Evolução das áreas de uso/ocupação do solo de Portugal continental Resultados preliminares
v 1.1 | Fev’2013 # 0/34
Áreas dos usos do solo e das espécies florestais de Portugal continental
1995 | 2005 | 2010
I F N 6
Resultados preliminares v1.1 | fevereiro’2013
6.º INVENTÁRIO FLORESTAL NACIONAL
Evolução das áreas de uso/ocupação do solo de Portugal continental Resultados preliminares
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Dados do documento
Titulo IFN6 – Áreas dos usos do solo e das espécies florestais de Portugal continental em 1995, 2005 e 2010.
Data Fevereiro.2013
Versão 1.1
Responsável técnico José Sousa Uva
Tipo de documento Público
Propriedade Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas, I.P.
Referência ICNF, 2013. IFN6 – Áreas dos usos do solo e das espécies florestais de Portugal continental. Resultados preliminares. [pdf], 34 pp, Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas. Lisboa.
Projeto co‐financiado
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Conteúdo
1 Principais conclusões...................................................................................................... 3
2 Enquadramento ............................................................................................................. 4
2.1 O Inventário Florestal Nacional ..................................................................................... 4
2.2 Metodologia de avaliação de áreas .............................................................................. 5
3 Usos do solo ................................................................................................................... 7
3.1 Áreas por uso do solo .................................................................................................... 7
3.2 Evolução dos usos do solo ............................................................................................. 8
4 Espécies florestais ........................................................................................................ 11
4.1 Áreas das espécies florestais ....................................................................................... 11
4.2 Evolução das áreas totais por espécie florestal .......................................................... 12
4.3 Evolução das áreas arborizadas (povoamentos) ......................................................... 13
4.4 Alteração das áreas das espécies florestais ................................................................ 13
4.4.1 Alteração das áreas de pinheiro‐bravo, 1995‐2010 ............................................ 14
4.4.2 Alteração das áreas de eucalipto, 1995‐2010 ..................................................... 15
4.4.3 Alteração das áreas de sobreiro, 1995‐2010 ...................................................... 16
4.5 Outras áreas arborizadas ............................................................................................ 17
ANEXO 1 – Dados do IFN6 .................................................................................................... 18
ANEXO 2 – Nomenclatura de usos ocupação do solo do IFN6 ............................................... 25
ANEXO 3 – Espécies de árvores florestais e de matos mais comuns em Portugal
continental ......................................................................................................... 32
ANEXO 4 – Equipa técnica .................................................................................................... 34
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1 Principais conclusões
O uso florestal do solo é o uso dominante do território continental (35,4% em 2010).
A área florestal diminuiu durante o período 1995 a 2010, correspondendo a uma taxa
de perda líquida de ‐0,3% por ano.
A área arborizada (povoamentos) aumentou (+0,4% por ano) durante o mesmo
período.
O eucalipto (dominado pela espécie Eucalyptus globulus) é a principal ocupação
florestal do Continente em área (812 mil ha), o sobreiro a segunda (737 mil ha),
seguido do pinheiro‐bravo (714 mil ha).
O uso agrícola do solo apresenta uma diminuição acentuada (‐12%).
Os espaços urbanos apresentaram um aumento de 35%, mais significativo no período
1995 a 2005 (26%), mais reduzido entre 2005 ‐2010 (7%).
A área de pinheiro‐bravo apresenta uma forte redução, de ‐13% relativamente à
superfície arborizada (povoamentos) e de ‐27% quanto à superfície total
(povoamentos e superfícies temporariamente desarborizadas, i.e. superfícies cortadas,
ardidas e em regeneração).
Verifica‐se um aumento significativo das áreas arborizadas com pinheiro‐manso
(+54%) e castanheiro (+48%).
A área total pinheiro‐bravo diminui 263 mil ha entre 1995 e 2010. A maior parte desta
área transformou‐se em “matos e pastagens” (165 mil ha), 70 mil em eucalipto, 13 mil
em espaços urbanos e 13,7 mil em áreas florestais com outras espécies arbóreas.
A área total de eucalipto aumentou 13% entre 1995 e 2010. Para este aumento
contribuem 70 mil ha de áreas ocupadas por pinheiro‐bravo em 1995; 13,5 mil ha de
superfícies ocupadas por matos e pastagens e 12 mil de áreas agrícolas. Cerca de 8 mil
ha que eram floresta de eucalipto em 1995 constituem uso urbano em 2010.
A área de sobreiro apresenta‐se estável ente 1995 e 2010, com uma ligeira diminuição.
A área de floresta em matas nacionais e perímetros florestais, sob jurisdição do ICNF,
corresponde a 5,8% da floresta de Portugal continental.
A área de floresta integrada no Sistema Nacional de Áreas de Conservação,
corresponde a 18,7% da floresta de Portugal continental.
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2 Enquadramento
O presente documento tem como objetivo a divulgação dos resultados preliminares do 6.º
Inventário Florestal Nacional (IFN6) relativos à evolução das áreas dos usos do solo e das
espécies florestais de Portugal continental para os anos de 1995, 2005 e 2010. Estes resultados
preliminares, correspondentes à primeira fase do IFN6, serão ainda alvo de análises mais
detalhadas ao nível das regiões NUTS de nível II e III. No anexo 1 são apresentadas as principais
tabelas com os resultados numéricos preliminares.
2.1 O Inventário Florestal Nacional
O Inventário Florestal Nacional (IFN) é o processo de produção de estatísticas, e de cartografia‐
base, sobre a abundância, estado e condição dos recursos florestais nacionais. O IFN fornece
informação sobre aspetos fulcrais dos recursos florestais, tais como: áreas das principais
espécies florestais, existências e disponibilidades lenhosas, armazenamento de carbono,
vitalidade e diversidade florestal. O IFN6 incluirá também informação mais desenvolvida ao
nível dos solos, em particular o carbono armazenado, e uma caracterização das principais
ocupações agrícolas.
A informação produzida pelo IFN abrange a totalidade do território de Portugal e todas as
superfícies com uso florestal, independentemente do regime jurídico de propriedade, do
estatuto de proteção/conservação dos espaços e dos objetivos de gestão dos povoamentos
florestais. As Regiões Autónomas dos Açores e Madeira possuem processos de inventário
próprios, cujos resultados serão integrados na versão final do IFN6.
O IFN representa uma fonte de informação fundamental para os processos de tomada de
decisão relativos à floresta, uma vez que constitui o único meio de recolha no terreno e de
forma homogénea, das informações necessárias para a gestão sustentável das florestas, dos
recursos florestais e naturais e para o planeamento das fileiras florestais.
Em Portugal o processo de Inventário Florestal Nacional iniciou‐se em 1965, integrando o pais
no primeiro grupo de países a nível europeu e mundial a dispor deste procedimento para a
monitorização das suas florestas. Desde então a informação do IFN é atualizada
periodicamente, tendo sido realizados, até à data, cinco inventários nacionais com um
intervalo de cerca de 10 anos. Com a efetivação do 6.º Inventário Florestal Nacional a
periodicidade de atualização foi encurtada para 5 anos o que permite um acompanhamento
mais rigoroso das alterações da floresta portuguesa.
No IFN6, que tem como referência o ano de 2010, efetuou‐se um trabalho retrospetivo para os
anos de 1995 e 2005, de modo a assegurar a total comparabilidade dos dados de 2010 com os
dessas duas datas anteriores, garantindo uma mais correta análise da evolução das áreas
florestais e criando as bases para um sistema de monitorização da floresta nacional.
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É importante notar porém que, face aos inventários anteriores (IFN4, com o ano de referência
de 1995, e IFN5, com o ano de referência de 2005), apesar das coberturas aerofotográficas
serem as mesmas, a metodologia de amostragem e classificação agora utilizada foi distinta e,
entre outras variáveis, a superfície total de referência de Portugal continental (com base na
Cartografia Administrativa Oficial de Portugal) é também diferente, pelo que os dados agora
disponibilizados para 1995 e 2005 não são diretamente comparáveis com os valores oficiais
publicados.
Os resultados do IFN são apurados com base em processos de amostragem. As unidades
amostrais são obtidas através de operações de recolha de dados que envolvem processos de
deteção remota (análise interpretativa de fotografias/imagens aéreas) e levantamentos de
campo (medições de árvores e povoamentos). Todos os dados utilizados no IFN são originais,
recolhidos especificamente para a realização dos IFN.
A informação produzida no âmbito do IFN é a base para diversos processos de reporte
internacional, donde se destacam atualmente os decorrentes das obrigações do Estado
Português no âmbito da Convenção Quadro das Nações Unidas para o Combate às Alterações
Climáticas e o subsequente Protocolo de Quioto, razão pela qual o IFN6 é co‐financiado pelo
Fundo Português de Carbono.
Os resultados apresentados neste documento correspondem à 1.ª fase do IFN6, designada por
avaliação das áreas por classes de uso e ocupação do solo. As próximas fases do IFN6
correspondem à avaliação biométrica dos povoamentos florestais (fase 2) e a avaliação do
carbono do solo (fase 3).
2.2 Metodologia de avaliação de áreas
No IFN, o processo de produção de estatísticas tem por base métodos de amostragem. O
primeiro processo de amostragem, o qual dá origem aos resultados do presente relatório, tem
como objetivo a caracterização do uso/ocupação do solo do território de Portugal continental,
permitindo a avaliação das áreas correspondentes a cada classe de uso/ocupação do solo. Este
processo é efetuado através da classificação (de acordo com uma nomenclatura de
uso/ocupação do solo estabelecida – ver anexo 2) um conjunto de cerca de 360 mil pontos
(denominados fotopontos) através da análise visual de imagens (fotointerpretação) e apoio de
terreno sempre que necessário.
No presente Inventário Florestal Nacional (IFN6) a classificação dos 360 mil pontos é efetuada
numa abordagem multi‐temporal para os anos de 1995, 2005 e 2010 o que sustenta a análise
da evolução da ocupação do território. Para além deste aspeto, que o torna distinto dos
Inventários anteriores, ao nível da nomenclatura de uso/ocupação do solo foram introduzidos
ajustamentos nas definições de algumas classes (por ex.: matos e pastagens), de modo a
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aumentar o grau de compatibilização das estatísticas produzidas no IFN com outros processos
de produção de informação sobre recursos florestais e agrícolas de âmbito nacional.
Os valores de áreas apresentados neste relatório são apurados com base em métodos
estatísticos, pelo que para cada valor existe um determinado intervalo de confiança. Esta
informação será disponibilizada em versões posteriores deste documento.
Como nota final refere‐se ainda que os valores agora apresentados sofrerão ajustamentos,
ainda que pouco significativos, decorrentes das fases subsequentes do IFN6.
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3 Usos do solo
3.1 Áreas por uso do solo
Figura 1 – Distribuição dos usos do solo em Portugal continental para 2010
Da análise da Figura 1, verifica‐se que em 2010 o uso florestal do solo representa o uso
dominante em Portugal continental, ocupando 35,4% do território. Esta percentagem de uso
florestal coloca Portugal na média dos 27 países da União Europeia (37,6%, SOEF, 20111).
Note‐se que as áreas de uso floresta incluem as superfícies arborizadas (correspondente aos
designados povoamentos florestais) e as superfícies temporariamente desarborizadas
(superfícies ardidas, cortadas e em regeneração), para as quais se prevê a recuperarão do seu
coberto arbóreo no curto prazo.
Os matos e pastagens constituem a classe seguinte de uso do solo com maior área,
correspondendo os matos a 52 % desta classe, ou seja a 1 500 157 ha. As áreas agrícolas
correspondem a 24% do território continental.
1 FOREST EUROPE/UNECE/FAO State of Europe‘s Forests 2011 report
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3.2 Evolução dos usos do solo
Figura 2 – Evolução dos usos do solo em Portugal continental
Da análise da Figura 2 constata‐se que ao longo do período 1995‐2010 as áreas de floresta
apresentam uma diminuição de ‐4,6%, o que corresponde a uma taxa de perda líquida
de ‐0,3%/ano (10 mil ha/ano).
Na Figura 2 pode verificar‐se que a diminuição líquida de áreas de floresta (‐150 611 ha) se
deve sobretudo à sua conversão para a classe de uso “matos e pastagens” (85%). Para além
dessa conversão de uso, é significativo o valor de área de terrenos em uso florestal que são
convertidos para uso urbano entre 1995 e 2010 (28 mil ha).
Note‐se que apesar de existir uma diminuição da área de floresta, o facto de esta não ser
acentuada demonstra a significativa resiliência da floresta às fortes perturbações a que esteve
sujeita durante o período em análise. Por um lado, pelos gravíssimos incêndios florestais das
duas últimas décadas (mais de 2,5 milhões de hectares ardidos entre 1990 e 20122), e por
outro, pela ocorrência de doenças como o Nemátodo da Madeira do Pinheiro que tem afetado
severamente o pinhal‐bravo nacional, obrigando à realização de cortes excecionais, por
imposição dos regulamentos fitossanitários. Nenhum outro país da Europa esteve sujeito a
este nível de perturbações.
2 Note‐se que só no ano de 2003 ardeu cerca de 8% da área de povoamentos florestais.
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O uso agrícola do solo é a classe que apresenta uma maior diminuição no período 1995 a 2010
(‐12%). Esta alteração deve‐se essencialmente à conversão do uso dos terrenos para matos e
pastagens.
As águas interiores apresentam um significativo aumento ao longo dos 15 anos em análise, em
resultado do aumento de albufeiras de barragens, sendo que o empreendimento de Alqueva é
responsável por cerca de 25000 ha deste aumento.
Ao nível do uso urbano regista‐se também um aumento muito significativo que ocorre à custa
da conversão dos usos agrícola (42%) e florestal (25%).
Na Figura 3, pode verificar‐se que a diminuição da área de floresta se deve essencialmente à
diminuição das superfícies temporariamente desarborizadas (superfícies ardidas, cortadas e
em regeneração), sendo de destacar o aumento da área arborizada que se explica, em parte
pela ação da própria natureza (regeneração natural) demostrando a aptidão natural dos solos
portugueses para a floresta, mas também pela ação dos proprietários florestais, que têm
continuado a investir na floresta com ações de arborização e rearborização.
Figura 3 – Evolução das áreas de floresta, decomposta por tipos de ocupação.
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Figura 4 – Evolução das áreas de floresta, por Região NUTS de nível II
Da Figura 4, pode verificar‐se que a diminuição da área de floresta se faz sentir sobretudo nas
regiões NUTS de nível II correspondentes ao Norte e Centro. Na região do Alentejo há um
aumento líquido da área de florestal de 25 mil hectares entre 1995 e 2010.
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4 Espécies florestais
4.1 Áreas das espécies florestais
Figura 5 – Distribuição das áreas totais por espécie/grupo de espécies
A superfície florestal cuja espécie dominante é o eucalipto representa a maior área do país
(812 mil ha; 26%), o sobreiro a segunda (737 mil ha; 23%), seguido do pinheiro‐bravo (714 mil
ha; 23%). A área ocupada por espécies resinosas corresponde a 31% da floresta portuguesa,
sendo a restante (69%) ocupada por espécies folhosas.
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4.2 Evolução das áreas totais por espécie florestal
Figura 6 – Evolução das áreas totais por espécie
Da análise da Figura 6 e Figura 7, verifica‐se que a principal alteração das áreas das espécies
florestais entre 1995 e 2010, ocorre ao nível do pinheiro‐bravo que apresenta uma diminuição
de cerca de 263 mil ha. Verifica‐se também um aumento da área de eucalipto de cerca de 95
mil ha.
A área das restantes espécies tem alterações menos expressivas sobretudo durante o período
2005 a 2010. É de destacar o aumento das áreas de pinheiro‐manso (46% em área total e de
54% em termos de área arborizada) e de castanheiro (27% na área total mas de 48% na área
arborizada). Ao nível dos carvalhos constata‐se uma diminuição da área total, a qual se deve
essencialmente à perda de superfícies temporariamente desarborizadas, uma vez que em
termos de área arborizada ocorre um aumento de 14% (Tabela 7 e Figura 8).
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Figura 7 – Evolução das áreas totais por espécie
4.3 Evolução das áreas arborizadas (povoamentos)
Figura 8 – Evolução das áreas arborizadas (povoamentos) por espécie
4.4 Alteração das áreas das espécies florestais
Nos pontos seguintes apresenta‐se uma breve análise, para as principais espécies florestais,
das alterações ocorridas em áreas face à situação existente em 1995.
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4.4.1 Alteração das áreas de pinheiro‐bravo, 1995‐2010
Figura 9 – Alteração da área de pinheiro‐bravo 1995‐2010
A área total pinheiro‐bravo diminui 263 mil ha entre 1995 e 2010. A maior parte desta área
transformou‐se em “matos e pastagens” (165 mil ha), 70 mil em eucalipto, 13 mil em espaços
urbanos e 13,7 mil em áreas florestais com outras espécies arbóreas.
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4.4.2 Alteração das áreas de eucalipto, 1995‐2010
Figura 10 – Alteração da área de eucalipto 1995‐2010
A área total de eucalipto aumentou 13% entre 1995 e 2010. Para este aumento contribuem 70
mil ha de áreas ocupadas por pinheiro‐bravo em 1995; 13,5 mil ha de superfícies ocupadas por
matos e pastagens e 12 mil de áreas agrícolas. Cerca de 8 mil ha que eram floresta de
eucalipto em 1995 foram transformados para uso urbano em 2010.
‐20 0 20 40 60 80
Pinheiro‐bravo
Sobreiro
Azinheira
Carvalhos
Pinheiro‐manso
Castanheiro
Alfarrobeira
Acácias
Outras folhosas
Outras resinosas
Agricultura
Matos e Pastagens
Águas Interiores
Urbano
Improdutivos
área (1000ha)
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4.4.3 Alteração das áreas de sobreiro, 1995‐2010
Figura 11 – Alteração da área de sobreiro 1995‐2010
As áreas de sobreiro apesar de terem alteração liquida pouco expressiva entre 1995 e 2010,
estiveram sujeitas a diversos processos de arborização e desarborização sendo de destacar a
perda de área para matos e pastagens de cerca de 28 mil ha e o ganho de área por arborização
de terrenos agrícolas da ordem dos 18 mil ha.
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4.5 Outras áreas arborizadas
As outras áreas arborizadas correspondem a terrenos em cuja presença de árvores florestais
não é suficiente para a sua classificação como floresta, mas nos quais existe presença de
árvores florestais com uma percentagem de coberto entre 5 e 10%, ou terrenos em que os
matos (matos altos) combinados com as árvores atingem os 10% de percentagem de coberto.
Estas áreas apesar de não serem consideradas como floresta têm expressão em termos de
biodiversidade e têm um peso relativo significativo para algumas espécies como os carvalhos e
as outras folhosas.
Figura 12 – Evolução das outras áreas arborizadas 1995 ‐2010
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ANEXO 1 – Resultados numéricos preliminares
Tabela 1 ‐ Áreas por classe de uso do solo para 1995, 2005 e 2010 (valores em ha)
Tabela 2 ‐ Matriz de alteração dos usos do solo entre 1995 e 2010 (áreas em ha)
Usos do solo 1995 2005 2010
Floresta 3 305 411 3 211 839 3 154 800
Agricultura 2 407 772 2 205 124 2 114 278
Matos e Pastagens 2 539 279 2 720 297 2 853 229
Águas Interiores 150 586 176 867 182 568
Urbano 315 475 398 945 425 526
Improdutivos 190 370 195 822 178 492
Total (Portugal continental) 8 908 893 8 908 893 8 908 893
1995 2010 Floresta Agricultura Matos e
PastagensÁguas
Interiores Urbano Improdutivos Total 2010
Floresta 2 715 346 105 075 327 353 575 1 200 5 251 3 154 800
Agricultura 35 909 1 943 787 132 982 175 700 725 2 114 278
Matos e Pastagens 501 994 298 021 2 022 081 600 2 576 27 957 2 853 228
Águas Interiores 9 602 7 127 15 304 148 785 25 1 725 182 568
Urbano 29 107 48 737 29 707 200 310 399 7 377 425 526
Improdutivos 13 453 5 026 11 853 250 575 147 335 178 492
Total 1995 3 305 411 2 407 772 2 539 279 150 586 315 475 190 370 8 908 893
-150 611 -293 495 313 950 31 983 110 051 -11 878
-4,6% -12,2% 12,4% 21,2% 34,9% -6,2%Alteração 1995-2010
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Tabela 3 ‐ Matriz de alteração dos usos do solo entre 1995 e 2005 (áreas em ha)
Tabela 4 ‐ Matriz de alteração dos usos do solo entre 2005 e 2010 (áreas em ha)
1995 2005 Floresta Agricultura Matos e
PastagensÁguas
Interiores Urbano Improdutivos Total 2005
Floresta 2 841 126 87 521 276 966 550 1 225 4 451 3 211 839
Agricultura 28 057 2 046 036 129 431 125 700 775 2 205 124
Matos e Pastagens 393 494 227 054 2 080 670 375 2 176 16 529 2 720 297
Águas Interiores 8 527 5 226 12 678 149 110 25 1 300 176 867
Urbano 21 055 37 509 23 281 150 310 699 6 251 398 945
Improdutivos 13 153 4 426 16 254 275 650 161 063 195 822
Total 1995 3 305 411 2 407 772 2 539 279 150 586 315 475 190 370 8 908 893
-93 572 -202 648 181 018 26 281 83 470 5 451
-2,8% -8,4% 7,1% 17,5% 26,5% 2,9%Alteração 1995-2005
2005 2010 Floresta Agricultura Matos e
PastagensÁguas
Interiores Urbano Improdutivos Total 2010
Floresta 3 026 995 17 904 107 251 50 675 1 925 3 154 800
Agricultura 12 328 2 009 328 91 122 150 700 650 2 114 278
Matos e Pastagens 158 763 164 039 2 501 120 450 2 251 26 606 2 853 228
Águas Interiores 750 1 575 3 401 175 942 0 900 182 568
Urbano 7 527 9 877 9 652 50 394 919 3 501 425 526
Improdutivos 5 476 2 401 7 752 225 400 162 239 178 492
Total 2005 3 211 839 2 205 124 2 720 297 176 867 398 945 195 822 8 908 893
-57 039 -90 847 132 932 5 701 26 581 -17 329
-1,8% -4,1% 4,9% 3,2% 6,7% -8,8%Alteração 2005-2010
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Tabela 5 ‐ Áreas totais por espécie florestal dominante
Tabela 6 ‐ Áreas arborizadas por espécie florestal dominante (povoamentos)
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Tabela 7 – Variação percentual entre 1995 e 2010 da área dos povoamentos florestais e área total por espécie dominante.
Tabela 8 ‐ Área de floresta decomposta por tipo de ocupação florestal
Superficie arborizada Superficie total
Pinheiro-bravo -13% -27%
Alfarrobeira -4% -4%
Azinheira -3% -10%
Sobreiro 6% -1%
Carvalhos 14% -27%
Eucaliptos 16% 13%
Outras folhosas 21% 15%
Outras resinosas 35% 19%
Castanheiro 48% 27%
Pinheiro-manso 54% 46%
Acácias 94% 98%
Variação % 1995/2010Espécie
TOTAL (FLORESTA) 3 305 411 3 211 839 3 154 800Superficie arborizada 2 786 688 2 898 664 2 942 800Superficie temporiamente desarborizada 518 723 313 174 212 000Sup. cortada 33 133 80 644 25 356Sup. ardida 27 031 52 813 41 010Sup. em regeneração 458 559 179 718 145 635
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Tabela 9 ‐ Matriz de alteração das áreas totais por espécies florestal e outros usos do solo entre 1995 e 2010.
Nota: As áreas totais por espécie florestal incluem povoamentos e superfícies temporariamente desarborizadas.
1995 2010
Pinheiro-bravo
Eucalipto Sobreiro Azinheira CarvalhosPinheiro-
mansoCastanh.
Alfarro_ beira
AcáciasOutras Folhos.
Outras Resin.
Cortes Únicos
Pov. ardidos
Agricult.Matos e Pastag.
Águas Interiores
Urbano Improd. Total 2010
Pinheiro-bravo 588 115 8 402 1 375 325 1 500 800 400 0 150 2 351 2 100 1 050 2 751 15 379 86 471 50 450 2 776 714 445
Eucaliptos 78 294 626 449 1 675 125 775 700 100 0 25 9 177 1 375 2 000 4 701 19 330 65 491 125 400 1 200 811 943
Sobreiro 1 750 2 025 660 607 1 925 275 1 650 50 0 0 300 75 25 125 20 730 47 111 25 0 100 736 775
Azinheira 325 100 625 313 425 50 200 0 0 0 50 0 0 0 4 026 12 328 50 0 0 331 179
Carvalhos 1 775 175 75 0 53 338 0 200 0 0 525 150 0 575 2 426 7 802 0 0 75 67 116
Pinheiro-manso 1 650 1 050 1 275 925 0 106 275 0 50 25 125 125 0 75 13 578 50 437 25 25 100 175 742
Castanheiro 725 75 50 0 300 0 24 831 0 25 150 150 0 200 7 327 7 502 0 25 50 41 410
Alfarrobeira 0 0 0 50 0 0 0 11 028 0 0 0 0 0 500 225 0 0 0 11 803
Acácias 1 075 200 0 0 75 0 0 0 2 451 200 50 0 0 225 975 50 0 50 5 351
Outras folhosas 9 902 3 376 1 150 375 2 100 50 375 25 0 113 452 1 500 25 550 15 454 28 307 250 250 625 177 767
Outras resinosas 5 551 1 400 150 100 400 50 125 0 0 600 39 084 25 275 5 926 19 255 0 25 250 73 217
Cortes únicos 775 500 25 0 0 25 0 0 0 25 25 100 0 25 175 0 0 0 1 675
Pov. ardidos 1 600 2 050 75 50 150 0 0 0 0 350 100 0 525 150 1 275 0 25 25 6 377
Agricultura 13 728 6 952 2 501 3 451 1 050 425 825 450 0 4 126 1 625 350 425 1 943 787 132 982 175 700 725 2 114 278
Matos e Pastagens 251 260 51 912 74 743 38 059 31232 8 927 5 551 425 0 19 705 13 903 925 5 351 298 021 2 022 081 600 2 576 27 957 2 853 228
Águas Interiores 225 425 875 7 502 75 50 0 0 0 450 0 0 0 7 127 15 304 148 785 25 1 725 182 568
Urbano 14 253 8 352 1 225 275 325 775 150 275 25 2 801 425 50 175 48 737 29 707 200 310 399 7 377 425 526
Improdutivos 6 877 3 801 400 100 250 200 25 25 0 800 650 75 250 5 026 11 853 250 575 147 335 178 492
Total 1995 977 883 717 246 746 828 366 687 91 897 120 129 32 633 12 278 2 701 155 187 61 340 4 626 15 979 2 407 772 2 539 279 150 586 315 475 190 370 8 908 893
-263 438 94 698 -10 052 -35 508 -24 781 55 613 8 777 -475 2 651 22 580 11 878 -2 951 -9 602 -293 495 313 950 31 983 110 051 -11 878
-27% 13% -1% -10% -27% 46% 27% -4% 98% 15% 19% -64% -60% -12% 12% 21% 35% -6%Alteração 1995-2010
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Tabela 10 ‐ Matriz de alteração das áreas totais por espécies florestal e outros usos do solo entre 1995 e 2005.
1995 2005
Pinheiro-bravo
Eucalipto Sobreiro Azinheira CarvalhosPinheiro-
mansoCastanh.
Alfarro_ beira
AcáciasOutras Folhos.
Outras Resin.
Cortes Únicos
Pov. ardidos
Agricult.Matos e Pastag.
Águas Interiores
Urbano Improd. Total 2005
Pinheiro-bravo 690 964 6 201 1 300 275 1 300 625 250 0 75 1 875 1 850 1 000 2 301 12 128 72 667 50 475 2 151 795 489
Eucaliptos 53 038 649 454 1 025 125 450 525 100 0 25 6 402 1 150 1 975 2 926 14 754 52 262 125 350 1 075 785 762
Sobreiro 700 1 000 670 935 1 475 75 775 50 0 0 200 50 0 100 17 629 37 984 25 25 75 731 099
Azinheira 275 50 475 320 501 50 125 0 0 0 25 0 0 0 3 501 9 927 50 0 0 334 980
Carvalhos 1 275 75 50 0 55 738 0 150 0 0 300 100 0 475 1 800 5 951 0 0 100 66 016
Pinheiro-manso 1 025 700 1 000 800 0 109 676 0 50 0 100 100 0 50 12 503 46 661 25 50 50 172 791
Castanheiro 500 25 50 0 200 0 25 881 0 25 125 50 0 100 5 876 5 451 0 25 25 38 334
Alfarrobeira 0 0 0 75 0 0 0 11 478 0 0 0 0 0 475 175 0 0 0 12 203
Acácias 875 75 0 0 50 0 0 0 2 526 125 50 0 25 200 675 50 0 75 4 726
Outras folhosas 6 552 2 201 700 300 1 400 25 275 25 0 123 904 850 0 300 11 678 20 280 225 175 500 169 390
Outras resinosas 4 076 775 150 75 375 50 150 0 0 550 45 436 25 200 5 376 16 054 0 25 125 73 442
Cortes únicos 350 600 75 0 0 0 0 0 0 0 0 175 50 100 325 0 0 0 1 675
Pov. ardidos 6 226 5 401 125 50 225 0 50 0 0 550 200 100 2 576 1 500 8 552 0 100 275 25 931
Agricultura 10 778 5 301 2 226 2 576 950 400 600 325 0 3 151 1 150 275 325 2 046 036 129 431 125 700 775 2 205 124
Matos e Pastagens 183 544 36 809 66 316 33 158 30457 7 102 4 951 250 25 14 578 9 277 975 6 051 227 054 2 080 670 375 2 176 16 529 2 720 297
Águas Interiores 125 250 825 7 002 25 50 0 0 0 250 0 0 0 5 226 12 678 149 110 25 1 300 176 867
Urbano 10 377 5 551 1 075 175 300 550 125 150 25 2 176 350 25 175 37 509 23 281 150 310 699 6 251 398 945
Improdutivos 7 202 2 776 500 100 300 225 50 0 0 875 725 75 325 4 426 16 254 275 650 161 063 195 822
Total 1995 977 883 717 246 746 828 366 687 91 897 120 129 32 633 12 278 2 701 155 187 61 340 4 626 15 979 2 407 772 2 539 279 150 586 315 475 190 370 8 908 893
-182 393 68 516 -15 729 -31 708 -25 881 52 663 5 701 -75 2 025 14 203 12 103 -2 951 9 952 -202 648 181 018 26 281 83 470 5 451
-19% 10% -2% -9% -28% 44% 17% -1% 75% 9% 20% -64% 62% -8% 7% 17% 26% 3%Alteração 1995-2005
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Tabela 11 ‐ Matriz de alteração das áreas totais por espécies florestal e outros usos do solo entre 2005 e 2010.
2005 2010
Pinheiro-bravo
Eucalipto Sobreiro Azinheira CarvalhosPinheiro-
mansoCastanh.
Alfarro_ beira
AcáciasOutras Folhos.
Outras Resin.
Cortes Únicos
Pov. ardidos
Agricult.Matos e Pastag.
Águas Interiores
Urbano Improd. Total 2010
Pinheiro-bravo 672 760 1 950 25 0 250 200 25 0 425 825 275 175 2 601 3 151 30 432 0 325 1 025 714 445
Eucaliptos 19 455 746 728 200 0 150 375 0 0 0 3 101 300 1 175 8 627 3 726 27 357 0 175 575 811 943
Sobreiro 850 1 050 717 070 500 200 1 000 0 0 0 175 50 25 150 2 576 13 128 0 0 0 736 775
Azinheira 50 100 325 326 378 0 125 0 75 0 25 0 0 0 675 3 426 0 0 0 331 179
Carvalhos 625 75 0 0 62 315 0 75 0 0 25 0 0 275 600 3 076 0 25 25 67 116
Pinheiro-manso 775 575 100 50 0 168 065 0 0 25 25 25 0 150 600 5 326 0 0 25 175 742
Castanheiro 100 50 25 0 75 0 36 284 0 0 0 125 0 200 1 900 2 576 0 0 75 41 410
Alfarrobeira 0 0 0 50 0 0 0 11 628 0 0 0 0 0 75 50 0 0 0 11 803
Acácias 425 100 0 0 0 0 0 0 4 101 150 0 0 100 25 450 0 0 0 5 351
Outras folhosas 2 351 1 600 25 0 100 25 100 0 125 153 286 1 000 25 800 3 576 14 403 50 150 150 177 767
Outras resinosas 975 675 0 0 0 0 0 0 0 375 65 115 0 375 700 4 976 0 0 25 73 217
Cortes únicos 675 475 25 0 0 0 0 0 0 25 25 125 125 100 100 0 0 0 1 675
Pov ardidos 975 1 675 75 25 25 0 0 0 0 225 50 0 1 150 200 1 950 0 0 25 6 377
Agricultura 3 626 2 901 825 1 000 275 50 525 175 0 2 075 625 0 250 2 009 328 91 122 150 700 650 2 114 278
Matos e Pastagens 85 620 23 181 12 203 6 477 2551 2 551 1 250 175 0 8 002 5 751 125 10 878 164 039 2 501 120 450 2 251 26 606 2 853 228
Águas Interiores 25 175 25 350 25 50 0 0 0 100 0 0 0 1 575 3 401 175 942 0 900 182 568
Urbano 3 576 2 476 150 125 25 200 25 125 25 625 75 0 100 9 877 9 652 50 394 919 3 501 425 526
Improdutivos 2 626 1 975 25 25 25 150 50 25 25 350 25 25 150 2 401 7 752 225 400 162 239 178 492
Total 2005 795 489 785 762 731 099 334 980 66 016 172 791 38 334 12 203 4 726 169 390 73 442 1 675 25 931 2 205 124 2 720 297 176 867 398 945 195 822 8 908 893
-81 044 26 181 5 676 -3 801 1 100 2 951 3 076 -400 625 8 377 -225 0 -19 555 -90 847 132 932 5 701 26 581 -17 329
-10% 3% 1% -1% 2% 2% 8% -3% 13% 5% 0% 0% -75% -4% 5% 3% 7% -9%Alteração 2005-2010
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ANEXO 2 – Nomenclatura de usos ocupação do solo do IFN6
A nomenclatura definida no presente documento é uma evolução da utilizada nos IFN
anteriores, visando dar resposta às atuais necessidades de informação, assim como aos
normativos internacionais. A nomenclatura do IFN encontra‐se, desde há vários anos,
harmonizada com as definições internacionais em matéria florestal, nomeadamente com as
estabelecidas pela FAO no âmbito do Forest Resources Assessments e do processo Forest
Europe (processo político pan‐Europeu para a gestão florestal sustentável das florestas
europeias).
De modo a permitir uma mais fácil e correta compreensão do presente documento, neste
ponto, definem‐se os principais conceitos de acordo com o significado com que são empregues
ao longo do processo do Inventário Florestal Nacional.
Ocupação do solo (Land cover)
A ocupação do solo corresponde à cobertura (bio)física da superfície terrestre.
Uso do solo (Land use)
O uso do solo é baseado na dimensão funcional da terra para diferentes propósitos ou atividades económicas. O uso do solo é definido pela organização espacial, atividades e ações que os seres humanos efetuam em determinado(s) tipo(s) de ocupação do solo.
Nomenclatura
Conjunto organizado de classes (ou designações), utilizado para tipificar os elementos de um determinado domínio do conhecimento (no caso presente: o uso e a ocupação do solo). [do Latim 'Lista de nomes']
Classificação
Refere‐se ao sistema de princípios e procedimentos relacionados com o ato de classificar, ou seja de atribuir uma designação, ou classe, a um objeto.
Classe
Grupo de elementos que possuem um determinado conjunto de atributos em comum.
Fotointerpretação
Técnica de análise visual duma fotografia ou imagem, que permite identificar objetos e deduzir os seus atributos a partir de elementos básicos como: a forma e tamanho, padrão, textura, associação e sombras. A identificação dos objetos e respetivos atributos é o que permite efetuar a classificação.
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Mancha
Uma mancha representa uma superfície de terreno que é classificada como
pertencente a uma determinada classe de uso/ocupação do solo.
Para qualquer uso do solo ou ocupação do solo, consideram‐se os seguintes valores mínimos
de dimensão e forma para a mancha homogénea a classificar:
Área maior ou igual a 5000 m2 (i.e., 0,5 ha).
Largura não inferior a 20 m.
Usos do solo
Floresta Terreno onde se verifica a presença de árvores florestais que tenham atingido, ou que pelas suas características ou forma de exploração venham a atingir, uma altura superior a 5 m, e cujo grau de coberto (definido pela razão entre a área da projeção horizontal das copas das árvores e a área total da superfície de terreno) seja maior ou igual a 10%.
Inclui:
Superfícies temporariamente desarborizadas, cumprindo os valores mínimos de dimensão e forma, e para as quais é razoável considerar que estarão regeneradas dentro de 5 anos, designadamente:
o áreas florestais ardidas recentes, ou
o áreas de corte único, resultantes de ações de gestão florestal ou de desastres naturais.
o Áreas ocupadas por vegetação espontânea que anteriormente se encontravam ocupadas por povoamentos e nas quais é razoável admitir a sua regeneração natural.
Quebra‐ventos, cortinas de abrigo ou alinhamentos de árvores, desde que cumpram os valores mínimos de dimensão e forma.
Estradas florestais, aceiros e arrifes, corta‐fogos, faixas de gestão de combustível ou clareiras com área menor que 0,5 ha ou largura inferior a 20 m, quando integrados em manchas com mais de 0,5 ha e 20m de largura.
Os povoamentos jovens (de sementeira ou plantação), que no futuro atingirão uma percentagem de pelo menos 10% de coberto e uma
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altura superior a 5 metros;
Montados de sobro e azinho que cumpram a definição de floresta independentemente do sobcoberto que apresentem;
Povoamentos de pinheiro‐manso, alfarrobeira ou castanheiros, mesmo quando o seu principal objetivo da sua condução silvícola é a produção de fruto.
Árvores mortas em pé.
Agricultura Terrenos ocupados por culturas agrícolas incluindo todas as culturas temporárias ou perenes, assim como as terras em pousio (i.e. terras deixadas em repouso durante um ou mais anos, antes de serrem cultivadas novamente).
Inclui:
As terras que são normalmente utilizadas no cultivo de culturas temporárias, mas que estão transitoriamente a ser utilizadas como forragem ou pastagem, integrando uma rotação de culturas temporárias‐pastagens;
As terras nas quais a presença de árvores florestais não esteja dentro dos limites definidos para a classe floresta (ex.: terrenos com sobreiros ou azinheiras cujo grau de coberto arbóreo é inferior a 10%);
As estufas e viveiros agrícolas.
Exclui:
Povoamentos de castanheiro, pinheiro‐manso e alfarroba, mesmo que também destinados à produção de fruto.
Os terrenos com culturas agrícolas no sobcoberto, nos quais as árvores florestais existentes cumpram os critérios para classificar o terreno como floresta.
Pastagens espontâneas ou semeadas permanentes.
Matos e pastagens
Matos:
Terreno onde se verifica a ocorrência de vegetação espontânea composta por matos (por ex.: urzes, silvas, giestas, tojos) ou por formações arbustivas (ex.: carrascais ou medronhais espontâneos) com mais de 25% de coberto e altura superior a 50 cm. As árvores eventualmente presentes têm sempre um grau de coberto inferior a 10%, podendo estar dispersas, constituindo bosquetes ou alinhamentos. Os matos com altura superior a 2 m são designados por matos altos.
Exclui:
Vegetação espontânea em zonas húmidas.
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Pastagens: Terreno ocupado com vegetação predominantemente herbácea, semeada ou espontânea, destinada a pastoreio in situ, mas que acessoriamente pode ser cortada em determinados períodos do ano.
Inclui:
Pastagens regadas ou de sequeiro.
Pastagens de montanha (incluindo lameiros e pastagens de alta montanha).
Superfícies de terreno com vegetação típica da classe matos, mas cujo grau de coberto está entre 10% e 25% ou cuja altura média é inferior a 0,5m.
Exclui:
As áreas ocupadas com matos e/ou herbáceas identificadas como pousio.
As áreas ocupadas com pastagens identificadas como integrantes duma rotação de cultura temporária‐pastagem.
Vegetação espontânea em zonas húmidas.
Superfícies cobertas de herbáceas, como locais de recreio ou outros, nomeadamente golfes, relvados, campos de futebol, ou áreas envolventes de aeroportos.
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Improdutivos Terreno estéril do ponto de vista da existência de comunidades vegetais ou com capacidade de crescimento muito limitada, com grau de coberto vegetal inferior a 10%, quer em resultado de limitações naturais, quer em resultado de ações antropogénicas.
Inclui:
Pedreiras, saibreiras.
Afloramentos rochosos
Praias (praia alta e praia baixa)
Dunas (só a designada duna branca)
Solo nu (exceto terrenos agrícolas ou florestais)
Exclui:
Duna cinzenta e duna verde.
Zonas de variação de cotas de armazenamento de água de albufeiras, lagoas ou charcas.
Águas interiores e zonas húmidas
Terreno coberto ou saturado de água durante a totalidade, ou uma parte significativa, do ano.
Inclui:
Estuários ou grandes cursos de água, rios, lagoas, albufeiras, pauis, sapais e salinas.
Águas doces, salgadas e salobras.
Vegetação existente em sapais e pauis ou outras zonas húmidas. (hidrófitas ou macrófitas aquáticas)
Zonas de variação de cotas de armazenamento de água de albufeiras, lagoas ou charcas.
Aquiculturas, ancoradouros e marinas (inseridos em meio aquático).
Exclui:
Cursos de água com menos de 20 m de largura ou albufeiras ou charcas com menos de 0,5 ha.
Terrenos que alagam após a ocorrência de elevadas precipitações, mas nos quais a permanência da água não é suficientemente longa para que se desenvolva vegetação hidrófita e fauna característica de zonas húmidas (anfíbios, peixes, etc.).
Vegetação riparia (árvores e matos) que se encontrem em solos não saturados de água durante a maior parte do ano.
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Urbano Terreno edificado com construções efetuadas pelo Homem (prédios, casas, armazéns, estradas, pavimentos artificiais, etc.), integradas em grandes ou pequenos aglomerados urbanos ou isoladamente. Pode incluir terrenos ocupados com vegetação cujo uso não se considera florestal ou agrícola.
Inclui:
Portos, aeroportos, equipamentos sociais e grandes vias de comunicação.
Árvores em parques e jardins urbanos ou em torno de edifícios (no interior de um aglomerado urbano), mesmo que as árvores presentes cumpram o conceito de floresta.
Terrenos cobertos por herbáceas em locais de recreio, nomeadamente golfes, relvados, campos de futebol, ou áreas envolventes de pistas de aviação.
Exclui:
Estradas que não tenham 20 metros de largura.
Quintais ou hortas, associados a casas de habitação desde que a sua área individualizada seja superior a 0,5 ha com largura superior a 20 m.
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Ocupações florestais
Povoamentos florestais
A mesma definição de floresta, mas excluindo os terrenos correspondentes a cortes únicos, povoamentos ardidos e áreas em regeneração.
Cortes Terreno, anteriormente ocupados por um povoamento florestal, e que devido ao corte das árvores está ocupado por cepos e/ou vegetação rasteira não significativa. Incluem‐se os cortes extraordinários para remoção de árvores afetadas por agentes abióticos (ventos, neve, etc.) ou bióticos (incêndios, pragas). Pressupõe‐se a sua regeneração como povoamento em menos de 5 anos.
Ardidos Povoamento florestal que devido à passagem de um incêndio está maioritariamente ocupado por árvores queimadas. Pressupõe‐se a sua regeneração em menos de 5 anos.
Regeneração Terrenos anteriormente ocupados por povoamentos florestais e que se encontram ocupados por vegetação espontânea, nos quais se pressupõe a sua regeneração em 5 anos.
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ANEXO 3 - Espécies de árvores florestais e de matos mais comuns em Portugal continental
Espécies florestais mais comuns em Portugal continental
Resinosas
Pinheiro-bravo Pinus pinaster
Pinheiro-manso Pinus pinea
Outras resinosas
Pinheiro-de-alepo Pinus halepensis
Pinheiro-insigne Pinus radiata
Pinheiro-silvestre Pinus sylvestris
Ciprestes Cupressus spp.
Pseudotsuga Pseudotsuga menziesii
Folhosas
Acácias Acacia spp.
Alfarrobeira Ceratonia siliqua
Castanheiro Castanea sativa
Eucaliptos Eucalyptus spp.
Sobreiro Quercus suber
Azinheira Quercus rotundifolia
Outros carvalhos Quercus spp. (excepto Q. suber e Q. rotundifolia)
Carvalho-português Quercus faginea
Carvalho-negral Quercus pyrenaica
Carvalho-roble Quercus robur
Outras folhosas
Amieiro Alnus glutinosa
Bidoeiros Betula spp.
Choupos Populus spp.
Faia Fagus sylvatica
Freixo Fraxinus spp.
Medronheiro Arbutus unedo
Salgueiros Salix spp.
Ulmeiros Ulmus spp.
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Espécies de matos mais comuns em Portugal continental
Adernos Rhamnus alaternus; Phillyrea latifolia
Alecrim Rosmarinus officinalis
Aroeira ou Lentisco-verdadeiro Pistacia lentiscus
Azevinho Ilex aquifolium
Carqueja Pterospartum tridentatum
Carrasco Quercus coccifera
Carvalhiça Quercus lusitanica
Catapereiro Pyrus spp.
Codeço Adenocarpus spp.
Esteva Cistus ladanifer
Giestas Cytisus spp.; Genista spp.; Spartium spp.
Gilbardeira Ruscus aculeatus
Lentisco-bastardo Phillyrea angustifolia
Medronheiro Arbutus unedo
Rosmaninho Lavandula spp.
Sargaço Cistus salvifolius; Cistus monspeliensis
Silvas Rubus spp.
Tágueda Dittrichia viscosa
Tojos Ulex spp.
Tomilho ou arçã Thymus vulgaris
Trovisco Dapnhe gnidium
Urzes Erica spp.; Calluna spp.
Zambujeiros Olea europaea ssp. sylvestris
Zimbros Juniperus spp.
Herbáceas
Gramíneas
Fetos
Outras
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ANEXO 4 – Equipa técnica
Coordenador José Sousa Uva
Gestão do sistema de informação do IFN6
Raquel Onofre
Plataforma eletrónica de suporte à fotointerpretação
AMBISIG, S.A.
Processamento de imagens aéreas
SOCARTO, S.A.
Disponibilização dos ortofotos 2010
IFAP, I.P.
Classificação de fotopontos por fotointerpretação
GEOMETRAL, S.A.
COBA, S.A.
Classificação de fotopontos no terreno para controlo de qualidade
CME, S.A.
(Líder de consórcio)
Auditorias de controlo
Luis Corte‐Real
João Martins
João Rui Ribeiro
Jorge Cancela
Manuel Rainha
Nuno Amaral
Apoio técnico Cristina Santos
João Perpétua
João Pinho
José Manuel Araújo
Luís Reis
Acompanhamento pela Agência Portuguesa de Ambiente/Fundo Português de Carbono
Paulo Canaveira
José Paulino
Ana Pina