................................ 18
Capítulo II ........................................................................................................................... 23
2.1. – Departamento de Recursos Humanos ........................................................................ 24
2.1.1. – Organização interna da área ............................................................................... 25
2.1.2. – Plano Director de Recursos Humanos .................................................................. 26
2.1.3. – Plano Mentor ...................................................................................................... 26
2.1.4. – Recrutamento e Selecção .................................................................................... 27
2.1.5. – Plano Director de Saúde, Segurança e Meio Ambiente ........................................ 27
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2.1.6. – Funções e Responsabilidades .............................................................................. 28
2.1.7. – Análise de Acidentes/Incidentes ......................................................................... 28
2.2. – Departamento de operações ..................................................................................... 29
2.2.1. – Organização interna da área (Estrutura e procedimentos) ................................... 29
2.2.2. – Área de Produção ............................................................................................... 31
2.2.3. – Área da Manutenção .......................................................................................... 36
2.2.4. – Área de Logística e Compras ............................................................................... 37
Capítulo III........................................................................................................................... 43
3.1. - Recepção de MP e Componentes ............................................................................... 44
3.2. – Reunião de Start-Up .................................................................................................. 45
3.3. – Formações que obtive ............................................................................................... 46
3.4 – Auditoria Interna ........................................................................................................ 47
3.5 – Inventários ................................................................................................................. 47
3.6 – Aprovisionamentos ..................................................................................................... 48
Conclusão ............................................................................................................................... 49
Bibliografia ............................................................................................................................. 50
Glossário de Termos ..................................................................................................................I
índice de Anexos ..................................................................................................................... IV
Anexos…………………………………………………………………………………………………………………………………...51
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ÍNDICE DE FIGURAS
Figura 1 – Sodecia Group .............................................................................................. 6
Figura 2 – Sodecia no Mundo ........................................................................................ 7
Figura 3 – Certificação da Sodecia Guarda ..................................................................... 8
Figura 4 – Certificação da IMBE ..................................................................................... 9
Figura 5 – Certificação da Sodecia da Bahia ................................................................... 9
Figura 6 – Certificação da Sodecia Amazónia ................................................................. 9
Figura 7 – Certificação da Sodecia Camaçari .................................................................. 9
Figura 8 – Certificação Sodecia Minas Gerais................................................................. 9
Figura 9 – Certificação Sodecia da Argentina ................................................................. 9
Figura 10 – Certificação da Sodecia Norte Americana.................................................. 10
Figura 11 – Instalações Fabris da Sodecia Guarda........................................................ 11
Figura 12 – Estrutura Organizacional da Sodecia Guarda ............................................. 13
Figura 13 – Produtos da Sodecia Guarda ..................................................................... 14
Figura 14 – Alguns clientes da Sodecia Guarda ............................................................ 19
Figura 15 – Alguns fornecedores da Sodecia Guarda ................................................... 19
Figura 16 – Ciclo de Melhoria Contínua ....................................................................... 21
Figura 17 – Fluxograma geral da Sodecia Guarda ........................................................ 26
Figura 18 – Estrutura do Departamento de Recursos Humanos................................... 28
Figura 19 – Estrutura do Departamento de Operações................................................ 33
Figura 20 – Estrutura da área de Produção .................................................................. 35
Figura 21 – Estrutura da área de Manutenção ............................................................. 39
Figura 22 – Estrutura da área de logística e Compras .................................................. 41
Figura 23 – Processo de entrada de material na Sodecia Guarda ................................. 46
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I
GLOSSÁRIO DE SIGLAS
Abs – Absentismo
AI – Amostras Iniciais
Conhec. – Conhecimento
EPC – Equipamento de Protecção Colectivo
EPI – Equipamento de Protecção Individual
FIFO – First In First Out (o primeiro a entrar é o primeiro a sair)
Fin. – Financeira
h. – Hora
IACM – Indústria de Acessórios e Componentes Metálicos
IAF – Índice de Avaliação do Fornecedor
IATF – Força de Tarefa Internacional Automotiva
ICF – Índice de Competitividade do Fornecedor
IDF – Índice de Desempenho do Fornecedor
IMBE – Indústria Mecânica Brasileira de Estampos
IMDS – Inveronemental Material Data Sheet
IQF – Índice de Qualidade do Fornecedor
ISO – International Organization for Standardization (Organização Internacional de
Padronização)
ISQA – Sistema de Qualidade e Ambiente do Fornecedor
Kg – Quilograma
MP – Matéria-Prima
Min. – Minuto
OEE – Overall Equipment Effectiveness
Op. – Operários
Oper. – Operações
PA – Produto Acabado
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II
PAQ – Planeamento Avançado da Qualidade
PDRH – Plano Director de Recursos Humanos
PLC – Plano de Controlo
PnP – Paragens não Planeadas
PP – Paragens Planeadas
PPAP – Production Part Approval Process
PPM’s – Parte por Milhões
PPT – Produto, Pessoas e Tecnologia
Qt – Quantidade
Qualid. – Qualidade
RAQ – Relatório de Auditoria da Qualidade
RCP – Registo de Controlo de Produção
RFQ – Request Front Quotecion (Pedido de Cotação)
RMP – Recepção de Matéria-Prima
RNC – Registo de Não Conformidade
RTM – Recepção Técnica de Material
SGPS – Sociedade Gestora de Participações Sociais
SIMG – Sociedade Industrial de Metalurgia da Guarda
TT – Tempo total de horas de funcionamento da máquina
5PB’s – Cinco Perguntas Básicas
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INTRODUÇÃO
Após a conclusão do percurso lectivo no curso de Gestão, impôs-se agora a
realização de um estágio curricular com a duração de 400 horas e, por consequência, a
realização deste relatório.
O estágio decorreu no Departamento de Matéria-Prima e Logística na Sodecia
Guarda, empresa pertencente ao ramo automóvel.
Com este documento pretendo demonstrar todo o meu percurso ao longo do
estágio. Assim, este relatório encontra-se dividido em três capítulos. O capítulo I
descreve a realidade onde se insere a Sodecia Guarda, seguindo-se a apresentação
desta. No capítulo II descrevo o meu plano de integração, que se torna importante
para compreender as tarefas que desenvolvi.
Por último, no capítulo III, apresento as tarefas que me foram propostas
acompanhar ao longo do estágio.
Para terminar o relatório, redigi uma breve conclusão sobre a minha vivência e
principalmente sobre toda a experiência que retirei do tempo de estágio.
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1.1.– A SODECIA GROUP
1.1.1. – HISTORIAL
A SODECIA GROUP é um grupo industrial português que tem como sede a
cidade da Maia, situada no norte de Portugal, apresentando-se, hoje em dia, com um
papel importante na indústria automóvel. Actualmente, produz componentes para
automóveis, sendo esses componentes Small and Médium Stamping, Cross Car Bean,
Engine Components, Body Hardware, Body Structures, Pedal Boxes, Seat Frame, e
Impact Beam.
Iniciou o seu exercício no ano de 1980, pela mão da Indústria de Acessórios e
Componentes Metálicos (IACM) na cidade de Matosinhos, e desde então, com uma
sustentada evolução, hoje já conta aproximadamente com 2870 trabalhadores para
que possam garantir uma extrema capacidade de fornecimento à maioria dos
construtores automóveis.
Desta forma, a maior parte das produções efectuadas nas unidades do Brasil e
Portugal são exportadas para Estados Unidos da América, Alemanha, Argentina,
Espanha e França.
Na data 2001 deu-se a fusão industrial entre a IACM e a Sociedade Industrial
de Metalurgia da Guarda (SIMG), empresa constituída em 1988 para o sector de
estruturas e bancos para automóvel, resultou na criação da SODECIA - Sociedade
Industrial de Metalurgia da Guarda. A localização na cidade da Guarda deu-se pela boa
situação geográfica, isto é, relativa à proximidade que se encontra dos outros
mercados Europeus.
A SODECIA GROUP possui hoje em dia representação em Paris (França),
Wolfburg (Alemanha), Russelsheim (Alemanha), Turim (Itália) e Praga (República
Checa), e actua como fornecedores completo na área da estampagem, desde o ante-
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projecto até ao desenvolvimento do produto, com uma gestão completa da cadeia de
fornecimento.
Além destas representações europeias, a Sodecia também possui várias
unidades fabris no continente Americano, de forma a garantir com rigor as entregas
das quantidades pedidas nos prazos definidos pelos seus clientes.
Desta forma, na América do Sul temos as seguintes divisões:
A Sodecia IMBE (Indústria Mecânica Brasileira de Estampos) entrou para
o grupo em 1997, apesar de ter sido fundada em 1953 na cidade de São
Paulo (Brasil);
A Sodecia da Bahia iniciou funções em 2001, e situa-se na cidade de
Camaçari (Brasil);
Em 1998 fundou-se a Sodecia da Amazónia na cidade de Manaus
(Brasil);
A IMBE de Camaçari foi fundada no ano de 2002, na cidade de Camaçari
(Brasil).
No ano de 1975 foi a vez de ser fundada a Sodecia de Minas Gerais, na
cidade de Sete Lagoas (Brasil).
Na Argentina situa-se na cidade de Buenos Aires e iniciou funções no
ano de 2006.
Na América do Norte, em Março de 2010, o Grupo Sodecia procedeu à
aquisição de 70% do capital social da empresa americana AZ Automotive, empresa
com experiência comprovada na produção de componentes metálicos na área de body
in white, módulos complexos e conjuntos, tais como eixos dianteiros e traseiros.
O Grupo SODECIA, no ano de 2009, adquiriu 50% do capital social do Grupo FSG
Automotive, uma empresa de referência na produção de componentes de elevada
precisão para sistemas de transmissões e sistemas de travões, nomeadamente,
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alavancas de velocidades, garfos de selecção e calços para travões. A tecnologia de
produção aplicada vai desde corte fino, soldadura a laser, montagem e testes
funcionais em linha.
É ainda de destacar que, no ano de 2005, foi sediado na cidade da Maia o
Sodecia Centro Tecnológico. Este centro tem como principal missão o
desenvolvimento de potenciais novos produtos, os até aqui existentes, e finalmente
potencializar a matéria-prima de forma a apresentar novas soluções/alternativas aos
clientes.
De destacar ainda que, no ano de 2006, o SODECIA GROUP adquiriu a maioria
do capital social da empresa Rigorosa, situada em Queluz, Portugal. Com esta
aquisição, o Grupo evoluiu nos indicadores de Know-how interno e ainda em novas
técnicas de estampagem.
Na figura 1 representa-se o organigrama do SODECIA GROUP, conforme
descrito anteriormente. A figura 2 identifica no mundo onde estão localizadas as
empresas do grupo.
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Figura 1 – Sodecia Group
Fonte: Sodecia Guarda
Sodecia SGPS
Sodecia América Norte
Sodecia North America
Centro Tecnológico
Sodecia América do Sul
Sodecia Minas Gerais
IMBE
Sodecia da Bahia
Sodecia Amazónia
IMBE Camaçari
Sodecia da Argentina
A Rigorosa
Div. De Ferramentaria
Sodecia Europa
Sodecia Guarda
FSG Automotive
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Figura 2 – Sodecia no Mundo
Fonte: www.sodecia.com
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1.1.2. – POLÍTICA DE QUALIDADE
A política de qualidade de uma empresa é a optimização sistemática dos processos recorrendo ao correcto planeamento e à plena utilização dos recursos técnicos e humanos.
Neste sentido, a politica de qualidade da Sodecia consiste em:
Optimizar e reduzir custos;
Trabalhar com eficiência e dentro dos prazos;
Inovar produtos, bens e serviços;
Motivar e estimular os seus colaboradores;
Ampliar e consolidar a relação com os clientes.
O grupo Sodecia engloba um conjunto de empresas possuidoras de diversos certificados de qualidade.
Para o SODECIA GROUP, a certificação na área da qualidade permite um aumento na satisfação e confiança dos seus clientes. Por outro lado, a redução de custos internos, o aumento de produtividade, a melhoria na imagem e os processos continuados possibilitam também uma melhor e mais eficaz abordagem a novos mercados.
A certificação permite avaliar as conformidades determinadas pela organização através de processos internos, garantindo ao cliente um produto concebido conforme padrões, procedimentos e normas.
Na Europa as certificações da Sodecia são:
Figura 3 – Certificação da Sodecia Guarda
Fonte: Elaboração própria (www.google.pt)
Sodecia Guarda
ISO 14001:2004 ISO/TS 16949:2002
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As certificações do Grupo Sodecia na América do Sul são:
Figura 4 – Certificação da IMBE Figura 5 – Certificação da Sodecia da Bahia
Fonte: Elaboração própria (www.google.pt) Fonte: Elaboração própria (www.google.pt)
Figura 6 – Certificação da Sodecia Amazónia Figura 7 – Certificação da Sodecia Camaçari
Fonte: Elaboração própria (www.google.pt) Fonte: Elaboração própria (www.google.pt)
Figura 8 – Certificação Sodecia Minas Gerais Figura 9 – Certificação Sodecia da Argentina
Fonte: Elaboração própria (www.google.pt) Fonte: Elaboração própria (www.google.pt)
Sodecia da Bahia
Q1 Ford supplier ISO 14001:2004 ISO/TS 16949:2009
Sodecia Amazónia
ISO 9001:2008
IMBE Camaçari
ISO/TS 16949:2009 Q1 Ford supplier
Sodecia da Argentina
ISO 9001:2002 ISO/TS 16949:2002 ISO 14001:2004
Sodecia Minas Gerais
ISO/TS 16949:2002
IMBE
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Na América do Norte as certificações da Sodecia são:
Figura 10 – Certificação da Sodecia Norte Americana
Fonte: Elaboração própria (www.google.pt)
1.2. – A SODECIA DA GUARDA
1.2.1. – SUA HISTÓRIA
A fábrica da Sodecia Guarda S.A. é apenas uma das empresas do Grupo
Industrial Português Sodecia.
O inicio do seu historial já remonta à década dos anos 80 na cidade do Porto,
mais concretamente em Matosinhos, onde, numa fase inicial, foi fundada a empresa
IAMC (Indústria Mecânica Brasileira de Estampos) em 1980. Posteriormente, em 1988
e na cidade da Guarda, constitui-se uma nova empresa de denominação social SIMG
(Sociedade Industrial de Metalurgia da Guarda, S.A.), que se destacou na produção de
estruturas e bancos para o ramo automóvel.
Finalmente em 2001, a fusão destas indústrias deu origem à Sodecia Guarda,
dando assim obrigatoriedade à transferência de toda a produção da cidade de
Matosinhos para a cidade da Guarda. Esta mudança permitiu à Sodecia da Guarda uma
maior diversificação das componentes produzidas e ainda um aumento da carteira de
clientes.
Sodecia North America
ISO/TS 16949:2002 ISO 14001:2004
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1.2.2. – CARACTERIZAÇÃO DA SODECIA DA GUARDA
1.2.2.1. – LOCALIZAÇÃO E INSTALAÇÕES
A nível das instalações (figura 11), a Sodecia Guarda localiza-se no parque
industrial da Guarda num edifício próprio e capacitado de boas condições para o
desenvolvimento das suas actividades. Desta forma, o edifício tem dois pisos, sendo
que no rés-do-chão é onde se desenvolve todas as actividades relacionadas com a
entrada e saída de material e produção. O primeiro piso destina-se apenas à parte
administrativa.
Dimensionalmente a Sodecia Guarda possui uma área total de 15.600 m2, dos
quais 8.050 m2 são cobertos e onde está inserida a área da manufactura.
Figura 11 – Instalações Fabris da Sodecia Guarda
1 – Armazém de MP
2 – Produção
3 – Departamento de operações
4 – Logística
5 – Armazém de PA
6 – Corredor e Área de Lazer
7 – Manutenção
8 – Departamento de Qualidade
9 – Balneários
10 – Zona de rejeitados
11 – Aprovisionamentos
Fonte: Elaboração própria
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1.2.2.2. – ESTRUTURA ORGANIZACIONAL
A Sodecia Guarda apresenta uma estrutura formal, mas pouco complexa. Desta
forma, a sua estrutura está organizada para que a autoridade seja descendente, o que
torna a organização mais estável. Assim sendo, a direcção/administração incorpora
com maior facilidade todas as áreas funcionais da empresa, permitindo assim que haja
uma maior simplicidade, rapidez e eficácia nas trocas de informação dentro da
organização.
Conforme está ilustrado na figura 12, a Sodecia Guarda está assim uma
Direcção Geral (EUN) que se encontra ligada a vários departamentos: o Orçamentista
projecta os orçamentos anuais, apresentando uma política de orçamento rígido; o
Departamento dos Recursos Humanos que trata das questões do foro pessoal, tal
como problemas que surjam, marcação de formações e higiene e segurança no
trabalho (HST); o Departamento de Engenharia, responsável pela qualidade, ambiente
e pelo processo desenvolvido na produção; o Departamento das Operações onde se
insere os Supervisores de Produção, Manutenção e de Logística e Matéria-Prima; e o
Departamento de Competitividade, onde se insere a parte financeira, contabilidade,
finanças e informática.
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Figura 12 – Estrutura Organizacional da Sodecia Guarda
Fonte: Sodecia Guarda
Responsável Serviço Pessoal
Controlador de
Qualidade
Controlador de
Qualidade
Controlador de
Qualidade
Metrologista
Metrologista Responsável pela Recepção Técnica de MP
Supervisor da Qualidade e
Ambiente
Técnico de Processo
Técnico de Processo
Técnico de Processo
Gerente de Engenharia
Supervisor da
Engenharia
Chefe de 2º Turno
Chefe de Equipa
Chefe de 1º Turno
Chefe de Equipa
Chefe de Equipa
Chefe de Equipa
Supervisor de Produção
Supervisor da Manutenção
Supervisor de Logística e Compras
Chefe da Ferramentaria
Responsável de Aprovisionamento
Responsável de Expedição
Gerente de Planta
Contabilista
Responsável pelo Serviço de Tesouraria
Assistente Administrativa
de Lançamentos Contabilísticos
Responsável de IT
Gerente de Competitividade
Responsável de Higiene e Segurança
no Trabalho
EUN
Gerente de Recursos Humanos
Orçamentista
Técnico de Processo
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1.2.2.3. – PRODUTOS
A empresa apresenta-se no mercado automóvel principalmente na
comercialização de peças estampadas e conjuntos metálicos soldados, como
representa a figura 13. No anexo 1 estão apresentados outros produtos das empresas
do grupo.
Figura 13 – Produtos da Sodecia Guarda
Fonte: www.sodecia.com
1.2.2.4. – RECURSOS
Na Sodecia da Guarda actualmente laboram 86 colaboradores, dos quais 57
estão directamente ligados à mão-de-obra directa e os restantes 29 ligados às áreas
administrativas.
A produção da Sodecia Guarda resume-se essencialmente à distribuição no
mercado interno, apesar de abranger também alguns mercados externos, remetendo
exportações para outros países da Europa e da América do Sul.
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Dos seus principais clientes de produto acabado destacam-se a Renault,
representada em vários países, a Visteon, PWO, Volkswagen, Mitsubishi, Isringhausen,
Ford, Magna, Antolin, General Motors, entre outros, como se verifica na figura 14.
Figura 14 – Alguns clientes da Sodecia Guarda
Fonte: Elaboração própria
Para uma eficaz produção, a Sodecia Guarda apresenta um conjunto de
fornecedores de matéria-prima e componentes, quer sejam eles do mercado nacional
e internacional, representados na figura 15.
Figura 15 – Alguns fornecedores da Sodecia Guarda
Fonte: Elaboração própria
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1.2.2.5. – POLITICA/SISTEMA DE GESTÃO
A Sodecia Guarda é possuidora de um Manual de Sistemas, onde se encontra
definida a sua Política, Organização e o Sistema de Gestão Integrado. Desta forma
todos os intervenientes serão obrigados a assegurar o cumprimento das regras
definidas nesse manual.
Assim, a Política de Gestão (Anexo 2), definida pela Direcção Geral, é
implementada por todos os colaboradores e tem como principal objectivo atingir todas
as necessidades impostas pelos clientes e ainda com o intuito de um sistema de
responsabilidade social para com o meio ambiente.
Aplicando-se a todas as actividades realizadas, sejam produtos ou serviços
prestados, este sistema incute o cumprimento dos requisitos especificados. Desta
forma encontra-se arquitectado para um conceito contínuo de forma a garantir cada
vez mais o maior sucesso nos negócios desenvolvidos (Figura 16).
Figura 16 – Ciclo de Melhoria Contínua
Fonte: Sodecia Guarda
Sistema de Gestão Planeamento
Implementação e Operação
Verificação e Acções Correctivas
Revisão pela Direcção
Política de Gestão
Sociedade
Cliente
Envolventes
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O Planeamento dá início a este conceito de melhoria contínua, que,
posteriormente, dá lugar à sua Implementação e Operação, isto é, onde todas as
acções previstas/planeadas serão executadas. Desta feita constata-se, através da
Verificação e Acções Correctivas, se o que se encontrava planeado cumpriu ou não
com os requisitos e se está de acordo com as normas impostas. Por último, na Revisão
feita pela Direcção e Política de Gestão encontra-se uma solução para a resolução ou
minimização dos erros cometidos quer na concepção do produto final, quer ao longo
do processo produtivo.
A missão, visão e as metas futuras e objectivos inserem-se no Planeamento,
onde é estritamente necessário o cumprimento dos procedimentos necessários para a
obtenção dos melhores resultados possíveis para que mais tarde, na fase da
Implementação e Operação sejam realizadas todas as actividades planeadas.
Finalmente é na fase da Verificação e Acções Correctivas que se avaliam os resultados
obtidos comparando-os com o previsto na fase do Planeamento e daí definir, se
necessário, as acções correctivas a aplicar.
A Direcção ao realizar a Revisão em conjunto com o estipulado na Política de
Gestão, verifica então se aos resultados apresentados é necessário ou não a aplicação
de novos planos de acções. Caso seja importante a realização desses planos, estes têm
como principal objectivo a melhoria na qualidade, a verificação da eficácia do processo
na concepção do produto e até mesmo a constante melhoria de planos de acções já
existentes, corrigindo eventuais falhas já existentes.
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1.2.2.6. – POLÍTICA DE QUALIDADE
A satisfação das exigências dos clientes em conjunto com um aumento da
competitividade obriga a que haja uma enorme continuidade, competência e
delicadeza ao longo processo produtivo.
Assim sendo, a Sodecia da Guarda tem como exercício a estampagem das peças
e soldadura (junção de várias peças produzidas para posterior formação de uma só
através da cravação, etc.), destacando-se na indústria metalúrgica. A maximização do
lucro é o seu objectivo principal, mas nunca descurando que para atingir esse objectivo
será necessário alcançar outros, nomeadamente o factor da qualidade.
A empresa deve ter em conta que para atingir um sucesso sustentado e
duradouro e manter uma vantagem competitiva, terá de oferecer uma maior
variedade de produtos e serviços de forma mais eficaz e eficiente.
Os factores que se destacam a nível de competitividade são:
Qualidade
Destaca o grau de satisfação dos requisitos relativos às
especificidades do produto.
Gastos
A produção de um produto ao menor gasto possível é um objectivo
permanente de toda e qualquer organização. Desta forma, a
dimensão do gasto poderá levar a um melhor preço de venda na
perspectiva do cliente final. De forma conclusiva constata-se que
uma redução de gastos terá um enorme impacto na vantagem
competitiva.
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Produtividade
A produtividade resulta de uma maior ou menor política de gestão
dos recursos de uma qualquer actividade. Deve-se então ter em
conta a optimização dos mesmos e deve ser definida como uma
prioridade de qualquer forma de gestão.
Prazos de entrega
A satisfação dos clientes muitas vezes tem a ver com este factor,
desde que os prazos sejam cumpridos. Além desta vantagem para os
clientes, há ainda outros factores, tais como, os stocks intermédios,
os espaços necessários e os seus gastos relativos serão menores.
A Sodecia Guarda tem como objectivo dar continuidade a uma política de
constante melhoria qualitativa dos seus produtos, de forma a manter um nível de
competitividade superior ao dos seus concorrentes. Assim sendo, uma elevada
certificação em diversas áreas ajuda a melhorar e credibilizar ainda mais a sua imagem
perante os actuais e potenciais clientes. Ainda assim, muitas vezes algumas
certificações são exigidas pelo cliente para que a Sodecia Guarda continue com o
actual fornecimento. Por tudo isto, a empresa possui certificações, apoiando-se nas
seguintes normas:
ISO 9000:2005 – Fundamentos e Vocabulários
Esta norma é descritiva dos fundamentos de sistemas gestão da
qualidade. Neste sentido é aplicada à organização que procura
vantagens com a implementação de um sistema de gestão da
qualidade. Este sistema tem como objectivo procurar reforçar a
confiança junto dos seus fornecedores.
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ISO 9001:2000 – Sistema de Gestão da Qualidade - Requisitos
Trata-se de uma norma que especifica requisitos para um
Sistema de Gestão da Qualidade. Assim a empresa demonstra toda a
sua capacidade de fornecimento de produtos que cumpram todos os
requisitos impostos pelo cliente e ainda aos requisitos regularmente
aplicáveis internamente, aumentando assim a satisfação do cliente.
ISO 9004:2005 – Linha de orientação para a Melhoria de
Desempenho
Esta norma fornece um conjunto de informações para a
organização que queira ainda ultrapassar os requisitos da ISO 9001 e
que queiram ainda desenvolver no máximo possível um sistema de
Gestão da Qualidade com maior eficácia, permitindo assim uma
maior eficiência no seio da organização.
ISO 16949:2002 – Quality Management Systems
Norma que globaliza um conjunto de outras normas, sendo elas
a VDA 6.1, QS 9000, EAQF, AVSQ e ISO 9001:2000, havendo assim
uma implementação dos requisitos já verificados nestas. Desta
forma, aplica-se às plantas de organizações onde as especificações
dos produtos para o cliente são realizadas pela produção.
ISO 14001:2004/Emenda 2006 – Sistema de Gestão Ambiental
A norma permite à organização desenvolver e implementar uma
nova política e objectivos, desde que tenham em conta todos os
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requisitos legais e outros por subscritos, fornecendo informações
referentes ao aspecto ambiental. Aplica-se então às situações
ambientais com os quais a organização está estritamente ligada,
podendo ou não influenciá-los.
ISO 19011 – Guidelines for Quality and/or Environmental
Management Systems Auditing
Esta norma possibilita uma maior orientação na gestão dos
programas de auditoria, havendo assim uma auditoria interna e externa
no sistema de qualidade e ambiental, tal como uma maior competência
e evolução dos auditores.
Ao seguir estas normas, a Sodecia Guarda adopta uma maior eficiência e
eficácia no desenvolvimento das suas actividades de forma a corresponder com o
maior das necessidades impostas pelos seus clientes.
Desta forma, com a implementação destas normas, na Sodecia Guarda, para
que um produto obtenha o grau de qualidade imposta internamente terá de seguir os
regulamentos apresentados no fluxograma da figura 17. O Plano de Qualidade Produto
é onde se encontra todas as informações do produto, assim como todas as normas e
regulamentos que são preparadas no Suporte Técnico e Documental, de onde,
consequentemente saíram as ordens de fabrico.
Além disso, sempre que a empresa constatar que o seu gasto de fabricação será
superior ao de outra empresa, aplicar-se-á um esquema de subcontratação.
Caso hajam reclamações, sejam internas ou externas, é necessário realizar uma
acção correctiva de forma a encontrar a fonte do problema.
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A Validação consiste em fazer uma avaliação ao projecto/peça para que
posteriormente se inicie a produção em série.
Realizada a produção, o produto acabado será entregue a cada cliente com a
respectiva documentação.
Figura 17 – Fluxograma geral da Sodecia Guarda
Fonte: Sodecia Guarda
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2.1. – DEPARTAMENTO DE RECURSOS HUMANOS
“A nossa missão é criar e manter um clima saudável, desenvolver e motivar os nossos
colaboradores, identificando, atraindo e captando talentos, para que possam
contribuir para aumentar ainda mais o sucesso e excelência das nossas actividades.”
(Sodecia Guarda)
Seja estagiário ou colaborador, qualquer deles que entre para a Sodecia Guarda
terá de desenvolver um plano de integração (Anexo 3), estruturado pela Sodecia
Guarda e que se desenvolve pela passagem por diversos departamentos internos. No
meu caso, esta passagem foi marcada no Departamento de Recursos Humanos e, mais
tarde, no Departamento de Operações.
Esta integração tem como objectivo primordial dar a conhecer todo o
funcionamento da empresa e a inter-ligação entre todos os departamentos e, dar uma
grande ênfase à importância que tem a comunicação interna para que todo o grupo
atinja os objectivos definidos.
De seguida e de forma sucinta irei apresentar as principais funções de cada
departamento, seguindo com o estrutura do plano de integração que me foi atribuído
pela empresa. Esta descrição é resultado das minhas observações e ainda das
explicações dadas pelos responsáveis dos respectivos departamentos.
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na25
2.1.1. – ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ÁREA
O Departamento de RH é organizado internamente pela seguinte forma:
Estrutura
A base estrutural deste departamento encontra-se dividida em três níveis
hierárquicos, como se verifica na figura 18. No topo está o Gerente de Recursos
Humanos, estando num nível mais abaixo o Responsável pelo Serviço Pessoal e ainda o
Responsável pelo Higiene e Segurança no Trabalho.
Figura 18 – Estrutura do Departamento de Recursos Humanos
Fonte: Sodecia Guarda
Procedimentos
É das competências deste departamento a totalidade dos assuntos que tem a
ver com a situação pessoal de todos os colaboradores da empresa, tais como as
demissões e admissões, e, por sua vez, da formação dada a cada pessoa que é
admitida para colaborar com o desenvolvimento da empresa, independentemente da
função que irá desempenhar. Desta forma, para cada pessoa admitida terá de se
realizar uma integração no seio da empresa, explicando assim o funcionamento da
mesma, a forma de usar os equipamentos de protecção (bata, óculos, protectores
auriculares e sapatos) e ainda as funções que irão desempenhar.
Responsável Serviço Pessoal
Responsável de Higiene e
Segurança no
Gestor de Recursos Humanos
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Relativamente às horas extraordinárias e do absentismo são feitos
semanalmente e posteriormente será elaborado um relatório mensal. Os cálculos
serão registados numa folha de Excel com a denominação de Relgeste (Relatório de
Gestão).
Quanto à contagem de horas de trabalho e de faltas é feita através do sistema
de “picar o ponto”.
2.1.2. – PLANO DIRECTOR DE RECURSOS HUMANOS
No final de cada mês será enviado um relatório para o responsável do grupo
relatando a situação em relação às operações realizadas pelos RH.
2.1.3. – PLANO MENTOR
O Plano Mentor é um instrumento que possibilita uma melhor e mais eficaz
comunicação entre os colaboradores e mentores, permitindo assim um melhor diálogo
entre ambas as partes de forma a procederem à resolução de problema, sejam estes
tanto da empresa como dos colaboradores.
Este plano funciona através da realização de reuniões informais, com uma
duração de cerca de trinta minutos, sendo cada grupo constituído no máximo por dez
colaboradores. Desta forma, todos os participantes terão oportunidade de criticar,
opinar e de dar sugestões para melhorias, quer sejam elas para o próprio como para a
empresa. Nesta reunião há uma lista de presença onde constam alguns dados para o
colaborador.
Por sua vez, o Mentor não deverá estar ligado hierarquicamente aos
colaboradores, devendo anotar todas as sugestões dos colaboradores no formulário
Reunião de Mentor (Anexo 4) e será através dele que todas as informações recolhidas
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na reunião. O Mentor será ainda responsável pelas críticas que serão anotadas num
documento denominado por Acompanhamento de Implementação (Anexo 5).
Depois de cada reunião, o Mentor transcreve todas as informações num último
documento chamado de Análise (Anexo 6) para o responsável do departamento de
Engenharia. Desta forma serão analisadas todas as sugestões apresentadas para que
haja, consequentemente, uma resolução dos problemas.
2.1.4. – RECRUTAMENTO E SELECÇÃO
O recrutamento e selecção na Sodecia Guarda são realizados de uma forma
tradicional, assim é utilizado o método de recrutamento externo.
A Sodecia Guarda dispõe de “banco de candidatos” que realizaram uma
candidatura espontânea, e será desta forma que por norma é escolhido o candidato
mais adequado aos requisitos que a empresa exige. Caso nenhum dos candidatos
preencha esses requisitos, será colocado um anúncio de emprego e será a partir do
qual que se escolhe o candidato adequado.
2.1.5. – PLANO DIRECTOR DE SAÚDE, SEGURANÇA E MEIO AMBIENTE
Este plano pretende cumprir com todas as normas impostas nestas variáveis.
Em relação à saúde, a Sodecia Guarda dispõe de um médico para os
trabalhadores, cumprindo assim a imposição legal que cada empresa deve ter um
médico.
Quanto à segurança, existem dois tipos de protecção: EPI (Equipamento de
Protecção Individual) e EPC (Equipamento de Protecção Colectiva). Denomina-se por
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EPC a imposição de um equipamento preventivo que abranja o nível colectivo (por
exemplo, a colocação de barreiras de protecção nas prensas, para impedir lesões nos
colaboradores). Os EPI’s são equipamentos de protecção para uso individual (por
exemplo, as batas, os sapatos, os óculos, etc.) (Anexo 7).
O método usado pela Sodecia Guarda para advertir os colaboradores que
infrinjam estas normas de segurança é a apresentação de “cartões amarelos”. Após a
amostragem de três cartões a um só colaborador, as consequências poderão depender
da gravidade das situações, mas poderá ocorrer um despedimento por justa causa. O
cartão só é aplicado em casos extremos, isto porque as pessoas terão de ter
consciência do dever de se manterem em segurança.
2.1.6. – FUNÇÕES E RESPONSABILIDADES
O departamento de recursos humanos deve participar em qualquer auditoria
interna que seja realizada de forma a detectar potenciais problemas de segurança,
limpeza, organização, etc.
Caso sejam encontrados problemas neste tipo de actividades será importante a
realização de um plano de acções de forma a garantir a resolução dos mesmos. Esta
resolução surge após a realização de uma análise de risco e, para tal, será necessário
recolher junto do local em observação informações para que se consiga encontrar as
acções de segurança recomendadas.
2.1.7. – ANÁLISE DE ACIDENTES/INCIDENTES
Sempre que ocorre um acidente, este poderá ser considerado um incidente,
isto se não houver consequências graves para a saúde.
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No caso de acontecer um incidente, é apenas desencadeada uma acção
correctiva para que este não volte a acontecer. No caso do acidente, que envolva uma
baixa médica, este deverá ser comunicado ao gestor de recursos humanos, por
intermédio do responsável pela higiene e segurança no trabalho e, consequentemente
irá ser realizado um plano designado por 5PB’s (5 perguntas básicas). Este plano
consiste em atingir o porquê da situação ter ocorrido.
2.2. – DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES
2.2.1. – ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ÁREA (ESTRUTURA E PROCEDIMENTOS)
“Gerir implica também a capacidade de ajuizar o fundamento correcto das decisões que convém tomar, graças a uma recolha de informações tão rápidas, completas, claras e abundantes quanto possível.”
P. Baranger, J.P. Helfer, H. de l Bruslerie, J. Orsoni, J.M. Peretti, 1990, pág. 14
O Departamento de Matéria-Prima e Logística encontra-se organizado
internamente pelas seguintes estrutura e procedimentos:
Estrutura
Este Departamento encontra-se dividido em três níveis hierárquicos, como se
verifica na figura seguinte 19. No topo está o Gerente de Planta, estando num nível
mais abaixo o Supervisor de Produção, o Supervisor da Manutenção e o Supervisor de
Logística e Compras. Num último nível estão os subordinados dos diferentes
supervisores das diferentes áreas.
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Figura 19 – Estrutura do Departamento de Operações
Fonte: Sodecia Guarda
Procedimentos
O Gerente de Planta é o elemento responsável por toda a produção dentro da
fábrica. É ele que define todo o procedimento fabril dentro da fábrica e tem o poder
de decisão, transmitindo estas ideias aos funcionários do Departamento de Operações
e ainda ao Departamento de Engenharia. É assim definido como o Director de
Fabricação.
Desta forma, é das competências deste departamento supervisionar toda a
actividade realizada no meio fabril. É neste departamento que se planeiam todas as
Ordens de Fabrico, feitas pelo Supervisor de Produção, onde se cuida da manutenção
das ferramentas e máquinas, feita pelo Supervisor de manutenção e, finalmente, onde
se trata de todas as compras de Matéria-Prima e ainda de todo o expediente de
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Produto Acabado, sendo esta actividade controlada pelo Supervisor de Matéria-Prima
e Logística.
De forma conclusiva, este departamento envolve as áreas de
Encomendas/Expedição, Planeamento e Controlo de Produção e ainda de Compras e
Aprovisionamentos.
2.2.2. – ÁREA DE PRODUÇÃO
2.2.2.1. – ORGANIZAÇÃO INTERNA DA ÁREA (ESTRUTURA E PROCEDIMENTOS)
Estrutura
O Supervisor de Produção é o colaborador da fábrica que planeia as Ordens de
fabrico (OF’S) para posterior fabricação. Ele apresenta dois Chefes de Turno, um no
turno da manhã e outro no turno da tarde.
O Chefe de Turno da manhã tem ainda ao seu dispor três chefes de equipa,
cada um responsável por diferentes áreas de produção, sendo elas a soldadura,
pintura e lavagem. Quanto ao Chefe de Turno da tarde, visto que neste turno a
produção é inferior e portanto há menos operários em serviço, este dispõe apenas de
um chefe de equipa (Figura 20)
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Figura 20 – Estrutura da área de Produção
Fonte: Sodecia Guarda
Procedimentos
Os procedimentos desta área têm como objectivo primordial definir todo o
processo produtivo de qualquer produto fabricado na Sodecia, desde o arranque até à
fase de produto acabado.
Desta forma, qualquer produto que seja concebido nas instalações da Sodecia
terá de ser acompanhado por um conjunto de documentos ao longo do seu processo
de montagem. Estes documentos são:
Plano de Controlo (PLC) (Anexo 8)
O objectivo dos planos de controlo é o de descrever todas as acções
necessárias de implementar no processo de transformação do
produto desde a recepção de MP até à expedição do mesmo. Será
também neles que se encontram estabelecidos quais os controlos a
Chefe de 2º Turno
Chefe de Equipa
Chefe de 1º Turno
Chefe de Equipa
Chefe de Equipa
Chefe de Equipa
Supervisor de Produção
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aplicar para que se verifique a conformidade do processo e/ou
produto.
Registo de controlo de Produção (RCP) (Anexo 9)
Este registo menciona a liberação para a produção. Depois de finda
uma ordem de fabrico, é necessário que nos diversos postos Touch
sejam lançadas todas as quantidades produzidas e sucatadas.
Matriz de Polivalência (Anexo 10)
A matriz de polivalência contém informações referentes à segurança,
qualidade e, ao mesmo tempo, permite descriminar quais as
qualificações que tem cada operário. Caso seja necessário colocar
um operário a desenvolver determinada função basta consultar a
matriz de polivalência e daí escolher-se-á o operário que melhor se
adequa à tarefa a desenvolver.
Relatório de Performance (Anexo 11)
Este relatório é usado em caso de aparecimento de peças não
conformes. Assim, depois do preenchimento deste, tentam-se
descobrir as causas, o tipo e a gravidade do problema para que se
proceda à sua resolução.
2.2.2.2. - ABSENTISMO
Para que haja um bom e eficaz planeamento da produção, é estritamente
necessário para o Supervisor de Produção estar ocorrente das faltas dos operários.
Estas faltas terão de já ter sido reportadas antecipadamente ao Gestor de Recursos
Humanos.
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Neste seguimento, o absentismo (Abs.) é calculado da seguinte forma:
2.2.2.3. – OEE’S (OVERAL EQUIPEMENT EFFECTIVES)
Através do cálculo das OEE’s consegue-se obter uma ideia do desempenho e da
eficiência das máquinas e até mesmo da empresa, possibilitando assim um maior
controlo das cargas fabris e do comportamento das mesmas.
Este processo é desenvolvido pelo impacto de três factores: a disponibilidade
do equipamento (programação do tempo necessário para a produção disponível), taxa
de desempenho (percentagem das peças produzidas como padrão de comparação) e
finalmente a qualidade (percentagem das peças conformes comparadas com todas as
produzidas).
O cálculo das OEE’s é realizado da seguinte forma:
Considerando que:
1 O objectivo da disponibilidade será chegar aos 100%. 2 Tempo total de horas do funcionamento da máquina. 3 Paragens Planeadas – momentos de Set-up´s e Try-out. 4 Paragens não Planeadas
Abs =8 x Nº trabalhadores directos
Nº horas teóricas que se devia trabalhar
OEE = Disponibilidade1 x Eficiência x Qualidade
Disponibilidade = TT2 – PP3 – P n P4
TT - PP
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2.2.2.4. – PPM (PARTE POR MILHÃO)
O PPM designa-se pelo número de peças não conformes, sendo controlado
através do número total de peças produzidas. Durante a produção, e sempre que cada
operário detectar peças defeituosas, este terá de proceder ao preenchimento de uma
etiqueta de Produto não Conforme. Através dos dados desta ficha procede-se ao
preenchimento de uma folha de cálculo, onde se irá calcular o gasto de não
conformidade das peças não conformes (sucata), o gasto de retrabalho e ainda o custo
de selecção a 100% e a 200% (triagem peça a peça).
O cálculo do PPM é efectuado da seguinte forma:
5 Hora. 6 Caso a sucata seja zero, a qualidade será automaticamente de 100%. 7 Produto Acabado
PPM = Quantidade não Conforme x 1 000 000 PA7
Teórico = Tempo de Ciclo (hr5
) x (TT – PP – P n P)(hr)
Eficiência = Real Teórico
Real = Produção Real Produção Prevista
Qualidade = Total peças – Sucata 6
Total peças
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2.2.2.5. – MUDANÇA DE TURNOS
Sempre que ocorre a mudança de turno acontece uma paragem produtiva,
originado assim custos para a empresa.
Com a mudança de turno há também mudança na chefia do turno, competindo
assim ao chefe de turno do primeiro turno fornecer todas as informações ao seu
homólogo do segundo turno para que não haja problemas ao longo do processo
produtivo.
2.2.3. – ÁREA DA MANUTENÇÃO
A secção da Manutenção encontra-se dividida em duas áreas: o Supervisor de
Manutenção e o Chefe Ferramentaria.
Estrutura
O Supervisor de Manutenção é o responsável por qualquer tipo de manutenção
realizada dentro da fábrica. Desta forma, ele é o responsável por uma equipa de
operários responsáveis pelas intervenções no edifício em si. Há ainda o chefe de
ferramentaria, este também subordinado do supervisor, que é o responsável pela
manutenção das ferramentas.
Figura 21 – Estrutura da área de Manutenção
Fonte: Sodecia Guarda
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Pági
na37
Procedimentos
O Supervisor de Manutenção, em cada início de ano, emite todos os planos de
manutenção de máquinas e ferramentas. Desta feita, estes planos incluem todas as
intervenções de rotina a realizar nas máquinas e equipamento, sendo assim
responsabilidade deste departamento manter o bom funcionamento e conservação
destes.
O supervisor da área terá também de calcular todos os custos mensais da
secção, incluindo também os custos de subcontratação exterior.
Quanto ao chefe de ferramentaria, este tem estritamente responsabilidade nas
ferramentas que poderão afectar a paralisação da produção. Caso haja uma paragem
de produção, há sempre uma constituição mínima de stock para a Sodecia
corresponder com as encomendas dos clientes.
2.2.3.1. - OBJECTIVOS
Esta secção tem assim como principais objectivos manter a produção sem
paragens, cumprindo com os planos de manutenção regularmente. Com este
cumprimento haverá uma diminuição das OEE’s, e assim não afectará o plano de
entregas aos clientes.
2.2.4. – ÁREA DE LOGÍSTICA E COMPRAS
“A missão do departamento de compras é perceber as prioridades competitivas
necessárias para cada produto importante e desenvolver planos de compras para cada
produto importante que sejam coerentes com as estratégias de operações”
(Gaither; Frazier, 1999, pág. 432)
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Esta área é constituída por dois níveis hierárquicos, como se vê na figura 22,
estando o Supervisor de Logística e Compras no topo, enquanto o Responsável de
Aprovisionamento e o Responsável de Expedição se encontram num nível abaixo.
Figura 22 – Estrutura da área de Logística e Compras
Fonte: Sodecia Guarda
Estrutura
O Supervisor de Logística e Compras controla qualquer tipo de aquisição de
matéria-prima que entre na fábrica e ainda por toda a expedição que seja efectuada. É
ele que calcula todos os custos logísticos que a empresa tenha, sejam eles relativos a
compras de material ou das entregas a alguns fornecedores.
Para seu auxílio, é da competência do Responsável de Aprovisionamento fazer
todas as encomendas aos fornecedores de MP e ainda exercer um controlo rigoroso
nos stocks de MP. Por último, o Responsável de Expedição é aquele que trata
directamente com as companhias transportadoras para quando necessário transportes
para realizar a expedição. Dependendo dos fornecedores, há dias da semana
específicos para a expedição de PA.
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2.2.4.1. – COMO PROCESSAR UMA ENCOMENDA
Para realizar uma compra é necessário que o Responsável de
Aprovisionamentos efectue uma consulta de planeamento (Anexo 12). É desta forma
que se tem a ideia do tipo e quantidades de MP necessárias para que se realiza a
produção.
Depois desta consulta terá de se ter em conta o fornecedor que entrega esse
material, considerando se é um fornecedor nacional ou não, a frequência das entregas
e ainda se terá de ser a Sodecia a recolher nas suas instalações, e para isso, o sistema
ID4 possui uma secção onde se encontram todos os contractos de fornecedores
(Anexo 13). Os contractos dos fornecedores discriminam todos os produtos que
vendem à Sodecia, incluindo também os preços acordados para a venda. Caso a
Sodecia necessite de encomendar um tipo de material que não esteja incluído em
nenhum contracto de compra de nenhum fornecedor terá de ser feita uma requisição
de compra (Anexo 14).
Desta forma, a encomenda imposta será realizada conforme o tipo de
fornecedor, havendo assim um diferencial no dia que se faz a encomenda. As
encomendas são realizadas por norma no dia 15 de cada mês (dia útil) para que sejam
entregues na Sodecia no primeiro dia útil do mês seguinte. O procedimento mantém-
se caso seja a Sodecia a recolher o material nas instalações do fornecedor.
Ao longo deste processo é fundamental ter em conta os atrasos nas entregas, é
que caso surjam poderão implicar uma paragem da produção. Por norma, sempre que
aconteça este problema os custos da paragem serão imputados ao fornecedor devido
ao seu incumprimento.
O sistema interno permite que, para que haja um eficaz controlo das
encomendas a serem entregues, se consultem todas as quantidades dos diferentes
materiais a qualquer que seja o fornecedor (Anexo 15).
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2.2.4.2. – PROCESSAMENTO DE COMPRAS
O processamento de compras é realizado sempre depois de uma consulta
exaustiva das OF’s (Anexo 16). Desta forma, só será encomendado o material
necessário para que se cumpram os objectivos impostos pela administração relativo ao
valor de stock de MP.
Mas, não obstante, será também necessário constituir um stock mínimo da MP,
para que, caso ocorra um problema a produção não entre em ruptura.
Assim, o stock mínimo é calculado da seguinte forma:
A MP comprada incide essencialmente na compra de chapa electrozincada,
decapada e alumínio, e ainda em componentes, por exemplo, parafusos, porcas,
arames, rebites, caixas de cartão, sacos inibidores, etc.
2.2.4.3. – CONTROLO DE MATERIAIS EM ARMAZÉM
Todos os produtos armazenados, sejam eles matérias-primas, produtos
subcontratados, semi-acabados e produto final são controlados pelo “fiel de
armazém”. É da sua competência proteger todos os materiais de poeiras e humidades.
2.2.4.4. – COMO REALIZAR UMA EXPEDIÇÃO
O Responsável de Expedição tem como função de tratar de toda a documentação
necessária para que haja a expedição sendo este o responsável por todo o PA
recolhido na Sodecia, assim há uma checklist de expedição (Anexo 17). Sempre que o
Stock Mínimo = Quantidade consumida mensalmente x 4 semanas 22 dias úteis
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produto acabado é embalado este terá de estar acompanhado com uma etiqueta de
identificação, onde se encontra discriminado o tipo de produto, as quantidades,
destinatário, etc. Terá de ser entregue um documento à empresa transportadora (guia
de transporte) e também de toda a documentação que será entregue também ao
transportador para este entregar ao cliente (guia de remessa) é assim das suas
competências.
Para que haja um eficaz e rigoroso controlo das encomendas dos clientes, o
supervisor deste departamento e o Responsável de Expedição poderão consultar todas
as encomendas através do Plano Mestre (Anexo 18). Este é um documento retirado do
ID4 que permite verificar todas as encomendas a serem expeditas a curto prazo, tal
como dá uma previsão das quantidades a expedir a médio prazo. Além desta
funcionalidade, o Plano Mestre permite também verificar sempre que há um
incremento ou um decréscimo nas quantidades encomendadas.
2.2.4.6. - OBJECTIVO
Este departamento tem assim como missão a coordenação das actividades de
Aprovisionamentos, Planeamento, Expedição e Operadores logísticos, bem como a
gestão dos níveis de inventário, dos transportes e das rotas, de acordo com as
directrizes da Unidade e a política da empresa, de modo a assegurar a correcta
disponibilização dos produtos, o cumprimento dos prazos de entrega e da política de
stocks e a optimização de custos, controlando e comunicando a respectiva informação
de gestão ao accionista.
Para se assegurar a satisfação dos clientes, dos colaboradores e do Accionista,
houve um desenvolvimento dos comportamentos de acordo com o padrão definido
pela empresa, de forma a promover o cumprimento das Metas e Objectivos definidos.
Sociedade Industrial de Metalurgia da Guarda 2009/10
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Após terminar o Plano de Integração, iniciei a segunda fase do estágio
recebendo formação relativamente ás tarefas desenvolvidas pelo Departamento das
Operações.
Essas tarefas foram nomeadamente: Formação nos Procedimentos de
Compras, Consulta nos Contratos de Compra e, por fim, Formação e Participação nas
Compras do MRP no sistema ID4.
Estas actividades foram contínuas, mas sempre acompanhadas pelo
responsável da área.
Em sintonia com esta área, intervim também na reclassificação de todos os
componentes presentes no armazém de aprovisionamentos.
Acompanhei todas as encomendas feitas aos fornecedores, realizando também
algumas, de forma a conhecer melhor os processos internos. Além disso, era também
da minha responsabilidade o tratamento de informação sobre mudanças de preço dos
nossos actuais fornecedores com contratos estipulados entre as empresas.
Um rigoroso controlo nos diversos armazéns da empresa era necessário, pelo
que desenvolvi uma actividade de controlo no armazém consignação, para além de
introduzir a informação recolhida no sistema interno.
Participei ainda na realização do forecast para todos os meses seguintes
durante o tempo de estágio
Mas para que as minhas acções fossem eficazes, no início da minha integração
participei em formações internas, nomeadamente na área de higiene e segurança no
trabalho. Mais tarde participei também noutras formações que se destinavam à
resolução de problemas que ocorreram no processo produtivo.
Além deste departamento, ainda me mantive em ligação com outros
departamentos, principalmente nas reuniões de start-up, onde os representantes
colocavam todos os seus problemas.
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As auditorias internas são processos realizados pelo grupo Sodecia, com as
quais contactei também na área a que estive ligado.
Participei em dois inventários internos, um deles com uma auditora externa à
empresa. Estes têm um papel preponderante no rigoroso processo de controlo
imposto pela Sodecia, havendo assim uma eficiência maior no controlo de stocks.
Mas, de seguida, descrevo com maior detalhe as áreas em que participei ao
longo do meu estágio.
3.1. - RECEPÇÃO DE MP E COMPONENTES
A Recepção de MP e Componentes realizada na Sodecia Guarda é efectuada
como representa a figura 23.
Figura 23 – Processo de entrada de material na Sodecia Guarda
Fonte: Sodecia Guarda
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Sempre que chegam às instalações da Sodecia matérias-primas estas terão de
passar por vários processos para que entrem no sistema.
Todas estas matérias-primas e componentes recebidas têm no ID4 as suas
informações descritivas, desde quem as fornece, as suas características, em que
produto é consumido, o preço de custo, etc. (Anexo 19)
Desta forma, todo o material recepcionado terá de ter um guia de remessa
enviada pelo fornecedor, de forma que se realize o controlo quantitativo em relação à
encomenda feita.
Depois da verificação quantitativa, lançam-se os dados no sistema através da
janela denominada por Recepção de Armazém (Anexo 20). Esta janela terá de conter o
código interno do produto e as quantidades recebidas. Uma vez que o Sodecia tem um
fornecedor que trabalha no regime de consignação, todo o material recebido por este
terá de ser incluído numa outra janela chamada Recepção de Armazém à Consignação.
O material que chega deste fornecedor é sempre armazenado no Armazém
Consignação. Sempre que este material entre em produção, as etiquetas das bobines
de chapa serão recolhidas e lançadas no sistema numa outra janela denominada por
Consumo à Consignação. No final de cada mês este consumos serão enviados pelo
Departamento de Contabilidade da Sodecia ao fornecedor, para que posteriormente
estes sejam facturados à Sodecia. Esta foi a tarefa que mais realizei durante o estágio,
fazendo-a diariamente e várias vezes ao dia.
3.2. – REUNIÃO DE START-UP
Todos os dias no Gabinete das Operações é realizada a reunião de Star-Up. Esta
é uma reunião onde participei todos os dias na companhia do Plant Manager, do
Supervisor de Engenharia, do Supervisor da Qualidade e Ambiente, do Supervisor de
Produção, do Supervisor de Manutenção, do Supervisor de Logística e Compras, do
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Responsável de Aprovisionamentos e Compras, do Gerente de Competitividade, do
Gestor de Recursos Humanos e, finalmente, do Técnico de Higiene e Segurança no
Trabalho.
Esta é uma reunião diária e matinal com o objectivo de discutir todos os
problemas que tenham ocorrido ao longo do processo produtivo no dia anterior.
Quanto à área onde inseri o estágio, é nesta reunião que se apresentam os problemas,
ente outros, de aquisição de material e a qualidade do material recepcionado que
afectou a produção.
3.3. – FORMAÇÕES QUE OBTIVE
Como já referi no Capítulo II, a Sodecia Guarda atribui anualmente um número
de horas para ministrar formação a todos os seus funcionários. Desta feita, os
operários são aqueles que mais têm formações, de forma a tornarem o processo
produtivo mais eficaz e ainda, reforçando cada vez mais as questões de segurança.
As primeiras que me foram dadas tiveram como foco as questões de segurança
a ter dentro da fábrica, onde me foram entregues os EPI’s e ainda um documento
interno com as regras básicas de segurança, e de seguida uma formação de Kaizen
(Anexo 21). Estas foram curtas e sintéticas mas que foram muito eficazes.
Posteriormente, a fábrica parou dois dias para que se realizassem duas
formações gerais.
A primeira delas teve a ver com a realização do 5PB’s, enquanto a segunda
focou-se a uma área específica da fábrica, realizando um Kaizen à soldadura.
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3.4 – AUDITORIA INTERNA
Esta é uma auditoria realizada internamente, isto é, a Sodecia SGPS contrata
um conjunto de auditores para realizem uma auditoria às suas instalações. Desta
forma, serão reportadas as informações menos conformes para que haja um processo
de melhoria. Assim, sempre que é realizada uma auditoria por parte de auditores
externos ao grupo Sodecia, a empresa terá como benefício já ter realizado as
alterações devidas para que esteja tudo conforme. Participei numa auditoria deste
tipo, auxiliando o responsável de compras. Esta auditoria permitiu-me uma melhor
interacção com os processos de exigência e rigor internos.
3.5 – INVENTÁRIOS
Todos os dias, pela manhã e depois de ser lançada em sistema toda a produção
feita no dia anterior, têm de ser retirados os inventários, isto é, retira-se do sistema os
valores de compras, de stocks, de compras de MP e ainda da subcontratação para que
se preencha o mapa diário com todos este valores. Este mapa terá de ser enviado para
a Sodecia SGPS.
Mas, como por vezes há um desfasamento de quantidades entre o que se
encontra realmente no armazém e no sistema, terá de ser feito no sistema um Acerto
de Inventário. Estes acertos terão de ser explicados na Reunião de Prestação de Contas
a realizar no início de cada mês.
Para que haja ainda um controlo mais eficaz em relação ao inventário, a
Sodecia tem definido que trimestralmente se pára a produção e se realiza um
inventário geral, para aí se ter a certeza das quantidades existentes nos diferentes
armazéns (geral, qualidade e consignação).
Durante o meu tempo de estágio participei nos dois inventários realizados.
Numa fase inicial realizou-se uma contagem física, com a participação de todos os
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colaboradores e operários da fábrica, e, mais tarde, integrei a equipa que lançou os
dados no sistema para, posteriormente, se realizar uma comparação com as
quantidades existentes no sistema.
3.6 – APROVISIONAMENTOS
Esta é uma área que se insere no armazém geral, e onde se encontram os
componentes à produção. Todos estes componentes estão devidamente etiquetados
com informações sobre o fornecedor, o código interno, o cliente, etc. (Anexo 22)
No meu estágio tive a tarefa de etiquetar todos os componentes do armazém.
O cumprimento desta actividade permitiu-me um melhor conhecimento de mais
materiais usados na produção, como ainda um melhor conhecimento das peças
produzidas.
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CONCLUSÃO
Considero o tempo de estágio fundamental, após a longa caminhada de
aprendizagem teórica, isto porque nos permite enriquecer a diversos níveis,
designadamente através da aplicação dos conhecimentos adquiridos.
Fazendo uma retrospectiva do tempo de estágio, devo dizer que foi uma
experiência muito positiva, uma vez que me permitiu entrar em contacto
principalmente com o mundo da empresa, e ainda com o sector industrial em que a
Sodecia se insere, o qual desconhecia.
Devido a este desconhecimento, numa fase inicial o receio de uma má
integração foi enorme, tendo, mais tarde, se dissipado devido à excelente integração
no grupo de trabalho. Após esta integração, a curiosidade e a vontade de aprender
fizeram com que questionasse todas as pessoas de forma a aprender com a
experiência destas.
Foram tempos óptimos, que me fizeram aprender a gostar de uma área que
desconhecia, mas que me daria um enorme prazer trabalhar na vida futura.
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BIBLIOGRAFIA
Obras consultadas:
Baranger, P.; Huguel, G. (1990). Gestão. Editora Sílabo.
Gaither,; Frazier, Greg (1999). Administração da produção e operações. Pioneira – Thomson Learning
Manual de Sistemas da Sodecia Guarda
Endereços consultados:
http://pt.wikipedia.org/wiki/ISO_9000 (consultado em Novembro 2010)
http://pt.wikipedia.org/ - Enciclopédia Livre (consultado de Setembro a Dezembro de 2010)
http://www.sodecia.com/ (consultado de Setembro a Dezembro de 2010)
http://www.google.com/ (consultado de Setembro a Dezembro de 2010)
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GLOSSÁRIO DE TERMOS
Acção Correctiva – Acção implementada de forma a eliminar potenciais causas de Não
Conformidades existentes ou de situações indesejáveis com o intuito de garantir uma
reincidência.
Acção Preventiva – Acção implementada para eliminar as causas de uma possível Não
Conformidade.
Auditores Internos – Pessoas qualificadas para realizar auditorias internas, isto é,
auditores que não envolvem qualquer orgão, cliente, e até mesmo fornecedor externo.
Auditoria Interna – Resume-se a uma actividade efectuada por pessoas internas ao
grupo, capacitada com as devidas habilitações, qualificação e que não possui qualquer
tipo de responsabilidade directa sobre todas as actividades que por ele estão a ser
avaliadas. Esta actividade consiste na investigação rigorosa, formal e documentada, de
forma a realizar uma “colheita” de evidências imparciais e objectivas, para com isto
verificar se o sistema de gestão para garantir a qualidade é suficiente comparado com
os padrões especificados, e ainda se as actividades executadas estão de acordo com a
regulamentação interna.
Capabilidade – Designa-se capabilidade a amplitude total da variação inerente a um
processo estável.
Certificação – Tem por objectivo, testar publicamente e por escrito, que um produto,
processo, serviço ou sistema está de acordo com requisitos específicos, normas ou
regulamentos técnicos.
Componentes – Material que mais tarde será inserido no meio produtivo, não
provocando qualquer alteração no produto final.
Compra – Processo de aquisição aos fornecedores de matéria-prima ou subsidiária,
que a partir da transformação destas se obtém o produto final.
Inspecção e Ensaio – Reflecte o estado e condição que o produto apresenta depois de
uma inspecção e ensaio.
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Lote – Quantidades de peças/componentes de uma guia de recepção vinda de um
fornecedor.
Manual de Sistemas – Documento que específica o sistema de gestão da
Qualidade/Ambiente de uma organização.
Mão-de-Obra Directa – Todos os operários que se encontram ligados directamente à
produção.
Matéria-Prima – Material que irá sofrer alterações no processo produtivo de forma a
ser incorporado e a garantir o produto final.
Material Não Conforme – Material que não cumpre com os requisitos específicos.
Normas – São documentos que estabelecem regras, directrizes ou características
técnicas de forma a serem aplicadas nos materiais, produtos, processos e serviços,
garantindo sempre que os seus resultados estão adaptados aos seus propósitos.
Plano de Controlo – Documento que descreve o processo ao longo das diversas fases
de fabrico da vida do produto.
Política de Gestão – Agrupamento de intenções e de orientações de uma organização
relacionada com a qualidade/ambiente, formalmente expressas pela gestão.
Processo – Cadeia de actividades inter-relacionadas que poderão dar origem a um
fluxo de entradas e saídas, isto é, por norma as saídas dão origem a entradas num
novo estágio do processo.
Processo Produtivo – Coordenação de pessoas com equipamentos, matérias-primas,
método e circunstâncias de forma a garantir a produção de determinado produto ou
serviço.
Produto – Conjunto de matérias-primas, subsidiárias e outros componentes já
trabalhados de forma a garantir o produto final.
Protótipo – Fase embrionária de um produto que se encontra na fase de testes ou
planeamento, e que não se encontra no mercado.
Recepção de Material – Resume-se ao controlo de entrada dos produtos vindos dos
fornecedores, podendo ela ser qualitativa ou qualificativa.
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Retrabalho – Produtos que depois de serem rejeitados pela qualidade irão ser
trabalhos de forma a cumprirem com os requisitos específicos.
RNC – Formulário que define um método rigoroso de solução para possíveis
problemas, incluindo o diagrama de causa e efeito.
Segregação – Separação de material para uma zona bem identificada de modo a
garantir uma possível incorrecta utilização.
Set-up – Tempo necessário para a troca de ferramentas na prensa de modo a permitir
a produção de outro produto. É calculado desde a última peça da ordem de fabrico
anterior até à primeira da nova ordem de fabrico.
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IV
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ÍNDICE DE ANEXOS
Anexo 1 - Produtos do Grupo Sodecia ......................................................................... 52
Anexo 2 - Política de Gestão ........................................................................................ 54
Anexo 3 - Plano de Integração ..................................................................................... 56
Anexo 4 - Reunião Programa Mentor .......................................................................... 58
Anexo 5 - Acompanhamento e Implementação ........................................................... 60
Anexo 6 - Análise ......................................................................................................... 62
Anexo 7 - Regras básica de segurança ......................................................................... 64
Anexo 8 - Plano de controlo ........................................................................................ 66
Anexo 9 - Registo de contrlo de produção ................................................................... 68
Anexo 10 - Matriz de Polivalência ................................................................................ 70
Anexo 11 - Relatório de performance .......................................................................... 72
Anexo 12 - Consulta de planeamento .......................................................................... 74
Anexo 13 - Contractos de fornecedores....................................................................... 76
Anexo 14 - Requisição de compra ................................................................................ 78
Anexo 15 - Programa de entregas ............................................................................... 80
Anexo 16 - Ordens de fabrico ...................................................................................... 82
Anexo 17 - Checklist de expedição............................................................................... 84
Anexo 18 - Plano Mestre ............................................................................................. 86
Anexo 19 - Artigos ....................................................................................................... 88
Anexo 20 - Recepção de armazém ............................................................................... 90
Anexo 21 - Kaizen ........................................................................................................ 92
Anexo 22 - 5 pb’s ....................................................................................................... 108
Anexo 23 - Exemplo de etiqueta ................................................................................ 116
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ANEXO 1
PRODUTOS DO GRUPO SODECIA
Small and Medium Stamping
Cross Car Beam
Impact Beam
Power Train Components
Body Hardware
Body Structures
Pedal Boxes Seat Frames Precision Parts for Transmission
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ANEXO 5
ACOMPANHAMENTO E IMPLEMENTAÇÃO
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ANEXO 9
REGISTO DE CONTRLO DE PRODUÇÃO