Gabrielle Lefebvre: uma me de famlia SANTOS E
FESTAS DO MS:
01 So Jos operrio;
02 Santo Atansio;
03 Inveno da Santa Cruz;
04 Santa Mnica;
05 So Pio V;
06 So Domingo Svio;
08 Apario de So Miguel Arcanjo;
09 So Gregrio Nazianze-no;
11 So Felipe e So Tiago, apstolos;
13 Nossa Senhora de Fti-ma
So Roberto Belarmino;
14 Ascenso de Nosso Se-nhor;
22 Santa Rita de Cssia;
24 Nossa Senhora Auxiliado-ra;
Pentecostes
26 So Felipe Neri;
29 Santa Maria Madalena de Pazzi;
31 Festa de Maria Rainha.
N E S T A
E D I O :
Gabrielle Lefebvre 1,2
Sobre a devoo a Nossa
Senhora 3
Devoo Mariana 4
O GREC, uma histria
oculta, agora revelada
Parte II 5,6
Imitao de Maria 6
Maio/2015 Edio 24
A Famlia Catlica C A P E L A N O S S A S E N H O R A D A S A L E G R I A S
E D I O E S P E C I A L M S D E M A R I A
A Senhora Gabrielle Lefebvre, me de Monse-
nhor Lefebvre, como me de famlia, generosa
no cumprimento de seus deveres e dcil s
inspiraes do
Espirito Santo,
parece haver reali-
zado o ideal da
perfeio crist.
Nasceu no norte da
Frana, na cidade
de Roubaix em 04
de julho de 1880.
A famlia era do
norte da Frana,
nestas cidades
Lille, Roubaix e
Tourcoing que so
industriais, muitas
indstrias txteis e
de minerao.
As famlias, tanto do lado da me como do
pai de Mons. Lefebvre, eram muito catlicas. A
me da senhora Lefebvre, por exemplo, exalou
seu ltimo suspiro rezando o Credo. Ela tam-
bm se chamava Gabrielle (Lorthiois), e se
casou em 1854 com um industrial da mesma
cidade, o Sr. Lus Watine. Para ilustrar mais
uma vez a piedade crist de ambos: o Sr. Wati-
ne foi fiel Missa cantada do domingo, depois
de j ter assistido a missa silenciosa pela ma-
nh, porque havia prometido isso a sua ento
noiva. Ele assistiu a essa segunda missa du-
rante toda sua vida, unicamente porque havia
prometido isso antes de se casar! Foi um santo
homem o pai da Sra. Gabrielle.
Todos os
t e s t e m u -
nhos dos
p r i m e i r os
anos da
Sra. Lefeb-
vre no
citam ne-
nhum defei-
to seu.
Nesta po-
ca, perto de
sua casa,
havia uma
ordem reli-
giosa, as
filhas da
sabedoria,
que dirigiam um importante internato. Ela foi
externa nele, voltava sua casa para as refei-
es e para dormir. Sua professora, a Irm
Marie-Louise, nos deu seu testemunho ( um
sacerdote, um bom sacerdote, que escreve sua
biografia e que nos d esse relato) e diz isto:
ela era uma pessoa muito piedosa, mas era
uma piedade junto com atos e no somente
com a orao. Ela foi um modelo de moa cat-
lica. Se pode dizer tambm que ela era a me-
nina do dever: primeiro estava o dever, a coisa
mais importante, o que devia fazer diante de
Deus. Ento, desde criana, pensava que tinha
Nota: com muita alegria que disponibilizamos nesta edio de nosso jornal a primeira parte da
entrevista concedida por S.E.R. Mons. Jean Michel Faure sobre a senhora Gabrielle Lefebvre, me
de Monsenhor Lefebvre. A entrevista se deu por ocasio da visita de Monsenhor nossa Capela,
em abril deste ano, porm escolhemos disponibiliz-la somente neste ms de maio, dedicado
Me das mes, como forma de agradecer Virgem Santa por nos ter dado uma to santa me e
que nos deu um filho como Mons. Lefebvre. Publicamo-la tal qual aconteceu, no em forma de
perguntas e respostas, mas sim num texto corrido e de linguagem simples, coloquial. As informa-
es contidas aqui Mons. Faure as tirou, principalmente, do livro Une mre de famille, do R. P. Louis Le Crom, e de suas memrias com Mons. Lefebvre. Esperamos que gostem e que possamos
todos tomar o exemplo desta catlica exemplar.
vocao religiosa, mas veremos isso de-
pois. Era muito inteligente, muito capaz
para msica e estava entre as primeiras
de sua classe na escola.
Todas as manhs sua me, a Sra. Wati-
ne, antes de ir missa das sete horas da
manh junto com seu marido, passava nos
quartos das crianas para oferecerem a
Deus o dia. Na refeio do meio dia e da
noite diziam o bendizei e as graas.
No fim de cada dia recitavam a orao em
comum. A preocupao constante e mais
essencial dos pais era formar seus filhos
na vida crist. Duas tias de Gabrielle eram
religiosas, uma tinha uma sade muito
frgil, Maria Clotilde, e a outra se ocupava
dos idosos. Gabrielle era muito alegre en-
tre as crianas, sempre haviam muitos
sorrisos. Sua me sempre visitava as fam-
lias dos funcionrios da empresa de seu
marido e tambm os pobres da Confraria
de So Vicente de Paulo. Foi deste modo
que ela pode conhecer bem essas famlias
pobres. Certa vez foi visitar sua tia, a Irm
Ambroisine, que se ocupava dos idosos e
idosas, e lhe ajudou nesta oportunidade a
cuidar deles. Com a idade de 16 anos foi a
um internato com outras irms, as Bernar-
dinas dEsquermes, em Lille, uma cidade
grande (so trs cidades quase juntas).
Ento, deixou a casa por um tempo. Tam-
bm se ocupava de concertar paramentos
para as igrejas pobres. A conheciam como
a moa do dever, sempre agradvel e com
tudo em ordem em seu trabalho e em sua
maneira de vestir, etc. Algumas compa-
nheiras suas dessa poca dizem que ela
sempre tinha a mesma maneira de ser,
constante: alegre, tranquila, no havia
mudanas em seu estado de esprito.
Agradvel para todos, modesta e delicada.
Parece difcil, no? Mas assim. No se
podia encontrar nenhuma reprovao.
Tambm fazia passeios com a famlia e
certa vez fizeram uma peregrinao cami-
nhando ao longo de 45 km at uma Igreja
de Nossa Senhora do Bom Socorro, na
fronteira com a Blgica.
Todos os dias podiam fazer um passeio,
caminhando nos bosques. Apreciava a
natureza e tinha uma coleo de plantas,
ervas. Gostava muito das estrelas, de as-
tronomia e ensinava sua irm como elas
se chamavam. Haviam trs irmos mais
novos que Gabrielle e trs mais velhos,
sendo que a criana que vinha aps ela
era uma menina. Ela se admirava de tudo
na natureza, uma pequena flor, por exem-
plo, que mostrava a seus irmos. Uma vez
visitaram uma catarata do rio Reno, que
P g i n a 2 A F a m l i a C a t l i c a
tambm a impressionou.
Teve grandes amizades durante os trs
anos de pensionato. Esteve um tempo na
Inglaterra (muitas vezes os jovens da Frana
vo passar 3 ou 4 semanas, durante o ve-
ro, na Inglaterra, para aprender ingls).
Quando estava l, em uma casa de famlia,
no queria falar uma s palavra de francs,
para aprender seriamente o ingls. Tinha
carter. Em discusses de idias, que con-
duzia com animao, ela afirmava o que
pensava, sem diminuir nada, simplesmente
dizia as coisas como so e nada mais. Tinha
seu carter. Quando ela voltou casa, uma
religiosa, Irm Maria Luisa, disse uma ex-
aluna: Vais casar com o irmo de Gabrielle
Watine. Eu no o conheo, mas ela a pes-
soa mais fiel que encontrei em minha vida.
Ela perfeita em tudo.
Seu diretor, que depois foi bispo, no lhe
aconselhou ser religiosa, como ela gostaria,
pois pensava que sua vocao deveria ser o
matrimnio. Com o tempo, um sacerdote
amigo da famlia, apresentou-a ao rapaz
Ren Lefebvre, que ser o pai de Monse-
nhor Lefebvre. O pai pertencia a uma famlia
muito honrada e muito catlica, que tam-
bm trabalhava na indstria txtil. Chama-
vam sua me de a boa senhora Lefebvre,
pois ajudava aos pobres e fazia parte da
ordem terceira Franciscana. No s a me
como tambm a av. Ren igualmente pen-
sou em seguir a vocao religiosa, assim
como no caso dos pais de Santa Teresinha.
Mas a me pediu a um padre para que ele
se ocupasse de encontrar uma esposa para
seu filho. O matrimnio ocorreu em 16 de
abril de 1902. A viagem de lua-de-mel foi
em Lourdes, Mnaco, Roma, Sua, na selva
negra, na Alemanha, e outros. Depois se
instalaram, por seis anos, em uma casa em
Tourcoing e durante este perodo cinco fi-
lhos vieram, para a alegria da senhora. A
principal preocupao era formar os meni-
nos como bons cristos. Ento iam missa,
claro, mas tambm a Vsperas e a Adorao
ao Santssimo no domingo tarde. Eles
muitas vezes visitavam conventos: o Carme-
lo, os beneditinos de Maredsous (N.e. Dom
Columba Marmion foi abade neste mosteiro)
e tambm no Monastrio de Santa Clara.
Sr. Lefebvre trabalhava na fbrica e a ma-
me na casa e, noite, durante o descanso
o pai tocava violino, com talento, e a senho-
ra piano. Durante as frias de vero, ele iam
a uma praia belga para respirar os ares do
mar e tambm praticar um pouco de remo.
Bom, so pases bastante frios, no se pode
esquecer isso. Nessa poca quando as pes-
soas iam se banhar, iam completamente
vestidas! Mas era um perodo de descan-
so com muita areia branca, com toda a
famlia reunida e, claro, sempre vigiados
pelos pais.
Chegou ento a guerra de 1914, Guerra
Mundial, com a invaso dos inimigos da
Frana, os alemes, que prontamente
invadiram todo o norte da Frana. Foi
assim que a famlia Lefebvre se encontrou
debaixo da ocupao alem. Mas, como
era pai de seis crianas, o Sr. Lefebvre
no foi mobilizado, no ingressou no exr-
cito, e ele e sua esposa se ocuparam mui-
to dos feridos da guerra em hospitais im-
provisados. Porm, o Sr. Ren, muito pa-
tritico, queria se alistar e para tal teve
que sair do pas (com certeza clandestina-
mente), controlado pelos alemes, at o
sul da Frana para a ingressar no exrcito
e poder lutar na guerra. Claro, com muito
sacrifcio para a famlia, pois a me se viu
s com as crianas. Mons. Lefebvre me
contava que na escola lhe custava escre-
ver porque tinha os dedos inchados pelo
frio, alm de falta de ar, e que recebiam
carregamentos de coelhos j meio podres
e tinham que se alimentar com isso. Alm
de escutarem bombardeios, durante o dia
e a noite, sem parar, durante 4 anos.
Eles dividiram a casa com alemes, pois
tinham que deixar parte dela para eles
habitarem. Neste caso eram mulheres
(diaconisas protestantes), pois era uma
casa com uma senhora e crianas. Se
nota, todavia, que havia alguma discrio,
por parte dos alemes. No existia, contu-
do, nenhuma amizade. A Sra. Gabrielle
havia deixado os quartos da parte de cima
da casa para uso das alemes, e estes
deveriam estar mobiliados, porm a se-
nhora se recusou a isso e no lhes deixou
nada. O Sr. Ren volta finalmente casa e
nasce o oitavo filho, Maria Teresa. Depois
da guerra veio um perodo difcil para os
negcios e a fbrica da famlia quase teve
de fechar. A Sra. Lefebvre trabalhava na
contabilidade e foram anos muito difceis,
pode-se dizer com certa pobreza. Antes de
morrer (pouco depois da 2 Guerra Mundi-
al) a Sra. disse a seu marido: Tu sers
muito rodeado (disse isso ao momento de
morrer), depois ficar s e um pouco de
tempo mais nos encontraremos em uma
grande felicidade. E assim se deu, pois o
Sr. Lefebvre foi preso pelos alems na 2
Guerra Mundial, em 1941, e esteve em
um campo de concentrao. Primeiro nos
crceres de Bruxelas, onde foi acusado de
resistncia, o que em parte certo, pois
estava espionando os alemes. Foi ento
descoberto e preso, e finalmente morreu
em um campo de concentrao.
Irmos: Maria ama a juventude, e por-
tanto ama e bendiz a quem se dedica a
fazer o bem aos jovens. Porque Ela
Me, e as mes se preocupam mais com
os filhos menores do com os adultos;
porque os pequenos so mais inocentes;
porque os jovens esto em maior perigo
de ser enganados e ser levados at os
vcios.
Sabendo pois que a Me de Deus os
ama tanto, escuta com ateno o que os
vou dizer: se queremos graas e favores
recorramos a Maria, rezemos a Maria;
mas para que Ela interceda por ns
necessrio demonstrar-lhe nossa verda-
deira devoo em trs coisas:
Evitar a todo custo o pecado e procurar
mant-lo sempre longe de ns.
Nada h que nos possa mais
causar dano e que desgoste
mais a Nossa Senhora e a seu
Santssimo Filho, que o pecado.
Certa vez havia um jovem que
oferecia a Virgem oraes, boas
obras e esmolas, mas no se
afastava de certos pecados. Em
uma noite, viu em sonho a San-
tssima Virgem que lhe aparecia
e lhe presenteava com uma
bandeja com as mais belas e
atraentes frutas, mas todas
cobertas com um trapo sujo
com que se havia limpado as
chagas de um enfermo. A Vir-
gem dizia: Recebe as frutas e come. Mas o jovem a respon-deu: Senhora, as frutas so muito bonitas, mas o trapo com
que esto cobertas to asque-
roso que no me atrevo receber
estas frutas, eu vomitaria. Ento a Rainha do Cu lhe respondeu:
Assim so as ofertas e oraes que me ofereces: muito belas e atraentes, mas
me chegam todas cobertas com um trapo
horrvel: esses pecados que segues co-
metendo que no queres deixar de co-
meter. No dia seguinte o jovem acordou muito preocupado com o sonho que teve,
e no mesmo dia deixou as ocasies de
pecar e abandonou definitivamente es-
ses pecados que to antiptica faziam
sua vida ante Nosso Senhor.
A segunda condio para que nossa devoo a Santssima Virgem seja verda-
deira IMIT-LA EM SUAS VIRTUDES,
especialmente em sua grande caridade e
em sua grande pureza. Uma devoo a
Maria que no consiga uma melhora em
nossa vida no verdadeira devoo; Se
rezamos Virgem e seguimos em nossos
pecados como antes, pode ser que nossa
devoo seja falsa. O verdadeiro devoto
de Nossa Senhora a imita.
E h uma terceira condio para que
nossa devoo a Rainha Celestial seja
verdadeira: demonstrar-lhe com aes
externas, pequenas, mas freqentes, o
grande amor que temos a ela. Por exem-
plo: levar sempre sua medalha e beijar
sua imagem ao levantar-se e ao deitar-se.
Ter seu retrato na cadeira escolar ou me-
sa de trabalho para lembrar-se sempre de
invoc-la. Colocar um belo quadro seu em
nosso quarto. Enfeitar as suas imagens
no ms de Maio. Oferecer por ela alguma
pequena mortificao ou alguma boa obra
ou uma pequena esmola aos sbados ou
nas suas festas, etc. Narrar a outros os
favores que Maria Auxiliadora fez a seus
devotos (a genuna devoo a Virgem
contagiosa. Os que a amam transmitem a
outros esta devoo). Distribuir retratos
ou imagens dela, etc. Ela nos diz:
SE FAZES ALGO POR MIM EU FAREI MUI-TO POR VS. Lembrar-se sempre: em toda ocasio, em toda angstia, em toda necessidade
h que recorrer a Maria. Ela pode o mes-
mo que pode Deus, ainda que o possa de
maneira distinta. Deus quando quer algo
o faz. E Maria quando quer algo o pede a
seu Filho que Deus. E Jesus Cristo que
o melhor filho do mundo, nada nega a sua
amadssima Me. Por isso, recorrer a
Maria sinal seguro de obter tudo o que
necessitamos.
Estais seguros de que todas as graas que peais a esta boa Me sero concedi-
das. Mas h TRS GRAAS que os reco-
mendo PEDIR A ELA TODOS OS DIAS, sem
cansarem-se nunca de pedir-lhe porque
so importantssimas para vossa salva-
o: 1- Evitar sempre o pecado mortal e
conservar a graa de Deus. 2- Fugir sem-
pre de toda amizade danosa para a alma.
3- Conservar sempre a bela virtude da
castidade. Para obter estas trs graas eu recomendei muitas vezes uma novena
que consiste nisso: Rezar todos os dias
trs Padre-Nossos, trs Ave-Marias, trs
Glrias, e trs Salve Rainhas. Depois de
cada Glria ao Pai deve-se dizer: Seja louvado e reverenciado em todo momento
o Santssimo Sacramento. E depois de cada Salve Rainha se diz: Maria Auxilia-dora dos cristos, rogai por ns!. Existem duas asas com que se voa para
o Cu: uma a Comunho freqente, e a
outra a devoo a Santssima Virgem.
Pedi a Ela: Me Santa, faa com que eu
me enamore de vossas virtudes. Me
Santa, ajuda-me a comungar com o devi-
do fervor. Ela os ama infinitamente mais
que todas as mes terrenas. Demonstrai
a ela tambm vosso amor levando uma
vida santa, uma conduta
excelente.
E termino com um conselho
que um segredo para obter
xitos: quando necessitardes
de alguma graa dizei muitas
vezes: Maria Auxiliadora, rogai por ns!. Dizei enquan-to andais pela rua, quando
subirdes as escadas, dizei-o
nas aulas, no dormitrio, de
manh, a noite, sempre.
Quando vierem visitar, ou
quando escreverem a vossos
familiares dizei-lhes: DOM BOSCO OS ASSEGURA QUE
SE NECESSITAIS DE ALGUMA
GRAA DIGAIS MUITAS VEZES
MARIA AUXILIADORA, ROGAI POR NS, E QUE SEREIS ES-
CUTADOS. E que se algum disser muitas vezes com f
esta orao e a Virgem Pode-
rosa no os ajudar, me comuniquem esta
notcia, e eu imediatamente escreverei a
So Bernardo no cu, reclamando-lhe que
ele cometeu um grandssimo erro quando
nos ensinou aquela orao que
diz: Lembrai-vos Me Santa, que ja-mais se ouviu dizer que algum lhe invocou sem auxlio receber... Sim, lhe escreverei uma carta muito forte a este
santo. Brincadeiras a parte, gravai em
vossa memria essa orao: Maria Auxili-adora, rogai por ns, para repeti-la em todas as tentaes, em todos os perigos,
em toda necessidade e sempre.
Olhai, fazem quarenta anos que venho
repetindo as pessoas que invoquem a
Me de Deus e que ela os ajudar. E digo
sempre a elas que se algum reza a Vir-
gem e ela no o ajuda que venha e me
avise. Mas at agora nem uma s pessoa
veio dizer-me que perdeu seu tempo re-
zando a Nossa Senhora. O mesmo dem-
nio v-se obrigado a retirar-se fracassado,
quando as pessoas comeam a ser devo-
tas da Me de Deus e logra fazer a elas
cometer pecados mortais.
SOBRE A DEVOO A NOSSA SENHORA
S e r m o d e S o J o o B o s c o a o s j o v e n s
So Lus Grignion de Montfort resu-me toda a pratica interior da perfeita
devoo Santa Virgem nestes ter-
mos: Fazer todas as aes por Ma-ria, com Maria, em Maria e para Ma-
ria, a fim de as fazer mais perfeita-
mente por Jesus Cristo, com Jesus
Cristo, em Jesus, para Jesus1. Agir
assim no agir como Jesus?
Jesus Cristo uma pessoa eter-na, entende-se, pois ele a se-
gunda pessoa divina da Santssi-
ma Trindade. Mas se se conside-
ra a existncia de Jesus Cristo
depois da Encarnao, fcil de
descobrir quatro perodos: 1) os nove meses que ele passou
no seio da Santssima Virgem; 2)
os trinta anos de vida oculta em
Nazar; 3) os trs anos de sua
vida pblica com sua coroao a
saber: sua Paixo, sua Morte
sobre a Cruz e sua Ressurreio
gloriosa seguida dos quarenta
dias que precederam sua Ascen-
so; 4) Depois de sua Ascenso,
seu reino nos Cus.
Se examinarmos as relaes que Jesus entreteve e que conti-
nuar a entreter com sua Me,
veremos que: 1) Durante os nove
meses, antes de seu nascimento,
Jesus viveu em Maria; 2) Du-rante trinta anos de vida oculta,
Jesus viveu com Maria; 3) No curso de trs anos de sua vida
pblica e de sua Paixo, ele tudo
fez para Maria; 4) Agora que Ele reina nos Cus, Ele age por
Maria.
Um esclarecimento suplementar
iluminar esta nova Imitao de
Cristo:
Entre a anunciao e a natividade do Salvador, todo mundo pode clara-
mente ver Nosso Senhor Jesus Cristo
viver em Maria: Deus Filho desceu em seu seio virginal, como o novo
Ado no seu paraso terrestre para
ter ali suas complacncias e para
operar ocultamente as maravilhas da
graa.
Entre sua Natividade e sua estadia
em Nazar Jesus tudo fez com Ma-ria. Durante o tempo, Ele se fez edu-
car e formar pela Santa Me que a
qual teve sem cessar diante dos
olhos como modelo, a fim de a imitar
na sua humanidade. assim que Ele
crescia em sabedoria, em idade, e
em graa, diante de Deus e dos ho-
mens. 2
Durante sua vida pblica e sua Pai-xo, Jesus tudo fez para Maria. Aqui, a coisa menos evidente.
claro que, sendo Deus, Ele no tinha
outro fim que Ele mesmo e que, sen-
do a segunda pessoa da Santssima
Trindade, Ele no tinha outro fim que
a glria de seu Pai. Mas Ele veio so-
bre a terra para salvar os homens, e
o primeiro pecado que Ele veio expiar
foi o pecado original. Ora, sua Sants-
sima Me, que est includa no plano
da Redeno3, a primeira das remi-das deste pecado, mesmo segundo
um modo eminente que lhe prprio
e pessoal, por preservao. Ademais,
Jesus desejou pelos seus sofrimen-
tos dar a ela filhos espirituais. Sua Paixo encontrou tambm sua razo
nas palavras to consoladoras,
que dizem respeito a todos ns,
na pessoa de So Joo: Jesus disse sua Me: Mulher eis a
teu filho. Depois ele disse ao
discpulo: Eis a tua Me.4 ento primeiro para ela que
Ele sofre e morre sobre a Cruz.
Enfim, depois de estar no cu, Jesus age por Maria. Com efei-to, as almas no se dirigem ao
seu ltimo fim, a vida eterna,
sem a moo da graa. Ora, Ma-
ria a Medianeira universal de
todas as graas. O Altssimo a fez nica tesoureira de seus te-
souros e a nica despenseira de
suas graas...para fazer passar,
malgrado tudo, quem ela quiser
pela porta estreita da vida. Por-tanto, bem por Maria que
seu divino Filho salva as almas.
A perfeita devoo mariana tal qual ensina So Lus Maria
Grignion de Montfort ento
bem enraizada no Evangelho. Ela
consiste em agir, em todas as
coisas, como Jesus. Quer dizer, em imitar nosso Salvador que
sempre agiu por Maria, com
Maria, em Maria e para Maria!
Notas:
1- Tratado da Verdadeira Devoo a
Santssima Virgem [TVD] , ponto 257.
2- So Lucas, II, 52.
3- A Santssima Virgem deveria ter contrado o pecado original, mas seu
divino Filho mereceu na sua Paixo
que ela, e somente ela, fosse total-
mente preservada.
4- TVD 44.
A perfeita devoo mariana agir como Jesus
Pe. Guy Castelain
A F a m l i a C a t l i c a - e d i o 2 4 p g i n a 5
Conferncias-debates e gestes ante as
autoridades
Para fazer avanar a necessrias recon-ciliao, o GREC trabalhou em duas dire-es:
- A organizao de conferncias-debates
sobre os pontos controversos;
- Os esforos ante as autoridades.
Tudo se faz sob grande discrio: Ns permanecamos discretos. Mas no quera-
mos ser secretos (p. 29). Pode se compre-ender que, para este assunto, era melhor
afastar os periodistas e evitar os debates
na internet.
No mnimo surpreendente que nenhu-ma aluso a estes encontros tenha sido
feita no curso dos quatro simpsios de
Paris sobre o Conclio Vaticano II, que foram
levados a cabo de 2002 a 2005, reunindo
sacerdotes da Tradio do mundo inteiro.
Estes simpsios, completamente pblicos,
foram realizados sob o patronato de Mons.
Fellay. Enquanto as sesses de trabalho
punham sob a luz a nocividade dos textos
do conclio, as reunies discretas e des-conhecidas dos participantes dos simp-
sios foram levadas a cabo na mesma cida-
de, relativizando os erros do Vaticano II e
buscando abrir o caminho de um reconheci-
mento cannico da Fraternidade.
Assombramo-nos tambm de que, duran-te doze anos de conferncias e de gestes
ante as autoridades da igreja conciliar, os
superiores das comunidades religiosas que
trabalham com a Fraternidade So Pio X,
foram marginalizados e no foram informa-
dos do que se fazia, dado o que estava em
jogo.
A obra de Pe. Lelong no teve nenhum eco nos rgos oficiais da FSSPX, sequer
para condenar ou matizar as declaraes
do autor. J faz quase trs anos que apare-
ceu esta obra. Podemos supor que as pes-
soas mencionadas neste livro no tm na-
da que dizer a respeito.
Mas vejamos como se desenvolvem os
Dominicanos de Avrill: O Grec (Grupo de Reflexo entre
Catlicos), uma histria oculta, agora revelada parte II
Pelo irmo Marie-Dominique O.P.
Le Sel de la Terre N 90, pg. 142-158
trabalhos do GREC.
As conferncias-debates
Durante doze anos, numerosas confern-
cias-debates foram organizadas sobre te-
mas maiores: O ecumenismo, rasgo de apostasia ou futuro da Igreja; O dilogo interreligioso, perigo ou esperana; Que caminho para a Igreja?: proposies con-
cretas para sair de uma crise (p. 59.); necessrio revisar e/ou interpretar certas
passagens do Conclio Vaticano II? (p. 64), etc.
Procuraremos ver, um pouco mais adian-
te, porque estas conferncias resultaram
num fracasso total.
Notemos pelo momento uma observao inquietante, cuja responsabilidade deixa-
mos a seu autor. Falando da conferncia-
debate de 21 de janeiro de 2008 entre o
Pe. Morerord O.P. e o Pe. Grgoire Clier
(FSSPX) sobre o tema Vaticano II e os ou-tros conclios ecumnicos: revisar e/ou
interpretar certas passagens do Conclio
Vaticano II, o Pe. Lelong anota: Escutando suas exposies, pode-se constatar que
entre os dois telogos, as convergncias
doutrinais e espirituais eram muito mais
numerosas e profundas que as divergn-
cias existentes entre seus pontos de vista
respectivos (p. 64).
Teria havido a mesma convergncia se Mons. Lefebvre tivesse estado cara a cara
com o Pe. Morerod, religioso completamen-
te partidrio do modernismo de Roma?
Uma impressionante atividade diplomtica
De forma paralela a estas discusses,
teve lugar uma impressionante atividade
diplomtica: bispos, nncios, Secretrio de
Estado, Comisso Ecclesia Dei, eram infor-
mados sobre as atividades do GREC. A par-
tir da eleio de Bento XVI, foi o papa em
pessoa. De acordo com o Pe. Lelong, a
ascenso de Ratzinger ao pontificado foi recebida pelos animadores do GREC com
uma alegria muito grande e muita esperan-
a, esperana que no ser decepcionada,
mas satisfeita plenamente (p. 48).
Nadavam em plena utopia. Levamos nos-
sos leitores ao estudo magistral de Mons.
Tissier de Mallerais sobre A estranha teolo-
gia de Bento XVI1, assim como ao primeiro
balano de seu pontificado, publicado (com
fotografias) pelo Le sel de la terre 84. Em
todo caso, esta confisso de Pe. Lelong
muito reveladora do esprito que reinava no
GREC, sobretudo sob Bento XVI.
Para entrar um pouco mais em detalhes,
foi em duas direes que a ao diplomti-
ca do GREC se orientou principalmente: o
Papa e Mons. Fellay.
+ Intervenes do GREC ante a Santa S
Desde 1998, o Pe. Lelong havia escrito
ao Cardeal Sodano, Secretrio de Estado,
para lhe informar sobre a iniciativa do
GREC, e sugerir Santa S o levantamento
da excomunho dos bispos da Fraternida-de, pela ocasio do jubileu do ano 2000.
necessrio citar pelo menos um extrato
desta carta, para ver em que esprito se
desenvolveram estes acordos. Para o Pe.
Lelong, eixo motor do GREC, a finalidade
era fazer o Conclio Vaticano II ser aceito
pelos tradicionalistas:
Eu estou profundamente apegado aos
ensinamentos do Conclio Vaticano II, e me
esforo para faz-lo ser compreendido por
nossos irmos catlicos que seguiram
Mons. Lefebvre e seus sucessores. Com
alguns amigos, constitumos em Paris um
grupo de trabalho que se esfora para pre-
parar o dia em que todos os tradicionalis-
tas podero reencontrar seu lugar na Igre-
ja, na obedincia ao Santo Padre e sob a
autoridade de nossos bispos [...] neste
esprito, numa total fidelidade ao Soberano
Pontfice e aos ensinamentos do Conclio
Vaticano II, que em nome de numerosos
catlicos franceses, me permito lhe pedir,
Senhor Cardeal, se, num gesto de caridade
para com nossos irmos, o Santo Padre
pudesse levantar a excomunho que foi
pronunciada contra os bispos consagrados
irregularmente por Mons. Lefebvre (p. 42-
43). Esta carta foi iniciativa de Pe. Lelong
ou teve o acordo dos representantes oficio-
sos da Tradio no seio do GREC? A obra
Retirado de Non Possumus
Traduo: Capela Nossa Senhora das Alegrias
O mtodo do GREC
no diz. Em todo caso, tendo o cardeal
Sodano pedido sinais de arrependimen-to (p. 44) s autoridades da Fraternidade, os acordos no lograram xito. Sobre o
levantamento das excomunhes, as coi-sas permaneceram assim sob o pontificado
de Joo Paulo II.
Contudo, a partir da peregrinao da
FSSPX Roma em razo do jubileu do ano
2000, comearam a haver contatos fre-quentes entre Mons. Fellay e o cardeal
Castrilln Hoyos, ento presidente da co-
misso Ecclesia Dei. O Pe. Lelong no diz uma palavra a respeito.
Sabemos que os sacerdotes de Campos
(Brasil), convidados pela casa geral da Fra-
ternidade a unirem-se a estas negociaes,
no resistiram seduo romana. Foi um
acordo lamentvel, vitria para o cardeal
Castrilln e perda para o combate da f:
Mons. Rifn concelebra agora a missa nova
com fervor 2.
O pontificado de Bento XVI,
que manifestamente contri-
buiu para uma grande espe-
rana entre os membros do
GREC, sobretudo depois do
motu proprio sobre a missa
tradicional, foi a ocasio de
novas tratativas, desta vez
com o mesmo papa. Em 9 de
julho de 2008, os animado-res do GREC (p. 49) dirigiram ao papa a seguinte petio:
Muito o reconhecemos, San-
tssimo Padre, por esta deci-
so do motu proprio) e quere-
mos responder a vosso cha-
mado de reconciliao entre
todos os catlicos, no que diz respeito s
legtimas diversidades existentes no seio
da Igreja. Somos muitos os que desejamos
que a proposio transmitida pelo cardeal
Castrilln Hoyos FSSPX tenha um resulta-
do favorvel, pois as questes relativas ao
Conclio Vaticano II interessam a toda a
Igreja. Desejamos tambm que as excomu-
nhes sejam levantadas e que a FSSPX
reencontre seu lugar na Igreja, onde tem
tanto que contribuir (p. 49-50).
Logo foi feita a famosa splica de 20 de outubro de 2008, onde os animadores do
GREC desejavam que a FSSPX
regularizasse sua situao cannica e manifestasse sua plena comunho com o
Santo Padre, agregando:
Ns pensamos que o levantamento das excomunhes poria em marcha um proces-
so inevitvel de aproximao, com vistas
aos acordos entre a Santa S e a FSSPX,
ou ao menos acordos com uma grande
parte dos sacerdotes e dos fiis da mencio-
nada Fraternidade (p. 52). 3
A splica parece ter tido seu efeito, pois as excomunhes foram levantadas no incio do ano de 2009.
+ Intervenes do GREC ante Mons. Fellay
Um ponto que parece ter preocupado os
responsveis do GREC foi o fazer cessar
os ataques contra a Roma atual. Citemos
o Pe. Lelong:
Pelo lado dos catlicos apegados tradio4, como pelo lado daquels que
reivindicam o esprito do conclio, se ex-
pressam muito frequentemente com pon-
tos de vista agressivos e polmicos, que
no contribuem para suscitar o clima de
sossego e de confiana mtua necessria
na busca de uma verdadeira reconcilia-
o (p. 33).
necessrio que a FSSPX compreenda que, se ela tem muito o que contribuir
para a Igreja de Roma, tambm tem mui-
to o que receber. Por isso, necessrio
que ela deixe de rechaar em bloco o
Vaticano II (p. 85).
Na carta de Bento XVI de 9 de julho de
2008, os responsveis do GREC e con-
sequentemente os representantes oficio-
sos da Tradio? quiseram tranqilizar o Papa sobre este ponto:
Pedimos aos responsveis desta Fraterni-
dade que cessem as declaraes e arti-
gos polmicos que criticam a Santa S (p.
50).
Em 20 de junho de 2008, o Pe. Lelong e
alguns membros do GREC escreveram a
Mons. Fellay:
No teme voc que rechaando os cha-
mados repetidos do Santo Padre e permi-
tindo-se critic-lo de maneira injusta e
sistemtica, a Fraternidade acabe por
tomar um caminho que a conduzir inevi-
tavelmente a se separar da Santa Igreja,
como desgraadamente aconteceu no
curso da histria? (p. 39)
A Roma ocupada no se preocupa com as discusses acadmicas e amortizadas
entre telogos sobre o Conclio Vaticano
II. Ela as permite, em princpio, s comu-
nidades Ecclesia Dei. Isto d uma impres-so de abertura. Mas o que a igreja conci-
liar no pode suportar que seus escn-
dalos sejam denunciados: as reunies
ecumnicas de Assis, as visitas s sinago-
gas e mesquitas, as falsas beatificaes e
canonizaes, etc. So sobretudo estes
escndalos que, com o passar dos anos,
fazem milhes de almas no mundo intei-
ro perderem a f. Bem, quando a f est
em perigo, atacada pelos lobos, um
dever para os pastores gritar para prote-
ger o rebanho. No fazer isto um peca-
do grave em relao confisso de f,
pois atacar a Roma atual destruidora da
f necessrio para manter as grandes
verdades da f. Todos os esforos da
igreja conciliar desde as consagraes
dos bispos por Mons. Lefebvre em 1988,
foram para separar da Tradio os gru-
pos de sacerdotes, acordando com eles
a missa tradicional sem lhes pedir a acei-
tao oficial do Vaticano II 5. Roma conci-
liar sabia que fazendo isto j nada tinha
de temer em relao a estes grupos:
teriam que se calar sobre o conclio e
sobre os escndalos da hierarquia, por
temor de perder seu reconhecimento
cannico e ver que lhes foram negados
todo apostolado nas dioceses.
Isto o que aconteceu, desde
que fizeram acordo, em todas
as comunidades Ecclesia Dei,
sem exceo, e seu grande
pecado ante a histria, ante a
Igreja universal e ante as almas.
A Roma atual deseja que a
FSSPX se comprometa neste
caminho. H que se compreen-
der muito bem as tcnicas sub-
versivas empregadas, especial-
mente desde dois sculos, pelos
inimigos da Igreja. Sua grande
manobra para reduzir uma resis-
tncia obter que, em um pri-
meiro momento, j no sejam
atacados por eles. Para isso, se
servem dos catlicos liberais, seus me-
lhores auxiliares, seduzindo-os mediante
a promessa de paz, com a condio de
que deixem de combater. Ao mesmo
tempo, provocam antemas contra aque-
les que no se resignam em baixar as
armas, quer dizer, os antiliberais, ridicu-
larizando-os com toda a classe de epte-
tos: homens de zelo amargo, integristas 6, etc. O inimigo busca isol-los desta maneira, para lhes tirar toda influncia.
Em seguida, ele poder trabalhar para
dormir a maioria do rebanho e ganh-lo
lentamente com as novas ideias.
Nos anos 50, sob o Papa Pio XII, havia
mil bons sacerdotes, bons religiosos,
piedosos, de boa doutrina. Chegou o
bom Papa Joo, sugerindo, no incio do conclio, j no lanar antemas, no
condenar o erro, anatemizando somente
os profetas de desgraas que na Igreja, seguindo os Papas antiliberais, fustiga-
vam os erros modernos. A manobra teve
xito. Basta ver no que se converteu a
Igreja no mundo inteiro.7
Monsenhor Lefebvre se levantou, toman-
do o estandarte do combate. Esta foi a
fundao da FSSPX e das obras da Tradi-
o que se estenderam como um incn-
dio no mundo inteiro. J no estando
Mons. Lefebvre, ns assistimos desde sua
morte as manobras da Roma modernista,
aconselhada pela maonaria, para reduzir a
nica resistncia organizada contra a Revo-
luo mundial. A manobra consiste em
atacar especialmente as autoridades supe-
riores da Fraternidade, nas quais detecta-
ram certas debilidades pois os inimigos da Igreja so hbeis observadores. O livro
de Pe. Lelong tem o mrito de nos dar luz,
pelo menos numa parte, desta operao.
Notas:
1- Mons. Tissier de Mallerais, La extraa teologa de Benedicto XVI, edies Du Sel, em Le Sel de la terre 69.
Edio:
Capela Nossa Senhora das Alegrias - Vitria, ES.
http:/www.nossasenhoradasalegrias.com.br
Entre em contato conosco pelo e-mail:
2- O site da internet La Porte latine, do dis-
trito da Frana da FSSPX, publicou em ja-
neiro de 2012 duas fotografias de Mons.
Rifn concelebrando com o cardeal Bergo-
glio, em 28 de maio de 2011.
3- Os animadores do GREC j pensavam que no os seguiria todo o mundo.
4- A palavra foi impressa com um t mins-culo na obra.
5- Recordemos o acordo de Barroux. Dom
Grard havia tido garantias generosamen-te acordadas pelo Cardenal Ratzinger: Que nenhuma contrapartida doutrinal ou litrgi-
ca seja exigida de ns e que nenhum siln-
cio se imponha a nossa predicao anti-
modernista. Conhecemos o que se passou depois.
6- caracterstico, na crise que atravessa atualmente a Tradio, escutar serem trata-
dos como sedevacantistas ou como ho-
mens de esprito cismtico, que no tm f
na Igreja, a aqueles que continuam man-
tendo o discurso de Mons. Lefebvre, se
opondo aos acordos prticos sem acordo
doutrinal com a Roma atual.
7- No fizemos mais que condensar em poucas linhas o excelente artigo de Adrien
Loubier As vias da reduo, publicado no Boletim do Ocidente Cristo de junho de
1991.
Fazei, Senhor, que, por graa vossa, eu possa compreender
como uma pessoa, fazendo obscuramente, numa vida
oculta como a de Maria, todas as vossas vontades, faz
algo mais glorioso e imenso que tudo isso que tido na
conta de imenso e glorioso no conceito de um mundo
insensato e cego!
DE COMO CONSIDERAR A VERDADEIRA GRANDEZA
IMITAO DE MARIA
Deo gratias!!!
Monsenhor Faure, neste ms de maio, confirmou 42 fiis em uma belssima cerimnia
em Avrill, na Frana. Peamos a Nosso Senhor que o conserve sempre firme no comba-
te pela f e que possa continuar sendo para ns luz do mundo e sal da terra.