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Gledson Barreto
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“É isso mesmo, a arte de trabalhar.
Os homens realizam trabalho, que
nada mais é do que a realização deações orientadas pelo raciocínio e
pelos conhecimentos acumulados por
gerações e gerações.”
“É pelo trabalho que o homem transforma a natureza, extraindo
seus recursos para melhor atender às suas necessidades.”
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Trabalho humano é um dos principais meios de relações sociais, já quepor meio dele é que transformamos a natureza para, assim, nos tornarmos
seres produtores de cultura, o que também nos diferencia dos outros
animais. Para a Sociologia, o estudo do trabalho e suas implicações são
de fundamental relevância para a compreensão das sociedades.
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“A velha lenda do "aprendiz de feiticeiro" foi retomada por Walt Disney no
filme Fantasia, clássico do desenho animado.
Em um dos segmentos, o personagem principal, representado por Mickey,
é incumbido de lavar as dependências do castelo e, para facilitar o
serviço, resolve aplicar as mágicas aprendidas com seu mestre
feiticeiro.”
O TRABALHO E O HOMEM
“E bem sucedido ao ordenar que uma vassoura
carregue vários baldes cheios d'água, o que lhe
poupa enorme esforço. Mas, em seguida,
constata que apenas sabia desencadear a
mágica sem contudo conseguir interrompê-la no
momento adequado.”
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Essa fábula mostra que o mundo maravilhoso da técnica tem duas faces.
Se por um lado é condição de humanização, por outro pode desenvolver
formas perversas de adaptação humana...
“Na esperança de solucionar o impasse,
corta a vassoura, mas na verdade aumenta
o número delas em ação, logo
transformadas em um batalhão de
"serviçais" incansáveis.
O TRABALHO E O HOMEM
“A inundação do castelo é evitada com o retomo providencial do
mestre feiticeiro, cujas palavras mágicas interrompem o louco
processo desencadeado.”
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“Quando nos referimos ao homo
sapiens, enfatizamos a característica
humana de conhecer a realidade, de
ter consciência do mundo e de si
mesmo. A denominação homo faber é
usada quando nos referimos à
capacidade de fabricar utensílios,
com os quais o homem só torna
capaz de transformar a natureza.”
HOMO SAPIENS HOMO FABER
Homo sapiens e homo faber são dois aspectos da mesma realidade
humana. Pensar e agir são inseparáveis, isto é, o homem é um ser
técnico porque tem consciência, e tem consciência porque é capaz de
agir e transformar a realidade.
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Mas e os animais também não realizam trabalho?
“Tudo o que move é sagrado
E remove as montanhas
Com todo cuidado, meu amor
Abelha fazendo mel
Vale o tempo que não voou. ”
"O animal também produz. Faz um ninho, uma habitação, como as abelhas,
os castores, as formigas etc. Mas só produz o que é estritamente
necessário para si ou para suas crias. O animal produz apenas numa só
direção, ao passo que o homem produz universalmente. O animal produz
unicamente sob a dominação da necessidade física imediata, enquanto o
homem produz quando se encontra livre da necessidade física e só produz,
verdadeiramente, na liberdade de tal necessidade." (Karl Marx).
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É pelo trabalho que o homemtransforma a natureza, extraindo
seus recursos para melhor atender
às suas necessidades.
Mas e os animais, também não
realizam trabalho?
CLARO QUE SIM, SÓ QUE É DIFERENTE!
É pelo trabalho que o homem transforma a natureza
As abelhas, por exemplo, guiadas pelo instinto
de sobrevivência, constroem colmeias.
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No entanto, essas colmeias nãopassam por um processo de
aperfeiçoamento e sofisticação de
seu modelo. Ou seja, uma colmeia
no século IV a.C. é idêntica a uma
colmeia do século XXI d.C.”
AS ABELHAS CONSTROEM COLMÉIAS
ENTRETANTO, UMA HABITAÇÃO DO SÉCULO IV A.C É
DIFERENTE DE UMA HABITAÇÃO HUMANA DO SÉCULO XXI.
Uma habitação do século IV a C é diferente de
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Uma habitação do século IV a.C. é diferente deuma habitação humana do século XXI
“Isso quer dizer que, ao contrário das
abelhas, os seres humanos, ao realizarem
trabalho, procuram construir novos
conhecimentos e empregá-los racional e
analiticamente de forma a produzir outros
conhecimentos.”
“A diferença entre o trabalho humano e os outros trabalhos é que o do
homem não só possibilita a satisfação das suas necessidades, através daexploração da natureza, mas também a modifica. Pode-se dizer que o
trabalho é fundamental para que ocorra a chamada cultura humana, ou seja,
tudo aquilo que é feito pelo homem através
da relação entre o seu trabalho e a natureza.”
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HÁ DOIS TIPOS DE TRABALHOS REALIZADOS PELO HOMEM
Segundo o filósofo austro-francês André Gorz,
autor do livro Adeus ao proletariado, há dois
tipos de trabalhos realizados pelo homem: o
AUTÔNOMO e o HETERÔNIMO.
Suponhamos que um operário de uma empresa
metalúrgica produza autopeças para carros durante os dias da
semana e cultive hortaliças nos fins de semana. A atividade de fim
de semana é o trabalho autônomo ou consciente, enquanto fabricar
as peças de automóveis em troca de salário mensal é o trabalho
heterônimo ou alienado.
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Conforme se organiza o trabalho
heterônimo, pode-se saber como os
homens constroem sua vida
econômica, política e social.”
O TRABALHO HETERÔNIMO
VEJAMOS A TRAJETÓRIA HISTÓRICA
DESSE TIPO DE TRABALHO:
Durante a ANTIGUIDADE CLÁSSICA (Grécia e Roma), os homens livres,
principalmente os proprietários de terras, vangloriavam-se de possuir
escravos e de manter o ócio, ou seja, não trabalhar.Ser escravo é ser propriedade de outro homem. O labor (trabalho) era
considerado indigno de seres libertos. Daí, poderíamos deduzir que no
mundo clássico ser considerado humano era ser livre, até do trabalho
e, para isso, ser proprietário de escravos.
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A alienação torna, SEGUNDO MARX, o indivíduo excluído do queproduz. Religiões, partidos políticos, comunicação de massa e muitos
outros fatores são as causas da alienação.
O indivíduo alienado envolve-se de tal maneira em suas ações
(religiões, trabalho, política) que é incapaz de refletir ou de
detectar os problemas e as ideologias mais sutis.
Os meios de comunicação de massa, como rádio, televisão, revistas e
propagandas, em geral, podem alienar, isto é, fazer com que a pessoa
se feche para o mundo real e só o veja através da “telinha” da TV ou
das páginas do semanário consumido.
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O Estado, as leis e as normas existem para
reproduzir o sistema burguês e com isso
promover a alienação da consciência das classes.
Para Karl Marx, num entanto, a palavra alienação
representa a separação do trabalhador dos meios
de produção, que se tornam propriedade privada
dos empresários capitalistas...
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Na Idade Média, o trabalho passou a ser
considerado como um castigo de Deus, ou a
função da maioria dos camponeses. O vínculo
do trabalhador com o senhor feudal era
intermediado pela terra, pois o nobre
necessitava do trabalho do servo e este, de
terra livre dos invasores bárbaros.”
O TRABALHO NA IDADE MÉDIA
Segundo Santo Agostinho, em seu livro Cidade de Deus, a vida terrenadeveria se espelhar no reino de Deus para poder sobreviver frente à
ameaça dos bárbaros pagãos. Ao clero, cabia a função de manter a
comunicação entre os homens e Deus; aos nobres, fazer a guerra contra
os inimigos do reino e, por fim, aos servos, trabalhar!
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Com o advento do capitalismo, o trabalho
começou a deixar de ser negativo entre a classe
dominante, no caso, a burguesia.”
Transformou-se no principal valor econômico e o
ócio perdeu a importância para o negócio, ou seja,
a “negação do ócio”.
COM O ADVENTO DO CAPITALISMO
A burguesia se constituiu como um grupo social ligado ao trabalhomercantil, isto é, ao comércio. Paulatinamente, os mais variados
trabalhadores passaram a receber um salário mensal para, em troca,
produzirem bens econômicos. Começava, dessa maneira, o papel do
trabalho no capitalismo.
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SEGUNDO O SOCIALISMO CIENTÍFICO DE MARX O
TRABALHO NO CAPITALISMO ALIENA O TRABALHADOR
AO SEPARÁ-LO DOS MEIOS DE PRODUÇÃO
Podemos afirmar que o debate acerca do trabalho no
capitalismo desembocou em duas posições antagônicas.
Uma delas é a otimista, por ver o trabalho como o único meio
honesto de satisfação econômica e de ascensão social; a
outra pessimista, por afirmar que o assalariado sempre é
explorado e marginalizado das benesses que ele produz.
Desta forma, no que diz respeito as concepções liberais esocialistas acerca do trabalho, segundo o socialismo
científico de Marx, o trabalho no capitalismo aliena o
trabalhador, ao separá-lo dos meios de produção.
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TRABALHO: DA CRÍTICA MARXISTA
À SOCIEDADE INFORMÁTICA
“O capitalismo transformou o
trabalho em valor positivo dentro
das sociedades europeias, nas
quais ele se instalava, a partir da
Baixa Idade Média.
Contudo, sabemos que o capitalismo de hoje não é o
mesmo da época de sua formação, devido às mudanças
ocorridas na esfera da satisfação das necessidades
humanas, ou seja, na forma de produzir e distribuir os
bens e serviços. Dessa maneira, o trabalho também
sofreu modificações desde então.”
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Podemos afirmar que o debate acerca do
trabalho no capitalismo desembocou emduas posições antagônicas:
uma otimista, por ver o trabalho como o
único meio honesto de satisfação
econômica e de ascensão social;
O DEBATE ACERCA DO TRABALHO NO CAPITALISMO
a outra pessimista, por afirmar que o assalariado sempre é
explorado e marginalizado das benesses que ele produz.
No que se refere as estas posições antagônicas elas
desembocaram no liberalismo e no socialismo.
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Essas duas concepções sobre o trabalho no
capitalismo são decorrentes da primeira fase da
Revolução Industrial, na qual predominou o
capitalismo concorrencial. Cada uma delas
apresentou o seu ponto de vista sobre como
resolver as mazelas sociais decorrentes daindustrialização.”
LIBERALISMO X SOCIALISMO
A doutrina liberal ou liberalismo econômico fundamenta-se basicamente
na livre concorrência do mercado diante do intervencionismo do Estado.Seu grande e pioneiro teórico foi Adam Smith (1723-1790), defensor do
trabalho enquanto principal riqueza de um país, no lugar de metais
preciosos ou agricultura como afirmavam, respectivamente, os
mercantilistas e os fisiocratas.
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Entre os socialistas, podemos destacar três correntes
significativas:
" ”
" ”
" ”
Os acreditavam que seria possível haver uma
maior igualdade a partir da concessão de parte dos
lucros do empresariado para a melhoria de vida dostrabalhadores, enquanto os combatiam
qualquer forma de poder, fosse ele do Estado, do patrão
ou da Igreja.
AS TRÊS CORRENTES SOCIALISTAS
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foi o mais
famoso dos e o
mais reverenciado.
A visão de Marx do socialismo se fundamentava numa
crítica do trabalho no capitalismo, pois o operário
( ), segundo Marx, ficava alienado do processo
produtivo, isto é, o produtor não se via no seu produto.
OS SOCIALISTAS MARXISTAS
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O TAYLORISMO E O FORDISMO
“O capitalismo oligopolista, decorrente da
segunda fase da Revolução Industrial, deu
origem a maior divisão do trabalho industrial.
O e o foram
duas novas formas de organizar o trabalho
no sentido de aumentar sua produtividade.”
A foi criação do engenheiro estadunidense Frederick
que através do estudo das tarefas dos trabalhadores de sua empresa
estabeleceu os movimentos e o tempo médio para cada atividade, demaneira que um homem de porte físico mediano pudesse realizá-lo.
A foi elaborada por Henry que criou a produção em série
pelas linhas de montagem (ou linhas de produção), gerando maior
produtividade do trabalho, pois fazia do operário um simples par de braços.
O OPERÁRIO QUE REALIZA SERVIÇOS REPETITIVOS
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PERDE A CHANCE DE CRIAR E SE DESENVOLVER
No entanto, a capacidade
criadora do trabalho humano
assistia ao fim de seus dias por
volta do século XVIII, época da
Revolução Industrial e
Tecnológica.
Nesse processo, o trabalhador, antes detentor de todo o conhecimento e
das técnicas de produção do produto, submete-se ao ritmo das máquinas.Com o objetivo de aumentar a produção e os lucros e reduzir o custo do
produto, a era industrial promove uma série de transformações no mundo
do trabalho. Os indivíduos assumem uma determinada tarefa específica
orientada ao sabor do ritmo da máquina que operam.
O TRABALHO DEIXA DE SER UMA ATIVIDADE CRIADORA
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E PASSA A SER UMA ATIVIDADE ALIENANTE
“O conhecimento do processo de
criação desaparece em função da
especialização das tarefas. O operário
apenas realiza um serviço repetitivo e
coordenado pelos motores dasmáquinas. Logo, o trabalho deixa ...”
A produção assume um caráter regular e seqüencial com o aparecimento
da linha de montagem, a fim de reduzir o tempo de produção, aumentar a
quantidade de peças produzidas e, conseqüentemente, os lucros.
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Com a terceira fase da Revolução
Industrial , o avanço da e,
principalmente, da
estabeleceu novos parâmetros de
produção que, além de buscar umamaior produtividade, preocupou-se
com a qualidade e rapidez.
O é a maior expressão dessa concepção de produção
industrial, que procura obter um verdadeiro “casamento” entre o
e a . Trata-se de uma forma de trabalho
marcada por uma valorização da alta qualificação profissional e
grande individualidade por parte dos trabalhadores.
O TOYOTISMO