ESTADOGOVERNO ADMINISTRAÇÃO PÚBLICAProf. Márcio Mello
Especialista em Administração Pública - UFBA
Especialista em Gestão de Empresas com Metodologia do Ensino Superior- UFBA
Mestrando em Adm Pública e Governo
ESTADO
É a pessoa jurídica formada por uma sociedade que vive num determinado território e subordinada a uma autoridade soberana. Trata-se do conjunto de poderes políticos e administrativos de uma nação.
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NAÇÃO Agrupamento humano, cujos membros,
fixados em um território, são ligados por laços históricos, culturais, econômicos e linguísticos.
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Elementos do Estado
São 4 elementos que constituem o Estado:
POVO,
TERRITÓRIO,
GOVERNO SOBERANO e BEM COMUM.
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Elementos do Estado Povo = agrupamento humano que se apresenta como
unidade orgânica ou jurídica.O conjunto de pessoas naturais que pertencem ao Estado.
Território = toda extensão da superfície terrestre ocupada por um povo. É o elemento geográfico representativo da porção de terra onde se exerce a autodeterminação nacional.
Soberania = poder supremo, que está acima de qualquer outro. A soberania de um governo é absoluta e indivisível.
OBS: O Estado pode ser constituído por mais de uma nação
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Estado Bruto ou Estado de ForçaExistia apenas 1 soberano e
seus súditos. Estado rude onde apenas 1 pessoa era soberana.
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Estado de Direito
Em 1748- O espírito das leis. Sugere que o Estado, ao invés
de ter o poder concentrado nas mãos de uma única pessoa, deveria ser dividido (Julgar, Administrar e Legislar).
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Estado Novo
Vem dividir e delimitar os 3 poderes, Legislativo, Executivo e Judiciário; princípio da Tripartição de Poderes. – Teoria de Montesquieu.
Foram criados núcleos administrativos: União, Federal, Estados-membros e Municípios; para cada um dos 3 poderes (Executivo, Legislativo e Judiciário).
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Poderes de Estado
LEGISLATIVO EXECUTIVO JUDICIÁRIO
Observações: CF Artigo 2° (independentes e harmônicos entre si) Exercem funções precípuas
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Organização
ENTIDADES QUE COMPÕEM O ESTADO FEDERAL (org. político-administrativa):
UNIÃO ESTADOS
DISTRITO FEDERAL MUNICÍPIOS
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Organização do Estado Brasileiro
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UNIÃO FEDERALJUDICIÁRIO EXECUTIVO LEGISLATIVO
STF•TST•STJ•TSM•TSE
PresidenteMinistros
Congresso Nacional
Senado Federal e Câmara dos Deputados
Organização do Estado Brasileiro
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ESTADOS-MEMBROSJUDICIÁRIO EXECUTIVO LEGISLATIVO
Tribunal de Justiça (desembargadores)
•Governadoria•Secretarias
Assembléia Legislativa do Estado
MUNICÍPIOSJUDICIÁRIO EXECUTIVO LEGISLATIVO
- •Prefeituras•Secretarias Municipais
Câmara de Vereadores
Governo
“Conjunto de poderes e órgãos constitucionais.” “É o complexo de funções estatais básicas.” “É a condução política dos negócios públicos” “Compreende o complexo de regras e princípios
adotados, para que sirvam de orientação ou de fundamento aos poderes do governante ou governantes, em cujas mãos é colocado o governo”.
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Administração Pública
É o conjunto de entes (órgãos e entidades) constituídos pelo Poder Público (Estado) para a consecução do bem comum;
É o conjunto de órgãos, entidades e funções instituídos para a consecução dos objetivos do Governo, quais sejam: a satisfação dos interesses públicos em geral e a prosperidade social.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Legalidade(Princípio da Reserva Legal): A imposição de comportamentos unilaterais pelo
poder público. Só será possível se tiver respaldo em lei ;
vinculação do administrador público à Lei durante toda a sua atividade funcional;
não pode se desviar da lei ( se isto ocorrer, poderá praticar ato inválido e se expor à responsabilidade disciplinar, civil e criminal, conforme o caso);
na Administração não há liberdade nem vontade pessoal.
Obs. A Constituição prevê remédios específicos contra a ilegalidade administrativa: ação popular, habeas corpus, habeas data, mandado de segurança, mandado de injunção.
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Atividade Particular- tudo o que não é proibido é permitido;
Administração Pública- tudo o que não é permitido é proibido.
A Administração só pode fazer aquilo que está descrito na lei.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Moralidade: O agente público não pode desprezar o elemento ético
de sua conduta; O agente não decide somente entre o legal e o ilegal,
mas sobre o justo e o injusto; A moral administrativa impõe uma conduta interna com
vistas ao bem comum.
Obs.O princípio da moralidade deve ser observado não apenas pelo administrador, mas também pelo particular que se relaciona com a Administração Pública. Por exemplo, o conluio entre licitantes caracteriza ofensa ao referido princípio, maculando a licitação.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Impessoalidade ou Finalidade O administrador somente deve praticar o ato para o
seu fim legal; A finalidade terá sempre um fim certo e inafastável: o
interesse público; O agente não pode atuar para obter fim diverso do
pretendido para o interesse público; A Lei 9784/99 refere-se a um outro sentido do
princípio, indicando que os atos administrativos são imputáveis ao órgão ou entidade, e não ao funcionário que os pratica.
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Princípios da Administração Pública O administrador fica impedido de buscar objetivo
pessoal ou de terceiro com a prática do ato; Ex: desapropriação de bens para doá-los à
particular; Ex:medidas de mera perseguição política
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Publicidade: É a divulgação oficial do ato para conhecimento
público e início de seus efeitos externos. Ex: as leis, contratos somente produzem
conseqüências jurídicas, fora dos órgãos emissores, depois da publicidade;
A publicidade não é elemento formativo do ato; é requisito de eficácia e moralidade;
Os atos irregulares não se convalidam com a publicação;
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Princípios da Administração Pública Os atos regulares não dispensam a publicação para
sua exeqüibilidade, quando a lei ou o regulamento a exige;
O sigilo é exceção, e somente é admitido com previsão legal;
O sigilo só é admitido nos casos de segurança nacional, investigações policiais ou interesse superior da Administração a ser preservado em processo previamente declarado sigiloso. O inciso LX do artigo 5º da CF diz que a lei só pode restringir a publicidade dos atos processuais quando a defesa da intimidade ou o interesse social o exigirem.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Eficiência: Não basta que o ato seja legal e moral, tem que ter
resultados positivos para o serviço público e satisfatório atendimento das necessidades da comunidade;
Consiste em realizar as atribuições de uma função pública com competência, presteza, perfeição e rendimento funcional, buscando com isso, superar as expectativas do cidadão-cliente;
Este princípio recomenda a demissão ou dispensa do servidor público comprovadamente ineficiente e desidioso no exercício da função pública.
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Princípios da Administração Pública Princípio da Continuidade: Até 1988 a greve era proibida ao serviço público; Os serviços públicos essenciais não podem parar,
porque as demandas sociais não param; Ex: saúde, justiça, segurança pública etc ; O artigo 37, VII define que o direito a greve será
exercido nos termos de lei específica.
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Princípios da Administração Pública Princípio da Continuidade X Greve no serviço Público
Os servidores militares não podem fazer greve.
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SERVIDOR CIVIL SERVIDOR MILITAR
Polícia Civil Forças Armadas
Polícia Federal Polícia Militar
Polícia Rodoviária Federal
Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Indisponibilidade Cabe ao agente público gerir a coisa pública, pois o
titular dos bens e interesses públicos pertencem à coletividade;
Os bens, direitos, interesses e serviços públicos não se acham à livre disposição dos agentes públicos;
Os bens públicos só podem ser alienados na forma que a lei dispuser.
Ex: exigência de licitação p/ alienar.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Autotutela A Administração é obrigada a rever os seus atos
e contratos em relação ao mérito e à legalidade. Atos inconvenientes e inoportunos e os ilegais
devem ser retirados do ordenamento jurídico; A Administração pública tem o poder-dever de
controlar seus próprios atos, revendo-os e os anulando, quando tiverem sido praticados com alguma ilegalidade.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Supremacia do Interesse
Público No confronto entre interesses públicos e
particulares há de prevalecer o interesse público.
O indivíduo tem que ser visto como integrante da sociedade, não podendo seus direitos, em regra, serem equiparados aos direitos sociais.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Igualdade ou (Isonomia) O art. 5° da CF estabelece que todos são iguais
perante a lei; Todos são iguais também perante a Administração
Pública; Impõe-se à Administração tratamento impessoal,
igualitário ou isonômico. Ex: concurso público
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Motivação Como ninguém é obrigado a fazer ou deixar de
fazer alguma coisa senão em virtude de lei, todo ato do Poder Público deve trazer consigo a demonstração de sua base legal e de seu motivo.
Por esse princípio, as decisões administrativas devem ser motivadas formalmente, ou seja, a sua parte dispositiva deve ser precedida de uma explicação ou exposição dos fundamentos de fato e de direito.
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Princípios da Administração Pública Motivar significa justificar a decisão oferecendo as
causas e preceitos legais que autorizam a prática dos atos administrativos.
Ex: o administrador deve mencionar não somente o dispositivo legal no qual procurou amparo para sua decisão, mas também os fatos que, concretamente, o levaram a aplicar o dispositivo genérico, abstrato e impessoal para o caso colocado sob sua apreciação.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Segurança Jurídica O Objetivo é estabilizar as relações jurídicas; O direito de a Administração anular os atos
administrativos de que decorram efeitos favoráveis aos seus destinatários decai em cinco anos, contados da data em que foram praticados;
Este princípio visa proteger a confiança do cidadão; O princípio da segurança jurídica não impede que a
interpretação da lei mude. O que não é possível é fazê-la retroagir a casos já decididos com base em interpretação anterior.
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Princípios da Administração PúblicaPrincípio da Razoabilidade: É a atuação dentro de limites aceitáveis; Fere a razoabilidade a inobservância dos
requisitos exigidos para validação de uma conduta;
A ação que fere a razoabilidade é indiscutivelmente ilegal;
A sua observância implica adequação entre os meios e os fins, de modo a evitar restrições desnecessárias ou abusivas por parte da Administração Pública, com lesão aos direitos fundamentais.
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Princípios da Administração Pública Princípio da Proporcionalidade:
Significa que o poder público, quando intervém nas atividades de sua responsabilidade, deve atuar porque a situação realmente reclama a sua intervenção, e esta deve processar-se com equilíbrio, sem excessos e proporcionalmente ao fim a ser atingido.
A Lei 9.784/99 prevê o princípio da proporcionalidade ao proibir que a Administração imponha aos administrados “obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público” (art. 2º, parágrafo único, VI). Além disso, dispõe a mesma lei, em seu art. 29, § 2º, que “os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se eo modo menos oneroso para estes”.
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Princípios da Administração Pública Princípio da Proporcionalidade:
Significa que o poder público, quando intervém nas atividades de sua responsabilidade, deve atuar porque a situação realmente reclama a sua intervenção, e esta deve processar-se com equilíbrio, sem excessos e proporcionalmente ao fim a ser atingido.
A Lei 9.784/99 prevê o princípio da proporcionalidade ao proibir que a Administração imponha aos administrados “obrigações, restrições e sanções em medida superior àquelas estritamente necessárias ao atendimento do interesse público” (art. 2º, parágrafo único, VI). Além disso, dispõe a mesma lei, em seu art. 29, § 2º, que “os atos de instrução que exijam a atuação dos interessados devem realizar-se eo modo menos oneroso para estes”.
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Deveres dos Servidores Públicos Obediência- decorrente do poder de hierarquia (quem manda e quem obedece);
Obs.Ninguém é obrigado a cumprir ordem manifestamente ilegal.
Assiduidade Pontualidade Lealdade-dever de denunciar o que está acontecendo de
errado no órgão em que está lotado, caso contrário será visto como cúmplice;
Sigilo Funcional Urbanidade- Simpatia e atenção ao administrado; Residência- dever de resisir no local onde está lotado, até
mesmo para não comprometer o dever de assiduidade e de pontualidade.
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Administração Direta e Indireta ADMINISTRAÇÃO DIRETA- é aquela exercida diretamente pelos órgãos integrados na estrutura da administração central das entidades estatais: na União a Presidência da República e os Ministérios; nos Estados Membros e Distrito Federal a Governadoria e as Secretarias; nos Municípios a Prefeitura e as Secretarias.
ADMINISTRAÇÃO INDIRETA- é aquela realizada por entidades (pessoas jurídicas), sob a supervisão e fiscalização dos Ministérios (no âmbito federal) e Secretarias (no âmbito estadual, distrital e municipal), prestando serviços públicos ou de interesse público. São as autarquias, fundações públicas, empresas públicas, sociedades de economia mista e os serviços sociais autônomos.
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ADMINISTRAÇÃO BRASILEIRA
CENTRALIZADA DIRETA ÂMBITO FEDERAL: - PRESIDÊNCIA E MINISTÉRIOS; ÂMBITO ESTADUAL: - GOVERNO E SECRETARIAS; ÂMBITO MUNICIPAL:- PREFEITURAS E SECRETARIAS.
DESCENTRALIZADA INDIRETA (CONTROLADA) AUTARQUIAS; FUNDAÇÕES; EMPRESAS PÚBLICAS; SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA
DESCENTRALIZADA SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS (SESI, SENAI, SESC, SENAC) ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (LEI 9.637 DE 18.05.98) ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO (LEI
9.790 DE 23.03.99) PARTICULARES COM DELEGAÇÃO
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AUTARQUIAS:pessoas jurídicas com personalidade de direito público, criadas por lei específica, sem fins lucrativos, com autonomia administrativa e patrimônio próprio, exercentes de atividade pública típica destacada da entidade estatal que a criou, mas por ela controlada e tutelada dentro dos limites legais. Seus funcionários podem ser regidos por regimes jurídicos próprios ou submetidos ao regime jurídico geral, aplicável aos agentes da administração direta da entidade estatal a que está vinculada, são juridicamente considerados servidores públicos. São exemplos de autarquias a OAB- Ordem dos Advogados do Brasil, o Banco Central do Brasil, as Universidades Federais, o INSS- Instituto Nacional do Seguro Social etc.
FUNDAÇÕES PÚBLICAS- consistem num patrimônio destacado do poder público, dirigido ao atendimento de um fim público específico. A personalidade das fundações é tema controvertido dentre os administrativistas, no entanto, já é consenso majoritário o entendimento de que após a Emenda Constitucional n° 19/98, passaram a ser consideradas entidades com personalidade jurídica de Direito Privado, passando a coexistirem no nosso sistema com aquelas anteriores à emenda, consagradamente com personalidade jurídica de Direito Público, criadas por lei específica.
Realizam atividades não lucrativas e atípicas do Poder Público, mas em benefício da coletividade, tais como educação, cultura, pesquisa, proteção ambiental etc. O regime de seus funcionários pode ser estatutário ou celetista. Exemplo: FUNAI- Fundação Nacional do Índio.Prof. Márcio Mello
EMPRESAS PÚBLICAS- pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei específica, com capital exclusivamente público, exercendo atividades públicas industriais ou econômicas de relevante interesse social, equiparando-se às entidades privadas similares, e podendo adotar qualquer forma societária. São exemplos: a EMBRATEL- Empresa Brasileira de Telecomunicações, a CEF - Caixa Econômica Federal, ECT- Empresa de Correios e Telegráfos etc.
SOCIEDADES DE ECONOMIA MISTA- pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei específica, exercendo serviço público ou atividade econômica de relevante interesse social. Formada por capital misto, sendo parte particular e parte público, mas com controle acionário da entidade estatal, só podendo adotar a forma mercantil de Sociedade Anônima. São exemplos: PETROBRÁS- Petróleo Brasileiro S.A, o BANCO DO BRASIL S.A, a EMBASA S.A.
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SERVIÇOS SOCIAIS AUTÔNOMOS- pessoas jurídicas de direito privado, autorizadas por lei para ministrar assistência ou ensino a certas categorias sociais ou grupos profissionais. Não integram a administração direta ou indireta. Não possuem fins lucrativos. São exemplos: SENAI, SENAC, SESI, SESC.
ORGANIZAÇÕES SOCIAIS (OS)- são entidades privadas sem fins
lucrativos, cujas atividades sejam de interesse público, e que por conta de celebrarem com o Poder Público contrato de gestão, atendidos os requisitos legais, adquirem esse credenciamento que lhes possibilita a obtenção de doações orçamentárias, pessoal qualificado, bens e isenções fiscais (introduzida pela Lei 9.637/98).
ORGANIZAÇÕES DA SOCIEDADE CIVIL DE INTERESSE PÚBLICO
(OSCIP)- são entidades privadas, sem fins lucrativos, exercentes de atividades de interesse público e benemerência social, assim credenciadas por celebrarem termo de parceria com o Poder Público, permitindo-lhes a obtenção de dotações orçamentárias (introduzida pela Lei 9.790/99).
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SERVIÇOS DELEGADOS A PARTICULARES
O Poder Público pode tanto executar centralizadamente seus próprios serviços, por intermédio de seus órgãos, de forma descentralizada, através de entidades com poderes outorgados por lei, como também, por meio de empresas privadas e particulares, individualmente. Esses últimos são os delegados de serviços de natureza pública, cuja execução se formaliza mediante ato da Administração, celebrando com esses particulares, contratos de concessão, termos de permissão ou termos de autorização.
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As AGÊNCIAS EXECUTIVAS e AGÊNCIAS REGULADORAS não representam duas entidades novas, com natureza jurídica distinta daquelas estudadas anteriormente.
Agência Executiva é uma credencial que recai sobre as autarquias e fundações do Poder Público, conferindo-lhes ampliação de autonomia, flexibilidade administrativa e aprimoramento de resultados.
Agências Reguladoras são autarquias encarregadas do controle e regulamentação dos serviços entregues ao setor privado, por conta do processo de desestatização nacional.
São autarquias de regime especial em razão do conjunto de privilégios específicos que a lei concede à entidade para a realização de seus fins. Caracterizam-se basicamente pela estabilidade de seus dirigentes (mandato fixo), autonomia financeira (redá própria e liberdade na sua aplicação) e poder normativo (regulamentação das matérias de sua competência). Ex. ANEEL- Agência Nacional de Energia Elétrica, ANATEL- Agência Nacional de Telecomunicações, ANP- Agência Nacional do Petróleo, ANVISA- Agência Nacional de Vigilância Sanitária, Agência Nacional de Saúde Complementar.
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