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Contabilidade Geral e Avançada para Receita Federal Teoria e exercícios comentados

Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00

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SUMÁRIO

1. APRESENTAÇÃO................................................................................................................................. 1

2. O CURSO, EDITAL E PROVA.......................................................................................................... 2

3. TÓPICO 1 – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE. .................................................................... 7

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA ........................................................... 8

CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO ............................. 9

SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE .............................................................................................. 10

SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE ................................................................................. 10

SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE .............................................................................. 11

SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL .......................................... 11

SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA ................................................................................... 15

SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA ...................................................................................... 16

4. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS ............................................................................................................. 17

5. QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS .................................................... 19

6. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA ................................................................................ 37

7. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA................................................ 41

1. APRESENTAÇÃO

Olá, meus amigos. Como estão?!

É com um imenso prazer que estamos aqui, no ESTRATÉGIA CONCURSOS, o mais novo e revolucionário site de preparação para concursos públicos, para

ministrar para vocês a disciplina de CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA para o concurso de AUDITOR FISCAL DA RECEITA FEDERAL DO BRASIL.

O Estratégia conta com os melhores professores do Brasil, não tenham dúvidas.

Certamente, estudando pelo material que ofereceremos aqui, em todas as disciplinas, você não precisará de mais nada para ter uma preparação sólida e

focada para este certame. Creiam-me.

O cargo de AFRFB dispensa maiores comentários, posto que a Receita Federal é

hoje umas das melhores instituições públicas para se trabalhar no Brasil, além de ser uma das mais respeitadas. A remuneração também é excelente, R$

13.600,00 iniciais. Isso mesmo, repito, R$ 13.600,00. Com um salário destes, vive-se bem em qualquer lugar do Brasil. É o que você precisa para dar

de vez aquela qualidade de vida para sua família, ou, para você que é solteiro,

AULA 00: APRESENTAÇÃO – PRINCÍPIOS DE

CONTABILIDADE

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viajar o mundo todo. Ademais, dizem pelos corredores que a categoria está se

movendo para conseguir um reajuste salarial, o que é melhor ainda para vocês.

Ainda há que se falar no trânsito que a Receita Federal possui, sendo que os Auditores podem ser lotados (literalmente) do Oiapoque ao Chuí.

Agora, permita que nos apresentemos:

Meu nome é Gabriel Rabelo, sou Auditor Fiscal da Secretaria da Fazenda do

Estado do Espírito Santo, tendo logrado aprovação em primeiro lugar (região nordeste) no concurso realizado pelo CESPE, em 2009. Sou professor

colaborador de direito empresarial e contabilidade no sítio do Estratégia. Também sou professor de contabilidade e direito comercial em cursos

preparatórios para concursos em Vitória. Autor dos livros 1.001 Questões Comentadas de Direito Empresarial – FCC e 1.001 Questões Comentadas de

Direito Administrativo – ESAF, este último em co-autoria com a professora

Elaine Marsula, ambos publicados pela Editora Método.

Meu nome é Luciano Rosa, sou formado em Administração de Empresas pela Faculdade de Economia e Administração – FEA – USP. Possuo 17 anos de

experiência em empresas privadas, na área de Controladoria, tendo ocupado os cargos de Assistente de Auditoria, Analista de Custo, Chefe da Contabilidade

Financeira e Controller. Atualmente sou Agente Fiscal de Rendas da Secretaria da Fazenda do Estado de São Paulo, aprovado no concurso de 2009.

Anteriormente, trabalhei durante 10 anos na Assembléia Legislativa de São Paulo, aprovado em 1º lugar no concurso de 1999, ocupando os cargos de

Agente Técnico Legislativo Especializado – área de finanças, e, em comissão, durante 7 anos, o cargo de Diretor Técnico Legislativo do Serviço Técnico de

Programação Financeira. Sou professor de contabilidade para concursos. Autor de diversos cursos na área de contabilidade.

Estamos lançando agora, juntos, pela Editora Método, o livro CONTABILIDADE AVANÇADA FACILITADA PARA CONCURSOS – Teoria e

questões e mais de 200 questões comentadas. Este livro é baseado nos Pronunciamentos Contábeis emanados do Comitê de Pronunciamentos

Contábeis e estará nas livrarias no mês de novembro de 2011.

2. O CURSO, EDITAL E PROVA

Ainda não há autorização para realização do certame, mas, estudar para este concurso exige certa antecedência. Quem sair à frente certamente terá uma

base mais sólida e forte para concorrer a uma vaga do próximo concurso.

Os boatos (em fóruns de internet e corredores) falam em prova no primeiro semestre de 2012. Então, o que temos de fazer agora é ter foco, apertar os

cintos e estudar muito!

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Nosso curso se baseará no último edital, o de 2009. A contabilidade veio prevista, nele, do seguinte modo:

Vejam que contabilidade representa 20 questões de peso 2, num total de 40 pontos em 350. Mais de 10% do total de pontos. Portanto, não precisamos nem

frisar a importância que é atribuída à disciplina.

Outro fator importante é que há um mínimo, de forma que vocês terão de acertar ao menos 8 questões das 20 que lhe forem apresentadas. Mas, vocês

verão, ao término do curso, se sentirão seguros a ponto de esquecer o mínimo

e ver apenas o que precisam acertar para fechar a prova. Esse é o nosso compromisso com vocês!

O edital do último certame possuía a seguinte ementa:

CONTABILIDADE GERAL E AVANÇADA: 1. Princípios fundamentais de contabilidade aprovados pelo Conselho Federal. 2. Patrimônio: componentes

patrimoniais, ativo, passivo e situação líquida. Equação fundamental do patrimônio. 3. Fatos contábeis e respectivas variações patrimoniais. 4. Conta:

conceito, débito, crédito e saldo. Teorias, função e estrutura das contas. Contas patrimoniais e de resultado. Apuração de resultados. 5. Sistema de contas,

plano de contas. Escrituração: conceito e métodos; partidas dobradas; lançamento contábil – rotina, fórmulas; processos de escrituração. Escrituração

de operações financeiras. 6. Provisões: férias, 13° salário, devedores duvidosos, contingências passivas. 7. Balancete de verificação: conceito, forma,

apresentação, finalidade, elaboração. 8. Balanço patrimonial: obrigatoriedade e

apresentação; conteúdo dos grupos e subgrupos. Elaboração. 9. Classificação das contas; critérios de avaliação do Ativo e do Passivo; Levantamento do

balanço de acordo com a lei 6.404/76 e suas alterações. 10. Demonstração do

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Resultado do Exercício: estrutura, características e elaboração de acordo com a lei das sociedades por ações. 11. Apuração da receita líquida, do custo das

mercadorias ou dos serviços vendidos e dos lucros: bruto, operacional e não-operacional do exercício; do resultado do exercício antes e depois da provisão

para o Imposto sobre Renda e para contribuição social sobre o lucro. 12. Transferência do lucro líquido para reservas. 13. Origens e aplicação de

recursos. Conceito e elaboração da demonstração. 14. Demonstração do fluxo de caixa: métodos e forma de apresentação. Elaboração. 15. Depreciação,

amortização e exaustão. Reparo e conservação de bens do ativo imobilizado. Despesas versus imobilizado. 16. Reavaliação de bens: conceito, forma,

contabilização, realização da reserva. 17. Demonstração de mutações do patrimônio líquido: elaboração de acordo com a lei das sociedades por ações.

18. Patrimônio líquido: capital, reservas de capital; reservas de lucros: legal, estatutárias, para contingências, retenção de lucros e lucros a realizar; reversão

de reservas, ações em tesouraria, distribuição de lucros e dividendos, cálculo, contabilização e pagamento dos dividendos; compensação de prejuízos. 19.

Ganhos ou perdas de capital: conceito, alienação de bens do ativo imobilizado,

alienação de investimentos, avaliados pelo custo ou por equivalência patrimonial; cálculo e contabilização. 20. Demonstração do Valor Adicionado –

DVA: conceito, forma de apresentação e elaboração. 21. Duplicatas descontadas, aplicações financeiras, variações monetárias, receitas e despesas

financeiras, despesas antecipadas, receitas antecipadas, empréstimos e financiamentos: apropriação, principal, juros transcorridos e a transcorrer,

passivo atuarial, depósitos judiciais, folha de pagamentos: elaboração e contabilização; operações com mercadorias, arrendamento mercantil. 22.

Participação societária: ações, dividendos, debêntures, partes beneficiárias. Métodos de avaliação: pelo custo; por equivalência patrimonial; relevância do

investimento; coligação acionária, controle acionário; cálculo da avaliação, ágio e deságio, recebimento de lucros ou dividendos de investimentos,

contabilização. 23. Análise das Demonstrações. Análise horizontal e indicadores

de evolução. Índices e quocientes financeiros de estrutura e econômicos.

Nossas aulas, por seu turno, serão assim divididas:

Aula Data Conteúdo

Aula 0 - 1. Princípios fundamentais de contabilidade aprovados pelo

Conselho Federal.

Aula 1 24/10/2011

2. Patrimônio: componentes patrimoniais, ativo, passivo e situação líquida. Equação fundamental do patrimônio. 3. Fatos contábeis e

respectivas variações patrimoniais. 4. Conta: conceito, débito, crédito e saldo. Teorias, função e estrutura das contas. Contas

patrimoniais e de resultado. Apuração de resultados.

Aula 2 03/11/2011

5. Sistema de contas, plano de contas. Escrituração: conceito e métodos; partidas dobradas; lançamento contábil – rotina,

fórmulas; processos de escrituração. Escrituração de operações financeiras. 6. Provisões: férias, 13° salário, devedores duvidosos,

contingências passivas. 7. Balancete de verificação: conceito,

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forma, apresentação, finalidade, elaboração.

Aula 3 17/11/2011 8. Balanço patrimonial: obrigatoriedade e apresentação; conteúdo dos grupos e subgrupos. Elaboração.

Aula 4 29/11/2011

9. Classificação das contas; critérios de avaliação do Ativo e do

Passivo; Levantamento do balanço de acordo com a lei 6.404/76 e suas alterações.

Aula 5 08/12/2011 15. Depreciação, amortização e exaustão. Reparo e conservação de

bens do ativo imobilizado. Despesas versus imobilizado.

Aula 6 20/12/2011

21. Duplicatas descontadas, aplicações financeiras, variações

monetárias, receitas e despesas financeiras, despesas antecipadas, receitas antecipadas, empréstimos e financiamentos: apropriação,

principal, juros transcorridos e a transcorrer, passivo atuarial, depósitos judiciais, folha de pagamentos: elaboração e

contabilização; operações com mercadorias, arrendamento mercantil.

Aula 7 06/01/2012

22. Participação societária: ações, dividendos, debêntures, partes

beneficiárias. Métodos de avaliação: pelo custo; por equivalência patrimonial; relevância do investimento; coligação acionária,

controle acionário; cálculo da avaliação, ágio e deságio, recebimento de lucros ou dividendos de investimentos,

contabilização.

Aula 8 16/01/2012

10. Demonstração do Resultado do Exercício: estrutura, características e elaboração de acordo com a lei das sociedades

por ações. 11. Apuração da receita líquida, do custo das mercadorias ou dos serviços vendidos e dos lucros: bruto,

operacional e não-operacional do exercício; do resultado do exercício antes e depois da provisão para o Imposto sobre Renda e

para contribuição social sobre o lucro. 12. Transferência do lucro líquido para reservas.

Aula 9 26/01/2012 20. Demonstração do Valor Adicionado – DVA: conceito, forma de apresentação e elaboração. 14. Demonstração do fluxo de caixa:

métodos e forma de apresentação. Elaboração.

Aula 10 06/02/2012

17. Demonstração de mutações do patrimônio líquido: elaboração de acordo com a lei das sociedades por ações. 18. Patrimônio

líquido: capital, reservas de capital; reservas de lucros: legal, estatutárias, para contingências, retenção de lucros e lucros a

realizar; reversão de reservas, ações em tesouraria, distribuição de lucros e dividendos, cálculo, contabilização e pagamento dos

dividendos; compensação de prejuízos. 19. Ganhos ou perdas de capital: conceito, alienação de bens do ativo imobilizado, alienação

de investimentos, avaliados pelo custo ou por equivalência

patrimonial; cálculo e contabilização.

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Aula 11 15/02/2012

23. Análise das Demonstrações. Análise horizontal e indicadores de evolução. Índices e quocientes financeiros de estrutura e

econômicos.

Aula 12 - 13. Origens e aplicação de recursos. Conceito e elaboração da demonstração. 16. Reavaliação de bens: conceito, forma,

contabilização, realização da reserva. (***)

(***) Prezados alunos, estes dois temas, por representarem assuntos ultrapassados na contabilidade (em relação às normas vigentes) terão

a viabilidade de apresentação estudada pelos mestres. Explicamos. A DOAR, por exemplo, deixou de ser obrigatória com as modificações

contábeis e foi quase que totalmente extinta das provas recentes de contabilidade. Alguns poucos editais ainda a mantém, como esse edital

da RFB de 2009, que muito provavelmente será modificado. Assim, adiantamos, desde logo, que esta aula 12 estará sob efeito suspensivo.

Vamos fazer uma avaliação, ao longo do curso, se valerá ou não a pena ministrá-la, comprometendo-nos a apresentar posteriormente caso

esteja presente no edital (gratuitamente, é óbvio).

Além da teoria, daremos centenas de questões comentadas para vocês se

divertirem, com foco, é claro, na nossa banca examinadora, a ESCOLA DE ADMINISTRAÇÃO FAZENDÁRIA – ESAF. Vez ou outra, contudo, colocaremos

alguma questão de outra banca (FGV, CESPE, FCC, CESGRANRIO) que acharmos interessante.

Nossos e-mails, para dúvidas, são:

[email protected]

[email protected]

Quaisquer dúvidas, por favor, enviem aos dois e-mails, para que ambos possamos ter ciência do que está se passando no curso.

Tá ok?! É isso! Vamos começar a nossa batalha?!

Forte abraço!

Gabriel Rabelo/Luciano Rosa.

"PESSOAS COM METAS TRIUNFAM PORQUE SABEM PARA ONDE VÃO. É

TÃO SIMPLES COMO ISSO." - EARL NIGHTINGALE

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3. TÓPICO 1 – PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE.

Inicialmente, temos de nos perguntar o que é a contabilidade. O que vem a

ser? Existe uma definição formal para tanto, retirada do 1º Congresso Brasileiro de Contabilidade, em 1924, qual seja:

Contabilidade é a ciência que estuda e pratica as funções de orientação,

de controle e de registro dos atos e fatos de uma administração econômica.

Atente-se: a contabilidade é uma ciência!

Cuidado com questões que a definem como técnica, metodologia, e até

mesmo arte! E isso já caiu em prova? É claro:

1. (ESAF/Técnico do Tesouro Nacional/Adaptada/1992) O Primeiro Congresso Brasileiro de Contabilidade, realizado na cidade do Rio de Janeiro, de 17 a 27 de

agosto de 1924, formulou um conceito oficial de CONTABILIDADE. Assim, podemos afirmar que contabilidade é a metodologia especial concebida para

captar, registrar, reunir e interpretar os fenômenos que afetam as situações

patrimoniais, financeiras e econômicas de qualquer ente.

Certo ou errado?! Errado. A contabilidade é uma ciência e não metodologia.

A mesma ESAF abordou o tema da seguinte forma no concurso para Auditor Fiscal da Prefeitura do Rio de Janeiro, em 2010: A Contabilidade pode ser

conceituada como sendo “a ciência que estuda, registra, controla e interpreta os fatos ocorridos no patrimônio das entidades com fins lucrativos ou não”.

Este item, por seu turno, está correto.

Pois bem, enquanto ciência a contabilidade possui um objeto. Este objeto é o patrimônio das entidades.

As ciências contábeis ajudam a controlar e conhecer os elementos que o

integram. Exemplifiquemos: Através da contabilidade, podemos saber quantas mercadorias a empresa X possui em seu estoque, quantos carros possui à

disposição para realizar o frete destas mercadorias, qual o gasto mensal que esta empresa tem com salários, etc.

Como ciência, também, a contabilidade pauta-se em princípios. Princípio pode

ser definido como a causa primária, o momento, o local ou trecho em que algo, uma ação ou um conhecimento, tem origem. E na Contabilidade não é

diferente.

Os princípios fundamentais que norteiam a contabilidade (conhecidos como

princípios de contabilidade) estão previstos na Resolução do Conselho Federal

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de Contabilidade m. 750/93. Essa Resolução já passou por algumas mudanças,

contudo, as mais importantes foram sem dúvidas as promovidas recentemente pela Resolução do CFC n. 1.282/10, cujo teor será o objeto de estudo deste

artigo.

De antemão, as principais alterações promovidas pela Resolução de 2010 foram:

PRINCIPAIS ASPECTOS DA RESOLUÇÃO 1.282/2010 DO CFC

1 – Mudança de nomenclatura: os princípios não são mais denominados princípios fundamentais de contabilidade, mas tão-somente princípios

de contabilidade.

2 – Possuíamos 7 princípios, agora são somente 6, a saber: entidade, continuidade, oportunidade, registro pelo valor original, competência e

prudência.

3 – O princípio da atualização monetária foi incorporado ao do registro

pelo valor original.

Agora, vamos fazer um pequeno passeio na legislação antes de iniciarmos as

questões.

RESOLUÇÃO N. 750/93 DO CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE (ATUALIZADA)

CAPÍTULO I - DOS PRINCÍPIOS E DE SUA OBSERVÂNCIA

Art. 1º Constituem PRINCÍPIOS DE CONTABILIDADE (PC) os enunciados por

esta Resolução.

§ 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício

da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

Observação: Eis aqui um primeiro aspecto importante da norma. Houve mudança de nomenclatura. Antes os princípios eram chamados de Princípios

Fundamentais da Contabilidade. Com a mudança, passam a ser tratados como Princípios de Contabilidade. Esse já é um primeiro aspecto que pode

ser cobrado em prova, por que não?

§ 2º Na aplicação dos Princípios de Contabilidade há situações concretas e a

essência das transações deve prevalecer sobre seus aspectos formais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

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Observação: Como exemplo deste parágrafo temos a seguinte situação: em regra, os bens registrados contabilmente na empresa são os de propriedade da

empresa. Contudo, na situação de arrendamento mercantil (leasing) financeiro, embora o imobilizado não seja de propriedade formal da empresa, por ser

muito provável que a empresa adquirirá o bem ao final do contrato, o registro é

feito no arrendatário, considerando a essência sobre a forma.

CAPÍTULO II - DA CONCEITUAÇÃO, DA AMPLITUDE E DA ENUMERAÇÃO

Art. 2º Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento

predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo OBJETO

É O PATRIMÔNIO DAS ENTIDADES. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Observação: A mudança aqui se deu tão-somente na parte “Princípios de Contabilidade”. No restante, manteve a redação antiga, que prevê o

patrimônio como objeto de estudo da Contabilidade.

A ESAF perguntou, categoricamente, no concurso para o IRB o seguinte:

(ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única opção correta. a) Ativo

b) Capital Social c) Passivo

d) Patrimônio e) Patrimônio Líquido

Comentários

Conforme regramento do artigo 2º do CFC 1.282, o objeto da contabilidade é o PATRIMÔNIO DAS ENTIDADES.

Gabarito D.

Art. 3º São Princípios de Contabilidade: (Redação dada pela Resolução CFC nº.

1.282/10)

1) da ENTIDADE; 2) o da CONTINUIDADE;

3) o da OPORTUNIDADE

4) o do REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL; 5) da ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA; (Revogado pela Resolução CFC nº.

1.282/10)

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6) o da COMPETÊNCIA

7) o da PRUDÊNCIA.

Observação: Antes das alterações possuíamos 7 princípios de Contabilidade. Agora, restaram-nos somente 6. O princípio da atualização monetária foi

incorporado ao princípio do registro pelo valor original.

SEÇÃO I - O PRINCÍPIO DA ENTIDADE

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da

diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de

pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se

confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição.

Parágrafo único – O PATRIMÔNIO pertence à ENTIDADE, mas a recíproca não

é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova ENTIDADE, mas numa unidade de natureza econômico-

contábil.

Observação: Não houve alteração no que tange ao princípio da entidade, permanecendo com a mesma redação anterior. O cerne deste princípio está em SEPARAR O PATRIMÔNIO DOS SÓCIOS DO PATRIMÔNIO DA PESSOA

JURÍDICA. É a pessoa jurídica que é objeto de direito, e não os seus sócios.

Assim, é a sociedade que realiza a compra de mercadorias, pertencendo a ela (e não aos sócios) o produto que fora comprado. As receitas são reconhecidas

pela entidade também e não como patrimônio pessoal dos sócios e assim por

diante.

SEÇÃO II - O PRINCÍPIO DA CONTINUIDADE

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em

operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada

pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Observação: O princípio da continuidade teve sua redação alterada. Contudo, sua essência é a mesma: a empresa deve ser avaliada e escriturada na

suposição de que a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo. As mudanças apenas facilitaram o entendimento anterior. Decorem!

Há grande probabilidade de cobranças em concursos.

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SEÇÃO III - O PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e

apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,

por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Observação: Este princípio também ganhou nova roupagem, mais enxuta. A informação contábil necessita ser TEMPESTIVA E ÍNTEGRA (essas são as

duas palavras chaves). A tempestividade ajuda de modo consistente na produção de informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais

tempestiva (rápida) uma informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida produção de uma informação contábil pode estar desprovida de

elementos que provem sua integridade e confiabilidade, e vice-versa. Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento em seguida à

realização da venda (logo após fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa

informação foi tempestiva (até demais), porém, não foi íntegra, pois não se

pautou em documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a fidedignidade da informação contábil. Por isso, deve-se fazer a

PONDERAÇÃO entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

SEÇÃO IV - O PRINCÍPIO DO REGISTRO PELO VALOR ORIGINAL

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE registrados pelos

valores originais das transações, expressos em moeda nacional.

Observação: Os fatos contábeis serão registrados pelo seu valor original! Exemplo: Se compramos um carro por R$ 30.000, esse é o valor que deverá

constar na contabilidade, o chamado CUSTO HISTÓRICO.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos

e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – CUSTO HISTÓRICO. Os ativos são registrados pelos valores pagos ou a serem pagos em caixa ou equivalentes de caixa ou pelo valor justo dos recursos

que são entregues para adquiri-los na data da aquisição. Os passivos são registrados pelos valores dos recursos que foram recebidos em troca da

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obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou

equivalentes de caixa, os quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações; e

Observação: Exemplifiquemos. Compramos um veículo por R$ 30.000,00. Este é o custo histórico, pois é o valor pago (em caixa) para aquisição deste ativo.

Se, ao revés, adquirimos mercadorias, por R$ 50.000,00, este é o nosso custo histórico, pois é o quanto será necessário para liquidar este passivo no curso

normal das operações (o quanto sairá do caixa). Todavia, estes valores podem sofrer variações. São as chamadas variações do custo histórico a que o CFC 750

alude no item II a seguir. São variações do custo histórico: custo corrente, valor realizável, valor presente, valor justo e atualização monetária.

ATENÇÃO: Cada tipo de ativo/passivo estará sujeito a uma ou mais espécies

de variações, mas não necessariamente todas. Isso será estudado com maior tenacidade ao longo do curso. Mas é essencial que fique claro desde já. Por

exemplo, o veículo adquirido acima está sujeito ao teste de recuperabilidade

(previsto no artigo 183, §3º da Lei 6.404/76 e regulamentando no CPC 01). Se o veículo tiver um valor recuperável de somente R$ 25.000,00, faremos um

ajuste em seu custo histórico, para adequá-lo ao valor recuperável. Não trabalhamos, neste caso, com o conceito de valor presente, valor justo,

atualização monetária e custo corrente. A este caso aplicou-se tão-somente o

ajuste a valor recuperável. É essencial que isso fique claro.

II – VARIAÇÃO DO CUSTO HISTÓRICO. Uma vez integrado ao patrimônio, os componentes patrimoniais, ativos e passivos, podem sofrer variações

decorrentes dos seguintes fatores:

a) CUSTO CORRENTE. Os ativos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais teriam de ser pagos se esses ativos ou ativos

equivalentes fossem adquiridos na data ou no período das demonstrações

contábeis. Os passivos são reconhecidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, não descontados, que seriam necessários para liquidar a obrigação na

data ou no período das demonstrações contábeis;

Observação: O exemplo clássico que temos na Lei 6.404/76 sobre o custo corrente é o preço de reposição das matérias-primas.

Dispõe a Lei 6.404/76 que: Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os seguintes critérios:

II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comércio da

companhia, assim como matérias-primas, produtos em fabricação e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisição ou produção, deduzido de provisão para

ajustá-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

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§ 1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redação dada pela Lei nº 11.941, de 2009)

a) das matérias-primas e dos bens em almoxarifado, o preço pelo qual possam

ser repostos, mediante compra no mercado;

Ressaltamos, porém, que o pronunciamento CPC 16 – estoques – estabelece o seguinte: “32. Os materiais e os outros bens de consumo mantidos para uso na

produção de estoques ou na prestação de serviços não serão reduzidos abaixo do custo se for previsível que os produtos acabados em que eles devem ser

incorporados ou os serviços em que serão utilizados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. Porém, quando a diminuição no preço dos produtos

acabados ou no preço dos serviços prestados indicar que o custo de elaboração desses produtos ou serviços excederá seu valor realizável líquido, os materiais e

os outros bens de consumo devem ser reduzidos ao valor realizável líquido. Em tais circunstâncias, o custo de reposição dos materiais pode ser a melhor

medida disponível do seu valor realizável líquido.”

Este preço de reposição é o nosso chamado CUSTO CORRENTE da mercadoria.

B) VALOR REALIZÁVEL. Os ativos são mantidos pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os quais poderiam ser obtidos pela venda em uma forma

ordenada. Os passivos são mantidos pelos valores em caixa e equivalentes de caixa, não descontados, que se espera seriam pagos para liquidar as

correspondentes obrigações no curso normal das operações da Entidade;

Observação: Suponha que a empresa Alfa tenha mercadorias registradas por R$ 100,00. O CPC 16, que trata sobre estoques prescreve:

9. Os estoques objeto deste Pronunciamento devem ser mensurados pelo valor de custo ou pelo valor realizável líquido, dos dois o menor.

O próprio CPC traz uma noção do que diz ser valor realizável:

Valor realizável líquido é o preço de venda estimado no curso normal dos negócios deduzido dos custos estimados para sua conclusão e dos gastos

estimados necessários para se concretizar a venda.

Se, por exemplo, este estoque só puder ser vendido por R$ 90,00, com despesas de vendas de R$ 5,00, nosso valor realizável líquido será, portanto,

de R$ 85,00.

C) VALOR PRESENTE. Os ativos são mantidos pelo valor presente, descontado

do fluxo futuro de entrada líquida de caixa que se espera seja gerado pelo item no curso normal das operações da Entidade. Os passivos são mantidos pelo

valor presente, descontado do fluxo futuro de saída líquida de caixa que se

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espera seja necessário para liquidar o passivo no curso normal das operações

da Entidade;

Observação: Em lição comezinha, valor presente é quanto vale HOJE um ativo ou passivo pertencente à empresa. O ajuste a valor presente está previsto na Lei 6.404/76 para ativos e passivos de longo prazo e para os de curto prazo

(estes apenas quando houver efeito relevante) – artigo 183, VIII e artigo 184, III. Se tenho um ativo de longo prazo, uma duplicata a receber, por exemplo,

no valor de R$ 200.000,00, com juros sobre este valor de R$ 50.000,00. Qual o seu valor presente? É no valor de R$ 150.000,00. Este assunto será estudado

com detalhes quando da aula sobre BALANÇO PATRIMONIAL – CRITÉRIOS

DE AVALIAÇÃO DO ATIVO.

D) VALOR JUSTO. É o valor pelo qual um ativo pode ser trocado, ou um passivo liquidado, entre partes conhecedoras, dispostas a isso, em uma

transação sem favorecimentos; e

Observação: Valor justo de um ativo é o valor pelo qual um ativo pode ser negociado entre partes interessadas, conhecedoras do negócio e independentes

entre si, com ausência de fatores que pressionem para a liquidação da transação ou que caracterizem uma transação compulsória. A norma diz a

palavra “trocado”. Lembre-se, contudo, que essa troca do ativo pode ser realizada entre ATIVO x DINHEIRO, o que configuraria uma venda. Geralmente

esse valor justo vai corresponder ao valor de mercado. Uma pessoa quer comprar algo, procura alguém que tenha esse algo e tenha também interesse

na venda, fecham um negócio naturalmente, sem influências um sobre o outro. Esse é o valor justo.

Segundo a Lei 6.404/76:

Art. 183. No balanço, os elementos do ativo serão avaliados segundo os

seguintes critérios:

I - as aplicações em instrumentos financeiros, inclusive derivativos, e em

direitos e títulos de créditos, classificados no ativo circulante ou no realizável a longo prazo:

a) pelo seu VALOR JUSTO, quando se tratar de aplicações destinadas à

negociação ou disponíveis para venda;

e) ATUALIZAÇÃO MONETÁRIA. Os efeitos da alteração do poder aquisitivo

da moeda nacional devem ser reconhecidos nos registros contábeis mediante o ajustamento da expressão formal dos valores dos componentes patrimoniais.

§ 2º São resultantes da adoção da atualização monetária:

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I – a moeda, embora aceita universalmente como medida de valor, não

representa unidade constante em termos do poder aquisitivo;

II – para que a avaliação do patrimônio possa manter os valores das transações originais, é necessário atualizar sua expressão formal em moeda nacional, a fim

de que permaneçam substantivamente corretos os valores dos componentes patrimoniais e, por conseqüência, o do Patrimônio Líquido; e

III – a atualização monetária não representa nova avaliação, mas tão somente

o ajustamento dos valores originais para determinada data, mediante a aplicação de indexadores ou outros elementos aptos a traduzir a variação do

poder aquisitivo da moeda nacional em um dado período. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Observação: O princípio da atualização monetária continua com o mesmo teor do que prescrevia a Resolução antes do CFC 1.282/10. O que houve foi a

mudança de posicionamento, tornando-se “espécie” do genérico princípio do

Registro pelo Valor Original.

SEÇÃO VI - O PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

Observação: Exemplificando, se a remuneração de pessoal de uma empresa referente ao mês de dezembro de 2010 atrasar. O pagamento só vai ocorrer em

janeiro de 2011. Quando será feito o registro na Contabilidade? Ora, o pagamento se referirá a que mês? Em que mês houve o fato gerador dessa

despesa? Bem, em dezembro. Logo, dar-se-á o registro contábil ainda no mês de dezembro, independentemente do pagamento. O mesmo vale para as

receitas.

Parágrafo único. O Princípio da Competência pressupõe a simultaneidade

da confrontação de receitas e de despesas correlatas. (Redação dada pela

Resolução CFC nº. 1.282/10).

Observação: Assim, quando realizo a venda de uma mercadoria e procedo à sua entrega, devo reconhecer simultaneamente a receita de vendas e todas as

despesas que correspondam a essa venda.

A ESAF já cobrou este tema em prova, no concurso para Gestor Fazendário, de Minas Gerais, em 2005, com a seguinte redação:

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(ESAF/Gestor Fazendário/MG/20050) A Padaria Pilão Ltda. - ME utiliza um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado: as receitas

correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as despesas correspondem às saídas de caixa, como salários pagos, pagamento de contas

de água, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, a vista ou a prazos curtíssimos. A implantação de um sistema tão simples de controle em

uma indústria de médio porte não poderia ser aceita por não atender ao

Princípio Contábil:

O gabarito, por óbvio, foi princípio da competência. A empresa deve se utilizar, em sua contabilidade, do regime de competência. Este é um pressuposto básico

da contabilidade (previsto no CPC 00 – Estrutura conceitual básica da contabilidade).

SEÇÃO VII - O PRINCÍPIO DA PRUDÊNCIA

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se

apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Observação: O entendimento é o seguinte: quando se apresentem alternativas válidas para quantificação das mutações patrimoniais que alterem o PL,

escolhe-se o menor valor para o Ativo, e maior valor para o Passivo. Assim, se é possível que a conta clientes fique avaliada pelo total de vendas, no

montante de R$ 100.000,00, mas, se é possível também estimar que 5% desses valores não serão recebíveis, deveremos fazer a provisão adequada, em

homenagem ao princípio da prudência.

Parágrafo único. O Princípio da Prudência pressupõe o emprego de certo grau

de precaução no exercício dos julgamentos necessários às estimativas em

certas condições de incerteza, no sentido de que ativos e receitas não sejam superestimados e que passivos e despesas não sejam subestimados, atribuindo

maior confiabilidade ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Observação: Neste parágrafo único o princípio da Prudência adverte sobre o cuidado a ser tomado quando da utilização de valorações de ativos e passivos

que envolvam condições de incerteza, isto é, de subjetividade. Assim, ao mesmo tempo em que o contabilista reconhece as variações patrimoniais

decorrentes, por exemplo, da ação do tempo, intempéries (como a depreciação), em virtude do princípio do registro pelo valor original deve ter o

zelo necessário para retratar sempre a realidade existente na empresa.

Art. 11. A inobservância dos Princípios de Contabilidade constitui infração nas

alíneas “c”, “d” e “e” do art. 27 do Decreto-Lei n.º 9.295, de 27 de maio de

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1946 e, quando aplicável, ao Código de Ética Profissional do Contabilista.

(Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

Art. 12. Revogada a Resolução CFC n.º 530/81, esta Resolução entra em vigor a partir de 1º de janeiro de 1994.

4. PRINCÍPIOS CONTÁBEIS X CARACTERÍSTICAS QUALITATIVAS DAS

DEMONSTRAÇÕES CONTÁBEIS

Prezados alunos, ao estudarmos hoje os princípios contábeis, temos de tomar cuidado para não confundi-los com as características qualitativas das

demonstrações contábeis. E que são essas características qualitativas, professor? Vejamos.

As características qualitativas são os atributos que tornam as demonstrações

contábeis úteis para os usuários. Estão previstas no CPC 00, que versa sobre a

Estrutura conceitual básica da contabilidade.

As quatro principais características qualitativas são: compreensibilidade, confiabilidade, relevância e comparabilidade. Para decorar estas

características, criamos um pequeno macete. Basta lembrar como um galo canta, como é o som (onomatopéia): CO – CO – RE – CO.

MACETE:

CO mpreensibilidade

CO nfiabilidade RE levância

CO mparabilidade

Na prática, é freqüentemente necessário um balanceamento entre as

características qualitativas. Geralmente, o objetivo é atingir um equilíbrio apropriado entre as características, a fim de satisfazer aos objetivos das

demonstrações contábeis, que é fornecer informações aos usuários das demonstrações contábeis. A importância relativa das características em

diferentes casos é uma questão de julgamento profissional. Vejamos os conceitos de cada uma delas...

COMPREENSIBILIDADE

Uma qualidade essencial das informações apresentadas nas demonstrações

contábeis é que elas sejam prontamente entendidas pelos usuários.

RELEVÂNCIA

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Para serem úteis, as informações devem ser relevantes às necessidades

dos usuários na tomada de decisões. As informações são relevantes quando podem influenciar as decisões econômicas dos usuários, ajudando-os a avaliar o

impacto de eventos passados, presentes ou futuros ou confirmando ou corrigindo as suas avaliações anteriores.

CONFIABILIDADE

Para ser útil, a informação deve ser confiável, ou seja, deve estar livre de erros

ou vieses relevantes e representar adequadamente aquilo que se propõe a representar.

COMPARABILIDADE

Os usuários devem poder comparar as demonstrações contábeis de uma

entidade ao longo do tempo, a fim de identificar tendências na sua posição

patrimonial e financeira e no seu desempenho. Os usuários devem também ser capazes de comparar as demonstrações contábeis de diferentes entidades a fim

de avaliar, em termos relativos, a sua posição patrimonial e financeira, o desempenho e as mutações na posição financeira.

Meus amigos, na aula de hoje era isso o que tínhamos a expor. Para acertarem as questões de prova sobre esta resolução é: leiam, leiam e leiam o máximo

que puderem este CFC (pelo menos umas 10 vezes). Após, tentem compreender de maneira prática, com exemplos contábeis. Por fim, resolvam a

maior quantidade de questões sobre o assunto que aparecerem. Fazendo isso, indubitavelmente, o êxito é certo!

Vamos agora às questões sobre o assunto!

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5. QUESTÕES COMENTADAS – PRINCÍPIOS CONTÁBEIS

1. (ESAF/AFRFB/2009/Adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade, considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência Contábil reclamava a

atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles.Sobre o assunto,

abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa falsa.

a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade (NBC) b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e

teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem,

pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é

o patrimônio das entidades. c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade

e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade,

mas numa unidade de natureza econômico-contábil. e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da

oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da prudência.

Comentários

QUESTÃO ADAPTADA PARA OS NOVOS DISPOSITIVOS EMANADOS PELO

CFC 1.282/2010. Vamos lá! Comentando...

a) A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é

obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

Ora, pergunto a vocês: Se sou um contabilista legalmente habilitado terei, no

exercício da profissão, de observar as normas que a regem? É claro! Imaginem se todo contabilista pudesse trabalhar a seu bel-prazer, da forma que lhe

conviesse. Pois bem, com este fito, o §1º, do artigo 1º da Res. CFC 750 trouxe:

Art. 1º, § 1º A observância dos Princípios Fundamentais de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e constitui condição de legitimidade das

Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC).

Vejam que se tratou de literalidade, preto no branco! Item perfeito.

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b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o

entendimento predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem, pois, à Contabilidade no seu sentido mais

amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

A letra b também seguiu a literalidade da Resolução que trata sobre os princípios fundamentais de contabilidade, senão vejamos:

Assim, desta assertiva abstraiam o entendimento de que os princípios

fundamentais são, como era de esperar, a essência da Contabilidade, concebendo o patrimônio como objeto da contabilidade. Repita-se: o

patrimônio é o objeto da contabilidade. O item está correto.

c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes.

Segundo a resolução 750 atualizada:

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a NECESSIDADE da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com

ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade

ou instituição.

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade! Esta parte está escorreita.

Afirma, também, a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de

um Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma

sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com ou sem fins lucrativos.

Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com

aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade ou instituição. Há, pois, a NECESSIDADE (e não desnecessidade) de

diferenciação.

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Portanto, falar em princípio da entidade é distinguir o patrimônio dos sócios do

patrimônio da pessoa jurídica. OK? Item incorreto, portanto, gabarito da questão.

d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira.

A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

Esse item está correto e também reproduz a literalidade da norma (art. 4º,

parágrafo único). Exemplifiquemos!

Uma pessoa jurídica possui um estabelecimento empresarial. Suponhamos que essa empresa possua um carro. Ora, este carro pertence à empresa, mas a

empresa não pertence a este carro, de modo que pode o veículo sofrer operações como compra/venda, permuta, etc, sem que se altere a natureza da

entidade. Assim, concluímos que o patrimônio pertence à entidade, mas a

recíproca não é verdadeira.

A segunda parte também está correta. A soma ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de

natureza econômico-contábil. No caso de consolidação de balanços entre empresas controladas ou coligadas com influência significativa, não teremos

uma nova entidade, mas somente uma unidade de natureza econômico-contábil, que será evidenciada, por exemplo, pelas demonstrações

consolidadas.

e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o

da prudência.

O item também está correto. São estes os princípios que a Resolução do CFC

traz como fundamentais. Com a edição do CFC 1.282/10, o princípio da atualização monetária foi incorporado ao princípio do registro pelo

valor original.

1. Gabarito C.

2. (ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única opção correta.

a) Ativo b) Capital Social

c) Passivo d) Patrimônio

e) Patrimônio Líquido

Comentários

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Conforme regramento do artigo 2º do CFC 1.282, o objeto da contabilidade é o

PATRIMÔNIO DAS ENTIDADES.

2. Gabarito D.

3. (ESAF/APOF/SP/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa falsa.

a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.

b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário.

c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base

de valor para a Contabilidade.

d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem

condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade. e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente

válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.

Comentários

Item a item, comentemos...

a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas

destas não se confundem, para efeito contábil, com aquelas.

O que é a questão quer dizer, em outras palavras é: o patrimônio dos sócios é

distinto do da entidade. Correto ou errado? Correto.

b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências

em contrário.

Esta alternativa é de 2009 e versa sobre a Deliberação CVM n. 29/1986. Ocorre que referida norma fora revogada com o surgimento do CPC 00 e edição pela

CVM da Resolução 539/2008 (Estrutura conceitual básica da contabilidade). Inobstante, mesmo sendo posterior à revogação da CVM n. 29, a banca cobrou

o assunto, tal como estivesse em vigor.

Segundo a revogada deliberação, item 2 – Postulado da continuidade das entidades: "Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá

viver (operar) por um longo período de tempo (indeterminado) até que surjam

fortes evidências em contrário...".

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Assim, A Contabilidade, entre a vida e a morte, escolhe sempre a primeira. De

fato, esta é uma constatação do histórico dos negócios; não existe, a priori, nenhum motivo para julgar que um organismo vivo venha a ter morte súbita ou

dentro de curto prazo. Ainda mais, as entidades são organismos que renovam suas células vitais através do processo de reinvestimento.

O Postulado da Continuidade tem outro sentido mais profundo que é o de

encarar a entidade como algo capaz de produzir riqueza e gerar valor continuadamente sem interrupções.

Portanto, a ESAF cobrou a questão desta forma, a despeito de estar a norma

inteiramente revogada. Item correto.

c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade

representa a base de valor para a Contabilidade.

Esta assertiva também versou sobre item revogado da antiga deliberação sobre

Estrutura Conceitual Básica. Trata-se do princípio do registro pelo valor original. Todavia, mesmo se não conhecêssemos tal enunciado, conseguiríamos acertar.

Senão vejamos. Conforme dito à aula:

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE REGISTRADOS PELOS VALORES ORIGINAIS DAS TRANSAÇÕES, expressos em moeda

nacional.

§ 1º AS SEGUINTES BASES DE MENSURAÇÃO DEVEM SER UTILIZADAS em graus distintos e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – CUSTO HISTÓRICO. OS ATIVOS SÃO REGISTRADOS PELOS VALORES

PAGOS OU A SEREM PAGOS EM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA OU

PELO VALOR JUSTO DOS RECURSOS QUE SÃO ENTREGUES PARA ADQUIRI-LOS NA DATA DA AQUISIÇÃO. Os passivos são registrados pelos

valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os

quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;

O item, portanto, está correto.

d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de

servirem como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de

Contabilidade.

Este é o nosso GABARITO. O item está incorreto.

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Segundo a Resolução atualizada do CFC 750:

Art. 1º § 1º A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da profissão e CONSTITUI CONDIÇÃO DE LEGITIMIDADE DAS

NORMAS BRASILEIRAS DE CONTABILIDADE (NBC).

e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio,

igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que apresentar o menor valor atual para o

ativo e o maior para as obrigações.

Trata-se do já falado princípio contábil da prudência, transcrito:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

3. Gabarito D.

4. (Analista Judiciário/Contabilidade/TRF 4ª/2011/FCC) O princípio contábil que se relaciona diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à

formação do resultado, além de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultados é o Princípio

(A) da Continuidade.

(B) do Registro pelo valor original. (C) da Oportunidade.

(D) da Entidade.

(E) da Prudência.

Comentários

Segundo o artigo 5º da Resolução 750 do CFC, o Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a

mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

O princípio da continuidade pressupõe que a empresa deve ser avaliada e

escriturada na suposição de que a entidade não será extinta, está em funcionamento contínuo.

Portanto, o gabarito da questão é a letra a.

4. Gabarito A.

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5. (ESAF/AFRE/MG/2005) Assinale a opção que contém afirmativa correta sobre

princípios fundamentais de contabilidade.

a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio

líquido. b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe

a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo. c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do

período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência. d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é

conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas não atende ao princípio da continuidade.

e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no

universo dos patrimônios existentes.

Comentários

a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio

da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio líquido.

Esta alternativa se refere, na verdade, ao princípio da prudência (e não o da

competência, como proposto).

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido.

Pelo princípio da competência as receitas e despesas devem ser apropriadas ao resultado do exercício a que pertencerem.

PRINCÍPIO DA COMPETÊNCIA: TEMOS DE OLHAR PARA O MÊS AO QUAL

A CONTA SE REFERE (O MÊS DA PRESTAÇÃO DO SERVIÇO, O MÊS EM QUE FOI UTILIZADA A LUZ, A ÁGUA, ENTREGUE UMA MERCADORIA

VENDIDA, ETC). NÃO IMPORTA A DATA EM QUE FOI PAGO/RECEBIDO EM ESPÉCIE O VALOR.

Por exemplo:

Recebimento da fatura de luz em dezembro de 2009, referente ao mês de

novembro de 2009, para pagamento em janeiro de 2010.

Quando lançaremos como despesa de acordo com o regime de competência?

Ora, temos de procurar a quando a prestação, fatura, se refere. Utilizamos a luz

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em novembro. Então, em novembro devemos lançar como despesa, pelo

lançamento:

D – Despesa com energia elétrica (Despesa – Resultado) C – Contas a pagar (Passivo)

Aí, quando do pagamento, vamos fazer o lançamento para dar baixa no

passivo, assim:

D – Contas a pagar XXXXX C – Caixa XXXXX

Item incorreto.

b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da

competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior

valor para o passivo.

A alternativa também corresponde ao princípio da prudência.

Item incorreto.

c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da

prudência.

A questão trouxe à tona o princípio da competência, conforme explanado no item a.

d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é

conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua

geração, mas não atende ao princípio da continuidade.

A questão, como já dito diversas vezes, se refere ao princípio da competência. Vocês precisam saber, contudo, que a observância do Princípio da

CONTINUIDADE é indispensável à correta aplicação do Princípio da COMPETÊNCIA, por efeito de se relacionar diretamente à quantificação dos

componentes patrimoniais e à formação do resultado, e de constituir dado importante para aferir a capacidade futura de geração de resultado. Assim,

devemos apropriar receitas e despesas no resultado no pressuposto de que a entidade continuará funcionando.

e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o

patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

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Este é o nosso gabarito! Quando sócios decidem explorar um negócio mediante

sociedade, entregando a ela bens e direitos, devem ter a plena convicção de que estes valores não mais pertencerão a eles, mas, sim, à sociedade. Assim,

não podemos confundir os bens dos sócios (pessoais), com os bens da sociedade. Tá ok, amigos?!

5. Gabarito E.

6. (FCC/Analista TRT 24ª/2011) O princípio contábil que determina que o registro das variações patrimoniais, desde que tecnicamente estimável, deve

ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio da

(A) Continuidade. (B) Exclusividade.

(C) Oportunidade. (D) Entidade.

(E) Prudência.

Comentários

Analisemos um a um os itens da questão:

a) Continuidade.

Segundo o princípio da continuidade, pressupomos que a Entidade continuará em operação no futuro (continuamente) e, portanto, a mensuração e a

apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta

circunstância (art. 5º).

O item, portanto, está incorreto.

b) Exclusividade.

Não se trata de princípio contábil. O item, portanto, está incorreto.

c) Oportunidade.

A questão seria passível de anulação, pois cobrou conceitos da Resolução 750/93 que já não estão mais em vigor. Senão vejamos.

PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE – REDAÇÃO ANTIGA

Art. 6º O Princípio da OPORTUNIDADE refere-se, simultaneamente, à

tempestividade e à integridade do registro do patrimônio e das suas mutações,

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determinando que este seja feito de imediato e com a extensão correta,

independentemente das causas que as originaram.

Parágrafo único – Como resultado da observância do Princípio da OPORTUNIDADE:

I – desde que tecnicamente estimável, o registro das variações

patrimoniais deve ser feito mesmo na hipótese de somente existir

razoável certeza de sua ocorrência;

Podemos ilustrar esta situação com o seguinte exemplo. Uma empresa está sendo processada por um cliente que acusa a sociedade de danos morais, com

valor da causa de R$ 10.000,00. O cliente já ingressou em juízo e é provável que a empresa perca a ação. Vejam que há razoável certeza da ocorrência do

evento e ele pode ser tecnicamente estimável. Desse modo, a empresa deve fazer um registro contábil dessa situação (uma provisão, registrando a

obrigação).

Inobstante esse entendimento ainda seja válido, esta parte da Resolução foi

revogada, ganhando o dispositivo nova redação, passando a viger o seguinte texto:

PRINCÍPIO DA OPORTUNIDADE – REDAÇÃO NOVA

Art. 6º O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras

e tempestivas.

Parágrafo único. A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância,

por isso é necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade

da informação. (Redação dada pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

A informação contábil ainda necessita ser tempestiva e íntegra. A

tempestividade ajuda de modo consistente na produção de informação para a tomada de decisões acertadas. Quanto mais tempestiva (rápida) uma

informação, mais subjetiva ela se torna, uma vez que a rápida produção de uma informação contábil pode estar desprovida de elementos que provem sua

integridade e confiabilidade, e vice-versa. Por exemplo, uma S/A anuncia a venda de uma filial no momento seguinte à realização da venda (logo após

fechar o negócio). O anúncio é feito verbalmente na imprensa, sem explicar pormenorizadamente a situação. Essa informação foi tempestiva (até demais),

porém, não foi íntegra, pois não se pautou em documentos, notas, contratos, que são documentos que garantiriam a fidedignidade da informação contábil.

Por isso, deve-se fazer a ponderação entre a oportunidade e a confiabilidade da informação.

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Este foi o gabarito da questão.

d) Entidade

O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da

Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com

ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade

ou instituição.

O princípio da entidade é basicamente considerar o patrimônio dos sócios como distinto como do patrimônio da sociedade (autonomia

patrimonial).

Este, portanto, não é o gabarito da questão.

e) Prudência

O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os

componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO, sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas para a quantificação das mutações

patrimoniais que alterem o patrimônio líquido (Resolução 750/93, art. 10). Portanto, o gabarito da questão 2 é a letra C.

6. Gabarito C.

7. (CESPE/SECGE/PE/Analista de Controle Interno/2010) Entre os princípios fundamentais da contabilidade, há um em que a garantia jurídica da

propriedade é um requisito indispensável, pois é a única forma de caracterização do direito ao exercício de poder sobre o patrimônio controlado.

Este é o princípio da a) entidade.

b) continuidade. c) oportunidade.

d) competência. e) prudência.

Comentários

A questão está perguntando, de maneira pouco mais truncada, qual o princípio

que garante uma proteção jurídica a um patrimônio especializado.

Já vimos que se trata do princípio da entidade, segundo o qual o patrimônio dos

sócios não se confunde com o da sociedade.

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7. Gabarito A.

8. (ANALISTA SEFAZ/CE 2006) Assinale abaixo a opção que contém a assertiva verdadeira.

a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social

as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem

efetivamente realizadas. b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente

válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem

adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos que o valor tenha sido alterado já na época da compra.

d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de

bens, direitos e obrigações de uma pessoa. e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois

o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.

Comentários

a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social as despesas que nele forem pagas, independentemente

de seu vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem efetivamente realizadas.

O item está incorreto. A questão está se referindo ao regime de caixa.

REGIME DE CAIXA;

Consideramos os pagamentos e os recebimentos, independente de quando

ocorreu a receita ou despesa. Por exemplo. Venda de mercadoria em maio, para entrega em julho, para recebimento em setembro.

A receita será reconhecida em setembro.

Conta de energia recebida em maio, referente à utilização do mês de maio,

para pagamento em julho. A despesa será reconhecida somente em julho.

Isso tudo sob a ótica do regime de caixa.

REGIME DE COMPETÊNCIA

Temos de olhar pra quando a receita ou despesa se refere. No exemplo acima,

a receita seria reconhecida em julho (com a tradição, isto é, entrega da

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mercadoria). Já a despesa seria reconhecida em maio (que é quando utilizamos

a luz).

Item incorreto. Na contabilidade devemos utilizar o regime de competência.

NOTA: O regime de competência é um PRESSUPOSTO BÁSICO da contabilidade, estatuído pelo CPC 00 – Estrutura conceitual básica da

contabilidade.

b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o

menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

Pelo princípio da prudência deverá considerar:

MAIOR VALOR PARA O PASSIVO;

MENOR VALOR PARA O ATIVO.

Item incorreto.

c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de

aquisição, a menos que o valor tenha sido alterado já na época da compra.

O item está incorreto. O princípio contábil do custo como base de valor ou

registro pelo valor original indica que:

Art. 7º O Princípio do Registro pelo Valor Original determina que os componentes do patrimônio devem ser INICIALMENTE REGISTRADOS PELOS VALORES ORIGINAIS DAS TRANSAÇÕES, expressos em moeda

nacional.

§ 1º As seguintes bases de mensuração devem ser utilizadas em graus distintos

e combinadas, ao longo do tempo, de diferentes formas:

I – Custo histórico. OS ATIVOS SÃO REGISTRADOS PELOS VALORES PAGOS OU A SEREM PAGOS EM CAIXA OU EQUIVALENTES DE CAIXA OU

PELO VALOR JUSTO DOS RECURSOS QUE SÃO ENTREGUES PARA ADQUIRI-LOS NA DATA DA AQUISIÇÃO. Os passivos são registrados pelos

valores dos recursos que foram recebidos em troca da obrigação ou, em algumas circunstâncias, pelos valores em caixa ou equivalentes de caixa, os

quais serão necessários para liquidar o passivo no curso normal das operações;

e

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Isto é, os ativos são registrados pelo custo. Se o preço de aquisição ou mercado

houver sido alterado já na data da compra, isto não importará. O que importa é o quanto se pagou no momento pela aquisição da mercadoria.

Por exemplo. Compramos mercadoria por R$ 100,00. No momento da entrega,

todavia, a mercadoria tinha valor de mercado de R$ 90,00. Vamos registrar a mercadoria pelo valor de custo. Apenas posteriormente é que faremos uma

provisão para ajuste ao valor de mercado.

Questão mal redigida (como típico em algumas da ESAF). Item incorreto.

d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o

conjunto de bens, direitos e obrigações de uma pessoa.

Este é o nosso gabarito. O conjunto de bens, direitos e obrigações de uma

pessoa é definido como PATRIMÔNIO. É importante haver essa distinção entre o patrimônio social (da sociedade) e o patrimônio pessoal dos sócios. Existe

uma imputação das relações de direito sobre a pessoa jurídica. Ela é que passa a ser sujeito de direito, e não os sócios. Os bens, direitos e obrigações ficam a

ela (sociedade) atribuídos e responderão por estes atos.

Portanto, a letra d se refere ao princípio da entidade e é o nosso gabarito.

e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil

da Consistência.

A questão trata, em verdade, do princípio da prudência, da adoção para o menor valor o ativo, sempre que possível fazer uma estimativa.

8 - Gabarito D.

9. (ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou um

caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto

aceitou entregar o caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele,

João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma

sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais de contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João,

mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:

a) continuidade.

b) competência. c) oportunidade.

d) prudência.

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e) entidade.

Comentários

João, ao tentar misturar os bens da sociedade com os bens próprios, está

desrespeitando o princípio contábil da entidade.

Art. 4º O Princípio da ENTIDADE reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial, a necessidade da diferenciação de um Patrimônio particular no universo dos patrimônios

existentes, independentemente de pertencer a uma pessoa, um conjunto de pessoas, uma sociedade ou instituição de qualquer natureza ou finalidade, com

ou sem fins lucrativos. Por conseqüência, nesta acepção, o Patrimônio não se confunde com aqueles dos seus sócios ou proprietários, no caso de sociedade

ou instituição.

9. Gabarito E.

10. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção que

contém uma afirmativa verdadeira.

a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo

estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo Histórico.

b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que

representar um maior ativo ou um menor passivo.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser

incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem

os recebimentos ou pagamentos respectivos.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam

feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.

e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado

e não o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de uma “atualização” dos valores.

Comentários

Como já estamos fazendo, comentaremos um a um...

Item a: Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio

contabilizado a Custo Histórico.

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O item está incorreto. O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade

continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância.

O item a está incorreto, pelos motivos seguintes:

1) Não há correlação entre o princípio da continuidade e o contrato social.

2) O CPC 00 Estrutura conceitual, em seu item 23, prescreve que “as demonstrações contábeis são normalmente preparadas no pressuposto de que a

entidade continuará em operação no futuro previsível. Dessa forma, presume-se que a entidade não tem a intenção nem a necessidade de entrar em

liquidação, nem reduzir materialmente a escala das suas operações; se tal intenção ou necessidade existir, as demonstrações contábeis terão que ser

preparadas numa base diferente e, nesse caso, tal base deverá ser divulgada”.

Portanto, item incorreto.

b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver

duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser

utilizada aquela que representar um maior ativo ou um menor passivo.

Segundo a Resolução 750 do CFC atualizada:

Art. 10. O Princípio da PRUDÊNCIA determina a adoção do menor valor para os componentes do ATIVO e do maior para os do PASSIVO (o inverso do que propôs a questão), sempre que se apresentem alternativas igualmente válidas

para a quantificação das mutações patrimoniais que alterem o patrimônio

líquido.

Item também incorreto.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas

devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

A alternativa trouxe à tona o regime de caixa, o qual leva em conta o efetivo pagamento ou recebimento das receitas e despesas.

Item também incorreto.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis

sejam feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com integralidade, pelo seu valor completo.

O Princípio da Oportunidade refere-se ao processo de mensuração e apresentação dos componentes patrimoniais para produzir informações íntegras

e tempestivas.

A falta de integridade e tempestividade na produção e na divulgação da

informação contábil pode ocasionar a perda de sua relevância, por isso é

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necessário ponderar a relação entre a oportunidade e a confiabilidade da

informação.

Item correto.

e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária” que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado

e não o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de uma “atualização” dos valores.

O princípio da atualização monetária foi revogado pela resolução 1.282/2010 do CFC, sendo incorporado ao princípio do registro pelo valor original.

10. Gabarito D.

11. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo o

princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que

surjam evidências em contrário,

a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro. b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos

administrativos. c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.

d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos períodos.

e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.

Comentários

Trata a questão do princípio da continuidade, segundo o qual:

Art. 5º O Princípio da Continuidade pressupõe que a Entidade continuará em operação no futuro e, portanto, a mensuração e a apresentação dos

componentes do patrimônio levam em conta esta circunstância. (Redação dada

pela Resolução CFC nº. 1.282/10)

O gabarito da questão, portanto, é a letra a.

11. Gabarito A.

12. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME utiliza um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado: as receitas

correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as despesas

correspondem às saídas de caixa, como salários pagos, pagamento de contas de água, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, a vista ou

a prazos curtíssimos. A implantação de um sistema tão simples de controle em uma indústria de médio porte não poderia ser aceita por não atender ao

Princípio Contábil

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a) da Competência de Exercícios.

b) do Custo como Base de Valor. c) da Continuidade.

d) do Conservadorismo. e) da Prudência.

Comentários

Art. 9º O Princípio da Competência determina que os efeitos das transações e

outros eventos sejam reconhecidos nos períodos a que se referem, independentemente do recebimento ou pagamento.

O regime contábil da competência é que deve ser utilizado pelas empresas.

Segundo este regime, a receitas e despesas são consideradas incorridas independentemente de pagamento ou recebimento.

Por exemplo, devo reconhecer uma receita de venda pela entrega de mercadoria ao cliente, seja esta venda à vista, seja a prazo.

12. Gabarito A.

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6. QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

1. (ESAF/AFRFB/2009/Adaptada) O Conselho Federal de Contabilidade,

considerando que a evolução ocorrida na área da Ciência Contábil reclamava a atualização substantiva e adjetiva de seus princípios, editou, em 29 de

dezembro de 1993, a Resolução 750, dispondo sobre eles.Sobre o assunto, abaixo estão escritas cinco frases. Assinale a opção que indica uma afirmativa

falsa. a) A observância dos Princípios de Contabilidade é obrigatória no exercício da

profissão e constitui condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade (NBC)

b) Os Princípios de Contabilidade representam a essência das doutrinas e teorias relativas à Ciência da Contabilidade, consoante o entendimento

predominante nos universos científico e profissional de nosso País. Concernem,

pois, à Contabilidade no seu sentido mais amplo de ciência social, cujo objeto é o patrimônio das entidades.

c) O Princípio da entidade reconhece o Patrimônio como objeto da Contabilidade e afirma a autonomia patrimonial e a desnecessidade da diferenciação de um

Patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes. d) O patrimônio pertence à entidade, mas a recíproca não é verdadeira. A soma

ou agregação contábil de patrimônios autônomos não resulta em nova entidade, mas numa unidade de natureza econômico-contábil.

e) São Princípios de Contabilidade: o da entidade; o da continuidade; o da oportunidade; o do registro pelo valor original; o da competência e o da

prudência.

2. (ESAF/IRB/2004) O objeto da contabilidade está presente na única opção

correta. a) Ativo

b) Capital Social c) Passivo

d) Patrimônio e) Patrimônio Líquido

3. (ESAF/APOF/SP/2009) Assinale abaixo a opção que contém uma afirmativa falsa.

a) A Contabilidade é mantida para as Entidades; os sócios ou quotistas destas

não se confundem, para efeito contábil, com aquelas. b) Para a Contabilidade, a Entidade é um organismo vivo que irá operar por

período indeterminado de tempo até que surjam fortes evidências em contrário. c) O custo de aquisição de um ativo ou dos insumos necessários para fabricá-lo

e colocá-lo em condições de gerar benefícios para a Entidade representa a base de valor para a Contabilidade.

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d) Os princípios fundamentais da Resolução CFC 750/93, apesar de servirem

como orientação precisa para os procedimentos contábeis, não constituem condição de legitimidade das Normas Brasileiras de Contabilidade.

e) Entre conjuntos alternativos de avaliação para o patrimônio, igualmente válidos, segundo os princípios fundamentais, a Contabilidade escolherá o que

apresentar o menor valor atual para o ativo e o maior para as obrigações.

4. (Analista Judiciário/Contabilidade/TRF 4ª/2011/FCC) O princípio contábil que

se relaciona diretamente à quantificação dos componentes patrimoniais e à formação do resultado, além de constituir dado importante para aferir a

capacidade futura de geração de resultados é o Princípio

(A) da Continuidade. (B) do Registro pelo valor original.

(C) da Oportunidade. (D) da Entidade.

(E) da Prudência.

5. (ESAF/AFRE/MG/2005) Assinale a opção que contém afirmativa correta sobre

princípios fundamentais de contabilidade.

a) Quando se apresentarem opções igualmente aceitáveis, o princípio da competência impõe a escolha da hipótese de que resulte menor patrimônio

líquido.

b) Diante de alternativas igualmente válidas, o princípio da competência impõe a adoção do menor valor para o ativo e do maior valor para o passivo.

c) As receitas e as despesas devem ser incluídas na apuração do resultado do período em que ocorrerem, segundo afirma o princípio da prudência.

d) O reconhecimento simultâneo das receitas e despesas correlatas é conseqüência natural do respeito ao período em que ocorrer sua geração, mas

não atende ao princípio da continuidade. e) O princípio da entidade reconhece o patrimônio como objeto da contabilidade

e afirma a autonomia patrimonial diferenciando o patrimônio particular no universo dos patrimônios existentes.

6. (FCC/Analista TRT 24ª/2011) O princípio contábil que determina que o registro das variações patrimoniais, desde que tecnicamente estimável, deve

ser feito mesmo na hipótese de somente existir razoável certeza de sua ocorrência, é o Princípio da

(A) Continuidade.

(B) Exclusividade. (C) Oportunidade.

(D) Entidade.

(E) Prudência. 7. (CESPE/SECGE/PE/Analista de Controle Interno/2010) Entre os princípios

fundamentais da contabilidade, há um em que a garantia jurídica da propriedade é um requisito indispensável, pois é a única forma de

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caracterização do direito ao exercício de poder sobre o patrimônio controlado.

Este é o princípio da a) entidade.

b) continuidade. c) oportunidade.

d) competência. e) prudência.

8. (ANALISTA SEFAZ/CE 2006) Assinale abaixo a opção que contém a assertiva verdadeira.

a) Pelo princípio contábil da competência, são consideradas do exercício social

as despesas que nele forem pagas, independentemente de seu vencimento, enquanto que para receitas o que importa é o momento em que forem

efetivamente realizadas. b) Pelo princípio contábil da prudência, quando houver dois valores igualmente

válidos e confiáveis, a contabilidade deverá considerar o menor dos dois, se for do passivo, ou o maior dos dois, se for do ativo.

c) O princípio contábil do custo como base de valor disciplina que um bem adquirido deve ser incorporado ao ativo pelo seu preço de aquisição, a menos

que o valor tenha sido alterado já na época da compra.

d) O princípio contábil da entidade está claramente definido no conceito de patrimônio, quando se afirma que o objeto da contabilidade é o conjunto de

bens, direitos e obrigações de uma pessoa. e) O critério de avaliação de bens pelo preço de custo ou de mercado, dos dois

o menor, está inteiramente de acordo com o princípio contábil da Consistência.

9. (ESAF/Analista Administrativo/ANEEL/2006) João Aniceto comprou um

caminhão e, com muito esforço pessoal, pagou as prestações até a quitação final. Ao adquirir quotas de capital do Mercadinho da Praça Limitada, Aniceto

aceitou entregar o caminhão para integralizá-las, mas combinou com os outros sócios que queria usar o caminhão sempre que dele precisasse, já que foi ele,

João, quem o adquiriu da Chevrolet, comprando-o e pagando-o até a quitação. O desejo de João Aniceto não pode ser atendido, porque o Mercadinho é uma

sociedade empresária e tem que observar os princípios fundamentais de contabilidade. A regra que determina que o caminhão não é mais do João,

mesmo que ele seja dono da empresa, é o princípio contábil da:

a) continuidade.

b) competência. c) oportunidade.

d) prudência. e) entidade.

10. (ESAF/Auditor Fiscal/ISS RJ/2010) Assinale abaixo a única opção que contém uma afirmativa verdadeira.

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a) Pelo princípio da continuidade, a entidade deverá existir durante o prazo

estipulado no contrato social e terá seu Patrimônio contabilizado a Custo Histórico.

b) Para obedecer ao princípio contábil da prudência, quando houver duas ou mais hipóteses de realização possível de um item, deve ser utilizada aquela que

representar um maior ativo ou um menor passivo.

c) Segundo o princípio da competência, as receitas e as despesas devem ser

incluídas na apuração do resultado do período em que, efetivamente, ocorrerem os recebimentos ou pagamentos respectivos.

d) O princípio da oportunidade determina que os registros contábeis sejam feitos com tempestividade, no momento em que o fato ocorra, e com

integralidade, pelo seu valor completo.

e) Existe um princípio contábil chamado “Princípio da Atualização Monetária”

que reconhece que a atualização monetária busca atualizar o valor de mercado e não o valor original; por isso, não se trata de uma “correção”, mas apenas de

uma “atualização” dos valores.

11. (ESAF/IRB/2006) A avaliação das mutações patrimoniais, segundo o princípio contábil da continuidade, deve considerar a hipótese de que, até que

surjam evidências em contrário,

a) a empresa continuará a operar indefinidamente no futuro. b) a contabilidade deve registrar continuamente todos os atos e fatos

administrativos. c) a contabilidade deve funcionar ininterruptamente dentro da empresa.

d) as operações passíveis de registro contábil devem ter seqüência em diversos períodos.

e) os métodos e critérios utilizados devem ser consistentes em vários períodos.

12. (ESAF/Gestor Fazendário/MG/2005) A Padaria Pilão Ltda. - ME utiliza um sistema de controle de seus negócios bastante simplificado: as receitas

correspondem aos ingressos ocorridos em seu caixa e as despesas correspondem às saídas de caixa, como salários pagos, pagamento de contas

de água, luz, aluguel, impostos e compras efetuadas, quase sempre, a vista ou a prazos curtíssimos. A implantação de um sistema tão simples de controle em

uma indústria de médio porte não poderia ser aceita por não atender ao Princípio Contábil

a) da Competência de Exercícios. b) do Custo como Base de Valor.

c) da Continuidade. d) do Conservadorismo.

e) da Prudência.

Contabilidade Geral e Avançada para Receita Federal Teoria e exercícios comentados

Profs. Gabriel Rabelo e Luciano Rosa – Aula 00

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7. GABARITO DAS QUESTÕES COMENTADAS NESTA AULA

QUESTÃO GABARITO QUESTÃO GABARITO

1 C 8 D

2 D 9 E

3 D 10 D

4 A 11 A

5 E 12 A

6 C

7 A