Kauê Zago Soares
TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO II
A ILUSTRAÇÃO NA PUBLICIDADE:
ANÁLISE DO USO DE IMAGENS VETORIAIS NAS CAMPANHAS DE
UM SHOPPING CENTER
Santa Maria, RS
2018/1
1
Kauê Zago Soares
A ILUSTRAÇÃO NA PUBLICIDADE:
ANÁLISE DO USO DE IMAGENS VETORIAIS NAS CAMPANHAS DE UM
SHOPPING CENTER
Trabalho Final de Graduação II apresentado ao Curso de Publicidade e Propaganda, Área de Ciências Sociais, da Universidade Franciscana – UFN, como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda.
Orientadora: Profa. Dra. Graziela Frainer Knoll
Santa Maria, RS
2018/1
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Universidade Franciscana
A Comissão Examinadora, abaixo assinada, aprova a Monografia.
A ILUSTRAÇÃO NA PUBLICIDADE: ANÁLISE DO USO DE IMAGENS VETORIAIS NAS CAMPANHAS DE UM
SHOPPING CENTER
Elaborada por
Kauê Zago Soares
Como requisito para a obtenção do grau de Bacharel em Publicidade e Propaganda
________________________________________ Profa. Dra. Graziela Frainer Knoll
Orientadora (Universidade Franciscana)
_______________________________________
Profa. Dra. Pauline Neutzling Fraga 1ª examinadora (Universidade Franciscana)
________________________________________ Profa. Ms. Angélica Moreira Pereira
2ª examinadora (Universidade Franciscana)
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A ILUSTRAÇÃO NA PUBLICIDADE: ANÁLISE DO USO DE IMAGENS VETORIAIS NAS CAMPANHAS DE UM
SHOPPING CENTER 1
Kauê Zago SOARES2 Graziela Frainer KNOLL3
Universidade Franciscana, Santa Maria, RS
RESUMO A ilustração vetorial é uma técnica digital que se desenvolve cada vez mais em função do avanço tecnológico e, dessa forma, possibilita aos profissionais a aplicação do seu traço nas campanhas publicitárias desenvolvidas. O objetivo desta pesquisa é analisar o uso da ilustração vetorial na publicidade a partir do estudo de campanhas publicitárias no Facebook. Como objetivos específicos, pretendemos descrever elementos da composição visual (cores, tipografia, hierarquia e ilustração) presentes em mensagens publicitárias que contenham ilustrações vetoriais, identificar a função das ilustrações vetoriais nas campanhas selecionadas e compreender vantagens e limitações do uso da ilustração vetorial na publicidade no meio digital. A pesquisa de abordagem qualitativa e análise de conteúdo analisou as peças publicitárias do Monet Plaza Shopping que continham ilustrações, publicadas durante o segundo semestre de 2017, de julho a dezembro. Como resultados, destacamos: a utilização de tipografias retas ou pouco desenhadas, a hierarquia destacando a ilustração e o texto verbal, as cores escolhidas pelo contraste entre si e a ilustração representando atividades reais como prévia de eventos do shopping. Por fim, concluímos que as vantagens do uso de imagens vetoriais aumentam as possibilidades de adequação da campanha. PALAVRAS-CHAVE: publicidade; ilustração; vetor. ABSTRACT The vector illustration is a digital technique that is developed more and more in function of the technological advance and, in this way, enables the professionals to apply their trait in the advertising campaigns developed. The purpose of this research is to analyze the use of vector illustration in advertising from the study of advertising campaigns on Facebook. As specific objectives, we intend to describe elements of the visual composition (colors, typography, hierarchy and illustration) present in advertising messages that contain vector illustrations, identify the function of the vector illustrations in the selected campaigns and to understand advantages and limitations of the use of vector illustration in advertising in digital medium. The qualitative research and content analysis analyzed the Monet Plaza Shopping advertising pieces that contained illustrations, published during the second half of 2017, from July to December. As results, we highlight: the use of straight or little drawn typography, hierarchy highlighting the illustration and verbal text, the colors chosen by the contrast between them and the illustration representing real activities as a preview of shopping events. Finally, we conclude that the advantages of using vector images increase the possibilities of the campaign's suitability. KEYWORDS: advertising; illustration; vector.
1 Artigo resultante da disciplina Trabalho Final de Graduação II. 2 Acadêmico do oitavo semestre do Curso de Publicidade e Propaganda – Universidade Franciscana. E-mail: [email protected] 3 Orientadora. Publicitária, Doutora em Linguística pela UFSM – Universidade Federal de Santa Maria. Professora do Curso de Publicidade e Propaganda da Universidade Franciscana. E-mail: [email protected]
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1 INTRODUÇÃO
Desenvolver uma campanha publicitária visualmente singular tem sido um desafio
cada vez maior para os profissionais de direção de arte. São inúmeras as referências, formas,
cores, tipografias, técnicas que inseridas no layout marcam um estilo próprio de cada
profissional. Porém, os estilos de layout, assim como os estilos na moda, na música, etc.
também seguem uma tendência que se renova e se transforma de acordo com o tempo, o
espaço e, principalmente, com o avanço tecnológico e o surgimento de novas mídias quase
que instantaneamente. Como afirma Sant’Anna (2009, p. 145), “a concorrência, cada vez mais
difícil e crescente, obriga a uma incessante busca do novo, que se desgasta e se renova em um
ciclo de mudanças rápidas [...] Os anúncios de ontem já estão velhos hoje: os estilos e técnicas
florescem e murcham em períodos curtíssimos”.
A partir disso, tendo em vista a criação de peças exclusivas, nos deteremos neste
trabalho especificamente ao uso da ilustração do tipo vetorial na publicidade. A imagem do
tipo vetorial é aquela que “contém muitos objetos individuais e escalonáveis definidos por
fórmulas matemáticas. [...] pode ser mostrada em qualquer tamanho, pois não depende da
resolução [...]” (AMBROSE; HARRIS, 2009, p. 268). Essa técnica possibilita o
desenvolvimento de uma ilustração sem ter como base, necessariamente, outros elementos
existentes, ou seja, depende somente da criatividade e das habilidades do profissional de
direção de arte.
Na internet podemos encontrar diversos sites que dispõem, para download, arquivos
de ilustrações vetoriais já prontas, o que muitas vezes encurta o caminho da criação, pois
podemos encontrar um objeto disponível para uso em vez de criá-lo. Um dos sites bastante
conhecido e utilizado é o Freepik4, que inclusive possui uma empresa física que conta com
mais de 200 designers gráficos, além de colaboradores externos voluntários, para oferecer aos
usuários recursos gráficos exclusivos. A maioria dos vetores disponíveis no site é gratuita,
mas também há vetores pagos que são mais elaborados.
Assim, a ilustração vetorial pode ser considerada como uma oportunidade em que o
profissional cria elementos que poderão ser utilizados por outros profissionais e não em um
layout próprio. Em tese, vemos o mercado de trabalho se expandindo mais uma vez para
abarcar um nicho específico de arte, a ilustração vetorial na criação para a web. Ainda sobre o
4 Empresa americana fundada em 2010 pelos irmãos Alejandro e Pablo Blanes com Joaquin Cuenca. Site destinado ao compartilhamento de imagens vetoriais, ilustrações e fotos de forma gratuita ou paga, disponibilizadas por colaboradores usuários ou pelo próprio Freepik.
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meio digital, é importante lembrar que o profissional também precisa de constante atualização
para compreender como adequar o layout às novas plataformas e formatos, tendo em vista
que, na web, a dificuldade para chamar a atenção do público pode ser muito maior do que nos
meios tradicionais. De forma geral, a ilustração vetorial é uma técnica bem desenvolvida, pois
conta com programas específicos que estão em constante aperfeiçoamento e transformação.
Como essa técnica é precisamente digital, as possibilidades evoluem com a tecnologia.
Também é importante considerar que o autor desta pesquisa atua como diretor de arte na
agência Ozorio Design e Digital, na cidade de Santa Maria, RS, e desenvolve um número
considerável de campanhas utilizando a técnica de ilustração vetorial, o que motiva a pesquisa
de forma pessoal e, dessa maneira, pode contribuir para o estudo do tema.
Seguindo esse contexto, chegamos à pergunta que norteia a pesquisa: quais as
vantagens e as limitações do uso de ilustração vetorial em campanhas publicitárias de
shopping center no meio digital? Para respondê-la, o objetivo geral será analisar o uso da
ilustração vetorial na publicidade a partir do estudo de campanhas publicitárias de shopping
center no Facebook. De forma mais pautada, temos os seguintes objetivos específicos:
descrever elementos da composição visual (cores, tipografia, hierarquia e ilustração) presentes
nas mensagens publicitárias selecionadas que contenham ilustrações vetoriais; identificar a
função das ilustrações vetoriais nas campanhas selecionadas; e compreender vantagens e
limitações do uso da ilustração do tipo vetorial na publicidade no meio digital. Para a
pesquisa, foram selecionadas campanhas do Monet Plaza Shopping, de Santa Maria – RS,
cuja direção de arte foi feita pelo autor.
Devido às dificuldades enfrentadas por parte dos profissionais de direção de arte ao
criar campanhas que sejam originais, essa pesquisa tem relevância porque irá analisar como
essa técnica específica de composição visual, a ilustração do tipo vetorial, pode agregar valor
para alcançar essa exclusividade. Em vista das escassas publicações sobre ilustração vetorial
na publicidade, acreditamos ser um tema relevante a ser aprofundado, já que poderá oferecer
dados consistentes sobre o uso de uma técnica que possibilita uma infinidade criativa. Dessa
forma, a pesquisa pode servir de fonte de consulta para futuros acadêmicos interessados em
direção de arte, que buscam entender mais detalhadamente como podem tornar suas peças
mais eficientes partindo de técnicas específicas como a ilustração vetorial.
Realizando um levantamento de pesquisas sobre o tema, encontramos as pesquisas de
Ciulla (2007), Dall’Alba (2010) e Corrêa et al. (2014) que mais se aproximam do foco deste
projeto. A monografia de Ciulla (2007), do Centro Universitário de Brasília, abordou a
influência da linguagem vetorial na publicidade. Já a monografia de Dall’Alba (2010), da
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Universidade Federal do Rio Grande do Sul, teve como objetivo analisar a ilustração no
processo de comunicação publicitária através de uma visão dos produtores e receptores de
uma campanha. E a pesquisa de Corrêa et al. (2014), do Centro Universitário Leonardo da
Vinci - SC, teve como objetivo mostrar a ilustração como uma ferramenta importante de
criatividade para gerar engajamento em uma campanha, com a atividade de criação de uma
ilustração all type.
Pesquisar sobre ilustração vetorial é importante por esse tema ser pouco explorado ou
aprofundado nas pesquisas acadêmicas na área de publicidade, apesar de consistir em uma
forma de personalizar ou tornar única a criação publicitária, ou seja, uma figura imaginada
pode ser passada para a peça por meio de vetores, sem depender de alguns fatores que são
fundamentais para a fotografia, como por exemplo, contratação de modelos, locação de
espaço, iluminação, etc. A ilustração vetorial depende muito mais da capacidade criativa e dos
conhecimentos e habilidades diante de um software por parte do profissional de direção de
arte. Pretendemos, assim, a partir da análise de campanhas de um anunciante específico,
compreender os usos dessa forma de ilustração, que há tantos anos é utilizada por tantos
outros segmentos de mercado.
2 COMPOSIÇÃO VISUAL DA CAMPANHA PUBLICITÁRIA
A publicidade não está ligada apenas ao ato de vender um produto ou serviço. Muito
além disso, são planejadas estratégias que possibilitam a aproximação dos interesses do
consumidor com aquilo a que está sendo oferecido. Como explica Bertomeu (2002, p. 16), “A
propaganda é uma informação com objetivo específico. Ela tem por princípio criar um elo
entre o produtor e o consumidor que, de outra forma, se ignorariam mutuamente. É, com
efeito, a comunicação de uma mensagem”. Dessa forma, a publicidade deve ter em vista
comunicar, informar ao consumidor com honestidade sobre as vantagens que terá ao adquirir
tal produto ou serviço.
A fim de uma comunicação mais eficaz, que abranja formas diferentes de chegar até o
consumidor, é comum a criação de campanhas publicitárias, em que as ações são planejadas e
criadas a partir de um único conceito, contendo várias peças que podem ser veiculadas em
mídias diferentes.
Imagine a campanha como se fosse um quebra-cabeça, em que cada peça tem seu lugar, ocupa estrategicamente um espaço, conduz uma parte essencial da mensagem total. Em uma campanha mais complexa, as peças podem não surgir todas juntas,
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mas precisam estar coordenadas, entendendo o papel de quem vem primeiro e das que virão depois, condicionadas às reações do mercado, do consumidor e da concorrência (SANT’ANNA, 2009, p. 140).
É importante que todas as peças de uma campanha apresentem unidade, para que o
público-alvo, ao ver cada uma separadamente, entenda que toda aquela informação faz parte
do mesmo contexto. Essa unidade é estabelecida mediante a ideia central da campanha e suas
características distintivas em repetição5, em que se mantêm as cores, a tipografia, o slogan,
entre outros elementos. Seguindo o conceito, Sant’Anna (2009) explica que é importante a
adequação de cada peça, de forma a se aproveitar ao máximo as características do meio no
qual será veiculada, pois cada meio oferece artifícios diferentes para sensibilizar o
consumidor. As peças da campanha podem se apresentar de forma linear, como por exemplo,
a divulgação de uma coleção de roupas do mesmo estilo, ou de forma não linear, em que cada
peça se limita a uma particularidade da campanha, mas quando juntas, acabam alcançando seu
significado mais amplo.
Um ponto fundamental que é determinante na criação de uma campanha é conhecer
detalhadamente as características do público-alvo, para obter um perfil prévio dos seus
interesses. Esse direcionamento, segundo Shimp (2002, p. 89) “permite aos comunicadores de
marketing transmitir suas mensagens de forma mais precisa e evitam a perda com cobertura
de pessoas que estão fora do mercado-alvo”.
Não há somente um fator determinante para a escolha de qual campanha utilizar, isso
inclui que conteúdo será explorado, com que objetivo e como o conteúdo será exposto
seguindo as características obtidas sobre o público consumidor. Isso influencia, também, se o
foco será, em maior parte, verbal ou imagético, nos elementos e formas, por meio de
fotografias ou desenhos, palavras e alinhamentos, por exemplo. Esses elementos dizem
respeito à composição visual da mensagem.
Assim como na música, onde a composição se dá por diferentes notas e afinações de
diversos instrumentos, na publicidade podemos compor uma peça a partir de elementos que a
tornem mais harmoniosa e ajudem a cumprir seu objetivo com mais eficiência. Os
responsáveis por essa composição são os profissionais de criação, que trabalham com o foco
especificamente em transformar toda ideia em algo palpável, algo visual. Em outras palavras,
a criação determina a identidade visual da campanha, tendo em vista diversos elementos que
5 Repetição, segundo Williams (1995), refere-se a alguns aspectos do design que devem se repetir no material inteiro para mantermos a unidade da peça.
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podem produzir diferentes sentidos. Segundo Sant’Anna (2009), a composição é um fator
determinante como essência da criação artística, que ordena, dentro de determinado espaço,
linhas, tons e cores para conseguir um efeito pré-concebido que transmita ao público uma
emoção ou sentimento.
Todo esse conhecimento estratégico sobre os elementos já acompanham o profissional
de criação ao longo de seu percurso profissional, que tende a se atualizar a cada material novo
que é criado. Segundo Bertomeu (2002), “quanto maior o repertório do criador, maior a
quantidade de opções criativas e, assim, a possibilidade de inovar sempre e impactar a
mensagem”.
Bertomeu (2002) ainda explica que as novas tecnologias da informática transformaram
o processo de criação artesanal em um processo digital, feito através de avançados softwares
gráficos. Essa transformação acaba tornando o processo de criação ilimitado, pois, cada vez
mais, é possível criar e manipular elementos de acordo com os objetivos que queremos
alcançar. Prova disso é que novos elementos são criados todos os dias.
Como composição, devemos entender que, em uma campanha, esses elementos não
devem trabalhar sozinhos, mas, sim, apoiar todo o contexto presente no anúncio para que a
mensagem final seja mais consistente e transmita uma interpretação condizente. Parte do processo de direção de arte (...) envolve a organização dos diversos elementos dos anúncios em uma composição que, além de agradável à vista, deve apoiar a mensagem. Os componentes do anúncio normalmente consistem no visual (se houver), que pode ser executado com fotografias, ilustrações ou imagens gráficas, a chamada, o texto principal e o logotipo da marca ou empresa (BURTENSHAW et al., 2010, p. 132).
Uma relação que podemos propor analisando as ideias de Burtenshaw et al. (2010) e
Cesar (2000) sobre a composição é que o layout precisa ser limpo, objetivo, simples e
inteligente. Basicamente, ele deve apresentar referências visuais suficientes para que o leitor
compreenda a mensagem. A essas referências estão atribuídos o uso das cores, da tipografia e
a hierarquia dos elementos, que serão conceituados a seguir.
2.1 COR
Na busca pela produção de sentidos específicos em um anúncio, as cores são fatores
que podem auxiliar a composição de determinada mensagem, especialmente por agirem no
processo de interpretação da mensagem pelo público-alvo. Suas matizes e variações de tons
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são diversas, e cada uma dessas variações pode despertar sentidos, emoções, ou trazer
lembranças distintas para cada pessoa. Segundo Azevedo e Conci (2003, p. 181) “a cor é vista
quando impressiona a retina. É sentida e transmitida como uma emoção. É construtiva, pois
tendo um significado próprio, possui valor de símbolo, podendo assim, construir uma
linguagem que comunique uma ideia”.
O cuidado com as cores selecionadas para a composição de uma campanha está
diretamente ligado ao contexto e à função que se espera obter perante o consumidor, isto é, se
o desejo é de concretizar a compra, impactar, transmitir uma mensagem, etc. Segundo Farina
et al. (2011, p. 94) “mesmo que haja uma parte instintiva na reação à cor, é indiscutível que o
homem vai acumulando em sua memória experiências que o definem e o fazem agir de
determinadas maneiras no decorrer de sua vida”. Por isso, o resultado pode ser tanto positivo
quanto negativo, já que esse é um elemento que, por vezes, pode variar de pessoa para pessoa
e depende muito do seu histórico emocional. Conforme afirmam, “as cores constituem
estímulos psicológicos para a sensibilidade humana, influindo no indivíduo para gostar ou não
de algo, para negar ou afirmar, para se abster ou agir” (FARINA et al., 2011, p. 96).
Uma abordagem interessante é feita por Heller (2013), que trata as cores muito mais
pelos sentimentos relacionados do que por outros aspectos. Cada cor pode produzir muitos
efeitos que atuam de forma diferente, dependendo da ocasião. Sobre seus significados, Heller
(2013, p. 18) afirma que “não existe cor destituída de significado. A impressão causada por
cada cor é determinada por seu contexto, ou seja, pelo entrelaçamento de significados em que
a percebemos”, ou seja, o mesmo vermelho presente em um ambiente pode ter um significado
diferente do que quando presente em uma roupa, por exemplo.
O Quadro 1 apresenta uma síntese das associações materiais e afetivas das cores,
segundo o estudo de Farina et al. (2011).
Quadro 1 – Significados das cores6
Cor Associação Material Associação afetiva Branco Batismo, casamento, cisne, neve, área clara Ordem, simplicidade, limpeza, paz, pureza,
inocência, divindade. Preto Sujeira, sombra, enterro, noite, fumaça,
obscuridade Mal, miséria, tristeza, frigidez, dor, negação, melancolia, angústia.
Cinza Pó, chuva, ratos, neblina, máquinas, cimento Tédio, tristeza, velhice, desanimo, seriedade, sabedoria, passado.
Vermelho Rubi, cereja, guerra, perigo, sol, fogo, sangue, combate
Força, energia, revolta, coragem, intensidade, paixão, emoção, ação.
Laranja Ofensa, agressão, competição, outono, luz, chama, calor, festa
Desejo, sexualidade, força, prazer, luminosidade, energia, alegria, tentação.
6 Ainda que preto e branco não sejam propriamente cores, são incluídos nos estudos de cores.
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Amarelo Flores grandes, palha, luz, verão, limão, calor, luz solar
Iluminação, conforto, alerta, ciúme, orgulho, idealismo, originalidade.
Verde Umidade, frescor, primavera, bosque, folhagem, mar, verão
Adolescência, paz, saúde, tranquilidade, segurança, natureza, esperança, firmeza.
Azul Frio, mar, céu, gelo, feminilidade, águas tranquilas
Espaço, viagem, verdade, afeto, paz, precaução, serenidade, amor.
Roxo Noite, janela, igreja, sonho, mar profundo Fantasia, mistério, profundidade, justiça, delicadeza, calma.
Marrom Terra, outono, doença, sensualidade, desconforto
Pesar, melancolia, resistência, vigor.
Fonte: Adaptado de Farina et al. (2011).
Relacionada às sensações que provocam, há a classificação das cores em quentes ou
frias. As cores quentes, para Cesar (2000), são aquelas que estimulam o observador, causando
uma sensação de calor, aproximação e euforia. São tons de cores que tendem para o amarelo,
o laranja e o vermelho. O oposto a isso são as cores frias, que para Cesar (2000) são cores
calmas que causam uma queda na temperatura do corpo. As cores frias consistem nos tons de
azul, verde e violeta.
Do ponto de vista técnico dos modos de composição de cores, podemos ainda dividi-
las nos padrões CMYK ou RGB. O modo CMYK, segundo Ambrose e Harris (2009), também
chamado de síntese subtrativa, se dá a partir da composição do ciano (C), magenta (M),
amarelo (Y) e preto (K), modo utilizado nos impressos. Chama-se síntese subtrativa porque,
segundo Cesar (2000), ocorre a absorção e subtração das cores da luz branca, ou seja, ao
misturar essas quatro cores teremos como resultado o preto, conforme a Figura 1 (esq.). Já o
modo RGB, próprio para dispositivos luminosos (telas de computador, projetor, celular e
tablet, por exemplo) e chamado de síntese aditiva, ocorre a partir da composição das cores
primárias vermelho (R), verde (G) e azul (B). Cesar (2000) explica que, na síntese aditiva, a
cor é gerada através da luz e mistura os comprimentos de ondas, ou seja, ao misturar essas três
cores, teremos como resultado a cor branca, como podemos ver na Figura 1 (dir.).
Figura 1 – Síntese subtrativa (esq.) e Síntese aditiva (dir.)
Fonte: Adaptado de Cesar (2000, p. 188-189).
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Em geral, é possível criar o layout nos dois formatos de cores, contanto que, ao
finalizar a peça, o diretor de arte adeque essas cores conforme o produto final: se impresso, no
modo CMYK; se digital, em RGB.
Outra classificação relevante são as cores análogas e complementares do círculo
cromático. Para Cesar (2000, p. 192), as cores complementares são o “complemento de uma
cor primária com a secundária”. Visualizando esse conceito no círculo cromático, temos cores
opostas, como mostra a Figura 2 (esq.), diferentemente das análogas (Figura 2, dir.), que são
as cores que estão lado a lado no círculo cromático.
Figura 2 – Cores Complementares (esq.) e Cores Análogas (dir.)
Fonte: Elaboração própria.
Essa diferenciação é bastante útil para a direção de arte no momento em que
pretendemos criar uma peça mais harmônica e, por isso, são utilizados tons mais próximos de
cores, ou quando se pretende obter mais contraste utilizando cores opostas.
2.2 TIPOGRAFIA
Outro fator que, em harmonia com os demais elementos, auxilia a gerar um sentido
específico na peça publicitária é a tipografia.
A tipografia diz respeito à disposição das letras em um projeto, normalmente para fins de impressão. A variedade de faces tipográficas e os diferentes modos como os tipos podem ser usados em um projeto podem intensificar ou alterar o significado das próprias palavras criadas com os tipos. A maneira como as letras são formadas e apresentadas altera a nossa percepção das ideias que elas estão retratando (AMBROSE; HARRIS, 2011a, p. 14).
Seguindo esse conceito, é primordial analisar algumas características principais que
diferenciam um tipo do outro, que se referem à anatomia dos tipos. Explicamos a estrutura do
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tipo na Figura 3, seguindo os conceitos de Ambrose e Harris (2011a): ápice é o ponto
formado na parte superior de um caractere em que o traço da direita e o da esquerda se
encontram; haste é o traço principal vertical ou diagonal de uma letra; serifa é um pequeno
traço no final de um traço principal vertical ou horizontal; trave é o traço horizontal que une
duas hastes.
Figura 3 – Estrutura do tipo
Fonte: Elaboração própria.
Segundo Burtenshaw et al. (2010, p. 150) “os tipos selecionados devem ser adequados
para o meio ou mídia na qual a campanha será desenvolvida”, ou seja, devemos levar em
consideração a questão de tamanho da fonte, em qual material será reproduzida a peça
(impresso ou digital), a cor, a direção do texto e o espaçamento entre as linhas para que haja
uma boa legibilidade.
Sant’Anna (2009, p. 194) chama a atenção para o fato: “Tudo que pode contribuir para
acelerar a leitura, tornando-a mais fácil, contribuirá para fixar o leitor ao texto; tudo o que
tornar a leitura demorada mais difícil, contribuirá para repelir o leitor, para o incitar a não
ler”. Por essa razão, as formas de letra mais confusas devem ser evitadas.
Ambrose e Harris (2011a) apresentam os conceitos de legibilidade e leiturabilidade da
informação contida em uma peça. Quanto à legibilidade, trata-se da capacidade de diferenciar
um tipo de outro por suas características de anatomia. Podemos dizer que temos uma boa
legibilidade quando há clareza na informação, contendo o mínimo de interferência, ou seja, há
uso padronizado de tamanhos7 de corpo do tipo, entrelinha apropriada e alinhamento
adequado. Já a leiturabilidade diz respeito às propriedades de um trecho de texto ou peça e do
design que afetam a capacidade de compreendê-lo (AMBROSE; HARRIS, 2011a).
7 “Fontes versaletes oferecem ao designer um modo sutil de ressaltar um trecho de texto, sem que ele se destaque demais ou domine o corpo de texto circundante” (AMBROSE; HARRIS, 2011a, p. 22).
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Existem algumas recomendações sobre a tipografia que contribuem para a facilidade
da leitura de um texto, como utilizar fontes mais retas e não muito grossas em textos longos,
utilizar fontes decoradas somente quando o texto for de tamanho grande e de poucas palavras,
o que se aplica também a tipografias manuscritas (WILLIAMS, 1995).
Williams (1995), ao tratar sobre a harmonia dos tipos, apresenta relações de três
formas: concordante, conflitante e contrastante. Concordante é a relação mais harmoniosa e
ocorre quando usamos somente uma família de fontes, sem variações de estilo, tamanho, peso,
etc. Conflitante se trata de uma relação incômoda para o receptor e ocorre quando
combinamos fontes similares em estilo, tamanho, peso, etc. Por fim, a relação contrastante
ocorre quando combinamos famílias tipográficas diversas e elementos nitidamente diferentes
entre si, porém que tenham sentido em sua utilização. Sobre os estilos tipográficos, as
variações na forma dos tipos representam estilos diferentes. Ainda conforme Williams (1995),
são eles: romano antigo, romano moderno, bastão (sem serifa), egipciano (serifa grossa),
gótico, decorativo (fantasia), manuscrito. Acrescentamos aqui a tipografia com serifa aguda,
que, segundo Ambrose e Harris (2011a, p. 46), possui serifa em formato triangular.
A utilização de diferentes tipografias se tornou muito mais fácil com o advento da
tecnologia e suas inúmeras possibilidades. Dabner et al. (2014, p. 166) explicam que “a
apresentação tipográfica online é mais fluida do que a impressa. Os atuais avanços
tecnológicos permitem que os designers apresentem soluções tipográficas mais bem
elaboradas”. No meio digital, o profissional de criação encontra uma infinidade de fontes
diferentes que estão disponíveis para download, o que auxilia ainda mais a escolha conforme
cada característica para compor o layout.
2.3 HIERARQUIA VISUAL
Organizar os elementos dentro de um determinado espaço é uma tarefa um tanto
desafiadora, pois a hierarquia em que estão dispostos pode auxiliar ou dificultar diretamente o
processo de interpretação do layout. Com o propósito de esclarecer isso, Burtenshaw et al.
(2010) sugerem formas de organização que podem ser eficientes, se forem correspondendo
aos elementos restantes da composição:
Um bom layout deve começar com uma figura ou imagem focal forte que, além de chamar a atenção do leitor para o anúncio, funcione bem junto da chamada. Se houver mais de uma imagem na mesma página, elas não devem competir entre si pela atenção do público (BURTENSHAW et al., 2010, p. 135).
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Dessa forma, um anúncio que se faz eficiente em termos de interpretação é composto
ordenadamente para que tenha uma boa leitura e visualização de todos os elementos. Esse é o
principio da harmonia, que segundo Sant’Anna (2009, p. 188) “implica a eleição da
composição dos elementos de modo tal que se obtenha um anúncio capaz de apresentar a
mensagem de venda com clareza, um anúncio estético com grande força visual para atrair a
atenção do leitor”.
Para facilitar e orientar a compreensão do anúncio, podemos organizar os elementos
de uma forma que guie o olhar do receptor e o faça receber as informações ordenadamente,
como por exemplo, visualizar a imagem, ler a chamada, o slogan, chegando por fim à
assinatura do anunciante, ainda que não seja completamente possível controlarmos a forma
como será lida a peça, apenas sugerir um caminho. Para Sant’Anna (2009), essa condução do
olhar do receptor de um elemento para outro em sequência faz com que a mensagem tenha o
máximo de eficácia.
É importante que os elementos estejam em equilíbrio no espaço geral do anúncio,
distribuindo-os de forma que não fiquem muito pesados ou amontoados em um local
específico. Segundo Sant’Anna (2009), o equilíbrio dispõe os elementos no anúncio de forma
agradável e pode ser formal (simétrico) ou informal (assimétrico). O formal (simétrico) é o
estilo organizado com elementos alinhados entre si pelo centro da peça, e o informal
(assimétrico) permite uma ordenação mais livre dos elementos no anúncio.
Cesar (2000) propõe três perguntas a serem respondidas para a organização do layout
de forma que o leitor visualize os elementos na ordem mais adequada:
1. Qual o objetivo principal do anúncio? A imagem? Mas você tem duas. A qual delas dar maior importância? 2. E o título? Tem que ficar na direita ou na esquerda do anúncio? Em cima ou embaixo? 3. E qual a melhor posição para o texto, o telefone e o logotipo? (CESAR, 2000, p. 156).
Tendo essas perguntas respondidas, temos noção do que precisa ter mais destaque
dentre os elementos e como organizá-los para que o entendimento final seja aquele pretendido
no momento da criação.
Além disso, sobre criações feitas especificamente para a web, Dabner et al. (2014)
acrescentam ao conceito de hierarquia que “a estrutura de layout mais comum é o layout
horizontal de largura fixa, geralmente centralizado na tela, enquanto o posicionamento
vertical é mais fluido, expandindo-se e contraindo-se para acomodar diversos volumes de
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conteúdo nas páginas”. Esse formato é o mais adequado levando-se em conta a rolagem das
páginas de um site, que funciona na vertical. Porém, só aplicamos esse conceito aos anúncios
publicitários em rede social quando o formato não é quadrado, e sim retangular.
2.4 ILUSTRAÇÃO
Podemos iniciar essa categoria com a frase popular “uma imagem vale mais que mil
palavras”. O contexto em que essa frase está situada representa a diversidade de sentidos que
podemos atribuir a uma imagem. A interpretação é particular e individualista, assim como
afirma Cesar (2000), ela transmite ideias, emoção e interfere diretamente nas vontades e
desejos de quem a admira.
Há duas formas principais de produzir uma imagem, que apresentam conceitos
diferentes para os autores e profissionais, são elas: a fotografia e a ilustração. A ilustração é
uma forma artística bastante pessoal dentre as opções disponíveis para a criação na direção de
arte. Suas limitações se dão no máximo às técnicas que o profissional apresenta em questão de
desenho ou softwares gráficos. Segundo Ambrose e Harris (2011b, p. 36), “as ilustrações
podem transmitir a sensação de que algo é bastante pessoal, principalmente devido ao tempo
que o ilustrador dedica para criar a imagem e ao fato de que foi criada à mão, não por um
aparelho mecânico (apesar de esse nem sempre ser o caso)”.
Ao abordar campanhas publicitárias, Burtenshaw et al. (2010) explicam como a
ilustração pode ser influente e exclusiva:
A ilustração é incrivelmente versátil e oferece ao diretor de arte diversas opções de estilos e gêneros, como cartum, fotorrealismo, aerógrafo, aquarela, colagem e gravura. A escolha de um estilo de desenho específico pode refletir perfeitamente os valores da marca ou produto anunciado e poderá ser utilizado nas diversas mídias que compõem a campanha (BURTENSHAW et al., 2010, p. 120).
Já a fotografia é “considerada ‘real’ e confere credibilidade à mensagem do anúncio”
(BURTENSHAW et al., 2010). Dessa forma, os autores ressaltam que a decisão por um tipo
de imagem ou por outro decorre da análise do que queremos transmitir na mensagem e das
condições que temos para a execução das ideias.
Além de ilustração e fotografia, podemos acrescentar um terceiro tipo de imagem às
peças gráficas: a imagem híbrida. A imagem híbrida consiste na fotografia digitalmente
manipulada, combinada com elementos de ilustração (Figura 4).
14
Figura 4 – Anúncio de Havaianas
Fonte: Disponível em: <http://adsoftheworld.com/media/print/havaianas_spray>. Acesso em: 20 out. 2017.
Dabner et al. (2014) afirmam que, de forma geral, a ilustração é a opção mais
adequada levando em consideração o orçamento disponível, pois ela independe de modelo,
maquiador, estilista, cenário e adereços. Esse processo complexo da fotografia, que reúne
vários profissionais para determinado fim, é substituído pelo ilustrador, que é capaz de fazer
todas essas etapas por meio do desenho, o que torna o trabalho não somente mais prático, mas
também possibilita a manipulação de cada elemento até chegar à forma final desejada.
Seguindo técnicas especificamente digitais de ilustração, podemos encontrar a
vetorização como uma forma de ilustração, pois se dá a partir de desenhos feitos de uma área
de trabalho em branco e que dependem da imaginação do profissional, com objetivo de
ilustrar o tema ou objeto a que se refere. A vetorização é uma técnica específica de criação
que surgiu a partir do desenvolvimento tecnológico. Essa técnica possibilita aos artistas criar
suas ilustrações de forma mais precisa a partir de um arsenal de ferramentas que criam efeitos
e, aos poucos, vão formando uma imagem concreta. Segundo Azevedo e Conci (2003, p. 15)
“na representação vetorial das imagens, são usados como elementos básicos os pontos, as
linhas, as curvas, as superfícies tridimensionais ou mesmo os sólidos que descrevem os
elementos, que formam as imagens sinteticamente no computador”.
Diferentemente de imagens em bitmap8, os vetores são objetos formados por pontos e
linhas que, ao serem aumentados ou diminuídos de tamanho, não sofrem alteração de
qualidade, ou seja, não utiliza fatores como DPI9 ou resolução para se definir a qualidade de
um vetor.
Uma imagem vetorial (...) pode ser formada por diversas figuras agrupadas. Pode ser reorganizada indefinidamente e traz a vantagem de ser independente em relação à
8 Bitmap: “imagem formada por um número fixo de pixels ou pontos” (AMBROSE; HARRIS, 2009, p. 37). 9 DPI (Dots Per Inch, em português pontos por polegada): “medida de quantos pontos de tinta uma impressora pode colocar em uma polegada” (AMBROSE; HARRIS, 2009, p. 86).
15
resolução. Isso significa que uma imagem vetorial pode ser ampliada 10, 20 ou 100 vezes sem perda de detalhes na visualização e na impressão (MARTINS, 2003, p. 21).
Sant’Anna (2009) cita algumas funções da ilustração nos anúncios, sendo elas:
aumentar o índice de atenção, tornar o anúncio mais agradável à vista, induzir à leitura do
texto, estimular o desejo e engrandecer o que está anunciado e demonstrar ou reforçar
afirmações feitas no texto. Porém, não basta apenas se deter em desenhos quanto se trata de
vetor. A possibilidade de criação vai muito além disso. É fundamental um conhecimento
sobre as cores e a harmonia dos elementos para obtermos um trabalho final mais qualificado.
Também, é necessário conhecimento sobre tipografia, pois a partir dos softwares é possível
criar um tipo próprio e único, que se encaixe mais à temática de uma campanha do que os
tipos prontos disponíveis para download.
Atualmente, a aplicação desse conhecimento ainda vem se atualizando de forma que,
cada vez mais, surgem formatos diferentes no meio digital. Dabner et al. (2014, p. 164)
explicam que “muitas vezes, o ato de criar designs para a web é uma combinação inteligente
que reflete os objetivos do cliente, entende as expectativas dos usuários, se mantem atualizada
com as tendências atuais e integra as próprias ideias e criatividade ao projeto”. Assim, é
importante que o profissional saiba identificar as características dos novos formatos e saiba
como poder aproveitar ao máximo as possibilidades de layout a partir da criação.
3 PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS
Esta pesquisa teve abordagem qualitativa e método exploratório, para
compreendermos as vantagens e limitações da ilustração vetorial. Também foi feita uma
análise de conteúdo, que funciona como um “conjunto de técnicas de análise das
comunicações que utiliza procedimentos sistemáticos e objetivos de descrição do conteúdo
das mensagens” (BARDIN, 2010, p. 30). Segundo Bardin (2010), a análise de conteúdo é
feita por um conjunto de três procedimentos: pré-análise (leitura atenta do material coletado);
exploração do material (descrição e categorização dos dados); tratamento dos dados
(interpretação dos resultados, relacionando os achados com os pressupostos teóricos). Assim,
para a análise de conteúdo, foram estabelecidas as seguintes categorias de análise (Quadro 2):
Quadro 2 – Categorias de análise
Categoria Fonte(s) do conceito Aspectos analisados Ilustração
Ambrose e Harris (2011b); Burtenshaw et al. (2010); Dabner et al. (2014); Azevedo e Conci (2003); Sant’Anna (2009).
Representação visual de um objeto do mundo real ou imaginário, relação da ilustração com a mensagem verbal (vínculo representativo e
16
interação do texto com a imagem), função da imagem na peça.
Hierarquia visual
Cesar (2000); Burtenshaw et al. (2010); Sant’Anna (2009).
Elementos que se destacam na peça e valor da ilustração na hierarquia.
Tipografia
Williams (1995); Ambrose e Harris (2011a); Burtenshaw et al. (2010); Dabner et al. (2014).
Estilo, tamanho, direção e alinhamento, caixas alta e baixa, posição na peça.
Cor
Farina et al. (2011); Heller (2013); Cesar (2000); Ambrose e Harris (2009).
Cor, classificação conforme a sensação (quente ou fria) e conforme o círculo cromático (análogas ou complementares), significados da cor.
Fonte: Elaboração própria.
As categorias foram escolhidas com base no fato de que, na composição visual da
mensagem publicitária, a ilustração não tem significado isoladamente, mas em conjunto com
os outros elementos visuais da composição, por isso a inclusão da tipografia, da hierarquia
visual e das cores na análise.
O universo da pesquisa compreendeu as peças publicitárias das campanhas para meio
digital desenvolvidas pelo autor, em conjunto com a agência Ozorio Design e Digital, durante
o segundo semestre de 2017 (de julho a dezembro) para o Monet Plaza Shopping, de Santa
Maria, RS. A coleta foi feita manualmente, por meio da rede social Facebook do anunciante.
O total de peças coletadas foi de 21 anúncios10, priorizando-se as peças da mesma campanha,
com ilustração.11 Todas as peças coletadas foram identificadas por código, seguindo o padrão
P0 (peça P1, P2, P3, etc.). Como critérios de exclusão, foram descartadas as peças gráficas
que não utilizaram ilustração ou que foram publicadas fora desse período.
Para a análise dos dados, foram consideradas as particularidades e as recorrências dos
elementos nas peças a partir das categorias, seguidas da articulação dos dados da análise com
os dados teóricos.
4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Com base na análise individual de cada peça feita, chegamos a resultados que nos
permitem entender o objetivo da aplicação de ilustrações nas peças publicitárias. O Quadro 3
apresenta os dados encontrados para cada categoria de composição: cor, tipografia, hierarquia
visual e ilustração. A partir dos dados, discutimos as recorrências (os dados do quadro podem
ser comparados com o Apêndice A).
10 Foram excluídas as peças que não eram autorais, ou seja, que foram criadas por terceiros e enviadas à agência pelo anunciante. 11 As peças P8 e P9 permaneceram, apesar de conterem fotografia, porque o elemento de ilustração está presente combinado com a tipografia.
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Quadro 3 – Resultados Cód. Ilustração Hierarquia Visual Tipografia Cor
P1 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o cenário da festa junina; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -90% autoral; - 1º elemento: marca da campanha; - 2º elemento: personagem (menino); - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Manuscrita; -Tanto reto quanto diagonal; -Sem alinhamento; -Primeira letra das palavras maiúscula e as demais minúsculas; -Centralizado pela altura, posicionada mais para a direita.
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores análogas; -Amarelo: iluminação, conforto, originalidade; -Azul: espaço, afeto, paz, serenidade; -Laranja: luminosidade, energia, alegria; -Verde: adolescência, natureza; -Marrom: associação material.
P2 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o cenário da festa junina; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -95% autoral; - 1º elemento: personagem (menino) escorregando no brinquedo; - 2º elemento: mensagem verbal; - 3º elemento: balão; - 4º elemento: logo do shopping.
-Manuscrita; -Diagonal; -Sem alinhamento; -Primeira letra da frase maiúscula e as demais minúsculas; -Centralizado pela altura, posicionada mais para a direita.
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores análogas; -Amarelo: iluminação, conforto, originalidade; -Azul: espaço, afeto, paz, serenidade; -Laranja: luminosidade, energia, alegria; -Verde: adolescência, natureza; -Marrom: associação material.
P3 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o cenário da festa junina; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -95% autoral; - 1º elemento: aquário de peixes; - 2º elemento: mensagem verbal; - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Manuscrita; -Diagonal; -Sem alinhamento; -Primeira letra da frase maiúscula e as demais minúsculas; -Centralizado na peça.
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores análogas; -Amarelo: iluminação, conforto, originalidade; -Azul: espaço, afeto, paz, serenidade; -Laranja: luminosidade, energia, alegria; -Verde: adolescência, natureza; -Vermelho: energia, ação.
P4 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o cenário da festa junina; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -100% autoral; - 1º elemento: garrafas com argolas; - 2º elemento: mensagem verbal; - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Manuscrita; -Diagonal; -Centralizado; -Primeira letra da frase maiúscula e as demais minúsculas; -Centralizado na largura, posicionada na parte superior da peça.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores análogas; -Amarelo: iluminação, conforto, originalidade; -Azul: espaço, afeto, paz, serenidade; -Laranja: luminosidade, energia, alegria; -Verde: adolescência, natureza; -Roxo: mistério, profundidade; -Marrom: associação material.
P5 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o cenário da festa junina;
-100% ilustrado; -90% autoral; - 1º elemento: marca da campanha;
-Manuscrita; -Tanto reto quanto diagonal; -Sem alinhamento;
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores análogas;
18
-Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
- 2º elemento: personagem (menina); - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Primeira letra das palavras maiúscula e as demais minúsculas; -Centralizado pela altura, posicionada mais para a direita.
-Amarelo: iluminação, conforto, originalidade; -Azul: espaço, afeto, paz, serenidade; -Laranja: luminosidade, energia, alegria; -Verde: adolescência, natureza; -Marrom: associação material.
P6 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra a ação de tirar foto em uma cabine; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -90% autoral; - 1º elemento: cabine de foto; - 2º elemento: marca da campanha; - 3º elemento: personagens (meninos) em primeiro plano; - 4º elemento: logo do shopping.
-Bastão e decorativa; -Diagonal; -Centralizada; -Mistura entre maiúsculas e minúsculas; -Posicionada na parte inferior a esquerda da peça.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Roxo: sonho; -Amarelo: conforto, orgulho, idealismo; -Laranja: energia, alegria; -Azul: afeto, serenidade, verdade.
P7 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra um campo de golf; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: taco e bola de golf; - 2º elemento: marca da campanha; - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: texto secundário; - 5º elemento: logo do shopping.
-Bastão e manuscrita; -Diagonal; -Centralizada; -Texto principal maiúsculo, texto secundário minúsculo e versalete; -Centralizado pela largura, dividido na parte superior e inferior da peça.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores análogas; -Verde: associação material; -Azul: associação material; -Branco: associação material;
P8 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra apetrechos da cultura gaúcha; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-Ilustração na marca da campanha; -100% autoral; - 1º elemento: fotografia; - 2º elemento: marca da campanha; - 3º elemento: texto secundário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Bastão e decorativa; -Tanto reto quanto diagonal; -Centralizada; -Maiúsculas e minúsculas; -Centralizado pela largura, na parte superior e central da peça.
-Predomínio de cores neutras; -Predomínio de cores complementares; -Amarelo: orgulho; -Verde: esperança, firmeza; -Marrom: resistência; -Vermelho: coragem, intensidade, paixão.
P9 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra apetrechos da cultura gaúcha; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-Ilustração na marca da campanha; -100% autoral; - 1º elemento: fotografia; - 2º elemento: marca da campanha; - 3º elemento: texto secundário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Bastão e decorativa; -Tanto reto quanto diagonal; -Centralizada; -Maiúsculas e minúsculas; -Centralizado pela largura.
-Predomínio de cores neutras; -Predomínio de cores complementares; -Amarelo: orgulho; -Verde: esperança, firmeza; -Marrom: resistência; -Vermelho: coragem, intensidade, paixão.
P10 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra crianças e apetrechos de pintura; -Mensagem verbal interage com a arte em partes; -Possui vínculo representativo.
-90% ilustrado; - 1º elemento: personagens (menino e menina); - 2º elemento: marca da campanha; - 3º elemento: texto secundário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Bastão e manuscrita; -Tanto reto quanto diagonal; -Centralizada; -Maiúsculas e minúsculas; -Centralizado pela largura.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Amarelo: conforto; -Vermelho: coragem; -Laranja: alegria; -Azul: serenidade; -Verde: segurança, tranquilidade.
P11 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o palco de um teatro; -Mensagem verbal
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: marca da campanha; - 2º elemento: slogan da
-Egipciana e manuscrita; -Em curva e diagonal; -Texto principal centralizado, secundário alinhado a direita;
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores complementares; -Amarelo: conforto;
19
interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
campanha; - 3º elemento: cenário.
-Maiúsculas; -Texto principal centralizado na peça, secundário posicionado mais a direita.
-Vermelho: intensidade, ação; -Marrom: resistência; -Azul: serenidade, verdade.
P12 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o palco de um teatro; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: personagem (menino); - 2º elemento: cenário; - 3º elemento: marca da campanha. - 4º elemento: slogan da campanha.
-Egipciana e manuscrita; -Em curva e diagonal; -Texto principal centralizado, secundário alinhado a direita; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, texto principal centralizado na largura, secundário posicionado mais a direita.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores análogas; -Amarelo: conforto; -Vermelho: intensidade, ação; -Marrom: resistência; -Azul: serenidade, verdade; -Verde: representação material; -Cinza: representação material.
P13 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o palco de um teatro; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: personagem (menina); - 2º elemento: cenário; - 3º elemento: marca da campanha. - 4º elemento: slogan da campanha.
-Egipciana e manuscrita; -Em curva e diagonal; -Texto principal centralizado, secundário alinhado a direita; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, texto principal centralizado na largura, secundário posicionado mais a esquerda.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores análogas; -Amarelo: conforto; -Vermelho: intensidade, ação; -Azul: serenidade, verdade; -Rosa: representação material.
P14 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o palco de um teatro; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: personagens (meninos e menina); - 2º elemento: texto verbal; - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Egipciana; -Em curva; -Centralizado; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, centralizado na largura.
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores complementares; -Amarelo: conforto; -Vermelho: intensidade, ação; -Azul: serenidade, verdade; -Marrom: representação material; -Rosa: representação material.
P15 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra o camarim de um teatro; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: personagem (menino); - 2º elemento: cenário; - 3º elemento: marca da campanha; - 4º elemento: slogan da campanha.
-Egipciana e manuscrita; -Em curva e diagonal; -Texto principal centralizado, secundário alinhado a direita; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, texto principal centralizado na largura, secundário posicionado mais a direita.
-Predomínio de cores neutras; -Predomínio de cores complementares; -Amarelo: conforto; -Azul: serenidade, verdade; -Marrom: resistência, representação material; -Rosa: representação material; -Roxo: representação material.
P16 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra a relação da piscina de bolinhas com o fundo do mar; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -90% autoral; - 1º elemento: estrela do mar; - 2º elemento: personagem (menina); - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: marca da campanha; - 5º elemento: logo do shopping.
-Bastão e decorativa; -Reta e diagonal; -Centralizado; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, texto principal centralizado na largura, secundário posicionado mais a direita.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Azul: representação material; -Vermelho: energia, ação; -Laranja: representação material; -Verde: segurança,
20
tranquilidade. P17 -Representação de um
objeto do mundo real; -Ilustra a relação da piscina de bolinhas com o fundo do mar; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -80% autoral; - 1º elemento: texto verbal; - 2º elemento: personagem (menino); - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Decorativa; -Diagonal; -Alinhado pela esquerda; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, centralizado na largura.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Azul: representação material; -Vermelho: energia, ação; -Verde: representação material.
P18 -Representação de um objeto do mundo real; -Ilustra a ação de pular na cama elástica; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -90% autoral; - 1º elemento: texto verbal; - 2º elemento: personagem (menino); - 3º elemento: personagem (menina); - 4º elemento: cenário; - 5º elemento: logo do desenvolvedor; - 6º elemento: logo do shopping.
-Decorativa; -Diagonal; -Centralizado; -Maiúsculas; -Posicionado na parte superior, centralizado na largura.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Azul: espaço; -Vermelho: energia, coragem, força; -Cinza: representação material.
P19 -Representação de objetos do mundo imaginário e real; -Ilustra o cenário imaginário do natal; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -100% autoral; - 1º elemento: marca da campanha; - 2º elemento: texto secundário; - 3º elemento: personagens (noel e renas); - 4º elemento: cenário;
-Serifa aguda; -Reta; -Centralizado; -Predominam maiúsculas; -Centralizado pela largura, na parte superior e central da peça.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Azul: espaço; -Vermelho: paixão, emoção; -Branco: representação material; -Marrom: representação material.
P20 -Representação de objetos do mundo imaginário e real; -Ilustra o cenário imaginário do natal; -Mensagem verbal não interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; -100% autoral; - 1º elemento: marca da campanha; - 2º elemento: personagens (noel e renas); - 3º elemento: texto secundário; - 4º elemento: cenário;
-Serifa aguda; -Reta; -Centralizado; -Maiúsculas; -Centralizado pela largura e altura.
-Predomínio de cores frias; -Predomínio de cores complementares; -Azul: espaço; -Vermelho: paixão, emoção; -Amarelo: orgulho; -Branco: representação material; -Marrom: representação material.
P21 -Representação de objetos do mundo imaginário e real; -Ilustra itens característicos do natal; -Mensagem verbal interage com a arte; -Possui vínculo representativo.
-100% ilustrado; - 1º elemento: emojis (sorriso e coração); - 2º elemento: texto verbal; - 3º elemento: cenário; - 4º elemento: logo do shopping.
-Bastão; -Reta; -Centralizado; -Maiúsculas; -Frases lado a lado posicionadas na parte inferior da peça.
-Predomínio de cores quentes; -Predomínio de cores análogas; -Vermelho: paixão, emoção; -Amarelo: iluminação; -Verde: esperança; -Laranja: luminosidade.
Fonte: Elaboração própria.
Dentre os 21 anúncios analisados, 14 deles apresentam ilustrações que representam a
figura humana, sendo que 11 possuem características infantis. Fazendo a relação com o
contexto das peças, podemos ver que estão diretamente ligadas ao contexto, pois todas se
tratam de eventos destinados a crianças e que precisam criar um tom infantilizado. Essas
21
peças contêm ilustrações infantis também para incentivar a inscrição dos filhos nas atividades
por parte dos pais. É importante, nesse aspecto, retomar o briefing passado à criação e o
retorno do público em se tratando das peças sobre atividades infantis em que os pais deveriam
fazer uma inscrição prévia dos filhos: segundo o próprio cliente (o shopping Monet), o índice
de inscrições tende a ser mais baixo em peças que não apresentam a ilustração de crianças.
Por isso, foi padronizado que, para essas peças, era imprescindível a ilustração de crianças
para que os pais identifiquem a atividade e realizem o objetivo final da peça, isto é, a
inscrição do público. A Figura 5 mostra três postagens em que a ilustração de crianças é
identificada.
Figura 5 – Posts P1 (esq.), P10 (centro) e P17 (dir.)
Fonte: Disponível em: <http://www.facebook.com/monetplazashopping>. Acesso em: 02 mar. 2018.
Outras três peças que apresentam ilustrações humanas são referentes a eventos para
um público mais amplo de frequentadores do shopping, sem foco específico em adultos ou
crianças, mas que, ainda assim, representam atividades de entretenimento e que proporcionam
um momento divertido para os consumidores (por exemplo, promoção do dia do amigo com
fotos no shopping).
Em relação à hierarquia dos elementos, predominam os posts que apresentam a
ilustração como elemento estético principal na peça, ou seja, em que a ilustração é o primeiro
elemento a ser visualizado dentre os demais, seguido pelo texto verbal, que contextualiza a
peça e, em alguns casos, interage com elementos ilustrados na imagem. O restante possui
como elemento principal a chamada ou a marca criada para a campanha. O logotipo do
shopping, quando está presente na peça, ocupa uma proporção que, em todos os casos, o
tornam o último elemento a ser percebido, independentemente da sua posição (superior ou
inferior) no anúncio. Quando se trata da ilustração como objeto principal, a posição
predominante está do centro para a parte inferior da imagem, variando entre alinhamento
22
centralizado, ou mais à esquerda ou mais à direita. Essa hierarquia se dá pela veiculação
digital das peças, ou seja, a mesma imagem poderia apresentar hierarquia diferente caso a
peça fosse de mídia impressa.
O texto está centralizado na maioria das peças em relação à sua largura, e apresenta
tamanho menor quando apenas informa data e horário da atividade anunciada. Outro ponto
importante a destacar é que o texto escrito se dispõe em blocos bem próximos ou bem
distantes, mas nunca é muito grande, o que auxilia o impulsionamento da postagem no
Facebook12.
Em relação à tipografia, no briefing geral para criação de qualquer peça publicitária
desse anunciante consta que sejam priorizadas as fontes mais retas ou que sejam próximas ao
estilo bastão, tanto para facilitar a leitura, quanto para seguir um padrão estabelecido pelo
shopping. É por esse motivo que, ao observarmos as postagens coletadas, percebemos em sua
maioria o uso de fontes bastonadas, que são utilizadas principalmente para as informações
como data, hora, local, entre outras informações essenciais, e quando há fontes decorativas,
por exemplo, não apresentam um traço muito rebuscado, excessivamente desenhado, ou seja,
ainda assim, é mantida a legibilidade das letras.
As cores frias predominam em 11 dos posts analisados, destacando-se o azul como o
mais presente, casos em que fazem relação com o ambiente externo ou representam
especificamente elementos materiais associados a essa cor, como o céu e a água. A Figura 6
exemplifica as recorrências de cores frias.
Figura 6 – Posts P7 (esq.), P17 (centro) e P19 (dir.)
Fonte: Disponível em: <http://www.facebook.com/monetplazashopping>. Acesso em: 02 mar. 2018.
12 Conforme as regras de impulsionamento do Facebook, um post não deve ocupar mais do que 20% do seu tamanho com texto escrito.
23
Dos anúncios restantes, em sete predominam cores quentes, sendo o amarelo a cor
mais presente, usada na representação de ambientes fechados. Considerando o ambiente
virtual um meio onde as imagens precisam chamar atenção e se destacar em meio a outras
informações, podemos ver que as cores complementares são mais presentes, ou seja, foi
utilizado o contraste de cores para tornar a imagem mais atrativa. Sobre cores análogas e
complementares, não foram encontradas grandes particularidades, apenas que cores
complementares contrastam mais entre si e que, possivelmente por essa razão, em algumas
das ilustrações, foram aplicadas cores complementares no fundo e na imagem em primeiro
plano (como por exemplo, vermelho sobre o azul do fundo, nas postagens P17 e P19,
mostradas anteriormente).
A maioria das postagens publicadas na página tem o intuito de divulgar alguma
atividade ou evento que ocorre no shopping. Como essas atividades ocorrem com frequência,
o uso da ilustração torna o processo de criação mais rápido em relação a uma produção
fotográfica que demandaria um envolvimento maior tanto de pessoas, quanto de tempo. Isso é
também o que Dabner et al. (2014) consideram ao afirmar que a escolha da ilustração, além
de reduzir esse envolvimento com a produção da campanha, ainda reduz os custos de
produção, o que representa uma vantagem para o cliente.
Considerando que as postagens são desenvolvidas em determinado período antes de o
evento em si ser instalado no shopping, o desenho passa a ser criado com base em referências
do próprio desenvolvedor ou com o uso de elementos alusivos ao evento. Isso contribui para
que uma peça seja exclusiva e está conforme o que Ambrose e Harris (2011b) afirmam: a
ilustração pode representar algo inusitado, algo pessoal da empresa.
Analisando as ilustrações em relação à hierarquia dos elementos na peça, essas estão
conforme o conceito de Burtenshaw et al. (2010) de que uma peça eficiente deve apresentar
uma figura principal que atraia a atenção do leitor, e essa figura deve estar em sintonia com a
mensagem verbal (escrita) da peça. No corpus analisado, há, na maioria das postagens, a
presença de uma imagem forte (contundente, porque é representativa do evento anunciado)
seguida da mensagem verbal que faz relação direta com a imagem em cada anúncio. Além
disso, em alguns casos, a mensagem verbal ainda interage com elementos da ilustração por
meio do uso da tipografia e da diagramação do texto.
Sant’Anna (2009) afirma que o uso da tipografia mais reta, como observamos que é
padrão previamente determinado nas postagens do shopping, além de facilitar a leitura, gera
mais fixação ou destaque sobre o conteúdo oferecido. Isso ainda é reforçado por Williams
(1995), ao recomendar a tipografia mais reta ou bastonada para textos mais longos, e as mais
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elaboradas, como as decorativas, para algumas palavras que merecem destaque ou que
apresentam tamanho maior em relação às demais.
Da mesma forma que Heller (2013) explica, na análise notamos a presença de cores
que auxiliam a gerar sentido e a dar ainda mais significado ao contexto ilustrado em cada
anúncio. Cada cor tem sua particularidade e é usada com um significado pré-estabelecido
simbolicamente ou com a intenção de representar algo material já existente, e isso influencia
de alguma forma a interpretação da peça pelo público, sendo o propósito disso que essa
influência seja sempre positiva para o anunciante. Na combinação de cores, a maioria dos
posts utiliza o contraste proporcionado pelas cores complementares, que, segundo Cesar
(2000), são cores opostas no círculo cromático. Nas peças, isso auxilia bastante a composição
porque causa contraste entre o fundo e a tipografia, por exemplo, ou entre fundo e ilustração.
Sobre a função de todas as escolhas feitas quanto a ilustração, tipografia e cores, é
importante observarmos que, quando as postagens são desenvolvidas para a mesma campanha
precisam ter unidade em questão de cores, tipografia e estilo de imagem, mas é
imprescindível que uma peça se diferencie da outra em questão de texto e elementos que
caracterizam a composição da campanha. Por exemplo, duas peças podem ter como elementos
as mesmas cores, a mesma tipografia e até o mesmo personagem, desde que existam variações
como o personagem representado em uma posição diferente ou fazendo alguma ação que
torne possível a diferenciação de um anúncio para o outro na mesma campanha.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como resultado deste trabalho, ficou visível que a ilustração vetorial é uma técnica
bastante utilizada nas campanhas publicitárias do Monet Plaza Shopping e que essa técnica
influencia diretamente o modo de produção de conteúdo de uma campanha publicitária. A
análise das peças produzidas para o Facebook constatou que os elementos da composição
podem ser adequados para o contexto ao qual se referem ou para cada evento divulgado pelo
shopping.
No caso das cores, concluímos que não há um apelo principal pelos significados
culturais ou psicológicos atribuídos às cores, mas mais pela representatividade do objeto real
de referência, isto é, por suas associações materiais, e pelo contraste que têm em conjunto
com todos os elementos estéticos da peça. Na hierarquia, como de costume na publicidade, a
ilustração ou a chamada aparecem como primeiro elemento a ser visualizado, sendo esse
caminho de leitura finalizado pelo logotipo da empresa. A escolha da tipografia também tende
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a se adequar ao visual da campanha, porém sempre com a preferência por tipos mais retos ou
que facilitem a leitura, sendo que, em alguns casos, o texto escrito está presente como parte da
ilustração também, interagindo de alguma forma com o cenário ou com o desenho mais
evidente.
Quanto à função, percebemos que o objetivo principal da ilustração vetorial é de
representar as diversas formas de interação com as atividades que ocorrem no shopping, a fim
de criar uma expectativa prévia no leitor e despertar interesse em participar das ações. Na
maioria dos casos, as ilustrações foram utilizadas em contextos infantis, como forma de
identificação para os responsáveis realizarem a inscrição de seus filhos nas atividades.
Como vantagens do uso da ilustração vetorial na publicidade, percebemos que há
liberdade na manipulação da imagem quase que instantaneamente, porque os objetos criados
estão totalmente livres para troca de posição, ajuste de ângulo, alteração de cores e tamanho
no espaço ou ainda exclusão e inclusão de elementos. Isso possibilita a diversificação do
cenário e dos personagens a qualquer momento da campanha, sem a complexidade de uma
nova produção fotográfica, por exemplo, ou sem edição (fotomontagem) de imagens. Outro
fator que dá vantagem a essa técnica é a facilidade de se trabalhar sozinho, ou seja, um
profissional encarregado da ilustração dá conta de todos os processos de criação, como cores,
direção de arte para a cena, ângulos, iluminação, etc., o que reduz os custos de produção ao
eliminar a necessidade de uma equipe maior. Esse aspecto, contudo, pode variar caso o custo
do trabalho do ilustrador seja elevado ou contratado como um serviço adicional da produção
da campanha, o que não é o caso das peças analisadas, que foram feitas pelo próprio diretor de
arte da agência. O engajamento de algumas postagens, quando se tratam de atividades que
necessitam de inscrição, também se mostra positivo quando apresenta ilustração, conforme
dados obtidos de produção da campanha. O retorno do público é muito maior do que quando
se utiliza fotografia por exemplo.
Quando se encontram vantagens em um processo é evidente que, em contraponto, haja
limitações também. Nesse caso, a principal limitação está ligada diretamente ao profissional
que utiliza essa técnica, pois ele precisa ter habilidades de desenho e, além disso, saber aplicar
essas habilidades na forma de vetorização. Entender o software de criação vetorial e saber
diferentes formas de chegar ao mesmo produto final é fundamental para qualificar o trabalho.
Quanto à técnica em si, há uma limitação que torna a ilustração mais densa ou plana no seu
aspecto visual, pois não há formas de aplicação de efeitos de imagem muito elaborados aos
objetos, a não ser por degradês, transparências, sombreamentos, variações nos tons das cores
ou, inclusive, recursos 3D. Então, podemos concluir que o uso da ilustração vetorial na
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publicidade analisada tem o objetivo principal de tornar as campanhas exclusivas a partir das
técnicas de desenho do ilustrador e, além disso, facilitar o processo de criação e edição da
imagem caso seja necessário, devido aos seus elementos independentes que, juntos, formam o
objeto ilustrado.
Por fim, particularmente, esse estudo foi importante tanto para o autor em sua
profissão como diretor de arte, quanto em sua contribuição para a área acadêmica, pois,
muitas vezes, ao criar peças publicitárias, não é questionada profundamente a importância de
cada detalhe que compõe a imagem. Esse detalhamento, quando feito em várias peças em um
determinado período de tempo, permitiu ao autor perceber vícios de uso em relação à técnica
e, também, buscar a exploração de novas possibilidades de criação. Dessa forma, o trabalho
contribuiu para o desenvolvimento de quem trabalha nessa área, proporcionando interesse na
atualização das técnicas conhecidas e o maior cuidado com o conteúdo produzido.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
AMBROSE, Gavin; HARRIS, Paul. Dicionário visual de design gráfico. Porto Alegre: Bookman, 2009. ____. Imagem. Porto Alegre: Bookman, 2011b. ____. Tipografia. Porto Alegre: Bookman, 2011a. AZEVEDO, Eduardo; CONCI, Aura. Computação gráfica: teoria e prática. Rio de Janeiro: Elsevier, 2003. BARDIN, Laurence. Análise de conteúdo. 4. ed. Lisboa, Portugal: Edições 70, 2010. BERTOMEU, João Vicente Cegato. Criação na propaganda impressa. São Paulo: Futura, 2002. BURTENSHAW, Ken.; MAHON, Nik; BARFOOT, Caroline. Fundamentos da publicidade criativa. Porto Alegre: Bookman, 2010. CESAR, Newton. Direção de arte em propaganda. São Paulo: Futura, 2000. CIULLA, Messala. Influência da linguagem vetorial na publicidade contemporânea. 32f. Monografia (Graduação em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda) – Centro Universitário de Brasília, Brasília, 2007. Disponível em: < http://repositorio.uniceub.br/bitstream/123456789/1823/2/20366080.pdf>. Acesso em: 15 set. 2017. CORRÊA, Pagú; RODRIGUES, Rita de Cássia; SILVA, Diogo da Rosa S.; CRISTOFOLINI, Marcelo; DAMACENO, Adriane Rodrigues; OLIARI, Deivi Eduardo; MANFRINI, Jorge Eduardo; THEISS, David José. Ilustração All-type: BIC. In: INTERCOM SUL, 21., 2014,
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Florianópolis, SC. Anais… Florianópolis: UNISUL, 2014. Disponível em: < http://portalintercom.org.br/anais/sul2014/expocom/EX40-1692-1.pdf>. Acesso em: 15 set. 2017. DABNER, David; STEWART, Sandra; ZEMPOL, Eric. Curso de design gráfico: princípios e práticas. São Paulo: Gustavo Gili, 2014. DALL’ ALBA, Vivian Camila. A ilustração no processo de comunicação publicitária: a campanha Datelli Preview Veraço 2011 na visão de seus produtores e consumidores. 109f. Monografia (Graduação em Comunicação Social, Publicidade e Propaganda) – Universidade Federal do Rio Grande, Porto Alegre, 2010. FARINA, Modesto; PEREZ, Clotilde; BASTOS, Dorinho. Psicodinâmica das cores em comunicação. 6. ed. São Paulo: Edgard Blücher, 2011. FREEPIK. Disponível em: <http://www.freepik.com/>. Acesso em: 10 set. 2017. GOLDENBERG, Mirian. A arte de pesquisar: como fazer pesquisa qualitativa em Ciências Sociais. 8. ed. Rio de Janeiro: Record, 2004. HELLER, Eva. A psicologia das cores. São Paulo: Gustavo Gili, 2013. MARTINS, Nelson. A imagem digital na editoração: manipulação, conversão e fechamento de arquivos. Rio de Janeiro: Senac Nacional, 2003. MICHEL, Maria Helena. Metodologia e pesquisa cientifica em ciências sociais: um guia prático para acompanhamento da disciplina e elaboração de trabalhos monográficos. 2. ed. São Paulo: Atlas, 2009. SANT’ANNA, Armando. Propaganda: teoria, técnica e prática. 8. ed. São Paulo: Cengage Learning, 2009. SHIMP, Terence A. Propaganda e Promoção: Aspectos complementares da comunicação integrada de marketing. 5. ed. Porto Alegre: Bookman, 2002. WILLIAMS, Robin. Design para quem não é designer: noções básicas de planejamento visual. São Paulo: Callis, 1995.
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APÊNDICE A – ANÚNCIOS SELECIONADOS Cód. Post Legenda Publicação P1
No Arraiá do Monet Plaza Shopping a diversão da criançada tá garantida, sô! É agora, dias 6, 7, 8, 9, 13, 14, 15 e 16 de julho. A pescaria e outras brincadeiras ficam por conta da Tia Cris. Ocê num pódi perdê! - Entrada gratuita. - Horário: 17h30 às 19h30 (quinta a sábado) e das 15h30 às 17h30 (domingos) - Datas: 6, 7, 8, 9, 13, 14, 15 e 16 de julho. - Indicado para crianças de 04 a 10 anos. #monetplazashopping #vempromonet
05.07.2017
P2
O Arraiá do Monet Plaza Shopping, tá danado de bão. Tragam a criançada a caráter (opcional) que a diversão é garantida sô! - Entrada gratuita. - Horários e datas: 17h30 às 19h30 (quinta a sábado) e 15h30 às 17h30 (domingos). - Datas: 6,7,8,9,13,14,15 e 16 de julho. Vai ser bom dimais da conta, sô! #monetplazashopping #vempromonet
06.07.2017
P3
Isso aqui tá bom dimais, sô! Tem brincadeiras e muita diversão esperando toda a criançada. Venha pro Arraiá do Monet Plaza Shopping. Essa ocê num pódi perdê! 😉 - Entrada Gratuita - Horários: 17h30 às 19h30 (quinta a sábado) e 15h30 às 17h30 (domingos) - Datas: 13,14,15,16 de julho #monetplazashopping #vempromonet
12.07.2017
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P4
No Arraiá do Monet Plaza Shopping a diversão da criançada tá garantida, sô! É agora, dias 13,14,15,16 de julho. A pescaria e outras brincadeiras ficam por conta da tia Cris. Ocê num pódi perdê! � - Entrada gratuita. - Horário: 17h30 às 19h30 (quinta a sábado) e das 15h30 às 17h30 (domingos) #monetplazashopping #vempromonet
13.07.2017
P5
Vai ter Arraiá? Vai sim sinhô! Onde será? No Monet Plaza Shopping. Ouvi dizer que vão ter muitas brincadeiras legais! Traz a criançada pra cá que a paçoca e a diversão tão garantida sô! - Entrada gratuita - Horários: 17h30 às 19h30 (quinta a sábado) e das 15h30 às 17h30 (domingos). - Datas: 6,7,8,9 e 13,14,15,16 de julho #monetplazashopping #vempromonet
14.07.2017
P6
Esta quinta-feira, dia 20, venha participar do#DiaDoAmigoNoMonet 😉 Registre a sua amizade no nosso totem fotográfico e ganhe a versão impressa para presentear um amigo ou uma amiga. 👉 Estamos esperando você durante o
horário de funcionamento do Monet Plaza Shopping. Ah, não esquece de curtir as imagens da ação aqui na nossa página. Queremos celebrar este dia com você e com os seus amigos!
19.07.2017
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P7
Durante o mês de agosto você está convidado para se divertir no minigolf do Monet Plaza Shopping! Participe conosco. 😃 👏 Horários de funcionamento: - segunda a sábado: 10h às 22h - domingos: 11h às 18h Ah, e para quem gosta de uma competição, nas segundas-feiras terão torneios! Fique ligado: o infantil começa às 20h e o adulto às 21h. Não fique fora dessa! #monetplazashopping #vempromonet
06.08.2017
P8
Nesta semana aproveite para cultivar as tradições gaúchas! Traga a família e os amigos e venha matear no Monet Plaza Shopping. A Erva Mate Ximango Santa Maria e a água quente estão garantidas! #monetplazashopping #vempromonet
12.09.2017
P9
Viva o Rio Grande do Sul no happy hour do Monet! Diversas atrações típicas da cultura gaúcha esperam por você. � #monetplazashopping #vempromonet
17.09.2017
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O Monet preparou uma atividade florida e muito divertida para a criançada: Oficina infantil de primavera de decoração em cachepot. Mais informações e Inscrições no link:https://goo.gl/PPYWCn Evento gratuito. Garanta já a vaga de seu pequeno ou pequena. 🌷 🌸 🌷 🌸 🌷
26.09.2017
P11
Respeitável público, temos o prazer de anunciar o mês das crianças do Monet Plaza Shopping! Preparamos uma programação especial para os pequenos, com muita arte, brincadeiras e alegria. Tudo isso para promover uma experiência única, através do mundo do teatro. Traga as crianças para fazer parte do espetáculo no Monet Plaza Shopping.
03.10.2017
P12
O teatro é arte, expressão e linguagem. Para as crianças, ajuda a desenvolver o conhecimento literário e torna as histórias lúdicas em aprendizado. Permita que os seus pequenos vivam a magia do teatro no mês das crianças do Monet Plaza Shopping! Programação: 06/10 – 16h e 17h - Oficina de Circo com Teatro Vagamundo 07/10 – 16h - Espetáculo Circo Espelunca com Teatro Vagamundo 13/10 – 16h e 17h - Oficina de Teatro com Teatro Saca-Rolhas 14/10 – 16h - Espetáculo Um Kombão de Histórias II com Teatro Saca-Rolhas 20/10 – 16h e 17h - Oficina de Teatro com Teatro Saca-Rolhas 21/10 – 16h - Espetáculo Um Kombão de Histórias III com Teatro Saca-Rolhas #monetplazashopping #vempromonet
03.10.2017
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Traga os pequenos para o palco do Monet Plaza Shopping! Neste mês das crianças, durante os finais de semana, a magia do teatro estará presente para os pequenos. Programação: 07/10 – 16h - Espetáculo Circo Espelunca com Teatro Vagamundo 13/10 – 16h e 17h - Oficina de Teatro com Teatro Saca-Rolhas 14/10 – 16h - Espetáculo Um Kombão de Histórias II com Teatro Saca-Rolhas 20/10 – 16h e 17h - Oficina de Teatro com Teatro Saca-Rolhas 21/10 – 16h - Espetáculo Um Kombão de Histórias III com Teatro Saca-Rolhas
06.10.2017
P14
Desejamos um feliz dia das crianças aos pequenos que levam alegria por onde passam e que encantam a todos com o seu jeito espontâneo e leve de ser. Feliz Dia das Crianças! #monetplazashopping #vempromonet#mêsdascrianças
12.10.2017
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Venha se divertir com a gente 🎉 ⠀ Programação: 14/10 – 16h - Espetáculo Um Kombão de Histórias II com Teatro Saca-Rolhas 20/10 – 16h e 17h - Oficina de Teatro com Teatro Saca-Rolhas 21/10 – 16h - Espetáculo Um Kombão de Histórias III com Teatro Saca-Rolha
14.10.2017
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P16
Vem mergulhar!!! ☺� --> Evento para todas as idades. De 4/10 a 01° de novembro. --> Crianças de até 4 anos devem estar acompanhadas de um responsável pagante, maior de 18.
13.10.2017
P17
Vem mergu... tchibum...glub glub glub 😃 Evento para todas as idades. De 4/10 a 01° de novembro. Crianças de até 4 anos devem estar acompanhadas de um responsável pagante, maior de 18. #monetplazashopping #vempromonet
18.10.2017
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Venha pular de alegria no Monet Plaza Shopping! Convidamos você e sua família para se divertirem com a gente no Radikal Jump. O parque de cama elástica estará localizado próximo a praça de alimentação, do dia 25/10 ao dia 31/12. Horário de funcionamento: Segunda à sexta-feira das 14 às 22h. Sábados das 10h às 22h. Domingos e feriados: 11h às 20h.
25.10.2017
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P19
🎅Venha conhecer o Papai Noel no Natal do Monet Plaza Shopping! Dia 11 de novembro. Esperamos você e a sua família para o espetáculo da Chegada do Papai Noel!
�Atrações a partir das 15h: Brincadeiras, brindes, apresentações musicais e happy hour especial. Chegada do Papai Noel às 17h30. � #monetplazashopping #vempromonet
09.11.2017
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🌠O bom Velhinho estará conosco a partir de hoje, 11 de Novembro. Entre no espírito natalino, convide a família e venha para o Monet Plaza Shopping! Venha viver uma tarde cheia de emoção!
�Atrações a partir das 15h: Brincadeiras, brindes, apresentações musicais e happy hour especial. Chegada do Papai Noel às 17h30. � #monetplazashopping #vempromonet
11.11.2017
P21
O que é melhor no natal? Reaja com a sua opinião! No Monet você poder ter tudo isso e muito mais ❤ #EncantoDeNatalMonet #monetplazashopping#vempromonet
15.12.2017
Fonte: Elaboração própria a partir da coleta de anúncios no Facebook do Monet Plaza Shopping.
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